adc e custos - aula 03

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Aula 03 Curso: Contabilidade de Custos e ADC p/ TCU Professores: Gabriel Rabelo, Luciano Rosa

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  • Aula 03

    Curso: Contabilidade de Custos e ADC p/ TCUProfessores: Gabriel Rabelo, Luciano Rosa

  • Contabilidade de Custos e Anlise das Demonstraes Contbeis para TCU

    Teoria e exerccios comentados

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    SUMRIO

    APRESENTAO .............................................................................................................. 2 1. FUNES DA CONTABILIDADE DE CUSTOS, FINANCEIRA E GERENCIAL ............................. 31.2 TERMINOLOGIA APLICADA A CUSTOS ....................................................................... 6 1.2.1 - DISTINO ENTRE CUSTOS E DESPESAS. ............................................................... 6 1.3. TERMINOLOGIA EM ENTIDADES NO INDUSTRIAIS .................................................... 11 2. CUSTO: CONCEITO, SISTEMAS, FORMAS DE PRODUO, FORMAS DE CUSTEIO, SISTEMASDE CONTROLE DE CUSTOS. ............................................................................................ 12 2.1. CONCEITO ............................................................................................................. 12 2.2. SISTEMAS ............................................................................................................. 12 2.3. FORMAS DE PRODUO .......................................................................................... 12 2.3.1. PRODUO POR ORDEM ....................................................................................... 12 2.3.2. PRODUO CONTNUA ......................................................................................... 13 2.4. FORMAS DE CUSTEIO .............................................................................................. 13 2.4.1. CUSTEIO POR ABSORO ..................................................................................... 13 2.4.2. CUSTEIO VARIVEL OU CUSTEIO DIRETO ............................................................... 13 2.5. SISTEMAS DE CONTROLE DE CUSTOS ....................................................................... 14 3. CLASSIFICAO DE CUSTOS ...................................................................................... 143.1. CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS ............................................................................... 14 3.2. CUSTOS FIXOS E VARIVEIS ................................................................................... 15 4. CUSTOS FIXOS E VARIVEIS - CONTINUAO. ............................................................. 165. CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS - CONTINUAO ......................................................... 205.1. MATERIAIS DIRETOS CUSTO DE AQUISIO ........................................................... 23 5.1.1. REGRA GERAL ............................................................................................ 23 5.1.2. DESCONTOS COMERCIAIS E ABATIMENTOS ....................................................... 24 5.1.3. TRATAMENTO DOS GASTOS DE FRETES E ARMAZENAGEM .................................... 25 5.2. CUSTOS INDIRETOS ....................................................................................... 26 5.2.1. ESQUEMA BSICO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS ............................................ 26 5.3. CRITRIOS DE ALOCAO (RATEIO) DOS CUSTOS INDIRETOS ................................. 28 5.4. DEPARTAMENTALIZAO ................................................................................. 29 6. QUESTES COMENTADAS................................................................................... 307. QUESTES COMENTADAS NESTA AULA ........................................................................ 568. GABARITO DAS QUESTES COMENTADAS NESTA AULA ................................................. 65

    AULA 03: 1. SISTEMAS DE CUSTOS: TERMINOLOGIA APLICADA CONTABILIDADE DE CUSTOS, TERMINOLOGIA EM ENTIDADES NO INDUSTRIAIS. 2. CLASSIFICAO DE CUSTOS. 2.1. CUSTOS DIRETOS: CUSTOS FIXOS E VARIVEIS. 2.2. DISTINO ENTRE CUSTOS E DESPESAS. 2.3. CUSTOS INDIRETOS: ALOCAO E DETERMINAO DA BASE PARA ALOCAO. 2.4. CUSTOS INDIRETOS: CUSTOS FIXOS E VARIVEIS.

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    APRESENTAO

    Ol, amigos. Tudo bem? Como est a preparao para o TCU?

    Nessa aula, vamos comear Contabilidade de Custos. Conforme o nosso cronograma:

    Aula 03 (05/09/2013). 1. Sistemas de custos: terminologia aplicada Contabilidade de Custos, terminologia em entidades no industriais. 2 Classificao de custos. 2.1 Custos diretos: custos fixos e variveis. 2.2 Distino entre custos e despesas. 2.3 Custos indiretos: alocao e determinao da base para alocao. 2.4 Custos indiretos: custos fixos e variveis.

    Na aula anterior, faltou um item:

    5. Informaes extradas das Notas Explicativas.

    Enviaremos na prxima aula, a atual j est razoavelmente grande.

    Nesta aula, tivemos que usar questes de outras bancas, para atingir uma boa quantidade de questes.

    O site Estratgia Concursos tem um timo frum de dvidas, que pedimos usar prioritariamente.

    Mas, se algum preferir, nossos e-mails, para dvidas, so:

    [email protected] [email protected]

    Quaisquer dvidas, por favor, enviem aos dois e-mails, para que ambos possamos ter cincia do que est se passando no curso.

    isso! Vamos continuar a nossa batalha?! Forte abrao!

    Gabriel Rabelo/Luciano Rosa.

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    1. FUNES DA CONTABILIDADE DE CUSTOS, FINANCEIRA EGERENCIAL

    Inicialmente, importante que saibamos a diferena entre Contabilidade de custos, Contabilidade Financeira e Contabilidade Gerencial, o que veremos a seguir.

    Vale lembrar, ainda, que a principal funo da contabilidade a de fornecer informaes teis para a tomada de deciso. Podemos dividir os usurios em dois grandes grupos: usurios externos e usurios internos.

    Contabilidade Financeira

    Entre os usurios externos das demonstraes contbeis incluem-se investidores atuais e potenciais, empregados, credores por emprstimos, fornecedores e outros credores comerciais, clientes, governos e suas agncias e o pblico. Eles usam as demonstraes contbeis para satisfazer algumas dassuas diversas necessidades de informao.

    As demonstraes contbeis destinadas aos usurios externos precisam ter credibilidade. Se uma empresa comea a apresentar resultados ruins, que deterioram a sua situao patrimonial e financeira, o que a impede de PHOKRUDURVQ~PHURVGDVGHPRQVWUDo}HV" Afinal, uma empresa em dificuldades no tem crdito na praa. Os fornecedores exigem pagamento vista (s vezes at antecipado), os bancos no emprestam, e a empresa pode acabar falindo.

    Para conferir credibilidade aos demonstrativos, as empresas devem seguir os princpios contbeis. H regras estritas sobre o que deve ser contabilizado, como realizar o reconhecimento da receita, enfim, todo o arcabouo que compe a contabilidade financeira.

    Alm disso, para as grandes empresas e as sociedades por aes, h o parecer dos auditores independentes, atestando que as demonstraes representam adequadamente a situao da empresa.

    As informaes destinadas aos usurios externos so elaboradas pela contabilidade financeira, atravs das demonstraes contbeis.

    Contabilidade Gerencial

    Para os usurios internos (administrao da empresa), a situao muda totalmente. No h necessidade de credibilidade. Como a administrao FRQWUROD D HODERUDomR GDV LQIRUPDo}HV QmR LULD HQJDQDU D VL PHVPD FRPinformaes falsas.

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    Assim, a contabilidade gerencial no se prende a nenhuma conveno ou princpio contbil. Os relatrios da contabilidade gerencial devem atender necessidade de informao da administrao da empresa.

    Para isso, usam conceitos e tcnicas oriundos de diversas disciplinas, como a contabilidade, custos, anlise de balano, economia, estatstica, administrao de empresas etc.

    A Associao Nacional dos Contadores dos Estados Unidos define Contabilidade Gerencial como o processo de identificao, mensurao, acumulao, preparao, interpretao e comunicao de informaes financeiras utilizadas pela administrao para planejamento, avaliao e controle dentro de uma organizao e para assegurar e contabilizar o uso apropriado de seus recursos. (Clvis Luiz Padoveze, Contabilidade Gerencial, Editora Atlas, 2 Edio, 1997).

    3DUD 6pUJLR GH ,XGtFLEXV D FRQWDELOLGDGH JHUHQFLDO SRGH VHU caracterizada, superficialmente, como um enfoque especial conferido a vrias tcnicas e procedimentos contbeis j conhecidos e tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na anlise financeira e de balanos etc., colocados numa perspectiva diferente, num grau de detalhe mais analtico ou numa forma de apresentao e classificao diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentes GV HQWLGDGHV HP VHX SURFHVVR GHFLVyULR 6pUJLR GH ,XGtFLEXV &RQWDELOLGDGHGerencial, Editora Atlas, 3 Edio, 1984).

    Comparao entre a Contabilidade Gerencial e a Contabilidade Financeira

    Fator Contabilidade Financeira Contabilidade Gerencial Usurios dos

    relatrios Externos e Internos Internos

    Objetivo dos relatrios

    Facilitar a anlise financeira para as necessidades dos usurios externos

    Objetivo especial de facilitar o planejamento, controle, avaliao de desempenho e tomada de deciso internamente

    Forma dos relatrios

    Balano Patrimonial, Demonstrao dos Resultados, Fluxo de Caixa, Demonstrao das Mutaes do Patrimnio Lquido

    Oramentos, contabilidade pr responsabilidade, relatrios de desempenho, relatrios de custos, relatrios especiais no rotineiros para facilitar a tomada de deciso.

    Frequncia dos relatrios

    Anual, trimestral e ocasionalmente mensal

    Quando necessrio pela administrao

    Custos ou valores utilizados

    Primariamente histricos (passados)

    Histricos e esperados (previstos)

    Bases de mensurao usadas para

    Moeda corrente Vrias moedas (moeda corrente, moeda estrangeira -

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    quantificar os dados moeda forte, medidas fsicas, ndices, etc.

    Restries nas informaes fornecidas

    Princpios contbeis Geralmente Aceitos

    Nenhuma restrio, exceto as determinadas pela administrao

    Arcabouo terico e tcnico

    Cincias Contbil

    Utilizao pesada de outras disciplinas, como economia, finanas, estatstica, pesquisa operacional e comportamento organizacional.

    Caractersticas da informao fornecida

    Deve ser objetiva (sem vis), verificvel, relevante e a tempo

    Deve ser relevante e a tempo, podendo ser subjetiva, possuindo menos verificabilidade e menos preciso

    Perspectiva dos relatrios

    Orientao histrica

    Orientada para o futuro para facilitar o planejamento,controle e avaliao de desempenho antes do fato (para impor metas), acoplada com uma orientao histrica para avaliar os resultados reais (para o controle posterior do fato)

    )RQWH&OyYLV/XL]3DGRYH]H&RQWDELOLGDGH*HUHQFLDO(GLWRUD$WODV

    Contabilidade de Custos

    Este ramo da contabilidade surgiu com a Revoluo Industrial, no sculo XVIII. O surgimento de empresas industriais, com processos de produo cada vez mais complexos, exigia uma tcnica de apurao do custo dos produtos mais elaborada que as empresas comerciais.

    Assim, a Contabilidade de Custos tinha, inicialmente, como principal funo a avaliao de estoques nas empresas industriais.

    Atualmente, a Contabilidade de Custos fornece informaes tanto para a Contabilidade Financeira (apurao dos estoques e do custo das vendas, elaborado a partir dos princpios contbeis) quanto para a Contabilidade Gerencial (custo-padro, custos para deciso, para controle, etc).

    Podemos dizer que a Contabilidade de Custos apresenta trs grandes reas de atuao: apurao do custo, controle e informaes para deciso, as quais sero analisadas nas aulas seguintes.

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    1.2 TERMINOLOGIA APLICADA A CUSTOS GASTO: COMPRA DE UM PRODUTO OU SERVIO QUALQUER, QUE GERA SACRIFCIO FINANCEIRO PARA A ENTIDADE (DESEMBOLSO), SACRIFCIO ESSE REPRESENTADO POR ENTREGA OU PROMESSA DE ENTREGA DE ATIVOS (NORMALMENTE DINHEIRO). (ELISEU MARTINS, &217$%,/,'$'('(&86726 Conceito muito abrangente, pode ser aplicado a todos os bens e servios recebidos. Assim, temos Gastos com a compra de matrias-primas, Gastos com mo-de-obra, Gastos com honorrios da diretoria, Gasto na compra de imobilizado, etc.

    DESEMBOLSO: PAGAMENTO RESULTANTE DA AQUISIO DO BEM OU SERVIO.

    INVESTIMENTO: GASTO ATIVADO EM FUNO DE SUA VIDA TIL OU DE BENEFCIOS ATRIBUVEIS A FUTURO(S) PERODO(S). (ELISEU MARTINS, &217$%,/,'$'('(&86726 2VLQYHVWLPHQWRVVmRRVJDVWRVTXHILFDPHVWRFDGRVQRV$WLYRVGDHPSUHVDHque so baixados atravs da venda ou do seu consumo.

    Podem ser de diversas naturezas e de perodos de ativao variados. A matria-prima um gasto contabilizado temporariamente como investimento circulante. A mquina um gasto que se transforma num investimento permanente. As aes adquiridas de outras empresas so gastos comumente classificados como investimentos financeiros.

    1.2.1 - DISTINO ENTRE CUSTOS E DESPESAS.

    CUSTOS: GASTO RELATIVO A BEM OU SERVIO UTILIZADO NA PRODUO DE OUTROS BENS OU SERVIOS. (ELISEU MARTINS, &217$%,/,'$'('(&86726 Segundo Eliseu Martins, o custo tambm um gasto, s que reconhecido como tal, isto , como custo, no momento da utilizao dos fatores de produo (bens e servios), para a fabricao de um produto ou execuo de um servio. Exemplos - a matria-prima foi um gasto na sua aquisio que imediatamente se tornou investimento, e assim ficou durante o tempo de sua estocagem, sem que aparecesse nenhum Custo associado a ela. No momento de sua utilizao na fabricao de um bem, surge o Custo da matria-prima como parte integrante do bem elaborado. Este, por sua vez, de novo um investimento, j que fica ativado at sua venda.

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    DESPESA: BEM OU SERVIO CONSUMIDO DIRETAMENTE OU INDIRETAMENTE PARA A OBTENO DE RECEITAS. (ELISEU MARTINS, &217$%,/,'$'('(&86726 Esse conceito costuma provocar alguma confuso, e explorado em provas.

    2 HTXLSDPHQWR XVDGR QD Iibrica, que fora gasto transformado em investimento e posteriormente considerado parcialmente como custo torna-se, QDYHQGDGRSURGXWRIHLWRXPDGHVSHVD(OLVHX0DUWLQVREUDFLWDGD Vamos entender melhor. A compra do equipamento gera um Gasto. Ao ser ativado (contabilizado no Ativo), torna-se Investimento. Quando utilizado na produo de outros bens e servios, a sua depreciao torna-se Custo. Durante o perodo em que o produto acabado fica estocado, temos investimento,novamente. E, ao ser vendido, surge uma Despesa.

    3UHFLVDPRV OHPEUDU TXH R &XVWR GDV 0HUFDGRULDV 9HQGLGDV TXHaparece na DRE, a denominao mais comum, mas no a mais correta tecnicamente.

    Vamos ler mais um pouco do livro do Prof. Eliseu Martins:

    O computador da secretria do diretor financeiro, que fora transformada em investimento, tem uma parcela reconhecida como despesa (depreciao), sem transitar por custo.

    As despesas so itens que reduzem o Patrimnio Lquido e que tm essa caracterstica de representar sacrifcios no processo de obteno de receitas.

    Exemplo: No momento da sua aquisio, a matria-prima um gasto. Ao ser estocada, transforma-se em Investimento. Ao ser utilizada na produo, torna-se custo. Caso o produto acabado resultante volte ao estoque, volta a ser considerada investimento. Finalmente, transforma-se em despesa quando ocorre a venda do produto.

    Nota: Todo produto vendido provoca despesa. Normalmente, chamamos de Custo do Produto Vendido, e assim que aparece na DRE. Mas o correto seria:

    Despesa que o somatrio dos itens que compuseram o custo de fabricao do produto ora vendido Embora, como j dissemos, no seja o mais correto tecnicamente, vamos usar R WHUPRcustosSDUDRJDVWRUHODWLYRDFRQVXPRQDSURGXomR( despesas SDUD RV Jastos que se destinam s fases de administrao, vendas, e financiamento.

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    Esses conceitos j foram cobrados em provas. Vamos exemplificar pela seguinte questo:

    Julgue as afirmaes a seguir.

    I. Na sua aquisio, a matria-prima um gasto que imediatamente se transforma em investimento; no momento de sua utilizao, transforma-se em custo integrante do bem fabricado; quando o produto vendido, transforma-se em despesa. II. Muitos gastos so automaticamente transformados em despesas; outrospassam, primeiro, pela fase de custos; outros, ainda, passam pelas fases de investimento, custo, investimento, novamente e, por fim, despesa. III. Cada componente que foi custo no processo de produo torna-se, nabaixa, despesa; no Resultado, existem receitas e despesas - s vezes ganhos e perdas, mas no custos.

    Pode-se afirmar que:

    A) Apenas as afirmaes I e II so verdadeiras.B) Apenas a afirmao I verdadeira.C) Apenas a afirmao II verdadeira.D) Apenas a afirmao III verdadeira.E) Todas as afirmaes so verdadeiras.

    Comentrios

    Com base no que explicamos, podemos inferir que todos os itens so verdadeiros.

    Gabarito E.

    Vamos continuar estudando os conceitos.

    PERDA: BEM OU SERVIO CONSUMIDOS DE FORMA ANORMAL E INVOLUNTRIA.

    Perdas normais no processo de produo: so consideradas parte do custo dos produtos.

    Perdas anormais: vo diretamente para o resultado do perodo.

    Conforme o Pronunciamento CPC 16 Estoques: 13. A alocao de custos fixos indiretos de fabricao s unidadesproduzidas deve ser baseada na capacidade normal de produo. A capacidade normal a produo mdia que se espera atingir ao longo de vrios perodos em circunstncias normais; com isso, leva-se em considerao, para a

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    determinao dessa capacidade normal, a parcela da capacidade total no-utilizada por causa de manuteno preventiva, de frias coletivas e de outros eventos semelhantes considerados normais para a entidade. O nvel real de produo pode ser usado se aproximar-se da capacidade normal. Como consequncia, o valor do custo fixo alocado a cada unidade produzida no pode ser aumentado por causa de um baixo volume de produo ou ociosidade. Os custos fixos no-alocados aos produtos devem ser reconhecidos diretamente como despesa no perodo em que so incorridos. Em perodos de anormal alto volume de produo, o montante de custo fixo alocado a cada unidade produzida deve ser diminudo, de maneira que os estoques no sejam mensurados acima do custo. Os custos indiretos de produo variveis devem ser alocados a cada unidade produzida com base no uso real dos insumos variveis de produo, ou seja, na capacidade real utilizada.

    Vamos resumir as informaes acima:

    1 - A alocao de custos fixos indiretos de fabricao s unidades produzidas deve ser baseada na capacidade normal de produo. 2 - A capacidade normal a produo mdia que se espera atingir ao longo de vrios perodos em circunstncias normais. 3 - O nvel real de produo pode ser usado se aproximar-se da capacidade normal. 4 - valor do custo fixo alocado a cada unidade produzida no pode ser aumentado por causa de um baixo volume de produo ou ociosidade. 5 - Os custos fixos no-alocados aos produtos devem ser reconhecidos diretamente como despesa no perodo em que so incorridos.

    Vejamos, agora, como isso pode ser cobrado:

    A empresa Albatroz tem em seu parque industrial capacidade instalada para processar o equivalente a 4 toneladas de fertilizantes agrcolas ao ms. Esta capacidade, ao longo dos ltimos 5 anos, tem se mostrado superior em 10% ao que regularmente a empresa processa. No ltimo exerccio, em virtude de uma anormal crise econmica no pas no qual a empresa opera, sua produo tem sido 25% abaixo da sua capacidade instalada. Se a empresa opera com uma ociosidade de 25% em relao a sua capacidade instalada, pode-se concluir que 10% a sua ociosidade normal e os 15% restantes a sua capacidade ociosa excedente.

    Levando em considerao o que anteriormente foi exposto, a capacidade ociosa deve sofrer o seguinte tratamento contbil:

    (A) capacidade ociosa excedente deveria ser lanada diretamente ao resultado do perodo em uma despesa no operacional. (B)) capacidade ociosa normal deve ser lanada aos estoques para, posteriormente, ser apropriada ao Custo do Produto Vendido; a ociosidade

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    excedente deve ser lanada a uma despesa operacional no perodo em que ocorrer. (C) capacidade ociosa normal e capacidade ociosa excedente, por no estarem ligadas diretamente produo de produtos, devem ser lanadas ao resultado do exerccio, quando ocorrerem, em uma despesa no operacional. (D) capacidade ociosa excedente e a capacidade ociosa normal devem ser transferidas aos estoques de produtos acabados, para posteriormente serem apropriadas ao custo da produo vendida. (E) capacidade ociosa no mensurada, no podendo ser lanada em estoques, custo da produo vendida ou despesas no operacionais.

    Comentrio:

    Devemos lembrar que perdas normais fazem parte do custo da produo; perdas anormais (excepcionais) devem ir diretamente para o resultado do exerccio.

    Gabarito B.

    Custo de Produo do Perodo a soma dos custos incorridos no perodo dentro da fbrica.

    Custo da Produo acabada a soma dos custos contidos na produo acabada do perodo. Pode conter Custos de Produo tambm de perodos anteriores existentes em unidades que s foram completadas no presente perodo.

    Custo dos Produtos Vendidos a soma dos custos incorridos na produo dos bens e servios que s agora esto sendo vendidos. Pode conter custos de produo de diversos perodos, caso os itens vendidos tenham sido produzidos em diversas pocas diferentes.

    So trs conceitos distintos e no h nenhuma relao obrigatria entre seus valores. Cada um pode ser maior ou menor que o outro em cada perodo, dependendo dDVFLUFXQVWkQFLDV(OLVHX0DUWLQV&RQWDELOLGDGHGH&XVWRV Vamos em frente.

    Outras Nomenclaturas

    Custos Primrios: soma de matria-prima com mo de obra direta.

    No so a mesma coisa que Custos Diretos, j que nos Primrios s esto includos aqueles dois itens. Assim, a embalagem um Custo Direto, mas no Primrio.

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    Custos de Transformao: soma de todos os Custos de Produo, exceto os relativos a matrias-primas e outros eventuais adquiridos e empregados sem nenhuma modificao pela empresa (componentes adquiridos prontos, HPEDODJHQVFRPSUDGDVHWF(OLVHX0DUWLQV&RQWDELOLGDGHGH&XVWRV Representam esses Custos de Transformao o valor do esforo da prpria empresa no processo de elaborao de um determinado item (mo de obra direta e indireta, energia, materiais de consumo industrial, etc.).

    1.3. TERMINOLOGIA EM ENTIDADES NO INDUSTRIAIS

    4XDQGRWURX[HPRVjWRQDRFRQFHLWRGHFXVWRRGHILQLPRVFRPRgasto relativo a bem ou servio utilizado na produo de outros bens ou servios. Assim, de se imaginar que sua utilizao se d exclusiva ou quase que totalmente no setor industrial, j que este o setor em que a produo de modo geral ocorre.

    Contudo, diversas empresas prestadoras de servios passaram a utilizar os preceitos da contabilidade de custos em seu dia-a-dia, de forma que hoje comum que Bancos, Financeiras, Lojas Comerciais, Escritrios de Projetos, de Auditoria, Empresas de Engenharia, etc, usem os conceitos de contabilidade de Custos.

    Sobre a aplicabilidade da contabilidade de custos no setor de servios, o CPC 16 Estoques, narra:19. Na medida em que os prestadores de servios tenham estoques de serviosem andamento, devem mensur-los pelos custos da sua produo. Esses custos consistem principalmente em mo-de-obra e outros custos com o pessoal diretamente envolvido na prestao dos servios, incluindo o pessoal de superviso, o material utilizado e os custos indiretos atribuveis. Os salrios e os outros gastos relacionados com as vendas e com o pessoal geral administrativo no devem ser includos no custo, mas reconhecidos como despesa do perodo em que so incorridos. O custo dos estoques de prestador de servios no inclui as margens de lucro nem os gastos gerais no atribuveis que so frequentemente includos nos preos cobrados pelos prestadores de servios.

    Alm dos prestadores de servios, outros ramos, como as entidades varejistas e financeiras, podem, num primeiro momento, parecer no possurem custos, mas to-somente despesas. Eliseu Martins justifica a utilizao da terminologia por este tipo de empresa, haja vista que, no mnimo, estas entidades so produtoras de utilidades. Afirma, pois, que os custos imediatamente se transformam em despesa. Por exemplo, numa indstria, a mo-de-obra do funcionrio que est ligado ao processo fabril considerada como custo, j que gasto relativo produo de bem. Num Banco, o servio de cmbio produz

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    gastos que se transformam em custos de um servio que se torna imediatamente uma despesa. O mesmo ocorre num Hospital: o salrio do mdico que realiza a consulta um custo que se torna imediatamente uma despesa, indo para o resultado do exerccio. Assim, segundo o citado Autor, DSURSULDGR XVDU D WHUPLQRORJLD FRQWDELOLGDGH GH FXVWRV TXDQGR HVWDPRVdiante de outras empresas que no as industriais.

    $LQGDGHDFRUGRFRP(OLVHX0DUWLQVD palavra custo tambm significa o preo original de aquisio de qualquer bem ou servio, inclusive leigamente; da se falar em "custo de uma obra", "custo de um automvel adquirido", "custo de uma consulta" etc Contudo, aqui, neste curso, quando falarmos de custos, estaremos nos referindo praticamente todas as vezes ao processo utilizado pelas fbricas na produo de bens ou servios.

    2. CUSTO: CONCEITO, SISTEMAS, FORMAS DE PRODUO, FORMAS DECUSTEIO, SISTEMAS DE CONTROLE DE CUSTOS.

    Para a definio dos diversos conceitos de custos, vamos nos basear no livro &RQWDELOLGDGHGH&XVWRVdo Prof. Eliseu Martins, Editora Atlas, 10 Edio, 2010. As bancas costumam cobrar questes literais deste livro.

    2.1. CONCEITO

    Custo o gasto relativo bem ou servio utilizado na produo de outros bens ou servios. (Eliseu Martins, &RQWDELOLGDGHGH&XVWRV(GLomR Ou seja, os gastos relacionados com a produo de bens e servios so custos. Exemplos: matria prima, mo de obra usada na produo, energia eltrica da fbrica, etc.

    2.2. SISTEMAS

    Um sistema de custo compreende o modo como a empresa quantifica e acumula os diversos custos, os quais so apropriados aos produtos. Envolve a forma de produo (por ordem ou contnua), as polticas aplicadas a custos (uso do PEPS ou do Custo Mdio, por exemplo), a forma de custeio (por absoro ou varivel), os aspectos de controle, enfim, todas as variveis referentes ao custo dos produtos.

    2.3. FORMAS DE PRODUO

    2.3.1. PRODUO POR ORDEM

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    Ocorre quando a empresa produz atendendo a encomendas dos clientes ou, ento, produz tambm para venda posterior, mas de acordo com determinaes internas especiais, no de forma contnua.

    Exemplo: Indstrias pesadas, fabricantes de equipamentos especiais, algumas indstrias de mveis, empresas de construo civil, grficas (quando produz especificamente para determinado cliente).

    2.3.2. PRODUO CONTNUA

    Ocorre quando a empresa fabrica produtos iguais de forma contnua.

    Exemplo: Produo de refrigerantes, sabo em p, margarina, etc.

    Veremos em detalhes nas aulas seguintes.

    2.4. FORMAS DE CUSTEIO

    Custeio significa apropriao de custos. o mtodo utilizado para apropriar os custos de produo aos produtos. Vamos examinar rapidamente os mtodos do custeio por absoro e do custeio varivel (tambm denominado custeio direto).

    2.4.1. CUSTEIO POR ABSORO

    o mtodo resultante da aplicao dos Princpios de Contabilidade. Consiste na apropriao de todos os custos incorridos, sejam fixos, variveis, diretos ou indiretos, aos produtos fabricados.

    2.4.2. CUSTEIO VARIVEL OU CUSTEIO DIRETO

    Nesse mtodo de custeio, apenas os custos variveis so atribudos aos produtos. Os custos fixos so tratados como despesas do perodo, sendo lanados diretamente na Demonstrao do Resultado do Exerccio. O Custeio Varivel ou Direto pode ser usado para fins gerenciais, mas no na contabilidade oficial, pois fere o princpio da Competncia, especialmente na parte referente ao confronte das receitas e despesas.

    Vamos explicar melhor esse ponto.

    Determinada empresa fabrica seus produtos e incorre em custos variveis e custos fixos. Digamos que parte da produo v para estoque, para ser vendida posteriormente. Para obedecer ao confronto das receitas e despesas correlatas, os custos referentes s unidades estocadas deveriam ficar tambm no estoque, at que ocorra a venda. Mas, pelo custeio varivel, apenas o custo varivel fica apropriado ao produto. O custo fixo do perodo descarregado no resultado, mesmo que os produtos a que se refere no tenham sido vendidos.

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    Esse mtodo tambm chamado de Custeio Direto. Mas isso no significa que apenas os custos diretos sejam apropriados aos produtos.

    Chamado de custeio varivel ou custeio direto, o mtodo o mesmo: o custo varivel apropriado aos produtos e o custo fixo vai para o resultado do exerccio.

    O custeio varivel no atende ao princpio da competncia; assim, s pode ser utilizado para a contabilidade gerencial, e no para a contabilidade financeira.

    2.5. SISTEMAS DE CONTROLE DE CUSTOS

    3RGHPRVGHILQLU&RQWUROHFRPRRSURFHVVRGHFRQKHFHUDUHDOLGDGHFRPSDUi-la com o que deveria ser, identificar rapidamente as divergncias e suas origens e tomar providncias para sua correo.

    Esse conceito se aplica a qualquer rea da empresa.

    Um ponto chave do Controle a definio de padres ou do Oramento. A empresa deve ter uma estimativa do que dever ocorrer, para comparar com o que realmente ocorreu e corrigir as divergncias.

    3. CLASSIFICAO DE CUSTOS

    Muito bem. O edital faz meno classificao dos custos da seguinte forma:

    2.1 Custos diretos: custos fixos e variveis. 2.4 Custos indiretos: custos fixos e variveis.

    Parece que devemos separar os custos entre custos Diretos e Indiretos; depois, dividimos o custo Direto entre custos fixos e variveis.

    O mesmo com o custo indireto, separamos em custos fixos e variveis.

    Ocorre que so classificaes diferentes. A classificao entre custo Direto e indireto relaciona-se com o produto.

    J a classificao entre Custos Fixos e Custos Variveis relaciona-se com o volume de produo. Vejamos uma rpida definio:

    3.1. CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS

    Custos diretos so aqueles que podem ser diretamente apropriados aos produtos. Exemplo: matria-prima, mo de obra direta, embalagens, etc.

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    Custos indiretos so aqueles que no podem ser diretamente apropriados aos produtos. A sua alocao feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrria. Exemplo: Aluguel da fbrica, superviso, chefia, etc. (Eliseu Martins, &RQWDELOLGDGHGH&XVWRV Observao:

    Cada vez que necessrio utilizar qualquer fator de rateio para a apropriao ou cada vez que h o uso de estimativas e no de medio direta, o custo considerado indireto.

    3.2. CUSTOS FIXOS E VARIVEIS

    Custos variveis so aqueles que variam de acordo com o volume de produo. Exemplo: Matria-prima. Quanto maior a quantidade produzida, maior o consumo de matria-prima.

    Custos fixos so aqueles que no sofrem variao em funo da quantidade produzida. Exemplo: Aluguel da fbrica. O seu valor independe da quantidade SURGX]LGD(OLVHX0DUWLQV&RQWDELOLGDGHGH&XVWRV Observaes:

    A diviso dos custos em fixos e variveis ocorre em funo da variao do custo devido variao do volume de produo.

    Um determinado custo pode variar todo ms. Mas se essa variao no for em funo da variao do volume de produo, ser considerado custo fixo. Por exemplo, a conta de telefone da fbrica. Dificilmente ser igual de um ms para o outro, mas a sua variao no ocorre devido variao da produo. Assim, considerado um custo fixo (ainda que seu valor seja diferente em todos os meses).

    Alguns autores usam a classificao de custos semi-fixos e custos semi-variveis, como segue:

    Custos semi-fixos

    Em princpios, so custos fixos; mas, com o aumento da produo, ocorre um aumento em tais custos. Depois que se ajustam nova posio, voltam a apresentar caractersticas de custo fixo. Por exemplo, uma empresa pode ter um departamento de manuteno com 5 funcionrios. Com o aumento da produo (e portanto com a aquisio de novas mquinas e equipamentos), pode ser necessrio contratar mais um funcionrio, o que eleva o custo do departamento de manuteno. Depois da contratao do funcionrio adicional, ainda que a produo aumente at certo nvel, no ser necessrio contratar outro funcionrio (volta a ter caractersticas de custo fixo).

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    Custos semi-variveis

    So aqueles que possuem em seu valor uma parcela fixa e outra varivel. Isto , tm um comportamento de custo fixo at certo momento e depois se comportam como custo varivel. O exemplo clssico a conta de luz: mesmo que o consumo seja zero, h uma parcela fixa a pagar. Depois de certa quantidade consumida, passa a ter tambm uma parcela varivel.

    Importante: No h nenhuma relao entre tais classificaes. Normalmente, os custos Diretos so tambm custos Variveis. Mas podemos ter um custo fixo que seja custo Direto. Por exemplo, se uma empresa usa uma determinada mquina para produzir apenas um tipo de produto, a depreciao da mquina pode ser um custo fixo (usando o mtodo de depreciao linear) e ser um custo direto (toda a depreciao vai para o custo do produto, sem necessidade de rateio).

    Por outro lado, os custos indiretos so geralmente custos fixos. Mas podemos ter um custo varivel que seja tambm custo indireto.

    Considere, por exemplo, que uma fbrica use diversas mquinas eltricas, na produo de diversos produtos, e tenha apenas um medidor de energia eltrica para toda a fbrica.

    Nesse caso, o consumo de energia eltrica um custo varivel (quanto maior a produo, mais as mquinas sero usadas e maior ser o gasto de energia). Mas tambm um custo indireto, pois o gasto total com eletricidade dever ser rateado s diversas mquinas por algum critrio.

    Portanto, um custo pode ser direto ou indireto, a depender da forma de sua apropriao ao produto; e tambm pode ser fixo ou varivel, a depender do seu comportamento em relao ao volume de produo.

    Agora, vamos estudar com mais detalhes as classificaes acima.

    4. CUSTOS FIXOS E VARIVEIS - CONTINUAO.

    uma das mais importantes classificaes entre os custos, pois possibilita importantes anlises quanto relao volume/lucro da empresa.

    E para ns, concurseiros, este assunto apresenta uma importante caracterstica: cai bastante em provas e a questes no so difceis!

    Vamos retomar as definies:

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    Custos Variveis so aqueles que variam de acordo com o volume de produo. Exemplo: Matria-prima. Quanto maior a quantidade produzida, maior o consumo de matria-prima.

    Custos Fixos so aqueles que no sofrem variao em funo da quantidade produzida. Exemplo: Aluguel da fbrica. O seu valor independe da quantidade produzida.

    Observaes: O primeiro ponto a ser observado que a classificao entre custos fixos e variveis refere-se ao volume de produo. Se um determinado item de custo varia de acordo com o volume da produo, ser custo varivel. Do contrrio, ser custo fixo.

    Vamos exemplificar com a produo de automveis. Cada automvel usa 5 rodas (4 no cho e um estepe). As rodas so custos variveis, pois variam de acordo com o volume de produo. Por exemplo, se a empresa produzir 1.000 veculos por ms, ir usar 5.000 rodas. Se a produo aumentar para 2.000 veculos ao ms, a empresa ir utilizar 10.000 rodas.

    Por outro lado, se a fbrica da empresa fica num prdio alugado, o valor do aluguel poder ser o mesmo, quer a empresa fabrique 1.000 ou 2.000 veculos. Assim, o aluguel um custo fixo, pois no varia em funo da variao na quantidade produzida (pode mudar por outros fatores, como no caso de eventual reajuste de aluguel, mas no se altera em funo do volume de produo).

    Alguns outros pontos:

    1) Os custos fixos no apresentam necessariamente o mesmo valor emdois perodos diferentes. Por exemplo, se o aluguel reajustado mensalmente por um determinado ndice e nunca igual em dois perodos subsequentes, no deixa de ser um custo fixo, j que em cada perodo seu valor definido e independe do volume produzido.

    Outros exemplos:

    - Mo-de-obra indireta: normalmente, um gasto que, apesar de poder variar de perodo para perodo, um Custo Fixo, pois, por ms, tem seu montante definido no em funo do volume de produo; - Conta dos telefones da fbrica: pode ter seu valor diferente a cada ms, mas no um Custo Varivel, pois seu montante no est variando em funo do volume de produo.

    2) Podemos classificar os custos fixos em Repetitivos e No-repetitivosem valor, isto , custos que se repetem em vrios perodos seguintes na mesma importncia (caso comum do pessoal da chefia da fbrica, das

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    depreciaes, etc) e custos que so diferentes em cada perodo (manuteno, energia, etc.)

    3) Os Custos Fixos no so, mesmo os repetitivos, eternamente domesmo valor. Podem se modificar em funo de mudana de variao de preos, de expanso da empresa ou de mudana de tecnologia. Por exemplo, o valor da mo-de-obra indireta pode subir devido a um dissdio; o aluguel pode crescer em virtude da adio de mais um imvel; e a depreciao pode aumentar pela substituio de uma mquina velha por outra moderna e mais cara. Todos esses itens so Custos Fixos sempre, apesar de seus valores se modificarem, j que seu montante em cada perodo independente do volume de produo.

    4) A depreciao pode ser custo fixo ou custo varivel , dependendo domtodo de depreciao utilizado.

    H vrios mtodos para se calcular a depreciao. Os mais usados so:

    1) Mtodo da Linha Reta ou Linear ou Mtodo das Quotas Constantes:dividimos o valor deprecivel pelo tempo de vida til estimada. o mtodo que mais aparece nos concursos. Quando a questo no mencionar nenhum mtodo especfico, devemos usar o mtodo Linear.

    Ex: Mquina com vida til de 10 anos e valor deprecivel de 60.000. Depreciao anual = $ 60.000 / 10 anos= $ 6.000.

    2) Mtodo da Soma dos dgitos ou Mtodo de Cole: somamos os dgitos davida til e dividimos cada algarismo pela soma.

    Ex: Veculo com vida til de 5 anos: Somamos 5 + 4 + 3 + 2 + 1 = 15. Depreciao : Ano 1 = 5 / 15; ano 2 = 4/15; ano 3 = 3/15; ano 4 = 2/15 e ano 5 = 1/15.

    A justificativa tcnica para esse mtodo que a despesa de depreciao menor nos ltimos anos compensada pelo aumento das despesas de manuteno.

    (Obs. J foi cobrado em prova de concursos uma questo em que se pedia fosse calculada a depreciao GH DFRUGR FRP R 0pWRGR GH &ROH FUHVFHQWHneste caso a depreciao do ano 1 1/15, do ano 2 2/15, e assim por diante).

    No caso desses dois mtodos (Linha Reta e Soma dos Dgitos), a depreciao ser considerada custo fixo.

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    3) Mtodo de Unidades Produzidas: Estima-se a quantidade total deunidades que ser produzida. A depreciao feita dividindo-se o total efetivamente produzido pela capacidade total de produo.

    Ex. Mquina que custou 100.000 e com capacidade de produo total, ao longo de toda a sua vida til, de 1.000.000 de unidades. No ano de X1, foram produzidas 80.000 unidades. Portanto, a depreciao em X1 ser:

    (80.000 / 1.000.000) = 0,08 ou 8%. Valor da depreciao em X1: $100.000 x 8% = $ 8.000,00.

    4) Mtodo das Horas de trabalho: Idntico ao anterior. Estima-se o total dehoras que determinado ativo vai trabalhar, ao longo de sua vida til. E a depreciao calculada dividindo-se as horas efetivamente trabalhadas pelo total de horas.

    Ex. Mquina com vida til de 50.000 horas. Trabalhou 4.500 horas em X1.

    Depreciao anual : 4.500 / 50.000 = 0,09 ou 9%.

    Para esses dois ltimos mtodos (Unidades Produzidas e Horas de Trabalho), a depreciao ser considerada Custo Varivel (pois apresenta variao conforme a quantidade produzida).

    4.1 COMPORTAMENTO DOS CUSTOS VARIVEIS E DOS CUSTOS FIXOS UNITRIOS E TOTAIS:

    Custo Varivel:

    Unitrio: No sofre alterao Total: apresenta alterao proporcional ao volume produzido

    Custo Fixo:

    Unitrio: apresenta alterao inversamente proporcional ao volume produzido. Total: No sofre alterao

    Exemplo: Vamos supor que determinada empresa use dois litros de leite para fabricar um quilo de queijo. A fabricao realizada num imvel alugado por $ 5.000 reais por ms. Em janeiro/X1, a empresa produziu 1.000 quilos; em fevereiro/X1, produziu 1.400 ks. Considerando apenas essas informaes, calcule o custo varivel, custo Fixo e custo do produto, unitrio e total, nos dois meses citados. Obs: cada litro de leite custa $3,00 reais.

    Custo Varivel Janeiro / X1 Fevereiro / X1 Produo (Kgs) 1000 1400 Quant. Leite (Lts) 2000 2800

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    Custo varivel total R$ 6.000,00 R$ 8.400,00 Custo varivel unitrio R$ 6,00 R$ 6,00

    O custo varivel total aumentou com o aumento de produo; o custo varivel unitrio permanece o mesmo.

    Custo Fixo Janeiro / X1 Fevereiro / X1 Produo (Kgs) 1000 1400 Custo Fixo Total R$ 5.000,00 R$ 5.000,00 Custo varivel unitrio R$ 5,00 R$ 3,57

    O Custo Fixo Total no tem alterao; o Custo Fixo Unitrio diminui com o aumento de produo.

    Custo Total Janeiro / X1 Fevereiro / X1 Produo (Kgs) 1000 1400 Quant. Leite (Lts) 2000 2800 Custo varivel total R$ 6.000,00 R$ 8.400,00 Custo Fixo Total R$ 5.000,00 R$ 5.000,00 Custo total da produo R$ 11.000,00 R$ 13.400,00 Custo unitrio ($/kg) R$ 11,00 R$ 9,57

    O Custo Total da Produo aumenta com o aumento da produo; o custo Unitrio da Produo diminui com o aumento da produo.

    5. CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS - CONTINUAO

    J mencionamos anteriormente a definio de custo direto e custo indireto:

    Custos diretos so aqueles que podem ser diretamente apropriados aos produtos. Exemplo: matria-prima, mo de obra direta, embalagens, etc.

    Custos Indiretos so aqueles que no podem ser diretamente apropriados aos produtos. A sua alocao feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrria. Exemplo: Aluguel da fbrica, superviso, chefia, etc. (Eliseu Martins, &RQWDELOLGDGHGH&XVWRV Vamos expandir um pouco esses conceitos.

    A primeira coisa que devemos ter em mente que custo direto no o mesmo que custo varivel; e custo indireto no sinnimo de custo fixo.

    A classificao custo direto ou custo indireto refere-se identificao do custo com o produto elaborado. Os custos que podem ser atribudos diretamente a um produto so os custos diretos.

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    J aqueles que necessitam de um critrio de rateio para serem alocados aos produtos so os custos indiretos.

    A classificao entre custos fixos e variveis refere-se variao dos custos em relao variao da quantidade produzida.

    Assim, um custo fixo pode ser direto ou indireto. O mesmo ocorre com os custos variveis. So duas classificaes separadas, com finalidades distintas, e no h relao entre elas. Ou seja, embora os custos fixos sejam em sua maioria custo indiretos, pode haver custo fixo direto.

    Com os custos variveis ocorre o mesmo. Repetimos, so classificaes separadas.

    Para tornar mais clara a distino entre custo direto e indireto, vamos UHSURGX]LUXPH[HPSORTXHFRQVWDQROLYUR&RQWDELOLGDGHGH&XVWRVGR3URIEliseu Martins:

    Suponhamos que os seguintes Custos de Produo de determinado perodo precisem ser alocados aos quatro diferentes produtos elaborados pela empresa:

    Matria-prima 2.500.000 Embalagens 600.000 Material de consumo 100.000 Mo-de-obra 1.000.000 Salrio da Superviso 400.000 Depreciao das Mquinas 300.000 Energia Eltrica 500.000 Aluguel do Prdio 200.000 Total 5.600.000

    O responsvel por Custos faz os levantamentos e anlises necessrias e verificou o seguinte:

    Matria-prima e Embalagens: podem ser apropriadas perfeita e diretamente aos quatro produtos, j que foi possvel identificar quanto cada um consumiu.

    Material de Consumo: Alguns so lubrificantes de mquinas, e no h como associ-los a cada produto diretamente, e outros so de to pequeno valor que ningum se preocupou em associ-los a cada produto.

    Mo-de-obra: possvel associar parte dela diretamente com cada produto, pois o processo no muito automatizado e houve uma medio de quanto cada operrio trabalhou em cada um e quanto custa cada operrio para a empresa. Mas parte dela refere-se aos chefes de equipe de produo, e no h possibilidade de se verificar quanto atribuir diretamente aos produtos ($200.000 dos $1.000.000).

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    Salrios da Superviso: muito mais difcil ainda de se alocar por meio de uma verificao direta e objetiva do que a mo-de-obra dos chefes de equipe de produo, j que essa superviso a geral da produo. Representa esse custo o gasto da superviso dos chefes de equipes e, por isso mesmo, muito maisdifcil a alocao aos produtos.

    Depreciao das mquinas: a empresa deprecia linearmente em valores iguais por perodo, e no por produto. Haveria possibilidade de apropriar diretamente a cada produto se a depreciao fosse contabilizada de outra forma.

    Energia Eltrica: parte dela possvel alocar a trs dos quatro produtos, j que a mquina que mais consome fora possui um medidor prprio, e a empresa faz verificaes de quanto consome cada item elaborado. Porm , o resto da energia s medido globalmente, e no h forma direta de alocao ($350.000 so alocveis e $150.000 no).

    Aluguel do prdio: impossvel de se medir diretamente quanto pertence a cada produto. Verificamos que alguns custos podem ser diretamente apropriados aos produtos. So os custos diretos com relao aos produtos.

    Em outros casos, no h uma medida objetiva, e a alocao tem que ser feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrria. So os custos indiretos com relao aos produtos.

    importante ressaltar que a classificao entre custos diretos e indiretos relacionada acima vale para as condies descritas. Ou seja, para uma empresa a depreciao pode ser um custo indireto e para outra pode ser um custo direto. H que se verificar o que diz a questo.

    Alguns custos so irrelevantes e, embora pudessem ser apropriados diretamente (como no caso de Material de consumo, neste exemplo), recebem XP WUDWDPHQWRGH FXVWR LQGLUHWR$ UHODomR FXVWR-EHQHItFLR QmR MXVWLILFDXPtratamento mais detalhado para custos irrelevantes.

    Lembramos que no h um valor objetivo para que um custo seja considerado relevante ou irrelevante. Segundo o CPC 00 Procedimento Conceitual Bsico, do Comit de Pronunciamentos Contbeis, informao contbil-financeira relevante aquela capaz de fazer diferena nas decises que possam ser tomadas pelos usurios.

    Alguns custos, como a depreciao, poderiam ser apropriados de forma direta, mas, pela prpria natureza do custo, muitas vezes no considerado til esse procedimento.

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    E, finalmente, alguns custos, como a Energia Eltrica, embora possam ser relevantes, no so tratados como diretos, j que seria necessrio um sistema de mensurao da quantidade aplicada em cada produto. Devido ao custo desse sistema, ou por ser de difcil aplicao, ou ainda por no ser muito diferente o valor assim obtido daquele que se calcularia com base na potncia de cada mquina e no volume de sua utilizao, prefere-se fazer a apropriao de forma indireta.

    Sempre que necessrio utilizar qualquer fator de rateio para a apropriao ou quando h o uso de estimativas ao invs de medio direta, fica caracterizado o custo indireto.

    Assim, o rol dos Custos Indiretos inclui Custos Indiretos propriamente ditos e Custos Diretos (por natureza), mas que so tratados como indiretos em funo de sua irrelevncia ou da dificuldade de sua medio.

    Com respeito especificamente mo-de-obra, o Prof. Eliseu Martins ressalta que a mo de obra direta aquela que diz respeito ao gasto com pessoal que trabalha e atua diretamente sobre o produto que est sendo elaborado; a mo de obra indireta a relativa ao pessoal de chefia, superviso ou outras atividades que, apesar de vinculadas produo, no tem aplicao direta sobre o produto: manuteno, programao e controle da produo, etc.

    5.1. MATERIAIS DIRETOS CUSTO DE AQUISIO 5.1.1. REGRA GERAL

    Regra geral: todos os gastos incorridos para a colocao do ativo em condies de uso (equipamentos, matrias-primas, ferramentas, etc) ou em condies de venda (mercadoria, etc) incorporam o valor desse mesmo ativo. (Eliseu Martins, op cit.)

    Texto do Pronunciamento CPC 16 (R1) Estoques: CUSTOS DO ESTOQUE

    10. O VALOR DE CUSTO DO ESTOQUE DEVE INCLUIR TODOS OS CUSTOSDE AQUISIO E DE TRANSFORMAO, BEM COMO OUTROS CUSTOS INCORRIDOS PARA TRAZER OS ESTOQUES SUA CONDIO E LOCALIZAO ATUAIS.

    CUSTOS DE AQUISIO

    11. O custo de aquisio dos estoques compreende o preo de compra, osimpostos de importao e outros tributos (exceto os recuperveis junto ao fisco), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros

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    diretamente atribuveis aquisio de produtos acabados, materiais e servios. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser deduzidos na determinao do custo de aquisio. (NR) (Nova Redao dada pela Reviso CPC n. 1, de 8/01/2010)

    Assim, o custo de aquisio dos estoques compreende:

    1) Preo de compra2) Impostos de importao e outros tributos (exceto os recuperveis). Os

    tributos recuperveis so:a) Matria prima: IPI, ICMS, PIS e Cofins (os dois ltimos na modalidade

    no cumulativa)b) Mercadorias para revenda: ICMS, PIS e Cofins (os dois ltimos na

    modalidade no cumulativa)3) Custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuveis

    aquisio.

    Os descontos comerciais e os abatimentos devem ser deduzidos do custo de aquisio, como veremos a seguir.

    5.1.2. DESCONTOS COMERCIAIS E ABATIMENTOS

    Descontos comerciais ou incondicionais so aqueles que so negociados no momento da compra, sem nenhuma condio. Exemplo: determinada mercadoria custa 100 reais a unidade, mas, na negociao, acaba saindo por 95 reais. O vendedor concede um desconto de 5 reais, para realizar a venda. Esse tipo de desconto deve ser deduzido do custo do produto.

    J que falamos em descontos, vamos mencionar tambm o desconto financeiro ou condicional. Ocorre quando o vendedor oferece um desconto para antecipar o pagamento. Por exemplo, numa determinada venda, com vencimento em 30 dias, o vendedor pode oferecer um desconto de 2% para pagamento em 15 dias.

    Esse tipo de desconto contabilizado como Receita Financeira, para o comprador, e no afeta o custo do estoque.

    O abatimento ocorre num momento posterior compra. Por exemplo, uma loja fecha um pedido de cadeiras por 100 reais a unidade e, quando recebe a mercadoria, a cor est diferente do que foi pedido. Nesse caso, o vendedor pode conceder um abatimento para que a mercadoria no seja devolvida. Digamos, um abatimento de 3 reais por unidade. Nesse caso, a Nota Fiscal emitida por 100 reais a unidade, mas dever entrar para o estoque apenas 97 reais (sem considerar impostos ou outros custos).

    A lei das S.A.s (Lei 6.404/76) estabelece o seguinte, sobre esse assunto:

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    CRITRIOS DE AVALIAO DO ATIVO

    Art. 183. No balano, os elementos do ativo sero avaliados segundo os seguintes critrios: (...) II - os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comrcio da companhia, assim como matrias-primas, produtos em fabricao e bens em almoxarifado, pelo custo de aquisio ou produo, deduzido de proviso para ajust-lo ao valor de mercado, quando este for inferior;

    Estas so as determinaes gerais sobre avaliao de estoque

    5.1.3. TRATAMENTO DOS GASTOS DE FRETES E ARMAZENAGEM

    Fretes: J mencionamos que o frete integra o custo da matria prima.

    Mas vale ressaltar o seguinte ponto: o frete sobre as vendas da empresa (ou seja, o valor gasto para enviar os produtos acabados aos clientes) deve ser tratado como despesa.

    Frete sobre compras (matria prima, mercadoria) CUSTO

    Frete sobre venda DESPESA

    Armazenagem: Com relao armazenagem, ocorre a mesma distino. Quando a empresa compra matria prima, pode ser necessrio armazen-la por algum tempo, antes de utiliz-la na produo.

    Tais gastos com armazenagem so includos no custo da produo.

    Mas, quando uma empresa adquire mercadoria, os gastos com armazenagem so considerados despesas. Pois a mercadoria j est pronta, j foi produzida.

    Lembra da regra geral?

    Todos os gastos incorridos para a colocao do ativo em condies de uso (equipamentos, matrias-primas, ferramentas, etc) ou em condies de venda (mercadoria, etc) incorporam o valor desse mesmo ativo. (Eliseu Martins, op.cit.)

    As mercadorias adquiridas j esto em condio de venda, quando chegam empresa. O tempo de estocagem no ocorre para coloc-las em condies de venda. Portanto, tais gastos vo para a despesa. O mesmo ocorre com os produtos acabados. Sua armazenagem despesa, e no custo.

    Armazenagem de matria prima CUSTO Armazenagem de mercadorias ou produtos acabados DESPESA

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    5.2. CUSTOS INDIRETOS

    J Custos Indiretos como aqueles que no podem ser atribudos diretamente aos produtos, necessitando de algum critrio de rateio para alocao.

    o que vamos agora estudar: os critrios de rateio.

    Mas, primeiro, vamos ver o Esquema bsico da Contabilidade de Custos, para uma viso geral do processo de custo. (obs: baseado em exemplo do livro &RQWDELOLGDGHGH&XVWRVGH(OLVHX0DUWLQV 5.2.1. ESQUEMA BSICO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS

    1) A separao entre Custo e Despesas.

    Vamos supor que estes sejam os gastos de determinado perodo da Empresa X:

    Comisses de Vendedores 56.000 Salrios de Fbrica 84.000 Matria prima consumida 240.000 Salrios da Administrao 90.000 Depreciao na fbrica 42.000 Seguros da fbrica 8.000 Despesas Financeiras 35.000 Honorrios da Diretoria 28.000 Materiais diversos - fbrica 10.000 Energia eltrica - fbrica 60.000 Manuteno - fbrica 50.000 Despesas de entrega 30.000 Correios, telefone, telex 3.000 Material de consumo - Escritrio 4.000 Total gastos/abril 740.000

    Iniciamos com a separao entre custos e despesas, da seguinte forma:

    Custos de Produo Salrios de Fbrica 84.000 Matria-prima consumida 240.000 Depreciao na fbrica 42.000 Seguros da fbrica 8.000 Materiais diversos - fbrica 10.000 Energia eltrica - fbrica 60.000 Manuteno - fbrica 50.000 Total gastos/abril 494.000

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    Estes gastos integraro o Custo dos produtos.

    Despesas Comisses de Vendedores 56.000 Salrios da Administrao 90.000 Despesas Financeiras 35.000 Honorrios da Diretoria 28.000 Despesas de entrega 30.000 Correios, telefone, telex 3.000 Material de consumo - Escritrio 4.000 Total de despesas 246.000

    As despesas, que no entraram no custo da produo e totalizaram R$246.000,00, sero contabilizadas diretamente no Resultado do Perodo, sem serem alocadas aos produtos.

    2) A apropriao dos Custos Diretos.

    Digamos que essa empresa elabore dois produtos diferentes, A e B. O prximo passo consiste em apropriar os custos diretos aos produtos. Vamos supor que, alm da matria prima, sejam tambm custos diretos 50% da mo-de-obra e 60% da energia eltrica.

    Atravs de controles e apontamentos, a empresa identifica os seguintes valores para o custo direto dos produtos:

    Custos de Produo Produto A Produto B TOTAL Salrios de Fbrica 30.000 12.000 42.000 Matria prima consumida 150.000 90.000 240.000 Energia eltrica - fbrica 20.000 16.000 36.000 TOTAL 200.000 118.000 318.000

    3) A alocao dos Custos Indiretos.

    Agora, sobraram os custos indiretos:

    Custos Indiretos Salrios de Fbrica - indiretos 42.000 Depreciao na fbrica 42.000 Seguros da fbrica 8.000 Materiais diversos - fbrica 10.000 Energia eltrica - fbrica - indir. 24.000 Manuteno - fbrica 50.000 Total gastos/abril 176.000

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    Quando os custos diretos so maiores que os custos indiretos, uma forma simplista de rateio atribuir os custos indiretos proporcionalmente ao que cada produto j recebeu de custos diretos.

    Esse critrio usado principalmente quando os custos indiretos so bem menores que os custos diretos.

    Mas h outros critrios, mais sofisticados:

    5.3. CRITRIOS DE ALOCAO (RATEIO) DOS CUSTOS INDIRETOS

    Salrios de Fabrica indireto: pode ser rateado pelo nmero de funcionrios diretos que trabalham em cada produto.

    Manuteno fbrica: pelo nmero de horas/mquinas usadas na produo de cada produto.

    Depreciao: pela quantidade de horas/mquinas usadas por cada produto.

    Aluguel da fbrica: rateado pela rea ocupada na produo de cada produto (Obs: nesse exemplo, no inclumos aluguel da fbrica).

    Para concursos, a questo deve informar claramente qual ser o critrio de rateio.

    Apenas para finalizar o exemplo, vamos apresentar o quadro completo de apropriao de custos aos produtos, supondo que as bases de rateio j tenham sido calculadas:

    Custos Diretos Produto A Produto B TOTAL Salrios de Fbrica 30.000 12.000 42.000 Matria-prima consumida 150.000 90.000 240.000 Energia eltrica - fbrica 20.000 16.000 36.000 Sub-total custos diretos 200.000 118.000 318.000 Custos Indiretos Salrios de Fbrica - indiretos 25.000 17.000 42.000 Depreciao na fbrica 30.000 12.000 42.000 Seguros da fbrica 5.000 3.000 8.000 Materiais diversos - fbrica 5.000 5.000 10.000 Energia eltrica - fbrica - indir. 15.000 9.000 24.000 Manuteno - fbrica 35.000 15.000 50.000 Sub-total custos indiretos 115.000 61.000 176.000 Total dos custos 315.000 179.000 494.000

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    Portanto, o esquema bsico :

    1) Separar custos de despesas2) Apropriar os custos diretos3) Apropriar os custos indiretos, atravs dos critrios de rateio.

    Com relao aos critrios de rateio dos custos indiretos, para concursos, fica bem simples. A banca deve dizer exatamente qual o critrio a ser utilizado. Devemos apenas seguir o que a questo indicar.

    5.4. DEPARTAMENTALIZAO

    Este assunto no aparece no Edital. Mas vamos estud-lo rapidamente, apenas para completar o esquema bsico da contabilidade de custos.

    Departamento uma unidade administrativa, representada por pessoas e mquinas que desenvolvem determinada atividade. O Departamento um centro de custos, ou seja, os custos indiretos so acumulados no Departamento, e depois so atribudos aos produtos.

    Os Departamentos podem ser classificados de duas formas:

    a) Departamentos de produo, nos quais ocorre a atividade produtivapropriamente dita: corte, montagem, acabamento, pintura, forjaria, ouseja, so os departamentos que atuam diretamente na produo;

    b) Departamentos de servios, que prestam servios aos departamentos deproduo. Exemplo: manuteno, almoxarifado, Administrao Geral daproduo, etc.

    Normalmente, os custos acumulados nos departamentos de servios so apropriados aos departamentos de produo. Assim, com a utilizao dos departamentos, o esquema bsico de custos fica assim:

    a) Separao entre Custos e Despesas;b) Apropriao dos Custos Diretos aos produtos;c) Apropriao dos Custos Indiretos aos Departamentos;d) Rateio dos Custos Acumulados nos Departamentos de Servios aos

    Departamentos de Produo;e) Atribuio dos Custos Indiretos

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    6. QUESTES COMENTADAS

    1) (CESPE/TELEBRAS/Contador/2013) A depreciao de uma mquina que utilizada na produo de vrios tipos de produtos deve ser classificada como custo direto de fabricao.

    Comentrio:

    Vamos relembrar rapidamente a diferena entre Custo Direto e Custo Indireto:

    Custos diretos so aqueles que podem ser diretamente apropriados aos produtos. Exemplo: matria-prima, mo de obra direta, embalagens, etc. Custos indiretos so aqueles que no podem ser diretamente apropriados aos produtos. A sua alocao feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrria. Exemplo: Aluguel da fbrica, superviso, chefia, etc. (Eliseu Martins, &RQWDELOLGDGHGH&XVWRV Cada vez que necessrio utilizar qualquer fator de rateio para a apropriao ou cada vez que h o uso de estimativas e no de medio direta, o custo considerado indireto.

    Portanto, a depreciao de uma mquina usada na produo de vrios tipos de produto um custo indireto. A depreciao dever ser rateada aos diversos produtos.

    1 - Gabarito ERRADA

    CESPE/TELEBRAS/Contador/2013) Julgue os itens a seguir, acerca dos sistemas de custos e informaes gerenciais para tomada de deciso.

    2) O frete relativo s vendas de mercadorias constitui custos do perodo,devendo ser levados a resultado no exerccio de ocorrncia do fato gerador.

    Comentrio:

    A regra para classificao dos gastos com frete a seguinte:

    Frete sobre compras (matria prima, mercadoria) CUSTO Frete sobre venda DESPESA

    A questo XVD XPD WHUPLQRORJLD LQDGHTXDGD DR PHQFLRQDU TXH R IUHWH GDVvendas cRQVWLWXLFXVWRVGRSHUtRGR2FRUUHWRVHULDGHVSHVD Mas essa questo foi considerada correta pela banca.

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    2 - Gabarito CERTO

    3) (CESPE/TELEBRAS/Contador/2013) O valor normal do desperdcio ou sobrade matria prima no processo produtivo deve ser includo como custo do perodo.

    Comentrio:

    Perdas normais no processo de produo: so consideradas parte do custo dos produtos.

    Perdas anormais: vo diretamente para o resultado do perodo. Assim, o valor normal do desperdcio ou sobra de matria prima no processo produtivo deve ser includo como custo do PRODUTO, e no custo do perodo.

    2 &(63( XVD D H[SUHVVmR &XVWR GR 3HUtRGR SDUD DV 'HVSHVDV TXH HQWUDPdiretamente no Resultado do Perodo. Se aparecer na sua prova, aceite, embora o mais correto seja Despesa, e no Custos do Perodo.

    3 - Gabarito ERRADA

    4) (CESPE/TELEBRAS/Contador/2013) O custo do produto acabado e novendido deve ser ativado na conta de estoque de produtos acabados at o momento da venda, quando, ento, dever ser baixado para custo do produto vendido.

    Comentrio:

    O produto acabado e no vendido fica classificado no Estoque de Produtos Acabados. Quando ocorre a venda, o custo entra no Resultado do perodo como Custo dos Produtos Vendidos.

    4 - Gabarito CERTO

    (CESPE/TJ-AC/Contador/2012) Julgue os itens a seguir, a respeito de informaes gerenciais e custos.

    5) (CESPE/TJ-AC/Contador/2012) Os tributos recuperveis junto ao fisco noso contabilizados como custo dos estoques. Entretanto, custos de transporte ou de seguro, quando diretamente atribuveis aquisio do estoque, integram o valor do custo.

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    Comentrio:

    O custo de aquisio dos estoques compreende: 1) Preo de compra2) Impostos de importao e outros tributos (exceto os recuperveis). Ostributos recuperveis so:

    c) Matria prima: IPI, ICMS, PIS e Cofins (os dois ltimos na modalidadeno cumulativa)

    d) Mercadorias para revenda: ICMS, PIS e Cofins (os dois ltimos namodalidade no cumulativa)

    3) Custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuveis aquisio.

    5 - Gabarito CERTO

    (CESPE/CORREIO/Analista Contador/2011) Em relao contabilidade de custos, julgue os itens.

    6) (CESPE/CORREIO/Analista Contador/2011) Considerando-se a tabelaabaixo, que mostra os custos dos produtos fabricados e os custos do perodo de uma empresa que fabrica diversos produtos em vrios departamentos especficos, correto afirmar que o custo total relativo aos produtos equivale a R$ 15,00.

    item custo (em R$)

    Materiais diretos 5 Propaganda 5 Salrios de executivos 5 Mo de obra direta 5 Comisses de vendas 5 Custos indiretos de fabricao 5 Relaes pblicas 5

    Comentrio:

    O modo mais fcil de resolver este tipo de questo identificar os itens de custo e somar diretamente. Assim:

    item custo (em R$)

    Materiais diretos 5 custo 5 Propaganda 5 despesa Salrios de executivos 5 despesa Mo de obra direta 5 custo 5 Comisses de vendas 5 despesa

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    Custos indiretos de fabricao 5 custo 5 Relaes pblicas 5 despesa

    Custo total = 15

    6 - Gabarito CERTO

    7) (CESPE/CORREIO/Analista Contador/2011) Dos dados mostrados noquadro abaixo infere-se que o custo dos produtos acabados foi menor que o custo dos produtos vendidos.

    Comentrio: Vamos usar a velha e conhecida frmula:

    Saldo Inicial + entradas sadas = saldo final Aplicada conta Estoque, fica assim:

    Estoque inicial + entrada sadas (CMV) = estoque final 10 + entradas 20 = 15 Resolvendo, temos que as entradas na conta Estoque foram de 25.

    As entradas em Estoque podem ser as Compras ou a Produo Acabada no perodo.

    7 - Gabarito ERRADO

    8) (CESPE/CORREIO/Analista Contador/2011) Considere que uma padariapretenda ratear os custos indiretos de R$ 500,00 entre seus dois departamentos W e M, de acordo com as horas trabalhadas em cada produto nesses departamentos, segundo a tabela abaixo. Nesse caso, o custo indireto (CIF) do departamento W equivale a 60% dos custos indiretos totais. CERTO

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    Comentrio: Total de horas Trabalhadas: Departamento W = 20+40 = 60 horas Departamento M = 30+10 = 40 horas Total = 60 + 40 = 100 horas

    Custo Indireto de Fabricao: Departamento W = 60 horas / 100 horas = 60%

    8 - Gabarito CERTO

    CESPE/TJ-ES/Analista Contabilidade/2011) Com base nos conceitos e aplicaes de custos julgue os itens.

    9) (CESPE/TJ-ES/Analista Contabilidade/2011) Os custos de transformao deestoques incluem os custos indiretos de produo variveis, que variam conforme a quantidade produzida. Os custos indiretos de produtos fixos, que independem do volume da produo, so considerados despesas operacionais, no compondo o lucro bruto.

    Comentrio:

    Custos de Transformao: soma de todos os Custos de Produo, exceto os relativos a matrias-primas e outros eventuais adquiridos e empregados sem nenhuma modificao pela empresa (componentes adquiridos prontos, HPEDODJHQVFRPSUDGDVHWF(OLVHX0DUWLQV&RQWDELOLGDGHGH&XVWRV Representam esses Custos de Transformao o valor do esforo da prpria empresa no processo de elaborao de um determinado item (mo de obra direta e indireta, energia, materiais de consumo industrial, etc.).

    Vamos analisar as assertivas: Os custos de transformao de estoques incluem os custos indiretos de produo variveis, que variam conforme a quantidade produzida. &RUUHWR Os custos indiretos de produtos fixos, que independem do volume da produo, so considerados despesas operacionais, no compondo o lucro bruto.

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    ERRADO. Esse o procedimento para o custeio Varivel. Os custos de transformao incluem os custos indiretos fixos.

    9 - Gabarito ERRADO

    (CESPE/CPEM/Analista - Contabilidade/2013) Uma empresa comercial, durante o ms de maro de 2013, realizou as seguintes transaes, referentes mesmamercadoria.

    1/3 compra de 10 unidades da mercadoria por R$ 20,00 Cada 5/3 compra de 15 unidades da mercadoria por R$ 25,00 Cada 15/3 venda de 16 unidades da mercadoria por R$ 40,00 Cada A partir dessas informaes, julgue os itens que se seguem.

    10) (CESPE/CPEM/Analista - Contabilidade/2013) Considerando-se umaincidncia de 10% de ICMS sobre as transaes realizadas, infere-se que o imposto recupervel e no integrar o custo da mercadoria.

    Comentrio:

    Conforme o Pronunciamento CPC 16 (R1) Estoques: CUSTOS DO ESTOQUE 10. O VALOR DE CUSTO DO ESTOQUE DEVE INCLUIR TODOS OS CUSTOSDE AQUISIO E DE TRANSFORMAO, BEM COMO OUTROS CUSTOS INCORRIDOS PARA TRAZER OS ESTOQUES SUA CONDIO E LOCALIZAO ATUAIS.

    CUSTOS DE AQUISIO

    11. O custo de aquisio dos estoques compreende o preo de compra, osimpostos de importao e outros tributos (exceto os recuperveis junto ao fisco), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuveis aquisio de produtos acabados, materiais e servios. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser deduzidos na determinao do custo de aquisio. (NR) (Nova Redao dada pela Reviso CPC n. 1, de 8/01/2010)

    Assim, o custo de aquisio dos estoques compreende: Preo de compra

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    Impostos de importao e outros tributos (exceto os recuperveis). Os tributos recuperveis so:

    a) Matria prima: IPI, ICMS, PIS e Cofins (os dois ltimos na modalidadeno cumulativa)

    b) Mercadorias para revenda: ICMS, PIS e Cofins (os dois ltimos namodalidade no cumulativa)

    Custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuveis aquisio.

    10 - Gabarito CERTO

    11) (CESPE/TJ-ES/Analista Contabilidade/2011) As mercadorias devem seravaliadas pelo custo de aquisio, deduzido de proviso para ajuste ao valor de mercado, quando este for inferior. O valor de mercado pode ser utilizado em quaisquer circunstncias no caso de mercadorias fungveis, se esse for o costume mercantil. Certo

    Comentrio:

    De acordo com a Lei 6404/76:

    Art. 183. No balano, os elementos do ativo sero avaliados segundo os seguintes critrios: (...)

    II - os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comrcio da companhia, assim como matrias-primas, produtos em fabricao e bens em almoxarifado, pelo custo de aquisio ou produo, deduzido de proviso para ajust-lo ao valor de mercado, quando este for inferior; (...)

    4 Os estoques de mercadorias fungveis destinadas venda poderoser avaliados pelo valor de mercado, quando esse for o costume mercantil aceito pela tcnica contbil.

    11 - Gabarito CERTO

    12) (CESPE/TJ-ES/Analista Contabilidade/2011) O ICMS a recuperar e osdescontos incondicionais concedidos pelo fornecedor no integram o custo de aquisio de estoques.

    Comentrio:

    O custo de aquisio dos estoques compreende:

    Preo de compra

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    Impostos de importao e outros tributos (exceto os recuperveis). Os tributos recuperveis so:

    a) Matria prima: IPI, ICMS, PIS e Cofins (os dois ltimos na modalidadeno cumulativa)

    b) Mercadorias para revenda: ICMS, PIS e Cofins (os dois ltimos namodalidade no cumulativa)

    Custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuveis aquisio.

    12 - Gabarito CERTO

    (CESPE/TJ-AL/Analista Contabilidade/2012 - adaptada) A anlise dos custos, para efeito de tomada de deciso no contexto organizacional, tem sido relevante para obteno de bons resultados. Nesse contexto, os conceitos do estudo da relao custos versus volume versus lucro podem ser aplicados. Considere uma empresa que dispe de um produto cujo preo de venda seja R$ 30,00 por unidade; custos variveis de R$ 12,00 por unidade; custos fixos de R$ 5.000,00 e quantidade vendida de 1.500 unidades.

    Com base nessas informaes, julgue as questes 13 a 15 abaixo:

    13) Para essa empresa, um aumento de 10% nas vendas resultar em umimpacto positivo nos lucros no valor de R$ 27.000,00.

    14) Caso a empresa vendesse mais de 1.500 unidades, realizando uma vendade R$60.000,00, o valor do lucro para essa venda seria igual a R$ 36.000,00.

    15) Considere que a empresa tenha gasto com despesas de propaganda R$2.500,00 e tenha conseguido aumentar as vendas em R$ 5.000,00. Nessa situao, portanto, essa despesa adicional foi benfica para a empresa, no que tange diferena entre margem de contribuio e despesa de propaganda.

    Comentrio:

    13) Para essa empresa, um aumento de 10% nas vendas resultar em umimpacto positivo nos lucros no valor de R$ 27.000,00.

    Aumento de 10% nas vendas = 1.500 um. x 10% = 150 unidades. Impacto positivo = 150 unidades x Margem de contribuio unitria Impacto positivo = 150 x ($30,00 - $12,00) Impacto positivo = 150 x $18,00 Impacto positivo = $ 2.700,00

    13 - Gabarito ERRADO

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    14) Caso a empresa vendesse mais de 1.500 unidades, realizando uma vendade R$60.000,00, o valor do lucro para essa venda seria igual a R$ 36.000,00.

    Receita total $60.000 / $30 = 2.000 unidades vendidas Custo varivel total: 2.000 unidades x $12,00 = $24.000,00

    Lucro = Vendas custo varivel total - custo fixo Lucro = $60.000,00 - $24.000,00 - $ 5.000,00 = $31.000,00

    14 - Gabarito ERRADO

    15) Considere que a empresa tenha gasto com despesas de propaganda R$2.500,00 e tenha conseguido aumentar as vendas em R$ 5.000,00. Nessa situao, portanto, essa despesa adicional foi benfica para a empresa, no que tange diferena entre margem de contribuio e despesa de propaganda.

    Aumento de vendas / preo unitrio = $5.000 / $30 = 166,67 unds. Custo varivel = 166,67 unid. X $12,00 = $2.000,00

    Com o custo varivel referente s unidades adicionais, podemos calcular o resultado da propaganda:

    Resultado = Receita total custo varivel despesa propaganda Resultado = $5.000,00 - $2.000,00 - $2.500,00 = $ 500,00

    Portanto, o resultado da empresa aumentou $500,00 com a propaganda, o que benfico para a empresa.

    15 - Gabarito CERTO

    (CESPE/TJ-AL/Analista Contabilidade/2012 - ADAPTADA) Em relao aos custos para a tomada de decises empresariais, julgue as questes abaixo.

    16) O custo fixo por unidade produzida no varia em funo da quantidadetotal de produo.

    17) Alm dos custos fixos e variveis, existem os custos semi variveis, como,por exemplo, o aluguel de um galpo industrial.

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    18) O valor total dos custos e despesas variveis (CDVs) variaproporcionalmente quantidade de unidades do produto fabricado. Contudo, os CDVs por unidade de produto fabricado so fixos.

    Vamos s respostas:

    16) O custo fixo por unidade produzida no varia em funo da quantidadetotal de produo.

    Comentrio:

    O custo fixo no muda no valor total, mas o valor unitrio muda, em funo da quantidade produzida.

    16 - Gabarito ERRADO

    17) Alm dos custos fixos e variveis, existem os custos semi variveis, como,por exemplo, o aluguel de um galpo industrial.

    Comentrio:

    O aluguel de um galpo um custo fixo. Vamos relembrar os conceitos:

    Alguns autores usam a classificao de custos semi-fixos e custos semi-variveis, como segue:

    Custos semi-fixos

    Em princpios, so custos fixos; mas, com o aumento da produo, ocorre um aumento em tais custos. Depois que se ajustam nova posio, voltam a apresentar caractersticas de custo fixo. Por exemplo, uma empresa pode ter um departamento de manuteno com 5 funcionrios. Com o aumento da produo (e portanto com a aquisio de novas mquinas e equipamentos), pode ser necessrio contratar mais um funcionrio, o que eleva o custo do departamento de manuteno. Depois da contratao do funcionrio adicional, ainda que a produo aumente at certo nvel, no ser necessrio contratar outro funcionrio (volta a ter caractersticas de custo fixo).

    Custos semi-variveis

    So aqueles que possuem em seu valor uma parcela fixa e outra varivel. Isto , tm um comportamento de custo fixo at certo momento e depois se comportam como custo varivel. O exemplo clssico a conta de luz: mesmo que o consumo seja zero, h uma parcela fixa a pagar. Depois de certa quantidade consumida, passa a ter tambm uma parcela varivel.

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    17 - Gabarito ERRADO

    18) O valor total dos custos e despesas variveis (CDVs) variaproporcionalmente quantidade de unidades do produto fabricado. Contudo, os CDVs por unidade de produto fabricado so fixos.

    Comentrio:

    Custo Varivel: Unitrio: No sofre alterao Total : apresenta alterao proporcional ao volume produzido

    Custo Fixo: Unitrio: apresenta alterao inversamente proporcional ao volume produzido. Total : No sofre alterao

    Veja explicao detalhada na pg. 17 desta aula.

    18 - Gabarito CERTO

    19. (ESAF/ENAP/Contador/2006) Assinale abaixo a opo que contm umaassertiva incorreta.

    A) A matria-prima classificada como custo direto corresponde aos materiaiscujo consumo podemos quantificar no produto. Se no for possvel a identificao da quantidade aplicada no produto, passa a ser um elemento de custo indireto. B) Custos semivariveis so aqueles que possuem em seu valor uma parcelafixa e outra varivel. Isto , tm um comportamento de custo fixo at certo momento e depois se comportam como custo varivel. C) Custos semifixos so aqueles elementos de custos classificados de fixos quese alteram em decorrncia de uma mudana na capacidade de produo instalada.

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    D) Custo total a somatria dos custos fixos e variveis, sendo que os custossemifixos e semivariveis tm o mesmo significado. E) A mo-de-obra direta compreende os funcionrios que atuam diretamente noproduto e cujo tempo gasto possa ser identificado, isto , apontado no produto.

    Comentrio:

    A alternativa incorreta a D.

    Custos semi-fixos e semi-variveis no tem o mesmo significado. A questo menciona a definio correta para esses conceitos nas letras B e C.

    Quanto alternativa A, se no for no for possvel a identificao da quantidade aplicada no produto, ser necessrio atribuir o custo da matria prima atravs de rateio, o que caracteriza custo indireto.

    19 - Gabarito D

    20. (ESAF/ENAP/Contador/2006) Assinale abaixo a opo que contm umaassertiva verdadeira.

    A) Custo fixo o que independe do nvel de atividade, mas que varia, emtermos unitrios, na proporo inversa variao da quantidade produzida. B) Custeio Direto o sistema de custeamento que consiste em reconhecercomo custo dos produtos ou servios vendidos somente os custos variveis, enquanto os custos fixos seriam estocados na produo do perodo. C) Custo varivel o que varia linearmente com o nvel de atividade, sendonulo ou igual a zero no ponto de equilbrio. D) Custeio por Absoro o sistema de custeamento cuja caracterstica bsicaconsiste em separar os custos do perodo do custo do produto, no qual a avaliao recai apenas no custo dos produtos vendidos. E) O ponto de equilbrio corresponde ao nvel mnimo de atividade da empresaem que suas receitas e os custos variveis se equilibram.

    Comentrio:

    Vamos analisar as alternativas:

    A) Custo fixo o que independe do nvel de atividade, mas que varia, emtermos unitrios, na proporo inversa variao da quantidade produzida.

    Alternativa CERTA. Podemos pensar no custo fixo como o aluguel da fbrica. Embora o valor do aluguel possa se alterar, tal variao no ocorre em funo do nvel de atividade.

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    Por outro lado, quando a quantidade produzida aumenta, o custo fixo unitrio diminui. Vamos supor que o valor do aluguel seja de $10.000 por ms. Se a produo for de 1.000 unidades, cada uma ter um custo fixo unitrio de $10,00.

    Se a produo aumentar para 2.000 unidades por ms, o custo fixo unitri