gestão de negócios internacionais

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CENTRO EDUCACIONAL “UNIDADE PIRITUBA” NAYARA DE JESUS MOREIRA R.A. 9902000064 ADMINISTRAÇÃO Gestão de Negócios Internacionais SÃO PAULO

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Gestão de Negócios Internacionais

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Page 1: Gestão de Negócios Internacionais

CENTRO EDUCACIONAL “UNIDADE PIRITUBA”

NAYARA DE JESUS MOREIRA

R.A. 9902000064

ADMINISTRAÇÃO

Gestão de Negócios Internacionais

SÃO PAULO

2016

Comércio Internacional

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A maior parte da teorização sobre comércio internacional trata dos determinantes básicos dos padrões de comércio de bens e das implicações do comércio sobre o bem-estar. As principais teorias de comércio internacional baseiamse, em sua maioria, no princípio da vantagem comparativa, ou seja, supõem serem as trocas internacionais de bens o resultado das diferenças entre os países em termos de custos relativos e, conseqüentemente, de preços relativos. O princípio da vantagem comparativa significa enfocar os determinantes do comércio internacional pelo lado da oferta. Contudo, o papel da demanda foi reconhecido pela escola clássica inglesa na medida em que fatores pelo lado da 3 demanda sejam de importância especial na determinação dos preços relativos. Modelos de comércio internacional que se apartem do princípio das vantagens comparativas e que lidem com as influências da demanda mais diretamente também são discutidos neste trabalho. Como regra geral, qualquer país tenderá a exportar produtos nos quais tenha vantagem comparativa. O problema teórico básico é, por conseguinte, a explicação dos determinantes primeiros das diferenças entre os países em relação aos custos comparativos.

A TEORIA RICARDIANA OU O MODELO CLÁSSICO

Na origem do princípio das vantagens comparativas está o modelo ricardiano de comércio internacional, baseado na teoria clássica do valor trabalho. De acordo com este modelo, os custos comparativos são determinados pela produtividade relativa do trabalho. Variações nessa produtividade entre os países adviriam principalmente de diferenças tecnológicas entre eles. A análise ricardiana começa com uma crítica ao princípio das vantagens absolutas de Adam Smith, ou seja, de que o comércio internacional seja determinado por diferenças absolutas na produtividade do trabalho. Em seu modelo, Ricardo supôs que as funções de produção são diferentes entre países e que elas apresentam retornos constantes de escala. O modelo clássico do comércio internacional tem, provavelmente, seu melhor resumo numa nota de pé de página na principal obra deste autor: “Parece-nos, portanto, que um país que possua vantagens consideráveis em maquinaria e qualificação [do trabalho], e que, por isso mesmo, esteja apto à manufatura de bens com muito menos trabalho que seus vizinhos possa, em troca por tais bens, importar uma parte dos cereais necessários ao seu consumo, mesmo que sua terra seja mais fértil e que os cereais pudessem ser cultivados com a utilização de menos trabalho do que no país do qual ele é importado”. Inúmeras tentativas têm sido feitas para testar a teoria do comércio internacional. O teste empírico mais conhecido do modelo clássico é o de G. MacDougall, que examinou as exportações britânicas e estadunidenses para outros mercados. De acordo com seus testes, existia uma correlação positiva entre a produtividade relativa do trabalho e o desempenho relativo das exportações dos dois países. Tais resultados garantiram evidências em favor das hipóteses indicadas no modelo ricardiano.A variável independente no teste de MacDougall foi a razão do produto estadunidense por trabalhador sobre a mesma variável britânica, sua variável dependente foi a razão de quantidade exportada pelos Estados Unidos sobre a exportada pelo Reino Unido (sempre para terceiros mercados). Sua amostra incluía 25 grupos de produtos e seus dados referiam-se a 19374 . Uma das principais críticas levantadas contra o teste de MacDougall é que, ao concentrar sua análise na produtividade do trabalho, ele colocou de lado a influência dos outros fatores de produção. As diferenças de produtividade entre os países associam-se a variações nos padrões de comércio, mas tais diferenças representam a produtividade total dos fatores, que depende da interação do trabalho com os outros fatores de produção.

A TEORIA DE HECKSCHER-OHLIN OU O MODELO NEOCLÁSSICO

Um século após Ricardo ter estabelecido o princípio das vantagens comparativas, Eli Heckscher combinou os “preços dos agentes de produção” com o comércio internacional, seguindo a tradição da escola neoclássica5 . Parece-nos justificada a inserção, aqui, de uma citação retirada do trabalho pioneiro de Heckscher: “Deve-se enfatizar aqui que o termo “fator de produção” não se refere simplesmente às amplas categorias de terra, capital e trabalho,

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mas às diferentes qualidades de cada uma destas. O número dos fatores de produção, portanto, é praticamente ilimitado”. Neste sentido, a versão simplificada da teoria neoclássica, que termina em modelos do tipo 2x2x2 (dois fatores, dois produtos e dois países) parece se constituir em um rompimento importante com a concepção original de Heckscher sobre os determinantes do comércio. Na verdade, as teorias neofatoriais sobre comércio internacional voltam a esta concepção original, como será mostrado abaixo. Ao incorporar outros fatores de produção (além da terra, trabalho e capital) em sua análise, Heckscher ampliou o modelo ricardiano, no qual os preços relativos refletiam a produtividade relativa do trabalho. Contudo, é a suposição de uma igualdade internacional de tecnologia que gera as bases para as propostas principais do modelo neoclássico do comércio exterior (o modelo de Heckscher - Ohlin). Em verdade, no seu artigo, Heckscher se preocupa principalmente com a relação entre o comércio internacional e a distribuição de renda. A esse respeito ele discute a hipótese de eqüalização dos preços relativos dos fatores de produção6 . Tal hipótese foi desenvolvida, posteriormente, por Samuelson no final dos anos 40 e início dos anos 50 7 . Além disso, o modelo de Heckscher foi reformulado por Ohlin em sua tese de doutorado em 1924, que foi publicada em inglês poucos anos depois8 . Por isso, a análise neoclássica do comércio internacional tornou-se conhecida como a teoria de Heckscher-Ohlin ou a teoria de Heckscher-Ohlin-Samuelson. No modelo neoclássico, as diferenças de dotações de fatores entre países é o principal determinante das vantagens comparativas. As diferenças de escassez relativa de fatores de produção afetam os custos relativos e, por conseguinte, os padrões de comércio. Conseqüentemente, o teorema neoclássico básico do comércio internacional é que qualquer país tende a exportar mercadorias que usam quantidades relativamente altas de seus fatores de produção mais abundantes. Os padrões de vantagens comparativas são, portanto, determinados pela escassez relativa dos fatores de produção de tal forma que, por exemplo, os países mais ricos em capital tendem a exportar produtos intensivos em capital.

Com relação aos testes empíricos do modelo de Heckscher-Ohlin, o estudo de maior impacto foi realizado por Wassily. Leontief e analisou o comércio internacional dos Estados Unidos9 . Sua análise das exigências de capital e trabalho domésticos das exportações e das importações estadunidenses baseou-se na matriz de insumo-produto da economia norte-americana de 1947 e em uma desagregação de 200 setores de atividades. Nesse estudo ficou claro que as exportações embutiam menos capital por trabalhador que as importações, ou seja, num país industrial, rico em capital, as exportações eram mais intensivas em trabalho que as importações. Este resultado, que era contrário ao esperado do modelo de Heckscher-Ohlin, ficou conhecido como o Paradoxo de Leontief, e estimulou o desenvolvimentos de estudos teóricos e análises empíricas do comércio internacional10 . 4. AS TEORIAS NEOFATORIAIS As teorias do neofatoriais seguem o modelo Heckscher-Ohlin no sentido de que a vantagem comparativa de um país seria o resultado das diferenças internacionais nas dotações de fatores. Este modelo leva em conta, explicitamente, a influência dos recursos naturais e do “capital humano” como determinantes da vantagem comparativa e do comércio internacional. A influência das diferenças nas dotações de recursos naturais é especialmente importante para que se explique os padrões de vantagens comparativas nos produtos intensivos nesses fatores . Estudos empíricos têm tratado também da complementaridade dos recursos naturais com relação aos demais fatores de produção. Além disso, vale a pena observar a influência dos manufaturados intensivas nesses recursos no caso das exportações de países em desenvolvimento. Deve-se levar em conta, entretanto, que há um certo viés na literatura sobre comércio internacional na medida em que ela tende a minimizar a influência dos recursos naturais. Por exemplo: no bem conhecido estudo de Hufbauer, a amostra de 24 países foi escolhida excluindo, explicitamente, aqueles que apresentavam algum grau de especialização em manufaturas baseadas em tais recursos. A hipótese da influência do “capital humano”, associado ao trabalho qualificado, como um determinante importante da vantagem comparativa tem, também, recebido uma atenção especial em estudos empíricos, o que tem gerado evidência em favor desta hipótese . A esta altura vale a pena mencionar que Ricardo

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reconheceu a importância do trabalho qualificado em sua análise do comércio exterior. Nos “Princípios”, ele explicitamente argumentou sobre sua influência nas relações entre o comércio internacional e o valor do dinheiro. Por outro lado, vista no contexto do modelo Heckscher-Ohlin, a inclusão do capital humano nos testes empíricos tem sido particularmente útil para a explicação dos padrões de comércio de países altamente industrializados, nos quais este fator seria relativamente mais abundante do que o capital físico e que o trabalho não-qualificado.

TEORIAS NEOTECNOLÓGICAS

No que respeita à influência da tecnologia no comércio internacional, pode-se mencionar o modelo da “defasagem tecnológica” (technology gap) desenvolvido durante os anos 6016. De acordo com esse modelo, o processo de inovação tecnológica gera vantagens comparativas e influencia o padrão de comércio internacional do país. Por um lado, a criação de vantagens tecnológicas específicas em um dado país faz surgir o comércio; por outro, leva os produtores de fora do país (competidores em potencial), a responderem através da imitação à inovação. Conseqüentemente, o desempenho das exportações basear-se-á nas diferenças de custos comparativos induzidos pela mudança tecnológica e dependerá do tempo em que durar a defasagem para a imitação. A idéia de que padrões de vantagens comparativas possam alterar-se ao longo do tempo foi melhor elaborada no modelo do “ciclo de vida do produto”, no qual, contudo, o foco da análise centra-se na diferenciação de produtos17.Neste modelo, o desempenho das exportações de um país em relação a um produto específico se alterará ao longo do ciclo de vida do produto. O ciclo de vida divide-se em três fases, a saber: inovação, maturidade e padronização. Na primeira, a localização da produção fica confinada aos mercados de altas rendas e substancial capacidade tecnológica substancial e as exportações são orientadas para os países com níveis de renda e gostos similares. Na segunda fase, a produção de uma mercadoria em maturação pode ser direcionada para outros países, na medida em que os custos de produção, como determinantes da competição nos mercados internacionais, começam a ser mais importantes do que as características do bem. Na terceira fase, a produção de um produto padronizado pode até ser transferida para os países nos quais os custos da mão-de-obra são significativamente mais baixos do que os dos locais responsáveis pela inovação. Testes empíricos sobre a influência das variáveis relacionadas à tecnologia sobre os padrões de comércio têm dado suporte a estas teorias. A maioria dos estudos tem tratado dos casos de setores ou países específicos 18.Com relação aos estudos empíricos, vale a pena salientar que “é difícil distinguir-se a evidência que coloca a tecnologia da que coloca o capital humano ou o trabalho qualificado como determinantes do comércio”.

ECONOMIAS DE ESCALA E CONCORRÊNCIA IMPERFEITA

Na abordagem que trata do impacto das economias de escala sobre o comércio internacional, o argumento básico é bem simples: quando as funções de produção exibem retornos de escala crescentes, os padrões de comércio e o desempenho das exportações dependem do tamanho absoluto do mercado doméstico. Conseqüentemente, os países maiores terão vantagens comparativas em setores com economias de escala significativas. Neste sentido, as economias de escala podem ser importantes em produtos finais homogêneos e diferenciados, bem como em bens intermediários, através da especialização intra-setorial. Aqui é importante mencionar que os pioneiros da teoria do comércio internacional (Ohlin, por exemplo) já chamavam a atenção para as influências das economias de escala20. Todavia, em versões simplificadas do modelo neoclássico (de Heckscher-Ohlin), supõe-se que as funções de produção exibam retornos constantes de escala e que os fatores de produção têm uma produtividade marginal decrescente. Também deve ser dito que as economias de escala foram discutidas até como uma variável importante no contexto das exportações de manufaturados dos países em desenvolvimento21. Entretanto, a conclusão básica é que “a pesquisa empírica sobre a importância das economias de escala no padrão do comércio internacional tem tido resultados variados”22 . No passado recente, o argumento das economias de escala tem sido associado

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principalmente com os modelos de comércio baseados em estruturas de mercado imperfeitamente concorrenciais23. Uma das conclusões básicas destes modelos é que “em um mundo no qual os retornos crescentes existem, a vantagem comparativa resultante das diferenças entre os países não é a única razão para a existência do comércio. As economias de escala criam um incentivo adicional e gerarão comércio mesmo se os países forem idênticos em gostos, tecnologias e dotações de fatores” Vale a pena mencionar que a idéia dos retornos crescentes também se relaciona à acumulação de experiência, ou seja, às economias da aprendizagem. A este respeito, economias de escala dinâmicas do tipo “curva de aprendizagem” criam uma vantagem comparativa para uma firma ou setor, que pode afetar a estrutura nacional de vantagens comparativas .

AS TEORIAS PELO LADO DA DEMANDA

A influência da demanda na determinação do comércio internacional foi reconhecida pela escola inglesa de economia clássica 26.Porém, é na análise dos ciclos de negócios e na mais recente literatura sobre comércio que se pode encontrar teorias que tratam da demanda como um importante determinante dos padrões e desempenho do comércio. Primeiramente, pode-se mencionar a hipótese da “pressão de demanda” que tem sido particularmente importante na especificação das funções de exportação. O argumento básico é que a pressão da demanda interna tenderá a deslocar os bens que antes eram destinados ao mercado externo, trazendo-os para si. Neste sentido, o desempenho das exportações e os padrões de comércio dependem do nível de absorção doméstica. No contexto de “excesso” de demanda interna, o desempenho das exportações e a estrutura do comércio exterior dependem não apenas da dotação de fatores, tecnologia, etc., mas também da combinação (mix) e da natureza das medidas de política macroeconômica. Em segundo lugar, a abordagem da “similaridade de preferências” diz que a semelhança de padrões de demanda também pode constituir-se numa base para o comércio. Dado que a renda é desigualmente distribuída no interior de cada país, os consumidores de diferentes níveis terão padrões de demanda diversos, por exemplo, em termos de “qualidade” do produto. Por outro lado, os consumidores com níveis de renda similares, mesmo considerando-se países distintos, tenderão a apresentar padrões de demanda semelhantes. No contexto de economias de escala e mercados de produtos diferenciados, os padrões de demanda superpostos tenderão a gerar diferenças entre países em termos de vantagens comparativas e, portanto, influenciarão o comércio internacional. Finalmente, a terceira teoria de comércio internacional orientada para a demanda está relacionada à diferenciação de atributos ou características dos produtos. De acordo com esta visão, os consumidores maximizariam uma função objetivo cujos elementos seriam as características dos bens e não sua quantidade, dada a restrição orçamentária. Conseqüentemente, a quantidade de bens consumidos seria determinada através da maximização de uma função utilidade composta das características ou atributos dos bens. Dadas as difusões de gostos semelhantes entre países, as diferenças entre estes com relação ao tamanho de seus mercados e os retornos crescentes de escala, pode ser que os consumidores de determinado país demandem bens que incorporem um conjunto de atributos que só podem ser produzidos eficientemente e a um baixo custo em algum outro país. Portanto, a diversidade de preferências em relação aos atributos dentro de cada país pode criar uma certa base para comércio internacional.

Marketing e logística internacional

Atualmente, graças ao grande longo alcance do marketing, o conhecimento sobre produtos e

atividades tomou proporções internacionais. Para suprir essa demanda, é necessário um

eficiente serviço de logística, sendo fundamental a integração entre essas duas áreas para o

sucesso de um produto ou empresa.A dificuldade dessa integração está no descompasso entre

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essas duas áreas, já que o marketing é movido pela velocidade, que se tornou mais alcançável

pelo advento da internet e mídias sociais, enquanto a logística conta com muitas restrições

físicas e temporais, como transito e esgotamento de produtos. Assim, para haver uma

integração perfeita é preciso que a logística seja mais estratégica, aliando-se ao marketing e a

todas as áreas de sua organização, garantindo maior eficácia, a fim de alavancar a qualidade e

confiabilidade do produto.A busca pela produtividade levou as empresas à especialização das

tarefas, o que no decorrer dos anos deu  origem  a  departamentalização.  Esta  promove  em 

muitos  casos  o  aumento  do  seu  próprio desempenho, esquecendo-se, no entanto, que é

necessário melhorar o conjunto de  toda a empresa. A condição para que seja possível

alcançar um desempenho superior é que o produto seja bem aceito no mercado e, portanto, é

preciso que os consumidores percebam uma clara vantagem na sua compra. A esta condição

dá-se o nome de valor, que pode ainda ser definido como a relação entre os benefícios

recebidos e os custos totais incorridos. Tomando-se a necessidade que a empresa tem de

gerar lucro e prosperar,  juntamente  com  o  fato  de  que  isto  somente  irá  ocorrer  se  ela 

oferecer continuamente produtos/serviços com alta percepção de valor, chega-se a 

importância que o marketing e a  logística têm em desempenhar este papel. O primeiro é

fundamental na definição de estratégias que  tornem o produto desejado e consumido. Para

que o segundo ocorra, a logística deve disponibilizar este produto no local e no momento em

que o cliente mais o desejar. Assim, as duas áreas devem agir em conjunto, pois possuem forte

influência sobre como o produto é percebido no mercado. Para isto propõe-se que a logística

deva assumir um papel mais efetivo, de forma a colaborar com a área de marketing e, através

da  gestão  de  estoques,  flexibilização  da  cadeia  de  suprimentos  e  benchmarking, 

possibilitar  a conquista de clientes e maiores lucros.

A globalização dos mercados

A globalização, que é o conjunto das transformações de ordem econômica, política e social,

vem ocorrendo no mundo todo nas últimas décadas. 

Ela está centralizada na integração dos mercados, e os países acabam abrindo-se ao comércio

e ao capital internacional.

O processo de globalização vem acompanhado de uma intensa mudança tecnológica, e as

informações estão ao alcance de todos os povos através de computadores (internet), telefone,

celulares, TV digital, fazendo com que haja uma homogeneização cultural entre os países.

Com a globalização, ocorreram profundas mudanças e o conhecimento se expandiu. 

Nos últimos tempos, saímos de uma economia baseada em indústrias e entramos numa

economia baseada em informações.A quantidade de informações disponíveis através dos

meios de comunicações é muito grande, mas é necessário saber selecionar onde devemos

investir nosso tempo, visando o nosso crescimento profissional e intelectual.

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Diante desta nova realidade, cada vez mais os clientes exigem produtos e serviços rápidos,

aliados à qualidade e preços competitivos, e as empresas buscam adequar-se para se

tornarem mais competitivas.

Por isso, investem em novas tecnologias e mudanças nos processos de trabalhos até hoje

utilizados, e assim, o profissional se torna o sujeito e o objeto da mudança e precisa se esforçar

para melhorar o desempenho e a qualidade do trabalho realizado, sem se descuidar da

produtividade.

A Macroeconomia

A Macroeconomia estuda a economia como um todo, analisando a determinação e o

comportamento de grandes agregados, tais como: renda e produto nacionais, nível geral de

preços, emprego e desemprego, estoque de moeda e taxas e juros, balança de pagamentos e

de câmbio.

Ao estudar e procurar relacionar os grandes agregados, a Macroeconomia negligencia o

comportamento das unidades econômicas individuais e de mercados específicos. Como já

vimos anteriormente, estas são preocupações da Microeconomia. A Macroeconomia trata o

mercado de bens e serviços como um todo (agregando produtos agrícolas, industriais e

serviços de transporte, por exemplo), assim como o mercado de trabalho (não se preocupando

com diferenças na qualificação, sexo, idade, origem da força de trabalho etc.).

Esse enfoque mais agregativo pode omitir fatores específicos importantes. Por exemplo,

quando consideramos apenas o nível geral de preços, não atentamos devidamente para o

comportamento diferenciado das variações de preços de produtos relevantes, como preços

agrícolas, construção civil etc.

Apesar disso, a abordagem global tem a vantagem de estabelecer relações entre grandes

agregados, e permite uma compreensão maior de algumas das interações mais relevantes da

economia, entre os mercados de bens e serviços, o mercado monetário e o mercado de

trabalho, representando assim um importante instrumento para a política e a programação

econômica.

Entretanto, embora exista um aparente constraste, não há um conflito entre a Micro e a

Macroeconomia, uma vez que o conjunto da economia é a soma de seus mercados individuais.

A diferença é primordialmente uma questão de ênfase, de enfoque. Ao estudar a determinação

de preços numa indústria, na Microeconomia consideram-se constantes os preços das outras

indústrias (a hipótese de coereris paribus). Na Macroeconomia estuda-se o nível geral de

preços ignorando-se as mudanças de preços relativos dos bens das diferentes indústrias.

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A Teoria Macroeconômica propriamente dita preocupa-se mais com aspectos de curto prazo.

Especificamente, preocupa-se com questões como o desemprego, que aparece sempre que a

economia está trabalhando abaixo de seu máximo de produção, e com as implicações sobre os

vários merçados quando se alcança a estabilização do nível geral de preços.

A parte da Teoria Econômica que estuda questões de longo prazo é denominada Teoria do

Crescimento Econômico. Analisa também os grandes agregados, mas com um enfoque um

pouco diferenciado, preocupando-se com questões como progresso tecnológico, abertura

comercial, estratégias de crescimento etc., numa visão de longo prazo.

O setor externo da economia brasileira, suas crises e seu crescimento

Dentre os vários desequilíbrios enfrentados pelo Brasil neste início de segundo governo Dilma, os problemas do setor externo têm sido descritos, em geral, de maneira convencional. Um longo período de apreciação cambial e crescimento, concomitante com um ciclo de alta nas commodities, gerando elevados déficits em Conta Corrente, cobertos por fluxos voláteis de financiamento.Com a expansão do déficit, a queda nas commodities e as perspectivas de subida dos juros nos Estados Unidos, estaria no nosso horizonte um filme muitas vezes já visto, uma crise cambial clássica (i.e., incapacidade de fechar o Balanço de Pagamentos, desvalorização descontrolada, constrangimentos adicionais ao crescimento, FMI etc.). Com a forte correção no valor da moeda estrangeira desde o fim de 2014, sempre conforme o raciocínio predominante, um ajuste no setor externo puxado pelas exportações líquidas estaria contratado.

Este texto resume de maneira simplificada as ideias desenvolvidas em Biancarelli (2015) (1) que, na sequência de alguns outros trabalhos, formam uma visão alternativa ou dissidente. Tal leitura não compartilha nem do fatalismo da visão predominante quanto ao passado e presente, nem do otimismo quanto ao futuro exportador. São quatro os argumentos mais importantes.

O primeiro deles diz respeito ao cenário internacional. Entende-se que a crise financeira (com ápice no fim de 2008) desmontou o cenário de “bonança” no setor externo para países como o Brasil – marcado por fortes fluxos privados de capital e melhora nos termos de troca, pela alta histórica nos preços de commodities – mas não o substituiu pelo seu exato oposto. O pós-crise é e deve continuar sendo muito mais adverso, mas é diferente de outros momentos de dificuldade.

Há muita volatilidade financeira, mas não propriamente seca na liquidez internacional, por conta do caráter inusitadamente expansionista das políticas monetárias nos países centrais – que devem prosseguir assim, a despeito de alguma elevação no juro básico americano no futuro próximo.

As cotações de commodities, também alimentadas pela especulação financeira, voltam a subir depois da crise, e só a partir de 2014 revertem gradualmente sua trajetória. Mais importante, o comércio global tem muita dificuldade de retomar o seu dinamismo, e a agressividade chinesa (em busca de compensar o menor dinamismo da demanda americana) dificulta qualquer pretensão de crescimento puxado pelas exportações.

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O segundo argumento, neste contexto, é sobre as causas e possibilidades de reversão no déficit em Conta Corrente. O seu comportamento (que pelos números antigos do Balanço de Pagamentos é de deterioração em etapas desde 2007, chegando a mais de 4% do PIB em 2014) é preocupante em si. Ainda mais nos últimos quatro anos, quando se combinaram baixo crescimento e reversão parcial da apreciação cambial – fenômenos em geral associados a uma melhora nesta grande conta.

Aparentemente, o déficit responde muito mais a fatores estruturais, relativos aos processos longos em curso na estrutura produtiva, do que à macroeconomia em geral, e ao câmbio em particular.

Se é assim, soam muito otimistas as previsões de reversão significativa deste déficit com os novos dados macroeconômicos brasileiros (recessão e câmbio bem mais alto). Menos realistas ainda são as esperanças de retomada do crescimento puxado pelas exportações, dadas as características atuais do comércio global e a pauta exportadora brasileira.

Em um futuro mais longo, a depender de muitos fatores, a elevação das exportações de petróleo com a plena exploração do pré-sal pode melhorar de maneira mais estrutural nosso balanço de bens.

No entanto, este quadro mais permanente de elevados déficits correntes não deu origem a crises externas, e isto pode não ser uma questão de tempo. Aqui está o terceiro argumento: parece ter-se elevado a capacidade do Brasil para conviver com estes déficits. Ou, no sentido contrário, nossa capacidade para atrair financiamento se elevou de maneira mais permanente.

Comércio Internacional

A expressão Comércio Internacional designa o conjunto de fluxos de mercadorias que são objecto de troca entre os diferentes espaços económicos nacionais, sendo medido pelo total das exportações mundiais. No seu sentido mais amplo, além das mercadorias, podem ser também considerados os fluxos de serviços.

São várias as formas de avaliação quantitativa do comércio internacional, entre elas o saldo da balança comercial(diferença entre as exportações e as importações), a taxa de cobertura (coeficiente entre as exportações e as importações), o esforço de exportação (exportações medidas em percentagem do PIB) e taxa de penetração (importações medidas em percentagem da procura interna).

A teoria económica propõe diversas explicações para a existência de comércio internacional: a primeira e mais óbvia é a existência de diferenças nas dotações de factores produtivos; a outra é a existência de diferenças tecnológicas e a consequente possibilidade de especialização. No modelo de Ricardo, demonstra-se que as diferenças de dotação defactores produtivos e de tecnologias leva à existência de vantagens relativas entre os países, conduzindo àespecialização e aos ganhos de comércio.

A comercialização de produtos entre nações está relacionada às questões de crescimento e desenvolvimento econômico no que se refere ao conceito de economia, envolvendo a formação, acumulação, distribuição e consumo das riquezas produzidas. A existência de

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atividades de comercialização entre nações tem como pressuposto a existência de especializações na produção motivada pela divisão do trabalho em nível internacional e pela propriedade natural que as nações possuem de trocar as mercadorias que cada uma produz pelas que não pode produzir com o objetivo de obter vantagens econômicas.

Marketing e logística internacional

A logística do transporte internacional é fundamental para o sucesso nas operações de

importação ou exportação. Dentro dos diversos elementos da logística, a definição da

modalidade e via de transporte é um dos pontos básicos. Para a correta escolha, deverão ser

observados critérios como: urgência da entrega, custos de transporte, localização geográfica

do exportador e importador, segurança, etc. Quanto melhor a infraestrutura de portos,

aeroportos, rodovias e ferrovias de um país, mais facilmente ele comercializará seus produtos

no mercado globalizado. Estruturas deficientes trazem aumento de custos, perdas de

produção, atrasos na entrega e não raras vezes, inviabilizam as operações de compra e venda

internacional.

Logística Internacional é o ramo da Logística cujo objetivo principal é melhorar a importância

dos "sistemas logísticos externos" que ligam o fabricante aos seus parceiros da rede industrial,

como fornecedores, transportadores e operadores.

As redes logísticas estão se tornando cada vez mais internacionais. À medida que a

competição se intensifica, as empresas estão descobrindo que precisam compartilhar

economias e competências em áreas como pesquisa e desenvolvimento, qualidade

assegurada e logística.À medida que as redes logísticas se tornam mais abrangentes,

restrições geográficas, legislações, dificuldades financeiras e culturais surgem, particularmente

com os processos Just-in-Time. Ao mesmo tempo que o mercado único está ajudando a

harmonizar, as barreiras geográficas vêm sendo superadas pela concentração de

fornecedores-chave próximos das fábrica.

Bibliografia

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https://jacielrodrigues.wordpress.com/2009/10/13/principais-teorias-de-comercio-internacional/

http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/os-beneficios-da-logistica-e-marketing-global-nas-organizacoes-brasileiras/47076/

http://www.webartigos.com/artigos/o-desempenho-atual-do-setor-externo-da-economia-brasileira/131063/

http://www.procomex.com.br/comercio-internacional-brasileiro-panorama/