gestÃo de estoque: um estudo de caso na paulistinha ... · de vendas. com uma gestão de estoque...
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UniSALESIANO
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
Curso de Administração
Caio Guilherme Bueno de Souza
Guilherme Rodrigues
Victor Hugo Pinheiro da Silva Romão
Viviane de Jesus Rosa
GESTÃO DE ESTOQUE: Um estudo de caso na
Paulistinha Perfumaria
Lins-SP
LINS-SP 2018
CAIO GUILHERME BUENO DE SOUZA
GUILHERME RODRIGUES
VICTOR HUGO PINHEIRO DA SILVA ROMÃO
VIVIANE DE JESUS ROSA
GESTÃO DE ESTOQUE: Um estudo de caso na Paulistinha Perfumaria
Lins-SP
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Administração, sob orientação do Prof° Me. Francisco Cesar Vendrame e orientação técnica Profª Ma. Jovira Maria Sarraceni.
LINS-SP 2018
Souza, Caio Guilherme Bueno de; Rodrigues, Guilherme; Romão, Victor Hugo Pinheiro da Silva; Rosa, Viviane de Jesus.
Gestão de estoque – um estudo de caso na Paulistinha Perfumaria / Caio Guilherme Bueno de Souza; Guilherme Rodrigues; Victor Hugo Pinheiro da Silva Romão; Viviane de Jesus Rosa – – Lins, 2018.
69p. il. 31cm.
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UniSALESIANO, Lins-SP, para graduação em Administração, 2018.
Orientadores: Francisco César Vendrame; Jovira Maria Sarraceni.
1. Gestão de estoques. 2. Importância. 3. Fenômeno de ruptura. I Título.
CDU 658
S714g
CAIO GUILHERME BUENO DE SOUZA
GUILHERME RODRIGUES
VICTOR HUGO PINHEIRO DA SILVA ROMÃO
VIVIANE DE JESUS ROSA
GESTÃO DE ESTOQUE: Um estudo de caso na Paulistinha Perfumaria
Lins-SP
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, para
obtenção do título de Bacharel em Administração.
Aprovada em: 06/12/2018
Banca Examinadora:
Prof. Orientador: Me. Francisco César Vendrame
Titulação: Mestre em Administração pela Universidade Metodista de Piracicaba-SP
Assinatura: ________________________________
1º Prof.(a): Me. Máris de Cássia Ribeiro Vendrame
Titulação: Mestre em Administração pela UNIMEP – Piracicaba
Assinatura: _______________________________
2º Prof.(a): Me. Rosiane Cristina Sozzo Gouvêa
Titulação: Mestre em Contabilidade Avançada pela Universidade de Marília -
UNIMAR
Assinatura: ________________________________
Primeiramente agradecer a Deus por sempre estar me abençoando, dando forças,
saúde e sabedoria para concluir esta etapa em minha vida.
A Paulistinha Perfumaria, que nos recebeu de braços abertos para realização deste
trabalho contribuindo para meu crescimento profissional.
Ao UniSALESIANO e a todos os professores que ao longo desses quatro anos
contribuíram para minha formação tanto profissional quanto pessoal.
Aos nossos orientadores, Mestre Francisco Cesar Vendrame e a Professora Jovira
Maria Sarraceni, por todo apoio na realização deste trabalho ao longo deste ano, a
todos os componentes do grupo pelo trabalho em equipe.
Com imensa alegria agradeço a todos de maneira gratificante, que participaram
deste trabalho sendo diretamente e indiretamente nesta etapa em minha vida.
Caio Guilherme Bueno de Souza
Primeiramente agradeço a Deus pela oportunidade estar me formando nesse curso.
Agradeço a Jesus por me ajudar a carregar as cruzes de cada dia.
Ao Espirito Santo, Espirito da Verdade que iluminou minha cabeça com sabedoria
para fazer esse trabalho.
Á Virgem Maria Auxiliadora por todo o auxílio que Ela me deu e por nunca me deixar
sem amparo nas horas mais difíceis
Á Dom Bosco, pai e mestre da juventude, pois sem ele não teria essa casa para eu
estudar.
A minha família por sempre me apoiar a continuar.
Aos meus colegas de TCC, pela paciência e compreensão com minha
personalidade.
Aos professores e a instituição, pelo tempo e ensinamentos passados para mim
durante todo esse tempo de graduação.
Em especial aos nossos orientadores, Me. Francisco Vendrame e Prof. Jovira Maria,
por todo apoio para a realização deste trabalho.
A empresa Paulistinha Perfumaria, por ter nos dado a abertura para a realização
desse trabalho.
Guilherme Rodrigues
Primeiramente а Deus qυе permitiu qυе tudo isso acontecesse, ао longo da minha
vida, е não somente nestes anos como universitário, mas que em todos os
momentos é o maior mestre qυе alguém pode conhecer.
A todo o corpo docente do UniSALESIANO Lins que se fez presente nos momentos
em que precisei, pelo respeito que cada funcionário tem pelo aluno desde a portaria
até o “andar das estrelas”, estas pessoas já fazem parte da minha história.
Agradeço a minha mãe por desde pequeno ter me ensinado que a educação é a
melhor escolha, agradeço pelo modo que fui educado, ressaltando sempre que sem
o respeito ao próximo não posso chegar a lugar algum, obrigado mãe, um parágrafo
é muito pouco pra resumir a gratidão por você!
Agradeço aos meus tios Otacílio e Maria José, que se tornaram muito importantes
em minha caminhada, obrigado por ter me acolhido, me amado e ter puxado minha
orelha para estudar para as provas, sou grato a Deus por ele ter me dado tios
maravilhosos como vocês.
Meus agradecimentos аоs amigos Caio, Guilherme e Viviane que junto a mim
fizeram parte desse trabalho, companheiros de trabalhos е irmãos na amizade qυе
fizeram parte dа minha formação е qυе vão continuar presentes em minha vida com
certeza.
Victor Hugo Pinheiro da Silva Romão
Primeiramente а Deus por ter me dado força para superar as intempéries, sem Ele
nada seria possível. Agradeço pelas oportunidades, não somente nestes anos como
universitária, mas em toda minha vida. Ele é o maior mestre que alguém pode
conhecer.
Sou imensamente grata a todos os professores desta universidade, direção е
administração. Em especial aos professores Ricardo Horita e Irso Toffoli, pois eles
me ensinaram muito mais que conteúdo acadêmico. Foram mestres em demostrar
humildade, respeito e muito amor para com a profissão.
Dedico esse agradecimento aos meus orientadores, que me deu suporte com
correções e incentivos para que esse trabalho pudesse ter sido concluído e
aprovado.
Agradeço a minha a Vó, Dona Maria das Graças, por ter me criado da melhor forma
que ela pode, deixando de obter inúmeras coisas a ela para dar pra mim. Minha
querida Vó, você me ensinou a ser forte, a ter humildade, a não desistir dos sonhos
por mais difíceis que fossem, e é por você que estou aqui.
Obrigada mãe, irmãos е sobrinhos, que nos momentos de minha ausência
dedicados ao estudo superior, sempre fizeram entender que о futuro é feito а partir
da constante dedicação no presente!
Agradeço a gerencia da paulistinha perfumaria e toda sua equipe que me
proporcionou a aplicação desse trabalho.
A todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, о meu muito
obrigada!
Viviane de Jesus Rosa
RESUMO
A competitividade no mercado está gradualmente acirrada e as empresas estão sempre buscando novas formas de se garantirem no mercado, visando uma gestão eficaz de seus recursos com foco em atender as necessidades dos clientes, se mantendo, assim, a frente de seus concorrentes. A gestão de estoque é uma das ferramentas de grande importância para alcançar esse resultado, a qual envolve a aquisição de produtos, armazenagem, logísticas e controle de entrada e saída. A manutenção dos estoques em nível elevado causa um custo ocioso para a empresa, contudo, para um nível muito baixo, a empresa pode não atender aos clientes. Caso atender e não tiver estoque para reposição, ocorre o fenômeno de ruptura do estoque, ou seja, há a falta de produtos no estoque para a reposição nas prateleiras de vendas. Com uma gestão de estoque eficaz e eficiente, a empresa é capaz de administrar melhor a entrada e saída dos produtos, garantindo um fluxo de produtos constante tanto para o estoque quanto para a prateleira de vendas e, consequentemente, evitar que se ocorra o fenômeno de ruptura do estoque. Com o objetivo de demonstrar a importância da gestão de estoque para a liquidez da empresa bem como para evitar o fenômeno de ruptura do estoque, a pesquisa in loco foi realizada na Paulistinha Perfumaria localizada na cidade de Lins-SP. Após essa pesquisa, concluiu-se que a gestão de estoque de maneira eficiente e eficaz, paralela à ferramenta que a empresa utiliza para administrar seus estoques e o inventário rotativo, garante a liquidez da empresa e evita o fenômeno de ruptura.
Palavras-chave: Gestão de estoques. Importância. Fenômeno de ruptura.
ABSTRACT
Competitiveness in the market is getting gradually intense and companies are always looking for new ways to guarantee themselves in the market. It is aiming an efficient management of their resources with a focus on meeting the needs of customers and keeping ahead of their competitors. Stock management is one of the most important tools to achieve this result, which involves product acquisition, warehousing, logistics, and entry and exit control. Maintaining inventories at a high level causes an unnecessary cost to the company, however, at a very low level, the company may not attend to customers. In case it attends and does not have stock for replacement occurs the phenomenon of stock break, in other words, the lack of products in the stock for replacement in the sales shelves. With effective and efficient inventory management, the company is able to better manage its incoming and outgoing products. Based on that, it ensures a constant flow of products both for the stock and the sales shelf, which consequently will prevent the phenomenon of a stock break. In order to demonstrate the importance of inventory management for the company's liquidity as well as to avoid the phenomenon of a stock break, a bibliographic review was conducted on the subject. The research in loco was carried out in the Paulistinha Perfumaria in the city of Lins, Sao Paulo. After this researches, it was concluded that the management of inventory in an efficient and effective way, parallel to the tool that the company uses to manage its inventories and the rotating inventory, which guarantees the liquidity of the company and avoids the phenomenon of break.
Keywords: inventory management; importance; phenomenon of break.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Paulistinha perfumaria ............................................................................ 17
Figura 2 – Layout da loja ......................................................................................... 19
Figura 3 – Produtos nas gondolas ........................................................................... 19
Figura 4 – Setor de colorações ............................................................................... 20
Figura 5 – Representações curva ABC ................................................................... 37
Figura 6 – Prateleiras do estoque ........................................................................... 48
Figura 7 – Separação de produtos .......................................................................... 51
Figura 8 – Caixas de transporte .............................................................................. 52
Figura 9 – Movimentação no estoque ..................................................................... 52
Figura 10 – Reposição dos produtos vendidos ....................................................... 53
Figura 11 – Tela de conferencia .............................................................................. 53
LISTA DE SIGLAS
ERP: Sistema de Gestão Integrado
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 15
CAPITULO I – A EMPRESA .................................................................................... 17
1 PAULISTINHA PERFUMARIA ...................................................................... 17
1.1 Missão ........................................................................................................... 18
1.2 Visão .............................................................................................................. 18
1.3 Valores ........................................................................................................... 18
1.4 Departamentos .............................................................................................. 18
1.5 Mix de produtos ............................................................................................. 18
1.6 Quadro de colaboradores .............................................................................. 20
1.7 Parceiros ........................................................................................................ 20
1.7.1 Haskell ........................................................................................................... 20
1.7.2 Salon Line ...................................................................................................... 21
1.7.3 Gota Dourada ................................................................................................ 21
1.7.4 Vult ................................................................................................................. 22
1.7.5 Bio Extratus ................................................................................................... 22
1.7.6 Embelleze ...................................................................................................... 23
1.7.7 Koloss Cosméticos ........................................................................................ 23
1.7.8 Julia Moraes .................................................................................................. 24
1.7.9 Triffil ............................................................................................................... 24
1.7.10 Lupo ............................................................................................................... 25
1.7.11 Voga .............................................................................................................. 25
1.7.12 Shine Blue ..................................................................................................... 26
1.8 Clientes .......................................................................................................... 27
1.9 Propagandas ................................................................................................. 28
CAPÍTULO ll – GESTÃO DE ESTOQUE ................................................................. 29
1 ESTOQUE ..................................................................................................... 29
1.1 Funções e objetivos ....................................................................................... 29
2 GESTÃO DE ESTOQUE ............................................................................... 30
2.1 Classificações dos estoques .......................................................................... 30
2.2 A função dos estoques .................................................................................. 31
2.3 Custo de estoque ........................................................................................... 32
2.3.1 Custos de colocação do pedido ..................................................................... 32
2.3.2 Custos de capital de giro ............................................................................... 33
2.3.3 Custo de armazenagem ................................................................................. 33
2.3.4 Custos de obsolescência ............................................................................... 33
2.4 Tipos de estoque ........................................................................................... 33
2.4.1 Estoque de reserva ou de segurança ............................................................ 34
2.4.2 Estoque mínimo ............................................................................................. 35
2.4.3 Estoque máximo ............................................................................................ 36
2.4.4 Estoque virtual ............................................................................................... 36
2.4.5 Estoque obsoleto ........................................................................................... 36
2.5 Fenômeno de ruptura .................................................................................... 36
2.6 Sistema de curva ABC ................................................................................... 37
2.6.1 Finalidade da curva ABC ............................................................................... 38
3 ESTRUTURA FUNCIONAL DOS ESTOQUES ............................................. 38
3.1 Recebimento de materiais ............................................................................. 38
3.2 Armazenagem ............................................................................................... 39
3.2.1 Cuidado na armazenagem ............................................................................. 40
3.2.2 Critérios de armazenagem ............................................................................. 41
3.2.3 Métodos de armazenagem ............................................................................ 41
3.3 Distribuição .................................................................................................... 42
3.4 Enterprise Resourse Planning (ERP) ............................................................. 43
3.5 Kanban .......................................................................................................... 44
3.6 Inventario rotativo .......................................................................................... 44
3.7 Perfil do almoxarife ........................................................................................ 45
CAPÍTULO lll – A PESQUISA ................................................................................. 46
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 46
2 O FUNCIONAMENTO DO ESTOQUE NA PAULISTINHA PERFUMARIA
LINS ......................................................................................................................... 47
2.1 O estoque ...................................................................................................... 47
2.2 O recebimento dos produtos no estoque ....................................................... 48
2.2.1 Conferência quantitativa ................................................................................ 49
2.2.2 Conferencia qualitativa .................................................................................. 50
2.2.3 Regularização ................................................................................................ 50
2.3 O controle dos estoques ................................................................................ 53
2.4 As ferramentas que a empresa utiliza para gestão de estoques ................... 54
2.4.1 Enterprise Resourse Planning (ERP) ............................................................. 54
2.4.2 Kanban .......................................................................................................... 54
2.5 O fenômeno de ruptura .................................................................................. 55
2.6 Parecer final do caso ..................................................................................... 55
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ............................................................................ 57
CONCLUSÃO .......................................................................................................... 58
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 60
APÊNDICES ............................................................................................................ 64
15
INTRODUÇÃO
Para que as empresas obtenham sempre vantagens competitivas em
relações em seus concorrentes é muito importante que utilizem de uma maneira
eficiente seus recursos financeiros. Sendo este, um dos pontos a serem observados
sobre a gestão de estoques, onde o controle indevido deste ativo pode trazer perdas
recorrentes a falta de produtos ou estoques excessivos, situação que seus recursos
estão ociosos e mal utilizados.
De acordo com Borges, Campos e Borges (2010), um bom gerenciamento de
estoques ajuda na redução dos valores monetários envolvidos, de forma a mantê-los
os mais baixos possíveis, mas dentro dos níveis de segurança e dos volumes para o
atendimento da demanda.
Conforme Pozo (2007), é notório que todas as organizações de
transformação devem preocupar-se com o controle de estoque, visto que
desempenham e afetam de maneira bem definida o resultado da empresa.
Segundo Martins e Alt (2003), os estoques representam uma parcela
significativa dos ativos das empresas, devendo ser encarados como um fator
determinante de geração de negócios e lucros. Compete ao administrador, verificar
se os estoques estão tendo utilidade adequada ou sendo um peso morto, ou seja,
não apresentando o retorno esperado sobre o capital neles investido.
(...) quando se fala em gerenciar estoques, é importante remeter-se a relação entre o departamento de compras e finanças. É natural que o departamento de compras busque realizar sua atividade de forma econômica, aproveitando descontos e promoções, muitas vezes, sem observar os custos associados a aquisição e manutenção de materiais dentro da organização, enquanto que a administração financeira busca equilibrar estes custos. (BRITO, 2010, p.13)
Conforme Pozo (2007), quando a empresa mantém estoques elevados para
atender plenamente a demanda, acarreta a necessidade de elevado capital de giro
e, por consequência, produzem elevados custos.
Com o objetivo de verificar a importância da gestão de estoque para a liquidez
da empresa bem como para evitar o fenômeno de ruptura nos estoques; descrever a
evolução histórica da Paulistinha Perfumaria Lins; fundamentar as teorias referentes
a gestão de estoques; apresentar o funcionamento do estoque da Paulistinha
16
Perfumaria Lins; identificar as ferramentas de gestão de estoque adotadas pela
Paulistinha Perfumaria Lins; apresentar se as ferramentas são suficientes para evitar
o fenômeno de ruptura.
A pergunta problema que conduziu a pesquisa foi: Em que medida as
ferramentas de gerenciamento de estoque adotadas pela Paulistinha Perfumaria são
suficientes para evitar o fenômeno de ruptura do estoque?
Após tal questionamento surgiu a seguinte hipótese: o inventário rotativo é a
ferramenta que a empresa utiliza para realizar diariamente a sua gestão de estoque
a qual contribui eficazmente para evitar o fenômeno de ruptura.
Foi realizado um pesquisa na Paulistinha Perfumaria de Lins, durante o
período de fevereiro a outubro de 2018, cujo os métodos para a realização da
pesquisa foram: método de estudo de caso; métodos de observação sistêmica e
método histórico.
O trabalho está assim estruturado:
Capítulo l: descrever a evolução histórica da Paulistinha Perfumara de Lins-
SP, demostrado seu portfólio de produtos.
Capítulo ll: discorre sobre os conceitos de gestão de estoques e estrutura
funcional dos estoques.
Capítulo lll: introdução, relato e discussão sobre a gestão de estoques na
Paulistinha Perfumaria e parecer final do caso.
Por fim, são apresentadas a proposta de intervenção e a conclusão.
17
CAPÍTULO I
A EMPRESA
1 PAULISTINHA PERFUMARIA
Figura 1: Paulistinha Perfumaria.
Fonte: elaborada pelos autores, 2018.
A Paulistinha Perfumaria iniciou suas atividades em 1976, mais em 1983 foi
comprada por Pedro Luiz Tessarolli formado em administração e que, neste período,
trabalhava para terceiros, e Janete sua esposa, que naquela época tomava conta da
loja, a qual estava localizada na rua: Olavo Bilac, Centro, Lins, São Paulo.
Durante alguns anos, Pedro manteve as lojas de diferentes segmentos como
a Fax Modas em Cafelândia, São Paulo. Mas por encontrar dificuldade em manter a
qualidade e suas outras empresas dando lucro, resolveu fechá-las mantendo apenas
uma que ele e sua esposa administrava com total maestria.
Atualmente, a empresa está localizada na rua: Floriano Peixoto, n° 403,
centro, Lins, São Paulo, eixo comercial da cidade. (Figura 1)
O prédio tem três andares, 1200m² de área construída. Conforme o
empreendimento foi se expandindo, com novas marcas e segmentos diferentes,
houve-se a necessidade de aumentar o prédio para que pudessem oferecer um
espaço amplo para seus clientes e atender a demanda que estava aumentando com
o tempo.
18
1.1 Missão
Atuar no mercado varejista de forma responsável focando sempre no cliente e
oferecendo produtos de qualidade na loja.
1.2 Visão
Ser umas das maiores empresas no ramo de comercio varejista de Lins,
sendo referência nesse segmento através de excelência nos processos, satisfação
dos clientes e inovações gerenciais.
1.3 Valores
Os valores são: responsabilidade, ética, transparência, inovação e satisfação
dos clientes.
1.4 Departamentos
A Paulistinha Perfumaria não possui uma divisão de departamentos
específica. O modelo de gestão é centralizado no proprietário de quem partem as
diretrizes, que através de informativos, e-mails, Enterprise Resource Planning (ERP)
e comunicação formal, são passadas aos seus colaboradores.
1.5 Mix de produtos
A empresa conta com um mix de produto e marcas bem variado, possuindo
marcas nacionais e internacionais, com linhas de produto semiprofissionais e
profissionais, acessórios para salões e uma grande variedade de marcas e cores de
esmaltes, tintas e tonalizantes para os cabelos; a empresa acompanha as
tendências do mercado e disponibiliza também linhas de produtos especiais para
cuidados masculinos. (Figura 2)
19
Figura 2: Layout da Loja.
Fonte: elaborada pelos autores, 2018
A disposição dos produtos vendidos pela empresa é feita através de
gôndolas, onde as marcas que possuem promotoras ficam com seus produtos
agrupados. (Figura 3)
Figura 3: Produtos nas gondolas.
Fonte: elaborada pelos autores, 2018
A empresa dispõe de um grande mostruário de colorações para que seus
clientes possam escolher a melhor cor e marca para seu tipo de cabelo. (Figura 4)
20
Figura 4: Setor de colorações.
Fonte: elaborada pelos autores, 2018
1.6 Quadro de colaboradores
A empresa conta com trinta e seis colaboradores sendo: seis operadores de
caixas, dois auxiliares de limpeza, quatorze vendedoras, três estoquistas e seis
responsáveis pela gestão, manutenção e suporte técnico da empresa.
1.7 Parceiros
A Paulistinha Perfumaria conta com alguns parceiros que trazem profissionais
especializados para vender seus produtos, dar treinamentos para as vendedoras,
brindes e ações para os clientes.
1.7.1 Haskell
Fundada no ano 2000, com sua fábrica situada em Viçosa, Minas Gerais, a
Haskell busca ser referência nacional em produtos capilares com ativos naturais.
Para isso, investe em alta tecnologia e capacitação de pessoas buscando sempre a
inovação e a alta qualidade dos produtos criados.
A empresa tem como missão desenvolver produtos que valorizam a essência
da beleza humana de forma sustentável. Norteada por valores que compõem a sua
essência, respeita o meio ambiente e trata a natureza como a maior fonte de riqueza
e inspiração. De forma sustentável, a Haskell conquista o mercado brasileiro cada
21
vez mais exigente e competitivo, trazendo resultados e realçando a beleza natural
dos mais diversos tipos de cabelos.
1.7.2 Salon Line
A Salon Line é uma empresa que valoriza todas as belezas, por isso, sabem
que cada pessoa é única e cada textura de cabelo ou tipo de pele precisa de um
cuidado especial. A empresa é uma das maiores fabricantes de cosméticos no
Brasil, está há 21 anos acompanhando a evolução da mulher brasileira e
desenvolvendo sempre os melhores e mais adequados produtos para facilitar as
suas vidas.
Atuando em diversos segmentos através de marcas líderes, a empresa
investe em novas tecnologias e no mais rigoroso controle de qualidade para entregar
aos clientes produtos de alta performance.
A Salon Line incentiva as pessoas a se reinventarem ou encontrarem a sua
essência mais profunda e verdadeira porque sabe que a beleza é única.
1.7.3 Gota Dourada
A Gota Dourada nasceu em 1986, em uma pequena instalação de 35m2, na
cidade de Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Desde a sua fundação, a empresa
zela, acima de tudo, pela qualidade oferecida aos seus clientes. Toda essa
dedicação, responsabilidade e qualidade de seus produtos foram reconhecidas e a
Gota Dourada conquistou a confiança e o carinho do público, e hoje, é considerada
uma referência no setor de cosméticos.
Atualmente, a empresa está instalada em um moderno Parque Industrial, com
mais de 20.000m2, na cidade de Brodowski, também no interior de São Paulo.
Conta com uma infraestrutura completa, com a mais alta tecnologia em
equipamentos e com uma equipe de profissionais especializados. A Gota Dourada
desenvolve e produz uma extensa linha de Cosméticos da mais alta qualidade. E
com uma frota própria de caminhões e carretas, a empresa realiza a distribuição de
seus produtos para todo o Brasil, levando até você toda a qualidade e inovação que
só a Gota Dourada pode oferecer.
22
1.7.4 Vult
A Vult é uma marca de cosméticos brasileira que está no mercado desde
2004. Sua filosofia é estar em constante busca pela mudança e transformação,
conectada com as grandes tendências do mundo, tanto sociais quanto do mercado
da moda.
Sua grande missão é transformar e valorizar a beleza e o bem-estar de cada
indivíduo, conforme suas características e preferências, oferecendo aos
consumidores produtos sofisticados, acessíveis e inovadores.
1.7.5 Bio Extratus
Com início em 1989, a história da Bio Extratus começou em um salão de
beleza em Belo Horizonte, os proprietários buscavam criar uma linha de cosméticos
com qualidade e preço acessível aos consumidores. Para que a linha seja
diferenciada, os proprietários iniciaram uma produção artesanal de cosméticos ricos
em ativos naturais.
A marca Extratus foi criada em 1991, tornando-se pioneira na utilização do
óleo de tutano em cosméticos capilares. Em novembro, a empresa apostou em
inovação e qualidade dos produtos e houve a primeira encomenda do lote de
produtos para a distribuição no mercado de Campinas e São José dos Campos, foi
então, que os produtos fizeram sucesso e iniciou o sistema de distribuição da
Extratus.
Em 1997, a empresa teve sua ascensão e sua produção não era mais
artesanal, o mercado ampliava e a marca ficava mais forte. Neste período, os
proprietários tiveram ousadia para construírem uma nova fábrica em Alvinópolis, a
170 Km da capital mineira. Foi somente em agosto de 1998 que a empresa passou a
se chamar Bio Extratus Cosméticos Naturais.
A marca tem como prioridade a valorização do público que forma opinião
sobre os produtos: os cabeleireiros. Com o passar dos anos, a empresa foi
crescendo e ficou presente em todo território nacional desde a década de 90 e sua
linha cresce a cada ano.
O segredo do sucesso da empresa se validou através do forte relacionamento
com as pessoas que compõem o grupo Bio Extratus, são eles, funcionários,
distribuidores e clientes. A empresa possui uma marca sólida no mercado e continua
23
buscando se diferenciar para atingir suas metas mantendo compromisso social e
respeito ao meio-ambiente.
1.7.6 Embelleze
A história da Embeleze começa com seu fundador, Itamar Serpa, químico
formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro que teve início em sua carreira
começando como Office boy. Fundada em 1969, em Nova Iguaçu, a Embelleze
tornou-se a maior empresa no segmento de cosmético, atualmente, possui mais de
500 produtos para cabelos. As marcas mais conhecidas são a tintura Maxton, Novex
e Natucor.
Desde sua fundação, a empresa buscou inovar em seu segmento com
produtos de qualidade e forte comprometimento com os profissionais envolvidos. Em
1998, a empresa abriu o mercado de franquias com o Instituto Embelleze, para a
formação e qualificação dos profissionais no setor de beleza.
Atualmente, o Instituto Embelleze é a maior rede de franquias da América
Latina destinada a formação de profissionais na área de beleza, prestação de
serviços e comercialização de produtos. A empresa marca presença em 99% dos
estados brasileiros e conta com 330 franquias, até o momento, mais de 600.000
profissionais foram formados pelo Instituto Embelleze e conta com mais de 150.000
alunos estudando por todo o Brasil.
O Instituto Embelleze acredita que o ser humano é contado como ponto de
partida para que a empresa desenvolva seus produtos.
1.7.7 Koloss Cosméticos
A Koloss Make Up foi fundada em 1998 e sua sede está localizada em Jaú,
interior de São Paulo. Com 20 anos, a empresa possui uma renomada solidez no
mercado de cosméticos e o que a fortificou foi o investimento em tecnologia para a
fabricação de seus próprios cosméticos.
A empresa se preocupa com as mudanças constantes de mercado e investe
em capacitação técnica, treinamento e atualização da equipe de profissionais para
obter vantagem sobre os concorrentes, o que garante a fidelidade de seus clientes
24
são seus produtos de qualidade oferecendo diversos tipos de itens de variedades
para atender a necessidade do cliente.
Na lista de produtos da Koloss Cosméticos podem-se destacar batons de
variados tons, pó compacto iluminador, bronzeador, canetas delineadoras, corretivos
em tom da pele e coloridos para disfarçar olheiras e marcas, demaquilante facial e,
para a região dos olhos, blushes, máscaras para cílios, sombras, lápis delineadores,
primers e base líquida com efeito hidratante. O objetivo da empresa é oferecer
soluções para os clientes que procuram cosméticos de qualidade.
1.7.8 Júlia Moraes
Atuante no setor de confecção, Júlia Moraes Lingerie nasceu na cidade de
Araraquara, interior de São Paulo em 1994, desde então, a empresa vem crescendo
a cada ano com uma postura ética quanto aos seus clientes. No início, apenas os
proprietários e mais três funcionários trabalhavam na loja, com muito trabalho e
dedicação na fabricação de peças com qualidade, a empresa foi crescendo e se
destacando no mercado da moda.
Com 28 anos, a empresa mantém o respeito de seus clientes e fornecedores
com seriedade e responsabilidade. Em consequência do crescimento, a empresa
possui as marcas Julia Moraes e Julia Teen que são divididas em várias coleções
que recebem atualizações de acordo com as mudanças de mercado. Seu objetivo é
manter-se sólida no mercado da moda para atender diversos estados em nível
nacional.
1.7.9 Triffil
Fundada em 1963 por Ludwig Heilberg, a Trifil é referência em meias-calças e
pode ser considerada uma das maiores empresas do Brasil no setor de confecção,
com mais de 50 anos de tradição. A Trifil está presente em mais de 20 mil pontos de
atendimento em todos os estado brasileiros e tornou-se líder no segmento de meias
e de produtos sem costura.
A Trifil possui uma linha completa para mulheres, homens e crianças e
oferece as seguintes linhas de produtos:
25
a) feminino: meias-calças, meias esportivas, soquetes, leggings,
modeladores, lingeries, 2ª pele, meias 7,8, 5,8 e 3,4;
b) homem: cuecas, meias e meias esportivas;
c) infantil: meias, soquetes, meias-calças e meias esportivas;
d) bebê: meias, meias-calças e leggings.
1.7.10 Lupo
A empresa mais antiga apresentada neste capítulo, a Lupo foi fundada no
interior paulista em 1921 na cidade de Araraquara por Henrique Lupo, com o nome
fantasia de Meias Araraquara, somente a partir de 1937, a razão social da empresa
foi mudada para Meias Lupo S.A.
Passados 10 anos, a Lupo já era a maior fabricante de meias masculinas no
Brasil, a partir de 1987 a empresa mudou novamente seu nome para Lupo S.A., a
qual no mesmo ano revolucionou o mercado de meias em todo o mundo com a
utilização do fio sintético na produção de meias. Com o passar dos anos, a empresa
foi diversificando seus produtos e hoje trabalha com o setor de roupas e vestuário
esportivo.
A empresa investe em tecnologia e divulgação, em 2011 o jogador Neymar foi
contratado para ilustrar as campanhas da Lupo por um valor estimado de R$4,4
milhões. A Lupo conta com mais de 4000 e um faturamento de R$686 milhões
registrado em 2015, a imagem abaixo ilustra primeiro anúncio da empresa em 1937.
1.7.11 Voga
A Voga é uma empresa de cosméticos que tem como foco principal o
desenvolvimento de produtos para tratamento capilar de alta qualidade a um preço
justo com inovação e alto desempenho, buscando a total satisfação dos clientes e
consumidores.
Todo o processo de produção é planejado rigorosamente e a empresa não
realiza testes ambientais e se compromete a não criar produtos e sistemas de
produção que atinjam o meio ambiente.
Seu objetivo é estimular o bem-estar visando sempre a sustentabilidade,
transparência e confiança.
Missão: fornecer produtos de alta qualidade com preços justos para os
26
consumidores e rentabilidade para os clientes, buscando sempre levar o bem-estar
às pessoas com inovação e desempenho diferenciados que possa elevar sua
autoestima, mantendo-as sempre em Voga.
Visão: estar presente no mercado de cosméticos como uma empresa
honesta, séria e idônea, levando confiança, segurança e credibilidade aos os
parceiros e satisfação total aos clientes.
Valores:
a) lutar por um mundo mais justo;
b) buscar o desenvolvimento com sustentabilidade;
c) comprometimento com os colaboradores, fornecedores, clientes e
consumidores;
d) valorização do ser humano;
e) respeito, seriedade e transparência nas relações.
Voga é uma sigla para: V de Verdade, atendimento realizado com toda
honestidade e rapidez, prezando pelo sucesso dos clientes; O de originalidade,
pesquisa constante de novos produtos para que seja colocada em prática as
composições inovadoras e de qualidade; G de grandiosidade, a empresa investe
excessivamente em treinamentos para que os produtos alcancem sempre a
excelência; A de ação, todas as formulas são testadas exaustivamente em diversos
tipos de cabelos até chegarem ao máximo de eficiência.
Linhas: a Voga, com o objetivo de fornecer sempre produtos capilares de alto
desempenho, conta em sua linha com os seguintes produtos: Max Care Hydrate,
Max Care Blond, Max Care Control, Max Care Repair, Max Care Finish, Max Care
Curly, Max Care Progress, Max Care Power Force, The Best One e Max Care Brasil.
1.7.12 Shine Blue
Fundada em 2006, pelo casal Cícero e Cristiane, a Distribuidora Decris era
até então o canal de comercialização e clusivo da marca Shine Blue. Além do
interesse comercial, houve uma empatia com o nome propriamente dito. Brilho, pois
transmite luz, energia, alegria e esplendor e, azul, por ser a cor do céu que transmite
além de vitalidade, motivação e esperança.
Em abril de 2007, o casal adquiriu a marca e traçou o objetivo de fabricar os
seus próprios produtos.
27
Em junho de 2012, saiu a licença de funcionamento da indústria com total
autonomia de produção. Lançaram 30 produtos nos quais foram muito bem
recepcionados pelo mercado.
Hoje, ultrapassou a marca de produtos em seu portfólio e cerca de
colaboradores diretos, desde a produção até o ponto de venda.
No segundo semestre de 2016, incluiu em sua grade a marca Lakkoa. á com
forte presença no mercado da beleza em São Paulo. Estrategicamente sendo revista
a sua posição para novas diretrizes a partir do ano de 2017.
Missão: desenvolver e comercializar produtos e serviços de cosméticos de
alta tecnologia, excelência em qualidade e inocuidade; estabelecer como princípio
as relações humanas, no zelo de seus colaboradores internos e externos na
construção de um ambiente em que eles consigam se sentirem realizados;
proporcionar através destes um negócio rentável; promovendo a beleza, o bem estar
e a satisfação aos consumidores através dos parceiros de negócios.
Visão: obter uma distribuição numérica que projeta a cultura de consumo das
marcas, alcançar os principais pontos de venda do seguimento de cosméticos
proporcionando fácil acesso ao consumidor; garantir a eficiência da grade de
distribuição para que a percepção de valor seja por completo, produto e serviço;
tornar-se marca diferenciada e preferência do parceiro e consumidor, nos próximos
anos.
Valores:
a) preservar o excelente atendimento;
b) manter constante investimento em tecnologia, qualidade e segurança nos
processos de fabricação;
c) trabalhar de maneira responsável e sustentável;
d) garantir a percepção sensorial dos produtos/linhas para a satisfação do
consumidor.
1.8 Clientes
A Paulistinha Perfumaria recebe diversos tipos de cliente, desde jovens até a
terceira idade, atingindo diversas classes sociais. Com um amplo mix de produtos
que atendem as necessidades e satisfação de seus clientes.
28
1.9 Propagandas
A Paulistinha Perfumaria realiza suas propagandas através da rádio Alvorada,
onde são divulgadas as promoções da semana. Para exposição e divulgações dos
produtos a empresa conta com vídeos e fotos, que trazem um conteúdo simples que
são publicados nas redes sócias para que seus clientes conheçam os produtos.
Para divulgações de cursos a empresa conta com cartazes que são expostos aos
clientes nas vitrinas e locais de fácil observação dos clientes.
29
CAPÍTULO II
GESTÃO DE ESTOQUE
1 ESTOQUE
Os estoques são materiais e suprimentos que uma empresa utiliza para a
produção de seu produto ou para suprir a necessidade da própria empresa. Rosa
(2 3, p. 6 ) afirma que, “estoque é a quantificação de qualquer item ou recurso
usado em uma organização, já que um sistema de estoque é o conjunto de políticas
e controles que monitora os níveis de estoque”.
Os estoques servem para que a empresa tenha disponibilidade para utilizar
um determinado material que esteja devidamente armazenado por um determinado
tempo para uma futura venda ou saída.
Tófoli (2012) considera como estoque os bens físicos, tais como:
a) matérias-primas: são os itens necessários para produzir um novo produto.
b) produtos semiacabados ou materiais em processamento: são as
matérias-primas em fase de elaboração.
c) produtos acabados: são produtos já fabricados que estão prontos para
serem vendidos.
d) mercadorias: são os produtos comprados de terceiros (fornecedores) com
a destinação para a revenda.
O administrador que se atenta em manter um controle de estoques ajustado,
permite que sua organização ganhe vantagem competitiva em vista dos
concorrentes. Para Pozo (2008), todas as organizações devem preocupar-se com o
controle de estoques, pois contribuem de modo definido no resultado da empresa.
1.1 Funções e objetivos
Os estoques mesmo tendo alto custo para ser mantido pelas empresas
possuem extrema importância quanto ao resultado econômico da organização, pois
este setor é responsável pelo controle, recebimento, armazenagem e distribuição
dos materiais.
30
Para Dias (2009), estoque tem a função de equilibrar o fluxo de materiais e
serve como amortecedor na entrada e saída de produtos. A gestão de estoques,
aplicada corretamente na empresa, minimiza as perdas de capital investido pelos
sócios, pois os materiais são armazenados e distribuídos desde o recebimento da
matéria-prima até a integralização do produto. O objetivo do estoque é otimizar os
investimentos em materiais, resultando em um aumento do uso eficiente da empresa
e minimizar a utilização de capital investido.
2 GESTÃO DE ESTOQUE
Conforme Slack et al. (2013), a gestão de estoque proporciona uma maior
organização das ações de estoque proporcionando as informações de forma
coerente e prática e eliminando retrabalhos.
Segundo Martins e Alt (2003), a gestão de estoque constitui uma série de
ações que permitem ao administrador verificar se os estoques estão sendo bem
utilizados, bem localizados em relação aos setores que deles se utilizam, bem
manuseados e bem controlados.
A gestão de estoque é um assunto vital para as organizações, pois capta
parte essencial do orçamento operacional. Como eles não agregam valores aos
produtos, quanto menor o nível de estoques com que uma empresa consiga
trabalhar, mais eficiente será.
Para Santos et al. (2012), compreende-se que a eficiência na gestão de
estoque, as empresas podem criar um diferencial competitivo em relação aos
concorrentes, melhorando a qualidade, reduzindo os tempos, diminuindo os custos,
entre outros fatores, oferecendo, assim, uma vantagem competitiva para a própria
empresa.
É essencial que as empresas diminuam, ao mínimo, a quantidade de
estoques na cadeia de suprimentos a fim de obter uma racionalização nos custos de
armazenagem e respectiva manutenção. (MARTINS, 2006)
Segundo Vendrame (2016), a gestão de estoque é basicamente o ato de gerir
recursos ociosos possuidores de valor econômico e destinado ao suprimento das
necessidades futuras de material numa organização.
2.1 Classificações dos estoques
31
Segundo Vendrame (2016), o estoque é a composição de materiais em
processamento, materiais semiacabados, materiais acabados, que não são
utilizados em determinado momento na empresa, mas que precisa existir em função
de futuras necessidades.
Vendrame (2016) classifica os estoques da seguinte forma:
a) estoque de matérias-primas (MPs): os estoques de MPs constituem os
insumos e materiais básicos que entram no processo produtivo da
empresa. São os itens iniciais para a produção dos produtos ou serviços
da empresa;
b) estoque de materiais em processamento ou em vias: também
denominados materiais em vias, são constituídos de materiais que estão
sendo processados ao longo de diversas seções que compõem o
processo produtivo da empresa;
c) estoque de materiais semiacabados: estes materiais são parcialmente
acabados, cujo processamento está em algum estágio intermediário de
acabamento e que se encontram também ao longo das diversas seções
que compõem o processo produtivo. Diferem dos materiais em
processamento pelo seu estágio mais avançado, pois encontram-se quase
acabados, faltando apenas mais algumas etapas do processo produtivo
para se transformarem em materiais acabados ou em produtos acabados;
d) estoques de materiais acabados ou componentes: este estoque refere-se
a peças isoladas ou componentes já acabados e prontos para serem
anexados ao produto. São, na realidade, partes prontas ou montadas que,
quando juntadas, constituirão o Produto Acabado;
e) estoque de produtos acabados: referem-se aos produtos já prontos e
acabados, cujo processamento foi completado inteiramente. Constitui o
estágio final do processo produtivo e já passaram por todas as fases,
como: matéria-prima, materiais em processamentos, materiais
semiacabados, materiais acabados e produtos acabados.
2.2 A função dos estoques
Conforme Martins e Campos (2003), os estoques têm a função de regular o
fluxo de materiais como amortecedores das entradas e saídas entre as duas etapas
32
dos processos de comercialização e de produção proporcionando independência
entre as fases do processo produtivo, ou seja, quando há a interrupção em uma das
fases, a outra não ficará desguarnecida, é uma forma de minimizar possíveis
gargalos, embora seja uma alternativa de alto custo.
Os estoques desempenham um papel importante na flexibilidade operacional
da empresa, pois minimizam os efeitos de erros de planejamento e as oscilações
inesperadas de oferta e procura ao mesmo tempo em que isolam ou diminuem as
interdependências das diversas partes da organização empresarial. (MARTINS;
CAMPOS, 2003)
Segundo Vendrame (2016), as principais funções do estoque são:
a) garantir o abastecimento de materiais à empresa, neutralizando os efeitos
de: demora ou atraso no fornecimento de materiais; riscos de dificuldade
no fornecimento; sazonalidade no suprimento;
b) proporcionar economias de escala: através da compra ou produção em
lotes econômicos; pela flexibilidade do processo produtivo; pela rapidez e
eficiência no atendimento às necessidades.
2.3 Custos de estoque
Para Bertaglia (2006), o custo de estoque desdobra-se em vários
componentes e, dependendo do enfoque utilizado, pode ter objetivos que causem
conflitos dentro da organização.
O estoque é considerado, em muitas vezes, como um capital imobilizado da
empresa na forma de materiais, ou seja, representando um investimento parado. Por
ora, os estoques também assumem o papel inverso quando estão dentro de
mercados especulativos, seja pelo aumento do preço ou até mesmo pela falta de
fornecimento, o que acarretaria em uma valorização ao produto estocado.
(BERTAGLIA, 2006)
A tomada de decisão da quantidade da compra de um produto é afeta os
custos do estoque, desta forma, consideram-se relevantes para a análise os
seguintes custos: custos de colocação do pedido, custos de capital de giro, custos
de armazenagem, custos de obsolescência.
2.3.1 Custos de colocação do pedido
33
Este custo está relacionado ao custo de reabastecimento do estoque. Pode-
se citar o custo de transporte e o custo de adaptações. (BERTAGLIA, 2006).
2.3.2 Custos de capital de giro
Refere-se ao tempo de pagamento do estoque ao fornecedor e o tempo de
venda, neste caso, o recebimento do capital. Frente a isso, os custos associados a
ele são os custos de oportunidade por não reinvestir o dinheiro em outro lugar ou os
juros que são pagos aos bancos pela tomada de empréstimo, por exemplo.
(BERTAGLIA, 2006).
2.3.3 Custos de armazenagem
Os custos de armazenagem esta relacionados ao valor para manter o estoque
guardado. Cita-se como exemplo a locação de uma sala, a climatização, a
iluminação e a segurança. Percebe-se que quanto maior o valor ou as condições
especiais de armazenagem do produto mais custoso será o estoque. (BERTAGLIA,
2006).
2.3.4 Custos de obsolescência
É o risco de que os produtos, quando estocados por muito tempo (ponta de
estoque), em razão do volume de compras desnecessário percam seu valor
tornando-se obsoletos, como por exemplo, pela deterioração com o tempo e a
mudança do consumidor em relação ao produto ou até mesmo devido às constantes
mudanças tecnológicas. (BERTAGLIA, 2006)
2.4 Tipos de estoque
Para que não ocorra a instabilidade entre o fornecimento e a demanda, os
estoques devem regular o funcionamento da fluidez dos negócios, e por isso existem
diferentes tipos de estoque.
Segundo Moura (2003 apud MAGALHÃES et al., 2016), primeiramente deve-
34
se conhecer os tipos de estoque: o ativo e o passivo.
O estoque ativo é o resultado de uma preparação previa e tem como
finalidade ser utilizado em: produção: formado por matérias primas e elementos que
resultam no produto final;
a) produtos em processo: formado por matérias em diversos níveis da
produção;
b) manutenção, reparo e operação: constituído por peças e elementos que
auxiliam na confecção do produto, mas não estão presentes no produto
final;
c) produtos acabados: resultado final dos processos produtivos em
condições de serem comercializados;
d) materiais administrativos: constituído por elementos em suma na
empresa, não tem relação com os processos produtivos.
O estoque inativo é, segundo Magalhães et al (2016), decorrente de
alterações de programas, mudanças nas políticas de estoque ou eventuais falhas de
planejamento, que engloba as seguintes categorias:
a) estoque disponível: composto por materiais sem fim de utilização, sem
finalidade, completa ou parcial;
b) estoque alienável: composto por material acessível, nulo, ultrapassado e
ferro velho para comercialização.
2.4.1 Estoque de reserva ou de segurança
O estoque de reserva ou de segurança é aquele que tem uma quantidade
mínima de produtos ou peças apenas para suprir eventuais contra tempos no
sistema, tais como: atraso no tempo de fornecimento lote de compra não aprovado
ou aumento inesperado da demanda.
Seu propósito é de não interferir no processo de produção e, primordialmente,
garantir que o cliente não fique impedido de comprar o produto por falta de material
e, assim, assegurar a venda do produto no mercado.
Segundo Vendrame (2016 apud MAGALHÃES et al., 2016), a fórmula
matemática do estoque de reserva ou de segurança pode ser expressa da seguinte
maneira:
ES = (c . ape) + ac (pe + ape)
35
ES = Estoque de reserva ou segurança
c = consumo diário
ape = atraso no prazo de entrega
ac = aumento do consumo diário
pe = prazo de entrega
O estoque de segurança ou de reserva serve apenas para ser um “salva
vidas” para quando a situação se agravar decorrente de situações imprevistas, tais
como atraso na entrega ou aumento da demanda de consumo.
Segundo Magalhães et al. o estoque de reserva ou de segurança:
(...) deve ser estabelecido com certo cuidado, pois é responsável pela imobilização de capital de estoque. O problema concentra-se em determinar que uma reserva de estoque equilibre, de um lado, os custos de oportunidades das faltas de estoque e, de outro, os custos de estocagem de segurança que é compensar as incertezas ao fornecimento da demanda. (2016, p. 46)
2.4.2 Estoque mínimo
O estoque mínimo é uma reserva, uma quantia mínima para se garantir que
não haja a falta de suprimentos de produtos para comercialização ou erros na
produção, cobrindo, assim, imprevistos decorrentes de atrasos ou demanda acima
do esperado.
O estoque mínimo também serve para ser o ponto de pedido: quando a
quantia no estoque atingir esse nível, deve-se fazer um novo pedido de compra para
garantir produtos no estoque e nas prateleiras.
Segundo Dias (2009 apud MAGALHÃES et al., 2016), o estoque mínimo pode
ser determinado das seguintes formas:
a) fixação de determinada projeção;
b) cálculos e modelos matemáticos.
Segundo Tofoli (2012), o estoque mínimo pode ser calculado da seguinte
maneira:
Emin = Er + Pe x C
Emin = estoque mínimo
Er = estoque de reserva ou de segurança
36
Pe = prazo de entrega, e
C = consumo médio diário
2.4.3 Estoque máximo
O estoque máximo serve para se ter ciência da quantidade máxima de itens
que pode se ter dentro do estoque. O estoque máximo é calculado pela soma do lote
econômico de compra mais o estoque mínimo.
Segundo Tofoli (2012), ele é expresso pela seguinte fórmula:
Emáx = ES + LEC
Emáx = estoque máximo
ES = estoque de reserva ou de segurança
LEC = lote econômico de compra.
Com essa fórmula é possível se ter uma previsão da quantidade do estoque e
se preparar para fazer as acomodações necessárias.
2.4.4 Estoque virtual
Segundo Pinto (2002 apud MAGALHÃES et al., 2016), o estoque virtual pode
ser definido como os itens que já foram solicitados ao setor de compra e que ainda
não deram entrada no estoque ou, ainda, não foram liberados pelo controle de
qualidade.
2.4.5 Estoque obsoleto
O estoque obsoleto é composto por produtos ou itens que não tem mais
possibilidade real de uso para a empresa ou para serem comercializados, por isso
ficam parados no armazém.
2.5 Fenômeno de ruptura
O fenômeno de ruptura de estoque ocorre quando há falta de um produto nas
prateleiras, devido ao não abastecimento feito pelo setor de estoque ou quando o
37
setor de compras faz a realização da aquisição da mercadoria para o
reabastecimento, tanto das gôndolas como do estoque.
Segundo (KARPINSKI, et. al, 2008) é fundamental que o responsável pela
reposição verifique a real presença dos itens no ponto-de-venda para obter uma
informação mais eficaz, pois muitas vezes, as empresas são alimentadas somente
com informações baseadas em sistema e dificulta o acompanhamento da
disponibilidade de produtos em diferentes áreas da loja.
2.6 Sistema curva ABC
Uma importante ferramenta que auxilia administradores a gerirem de maneira
mais eficaz seus estoques é o sistema ABC. Ele classifica os itens dentro do
estoque em três grupos: o A, onde estão os itens que precisam de uma atenção
especial; o B, onde estão os itens que precisam de uma atenção mediana; e C, onde
estão os itens que não necessitam de atenção, mas não devem ser deixados de
lado.
Figura 5-Representação curva ABC
Fonte: Loprete et al., 2009, p. 49
Segundo Tofoli (2012), a representação dos grupos pode ser feita da seguinte
maneira:
Os itens do grupo A compõem de 10% a 20% do total e representam de 60%
a 80% do investimento em estoque.
Os itens do grupo B compõem de 20% a 30% do total e representam de 20%
a 30% do investimento em estoque.
Os itens do grupo C compõem de 50% a 70% do total e representam cerca de
5% a 10% do investimento em estoque.
38
Com o sistema ABC é possível controlar melhor a compra, a estocagem e a
vendas de produtos, já que é possível ver quais são aqueles que são mais
comprados e os menos comprados.
Ainda é possível diminuir os custos de estocagem já que sabendo quando
comprar não haverá estoque parado.
E por fim, garante o suprimento da demanda, uma vez que esquematizado o
consumo dos produtos é possível se preparar para não deixar faltar os mais
requisitados.
2.6.1 Finalidade da curva ABC
A curva ABC é uma das formas mais usuais de examinar e controlar os
estoques. Essa análise consiste na verificação, em certo espaço de tempo podendo
ser normalmente de seis meses ou um ano do consumo, em valor monetário ou
quantidade, dos itens de estoque, para que eles possam ser classificados em ordem
decrescente de sua importância. Aos itens mais importantes de todos dentro da
organização, segundo a ótica do valor ou da quantidade, dá-se a denominação itens
classe A, aos intermediários itens classe B, e aos menos importantes, itens classe C.
(MARTINS e ALT, 2006)
Pozo (2008), demostra que o grande mérito do uso da curva ABC é a
classificação dos itens de estoque em classe A, B, C, em vista de seus custos e
quantidades.
Os itens mais importantes são em pequenos números e de alto valor, e
devem ser controlados rigidamente. Isso é possível, visto que um controle rígido é
oneroso, porém, o faremos sobre uma variedade mínima, reduzida, de itens sobre a
qual o controle rígido atuará, embora sobre uma diminuta de itens, porém sobre um
valor elevadíssimo do estoque.
Contudo, a curva ABC tem uma grande importância na administração de
estoques, pois com ela, se aplicada corretamente, resultados otimizados serão
gerados na tomada de decisão e operações mais rápidas.
3 ESTRUTURA FUNCIONAL DOS ESTOQUES
3.1 Recebimento de materiais
39
O recebimento faz parte da estrutura funcional do estoque, deve ser realizado
de forma cautelosa para que não haja contagem errada dos materiais recebidos. É
necessário que seja feita a inspeção e conferência qualitativa e quantitativa dos
equipamentos e materiais.
Rosa (2003), diferencia recebimento e aceitação e afirma que não deve ser
confundidos, pois há distinção entre eles. Recebimento refere-se a receber o
material entregue pelo fornecedor de forma minuciosa com a documentação dos
itens e aceitação, refere-se a inspeções de exames quantitativos e qualitativos, bem
como, contagem física, medição e pesagem.
Para se a manter a qualidade no recebimento de materiais é necessário que
seja preparado um espaço físico adequado para o armazenamento, com a
disponibilização de recursos de informática, como leitor de código de barras para
inspeção dos itens. (MARTINS; ALT, 2006)
Segundo Vendrame (2016), o recebimento compreende quatro fases, são
elas, entrada de materiais; conferência quantitativa, conferência qualitativa e
regularização.
a) entrada de materiais: tem como objetivo efetuar a recepção dos veículos
transportadores, proceder à triagem da documentação e dar suporte ao
recebimento, bem como encaminhá-los para a descarga e efetuar o
cadastramento dos dados pertinentes no sistema;
b) conferência quantitativa: é a atividade que verifica se a quantidade
declarada pelo fornecedor na Nota Fiscal corresponde efetivamente à
recebida, portanto, típica de contagem, devendo-se optar por um modelo
de conferência por acusação, no qual o conferente aponta a quantidade
recebida, desconhecendo a quantidade faturada pelo fornecedor;
c) conferência qualitativa: a conferência qualitativa visa garantir o
recebimento adequado do material contratado pelo exame das
características dimensionais; das características específicas e das
restrições de especificação;
d) regularização: caracteriza-se pelo controle do processo de recebimento,
pela confirmação da conferência qualitativa e quantitativa, por meio do
laudo da Inspeção Técnica e da confrontação das quantidades conferidas
40
versus faturadas, respectivamente, para decisão de aceitar ou recusar, e,
finalmente, pelo encerramento do processo.
3.2 Armazenagem
Até alguns anos atrás não era dada a devida atenção à armazenagem de
produtos no estoque das empresas; o foco era apenas a produção. Contudo, foi-se
percebendo que o material parado no estoque representava dinheiro parado para a
empresa, então se começou a administrar de maneira mais eficaz e eficiente a
armazenagem dos produtos que eram produzidos.
A armazenagem é um conjunto de atividades dentro de qualquer empresa
que cuida das operações de recebimento e saída de materiais com planejamento e
controle, para que assim não se estoque produtos demais e garanta o
abastecimento quando necessário. (Dias, 1995)
A armazenagem tem uma grande influência para o conceito de almoxarife,
pois a escolha de um método adequado para a estocagem de matéria-prima
resultará em melhores condições de trabalho, melhor administração, redução de
acidentes, redução de desgaste dos equipamentos, ambiente organizado de modo a
assegurar a qualidade dos produtos e o seu melhor aproveitamento.
De fato, hoje há diversos métodos no mercado para uma armazenagem
eficiente, porém segundo Dias (1995), não há uma fórmula pré-estabelecida, o
sistema do almoxarifado deve-se adequar às condições encontradas e específicas
para a armazenagem dos produtos e sua organização. Deste modo, a característica
de um sistema de almoxarifado relaciona-se com a natureza do material, suas
características físicas e químicas.
Uma efetiva armazenagem está atrelada entre o custo da quantidade, da
localização, dos tipos de instalações e a sua responsividade, oferecendo um local
adequado.
3.2.1 Cuidado na armazenagem
Um sistema correto de almoxarifado baseia-se no máximo de aproveitamento
da matéria-prima e dos teus meios de armazenagem e movimentação. Há situações
41
envolvendo produtos que exigem instalações adequadas para a sua natureza, desde
controle de luz, temperatura, umidade, manuseio, etc. (DIAS,1995)
Independente de qual tipo de material a serem armazenados, as decisões de
acordo da localização, capacidade e flexibilidade das instalações pode sim intervir
no desempenho na cadeia de suprimento.
3.2.2 Critérios de armazenagem
Há vários critérios de armazenagem, o que se deve levar em consideração na
hora de escolher qual é o melhor para a gestão de estoque é a fragilidade do
produto, combustibilidade, a volatilização, oxidação, explosividade, intoxicação,
radiação, corrosão, inflamabilidade, volume, peso e forma. Todos esses critérios
devem ser analisados para que haja segurança e evite prejuízo na gestão de
armazenagem. (KRIPPENDORFF,1972)
3.2.3 Métodos de armazenagem
De acordo com Krippendorff (1972), os materiais que serão armazenados não
vigoram regras taxativas que regulam o modo como os materiais devem ser
dispostos em armazém. Por essa razão, existem vários fatores que devem ser
analisados, como citados anteriormente, para só assim então decidir qual espaço
físico é mais conveniente, só depois de analisados esses critérios, ponderado os
prós e contras de cada um, escolher-se à qual método de armazenagem irá atender
melhor o fluxo de materiais.
a) armazenagem por tamanho : esse método permite bom aproveitamento do
espaço, mas exige um rigoroso controle de entrada e saída;
b) armazenagem por agrupamento: este critério facilita o fiel as tarefas de
arrumação e busca, mas nem sempre permite o melhor aproveitamento do
espaço.
c) armazenamento por frequência : determina a localização, armazenar
próximo da saída do almoxarifado o material que cuja frequência de
movimento é maior.
d) armazenagem especial, qual deve levar em consideração:
os ambientes climatizados;
42
os produtos inflamáveis, que devem ser armazenados de acordo com
as normas de segurança;
os produtos perecíveis, de acordo com a validade.
Deve-se levar em consideração também a área externa e interna de
armazenagem e a qual o produto irá ficar mais bem armazenado devido à natureza
do material, dessa forma é possível diminuir o custo e aumentar o espaço interno
para os materiais que necessitam de uma área coberta e maiores cuidados. Podem
ser colocados nas áreas externas os materiais a granel, chapas metálicas, peças
fundidas, tambores e containers.
Há coberturas alternativas, para quando não há espaço suficiente para a
expansão do almoxarifado, tendo um menor custo. Não depende do método de
armazenamento ou critério que for escolhido, deve levar em consideração observar
as indicações contidas nas embalagens que necessitam de cuidados especiais e
não podem ficar nas áreas externas sem coberturas. (ROSA, 2003)
3.3 Distribuição
Conforme Martins e Campos (2006, p.405), “a última fase da logística antes
do começo da utilização do produto pelo cliente é a da distribuição, o conjunto de
atividades entre o produto pronto para o despacho e a sua chegada ao consumidor
final”.
A distribuição pode-se adotar um sistema de manuseio, no qual engloba a
melhoria de circulação, localização estratégica de almoxarifado, melhoria nos
serviços ao usuário e maior disponibilidade. (MARTINS e CAMPOS, 2006)
Este sistema deve ser bem definido, por exemplo, na melhoria de circulação
devem-se criar corredores bem definidos, endereçamento fácil e equipamentos
eficientes.
No tocante a localização estratégica para tornar o manuseio viável, mesmo
em lugares distantes na fábrica, os pontos consumidores devem ser próximos. As
mercadorias próximas aos pontos consumidores facilitam a chegada até o usuário,
tornando mais rápida e eficiente com menor risco de deterioração ou quebras, dando
ao consumidor mercadorias de melhor estado e acelerando o ritmo de trabalho.
A disponibilidade do material está atrelada com o sistema de movimentação,
desta forma, a seleção de equipamento deve ser funcional, operacional e
43
economicamente mais indicado para cada caso aplicado.
A movimentação do material dispõe de uma forma que seja em sequência de
operações, dentro do possível, que tenha um arranjo linear, pois diminui as
distâncias desnecessárias e reduz a frequência de transporte manual.
Leva-se também em conta a segurança dos operadores e o pessoal
circulante, na escolha do equipamento de transporte.
Os equipamentos de movimentação é outro aspecto importante, a sua
escolha deve ser analisada, por exemplo, o produto transportada, a edificação do
espaço, o custo de movimentação, a área necessária para o funcionamento do
equipamento, a fonte de energia, a direção e a operadora. “À medida que o
transporte fica mais barato e de fácil acesso, contribui para aumentar a competição
no mercado, garantir a economia de escala e reduzir os preços das mercadorias”.
(POZO, 2008. p.173)
Há dispositivos de carga, descarga e manuseio como: transportadores
(correias, fitas metálicas, roletes); guindastes, talhas, elevadores, veículos industriais
(tratores, veículos especiais); plataformas fixas e móveis, rampas, containers,
pallets, bobinas, empilhadeiras, paleteiras, embalagens, entre outros. (DIAS, 1995).
3.4 Enterprise Resourse Planning (ERP)
O Enterprise Resource Planning (ERP) ou Sistema Integrado de Gestão
Empresarial tornou-se uma ferramenta muito utilizada entre as empresas, o sistema
de software faz com que se torne capaz a integração de todos os setores para a
otimização do fluxo de informações.
ERP nada mais é do que um termo genérico que pretende identificar o conjunto de atividades executadas por um pacote de software modular e tem por seu principal objetivo, o auxílio dos processos de gestão de uma empresa. Em sua essência, o ERP torna a troca de informação conveniente, para a pessoa certa, no momento ideal. (SOUZA, 2005, p. 14)
O software torna-se importante para o gerenciamento de estoque, pois
permite através de um sistema automatizado a redução de perdas e desvios de
materiais e facilita a emissão de inventários rotativos e gerais, também permite ao
44
gestor a oportunidade de realização de análises da movimentação de mercadorias,
histórico de vendas e prazos de entregas dos fornecedores.
3.5 Kanban
O sistema Kanban tem por finalidade aumentar a eficiência no controle de
estoque, sendo capaz de verificar os níveis de reposição dos produtos de acordo
com a demanda de venda.
Segundo Paleoschi e Buco (2 8, p. 27) “o sistema Kanban é utilizado para
controlar células de fabricação, estoques no almoxarifado, reposição de produtos
acabados para venda, entre outros”
Moreira (2008) explica que o sistema Kanban usa sinais visuais simples para
o controle do movimento de materiais na área de trabalho com a intenção de facilitar
ao trabalhador produzir a quantidade de produtos específicos para que não seja
formado um estoque oneroso.
3.6 Inventário rotativo
O controle de estoque vem se destacando cada vez mais entre as empresas,
pois a qualidade das informações de estoque passou a ser de extrema importância
para tomadas de decisões. O inventário é um processo para certificar que o estoque
físico corresponde ao estoque contábil. É uma ferramenta que proporciona
indicadores de desempenho da qualidade de um armazém.
Conforme Dias (2009), o inventário rotativo distribui as contagens em
intervalos (ou ciclos) regulares ao longo do ano ou exercício, com maior frequência,
porém numa quantidade menor de itens por vez. Logo com menor duração unitária
de operação.
Para Bertaglia (2003) identifica algumas vantagens em se optar pela
contagem cíclica em vez do inventário físico geral, a saber: identificação das causas
dos problemas, correção dos erros, eliminação dos inventários físicos, concentração
dos esforços em áreas críticas, redução dos erros de contagem, pessoal mais
especializado envolvido, planejamento mais confiável e estoques em níveis
adequados.
45
3.7 Perfil do almoxarife
Afirma Rosa (2003), é necessário que os profissionais de almoxarifado
estejam em constantes treinamentos, in company e também externos, que sejam
conduzidos por empresas que tenha especialidades na área.
A escolaridade mínima para o almoxarife deve ser o curso médio completo, preferencialmente técnico, na área mecânica, elétrica, química ou eletrônica, pois essas áreas facilitam o trabalho, no caso de indústrias e grandes distribuidores. E curso técnico de administração hospitalar, hotelaria e similares, para melhor manuseio e conhecimento de mercadorias em geral. (ROSA, 2003. p.65)
O Almoxarife é o responsável pela guarda física dos materiais em estoque,
organização, controle, distribuição, recebimento, transporte e obedece as normas de
segurança, higiene do trabalho e os procedimentos ambientais.
46
CAPÍTULO lll
A PESQUISA
1 INTRODUÇÃO
Foi dissertado nos capítulos anteriores que para as empresas garantirem a
sua liquidez no atual cenário econômico e empresarial, faz-se necessário a
utilização de seus recursos de maneiras efetiva, sendo que um deles é a gestão de
estoques.
Segundo Alt e Martins (2003), os estoques correspondem a uma parte dos
ativos das organizações e tem grande impacto na rentabilidade da empresa,
atribuindo um cuidado redobrado do administrador.
Vale ressaltar que a tese de Pozo (2008), afirma que estoques elevados
exigem um necessidade de um auto capital de giro, e por consequência, custos
elevados.
A Paulistinha Perfumaria é uma empresa varejista, contado com um mix
variado de produtos entre cosméticos e perfumaria, conta aproximadamente com 36
colaboradores, localizada na Rua: Floriano Peixoto, n° 403, CEP:16400-100, Lins,
São Paulo.
Com o objetivo de verificar a importância da gestão de estoque para liquidez
da empresa bem como evitar o fenômeno de ruptura no almoxarifado, foi realizada
uma pesquisa de campo descritiva com abordagem qualitativa na empresa
Paulistinha Perfumaria Lins, no período de fevereiro a outubro de 2018.
Os objetivos específicos que nortearam a pesquisa foram:
a) descrever a evolução histórica da Paulistinha Perfumaria Lins;
b) fundamentar as teorias referentes a gestão de estoques;
c) apresentar o funcionamento do estoque da Paulistinha Perfumaria Lins;
d) identificar as ferramentas de gestão de estoque adotadas pela Paulistinha
Perfumaria Lins;
e) apresentar se as ferramentas são suficientes para evitar o fenômeno de
ruptura.
Para a realização da pesquisa utilizou-se dos seguintes métodos:
47
a) método de estudo de Caso: foi realizado um estudo de caso na
Paulistinha Perfumaria de Lins, analisando a importância da gestão de
estoque para liquidez da empresa.
b) métodos de observação sistemática: foram observados, analisados e
acompanhados os procedimentos aplicados na gestão dos estoques para
um controle da eficaz.
c) método histórico: foi observada a evolução histórica da empresa
Paulistinha Perfumaria Lins.
Técnicas:
a) roteiro de estudo de caso (APÊNDICE A).
b) roteiro de observação sistemática (APÊNDICE B).
c) roteiro histórico da Paulistinha Perfumaria (APÊNDICE C).
d) roteiro de entrevista para o proprietário da Paulistinha Perfumaria
(APÊNDICE D).
e) roteiro de entrevista para o estoquista (APÊNDICE E).
2 O FUNCIONAMENTO DO ESTOQUE NA PAULISTINHA PERFURMARIA
LINS
2.1 O estoque
Para Pozo (2007, p.37), “é notório que todas as organizações de
transformação devem preocupar-se com o controle de estoques, visto que
desempenham e afetam de maneira bem definida o resultado da empresa”.
O estoque da empresa requer total controle, pois nele há entrada de matéria
prima, armazenagem, circulação de produtos dentro da empresa e saída de produto
acabado, mediante a todo esse trânsito é de suma importância que as empresas
tenham um bom controle de estoque, já que essa conta compõe o balanço da
empresa assim afetando o resultado.
O estoque é como um amortecedor entre o que a empresa precisa para seu
funcionamento e demandas de mercadoria estocada. O seu uso, como regulador da
demanda interna, é responsável em média por dois terços dos custos de todo os
gastos com sistema de material da empresa. A preocupação é manter o seu nível o
48
mais baixo possível, reduzindo gastos, e ao mesmo tempo, não deixar faltar produto
para atender a demanda. (ROSA, 2003).
O estoque fica localizado no segundo andar do prédio, tomado toda a área
para estoque. Os responsáveis pelo estoque são os dois estoquistas, respondendo a
eles o menor aprendiz. O estoque conta com um sistema integrado para seu
controle. O estoque é divido por cinco ruas, contendo dezesseis prateleiras em cada
rua com oito níveis cada.
Figura 6 – Prateleiras no estoque
Fonte: Paulistinha Perfumaria, 2018.
A disponibilidade do material; a distância a percorrer para ser entregue ao
solicitante; o tempo – quanto menor, melhor – da movimentação; a menor espera do
usuário para receber o material, tudo isso faz parte da disponibilidade imediata do
material. Desse modo um estudo do layout do almoxarifado tem por finalidade a
menor distância entre os pontos. (ROSA, 2003).
2.2 O recebimento dos produtos no estoque
Segundo Vendrame (2016), a entrada de matérias tem como objetivo efetuar
a recepção dos veículos e a triagem de seus documentos, para que seja efetuada a
descarga.
O recebimento da mercadoria na loja começa ao descarregar o produto. É
feita uma pré-conferência por quem recebe a mercadoria, é checado de primeira
mão se as quantidades de caixas estão corretas, se a embalagem não sofreu
nenhum dano e se as informações das notas estão em conformidade com a
49
quantidade recebida.
A atividade de recebimento de mercadoria visa garantir o rápido desempenho
das matérias adquiridas pela empresa, zelando para que as entradas reflitam a
quantidade estabelecida, na época certa e ao preço contratado (VIANA, 2006).
O colaborador responsável pelo acompanhamento do descarregamento até o
recebimento é responsável por checar no sistema se a nota fiscal possui algum
aviso de devolução de mercadorias ao fornecedor. Após esse processo é iniciado o
processo de conferência qualitativa, quantitativa e a regularização, que são
realizadas no estoque da empresa onde o colaborador fica encarregado de receber
estes volumes e iniciar a entrada no sistema da empresa.
2.2.1 Conferência quantitativa
A conferência quantitativa segundo Vendrame (2016), é a atividade que
verifica se a quantidade declarada pelo fornecedor na nota fiscal corresponde à
efetivamente recebida, portanto, típica de contagem, devendo-se optar por um
modelo de conferência por acusação, no qual o conferente aponta a quantidade
recebida, desconhecendo a quantidade faturada pelo fornecedor, conhecido como
princípio da contagem cega.
Assim que a mercadoria chega à empresa é feita a apresentação da nota
fiscal pelo entregador para uma colaboradora que confere se a nota fiscal está no
sistema da empresa; se não houver nenhuma devolução ou recusa no recebimento
a mercadoria é enviada para o estoque da empresa, se houver, o setor do financeiro
é acionado para a resolução do problema.
A mercadoria chega ao estoque é feita à checagem dos volumes, se os
volumes estiverem corretos com os da nota fiscal é assinado o conhecimento de
frete e o canhoto da nota fiscal que são entregues para o entregador, se não, é dado
um prazo de 72 horas para o entregador retirar o canhoto e o conhecimento de frete.
Quando não há contagem na hora, não existe problema com a nota fiscal nem
com a mercadoria, a liberação do canhoto e o conhecimento de frete são feitas no
ato para o entregador.
Depois disso, é feita a checagem das etiquetas das mercadorias, se elas
estiverem corretas é iniciada a conferência qualitativa, se não, a transportadora é
acionada para realizar a troca da mercadoria.
50
2.2.2 Conferência qualitativa
Confirmando-se a qualidade e o controle do que foi acordado, conclui-se que
o material está adequado para o recebimento, essa é a conferência qualitativa ou
inspeção técnica. (VENDRAME, 2016)
Na conferência qualitativa é feita a checagem das mercadorias: é verificada a
integridade das caixas, dos volumes, aferição dos produtos para conferir se não
estão vazando ou outros tipos de defeitos.
Se a mercadoria passar pela conferência qualitativa, ela é lançada no sistema
e é feita a preparação para o armazenamento; caso contrário, é tomada duas
decisões: 1) ligar para o fornecedor informando o que aconteceu; e 2) fazer a
reclamação no canhoto da Nota Fiscal ou no conhecimento de frete dependendo de
cada situação.
2.2.3 Regularização
Segundo Vendrame (2016), caracteriza-se pelo controle do processo de
recebimento, pela confirmação da conferência quantitativa e qualitativa, por meio do
laudo da inspeção técnica e da confrontação das quantidades conferidas versus
faturadas.
Para que seja realizada a regularização dos pedidos que chegam ao estoque
da empresa, a regularização se baseia pelas conferência quantitativa e qualitativa,
onde no sistema realiza o confronto das quantidades conferidas versus faturadas
pelo fornecedor.
Em caso que as quantidades conferidas versus faturadas não baterem checa-
se o pedido, e verifica-se se existe alguma ocorrência. Muitas vezes a empresa tem
problemas por faltas, trocas de produtos, sobras e troca de volumes pelas
transportadoras. Quando ocorre faltas, é passado para o fornecedor um e-mail
avisado sobre as faltas, e caso haja sobras também se comunica.
Para que se realize este processo de liberação da nota fiscal e canhoto de
frete, as quantidades faturadas devem ser iguais as faturadas, em caso de avarias é
anotado no canhoto da nota fiscal onde é uma recomendação as empresas. Após
51
todo esse processo se tudo estiver em conformidade já é liberado para o financeiro a
nota fiscal e a liberação para o pagamento ao fornecedor.
2.3 O controle dos estoques
O controle de estoque é de extrema importância para uma organização, já
que o objetivo maior é ter o produto certo, na quantia certa, na hora certa, em
condições favoráveis ao custo mínimo para a plena satisfação do cliente e dos
acionistas. (POZO, 2007)
Na Paulistinha Perfumaria é adotado alguns métodos para controle de
estoque, o principal é o inventario rotativo, onde é realizado pequenas conferências
diárias e um controle rigoroso de entradas e saídas do estoque.
Segundo Chiavenato (2005), deve-se controlar e planejar para manter os
estoques em níveis adequados para que consiga dimensionar ou reduzi-los sem
correr riscos de aumentar os custos financeiros ou afetar o processo produtivo.
O controle de fluxo de produtos na empresa é feito através de seu ERP, onde
no processo de recebimento dos produtos já se separam os produtos que já zeram
na área de vendas ou que estão com as quantidades abaixo da que são cadastradas
nas gondolas.
Figura 7 - Separação de produtos
Fonte: Paulistinha Perfumaria, 2018.
Na figura 7, mostra o processo de separação, indicando a quantidade que vai
para área de vendas e o número da caixa de transporte, e a quantidade que ficará
em seu deposito, onde é registrada sua validade e o local de armazenamento no
estoque.
52
Para o transporte destes produtos são utilizadas caixas de transporte com
números que servem para o controle de rastreio e também registro do responsável
pela caixa. Quando esses caixas chegam a área de venda os colaboradores
abastecem as gondolas com esses produtos.
Figura 8 - Caixas de Transporte
Fonte: Paulistinha Perfumaria, 2018.
Após as quatro fases do recebimento dos produtos vem a armazenagem dos
produtos que chegam ao estoque que são transportados por carrinhos até sua seção
no estoque, como mostra a figura 9:
Figura 9 - Movimentação no estoque
Fonte: Paulistinha Perfumaria, 2018.
A reposição das mercadorias vendidas que já estão em seu estoque é feita
através de seu ERP que possui níveis de reposição onde o colaborador utiliza um
tablet e um carrinho com caixas de transporte para realizar essa separação.
53
A figura 10 mostra as informações de local do produto no estoque, a
quantidade que cabe na área de venda, a quantidade a separar, a caixa de
transporte utilizada e a quantidade do produto no estoque.
Figura 10 - Reposição de produtos vendidos
Fonte: Paulistinha Perfumaria, 2018.
Como um processo muito importante do controle de estoque é o inventário,
cuja finalidade de conferência dos estoques, a Paulistinha utiliza é o inventário
rotativo, onde todos os dias o setor de compras seleciona um grupo de produtos a
serem conferidos com o objetivo de evitar estoques obsoletos e a atualização de
seus estoques para uma melhor gestão de suas compras.
A figura 11 mostra o processo de conferência onde o saldo total do produto é
composto pela quantidade que o colaborador da área de vendas registra no sistema,
juntamente com a conferida no estoque pelo conferente.
Figura 11- Tela de conferencia
Fonte: Paulistinha Perfumaria, 2018.
54
2.4 As ferramentas que a empresa utiliza para gestão de estoques
Para que a Paulistinha Perfumaria tenha um controle de seus estoques
dispõe de algumas ferramentas que utiliza para maximizar seus resultados e
melhoras seus processos, tais como o ERP e o Kanban.
2.4.1 Enterprise Resource Planning (ERP)
O ERP é utilizado na Paulistinha para que seja realizado o cadastro de todos
os produtos da loja para que seja feito o efetivo controle de entrada e saída de
produtos. Na empresa, a ferramenta informa o histórico de vendas de produtos e
geram informações das vendas sazonais permitindo saber em qual época do ano
determinado produto é mais vendido.
O ERP contribui efetivamente para o resultado positivo no estoque da
Paulistinha, pois ele fornece (relatórios) sobre o estoque de sua empresa e torna
possível o acompanhamento do nível da demanda dos produtos tornando-se mais
seguro para uma negociação com fornecedores quando houver envolvimento de
preços, prazos de entrega e condições de pagamento.
2.4.2 Kanban
O Kanban é uma ferramenta que pretende aumentar a eficiência da produção
na empresa. Ele sinaliza quando os níveis do estoque estão completos ou quando
precisam ser reabastecidos.
O sistema Kanban foi adotado pela Paulistinha Perfumaria com a pretensão
de reduzir as quantidades de produtos em processo e de produtos acabados. Ele
serve para identificar os produtos que possuem maior demanda para que seja feita
sua devida reposição sem que haja ruptura de estoque; também contém os pedidos
de compras utilizando o controle visual e disponibiliza os materiais na quantidade,
local e hora definida.
Em uma indústria, o Kanban é sinalizado com cartões que são representados
pelas cores verde, amarelo e vermelho, o qual respectivamente informa quando o
nível de produto está completo, acabando e quando há ruptura, na Paulistinha o
55
Kanban foi utilizado com o mesmo propósito de identificar os níveis, mas foram
representados por nomes de níveis e não por cores.
Os níveis de reposição de produtos na Paulistinha com o Kanban foram
denominados como:
a) completo: são todos os itens vendidos na loja;
b) urgente: localiza os itens que teve alta demanda e estão acabando nas
gôndolas de exposição ao cliente ou quando há metade de produtos
disponível em toda loja;
c) resumido: busca itens do completo e urgente e faz o resumo do que
precisa ser reposto.
2.5 O fenômeno de ruptura
Na Paulistinha, o setor de perfumaria tem seus respectivos produtos que são
expostos em gôndolas nos corredores da loja para os clientes. Quando a mercadoria
é 100% vendida e chega ao fim nas prateleiras, automaticamente o sistema avisa o
setor de estoque para que seja feita a reposição imediata. Se não houver produtos
em estoque, houve uma ruptura e os responsáveis irão solicitar o setor de compras
para fazer o pedido das mercadorias e quando os produtos chegam na loja, é feito a
reposição nas gôndolas novamente.
Novaes (2007), ressalta que onde as mercadorias são mais ofertadas aos
clientes são nas gôndolas e prateleiras de produtos da loja, o qual torna um meio
muito importante para a comercialização dos produtos.
2.6 Parecer final do caso
Em toda empresa o estoque é de suma importância, seja ela de pequeno,
médio ou grande porte. É lá que se armazena o principal investimento da empresa:
produtos de qualidade para seus clientes.
Para Dias (2009), estoque tem a função de equilibrar o fluxo de materiais e
serve como amortecedor na entrada e saída de produtos. O objetivo do estoque é
aperfeiçoar os investimentos em materiais, resultando em um aumento do uso
eficiente da empresa bem como minimizar a utilização de capital investido.
56
Para tanto, com grandes estoques, devem-se vim grandes gestões, para que
o dinheiro não fique parado e assim gere resultados positivos para empresa: a
satisfação dos seus clientes e um quociente líquido positivo.
Na Paulistinha Perfumaria há um método de gestão de estoque: o inventário
rotativo, que consiste na conferência da quantidade dos produtos de maneira
constante para que assim não aconteça a falta de produtos e que haja a garantia de
sua reposição.
A empresa conta com apenas um estoque que abastece o setor de
“Perfumaria”, setor que está sendo discutido neste estudo, e o setor “Bazar”, que
não foi abordado neste estudo. O setor da “Perfumaria” fica no térreo, enquanto o
“Bazar” fica no primeiro andar.
O controle começa quando a mercadoria chega à loja, assim que os produtos
chegam é realizado uma pré-conferência, na qual a intenção é identificar se a
mercadoria está de acordo com à quantidade solicitada, a qualidade e verifica-se a
integridade dos itens evitando o recebimento de produtos com defeitos.
Realizado a conferência, os produtos serão armazenados no estoque da
Paulistinha. Caso a mercadoria seja recusada, ela é devolvida para o fornecedor ou
para a transportadora, dependendo de cada caso, para que seja feita a troca de
mercadoria.
O estoque de produtos fica localizado no mesmo prédio da empresa, com
isso, tornou-se então fácil o acesso às mercadorias para que seja feito o
reabastecimento sem atrasos com a intenção de evitar atrasos na reposição dos
produtos para as prateleiras.
Ao decorrer do trabalho, foram coletadas informações sobre as ferramentas
utilizadas na Paulistinha Perfumaria para seu controle de estoque, uma delas é o
inventário rotativo que tem a intenção de manter o controle dos produtos
armazenados no estoque. O inventário rotativo é feito diariamente na empresa para
averiguar os níveis de estoque e, caso necessário, solicitar ao setor de compras a
reposição.
O Kanban, por sua vez, informa ao setor de estoque o nível de produtos que
estão armazenados para que tenha o efetivo controle do estoque.
O fenômeno de ruptura acontece devido ao fato de acontecer algumas
divergências entre o setor de compras e o setor de estoque, muitas vezes o produto
57
acaba nas prateleiras e o setor de compras, por vezes, adia a compra do produto
acabado, dificultando, assim, a reposição no estoque e nas prateleiras.
A Paulistinha Perfumaria capitaliza e crê nos seus valores que são:
responsabilidade, ética, transparência, inovação e satisfação dos clientes.
Diante da pesquisa exposta, constata-se que a ferramenta de inventário
rotativo garante que não aconteça a ruptura do estoque, contudo, a ruptura ainda
acontece devido ao fato do setor de compras não efetivar a aquisição das
mercadorias em período adequado para que se garanta o abastecimento do estoque
antes que as mercadorias acabem.
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
A Paulistinha Perfumaria busca ser sempre responsável, ter ética, ser
transparente nas suas relações, inovar sempre e alcançar a satisfação de seus
clientes. A empresa ainda conta com um grande mix de produtos para atender
melhor seus clientes.
No período no qual foi feita a pesquisa da empresa Paulistinha Perfumaria, foi
verificado que existe uma boa gestão do estoque, devido a uma gerência que está
sempre atenta às necessidades de atualizações e melhoramentos contínuos da
empresa. A ferramenta que a organização adota para garantir é o inventário rotativo.
Apesar da ferramenta de inventário rotativo garantir a não existência do
fenômeno de ruptura, ele ainda acontece devido as divergências entre o setor de
compras e setor de estoque, conforme exposto no item anterior. Diante disso, foi
identificada a necessidade de melhoria na gestão de estoque da empresa.
Destarte, propõe-se:
a) fazer uma análise de consumo por produto por fornecedor, para se ter
conhecimento de quais produtos são mais vendidos por fornecedor;
b) adoção de estoque máximo, para não comprar mais do que o necessário
e evitar o estoque obsoleto e capital parado no estoque;
c) adoção do estoque mínimo, para se ter uma quantidade mínima de
produtos enquanto não é feita a reposição dos produtos vendidos;
d) adoção do estoque de segurança, para se ter uma quantidade de
produtos no estoque caso aconteça algum imprevisto com a entrega dos
pedidos;
58
e) promoção de treinamento para os colaboradores, para que eles utilizem o
sistema de maneira correta e o fluxo de informação seja constante e
correto;
f) construir uma planilha de controle de estoque real e planejado, para se ter
uma base daquilo que está no estoque e o que vai entrar.
59
CONCLUSÃO
O estudo de caso foi desenvolvido no estoque da Paulistinha Perfumaria, com
o objetivo de verificar a importância da gestão de estoque para a liquidez da
empresa bem como para evitar o fenômeno de ruptura nos estoques. Através das
pesquisas foi possível confrontar o referencial teórico com a atual gestão de estoque
da empresa em estudo.
Após todas estas análises pode-se concluir que o controle de estoque é uma
conta muito importante que compõem o balanço da empresa. Pois, grande parte do
capital da empresa está empregada na mesma, por isso a necessidade de ter uma
excelente gestão.
Como vimos, se a empresa não tiver um rigoroso controle de estoque e uma
boa gestão, poderá ter grande percas. A empresa deve saber quais os seus níveis
de estoque. Como mínimo e máximo, já que ruptura do estoque traz resultados
negativos, podendo até mesmo perder o cliente. O contrário também é ruim, ter
demasia no estoque, pois essa situação traz despesas, custos e prejuízos. Essas
duas situações afetam o balanço da empresa e diminuindo a margem de lucro,
afetando a liquidez da empresa.
Ter parceiros como fornecedores é de grande importância, pois são eles que
vão colaborar para o bom funcionamento da empresa. É de suma importância que
os mesmos cumpram com os prazos de entrega e facilitem caso precise ser feita a
troca de mercadorias com defeitos ou necessite de uma demanda de produto em
curto prazo.
As ferramentas apresentadas de gestão de estoque são para potencializar o
seu gerenciamento, de forma que a empresa tenha cada vez mais competitividade e
se destaque no mercado. O responsável pelo estoque deve analisar e decidir de
acordo com a necessidade da empresa, qual melhor ferramenta se adequa a sua
realidade, podendo ser mudada quando achar necessário.
Dessa forma, conclui-se que, com a realização desse trabalho, que a
pergunta problema foi respondida de maneira satisfatória, onde o inventario rotativo
é importante, pois através dele é possível saber se seu controle de gestão está
sendo eficaz ou não. Comparando os números no sistema com o físico. Porém, o
fenômeno de ruptura acontece devido a divergências entre o setor de compras com
o setor de estoque: a aquisição de produtos é feita de maneira errônea, resultando
60
assim em atrasos para recomposição do estoque bem como para as prateleiras de
vendas.
61
REFERÊNCIAS
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63
MOREIRA, Daniel Augusto. Administração da produção e operações. 2. ed. rev. e ampl. São Paulo: Cengage Learning, 2008. NOVAES, Antonio Galvão. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Distribuição: Estratégia, Operação e Avaliação. 3. ed. Editora Campus. Rio de Janeiro, 2007. PALEOSCHI, Bruno; BUCO, Cidálio dos Reis. Logística internacional: Aspectos econômicos internacionais, comércio e portos. São Paulo: Érica, 2018. POZO, Hamilton. Administração de recursos materiais e patrimoniais: uma abordagem logística. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007. ______, Hamilton. Administração de recursos materiais e patrimoniais: uma abordagem logística. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2008. ROSA, Clóvis. Gestão de almoxarifados: uma abordagem prática. São Paulo: Edicta, 2003. Salon Line <https://salonline.com.br/sobre-nos/>; acesso em 26 mai. 2018. SANTOS, Ana Claudia et al. Gestão de almoxarifado: JBS – Divisão Carnes. 2012. Trabalho de Conclusão de Curso (Administração), Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, Lins, 2012. Shine Blue <http://www.shineblue.com.br/shineblue.php>; Acesso em 26 mai. 2018. SOUZA, Luís Gustavo Guedes de. ERP: Principais conceitos, vantagens e desvantagens. 2005. 46. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação), Universidade Presidente Antônio Carlos – UNIPAC, Barbacena, 2005. SLACK, Nigel et al. Gerenciamento de operações e de processos: Princípios e práticas de impacto estratégico. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013. TÓFOLI, Irso. Administração financeira orçamentária empresarial. São José do Rio Preto: Raízes Gráfica e Editora, 2012.
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Triffil <https://www.trifil.com.br/institucional/central-de-atendimento#quem-somos>; Acesso em 26 mai. 2018. VENDRAME, Francisco Cesar. Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais, 2016. Apostila da Disciplina de Administração, Faculdades UniSalesiano de Lins. VIANA, João. José. Administração de materiais: um enfoque prático. 6.ed. São Paulo: Atlas, 2006. Voga <http://vogacosmeticos.com.br/quem-somos/>; Acesso em 26 mai. 2018. Vult <https://www.vult.com.br/institucional/quem-somos>; Acesso em 26 mai. 2018.
65
APÊNDICES
66
APÊNDICE A – ROTEIRO DE ESTUDO DE CASO
1 INTRODUÇÃO
Será realizado um levantamento de dados da evolução da Gestão de Estoque
na empresa Paulistinha Perfumaria e Presentes para verificar a sua importância para
a liquidez da empresa bem como para evitar o fenômeno de ruptura no
almoxarifado.
1.1 Relato do trabalho realizado referente ao assunto estudado
As informações serão coletadas através de entrevista para o Gestor de
Estoque em visita ao local da empresa.
1.2 Discussão
Através da pesquisa será realizado confronto entre teoria e prática, através de
referencial teórico estudado.
1.3 Parecer Final
Parecer final sobre o caso e sugestões sobre melhorias na Gestão de
Estoque da empresa.
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APÊNDICE B – ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO SISTEMÁTICA
I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Empresa:
Localização:
Cidade: Estado:
Atividade:
II ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS
1. Gestão de estoque.
2. O processo de funcionamento do estoque na empresa.
3. A liquidez da empresa.
4. Os recursos.
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APÊNDICE C – ROTEIRO DO HISTÓRICO DA EMPRESA
I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Empresa:
Localização:
Cidade: Estado:
Atividade:
Data da Fundação:
II ASPECTOS HISTÓRICO DA EMPRESA.
1 Evolução Histórica da Empresa
2 Missão, Visão, Valores
3 Evolução
4 Processos produtivos
5 Produtos
6 Concorrentes
7 Clientes
8 Fornecedores
9 Projeto de Expansão
10 Organograma
11 Responsabilidade Social e Ambiental
12 Propagandas e Promoções
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APÊNDICE D – ROTEIRO DE ENTREVISTA PARA O PROPRIETÁRIO DA
EMPRESA
I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Nome:
Cargo:
Escolaridade:
Experiências Profissionais:
Outras Experiências:
Residência / Local:
II PERGUNTAS ESPECÍFICAS
1. Qual o ano de abertura da empresa e quando foi estruturado o modelo de gestão
de estoque?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
2. Como foi feita a adequação ao modelo de gestão de estoque?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
3. Foi realizada alguma pesquisa para definir o modelo de gestão de estoque a ser
utilizado?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
4. Quais aspectos observados permitiu que a empresa verificasse a necessidade de
um modelo de gestão de estoque?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
5. Qual é o modelo de gestão de estoque utilizado pela empresa?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
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6. Quais são seus principais concorrentes?
_______________________________________________________________
____________________________________________________________________
7. Qual o diferencial da sua empresa?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
8. É feito um estudo para identificar o público potencial do produto/serviço?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
8.1 Se sim, de que forma?
_________________________________________________________________
9. Qual a importância da gestão de estoque para otimizar os recursos?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
10. Quais são os benefícios que a gestão de estoque proporciona à empresa?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
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APÊNDICE E – ROTEIRO DE ENTREVISTA PARA O ESTOQUISTA
I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Nome:
Cargo:
Escolaridade:
Experiências Profissionais:
Outras Experiências:
Residência / Local:
II PERGUNTAS ESPECÍFICAS
1. Qual a importância de uma boa organização dentro de um estoque?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
2. Quais são as tarefas e reponsabilidades desta profissão?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
3. Como é efetuado o processo de recebimento das mercadorias na empresa?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
4. Como é feita a verificação quantitativa?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
5. Como é feita a verificação qualitativa?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
6. Como são armazenados os produtos que chegam a empresa?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
7. Como é feito o processo de distribuição dos produtos do estoque para loja?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
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8. Quais são os erros mais comuns no estoque?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
9. Como é feito a movimentação dos produtos que chegam ao estoque e como é
feito o processo de identificação deste produtos no estoque?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
10. Como é feita a rotina de inventario da empresa?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________