adc e custos - aula 02

77
Aula 02 Curso: Contabilidade de Custos e ADC p/ TCU Professores: Gabriel Rabelo, Luciano Rosa

Upload: balaio-maranhao

Post on 20-Jan-2016

137 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • Aula 02

    Curso: Contabilidade de Custos e ADC p/ TCUProfessores: Gabriel Rabelo, Luciano Rosa

  • Contabilidade de Custos e Anlise das Demonstraes Contbeis para TCU

    Teoria e exerccios comentados

    Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 02

    Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 76

    SUMRIO

    APRESENTAO ................................................................................................... 21 ANLISE DE LIQUIDEZ: ANLISE DO FLUXO DE CAIXA, ANLISE DO CICLO OPERACIONAL E ANLISE DO CICLO FINANCEIRO. INDICADORES. .................. 31.1 INDICADORES DE LIQUIDEZ .................................................................... 31.1.1 NDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE OU LIQUIDEZ COMUM ...................... 31.1.2 - NDICE DE LIQUIDEZ SECA OU ACID TEST OU TESTE CIDO ................ 41.1.3 NDICE DE LIQUIDEZ IMEDIATA OU INSTANTNEA .............................. 41.1.4 NDICE DE LIQUIDEZ GERAL OU LIQUIDEZ TOTAL................................ 51.1.5 NDICE DE SOLVNCIA GERAL .............................................................. 61.2. ANLISE DO CICLO OPERACIONAL E ANLISE DO CICLO FINANCEIRO .. 71.2.1 NDICES DE ATIVIDADE (ROTAO) .................................................... 71.2.2 ROTAO DE ESTOQUE (RE) ................................................................. 71.2.3 PRAZO MDIO DE ROTAO DO ESTOQUE (PMRE) ................................ 71.2.4 ROTAO DE DUPLICATAS A RECEBER (RDR) ( OU DE CLIENTES, OU DE CONTAS A RECEBER) ........................................................................................ 81.2.5 PRAZO MDIO DE ROTAO DE DUPLICATAS A RECEBER (PMRDR) ...... 81.2.6 CICLO OPERACIONAL (COP) ................................................................. 91.2.7 ROTAO DE FORNECEDORES (RF) (OU DUPLICATAS A PAGAR) ......... 101.2.8 PRAZO MDIO DE ROTAO DE FORNECEDORES (PMRF) ..................... 101.2.9 CICLO FINANCEIRO (CF) OU CICLO DE CAIXA ..................................... 102. FLUXOS DE CAIXA ........................................................................................ 112.1. DEMONSTRAO DE FLUXO DE CAIXA MTODO INDIRETO .................... 172.3. DEMONSTRAO DE FLUXO DE CAIXA MTODO DIRETO ........................ 182.4. ANLISE DO FLUXO DE CAIXA .................................................................. 242.4.1. INDICADORES ....................................................................................... 253 - ANLISE DA ESTRUTURA DE CAPITAL E DA SOLVNCIA. INDICADORES E MEDIDAS DE SOLVNCIA. ................................................................................ 263.1 ENDIVIDAMENTO TOTAL (ED) OU DEBT RATIO ....................................... 263.2 NDICE DE GARANTIA DO CAPITAL DE TERCEIROS (GCT) OU GRAU DE ENDIVIDAMENTO ............................................................................................. 273.3 COMPOSIO DO ENDIVIDAMENTO (CE) ................................................ 273.4. QUOCIENTES DE IMOBILIZAO DE CAPITAL. .......................................... 273.4.1 IMOBILIZAO DO CAPITAL PRPRIO (ICP) ....................................... 273.4.2 NDICE DE IMOBILIZAO DO INVESTIMENTO TOTAL (IIT) ............... 283.5 NDICE DE SOLVNCIA GERAL ............................................................... 284 - ANLISE HORIZONTAL E VERTICAL. ANLISE DE TENDNCIAS. ................ 294.1. ANLISE HORIZONTAL: ............................................................................ 294.2. ANLISE VERTICAL: .................................................................................. 314.3. ANLISE DE TENDNCIAS: ........................................................................ 32

    AULA 02: 3. Anlise de liquidez: anlise do fluxo de caixa, anlise do ciclo operacional e anlise do ciclo financeiro 3.1 Indicadores. 4 Anlise da estrutura de capital e da solvncia.4.1 Indicadores e medidas de solvncia. 5 Informaes extradas das Notas Explicativas. 6 Anlise horizontal e vertical. 6.1 Anlise de tendncias. 6.2 Grupos de comparao. 7 Indicadores de mercado. 8 Limitaes da anlise por indicadores. 9 Consideraes de natureza no-financeira (qualitativa).

    FlaviHighlight

    FlaviHighlight

    FlaviHighlight

    FlaviHighlight

    FlaviHighlight

    FlaviHighlight

    FlaviHighlight

    FlaviHighlight

  • Contabilidade de Custos e Anlise das Demonstraes Contbeis para TCU

    Teoria e exerccios comentados

    Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 02

    Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 76

    5 - GRUPOS DE COMPARAO. INDICADORES DE MERCADO. .......................... 346 - LIMITAES DA ANLISE POR INDICADORES. ........................................... 366.1 LIMITAES INERENTES AOS DADOS UTILIZADOS ................................ 366.2 - NO UTILIZAO DE INFORMAES SOBRE QUANTIDADES FSICAS..... 377 CONSIDERAES DE NATUREZA NO FINANCEIRA (QUALITATIVA). ......... 377.1 - CARACTERSTICAS QUALITATIVAS FUNDAMENTAIS ............................... 387.2 - CARACTERSTICAS QUALITATIVAS DE MELHORIA ................................... 408 - QUESTES COMENTADAS ........................................................................... 449 - QUESTES COMENTADAS NESTA AULA ....................................................... 6710 - GABARITO DAS QUESTES COMENTADAS NESTA AULA ............................ 76

    APRESENTAO

    Ol, meus amigos. Como esto?!

    O CESPE mudou o Edital, na parte de Contabilidade Geral. Eliminou os Princpios Contbeis Fundamentais, deixando apenas o Pronunciamento Conceitual Bsico (R1). Nessa aula, vamos apresentar parte deste pronunciamento no tpico 7: Consideraes de natureza no financeira (qualitativas).

    Os contedos de Anlise e de Custos no foram alterados.

    Nossos e-mails, para dvidas, so:

    [email protected] [email protected]

    Quaisquer dvidas, por favor, enviem aos dois e-mails, para que ambos possamos ter cincia do que est se passando no curso.

    isso! Vamos comear a nossa batalha?!

    Forte abrao!

    Gabriel Rabelo/Luciano Rosa.

  • Contabilidade de Custos e Anlise das Demonstraes Contbeis para TCU

    Teoria e exerccios comentados

    Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 02

    Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 76

    1 ANLISE DE LIQUIDEZ: ANLISE DO FLUXO DE CAIXA, ANLISE DO CICLO OPERACIONAL E ANLISE DO CICLO FINANCEIRO. INDICADORES.

    Os ndices ( ou quocientes, ou indicadores) de liquidez indicam a capacidade da empresa de pagar suas dvidas. Envolvem principalmente as contas do balano (ativo circulante e ativo realizvel a longo prazo, em comparao com o passivo exigvel a curto e a longo prazo).

    Esses ndices so utilizados, entre outros usurios, pelos credores da empresa (bancos, fornecedores, etc), para avaliar o risco de inadimplncia de crditos j concedidos ou a conceder.

    Os quocientes de liquidez devem ser analisados em conjunto com outros grupos de quocientes. Os ndices de rentabilidade e de atividade tm, ao longo dos anos, muita influncia sobre os ndices de liquidez. Assim, uma situao de pouca liquidez pode ser revertida com alguns anos de lucro alto ou melhoria nos ndices de rotao.

    6mRtQGLFHVGRWLSRTXDQWRPDLRUPHOKRU0DVDOJXQVDXWRUHVDOHUWDPTXHHPalguns casos, um alto ndice de liquidez pode significar m gesto financeira, como a manuteno desnecessria de disponibilidades, excesso de estoques, prazos longos de contas a receber, etc.

    1.1 INDICADORES DE LIQUIDEZ 1.1.1 NDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE OU LIQUIDEZ COMUM

    Liquidez corrente

    LC: Ativo circulante

    Passivo circulante

    Este ndice apresenta a capacidade da empresa pagar suas dvidas de curto prazo (passivo circulante) com os recursos de curto prazo (ativo circulante). um ndice muito utilizado e considerado como o melhor indicador da situao de liquidez da empresa.

    Para estabelecer um ndice ideal de Liquidez Corrente, necessrio avaliar o ciclo operacional da empresa. De uma forma geral, quanto maior for o ciclo operacional, maior ser a necessidade de um alto ndice de Liquidez Corrente.

    Exemplo: Ativo circulante = 3.000 e passivo circulante = 2.500

    LC = AC/PC 3.000/2.500. Logo, LC = 1,2 ou 120%.

    FlaviHighlight

  • Contabilidade de Custos e Anlise das Demonstraes Contbeis para TCU

    Teoria e exerccios comentados

    Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 02

    Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 76

    Este ndice significa que a empresa possui R$ 1,20 reais no ativo circulante para cada real de dvida, a curto prazo.

    1.1.2 - NDICE DE LIQUIDEZ SECA OU ACID TEST OU TESTE CIDO

    Liquidez seca/Acid test/Teste cido

    LS: Ativo circulante - estoques

    Passivo circulante

    Trata-se de um ndice de liquidez mais rigoroso que a Liquidez Corrente, pois exclui os estoques.

    Normalmente, o estoque o item de mais lenta realizao, no Ativo Circulante. Precisa ser vendido, e pode se transformar em duplicatas a receber, no caso das vendas a prazo.

    Assim, o ndice de Liquidez Seca mede a capacidade de pagamento das dvidas de curto prazo, sem considerar os estoques.

    um ndice mais adequado para as empresas que operam com estoques de difcil realizao financeira, geralmente em funo do alto valor. Como exemplo podemos citar as empresas do setor imobilirio, nas quais a venda do estoque costuma ser mais lenta.

    Exemplo:

    Ativo circulante = 3.000 Estoque = 400 Passivo circulante = 2.500

    LS = (AC Estoques)/PC = (3.000 400)/2.500 = 1,04 ou 104%. Significa que a empresa possui R$1,04 no ativo circulante para cada real de dvida de curto prazo, sem considerar os estoques.

    1.1.3 NDICE DE LIQUIDEZ IMEDIATA OU INSTANTNEALiquidez imediata/Liquidez instantnea

    LI: Disponibilidades

    Passivo circulante

    o mais rigoroso dos ndices de liquidez. Avalia a capacidade de a empresa pagar suas dvidas de imediato, com os valores que possui disponveis. As disponibilidades incluem caixa e equivalente de caixa (depsitos bancrios,

    FlaviHighlight

    FlaviHighlight

    FlaviHighlight

  • Contabilidade de Custos e Anlise das Demonstraes Contbeis para TCU

    Teoria e exerccios comentados

    Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 02

    Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 76

    aplicaes de curto prazo, etc.), ou seja, so as aplicaes que podem ser convertidas imediatamente em dinheiro sem alterao significativa do seu valor. A necessidade de manter mais ou menos disponibilidades est ligada ao ramo da Atuao. As empresas que efetuam muitas operaes vista necessitam de mais disponibilidades.

    Exemplo:

    Disponibilidades = 400 Passivo circulante = 2.500

    LI: Disponibilidades/PC = 400/2.500 = 0,16 ou 16%.

    Significa que as disponibilidades so equivalentes a 16 % do valor das dvidas de curto prazo. Embora o ndice de Liquidez Imediata seja menor que 1, isto no significa necessariamente que a empresa esteja em m situao financeira, dependendo, como j mencionamos, do ramo de atuao da empresa.

    1.1.4 NDICE DE LIQUIDEZ GERAL OU LIQUIDEZ TOTALLiquidez geral ou total

    LG: Ativo circulante + Ativo realizvel a LP

    Passivo circulante + (Passivo no circulante - Receita diferida)

    Observao: Passivo Circulante (+) Passivo No Circulante Rec. Diferida = Passivo Exigvel.

    Indica a capacidade da empresa de pagar suas dvidas de curto e longo prazo, usando os recursos do Ativo Circulante e do Ativo Realizvel a Longo Prazo.

    Normalmente, desejvel que a Liquidez Geral seja superior a 1. Mas um ndice inferior a 1 no significa que a empresa esteja em m situao financeira. Se, por exemplo, parte de suas dvidas forem de longo prazo e a empresa for bastante lucrativa, ela pode gerar recursos para pagamento das dvidas antes do vencimento.

    Ou seja, os ndices devem ser analisados em conjunto, para se aferir a real situao da empresa.

    Exemplo: Ativo circulante 3.000 Ativo realizvel a LP 2.000 Passivo circulante 2.500

    FlaviHighlight

    FlaviHighlight

  • Contabilidade de Custos e Anlise das Demonstraes Contbeis para TCU

    Teoria e exerccios comentados

    Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 02

    Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 76

    Passivo no circulante 1.800

    LG: (AC + ARLP)/(PC + PNC) = (3.000 + 2.000)/(2.500 + 1.800) = 1,16 ou 116%.

    Significa que a empresa possui R$ 1,16 reais no Ativo Circulante e no Ativo Realizvel a Longo Prazo para cada real de dvida do Passivo Exigvel (Passivo Circulante + Passivo No Circulante).

    1.1.5 NDICE DE SOLVNCIA GERALSolvncia geral (antigo)

    SG: Ativo total

    Passivo exigvel

    Solvncia geral (novo)

    SG: Ativo total

    Passivo exigvel - receitas diferidas

    Indica a capacidade de a empresa pagar suas dvidas de curto e longo prazo, usando todos os seus recursos, inclusive Investimentos Permanentes, Imobilizado e Intangvel.

    Um ndice inferior a 1 indica a existncia de Passivo a Descoberto.

    Na apurao dos ndices de liquidez, devem ser eliminados os valores que no sero realizados, ou seja, que no se convertero em dinheiro. o caso das Despesas Antecipadas e do extinto grupo Ativo Diferido. Esse conceito corresponde ao Ativo Real.

    Ativo Real = ativo total despesas antecipadas - diferido Exemplo:

    Ativo circulante 3.000 Ativo no circulante 7.000 Passivo circulante 2.500 Passivo no circulante 1.800

    SG: (3.000 + 7.000)/(2.500 + 1.800) = 2,33 ou 233%.

    FlaviHighlight

    FlaviHighlight

    FlaviHighlight

  • Contabilidade de Custos e Anlise das Demonstraes Contbeis para TCU

    Teoria e exerccios comentados

    Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 02

    Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 76

    1.2. ANLISE DO CICLO OPERACIONAL E ANLISE DO CICLO FINANCEIRO

    1.2.1 NDICES DE ATIVIDADE (ROTAO) Os ndices de rotao indicam a velocidade com que os elementos patrimoniais se renovam durante um certo perodo de tempo. Por essa razo, so geralmente expressos em dias ou meses. Tais ndices expressam relacionamentos dinmicos, que acabam influindo bastante na posio de liquidez e rentabilidade. Normalmente, envolvem itens do balano e da DRE, simultaneamente.

    1.2.2 ROTAO DE ESTOQUE (RE) Custo das Mercadorias Vendidas (CMV)

    RE = ----------------------------------------------------------------- Estoque Mdio

    Estoque inicial (EI) + Estoque final (EF) Estoque mdio = -------------------------------------------------------

    2

    Este ndice indica quantas vezes o estoque se renovou por causa das vendas.

    Ex. CMV = 120.000 e estoque mdio = 20.000

    CMV 120.000 RE = --------------------- => RE = ------------- => RE = 6

    Estoque mdio 20.000

    Isto significa que a empresa renovou seu estoque de mercadorias 6 vezes durante o ano, ou seja, comprou e vendeu o equivalente ao seu estoque mdio 6 vezes.

    1.2.3 PRAZO MDIO DE ROTAO DO ESTOQUE (PMRE) 360

    PMRE = -------------- RE

    Considerando o exemplo acima, temos:

    360 PMRE = -------------- => PMRE = 60 dias

    6

  • Contabilidade de Custos e Anlise das Demonstraes Contbeis para TCU

    Teoria e exerccios comentados

    Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 02

    Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 76

    De uma forma geral, quanto maior a rotao, ou seja, quanto menor o prazo mdio de renovao do estoque, melhor. Mas os ndices de rotao devem ser analisados em conjunto com os outros indicadores da empresa. Um estoque muito pequeno (que aumentaria a rotao) pode levar a empresa a perder vendas, por exemplo.

    Obs. 1 : devemos sempre considerar o ano com 360 dias, a no ser que a questo informe expressamente nmero de dias diferente (365 ou 366)

    Obs. 2 : Se no for informado o estoque mdio, podemos usar o estoque final para o clculo da RE.

    1.2.4 ROTAO DE DUPLICATAS A RECEBER (RDR) ( OU DE CLIENTES, OU DE CONTAS A RECEBER)

    Vendas a Prazo RDR = -----------------------------------------

    Mdia de Duplicatas a Receber

    Ex. Duplicatas a receber em 31/12/X1 = 30.000; duplicatas a receber em 31/12/X2 = 50.000; vendas a prazo em X2 = 320.000

    320.000 RDR = ---------------------------- => RDR = 8

    (30.000 + 50.000) ---------------------

    2

    Este ndice significa que a empresa vendeu a prazo e recebeu 8 vezes durante o ano.

    Obs.1 Pode ser usado apenas o saldo final de duplicatas a receber, caso a questo no informe o saldo inicial

    Vendas a Prazo RDR = --------------------------------------------

    Saldo final de Duplicatas a Receber

    1.2.5 PRAZO MDIO DE ROTAO DE DUPLICATAS A RECEBER (PMRDR)

    360 PMRDR = -------------

    RDR

    Usando o clculo anterior, temos:

  • Contabilidade de Custos e Anlise das Demonstraes Contbeis para TCU

    Teoria e exerccios comentados

    Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 02

    Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 76

    360 PMRDR = ---------- => PMRDR = 45 dias

    8

    Significa que, em mdia, a empresa demora 45 dias para receber as vendas a prazo.

    1.2.6 CICLO OPERACIONAL (COP) O Ciclo Operacional o perodo que a empresa leva para comprar estoque, vender e receber. Normalmente, o Ciclo Operacional menor nas empresas comerciais que nas empresas industriais.

    Compra ------- vende--------------- recebe ! ! !______________________________ !

    Um ciclo operacional

    O clculo do Ciclo Operacional pode ser efetuado atravs da soma do PMRE com o PMRDR. Por exemplo, supondo que ndices calculados nos itens 5.3.3. e 5.3.5sejam da mesma empresa, o Ciclo Operacional ser:

    COP = PMRE + PMRDR => COP = 60 dias + 45 dias => COP = 105 dias.

    Ex: (ICMS SP 2006 FCC) Uma Empresa tem Prazo mdio de renovao dos estoques 74 dias; Prazo mdio de recebimento de vendas 63 dias; Prazo mdio de pagamento de compras 85 dias e Ciclo de caixa 52 dias. Considerando essas informaes, o Ciclo Operacional de A) 128 dias.B) 137 dias.C) 140 dias.D) 142 dias.E) 145 dias.

    Resoluo : PMRE 74 dias + PMRV 63 dias => COP = 74+63 = 137 dias LETRA B

    Obs: As empresas comerciais normalmente possuem apenas o estoque de mercadorias. Mas as empresas industriais possuem estoques de matria-prima, de produtos em elaborao e de produtos acabados.

    Desta forma, para calcularmos o Ciclo Operacional de uma indstria, temos que calcular o PMRE de matria-prima, de produtos em elaborao e de produtos acabados. A soma prazo mdio de rotao destes trs tipos de estoque, mais o

  • Contabilidade de Custos e Anlise das Demonstraes Contbeis para TCU

    Teoria e exerccios comentados

    Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 02

    Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 76

    prazo mdio de rotao das duplicatas a receber, indica o Ciclo Operacional das empresas industriais.

    1.2.7 ROTAO DE FORNECEDORES (RF) (OU DUPLICATAS A PAGAR) Compras a Prazo

    RF = ---------------------------------- Mdia de Fornecedores

    Ex. Fornecedores em 31/12/X1 = 20.000; Fornecedores em 31/12/X2 = 30.000; compras a prazo em X2 = 150.000

    150.000 RF = ---------------------------- => RF = 6

    20.000 + 30.000 --------------------

    2

    Este ndice indica que, durante o exerccio de X2, a empresa girou a conta de fornecedores, em mdia, 6 vezes.

    Vale repetir a mesma observao anterior, se a questo mencionar apenas o saldo final de fornecedores, o calculo pode ser efetuado com este valor.

    1.2.8 PRAZO MDIO DE ROTAO DE FORNECEDORES (PMRF) 360

    PMRF = ------------- RF

    Usando o clculo anterior, temos:

    360 PMRF = ---------- => PMRF = 60 dias

    6

    Assim, a empresa leva, em mdia, 60 dias para pagar suas compras a prazo. Normalmente, este um nGLFHGRWLSRTXDQWRPDLRUPHOKRU 1.2.9 CICLO FINANCEIRO (CF) OU CICLO DE CAIXA O Ciclo Financeiro ou Ciclo de Caixa calculado da seguinte forma:

    Ciclo Financeiro = Ciclo Operacional Prazo Mdio de Rotao dos Fornecedores

  • Contabilidade de Custos e Anlise das Demonstraes Contbeis para TCU

    Teoria e exerccios comentados

    Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 02

    Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 76

    Compra ------- vende--------------- recebe ! ! !_______________________________ !

    Um ciclo operacional

    Compra pagamento ! ! ! !___________________ ! !

    ! ! !____________! Ciclo Financeiro

    Repare que a questo da FCC j fornece o valor do Ciclo Financeiro (tambm chamado de Ciclo de Caixa) :

    Ex: (ICMS SP 2006 FCC) Uma Empresa tem Prazo mdio de renovao dos estoques 74 dias; Prazo mdio de recebimento de vendas 63 dias; Prazo mdio de pagamento de compras 85 dias e Ciclo de caixa 52 dias.

    Ciclo Operacional => PMRE + PMRV => COP = 74 + 63 => COP = 137 dias Ciclo Financeiro : Ciclo Operacional PMPC => CF = 137 dias 85 dias CF = 52 dias.

    2. FLUXOS DE CAIXA

    A Demonstrao dos Fluxos de Caixa tornou-se obrigatria, no Brasil, a partir de 2008. O Comit de Pronunciamentos Contbeis CPC regulamentou a forma de elaborao e apresentao da DFC, atravs do Pronunciamento Tcnico CPC 03. Abaixo, alguns trechos do referido Pronunciamento Tcnico :

    &20,7'(352181&,$0(1726&217%(,6352181&,$0(1727e&1,&2&3&03 (R2) -'(021675$d2'26)/8;26'(&$,;$ Objetivo

    Informaes sobre o fluxo de caixa de uma entidade so teis para proporcionar aos usurios das demonstraes contbeis uma base para avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como as necessidades da entidade de utilizao desses fluxos de caixa. As decises econmicas que so tomadas pelos usurios exigem avaliao da capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como da poca de sua ocorrncia e do grau de certeza de sua gerao. (...)

    Benefcios das Informaes dos Fluxos de Caixa

  • Contabilidade de Custos e Anlise das Demonstraes Contbeis para TCU

    Teoria e exerccios comentados

    Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 02

    Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 76

    4. A demonstrao dos fluxos de caixa, quando usada em conjunto com asdemais demonstraes contbeis, proporciona informaes que permitem que os usurios avaliem as mudanas nos ativos lquidos da entidade, sua estrutura financeira (inclusive sua liquidez e solvncia) e sua capacidade para mudar os montantes e a poca de ocorrncia dos fluxos de caixa, a fim de adapt-los s mudanas nas circunstncias e oportunidades. As informaes sobre os fluxos de caixa so teis para avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa e possibilitam aos usurios desenvolver modelos para avaliar e comparar o valor presente dos fluxos de caixa futuros de diferentes entidades. A demonstrao dos fluxos de caixa tambm concorre para o incremento da comparabilidade na apresentao do desempenho operacional por diferentes entidades, visto que reduz os efeitos decorrentes do uso de diferentes critrios contbeis para as mesmas transaes e eventos.

    5. Informaes histricas dos fluxos de caixa so frequentemente utilizadascomo indicador do montante, poca de ocorrncia e grau de certeza dos fluxos de caixa futuros. Tambm so teis para averiguar a exatido das estimativas passadas dos fluxos de caixa futuros, assim como para examinar a relao entre lucratividade e fluxos de caixa lquidos e o impacto das mudanas de preos.

    Definies

    6. Os seguintes termos so usados neste Pronunciamento, com os significadosabaixo especificados:

    Caixa compreende numerrio em espcie e depsitos bancrios disponveis.

    Equivalentes de caixa so aplicaes financeiras de curto prazo, de alta liquidez, que so prontamente conversveis em um montante conhecido de caixa e que esto sujeitas a um insignificante risco de mudana de valor.

    Fluxos de caixa so as entradas e sadas de caixa e equivalentes de caixa.

    Atividades operacionais so as principais atividades geradoras de receita da entidade e outras atividades diferentes das de investimento e tampouco de financiamento.

    Atividades de investimento so as referentes aquisio e venda de ativos de longo prazo e de outros investimentos no includos nos equivalentes de caixa.

    Atividades de financiamento so aquelas que resultam em mudanas no tamanho e na composio do capital prprio e no capital de terceiros da entidade.

    Apresentao de uma Demonstrao dos Fluxos de Caixa

  • Contabilidade de Custos e Anlise das Demonstraes Contbeis para TCU

    Teoria e exerccios comentados

    Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 02

    Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 76

    10. A demonstrao dos fluxos de caixa deve apresentar os fluxos de caixa deperodo classificados por atividades operacionais, de investimento e de financiamento.

    11. A entidade deve apresentar seus fluxos de caixa advindos das atividadesoperacionais, de investimento e de financiamento da forma que seja mais apropriada a seus negcios. A classificao por atividade proporciona informaes que permitem aos usurios avaliar o impacto de tais atividades sobre a posio financeira da entidade e o montante de seu caixa e equivalentes de caixa. Essas informaes podem ser usadas tambm para avaliar a relao entre essas atividades.

    12. Uma nica transao pode incluir fluxos de caixa classificados em mais deuma atividade. Por exemplo, quando o desembolso de caixa para pagamento de um emprstimo inclui tanto os juros como o principal, a parte dos juros pode ser classificada como atividade operacional, mas a parte do principal deve ser classificada como atividade de financiamento.

    Atividades Operacionais

    13. O montante dos fluxos de caixa advindos das atividades operacionais umindicador chave da extenso na qual as operaes da entidade tm gerado suficientes fluxos de caixa para amortizar emprstimos, manter a capacidade operacional da entidade, pagar dividendos e juros sobre o capital prprio e fazer novos investimentos sem recorrer a fontes externas de financiamento. As informaes sobre os componentes especficos dos fluxos de caixa operacionais histricos so teis, em conjunto com outras informaes, na projeo de fluxos futuros de caixa operacionais.

    14. Os fluxos de caixa advindos das atividades operacionais so basicamentederivados das principais atividades geradoras de receita da entidade. Portanto, eles geralmente resultam das transaes e de outros eventos que entram na apurao do lucro lquido ou prejuzo. Exemplos de fluxos de caixa que decorrem das atividades operacionais so:

    a. recebimentos de caixa pela venda de mercadorias e pela prestao deservios; b. recebimentos de caixa decorrentes de royalties, honorrios, comisses eoutras receitas; c. pagamentos de caixa a fornecedores de mercadorias e servios;d. pagamentos de caixa a empregados ou por conta de empregados;e. recebimentos e pagamentos de caixa por seguradora de prmios e sinistros,anuidades e outros benefcios da aplice; f. pagamentos ou restituio de caixa de impostos sobre a renda, a menos quepossam ser especificamente identificados com as atividades de financiamento ou de investimento; e

  • Contabilidade de Custos e Anlise das Demonstraes Contbeis para TCU

    Teoria e exerccios comentados

    Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 02

    Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 76

    g. recebimentos e pagamentos de caixa de contratos mantidos para negociaoimediata ou disponveis para venda futura.

    Algumas transaes, como a venda de um ativo imobilizado, podem resultar em ganho ou perda, que includo na apurao do lucro lquido ou prejuzo. Os fluxos de caixa relativos a tais transaes so fluxos de caixa provenientes de atividades de investimento. Entretanto, pagamentos em caixa para a produo ou aquisio de ativos destinados a aluguel para terceiros que, em seqncia, so vendidos, so fluxos de caixa advindos das atividades operacionais. Os recebimentos de aluguis e das vendas subsequentes de tais ativos so tambm fluxos de caixa das atividades operacionais.

    Atividades de Investimento

    16. A divulgao em separado dos fluxos de caixa advindos das atividades deinvestimento importante em funo de tais fluxos de caixa representarem a extenso em que os dispndios de recursos so feitos pela entidade com a finalidade de gerar lucros e fluxos de caixa no futuro. Somente desembolsos que resultam em ativo reconhecido nas demonstraes contbeis so passveis de classificao como atividades de investimento. Exemplos de fluxos de caixa advindos das atividades de investimento so:

    a. pagamentos de caixa para aquisio de ativo imobilizado, intangvel e outrosativos de longo prazo. Esses pagamentos incluem aqueles relacionados aos custos de desenvolvimento ativados e aos ativos imobilizados de construo prpria; b. recebimentos de caixa resultantes da venda de ativo imobilizado, intangvel eoutros ativos de longo prazo; c. pagamentos em caixa para aquisio de instrumentos patrimoniais ouinstrumentos de dvida de outras entidades e participaes societrias em joint ventures (exceto aqueles pagamentos referentes a ttulos considerados como equivalentes de caixa ou mantidos para negociao imediata ou futura); d. recebimentos de caixa provenientes da venda de instrumentos patrimoniaisou instrumentos de dvida de outras entidades e participaes societrias em joint ventures (exceto recebimentos referentes aos ttulos considerados como equivalentes de caixa e os mantidos para negociao imediata ou futura); e. adiantamentos em caixa e emprstimos feitos a terceiros (exceto aquelesadiantamentos e emprstimos feitos por instituio financeira); f. recebimentos de caixa por liquidao de adiantamentos ou amortizao deemprstimos concedidos a terceiros (exceto adiantamentos e emprstimos de uma instituio financeira); g. pagamentos de caixa por contratos futuros, a termo, de opo e swap, excetoquando tais contratos forem mantidos para negociao imediata ou futura, ou os pagamentos forem classificados como atividades de financiamento; e h. recebimentos de caixa por contratos futuros, a termo, de opo e swap,exceto quando tais contratos forem mantidos para negociao imediata ou

  • Contabilidade de Custos e Anlise das Demonstraes Contbeis para TCU

    Teoria e exerccios comentados

    Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 02

    Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 76

    venda futura, ou os recebimentos forem classificados como atividades de financiamento.

    Quando um contrato for contabilizado como proteo (hedge) de posio identificvel, os fluxos de caixa do contrato devem ser classificados do mesmo modo como foram classificados os fluxos de caixa da posio que estiver sendo protegida.

    Atividades de Financiamento

    17. A divulgao separada dos fluxos de caixa advindos das atividades definanciamento importante por ser til na predio de exigncias sobre fluxos futuros de caixa por parte de fornecedores de capital entidade. Exemplos de fluxos de caixa advindos das atividades de financiamento so: (a) caixa recebido pela emisso de aes ou outros instrumentos patrimoniais; (b) pagamentos em caixa a investidores para adquirir ou resgatar aes da entidade; (c) caixa recebido pela emisso de debntures, emprstimos, notas promissrias, outros ttulos de dvida, hipotecas e outros emprstimos de curto e longo prazos; (d) amortizao de emprstimos e financiamentos; e (e) pagamentos em caixa pelo arrendatrio para reduo do passivo relativo a arrendamento mercantil financeiro.

    Divulgao de Fluxos de Caixa das Atividades Operacionais

    18. A entidade deve divulgar os fluxos de caixa das atividades operacionais,usando alternativamente: a. o mtodo direto, segundo o qual as principais classes de recebimentos brutos e pagamentos brutos so divulgadas; ou

    (b) o mtodo indireto, segundo o qual o lucro lquido ou o prejuzo ajustado pelos efeitos de transaes que no envolvem caixa, pelos efeitos de quaisquer diferimentos ou apropriaes por competncia sobre recebimentos de caixa ou pagamentos em caixa operacionais passados ou futuros, e pelos efeitos de itens de receita ou despesa associados com fluxos de caixa das atividades de investimento ou de financiamento.

    19. Pelo mtodo direto, as informaes sobre as principais classes derecebimentos brutos e de pagamentos brutos podem ser obtidas alternativamente:

    (a) dos registros contbeis da entidade; ou

    (b) pelo ajuste das vendas, dos custos dos produtos, mercadorias ou servios vendidos (no caso de instituies financeiras, pela receita de juros e similares e

  • Contabilidade de Custos e Anlise das Demonstraes Contbeis para TCU

    Teoria e exerccios comentados

    Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 02

    Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 76

    despesa de juros e encargos e similares) e outros itens da demonstrao do resultado ou do resultado abrangente referentes a:

    (i) variaes ocorridas no perodo nos estoques e nas contas operacionais a receber e a pagar; (ii) outros itens que no envolvem caixa; e (iii) outros itens tratados como fluxos de caixa advindos das atividades de investimento e de financiamento.

    20. De acordo com o mtodo indireto, o fluxo de caixa lquido advindo dasatividades operacionais determinado ajustando o lucro lquido ou prejuzo quanto aos efeitos de:

    (a) variaes ocorridas no perodo nos estoques e nas contas operacionais a receber e a pagar;

    (b) itens que no afetam o caixa, tais como depreciao, provises, tributos diferidos, ganhos e perdas cambiais no realizados e resultado de equivalncia patrimonial quando aplicvel; e

    (c) todos os outros itens tratados como fluxos de caixa advindos das atividades de investimento e de financiamento.

    Alternativamente, o fluxo de caixa lquido advindo das atividades operacionais pode ser apresentado pelo mtodo indireto, mostrando-se as receitas e as despesas divulgadas na demonstrao do resultado ou resultado abrangente e as variaes ocorridas no perodo nos estoques e nas contas operacionais a receber e a pagar.

    20A. A conciliao entre o lucro lquido e o fluxo de caixa lquido das atividades operacionais deve ser fornecida, obrigatoriamente, caso a entidade use o mtodo direto para apurar o fluxo lquido das atividades operacionais. A conciliao deve apresentar, separadamente, por categoria, os principais itens a serem conciliados, semelhana do que deve fazer a entidade que usa o mtodo indireto em relao aos ajustes ao lucro lquido ou prejuzo para apurar o fluxo de caixa lquido das atividades operacionais. (...)

    Transaes que no Envolvem Caixa ou Equivalentes de Caixa

    43. Transaes de investimento e financiamento que no envolvem o uso decaixa ou equivalentes de caixa devem ser excludas da demonstrao dos fluxos de caixa. Tais transaes devem ser divulgadas nas notas explicativas s demonstraes contbeis, de modo que forneam todas as informaes relevantes sobre essas atividades de investimento e de financiamento.

    44. Muitas atividades de investimento e de financiamento no tm impactodireto sobre os fluxos de caixa correntes, muito embora afetem a estrutura de capital e de ativos da entidade. A excluso de transaes que no envolvem

  • Contabilidade de Custos e Anlise das Demonstraes Contbeis para TCU

    Teoria e exerccios comentados

    Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 02

    Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 76

    caixa ou equivalentes de caixa da demonstrao dos fluxos de caixa consistente com o objetivo de referida demonstrao, visto que tais itens no envolvem fluxos de caixa no perodo corrente. Exemplos de transaes que no envolvem caixa ou equivalente de caixa so:

    (a) a aquisio de ativos, quer seja pela assuno direta do passivo respectivo, quer seja por meio de arrendamento financeiro;

    (b) a aquisio de entidade por meio de emisso de instrumentos patrimoniais; e

    (c) a converso de dvida em instrumentos patrimoniais Apresentamos, abaixo, modelos de fluxo de caixa pelo mtodo direto e pelo mtodo indireto.

    2.1. DEMONSTRAO DE FLUXO DE CAIXA MTODO INDIRETO Atividades operacionais

    Lucro lquido (+) depreciao, amortizao e exausto (+)(-) Resultado da equivalncia patrimonial (+)(-) Resultado na alienao de imobilizado, investimentos ou intangveis (+) despesas financeiras que no afetam o caixa (-) receitas financeiras que no afetam o caixa

    (=) lucro ajustado

    (+)(-) variao nas contas do ativo circulante e realizvel a longo prazo: Duplicatas a receber Clientes (PDD)

    (duplicatas descontadas) Estoques Despesas antecipadas

    (+)(-) variao nas contas do passivo circulante e passivo no circulante: Fornecedores Contas a pagar Impostos a recolher

    Atividades de financiamento

    Terceiros Emprstimos e financiamentos (passivo captao e pagamento)

  • Contabilidade de Custos e Anlise das Demonstraes Contbeis para TCU

    Teoria e exerccios comentados

    Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 02

    Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 76

    Scios Aumento/integralizao de capital (PL) Pagamento de dividendos

    Atividades de Investimento

    Compra e venda de investimentos, imobilizado e intangvel (parte do Ativo No Circulante)

    2.3. DEMONSTRAO DE FLUXO DE CAIXA MTODO DIRETO Atividades operacionais

    Recebimento de clientes Recebimento de juros

    Pagamentos -- a fornecedores de mercadorias -- de impostos -- de salrios -- de juros -- despesas pagas antecipadamente

    Atividades de financiamento

    Terceiros Emprstimos e financiamentos (passivo captao e pagamento) Scios Aumento/integralizao de capital (PL) Pagamento de dividendos

    Atividades de financiamento

    Compra e venda de investimentos, imobilizado e intangvel (parte do Ativo No Circulante)

    Os fluxos das atividades de financiamento e de investimentos so iguais nos dois mtodos.

    No mtodo Direto, a partir de informaes do balano e da DRE, usamos a frmula:

    Saldo inicial + entradas - sadas = saldo final

  • Contabilidade de Custos e Anlise das Demonstraes Contbeis para TCU

    Teoria e exerccios comentados

    Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 02

    Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 76

    Para determinar os recebimentos e pagamentos.

    Exemplo: A partir do Balano Patrimonial e da Demonstrao dos Resultados abaixo, elabore a Demonstrao dos fluxos de Caixa pelo mtodo Direto e pelo mtodo Indireto.

    Empresa Exemplo S.A. 31.12.X1 31.12.X2 Ativo Circulante Caixa 100 100 Bancos 18.900 17.900 Duplicatas a Receber 15.000 31.000 Estoque de Mercadorias 22.000 21.500 Ativo No Circulante Investimentos Permanentes 10.000 10.000 Imobilizado 20.000 27.000 Depreciao Acumulada -6.500 -7.400 Intangvel 6.800 6.800 Total do Ativo 86.300 106.900

    Passivo Circulante Fornecedores 26.800 35.800 Salrios a pagar 7.000 7.300 Impostos a Recolher 4.500 3.300 Passivo No Circulante Emprstimos de Longo Prazo 18.000 23.000 Patrimnio Lquido Capital Social 25.000 30.000 Reservas de lucro 5.000 7.500 Total Passivo + PL 86.300 106.900

    Demonstrao do Resultado Receita de Vendas 35.000 (-) Custo Mercadoria Vendida -18.000 (=) Lucro Bruto 17.000 (-) Despesas De Vendas -3.000 De Salrios -6.800 Depreciao -900

  • Contabilidade de Custos e Anlise das Demonstraes Contbeis para TCU

    Teoria e exerccios comentados

    Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 02

    Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 76

    Financeiras -3.000 (=) Lucro Operacional 3.300 (-) Proviso IR e CSLL -800 (=) Lucro Lquido 2.500

    Informaes adicionais : 1) Aumento de Emprstimos de Longo Prazo:R$ 3.000 refere-se a juros quesero pagos junto com o valor principal; R$ 2.000 refere-se a novos emprstimos. 2) O aumento do Capital Social foi integralizado pelos scios em dinheiro.

    No mtodo indireto, partimos do resultado do perodo e somamos ou diminumos os valor que afetaram o resultado, mas que no representam sada ou entrada de dinheiro.

    Neste exemplo, temos a despesa de Depreciao e os juros provisionados (que diminuram o lucro lquido, mas no so sadas de caixa; portanto, devem ser somados ao lucro lquido)

    Fluxo de Caixa Operacional Lucro Lquido 2500 (+) Depreciao 900 (+) Desp. Juros no Pagos 3000 Lucro Ajustado 6400

    Depois, ajustamos as variaes dos ativos e passivos relacionados com as atividades operacionais.

    Aumento do Ativo diminui o caixa Diminuio do Ativo aumenta o caixa

    Aumento do Passivo aumenta o caixa Diminuio do Passivo diminui o caixa.

    Lucro Ajustado 6400 (-) Var. Duplicatas a Receber

    -16000

    (+) var. Estoques 500 (+) var. Fornecedores 9000 (+) var. Salrios a Pagar 300 (-) var. Impostos a Recolher -1200

    Caixa Consumido Ativ. Operacionais -1000

  • Contabilidade de Custos e Anlise das Demonstraes Contbeis para TCU

    Teoria e exerccios comentados

    Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 02

    Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 76

    Os fluxos de caixa das atividades de Financiamento e de Investimento so montados diretamente, partir das informaes da questo.

    O Fluxo de Caixa Indireto completo fica assim:

    Fluxo de Caixa - Mtodo Indireto Fluxo de Caixa Operacional Lucro Lquido 2.500 (+) Depreciao 900 (+) Desp. Juros no Pagos 3.000 Lucro Ajustado 6.400 (-) Var. Duplicatas a Receber

    -16.000

    (+) var. Estoques 500 (+) var. Fornecedores 9.000 (+) var. Salrios a Pagar 300 (-) var. Impostos a Recolher -1.200

    Caixa Consumido Ativ. Operacionais -1.000

    Fluxo de Caixa Ativ. Investimento Aquisio de Imobilizado -7.000 Caixa Consumido Ativ. Investimentos -7.000

    Fluxo de caixa Ativ. Financiamento Dos scios Integralizao de Capital 5.000 Novos Emprstimos 2.000 Caixa Gerado Ativ. Financiamentos 7.000

    Total de Caixa consumido -1.000

    Disponibilidades em X2 18.000

    Disponibilidades em X1 19.000

    Fluxo de Caixa Mtodo Direto :

  • Contabilidade de Custos e Anlise das Demonstraes Contbeis para TCU

    Teoria e exerccios comentados

    Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 02

    Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 76

    Para o clculo dos valores do fluxo de caixa mtodo direto, usamos sempre a frmula:

    Saldo Inicial + Entradas Sadas = Saldo Final Geralmente, os saldos iniciais e finais vm do Balano Patrimonial; as entradas vm da DRE.

    1) Recebimento de Clientes (duplicatas a receber)

    Saldo inicial = 15.000 (+) Entradas (vendas) = 35.000 (-) Sadas (recebimentos) = ??? (=) Saldo Final = 31.000

    Portanto Recebimentos = 15.000 + 35.000 31.000 = 19.000 2) Pagamentos a fornecedores

    Neste caso, precisamos primeiro calcular as compras de mercadoria, e depois os pagamentos a fornecedores.

    Compra de mercadorias Saldo Inicial Estoques = 22.000 (+) Entradas (compras) = ????? (-) Sadas (CMV) = 18.000 (=) Saldo Final Estoque = 21.500

    Portanto, compras de mercadorias = 24.500 + 18.000 22.000 = 17.500 Fornecedores Saldo Inicial : 26.800 (+) Entradas (compras) = 17.500 (-) Sadas (pagamentos) : ????? (=) Saldo Final = 35.800

    Pagamentos a fornecedores = 26.800 + 17.500 35.800 = 28.500 3) Pagamento de salrios (salrios a pagar)

    Saldo inicial = 7.000 (+) Entradas (despesa de salrios) = 6.800 (-) Sada ( pagamentos) = ???? (=) Saldo Final = 7.300

    Pagamento de salrios = 7.000 + 6.800 7.300 = 6.500

  • Contabilidade de Custos e Anlise das Demonstraes Contbeis para TCU

    Teoria e exerccios comentados

    Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 02

    Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 76

    4) Pagamento de Impostos (Impostos a recolher)

    Saldo inicial = 4.500 (+) Entradas (IR e CSLL) = 800 (-) sadas (pagamentos) = ???? (=) Saldo Final = 3.300

    Pagamento de impostos = 4.500 +800 3.300 = 2.000 Quanto s despesas de vendas, devemos considerar que foram integralmente pagas no perodo.

    Fluxo de Caixa - Mtodo Direto

    Recebimentos de clientes 19.000

    (-) Pagamentos A fornecedores -8.500 Salrios -6.500 Impostos -2.000 Desp. Vendas -3.000

    Caixa Consumido Ativ. Operacionais -1.000

    Fluxo de Caixa Ativ. Investimento Aquisio de Imobilizado -7.000 Caixa Consumido Ativ. Investimentos -7.000

    Fluxo de caixa Ativ. Financiamento Dos scios Integralizao de Capital 5.000 Novos Emprstimos 2.000 Caixa Gerado Ativ. Financiamentos 7.000

    Total de Caixa consumido -1.000

    Disponibilidades em X2 18.000

    Disponibilidades em X1 19.000

  • Contabilidade de Custos e Anlise das Demonstraes Contbeis para TCU

    Teoria e exerccios comentados

    Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 02

    Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 76

    2.4. ANLISE DO FLUXO DE CAIXA

    Para efeito de anlise, a Demonstrao de Fluxo de Caixa elaborada pelo mtodo Indireto mais indicada. Atravs desta demonstrao, podemos verificar o motivo da sobra ou da falta de caixa. Para isso, devemos reorganiz-la da seguinte maneira : 2EV %DVHDGR HP 0$7$5$==2 'DQWH & $QiOLVH )LQDQFHLUD GH %DODQoRVEditora Atlas, 5. Edio, cap.13).

    Demonstrao de Fluxo de Caixa Mtodo Indireto Atividades operacionais

    Lucro lquido 2.500

    (+) (-) Ajustes (despesas e receitas no caixa) (+) Depreciao 900 (+) Desp. Juros Provisionados 3.000

    (=) GERAO BRUTA DE CAIXA 6.400

    (+) (-) Variao da Necessidade de Capital de Giro

    Var. Clientes -16.000 Var. Estoques 500

    Var. Fornecedores 9.000 Var. outros passivos operacionais -900 -7.400

    (=) GERAO OPERACIONAL DE CAIXA -1.000

    (+) (-) Var. Emprstimos Bancrios de Custo Prazo x-- (=) GERAO CORRENTE DE CAIXA -1.000

    (+) (-) Variao dos Itens Permanentes de Caixa Aumento de Capital 5.000 Acrscimos no Imobilizado -7.000 -2.000

    (+) (-) variao dos itens no correntes Aumento Emprstimos de Longo Prazo 2.000 2.000

    (=) GERAO LQUIDA DE CAIXA -1.000

    (+) Saldo Inicial de Caixa 19.000

    (=) Saldo Final de Caixa 18.000

  • Contabilidade de Custos e Anlise das Demonstraes Contbeis para TCU

    Teoria e exerccios comentados

    Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 02

    Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 76

    2.4.1. INDICADORES

    Analisamos abaixo os principais itens do modelo de fluxo de caixa acima (que deve ser usado apenas para anlise das demonstraes contbeis. Para publicao, deve ser usado um dos modelos do Pronunciamento do CPC, que reproduzimos acima).

    Gerao Bruta de Caixa : Significa o caixa gerado pelas atividades comerciais. Representa recursos que podem ser usados para financiar as operaes de compra, produo e vendas; pagar dividas bancrias de curto prazo; realizar investimentos e amortizar as dvidas de longo prazo

    Gerao Operacional de Caixa : Representa o caixa gerado pelas operaes, incluindo variao da Necessidade de Capital de Giro (NCG). Pode ser usado para pagar dvidas bancrias de curto prazo; realizar investimentos; e amortizar dvidas de longo prazo.

    Gerao Corrente de Caixa: Representa o caixa gerado a curto prazo. Pode ser usado para pagar investimentos e amortizar dvidas de longo prazo.

    Gerao Lquida de Caixa: o caixa final gerado no perodo. Pode ser usado para reforar a posio de tesouraria.

    Anlise do Fluxo de Caixa

    Alm das anlises vertical e horizontal da DFC, os seguintes indicadores podem ser calculados:

    1) Capacidade de Financiamento da Necessidade de Capital de Giro

    Gerao Bruta de Caixa 6.400 ---------------------------------- x 100 => ---------- x 100 => -86,5 Variao NCG -7.400

    Indica a capacidade da empresa em financiar o crescimento da atividade comercial

    2) Capacidade de Pagamento de Dvidas Bancrias de Curto Prazo

    Gerao Operacional de Caixa ----------------------------------------- x 100 Saldo Inicial de E.B.B

    Indica a capacidade da empresa em pagar emprstimos bancrios de curto prazo

  • Contabilidade de Custos e Anlise das Demonstraes Contbeis para TCU

    Teoria e exerccios comentados

    Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 02

    Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 76

    3) Capacidade de Investimentos

    Gerao Operacional de Caixa -1.000 ------------------------------------------------ x 100 => ------------- = 50 % Variao Itens Permanentes de Caixa - 2.000

    Indica a capacidade da empresa de efetuar investimentos com recursos prprios

    4) Capacidade de Amortizao de Financiamentos

    Gerao Operacional de Caixa (-) Variao Permanente de Caixa 1.000 --------------------------------------------- x 100 => ------------- x 100 = 5,6 % Saldo Inicial de ELP 18.000

    Indica a capacidade da empresa em amortizar financiamentos de longo prazo, com os recursos prprios, sem prejuzo dos investimentos em curso

    O modelo de Fluxo de Caixa acima, adaptado para anlise, fornece importantes informaes, principalmente por relacionar o Lucro Lquido com a Necessidade de Capital de Giro. Mas no tem sido muito explorado em concursos pblicos, que costumam cobrar mais a elaborao da DFC conforme o Pronunciamento Tcnico 03, do CPC.

    3 - ANLISE DA ESTRUTURA DE CAPITAL E DA SOLVNCIA. INDICADORES E MEDIDAS DE SOLVNCIA.

    Os quocientes de estrutura de capital (ou ndices de endividamento) mostram a relao entre o capital prprio (Patrimnio Lquido) e o capital de terceiros (passvel exigvel). Indicam a poltica de obteno de recursos da empresa, e tambm a dependncia da empresa com relao a capital de terceiro.

    3.1 ENDIVIDAMENTO TOTAL (ED) OU DEBT RATIO Endividamento total ou Debt ratio

    ET Exigvel total

    Exigvel total + PL

    Observao: Exigvel Total = Passivo Circulante + (Passivo No Circulante Receitas Diferidas Antigo Resultado de Exerccio Futuros) Observao 2: O grupo Receita de Exerccios Futuros foi extinto. Seu saldo passou para o Passivo No Circulante, na conta Receita Diferida. Como no

    FlaviHighlight

    FlaviHighlight

  • Contabilidade de Custos e Anlise das Demonstraes Contbeis para TCU

    Teoria e exerccios comentados

    Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 02

    Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 76

    possui caracterstica de exigibilidade, o saldo de Receita Diferida deve ser excludo do Passivo No Circulante e somado ao PL, para efeito de anlise.

    A frmula do Endividamento tambm pode ser escrita assim:

    Endividamento total ou Debt ratio

    ET Exigvel total Ativo total

    Lembramos que Ativo = Passivo + PL

    O ndice de Endividamento Total indica a porcentagem que o endividamento representa sobre os recursos totais. Significa tambm qual a porcentagem do ativo total financiada com recursos de terceiros.

    3.2 NDICE DE GARANTIA DO CAPITAL DE TERCEIROS (GCT) OU GRAU DE ENDIVIDAMENTO

    Garantia de capital de terceiros

    GCT Exigvel total

    PL

    Indica a garantia proporcionada ao capital de terceiro em funo da existncia de capital prprio.

    3.3 COMPOSIO DO ENDIVIDAMENTO (CE) Composio do endividamento

    CE Passivo circulante

    Exigvel total

    Indica a participao das dvidas de curto prazo em relao ao endividamento total.

    3.4. QUOCIENTES DE IMOBILIZAO DE CAPITAL.

    3.4.1 IMOBILIZAO DO CAPITAL PRPRIO (ICP)Imobilizao do capital prprio (antigo)

    ICP Ativo permanente

  • Contabilidade de Custos e Anlise das Demonstraes Contbeis para TCU

    Teoria e exerccios comentados

    Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 02

    Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 76

    Patrimnio lquido

    Imobilizao do capital prprio (novo)

    ICP Ativo no circulante - realizvel a longo prazo

    Patrimnio lquido

    Se o ICP for igual a 1, indica que o ativo permanente integralmente financiado com recursos prprios.

    Se o ICP for menor que 1, significa que, alm de financiar o Ativo Permanente, os recursos prprios financiam parte do Ativo Realizvel.

    E, finalmente, se o ICP for maior que 1, significa que h recursos de terceiros financiando o Ativo Permanente.

    Como o Permanente possui uma caracterstica de realizao indireta e mais lenta, recomendado que seja financiado por recursos prprios. Mas essa no uma regra absoluta, depende do tipo de empresa e do mercado em que ela atua.

    Observao: Ativo Permanente a denominao antiga. Atualmente, seria $WLYR 1mR &LUFXODQWH 5HDOL]iYHO D /RQJR 3UD]R RX ,QYHVWLPHQWRVSHUPDQHQWHV ,PRELOL]DGR ,QWDQJtYHO 6H QD TXHVWmR DSDUHFHU $WLYR'LIHULGRGHYHVHUFRQVLGHUDGRWDPEpP 3.4.2 NDICE DE IMOBILIZAO DO INVESTIMENTO TOTAL (IIT)

    ndice de imobilizao de investimento total (antigo)

    IIT Ativo permanente

    Ativo total

    ndice de imobilizao de investimento total (novo)

    IIT Ativo no circulante - realizvel a LP

    Ativo total

    Indica a parte do ativo total aplicada no Ativo Permanente.

    3.5 NDICE DE SOLVNCIA GERAL Ativo Total

    Solvncia Geral = ----------------------------(ANTIGO) Passivo Exigvel

  • Contabilidade de Custos e Anlise das Demonstraes Contbeis para TCU

    Teoria e exerccios comentados

    Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 02

    Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 76

    Ativo Total Solvncia Geral = ---------------------------------------------------------------------- (NOVO)

    Passivo Exigvel Receitas Diferidas (REF)

    Indica a capacidade da empresa pagar suas dvidas de curto e longo prazo, usando todos os seus recursos, inclusive Investimentos Permanentes, Imobilizado e Intangvel.

    Um ndice inferior a 1 indica a existncia de Passivo a Descoberto.

    importante ressaltar a diferena entre Liquidez e Solvncia. Liquidez se refere disponibilidade de caixa no futuro prximo, aps considerar os compromissos financeiros do respectivo perodo. Solvncia se refere disponibilidade de caixa no longo prazo para cumprir os compromissos financeiros nos respectivos vencimentos.

    4 - ANLISE HORIZONTAL E VERTICAL. ANLISE DE TENDNCIAS.

    4.1. ANLISE HORIZONTAL:

    O objetivo da Anlise Horizontal demonstrar o comportamento de itens do Balano e da Demonstrao do Resultado atravs do tempo. Na sua elaborao, consideramos o primeiro perodo como base 100, e apuramos o percentual de evoluo dos perodos seguinte.

    Exemplo : Ano 1 A.H. Ano 2 A.H Ano 3 A.H Vendas $ 2.200 100 $ 3.000 136 $ 3.200 145

    O primeiro ano da srie tem ndice 100. Segundo ano : (3000 / 2200) x 100 = 136 Terceiro ano : (3.200 / 2.200) x 100 = 145

    Normalmente, o smbolo % omitido, na anlise Horizontal.

    A anlise horizontal pode ser feita por qualquer perodo de tempo: Ano, trimestres, meses, etc.

    Abaixo, um exemplo de Anlise Horizontal :

    31/12/X1 A.H. 31/12/X2 A.H. 31/12/X3 A.H. ATIVO ATIVO CIRCULANTE

  • Contabilidade de Custos e Anlise das Demonstraes Contbeis para TCU

    Teoria e exerccios comentados

    Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 02

    Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 76

    Disponvel 1000 100 930 93 1100 110 Duplicatas a Receber 25000 100 26000 104 32000 128 Estoques 15000 100 13000 87 18000 120 Total Ativo Circulante 41000 100 39930 97 51100 125

    ATIVO NO CIRCULANTE Realizvel a Longo Prazo 800 100 1250 156 1100 138 Investimentos 12000 100 12000 100 12000 100 Imobilizado 18000 100 20500 114 19000 106 Intangvel 5000 100 5000 100 6000 120 Total Ativo No Circulante 35800 100 38750 108 38100 106 TOTAL ATIVO 76800 100 78680 102 89200 116

    PASSIVO PASSIVO CIRCULANTE Fornecedores 19000 100 21000 111 25000 132 Contas a Pagar 8000 100 7000 88 10000 125 Emprstimos Curto Prazo 2000 100 4000 200 3500 175 Total Passivo Circulante 29000 100 32000 110 38500 133

    PASSIVO NO CIRCULANTE Emprstimos de Longo Prazo 15000 100 11000 73 13000 87 Total Passivo No Circulante 15000 100 11000 73 13000 87

    PATRIMNIO LQUIDO Capital Social 20000 100 20000 100 20000 100 Reservas de Capital 4000 100 4000 100 4000 100 Reservas de Lucro 8800 100 11680 133 13700 156 Total Patrimnio Lquido 32800 100 35680 109 37700 115 Total Passivo + PL 76800 100 78680 102 89200 116

    DRE Receita Lquida 40000 100 42800 107 45200 113 (-) CMV -22000 100 -24100 110 -26300 120 (=) Lucro Bruto 18000 100 18700 104 18900 105 (-) Despesas

  • Contabilidade de Custos e Anlise das Demonstraes Contbeis para TCU

    Teoria e exerccios comentados

    Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 02

    Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 76

    de Vendas -2000 100 -2100 105 -2400 120 Administrativa -3000 100 -3200 107 -3100 103 Financeiras -2500 100 -2400 96 -2800 112

    (=) Lucro Operacional 10500 100 11000 105 10600 101 (-) IR e CSLL -2625 100 -2750 105 -2650 101 (=) Lucro Lquido 7875 100 8250 105 7950 101

    4.2. ANLISE VERTICAL:

    Indica a estrutura das demonstraes contbeis, atravs de coeficientes de participaes, bem como a sua evoluo no tempo.

    No balano Patrimonial, os coeficientes so calculados em funo do total do Ativo e total do Passivo + PL. Na Demonstrao do Resultado, usa-se a Receita Lquida como base (ndice 100).

    Exemplo : Considerando-se a DRE abaixo, podemos calcular os ndices de Anlise Vertical da seguinte forma :

    R$ A.V. % Vendas lquidas 2.000 100 (-) CMV 1.200 60 (=) Lucro Bruto 800 40 (-) Despesas 500 25 (=) Lucro lquido 300 15

    Todos os coeficientes foram obtidos dividindo-se o valor de cada item pelas Vendas Lquidas.

    Abaixo, um exemplo de Anlise Vertical:

    31/12/X1 A.V. 31/12/X2 A.V. 31/12/X3 A.V. ATIVO $ % $ % $ % ATIVO CIRCULANTE Disponvel 1000 1,3 930 1,2 1100 1,2 Duplicatas a Receber 25000 32,6 26000 33,0 32000 35,9 Estoques 15000 19,5 13000 16,5 18000 20,2 Total Ativo Circulante 41000 53,4 39930 50,7 51100 57,3

    ATIVO NO CIRCULANTE Realizvel a Longo Prazo 800 1,0 1250 1,6 1100 1,2 Investimentos 12000 15,6 12000 15,3 12000 13,5 Imobilizado 18000 23,4 20500 26,1 19000 21,3

  • Contabilidade de Custos e Anlise das Demonstraes Contbeis para TCU

    Teoria e exerccios comentados

    Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 02

    Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 76

    Intangvel 5000 6,5 5000 6,4 6000 6,7 Total Ativo No Circulante 35800 46,6 38750 49,3 38100 42,7 TOTAL ATIVO 76800 100,0 78680 100,0 89200 100,0

    PASSIVO PASSIVO CIRCULANTE Fornecedores 19000 24,7 21000 26,7 25000 28,0 Contas a Pagar 8000 10,4 7000 8,9 10000 11,2 Emprstimos Curto Prazo 2000 2,6 4000 5,1 3500 3,9 Total Passivo Circulante 29000 37,8 32000 40,7 38500 43,2

    PASSIVO NO CIRCULANTE Emprstimos de Longo Prazo 15000 19,5 11000 14,0 13000 14,6 Total Passivo No Circulante 15000 19,5 11000 14,0 13000 14,6

    PATRIMNIO LQUIDO Capital Social 20000 26,0 20000 25,4 20000 22,4 Reservas de Capital 4000 5,2 4000 5,1 4000 4,5 Reservas de Lucro 8800 11,5 11680 14,8 13700 15,4 Total Patrimnio Lquido 32800 42,7 35680 45,3 37700 42,3 Total Passivo + PL 76800 100,0 78680 100,0 89200 100,0

    DRE Receita Lquida 40000 100,0 42800 100,0 45200 100,0 (-) CMV 22000 55,0 24100 56,3 26300 58,2 (=) Lucro Bruto 18000 45,0 18700 43,7 18900 41,8 (-) Despesas de Vendas 2000 5,0 2100 4,9 2400 5,3 Administrativa 3000 7,5 3200 7,5 3100 6,9 Financeiras 2500 6,3 2400 5,6 2800 6,2

    (=) Lucro Operacional 10500 26,3 11000 25,7 10600 23,5 (-) IR e CSLL 2625 6,6 2750 6,4 2650 5,9 (=) Lucro Lquido 7875 19,7 8250 19,3 7950 17,6

    4.3. ANLISE DE TENDNCIAS:

  • Contabilidade de Custos e Anlise das Demonstraes Contbeis para TCU

    Teoria e exerccios comentados

    Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 02

    Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 76

    A principal utilidade das Anlises Horizontal e Vertical est na identificao de tendncia. Para isso, os dois tipos de anlise devem ser utilizados em conjunto.

    Vejamos um exemplo usando parte da DRE acima:

    DRE X1 X2 X3 Receita Lquida 40000 42800 45200

    (-) CMV -

    22000 -

    24100 -

    26300 (=) Lucro Bruto 18000 18700 18900

    A receita lquida, o CMV e o lucro bruto aumentaram, em valores absolutos. Mas, quando efetuamos a Anlise Horizontal :

    Anlise Horizontal X1 $ % X2

    $ % X3 $ % Receita Lquida 40000 100 42800 107 45200 113

    (-) CMV -

    22000 100 -

    24100 110 -

    26300 120 (=) Lucro Bruto 18000 100 18700 104 18900 105

    Percebemos que o CMV est aumentando num ritmo maior que a Receita Lquida. Se esta tendncia permanecer, o Lucro Bruto ser cada vez menor, o que poder levar a empresa a ter prejuzos.

    Esta tendncia de aumento maior do CMV confirmada pela Anlise Vertical :

    Anlise Vertical X 1

    $ % X2 $ % X3 $ % Receita Lquida 40000 100,0 42800 100,0 45200 100,0 (-) CMV 22000 55,0 24100 56,3 26300 58,2 (=) Lucro Bruto 18000 45,0 18700 43,7 18900 41,8

    O CMV passou de 55,0 % da Receita Lquida, no primeiro ano, para 56,3 % no segundo e depois aumentou novamente, para 58,2 % da Receita Liquida, o que confirma a tendncia de aumento do CMV maior que o aumento da Receita Lquida.

    Podemos observar, tambm, a diminuio do ndice referente ao Lucro Bruto.

    Vejamos como este assunto cobrado:

    Infraero 2009 Auditor FCC Considere os seguintes itens do Ativo Circulante de uma entidade, expressos em R$, relativos ao Balano Patrimonial encerrado em 31/12/2008:

    flavia.costaRealce

  • Contabilidade de Custos e Anlise das Demonstraes Contbeis para TCU

    Teoria e exerccios comentados

    Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 02

    Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 76

    31/12/2008 31/12/2007 Disponvel 100.000,00 125.000,00 Clientes 300.000,00 270.000,00 Estoques 256.000,00 300.000,00 Impostos a Recuperar 70.000,00 80.000,00 Despesas do Exerccio Seguinte 24.000,00 25.000,00 TOTAL 750.000,00 800.000,00

    Efetuando-se a anlise vertical e horizontal desse grupo do Balano Patrimonial, correto concluir que a conta

    (A) Estoques representou 1/3 do total do Ativo Circulante em 31/12/2008.

    Estoques / total ativo => 256000 / 750000 => 0,34 ERRADO

    (obs: no preciso fazer conta, se percebermos que 1/3 do ativo total (75) igual a 250. Como o estoque 256, alternativa falsa)

    (B) Impostos a Recuperar diminuiu 12,5% em 31/12/2008.

    70.000 / 80000 = 0,875 ou 87,5 %. Portanto, diminuiu 12,5% . CORRETA.

    (C) Clientes aumentou 10% entre os dois perodos.

    Clientes passou de 270000 para 300000, portanto aumentou. ERRADA

    (D) Disponvel diminuiu 25% em 31/12/2008. 100000 / 125000 = 0,80 ou 80%, portanto diminuiu 20%. ERRADA

    (E) Despesas do Exerccio Seguinte diminuiu sua participao percentual no total do grupo.

    Em 2007: 25.000 / 800,000 = 0,031 ou 3,1 % Em 2008: 24.000 / 750000 = 0,032 ou 3,2 %, portanto aumentou sua participao percentual ERRADA.

    5 - GRUPOS DE COMPARAO. INDICADORES DE MERCADO.

    Ao examinar as demonstraes contbeis de uma empresa, o analista inicialmente compara valores e ndices da prpria empresa. Por exemplo, pode verificar a liquidez corrente, comparando o Ativo Circulante com o Passivo Circulante; ou o Resultado do Perodo com o Ativo total; o Imobilizado com o Patrimnio Lquido. A anlise de balanos fundamentada nestas nessas comparaes, entre partes das demonstraes financeiras.

    Mas, aps calcular os ndices para uma determinada empresa, surge a questo de como avaliar tais ndices. Ou seja, um ndice de Liquidez Corrente de 1,5

  • Contabilidade de Custos e Anlise das Demonstraes Contbeis para TCU

    Teoria e exerccios comentados

    Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 02

    Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 76

    bom, razovel ou ruim ? Este ndice significa que a empresa est em melhor ou em pior situao que seus concorrentes ?

    Os ndices de uma determinada empresa devem ser comparados com os ndices de outras empresas.

    E aqui surge uma dificuldade adicional. Suponha que existam 300 empresas num determinado ramo. Como comparar algum ndice com os 300 ndices dessas empresas ? E se a comparao envolver, digamos, 10 ndices ( Liquidez corrente, Imediata, Seca, Endividamento Total, e assim por diante). ?

    Para viabilizar tal comparao, foram criados os ndices-Padro.

    Atravs de tcnicas estatsticas ( que no vamos detalhar, pois foge ao objetivo desta aula), os ndices das diversas empresas so agrupados, formando uma curva Normal. A partir da Mdia, h uma distribuio relativamente homognea dos dados, para mais e para menos.

    A curva Normal pode ser dividida em Decis. Cada Decil representa 10% da populao. Ou seja, se estivermos construindo ndice-padro para 300 empresas, em cada Decil haver 30 empresas. As 30 com ndices mais baixo ficaro no 1. Decil, as 30 seguintes no segundo Decil, e assim por diante.

    Ramos de Atividade : surge agora a questo de como separar as empresas em ramos de atividade. Pois em um determinado ramo, podemos encontrar desde empresas gigantescas at outras de pequeno porte. No ramo de varejo de alimentos, por exemplo, temos o Po de Acar, o Carrefour, e tambm inmeros pequenos supermercados de bairro.

    Portanto, temos que escolher ramos que permitam a melhor comparao possvel dos ndices de uma empresa com os de outra, ou seja, os ramos devem compreender empresas possivelmente semelhantes do ponto de vista financeiro. Assim, conveniente estabelecer padres para pequenas, mdias e grandes empresas.

    O papel dos ndices-padro parece, em princpio, limitar-se a permitir a comparao de uma empresa com outras semelhante.

    Mas, na verdade, os ndices-padro representam informaes muito teis para anlises.

    Uma vez que os ndices-padro so construdos a partir dos ndices reais das empresas, analisar os ndices-padro significa analisar os ndices de todas as empresas. Supondo-se uma srie histrica de ndices-padro de vrios anos, podemos estudar a evoluo de endividamento das empresas, da rentabilidade, da liquidez, e de qualquer outro indicador desejado.

    flavia.costaRealce

  • Contabilidade de Custos e Anlise das Demonstraes Contbeis para TCU

    Teoria e exerccios comentados

    Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 02

    Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 76

    A revista Exame, atravs da Edio Anual Maiores e Melhores, apresenta ndices-padro de diversos setores.

    Obs: ndice-Padro no se refere ao ndice ideal, a um padro que deva ser alcanado. Refere-se padronizao dos ndices de diversas empresas, atravs de tcnicas estatsticas, para viabilizar a comparao com os ndices de determinada empresa.

    6 - LIMITAES DA ANLISE POR INDICADORES.

    6.1 LIMITAES INERENTES AOS DADOS UTILIZADOS Os valores contidos nas demonstraes contbeis padecem de alguns defeitos resultantes do mtodo usado na sua gerao. Como exemplo, podemos citar que os fatos so registrados com base nos registros histricos das transaes; os princpios e convenes adotados para facilitar a tcnica contbil, como as depreciaes contbeis X a depreciao real; o Princpio da Continuidade, que faz com que os ativos seja avaliados ao custo histrico menos a depreciao, ao invs dos valores de realizao; o reconhecimento da receita no momento da venda, mesmo que no seja recebida ou que o processo de produo tenha tomado muito tempo.

    Ou seja, os dados contbeis so uma representao mais ou menos aproximada da realidade. Portanto, as anlises baseadas em tais dados possuem as seguintes limitaes:

    1) impossvel pretender que os dados sejam absolutamente precisos, porqueos prprios fatos que refletem no podem ser determinados com preciso (esto sujeitos a convenes, princpios e juzos)

    2) As demonstraes no revelam todos os fatos relativos condio financeirada empresa, ignorando fatos sem expresso monetria.

    3) O valor contabilizado dos ativos no reflete com veracidade o valor demercado da empresa.

    Essas limitaes acompanham toda a informao contbil. Quando a empresa divulga um determinado valor de estoque, por exemplo, no h como saber a qualidade de realizao deste estoque. Presume-se que ser vendido normalmente. Mas no h informao sobre defasagem tecnolgica, obsolescncia, perda de qualidade do estoque, etc. A nica forma do analista externo ter conhecimento de tais informaes seria atravs das Notas Explicativas (caso a empresa divulgue) ou pelo Relatrio da Auditoria Externa.

    Podemos resumir este ponto com a seguinte afirmao: se a informao contbil fosse perfeita, as limitaes citadas acima no existiriam. Infelizmente, no existe informao contbil perfeita.

  • Contabilidade de Custos e Anlise das Demonstraes Contbeis para TCU

    Teoria e exerccios comentados

    Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 02

    Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 76

    6.2 - NO UTILIZAO DE INFORMAES SOBRE QUANTIDADES FSICAS

    A anlise dos demonstrativos contbeis apresenta tambm a limitao de no utilizar quantidades fsicas, juntamente com os valores.

    As medidas de eficincia e produtividade muitas vezes utilizam apenas dados fsicos. Por exemplo, nas Indstrias Qumicas h o ndice Horas-Homem por Tonelada, que relaciona o total de horas de trabalho necessrias para produzir uma tonelada de produto. Os bancos americanos costumam publicar relaes entre volume de depsitos e nmero de empregados, entre valor dos emprstimos concedidos e nmero de muturios, etc., estabelecendo padres comparativos de eficincia. Assim, constata-se que, em mdia, um banco de certo porte no deveria ter mais que X funcionrios por $ milho de depsitos, e assim por diante.

    Mas essas limitaes no invalidam a anlise de balanos. importante conhec-las para poder super-las com a evoluo da tcnica contbil.

    7 CONSIDERAES DE NATUREZA NO FINANCEIRA (QUALITATIVA). (VWHDVVXQWRIRLWUDWDGRHPSURIXQGLGDGHQR3URQXQFLDPHQWRGR&3&(VWUXWXUDConceitual para a ElaboraR H $SUHVHQWDomR GDV 'HPRQVWUDo}HV &RQWiEHLVque passamos a apresentar:

    Texto do Pronunciamento Conceitual bsico (R1):

    QC4. Se a informao contbil-financeira para ser til, ela precisa ser relevante e representar com fidedignidade o que se prope a representar. A utilidade da informao contbil-financeira melhorada se ela for comparvel, verificvel, tempestiva e compreensvel.

    3 Ao longo de toda esta Estrutura Conceitual, os termos caractersticas qualitativas e restrio iro se referir a caractersticas qualitativas da informao contbil-financeira til e restrio da informao contbil-financeira til.

    Comentrio:

    As caractersticas qualitativas foram divididas em duas categorias: Caractersticas qualitativas fundamentais (relevncia e representao fidedigna) e Caractersticas qualitativas de melhoria (comparabilidade, verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade)

    Quanto Restrio mencionada no Pronunciamento, refere-se ao custo de gerar as informaes.

  • Contabilidade de Custos e Anlise das Demonstraes Contbeis para TCU

    Teoria e exerccios comentados

    Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 02

    Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 76

    7.1 - CARACTERSTICAS QUALITATIVAS FUNDAMENTAIS

    QC5. As caractersticas qualitativas fundamentais so relevncia e representao fidedigna.

    Relevncia

    Informao contbil-financeira relevante aquela capaz de fazer diferena nas decises que possam ser tomadas pelos usurios.

    A informao contbil-financeira capaz de fazer diferena nas decises se tiver valor preditivo, valor confirmatrio ou ambos.

    A informao contbil-financeira tem valor preditivo se puder ser utilizada pelos usurios para predizer futuros resultados. A informao contbil-financeira no precisa ser uma predio ou uma projeo para que possua valor preditivo. A informao contbil-financeira com valor preditivo empregada pelos usurios ao fazerem suas prprias predies.

    A informao contbil-financeira tem valor confirmatrio se retro-alimentar servir de feedback avaliaes prvias (confirm-las ou alter-las).

    QC10. O valor preditivo e o valor confirmatrio da informao contbil-financeira esto inter-relacionados. A informao que tem valor preditivo muitas vezes tambm tem valor confirmatrio. Por exemplo, a informao sobre receita para o ano corrente, a qual pode ser utilizada como base para predizer receitas para anos futuros, tambm pode ser comparada com predies de receita para o ano corrente que foram feitas nos anos anteriores. Os resultados dessas comparaes podem auxiliar os usurios a corrigirem e a melhorarem os processos que foram utilizados para fazer tais predies.

    Materialidade QC11. A informao material se a sua omisso ou sua divulgao distorcida (misstating) puder influenciar decises que os usurios tomam com base na informao contbil-financeira acerca de entidade especfica que reporta a informao. Em outras palavras, a materialidade um aspecto de relevncia especfico da entidade baseado na natureza ou na magnitude, ou em ambos, dos itens para os quais a informao est relacionada no contexto do relatrio contbil-financeiro de uma entidade em particular. Consequentemente, no se pode especificar um limite quantitativo uniforme para materialidade ou predeterminar o que seria julgado material para uma situao particular.

    Comentrio:

  • Contabilidade de Custos e Anlise das Demonstraes Contbeis para TCU

    Teoria e exerccios comentados

    Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 02

    Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 76

    A materialidade um aspecto de relevncia especfico da entidade, baseado na natureza ou na magnitude. Ou seja, o que material para uma empresa pode no ser para outra. No possvel determinar um valor ou um percentual uniforme para todas as empresas.

    Um item pode ter valor pequeno, mas ser material devido sua natureza. Se uma grande empresa inicia um novo negcio, este pode ter, originariamente, valor pequeno em relao s operaes da empresa. Mas pode ter muito potencial de rentabilidade e crescimento, ou de inovao, o que justifica a sua materialidade.

    Por exemplo, quando as empresas comearam a fabricar aparelhos de DVD, esse era um negcio pequeno, frente operao de vdeo-cassete (que j estava estabelecida). Aps alguns anos, os aparelhos de video-cassete sumiram, e s restaram os DVD (que esto sumindo tambm esto perdendo espao para os aparelhos de Blu-ray).

    Representao fidedigna

    QC12. Os relatrios contbil-financeiros representam um fenmeno econmico em palavras e nmeros. Para ser til, a informao contbil-financeira no tem s que representar um fenmeno relevante, mas tem tambm que representar com fidedignidade o fenmeno que se prope representar. Para ser representao perfeitamente fidedigna, a realidade retratada precisa ter trs atributos. Ela tem que ser completa, neutra e livre de erro. claro, a perfeio rara, se de fato alcanvel. O objetivo maximizar referidos atributos na extenso que seja possvel.

    Comentrio:

    A Representao Fidedigna refere-se a trs atributos, precisando ser completa, neutra e livre de erro.

    Para ser completa, a informao deve conter o necessrio para que o usurio compreenda o fenmeno sendo retratado.

    Para ser neutra, deve estar livre de vis na seleo ou na apresentao, no podendo ser distorcida para mais ou para menos.

    Finalmente, ser livre de erros no significa total exatido, mas sim que o processo para obteno da informao tenha sido selecionado e aplicado livre de erros. No caso de estimativas, ela considerada como tendo representao fidedigna se, alm disso, o montante for claramente descrito como sendo estimativa e se a natureza e as limitaes do processo forem devidamente revelados.

  • Contabilidade de Custos e Anlise das Demonstraes Contbeis para TCU

    Teoria e exerccios comentados

    Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 02

    Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 76

    QC16. Representao fidedigna, por si s, no resulta necessariamente em informao til. Por exemplo, a entidade que reporta a informao pode receber um item do imobilizado por meio de subveno governamental. Obviamente, a entidade ao reportar que adquiriu um ativo sem custo retrataria com fidedignidade o custo desse ativo, porm essa informao provavelmente no seria muito til. Outro exemplo mais sutil seria a estimativa do montante por meio do qual o valor contbil do ativo seria ajustado para refletir a perda por desvalorizao no seu valor (impairment loss). Essa estimativa pode ser uma representao fidedigna se a entidade que reporta a informao tiver aplicado com propriedade o processo apropriado, tiver descrito com propriedade a estimativa e tiver revelado quaisquer incertezas que afetam significativamente a estimativa. Entretanto, se o nvel de incerteza de referida estimativa for suficientemente alto, a estimativa no ser particularmente til. Em outras palavras, a relevncia do ativo que est sendo representado com fidedignidade ser questionvel. Se no existir outra alternativa para retratar a realidade econmica que seja mais fidedigna, a estimativa nesse caso deve ser considerada a melhor informao disponvel.

    7.2 - CARACTERSTICAS QUALITATIVAS DE MELHORIA

    Caractersticas qualitativas de melhoria

    QC19. Comparabilidade, verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade so caractersticas qualitativas que melhoram a utilidade da informao que relevante e que representada com fidedignidade. As caractersticas qualitativas de melhoria podem tambm auxiliar a determinar qual de duas alternativas que sejam consideradas equivalentes em termos de relevncia e fidedignidade de representao deve ser usada para retratar um fenmeno.

    Comparabilidade QC20. As decises de usurios implicam escolhas entre alternativas, como, por exemplo, vender ou manter um investimento, ou investir em uma entidade ou noutra. Consequentemente, a informao acerca da entidade que reporta informao ser mais til caso possa ser comparada com informao similar sobre outras entidades e com informao similar sobre a mesma entidade para outro perodo ou para outra data.

    QC21. Comparabilidade a caracterstica qualitativa que permite que os usurios identifiquem e compreendam similaridades dos itens e diferenas entre eles.

    Diferentemente de outras caractersticas qualitativas, a comparabilidade no est relacionada com um nico item. A comparao requer no mnimo dois itens . QC22. Consistncia, embora esteja relacionada com a comparabilidade, no significa o mesmo. Consistncia refere-se ao uso dos mesmos mtodos

  • Contabilidade de Custos e Anlise das Demonstraes Contbeis para TCU

    Teoria e exerccios comentados

    Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 02

    Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 76

    para os mesmos itens, tanto de um perodo para outro considerando a mesma entidade que reporta a informao, quanto para um nico perodo entre entidades. Comparabilidade o objetivo; a consistncia auxilia a alcanar esse objetivo.

    QC23. Comparabilidade no significa uniformidade. Para que a informao seja comparvel, coisas iguais precisam parecer iguais e coisas diferentes precisam parecer diferentes. A comparabilidade da informao contbil financeira no aprimorada ao se fazer com que coisas diferentes paream iguais ou ainda ao se fazer coisas iguais parecerem diferentes.

    Verificabilidade QC26. A verificabilidade ajuda a assegurar aos usurios que a informao representa fidedignamente o fenmeno econmico que se prope representar. A verificabilidade significa que diferentes observadores, cnscios e independentes, podem chegar a um consenso, embora no cheguem necessariamente a um completo acordo, quanto ao retrato de uma realidade econmica em particular ser uma representao fidedigna. Informao quantificvel no necessita ser um nico ponto estimado para ser verificvel. Uma faixa de possveis montantes com suas probabilidades respectivas pode tambm ser verificvel.

    Tempestividade QC29. Tempestividade significa ter informao disponvel para tomadores de deciso a tempo de poder influenci-los em suas decises. Em geral, a informao mais antiga a que tem menos utilidade. Contudo, certa informao pode ter o seu atributo tempestividade prolongado aps o encerramento do perodo contbil, em decorrncia de alguns usurios, por exemplo, necessitarem identificar e avaliar tendncias.

    Compreensibilidade QC30. Classificar, caracterizar e apresentar a informao com clareza e conciso torna-a compreensvel.

    QC31. Certos fenmenos so inerentemente complexos e no podem ser facilmente compreendidos. A excluso de informaes sobre esses fenmenos dos relatrios contbil-financeiros pode tornar a informao constante em referidos relatrios mais facilmente compreendida. Contudo, referidos relatrios seriam considerados incompletos e potencialmente distorcidos (misleading).

    QC32. Relatrios contbil-financeiros so elaborados para usurios que tm conhecimento razovel de negcios e de atividades econmicas e que revisem e analisem a informao diligentemente.

    Por vezes, mesmo os usurios bem informados e diligentes podem sentir a necessidade de procurar ajuda de consultor para compreenso da informao sobre um fenmeno econmico complexo.

  • Contabilidade de Custos e Anlise das Demonstraes Contbeis para TCU

    Teoria e exerccios comentados

    Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 02

    Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 76

    Comentrio:

    As Caractersticas qualitativas de melhoria so comparabilidade, verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade.

    Comparabilidade a caracterstica qualitativa que permite que os usurios identifiquem e compreendam similaridades dos itens e diferenas entre eles.

    A verificabilidade ajuda a assegurar aos usurios que a informao representa fidedignamente o fenmeno econmico que se prope representar.

    Tempestividade significa ter informao disponvel para tomadores de deciso a tempo de poder influenci-los em suas decises.

    Compreensibilidade significa que a classificao, a caracterizao e a apresentao da informao so feitas com clareza e conciso, tornando-a compreensvel. Mas no admissvel a excluso de informao complexa e no facilmente compreensvel se isso tornar o relatrio incompleto e distorcido.

    As caractersticas qualitativas de melhoria devem ser maximizadas na extenso possvel. Entretanto, as caractersticas qualitativas de melhoria, quer sejam individualmente ou em grupo, no podem tornar a informao til se dita informao for irrelevante ou no for representao fidedigna.

    Restrio de custo na elaborao e divulgao de relatrio contbil-financeiro til

    QC35. O custo de gerar a informao uma restrio sempre presente na entidade no processo de elaborao e divulgao de relatrio contbil-financeiro. O processo de elaborao e divulgao de relatrio contbil-financeiro impe custos, sendo importante que ditos custos sejam justificados pelos benefcios gerados pela divulgao da informao. Existem variados tipos de custos e benefcios a considerar.

    Comentrio:

    O custo para gerar a informao uma restrio, que impede a gerao de toda a informao considerada relevante para o usurio. Assim, necessria a considerao da relao custo-benefcio da informao, por parte dos rgos normalizadores.

    Para memorizar:

    1) Caractersticas qualitativas fundamentais1.1 - relevncia1.2 - representao fidedigna

  • Contabilidade de Custos e Anlise das Demonstraes Contbeis para TCU

    Teoria e exerccios comentados

    Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 02

    Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 76

    2) Caractersticas qualitativas de melhoria2.1 - comparabilidade2.2 - verificabilidade2.3 - tempestividade2.4 compreensibilidade

    E uma questo recente do CESPE:

    (CESPE/TRE-MS/Tcnico Contabilidade/2013) De acordo com o pronunciamento conceitual bsico (R1), do Comit de Pronunciamentos Contbeis, as caractersticas qualitativas fundamentais da informao contbil-financeira til so

    A) confiabilidade e representao fidedigna.

    B) confiabilidade e tempestividade.

    C) relevncia e confiabilidade.

    D) relevncia e representao fidedigna.

    E) comparabilidade e confiabilidade.

    Gabarito D

    Bom, isso. Vamos resolver questes?

  • Contabilidade de Custos e Anlise das Demonstraes Contbeis para TCU

    Teoria e exerccios comentados

    Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 02

    Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 44 de 76

    8 - QUESTES COMENTADAS

    (CESPE/Contador/UNIPAMPA/2013) Um fornecedor adota como critrio para a concesso de crdito a capacidade de pagamento, e, quando o caso, concede at 180 dias para recebimento do valor das vendas. A tabela a seguir apresenta informaes dos compradores A, B e C, que pleiteiam negociar prazos de pagamento.

    A respeito dessa situao, comparando-se as informaes dos compradores A, B e C, correto afirmar que

    1. O cliente C atende s expectativas do fornecedor porque apresenta menorprazo de cobrana e melhor lucratividade.

    2. O cliente A atende s expectativas do fornecedor porque o ndice de liquidezcorrente superior a 1.

    Comentrios

    A capacidade de pagamento medida pelos ndices de Liquidez. Como a empresa concede prazo para pagamento de at 180 dias, o ndice mais indicado a Liquidez Corrente (Ativo Circulante dividido pelo Passivo Circulante).

    Assim, o cliente C no atende s expectativas do fornecedor, pois apresenta Liquidez Corrente inferior a 1, independente da margem bruta ou do prazo mdio de cobrana (esses indicadores no so levados em conta pelo fornecedor, que concede crdito baseado na capacidade de pagamento).

    J o cliente A atende, pois tem Liquidez Corrente no valor de 1,29.

    1 - Gabarito Errado. 2 - Gabarito Correto.

  • Contabilidade de Custos e Anlise das Demonstraes Contbeis para TCU

    Teoria e exerccios comentados

    Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 02

    Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 45 de 76

    (CESPE/ANS/Especialista/2013)

    3. A liquidez seca do exerccio 2012 inferior do exerccio 2011, mas aliquidez geral melhorou no perodo.

    Comentrios

    A frmula da Liquidez Seca a seguinte:

    Liquidez Seca = (Ativo Circulante - Estoques) / Passivo Circulante

    Aplicando, temos:

    Liquidez Seca 2012 = (51 14)/112 = 0,33 = 33% Liquidez Seca 2011 = (40 17)/60 = 0,38 = 38% Agora, vamos calcular a Liquidez Geral:

    Ativo Circulante (+) Ativo Realizvel a Longo Prazo Liquidez Geral = --------------------------------------------------------------------

    Passivo Circulante (+) (Passivo No Circulante Receita Diferida)

    Liquidez Geral 2012 = (51+108) / (112+55) = 0,95 = 95%

  • Contabilidade de Custos e Anlise das Demonstraes Contbeis para TCU

    Teoria e exerccios comentados

    Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 02

    Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 46 de 76

    Liquidez Geral 2011 =