gestÃo de custos e preÇos - aula 2 · •o objetivo da aula 2 é apresentar a conceituação e...
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APRESENTAÇÃO DO PROFESSOR CONTEUDISTA
Raissa Alvares de Matos Miranda é
contadora e mestre em Engenharia de
Produção.
OBJETIVO DA DISCIPLINA E DAS AULAS
• O objetivo da aula da disciplina é apresentar
como o conhecimento da estrutura de custos é
importante para a tomada de decisões.
• O objetivo da aula 2 é apresentar a
conceituação e cálculos pertinentes dos custos
para a tomada de decisão.
RESUMO DO CONTEÚDO GERAL
Custos para decisão:
– Análise custo, volume e lucro;
– Ponto de equilíbrio;
– Alavancagem empresarial;
– Decisões que afetam o ponto de equilíbrio e as
restrições de capacidade.
LEITURA FUNDAMENTAL
• MIRANDA, Raissa Alvares de Matos. Custos
para Decisão. Departamento de Pós-Graduação
e Extensão. Valinhos, SP: Anhanguera
Educacional, 2010.
INTRODUÇÃO
• Conceitos de margem de contribuição;
• Cálculo da margem de contribuição;
• Exemplo em uma empresa industrial.
• Conceitos e cálculo da margem de contribuição;
• Exemplos de cálculo e tomada de decisão
quando a empresa estiver operando abaixo do
limite da capacidade ou ainda não existirem
fatores que possam limitar sua produção.
CONTEÚDO DA AULA
• Entendimento e conhecimento prévio dos
conceitos e classificação de custos;
• Entendimento e conhecimento prévio dos
sistemas de custeio;
• Informações da contabilidade de custos pelas
normas fiscais.
CUSTOS PARA DECISÃO
• Utilização de conceitos diferentes de custo
para a gestão empresarial;
• Custeio tradicional X Custeio
contemporâneo;
• Uso da contabilidade gerencial.
CUSTOS PARA DECISÃO
• Margem de Contribuição (MC) – utilizada no sistema
de custeio variável;
• Na produção: custos inevitáveis - custos variáveis;
• Na venda: despesas inevitáveis – despesas variáveis;
• Custos e despesas variáveis – variam de acordo com a
quantidade produzida e vendida, respectivamente.
CONCEITUAÇÃO
• Margem de Contribuição:
–é o quanto sobra do preço de venda
estabelecido após a dedução dos
custos e despesas gerados pelos
produtos e/ou serviços, ou seja, os
custos variáveis.
CONCEITUAÇÃO
• Para que haja lucro com a produção e venda do
serviço, os custos e despesas fixas devem ser
menores que a margem de contribuição dos
produtos e/ou serviços vendidos.
• a MC é o quanto resta do preço de venda
menos os custos e despesas variáveis para
cobrir os custos e despesas fixas.
CONCEITUAÇÃO
CONCEITUAÇÃO
Custo tradicional
por absorção –
lucro por
produto.
Custo Variável -
margem de
contribuição por
produto.
X
• Para o cálculo da margem de contribuição, basta tomar
o preço de venda e deduzir os custos e despesas
variáveis.
MC = PV - (CV+DV)
MC – Margem de Contribuição
PV – Preço de Venda
CV – Custos Variáveis
DV – Despesas Variáveis
CÁLCULO
EXEMPLO
Dados da fábrica de chocolate – custos diretos:
Dados Chocolate ao
leite
Chocolate cacau Total
MOD (horas) 120 100 220
Açúcar (em kg) 1.500 500 2.000
Chocolate puro (em kg) 4.500 7.000 11.500
Leite em litros 3.500 1.500 5.000
Unidades produzidas 4.000 2.000 6.000
Custos Material Direto
Custo por hora de MOD R$ 30,00
Açúcar por kg R$ 0,65
Chocolate puro por kg R$ 8,00
Leite por Litro R$ 3,50
Cálculos dos custos diretos variáveis:
EXEMPLO
Custos diretos Custos diretos Chocolate cacau Total
MOD (horas) R$ 3.600,00 R$ 3.000,00 R$ 6.600
Açúcar R$ 975,00 R$ 325,00 R$ 1.300
Chocolate puro R$ 36.000,00 R$ 56.000,00 R$ 92.000
Leite R$ 12.250,00 R$ 5.250,00 R$ 17.500
R$ 52.825,00 R$ 64.575,00 R$ 117.400
Unidades
produzidas4.000 2.000 6.000
Custo Variável por
UnidadeR$ 13,21 R$ 32,29 -
Cálculos dos custos indiretos:
EXEMPLO
Descrição dos
Gastos
Indiretos
Fixos Variáveis Total
Salário dos
supervisores de
produção
R$ 20.000,00-
R$ 20.000,00
Depreciação R$ 23.000,00 - R$ 23.000,00
Materiais
indiretosR$ 4.000,00 R$ 6.000,00 R$ 10.000,00
Total R$ 47.000,00 R$ 6.000,00 R$ 53.000,00
Cálculos dos custos indiretos variáveis:
Para este exemplo, são custos indiretos variáveis os
materiais indiretos. Assim, deve-se dividir o valor dos
custos variáveis indiretos (R$ 6.000) pela produção total,
que é de 6.000 unidades.
EXEMPLO
Chocolate ao leite Chocolate cacau
Materiais Diretos R$ 1,00 R$ 1,00
Cálculos das despesas variáveis:
EXEMPLO
Despesas do
mêsFixas Variáveis Total
AdministrativasR$ 7.000,00 R$ 3.000,00 R$ 10.000
VendasR$ 3.000,00 R$ 6.000,00 R$ 9.000
FinanceirasR$ 5.000,00 - R$ 5.000
TotalR$ 15.000,00 R$ 9.000,00 R$ 24.000
Cálculos das despesas variáveis:
Faz-se o mesmo procedimento com as
despesas.
EXEMPLO
AdministrativasChocolate ao leite Chocolate cacau
R$ 0,50 R$ 0,50
VendasR$ 1,00 R$ 1,00
Aplica-se a fórmula da Margem de Contribuição:
MC = PV – (CV+DV)
O preço de venda é de R$ 45,00 para o chocolate ao leite e
R$ 70,00 para o chocolate cacau.
EXEMPLO
Chocolate ao leite Chocolate cacau
Preço de Venda Unitário R$ 45,00 R$ 70,00
Custos Diretos Unitários R$ 13,21 R$ 32,29
Custos Indiretos variáveis
Unitários
R$ 1,00 R$ 1,00
Despesas Variáveis R$ 1,50 R$ 1,50
Margem de Contribuição
Unitária
R$ 29,29 R$ 35,21
• Como a MC do chocolate cacau é de R$ 35,21,
ele deve ser o produto incentivado na produção
e na venda para que se aumente a margem de
contribuição total e, conseqüentemente, o lucro
do período, desde que não haja nenhuma
restrição de produção. Este fato será visto na
seção III desta aula.
CONCLUSÃO DO EXEMPLO
• Supondo que os preços de venda do chocolate ao leite e
chocolate cacau sejam, respectivamente, R$ 45,00 e R$
34,00, tem-se as seguintes MC:
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO - NEGATIVA
Chocolate ao leite Chocolate cacau
Preço de Venda Unitário R$ 45,00 R$ 34,00
Custos diretos Unitários R$ 13,21 R$ 32,29
Custos Indiretos variáveis
Unitários
R$ 1,00 R$ 1,00
Despesas variáveis R$ 1,50 R$ 1,50
Margem de contribuição
unitária
R$ 29,29 (R$ 0,79)
• Assim, ao verificar que existe uma
margem negativa, é necessário verificar o
preço de venda praticado no mercado se
é condizente com o produto.
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO - NEGATIVA
• Ou verificar a formação dos custos dos
produtos. Porque, nesta condição, um
produto pode estar cobrindo a MC
negativa do outro e ainda os custos e
despesas fixas.
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO - NEGATIVA
• Ao analisar as questões envolvidas na situação
de margem de contribuição negativa, caso a
condição de operar esteja abaixo do limite da
capacidade ou ainda não existam fatores que
possam limitar sua produção, deve-se repensar
a produção e o incentivo do produto com MC
negativa.
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO - NEGATIVA
• Por vezes, é interessante manter a produção mesmo
com MC negativa, pois os produtos podem ser
complementares na venda.
• A margem de contribuição oferece informações bastante
relevantes para a tomada de decisão, principalmente
quando existe um mix de produtos, pois muitas vezes
um produto vende devido à existência de outro.
CONCLUSÃO
• Não só as áreas de controladoria e gestão
contábil devem conhecer seu conceito. Ele é
bastante importante para as áreas de vendas e
marketing.
• Muitas vezes este conceito não é disseminado
pela empresa, por diversos fatores.
CONCLUSÃO
• A margem de contribuição pode sofrer
alterações devido às restrições de produção.
Este fato é visto na seção III desta aula.
• Os dados utilizados para cálculo da margem
de contribuição vêm das informações da
contabilidade de custos. Porém, esta apuração
não é utilizado pelo fisco.
CONCLUSÃO
• AQUINO, A. C. B. de; MÁRIO, P. do C.; CARDOSO,R. L.
Contabilidade gerencial: mensuração, monitoramento e incentivos.
9ª ed. São Paulo: Atlas, 2007.
• BRUNI, Adriano Leal; FAMÁ, Rubens. Gestão de custos e formação
de preço. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 2008.
• GOLDRATT, E. M.; COX, J. A meta. 2ª ed. São Paulo: Nobel, 2003.
• MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 9ª ed. São Paulo: Atlas,
2006.
REFERÊNCIAS E CONSULTAS BIBLIOGRÁFICAS
INTRODUÇÃO
• ALAVANCAGEM EMPRESARIAL;
• ANÁLISE DE CUSTO-VOLUME-LUCRO;
• PONTO DE EQUILÍBRIO (BREAK EVEN
POINT).
• Conceitos e cálculo da alavancagem
empresarial;
• Análise do custo, volume e lucro e suas
variações;
• Ponto de equilíbrio contábil, econômico e
financeiro.
CONTEÚDO DA AULA
• Conhecer efetivamente os conceitos de custo e
identificá-los na operação da empresa e,
principalmente, saber separá-los.
• Entender como o custo se altera de acordo com
o volume de produção, comercialização ou
prestação do serviço para que se compreenda o
impacto causado por esta analogia no lucro
gerado pelas operações.
ANÁLISE CUSTO X VOLUME X LUCRO
• Para melhor visualização de como a análise
pode ser feita, utiliza-se o exemplo da fábrica de
chocolate nas seguintes condições: os valores
de produção rotineira da empresa, ou seja, a
produção normal que é produzida e vendida
todos os meses são 4.000 unidades de
chocolate ao leite (P1) e 2.000 de chocolate
cacau (P2).
ANÁLISE CUSTO X VOLUME X LUCRO
ANÁLISE CUSTO X VOLUME X LUCRO
• Gastos relativos às quantidades produzidas e vendidas anteriormente citadas.
UnitárioChocolate ao
leite
Chocolate
cacauTotais
Chocolate ao
leite
Chocolate
cacauTotais
Unidades
Produzidas e
Vendidas
4.000 2.000 6.000
Preço de Venda R$ 45,00 R$ 70,00 Receita R$ 180.000,00 R$ 140.000,00 R$ 320.000,00
Custos Diretos R$ 13,21 R$ 32,29 Custos Diretos R$ 52.825,00 R$ 64.580,00 R$ 117.400,00
Custos Indiretos
VariáveisR$ 1,00 R$ 1,00
Custos Indiretos
VariáveisR$ 4.000,00 R$ 2.000,00 R$ 6.000,00
Despesas Variáveis R$ 1,50 R$ 1,50Despesas
VariáveisR$ 6.000,00 R$ 3.000,00 R$ 9.000,00
Custos Indiretos Fixos - -Custos Indiretos
FixosR$ 47.000,00
Despesas Fixas - - Despesas Fixas R$ 15.000,00
Resultado R$ 125.600,00
Análise custo x volume X lucro
• Caso a produção sofresse variação de quantidade produzida, qual seria a
variação dos gastos e do lucro?
Simulação 1 Simulação 2 Simulação 3 Simulação 4 Simulação 5
P1 P2 P1 P2 P1 P2 P1 P2 P1 P2
Variação na quantidade de
produção50% 50% 100% 100% 50% 100% 100% 50% -10% -10%
Receitas 50% 50% 100% 100% 50% 100% 100% 50% -10% -10%
Custos Diretos 50% 50% 100% 100% 50% 100% 100% 50% -10% -10%
Custos Indiretos Variáveis 50% 50% 100% 100% 50% 100% 100% 50% -10% -10%
Despesas Variáveis 50% 50% 100% 100% 50% 100% 100% 50% -10% -10%
Custos Indiretos Fixos Totais 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%
Despesas Fixas Totais 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%
Gastos Fixos Unitários -33% -50,00% -40,00% -45,5% 11%
Resultado 74,68% 149,36% 102,72 121,33% -15%
ANÁLISE CUSTO X VOLUME X LUCRO
• Quando se altera somente a quantidade
produzida, nota-se que logicamente os gastos
variáveis sofrem variação igual.
• Porém, os gastos fixos diminuem à medida que
a produção e venda aumentam, pois eles se
distribuem entre a produção. Assim o resultado
também se altera.
ANÁLISE CUSTO X VOLUME X LUCRO
• Pode-se também fazer a simulação modificando o
preço de venda ou mesmo os gastos fixos, porque
os gastos variáveis não se alterariam,
diferentemente da quantidade produzida e vendida.
• Cada variação haverá uma análise diferente para a
tomada de decisão, não esquecendo as variações
do ambiente externo.
PONTO DE EQUILÍBRIO
• Exemplo: Fábrica de Chocolate – suposição que a fábrica produza um
único tipo de chocolate.
• Dados para o cálculo:
Chocolate
ao Leite
Unidades Produzidas e Vendidas
Preço de Venda Unitário R$ 45,00
Custos Diretos Unitários R$ 13,21
Custos Indiretos Variáveis Unitários R$ 1,00
Despesas Variáveis R$ 1,50
Custos Indiretos Fixos R$ 37.000,00
Despesas Fixas R$ 10.000,00
Resultado
PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL
• Receitas totais = Preço de venda X quantidade
• Gastos totais (custos e despesas) = (Gastos
variáveis X quantidade) + Gastos fixos.
• Portanto, receitas totais = Gastos totais, no
ponto de equilíbrio, e o ponto de equilíbrio
chamado contábil (PEC).
Ponto de equilíbrio contábil
VariáveisGastosVendadeeço
FixosGastosPEC
Pr
)50,1$00,1$21,13$(00,45$
00,000.47$
RRRR
RPEC
PEC = 1.604,44 unidades ou 1.605
• Lucro de R$ 16,47 não é zero, mas é próximo a isso.
Ponto de equilíbrio de econômico
• Leva-se em consideração o retorno esperado pelos acionistas de
um lucro mínimo desejado, por exemplo.
• Utiliza-se os mesmos dados e soma-se aos gastos fixos o valor
desejado de retorno, o que consequentemente aumentará a
quantidade a ser produzida para que o lucro contábil seja zero e
ainda “sobre” um ganho esperado, por exemplo, de R$ 10.000,00.
Ponto de equilíbrio de econômico
PEE = 1.945,81 unidades, o que na prática seriam 1.946 unidades.
)50,1$00,1$21,13$(00,45$
00,000.10$00,000.47$
RRRR
RRPEE
VariáveisGastosVendadeeço
esperadofixoGanhoFixosGastosPEE
Pr
Ponto de equilíbrio de financeiro
• O que é levado em consideração para cálculo
do ponto de equilíbrio financeiro é o montante
de gastos fixos que não refletem desembolso
efetivo da empresa, como, por exemplo, a
depreciação, amortização ou exaustão.
Ponto de equilíbrio de financeiro
• O que é levado em consideração para cálculo do ponto
de equilíbrio financeiro é o montante de gastos fixos que
não refletem desembolso efetivo da empresa, como, por
exemplo, a depreciação, amortização ou exaustão.
• Ao calcular o ponto de equilíbrio financeiro, elimina-se
dos gastos fixos, todos aqueles que não são
desembolsáveis e que não afetem financeiramente o
resultado da empresa.
Ponto de equilíbrio de financeiro
PEF = 1.365,48 unidades, o que na prática seriam 1.366 unidades.
VariáveisGastosVendadeeço
veisdesenbolsánãoGastosFixosGastosPEF
Pr
• Suponha que dos R$ 47.000 de gastos fixos, R$ 7.000 sejam
devido à depreciação de equipamentos.
)50,1$00,1$21,13$(00,45$
00,000.7$00,000.47$
RRRR
RRPEF
Ponto de equilíbrio de financeiro
• Nota-se que, para considerar o PEF, supôs-se que todas
as receitas foram recebidas e todos os gastos foram
pagos, exceto a parte relativa à depreciação. Para uma
melhor análise do PEF, devem-se ponderar os esforços
financeiros utilizados pela empresa para mantê-la em
operação e se todas as receitas foram recebidas e todos
os gastos foram pagos.
Análise do ponto de equilíbrio
• Outra análise importante no ponto de equilíbrio é como o aumento
de gastos fixos pode impactar no novo PEC da empresa e,
consequentemente, nos demais. Caso 60% dos gastos fixos forem
compostos da folha de pagamento, e supondo que é previsto um
aumento salarial de 15%, os gastos fixos teriam um acréscimo de
9% (15% X 60%). Este acréscimo levaria os R$ 47.000 – do
exemplo da fábrica de chocolate, ainda levando em consideração
somente o chocolate ao leite – para R$ 51.230,00.
Análise do ponto de equilíbrio
• De tal modo que levaria os pontos de equilíbrio aos seguintes
valores, tomando por base os mesmos parâmetros anteriores,
– PEC = 1.749 unidades,
– PEE = 2.091 unidades e
– PEF = 1.510 unidades.
• Ocasionando um aumento também de
9% no PEC, 7,5% no PEE e 10,58% no PEF.
Limitações da análise do ponto de equilíbrio
• 1) Com relação aos gastos fixos, conforme observado no
método gráfico do ponto de equilíbrio, estes se apresentam
como uma paralela ao eixo horizontal do sistema, o que
leva a interpretação de que esses gastos permanecem
constantes.
• 2) Com relação ao gasto variável-volume: O gasto variável
unitário permanece o mesmo, independente do nível de
produção. Será que o custo variável nunca muda?
Limitações da análise do ponto de equilíbrio
• 3) Com relação ao preço de venda: Os preços de venda
permanecem constantes, ou seja, as receitas evoluem
também linearmente. As empresas vendem seus
produtos por um único valor?
• 4) Com relação ao número de produtos: O modelo era
apenas o ponto de equilíbrio de um único produto,
realidade pouco provável na maioria das empresas.
Alavancagem empresarial
• É o mesmo que a alavancagem operacional.
Estes conceitos estão ligados aos gastos fixos
totais, que podem se transformar em riscos para
a empresa, e a alavancagem empresarial mede
o impacto destes riscos.
Alavancagem empresarial
• Exemplo da fábrica de chocolates, ainda levando em
consideração que a fábrica esteja fabricando um único
tipo de chocolate.
• Supondo que ela produza 4.000 unidades no período e
que seu PEC seja de 1.605 unidades. Esta fábrica opera
com 2.395 unidades a mais, tendo assim uma margem
de segurança de 49,22%.
Margem de segurança
atuaisceitas
equilíbriodepontonoceitasAtuaisceitasMSSegurançadeemM
Re
ReRe)(arg
VendidaQuantidade
equiíbriodepontonoQuantidadeVendidaQuantidadeMSSegurançadeemM
)(arg
ou:
• Margem de segurança é o percentual que a empresa poderá reduzir
seu lucro sem entrar na faixa de prejuízo.
Alavancagem empresarial
• O lucro teria um aumento de 33,40%, o que significa um aumento de 1,67 vezes em
relação ao habitual da fábrica no período.
vendidaquantidadenapercentualVariação
lucrodopercentualVariação
GAOlOperaciona
mAlavancagedeGrau
)(
UnitárioChocolate ao
leiteTotal
Chocolate ao
leite
Chocolate ao
leiteVariação
Unidades produzidas e
Vendidas4.000 4.800 20,00%
Preço de Venda R$ 45,00 Receita R$ 180.000,00 R$ 216.000,00 20,00%
Custos Diretos R$ 13,21 Custos Diretos R$ 52.825,00 R$ 63.390,00 20,00%
Custos Indiretos Variáveis R$ 1,00 Custos Indiretos Variáveis R$ 4.000,00 R$ 4.800,00 20,00%
Despesas Variáveis R$ 1,50 Despesas Variáveis R$ 6.000,00 R$ 7.200,00 20,00%
Custos Indiretos Fixos R$ 37.000,00 Custos Indiretos Fixos R$ 37.000,00 R$ 37.000,00 0,00%
Despesas Fixas R$ 10.000,00 Despesas Fixas R$ 10.000,00 R$ 10.000,00 0,00%
Resultado Resultado R$ 70.175,00 R$ 93.610,00 33,40%
Conclusão
• Os instrumentos de análise de custo, volume e
lucro fornecem apoios necessários para a
tomada de decisão, o que é importante
conhecer a estrutura de custos da empresa e
quando e qual indicador utilizar para
determinada situação.
• AQUINO, A. C. B. de; MÁRIO, P. do C.; CARDOSO,R. L.
Contabilidade gerencial: mensuração, monitoramento e incentivos.
9ª ed. São Paulo: Atlas, 2007.
• BRUNI, Adriano Leal; FAMÁ, Rubens. Gestão de custos e formação
de preço. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 2008.
• GOLDRATT, E. M.; COX, J. A meta. 2ª ed. São Paulo: Nobel, 2003
• MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 9ª ed. São Paulo: Atlas,
2006.
Referências e Consultas Bibliográficas
INTRODUÇÃO
• CUSTOS PARA ANÁLISE:
–DECISÕES QUE AFETAM O PONTO
DE EQUILÍBRIO;
–AS RESTRIÇÕES DE CAPACIDADE.
• Análise do ponto de equilíbrio e algumas
variações.
• Restrições da capacidade de produção –
teoria das restrições.
• Conclusão da aula.
CONTEÚDO DA AULA
• O ponto de equilíbrio é encontrado através da
intersecção das informações dos gastos fixos e
variáveis de um produto e seu preço de venda.
• No dia-a-dia dos negócios, estes valores
tendem a ter variações, para cima ou para
baixo, em função de diversos fatores
econômicos e comerciais.
FATORES QUE AFETAM O PONTO DE EQUILÍBRIO
• Para entender como estas variações afetam o
ponto de equilíbrio, usaremos como exemplo
uma empresa que têm as seguintes
características: Preço de venda = R$200,00;
Gastos fixos = R$900,00, Custo variável por
unidade vendida = R$50. Nessa situação
teríamos um ponto de equilíbrio de 6 unidades
vendidas com R$1.200 de faturamento.
Fatores que afetam o ponto de equilíbrio
• Imagine agora que o gestor dessa empresa
acredita que pode vender seu produto por um
preço maior, mas para um público diferenciado.
Para isso, aumentaria seu preço de venda em
15%, o que faria com que seu preço de venda
passasse a ser de R$230. Nessas condições
será necessário apenas vender cinco unidades,
tendo um faturamento de R$1.150.
Fatores que afetam o ponto de equilíbrio
• Aumento do Preço de Venda:
Fatores que afetam o ponto de equilíbrio
0
500
1000
1500
2000
2500
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Quantidade
Em
reais
Gastos Fixos Receita Custo total
• Uma outra situação que pode afetar o gestor é
um aumento de seus custos. Imaginando uma
situação em que os custos variáveis aumentem
100%, passando a ser de R$100 por unidade, e
o gestor não conseguira aumentar o preço de
vendas, qual seria seu novo ponto de equilíbrio?
Fatores que afetam o ponto de equilíbrio
• Aumento dos custos variáveis:
Fatores que afetam o ponto de equilíbrio
0
500
1000
1500
2000
2500
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Quantidade
Em
Reais
Gastos Fixos Receita Custo total
• Princípio inicial: quando a margem de
contribuição de um produto for maior que
a de outro, a produção e venda deste
produto deve ser incentivada.
• Quanto maior a venda desse produto,
maior o resultado com as vendas.
LIMITAÇÕES NA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
• Por vezes, pode haver alguma limitação na produção,
como a falta de alguma matéria-prima, material direto,
horas-máquinas insuficientes, causados por aumento na
demanda não esperado, ou algum problema com o
fornecedor.
• É necessário verificar qual produto deve-se incentivar a
produção e venda no período em que a limitação
ocorrer.
LIMITAÇÕES NA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
• Exemplo: fábrica de chocolate.
• Margem de Contribuição Unitária sem limitação.
LIMITAÇÕES NA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
• O produto que deve ser incentivado na produção é o
chocolate cacau, caso a empresa preze por maximizar o
lucro.
Chocolate ao leite Chocolate cacau
Unidades produzidas
ofertadas4.0000 2.000
Margem de contribuição
unitáriaR$ 29,29 R$35,21
• No caso da fábrica de chocolates, supõe-
se que em determinado período se
mantém a mesma quantidade produzida.
Contudo, há um problema no fornecedor
de matéria-prima, pois ele consegue
entregar apenas 10.500 quilos de
chocolate puro.
LIMITAÇÕES NA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
LIMITAÇÕES NA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
• Os valores de chocolate puro total necessário
para a produção ofertada e as quantidades de
chocolate puro por unidade sem restrições.
Dados Chocolate ao
leite
Chocolate ao
leite
Total
Chocolate puro (em kg) 4.500 7.000 11.500
Unidades produzidas 4.000 2.000 6.000
Quantidade de
chocolate puro unitário
(kg/unidade)
1,125 3,5 -
LIMITAÇÕES NA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
• A empresa continua primando pela maximização do
lucro.
• Embora a maior margem de contribuição seja a do
chocolate cacau em condições normais, em que o
fornecedor pode fornecer a matéria-prima necessária
para a produção total.
• Para produzir uma unidade de chocolate cacau utiliza-se
3,5 quilos, enquanto para o chocolate ao leite necessita-
se de 1,125 quilos por unidade.
LIMITAÇÕES NA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
• Cálculo da margem de contribuição por quilo de
chocolate puro utilizado.
teFatorLimi
UnitáriaãoContribuiçdeemMiteMCfator
tan
arglim
Chocolate ao
leite
Chocolate cacau
Margem de contribuição unitária R$ 29,29 R$ 35,21
Quantidade de chocolate puro unitário
(kg/unidade)
1,125 3,5
Margem de contribuição unitária por
quilo de MP
R$ 26,04 R$ 10,06
LIMITAÇÕES NA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
• A empresa continua primando pela maximização do
lucro.
• Embora a maior margem de contribuição seja a do
chocolate cacau em condições normais, em que o
fornecedor pode fornecer a matéria-prima necessária
para a produção total,
• Para produzir uma unidade de chocolate cacau utiliza-se
3,5 quilos, enquanto para o chocolate ao leite necessita-
se de 1,125 quilos por unidade.
LIMITAÇÕES NA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
• Deste modo, para produzir todo o chocolate ao leite
são necessários 4.500 quilos de chocolate puro.
• Faz-se a produção das 4.000 unidades de
chocolate ao leite. Com a MP restante, produz-se a
quantidade de chocolate cacau até que se finalize a
matéria-prima.
• Chocolate ao leite = 4.000 unidades x 1,125 quilos
= 4.500 quilos.
LIMITAÇÕES NA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
• Para calcular a quantidade que pode ser produzida com
o restante de chocolate puro, deve-se efetuar o seguinte
cálculo:
– Chocolate puro total restante = 10.500 quilos – 4.500
quilos (utilizados no chocolate ao leite) = 6.000
quilos.
– Unidades de chocolate cacau a serem produzidas
com 6.000 quilos = 6.000 quilos / 3,5 quilos por
unidade = 1.714,28 quilos.
LIMITAÇÕES NA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
• Aqui neste exemplo mostrou-se apenas a
limitação de um fator de produção, no entanto
pode haver vários fatores diferentes.
• Assim, necessita-se a utilização da pesquisa
operacional.
LIMITAÇÕES NA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
• Pesquisa Operacional - é o uso de modelos
matemáticos, estatística e algoritmos para ajudar a
tomada de decisões. É mais freqüente o seu uso para
análise de sistemas complexos reais, tipicamente com o
objetivo de melhorar ou otimizar a performance. É uma
forma de matemática aplicada. Entre algumas das
modelagens que podem ser usadas pela pesquisa
operacional, têm-se: programação linear, teoria das filas,
simulação de Monte Carlo, entre outras.
LIMITAÇÕES NA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
• As restrições ou gargalos produtivos e de processos são
também estudados pela teoria das restrições.
• A teoria das restrições (TOC - Theory of Constraints) é
uma filosofia de negócios introduzida por Eliyahu M.
Goldratt no seu livro A Meta, de 1984. Ela é baseada na
aplicação de princípios científicos e do raciocínio lógico
para guiar organizações humanas.
LIMITAÇÕES NA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
• A TOC é baseada em um conjunto de princípios básicos
(axiomas), alguns processos simples (perguntas
estratégicas, passos para focalizar, efeito-causa-efeito),
ferramentas lógicas (o processo de raciocínio) e é
aplicável através da dedução lógica a áreas específicas
como finanças, logística, gerência de projetos,
administração de pessoas, estratégia, vendas,
marketing e produção.
CONCLUSÃO
• Na gestão empresarial, podem ser utilizados conceitos
de custos, por vezes diferentes daqueles
tradicionalmente utilizados pela contabilidade que segue
as normas legais e fiscais.
• Indicadores para tomada de decisões com variações,
levando em considerações modificações na produção de
bens e serviços.
• Melhores informações para tomada de decisão.
• AQUINO, A. C. B. de; MÁRIO, P. do C.; CARDOSO,R. L.
Contabilidade gerencial: mensuração, monitoramento e incentivos.
9ª ed. São Paulo: Atlas, 2007.
• BRUNI, Adriano Leal; FAMÁ, Rubens. Gestão de custos e formação
de preço. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 2008.
• GOLDRATT, E. M.; COX, J. A meta. 2ª ed. São Paulo: Nobel, 2003
• MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 9ª ed. São Paulo: Atlas,
2006.
REFERÊNCIAS E CONSULTAS BIBLIOGRÁFICAS