gestão de riscos de mobilidade e acessibilidade urbanas

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ARIOVALDO VIEIRA DA SILVA MILTON ROBERTO DE ALMEIDA

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Segurança de trãnsito para o pedestre. Análise de riscos, suas causas e alternativas de prevenção.

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Page 1: Gestão de Riscos de Mobilidade e Acessibilidade Urbanas

ARIOVALDO VIEIRA DA SILVAMILTON ROBERTO DE ALMEIDA

Page 2: Gestão de Riscos de Mobilidade e Acessibilidade Urbanas

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ARIOVALDO VIEIRA DA SILVA

Advogado, Gestor de Educação de Trânsito da CET – Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo

CURSO PRODUZIDO POR

MILTON ROBERTO DE ALMEIDA

Administrador, Gestor de Educação de Trânsito da CET – Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo

Page 3: Gestão de Riscos de Mobilidade e Acessibilidade Urbanas

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PROGRAMA

EVOLUÇÃO DO TRÂNSITO

CONCEITOS DE MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE

GESTÃO DE RISCOS NA MOBILIDADE URBANA

CONCEITOS DE GESTÃO DE RISCOS

Page 4: Gestão de Riscos de Mobilidade e Acessibilidade Urbanas

Caminhar era, inicialmente, a única forma que o homem tinha para deslocar-se.

Com sua capacidade criativa, desenvolveu novos e mais rápidos meios de transporte para atender suas necessidades de trabalho e lazer.

A mobilidade humana evoluiu...

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Page 5: Gestão de Riscos de Mobilidade e Acessibilidade Urbanas

Meios mais rápidos substituíram meios mais lentos....

PÉS BICICLETA TREM ÔNIBUS AUTOMÓVEL ?

Mas dentro de uma visão que tende a supor que o progresso dos transportes é linear.

Essa visão criou a sensação de que cada modal não tem nenhuma relação entre si, provocando uma disputa para ver quem leva vantagem no meio urbano.

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Page 6: Gestão de Riscos de Mobilidade e Acessibilidade Urbanas

De pequenas vilas... ... Para grandes Metrópoles!

Caminhos tornaram-se ruas.

Ruas tornaram-se avenidas.

Tudo sempre planejado para acomodar uma frota cada vez maior de veículos automotores.

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Page 7: Gestão de Riscos de Mobilidade e Acessibilidade Urbanas

Hoje a explosão urbana está provocando problemas sociais e econômicos graves.

A saúde das pessoas está mais ameaçada.

A violência urbana torna-se cada vez mais incontrolável.

A economia é prejudicada.

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Page 8: Gestão de Riscos de Mobilidade e Acessibilidade Urbanas

12/05/2008 - 08h00

Caos no trânsito reduz produtividade do país em

5%, diz pesquisaSílvio Crespo, do UOL Economia

Os problemas de congestionamento de automóveis devem limitar o potencial de crescimento econômico do Brasil e de outros países latino-americanos nos próximos anos, segundo estudo realizado pelo Citigroup.

A pesquisa levou em consideração o tempo que se gasta em viagens urbanas e concluiu que o trânsito gera uma perda de 5% na produtividade do Brasil. Entre os países da América Latina, apenas no México os gargalos de tráfego provocam uma perda semelhante à brasileira.

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AQUI TEMOS UM

EXEMPLO!

Page 9: Gestão de Riscos de Mobilidade e Acessibilidade Urbanas

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FOCANDO O TRÂNSITO DE PEDESTRESFOCANDO O TRÂNSITO DE PEDESTRES

Page 10: Gestão de Riscos de Mobilidade e Acessibilidade Urbanas

MOBILIDADE “Habilidade de movimentar-se, em

decorrência de condições físicas e econômicas.”

(VASCONCELOS, Eduardo A., 1996).

“A mobilidade é um atributo associado às pessoas e aos bens, corresponde às diferentes respostas dadas por indivíduos e agentes econômicos às suas necessidades de deslocamento, consideradas as dimensões do espaço urbano e a complexidade das atividades nele desenvolvidas.”

(VASCONCELOS, Eduardo A., 1996)

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Page 11: Gestão de Riscos de Mobilidade e Acessibilidade Urbanas

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MOBILIDADE URBANA“É um atributo das cidades e se refere à

facilidade de deslocamentos de pessoas e bens no espaço urbano.

Tais deslocamentos são feitos através de veículos, vias e toda a infra-estrutura (vias, calçadas, etc.) que possibilitam esse ir e vir cotidiano. (...)

É o resultado da interação entre os deslocamentos de pessoas e bens com a cidade. (...)”

(Anteprojeto de lei da política nacional de mobilidade urbana, Ministério das Cidades, 2. ed, 2005)

Page 12: Gestão de Riscos de Mobilidade e Acessibilidade Urbanas

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ACESSIBILIDADEPossibilidade e condição de

alcance, percepção e entendimento para

utilização com segurança e autonomia de edificações, espaço, mobiliário, equipamento urbano e elementos. (NBR 9050:2004)

A facilidade, em distância, tempo e custo, de se alcançar, com autonomia, os destinos desejados na cidade.

( ANTE-PROJETO DE LEI, DE 6 JULHO DE 2006, Art. 4º, Inciso X)

Page 13: Gestão de Riscos de Mobilidade e Acessibilidade Urbanas

A mobilidade centrada nas pessoas que transitam é ponto principal a ser considerado numa política de desenvolvimento urbano

O enfoque é o PEDESTRE, pois caminhar é a forma mais básica de mobilidade humana.

É através do caminhar que acessamos nossas áreas de trabalho, estudo, lazer , habitação e outros serviços essenciais.

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Page 14: Gestão de Riscos de Mobilidade e Acessibilidade Urbanas

MOBILIDADE e ACESSIBILIDADE são particularmente importantes para pessoas que possuem menos opções de transporte (pessoas com deficiências, idosos, crianças e pessoas com baixa renda).

Pobres condições de MOBILIDADE e ACESSIBILIDADE podem contribuir para a exclusão social, econômica e física de populações mais vulneráveis.

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Page 15: Gestão de Riscos de Mobilidade e Acessibilidade Urbanas

De acordo com os dados do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, aproximadamente 25 milhões de pessoas no Brasil apresentam algum tipo de deficiência.

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Page 16: Gestão de Riscos de Mobilidade e Acessibilidade Urbanas

A aplicabilidade dos conceitos de MOBILIDADE e ACESSIBILIDADE exige que os modais sejam vistos de forma integrada no ambiente.

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É necessário identificar as AMEAÇAS e RISCOS, reais ou potenciais, que possam comprometer a mobilidade urbana e buscar SOLUÇÕES para eliminá-las.

Page 17: Gestão de Riscos de Mobilidade e Acessibilidade Urbanas

É preciso conscientizar a sociedade, em geral, da necessidade de garantir a autonomia, independencia e segurança na utilização de todos os espaços, edificações, mobiliário e equipamentos urbanos.

Todos têm o direito de ir e vir, sendo necessárias a convivência e participação das pessoas, com suas diferenças, no ambiente de trabalho, estudo e diversão.

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Page 18: Gestão de Riscos de Mobilidade e Acessibilidade Urbanas

ANDAR é uma atividade humana básica que tem sido, frequentemente, menosprezada na ânsia de se construirem meios mais sofisticados de transporte.

Agora as pessoas querem mudar isso. Elas querem viver em locais de fácil

acessibilidade, seguros e agradáveis. Elas querem comunidades habitáveis

onde possam caminhar, socializar, andar de bicicleta e ter recreação.

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Page 19: Gestão de Riscos de Mobilidade e Acessibilidade Urbanas

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BENEFÍCIOS PROPORCIONADOS PELA MELHORIA DA MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE

Page 20: Gestão de Riscos de Mobilidade e Acessibilidade Urbanas

Redução nos custos de transportes. Elevação do número de consumidores nos centros

comerciais. Melhor uso das áreas de estacionamento: poderão ser

usadas para outras finalidades. Fortalece as atividades do comércio local e gera

empregos. Melhora o trânsito dos demais modais de transporte. Reduz custos com saúde por estimular a atividade física.

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ECONÔMICOS

Page 21: Gestão de Riscos de Mobilidade e Acessibilidade Urbanas

Melhora a acessibilidade das pessoas que estão com desvantagem de locomoção.

Reduz os custos externos de transporte (riscos de colisões, poluição, etc).

Fortalece a interação e coesão comunitária. Melhora a preservação de recursos culturais

(p. ex., construções históricas). Estimula o exercício físico.

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SOCIAIS

Page 22: Gestão de Riscos de Mobilidade e Acessibilidade Urbanas

Reduz a necessidade de terras para vias urbanas e estacionamentos.

Melhora a preservação ambiental Reduz o consumo de energia e emissão de

poluição Melhora a estética urbana Reduz a poluição das águas Contribui para reduzir o aquecimento global

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AMBIENTAIS

Page 23: Gestão de Riscos de Mobilidade e Acessibilidade Urbanas

“Qualidade urbana” refere-se à forma como os moradores percebem a qualidade social e ambiental de uma certa área urbana.

Isto inclui: segurança pública (de trânsito, pessoal), saúde pública, qualidade ambiental (poluição do ar e das águas, sonora), coesão comunitária (respeito, participação), oportunidades de recreação e entretenimento.

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QUALIDADE URBANA

Page 24: Gestão de Riscos de Mobilidade e Acessibilidade Urbanas

Criação de ambientes e melhores condições para a realização de caminhadas.

Menos poluição automobilistica prejudicial à saúde .

Menos poluição sonora. Redução de acidentes de trânsito e de

vítimas.

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SAÚDE

Page 25: Gestão de Riscos de Mobilidade e Acessibilidade Urbanas

Eqüidade refere-se à distribuição equilibrada e justa de recursos e oportunidades. Decisões sobre transportes podem afetar a eqüidade de várias maneiras, assumindo que as pessoas devem ser tratadas justamente e que a sociedade deve proporcionar apoio para as pessoas que estão em desvantagem.

Projetos de mobilidade e acessibilidade podem ajudar a atingir diversos objetivos de eqüidade de modo a proporcionar mobilidade básica para não motoristas, pessoas de baixa renda e pessoas com deficiencias.

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EQÜIDADE

Page 26: Gestão de Riscos de Mobilidade e Acessibilidade Urbanas

Isso posto, significa que, se quisermos ter um futuro melhor,devemos (todos nós) participar do processo de

GESTÃO DE RISCOS DEMOBILIDADE E ACESSIBILIDADE

URBANAS

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O futuro se sonha e se

constrói.É a vontade coletiva das pessoas que

torna o futuro real.

Page 27: Gestão de Riscos de Mobilidade e Acessibilidade Urbanas

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RISCO é a probabilidade de concretização de uma AMEAÇA.

AMEAÇA é algo, real ou imaginário, que compromete nossa SEGURANÇA, BEM-ESTAR, CONFORTO, TRANQUILIDADE.

Page 28: Gestão de Riscos de Mobilidade e Acessibilidade Urbanas

AMEAÇAS E RISCOS

◦ Eventos, coisas ou pessoas que podem provocar danos à integridade física e emocional das pessoas

◦ Importante lembrar que ameaças não surgem apenas de fatos ou situações RUINS.

◦ Fatos ou situações BOAS também podem ser geradoras de perigos para as pessoas.

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Page 29: Gestão de Riscos de Mobilidade e Acessibilidade Urbanas

GESTÃO

◦ Planejamento, organização, comando, coordenação e controle de recursos para eliminar ou reduzir as situações de risco.

Elementos básicos de um plano:◦ Doutrinas ou Políticas◦ Organização (Estrutura e Processos)◦ Pessoas ◦ Treinamento◦ Liderança◦ Materiais◦ Infraestrutura◦ Cultura (Senso de Missão)

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Page 30: Gestão de Riscos de Mobilidade e Acessibilidade Urbanas

GESTÃO DE RISCOS é um processo cientificamente fundamentado, formado pelas seguintes fases:

1 - IDENTIFICAÇÃO DAS AMEAÇAS – Tipos possíveis, potencial

destrutivo e probabilidade de ocorrência.

2 - ESTIMATIVA DE CONSEQÜÊNCIAS OU DANOS – Mortos, feridos,

danos materiais, custos. Caracterização dos riscos: alto risco, médio

risco, baixo risco.

3 - RECURSOS PARA ENFRENTAR AS AMEAÇAS – Humanos,

materiais, financeiros, tempo.

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Page 31: Gestão de Riscos de Mobilidade e Acessibilidade Urbanas

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Uma ameaça é uma fonte de perigo. É qualquer condição, existente ou potencial, que pode ferir ou matar pessoas ou provocar danos e perdas a equipamentos, veículos e outros bens.

As ameaças devem ser:a)Identificadasb)Avaliadas quanto a seu potencial de danos.

Pergunta-chave:“Para que tipos de ameaças

devemos estar preparados?”

Page 32: Gestão de Riscos de Mobilidade e Acessibilidade Urbanas

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Quem é ameaçado? Ex: idosos, pessoas com deficiencias, crianças.

Quando surgem as ameaças? Ex: hora do dia.

Onde ocorrem as ameaças? Ex: cruzamentos, locais pouco iluminados, calçadas irregulares.

Como se manifestam as ameaças? Ex: motoristas irresponsáveis.

Por que existem as ameaças? Ex: sensação de impunidade, falta de sinalização, comportamentos inseguros.

Page 33: Gestão de Riscos de Mobilidade e Acessibilidade Urbanas

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Onde estão as ameaças?

Que riscos (perigos) essas ameaças produzem?

Page 34: Gestão de Riscos de Mobilidade e Acessibilidade Urbanas

A rota acessível externa pode incorporar estacionamentos, calçadas rebaixadas, faixas de travessia de pedestres, rampas, etc.

A rota acessível interna pode incorporar corredores, pisos, rampas, escadas, elevadores etc.

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Onde estão as ameaças?Que riscos (perigos) essas ameaças produzem?

Page 35: Gestão de Riscos de Mobilidade e Acessibilidade Urbanas

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Onde estão as ameaças?

Que riscos (perigos) essas ameaças produzem?

Page 36: Gestão de Riscos de Mobilidade e Acessibilidade Urbanas

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Mortos, feridos, danos materiais, custos. Caracterização dos riscos: alto risco, médio risco, baixo risco.

Duas ferramentas importantes: HISTOGRAMA e DIAGRAMA DE CAUSA – EFEITO (ou de ISHIKAWA ou ESPINHA DE PEIXE)

VÍT

IMA

S

TIPO DE ACIDENTE

HISTOGRAMA

PROBLEMA

PESSOAS

PROCESSOS

MATERIAL

EDUCAÇÃOSINALIZAÇÃO

DIAGRAMA DE CAUSA e EFEITO

Page 37: Gestão de Riscos de Mobilidade e Acessibilidade Urbanas

Humanos, materiais, financeiros, tempo.

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TIPOS DE AMEAÇAS E CONSEQÜÊNCIAS

RECURSOS NECESSÁRIOS

CUSTOS

ORÇAMENTO

$ VÍTIMAS

Page 38: Gestão de Riscos de Mobilidade e Acessibilidade Urbanas

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Aqui, onde o curso termina, começa o seu trabalho de divulgar os conceitos de mobilidade e acessibilidade, em benefício da sociedade.

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