contabilidade de custos para analista - aula 02

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CONTABILIDADE DE CUSTOS – PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS – MPU – 2013 PROF. ALEXANDRE LIMA profs. Moraes Junior e Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 1 Custos para Avaliação de Estoques – Parte I Conteúdo 2 Custos para Avaliação de Estoques – Parte I............................................................. 2 2.1 Custeio Por Absorção ................................................................................................... 2 2.1.1 Esquema Básico do Custeio por Absorção ..................................................................... 2 2.1.2 Apuração ......................................................................................................................... 4 2.1.3 Avaliação das Saídas para a Produção ............................................................................ 8 2.1.4 Apropriação dos Custos .................................................................................................. 9 2.1.5 Importância da Distinção entre Custo e Despesa .......................................................... 13 2.1.6 Vantagens e Desvantagens do Custeio por Absorção ................................................... 13 2.1.7 Encargos Financeiros .................................................................................................... 13 2.2 Custeio Variável ........................................................................................................... 14 2.2.1 Custeio Variável versus Custeio por Absorção............................................................. 15 2.2.2 Vantagens e Desvantagens do Custeio Variável ........................................................... 19 2.3 Hipóteses de Comportamento ................................................................................ 21 2.4 Princípios Contábeis Aplicados à Contabilidade de Custos ......................... 23 2.5 Resumo............................................................................................................................ 29 2.6 Exercícios de Fixação ................................................................................................. 31 2.7 Gabarito .......................................................................................................................... 41 2.8 Resolução dos Exercícios de Fixação ................................................................... 42

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Contabilidade de Custos Para Analista - Aula 02

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  • CONTABILIDADE DE CUSTOS PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOS MPU 2013

    PROF. ALEXANDRE LIMA

    profs. Moraes Junior e Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 1

    Custos para Avaliao de Estoques Parte I

    Contedo

    2 Custos para Avaliao de Estoques Parte I ............................................................. 2

    2.1 Custeio Por Absoro ................................................................................................... 2

    2.1.1 Esquema Bsico do Custeio por Absoro ..................................................................... 2 2.1.2 Apurao ......................................................................................................................... 4 2.1.3 Avaliao das Sadas para a Produo ............................................................................ 8 2.1.4 Apropriao dos Custos .................................................................................................. 9 2.1.5 Importncia da Distino entre Custo e Despesa .......................................................... 13 2.1.6 Vantagens e Desvantagens do Custeio por Absoro ................................................... 13 2.1.7 Encargos Financeiros .................................................................................................... 13

    2.2 Custeio Varivel ........................................................................................................... 14

    2.2.1 Custeio Varivel versus Custeio por Absoro ............................................................. 15 2.2.2 Vantagens e Desvantagens do Custeio Varivel ........................................................... 19

    2.3 Hipteses de Comportamento ................................................................................ 21

    2.4 Princpios Contbeis Aplicados Contabilidade de Custos ......................... 23

    2.5 Resumo ............................................................................................................................ 29

    2.6 Exerccios de Fixao ................................................................................................. 31

    2.7 Gabarito .......................................................................................................................... 41

    2.8 Resoluo dos Exerccios de Fixao ................................................................... 42

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    2 Custos para Avaliao de Estoques Parte I 2.1 Custeio Por Absoro O Custeio por Absoro (CA) ou Custeio Pleno, cuja noo foi apresentada na aula anterior, consiste na apropriao de todos os custos de produo (fixos ou variveis, diretos ou indiretos) produo do perodo. Os gastos no fabris (despesas) so excludos. Este mtodo de Custeio faz a distino entre custos e despesas. As despesas so contabilizadas diretamente no resultado do perodo, ao passo que somente os custos relativos aos produtos vendidos recebem tratamento similar. Os custos relativos aos produtos em elaborao e aos produtos acabados que no tenham sido vendidos estaro ativados nos estoques destes produtos, como ilustrado pela Figura a seguir.

    O CA uma imposio do Regulamento do Imposto de Renda (IR), que determina que os produtos em fabricao e os produtos acabados sejam avaliados pelo custo de produo, e normalmente exigido pela auditoria externa das companhias abertas. 2.1.1 Esquema Bsico do Custeio por Absoro O CA utiliza o seguinte esquema bsico:

    1. Separao entre Custos e Despesas;

    CPV

    Administrao

    Gastos

    Despesas

    Resultado

    Fbrica

    Gastos

    Custos

    Estoques

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    2. Apropriao dos Custos Diretos diretamente produo do perodo;

    3. Rateio dos Custos Indiretos produo realizada no perodo;

    4. Inventrio dos estoques (*) e

    5. Apurao do resultado.

    (*) Lembre que CPA = CPP + EIPE EFPE e CPV = CPA + EIPA EFPA. O esquema acima sugere que os custos incorridos em um perodo somente iro integralmente para o Resultado desse mesmo perodo caso toda a produo

    Produto X

    Custos

    Indiretos

    Rateio

    Diretos

    Produto Y

    Produto Z

    Despesas

    Estoquesde

    CPV

    Resultado

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    elaborada seja vendida, no havendo, portanto, estoques finais. J as despesas de Administrao, de Vendas, Financeiras etc. sempre so debitadas ao Resultado do perodo em que so incorridas. 2.1.2 Apurao A apurao do CPV e do Resultado Industrial (RI) (ou Lucro Bruto (LB) ou Lucro Operacional Bruto (*)) podem ser feitas conforme as Tabelas 1 e 3, respectivamente (**). (*) Note que RI = V CPV = LB, em que V representa Vendas Lquidas e CPV o Custo do Produto Vendido. (**) Ressaltamos que importante memorizar para a prova todos os esquemas (como aqueles das Tabelas 1, 2 e 3 desta aula) e frmulas apresentados neste curso.

    Tabela 1: APURAO DO CPV

    01 Estoque inicial de Materiais Diretos (EIMD)

    02 (+) Compras de Materiais Diretos

    (vide Tabela 2)

    03 (-) Estoque Final de Materiais Diretos (EFMD)

    04 (=) Materiais Diretos Consumidos (MD)

    05 (+) Mo-de-Obra Direta (MOD)

    06 (+) Custos Indiretos de Fabricao (CIF)

    07 (=) Custo de Produo do Perodo (CPP)

    CPP = MD + MOD + CIF

    08 (+) Estoque Inicial de Produtos em Elaborao (EIPE)

    09 (-) Estoque Final de Produtos em Elaborao (EFPE)

    10 (=) Custo da Produo Acabada (CPA) do perodo

    11 (+) Estoque Inicial de Produtos Acabados (EIPA)

    12 (-) Estoque Final de Produtos Acabados (EFPA)

    13 (=) CPV

    Tabela 2: Detalhamento do item Compras de materiais Diretos

    da Tabela 1

    01 Valor da Compra

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    02 (-) Impostos Recuperveis (*)

    03 (+) Valor do frete suportado pelo adquirente

    (subtrado do ICMS recupervel incidente na operao)

    04 (+) Seguros

    05 (+) Carga, Descarga e Armazenagem

    06 (+) Gastos com o Desembarao Aduaneiro (no caso de importao)

    07 (-) Descontos Incondicionais Obtidos (Descontos Comerciais)

    08 (=) Compras de Materiais Diretos

    (*) O Imposto sobre a Circulao de Mercadorias e Servios (ICMS) e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) so exemplos de impostos recuperveis. Um imposto recupervel quando a sua incidncia for no cumulativa, isto , quando o valor pago de imposto na aquisio pode ser abatido do valor devido quando da posterior venda da mercadoria ou do produto acabado. necessrio que o adquirente da mercadoria ou matria-prima seja contribuinte do imposto por ocasio da venda da mercadoria ou do produto acabado.

    Tabela 3: APURAO DO RESULTADO

    01 Faturamento 02 (-) IPI 03 (=) Receita Operacional Bruta 04 (-) Dedues da Receita Bruta (*) 05 Vendas Lquidas 06 (-) CPV (*) 07 (=) LB 08 (-) Despesas Operacionais 09 (+) Receitas Operacionais 10 (-) Outras Despesas 11 (+) Outras Receitas 12 (=) Lucro Operacional (LOP) 13 (-) Contribuio Social sobre o Lucro (CSSL) 14 (-) Imposto de Renda Pessoa Jurdica (IRPJ) 15 (-) Participaes 16 (=) Lucro Lquido do Exerccio

    (*) Dedues (contas retificadoras da receita bruta):

    - Devolues de Vendas;

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    - Abatimentos sobre Vendas;

    - Descontos Incondicionais Concedidos;

    - Impostos sobre Vendas (ICMS, ISS e IE); e

    - Contribuies Sociais sobre Vendas (PIS e Cofins).

    Nota: com relao ao Custo Fixo Total, o CPV s absorve a parcela relativa s unidades de produtos vendidas. H tambm o Custo Varivel. A questo 8 dos exerccios de fixao trata exatamente deste importante conceito. Exemplos de CIF:

    - Materiais indiretos;

    - Mo-de-obra indireta;

    - Energia eltrica;

    - Combustveis;

    - Manuteno de mquinas;

    - Conta de telefone da fbrica;

    - Aluguel da fbrica;

    - Aluguel de equipamentos;

    - Depreciao;

    - Seguros da fbrica e

    - Imposto predial.

    As contas Material Direto, Produtos em Elaborao, Mo-de-Obra, Custos Indiretos de Fabricao e Produtos Acabados, dentre outras, so contas da Contabilidade de Custos utilizadas na apurao do CPV. Seguem-se exemplos de representaes em razonetes de Materiais Diretos, Produtos em Elaborao e Produtos Acabados (*)

    Materiais Diretos (MD) Estoque Inicial de MD (EIMD)

    Compras MD (Sada para a produo)

    Estoque Final de MD (EFMD)

    Produtos em Elaborao (PE) EIPE MD MOD CIF

    CPA

    EFPE

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    Produtos Acabados (PA)

    EIPA CPA

    CPV

    EFPA

    (*) Pelo que aprendemos na aula anterior, as seguintes frmulas so vlidas:

    EFMD = EIMD + C MD (razonete Materiais Diretos)

    EFPE = EIPE + (MD + MOD + CIF) CPA (razonete Produtos em Elaborao)

    EFPA = EIPA + CPA CPV (razonete Produtos Acabados)

    A frmula (1) EIPE + EIPA + CPP = EFPE + EFPA + CPV resume o que foi exposto at este momento. A Eq. (1) mostra que todos os custos incorridos no perodo, mais os custos incorridos no passado e incorporados aos estoques iniciais de produtos (em elaborao e acabados), tero duas destinaes: ou estaro contidos nos estoques finais dos produtos ainda no acabados ou nos estoques de produtos acabados e ainda no vendidos ou tero feito parte do CPV.

    (+)

    (-)

    CPP

    CPA

    CPV

    EIPA EFPA

    EIPE EFPE

    (+) (-)

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    2.1.3 Avaliao das Sadas para a Produo Nesta Seo, para facilitar a exposio, abstramos a existncia de tributos sobre as compras. importante ressaltar que o custo de aquisio do Material Direto (MD) deve estar lquido dos valores de impostos e contribuies a recuperar. Se a matria-prima (material direto) foi adquirida para uso numa determinada ordem de produo ou encomenda, a sua sada ser avaliada pelo preo especfico de aquisio. Contudo, se diversos lotes da mesma matria-prima forem comprados por preos diferentes, em datas diversas, e forem intercambiveis entre si, temos que considerar trs importantes critrios de avaliao dos materiais para a produo:

    1. PEPS (Primeiro que Entra o Primeiro que Sai) ou FIFO (First In First Out): a sada do material ser avaliada pelo custo das aquisies mais antigas e, portanto, o estoque final remanescente estar avaliado pelo custo das aquisies mais recentes.

    2. UEPS (ltimo que Entra o Primeiro que Sai) ou LIFO (Last In First Out): a sada do material ser avaliada pelo custo das aquisies mais recentes e, portanto, o estoque final remanescente estar avaliado pelo custo das aquisies mais antigas.

    3. Custo pela Mdia Ponderada Mvel ou simplesmente Custo Mdio: avalia-se tanto a sada como os estoques finais de MD pelo custo mdio ponderado de aquisio.

    Exemplo. No incio do ms, havia no estoque de Materias Diretos da Cia. ABLima 40 unidades da matria-prima X a $ 8,00 a unidade. Ao longo do ms em considerao, ocorreram os seguintes fatos, por ordem cronolgica:

    - aquisio de 60 unidades de X a $ 9,00 cada;

    - aquisio de 50 unidades de X a $ 10,00 cada;

    - a produo requisitou 120 unidades de X para fabricar o produto Y;

    - aquisio de 50 unidades de X a $ 12,00 cada.

    Como deveriam ser avaliados a sada e o estoque final remanescente? 1. Avaliaes das sadas para a produo pelo mtodo UEPS: Valor da Sada = (50 x 10) + (60 x 9) + (10 x 8) = 1.120:

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    EF = (30 x 8) + (50 x 12) = 840 2. Avaliaes das sadas para a produo pela mdia mvel: Valor da Sada = 120 x [(40 x 8) + (60 x 9) + (50 x 10)]/150 = 120 x 9,0667 = 1.088 EF = (30 x 9,0667) + (50 x 12) = 872 3. Avaliaes das sadas para a produo pelo mtodo PEPS: Valor da Sada = (40 x 8) + (60 x 9) + (20 x 10) = 1.060: EF = (30 x 10) + (50 x 12) = 900 ___________________________________________________________

    Note-se que, numa conjuntura econmica em que os preos de aquisio so estritamente crescentes (regime inflacionrio), o Custo do Material (valor de sada de MD para a produo) mais alto no UEPS do que na Mdia Mvel, que tem, por sua vez, um custo maior do que o PEPS (2) CustoUEPS > CustoMDIA MVEL > CustoPEPS e, dado que LB = V CPV, tambm vale a desigualdade (3) LBUEPS < LBMDIA MVEL < LBPEPS Por outro lado, se os preos caem no tempo, isto , se h deflao, a desigualdade (3) deve ser invertida (deve-se trocar < por >) (4) LBUEPS > LBMDIA MVEL > LBPEPS Notas: 1) As desigualdades (3) e (4) so vlidas quando o estoque final do perodo diferente de zero, ou seja, quando os estoques no forem totalmente vendidos dentro de um mesmo perodo. 2) Os custos totais sempre sero iguais, independente do critrio de avaliao utilizado, quando os estoques forem totalmente vendidos dentro de um mesmo perodo. 2.1.4 Apropriao dos Custos

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    Os Custos de Produo podem ser diretos ou indiretos. Os Custos Diretos so alocados produo diretamente da conta em que esto registrados para a conta da elaborao ou processamento. Exemplos: custos de matria-prima, mo-de-obra direta, etc. Para uma apropriao correta, basta uma mensurao precisa do consumo ou utilizao dos recursos, ou seja, os custos diretos obedecem a condies objetivas. Por outro lado, os CIF precisam ser rateados ou alocados entre departamentos ou centros de custo, portanto, o custeio feito de modo subjetivo. Os principais critrios de rateio dos CIF so:

    horas-mquina;

    consumo de materiais diretos;

    mo-de-obra direta aplicada;

    receita de vendas; e

    quantidade produzida.

    Departamentalizao Um dos objetivos da Departamentalizao (rateio dos custos por Departamentos) tornar mais preciso o critrio de rateio. O Departamento uma unidade mnima que concentra custos e desenvolve atividades homogneas. A departamentalizao representa um critrio eficaz para apropriao de custos indiretos, onde cada departamento dividido em um ou mais centros de custos. muito utilizada pelas empresas em que o processo produtivo passa por fases de produo. Ex: Indstria de caf: as fases de produo so a seleo de gros, torrefao, moagem e embalagem. O Centro de Custo a menor frao de atividade ou rea de responsabilidade para a qual realizada a acumulao de custos. Pode coincidir com o departamento ou no. Exemplo. A empresa industrial J4M2 Ltda fabrica os produtos ALFA, BRAVO e FOXTROT, que recebem a alocao dos seguintes custos diretos:

    Produto $ mil

    ALFA 500 BRAVO 400 FOXTROT 300 Total 1.200 Alm disso, a indstria apresenta os seguintes custos indiretos: Depreciao de Mquinas 200

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    Manuteno 300 Energia Eltrica 400 Materiais Indiretos 100 Outros Custos Indiretos 100 Total 1.100 Admita que a distribuio dos CIF pelos produtos seja realizada com base nas horas-mquina necessrias produo conforme a Tabela que se segue:

    ALFA 300 horas-mquina (30%) BRAVO 500 horas-mquina (50%) FOXTROT 200 horas-mquina (20%) Total 1.000 horas-mquina

    Logo os custos totais por produtos seriam: Custos Indiretos Custos Diretos Custo Total ALFA 30% x 1.100 = 330 500 830 BRAVO 50% x 1.100 = 550 400 950 FOXTROT 20% x 1.100 = 220 300 520 Total 1.100 1.200 2.300

    Exemplo. Calculemos os custos do exemplo anterior utilizando o conceito de Departamentalizao. Suponha, agora, que o produto ALFA consome 300 horas-mquina, distribudas nos setores de seleo de gros, moagem e torrefao; enquanto que o produto BRAVO s utiliza o setor de seleo de gros e o produto FOXTROT somente utiliza o setor de moagem e torrefao. Deste modo, a distribuio das horas-mquina pelos departamentos ficaria da seguinte forma:

    Seleo de Gros Moagem Torrefao Total ALFA 200 hm 50 hm 50 hm 300 hm BRAVO 500 hm 500 hm FOXTROT 100 hm 100 hm 200 hm Total 700 hm 150 hm 150 hm 1.000 hm

    Alm disso, suponha que o gasto com os custos indiretos por departamentos seja representado na tabela a seguir:

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    Seleo de

    Gros Moagem Torrefao Total

    Depreciao de Mquinas

    $ 100 $ 30 $ 70 $ 200

    Manuteno $ 200 $ 70 $ 30 $ 300 Energia Eltrica $ 60 $ 140 $ 200 $ 400 Materiais Indiretos $ 50 $ 20 $ 30 $ 100 Outros Custos Indiretos

    $ 40 $ 30 $ 30 $ 100

    Total $ 450 $ 290 $ 360 $ 1.100 Custo Mdio por Hora Mquina

    450/700 = $0,643/hm

    290/15= $1,933/hm

    360/150 = $2,4/hm

    Fazendo o clculo dos custos por produto: Seleo de

    Gros Moagem Torrefao Total

    ALFA 200 x 0,643 = 128,6

    50 x 1,93 = 96,7

    50 x 2,4 = 120

    345,3

    BRAVO 500 x 0,643 = 321,4

    321,4

    FOXTROT 100 x 1,93 = 193,3

    100 x 2,4 = 240

    433,3

    Total 450 290 360 1.100

    A Tabela que se segue mostra o quadro comparativo dos CIF com e sem Departamentalizao. CIF sem

    Departamentaliza-o (1)

    CIF com Departamentalizao

    (2)

    Diferena(1) (2)

    ALFA 330 345,3 (15,3) BRAVO 550 321,4 228,6 FOXTROT 220 433,3 (213,3) Total 1.100 1.100

    Essa Tabela sugere que a Departamentalizao propicia uma determinao mais precisa dos custos, uma vez que o critrio de rateio dos CIF fica menos arbitrrio. Isto acontece porque:

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    Alguns custos, embora sejam indiretos em relao aos produtos, so diretamente atribuveis aos Departamentos. Exemplos:

    - Depreciao das Mquinas do Departamento (custo indireto em relao aos vrios tipos de produtos fabricados, mas direto em relao ao Departamento);

    - Material Indireto (como cola e verniz) usado no Departamento;

    - Mo-de-Obra Indireta usada no Departamento.

    Nem todos os produtos passam por todos os Departamentos e, caso passem, o fazem em propores diferentes.

    2.1.5 Importncia da Distino entre Custo e Despesa Um custo lanado como despesa ou uma despesa lanada como custo provoca distores na apurao do resultado do exerccio e consequentemente na avaliao dos estoques existentes na data do balano. 2.1.6 Vantagens e Desvantagens do Custeio por Absoro

    a) Vantagens: 1. incluso de todos os custos no resultado (custos fixos, custos variveis, custos diretos e custos indiretos);

    2. atende ao Princpio da Competncia.

    b) Desvantagem: incluso de custos indiretos por meio de rateio

    arbitrrio de seus valores. 2.1.7 Encargos Financeiros O registro dos encargos financeiros deve ser tratado como despesa e no como custo. Se os juros, correes e outros encargos decorrentes de emprstimos e financiamentos fossem adicionados ao custo do produto, tambm deveriam s-lo os relativos ao capital prprio. Os encargos financeiros no so itens operacionais, pois no so resultantes da atividade da empresa; so, antes, passivos que representam a remunerao de capital de terceiros, ao invs de custo. Os encargos financeiros no so, portanto, custos de produo. So gastos relacionados falta de capital prprio e no a gastos de produo, sendo tratados diretamente como despesas.

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    2.2 Custeio Varivel No Custeio Direto ou Varivel considera-se que o CPP consiste somente nos custos variveis incorridos, excluindo-se os Custos Fixos, que no so considerados como custos de produo e sim como despesas, sendo encerrados diretamente contra o resultado do perodo. Vimos que

    EIPE + EIPA + CPP = EFPE + EFPA + CPV logo, o CPV e os Estoques Finais s contero os custos variveis.

    H que se ressaltar que este mtodo de custeio vedado pela legislao do imposto de renda. Contudo, considerado o mtodo mais adequado ao processo de tomada de deciso da administrao da empresa. A apurao do CPV e do Resultado podem ser feitas conforme as Tabelas 4 e 5, respectivamente (*). (*) A Tabela 2 aplicvel ao caso do Custeio Varivel.

    Tabela 4: APURAO DO CPV

    01 Estoque inicial de insumos 02 (+) Custo de Aquisio das compras de insumos

    (matria-prima, material secundrio e embalagens) 03 (-) Estoque Final de insumos 04 (=) Insumos Consumidos 05 (+) Outros Custos Variveis 06 (+) EIPE 07 (-) EFPE 08 (=) CPA 09 (+) EIPA 10 (-) EFPA 11 (=) CPV Tabela 5: APURAO DO RESULTADO

    01 Faturamento 02 (-) IPI 03 (=) Receita Operacional Bruta

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    04 (-) Dedues da Receita Bruta (*) 05 (=) Vendas Lquidas 06 (-) Custo dos Produtos Vendidos 07 (-) Despesas Variveis de Administrao e Vendas 08 (=) Margem de Contribuio 09 (-) Custos Fixos (**) 10 (-) Despesas Fixas 11 (=) LUCRO/PREJUZO LQUIDO DO EXERCCIO

    (*) Dedues (contas retificadoras da receita bruta):

    - Devolues de Vendas;

    - Abatimentos sobre Vendas;

    - Descontos Incondicionais Concedidos;

    - Impostos sobre Vendas (ICMS, ISS e IE); e

    - Contribuies Sociais sobre Vendas (PIS e Cofins).

    (**) Aqui trata-se do Custo Fixo Total e no somente do Custo Fixo relativo s unidades vendidas. A questo 8 trata deste aspecto, bastante sutil da apurao do resultado pelo Custo Varivel. Observe, na Tabela 5, que a Margem de Contribuio (MC) corresponde ao valor que sobra para se fazer frente aos custos e despesas fixos. Formalmente,

    (5) MC = V (CPV + DV) em que V denota as Vendas Lquidas e DV representa as Despesas Variveis de Administrao e Vendas. 2.2.1 Custeio Varivel versus Custeio por Absoro Faremos a comparao entre os custeios por absoro e varivel por meio do exemplo a seguir. Exemplo. A empresa Kaprisma apresentou os seguintes dados contbeis para determinado exerccio:

    Produo: 1.000 unidades totalmente acabadas

    Custos Variveis = $ 20.000,00

    Custos Fixos = $ 12.000,00

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    Despesas Variveis = $ 4.000,00

    Despesas Fixas = $ 6.000,00

    No h estoques iniciais e finais de produtos em elaborao

    No h estoques iniciais de produtos acabados

    Vendas Lquidas: 800 unidades a $60,00 cada uma no total de $48.000,00

    (I) Custeio por Absoro:

    Custos Fixos 12.000 Custos Variveis 20.000 Custo da Produo do Perodo 32.000

    Sabemos que

    CPA = EIPE + CPP EFPE. Como no h estoques iniciais e finais de produtos em elaborao,

    temos que: Custo da Produo Acabada no Perodo = Custo da Produo do Perodo Custo da Produo Acabada no Perodo = 32.000 Custo dos Produtos Vendidos: Custo dos Produtos Vendidos = Unidades vendidas x Custo unitrio de

    produo Custo Unitrio de Produo = 32.000/1.000 unidades = 32 Custo dos Produtos Vendidos = 800 unidades x 32 = 25.600 Estoque Final de produtos acabados: Estoque Final de Produtos Acabados = 200 unidades x 32 = 6.400 Conferncia do resultado obtido para EFPA usando a frmula do CPV: CPV = EIPA + CPA EFPA 25.600 = 0 + 32.000 EFPA EFPA = 32.000 25.600 = 6.400. Demonstrao do Resultado do Perodo: Vendas Lquidas 48.000

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    (-) CPV (25.600) Resultado Industrial 22.400 (-) Despesas Variveis (4.000) (-) Despesas Fixas (6.000) Lucro Lquido 12.400 (II) Custeio Varivel: Custos Variveis = Custos da Produo do Perodo = 20.000 Custo da Produo Acabada no Perodo = Custo da Produo do Perodo Custo da Produo Acabada no Perodo = 20.000 Custo dos Produtos Vendidos: Custo Unitrio de Produo = 20.000/1.000 unidades = 20 Custo dos Produtos Vendidos = Unidades vendidas x Custo unitrio de

    produo Custo dos Produtos Vendidos = 800 unidades x 20 = 16.000 Estoque Final de produtos acabados: Estoque Final de Produtos Acabados = 200 x 20 = 4.000 Demonstrao do Resultado do Perodo: Vendas Lquidas 48.000 (-) CPV (16.000) (-) Despesas Variveis (4.000) Margem de Contribuio 28.000 (-) Custos Fixos (12.000) (-) Despesas Fixas (6.000) Lucro Lquido 10.000

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    Diferenas entre os dois mtodos de custeio: Custeio por

    Absoro Custeio Varivel

    Diferena

    Custo de Produo do Perodo 32.000 20.000 12.000 Custo da Produo Acabada no Perodo

    32.000 20.000 12.000

    Custo dos Produtos Vendidos 25.600 16.000 9.600 Estoque Final dos Produtos Acabados

    6.400 4.000 2.400

    Lucro Lquido 12.400 10.000 2.400 Observe que o custo de produo do perodo, no custeio por absoro, maior em R$ 12.000,00, que corresponde ao valor dos custos fixos que, no custeio varivel no so considerados custos e sim despesas do perodo.

    O custo dos produtos vendidos, no custeio por absoro, maior em R$ 9.600,00, diferena que corresponde ao valor dos custos fixos apropriados nas unidades vendidas ([800 unidades/1.000 unidades] x 12.000 = 9.600). O estoque final dos produtos acabados, no custeio por absoro, maior em R$ 2.400,00, diferena que corresponde ao valor dos custos fixos apropriados no estoque final de produtos acabados ([200 unidades/1.000 unidades] x 12.000 = 2.400).

    O estoque final do custeio varivel representado por:

    Custo Varivel Unitrio = R$ 20.000,00/1.000 unidades Custo Varivel Unitrio = R$ 20,00

    Unidades em Estoque no Final do Perodo = 200 unidades

    Valor do Estoque Final = 200 x R$ 20,00 = R$ 4.000,00

    O estoque final do custeio por absoro representado por:

    Custo Fixo Unitrio = R$ 12.000,00/1.000 unidades Custo Fixo Unitrio = R$ 12,00

    Custo Varivel Unitrio = R$ 20.000,00/1.000 unidades Custo Varivel Unitrio = R$ 20,00

    Custo Unitrio Total = Custos Fixos + Custos Variveis Custo Unitrio Total = 12 + 20 = R$ 32,00

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    Unidades em Estoque no Final do Perodo = 200 unidades

    Valor do Estoque Final = 200 x R$ 32,00 = R$ 6.400,00

    Como o estoque final de produtos acabados, no custeio por absoro, maior em R$ 2.400,00, o lucro do perodo do custeio por absoro, em relao ao custeio varivel, tambm ser maior em R$ 2.400,00. 2.2.2 Vantagens e Desvantagens do Custeio Varivel Vantagem 1: impede que eventuais aumentos de produo, que no correspondam a aumentos de vendas, venham distorcer o resultado apurado, visto que os custos e despesas fixas so apresentados aps a margem de contribuio. Considerando o exemplo do item 2.2.1, suponha que o dono da Kaprisma decida aumentar a sua produo para 2.000 unidades, mesmo sabendo que as unidades vendidas permaneceram em 800. (I) Custeio por Absoro:

    Custos Fixos 12.000 (no sofrem alterao) Custos Variveis 40.000 (Custo Varivel Unitrio x 2.000 unid.) Custo da Produo do Perodo 52.000

    Como no h estoques iniciais e finais de produtos em elaborao: Custo da Produo Acabada no Perodo = Custo da Produo do Perodo Custo da Produo Acabada no Perodo = 52.000 Custo dos Produtos Vendidos: Custo Unitrio de Produo = 52.000/2.000 unidades = 26

    Custo dos Produtos Vendidos = Unidades vendidas x Custo unitrio de produo

    Custo dos Produtos Vendidos = 800 unidades x 26 = 20.800 Estoque Final de produtos acabados: Estoque Final de Produtos Acabados = 1.200 x 26 = 31.200 Demonstrao do Resultado do Perodo:

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    Vendas Lquidas 48.000 (-) CPV (20.800) Resultado Industrial 27.200 (-) Despesas Variveis (4.000) (-) Despesas Fixas (6.000) Lucro Lquido 17.200 Ou seja, apesar de no ter ocorrido um aumento nas vendas, o aumento na produo do perodo aumentou o lucro lquido em R$ 4.800,00 (R$ 17.200,00 R$ 12.400,00). Isto ocorreu porque o aumento da produo diminuiu os custos fixos unitrios incorporados aos produtos vendidos. Quando a produo era de 1.000 unidades, os custos fixos unitrios eram de $ 12,00 ($ 12.000,00/1.000 unidades). Entretanto, com a produo de 2.000 unidades, os custos fixos unitrios passaram a $ 6,00 ($ 12.000,00/2.000 unidades). Enfim, o aumento da produo, mesmo sem que ocorresse um aumento nas vendas, reduziu os custos fixos unitrios e aumentou o lucro da empresa. (II) Custeio Varivel:

    Custos Variveis = Custos da Produo do Perodo = 40.000 (R$ 20,00 x 2.000 unidades)

    Custo da Produo Acabada no Perodo = Custo da Produo do Perodo Custo da Produo Acabada no Perodo = 40.000

    Custo dos Produtos Vendidos:

    Custo Unitrio de Produo = 40.000/2.000 unidades = 20

    Custo dos Produtos Vendidos = Unidades vendidas x Custo unitrio de produo

    Custo dos Produtos Vendidos = 800 unidades x 20 = 16.000

    Estoque Final de produtos acabados:

    Estoque Final de Produtos Acabados = 1.200 x 20 = 24.000

    Demonstrao do Resultado do Perodo: Vendas Lquidas 48.000

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    (-) CPV (16.000) (-) Despesas Variveis (4.000)

    Margem de Contribuio 28.000 (-) Custos Fixos (12.000) (-) Despesas Fixas (6.000) Lucro Lquido 10.000

    Como os custos fixos so apropriados diretamente no resultado do perodo, o aumento da produo sem aumento das vendas no proporciona qualquer alterao nos lucros da empresa. Vantagem 2: uma ferramenta melhor para a tomada de deciso por parte dos administradores da empresa em relao ao custeio por absoro, que pode induzir a decises erradas sobre a produo. Desvantagens:

    A apropriao dos custos fixos diretamente no resultado do exerccio, sem passar pelos estoques produzidos, descumpre o princpio da competncia.

    O administrador pode vir a desprezar custos peridicos no processo de estabelecimento dos preos de venda.

    2.3 Hipteses de Comportamento Os Custos Variveis (CV) so diretamente proporcionais quantidade (Q) produzida pela fbrica. Portanto, o Custo Varivel Unitrio (CVu) fixo ou constante (6) CVu = CV/Q = K em que K um valor constante. O Custo Fixo (CF) constante qualquer que seja o volume de produo. Porm, o Custo Fixo Unitrio (CFu) sempre decrescente (*), uma vez que (7) CFu = CF/Q. (*) A frmula (7) indica que o CFu uma funo potncia, ou seja, do tipo y = ax, em que a e so constantes reais. No caso do CFu, tem-se =-1, a=CF e x=Q. Considere o caso da fabricao de um produto em que CF=100 e CV=10Q. Como CT = CV + CF, tem-se que

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    CT = 100 + 10Q. Os Custos Fixos e Variveis Unitrios so dados por CFu = 100/Q CVu =10. Alm disso, seja o Custo Mdio seja definido por (8) CMe = CT/Q ou (9) CMe = CFu + CVu . Ento CMe = 10 + 100/Q .

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    O grfico da parte superior da figura acima mostra que CF uma reta paralela ao eixo das quantidades Q. O CV zero se nada for produzido (e teramos CT = CF neste caso) e aumenta linearmente com a produo (o coeficiente angular da reta CV igual a 10). O CT tambm uma reta de inclinao positiva, com o mesmo coeficiente angular da reta CV (portanto paralela reta CV), s que deslocada verticalmente, para cima, em $ 100,00. O grfico da parte inferior da figura mostra que CVu uma reta paralela ao eixo das quantidades. As funes CFu e CMe decrescem medida que Q aumenta, pois so funes do tipo potncia (y=ax, com a e sendo constantes reais), definida somente para Q>0. Alm disso, observe que a distncia entre as curvas CFu e CMe sempre constante e igual ao valor de CVu. 2.4 Princpios Contbeis Aplicados Contabilidade de Custos Existem regras gerais que orientam os procedimentos e prticas do contabilista no exerccio de sua atividade profissional. Essas regras ou princpios visam a um tratamento contbil uniforme e servem como guia para a auditoria examinar a qualidade dos relatrios contbeis. Os princpios fundamentais da contabilidade norteiam os procedimentos contbeis, seja qual for o ramo da contabilidade. Atualmente, o Brasil possui duas estruturas conceituais que servem de alicerce e arcabouo terico da contabilidade:

    a) Estrutura Conceitual do Sistema CFC/CRCs (Conselho Federal de Contabilidade/Conselhos Regionais de Contabilidade), inspirada na escola europia, conforme as Resolues CFC no 1.282/2010 (princpios contabilidade) (*); e

    b) Estrutura Conceitual Baseada na Estrutura Conceitual do

    International Accounting Standards Board (IASB) (**), conforme a verso revisada do Pronunciamento Conceitual Bsico do CPC (CPC-00-R1), que foi homologado pela Resoluo CFC no 1.374/11 Estrutura Conceitual para Elaborao e Divulgao de Relatrio Contbil-Financeiro.

    (*) Esta nova Resoluo alterou a Resoluo CFC n. 750/93 e revogou a Resoluo CFC n. 774/94, que detalhava os princpios enunciados pela Resoluo CFC n. 750/93. A principal inovao da CFC n. 1.282/2010 a revogao do princpio da atualizao monetria.

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    (**) O IASB um rgo independente, do setor privado, para o estudo de padres contbeis, com sede em Londres. As Normas Internacionais de Contabilidade so editadas desde 1975. Recebiam o nome de International Accounting Standards (IAS). A partir de 2001, passaram a receber a denominao de International Financial Reporting Standards (IFRS). Apesar disso, ainda h varias IAS em vigor. Atualmente, mais de 100 pases adotam as normas IFRS. (***) O CPC, criado em 2005 pela Resoluo CFC no 1.055/05 e validado formalmente pelo art. 50 da Lei no 11.638/07, o rgo encarregado pela emisso das novas normas contbeis brasileiras, as quais so elaboradas em consonncia com os padres internacionais de contabilidade. So membros do CPC: CFC, Associao dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (APIMEC), Associao Brasileira das Companhias Abertas (ABRASCA), Bolsa de Valores de So Paulo (BOVESPA), Fundao Instituto de Pesquisas Contbeis, Atuariais e Financeiras (FIPECAFI) e Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (IBRACON). O CPC prope normas, denominadas Pronunciamentos Tcnicos, que podem ser aprovadas como deliberaes ou instrues normativas por rgos do governo como CVM, Banco Central e Superintendncia de Seguros Privados (SUSEP). Apresentaremos, a seguir, os Princpios Contbeis Geralmente Aceitos aplicveis Contabilidade de Custos. PRINCPIO DA REALIZAO DA RECEITA Este princpio determina que o resultado (lucro ou prejuzo) deve ser reconhecido apenas quando da realizao da receita. Em regra, a receita realizada quando ocorre a transferncia do bem ou do servio para terceiros. Sendo assim, as indstrias s reconhecem o resultado obtido em sua atividade quando a receita realizada, ou seja, no momento em que o bem produzido transferido para o cliente. Deste modo, a Contabilidade de Custos, quando aplicada no contexto da Contabilidade Financeira, tambm no pode apurar resultado antes desse instante, podendo, servir, no mximo, como instrumento para previso do lucro/prejuzo. Note que, do ponto de vista econmico, o lucro j surge durante a fabricao do produto, pois h agregao de valores nesta fase. Depreende-se do que foi dito acima que este princpio o responsvel por uma das diferenas entre os conceitos de lucro na Economia e na Contabilidade. Contabilmente, os valores agregados de gastos, relativos a fatores utilizados na produo, vo sendo acumulados na forma de estoques, uma vez que a receita s ser reconhecida futuramente. Como este princpio estabelece que o

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    resultado deve ser reconhecido apenas quando da realizao da receita (e as receitas devem ser confrontadas com as despesas para que o resultado seja apurado), tem-se que os gastos na produo s sero considerados como despesas no futuro, aps o bem elaborado ter sido transferido para terceiros. Resumindo, o princpio da realizao define o momento do reconhecimento da receita. PRINCPIO DA COMPETNCIA O reconhecimento das despesas feito de acordo com a seguinte regra, conhecida como princpio da competncia ou da confrontao entre despesas e receitas: aps o reconhecimento da receita, deduzem-se dela todos os valores representativos dos esforos necessrios para sua obteno (despesas). Esses esforos podem ser subdivididos em dois grupos:

    a) despesas especificamente incorridas para a consecuo daquelas receitas que esto sendo reconhecidas (por exemplo, custo de produo do bem ora vendido, despesa de comisso relativa venda do produto, etc.) e

    b) despesas incorridas para a obteno de receitas genricas e no necessariamente daquelas que esto sendo contabilizadas (por exemplo, despesas de administrao, propaganda e marketing, etc.).

    Com isso, tem-se a seguinte seqncia: primeiramente, deve-se apropriar as receitas em funo da realizao; depois, deduz-se dessas receitas todos os gastos que estejam diretamente relacionados ao processo de obteno dessas mesmas receitas; e, finalmente, deduz-se aquelas despesas que foram incorridas no perodo e dizem respeito a esforos de gerao de receitas, mas cuja vinculao com elas extremamente difcil ou ento impossvel de se verificar. por isso que o gasto com o salrio do chefe da fbrica apropriado a um produto estocado e s se torna despesa por ocasio da venda, enquanto que o salrio do chefe de vendas vira, de imediato, despesa, independentemente da existncia ou realizao de receitas. Em resumo, este princpio diz respeito basicamente ao momento do reconhecimento das despesas. PRINCPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL Este princpio estabelece que os registros contbeis so efetuados com base no valor de aquisio do bem (valor original) ou pelo preo de fabricao.

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    Dessa forma, dois contadores, ao defrontarem-se com o mesmo fato, no divergiriam na mensurao do mesmo. Ativos como matrias-primas so registrados por seu valor original de entrada ou custo histrico; tal valor permanecer intacto na escriturao contbil at que o elemento seja baixado do patrimnio. Os estoques das indstrias so avaliados em funo do custo histrico de sua obteno, sem correo por inflao ou por valores de reposio. Alm disso, o sacrifcio representado pelo que a empresa deixou de ganhar por ter aplicado seus recursos na fabricao do bem, ao invs de aplicar em outra atividade, ou simplesmente o juro calculado sobre o capital prprio, no deve ser englobado ao custo de produo. Os estoques no podem ser avaliados com a incluso desses itens. O exemplo a seguir ilustra o que foi dito sobre este princpio. Exemplo. Suponha que o custo histrico de fabricao do produto X seja $100.000,00 e que ele fique estocado durante certo tempo, sendo vendido por $150.000,00. Admita que a inflao nesse perodo seja de 10%. O lucro bruto apurado seria de

    Venda $150.000,00 (-) Custo do Produto Vendido ($100.000,00) Lucro Bruto $ 50.000,00

    na hiptese de valor puramente histrico e de

    Venda $150.000,00 (-) Custo Histrico do Produto Vendido Corrigido = $100.000 x 1,1 ($110.000,00) Lucro Bruto $ 40.000,00

    na hiptese de se tirar do lucro o efeito da inflao. Imaginemos ainda que se quisesse levar em considerao o valor que representasse o quanto custaria fazer o produto na data da venda e que esse valor de reposio fosse de $120.000,00. Neste caso, teramos

    Venda $150.000,00 (-) Custo do Produto Vendido $120.000,00 Lucro Bruto $ 30.000,00

    na hiptese de se adotar o valor de reposio. Qual o valor do lucro admitido pela Contabilidade?

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    A Contabilidade ir admitir como lucro o total de $50.000,00 porque os estoques das indstrias so avaliados em funo do custo histrico de sua obteno, sem correo por inflao ou por valores de reposio. PRINCPIO DA CONSISTNCIA OU UNIFORMIDADE Quando h diversas alternativas para o registro contbil de um mesmo fato, todas vlidas dentro dos princpios fundamentais de contabilidade, deve a entidade adotar uma delas de forma consistente. Isto requer que a alternativa adotada seja utilizada sempre, no podendo a entidade ficar mudar o critrio a cada perodo. Deste modo, para a apropriao dos vrios custos de produo, h a necessidade de se adotar critrios escolhidos entre vrias alternativas. Por exemplo, a empresa pode distribuir os custos de manuteno em funo de horas-mquina, homem-hora, valor do equipamento, etc. Todos so vlidos a princpio, mas no podem ser usados de forma indiscriminada em cada perodo. Aps a adoo de um deles, deve haver consistncia ou uniformidade em seu uso, j que a alterao de critrio pode provocar modificaes substanciais nos valores dos estoques e, por conseguinte, na apurao dos resultados. PRINCPIO DA PRUDNCIA OU CONSERVADORISMO A posio conservadora (precauo) do contador ser evidenciada para antecipar prejuzo e nunca antecipar lucro. Assim, ele no estar influenciando os acionistas, por exemplo, a um otimismo que poder ser ilusrio. Assim, se uma indstria possui um estoque de produtos acabados cujo custo de fabricao seja de $ 20 milhes, e o valor de mercado (preo que a empresa obteria se vendesse seu estoque hoje) fosse de $ 15 milhes, o contador deve antecipar o prejuzo de $ 5 milhes, mesmo que os produtos ainda no tenham sido vendidos (Custo ou Mercado dos dois o menor). Note que o prejuzo ainda no ocorreu; contudo, para no esconder dos acionistas uma situao negativa que poder ocorrer num futuro prximo, o prejuzo ser antecipado. Por outro lado, a contabilidade da empresa dever registrar o maior valor dentre dois montantes, igualmente vlidos de dvida da entidade com terceiros, caso haja dvidas. Deste modo, se, no momento de quitao da dvida, prevalecer o maior valor, ningum ser pego de surpresa. Mas claro que a prudncia deve ser exercida com bom senso, sem exageros, evitando-se uma subavaliao desmesurada da riqueza da empresa.

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    Temos como conseqncias principais deste princpio no contexto da Contabilidade de Custos a avaliao final dos estoques de produtos e o tratamento de certos custos de produo. Para a avaliao dos estoques, foge-se do Princpio do Custo Histrico como Base de Valor no momento em que os produtos elaborados tiverem um valor lquido de venda (preo de venda menos todas as despesas necessrias venda, tais como comisses, transporte para entrega, impostos, etc.) inferior ao custo de produo. No que tange relao de certos custos de produo e a Prudncia, podemos mencionar certos gastos que provocam dvida quanto a sua classificao, se custo ou despesa; na dvida, deve prevalecer a hiptese mais pessimista, que no acarreta a ativao desse valor como estoque, mas sim a sua converso imediata em despesa. PRINCPIO DA MATERIALIDADE OU RELEVNCIA Materialidade sinnimo de relevncia. Pode-se visualizar a materialidade pelo anlise do binmino Custo x Benefcio. Por exemplo, alguns pequenos materiais de consumo industrial precisariam ser tratados como custo na proporo de sua efetiva utilizao; contudo, por representarem valores desprezveis, so usualmente englobados e totalmente considerados como custo no perodo de sua aquisio. Neste caso, o custo de contabilizao (tempo do pessoal da contabilidade, material, computador) maior que o benefcio que trar aos usurios (acionistas, administradores) dessas informaes. Portanto, para valores irrisrios em relao ao todo, a Materialidade desobriga a um tratamento mais rgido que os itens de cifras relevantes. bom ressaltar, entretanto, que a soma de diversos itens irrelevantes pode ser material, e, nesse caso, um tratamento mais rigoroso deve ser aplicado.

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    2.5 Resumo o CSP pelas empresas prestadoras de servios a outras empresas poder ser composto pelos mesmos itens que compem o CPV em uma empresa industrial, ou seja, materiais, mo de obra e gastos gerais de fabricao. O Custeio por Absoro consiste na apropriao de todos os custos de produo (fixos ou variveis, diretos ou indiretos) produo do perodo. Os gastos no fabris (despesas) so excludos. CPA = CPP + EIPE EFPE CPV = CPA + EIPA EFPA. LB = V CPV CPP = MD + MOD + CIF EIPE + EIPA + CPP = EFPE + EFPA + CPV (estoques iniciais + CPP = estoques finais + CPV)

    Mtodos de avaliao de sadas de MD para a produo: PEPS, UEPS e Mdia Ponderada Mvel ou Custo Mdio.

    (+)

    (-)

    CPP

    CPA

    CPV

    EIPA EFPA

    EIPE EFPE

    (+) (-)

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    Encargos financeiros no so custos de produo. Os CIF precisam ser rateados ou alocados entre departamentos ou centros de custo. Principais critrios de rateio dos CIF: horas-mquina, consumo de materiais diretos;, mo-de-obra direta aplicada, receita de vendas e quantidade produzida. A Departamentalizao torna o critrio de rateio mais preciso (ou justo). O Custeio Direto ou Varivel considera que o CPP consiste somente nos custos variveis incorridos, excluindo-se os Custos Fixos, que no so considerados como custos de produo e sim como despesas, sendo encerrados diretamente contra o resultado do perodo Custo Varivel Unitrio = Custo Varivel/Quantidade Produzida = Constante Custo Fixo Unitrio = Custo Fixo/Quantidade Produzida (decresce com aumento da Quantidade) Custo Total = Custo Varivel + Custo Fixo

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    2.6 Exerccios de Fixao (ANAC/CESPE-UnB/2012/Adaptada) Em relao classificao e terminologia de custos, julgue o item a seguir. 1. O custo varivel uniforme por unidade, mas varia em relao ao total, na proporo direta das variaes da atividade ou do volume de produo relacionado. (ANAC/CESPE-UnB/2012) Uma fbrica que adota o custeio por absoro aplicou R$ 35.000,00 de matria-prima, R$ 15.000,00 de mo de obra direta e R$ 55.000,00 de custos indiretos de fabricao em sua produo do ms de setembro de 2012. O saldo inicial dos estoques de produtos em elaborao do referido ms foi de R$ 8.000,00 e a fbrica no possua estoque de produtos acabados no incio do ms. Considerando que a fbrica vende seu nico produto por R$ 20,00 a unidade e que foi vendida a produo total de 6.000 unidades, julgue os itens que se seguem. 2. Se o lucro bruto for de R$ 20.000,00, o estoque final de produtos em elaborao ser igual a R$ 13.000,00. 3. O custo de produo do perodo foi igual a R$ 70.000,00. (ANAC/CESPE-UnB/2012/Adaptada) Tendo em vista que a anlise de custos um dos principais fatores para a tomada de decises em uma empresa , julgue o item a seguir. 4. Para se obter a margem de contribuio os custos fixos e variveis devem ser subtrados das vendas. 5. (MDIC/ESAF/2012) A empresa Rio Branco S.A. comercializa mercadorias com alto grau de tecnologia. O comportamento dos preos dos produtos adquiridos para vender sempre decrescente. Dessa forma, pode-se afirmar que:

    (A) se a empresa aplicar o critrio de avaliao de estoques pelo preo mdio, ter sempre maior resultado do que se aplicar o mtodo PEPS.

    (B) os custos totais sempre sero iguais, independente do critrio de avaliao utilizado, quando os estoques forem totalmente vendidos dentro do exerccio.

    (C) pelo mtodo UEPS, a empresa sempre reconhecer em cada venda mais custos do que se aplicar o mtodo do preo mdio ou PEPS.

    (D) a empresa ter um maior lucro se aplicar o mtodo de valorizao de estoques pelo PEPS e pelo preo mdio, do que se aplicar o mtodo UEPS.

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    (E) quando houver a venda de todo o estoque, o lucro ser menor quando a empresa utilizar o mtodo UEPS, do que quando aplicado o mtodo PEPS.

    6. (ICMS-PR/UEL-Cops/2012/Adaptada) A empresa Limeira Ltda. iniciou suas atividades em 1o de outubro de 2011. Aps seu primeiro ms de funcionamento, a empresa apresentou a seguinte movimentao de um de seus materiais diretos isento de impostos na aquisio e na venda:

    DATA DESCRIO VALOR TOTAL (R$)

    07/10/2011 Entrada de 40 unidades 2.000,00 14/10/2011 Sada de 10 unidades 700,00 21/10/2011 Entrada de 30 unidades 2.100,00 31/10/2011 Sada de 15 unidades 1.200,00

    Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, o valor, em reais, do estoque final de materiais diretos segundo o critrio PEPS. (A) 2.200,00

    (B) 2.350,00

    (C) 2.650,00

    (D) 2.700,00

    (E) 2.850,00

    7. (ICMS-PR/UEL-Cops/2012) Com relao s funes da contabilidade de custos, financeira e gerencial, considere as afirmativas a seguir. I. A contabilidade de custo tem um escopo mais amplo que a contabilidade gerencial.

    II. O uso da contabilidade de custos como instrumento gerencial preocupao permanente dos contadores, auditores e fiscais.

    III. O sistema de custos pode subsidiar a deciso gerencial de administrao de preo de venda.

    IV. Lucro bruto o resultado do confronto do custo das mercadorias ou produtos vendidos ou dos servios prestados aos clientes com a respectiva receita lquida.

    Assinale a alternativa correta. (A) Somente as afirmativas I e II so corretas.

    (B) Somente as afirmativas I e IV so corretas.

    (C) Somente as afirmativas III e IV so corretas.

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    (D) Somente as afirmativas I, II e III so corretas.

    (E) Somente as afirmativas II, III e IV so corretas.

    8. (ICMS-PR/UEL-Cops/2012) Quanto s terminologias contbeis bsicas da contabilidade de custos, relacione a coluna da esquerda com a da direita.

    (I) Comisso de vendedores. (A) Custos.

    (II) Compra de material de escritrio (B) Desembolso.

    (III) Depreciao do prdio fabril. (C) Despesas.

    (IV) Mercadoria danificada por enchente. (D) Investimento.

    (V) Pagamento de fornecedores. (E) Perdas.

    Assinale a alternativa que contm a associao correta.

    (A) I-A, II-B, III-C, IV-D, V-E.

    (B) I-C, II-A, III-E, IV-D, V-B.

    (C) I-C, II-D, III-A, IV-E, V-B.

    (D) I-D, II-C, III-A, IV-B, V-E.

    (E) I-E, II-A, III-D, IV-B, V-C.

    9. (ICMS-SP/FCC/2009) A empresa Modelo possui os seguintes saldos no perodo 2:

    Itens Saldo Inicial em

    unidades Saldo Final em

    unidades Matria-prima 20.000 50.000 Produtos em processo 10.000 10.000 Produtos acabados 70.000 40.000

    Para produzir uma unidade de produto acabado a empresa usa 3 unidades de matria-prima. A empresa planeja produzir 150.000 unidades no perodo 2. O nmero de unidades de matria-prima que a empresa necessita adquirir (A) 350.000

    (B) 420.000

    (C) 450.000

    (D) 480.000

    (E) 530.000

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    10. (ICMS-SP/FCC/2009) Uma empresa apura os custos da produo vendida utilizando dois mtodos: mtodo do custeio por absoro e mtodo do custeio varivel. No incio do perodo, no havia em estoque unidades acabadas ou semiacabadas. No ms, foram iniciadas e terminadas 6.000 unidades, das quais 4.000 unidades foram vendidas. No final do perodo, a empresa apurou resultado lquido de R$ 310.000,00, pelo custeio varivel, e R$ 340.000,00, pelo custeio por absoro. Levando-se em considerao que os custos variveis representam 50% do preo de venda, os valores do preo unitrio de venda, custo unitrio varivel e custo fixo total do ms so, respectivamente: (A) R$ 200,00, R$ 100,00 e R$ 90.000,00

    (B) R$ 180,00, R$ 90,00 e R$ 60.000,00

    (C) R$ 160,00, R$ 80,00 e R$ 60.000,00

    (D) R$ 120,00, R$ 60,00 e R$ 90.000,00

    (E) R$ 100,00, R$ 50,00 e R$ 50.000,00

    11. (ICMS-SP/FCC/2009) Considere as informaes apresentadas, no quadro abaixo, referentes movimentao de estoques de materiais na empresa Y.

    Entradas em Unidades Sadas em Unidades

    Valor das Compras

    R$/unitrio Saldo Inicial 0 0 Janeiro X0 100 100,00 Fevereiro X0 50 Maro X0 200 50,00 Maio X0 100 Julho X0 100 80,00 Setembro X0 150 60,00 Dezembro X0 150

    Considerando que a apurao do custo dos produtos vendidos feita mensalmente, o critrio de avaliao dos Materiais Diretos (Preo Mdio, PEPS e UEPS) que leva a empresa Y a alcanar melhor resultado no perodo de X0 (A) PEPS.

    (B) UEPS.

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    (C) Mdio.

    (D).PEPS e UEPS o mesmo resultado.

    (E) Mdio e PEPS o mesmo resultado.

    12. (ICMS-SP/FCC/2009) Custo de Produo do Perodo a soma dos custos incorridos no perodo dentro da fbrica. Custo da Produo Acabada a soma dos custos contidos na produo acabada no perodo. Custo dos Produtos Vendidos a soma dos custos incorridos na produo dos bens e servios que s agora esto sendo vendidos. Com relao afirmao acima, e tomando-se como base para comparao o mesmo perodo, correto afirmar que (A) o custo de Produo ser obrigatoriamente maior que os demais.

    (B) o custo da Produo Acabada ser obrigatoriamente menor que os demais.

    (C) o custo dos Produtos Vendidos ser obrigatoriamente maior do que os outros dois acima mencionados.

    (D) no existe correlao obrigatria de grandeza entre os trs custos acima mencionados.

    (E) o custo de Produo Acabada ser obrigatoriamente maior que os demais, por ser a soma dos custos contidos na produo.

    (ICMS-SP/FCC/2006) Instrues: Considere as informaes abaixo para responder s questes de nmeros 13 e 14. A Cia. Atenas utiliza duas unidades de matria-prima para cada unidade acabada. Ao fazer seu planejamento, para o ano fiscal de 2006, estabelece como meta os seguintes saldos:

    Itens Saldo Inicial em

    unidades

    Saldo Final em

    unidades

    Matria-prima 30.000 40.000

    Produtos em processo 10.000 10.000

    Produtos acabados 70.000 40.000

    13. Se a empresa planeja produzir 400.000 unidades, no perodo, o nmero de unidades de matria-prima que dever adquirir ser: (A) 810.000

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    (B) 990.000

    (C) 1.000.000

    (D) 1.010.000

    (E) 1.020.000

    14. Para que a empresa venda 480.000 unidades durante o ano fiscal de 2006, a quantidade de unidades que dever produzir no decorres desse perodo : (A) 520.000 (B) 480.000 (C) 460.000 (D) 450.000 (E) 440.000 15. (ICMS-SP/FCC/2006) Uma Empresa, inserida em um contexto de economia inflacionria em que os preos so sempre crescentes ao longo dos perodos, tem o movimento de seus estoques conforme os dados abaixo.

    Datas Operao Quantidade Saldo Valor Unitrio de

    Compra 01.xx.06 Entrada 2.000 2.000 R$ 10.00 05.xx.06 Entrada 2.500 4.500 R$ 12.00 07.xx.06 Sada (3.000) 1.500 10.xx.06 Entrada 500 2.000 R$ 13.00 12.xx.06 Entrada 1.200 3.200 R$ 15.00 20.xx.06 Sada (1.800) 1.400 23.xx.06 Entrada 1.000 2.400 R$ 20.00 25.xx.06 Sada (1.200) 1.200 26.xx.06 Entrada 700 1.900 R$ 25.00 30.xx.06 Sada (1.300) 600

    Com base nessas informaes, em qual dos critrios de avaliao dos estoques o Resultado Bruto Operacional ser maior? (A) Mdia ponderada mvel.

    (B) ltimo que entra primeiro que sai.

    (C) Primeiro que entra primeiro que sai.

    (D) Mdia ponderada fixa.

    (E) Mtodo de preo especfico.

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    16. (ICMS-SP/FCC/2006/Adaptada) Considere que uma empresa aloca custos departamentais aos produtos, utilizando-se do mtodo direto (o smbolo k, de kilo, denota x1.000).

    Departamento de

    Servios

    Departamentos

    Produtivos

    Total Controle

    de

    qualidade

    Manuten-

    o Maquinrio Montagem

    Custos de

    fabricao

    alocados diretos

    aos

    departamentos

    R$ 350 k R$ 200 k R$ 400 k R$ 300k R$ 1.250k

    Horas mquinas

    incorridas

    50 k 50k

    Horas mo-de-

    obra direta

    25 k 25k

    Horas de

    servios:

    - de controle

    qualidade

    - manuteno

    10 k

    7 k

    21 k

    18 k

    7 k

    12 k

    35 k

    40 k

    Produtos Unidades Produzidas

    Consumo horas mquinas

    Consumo horas MOD

    A 5.000 6.0 3.0 B 4.000 5.0 2.5

    Com base nos dados contidos no quadro acima, o custo unitrio, em $, dos produtos A e B so, respectivamente: (A) 150,00 e 125,00

    (B) 145,00 e 135,00

    (C) 149,00 e 126,25

    (D) 125,00 e 156,25

    (E) 120,00 e 162,50

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    17. (ICMS-SP/FCC/2006) A diferena entre o preo de venda e o custo varivel constitui (A) a Anlise custo-volume-lucro.

    (B) a Receita operacional bruta.

    (C) a Receita lquida.

    (D) o Ponto de equilbrio.

    (E) a Margem de contribuio.

    18. (Contador(a) Jnior Petrobrs/Cesgranrio/2011) Em uma aula de contabilidade, na qual um professor discorria corretamente sobre classificao de custos, houve a explicao de que somente representam custos diretos os seguintes itens: (A) energia eltrica, mo de obra direta e aluguel do prdio.

    (B) matria-prima, mo de obra direta e embalagens.

    (C) mo de obra direta, depreciao de equipamentos e material consumido.

    (D) manuteno, salrios de superviso e materiais diretos.

    (E) salrios da fbrica, embalagens e seguros da fbrica.

    19. (Contador(a) Jnior-Petrobrs/Cesgranrio/2010) A Cia. Parthenon S.A. apresentou as seguintes previses para o 1o trimestre de 2010:

    Meses Vendas (Unidades)

    Janeiro 30.000

    Fevereiro 45.000

    Maro 55.000 Informaes adicionais, com valores em reais. Preo de venda unitrio 135,00 Custo e despesa varivel por unidade 75,00 Custo e despesa fixa 1.800.000,00/ms Considerando exclusivamente os dados acima, o lucro operacional projetado para o primeiro trimestre de 2010, em reais, (A) 900.000,00

    (B) 1.500.000,00

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    (C) 1.800.000,00

    (D) 1.900.000,00

    (E) 2.400.000,00

    20. (Tc. Contab. Jnior-Petrobrs Biocombustvel/Cesgranrio/2010) A Indstria Xingu Ltda. produziu 50.000 unidades do produto X em setembro de 2009. No mesmo perodo, incorreu nos seguintes custos: Matria-prima R$ 156.000,00 Mo de obra direta R$ 112.000,00 Outros custos diretos R$ 50.000,00 Custos fixos do ms R$ 285.000,00 Sabendo-se que as vendas do ms montaram a 48.150 unidades do produto X, o saldo da conta Produtos Acabados da Indstria Xingu, pelo critrio do custeio varivel, em setembro de 2009, foi, em reais, de (A) 22.311,00

    (B) 18.000,00

    (C) 11.868,00

    (D) 11.766,00

    (E) 10.545,00

    21. (Contador(a) Jnior-Petrobrs/Cesgranrio/2010) Dados extrados da contabilidade de custos da Indstria Plastitil Ltda., com valores em reais. Aluguel da fbrica 23.000,00 Depreciao de mquinas 75.000,00 Mo de obra direta 215.000,00 Mo de obra indireta 389.000,00 Matria-prima 230.000,00 Materiais de consumo 10.000,00 Salrios de superviso 435.000,00 Com base apenas nos dados acima e considerando a classificao dos custos em diretos e indiretos, o total dos custos diretos, em reais, (A) 445.000,00

    (B) 455.000,00

    (C) 468.000,00

    (D) 844.000,00

    (E) 890.000,00

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    Informaes impostos sobre o lucro 24% dedues da receita 30% quantidade vendida 800 quantidade produzida 1.000

    Custos (R$) mo-de-obra direta unitria 1,30 matria-prima unitria 1,10 outros custos diretos unitrios 3,40 custos indiretos de fabricao fixos 2.400,00 despesas operacionais fixas 1.140,00 preo de venda unitrio 17,00

    (Serpro/Cespe-UnB/2008/Adaptada) As indstrias adotam diversas metodologias para a tomada de decises e apurao do resultado de suas operaes. Um exemplo a adoo do custeio varivel ou do custeio por absoro. Acerca dessas metodologias e utilizando as informaes do quadro acima, julgue os itens subseqentes (itens 22 a 25). 22. Sob a tica do custeio varivel, a margem de contribuio apurada de R$ 4.880. 23. Ao se elaborar a demonstrao do resultado do exerccio (DRE) pelo custeio por absoro, a margem bruta obtida superior a 30%. 24. O custo unitrio do produto, segundo o custeio por absoro, de R$ 5,80. 25. Caso a quantidade vendida seja igual quantidade produzida, sob a tica do custeio por absoro, o resultado bruto ser de R$ 3.700.

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    2.7 Gabarito 1 C 2 C 3 E 4 E 5 B 6 E 7 C 8 C 9 D 10 A 11 B 12 D 13 A 14 D 15 C 16 A 17 E 18 B 19 E 20 D 21 A 22 C 23 C 24 E 25 C

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    2.8 Resoluo dos Exerccios de Fixao (ANAC/CESPE-UnB/2012/Adaptada) Em relao classificao e terminologia de custos, julgue o item a seguir. 1. O custo varivel uniforme por unidade, mas varia em relao ao total, na proporo direta das variaes da atividade ou do volume de produo relacionado. Resoluo A classificao dos custos em fixos e variveis leva em conta a unidade de tempo, o valor total dos custos com um item nessa unidade de tempo e o volume de atividade. A matria-prima consumida em um perodo um custo varivel, porque tem relao direta e proporcional com o volume de produo relacionado. A conta dos telefones da fbrica, cujo valor pode variar de ms para ms, um custo fixo, pois seu valor independe do volume produzido em cada perodo, ou, dito de outra forma, porque seu montante no varia em funo do volume de produo de cada perodo. O fato de os Custos Variveis (CV) serem diretamente proporcionais Quantidade produzida (Q) equacionado pela frmula

    CV = CVu x Q em que CVu denota o Custo Varivel Unitrio. O custo varivel uniforme por unidade, pois a relao

    CVu = CV/Q = K, em que K um valor constante, vlida para a grandeza CVu, ou seja, o CVu fixo. Item correto. GABARITO: C (ANAC/CESPE-UnB/2012) Uma fbrica que adota o custeio por absoro aplicou R$ 35.000,00 de matria-prima, R$ 15.000,00 de mo de obra direta e R$ 55.000,00 de custos indiretos de fabricao em sua produo do ms de setembro de 2012. O saldo inicial dos estoques de produtos em elaborao do referido ms foi de R$ 8.000,00 e a fbrica no possua estoque de produtos acabados no incio do ms. Considerando que a fbrica vende seu nico produto por R$ 20,00 a unidade e que foi vendida a produo total de 6.000 unidades, julgue os itens que se seguem.

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    2. Se o lucro bruto for de R$ 20.000,00, o estoque final de produtos em elaborao ser igual a R$ 13.000,00. Resoluo Dados: - Matria-Prima (MD) = $ 35.000;

    - Mo de Obra Direta (MOD) = $ 15.000;

    - Custos Indiretos de Fabricao (CIF) = $ 55.000;

    - Estoque Inicial de Produtos em Elaborao (EIPE) = $ 8.000;

    - Estoque Inicial de Produtos Acabados (EIPA) = $ 0;

    - Preo de Venda unitrio (PVu) = $ 20;

    - A produo total de 6.000 un. foi vendida. Isto quer dizer que o Estoque Final de Produtos Acabados (EFPA) nulo, ou seja, EFPA = $ 0; e

    - Lucro Bruto = $ 20.000.

    Custos de Produo do Perodo (CPP) = MD + MOD + CIF CPP = $ 35.000 + $ 15.000 + $ 55.000 = $ 105.000 Receita com Vendas (V) = PVu x Q = $ 20/un x 6.000 un = $ 120.000 LB = V CPV CPV = V LB = 120.000 20.000 = 100.000 CPA = CPP + EIPE EFPE = $105.000 + $8.000 EFPE = 113.000 EFPE CPV = CPA + EIPA EFPA 100.000 = (113.000 EFPE) + 0 + 0 EFPE = $113.000 $100.000 = $13.000. EFPE = $13.000, item certo. GABARITO: C 3. O custo de produo do perodo foi igual a R$ 70.000,00. Resoluo O custo de produo do perodo foi calculado no item anterior e vale $105.000. Item errado. GABARITO: E

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    (ANAC/CESPE-UnB/2012/Adaptada) Tendo em vista que a anlise de custos um dos principais fatores para a tomada de decises em uma empresa , julgue o item a seguir. 4. Para se obter a margem de contribuio os custos fixos e variveis devem ser subtrados das vendas. Resoluo Esquema da Demonstrao do Resultado do Perodo pelo Custeio Varivel: Vendas Lquidas (-) CPV (-) Despesas Variveis Margem de Contribuio (-) Custos Fixos (-) Despesas Fixas Lucro Lquido O esquema acima mostra que os custos fixos no devem ser subtrados das vendas para se obter a margem de contribuio. Item errado. GABARITO: E 5. (MDIC/ESAF/2012) A empresa Rio Branco S.A. comercializa mercadorias com alto grau de tecnologia. O comportamento dos preos dos produtos adquiridos para vender sempre decrescente. Dessa forma, pode-se afirmar que:

    (A) se a empresa aplicar o critrio de avaliao de estoques pelo preo mdio, ter sempre maior resultado do que se aplicar o mtodo PEPS.

    (B) os custos totais sempre sero iguais, independente do critrio de avaliao utilizado, quando os estoques forem totalmente vendidos dentro do exerccio.

    (C) pelo mtodo UEPS, a empresa sempre reconhecer em cada venda mais custos do que se aplicar o mtodo do preo mdio ou PEPS.

    (D) a empresa ter um maior lucro se aplicar o mtodo de valorizao de estoques pelo PEPS e pelo preo mdio, do que se aplicar o mtodo UEPS.

    (E) quando houver a venda de todo o estoque, o lucro ser menor quando a empresa utilizar o mtodo UEPS, do que quando aplicado o mtodo PEPS.

    Resoluo

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    Numa conjuntura econmica em que os preos de aquisio so estritamente crescentes (regime inflacionrio), o custo dos produtos adquiridos para vender mais alto no UEPS do que no Custo Mdio, que tem, por sua vez, um custo maior do que o PEPS, enquanto existirem estoques de produtos:

    CustoUEPS > CustoMDIA MVEL > CustoPEPS Como LB = V CPV, ento

    LBUEPS < LBMDIA MVEL < LBPEPS Por outro lado, se os preos caem no tempo, isto , se h deflao, a ltima desigualdade deve ser invertida (deve-se trocar < por >)

    LBUEPS > LBMDIA MVEL > LBPEPS Note que as desigualdades do lucro bruto sero vlidas quando o estoque final do perodo for diferente de zero, ou seja, quando os estoques no forem totalmente vendidos dentro de um mesmo perodo. Os custos totais sempre sero iguais, independente do critrio de avaliao utilizado, quando os estoques forem totalmente vendidos dentro de um mesmo perodo. Anlise das alternativas: (A) Se a empresa aplicar o critrio de avaliao de estoques pelo preo mdio, ter maior resultado do que se aplicar o mtodo PEPS, desde que haja produtos em estoque no final do exerccio. errado afirmar que ter sempre maior resultado do que se aplicar o mtodo PEPS afirmativa errada. (B) Afirmativa correta, conforme explicao dada anteriormente. (C) Pelo mtodo UEPS, a empresa reconhecer em cada venda menos custos do que se aplicar o mtodo do preo mdio ou PEPS, pois o regime de preos deflacionrio afirmativa errada. (D) A empresa tende a ter um maior lucro se aplicar o mtodo de valorizao de estoques pelo UEPS e pelo preo mdio, do que se aplicar o mtodo PEPS afirmativa errada. (E) Os custos totais sempre sero iguais, independente do critrio de avaliao utilizado, quando os estoques forem totalmente vendidos dentro de um mesmo perodo. Logo, o lucro no ser menor quando a empresa utilizar o mtodo UEPS, do que quando aplicado o mtodo PEPS afirmativa errada.

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    GABARITO: B 6. (ICMS-PR/UEL-Cops/2012/Adaptada) A empresa Limeira Ltda. iniciou suas atividades em 1o de outubro de 2011. Aps seu primeiro ms de funcionamento, a empresa apresentou a seguinte movimentao de um de seus materiais diretos isento de impostos na aquisio e na venda:

    DATA DESCRIO VALOR TOTAL (R$)

    07/10/2011 Entrada de 40 unidades 2.000,00 14/10/2011 Sada de 10 unidades 700,00 21/10/2011 Entrada de 30 unidades 2.100,00 31/10/2011 Sada de 15 unidades 1.200,00

    Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, o valor, em reais, do estoque final de materiais diretos segundo o critrio PEPS. (A) 2.200,00

    (B) 2.350,00

    (C) 2.650,00

    (D) 2.700,00

    (E) 2.850,00

    Resoluo Valor unitrio da entrada em 07/10 = R$ 2.000/40 un. = R$ 50/un. Saem 10 unidades em 14/10 valor da sada = 10 un. x R$ 50 un. = R$ 500 (critrio PEPS) restam 30 un. no estoque ao custo de 30 un. x R$ 50/un. = R$ 1.500. Valor unitrio da entrada em 21/10 = R$ 2.100/30 un. = R$ 70/un. Saem 15 unidades em 31/10 valor da sada = 15 un. x R$ 50 un. = R$ 750 (critrio PEPS). Restam 15 un. ao custo unitrio de R$ 50 e 30 un. ao custo unitrio de R$ 70. Portanto, o valor, em reais, do Estoque Final (EF)

    EF = (15 un. x R$ 50/un.) + (30 un. x R$ 70/un.) = R$ 2.850 GABARITO: E 7. (ICMS-PR/UEL-Cops/2012) Com relao s funes da contabilidade de custos, financeira e gerencial, considere as afirmativas a seguir.

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    I. A contabilidade de custo tem um escopo mais amplo que a contabilidade gerencial.

    II. O uso da contabilidade de custos como instrumento gerencial preocupao permanente dos contadores, auditores e fiscais.

    III. O sistema de custos pode subsidiar a deciso gerencial de administrao de preo de venda.

    IV. Lucro bruto o resultado do confronto do custo das mercadorias ou produtos vendidos ou dos servios prestados aos clientes com a respectiva receita lquida.

    Assinale a alternativa correta. (A) Somente as afirmativas I e II so corretas.

    (B) Somente as afirmativas I e IV so corretas.

    (C) Somente as afirmativas III e IV so corretas.

    (D) Somente as afirmativas I, II e III so corretas.

    (E) Somente as afirmativas II, III e IV so corretas.

    Resoluo Anlise das afirmativas: I. Incorreta. A contabilidade de custo tem um escopo menos amplo que a contabilidade gerencial II. Incorreta. O uso da contabilidade de custos como instrumento gerencial preocupao permanente dos contadores de custos, administradores, gerentes e diretores da empresa. Contadores, auditores e fiscais usam a Contabilidade de Custos como uma forma de resolver seus problemas de mensurao monetria dos estoques e do resultado. III. Correta. O sistema de custos pode subsidiar a deciso gerencial de administrao de preo de venda. Mas a deciso final sobre o preo de venda leva em conta outros fatores como o mercado, estratgias de marketing etc. IV. Correta, pois LB = V CPV, em que LB o Lucro Bruto, V denota a receita lquida e CPV o Custo do Produto Vendido. GABARITO: C 8. (ICMS-PR/UEL-Cops/2012) Quanto s terminologias contbeis bsicas da contabilidade de custos, relacione a coluna da esquerda com a da direita.

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    (I) Comisso de vendedores. (A) Custos.

    (II) Compra de material de escritrio (B) Desembolso.

    (III) Depreciao do prdio fabril. (C) Despesas.

    (IV) Mercadoria danificada por enchente. (D) Investimento.

    (V) Pagamento de fornecedores. (E) Perdas.

    Assinale a alternativa que contm a associao correta.

    (A) I-A, II-B, III-C, IV-D, V-E.

    (B) I-C, II-A, III-E, IV-D, V-B.

    (C) I-C, II-D, III-A, IV-E, V-B.

    (D) I-D, II-C, III-A, IV-B, V-E.

    (E) I-E, II-A, III-D, IV-B, V-C.

    Resoluo O desembolso corresponde ao pagamento efetuado devido a aquisio de um bem ou servio, podendo ocorrer concomitantemente com o gasto, quando o pagamento a vista, ou posteriormente ao gasto, quando o pagamento a prazo. Exemplo de desembolso: pagamento de fornecedores. Os gastos podem ser divididos em: investimentos, custos, despesas e perdas. Um investimento corresponde ao gasto com um bem ou servio ativado em funo de vida til ou de benefcios atribuveis a perodos futuros. Exemplos:

    aquisio de mveis e utenslios;

    aquisio de imveis;

    despesas pr-operacionais;

    aquisio de marcas e patentes;

    aquisio de matrias-primas

    aquisio de material de escritrio.

    O custo corresponde ao gasto com bens ou servios que sero utilizados na produo de outros bens ou servios, ou seja, so gastos relacionados atividade de produo. Exemplos:

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    Salrios e encargos sociais dos funcionrios que trabalham na produo;

    Matria-prima utilizada no processo produtivo;

    Combustveis e lubrificantes utilizados nas mquinas da fbrica;

    Aluguis das instalaes da fbrica;

    Seguro das instalaes da fbrica;

    Seguros do maquinrio utilizado na produo;

    Depreciao dos equipamentos utilizados na produo;

    Depreciao do prdio da fbrica; e

    Gastos com manuteno das mquinas utilizadas na produo.

    As despesas so gastos com bens ou servios no utilizados nas atividades produtivas e consumidos com a finalidade de obteno de receitas. Ou seja, as despesas so itens que reduzem o Patrimnio Lquido e que possuem a caracterstica de representar sacrifcios no processo de obteno de receitas. Logo, pode-se concluir que as empresas tm Despesas para gerar receitas e tm Custos para produzir seus bens e servios. Entretanto, normalmente, nem sempre fcil distinguir Custos e Despesas. Para facilitar a sua compreenso, podemos adotar a seguinte regra: Custos so todos os gastos realizados at que o produto fique pronto; a partir deste ponto, todos os gastos passam a ser Despesas. Por exemplo, os gastos com a embalagem de um determinado produto podem ser custos se realizados no mbito do processo produtivo (o produto vendido embalado); e podem ser despesas se realizados aps a produo (o produto pode ser vendido com ou sem embalagem). A comisso do vendedor, por exemplo, um gasto que se torna imediatamente uma Despesa. O computador de um funcionrio administrativo de uma fbrica, que fora transformado em investimento, tem uma parcela reconhecida como despesa de depreciao, sem transitar pelo custo de produo. Por outro lado, a mquina usada na linha de produo, que fora gasto transformado em investimento, tem uma parcela reconhecida como custo de depreciao. Todas as despesas so ou foram gastos, porm alguns gastos muitas vezes no se transformam em despesas (por exemplo, terrenos, que no so depreciados) ou somente se tranformam em despesas quando de sua venda.

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    Outros exemplos de Despesas:

    Salrios e encargos sociais do pessoal de vendas;

    Salrios e encargos sociais do pessoal da administrao da indstria;

    Energia eltrica consumida nas instalaes da administrao da indstria;

    Gastos com combustveis e refeies do pessoal de vendas;

    Conta telefnica da administrao e do pessoal de vendas; e

    Aluguis e seguros das instalaes da administrao da indstria.

    Os encargos financeiros incorridos pela empresa, independentemente de sua origem (por exemplo: decorrente da aquisio de insumos para a produo), so sempre considerados despesas. Define-se perda como bem ou servio consumidos de forma anormal e involuntria. No devemos confundir perda com despesa ou custo, porque a perda tem uma caracterstica de anormalidade e involuntariedade. A perda no um sacrifcio feito com inteno de obteno de receita. Exemplos: perdas com incndios, obsoletismo de estoques, perdas com enchentes, etc. Assim como as despesas, as perdas vo diretamente conta de Resultado. Portanto, a associao correta

    Comisso de vendedores Despesa I C;

    Compra de material de escritrio Investimento II D;

    Depreciao do prdio fabril custo III A;

    Mercadoria danificada por enchente Perda IV E; e

    Pagamento de fornecedores Desembolso V B.

    GABARITO: C 9. (ICMS-SP/FCC/2009) A empresa Modelo possui os seguintes saldos no perodo 2:

    Itens Saldo Inicial em

    unidades Saldo Final em

    unidades Matria-prima 20.000 50.000 Produtos em processo 10.000 10.000 Produtos acabados 70.000 40.000

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    Para produzir uma unidade de produto acabado a empresa usa 3 unidades de matria-prima. A empresa planeja produzir 150.000 unidades no perodo 2. O nmero de unidades de matria-prima que a empresa necessita adquirir (A) 350.000

    (B) 420.000

    (C) 450.000

    (D) 480.000

    (E) 530.000

    Resoluo Matria-prima = 3 x 150.000 = 450.000 EI = 20.000 +C - EF = 50.000 = GP em que GP denota os Gastos na Produo. GP = EI + C EF 450.000 = 20.000 + C 50.000 C = 480.000 GABARITO: D 10. (ICMS-SP/FCC/2009) Uma empresa apura os custos da produo vendida utilizando dois mtodos: mtodo do custeio por absoro e mtodo do custeio varivel. No incio do perodo, no havia em estoque unidades acabadas ou semiacabadas. No ms, foram iniciadas e terminadas 6.000 unidades, das quais 4.000 unidades foram vendidas. No final do perodo, a empresa apurou resultado lquido de R$ 310.000,00, pelo custeio varivel, e R$ 340.000,00, pelo custeio por absoro. Levando-se em considerao que os custos variveis representam 50% do preo de venda, os valores do preo unitrio de venda, custo unitrio varivel e custo fixo total do ms so, respectivamente: (A) R$ 200,00, R$ 100,00 e R$ 90.000,00

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    (B) R$ 180,00, R$ 90,00 e R$ 60.000,00

    (C) R$ 160,00, R$ 80,00 e R$ 60.000,00

    (D) R$ 120,00, R$ 60,00 e R$ 90.000,00

    (E) R$ 100,00, R$ 50,00 e R$ 50.000,00

    Resoluo Dados fornecidos: - 6.000 unidades acabadas;

    - 4.000 unidades vendidas;

    - Resultado Lquido (RL) pelo Custeio por Absoro: $ 340.000

    - Resultado Lquido (RL) pelo Custeio Varivel: $ 310.000

    O Custeio por Absoro consiste na apropriao de todos os Custos Fixos (CF) e Variveis (CV) ao Custo de Produo do Perodo (CPP), ou seja, CPP = CF + CV. Os custos fixos e variveis correspondentes aos produtos em elaborao e aos produtos acabados que no tenham sido vendidos estaro ativados nos estoques destes produtos, conforme ilustrado pelo esquema a seguir.

    O Custeio Varivel considera que o CPP consiste somente nos custos variveis incorridos, excluindo-se os custos fixos totais (CF), que no so considerados como custos de produo, e sim como despesas, sendo encerrados diretamente contra o resultado do perodo. O esquema dado acima tambm vale para o Custeio Varivel (para tal, basta que voc considere CPP = CV). Somente uma frao do CPP apropriada ao CPV em ambos os mtodos de custeio. No mtodo da absoro, o Custo dos Produtos Vendidos dado por

    CPVabs = CFv + CVv em que CFv (CVv) denota a parcela do custo fixo total (custo varivel total) apropriada pelo CPV, enquanto que no Custeio Varivel

    CPVvar = CVv

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    Apurao (simplificada) do Resultado

    Custeio por Absoro Custeio Varivel

    Vendas Lquidas (V) Vendas Lquidas (V)

    (-) CFv + CVv = CPVabs (-) CVv = CPVvar

    (=) RLabs (-) CF

    (=) RLvar A tabela acima ilustra a apurao do resultado pelos dois mtodos de custeio. Os resultados lquidos obtidos so:

    RLabs = V CVv CFv

    RLvar = V CVv CF = V CVv CFv CFest em que CFest representa a frao do custo fixo total apropriada aos estoques de produtos em elaborao e de produtos acabados no custeio por absoro (CF = CFv + CFest). Ora, a comparao das duas equaes acima indica que

    RLabs > RLvar pois o resultado lquido pelo custeio varivel deduz a parcela adicional CFest correspondente aos custos fixos apropriados aos estoques no custeio por absoro. A diferena de tratamento dado aos custos fixos na apurao do resultado pelos dois mtodos explica porque foram obtidos um resultado lquido de R$ 310.000,00, pelo custeio varivel, e R$ 340.000,00, pelo custeio por absoro nesta questo. Vamos resoluo? Passo 1: apurao do resultado liquido no Custeio por Absoro (RLabs): RLabs = V CFv CVv = 340.000 (a) V = 4.000 Pv,

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    em que Pv denota o Preo de Venda Unitrio e CFv = CF x (2/3) CVv = 0,5 x 4.000 x Pv, temos que (a) pode ser reescrita como 4.000 Pv (2/3)CF 0,5 x (4000)Pv = 340.000 ou 2.000 Pv (2/3)CF = 340.000 (I) Passo 2: apurao do resultado no Custeio Varivel (RLvar): RLvar = V CVv - CF = 310.000 (b) V 2.000 Pv CF = 310.000 2.000 Pv CF = 310.000 (II) Passo 3: resolver o sistema de equaes composto por (I) e (II) 2 equaes a 2 incgnitas (sistema determinado): (I) - (II) CF (2/3) CF = 30.000 CF = 90.000. Substituindo o valor de CF em (I) obtemos Pv = 200. GABARITO: A

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    11. (ICMS-SP/FCC/2009) Considere as informaes apresentadas, no quadro abaixo, referentes movimentao de estoques de materiais na empresa Y.

    Entradas em Unidades Sadas em Unidades

    Valor das Compras

    R$/unitrio Saldo Inicial 0 0 Janeiro X0 100 100,00 Fevereiro X0 50 Maro X0 200 50,00 Maio X0 100 Julho X0 100 80,00 Setembro X0 150 60,00 Dezembro X0 150

    Considerando que a apurao do custo dos produtos vendidos feita mensalmente, o critrio de avaliao dos Materiais Diretos (Preo Mdio, PEPS e UEPS) que leva a empresa Y a alcanar melhor resultado no perodo de X0 (A) PEPS.

    (B) UEPS.

    (C) Mdio.

    (D).PEPS e UEPS o mesmo resultado.

    (E) Mdio e PEPS o mesmo resultado.

    Resoluo Como os valores unitrios das compras no crescem/descrescem monotonicamente com o tempo, necessrio calcular o mtodo que leva ao menor CMV e, consequentemente, ao melhor (maior) resultado no perodo de X0. UEPS: Valor da sada = (50 x 100,00) + (100 x 50,00) + (150 x 60,00) = $ 19.000,00. PEPS: Valor da sada = (50 x 100,00) + (50 x 100,00) + (50 x 50,00) + (150 x 50,00) = $ 20.000,00.

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    em que:

    a parcela (50 x 100,00) corresponde 1 sada (sobram 50 unidades a $ 100,00/unidade);

    as parcelas (50 x 100,00) e (50 x 50,00) referem-se 2 sada (ainda sobram 150 unidades a $50,00/unidade) e

    a parcela (150 x 50,00) relativa 3 sada. Custo