gestão de recursos materiais - aula 01

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  • 7/26/2019 Gesto de Recursos Materiais - Aula 01

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    FUNDAMENTOS DE GESTO DE RECURSOS MATERIAIS

    TCNICO DO BANCO CENTRAL DO BRASIL

    PROFESSOR RENATO FENILI

    Professor Renato Fenili

    Prezado(a) amigo(a) concursando (a),

    chegada a hora de nos dedicarmos ao to esperado concurso para

    Tcnico do Banco Central do Brasil.Meu nome Renato Ribeiro Fenili, sou natural de So Paulo e tenho 34

    anos. Atualmente sou Analista Legislativo atribuio tcnico em material epatrimnio, na Cmara dos Deputados. Antes disso, fui Oficial da Marinha doBrasil, servia embarcado em navio, tendo exercido o cargo de Chefe deMquinas por cerca de dois anos. Fazia cerca de 120 dias de mar por ano, oque no me deixava alternativa a no ser estudar sozinho... no era fcil!

    Fui aprovado em 6 lugar no concurso para a Cmara dos Deputadosde 2007, e tomei posse em 2008. Na poca, a banca escolhida para a

    conduo do certame foi a Fundao Carlos Chagas, e o contedoprogramtico do edital foi extremamente semelhante ao que abordaremosem nosso curso.

    Bom, feitas as apresentaes, creio que seja hora de comearmos oestudo. A Administrao de Materiais, apesar de no ser uma das disciplinasmais densas que encontramos em concursos pblicos, tem suasparticularidades, capazes de pegarem os desavisados de calas curtas.

    Pessoalmente, creio que a necessidade de se aliar um conceito bem definidocom o raciocnio lgico (e matemtico!) seja um dos desafios que a Gesto

    de Materiais apresenta aos concursandos. Mas que vamos, a partir de agora,enfrentar juntos.

    Nosso curso ser construdo com base em exposies tericas,seguidas de exerccios comentados. Em termos de bancas, o CESPE a quemais cobrou, historicamente, esta disciplina em seus certames. A FCC e aESAF, por exemplo, possuem um banco de dados muito restrito de questes.J a CESGRANRIO, organizadora do ltimo certame para o BACEN, apresentauma tradio na abordagem da Gesto de Recursos Materiais, comsignificativo nmero de questes.

    Cabe a meno de que, com inserido no programa de Gesto deRecursos Materiais, de acordo com o edital de 2009, est um pouco decontedo relacionado disciplina Arquivologia que veremos em nossa aula6.

    Garanto que ser apresentado, de forma didtica, todo o contedoterico necessrio a prover um slido conhecimento em Administrao deMateriais.

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    Vejamos como ser a estrutura do curso:

    AULA CONTEDO

    11. Recursos materiais e patrimoniais: definio e objetivos.2. Nvel de servio: atendimento, pontualidade eflexibilidade. 3. tica na administrao de materiais.

    24. Funo Suprimento: mtodos de previso da demanda;reposio de estoques: estoque de segurana e sistemaponto de pedido;

    3

    4. Funo Suprimento (continuao) compras econtrataes: princpios, modalidades e tipos de licitao;seleo de fornecedores e propostas; sistemas registro depreos, prego e prego eletrnico; e economicidade nafuno suprimento.

    4

    5. Funo Armazenagem: Seleo e classificao demateriais: especificao, classificao e codificao;classificao ABC; armazenagem de materiais: tcnicas deestocagem e movimentao de materiais; recebimento elocalizao dos materiais; embalagens de proteo;

    inventrio fsico e acurcia dos estoques; avaliaofinanceira dos estoques; e custos na funo armazenagem.

    5

    6. Funo Administrao Patrimonial: o ativo imobilizado;administrao, contabilizao e controle do ativoimobilizado; depreciao, tombamento e baixapatrimonial; administrao e manuteno de imveis eprestao de servios gerais; e sistemas prediais:manutenes preventiva, corretiva e preditiva.

    6

    7. Funo Documentao: servios de protocolo,distribuio, classificao e arquivamento de documentos;sigilo e proteo da documentao; e tabela detemporalidade.

    7 Reviso em exerccios

    Tudo pronto? Ento vamos ao trabalho!!

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    I. CONCEITOS INICIAIS

    Em uma organizao, podemos identificar cinco tipos de recursosdisponveis, conforme disposto abaixo:

    O foco de nossa disciplina apenas o estudo dos recursos materiais,em sentido amplo.

    Nosso primeiro passo entender a distino entre recursos materiais epatrimoniais.

    Podemos dizer que o termo recurso material pode assumir doissentidos.

    Em um sentido amplo, recurso material engloba todos os meios fsicosde que dispe uma organizao, indo desde aqueles relacionados suainfraestrutura (um prdio, por exemplo) at mesmo aos materiais auxiliares(papel A4, por exemplo).

    Em sentido estrito, possvel separar as definies de recursomaterial de recurso patrimonial:

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    Recurso material = refere-se aos elementos fsicos empregados poruma organizao que concorrem para a constituio de seu produto final,

    podendo este produto final ser um material processado ou um servio. Anatureza do recurso material no permanente. Alm disso, geralmentepossvel armazen-lo em estoques.

    Na Contabilidade, recursos materiais podem ser aproximados doconceito de bens de venda (mercadorias, matrias-primas, produtos emfabricao e produtos prontos), carecendo apenas dos materiais auxiliares(por exemplo, material de expediente).

    Recurso patrimonial = refere-se aos elementos fsicos empregadospor uma organizao que so destinados manuteno das atividades deuma organizao. A natureza do recurso patrimonial permanente. Almdisso, nem sempre possvel armazen-lo em estoques.

    Na Contabilidade, os recursos patrimoniais referem-se ao conceito debens de uso, ou ativo imobilizado de uma organizao (imveis,instalaes e materiais permanentes), tomados em conjunto com seusativos intangveis.

    Uma vez esclarecido o que se entende por Recurso Material, estamosaptos a partir para a definio de Administrao de Materiais:

    O conjunto de atividades conduzidas em uma organizao, visando amaximizar a utilizao dos recursos da empresa.

    Veja que o principal objetivo da Administrao de Materiais maximizar a utilizao dos recursos da empresa. Em outras palavras:evitar o desperdcio, que pode se manifestar das mais diversas maneiras:excesso de estoque, aquisio de materiais desnecessrios ou de baixaqualidade etc.

    Inmeras so as variveis envolvidas na Administrao de Materiais.Um bom exemplo de organizao na qual a Administrao de Materiais tem

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    de ser muito bem executada um restaurante, dada a perecibilidade dosalimentos. H de se considerar no s a quantidade de insumos a seradquirida, mas tambm sua qualidade, o momento de entrega, o

    armazenamento, a minimizao de estoques (j que, como veremos,estoques geram custos) e a busca por preos econmicos.

    Nesse enfoque, a fim de atingir o objetivo principal da Administraode Materiais (maximizar a utilizao dos recursos da empresa),podemosestabelecer os objetivos secundrios da Administrao de Materiais:

    Suprir a organizao dos materiais nas quantidades corretas, naqualidade requerida, no momento certo, armazenando-os da maneira e no

    local apropriados, praticando preos econmicos e minimizando estoques.

    Para cumprir estes objetivos, a Administrao de Materiais divide-seem atividades especficas e complementares entre si, assim agrupadas porGonalves (2007):

    Gesto de estoques objetiva adequar os nveis de estoque snecessidades e poltica de gesto de materiais da organizao.

    Para tanto, utiliza tcnicas de previso de consumo, gerandosinais para a rea de compras a fim de iniciar processos deaquisio.

    Gesto de compras objetiva efetuar as aquisies /contrataes demandadas pelos diversos rgos componentes daempresa, bem como atender s solicitaes da rea gestora deestoques.

    Gesto dos centros de distribuio

    responsvel pelocontrole fsico dos materiais, bem como pelo seu recebimento naorganizao, movimentao, armazenagem e distribuiointerna.

    Vejamos como o este contedo cobrado em concursos:

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    1. (CESGRANRIO / Petrobrs / 2011) Os principais recursosempresariais so os recursos materiais, financeiros, humanos,mercadolgicos e administrativos. Em empresas industriais e

    comerciais, o administrador de recursos materiais merecedestaque especial. Dentre suas principais responsabilidades,est a de:

    a)formular as polticas de remunerao de funcionrios.b)negociar prazos de entrega e condies de pagamento com

    clientes.c)estabelecer regras e padres de utilizao dos recursos de

    produo.d)determinar o qu, como e quando devem ser comprados itens

    produtivos e improdutivos.e)determinar preo de venda e margem de lucro dos itens.

    Negociao de prazos de entrega e condies de pagamento comclientes (alternativa b) e determinao do preo de venda e da margem delucro dos itens (alternativa e) so tarefas referentes rea de vendas /

    financeira de uma organizao.

    A formulao de polticas de remunerao de funcionrios

    (alternativa a) competncia da rea de gesto de pessoas. J oestabelecimento de regras e padres dos recursos de produo estrelacionado rea de produo.

    A determinao do que comprar, bem como o modo e o momento deaquisio dos itens de material sejam eles produtivos ou improdutivos isso sim incumbncia do gestor de materiais.

    Resposta: C.

    2. (CESPE / SEAD FUNESA / 2008) objetivo da administrao demateriais maximizar a utilizao dos recursos da empresa.

    Uma administrao de materiais eficiente implica a minimizao dedesperdcios pela organizao. Em outras palavras, maximiza-se o uso dosrecursos disponveis, atravs de uma gesto de materiais eficiente.

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    O enunciado est certo.

    3. (CESPE / CNPQ / 2011) Uma das funes precpuas do

    administrador de materiais minimizar o uso dos recursosenvolvidos na rea logstica da empresa, visando economia eeficincia.

    Esta questo apresenta uma pegadinha da banca. Ao

    minimizarmos o uso dos recursos, estamos dando um passo rumo aodesperdcio. O administrador de materiais deve buscar a maximizao do usodos recursos, sempre.

    Assim, a questo est errada.

    4. (CESPE / STM / 2008 - adaptada) A administrao de materiaisvisa a colocar os materiais necessrios na quantidade certa, nolocal certo e no tempo certo disposio dos rgos quecompem o processo produtivo da empresa.

    A afirmativa apresenta alguns dos objetivos secundrios daAdministrao de Recursos Materiais.

    Logicamente, a assertiva est voltada Gesto de Materiais aplicadano processo produtivo de uma empresa. No podemos esquecer que aGesto de Materiais tambm contempla os materiais auxiliares,especialmente em rgos pblicos.

    De qualquer forma, a questo est certa.

    5. (CESPE / PETROBRAS / 2007) Alm do controle de estoques, a

    rea de gesto de materiais engloba as atividades de compra,almoxarifado, movimentao, controle e distribuio demateriais.

    As atividades englobadas pela gesto de materiais podem sercategorizadas de acordo com o esquema a seguir:

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    Assim, a questo est certa.

    Identificao de fornecedores

    Verifica-se quais os fornecedores dosmateriais solicitados.

    Compra

    H vrias atividades relativas Compra, indodesde pesquisa de mercado at a negociao

    com fornecedores, analisando a qualidadedos produtos por eles comercializados.

    RecebimentoConfere-se o material adquirido e atesta-se(d um OK) na nota fiscal do fornecedor.

    Armazenagem

    A armazenagem feita em locais chamadosde almoxarifados, geralmente divididos por

    tipo de material.

    Distribuio interna

    A distribuio interna feita a partir dosalmoxarifados, para os rgos requisitantes.

    Controle de estoques

    Gera os sinais para a rea de compras, a fimde iniciar um processo de aquisio.

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    Aps essa conceituao inicial, estudaremos como se d a classificao dos

    materiais. O estudo deste tpico tem por intuito sedimentar nossa

    familiarizao sobre as diversas categorias de materiais passveis de serem

    empregadas em uma organizao, bem como sobre os critrios de distinode materiais permanentes (= bens patrimoniais) e materiais de consumo (=

    bens materiais, no sentido estrito).

    II. CLASSIFICAO DE MATERIAIS

    A classificao dos itens de material um procedimento necessrio a fim

    de racionalizar o controle de materiais em estoque.Trata-se de um procedimento de aglutinao de materiais por

    caractersticas semelhantes, servindo de informao gerencial aoadministrador de materiais, que se torna capaz de voltar sua ateno adeterminada(s) categoria(s) de material(is), ao invs de tentar, em vo, lidarcom uma infinidade de itens de materiais.

    Sem uma classificao de materiais bem definida, seria quase impossvelao gestor de materiais administrar seus estoques.

    Atributos e Etapas da Classificao de Materiais

    Um sistema de classificao deve possuir determinadas qualidades (ouatributos) que o torne satisfatrio. Para Viana (2000), so trs osatributos de um bom sistema de classificao:

    Abrangncia = a classificao deve abordar uma srie de

    caractersticas dos materiais, caracterizando-os de forma

    abrangente. Aspectos fsicos, financeiros, contbeis...so todosfundamentais em um sistema de classificao abrangente.

    Flexibilidade= Segundo Viana (2000), um sistema de classificaoflexvel aquele que permite interfaces entre os diversos tipos declassificao, de modo a obter uma viso ampla da gesto deestoques. Enquanto a abrangncia tem a ver com as caractersticasdo material, a flexibilidade refere-se comunicao entre os tipos

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    de classificao, bem como possibilidade de adaptar e melhorar osistema de classificao sempre que desejvel.

    Praticidade = a classificao deve ser simples e direta, sem

    demandar do gestor procedimentos complexos.

    6. (IFC / UFSC / 2009) Em relao aos atributos para aclassificao de materiais, assinale a alternativa CORRETA.

    a) Criatividade, inovao e flexibilidade.b) Mudana, adaptao e estratgia.c) Abrangncia, criatividade e inovao.d) Abrangncia, flexibilidade e praticidade.e) Praticidade, estratgia e reorganizao.

    Esta questo foi apresentada apenas para fixarmos o contedo expostoanteriormente.

    Apesar de algumas das alternativas apresentarem algumas iniciativas queso comuns a quase todas as atividades administrativas (busca pelainovao e criatividade, por exemplo), os atributos inerentes classificaode materiais so os 3 mencionados anteriormente: abrangncia, flexibilidadee praticidade.

    Assim, a alternativa D est correta.

    Alm dos atributos de um sistema de classificao, h de se abordar osetapas(ou princpios) que regem a classificao de materiais, conformelistados a seguir:

    Catalogao = arrolamento de todos os itens de materialexistentes em estoque, permitindo uma ideia geral do conjunto;

    Simplificao = reduo da diversidade de itens de material emestoque que se destinam a um mesmo fim. Caso existam dois itensde material que so empregados para a mesma finalidade, com omesmo resultado indiferentemente, opta-se pela incluso nocatlogo de materiais de apenas um deles. A simplificao umaetapa que antecede a padronizao;

    Catalogao Simplificao Especificao Normalizao Padronizao Codificao

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    Identificao (Especificao)= descrio minuciosa do material,possibilitando sua individualizao em uma linguagem familiar aomercado;

    Normalizao= estabelecimento de normas tcnicas para os itensde material em si, ou para seu emprego com segurana. Pode-sedizer, da mesma forma, que a normalizao de itens de material necessria para a consecuo da padronizao em sua completude.A entidade oficial de normalizao no Brasil a Associao Brasileirade Normas Tcnicas (ABNT);

    Padronizao= uniformizao do emprego e do tipo do material.

    Facilita o dilogo com o mercado, facilita o controle, permite aintercambialidade de sobressalentes ou demais materiais deconsumo (peas, cartuchos de impressoras padronizadas, bobinasde fax etc.);

    Codificao = atribuio de uma srie de nmeros e/ou letras acada item de material, de forma que essa informao, compiladaem um nico cdigo, represente as caractersticas do item. Cadaitem ter, assim, um nico cdigo.

    Dessa maneira, atravs da classificao que os itens em estoque soagrupados segundo determinados critrios, sejam eles peso, forma,dimenses, tipo, uso etc. O resultado a otimizao dos controles de

    estoque, dos procedimentos de armazenagem e da operacionalizao dosalmoxarifados (= locais de armazenagem dos itens de material, naorganizao).

    7. (CESPE / SESA ES / 2011) Simplificao, especificao enormalizao so etapas da classificao de materiais.

    A assertiva acima est de acordo com o que vimos, no que diz respeito setapas da classificao de materiais. Faltou apenas a meno padronizao, o que no compromete o enunciado.

    A questo, portanto, est certa.

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    8. (CESPE / ABIN / 2010) Considere que, no estoque de umaoficina mecnica, haja vrios parafusos de diferentes tipos.Nessa situao, no controle de estoque, todos os parafusosdevem ser considerados um mesmo item de consumo,

    atribuindo-se a esse item uma nica codificao.Parafusos de diferentes tipos usualmente tm aplicaes distintas.

    Assim, no h de se falar de simplificao, mas sim de uma especificaoapropriada para cada parafuso.

    A assertiva est errada.

    Tipos (ou Critrios) de Classificao de Materiais

    Vrios so os tipos de classificao de materiais, determinados em funodas informaes gerenciais desejadas pelo Gestor de Materiais.

    Veremos, a seguir os principais tipos de classificao:

    a) Possibilidade de fazer ou comprar

    Esta classificao tem por objetivo prover a informao de quais

    materiais podero ser produzidos internamente pela organizao, e quaisdevero ser adquiridos no mercado. As categorias de classificao podem serassim listadas:

    materiais a serem produzidos internamente;materiais a serem adquiridos;materiais a serem recondicionados (recuperados) internamente;materiais a serem produzidos ou adquiridos (depende de anlise caso-a-

    caso pela organizao).

    A deciso sobre produzir ou adquirir um item de material no mercado tomada pela cpula da organizao, considerando os custos e a estruturaenvolvida. Nesse contexto, h duas estratgias possveis: a verticalizaoea horizontalizao:

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    VerticalizaoProduz-se (ou tenta-se produzir) internamente tudoo que puder. Essa estratgia foi dominante nas grandes empresas, ato final do sculo passado, no intuito de assegurar a independncia de

    terceiros (ex: General Motors). Mais raramente, h empresas queainda se esforam na verticalizao de seus negcios (um exemploseria a Faber-Castell que, na ltima dcada, esforou-se na conquistada autossuficincia no plantio de madeira, matria-prima na confecode lpis). No entanto, verticalizar mostrou-se um negcio arriscado, jque se corre o risco da empresa ficar engessada, ou seja, a

    imobilizao de recursos pode tornar o negcio pouco flexvel.

    Horizontalizao Compra-se de terceiros o mximo de itens que

    iro compor o produto final. Esta estratgia a grande tendncia dasempresas modernas. De modo geral, apenas os processosfundamentais (chamados core processes) no so terceirizados, porrazes de segredos tecnolgicos. A estrutura horizontalizada tpica doSistema Toyota de Produo, que remete a terceiros cerca de 75% doprocesso produtivo1.

    O quadro abaixo sumariza as vantagens e desvantagens dessasestratgias:

    VANTAGENS DESVANTAGENS

    Verticalizao

    Independncia deterceiros;

    Maiores lucros; Manuteno de segredo

    sobre tecnologiasprprias.

    Perda de flexibilidade (aempresa ficaengessada);

    Maior investimento(maiores custos).

    Horizontalizao

    Garantia de flexibilidade empresa;

    Menores custos (no hdespesa na criao deestruturas internas).

    Perda de controletecnolgico;

    Dependncia deterceiros;

    Lucros menores.

    1 Segundo ANTUNES, R. O Toyotismo, as novas formas de acumulao de capital e as formas de (alienao).

    Cadernos CRH, 2002.

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    b) Por demanda:

    No caso de materiais no-de-estoque, quando verificada sua necessidade,inicia-se um processo de aquisio.

    9. (CESPE / TJ PA / 2006 - adaptada) Quanto ao tipo de demanda,os materiais so classificados em materiais de estoque e no deestoque.

    Esta questo foi inserida na aula apenas para reforar a assimilao docontedo anterior.

    O enunciado, como vimos, est certo.

    Em rgos pblicos, a aquisio dos materiais no-de-estoque, nosquais a demanda imprevisvel, feita, preferencialmente, mediante ochamado Sistema de Registro de Preos, que ser abordado em nossaaula sobre compras governamentais.

    Observao: As demais classificaes (apresentadas a seguir) soatinentes exclusivamente aos materiais de estoque, que so mantidos nosalmoxarifados das organizaes.

    Materiais de Estoque

    So os materiais que, dada a previsibilidade da demanda pelaorganizao, devem ser mantidos em estoque.

    Materiais No-de-Estoque

    So os materiais que, dada a imprevisibilidade da demanda pelaorganizao, no tem necessidade de estarem em estoque. (lembre-se:estoque gera custos organizao!!)

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    c) Por aplicao na organizao:

    TIPO DEFINIO EXEMPLO

    MATRIA-PRIMA

    Substncia que toma parteno processo de produo,

    desencadeando todo oprocesso produtivo e

    incorporando-se fisicamenteno produto final.

    Madeira, naindstria de

    mveis

    MATERIAL EMPROCESSAMENTO

    o material que est emtransformao, nos diversos

    caminhos que compem oprocesso produtivo. Quandoa transformao encontra-seem seu estgio final, dizemos

    que o material estsemiacabado.

    PRODUTO

    INTERMEDIRIO

    o produto que tomarparte no produto final, semque haja alterao em suaspropriedades qumicas ou

    fsicas. Podem ser adquiridas

    de outra organizao, oufabricadas internamente.

    Este tipo de produto tambm chamado dematerial acabado.

    Bancos de carro,na indstriaautomotiva

    PRODUTO FINALOU ACABADO

    aquele que representa oobjetivo final da organizao,

    estando pronto paracomercializao.

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    TIPO DEFINIO EXEMPLO

    MATERIALAUXILIAR

    utilizado no processo de

    produo/fabricao, semque se incorpore ao produtofinal.

    Vai desde o material deexpediente utilizado (papel,caneta), at ferramentas,alm dos materiais por

    ventura consumidos comocombustveis (leo diesel,

    gasolina, carvo etc).

    10. (CESPE / ANATEL / 2009) Se determinado rgo pblicoadquirir 50 cartuchos de toner para as suas impressoras alaser, tais produtos devero ser considerados como produtosacabados para o referido rgo.

    Conforme visto na tabela acima, produto acabado ou final aquelereferente atividade fim da organizao.

    Em se tratando de rgos pblicos, o mais comum que a atividade fimseja um servio, como a fiscalizao de tributos ou da aplicao de leis, porexemplo. Dessa forma, o uso de material de expediente, de informtica,grfico, ferramentas, entre outros, no s no se constitui no produto final,como tambm no so incorporados no produto final. So os chamadosmateriais auxiliares, como o mencionado tonerdo enunciado da questo.

    A questo est, assim, errada.

    11. (CESGRANRIO / ANP / 2008) A produo de bens requer oprocessamento de elementos que sero transformados em bensfinais ou produto acabado. O petrleo, por exemplo, passa pordiversos processos at sua utilizao final por indstrias elares. Esses elementos que originam e desencadeiam todo oprocesso de transformao recebem o nome de:

    a)matria em processamento.b)matria em acabamento.

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    c)matria-primad)matria acabada.e)matria semi-acabada.

    O tipo de material que desencadeia todo o processo produtivo amatria-prima.

    Resposta: C.

    d) Por periculosidade

    Materiais perigosos so aqueles que oferecemrisco, em especial durante as atividades de manuseio etransporte.

    Nesta categoria, esto inseridos os explosivos,lquidos e slidos inflamveis, materiais radioativos,corrosivos, oxidantes etc.

    e) Por perecibilidade

    Trata-se de uma classificao que leva em conta o desaparecimentodas propriedades fsico-qumicas do material.

    Gneros alimentcios, vacinas, materiais para testes laboratoriais,entre outros, so considerados perecveis, j que esto sujeitos deteriorao e decomposio.

    f) Por importncia operacional (Classificao XYZ)

    A Classificao XYZ avalia o grau de criticidade ou deimprescindibilidade do item de material nas atividades desempenhadas pelaorganizao. As classes so assim definidas, conforme Mendes e Castilho(2009):

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    Classificao por importncia operacional

    Classe Definio

    Classe X

    Materiais de baixa criticidade, cuja falta no implicaparalisaes da produo, nem riscos seguranapessoal, ambiental e patrimonial. Ainda, h facilidade desua obteno no mercado.

    Classe YMateriais que apresentam grau de criticidadeintermedirio, podendo, ainda, ser substitudos por outroscom relativa facilidade.

    Classe Z

    Materiais de mxima criticidade, no podendo sersubstitudos por outros equivalentes em tempo hbil sem

    acarretar prejuzos significativos. A falta desses materiaisprovoca a paralisao da produo, ou coloca em risco aspessoas, o ambiente ou o patrimnio da empresa.

    12. (CESPE / CNPQ / 2011) Uma desvantagem de se utilizar aclassificao de materiais do tipo importncia operacional queela no fornece anlise econmica dos estoques.

    A vantagem da utilizao da classificao do tipo importncia

    operacional a obteno da informao dos itens de material em estoqueconsiderados vitais para a organizao, seja em termos de continuidadeda produo ou de segurana s pessoas, ao ambiente e ao patrimnio.

    Contudo, com base apenas nesse tipo de classificao, o Gestor deMateriais no conseguir saber quais os itens em estoque responsveispelo maior valor financeiro, por exemplo. Este tipo de informao dadapela Classificao ABC (ou de Pareto), que veremos mais adiantenesta aula.

    A questo est certa.

    13. (CESPE / IPOJUCA / 2009) A classificao XYZ um mtodode anlise qualitativa que determina a criticidade dos materiaise dos medicamentos no hospital. Os itens X so aquelesconsiderados vitais ou crticos para a produo, sem similar nohospital.

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    Na classificao XYZ, so os itens Z osdetentores de alta criticidade para a organizao.

    A afirmativa est, assim, errada.

    14. (CESPE / CNPQ / 2011) O profissional que atua naadministrao de materiais deve dedicar ateno ao controledos materiais crticos, os quais devem ser submetidos aocontrole de obsolescncia de forma contnua e peridica.

    Em Administrao de Materiais, h o conceito de materiais crticos,entendidos como aqueles que so merecedores de ateno especial dogestor, por diversos motivos sejam eles financeiros, operacionais, desegurana, entre outros.

    Em concordncia com Viana (2000), as razes para a considerao demateriais como crticos podem ser assim listadas:

    razes econmicas = materiais de alto valor, ou de custos significativosde transporte e armazenagem;

    razes de armazenagem, manuseio e transporte = materiais de altapericulosidade, ou perecveis, ou, ainda, de elevados peso e dimenso.

    razes de planejamento = materiais de difcil previso de consumo,pela organizao.

    Com relao ao enunciado da questo, devemos, preliminarmente oque a obsolescncia.

    Obsolescncia o fenmeno que acarreta a inutilidade de determinadoitem de material (ele se torna obsoleto), seja devido a inovaestecnolgicas (lembra dos disquetes?) ou por razes econmicas (quando ouso sobressalentes, seguido da manuteno tornam-se mais caro do que aaquisio de um novo produto).

    Como vimos, materiais crticos podem assumir diferentes aspectos, adepender da razo em pauta pelo Gestor de Materiais. Se a razo foreconmica, realmente h a necessidade de um controle de obsolescncia (jimaginou uma turbina de avio material de alto custo tornar-se

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    obsoleta?). No entanto, um material de alta periculosidade, ou de elevadopeso, no tem a necessidade diferenciada de controle de obsolescncia.

    Uma forma de corrigirmos a assertiva seria a exposta abaixo:

    O profissional que atua na administrao de materiais deve dedicar

    ateno ao controle dos materiais de alto valor financeiro, os quais devem

    ser submetidos ao controle de obsolescncia de forma contnua e peridica.

    Com esse entendimento, o enunciado est errado.

    15. (CESPE / CNPq / 2011) O profissional que atua naadministrao de materiais deve classificar como materiaiscrticos aqueles que possuem demanda previsvel, os quais

    devem ser estocados com base no risco.

    Um material considerado crtico, por razes de planejamento, casosua demanda seja imprevisvel (ou, pelo menos, difcil de prever).

    A assertiva est errada.

    g) Por valor econmico (Curva ABC)

    O Mtodo da Curva ABCou Princpio de Pareto(ou, ainda, Curva80-20), uma ferramenta segundo a qual os itens de material em estoqueso classificados de acordo com sua importncia, geralmente financeira.

    Para Gonalves (2007), o principal objetivo da anlise ABC identificaros itens de maior valor de demanda e sobre eles exercer uma gesto maisrefinada, especialmente por representarem altos valores de investimentos e,muitas vezes, com impactos estratgicos para a sobrevivncia daorganizao.

    Devemos frisar que, na sistemtica da Curva ABC, os itens de materialem estoque so usualmente classificados de acordo com seu valorfinanceiro, mas existe a possibilidade de adoo de outros critrios, como,por exemplo, impacto na linha de produo, ou, itens mais requisitados pelossetores da organizao.

    No mtodo da Curva ABC, os itens em estoque so classificados emtrs classes:

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    Classe A: itens de maior relevncia

    Classe B: itens de importncia intermediria

    Classe C: itens de menor relevncia em estoque

    Os percentuais aproximados (e no fixos) so os relacionados abaixo:

    CLASSE % do critrio selecionado

    (geralmente o valor (R$)

    em estoque)

    % Quantidade

    aproximada em estoque

    A 80 % 20 %

    B 15 % 30 %

    C 5 % 50 %

    A representao grfica da curva ABC apresentada a seguir,adotando-se, como critrio, o valor dos itens em estoque:

    Este tpico muito cobrado em concursos inclusive no que dizrespeito aos procedimentos de clculo. Dessa forma, iremos nos aprofundarnesse assunto, por meio de uma srie de exerccios.

    16. (FCC / METR SP / 2008) No processo de gesto demateriais, a classificao ABC uma ordenao dos itensconsumidos em funo de um valor financeiro. So

    0; 0

    20; 80

    50; 95

    100; 100

    0

    20

    40

    6080

    100

    120

    0 20 40 60 80 100 120

    Valorfinanceiroeme

    stoque(%)

    Itens em estoque (%)

    Curva ABC

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    considerados itens A os itens de estoque com as caractersticasde:

    a) muitos itens em estoque e baixo valor de consumo acumulado.b) poucos itens em estoque e baixo valor de consumo acumulado.c) muitos itens em estoque e alto valor de consumo acumulado.d) poucos itens em estoque e alto valor de consumo acumulado.e) nmero mdio de itens em estoque e alto valor acumulado.

    Como vimos, de forma geral, os itens A correpondem a apenas 20% doquantitativo de materiais em estoque. No entanto, apesar dos poucos itensem estoque, esses itens somam aproximadamente 80% do valor acumulado

    nos almoxarifados.Assim, conclumos que os itens A possuem as caractersticas depoucos itens em estoque e alto valor de consumo acumulado.

    A alternativa D, portanto, est correta.

    **a seguinte figura vlida para as questes 17 a 20**

    (CESPE / ABIN / 2010) Com base na figura acima, representativa deuma curva ABC de estoque, julgue os itens subsequentes.

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    17. Para a classificao dos itens de estoque nas sees I, IIou III da figura, considera-se o valor unitrio de cada umdesses itens.

    Esta questo gerou dvidas em vrios fruns de concursos aps a provada ABIN. Creio que o melhor modo de abord-la atravs de um exemploprtico. Tomemos o consumo de determinado almoxarifado, no ms deoutubro de 2011:

    Item Descrio Consumo Valor unitrio(R$)

    Valor doconsumo

    (R$)

    % doconsumo

    %acumu

    1 Impressora 1 1.300,00 1.300,00 65% 65%2 Borracha 300 1,00 300,00 15% 80%3 Lapiseira 20 10,00 200,00 10% 90%

    4 Lpis 1.000 0,20 200,00 10% 100

    Imagine que voc o gestor do almoxarifado acima, e deseja saberquais os itens que podem ser classificados como A, no ms de outubro de2011. O critrio o valor total consumido. Por meio da coluna mais a direitada tabela, vemos que os itens 1 (impressora) e 2 (borracha) foramresponsveis por 80% do consumo no ms considerado.

    Note que o que nos interessa o total consumido, e no o valorunitrio do item. No exemplo acima, uma lapiseira (item 3) mais cara que

    uma borracha (item 2), mas no podemos considerar a lapiseira como itemA, j que o valor de seu consumo total foi menor que o da borracha, e, comovimos, os itens 1 e 2 j respondem por 80% do valor de consumo no ms.

    Observao:o exemplo acima, por ser extremamente simplificado, no trazconsigo a distino entre itens B e C.

    Em sntese, o que vale para fins de classificao de um item dentre ascategorias A, B ou C o valor total do consumo.

    O enunciado est errado.

    18. Os itens pertencentes seo III da figura exigem controlemais apurado de movimentao e menor tolerncia a erros deinventrio.

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    seo III da figura acima correspondem os itens classificados nacategoria C. So itens mais numerosos, com menor valor de demanda,dispensando, assim, menor controle por parte dos gestores de estoque.

    Os itens que exigem controle mais apurado so os pertencentes seo I os chamados itens A, geralmente menos numerosos, mas com altovalor relativo de demanda.

    A questo est errada.

    19. Um gerente de suprimentos que tenha como objetivo areduo dos custos dos estoques deve priorizar a reduo doslotes de compra dos itens alocados na seo I da figura.

    Esta a tpica questo que exige a compreenso do conceito por parte

    do candidato.Devemos entender que os itens A inseridos na seo I da figura

    respondem por grande parte do comportamento do estoque. Assim, caso ogestor queira minimizar os gastos em itens em estoque, no haverresultados significativos ao focar-se nos itens C, por exemplo. Estes itens,apesar de geralmente numerosos, so pouco onerosos organizao.

    Fazendo uma analogia com nosso dia-a-dia: ao tentarmos reduzirnossos gastos nas compras semanais de supermercado, surtir mais efeitodeixarmos de comprar um azeite importado de R$ 30,00 do queeconomizarmos em sabonetes de R$ 0,60. O azeite o tpico item A, ao

    passo que o sabonete, o C.A questo, portanto, est certa.

    20. Os itens alocados na seo identificada por I, na figura, sochamados itens A da curva ABC.

    exatamente isso. Veja que a um pequeno percentual dos itens (eixoX) corresponde um valor significativo da demanda (eixo Y). As sees II e III

    so atinentes aos itens B e C, respectivamente.A questo est certa.

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    **a seguinte tabela vlida para as questes 21 a 23**

    (CESPE / SESA ES / 2011) A tabela acima refere-se ao consumomdio mensal e ao custo unitrio de dez itens farmacuticos nohospital Boa Sade, que utiliza o sistema ABC para gesto de seu

    estoque de medicamentos e trabalha com os seguintes parmetros:

    classe A equivale a 10% dos itens em estoque, o quecorresponde a 70% do valor financeiro do consumo;

    classe C equivale a 70% dos itens em estoque, o quecorresponde a 10% do valor financeiro do consumo.

    Considerando a tabela e as informaes acima, julgue os itens quese seguem.

    21. Os itens III e IX so de classe B na curva ABC desse hospital.

    Para anlise da situao dada, o primeiro passo verificarmos qual ovalor total de consumo relativo a cada um dos itens. Isso feitomultiplicando-se o consumo pelo valor unitrio, conforme tabela abaixo:

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    Item Consumo Valor unitrio(R$)

    Valor doconsumo (R$)

    I 25 52,09 1.302,25II 108.110 1,30 140.543,00

    III 93.000 0,12 11.160,00IV 9 613,00 5.517,00V 110 15,07 1.657,70VI 90 23,30 2.097,00VII 45 96,00 4.320,00VIII 240 5,20 1.248,00IX 18.200 1,59 28.938,00X 80 45,23 3.618,40

    De posse dos valores totais de consumo, podemos dispor os itens demaneira decrescente, com relao a esse valor:

    Item Consumo Valor unitrio(R$)

    Valor doconsumo (R$)

    II 108.110 1,30 140.543,00IX 18.200 1,59 28.938,00III 93.000 0,12 11.160,00IV 9 613,00 5.517,00VII 45 96,00 4.320,00X 80 45,23 3.618,40VI 90 23,30 2.097,00

    V 110 15,07 1.657,70I 25 52,09 1.302,25VIII 240 5,20 1.248,00

    Valor Total 200.401,35

    Finalmente, podemos verificar o percentual do valor de consumo que relativo a cada um dos itens. Este valor obtido dividindo-se cada um dosvalores de consumo (por item) pelo valor total (R$ 200.401,35),multiplicando-se, em seguida, por 100%. o representado na tabela abaixo:

    Item Consumo Valor unitrio(R$)

    Valor doconsumo (R$)

    % do consumo(=Valor do

    consumo/200.401,35 *100%)

    % acumulado

    II 108.110 1,30 140.543,00 70,13 70,13IX 18.200 1,59 28.938,00 14,44 84,57III 93.000 0,12 11.160,00 5,57 90,14IV 9 613,00 5.517,00 2,75 92,89VII 45 96,00 4.320,00 2,16 95,05

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    X 80 45,23 3.618,40 1,81 96,86VI 90 23,30 2.097,00 1,05 97,91V 110 15,07 1.657,70 0,83 98,74I 25 52,09 1.302,25 0,65 99,39

    VIII 240 5,20 1.248,00 0,61 100,00

    Este o procedimento de clculo que devemos fazer todas as vezesque a questo exigir que faamos uma classificao ABC.

    De acordo com os parmetros adotados pelo Hospital Boa Sade,constantes do enunciado da questo, podemos concluir que:

    classe A 70% do valor financeiro do consumo,correspondente, conforme tabela acima, ao item II

    classe C 10% do valor financeiro do consumo, representados pelos

    itens de menor valor de consumo. Para determinar quais so os itensclasse C, basta somarmos, de baixo para cima, na penltima coluna,

    os percentuais de consumo, at obtermos um ndice prximo a 10%:

    ()

    Assim, os itens VIII, I, V, VI, X, VII e IV pertencem classe C.

    Por excluso, conclumos que os itens III e IX pertencem classe B.Dessa maneira, a questo est certa.

    22. Segundo o sistema ABC, o item IV aquele que merececontrole mais acirrado por apresentar custo unitrio maiselevado, R$ 613,00.

    O critrio para a classificao de um item nas classes A, B ou C ovalor total de consumo e no o seu custo unitrio. H de se considerar,

    pois, a demanda efetiva (nmeros de unidades consumidas) do item dematerial.

    A questo est errada.

    23. No sistema ABC, o estoque de segurana projetado para ositens de classe A deve ser inferior, em meses de consumo, aoestoque de segurana dos itens de classe B.

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    Estoque de segurana um conceito que abordaremos com maiorprofundidade na prxima aula. Por ora, suficiente entendermos o estoque

    de segurana como um estoque adicional, capaz de cobrir eventuaissituaes que fujam do alcance do Gestor de Materiais.Na classificao ABC, como os itens de classe A so mais onerosos

    (mais caros), e como estoque significa, grosso modo, desperdcio dedinheiro, o ideal mantermos o mnimo de estoque de segurana dos itensda classe A.

    Imagine o tamanho do capital imobilizado de um hospital quemantm nveis elevados de estoque de segurana para tomgrafos ouaparelhos de raio X, por exemplo os custos para tanto podem se tornarinsuportveis.

    Assim, a questo est certa.

    ** o seguinte enunciado vlido para as questes 24 e 25**

    (CESPE / MCT / 2008) Em obras de grande porte, ou indstrias depr-moldados, recomendvel controlar o estoque do almoxarifadomediante a aplicao da curva ABC, representada com os seguintesvalores estimativos. Na curva ABC, os itens de baixo custorepresentam 5% do valor e 50% do estoque (C) e os itens de altovalor representam 80% do valor e 20% do estoque (A) e os itensmdios (B) representam 15% do valor e 30% da quantidade.

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    Tendo em vista essas informaes, julgue os itens que se seguem.

    24. O gestor do almoxarifado acertou ao classificar uma partidade pregos como sendo parte dos itens A.

    O valor financeiro relativo a pregos no significativo em um estoque.Alm disso, geralmente seu quantitativo (em nmero de itens) no poucosignificativo. Logicamente, uma anlise mais acurada demandaria a anlisedo nmero de itens, mas muito dificilmente isso elevaria a classe de pregospara A.

    Itens dessa natureza (pregos, parafusos, porcas) so tpicos itensclassificados como C. So itens numerosos e baratos.

    A questo est, assim, errada.

    25. O cimento, a areia e o ferro no devem ser considerados nacurva ABC, pois so de alto consumo em qualquer obra,exigindo constante reposio.

    Todos os itens em estoque podem (e devem) ser considerados na curvaABC, independentemente de seu consumo ou da periodicidade de suareposio. Como vimos, o objetivo da classificao ABC identificar os itens

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    em estoque de maior valor de demanda e exercer uma gesto mais acuradasobre eles.

    A assertiva est errada.

    26. (CESPE / IFB / 2011) Certa empresa classificou seu estoquecom base no sistema ABC. Assim, decidiu que os itens do grupoA deveriam ser contados duas vezes por ano; os itens B, quatrovezes por ano, e os itens C, uma vez por ms. H, em estoque,250 itens do grupo A, 80 do grupo B e 15 do grupo C.

    A empresa aplicou de forma correta o sistema ABC quando definiuum controle mais rigoroso para os itens C do estoque.

    Os itens C so os mais numerosos e menos importantes, do ponto devista financeiro. Assim, carecem de menor controle.

    J os itens A, por serem os que mais oneram a organizao, dado omontante de capital imobilizado, necessitam de maior controle. Imagine umaempresa perdendo uma turbina de avio...haja prejuzo.

    Dessa maneira, vemos que a afirmativa acima est errada.

    27.

    (CESGRANRIO / FINEP / 2011) A classificao de materiais de fundamental importncia para uma boa gesto dos estoquesde qualquer empresa. Como exemplos de critrios declassificao, tem-se o valor anual de consumo, a importnciaoperacional, a perecibilidade, entre outros.

    Dentre os mtodos abaixo, o nico que representa um tipo declassificao de estoques :

    a) Lead Timeb) LEC Lote Econmico de Comprasc) SWOTd) Curva ABCe) Ponto de Ressuprimento

    A questo pede que identifiquemos um mtodo que representa umtipo (ou critrio) de classificao de estoques (ou, em outras palavras, de um

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    conjunto de itens de material). Vejamos os comentrios a cada uma dasalternativas:

    a) Lead Time tambm conhecido como Tempo de Reposio, o interstcio(= intervalo de tempo) entre o pedido do material e sua efetiva entrega noalmoxarifado. No um mtodo de classificao de material.

    b) LEC o Lote Econmico de Compra a quantidade de material quedevemos adquirir a fim de minimizarmos os custos de estoque. Veremosesse contedo com maior detalhe em nosso curso. De qualquer maneira, nodiz respeito a um mtodo de classificao de material.

    c) SWOT A anlise SWOT uma ferramenta de anlise estratgica daorganizao. Visa a identificar os pontos fortes (Strengths) e fracos

    (Weaknesses) internos, bem como as oportunidades (Opportunities) eameaas (Threats) do ambiente. No um mtodo de classificao dematerial.

    d) A Curva ABC, como vimos, um mtodo segundo o qual os itens dematerial em estoque so classificados de acordo com sua importncia,geralmente financeira. A alternativa est correta.

    e) Ponto de ressuprimento tambm conhecido como Ponto de Pedido (PP),refere-se quantidade de um determinado produto em estoque que, sempre

    que atingida, deve provocar um novo pedido de compra. Tambm veremosesse contedo com maior detalhe nas prximas aulas.

    Resposta: D.

    Atributos para a Classificao de Materiais Permanentes e de

    Consumo

    O ltimo tpico atinente Classificao de Materiais merece atenoespecial, dado que o edital faz meno expressa a ele.

    A classificao de um bem como permanente ou de consumo ,predominantemente, uma classificao contbil, pois referente Naturezade Despesa, no mbito do Sistema Integrado de Administrao Financeira doGoverno Federal (SIAFI). De modo geral, podemos traar as seguintesdefinies:

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    28. (CESPE / TJ ES / 2011) Pertencem ao inventrio de materialpermanente os itens patrimoniais de durabilidade superior aum ano e(ou) os que no percam a sua identidade fsica.

    Inventrio uma rotina de controle, durante a qual socontabilizados os itens de material (veremos este tpico durante o nossocurso).

    Na questo proposta, devemos nos ater ao prazo normativo previsto

    para a durabilidade de um material permanente. Como vimos, o prazo de 2(dois) anos, o que compromete a questo.

    A assertiva est errada.

    A Secretaria do Tesouro Nacional do Ministrio da Fazenda, atravs doartigo 3 de sua Portaria n 448/2002, apresenta 5(cinco) condiesexcludentes para a classificao de um bem como permanente. De acordocom essa norma, material de consumo aquele que se enquadrar em um oumais dos seguintes quesitos:

    Art. 3 - Na classificao da despesa sero adotados os seguintesparmetros excludentes, tomados em conjunto, para a identificao domaterial permanente:

    I - Durabilidade, quando o material em uso normal perde ou tem reduzidasas suas condies de funcionamento, no prazo mximo de dois anos;

    Material de Consumo aquele que, em razo de seu uso corrente, perdenormalmente sua identidade fsica e/ou tem suautilizao limitada adois anos.

    Material Permanente aquele que, em razo de seu uso corrente, noperdesua identidade fsica, mesmo quando incorporado aoutro bem, e/ou apresenta uma durabilidade superiora dois anos.

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    II - Fragilidade, cuja estrutura esteja sujeita a modificao, por serquebradio ou deformvel, caracterizando-se pela irrecuperabilidade e/ouperda de sua identidade;

    III - Perecibilidade, quando sujeito a modificaes (qumicas ou fsicas) ouque se deteriora ou perde sua caracterstica normal de uso;

    IV -Incorporabilidade, quando destinado incorporao a outro bem, nopodendo ser retirado sem prejuzo das caractersticas do principal; e

    V - Transformabilidade, quando adquirido para fim de transformao.

    Redao mais atual destes critrios apresentada pelo Manual deContabilidade Aplicada ao Setor Pblico (Portaria Conjunta STN/SOF n01/11):

    Um material considerado de consumo caso atenda um, e pelo menos

    um, dos critrios a seguir:

    Critrio da Durabilidade(...);

    Critrio da Fragilidade(...);

    Critrio da Perecibilidade(...);

    Critrio daIncorporabilidade(...);

    Critrio da Transformabilidade(...)

    Usualmente, este contedo cobrado de forma simples emconcursos. De qualquer modo, vale a pena decorar os (cinco) critrios acima.

    29. (CESPE / MPU / 2010) A durabilidade, a incorporabilidade e atangibilidade so parmetros para identificao de materialpermanente.

    Dos critrios apresentados, no consta a tangibilidade.

    A questo est errada.

    30. (CESPE / EBC / 2011) O critrio de durabilidade deve ser onico parmetro para a classificao oramentria de ummaterial em consumo ou permanente.

    So cinco os critrios:

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    A questo est errada.

    II. NVEL DE SERVIO

    Nvel de servio um conceito diretamente relacionado aosalmoxarifados de uma organizao. um indicador responsvel por aferir opercentual de requisies dos demais setores da organizao que soatendidas com relao ao total de requisies.

    Imagine que trabalhemos em uma empresa, em seu Departamento deEngenharia, atualmente responsvel por uma reforma geral no prdioprincipal. Assim, de se esperar que requisies de material hidrulico (por

    exemplo) aos almoxarifados sejam constantes. Caso sejamos atendidossempre que fizermos o pedido ao almoxarifado, teremos uma percepo queo servio prestado por seu Departamento de Materiais eficiente. Casocontrrio, o no atendimento (a curto prazo) de nossas demandas implicaratrasos reforma, e teremos a certeza de que o servio dos almoxarifados ineficiente. A eventual inexistncia de um item para entrega em

    determinado setor da empresa acarreta o que chamamos de ruptura deestoque, e cria uma situao na qual incorremos em custos de alta dematerial, capaz de trazer fortes impactos negativos organizao.

    Desta maneira, eis a relao que define nvel de servio:

    Durabilidade Fragilidade Perecibilidade

    Incorporabildade Transformabilidade

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    O referido Departamento de Materiais teria duas estratgias na buscapor um alto nvel de servio:

    a. Manter um alto nvel de estoque, para que, sempre que uma requisio

    fosse efetuada, o material correspondente j estivesse nosalmoxarifados da organizao. O problema que o custo de se manterestoques pode ser insuportvel organizao; ou

    b. Minimizar os nveis de estoques, garantindo, ao mesmo tempo, que asentregas de seus fornecedores externos se dessem com frequnciasdiferenciadas e com pontualidade. Neste caso, necessria umagrande flexibilidade do atendimento do fornecedor externo organizao. Esta poltica conhecida comoJust in Time.

    Este dilema central na rea de gesto de materiais. H de se procurar

    o melhor custo-benefcio entre a disponibilidade de capital de giro e o nvelde servio.

    Vejamos algumas questes sobre este contedo:

    31. (CESPE / IBRAM / 2009) Um alto nvel de servio dagesto de materiais requer altos nveis de estoque, associados baixa frequncia de entregas ou, ainda, a baixos nveis deestoque com frequncia de entrega capaz de compensar

    adequadamente essa poltica de estocagem.

    Essas duas estratgias na gesto de estoques, a fim de manter um alto

    nvel de servio, foram expostas antecipadamente.

    Talvez uma dificuldade da questo seja dada por sua redao: entregas,

    no enunciado, refere-se s reposies de estoque, pelos fornecedores daorganizao.

    A questo est certa.

    32. (FCC / MPE RS / 2008) Considera-se uma gesto demateriais bem sucedida aquela que consegue estabelecer umequilbrio entre:

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    a)acesso a crdito e qualidade de servio.

    b)taxa de lucro esperada e nvel de estoque.

    c)capacidade de endividamento e demanda efetiva.

    d)necessidade de financiamento e nvel de oferta.

    e)disponibilidade de capital de giro e nvel de servio.

    Dentre os fatores listados no enunciado, acesso a crdito,

    capacidade de endividamento e necessidade de financiamento so

    assuntos relacionados rea de planejamento financeiro da organizao.No so assuntos sobre os quais a Gesto de Materiais detm

    competncia especfica para tomar medidas administrativas.A taxa de lucro esperada uma varivel determinada muito em funo

    do valor do preo final de venda do material. A deciso sobre o preo finalde venda de determinada mercadoria usualmente de competncia dacpula estratgica da organizao, fugindo, mais uma vez, da abrangnciadas atribuies da rea de Gesto de Materiais.

    Com esse entendimento, as alternativas de a a d esto erradas.

    Como vimos, o dilema central na Gesto de Materiais pode ser

    resumido na procura do melhor custo-benefcio entre a disponibilidade decapital de giro e o nvel de servio.

    Resposta: E.

    33. (CESGRANRIO / BACEN / 2010) O departamento deadministrao de materiais de uma empresa recebeu 5.000requisies no ano de 2009, sendo que cada requisio teveuma mdia de 1,8 itens. Sabendo que 7.650 itens foram

    entregues dentro do prazo, qual foi o nvel de servio deatendimento do departamento, em percentual? (usearredondamento para uma casa decimal).

    a)90,0%

    b)85,0%

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    c)80,0%

    d)65,4%

    e)55,5%

    Para a resoluo da questo, basta aplicarmos a frmula do nvel deservio (relacionando os itens efetivamente solicitados):

    Resposta: B

    III. TICA NA ADMINISTRAO DE MATERIAIS

    tica a rea da filosofia que trata das questes relativas s aes dosindivduos com relao a seus valores morais. derivada do grego ethos,que, por sua vez, refere-se ao conjunto sistemtico de disposies morais,de princpios prticos, no conscientes, que regem a moral cotidiana.

    Como podemos perceber, trata-se de um conceito muito denso... mas nose preocupe: iremos simplific-lo a fim de que seja possvel a correta

    interpretao daquilo que a banca nos apresenta.Um primeiro passo para bem compreendermos o que se entende por tica

    a conceituao de moral, conforme nos ensina Antnio Joaquim Severino:

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    Moral = conjunto de prescries vigentes numa determinada sociedade econsideradas como critrios vlidos para a orientao do agir de todos osmembros dessa sociedade.

    Podemos ressaltar alguns componentes dessa definio:

    Assim, a moral refere-se ao somatrio de valores numa sociedade. umaespcie de banco de dados.

    A tica, por sua vez, acessa esse banco de dados sempre que vamosdeterminar se a ao humana boa ou m. Sempre que falarmos detica, sempre estar envolvido um conjunto de valores (moral) e uma aodo indivduo, OK?

    Como dissemos, os valores morais recaem sobre todos os indivduosnuma sociedade. Assim, voltando ao foco de nossa aula, administradores demateriais tanto de empresas privadas quanto do setor pblico esto sujeitosaos valores morais inerentes ao desempenho de suas funes, usualmentedenominados cdigos de tica.

    O que difere a atuao de um particular para a de um servidor pblico, noque diz respeito tica, a obrigao constitucional explcita de condicionar

    um conjuntode

    "prescries",normas

    Refere-se a umconjunto de

    valores aplicado

    a umadeterminadasociedade

    Varia de acordocom o contexto(com os valores

    culturais dasociedade)

    A ao de todosos membros dasociedade est

    sujeita orientao dosvalores morais

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    suas aes ao estritamente previsto em lei (Princpio da Legalidade). Commaior especificidade ainda com relao conduta tica, no nos esqueamosdo Princpio da Moralidade, tambm constante do art. 37 de nossa

    Constituio.Desta maneira, apesar de sabermos que a tica (os valores morais)

    incidem sobre todos os indivduos, talvez as questes possam ficar maisclaras se pensarmos em servidores pblicos, obrigados a cumprir oregistrado em lei, abstendo-se de cometer eventuais desvios de finalidade,abusos de poder ou de outros eventuais crimes de corrupo.

    34. (CESPE / FUNESA - SE / 2008) A respeito de compras eadministrao dos contratos de fornecedores e servios, julgueo item:

    Na rea de compras, o problema tico se restringe conduta doscompradores, que devem evitar receber benefcios, tais comobrindes, presentes, gratuidades ou outras formas de compensao, edevem garantir o sigilo acerca das informaes de propostas,critrios de julgamento e outras informaes estratgicas.

    As condutas ticas especficas de um setor de uma empresa so relativas

    a todos os indivduos que fazem parte de desse setor. No caso da rea decompras, no existem apenas compradores: h aqueles que fazem aespecificao do objeto a ser adquirido, aqueles que definem e justificam oquantitativo da aquisio, outros que elaboram contratos de fornecimento,sem contar os responsveis pelo recebimento (liquidao). Desta forma, oproblema tico alcana todos estes papis, e no apenas o do comprador.

    A assertiva est errada.

    35. (CESPE / TST / 2008 - adaptada) Acerca da administraode materiais e da conduta tica em compras, julgue o prximoitem em C (certo) ou E (errado):

    Nos cdigos de tica das organizaes, no que se refere acompras, devem ser consideradas as pessoas envolvidas com a

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    especificao e a definio de quantidades dos bens a seremadquiridos, bem como aquelas responsveis pelos contatos comfornecedores e pelas especificaes de contratos de fornecimento.

    Vejam como o cdigo de tica envolve todos aqueles que participam dedeterminado processo. No caso de compras, vai desde o que faz a solicitaode compra, passando pelo especificador, comprador, elaborador de eventuaisinstrumentos convocatrios (editais, cartas convites) e indo at quem recebe(liquida) o bem ao final.

    A afirmativa est correta.

    36. (CESPE ANCINE 2006) Atualmente, o responsvelpelas compras deve buscar, nas negociaes com fornecedorestradicionais, obter o mximo de vantagens para suaorganizao, estabelecendo uma disputa na qual ele saiavencedor e a outra parte, perdedora.

    Caro aluno, nada poderia estar mais distante da realidade. Deixe-meilustrar uma eventual situao em que h vencedores e perdedores entre

    fornecedores e compradores.

    Imagine um contrato para a prestao do servio de limpeza, celebradoentre um rgo pblico e uma empresa privada. Sendo este contrato frutode um procedimento licitatrio (por exemplo, prego), geralmente soestipulados previamente um preo mximo a ser pago pelo servio, asobrigaes da futura contratada e as sanes para o caso dedescumprimento do contrato.

    No caso de condies muito rgidas baixo valor pago pelo rgo

    pblico, obrigaes pouco usuais impostas contratada e sanes pesadas aserem impostas empresa privada algum poderia dizer que aAdministrao Pblica venceu (e que a empresa perdeu).

    Talvez isso seja verdade a curto prazo. No entanto, no decorrer docontrato, no raras so as vezes que a empresa privada no conseguecumprir o contrato, em geral por dificuldades financeiras. As multas impostaspelo rgo pblico somente reforam os problemas da empresa. Resultado: a

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    empresa quebra, e a Administrao Pblica arca com custos difceis demensurar. Ainda, uma possvel contratao emergencial que se seguir temmaior chance de ser feita com preos superiores aos do mercado.

    Em sntese: compradores e fornecedores no esto em disputa, mas simem busca de uma condio em que ambos possam usufruir de vantagens ede estabilidade.

    A assertiva est errada.

    37. (CESPE ANCINE 2006) Com relao ao processo decompras no setor pblico, so atitudes ticas priorizar osinteresses da organizao, atuar de forma transparente nas

    negociaes com fornecedores, denunciar manifestaes outentativas de suborno e fatos ilcitos internos relacionados acompras, ter critrios claros e transparentes no recebimento depresentes de fornecedores.

    Conforme vimos nas questes anteriores, todas as atitudes ticas citadasesto de acordo com o que se espera de um servidor que atua na rea decompras.

    Ressalto que a banca emprega a expresso priorizar os interesses daorganizao, o que no significa que ela esteja na condio de vencedora

    aps uma negociao com um fornecedor, conforme visto na questoanterior. Pelo contrrio: ao priorizar-se o interesse da organizao, oservidor estar atento exequibilidade dos contratos futuros, por parte dascontratadas.

    A afirmativa est certa.

    38. (CESPE / TSE / 2006) Os cdigos de tica do setor decompras devem ser de conhecimento dos fornecedores paraque eles possam reclamar no caso de qualquer ato lesivo.

    Em artigo publicado na Revista de Administrao Pblica (RAP), Batista eMaldonado (2008) esclarecem que o cdigo de tica pode servir como prova

    legal da inteno da empresa. Entre outras determinaes, o cdigo de tica

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    inclui os principais deveres dos servidores pblicos e as vedaes aosservios pblicos, devendo ser divulgado para a sociedade de forma geral.

    A assertiva est certa.

    O Decreto n 1.171/1994 da Casa Civil da Presidncia da Repblicaaprovou o Cdigo de tica Profissional do Servidor Pblico do PoderExecutivo Federal, normativo cobrado de forma recorrente em certames.Veja a prxima questo.

    39. (CESPE / PREVIC / 2010) Entre os aspectos relevantes doCdigo de tica Profissional do Servidor Pblico do Poder

    Executivo Federal, incluem-se o dever de ser probo, reto, leal ejusto, e, consequentemente, o dever de escolher, diante deopes, a melhor e mais vantajosa para a administraopblica.

    O inciso XIV do Cdigo de tica Profissional do Servidor Pblico do PoderExecutivo Federal arrola os deveres fundamentais do servidor pblico. Oenunciado refere-se alnea c, sendo praticamente cpia do cdigo. Resta

    esclarecer apenas que a opo mais vantajosa para a Administrao Pblica tambm a melhor para o bem comum, uma vez que a Administrao agesempre no interesse pblico.

    A assertiva est certa.

    Vejamos os principais deveres do servidor pblico, conforme o citadoinciso XIV:

    XIV - So deveres fundamentais do servidor pblico:

    a) desempenhar, a tempo, as atribuies do cargo, funo ou empregopblico de que seja titular;

    b) exercer suas atribuies com rapidez, perfeio e rendimento, pondofim ou procurando prioritariamente resolver situaes procrastinatrias,principalmente diante de filas ou de qualquer outra espcie de atraso na

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    prestao dos servios pelo setor em que exera suas atribuies, com o fimde evitar dano moral ao usurio;

    c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade

    do seu carter, escolhendo sempre, quando estiver diante de duasopes, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum;

    (....)

    e) tratar cuidadosamente os usurios dos servios aperfeioando oprocesso de comunicao e contato com o pblico;

    f) ter conscincia de que seu trabalho regido por princpios ticos quese materializam na adequada prestao dos servios pblicos;

    g) ser corts, ter urbanidade, disponibilidade e ateno, respeitando a

    capacidade e as limitaes individuais de todos os usurios do serviopblico, sem qualquer espcie de preconceito ou distino de raa, sexo,nacionalidade, cor, idade, religio, cunho poltico e posio social, abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes dano moral;

    h) ter respeito hierarquia, porm sem nenhum temor de representarcontra qualquer comprometimento indevido da estrutura em que se funda oPoder Estatal;

    (...)

    l) ser assduo e frequente ao servio, na certeza de que sua ausnciaprovoca danos ao trabalho ordenado, refletindo negativamente em todo osistema;

    m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato oufato contrrio ao interesse pblico, exigindo as providncias cabveis;

    (...)

    Bom, ficaremos por aqui nesta primeira aula. Na prxima semana,ingressaremos no tpico Gesto de Estoques (Funo Suprimento).Espero uma participao ativa no frum.Forte abrao e bons estudos!

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    QUESTES APRESENTADAS NESTA AULA

    1. (CESGRANRIO / Petrobrs / 2011) Os principais recursos

    empresariais so os recursos materiais, financeiros, humanos,mercadolgicos e administrativos. Em empresas industriais ecomerciais, o administrador de recursos materiais merecedestaque especial. Dentre suas principais responsabilidades,est a de:

    a)formular as polticas de remunerao de funcionrios.b)negociar prazos de entrega e condies de pagamento com

    clientes.

    c)estabelecer regras e padres de utilizao dos recursos deproduo.

    d)determinar o qu, como e quando devem ser comprados itensprodutivos e improdutivos.

    e)determinar preo de venda e margem de lucro dos itens.

    2. (CESPE / SEAD FUNESA / 2008) objetivo da administrao demateriais maximizar a utilizao dos recursos da empresa.

    3. (CESPE / CNPQ / 2011) Uma das funes precpuas doadministrador de materiais minimizar o uso dos recursosenvolvidos na rea logstica da empresa, visando economia eeficincia.

    4. (CESPE / STM / 2008 - adaptada) A administrao de materiaisvisa a colocar os materiais necessrios na quantidade certa, nolocal certo e no tempo certo disposio dos rgos quecompem o processo produtivo da empresa.

    5. (CESPE / PETROBRAS / 2007) Alm do controle de estoques, area de gesto de materiais engloba as atividades de compra,almoxarifado, movimentao, controle e distribuio demateriais.

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    6. (IFC / UFSC / 2009) Em relao aos atributos para aclassificao de materiais, assinale a alternativa CORRETA.

    a) Criatividade, inovao e flexibilidade.b) Mudana, adaptao e estratgia.c) Abrangncia, criatividade e inovao.d) Abrangncia, flexibilidade e praticidade.e) Praticidade, estratgia e reorganizao.

    7. (CESPE / SESA ES / 2011) Simplificao, especificao enormalizao so etapas da classificao de materiais.

    8. (CESPE / ABIN / 2010) Considere que, no estoque de umaoficina mecnica, haja vrios parafusos de diferentes tipos.Nessa situao, no controle de estoque, todos os parafusosdevem ser considerados um mesmo item de consumo,atribuindo-se a esse item uma nica codificao.

    9. (CESPE / TJ PA / 2006 - adaptada) Quanto ao tipo de demanda,os materiais so classificados em materiais de estoque e no deestoque.

    10. (CESPE / ANATEL / 2009) Se determinado rgo pblico

    adquirir 50 cartuchos de toner para as suas impressoras alaser, tais produtos devero ser considerados como produtosacabados para o referido rgo.

    11. (CESGRANRIO / ANP / 2008) A produo de bens requer oprocessamento de elementos que sero transformados em bensfinais ou produto acabado. O petrleo, por exemplo, passa pordiversos processos at sua utilizao final por indstrias elares. Esses elementos que originam e desencadeiam todo o

    processo de transformao recebem o nome de:

    a)matria em processamento.b)matria em acabamento.c)Matria-prima.d)matria acabada.e)matria semi-acabada.

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    12. (CESPE / CNPQ / 2011) Uma desvantagem de se utilizar aclassificao de materiais do tipo importncia operacional queela no fornece anlise econmica dos estoques.

    13. (CESPE / IPOJUCA / 2009) A classificao XYZ um mtodode anlise qualitativa que determina a criticidade dos materiaise dos medicamentos no hospital. Os itens X so aquelesconsiderados vitais ou crticos para a produo, sem similar nohospital.

    14. (CESPE / CNPQ / 2011) O profissional que atua naadministrao de materiais deve dedicar ateno ao controledos materiais crticos, os quais devem ser submetidos aocontrole de obsolescncia de forma contnua e peridica.

    15. (CESPE / CNPq / 2011) O profissional que atua naadministrao de materiais deve classificar como materiaiscrticos aqueles que possuem demanda previsvel, os quaisdevem ser estocados com base no risco.

    16. (FCC / METR SP / 2008) No processo de gesto de

    materiais, a classificao ABC uma ordenao dos itensconsumidos em funo de um valor financeiro. Soconsiderados itens A os itens de estoque com as caractersticasde:

    a) muitos itens em estoque e baixo valor de consumo acumulado.b) poucos itens em estoque e baixo valor de consumo acumulado.c) muitos itens em estoque e alto valor de consumo acumulado.d) poucos itens em estoque e alto valor de consumo acumulado.

    e) nmero mdio de itens em estoque e alto valor acumulado.

    **a seguinte figura vlida para as questes 17 a 20**

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    (CESPE / ABIN / 2010) Com base na figura acima, representativa deuma curva ABC de estoque, julgue os itens subsequentes.

    17. Para a classificao dos itens de estoque nas sees I, IIou III da figura, considera-se o valor unitrio de cada umdesses itens.

    18. Os itens pertencentes seo III da figura exigem controle

    mais apurado de movimentao e menor tolerncia a erros deinventrio.

    19. Um gerente de suprimentos que tenha como objetivo areduo dos custos dos estoques deve priorizar a reduo doslotes de compra dos itens alocados na seo I da figura.

    20. Os itens alocados na seo identificada por I, na figura, sochamados itens A da curva ABC.

    **a seguinte tabela vlida para as questes 21 a 23**

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    (CESPE / SESA ES / 2011) A tabela acima refere-se ao consumomdio mensal e ao custo unitrio de dez itens farmacuticos nohospital Boa Sade, que utiliza o sistema ABC para gesto de seuestoque de medicamentos e trabalha com os seguintes parmetros:

    classe A equivale a 10% dos itens em estoque, o quecorresponde a 70% do valor financeiro do consumo;

    classe C equivale a 70% dos itens em estoque, o quecorresponde a 10% do valor financeiro do consumo.

    Considerando a tabela e as informaes acima, julgue os itens quese seguem.

    21. Os itens III e IX so de classe B na curva ABC desse hospital.

    22. Segundo o sistema ABC, o item IV aquele que merececontrole mais acirrado por apresentar custo unitrio maiselevado, R$ 613,00.

    23. No sistema ABC, o estoque de segurana projetado para ositens de classe A deve ser inferior, em meses de consumo, aoestoque de segurana dos itens de classe B.

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    ** o seguinte enunciado vlido para as questes 24 e 25**

    (CESPE / MCT / 2008) Em obras de grande porte, ou indstrias depr-moldados, recomendvel controlar o estoque do almoxarifadomediante a aplicao da curva ABC, representada com os seguintesvalores estimativos. Na curva ABC, os itens de baixo custorepresentam 5% do valor e 50% do estoque (C) e os itens de altovalor representam 80% do valor e 20% do estoque (A) e os itensmdios (B) representam 15% do valor e 30% da quantidade.

    Tendo em vista essas informaes, julgue os itens que se seguem.

    24. O gestor do almoxarifado acertou ao classificar uma partidade pregos como sendo parte dos itens A.

    25. O cimento, a areia e o ferro no devem ser considerados nacurva ABC, pois so de alto consumo em qualquer obra,exigindo constante reposio.

    26. (CESPE / IFB / 2011) Certa empresa classificou seu estoquecom base no sistema ABC. Assim, decidiu que os itens do grupoA deveriam ser contados duas vezes por ano; os itens B, quatro

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    vezes por ano, e os itens C, uma vez por ms. H, em estoque,250 itens do grupo A, 80 do grupo B e 15 do grupo C.

    A empresa aplicou de forma correta o sistema ABC quando definiuum controle mais rigoroso para os itens C do estoque.

    27. (CESGRANRIO / FINEP / 2011) A classificao de materiais de fundamental importncia para uma boa gesto dos estoquesde qualquer empresa. Como exemplos de critrios declassificao, tem-se o valor anual de consumo, a importnciaoperacional, a perecibilidade, entre outros.

    Dentre os mtodos abaixo, o nico que representa um tipo de

    classificao de estoques :

    a) Lead Timeb) LEC Lote Econmico de Comprasc) SWOTd) Curva ABCe) Ponto de Ressuprimento

    28. (CESPE / TJ ES / 2011) Pertencem ao inventrio de material

    permanente os itens patrimoniais de durabilidade superior aum ano e(ou) os que no percam a sua identidade fsica.

    29. (CESPE / MPU / 2010) A durabilidade, a incorporabilidade e atangibilidade so parmetros para identificao de materialpermanente.

    30. (CESPE / EBC / 2011) O critrio de durabilidade deve ser onico parmetro para a classificao oramentria de ummaterial em consumo ou permanente.

    31. (CESPE / IBRAM / 2009) Um alto nvel de servio da gestode materiais requer altos nveis de estoque, associados baixafrequncia de entregas ou, ainda, a baixos nveis de estoquecom frequncia de entrega capaz de compensaradequadamente essa poltica de estocagem.

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    32. (FCC / MPE RS / 2008) Considera-se uma gesto de materiaisbem sucedida aquela que consegue estabelecer um equilbrioentre:

    a)acesso a crdito e qualidade de servio.

    b)taxa de lucro esperada e nvel de estoque.

    c)capacidade de endividamento e demanda efetiva.

    d)necessidade de financiamento e nvel de oferta.

    e)disponibilidade de capital de giro e nvel de servio.

    33. (CESGRANRIO / BACEN / 2010) O departamento deadministrao de materiais de uma empresa recebeu 5.000requisies no ano de 2009, sendo que cada requisio teveuma mdia de 1,8 itens. Sabendo que 7.650 itens foramentregues dentro do prazo, qual foi o nvel de servio deatendimento do departamento, em percentual? (usearredondamento para uma casa decimal).

    a)90,0%b)85,0%

    c)80,0%

    d)65,4%

    e)55,5%

    34. (CESPE / FUNESA - SE / 2008) A respeito de compras e

    administrao dos contratos de fornecedores e servios, julgueo item:

    Na rea de compras, o problema tico se restringe conduta doscompradores, que devem evitar receber benefcios, tais comobrindes, presentes, gratuidades ou outras formas de compensao, e

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    devem garantir o sigilo acerca das informaes de propostas,critrios de julgamento e outras informaes estratgicas.

    35. (CESPE / TST / 2008 - adaptada) Acerca da administrao

    de materiais e da conduta tica em compras, julgue o prximoitem em C (certo) ou E (errado):

    Nos cdigos de tica das organizaes, no que se refere acompras, devem ser consideradas as pessoas envolvidas com aespecificao e a definio de quantidades dos bens a seremadquiridos, bem como aquelas responsveis pelos contatos comfornecedores e pelas especificaes de contratos de fornecimento.

    36. (CESPE ANCINE 2006) Atualmente, o responsvelpelas compras deve buscar, nas negociaes com fornecedorestradicionais, obter o mximo de vantagens para suaorganizao, estabelecendo uma disputa na qual ele saiavencedor e a outra parte, perdedora.

    37. (CESPE ANCINE 2006) Com relao ao processo de

    compras no setor pblico, so atitudes ticas priorizar osinteresses da organizao, atuar de forma transparente nasnegociaes com fornecedores, denunciar manifestaes outentativas de suborno e fatos ilcitos internos relacionados acompras, ter critrios claros e transparentes no recebimento depresentes de fornecedores.

    38. (CESPE / TSE / 2006) Os cdigos de tica do setor decompras devem ser de conhecimento dos fornecedores para

    que eles possam reclamar no caso de qualquer ato lesivo.

    39. (CESPE / PREVIC / 2010) Entre os aspectos relevantes doCdigo de tica Profissional do Servidor Pblico do PoderExecutivo Federal, incluem-se o dever de ser probo, reto, leal ejusto, e, consequentemente, o dever de escolher, diante deopes, a melhor e mais vantajosa para a administraopblica.

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    GABARITO

    1-C 2-C

    3-E 4-C5-C 6-D7-C 8-E9-C 10-E

    11-C 12-

    C13- E 14-E

    15- E 16-D17- E 18-E19- C 20-C21- C 22-E23- C 24-E25- E 26-E27- D 28-E

    29- E 30-E31- C 32-E33- B 34-E35- C 36-E37- C 38-C39- C

    Sucesso!

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    Referncias

    GONALVES, P. S. Administrao de Materiais, 3 ed. Rio de Janeiro:

    Elsevier, 2007.FENILI, R. R. Administrao de Recursos Materiais e Patrimoniais:Abordagem Completa.So Paulo: Ed. Mtodo, 2011.

    MENDES, K. G. L.; CASTILHO, V. Determinao da importncia operacionaldos materiais de enfermagem segundo a Classificao XYZ. Rev. Inst.Cinc. Sade, v. 27, n. 4, p. 324-329, 2009.

    VIANA, J. J. Administrao de Materiais: um enfoque prtico. So

    Paulo: Atlas, 2000.