aula 01 - administração de recursos materiais

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Administração de Rec. Materiais p/ TRE-RJ Teoria e exercícios comentados Prof. Wagner Rabello Jr. Aula 01 Prof. Wagner Rabello Jr. www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 80 AULA 01 GESTÃO DE ESTOQUES Curva ABC: conceito e metodologia de cálculo SUMÁRIO PÁGINA INTRODUÇÃO 2 1. NÍVEIS DE ESTOQUE 7 2. PREVISÃO PARA ESTOQUES 19 3. CUSTO DE ESTOQUE 28 4. Curva ABC: conceito e metodologia de cálculo 40 5. JUST IN TIME 43 6. QUESTÕES COMENTADAS 45 7. LISTA DAS QUESTÕES 68 8. GABARITOS 79 Apresentação Salve, salve, concurseiros, Chegamos ao nosso primeiro encontro dentro desse curso preparatório para o TRE-RJ. Hoje teremos uma aula bastante densa cujo assunto é certo de aparecer na prova: Gestão de Estoques. Além de alguns cálculos, como, por exemplo, o cálculo da média, vocês deverão compreender os conceitos que serão expostos, tais como: “acurácia” e “classificação ABC”. Considerando que o conteúdo é bastante grande eu trouxe uma bateria significativa de questões. Aula está exatamente de acordo com o conteúdo, mas o nível está um pouco acima daquilo que vocês encontrarão na prova, afinal de contas “quem pode o mais, pode o menos”. Sem mais delongas, vamos à aula. Quaisquer esclarecimentos: [email protected]

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AULA 01

GESTÃO DE ESTOQUES

Curva ABC: conceito e metodologia de cálculo

SUMÁRIO PÁGINA

INTRODUÇÃO 2

1. NÍVEIS DE ESTOQUE 7

2. PREVISÃO PARA ESTOQUES 19

3. CUSTO DE ESTOQUE 28

4. Curva ABC: conceito e metodologia de cálculo 40

5. JUST IN TIME 43

6. QUESTÕES COMENTADAS 45

7. LISTA DAS QUESTÕES 68

8. GABARITOS 79

Apresentação

Salve, salve, concurseiros,

Chegamos ao nosso primeiro encontro dentro desse curso preparatório para o TRE-RJ. Hoje teremos uma aula bastante densa cujo assunto é certo de aparecer na prova: Gestão de Estoques. Além de alguns cálculos, como, por exemplo, o cálculo da média, vocês deverão compreender os conceitos que serão expostos, tais como: “acurácia” e “classificação ABC”. Considerando que o conteúdo é bastante grande eu trouxe uma bateria significativa de questões. Aula está exatamente de acordo com o conteúdo, mas o nível está um pouco acima daquilo que vocês encontrarão na prova, afinal de contas “quem pode o mais, pode o menos”.

Sem mais delongas, vamos à aula.

Quaisquer esclarecimentos:

[email protected]

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O PAPEL DOS ESTOQUES NA EMPRESA – INTRODUÇÃO

Por Petrônio Garcia Martins e Paulo Renato Campos, in: Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais. Ed. Atlas.

Visto como um recurso produtivo que no final da cadeia de suprimentos criará valor para o consumidor final, os estoques assumem papel ainda mais importante. Hoje todas as empresas procuram, de uma forma ou de outra, obter uma vantagem competitiva em relação a seus concorrentes, e a oportunidade de atende-los prontamente, no momento e na quantidade desejada, é facilitada por meio da administração eficaz dos estoques.

Tipos de Estoques

Os estoques têm a função de funcionar como reguladores do fluxo de negócios. Como a velocidade com que as mercadorias são recebidas – unidades recebidas por unidade de tempo ou entradas – é usualmente diferente da velocidade com que são utilizadas – unidades consumidas por unidade de tempo ou saídas -, há a necessidade de um estoque, funcionando como um amortecedor (buffer). A analogia com a caixa-d’água de nossas residências e muito adequada.

Os recursos materiais, ou estoques, podem ser classificados em demanda dependente ou independente. Os materiais, componentes, partes e peças da demanda independente são os itens cuja demanda decorre, em sua maioria, dos pedidos dos clientes externos como, por exemplo, os produtos acabados, que a empresa vende diretamente a seus clientes externos, e itens de manutenção, de uso interno e requisitados por clientes internos, como material de escritório.

Um item é dito de demanda dependente quando a quantidade a ser utilizada depende da demanda de um item de demanda independente. Assim, um pneu em uma montadora é um item de demanda dependente, pois a quantidade total a ser utilizada dependerá da previsão de automóveis a serem montados (5 unidades por automóvel). Para um comerciante de pneus, no mercado de reposição, o mesmo pneu é um item de demanda independente.

Como os estoques constituem parcela considerável dos ativos das empresas, eles recebem um tratamento contábil minucioso. São classificados, principalmente para efeitos contábeis, em cinco grandes categorias.

Estoques de materiais: são todos os itens utilizados nos processos de transformação em produtos acabados. Todos os materiais armazenados que a empresa compra para usar no processo

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produtivo fazem parte do estoque de materiais, independentemente de serem materiais diretos, que se incorporam ao produto final, ou indiretos, que não se incorporam ao produto final. Assim, material pode ser um componente de alta tecnologia, como, por exemplo, um computador de bordo para aviões, ou mesmo um pedaço de madeira a ser utilizado na embalagem de um produto ou uma graxa para o mancal de uma certa máquina ou equipamento. Aqui se incluem também os materiais auxiliares, ou seja, itens utilizados pela empresa mas que pouco ou nada se relacionam com o processo produtivo, como os materiais de escritório e de limpeza. No decorrer do texto, nos referiremos ao termo matéria-prima como os materiais que se incorporam ao produto acabado. É importante ressaltar que certos materiais que se incorporam ao produto final, como alguns tipos de embalagens, não gozam de créditos de IPI e, como tal não são considerados, pelos Órgãos Fiscais, matérias-primas.

Estoques de produtos em processos: correspondem a todos os itens que já entraram no processo produtivo, mas que ainda não são produtos acabados. São os materiais que começaram a sofrer alterações, sem, contudo, estar finalizando. Muitas pessoas usam a expressão “produtos que estão no meio de fábrica” para designá-los.

Estoques de produtos acabados: são todos os itens que já estão prontos para ser entregues aos consumidores finais. São os produtos finais da empresa. Os produtos acabados são bem conhecidos por nós em nosso dia-a-dia, e itens como os de revenda enquadram-se nesta categoria.

Estoques em trânsito: correspondem a todos os itens que já foram despachados de uma unidade fabril para outra, normalmente da mesma empresa, e que ainda não chegaram a seu destino final.

Estoques em consignação: são os materiais que continuam sendo propriedades do fornecedor até que sejam vendidos. Em caso contrário, são devolvidos sem ônus.

Os materiais, como recursos que são, recebem as mais variadas denominações:

Materiais diretos: também denominados materiais produtivos ou matérias-primas. São aqueles que se agregam ao produto final, isto é, saem com o produto final. Exemplos: os pneus de um automóvel e o copo de um liquidificador; gozam de créditos de IPI, ICMS, e mais recentemente, do PIS/Cofins.

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Materiais indiretos: também denominados materiais não produtivos ou materiais auxiliares. São aqueles que não se agregam, isto é, não saem com o produto final. Exemplos: óleos de corte de máquinas-ferramentas que são utilizados na usinagem de um material direto; não gozam de créditos para fins fiscais.

Gestão de Estoques

A gestão de estoques constitui uma série de ações que permitem ao administrador verificar se os estoques estão sendo bem utilizados, bem localizados em relação aos setores que deles se utilizam, bem manuseados e bem controlados. Veja esta questão na prática:

A produção de portais e janelas da metalúrgica Gravia ganhou agilidade e controle mais eficiente com o uso da tecnologia de coleta de dados. Após implementar um aplicativo que gerencie e transfere para o sistema de gestão corporativa as informações captadas de cada peça que chega ou sai de fábrica, automaticamente e on-line, a empresa aposentou os processos manuais de apontamentos de produção e movimentação de materiais, o que resultou ainda na redução de erros e mão-de-obra. Isto porque o sistema de gestão da companhia controla todo o ciclo de produtos, desde o recebimento da matéria-prima até os processos de produção, estoque, vendas e faturamento.

Em apenas seis meses de utilização do novo sistema, a Gravia já pode enumerar benefícios como a eliminação de divergências de inventário (físico diferente do contábil); aumento da agilidade no processo de reporte de produção, com saldos de estoques confiáveis e em tempo real, isto é, eliminando um defasagem de 24 horas no saldo contábil em relação ao físico e redução do tempo para fazer o embarque de um pedido de venda na expedição e maior confiabilidade no processo.

Existem vários indicadores de produtividade na análise e controle dos estoques, sendo as mais usuais diferenças entre o inventário físico e o contábil, acurácia dos controles, nível de serviço (ou nível de atendimento), giro de estoques e cobertura dos estoques. Vejamos cada um deles.

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Inventário Físico

O inventário físico consiste na contagem física dos itens de estoque. Caso haja diferenças entre o inventário físico e os registros do controle de estoques, devem ser feitos os ajustes conforme recomendações contábeis e tributárias.

O grande controle que pode ser feito em qualquer organização para auxiliar o fluxo de caixa é o referente aos inventários. Estoque em excesso significa gastar dinheiro á toa, arcar com um custo que não traz benefício algum. Qualquer custo, seja ele relacionado á produção, á administração de materiais ou simplesmente ao estoque, pode ser reduzido se for bem gerenciado. Se os recursos mais utilizados, como ativos fixos, mão-de-obra e energia, forem bem administrados, o produto ganhará em qualidade, e o custo total final será menor. Mudanças excessivas em ordens de produção, implicando parada das máquinas e aumento dos estoques em processo, acabam por gerar retrabalho, e é uma forma clara de desperdício, fazendo com que os gastos com produção subam e, consequentemente, impactem no custo do produto. Mas como descobrir se uma fábrica está trabalhando com excesso de estoque?

O inventário físico é geralmente efetuado de dois modos: periódico ou rotativo.

Ele é chamado de periódico quando em determinados períodos – normalmente no encerramento dos exercícios fiscais, ou duas vezes por ano – faz-se a contagem física de todos os itens do estoque. Nessas ocasiões coloca-se um número bem maior de pessoas com a função específica de contar os itens. É uma força-tarefa designada exclusivamente para esse fim, já que tal contagem deve ser feita no menor espaço de tempo possível (geralmente de 1 a 3 dias).

Acurácia dos Controles

Segundo Petrônio Garcia Martins e Paulo Renato Campos, uma vez terminado o inventário, pode-se calcular a acurácia dos controles, que mede a porcentagem de itens corretos, tanto em quantidade quanto em valor, ou seja:

Acurácia = Número de itens com registros corretos

Número total de itens

Ou

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Acurácia = Valor de itens com registros corretos

Valor total de itens

Exemplo: Calcule a acurácia do controle, sabendo-se que após os três primeiros meses, foram encontrados as seguintes divergências entre o número de unidades contados por item e o número indicado pelo controle.

Class Número de itens contados

Número de itens contados (em %)

Número de itens com divergências

Acurácia

A 4.910

4.910/16.915

= 29,93 %

268 (4.910-268/4.910)

= 0,9454

B 9.125

9.125/16.915 438 (9.125-438) /9.125

= 53,95 % = 0,9520

C 2.880

2.880/16.915 55 (2.880-55)

/2.880

= 17,02 % = 0,9809

Total 16.915

Solução

(0,2903) x (0,9454) x (0,5395) x (0,9520) + (0,1702) x (0,9809)

Acurácia do controle = 95,50 %

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1. NÍVEIS DE ESTOQUE

Como praticamente tudo em Administração de Materiais gira em torno da questão sobre a otimização dos níveis de estoques (de modo que, ao mesmo tempo, a organização seja capaz de atender à demanda e gastar o menos possível com isso), o cálculo sobre a manutenção desses níveis é um problema muito importante para a organização. O ideal seria sempre manter estoque zero, mas como esse evento é bastante difícil, as organizações sempre procuram manter algum nível de estoque. Basicamente, há quatro principais razões para manter estoque e, portanto, quatro tipos de estoque. São:

Estoque isolador – também chamado de estoque de segurança, tem como propósito compensar as incertezas inerentes a fornecimento e demanda.

Estoque de ciclo – ocorre porque um ou mais estágios na operação não podem fornecer todos os itens que produzem simultaneamente.

Estoque de antecipação – Mais comumente usado quando as flutuações de demanda são significativas, mas relativamente previsíveis. Também pode ser usado quando as variações de fornecimento são significativas, como em alimentos sazonais enlatados.

Estoque de canal de distribuição – existe porque o material não pode ser transportado instantaneamente entre o ponto de fornecimento e o ponto de demanda.

Já sabemos também que os custos de estoques decorrem de diversos fatores, tais como: quantidade, tempo de material em estoque, disponibilidade, movimentação, funcionários etc.

Para buscar uma solução, segundo Hamilton Pozo (p. 63), “uma das técnicas utilizadas é o enfoque da dimensão do lote econômico para manutenção de níveis de estoque satisfatórios e que denominamos de sistema máximo-mínimo”

O sistema máximo-mínimo também é muito conhecido como Curva Dente de Serra, aliás, em concursos públicos esta última expressão é bem mais utilizada.

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Curva Dente de Serra (Sistema máximo-mínimo)

A Curva Dente de Serra nos demonstra a representação quantitativa de entrada e de saída de um determinado item de estoque num determinado período, ou seja, o gráfico nos demonstra o consumo do estoque, o momento que ela chega a zero e consequentemente seu reabastecimento. Bem, isso é na teoria, na prática até seria o mundo perfeito, mas sabemos bem que para que isso ocorresse, nós dependeríamos de alguns fatores:

1. Consumo constante

2. Inocorrência de falhas nos procedimentos administrativos relativos à compra

3. Cumprimento de prazos exatos por parte dos nosso fornecedores

4. Produtos recebidos sem qualquer defeito e, portanto, devolvidos

A prática nos demonstra que a conjunção dos 4 (quatro) fatores acima é praticamente impossível, pois existem, principalmente, variações no consumo e atrasos em entregas por parte dos fornecedores. Caso não ocorram, concomitantemente, todas as circunstâncias acima poderemos ficar diante da chamada Curva Dente de Serra com Ruptura. Esta curva demonstra que nossa organização deixou de atender os clientes num dado período de tempo for falta de estoque. Por outro lado, para que não haja falta de materiais em condições mais ou menos normais as organizações utilizam muito o chamado Estoque de Segurança.

Bem, estamos diante de duas possibilidades em relação aos níveis de estoques:

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1ª Curva Dente de Serra com Ruptura

Falta de material em estoque e conseqüente falta de atendimento aos clientes.

2ª Estoque de Segurança

Estoque reserva, ou seja, uma quantidade além do consumo previsto para eventualidades.

Vejamos a representação gráfica: na parte de cima temos o chamado Estoque de Segurança, na parte inferior a Curva Dente de Serra com Ruptura.

Gráfico Estoque de Segurança

Curva Dente de Serra com Ruptura.

Em relação à Curva Dente de Serra com Rupturas não há o que acrescentar, bastando ter em mente que é uma variável da original Curva Dente de Serra, sendo que a variação decorre da falta de material e por conseqüência a organização deixa de atender pedido (s). Já o Estoque de

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Segurança merece uma análise um pouco mais acurada, é o que faremos no próximo item.

Estoque de Segurança

O Estoque de Segurança (também conhecido como Estoque Reserva ou Estoque Mínimo) é uma determinada quantidade de materiais existentes no estoque com a função de cobrir eventuais variações no consumo. Essas variações, segundo Hamilton Pozo, podem ser:

Eventuais atrasos no tempo de fornecimento (TR) por parte do fornecedor;

Rejeição de lote de compra

Aumento na demanda do produto

A finalidade do Estoque de Segurança é não deixar faltar material em estoque para as finalidades da organização. Nesse ponto, nos deparamos mais uma vez com aquela velha questão: o ideal seria um estoque zero, mas isto é quase impossível. Manter um estoque de consumo normal já é uma tarefa árdua. Agora imaginem a situação de um gerente de materiais que propõe, além do estoque normal de consumo, um Estoque de Segurança?! Aqui, a resposta é a mesma, ou seja, manutenção de um Estoque de Segurança que efetivamente consiga cumprir sua finalidade, aliada a um custo o mais baixo possível.

Na prática é bastante comum as organizações manterem um estoque de segurança, posto que os 4 (quatros) fatores revelados no início do capítulo raramente acontecem de forma concomitante: Consumo constante; Inocorrência de falhas nos procedimentos administrativos relativos à compra; Cumprimento de prazos exatos por parte dos nosso fornecedores; Produtos recebidos sem qualquer defeito e, portanto, devolvidos. Ao contrário disso, as organizações estão sempre diante de uma ou mais variáveis que podem afetar negativamente o seu nível de estoque. Vamos ilustrar com um exemplo o que dissemos acima:

Uma organização tem consumo mensal de 6.000 unidades do produto X O tempo de reposição de sua matéria-prima é de 20 dias; Seu estoque de segurança é igual a zero. Caso não houvesse nenhum tipo de variação a organização emitiria um

novo pedido de compra sempre que o estoque chegasse a 4.000 unidades, pois a cada 10 dias a organização consome 2.000 itens. Assim, considerando que já se passaram 10 dias e que o material leva 20 dias para chegar, quando este fato ocorresse seria exatamente na data em que o estoque teria chegado a zero. Esse seria o mundo perfeito.

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Mas o mundo perfeito acima nem sempre é possível, sendo assim, as organizações optam pela manutenção de um Estoque de Segurança que garanta o atendimento da demanda em face das diversas variações que podem ocorrer,

Para Hamilton Pozo, a situação mais cômoda e adequada seria a manutenção que pudesse suprir todas as necessidades da organização, mas isso implicaria custos muito altos para a organização. Dessa forma, o autor sugere como solução “determinar um estoque de segurança que possa otimizar os recursos disponíveis e minimizar os custos envolvidos. Assim, teremos um estoque de segurança que irá atender a fatos previsíveis dentro de seu plano global de produção e sua política de grau de atendimento”.

Talvez você já esteja perguntando: - Qual deve ser a quantidade de material disponível em um Estoque de Segurança?

A resposta é: NÃO SEI.

Bem, a quantidade que cada organização deve manter em seu estoque eu não sei, você não sabe, o examinador não sabe, por isso não temos que nos preocupar com tal fato. Mas tem uma coisa que eu sei, se você não sabe vai aprender agora e o examinador também sabe: são as metodologias utilizadas para a definição do nível de Estoque de Segurança adequado para cada organização. Agora eu tenho certeza de que você está compreendendo que esse nível de estoque varia de organização para organização e depende da política de estoque e dos métodos de cálculos que veremos abaixo:

Método de Grau de Risco (MGR)

É um método desprovido de rigor científico, não sendo necessário nenhum conhecimento profundo de matemática, que consiste na utilização de um fator (ou grau) de risco (em percentual), definido pelo gestor de materiais, normalmente em função das informações e da sua experiência junto ao mercado, clientes e fornecedores.

A fórmula para cálculo nessa metodologia é:

Onde:

ES = Estoque de Segurança

C = Consumo Médio no Período

K = Grau ou Fator de Risco

ES = C . K

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Método com Variação de Consumo e/ou Tempo de Reposição (MVC)

Trata-se de uma metodologia utilizada quando ocorre variação na demanda (aumento das vendas) ou no tempo de reposição por parte do fornecedor (atraso nas entregas).

A fórmula para cálculo nessa metodologia é:

Onde:

ES = Estoque de Segurança

Cn = Consumo Normal

Cm = Consumo acima da previsão

Pat = Percentual relativo ao atraso na reposição

Exemplo: Uma organização está elaborando sua política de estoques e pretende determinar o seu Estoque de Segurança. Para tanto contrata um Gerente de Materiais com boa formação e vasta experiência no mercado. O referido gerente definiu o fator (ou grau) de risco em 30%. Sabendo que o consumo médio mensal dessa organização é de 5.000 unidades, qual deve ser o Estoque de Segurança? Resolução: ES = C . K ES = 5.000 . 0,30 ES = 1.500 Portanto, o Estoque de Segurança dessa organização deverá ser de 1.500 unidades

ES = (Cm – Cn) + Cm . Pat

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Exemplo1: Uma organização está elaborando sua política de estoques e pretende determinar o seu Estoque de Segurança. Para tanto contrata um Gerente de Materiais com boa formação e vasta experiência no mercado. O referido gerente está prevendo um aumento de 30% nas vendas e recebeu uma notificação do seu fornecedor informando que haverá um atraso de 10 dias na entrega, sendo que o prazo normal é de 1 (um) mês. Sabe-se ainda que o consumo médio mensal dessa organização é de 5.000 unidades. Qual deve ser o Estoque de Segurança? Resolução: ES = (Cm – Cn) + Cm . Pat Cm= (5.000 . 1,30) = 6.500 At = 10 dias/30 dias = 33,3% ES = (Cm – Cn) + Cm . Pat ES = (6.500 – 5.000) + (6.500 x 0,333) ES = 1.500 + 2.164,5 (arredonda-se para 2.165) ES = 3.665 Portanto, o Estoque de Segurança dessa organização deverá ser de 3.665 unidades

Exemplo2: Utilizando os mesmos dados acima, caso ocorra somente aumento nas vendas, qual deve ser o Estoque de Segurança? Resolução: ES = (Cm – Cn) ES = (6.500 - 5.000) ES = 1.500 Portanto, o Estoque de Segurança dessa organização deverá ser de 1.500 unidades

Exemplo3: Utilizando os mesmos dado do exemplo 1, caso ocorra somente atraso no tempo de fornecimento, qual deve ser o Estoque de Segurança? Resolução: ES = (Cm . At) ES = (6.500 . 0,333) ES = 2.164,5 (arredonda-se para 2.165) Portanto, o Estoque de Segurança dessa organização deverá ser de 1.500 unidades

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Método com Grau de Atendimento Definido (MGAD)

Essa metodologia visa atender uma determinada demanda da organização, não em sua totalidade, mas a partir de um determinado grau de atendimento dentro da política organizacional. Essa metodologia permite comparar, em termos percentuais e financeiros, diversas alternativas para os possíveis graus de atendimento. A fórmula para cálculo do método (MGAD) é:

Onde:

ES = Estoque de Segurança

Dn = Desvio-padrão

Cr = Coeficiente de Risco

Tempo de reposição: Ponto de Pedido

Uma das informações fundamentais de que se necessita para que se possa calcular o estoque mínimo que uma organização deve possuir é o chamado tempo de reposição. Essa expressão diz respeito ao tempo gasto desde a constatação de que o estoque precisa ser reposto até a e efetiva chegada do material ao estoque (incluindo o tempo para descarregamento, conferência e armazenamento). Marco Aurélio P. Dias divide esse tempo em 3 (três) partes:

ES = (Dp . Cr) . Ga/100

Exemplo: Calcular o estoque de segurança considerando um desvio padrão de 200, um coeficiente de risco de 2 e uma margem de atendimento de 90% ES = (200.2). 90/100 ES = 400 . 0,9 ES = 360

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1. Emissão do pedido: tempo que leva desde a emissão do pedido de compra até a chegada do mesmo ao fornecedor;

2. Preparação do pedido: tempo que o fornecedor leva para fabricar, separar os produtos, emitir o faturamento e deixá-los em condições de serem transportados;

3. Transporte: Tempo que leva da saída do fornecedor até o recebimento pela organização.

A maior parte da doutrina - e estamos de acordo – inclui o tempo para tempo para descarregamento, conferência e armazenamento.

A fórmula para o Ponto de Pedido é:

Onde:

PP = Ponto de Pedido

C = Consumo (normal ou médio)

TR = Tempo de Reposição

ES = Estoque de Segurança

PP = (C . TR) + ES

Exemplo: No Clube de Regatas do Flamengo são oferecidas aos atletas 250 camisas por mês. Sabe-se que o tempo de reposição é de 45 dias. Isto posto, e considerando que o seu estoque de segurança é de 40 camisas, qual é o Ponto de Pedido (PP)? PP = (C . TR) + ES C = 250 camisas por mês TR = 45 dias = 1,5 mês ES = 40 camisas PP = (250 . 1,5) + 40 PP = 375 + 40 PP = 415 Resposta: O Ponto de Pedido é quando o estoque atinge a marca de 415 camisas

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Estoque Máximo

Trata-se da soma do Estoque de Segurança mais o Lote de Compra (o assunto Lote de Compra e suas respectivas metodologias de cálculo serão vistos mais adiante). De acordo com Hamilton Pozo:

“O nível máximo de estoque é normalmente definido de forma que seu volume ultrapasse a somatória da quantidade do estoque de segurança com o lote em um valor que seja suficiente para suportar variações normais de estoque em face da dinâmica do mercado, deixando margem que assegure, a cada novo lote, que o nível máximo de estoque não cresça e onere os de manutenção”.

O Estoque máximo é calculado através da simples fórmula:

Onde:

ESMX = Estoque Máximo

ES = Estoque de Segurança

LC = Lote de Compra

Giro (ou rotatividade) de Estoque

Giro, ou rotatividade, de estoque é a relação entre o consumo anual e o estoque médio de um produto em unidades, ou o custo de vendas anuais e o valor dos materiais em estoque.

Para cálculo do giro de estoque em unidades a fórmula é:

ESMX = ES + LC

Exemplo: Considerando que o lote de compras de camisas é de 2.000 unidades e o estoque de segurança é de 400 unidades, Qual o estoque máximo de camisas? ESMX = ES + LC ES = 400 camisas LC = 2.000 camisas ESMX = 400 + 2.000 ESMX = 2.400 Resposta: O estoque máximo é de 2.400 camisas

Giro = Consumo Médio Anual/Estoque Médio

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Para cálculo do giro de estoque em custos a fórmula é:

Percebam que as fórmulas são idênticas, restando diferentes apenas os indicadores: unidades e custos.

Giro de estoque em unidades

Giro de estoque em custos

É importante percebermos que de posse do índice de rotatividade de estoques é possível determinarmos quanto tempo o estoque suporta a demanda. Utilizando o exemplo acima basta dividirmos o índice pelo número de meses do ano (12) ou semanas (52) ou dias (365). Assim, teremos:

Giro = Custo das Vendas Anuais/Estoque Médio

Exemplo: Uma empresa tem vendas anuais de 12.000 peças e possui 2.400 peças em estoque. Qual é a rotatividade de seu estoque? Giro = Consumo Médio Anual/Estoque Médio Consumo = 12.000 Estoque = 600 Giro = 12.000/2400 Giro = 5 vezes Resposta: O estoque gira 5 vezes ao ano

Exemplo: Uma empresa tem vendas anuais de R$11.000,00, sendo que seu custo anual de vendas foi de 7.800,00 e seus estoques são da ordem de R$2.400,00. Qual é a rotatividade de seu estoque? Giro = Custo das Vendas Anuais/Estoque Médio Custo = 7.800 Estoque = 2.400 Giro = 7.800/2.400 Giro = 3,25 Resposta: O estoque gira 3,25 vezes ao ano

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Tempo em Meses

Tempo em semanas

Tempo em dias

Tempo (em meses) = 12/3,25 Tempo (em meses) = 3,69 meses (aproximadamente 3 meses e 21 dias)

Resposta: O estoque suporta 3,69 meses

Tempo = 52/3,25 Tempo = 16 semanas

Resposta: O estoque suporta 16 semanas

Tempo = 365/3,25 Tempo = 112,3 dias

Resposta: O estoque suporta 112 dias

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2. PREVISÃO PARA ESTOQUES

O sistema de previsão de estoques é responsável por determinar quando, quanto e o que será comprado. Basicamente a previsão de estoques possui como características:

É o ponto de partida do planejamento de estoques;

Não se trata de uma meta de vendas;

Sua precisão deve ser compatível com o custo de obtê-la

São duas as dimensões que compõem o sistema de previsão de estoques: quantitativa (ex: evolução das vendas) e qualitativa (ex: opinião dos compradores e pesquisa de mercado).

A previsão para estoques é realizada através de técnicas dividas em três grupos:

1) Projetiva – técnica quantitativa que parte do pressuposto de que o futuro será uma repetição do passado ou que as vendas evoluirão do mesmo modo como evoluíram no passado;

2) Explicativa – técnica quantitativa e qualitativa que busca explicar as vendas anteriores relacionando-as com outras variáveis que evoluem de forma previsível e conhecida (ex: notória mudança de hábito dos consumidores). Essa técnica é feita através de regressão e correlação;

3) Prediletiva – Previsão estabelecida através pareceres de funcionários experientes, qualificados e conhecedores de fatores que influenciam as vendas.

Modelos de evolução do consumo

Modelo de evolução horizontal de consumo – trata-se de um modelo constante e invariável ligado ao consumo médio horizontal;

Modelo de evolução de consumo sujeito à tendência – O consumo médio do estoque sofre variações, para mais ou para menos, no decorrer do tempo;

Modelo de evolução sazonal de consumo – o consumo possui algumas variações, para mais ou para menos, normalmente regulares, ao longo do tempo. De acordo com Marco Aurélio P. Dias uma evolução é considerada sazonal quando o desvio é de no mínimo 25% do consumo médio e quando aparece condicionado a determinadas causas.

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No dia a dia das organizações, não raro, ocorrem combinações dos modelos de consumo citados acima. Esse fenômeno, na maioria das vezes, está ligado ao ciclo de vida de um produto, que compreende:

Vamos verificar agora um dos assuntos mais recorrentes em provas de concursos públicos: técnicas quantitativas para cálculo da previsão de consumo

Método do último período

É o método mais simples de previsão de consumo, tendo em vista que é desprovido de qualquer base matemática ou estatística e consiste única e exclusivamente em prever o consumo de um determinado período baseado no período anterior. A não ser que estejamos falando de um nicho de mercado extremamente invariável, o que é raríssimo, esse método é bastante deficiente tendo em vista que as chances de acumulação de um super estoque (em função da queda vertiginosa nas vendas) ou perda de clientes (em função de um pedido inesperado) são enormes.

Exemplo:

Consumo em janeiro = 1.000 unidades

Previsão para fevereiro = 1.000 unidades

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Método da média móvel

Trata-se de um desdobramento do método anterior no qual a previsão de consumo para o período seguinte é determinada através da média de valores de consumo de períodos anteriores. Esse número de períodos anteriores é escolhido por cada organização, sendo de difícil quantificação o número de períodos adequados, normalmente a escolha é feita de forma arbitrária e experimental, sendo constantemente modificada.

O método da média móvel também pode ser extremamente falho se a tendência de consumo for crescente ou decrescente, o que pode gerar um super estoque ou a falta do mesmo.

Vantagens do método:

Simples e de fácil implantação

Pode ser feita manualmente, pois não exige cálculos complexos

Desvantagens do método:

Dificilmente se aproximam da realidade

São afetadas por valores extremos (períodos em que a ampliação ou a retração do consumo são contundentes, mas esporádicos)

Os consumos mais antigos, e, portanto, mais difíceis de serem repetidos, têm o mesmo peso que os consumos atuais

Dependendo do prazo estabelecido pode exigir a manutenção de um grande número de dados

Fórmula para cálculo da média móvel

CM = C1 + C2 + C3 + ... Cn/n

Onde:

CM – Consumo médio

C = Consumo nos períodos anteriores

n = número de períodos

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Exemplo:

Considerando os consumos explicitados na tabela abaixo. Se utilizarmos o método da média móvel com n = 3, teremos qual previsão para abril?

Mês Unidades

Janeiro 50

Fevereiro 60

Março 70

Previsão para abril = 50+60+70/3 = 180/3 = 60, logo a previsão de consumo para abril será de 60 unidades.

Método da média móvel ponderada

Trata-se de uma variante do método da média móvel, a diferença está na atribuição de pesos maiores aos períodos mais recentes. É necessário ressaltar que a soma dos pesos (também chamados de fator de importância) deve atingir um total de 100%. Vejamos um caso prático:

Período

Peso ou fator de importância

Quantidade

1 5% de 350 = 17,5

2 10% de 70 = 7

3 10% de 800 = 80

4 15% de 200 = 30

5 20% de 150 = 30

6 40% de 200 = 80

7 100% 244,5

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Exemplo:

Determinar o consumo previsto para abril, através do método da média móvel ponderada, utilizando os pesos que estão na tabela:

Mês Unidades

Janeiro 50 (20%)

Fevereiro 60 (30%)

Março 70 (50%)

CM = 0,20 x 50 + 0,30 x 60 + 0,50 x 70 = 10 + 18 + 35 = 63

Logo, o consumo previsto para abril será de 63 unidades.

Método da média com ponderação exponencial

Esse método tem como característica principal superar boa parte das desvantagens dos métodos da média móvel e da média móvel ponderada. Isto ocorre em função do maior valor considerado nos dados mais recentes e pela pouca utilização de informações pretéritas. Nesse método, somente três valores são considerados:

1) Previsão do último período

2) Consumo efetivo do último período

3) Constante que determina o valor ou ponderação dada aos valores mais recentes.

Segundo Marco Aurélio P. Dias:

“Esse modelo procura prever o consumo apenas com sua tendência geral eliminando a reação exagerada a valores aleatórios. Ele atribui parte da diferença entre o consumo atual e o previsto a uma mudança de tendência e o restante a causas aleatórias”.

Exemplo1:

Previsão de consumo para abril = 1000 unidades

Valor efetivamente consumido = 950 unidades

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1º hipótese: Caso a previsão para o mês seguinte (maio) seja, novamente, de 1000 unidades, estaremos afirmando que a diferença do mês de abril ocorreu por causas aleatórias e desconhecidas e que o padrão de consumo não mudou;

2º hipótese: Caso a previsão para o mês seguinte (maio) seja de 950 unidades, estaremos afirmando que houve uma alteração no padrão de consumo (método do último período)

Exemplo2:

Utilizando os mesmos dados do exemplo 1, vamos partir do pressuposto de que 10% da diferença foram decorrentes de alteração no padrão de consumo e que 90% foram decorrentes de uma variação aleatória. Podemos concluir que das 50 unidades que não foram efetivamente consumidas: 5 foram por conta das mudanças de hábitos e 45 por causas aleatórias. Desse modo, a previsão seguinte deverá ser de 995 unidades.

De acordo com Marco Aurélio P. Dias, “o método da média com ponderação exponencial não deve ser utilizado quando o padrão de consumo contém somente flutuações aleatórias em torno de uma média constante, quando o padrão de consumo possui tendência crescente ou decrescente, ou quando o padrão de consumo for cíclico. Deverá ser utilizado quando o padrão de consumo for variável, com médias variando aleatoriamente em intervalos regulares”.

Fórmula:

Ppp = α . Ce + (1 – α) . Čp

Onde:

Ppp = Previsão próximo período

α = Consoante de amortecimento (ou Coeficiente de ajustamento)

Čp = Previsão para o período anterior

Ce = Consumo efetivo do período anterior

Questão extraída da obra de Marco Aurélio P. Dias:

O nível de consumo de um item mantém uma oscilação média. A empresa utiliza o cálculo da média ponderada exponencial. A previsão de consumo para 2007 era de 230 unidades e o consumo efetivo foi de 210

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unidades. Sendo o coeficiente de ajustamento 0,10, qual será a previsão de consumo para 2008?

Čp 2007 = 230

Ce 2007 = 210

α = 0,10

Čpp 2008 = α . C 2007 + (1 – α) . Č 2007

= 0,10 x 210 + 0,90 x 230 = 228

Método dos mínimos quadrados

É o método que busca determinar o melhor ajuste, próximo dos dados coletados, minimizando a diferença entre os dados observados e um modelo de consumo linear.

Fórmula

Yp = a + b.X

Onde:

Yp = valor da projeção

X = número de períodos

A = valor de Y quando X=0

B = inclinação da reta

Exemplo:

Determinada empresa que calcular quanto seria a previsão de vendas de camisas do Flamengo (em milhões de unidades) para o ano de 2011. As vendas dos cinco anos anteriores foram:

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2006 – 100

2007 – 120

2008 – 110

2009 - 130

2010 - 120

1º passo: tabular os dados

Ano X Y X2 X.Y

2006 0 100 0 0

2007 1 120 1 120

2008 2 110 4 220

2009 3 130 9 390

2010 4 120 16 480

10 580 30 1210

2º passo: verificar as equações resultantes

580 = 5a + 10b

1210 = 10a + 30b

Onde:

580 = Y, ou seja, o valor do consumo nos períodos (coluna Y)

5a = quantidade de períodos, ou seja, de 2006 a 2010 nós temos 5 anos (períodos) na coluna X

10 b = Soma dos pesos de cada período (coluna X)

1210 = é o total resultante das multiplicação entre todos os valores das colunas X e Y.

10 a = Soma dos pesos dos períodos (coluna do X)

30 b = soma dos valores do quadrados de X na coluna X2

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3º passo: resolver as duas equações simultaneamente, eliminando uma das incógnitas. Tal eliminação deve ser feita igualando os coeficientes “a” ou “b”. Escolhemos igualar o coeficiente “a” multiplicando o mesmo por (-2). O número que você escolher para multiplicar deve ser negativo e fazer com que o valor do “a” da primeira equação seja o mesmo valor do “a” da outra equação. Vejamos:

580 = 5a + 10b (-2)

1210 = 10a + 30b

Então:

- 1160 = -10a - 20b

1210 = 10a + 30b

Então:

50 = 10b

b=50/10

b= 5

4º passo: após achar uma das incógnitas, vamos calcular a outra utilizando qualquer uma das duas equações iniciais (obviamente vamos escolher a de menor valor)

580 = 5a + 10b

Logo:

580 = 5a + 10.(5)

580 = 5a + 50

580 – 50 = 5a

530 = 5a

a = 530/5

a = 106

5º passo: considerando que o ano de 2011 está 5 anos à frente de 2006; considerando a fórmula para cálculo, teremos:

Yp = 106 + 5.(5)

Yp = 106 + 25

Yp = 131

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Resposta: a previsão para 2011 deve ser de 131 milhões de camisas do Flamengo.

3. CUSTO DE ESTOQUE

A análise do custo de estoque em uma organização parte da perspectiva de que todo e qualquer material em estoque gera um custo.

Os custos são normalmente agrupados em 4 (quatro) categorias:

1) Custos de Capital (Exs: juros e depreciação do material)

2) Custos com Pessoal (Exs: salários, horas-extras, encargos sociais)

3) Custos com Edificação (aluguéis, impostos, energia, conservação)

4) Custos de Manutenção (higienização do local, equipamentos, conservação)

Segundo Marco Aurélio P. Dias, “existem duas variáveis que aumentam esses custos, que são a quantidade em estoque e o tempo de permanência em estoque”. Isso ocorre na medida em que grandes quantidades de materiais requerem, por exemplo, maior dispêndio de maquinário, energia e pessoas para manutenção e deslocamento do material. Entretanto - muito cuidado - o examinador pode colocar uma “casca de banana” na prova e dizer para vocês que pequenas quantidades de materiais em estoques sempre geram custos menores do que materiais em grandes quantidades... o que não é verdade! Existem materiais em pequenas quantidades mas que possuem dimensões gigantescas, com isso, a quantidade deixa de ser o fator preponderante. Ex: Imaginem uma montadora de caminhões. Eu tenho em estoque 10 (dez) caçambas (aquelas de caminhão basculante) e 50 pneus. Pergunto a vocês: qual o material vai gerar maior custo para a empresa? Certamente serão as 10 (dez) caçambas que, embora estejam em quantidade 5 (cinco) vezes menor ocupam muito mais espaço do que os pneus e são movimentadas de forma muito mais complexa.

Não obstante, independentemente da quantidade e tamanho, quanto mais tempo o material ficar em estoque, maior será o custo gerado para a organização.

As 4 (quatro) categorias de custos que nós vimos lá no início, quando relacionadas, nos remetem ao que é chamado de: Custos de Armazenagem

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(convém ressaltar que, dentro desse tópico, é o ponto que mais aparece em prova).

Custo de Armazenagem

Como praticamente tudo na área de Administração de Materiais gira em torno da questão da otimização do nível de estoque, ou seja, da manutenção de uma quantidade de materiais que, ao mesmo tempo, seja suficiente para atender a demanda da organização, e consequentemente de seus clientes, ao menor custo possível, é imprescindível que a organização mantenha uma rotina de cálculo do custo de armazenagem dos materiais.

Basicamente nós temos duas fórmulas para cálculo do Custo de Armazenagem:

1) Fórmula para cálculo do Custo de Armazenagem sem despesas de material auxiliar, de manutenção peças, edifício etc. é a seguinte:

CA = (Q/2) x P x T x I

Onde:

Q → Quantidade de material em estoque num tempo considerado

P → Preço unitário

T → Período de estocagem

I → Taxa de armazenamento

2) Fórmula para cálculo do Custo de Armazenagem com despesas de material auxiliar, de manutenção peças, edifício etc. é a seguinte:

CA = {[(Q/2) x P] + Df} T x I

Onde:

Q → Quantidade de material em estoque num tempo considerado

T → Período de estocagem

P → Preço unitário

I → Taxa de armazenamento

Df → Despesas de manutenção, material auxiliar, edificações, equipamentos, mão-de-obra etc.

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Exemplo adaptado da obra Administração de Recursos Materiais, de Hamilton Pozo:

- Vamos calcular o custo de armazenagem anual de um item de estoque, a engrenagem XYZ e de todo o estoque de uma empresa que nos forneceu os seguintes dados:

200 engrenagens XYZ em estoque, que custa R$25,00 a unidade;

R$1.250.000,00 de estoques (matéria-prima, WIP e estoque acabado);

R$85.000,00 mensais de gastos gerais da área de materiais;

R$15.000,00 mensais de gasto com pessoal (sem encargos)

R$25.000,00 de despesas gerais de compras (Esse dado não é utilizado pois não faz parte das atividades de estoques)

80% de encargos da folha salarial

22% de custo de dinheiro ao ano

Caso 1: Calcular o Custo de Armazenagem sem despesas de material auxiliar, de manutenção peças, edifício etc:

CA = (Q/2) x P x T x I

CA = [200/2] x R$25,00 x 1 x 0,22

CA = 100 x R$25,00 x 0,22

CA = R$2.500,00 x 0,22

CA = R$550,00

Resposta: O custo anual de armazenagem das engrenagens é de R$550,00

Caso 2: Calcular o Custo de Armazenagem com despesas adicionais:

CA = {[(Q/2) x P] + Df} T x I

1º passo – vamos calcular a Df

R$85.000,00 + R$15.000,00 + (R$15.000,00 x 0,8) = R$112.000,00

Df = R$112.000,00

2º passo – utilizar a fórmula: CA = {[(Q/2) x P] + Df} T x I

Lembrando da regra da matemática: 1º eliminamos os parênteses, depois os colchetes e por último as chaves.

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CA = {[(1.250.000/2)} x P] + 112.000} T x I

CA = {625.000 + 112.000} x 1 x 0,22

CA = 737.000 x 0,22

CA = 162.140,00

Resposta: O custo anual de armazenagem R$162.140,00

A maior parte das questões de provas tem sido mais simples. Algumas delas pedem para calcularmos a taxa de armazenagem (I).

O referido cálculo depende da quantidade de itens que agregam valor à taxa de armazenagem. Ex: Seguros, aluguéis, obsolência, movimentação etc. Veremos agora as fórmulas para calcularmos cada uma dessas taxas, mas antes, quero lhes dizer que nunca é demais repisar: a taxa de armazenagem (I) é a soma de todas as taxas:

a) Taxa de Retorno de Capital (o capital que foi investido no material e com isso deixou de ter rendimento numa aplicação financeira, por exemplo):

Ia = Lucro/Valor dos estoques x 100

b) Taxa de armazenamento físico

Ib = S x A/C x P x 100

Onde:

S = Área ocupada

A = Custo anual do m2

C = Consumo anual

P = Preço unitário

c) Taxa de seguro

Ic = Custo anual do seguro/ Valor do Estoque x 100

d) Taxa de movimentação, manuseio e distribuição

Id = Depreciação dos equipamentos/ Valor do Estoque x 100

e) Taxa de obsolência

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Ie = perdas anuais por obsolência/ Valor do Estoque x 100

f) Demais taxas

I = Despesas anuais/ Valor do Estoque x 100

Logo, a taxa de armazenamento é:

I = Ia + Ib + Ic + Id + Ie + If

Custo de Pedido

O Custo de Pedido (CP) de um determinado material é composto de todas as parcelas que vão desde a solicitação até o efetivo recebimento do material. Dentro de um custo de pedido nós temos parcelas fixas (ex: salários) e parcelas variáveis (ex: material de escritório).

Para calcularmos o custo total anual de pedidos (CTP) deveremos multiplicar o custo de cada pedido pelo número (N) de vezes que foi processado:

CTP = CP x N

Já para calcularmos o custo médio de cada pedido de compra deveremos considerar um item de compra dentro de cada pedido (ex: dentro de uma compra de materiais de escritório, devemos separar os itens: papel, caneta, formulário etc.) e utilizar a fórmula:

B = CTP/N

Para sabermos quantos pedidos foram processados (N) no período de um ano deveremos utilizar a fórmula:

N = CTP/B

Custo de Falta de Estoque

Provavelmente é um dos dados mais imprecisos que se pode buscar, de um modo geral os custos de falta de estoques são compostos, segundo Marco Aurélio Dias, por:

Lucros cessantes

Custos adicionais (Ex: fornecimento em substituição com material de terceiros, ou seja, para não deixar de entregar ao seu cliente você compra o produto pronto, noutro lugar, e o entrega como se fosse de sua origem);

Multas, bloqueios de reajuste, prejuízos

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Quebra da imagem da empresa, beneficiando consequentemente o concorrente

Homens e máquinas parados

Juros de capital perdido

Custo Total

O custo total, dentro da perspectiva da Administração de materiais, pode ser representado pela seguinte fórmula:

Custo Total = Custo Total de Armazenagem + Custo de Pedido

AVALIAÇÃO DE ESTOQUES

Uma das atividades mais importantes dentro da Gestão de Estoques é calcular o valor do estoque em intervalo de tempo adequado ao tamanho e ao tipo de organização e gerenciá-lo, comparando-o com o planejamento. Essa avaliação é feita com base nos preço dos itens que temos no estoque.

Segundo Petrônio Garcia e Renato Campos, “É usual ouvirmos “estoque custa dinheiro”. A afirmativa é bem verdadeira. A necessidade de manter estoques acarreta uma série de custos às empresas. Os japoneses, pioneiros nos estudos do just-in-time, consideram os estoques uma forma de desperdício. Veja um exemplo na prática:

A DaimlerCrysler AG começou a vender seu veículo movido a célula de combustível noo Japão no segundo semestre de 2003. O mercado japonês é extremamente sensível e questões ambientais e muito interessado em novas tecnologias.

A DaimlerCrysler não espera produzir grandes quantidades deste carro antes de 2010 devido ao custo de estocagem das células de combustíveis e à falta de infraestrutura para o reabastecimento. Baseado em: Bloomberg News. Daimler vende carro “F-Cell”.

Podemos classificar os custos de manter estoques em três grandes categorias: custos diretamente proporcionais á quantidade estocada;

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inversamente proporcionais á quantidade estocada e independentes da quantidade estocada.

Os custos diretamente proporcionais ocorrem quando os custos crescem com o aumento da quantidade média estocada. Por exemplo, quanto maior o estoque, maior o custo de capital investido. Do mesmo modo, quanto maior a quantidade de itens armazenados, maior a área necessária e maior o custo de aluguel. Veja os exemplos no quadro:

Armazenagem quanto mais estoque mais área necessária mais custo de aluguel.

Manuseio quanto mais estoque mais pessoas e equipamentos necessários para manusear os estoques mais custo de mão-de-obra e de equipamentos.

Perdas quanto mais estoque maiores as chances de perdas mais custo decorrentes de perdas.

Obsolescência quanto mais estoque maiores as chances de materiais tornarem-se obsoletos mais custos decorrentes de materiais que não mais serão utilizados.

Furtos e roubos quanto mais estoques maiores as chances de materiais serem furtados e/ou roubados mais custos decorrentes.

Por todos esses fatores de custos serem decorrentes da necessidade de a empresa manter ou carregar os estoques, eles também são chamados de custos de carregamento dos estoques. Assim, os custos de carregamento incluem os custos de oportunidade, estocagem e manuseio do material, taxas e seguros, perdas e furtos, obsolescência e o mais importante, o custo do capital investido. Três termos serão usados indistintamente neste livro: custos diretamente proporcionais às quantidades estocadas, fatores de custos diretamente proporcionais às quantidades estocadas e custos de carregamento.

É também bastante usual a divisão desses custos em duas subcategorias: custo de capital, correspondendo ao custo do capital investido, e custo de armazenagem, compreendendo o somatório de todos os demais fatores de custos, como a própria armazenagem, o manuseio e as perdas. Representando por i a taxa de juros correntes e por P o preço de compra do item de estoque, quando fornecido por terceiros, ou o custo de fabricação, quando produzido internamente, podemos escrever.

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Os custos inversamente proporcionais são os custos ou fatores de custos que diminuem com o aumento do estoque médio, isto é, quanto mais elevados os estoques médios, menores serão tais custos (ou vice-versa). São os denominados custos de obtenção, no caso de itens comprados, e custos de preparação, no caso de itens fabricados internamente. Para um dado consumo (D) anual constante, se a compra for efetuada uma única vez por ano, o lote (Q) deverá ser de D unidades, e o estoque médio correspondente será de Q. Assim, podemos ter: 2

Número de vezes que a compra é efetuada por ano

Tamanho do lote Estoque médio

1

Q = D

EM = Q = Q

2 2

2

Q = D

2

EM = Q = D

2 4

3

Q = D

3

EM = Q = D

2 6

4

Q = D

4

EM = Q = D

2 8

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Quanto mais vezes se comprar ou se preparar a fabricação, menores serão os estoques médios e maiores serão os custos decorrentes de processo tanto de compras como de preparação. Assim, os custos de compras e preparação são inversamente proporcionais aos estoques médios”.

JUSTIFICATIVAS PARA AVALICAÇÃO DE ESTOQUES

Assegurar que o capital imobilizado em estoques seja o mínimo possível

Assegurar que estejam de acordo com a política da empresa

Garantir que a valorização do estoque reflita exatamente o seu conteúdo

O valor desse capital seja uma ferramenta de tomada de decisão

Evitar desperdícios como obsolência, roubos, extravios etc.

METODOLOGIAS PARA AVALIAÇÃO

PEPS ou FIFO

Trata-se de um critério cronológico que determina que o primeiro item que entra no estoque será o primeiro a sair.

A conseqüência desse método é que os valores dos estoques são aproximados aos preços atuais de mercado.

UEPS ou LIFO

Outro critério cronológico que determina que o último item a entrar no estoque será o primeiro sair.

Esse é o método mais adequado em períodos inflacionários, pois uniformiza o preço dos produtos em estoque para a venda no mercado consumidor. Segundo Marco Aurélio P. Dias, o emprego desse método tende a estabilizar o estoque.

CUSTO MÈDIO

É um método bastante simples e que age, ao mesmo tempo, como um moderador de preços, eliminando, ou pelo menos diminuindo consideravelmente, as flutuações que possam ocorrer. É baseado nas cronologias de entrada e saída.

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CUSTO DE REPOSIÇÃO

Trata-se de uma metodologia de avaliação pelo custo de reposição do item no estoque e tem por base a elevação dos custos no curto prazo em relação à inflação.

Fórmula para cálculo

CR = PU + ACR

Onde:

CR = Custo de reposição

PU = Preço Unitário

ACR = Acréscimo do Custo de Reposição

Exemplo: Uma organização tem um estoque de 200 peças X com valor unitário de R$15,00. A previsão para os próximos três meses é de um aumento de 10% nos preços. Qual será o custo unitário de reposição?

PU = 15,00

% = 0,10 (10%)

Percentual do CR

%CR = 15 x 0,10

CR = 1,50

CR = PU + ACR

CR = 15,00 + 1,50

CR = R$16,50, que será o preço unitário de reposição.

Inventários (controle de estoque)

Periódicos – Contagem física

Rotativo - É realizado no decorrer do exercício financeiro envolvendo grupos de itens específicos em determinados períodos (dias, semanas ou meses). Uma das vantagens deste inventario é que não tem necessidade de interromper o processo operacional.

Geral - É realizado no final do exercício envolvendo todos os itens de uma só vez (“Fechado para balanço”). Uma das desvantagens é que interrompe o processo operacional.

Permanente – Registra constantemente todas as entradas e saídas, há um controle contínuo dos estoques.

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ACURÁCIA DE ESTOQUES

É preciso que os valores físicos de estoques e seus registros no sistema sejam os mais parecidos possíveis. A falta de cuidado das empresas com a alimentação do sistema acaba gerando uma falta de confiança no usuário que acaba muitas vezes abandonando o uso do sistema. A movimentação de itens do estoque deve ser feito em tempo real para que se mantenha a acuracidade dos estoques (CORRÊA, GIANESI E CAON 2001).

Ainda para o autor, deve ser calculado o percentual de acuracidade do estoque através da fórmula: acuracidade dos registros = (registros corretos / registros contados) X 100, sendo que o resultado 100% seria o ideal, sendo pouco provável de ser alcançado na prática, devemos adotar um grau de erro tolerável entre as quantidades do físico e o do sistema, sendo 5% um valor máximo.

Entre os métodos de avaliação e controle de estoques existentes, podemos destacar os seguintes:

• Método PEPS (primeiro a entrar, primeiro a sair) - Nesse método, dá-se primeiro saída nas mercadorias mais antigas( primeiras que entraram), ficando nos estoques as mais recentes.

Num regime inflacionário (tendência crescente de preços ao longo do tempo), os valores do Estoque Final e do CMV (Custo das Mercadorias Vendidas) são, respectivamente, maiores e menores, pois, na venda, sairão primeiro as mercadorias mais “baratas”, ficando nos estoques as mais “caras”.

Conseqüentemente, o LUCRO é o maior possível e o CMV, o menor possível. Caso haja deflação (preços decrescentes no decorrer do tempo), sairão primeiro as mais caras (maior CVM), ficando nos estoques as mais baratas (menor Estoque Final). Conseqüentemente, o LUCRO será o menor possível, tendo em vista que o CMV será o maior possível. No caso de estabilidade econômica de preços, os valores do Estoque Final, do CMV e do LUCRO serão os mesmos que aqueles encontrados em qualquer outro método.

• Método UEPS (último a entrar , primeiro a sair) - Ao contrário do método PEPS, dá-se primeiro saída nas mercadorias mais recentes( última a entrar ), ficando nos estoques as mais antigas. Desta forma, em comparação aos métodos já mencionados, num regime de tendência crescente de preços (inflação), os valores do Estoque Final e do CMV serão, respectivamente, os menores e o maiores possíveis. No caso de deflação, ocorrerá o inverso, isto é, os valores do Estoque Final estarão superavaliados e do CMV estarão subavaliados. No caso de estabilidade

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econômica de preços, os valores seriam os mesmos daqueles apurados por outro método.

Em um regime inflacionário, em comparação com os métodos de controle de estoque já mencionados, o Lucro pelo método UEPS é o menor possível, fazendo com que o Imposto de Renda sobre o lucro também o seja. Daí, o Regulamento do Imposto de Renda NÃO PERMITE que as empresas no Brasil, que estejam obrigadas a declararem tal imposto com base no lucro fiscal, utilizem o método UEPS.

Resumindo:

Período Inflacionário:

PEPS: MAIOR LUCRO, MENOR CMV, MAIOR EF

UEPS: MENOR LUCRO, MAIOR CMV, MENOR EF

Obs: o método PEPS, apesar de proporcionar maior lucro em um período inflacionário, não é o mais utilizado. O mais recomendável para fins gerenciais é o método UEPS , pois os lucros ficam menores, reduzindo assim a carga tributável.

Período Deflacionário:

PEPS: MENOR LUCRO, MAIOR CMV, MENOR EF

UEPS: MAIOR LUCRO, MENOR CMV, MAIOR EF

• Método do custo médio - Também chamado de Média Ponderada Móvel, pois a cada nova aquisição é calculada uma nova média.

Lucro = Vendas líquidas * CMV

Fórmula do custo das mercadorias vendidas

CMV = EI + C * EF

EI = Estoque inicial, C = Compras, EF = Estoque final

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4. Curva ABC: conceito e metodologia de cálculo

A metodologia ABC foi formulada, inicialmente, pelo economista italiano Vilfredo Pareto, no fim do século XIX, quando elaborou um estudo sobre a distribuição da renda e riqueza da população da Itália. Em seu estudo, Pareto percebeu que grande porcentagem da renda do país se concentrava nas mãos de uma pequena parcela da sociedade, na proporção de 80% por 20%, enquanto que, do lado oposto, verificou-se que 80% da população detinha apenas 20% da renda do país. Tal afirmação pode ser visualizada no gráfico abaixo:

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

POPULAÇÃO

RENDA

A classificação ABC (curva ABC) é uma ferramenta que permite identificar os materiais que requerem maior atenção e tratamento administrativos. Para obtenção da curva ABC devemos ordenar os itens conforme a sua relativa importância.

Vamos guardar desde já, visto que são as perguntas mais

freqüentes em provas, que a classificação ABC é uma ferramenta

que mostra ao gestor quais são os itens mais importantes para a

organização, notadamente aqueles que existem em menor

quantidade, mas que possuem um alto valor agregado, ou seja, a

curva ABC está relacionada ao custo e a quantidade.

Exemplo:

Item A = 70% do valor do estoque

Item B = 25% do valor do estoque

Item C = 5% do valor do estoque

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Segundo Hamilton Pozo (p. 92), “o grande mérito do uso da curva ABC é a classificação dos itens de estoques em critérios ou classes A, B e C, em vista de seus custos e quantidades. Os itens mais importantes são em pequenos números e de alto valor, e devem ser controlados rigidamente. Isso é possível, visto que um controle rígido é oneroso, porém o faremos sobre uma variedade mínima, reduzida, de itens sobre a qual o controle rígido atuará, embora sobre uma parcela diminuta de itens, porém sobre um valor elevadíssimo do estoque”.

Classes da curva ABC

Agora vamos verificar nas tabelas abaixo, no que consiste cada uma das classes A, B e C, de acordo com as definições de Hamilton Pozo e de Marco Aurélio P. Dias, respectivamente

Itens da classe A

São os itens mais importantes e que devem receber toda atenção no primeiro momento do estudo. É nos itens dessa classe que iremos tomar as primeiras decisões sobre os dados levantados e correlacionados em razão de sua importância monetária. Os dados aqui classificados correspondem, em média, a 80% do valor monetário total e no máximo 20% dos itens estudados (esses valores são orientativos e não são regra)

Itens da classe B

São os itens itermediários e que deverão ser tratados logo após as medidas tomadas sobre os itens da classe A; são os segundos em importância. Os dados aqui classificados correspondem, em média, a 15% do valor monetário total do estoque e no máximo 30% dos itens estudados. (esses valores são orientativos e não são regra)

Itens da classe C

São os itens de menor importância, embora volumosos em quantidade, mas com valor monetário reduzidíssimo, permitindo maior espaço de tempo para sua análise e tomada de ação. Deverão ser tratados, somente, após todos os itens das classes A e B terem sido avaliados. Em geral, somente 5% do valor monetário total representam esta classe, porém, mais de 50% dos itens formam sua estrutura (esses valores são orientativos e não são regra)

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Fonte: POZO, Hamilton. Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais: uma abordagem logística. São Paulo: Atlas, 2010.

Itens da classe A

Grupo de itens mais importantes que devem ser tratados com uma atenção bem especial pela administração.

Itens da classe B

Grupos de itens intermediários entre as classes A e C

Itens da classe C

Grupo de itens menos importantes que justificam pouca atenção por parte da administração.

Fonte: DIAS, Marco Aurélio P. Administração de Materiais: princípios, conceitos e gestão. São Paulo: Atlas, 2010.

Montagem da curva ABC

Segundo Hamilton Pozo, a montagem da curva ABC pode ser realizada seguindo quatro passos, a saber:

1º Passo: Lançar todos os itens do problema a ser resolvido, com os dados de suas quantidades, preços unitários e preços totais

2º Passo: Colocar todos os itens em uma tabela em ordem decrescente de preços totais e sua somatória total. A tabela deve ter as colunas:item, nome ou nº da peça, preço unitário, preço total do item, preço acumulado e porcentagem

3º Passo: Dividir cada valor total de cada item pela somatória total de todos os itens e colocar a porcentagem obtida em sua respectiva coluna

4º Passo: Dividir todos os itens em classe A, B e C, de acordo com nossa prioridade e tempo disponível para tomar decisão sobre o problema.

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O último passo torna a classificação ABC relativamente subjetiva, posto que a prioridade de divisão dos itens varia de organização para organização. Desse modo as questões de concursos são bem incisivas quando tentam demonstrar os percentuais de A, B e C. Ao final da parte teórica, nós temos uma questão do concurso para Técnico do Banco Central, na qual vamos praticar a elaboração da classificação ABC.

Hoje, as grandes empresas são pressionadas pela urgência de aumentar a produtividade. Por essa razão, muitas delas resolveram adotar técnicas alternativas.

A técnica, meta ou filosofia de Gestão Just in Time tem merecido recentemente grande destaque em todo mundo, tendo em vista a grande necessidade de redução de custos à área de produção.

5. JUST IN TIME

O Just in Time (JIT) surgiu no Japão em meados da década de 70, sendo sua idéia básica e seu desenvolvimento creditados à Toyota Motor Company, a qual buscava um sistema de administração que pudesse coordenar a produção com a demanda específica de diferentes modelos e cores de veículos com o mínimo atraso.

O sistema de "puxar" a produção a partir da demanda, produzindo em cada somente os itens necessários, nas quantidades necessárias e no momento necessário, ficou conhecido no Ocidente como sistema Kanban. Este nome é dado aos cartões utilizados para autorizar a produção e a movimentação de itens, ao longo do processo produtivo. Contudo, o JIT é muito mais do que uma técnica ou um conjunto de técnicas de administração da produção, sendo considerado como uma completa "filosofia", a qual inclui aspectos de administração de materiais, gestão da qualidade, arranjo físico, projeto do produto, organização do trabalho e gestão de recursos humanos.

Embora haja quem diga que o sucesso do sistema de administração JIT esteja calcado nas características culturais do povo japonês, mais e mais gerentes e acadêmicos têm-se convencido de que esta filosofia é composta de práticas gerenciais que podem ser aplicadas em qualquer parte do mundo. Algumas expressões são geralmente usadas para traduzir aspectos da filosofia Just in Time:

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eliminação de estoques;

eliminação de desperdícios;

manufatura de fluxo contínuo,

esforço contínuo na resolução de problemas;

melhoria contínua dos processos.

O sistema JIT tem como objetivo fundamental a melhoria contínua do processo produtivo. A perseguição destes objetivos dá-se, através de um mecanismo de redução dos estoques, os quais tendem a camuflar problemas.

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6. QUESTÕES COMENTADAS

1. (CESPE/TSE/TRE – ANAL. JUDICIÁRIO – 2006)

Considere o seguinte consumo de determinado material.

60 unidades em março 98 unidades em agosto

70 unidades em abril 98 unidades em setembro

85 unidades em maio 102 unidades em outubro

88 unidades em junho 105 unidades em novembro

94 unidades em julho 111 unidades em dezembro

Com base nos dados acima e considerando que os estudos acerca de estoques dependem da previsão do consumo de material, assinale a opção incorreta.

A) Com base no método da média com ponderação exponencial, apenas o consumo do mês de dezembro será utilizado na fórmula de cálculo da previsão do consumo para o mês de janeiro.

B) Para reduzir a influência do baixo consumo nos meses de março e abril na previsão de consumo para janeiro, é correto utilizar o método da média móvel ponderada, caracterizado pela aplicação de pesos maiores aos dados de consumo mais novos e pesos menores aos dados mais antigos.

C) Com base no método da média móvel para 3 períodos, a previsão de consumo para janeiro é superior a 111 unidades por causa da tendência crescente de consumo.

D) Com base no método do último período, a previsão de consumo para janeiro é de 111 unidades.

Comentário:

a) Certa. Nesse método, somente três valores são considerados:

4) Previsão do último período

5) Consumo efetivo do último período

6) Constante que determina o valor ou ponderação dada aos valores mais recentes.

b) Certa. Trata-se de uma variante do método da média móvel, a diferença está na atribuição de pesos maiores aos períodos mais recentes

c) Errada. Vamos calcular. Deveremos somar os consumos dos três últimos períodos e dividir por três.

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102 unidades em outubro

105 unidades em novembro

111 unidades em dezembro

Cm = 102 + 105 + 111 = 318

Cm = 318/3

Cm = 106 unidades

Logo, a previsão será inferior à 111 unidades.

d) Certa. O método do último período leva em consideração o último consumo, ou seja, o do mês de dezembro que foi de 111 unidades.

Gabarito: C

(CESPE/TJDFT/Analista Judiciário – 2008)

Consistentes estudos de estoques têm seu início na previsão do consumo de material. Nesse sentido, considere o seguinte consumo de determinado material.

mês

unidades

Janeiro 50

Fevereiro 60

Março 70

Abril 75

Maio 73

Junho 78

Julho 84

Agosto 93

Com base nessas informações, julgue os itens a seguir.

2. (CESPE/TJDFT/Analista Judiciário – 2008)

Caso tivesse sido empregado o método da média móvel para 3 períodos para se calcular a previsão de consumo para o mês de abril, então o valor previsto teria sido superior ao consumo efetivo.

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Comentário:

Vamos calcular. Deveremos somar os consumos dos três últimos períodos e dividir por três.

50 unidades em janeiro

60 unidades em fevereiro

70 unidades em março

Cm = 50+60+70= 180

Cm = 180/3

Cm = 60 unidades

Como o consumo em abril foi de 75 unidades, então a previsão seria inferior ao consumo

Gabarito: Errada

3. (CESPE/TJDFT/Analista Judiciário – 2008)

Caso seja utilizado o método da média móvel com ponderação exponencial para previsão do consumo em setembro, então os dados de junho, julho e agosto terão maior peso que os dados iniciais da série.

Comentário:

Somente o de agosto será considerado.

Gabarito: Errada

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Considere a tabela abaixo

mês

unidades

Janeiro 48

Fevereiro 52

Março 60

Abril 64

Maio 62

Junho 58

Julho 45

4. (CESPE/TJPA/Analista – 2006)

Com base no método da média móvel para 3 períodos, a previsão de consumo para o mês de agosto é de 55 unidades.

Comentário:

Vamos calcular. Deveremos somar os consumos dos três últimos períodos e dividir por três.

62 unidades em maio

58 unidades em junho

45 unidades em julho

Cm = 62+58+45= 165

Cm = 165/3

Cm = 55 unidades

Gabarito: Certa

5. (CESPE/TJPA/Analista – 2006)

Se for utilizado o método da média móvel ponderada com previsão de consumo para o mês de agosto, os dados de junho e julho terão maior influência no resultado que os dados de janeiro e fevereiro.

Comentário:

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No método da média móvel ponderada os consumos mais recentes possuem maior peso que os mais antigos.

Gabarito: Certa

6. (CESPE/TRT 10ª REGIÃO/Analista Judiciário– 2006)

Para uma adequada gestão de estoques, é fundamental estabelecer a previsão de consumo para os períodos seguintes. Entre os métodos de previsão de consumo, o denominado método da média móvel tem a vantagem de reduzir a influência dos valores extremos no resultado final.

Comentário:

O método da média móvel não consegue reduzir os valores extremos posto que considera todos os valores no período estabelecido para cálculo da média.

Gabarito: Errada

7. (CESPE/ANAC/Técnico Administrativo)

Quanto à previsão de estoques, o método da média móvel utiliza como previsão de quantitativos de estoques para o próximo período o quantitativo verificado no período anterior.

Comentário:

Esse seria o método do último período

Gabarito: Errada

8. (CESPE/EBC/TÉCNICO ADM/2011)

De acordo com a filosofia de produção just in time, a produção tem início somente após o pedido do cliente, não havendo necessidade de manutenção de estoque disponível de mercadorias para venda.

Comentário:

“Seguindo estas necessidades, de constante mudança, no início da década de 70 foi criado o Sistema de Produção Toyota na Toyota Motor Company. Este sistema foi elaborado sob dois pilares básicos (ROSES, 2001): o Just-in-Time (JIT) e a automação. Entende-se por automação ("jidoka" em japonês) o controle autônomo de defeitos. Ela apóia o JIT por nunca permitir que unidades defeituosas de um processo precedente continuem

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no fluxo de produção, atrapalhando o processo subseqüente (MONDEN, 1986)

O JIT é a metodologia que busca o atendimento das necessidades dos clientes no menor prazo possível, garantido qualidade e trabalhando com o mínimo de estoque. Pode ser descrito como sendo uma metodologia que está constantemente buscando a integração da organização, através do processo mais simples para permitir que o processo de mudança, direcionado pelas necessidades da sociedade, seja atendido com maior rapidez e sem desperdício.

Essa metodologia procura eliminar qualquer tipo de desperdício dentro de uma indústria, garantindo, assim, a competitividade. O desperdício não é identificado prontamente no balaço da empresa. Ele se manifesta nos altos estoques, na baixa qualidade, no longo tempo de fabricação e na movimentação de material freqüente e em demasia (GUIMARÃES, 1998).

Um dos elementos desta metodologia é o Sistema Kanban de Produção, que é um sistema de chão de fábrica baseado no princípio de que o material de produção é "puxado" pelo sistema à medida que se torna necessário. Ou seja, dentro do sistema de produção, uma operação de um nível mais avançado engatilha o início do trabalho em uma operação predecessora (anterior)”. (Trecho extraído do artigo: Uma análise da metodologia Just-In-Time e do sistema Kanban de produção sob o enfoque da ciência da informação, de Lúcia Filomena de Almeida Guimarães); Orandi Mina Falsarella)

Gabarito: Certa

9. (CESPE/PETROBRÁS/Administrador/2007)

A importância do planejamento da produção decorre principalmente da necessidade de se prever e se buscar uma situação futura desejada, dado o período de tempo que será gasto entre a tomada de decisão e sua respectiva implantação.

Comentário:

Segundo Rita Lopes e Michel Murilo “Planejamento e Controle de Produção é a atividade de decidir sobre o melhor emprego dos recursos de produção, assegurando, assim, a execução do que foi previsto. O objetivo maior do Planejamento e Controle é garantir que a produção ocorra eficazmente e produza produtos e serviços como deve. O planejamento e o controle são utilizados em todos os momentos do processo de produção e tem o objetivo de traçar objetivos mais bem definidos, utilizar os recursos de maneira racional, corrigir possiveis falhas e distorções, obtendo com isso

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resultados muito mais satisfatórios. Planejar e controlar, então significam garantir que os recursos produtivos estejam disponíveis na quantidade, no momento e no nível de qualidade adequados. Entre os tipos de planejamento e controle utilizados pelas indústrias estão: planejamento e controle de capacidade produtiva; de estoque, da cadeia de suprimentos, MRP, Just in Time, de projetos e, finalmente, planejamento e controle de qualidade. Entre os resultados alcançados com o Planejamento e Controle da Produção estão altos índices de produtividade e qualidade, menor índices de falhas, menor custo de produção, entre outros. Assim, o Planejamento e Controle da produção levam a empresa a produzir com maior perfeição, rapidez e menor custo, obtendo assim, maior lucratividade”.

Gabarito: Certa

10. (CESPE/ TRT 16ª REGIÃO/Analista Judiciário/2005)

Com relação aos custos, o controle de estoque deve focar-se nos custos de pedido e de armazenagem, pois duas variáveis influenciam no aumento do custo: o custo de pedido e o custo de capital.

Comentário:

As duas variáveis que elevam os custos são: a quantidade e o tempo de permanência em estoque.

Gabarito: Errada

11. (CESPE/ANCINE/Analista Administrativo/2006)

Estoques em níveis elevados são potencialmente geradores de impactos negativos nos resultados da organização em decorrência dos custos de armazenagem. Assim, uma das formas de eliminação dos custos de armazenagem é a manutenção de estoques com quantidade zero.

Comentário:

A manutenção de estoque zero não elimina os custos de armazenagem pois em determinado momento, ainda que por pouco tempo, a organização deverá ter algum nível de estoque para atender determinado pedido.

Gabarito: Errada

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12. (CESPE/ANS/Analista/2005)

Os custos de armazenagem aumentam em função da quantidade em estoque e do tempo de permanência em estoque, mas não chegam a zero se o estoque for zero.

Comentário:

As questões 10 e 11 compõem perfeitamente o que está afirmado nessa questão.

Gabarito: Certa

13. (CESPE/MPU/Téc. Administrativo/2010)

Considere que, em certa organização, serão estocadas, por um ano, 60.000 unidades de determinado item. Considere, ainda, que o preço de cada item seja igual a R$ 3,00 e que a taxa anual de armazenagem de cada item seja equivalente a 15% do seu preço. Nessa situação, o custo de armazenagem anual de todos esses itens será igual a R$ 30.000,00.

Comentário:

Temos 60.000 unidades em estoque e o custo unitário de cada uma é de R$ 3,00. Assim, 60.000 X R$ 3,00 = R$ 180.000,00 (custo total do estoque).

A taxa de armazenagem é de 15% ao ano. Logo, ocusto de armazenagem é 15% de R$ 180.000,00, ou seja, R$ 27.000,00.

Gabarito: Errada

14. (CESPE/FUNESA/Analista Administrativo/2008)

Entende-se como custos dos estoques, a soma do custo de armazenamento e o custo de pedido.

Comentário:

Achei a questão meio incompleta. De todo modo, o CESPE deu como certa.

O Custo de estoque representa todo o capital envolvido nos materiais estocados acrescidos dos custos para manter e controlar esse estoque, tais como a mão-de-obra envolvida, energia e insumos necessários, seguros, equipamentos, o local, etc.

Gabarito: Certa

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15. (CESPE/FUNESA/Analista Administrativo – Área: Compras, Materiais e Logística/2008)

Para obter o custo total dos estoques, devem ser considerados exclusivamente o valor de todo insumo adquirido no período e o custo de manutenção dos estoques.

Comentário:

Conforme afirmado na questão anterior, O Custo de estoque representa todo o capital envolvido nos materiais estocados acrescidos dos custos para manter e controlar esse estoque, tais como a mão-de-obra envolvida, energia e insumos necessários, seguros, equipamentos, o local, etc.

Gabarito: Errada

16. (CESPE/IFB/PROFESSOR DE LOGÍSTICA/2011)

O custo de estoque é composto por vários custos: do item, de manutenção, de capital, de armazenamento, de riscos e de pedidos.

Comentário:

Essa questão ratifica as anteriores sobre custo de estoque.

Gabarito: Certa

(CESPE/CEARAPORTOS/ANALISTA DE DESENVOLVIMENTO LOGÍSTICO/2004)

A empresa Casa Couros, especializada em vender bolsas, pastas, carteiras e cintos, entrou em funcionamento no início do mês de julho deste ano e tem conseguido alcançar as metas de venda definidas. No entanto, a diretoria da empresa está preocupada com a atual realidade de seus estoques, pois a proximidade das festas de final de ano deve provocar o aumento das vendas em todo o setor.

A partir do cenário hipotético acima exposto, considere as seguintes informações, relativas à empresa Casa Couros:

I a empresa planeja comprar bolsas seis vezes ao ano, a um custo total anual de R$ 16.584,00;

II a demanda de bolsas nos meses de julho, agosto e setembro foi, respectivamente, de 102, 130 e 152 unidades;

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III o preço médio de venda do cinto masculino é de R$ 55,00, o custo total de pedido desse produto é de R$ 5.500,00 e o seu custo de armazenagem total é de R$ 1.200,00.

Em face dessa situação hipotética, julgue os itens a seguir.

17. (CESPE/CEARAPORTOS/ANALISTA DE DESENVOLVIMENTO LOGÍSTICO/2004)

O método da média móvel é um método simples e altamente eficiente para a definição da previsão de demanda na hipótese considerada.

Comentário:

Dada a variação da demanda o método da média móvel não é recomendado.

Gabarito: Errada

18. (CESPE/CEARAPORTOS/ANALISTA DE DESENVOLVIMENTO LOGÍSTICO/2004)

De acordo com as informações do item I, é correto afirmar que o custo de cada pedido de bolsas é de R$ 1.382,00.

Comentário:

Custo total dos pedidos = 16.584

Quantidade de pedidos = 6

Logo, 16.584/6 = 2.764, cada pedido

Gabarito: Errada

19. (CESPE/CEARAPORTOS/ANALISTA DE DESENVOLVIMENTO LOGÍSTICO/2004)

Utilizando-se o método da média móvel e os dados do item II, é correto afirmar que a previsão para outubro será de 128 bolsas vendidas.

Comentário:

Vamos calcular. Deveremos somar os consumos dos três últimos períodos e dividir por três.

102 unidades em julho

130 unidades em agosto

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152 unidades em setembro

Cm = 102+130+152= 384

Cm = 384/3

Cm = 128 unidades

Gabarito: Certa

Segundo Ching (1999), o supply chain é uma forma integrada de planejar e controlar o fluxo de mercadorias, informações e recursos, desde os fornecedores até o cliente final, procurando administrar as relações na cadeia logística de forma cooperativa e para o benefício de todos os envolvidos. Para que o supply chain funcione adequadamente, é importante que o processo de aquisição seja adequado às necessidades de fornecimento da organização. A respeito dessa forma de planejamento e controle de mercadorias, julgue os seguintes itens.

20. (CESPE/CEARAPORTOS/ANALISTA DE DESENVOLVIMENTO LOGÍSTICO/2004)

O custo de armazenamento é inerente ao processo de aquisição de materiais.

Comentário:

O custo de armazenamento é inerente ao processo de custo de estoque.

Gabarito: Errada

21. (CESPE/CEARAPORTOS/ANALISTA DE DESENVOLVIMENTO LOGÍSTICO/2004)

Quanto maior for a quantidade do pedido, maior será o estoque médio e mais alto o custo para mantê-lo.

Comentário:

Perfeita.

Gabarito: Certa

22. (CESPE/EMBRAPA/Serviço de Apoio, Patrimônio e Material/2006)

Quando se trata de custos relacionados aos estoques, há três categorias diferentes de custos para a administração do inventário:

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manutenção do estoque; requisição ou compra; os relacionados à falta de estoque. O de manutenção estoque, em primeiro lugar, imobiliza um capital que poderia ser empregado de forma diferente dentro e fora da empresa, e este capital tem custo próprio, estimado de 8% a 40% ao ano, o que não é pouco e pode ser ainda maior. Existe ainda um segundo custo, associado aos impostos e aos seguros, que podem chegar a 25%; um terceiro, da armazenagem física propriamente dita, relacionado com a quantidade de estoque mantido; e, finalmente, os custos associados ao risco de manter o estoque. Estes são os custos relacionados:

A) às perdas e danos;

B) à deterioração, obsolescência, danos e furtos;

C) aos roubos e assaltos;

D) às invasões atípicas;

E) às contingências.

Comentário:

Excelente questão. Leiam e releiam o cabeçalho da questão, pois tem boas definições do cespe.

Segundo Dácio Antônio et al, “embora o estoque seja algo necessário para a organização, ele também demanda custo.

Sendo sua gestão dividida em três categorias de custos diferentes: custo de manutenção de estoque; custo de compra e custo de falta.

Custos de manutenção de estoque são todos os custos necessários para manter o estoque por um determinado período de tempo, incluindo os custos de oportunidades de capital, impostos, seguros, custos de armazenagem física e os custos de riscos de deterioração, obsolescência, danos e furtos.

BALLOU (1993) afirma que os custos de compra estão “associados ao processo de aquisição das quantidades requeridas para a reposição do estoque”. Pode-se afirmar que são todos os gastos relacionados na compra de algum produto, abrangendo os custos de processamentos de pedido, contato com o fornecedor, custo de preparação para atendimento do lote solicitado, custo de manuseio realizado na doca de recepção, custo do transporte e o preço da mercadoria.

Conforme seu entendimento BALLOU (1993) define custo de falta como “aqueles que ocorrem caso haja demanda por itens em falta”, podendo acarretar uma perda de venda ou atraso. Pode ser inserido neste segmento

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o custo de compra de fornecedores diferentes com preços mais elevados, afinal a falta da mercadoria em estoque gera uma necessidade urgente, induzindo a organização efetuar uma má compra para não largar de atender seu cliente potencial.

De acordo com BERTAGLIA (2005) “os estoques desempenham papel importante e possuem funções distintas relacionadas às demandas de mercado, às características do produto e sua movimentação e à interferência da situação econômica”.

Pode-se perceber claramente o papel desempenhado pelos estoques nas organizações, variando de acordo com a área de atuação de cada organização, características de cada negócio e produto, considerando-se também o impacto de seus valores e custos. Com isto, faz-se necessário uma gestão eficaz dos estoques, agregando assim vantagem competitiva organizacional”.

Gabarito: B

23. (CESPE/MPS/Nível I: Área de Atuação – Administrativa/2008)

O ponto de reposição ou ponto de pedido refere-se ao momento em que o responsável pela gestão de materiais percebe a falta de determinado item e busca a sua reposição com o fornecedor.

Comentário:

Refere-se ao momento em que a quantidade de itens em estoque chega ao ponto em que deve ser feito novo pedido.

Gabarito: Errada

24. (CESPE/TJDFT/ANALISTA JUDICIÁRIO-ADM./2008)

A soma do estoque de segurança com o lote de compra resulta no estoque máximo.

Comentário:

Estoque máximo é a soma do lote de compra e o estoque de segurança. O nível máximo de estoque é determinado normalmente quando o valor ultrapassar o estoque total do lote, mais o de segurança, que seja suficiente para suprir e suportar as variações normais e as necessidades usuais, deixando margem para garantir que, a cada novo lote, o nível máximo de estoque não cresça e resulte em excesso de estoque custo de manutenção do estoque (POZO, 2001).

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Quantidade máxima de estoque permitida para o material. O nível máximo pode ser atingido pelo estoque virtual, quando da emissão de um pedido de compra. Assim, a finalidade principal do estoque máximo é indicar a quantidade de ressuprimento, por meio da análise do estoque virtual. No cálculo de sua quantidade, também é considerado o intervalo de cobertura (VIANA, 2000, p. 149).

Gabarito: Certa

25. (CESPE/MPU/ ANALISTA ADMINISTRATIVO/2010)

A rotatividade de um estoque é determinada pelo número de vezes que os itens armazenados são renovados em determinado período de tempo.

Comentário:

Esse conceito é mais conhecido como sendo o de Giro de Estoque.

Gabarito: Certa

26. (CESPE/MPU/ ANALISTA ADMINISTRATIVO/2010)

Para otimizar o uso dos recursos financeiros e orçamentários, é possível desenvolver e usar modelos matemáticos ou estatísticos que reduzam a necessidade de estoque, preservando-se, contudo, os interesses e as capacidades operativas.

Comentário:

Um desses modelos, por exemplo, é o Just in Time

Gabarito: Certa

27. (CESPE/ TST/Analista Judiciário – Adm./2007)

Para trabalhar com estoque mínimo, é fundamental conhecer o tempo de reposição, que começa com a constatação da necessidade de reposição e termina com a entrega do material, compreendendo o ciclo de produção do fornecedor.

Comentário:

Perfeita.

Gabarito: Certa

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28. (CESPE/ TST/Analista Judiciário – Adm./2007)

Considere-se que uma empresa mantenha estoque médio de R$ 200.000,00, cujo custo das vendas tenha sido de R$ 1.000.000,00 e as mercadorias sejam vendidas com 50% de lucro sobre o custo. Considere-se, ainda, que, para aumentar suas vendas em 1/3, essa empresa admita reduzir seu lucro sobre o custo à metade. Nessa situação, para manter o mesmo estoque médio, a empresa terá de aumentar o quociente de rotação do estoque em 20%.

Comentário:

Rotação de Estoque (RE) = Custo das Mercadorias Vendidas (CMV)/Estoque Médio. Assim,

RE = 1.000.000,00/200.00,00

RE = 5

Vendas = 50% de lucro sobre o CMV

Vendas = 1.000.000 x 1,50 = 1.500.000

Aumento de vendas em 1/3

1.500.000 x 1,33 = 2.000.000

Então, o valor das vendas será de 1,25 vezes o custo, e o CMV de 1.600.000.

Assim, RE = 1.600.000 / 200.000 = 8

Portanto, podemos concluir que de 5 para 8 tivemos um aumento de 60% (8/5 = 1,60) e não de 20%.

Gabarito: Errada

29. (CESPE/ TST/Analista Judiciário – Adm./2007)

Do ponto de vista da análise de risco, prazo médio de rotação dos estoques é um indicador que se traduz por quanto maior, melhor, mantidos constantes os demais fatores.

Comentário:

Segundo Heber Lavor, “o prazo médio de rotação dos estoques é o período compreendido entre o tempo em que permanece armazenado até o momento da venda. O seu volume depende da política de estocagem e volume de vendas. Quanto maior o volume de vendas mais rápida será a rotação dos estoques e em menos tempo o ativo será recuperado”.

Gabarito: Errada

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30. (CESPE/ AGU/Administrador/2010)

Os estoques de antecipação são criados para cobrir flutuações aleatórias e imprevisíveis do suprimento, da demanda ou do lead time.

Comentário:

Classificação dos estoques

Estoques de Antecipação: são estoques criados, procurando antecipar uma demanda futura prevista, tal como promoções, ou prevenção de alguma greve, por exemplo.

Estoque de Tamanho de Lote: são gerados quando o tamanho de lote é maior do que o necessário. Ele é maior por várias razões, como por exemplo: descontos em função de compras em grande quantidade, lote mínimo do fornecedor ou de fabricação, redução dos custos de transportes e custos de administração.

Estoque de Transporte: existem em função de transportar os produtos de um lugar para outro, ou de uma fábrica para outra, ou da fábrica para o centro de distribuição ou a um cliente. Este estoque é proporcional ao tempo para efetuar o transporte e ao volume transportado.

Estoque de Especulação: são gerados quando certos produtos variam muito de preço e os compradores têm expectativa de aumento futuro. O objetivo é antecipar a ocorrência de escassez, criar valor ao produto e a correspondente efetivação do lucro.

Estoque de Flutuação (estoque de segurança): o estoque de flutuação, mais conhecido como o estoque de segurança, é mantido para proteger a empresa da possibilidade de variações da demanda e do lead time, ou mesmo de flutuações aleatórias.

Trecho extraído de Gestão de Estoques, de Camilo Ferreira.

Gabarito: Errada

31. (CESPE/ AGU/Administrador/2010)

Considerando que certa empresa utilize o sistema de ponto de pedido para atingir a máxima eficiência das reposições de seu estoque; que o consumo diário de determinado item nessa empresa seja de 120 unidades; que o período de reabastecimento do item seja de 2 dias e que o estoque de segurança do item corresponda ao consumo de 1 dia, é correto afirmar que o ponto de pedido do item em questão é de 360 unidades.

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Comentário:

O consumo médio é de 120 unidades;

O tempo de ressuprimento é de 2 dias

O estoque de segurança é de 1 dia = 120 unidades

Vamos usar a fórmula para Ponto de Pedido:

PP=CMed x TRep + Est Seg.

PP=120 x 2 + 120 =360.

Gabarito: Certa

32. (CESPE/ ANCINE/ANAL. ADM. – ÁREA 3/2006)

O conceito de estoque máximo diz respeito ao número máximo de unidades de um determinado item de estoque e é definido da seguinte forma: estoque máximo = estoque mínimo + lote de compra.

Comentário:

Estoque máximo é a soma do lote de compra e o estoque de segurança.

Gabarito: Errada

33. (CESPE/ ANCINE/ANAL. ADM. – ÁREA 3/2006)

O tempo de reposição de um bem pode ser desmembrado em três partes: tempo de emissão do pedido, tempo de preparação do pedido, tempo de transporte.

Comentário:

a) Emissão do pedido: tempo que leva desde a emissão do pedido de compra até chegar ao fornecedor;

b) Preparação do pedido: tempo que leva o fornecedor para fabricar os produtos até deixá-los em condições de serem transportados;

c) Transporte: tempo que leva da saída do fornecedor até o recebimento dos materiais pela empresa.

Gabarito: Certa

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34. (CESPE/ANCINE/Técnico Administrativo/Qualquer Formação/2006)

O cálculo do estoque mínimo de determinado bem depende do seu tempo de reposição, que é o período empregado entre a constatação da necessidade de nova compra do bem e o recebimento do pedido de compra pelo fornecedor.

Comentário:

Estoque Mínimo é a quantidade mínima que uma mercadoria poderá ficar em estoque de acordo com o seu giro e tempo de reposição. O Estoque Mínimo serve de alerta para o controlador do estoque da necessidade de ser adquirido novo lote de mercadorias para que não falte a mesma. Seria a mesma coisa que um gatilho, ou seja, no momento que o estoque daquele item atingir aquela quantidade, o controlador do estoque deverá comunicar, imediatamente, a gerência para fazer um novo pedido para evitar a falta do item.

(Fonte: http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/BDS.nsf/0EE562D0A6BDC6E5032571E100694844/$File/NT0003220E.pdf)

Para fins de cálculo do estoque mínimo, só nos interessa analisar as quantidades de consumo maiores que o consumo médio (as menores não necessitam de segurança).

Gabarito: Errada

35. (CESPE/ANCINE/Técnico Administrativo/Qualquer Formação/2006)

Se um material qualquer apresenta consumo mensal de 60 unidades, tem tempo de reposição de 60 dias, estoque mínimo de um mês e inexistência de pedido pendente de atendimento, é correto afirmar que seu ponto de pedido é inferior a 190 unidades.

Comentário:

Consumo mensal = 60 unidades

Tempo de reposição = 60 dias

Estoque mínimo de um mês = 60 unidades.

Considerando que o tempo de reposição é de 60 dias (2 meses) e que a cada mês são consumidas 60 unidades, logo, o ponto de pedido será 180 unidades, ou seja:

120 unidades do tempo de reposição + 60 do estoque de segurança

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Gabarito: Certa

36. (FCC/METRO-SP/TÉC. ARMAZ. DE MATERIAIS/2009)

Na administração de materiais, estoque de segurança é:

(A) o cadastramento no sistema das informações referentes a compras mínimas autorizadas, para as quais se inicia o processo de recebimento.

(B) o documento utilizado para devolver ao estoque do almoxarifado as quantidades de material porventura requisitadas além do necessário.

(C) a constatação de que a compra, objeto da Nota Fiscal em análise, está ou não autorizada pela empresa.

(D) uma quantidade mínima de peças que devem existir no estoque com a função de cobrir as possíveis variações do sistema.

(E) a economia nos custos de manuseio de materiais, por meio da redução do custo da mão-de-obra e do tempo necessário para as operações críticas.

Comentário:

Também conhecido como estoque mínimo, estoque isolador ou ainda estoque reserva, é o estoque de produto para suprir determinado período, alem do prazo de entrega para consumo ou vendas, prevenindo possíveis atrasos na entrega por parte do fornecedor e garantindo o andamento do processo produtivo caso ocorra um aumento na demanda do item. Deverão ser maiores quanto maior for a distância do fornecedor ou mais problemático for o fornecedor com relação aos prazos de entregas. (EVANDRO S. DE OLIVEIRA et al)

Gabarito: D

37. (CESPE/ABIN/OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA/2010)

O sistema denominado kanban tem por objetivo controlar e balancear a produção, com eliminação dos desperdícios, e acionar um sistema de reposição de estoque pela indicação dos seguintes fatores: o que, quando e quanto fornecer e produzir.

Comentário:

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O kanban é um dispositivo sinalizador (cartão), que autoriza e dá instruções para a produção, ou para a retirada de itens em um sistema puxado. O termo significa "sinal" em japonês (www.lean.org.br).

Gabarito: Certa

38. (CESPE/ANAC/Técnico Administrativo)

Sistemas de produção embasados no método just in time são intensivos em utilização de espaço físico para estocagem de matéria-prima ou de mercadorias a serem vendidas pela organização.

Comentário:

Ao contrário, usam pouco espaço físico.

Gabarito: Errada

39. (CESPE/TJDFT/Analista Judiciário/2008)

O sistema just-in-time é um método de gestão de estoques destinado a reduzir a probabilidade de desabastecimento do setor produtivo em função da maximização dos volumes em estoque.

Comentário:

Não há maximização do volume de estoque, ao contrário, o Just in time trabalha com estoque zero.

Gabarito: Errada

40. (CESPE/FINEP/ADM. DE MATERIAIS/2009)

A curva ABC considera igualmente todos os produtos, para fins de controle de estoque.

Comentário:

A curva ABC tem por objetiva escalonar os produtos de acordo com a quantidade e valor.

Gabarito: Errada

41. (CESPE/MPU/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2010)

A classificação ABC, fundamentada nos estudos de Vilfrido Pareto, tem o objetivo de definir os itens de maior valor de demanda.

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Comentário:

Segundo Dimas Lopes de Araújo et al. “A utilização do sistema ABC ou, Classificação ABC como também é conhecida foi fundamentada com base nos estudos realizados por Vilfredo Pareto, economista italiano que estudou a distribuição de renda entre as populações. Ele verificou que existia uma lei geral de “má distribuição de renda” em que uma pequena parcela da população absorvia uma grande parte da renda, restando assim uma pequena parte para ser compartilhada com a maior parte da população. O sistema ABC tomando por base o estudo de Pareto foi moldado para o uso no gerenciamento de estoques, e evidenciou-se que a mesma máxima ocorria no universo de produtos utilizados pela empresa constatou-se que poucos deles eram os responsáveis diretos pelo maior valor das compras e que estes que representavam o maior gastos eram o de maior importância ou impacto no processo produtivo.

Trata-se de uma classificação estatística de materiais, que também pode ser utilizada para classificar clientes em relação aos seus volumes de compras ou em relação à lucratividade proporcionada; classificação de produtos da empresa pela lucratividade proporcionada, etc.

Numa organização, a curva ABC é muito utilizada para a administração de estoques, mas também é usada para a definição de políticas de vendas, para o estabelecimento de prioridades, para a programação de produção. Para a administração de estoques, por exemplo, o administrador a usa como um parâmetro que informa sobre a necessidade de aquisição de itens/mercadorias ou matérias-primas essenciais para o controle do estoque, que variam de acordo com a demanda do consumidor. Na avaliação dos resultados da curva ABC, percebe-se o giro dos itens no estoque, o nível da lucratividade e o grau de representação no faturamento da organização. Os recursos financeiros investidos na aquisição do estoque poderão ser definidos pela análise e aplicação correta dos dados fornecidos com a curva ABC”.

Gabarito: Certa

42. (CESPE/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO/2007)

Por meio da curva ABC, considerada importante instrumento para o administrador, pode-se selecionar materiais de tal maneira que se estabeleça uma relação inversa entre o valor relativo de cada classe e a respectiva quantidade de itens.

Comentário:

Perfeita.

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Gabarito: Certa

(CESPE/ABIN/OFICIAL TÉC. INTELIGÊNCIA-ADMINISTRADOR/2010)

Paulo Sérgio Gonçalves. Administração de materiais. 2.ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.

Com base na figura acima, representativa de uma curva ABC de estoque, julgue os itens subsequentes.

43. (CESPE/ABIN/OFICIAL TÉC. INTELIGÊNCIA-ADMINISTRADOR/2010)

Para a classificação dos itens de estoque nas seções I, II ou III da figura, considera-se o valor unitário de cada um desses itens.

Comentário:

Na avaliação dos resultados da curva ABC, percebe-se o giro dos itens no estoque, o nível da lucratividade e o grau de representação no faturamento da organização. Os recursos financeiros investidos na aquisição do estoque poderão ser definidos pela análise e aplicação correta dos dados fornecidos com a curva ABC.

Gabarito: Errada

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44. (CESPE/ABIN/OFICIAL TÉC. INTELIGÊNCIA-ADMINISTRADOR/2010)

Os itens pertencentes à seção III da figura exigem controle mais apurado de movimentação e menor tolerância a erros de inventário.

Comentário:

Os itens da seção III estão em maior quantidade, porém, tem menor valor financeiro e, portanto, não requerem controle mais apurado de movimentação e menor tolerância a erros de inventário.

Gabarito: Errada

45. (CESPE/ABIN/OFICIAL TÉC. INTELIGÊNCIA-ADMINISTRADOR/2010)

Um gerente de suprimentos que tenha como objetivo a redução dos custos dos estoques deve priorizar a redução dos lotes de compra dos itens alocados na seção I da figura.

Comentário:

Tendo em vista que estes são os itens de maior valor financeiro.

Gabarito: Certa

46. (CESPE/ABIN/OFICIAL TÉC. INTELIGÊNCIA-ADMINISTRADOR/2010)

Os itens alocados na seção identificada por I, na figura, são chamados itens A da curva ABC.

Comentário:

Sim, pois são os de maior valor.

Gabarito: Certa

47. (CESPE/MPU/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2010)

O método FIFO (ou PEPS) prioriza a ordem cronológica da entrada dos itens em estoque, ou seja, o último item a entrar é o primeiro a ser considerado para efeito de cálculo de custo.

Comentário:

Ao contrário, o método FIFO (PEPS) parte do princípio de que o primeiro que entra deverá ser o primeiro a sair.

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Gabarito: Errada

7.LISTAS DAS QUESTÕES

1. (CESPE/TSE/TRE – ANAL. JUDICIÁRIO – 2006)

Considere o seguinte consumo de determinado material.

60 unidades em março 98 unidades em agosto

70 unidades em abril 98 unidades em setembro

85 unidades em maio 102 unidades em outubro

88 unidades em junho 105 unidades em novembro

94 unidades em julho 111 unidades em dezembro

Com base nos dados acima e considerando que os estudos acerca de estoques dependem da previsão do consumo de material, assinale a opção incorreta.

A) Com base no método da média com ponderação exponencial, apenas o consumo do mês de dezembro será utilizado na fórmula de cálculo da previsão do consumo para o mês de janeiro.

B) Para reduzir a influência do baixo consumo nos meses de março e abril na previsão de consumo para janeiro, é correto utilizar o método da média móvel ponderada, caracterizado pela aplicação de pesos maiores aos dados de consumo mais novos e pesos menores aos dados mais antigos.

C) Com base no método da média móvel para 3 períodos, a previsão de consumo para janeiro é superior a 111 unidades por causa da tendência crescente de consumo.

D) Com base no método do último período, a previsão de consumo para janeiro é de 111 unidades.

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(CESPE/TJDFT/Analista Judiciário – 2008)

Consistentes estudos de estoques têm seu início na previsão do consumo de material. Nesse sentido, considere o seguinte consumo de determinado material.

mês

unidades

Janeiro 50

Fevereiro 60

Março 70

Abril 75

Maio 73

Junho 78

Julho 84

Agosto 93

Com base nessas informações, julgue os itens a seguir.

2. (CESPE/TJDFT/Analista Judiciário – 2008)

Caso tivesse sido empregado o método da média móvel para 3 períodos para se calcular a previsão de consumo para o mês de abril, então o valor previsto teria sido superior ao consumo efetivo.

3. (CESPE/TJDFT/Analista Judiciário – 2008)

Caso seja utilizado o método da média móvel com ponderação exponencial para previsão do consumo em setembro, então os dados de junho, julho e agosto terão maior peso que os dados iniciais da série.

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Considere a tabela abaixo

mês

unidades

Janeiro 48

Fevereiro 52

Março 60

Abril 64

Maio 62

Junho 58

Julho 45

4. (CESPE/TJPA/Analista – 2006)

Com base no método da média móvel para 3 períodos, a previsão de consumo para o mês de agosto é de 55 unidades.

5. (CESPE/TJPA/Analista – 2006)

Se for utilizado o método da média móvel ponderada com previsão de consumo para o mês de agosto, os dados de junho e julho terão maior influência no resultado que os dados de janeiro e fevereiro.

6. (CESPE/TRT 10ª REGIÃO/Analista Judiciário– 2006)

Para uma adequada gestão de estoques, é fundamental estabelecer a previsão de consumo para os períodos seguintes. Entre os métodos de previsão de consumo, o denominado método da média móvel tem a vantagem de reduzir a influência dos valores extremos no resultado final.

7. (CESPE/ANAC/Técnico Administrativo)

Quanto à previsão de estoques, o método da média móvel utiliza como previsão de quantitativos de estoques para o próximo período o quantitativo verificado no período anterior.

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8. (CESPE/EBC/TÉCNICO ADM/2011)

De acordo com a filosofia de produção just in time, a produção tem início somente após o pedido do cliente, não havendo necessidade de manutenção de estoque disponível de mercadorias para venda.

9. (CESPE/PETROBRÁS/Administrador/2007)

A importância do planejamento da produção decorre principalmente da necessidade de se prever e se buscar uma situação futura desejada, dado o período de tempo que será gasto entre a tomada de decisão e sua respectiva implantação.

10. (CESPE/ TRT 16ª REGIÃO/Analista Judiciário/2005)

Com relação aos custos, o controle de estoque deve focar-se nos custos de pedido e de armazenagem, pois duas variáveis influenciam no aumento do custo: o custo de pedido e o custo de capital.

11. (CESPE/ANCINE/Analista Administrativo/2006)

Estoques em níveis elevados são potencialmente geradores de impactos negativos nos resultados da organização em decorrência dos custos de armazenagem. Assim, uma das formas de eliminação dos custos de armazenagem é a manutenção de estoques com quantidade zero.

12. (CESPE/ANS/Analista/2005)

Os custos de armazenagem aumentam em função da quantidade em estoque e do tempo de permanência em estoque, mas não chegam a zero se o estoque for zero.

13. (CESPE/MPU/Téc. Administrativo/2010)

Considere que, em certa organização, serão estocadas, por um ano, 60.000 unidades de determinado item. Considere, ainda, que o preço de cada item seja igual a R$ 3,00 e que a taxa anual de armazenagem de cada item seja equivalente a 15% do seu preço. Nessa situação, o custo de armazenagem anual de todos esses itens será igual a R$ 30.000,00.

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14. (CESPE/FUNESA/Analista Administrativo/2008)

Entende-se como custos dos estoques, a soma do custo de armazenamento e o custo de pedido.

15. (CESPE/FUNESA/Analista Administrativo – Área: Compras, Materiais e Logística/2008)

Para obter o custo total dos estoques, devem ser considerados exclusivamente o valor de todo insumo adquirido no período e o custo de manutenção dos estoques.

16. (CESPE/IFB/PROFESSOR DE LOGÍSTICA/2011)

O custo de estoque é composto por vários custos: do item, de manutenção, de capital, de armazenamento, de riscos e de pedidos.

(CESPE/CEARAPORTOS/ANALISTA DE DESENVOLVIMENTO LOGÍSTICO/2004)

A empresa Casa Couros, especializada em vender bolsas, pastas, carteiras e cintos, entrou em funcionamento no início do mês de julho deste ano e tem conseguido alcançar as metas de venda definidas. No entanto, a diretoria da empresa está preocupada com a atual realidade de seus estoques, pois a proximidade das festas de final de ano deve provocar o aumento das vendas em todo o setor.

A partir do cenário hipotético acima exposto, considere as seguintes informações, relativas à empresa Casa Couros:

I a empresa planeja comprar bolsas seis vezes ao ano, a um custo total anual de R$ 16.584,00;

II a demanda de bolsas nos meses de julho, agosto e setembro foi, respectivamente, de 102, 130 e 152 unidades;

III o preço médio de venda do cinto masculino é de R$ 55,00, o custo total de pedido desse produto é de R$ 5.500,00 e o seu custo de armazenagem total é de R$ 1.200,00.

Em face dessa situação hipotética, julgue os itens a seguir.

17. (CESPE/CEARAPORTOS/ANALISTA DE DESENVOLVIMENTO LOGÍSTICO/2004)

O método da média móvel é um método simples e altamente eficiente para a definição da previsão de demanda na hipótese considerada.

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18. (CESPE/CEARAPORTOS/ANALISTA DE DESENVOLVIMENTO LOGÍSTICO/2004)

De acordo com as informações do item I, é correto afirmar que o custo de cada pedido de bolsas é de R$ 1.382,00.

19. (CESPE/CEARAPORTOS/ANALISTA DE DESENVOLVIMENTO LOGÍSTICO/2004)

Utilizando-se o método da média móvel e os dados do item II, é correto afirmar que a previsão para outubro será de 128 bolsas vendidas.

Segundo Ching (1999), o supply chain é uma forma integrada de planejar e controlar o fluxo de mercadorias, informações e recursos, desde os fornecedores até o cliente final, procurando administrar as relações na cadeia logística de forma cooperativa

e para o benefício de todos os envolvidos. Para que o supply chain funcione adequadamente, é importante que o processo de aquisição seja adequado às necessidades de fornecimento da organização. A respeito dessa forma de planejamento e controle de mercadorias, julgue os seguintes itens.

20. (CESPE/CEARAPORTOS/ANALISTA DE DESENVOLVIMENTO LOGÍSTICO/2004)

O custo de armazenamento é inerente ao processo de aquisição de materiais.

21. (CESPE/CEARAPORTOS/ANALISTA DE DESENVOLVIMENTO LOGÍSTICO/2004)

Quanto maior for a quantidade do pedido, maior será o estoque médio e mais alto o custo para mantê-lo.

22. (CESPE/EMBRAPA/Serviço de Apoio, Patrimônio e Material/2006)

Quando se trata de custos relacionados aos estoques, há três categorias diferentes de custos para a administração do inventário: manutenção do estoque; requisição ou compra; os relacionados à falta de estoque. O de manutenção estoque, em primeiro lugar, imobiliza um capital que poderia

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ser empregado de forma diferente dentro e fora da empresa, e este capital tem custo próprio, estimado de 8% a 40% ao ano, o que não é pouco e pode ser ainda maior. Existe ainda um segundo custo, associado aos impostos e aos seguros, que podem chegar a 25%; um terceiro, da armazenagem física propriamente dita, relacionado com a quantidade de estoque mantido; e, finalmente, os custos associados ao risco de manter o estoque. Estes são os custos relacionados:

A) às perdas e danos;

B) à deterioração, obsolescência, danos e furtos;

C) aos roubos e assaltos;

D) às invasões atípicas;

E) às contingências.

23. (CESPE/MPS/Nível I: Área de Atuação – Administrativa/2008)

O ponto de reposição ou ponto de pedido refere-se ao momento em que o responsável pela gestão de materiais percebe a falta de determinado item e busca a sua reposição com o fornecedor.

24. (CESPE/TJDFT/ANALISTA JUDICIÁRIO-ADM./2008)

A soma do estoque de segurança com o lote de compra resulta no estoque máximo.

25. (CESPE/MPU/ ANALISTA ADMINISTRATIVO/2010)

A rotatividade de um estoque é determinada pelo número de vezes que os itens armazenados são renovados em determinado período de tempo.

26. (CESPE/MPU/ ANALISTA ADMINISTRATIVO/2010)

Para otimizar o uso dos recursos financeiros e orçamentários, é possível desenvolver e usar modelos matemáticos ou estatísticos que reduzam a necessidade de estoque, preservando-se, contudo, os interesses e as capacidades operativas.

27. (CESPE/ TST/Analista Judiciário – Adm./2007)

Para trabalhar com estoque mínimo, é fundamental conhecer o tempo de reposição, que começa com a constatação da necessidade de reposição e

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termina com a entrega do material, compreendendo o ciclo de produção do fornecedor.

28. (CESPE/ TST/Analista Judiciário – Adm./2007)

Considere-se que uma empresa mantenha estoque médio de R$ 200.000,00, cujo custo das vendas tenha sido de R$ 1.000.000,00 e as mercadorias sejam vendidas com 50% de lucro sobre o custo. Considere-se, ainda, que, para aumentar suas vendas em 1/3, essa empresa admita reduzir seu lucro sobre o custo à metade. Nessa situação, para manter o mesmo estoque médio, a empresa terá de aumentar o quociente de rotação do estoque em 20%.

29. (CESPE/ TST/Analista Judiciário – Adm./2007)

Do ponto de vista da análise de risco, prazo médio de rotação dos estoques é um indicador que se traduz por quanto maior, melhor, mantidos constantes os demais fatores.

30. (CESPE/ AGU/Administrador/2010)

Os estoques de antecipação são criados para cobrir flutuações aleatórias e imprevisíveis do suprimento, da demanda ou do lead time.

31. (CESPE/ AGU/Administrador/2010)

Considerando que certa empresa utilize o sistema de ponto de pedido para atingir a máxima eficiência das reposições de seu estoque; que o consumo diário de determinado item nessa empresa seja de 120 unidades; que o período de reabastecimento do item seja de 2 dias e que o estoque de segurança do item corresponda ao consumo de 1 dia, é correto afirmar que o ponto de pedido do item em questão é de 360 unidades.

32. (CESPE/ ANCINE/ANAL. ADM. – ÁREA 3/2006)

O conceito de estoque máximo diz respeito ao número máximo de unidades de um determinado item de estoque e é definido da seguinte forma: estoque máximo = estoque mínimo + lote de compra.

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33. (CESPE/ ANCINE/ANAL. ADM. – ÁREA 3/2006)

O tempo de reposição de um bem pode ser desmembrado em três partes: tempo de emissão do pedido, tempo de preparação do pedido, tempo de transporte.

34. (CESPE/ANCINE/Técnico Administrativo/Qualquer Formação/2006)

O cálculo do estoque mínimo de determinado bem depende do seu tempo de reposição, que é o período empregado entre a constatação da necessidade de nova compra do bem e o recebimento do pedido de compra pelo fornecedor.

35. (CESPE/ANCINE/Técnico Administrativo/Qualquer Formação/2006)

Se um material qualquer apresenta consumo mensal de 60 unidades, tem tempo de reposição de 60 dias, estoque mínimo de um mês e inexistência de pedido pendente de atendimento, é correto afirmar que seu ponto de pedido é inferior a 190 unidades.

36. (FCC/METRO-SP/TÉC. ARMAZ. DE MATERIAIS/2009)

Na administração de materiais, estoque de segurança é:

(A) o cadastramento no sistema das informações referentes a compras mínimas autorizadas, para as quais se inicia o processo de recebimento.

(B) o documento utilizado para devolver ao estoque do almoxarifado as quantidades de material porventura requisitadas além do necessário.

(C) a constatação de que a compra, objeto da Nota Fiscal em análise, está ou não autorizada pela empresa.

(D) uma quantidade mínima de peças que devem existir no estoque com a função de cobrir as possíveis variações do sistema.

(E) a economia nos custos de manuseio de materiais, por meio da redução do custo da mão-de-obra e do tempo necessário para as operações críticas.

37. (CESPE/ABIN/OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA/2010)

O sistema denominado kanban tem por objetivo controlar e balancear a produção, com eliminação dos desperdícios, e acionar um sistema de

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reposição de estoque pela indicação dos seguintes fatores: o que, quando e quanto fornecer e produzir.

38. (CESPE/ANAC/Técnico Administrativo)

Sistemas de produção embasados no método just in time são intensivos em utilização de espaço físico para estocagem de matéria-prima ou de mercadorias a serem vendidas pela organização.

39. (CESPE/TJDFT/Analista Judiciário/2008)

O sistema just-in-time é um método de gestão de estoques destinado a reduzir a probabilidade de desabastecimento do setor produtivo em função da maximização dos volumes em estoque.

40. (CESPE/FINEP/ADM. DE MATERIAIS/2009)

A curva ABC considera igualmente todos os produtos, para fins de controle de estoque.

41. (CESPE/MPU/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2010)

A classificação ABC, fundamentada nos estudos de Vilfrido Pareto, tem o objetivo de definir os itens de maior valor de demanda.

42. (CESPE/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO/2007)

Por meio da curva ABC, considerada importante instrumento para o administrador, pode-se selecionar materiais de tal maneira que se estabeleça uma relação inversa entre o valor relativo de cada classe e a respectiva quantidade de itens.

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(CESPE/ABIN/OFICIAL TÉC. INTELIGÊNCIA-ADMINISTRADOR/2010)

Paulo Sérgio Gonçalves. Administração de materiais. 2.ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.

Com base na figura acima, representativa de uma curva ABC de estoque, julgue os itens subsequentes.

43. (CESPE/ABIN/OFICIAL TÉC. INTELIGÊNCIA-ADMINISTRADOR/2010)

Para a classificação dos itens de estoque nas seções I, II ou III da figura, considera-se o valor unitário de cada um desses itens.

44. (CESPE/ABIN/OFICIAL TÉC. INTELIGÊNCIA-ADMINISTRADOR/2010)

Os itens pertencentes à seção III da figura exigem controle mais apurado de movimentação e menor tolerância a erros de inventário.

45. (CESPE/ABIN/OFICIAL TÉC. INTELIGÊNCIA-ADMINISTRADOR/2010)

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Um gerente de suprimentos que tenha como objetivo a redução dos custos dos estoques deve priorizar a redução dos lotes de compra dos itens alocados na seção I da figura.

46. (CESPE/ABIN/OFICIAL TÉC. INTELIGÊNCIA-ADMINISTRADOR/2010)

Os itens alocados na seção identificada por I, na figura, são chamados itens A da curva ABC.

47. (CESPE/MPU/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2010)

O método FIFO (ou PEPS) prioriza a ordem cronológica da entrada dos itens em estoque, ou seja, o último item a entrar é o primeiro a ser considerado para efeito de cálculo de custo.

8. GABARITOS

1. C 2. E 3. E 4. C 5. C

6. E 7. E 8. C 9. C 10. E

11. E 12. C 13. E 14. C 15. E

16. C 17. E 18. E 19. C 20. E

21. C 22. B 23. E 24. C 25. C

26. C 27. C 28. E 29. E 30. E

31. C 32. E 33. C 34. E 35. C

36. D 37. C 38. E 39. C 40. E

41. C 42. C 43. E 44. E 45. C

46. C 47. E

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Bibliografia

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LEE, H. L.; PADMANABHAN, V.; WHANG, S. Information Distortion in a Supply Chain: The Bullwhip Effect. Management Science, Vol. 50, n. 12, Dezembro, 2004.

LOPES, Rita et al. Planejamento e Controle da Produção e sua importância para a administração. In: Revista Científica Eletrônica de Ciências Contábeis. 2007.

NOVAES, Antonio Galvão N.; ALVARENGA, Antonio Carlos. Logística Aplicada: Suprimentos e distribuição física. São Paulo: Pioneira, 1994.

POZO, Hamilton. Administração de recursos materiais: uma abordagem logística. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2008.

SLACK, N., CHAMBER, S.; HARDLAND, C.; HARRISON, A. JOHNSTON, R. Administração da Produção. São Paulo: Atlas, 1999.

SVENSSON, G. The multiple facets of the bullwhip effect: refined and re-defined. International Journal of Physical Distribution & Logistics Management. n. 35, Setembro/Outubro 2005