lei 9868 - adin e adc anotada

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Legislao Anotada - Leis Infraconstitucionais - Verso Integral :: STF - Supremo Tribunal Federal

Legislao Integral

Anotada

-

Leis

Infraconstitucionais

- Verso

Verso integral em formato PDF

LEI N 9.868, DE 10 DE NOVEMBRO DE 1999.Dispe sobre o processo e julgamento da ao direta de inconstitucionalidade e da ao declaratria de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal.

O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPTULO I DA AO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE E DA AO DECLARATRIA DE CONSTITUCIONALIDADEArt. 1 Esta Lei dispe sobre o processo e julgamento da ao direta de inconstitucionalidade e da ao declaratria de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal.RISTF, art. 5: Compete ao Plenrio processar e julgar originariamente. VII a representao do Procurador-Geral da Repblica, por inconstitucionalidade ou para interpretao de lei ou ato normativo federal ou estadual; X o pedido de medida cautelar nas representaes oferecidas pelo Procurador-Geral da Repblica. A deciso ora impugnada declarou incidentalmente a inconstitucionalidade dos itens 21 e 21.1 da Lei Complementar do Municpio de Fortaleza 14/2003, que estabelecem a incidncia do ISS sobre a prestao de servios de registros pblicos cartorrios e notariais, por ofensa ao art. 150, VI, a, da Constituio Federal, sob o entendimento de que tais servios so remunerados mediante taxa. Essa deciso est em confronto com o acrdo proferido pelo Plenrio desta Corte no julgamento da Ao Direta de Inconstitucionalidade 3.089/DF, redator p/ o acrdo Ministro Joaquim Barbosa (...) (Rcl 7.047, Rel. Min. Ellen Gracie, deciso monocrtica, julgamento em 5-2-10, DJE de 11-2-10) O artigo 125, 2o, da Constituio do Brasil estabelece caber aos Estados instituir a representao de inconstitucionalidade das leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituio estadual, circunstancia que leva a concluso de que o controle de constitucionalidade estadual com exceo apenas da interposio de RE por violao de norma de repetio obrigatria da Constituio do Brasil encerra-se no mbito da jurisdio dos Tribunais de Justia locais. (RE 599.633-AGR, Rel. Min. Eros Grau, deciso monocrtica, julgamento em 23-11-09, DJE de 11-1209); No mesmo sentido: Rcl 6.344, Rel. Min. Joaquim Barbosa, deciso monocrtica, julgamento em 22-2-10, DJE de 1-3-10. argio de descumprimento de preceito fundamental possvel aplicar-se, por analogia, as regras contidas na Lei 9.868/99, que dispe sobre o processo e o julgamento da ao direta de inconstitucionalidade e da ao declaratria de constitucionalidade. De se registrar que a deciso desta ao repercutir na vida de cada um dos substitudos pela Confederao Nacional do Comrcio de Bens, Servios e Turismo - CNC e de todos os demais interessados que se submetem norma contida no art. 636, 1, da Consolidao das Leis do Trabalho e, portanto, requer julgamento pelo Supremo Tribunal Federal de forma definitiva, conforme se decidiu no julgamento da Questo de Ordem na Ao Direta de Inconstitucionalidade 3.319, em que se discutia questo similar: Ao Direta de inconstitucionalidade. Questo de

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ordem. Resoluo 12, de 13.09.04, do rgo especial do Tribunal de Justia do Estado do Rio de Janeiro. Criao de novos ofcios de registro de imveis no municpio do Rio de Janeiro. Reorganizao, por agrupamentos de bairro, da divisa territorial das serventias. Fixao de prazo de trinta dias para o exerccio do direito de opo previsto no art. 29, I, da Lei 8.935/94 e de sessenta dias para transferncia dos cartrios para uma das vinte e nove das circunscries criadas. (ADPF 156, Rel. Min. Crmen Lcia, julgamento em 19-12-08, DJE de 6-2-08). No mesmo sentido: ADPF 173, Rel. Min. Carlos Britto, deciso monocrtica, julgamento em 17-8-09, DJE de 26-8-09. "Controle abstrato de constitucionalidade de normas oramentrias. Reviso de jurisprudncia. O Supremo Tribunal Federal deve exercer sua funo precpua de fiscalizao da constitucionalidade das leis e dos atos normativos quando houver um tema ou uma controvrsia constitucional suscitada em abstrato, independente do carter geral ou especfico, concreto ou abstrato de seu objeto. Possibilidade de submisso das normas oramentrias ao controle abstrato de constitucionalidade. (...) Medida cautelar deferida. Suspenso da vigncia da Lei n. 11.658/2008, desde a sua publicao, ocorrida em 22 de abril de 2008." (ADI 4.048-MC, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 14-5-08, DJE de 22-8-08). No mesmo sentido: RE 412.921-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 22-2-2011, Primeira Turma, DJE de 15-3-2011; ADI 4.005, Rel. Min. Crmen Lcia, deciso monocrtica, julgamento em 13-5-2010, DJE de 13-82010; ADI 4.049-MC, Rel. Min. Carlos Britto, julgamento em 5-11-08, DJE de 08-5-09. Em sentido contrrio: (ADI 1.716, Rel. Min. Seplveda Pertence, julgamento em 19-12-97, DJ de 27-3-98). "Ao cvel originria. Propositura por autarquia federal. Pedido substancial de declarao de inconstitucionalidade da Lei n. 6.710/2005, do Estado do Par. Inviabilidade ostensiva. Remdio imprprio para controle abstrato de constitucionalidade. Processo extinto, sem julgamento de mrito. Precedentes. Ao ajuizada por autarquia federal com propsito de ver declarada a inconstitucionalidade de lei estadual no sucedneo de ao direta de inconstitucionalidade e, como tal, invivel." (ACO 845-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 30-8-07, DJ de 510-07) Ilegitimidade do autor. Devoluo da petio ao subscritor. Trata-se de ao direta de inconstitucionalidade, que foi ajuizada neste Supremo Tribunal Federal em 14 de maro de 2007. Nos dias imediatamente seguintes, despachei a petio inicial, adotando o rito do art. 12 da Lei n. 9.868/99, e dando seqncia clere tramitao da ao. Cuidando-se de controle abstrato, no h justificativa ou fundamento para que algum comparea nos autos a fazer qualquer tipo de pedido. O processo est tendo tramitao regular e rpida, muito mais do que se tem comumente em face da pletora de feitos que assola no apenas os tribunais brasileiros, mas tambm os demais rgos da comunidade jurdica, que, obrigatoriamente, atuam na jurisdio constitucional concentrada. Assim, nem h demonstrao, por quem de direito e que no o peticionrio, de justificativa para a preferncia pedida, nos termos da legislao vigente, nem h como se admitir pedido formulado por quem no participa da lide, nos termos das leis em vigor (Constituio do Brasil e Lei n. 9.868/99). Pelo exposto, no conheo da petio apresentada, e determino seja ela devolvida ao subscritor. (ADI 3.873, Rel. Min. Crmen Lcia, deciso monocrtica, julgamento em 1-8-07, DJ de 7-8-07) A divulgao eletrnica do rol dos processos que preferencialmente sero julgados no ms o que se apelidou de pauta temtica no substitui a intimao da pauta pela publicao oficial, em sentido algum: nem a dispensa, quando exigvel, nem reabre o prazo de 48 horas, iniciado com a publicao da pauta pelo Dirio da Justia. No caso, publicada a pauta em 31-3-06, a ao direta poderia ser julgada a partir do dia 5-4-06, primeira sesso plenria aps cumprido o intervalo regimental. A informao da Secretaria das Sesses, no stio do Tribunal, na parte pautas do plenrio, de que o processo poderia ser chamado em 7-6-06, por si s, no gera efeitos processuais; de qualquer sorte, o certo que nela se divulgou, em 4-8-06, que o julgamento estava previsto para o dia 10-8-06, o que ocorreu, transcorridos bem mais de 48 horas. Ademais, se o julgamento do caso h muito includo em pauta, conforme a publicao oficial foi includo na pauta temtica de 7 de junho e julgado em 10 de agosto, no houve a alegada surpresa. No cerceia a defesa que, includo o processo na pauta do Tribunal para determinado dia e nele no se efetuando o julgamento, este se tenha realizado em sesso posterior, cuja pauta previa a possibilidade da chamada de feitos constantes de pautas anteriores." (ADI 2.996-ED, Rel. Min. Seplveda Pertence, julgamento em 14-12-06, DJ de 16-3-07) "Ao direta de inconstitucionalidade. Artigo 51 e pargrafos da Constituio do Estado de Santa Catarina. Adoo de medida provisria por estado-membro. Possibilidade. Artigos 62 e 84, XXVI da Constituio Federal. Emenda constitucional 32, de 11-9-01, que alterou substancialmente a redao do art. 62. Revogao parcial do preceito impugnado por incompatibilidade com o novo texto constitucional. Subsistncia do ncleo essencial do comando examinado, presente em seu caput. Aplicabilidade, nos estados-membros, do processo legislativo previsto na Constituio Federal. Inexistncia de vedao expressa quanto s medidas provisrias. Necessidade de previso no texto da carta estadual e da estrita observncia dos princpios e limitaes impostas pelo modelo federal. No obstante a permanncia, aps o superveniente advento da Emenda Constitucional 32/01, do comando que confere ao Chefe do Executivo Federal o poder de adotar medidas provisrias com fora de lei, tornou-se impossvel o cotejo de todo o referido dispositivo da Carta catarinense com o teor da nova redao do art. 62, parmetro inafastvel de aferio da inconstitucionalidade argida. Ao direta prejudicada em parte." (ADI 2.391, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 16-8-06, DJ de 16-3-07) "Ao Direta de Inconstitucionalidade. Aposentadoria Compulsria de Magistrados, Membros do Ministrio Pblico e

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Membros do Tribunal de Contas da Unio aos 70 anos de idade. Emenda n. 20/1998. Inexistncia de alterao substancial dos dispositivos impugnados pelo poder constituinte derivado reformador. Impossibilidade de declarao de inconstitucionalidade da norma impugnada quando a norma por ela revogada padece do mesmo vcio de inconstitucionalidade e no foi objeto da ao direta (ADI n. 2.132, Rel. Min. Moreira Alves, DJ de 5-4-02). Mesmo que houvesse sido argida a inconstitucionalidade material da norma constitucional originria, sua inconstitucionalidade no poderia ser declarada na esteira dos precedentes desta Corte (ADI n. 815, Rel. Min. Moreira Alves, DJ de 10-5-96). Ao direta no conhecida." (ADI 2.883, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 30-8-06, DJ de 9-3-07) " vista do modelo dplice de controle de constitucionalidade por ns adotado, a admissibilidade da ao direta no est condicionada inviabilidade do controle difuso." (ADI 3.205, Rel. Min. Seplveda Pertence, julgamento em 19-10-06, DJ de 17-11-06) Natureza objetiva dos processos de controle abstrato de normas. No identificao de rus ou de partes contrrias. Os eventuais requerentes atuam no interesse da preservao da segurana jurdica e no na defesa de um interesse prprio. (ADI 2.982-ED, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 2-8-06, DJ 22-9-06 "Ao direta de inconstitucionalidade. Impugnao do artigo 40 e da expresso aps trinta anos de servio contida no inciso V do artigo 136, ambos da Constituio do Estado da Paraba. (...) Quanto ao inciso V do artigo 136 da Constituio paraibana, as alteraes introduzidas no texto do artigo 40 da Constituio do Brasil modificaram-no substancialmente [Emendas Constitucionais n. 20 e 41]. Ainda que a jurisprudncia da Corte aponte no sentido de que alteraes substanciais no texto constitucional implicam o prejuzo do pedido da ao, no caso, dada a peculiaridade da questo posta nos autos, houve exame de mrito com fundamento no texto constitucional anterior. A hiptese consubstancia situao de exceo, que deve ser trazida para o interior do ordenamento jurdico e no ser deixada margem dele." (ADI 572, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 28-6-06, DJ de 9-2-07) "A questo referente ao controle de constitucionalidade de atos normativos anteriores Constituio foi exaustivamente debatida por esta Corte no julgamento da ADI 2. Naquela oportunidade, o Ministro Paulo Brossard, relator, sustentou que: A teoria da inconstitucionalidade supe, sempre e necessariamente, que a legislao, sobre cuja constitucionalidade se questiona, seja posterior Constituio. Porque tudo estar em saber se o legislador ordinrio agiu dentro de sua esfera de competncia ou fora dela, se era competente ou incompetente para editar a lei que tenha editado. Quando se trata de antagonismo existente entre Constituio e lei a ela anterior, a questo de distinta natureza; obviamente no de hierarquia de leis; no , nem pode ser, exatamente porque a lei maior posterior lei menor e, por conseguinte, no poderia limitar a competncia do Poder Legislativo, que a editou. Num caso, o problema ser de direito constitucional, noutro, de direito intertemporal. Se a lei anterior contrariada pela lei posterior, tratar-se- de revogao, pouco importando que a lei posterior seja ordinria, complementar ou constitucional. Em sntese, a lei posterior Constituio, se a contrariar, ser inconstitucional; a lei anterior Constituio, se a contrariar, ser por ela revogada, como aconteceria com qualquer lei que a sucedesse. Como ficou dito e vale ser repetido, num caso, o problema de direito constitucional, noutro, de direito intertemporal. O vcio da inconstitucionalidade congnito lei e h de ser apurado em face da Constituio vigente ao tempo de sua elaborao. Lei anterior no pode ser inconstitucional em relao Constituio superveniente; nem o legislador poderia infringir Constituio futura. A Constituio sobrevinda no torna inconstitucionais leis anteriores com ela conflitantes: revoga-as. Pelo fato de ser superior, a Constituio no deixa de produzir efeitos revogatrios. Seria ilgico que a lei fundamental, por ser suprema, no revogasse, ao ser promulgada, leis ordinrias. A lei maior valeria menos que a lei ordinria. (...) Nestes termos, ficou assentado que no cabe a ao direta quando a norma atacada for anterior Constituio, j que, se for com ela incompatvel, tida como revogada, e, caso contrrio, como recebida. E o mesmo raciocnio h de ser aplicado em relao s emendas constitucionais, que passam a integrar a ordem jurdica com o mesmo status dos preceitos originrios. Vale dizer, todo ato legislativo que contenha disposio incompatvel com a ordem instaurada pela emenda Constituio deve ser considerado revogado. Nesse sentido, a observao do Ministro Celso de Mello, ao dispor que: (...) Torna-se necessrio enfatizar, no entanto, que a jurisprudncia firmada pelo Supremo Tribunal Federal tratando-se de fiscalizao abstrata de constitucionalidade apenas admite como objeto idneo de controle concentrado as leis e os atos normativos, que, emanados da Unio, dos Estados-Membros e do Distrito Federal, tenham sido editados sob a gide de texto constitucional ainda vigente. (...) (ADI 2.971, DJ de 18-5-2004). A respeito do tema, esta Corte tem decidido que, nos casos em que o texto da Constituio do Brasil foi substancialmente modificado em decorrncia de emenda superveniente, a ao direta de inconstitucionalidade fica prejudicada, visto que o controle concentrado de constitucionalidade feito com base no texto constitucional em vigor e no do que vigorava anteriormente (ADI 1.717-MC, DJ de 25-2-00; ADI 2.197, DJ de 2-4-04; ADI 2.531-AgR, DJ de 12-9-03; ADI 1.691, DJ de 4-4-03; ADI 1.143, DJ de 6-9-01 e ADI 799, DJ de 17-9-02). (ADI 888, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 6-6-2005, DJ de 10-6-2005.) No mesmo sentido: ADI 4.222-MC, Rel. Min. Celso de Mello, deciso monocrtica, julgamento em 8-2-2011, DJE de 14-2-2011. "O Plenrio desta colenda Corte, ao julgar a ADI 2.031, rejeitou todas as alegaes de inconstitucionalidade do caput e dos 1 e 2 do art. 75 do ADCT, introduzidos pela Emenda Constitucional 21/99. Isto porque as aes diretas de inconstitucionalidade possuem causa petendi aberta. dizer: ao julgar improcedentes aes dessa natureza, o Supremo

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Tribunal Federal afirma a integral constitucionalidade dos dispositivos questionados (Precedente: RE 343.818, Relator Ministro Moreira Alves)." (RE 431.715-AgR, Rel. Min. Carlos Britto, julgamento em 19-4-05, DJ de 18-11-05) fora de dvida que o objetivo da agravante alcanar declarao de constitucionalidade em sede de ao direta de inconstitucionalidade no encontra respaldo jurdico. Isso porque, na eventual existncia de interpretaes dspares quanto a determinado ato normativo, o ordenamento jurdico brasileiro prev ao prpria, cuja finalidade a de dirimir divergncias na aplicao do preceito. Lembro a observao de Jos Ignacio Botelho de Mesquita: 'o risco de, ao demandar a declarao de inconstitucionalidade de uma lei, provocar a declarao de sua constitucionalidade com eficcia erga omnes, constitui um fator do mais alto grau de desestmulo iniciativa de propor uma ADIN. Alm disso, a lei hoje declarada constitucional pode em oportunidade posterior vir a ser julgada inconstitucional. ADI 3.218-AgR, Rel. Min. Eros Grau, deciso monocrtica, julgamento em 28-2-05, DJ de 7-3-05) "Afasto a impossibilidade jurdica aventada. O Direito conta com instrumentos, expresses e vocbulos com sentido prprio, no cabendo a mesclagem, quando esta se faz a ponto de ensejar regime diverso, construo que no se afina com o arcabouo normativo. H de se distinguir a ao direta de inconstitucionalidade da ao declaratria de constitucionalidade. So irms, cujo alcance chegar-se concluso quer sobre o vcio, quer sobre a harmonia do texto em questo com a Carta da Repblica. O que as difere o pedido formulado. Na ao direta de inconstitucionalidade, requer-se o reconhecimento do conflito do ato atacado com a Constituio Federal, enquanto na declaratria de constitucionalidade, busca-se ver proclamada a harmonia. A nomenclatura de cada qual das aes evidencia tal diferena." (ADI 3.324, voto do Rel. Min. Marco Aurlio, julgamento em 16-12-04, DJ de 5-8-05) Afigura-se evidente a inadmissibilidade da presente cautelar, tendo em vista a natureza objetiva do processo da ao direta, que no se prestaria defesa da posio subjetiva trazida pelo autor, e mais, em face da ilegitimidade do autor da cautelar para a propositura da ao principal. (AC 113, Rel. Min. Gilmar Mendes, deciso monocrtica, julgamento em 31-10-03, DJ de 7-11-03) " incabvel a ao direta de inconstitucionalidade quando destinada a examinar atos normativos de natureza secundria que no regulem diretamente dispositivos constitucionais, mas sim normas legais. Violao indireta que no autoriza a aferio abstrata de conformao constitucional." (ADI 2.714, Rel. Min. Maurcio Corra, julgamento em 13-3-03, DJ de 27-2-04). No mesmo sentido: ADI 3.954, Rel. Min. Eros Grau, deciso monocrtica, julgamento em 3-3-09, DJE de 93-09; ADI 2.862, Rel. Min. Crmen Lcia, julgamento em 26-3-08, DJE de 9-5-08. "No h prazo recursal em dobro no processo de controle concentrado de constitucionalidade. No se aplica, ao processo objetivo de controle abstrato de constitucionalidade, a norma inscrita no art. 188 do CPC, cuja incidncia restringe-se, unicamente, ao domnio dos processos subjetivos, que se caracterizam pelo fato de admitirem, em seu mbito, a discusso de situaes concretas e individuais. Precedente. Inexiste, desse modo, em sede de controle normativo abstrato, a possibilidade de o prazo recursal ser computado em dobro, ainda que a parte recorrente disponha dessa prerrogativa especial nos processos de ndole subjetiva." (ADI 2.130-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 3-1001, DJ de 14-12-01). No mesmo sentido: AI 788.453, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, deciso monocrtica, julgamento em 9-3-10, DJE de 18-3-10; AI 646.265, Rel. Min. Marco Aurlio, deciso monocrtica, julgamento em 30-1007, DJ de 29-11-07; AI 639.017, Rel. Min. Marco Aurlio, deciso monocrtica, julgamento em 31-5-07, DJ de 31-5-07. Foram apensados aos da presente ADIn 2.154 os autos da ADIn 2.258, para processamento conjunto, dada a imbricao parcial dos respectivos objetos, relativos Lei 9.688/99 (...). A primeira ADIn 2.154, da Confederao Nacional dos Profissionais Liberais ,alm de imputar ao diploma ilegtima omisso parcial atinente s garantias do contraditrio e da ampla defesa no processo da ADC, argui a inconstitucionalidade dos arts. 26, in fine no que veda a ao rescisria das decises definitivas dos processos de controle direto que disciplina e do art. 27 que autoriza ao STF a manipulao da eficcia temporal da declarao de inconstitucionalidade. A segunda ADIn 2.258, da Ordem dos Advogados do Brasil ,impugna a validade desse mesmo art. 27 e mais a do art. 11, 2, in fine que admite possa o Tribunal, ao deferir medida cautelar na ADIn, decida que no se torne aplicvel a legislao anterior, a do art. 21 (...). Em ambas, h pedido cautelar. (...) Valho-me, pois, da alternativa aberta pelo art. 12 da mesma Lei 9.868/99 este, no questionado para pedir o parecer do Senhor Procurador-Geral da Repblica, no prazo legal, de modo a propiciar o julgamento definitivo das aes. (ADI 2.154, Rel. Min. Seplveda Pertence, deciso monocrtica, julgamento em 24-9-01, DJ de 2-10-01) "Fiscalizao normativa abstrata. Processo de carter objetivo. Inaplicabilidade dos institutos do impedimento e da suspeio. Conseqente possibilidade de participao de Ministro do Supremo Tribunal Federal (que atuou no TSE) no julgamento de ao direta ajuizada em face de ato emanado daquela alta corte eleitoral." (ADI 2.321-MC, Rel. Min. Celso De Mello, julgamento em 25-10-00, DJ de 10-6-05)

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A ao direta de inconstitucionalidade vocacionada, exclusivamente, para o controle abstrato de constitucionalidade das leis, no comportando, por esta razo, qualquer espcie de execuo. Descabimento de processo cautelar em ao direta, porque ele tem por fim, em regra, garantir a execuo de provimento jurisdicional a ser concedido em ao futura ou em andamento. Incompetncia do Supremo Tribunal Federal para processar e julgar originariamente ato do Procurador-Geral do INSS (CF, art. 102, I). Impossibilidade de recebimento do pedido como Reclamao, por ser ela destinada a preservar a competncia e a autoridade das decises do Tribunal (art. 13 da Lei n. 8.038/90), e, no caso, os agravantes postulam exatamente o contrrio: o descumprimento da deciso tomada na ADI n. 1.252, que tem efeito imediato e ex tunc. Ilegitimidade dos requerentes, seja para a ao direta seja para o pedido cautelar (art. 103 da CF). (Pet 1.326-AgR, Rel. Min. Maurcio Corra, julgamento em 17-4-98, DJ de 29-5-98) "Ao direta de inconstitucionalidade: eficcia da suspenso cautelar da norma argida de inconstitucional, que alcana, no caso, o dispositivo da lei primitiva, substancialmente idntico. Ao direta de inconstitucionalidade e impossibilidade jurdica do pedido: no se declara a inconstitucionalidade parcial quando haja inverso clara do sentido da lei, dado que no permitido ao Poder Judicirio agir como legislador positivo: hiptese excepcional, contudo, em que se faculta a emenda da inicial para ampliar o objeto do pedido." (ADI 1.949-MC, Rel. Min. Seplveda Pertence, julgamento em 18-1196 DJ de 25-11-05) No se discutem situaes individuais no mbito do controle abstrato de normas, precisamente em face do carter objetivo de que se reveste o processo de fiscalizao concentrada de constitucionalidade. "(ADI 1.254-MC-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 14-8-96, DJ de 19-9-97) "Ao direta de inconstitucionalidade e prazo decadencial. O ajuizamento da ao direta de inconstitucionalidade no est sujeito a observncia de qualquer prazo de natureza prescricional ou de carter decadencial, eis que atos inconstitucionais jamais se convalidam pelo mero decurso do tempo. Smula 360." (ADI 1.247-MC, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 17-8-95, DJ de 8-9-95) Incidente de inconstitucionalidade da Emenda Constitucional n. 03/93, no tocante instituio dessa ao. Questo de ordem. Tramitao da ao declaratria de constitucionalidade. Incidente que se julga no sentido da constitucionalidade da Emenda Constitucional n. 3, de 1993, no tocante ao declaratria de constitucionalidade. (ADC 1-QO, Rel. Ministro Moreira Alves, julgamento em 27-10-93, DJ de 16-6-95) Ministro que oficiou nos autos do processo da ADIN, como Procurador-Geral da Repblica, emitindo parecer sobre medida cautelar, est impedido de participar, como membro da Corte, do julgamento final da ao. (ADI 4, Rel. Min. Sydney Sanches , julgamento em 7-3-91, DJ de 25-6-93)

CAPTULO II DA AO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Seo I Da Admissibilidade e do Procedimento da Ao Direta de InconstitucionalidadeArt. 2 Podem propor a ao direta de inconstitucionalidade:"Ao direta. Petio inicial. Ilegitimidade ativa para a causa. Correo. Aditamento anterior requisio das informaes. Admissibilidade. Precedentes. lcito, em ao direta de inconstitucionalidade, aditamento petio inicial anterior requisio das informaes." (ADI 3.103, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 1-6-06, DJ de 25-8-06). No mesmo sentido: ADI 4.073-MC, Rel. Min. Celso de Mello, deciso monocrtica, julgamento em 7-8-09, DJE de 17-8-09.

"Reconhecimento de legitimidade ativa ad causam de todos que comprovem prejuzo oriundo de decises dos rgos do Poder Judicirio, bem como da Administrao Pblica de todos os nveis, contrrias ao julgado do Tribunal. Ampliao do conceito de parte interessada (Lei 8.038/90, artigo 13). Reflexos processuais da eficcia vinculante do acrdo a ser preservado. Apreciado o mrito da ADI 1.662-SP (DJ de 30-8-01), est o Municpio legitimado para propor reclamao." (Rcl 1.880-AgR, Rel. Min. Maurcio Corra, julgamento em 7-11-02, DJ de 19-3-04)

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Recurso interposto por terceiro prejudicado. No-cabimento. Precedentes. Embargos de declarao opostos pela Ordem dos Advogados do Brasil. Legitimidade. Questo de ordem resolvida no sentido de que incabvel a interposio de qualquer espcie de recurso por quem, embora legitimado para a propositura da ao direta, nela no figure como requerente ou requerido. (ADI 1.105-MC-ED-QO, Rel. Min. Maurcio Corra, julgamento em 14-8-96, DJ de 23-8-01.) No mesmo sentido: ADI 1.105-ED-segundos, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 1-8-2011, Plenrio, DJE de 30-8-2011. O crculo de sujeitos processuais legitimados a intervir na ao direta de inconstitucionalidade revela-se extremamente limitado, pois nela s podem atuar aqueles agentes ou instituies referidos no art. 103 da Constituio, alm dos rgos de que emanaram os atos normativos questionados. A tutela jurisdicional de situaes individuais uma vez suscitada controvrsia de ndole constitucional h de ser obtida na via do controle difuso de constitucionalidade, que, supondo a existncia de um caso concreto, revela-se acessvel a qualquer pessoa que disponha de legtimo interesse (CPC, art. 3). (ADI 1.254-MC-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 14-8-96, DJ de 19-9-97) Governador de estado. Capacidade postulatria reconhecida. O Governador do Estado e as demais autoridades e entidades referidas no art. 103, incisos I a VII, da Constituio Federal, alm de ativamente legitimados instaurao do controle concentrado de constitucionalidade das leis e atos normativos, federais e estaduais, mediante ajuizamento da ao direta perante o Supremo Tribunal Federal, possuem capacidade processual plena e dispem, ex vi da prpria norma constitucional, de capacidade postulatria. Podem, em conseqncia, enquanto ostentarem aquela condio, praticar, no processo de ao direta de inconstitucionalidade, quaisquer atos ordinariamente privativos de advogado. (ADI 127-MC-QO, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 20-11-89, DJ de 4-12-92). No mesmo sentido: ADI 120, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento em 20-3-96, DJ de 26-4-96 "O rol do artigo 103 da Constituio Federal exaustivo quanto legitimao para a propositura da ao direta de inconstitucionalidade." (ADI 641, Rel. Min. Marco Aurlio, julgamento em 11-12-91, DJ de 12-3-93) I - o Presidente da Repblica II - a Mesa do Senado Federal III - a Mesa da Cmara dos Deputados IV - a Mesa de Assemblia Legislativa ou a Mesa da Cmara Legislativa do Distrito Federal "Agravo regimental em ao direta de inconstitucionalidade. Confederao dos Servidores Pblicos do Brasil e Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. Ausncia de pertinncia temtica. No h pertinncia temtica entre o objeto social da Confederao Nacional dos Servidores Pblicos do Brasil, que se volta defesa dos interesses dos servidores pblicos civis, e os dispositivos impugnados, que versam sobre o regime de arrecadao denominado de Simples Nacional. " (ADI 3.906-AgR, Rel. Min. Menezes Direito, julgamento em 7-8-08, DJE de 5-9-08) "Em se tratando de Mesa de Assemblia Legislativa que no daquelas entidades cuja legitimao ativa para propor ao direta de inconstitucionalidade lhe conferida para a defesa da ordem jurdica em geral ,em nada lhe diz respeito, para sua competncia ou para sofrer os seus efeitos, seja constitucional, ou no, o preceito ora impugnado, que se adstringe determinao da aposentadoria compulsria dos membros do Poder Judicirio, inclusive estadual, aos setenta anos de idade. E a pertinncia temtica , segundo a orientao firme desta Corte, requisito de observncia necessria para o cabimento da ao direta de inconstitucionalidade." (ADI 2.242, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento em 7-2-01, DJ de 19-12-01) A legitimidade ativa da confederao sindical, entidade de classe de mbito nacional, Mesas das Assemblias Legislativas e Governadores, para a ao direta de inconstitucionalidade, vincula-se ao objeto da ao, pelo que deve haver pertinncia da norma impugnada com os objetivos do autor da ao. Precedentes do STF: ADI 305 (RTJ 153/428); ADI 1.151 (DJ de 19-5-95); ADI 1.096 (LEX-JSTF, 211/54); ADI 1.519 julgamento em 6-11-96; ADI 1.464, DJ 13-12-96. Inocorrncia, no caso, de pertinncia das normas impugnadas com os objetivos da entidade de classe autora da ao direta. (ADI 1.507-MC-AgR, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 3-2-97, DJ de 6-6-97). No mesmo sentido: ADI 1.307-MC, Rel. Min. Francisco Resek, julgamento em 19-12-95, DJ de 24-5-96. Na hiptese, no h vnculo objetivo de pertinncia entre o contedo material das normas impugnadas crdito rural e a competncia ou os interesses da Assemblia Legislativa do Estado do Mato Grosso do Sul. Vale a jurisprudncia do Supremo que entende necessria, para alguns dos legitimados a propor a ao direta de inconstitucionalidade, a relao de pertinncia temtica. (ADI 1.307-MC, Rel. Min. Francisco Rezek, julgamento em 19-12-95, DJ de 24-5-96) V - o Governador de Estado ou o Governador do Distrito Federal

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Descabe confundir a legitimidade para a propositura da ao direta de inconstitucionalidade com a capacidade postulatria. Quanto ao Governador do Estado, cuja assinatura dispensvel na inicial, tem-na o Procurador-Geral do Estado. (ADI 2.906, Rel. Min. Marco Aurlio, julgamento em 1-6-2011, Plenrio, DJE de 29-6-2011.) "Representao processual Processo objetivo Governador do estado. A representao processual do governador do estado no processo objetivo se faz por meio de credenciamento de advogado, descabendo colar a pessoalidade considerado aquele que, poca, era o chefe do Poder Executivo. Representao processual Processo objetivo Governador do estado. Atua o legitimado para ao direta de inconstitucionalidade quer mediante advogado especialmente credenciado, quer via procurador do Estado, sendo dispensvel, neste ltimo caso, a juntada de instrumento de mandato." (ADI 2.728-ED, Rel. Min. Marco Aurlio, julgamento em 19-10-06, DJ de 5-10-07) "Legitimidade Governador de Estado Lei do Estado Ato normativo abrangente Interesse das demais Unidades da Federao Pertinncia temtica. Em se tratando de impugnao a diploma normativo a envolver outras Unidades da Federao, o Governador h de demonstrar a pertinncia temtica, ou seja, a repercusso do ato considerados os interesses do Estado." (ADI 2.747, Rel. Min. Marco Aurlio, julgamento em 16-5-07, DJ de 17-8-07) "Embargos de declarao: alegao de falta de intimao do Procurador-Geral do estado para o julgamento: nulidade inexistente. Na ao direta de inconstitucionalidade, em que o estado no parte, facultativa a representao processual do requerido, quando seja o Governador, por Procurador do estado." (ADI 2.996-ED, Rel. Min. Seplveda Pertence, julgamento em 14-12-06, DJ de 16-3-07) Lei editada pelo Governo do Estado de So Paulo. Ao direta de inconstitucionalidade proposta pelo Governador do Estado de Gois. Amianto crisotila. Restries sua comercializao imposta pela legislao paulista, com evidentes reflexos na economia de Gois, Estado onde est localizada a maior reserva natural do minrio. Legitimidade ativa do Governador de Gois para iniciar o processo de controle concentrado de constitucionalidade e pertinncia temtica. (ADI 2.656, Rel. Min. Maurcio Corra, julgamento em 8-5-03, DJ de 1-8-03) O Estado-Membro no dispe de legitimidade para interpor recurso em sede de controle normativo abstrato, ainda que a ao direta de inconstitucionalidade tenha sido ajuizada pelo respectivo Governador. (ADI 2.130-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 3-10-01, DJ de 14-12-01). A legitimidade ativa da confederao sindical, entidade de classe de mbito nacional, Mesas das Assemblias Legislativas e Governadores, para a ao direta de inconstitucionalidade, vincula-se ao objeto da ao, pelo que deve haver pertinncia da norma impugnada com os objetivos do autor da ao. Precedentes do STF: ADI 305 (RTJ 153/428); ADI 1.151 (DJ de 19-5-95); ADI 1.096 (LEX-JSTF, 211/54); ADI 1.519, julg. em 6-11-96; ADI 1.464, DJ de 13-12-96. Inocorrncia, no caso, de pertinncia das normas impugnadas com os objetivos da entidade de classe autora da ao direta. (ADI 1.507-MC-AgR, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 3-2-97, DJ de 6-6-97). Governador de estado. Capacidade postulatria reconhecida. O Governador do Estado e as demais autoridades e entidades referidas no art. 103, incisos I a VII, da Constituio Federal, alm de ativamente legitimados instaurao do controle concentrado de constitucionalidade das leis e atos normativos, federais e estaduais, mediante ajuizamento da ao direta perante o Supremo Tribunal Federal, possuem capacidade processual plena e dispem, ex vi da prpria norma constitucional, de capacidade postulatria. Podem, em conseqncia, enquanto ostentarem aquela condio, praticar, no processo de ao direta de inconstitucionalidade, quaisquer atos ordinariamente privativos de advogado. (ADI 127-MC-QO, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 20-11-89, de DJ de 4-12-92). No mesmo sentido: ADI 120, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento em 20-3-96, DJ de 26-4-96. Tratando-se de impugnao de ato normativo de Estado diverso daquele governado pelo requerente, impe-se a demonstrao do requisito pertinncia. (ADI 902-MC, Rel. Min. Marco Aurlio, julgamento em 3-3-94, DJ de 22-4-94) Ao direta de inconstitucionalidade. Legitimidade ativa. Impossibilidade de o Governador do Estado, que j figura como rgo requerido, passar condio de litisconsorte ativo. Medida cautelar no requerida pelo autor. Pedido ulteriormente formulado pelo sujeito passivo da relao processual. Impossibilidade. (ADI 807-QO, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 27-5-93, DJ de 11-6-93) Ao direta de inconstitucionalidade. Ajuizamento por vice-governador do Estado. Ilegitimidade ativa ad causam. (ADI 604-MC, Rel. Min. Celso de Mello, deciso monocrtica, julgamento em 26-11-91, DJ de 29-11-91) VI - o Procurador-Geral da Repblica RISTF, art. 169: O Procurador-Geral da Repblica poder submeter ao Tribunal, mediante representao, o exame de lei ou ato normativo

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federal ou estadual, para que seja declarada a sua inconstitucionalidade. 1 Proposta a representao, no se admitir desistncia, ainda que a final o Procurador-Geral se manifeste pela sua improcedncia. "Acolhimento de representao apresentada por terceiro no legitimado, visando ao ajuizamento pelo Procurador-Geral da Repblica, h de fazer-se de forma criteriosa." (ADI 1.708, Rel. Min. Marco Aurlio, julgamento em 27-11-97, DJ de 133-98) (...) o Tribunal decidiu, por unanimidade, que nos julgamentos das Aes Diretas de Inconstitucionalidade no est impedido o Ministro que, na condio de Ministro de Estado, haja referendado a lei ou o ato normativo objeto da ao. Tambm por unanimidade o Tribunal decidiu que est impedido nas aes diretas de inconstitucionalidade o Ministro que, na condio de Procurador-Geral da Repblica, haja recusado representao para ajuizar Ao Direta de Inconstitucionalidade. (ADI 55-MC-QO, Rel. Min. Octavio Gallotti, julgamento em 31-5-89, DJ de 16-3-90) VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil "Da Lei Bsica Federal exsurge a legitimao de Conselho nico, ou seja, o Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. Da a ilegitimidade ad causam do Conselho Federal de Farmcia e de todos os demais que tenham idntica personalidade jurdica de direito pblico." (ADI 641, Rel. Min. Marco Aurlio, julgamento em 11-12-91, DJ de 12-3-93). No mesmo sentido: ADI 949-MC, Rel. Min. Sydney Sanches, julgamento em 22-9-93, DJ de 12-11-93. No mesmo sentido: ADI 3.993, Rel. Min. Ellen Gracie, deciso monocrtica, julgamento em 23-5-08, DJE de 29-5-08. "Proposta a presente ao em 12-10-88, quando j estava em vigor a atual Constituio, tem o requerente legitimao para prop-la, em face do disposto no inciso VII do artigo 103 da Carta Magna. Por outro lado, em se tratando do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, sua colocao no elenco que se encontra no mencionado artigo, e que a distingue das demais entidades de classe de mbito nacional, deve ser interpretada como feita para lhe permitir, na defesa da ordem jurdica com o primado da Constituio Federal, a propositura de ao direta de inconstitucionalidade contra qualquer ato normativo que possa ser objeto dessa ao, independentemente do requisito da pertinncia entre o seu contedo e o interesse dos advogados, como tais de que a Ordem entidade de classe." (ADI 3, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento em 7-2-92, DJ de 18-9-92) VIII - partido poltico com representao no Congresso Nacional O Partido Social Liberal - PSL, requerente, protocolou petio (...), postulando o prosseguimento do julgamento da presente Ao Direta de Inconstitucionalidade (...), mediante Questo de Ordem, tendo em vista que o Partido autor readquiriu a sua representao parlamentar no Congresso Nacional, o que caracteriza, data venia, a sua legitimidade ativa ad causam, para os fins previstos no art. 103, inc. VIII, da Constituio Federal, (...). O requerente protocolou petio (...) para Pedir aditamento inicial, para incluir na impugnao, por arrastamento consequencial, a Instruo Normativa n. 802, de 27/12/07, do Secretrio da Receita Federal do Brasil (...). Dois so os requerimentos que devem ser enfrentados. O Primeiro relativo representatividade do Partido Social Liberal/PSL no Congresso Nacional (...) e o segundo pertinente ao aditamento para incluir na ao a Instruo Normativa n. 802, de 27/12/07, do Secretrio da Receita Federal do Brasil (...). No tocante ao fato do requerente ter readquirido a sua representao parlamentar no Congresso Nacional, irrelevante para a presente demanda, considerando-se que a antiga orientao jurisprudencial desta Corte, sobre o tema, foi revista (...). Restou decidido neste precedente que a perda superveniente de representao parlamentar no desqualifica o partido poltico como legitimado ativo para a propositura da ao direta de inconstitucionalidade. Com efeito, a perda superveniente da representao do requerente no Congresso Nacional no afeta o prosseguimento normal da presente ao direta de inconstitucionalidade, sendo de nenhum efeito a informao prestada (...). Quanto ao pedido de aditamento inicial para incluir na impugnao, por arrastamento consequencial, a Instruo Normativa n 802, de 21/12/07, do Secretrio da Receita Federal do Brasil, no merece ser acolhido. Neste caso, o aditamento requerido enseja, simplesmente, a ampliao da causa de pedir e do pedido, alm de fazer incluir como requerido o Secretrio da Receita Federal do Brasil, devendo-se aplicar, no meu entender, embora o quadro ftico no seja idntico, a mesma orientao adotada no julgamento da QO na ADI n. 437-9/DF, Tribunal Pleno, Relator Ministro Celso de Mello, (...), cujo acrdo est assim ementado: Ao Direta de Inconstitucionalidade Questo de Ordem petio inicial aditamento requisio de Informaes j ordenada impossibilidade pedido informaes consideradas Indispensveis sua apreciao dispensa indeferida. Com a requisio de informaes ao rgo de que emanou a lei ou ato normativo argido de inconstitucionalidade opera-se a precluso do direito, reconhecido ao autor da ao direta de inconstitucionalidade, de aditar a petio inicial (...) Incide no caso concreto, assim, a norma contida no art. 294 do Cdigo de Processo Civil, segundo o qual, antes da citao, o autor poder aditar o pedido, correndo sua conta as custas acrescidas em razo dessa iniciativa. Em sede de ao direta de inconstitucionalidade, deve-se levar em considerao a data de requisio das informaes. Anote-se: Inconstitucionalidade. Ao direta. Petio inicial. Ilegitimidade ativa para a causa. Correo. Aditamento anterior requisio das informaes. Admissibilidade. Precedentes. lcito, em ao direta de inconstitucionalidade, aditamento petio inicial anterior requisio das

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informaes. (...). (ADI 3.867 Min. Rel. Carmen Lcia, deciso monocrtica, julgamento em 25-2-08, DJE de 29-2-08) "Ao direta de inconstitucionalidade. Partido poltico. Legitimidade ativa. Aferio no momento da sua propositura. Perda superveniente de representao parlamentar. No desqualificao para permanecer no plo ativo da relao processual. Objetividade e indisponibilidade da ao." (ADI 2.159-AgR, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 12-8-04, DJ de 1-208). No mesmo sentido: ADI 2.827-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, deciso monocrtica, julgamento em 30-8-04, DJ de 8-9-04. Legitimidade de agremiao partidria com representao no Congresso Nacional para deflagrar o processo de controle de constitucionalidade em tese. Inteligncia do art. 103, inciso VIII, da Magna Lei. Requisito da pertinncia temtica antecipadamente satisfeito pelo requerente." (ADI 3.059-MC, Rel. Min. Carlos Britto, julgamento em 15-4-04, DJ de 20-804); No mesmo sentido: ADI 2.618-AgR-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 12-8-04, DJ de 31-3-06. "Ao direta de inconstitucionalidade: legitimao de partido poltico no afetada pela perda superveniente de sua representao parlamentar, quando j iniciado o julgamento." (ADI 2.054, Rel. Min. Seplveda Pertence, julgamento em 2-4-03, DJ de 17-10-03). No mesmo sentido: ADI 2.613-AgR, Rel. Min. Maurcio Corra, julgamento em 19-3-03, DJ de 16-5-03; ADI 2.826-AgR, Rel. Min. Maurcio Corra, julgamento em 19-3-03, DJ de 9-5-03. "ADIn: legitimao ad processum do Presidente do Partido para constituir advogado com poderes especficos para propor ao direta de inconstitucionalidade de determinada lei ou ato normativo, independentemente de prvia deciso a respeito do Diretrio Nacional ou de sua Comisso Executiva: suprimento da omisso do acrdo embargado sobre preliminar de irregularidade da representao processual do partido requerente, no entanto, para rejeit-la." (ADI 2.381-MC-ED, Rel. Min. Seplveda Pertence, julgamento em 11-4-02, DJ de 24-5-02) Ilegitimidade ativa ad causam de Diretrio Regional ou Executiva Regional. Firmou a jurisprudncia desta Corte o entendimento de que o Partido Poltico, para ajuizar ao direta de inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal, deve estar representado por seu Diretrio Nacional, ainda que o ato impugnado tenha sua amplitude normativa limitada ao Estado ou Municpio do qual se originou. (ADI 1.528-QO, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 1-8-02, DJ de 23-8-02). No mesmo sentido: ADI 1.426-MC, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 21-3-96, DJ de 6-9-96; ADI 2.547-QO, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 25-10-01, DJ de 1-2-02. Partido Poltico. Ao direta. Legitimidade ativa. Inexigibilidade do vnculo de pertinncia temtica. Os Partidos Polticos, desde que possuam representao no Congresso Nacional, podem, em sede de controle abstrato, argir, perante o Supremo Tribunal Federal, a inconstitucionalidade de atos normativos federais, estaduais ou distritais, independentemente de seu contedo material, eis que no incide sobre as agremiaes partidrias a restrio jurisprudencial derivada do vnculo de pertinncia temtica. (ADI 1.407-MC, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 7-3-96, DJ de 24-11-00). No mesmo sentido: ADI 1.096-MC, Rel Min. Celso de Mello, julgamento em 16-3-95, DJ de 22-9-95; ADI 1.396-MC, Rel. Min. Marco Aurlio, julgamento em 7-2-96, DJ de 22-3-96. "A representao partidria perante o Supremo Tribunal Federal, nas aes diretas, constitui prerrogativa jurdicoprocessual do Diretrio Nacional do Partido Poltico, que ressalvada deliberao em contrrio dos estatutos partidrios o rgo de direo e de ao dessas entidades no plano nacional." (ADI 779-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 8-10-92, DJ de 11-3-94) Legitimidade ativa ad processum e ad causam. Partido Poltico. Representao. Capacidade postulatria. Art. 103, VIII, da CF de 1988. No sendo a signatria da inicial representante legal de Partido Poltico, no podendo, como Vereadora, ajuizar ao direta de inconstitucionalidade e no estando sequer representada por advogado, faltando-lhe, ademais, capacidade postulatria, no tem legitimidade ativa ad processum e ad causam para a propositura. (ADI 131-QO, Rel. Min. Sydney Sanches, julgamento em 21-11-89, DJ de 7-12-89) IX - confederao sindical ou entidade de classe de mbito nacional. NOVO: O fato de a associao requerente congregar diversos segmentos existentes no mercado no a descredencia para a propositura da ao direta de inconstitucionalidade evoluo da jurisprudncia. (...) Surge a pertinncia temtica, presente ajuizamento de ao direta de inconstitucionalidade por associao, quando esta congrega setor econmico que alcanado, em termos de tributo, pela norma atacada. (ADI 3.413, Rel. Min. Marco Aurlio, julgamento em 1-6-2011, Plenrio, DJE de 1-8-2011.) Carece de legitimao para propor ao direta de inconstitucionalidade, a entidade de classe que, embora de mbito estatutrio nacional, no tenha representao em, pelo menos, nove estados da federao, nem represente toda a categorial profissional, cujos interesses pretenda tutelar. (ADI 3.617-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 255-2011, Plenrio, DJE de 1-7-2011.) O Plenrio julgou parcialmente procedente pedido formulado em ao direta proposta pela Associao Nacional das Operadoras Celulares - ACEL para declarar a inconstitucionalidade dos artigos 1, 1, I, b, 2, 3, 4 e 5, todos da Lei

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12.983/2005, do Estado de Pernambuco, a qual institui o controle sobre a comercializao e a reabilitao de aparelho usado de telefonia mvel celular e d outras providncias. Os dispositivos impugnados criam diversas obrigaes para as empresas prestadoras de servio de telefonia mvel, bem como determinam o pagamento de multa em caso de descumprimento. Preliminarmente, por maioria, reconheceu-se a legitimidade da requerente para a propositura da ao. Verificou-se, consoante estabelecido no estatuto social da empresa, tratar-se de associao de abrangncia nacional que representaria as empresas privadas prestadoras de servio mvel celular (SMC), incluindo entidades que fornecem tal atividade em todo o territrio nacional. Salientou-se, ademais, que essa segmentao seria inevitvel nos dias atuais. Vencido o Min. Ayres Britto que acolhia a preliminar por acatar os fundamentos da Procuradoria-Geral da Repblica de no ser possvel apurar-se, pelos atos estatutrios constantes dos autos, a classificao da entidade como de mbito nacional e de constituir a requerente mero segmento do ramo das empresas prestadoras de servio de telefonia mvel. (...). (ADI 3.846, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 25-11-2010, Plenrio, Informativo 610.) Trata-se de arguio de descumprimento de preceito fundamental proposta pela Federao das Entidades Representativas dos Oficiais de Justia Estaduais do Brasil (FOJEBRA) (...). A arguente no possui legitimidade ativa para propor a presente ao direta de inconstitucionalidade, nos termos do art. 103 da Constituio Federal de 1988 e do art. 2, I da Lei n 9.882/99 c/c o art. 2 da Lei n 9.868/99. A jurisprudncia deste Tribunal pacfica no sentido de que, na esfera das entidades sindicais, apenas as confederaes possuem legitimao para o ajuizamento de aes que tratem do controle abstrato de constitucionalidade. (ADPF 220, Rel. Min. Gilmar Mendes, deciso monocrtica, julgamento em 8-11-2010, DJE de 12-11-2010.) O art. 2 do Estatuto da FEBRABAN conduz concluso de no estar includa entre as suas a finalidade de defender a constitucionalidade de normas que disciplinem as atribuies de instituies essenciais prestao da jurisdio pelo Estado, como se d relativamente Defensoria Pblica. Mesmo que se considere respeitar a matria dos autos a tema de interesse da opiniao publica, a natureza de associao de instituies financeiras bancrias da FEBRABAN limita a sua atuao defesa de interesses diretos da categoria que representa. (ADI 3.943, Rel. Min. Carmen Lcia, deciso monocrtica, julgamento em 18-2-10, DJE de 1-3-10) Com efeito, esta Corte tem sido firme na compreenso de que as entidades de classe e as confederaes sindicais somente podem lanar mo das aes de controle concentrado quando mirarem normas jurdicas que digam respeito aos interesses tpicos da classe representada (cf. ADI 3.906-AgR/DF, Relator o Ministro Menezes Direito, DJE de 5-92008). A exigncia da pertinncia temtica verdadeira projeo do interesse de agir no processo objetivo, que se traduz na necessidade de que exista uma estreita relao entre o objeto do controle e os direitos da classe representada pela entidade requerente. (ADI 4.426-MC, Rel. Min. Dias Toffoli, deciso monocrtica, julgamento em 17-1-2010, DJE de 1-2-2011.) Ao Direta de Inconstitucionalidade, com pedido de medida cautelar, ajuizada pelo Sindicato dos Servidores da Sade no Esprito Santo SINDSADE, em 13-8-09, na qual se questiona a validade constitucional das Leis Complementares capixabas ns. 476/08 e 489/09, por contrariedade ao art. 196 e seguintes da Constituio da Repblica (...). (...) A Autora no tem legitimidade ativa ad causam para propor ao direta de inconstitucionalidade, para a qual somente so legitimadas autoridades e entidades relacionadas no art. 103 da Constituio da Repblica: (...). (...) Em situaes como a que aqui se apresenta, o Supremo Tribunal Federal tem admitido que o Relator, monocraticamente, negue seguimento aos pedidos de declarao de inconstitucionalidade por no estar contemplado sindicato de mbito estadual, como Autor, no rol do art. 103 da Constituio da Repblica. (ADI 4.280, Rel. Min. Crmen Lcia, deciso monocrtica, julgamento em 13-8-09, DJE de 21-8-09)

Trata-se de ao direta de inconstitucionalidade, aparelhada com pedido de medida liminar, proposta pela Confederao dos Servidores Pblicos do Brasil (CSPB) e pelo Sindicato Nacional dos Membros da Advocacia-Geral da Unio (SINMAGU). Ao que impugna o inciso I do art. 28 da Lei Complementar n 73, de 10 de fevereiro de 1993, e o inciso I do 1 do art. 38 da Medida Provisria n 2.229, de 06 de setembro de 2001. Dispositivos que vedam aos Advogados da Unio, Procuradores da Fazenda Nacional, Assistentes Jurdicos e Procuradores Federais o exerccio da advocacia fora das respectivas atribuies. (...) Feito esse aligeirado relato da causa, passo deciso. Fazendo-o, anoto, de sada, no merecer seguimento a presente ao direta de inconstitucionalidade. que, segundo realaram o Advogado-Geral da Unio e o Procurador-Geral da Repblica, os autores no tm legitimidade ativa para esta causa. Explico. (...) Por fim, no fosse a ilegitimidade ativa dos autores, esta ao direta de inconstitucionalidade no haveria mesmo de ser conhecida. que, conforme destacou o Presidente do Congresso Nacional, os requerentes no impugnaram todo o complexo normativo da matria, o que a jurisprudncia deste Supremo Tribunal Federal reputa indispensvel (ADI 3.148, Rel. Min. Celso de Mello; ADI 2.133, Rel. Min. Ilmar Galvo; ADI 1.187, Rel. Min. Maurcio Corra), tendo em vista que o pedido formulado na ao direta de inconstitucionalidade deve revestir-se do predicado utilidade (ADI 1.912, Rel. Min.

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Marco Aurlio). Trata-se, no caso, do art. 24 da Lei n 9.651/98, que tambm veda aos Advogados da Unio, Assistentes Jurdicos, Procuradores da Fazenda Nacional, do Banco Central e do INSS (hoje Procurador Federal) o exerccio da advocacia fora das atribuies institucionais. Vedao que tambm se contm no art. 6 da Lei n 11.890, de 24 de dezembro de 2008, acerca do qual no h pedido de aditamento da inicial. (ADI 4.036, Rel. Min. Menezes Direito, deciso monocrtica, julgamento em 19-05-09, DJE de 22-05-09)

Evidencia-se, da deciso agravada, uma legtima preocupao quanto proliferao de entidades associativas no mbito de uma mesma classe profissional, circunstncia que, muitas vezes, tem como causa disputas poltico-corporativas estreis e que retiram a fora da categoria como unidade. No presente caso, todavia, no h como deixar de reconhecer que os integrantes da advocacia pblica federal representam uma classe bem definida de profissionais, no obstante a diviso em carreiras existente, todas elas vinculadas a uma nica instituio: a Advocacia-Geral da Unio. No se trata, ademais, de um segmento heterogneo de servidores pblicos, mas de um conjunto destacado de agentes cuja misso constitucional comum o exerccio da Advocacia Pblica foi elevada qualidade de essencial Justia, conforme disposto no Ttulo IV, Captulo IV, Seo II, da Carta Magna. Vale salientar que no julgamento plenrio da ADI 2.713, DJ 07-3-2003, propus, como relatora, o reconhecimento da legitimidade ativa da Associao Nacional dos Advogados da Unio - ANAUNI em causa cuja legislao impugnada previa a ampliao, por transformao de cargos, do Quadro desse especfico segmento de servidores, os advogados da Unio. Em nenhum momento afirmou-se, naquela assentada, que a referida associao seria, para toda e qualquer ao futura, a nica entidade de classe legitimada a deflagrar, em nome dos advogados pblicos federais, o controle abstrato de normas. O Estatuto Social presente nos autos (...) demonstra que a Unio dos Advogados Pblicos Federais do Brasil - UNAFE uma associao civil que tem em seus quadros os integrantes das carreiras da Advocacia-Geral da Unio e de seus rgos vinculados inclusive procuradores do Banco Central e assistentes jurdicos ativos ou inativos, que manifestem vontade de integrar a Associao (...). Alm disso, o documento juntado pela agravante s fls. 50-55 atesta a presena de associados em vinte Estados da Federao, o que comprova o mbito nacional da referida entidade. Havendo, portanto, nesse exame prefacial, elementos que me levam a concluir pela legitimidade ativa ad causam da autora, valho-me da prerrogativa do juzo de retratao, nsita a todo recurso de agravo, e reconsidero a deciso de fls. 58-60. (ADI 3.787AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, deciso monocrtica, julgamento em 29-9-08, DJE de 6-10-08) Ao direta de inconstitucionalidade ajuizada, em 22/9/2008, pelo Instituto Brasileiro de Defesa dos Lojistas de Shopping - IDELOS, (...). Do que se depreende dos seus atos constitutivos, a requerente mera sociedade civil, que no pode ser considerada uma entidade de classe de mbito nacional e no se identifica com quaisquer dos demais legitimados para a ao direta de inconstitucionalidade descritos no art. 103 da Constituio Federal. Sendo manifesta a ilegitimidade ativa ad causam da requerente, com fundamento no art. 4 da Lei 9.868/99 , indefiro a petio inicial. (ADI 4.149, Rel. Min. Menezes Direito, deciso monocrtica, julgamento em 23-9-08, DJE de 30-9-08) Trata-se de Ao Direta de inconstitucionalidade, com pedido de medida liminar, proposta pela Associao Brasileira da Indstria Grfica - ABIGRAF NACIONAL, em face do item 29 do art. 2 da Resoluo Normativa n. 105, de 17/9/1987, e dos itens 28.11, 28.12, 28.13, 28.19, 29.2, 29.23, 29.3, 29.39, 29.4, todos do art. 1 da Resoluo Normativa n. 122, de 911-1990, ambas do Conselho Federal de Qumica. (...) Entendo que a Associao requerente no possui a legitimidade necessria para propor a presente ao. que, conforme positivado no inciso IX do art. 103 da CF, legitimo para propor ADI confederao sindical ou entidade de classe de mbito nacional. No caso, trata-se de uma associao que representa um segmento industrial, qual seja, o segmento da indstria grfica, e no uma entidade de classe. (ADI 4.057, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, deciso monocrtica, julgamento em 26-3-08, DJE de 2-4-08) "ADIn: legitimidade ativa: entidade de classe de mbito nacional (art. 103, IX, CF): compreenso da associao de associaes de classe. Ao julgar, a ADIn 3153-AgR, 12-8-04, Pertence, Inf STF 356, o plenrio do Supremo Tribunal abandonou o entendimento que exclua as entidades de classe de segundo grau as chamadas associaes de associaes do rol dos legitimados ao direta. ADIn: pertinncia temtica. Presena da relao de pertinncia temtica, pois o pagamento da contribuio criada pela norma impugnada incide sobre as empresas cujos interesses, a teor do seu ato constitutivo, a requerente se destina a defender." (ADI 15, Rel. Min. Seplveda Pertence, julgamento em 14-6-07, DJ de 31-8-07) "Ilegitimidade ativa da autora, entidade que no rene a qualificao constitucional prevista no art. 103, IX, da CF. A heterogeneidade da composio da autora, conforme expressa disposio estatutria, descaracteriza a condio de representatividade de classe de mbito nacional: Precedentes do STF." (ADI 3.381, Rel. Min. Crmen Lcia, julgamento em 6-6-2007, Plenrio, DJ de 29-6-2007.) No mesmo sentido: ADI 3.900, Rel. p/ o ac. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 2-12-2010, Plenrio, Informativo 611; ADI 3.805-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 22-4-2009, Plenrio, DJE de 14-8-2009. "A Associao-Embargante apresenta, aps o julgamento da ao direta de inconstitucionalidade que dela no conheceu em face de sua ilegitimidade ativa, seu novo Estatuto Social para, diante da nova composio de seu quadro associativo,

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superar a ilegitimidade originria. Impossibilidade de se apreciar a alegada legitimidade em razo de sua nova configurao em momento posterior ao julgamento da presente ao direta de inconstitucionalidade." (ADI 1.336-ED-ED, Rel. Min. Crmen Lcia, julgamento em 9-8-06, DJ de 18-5-07) "Constitucional. Lei 15.223/2005, do Estado de Gois. Concesso de iseno de pagamento em estacionamento. Competncia legislativa. Preliminar. Legitimidade ativa. Propositura da ao direta de inconstitucionalidade. Confederao Nacional dos Estabelecimentos de Ensino CONFENEN. Ao procedente. Preliminar de ilegitimidade ativa. Ao direta de inconstitucionalidade conhecida por maioria. A prestao de servio de estacionamento no a atividade principal dos estabelecimentos de ensino representados pela entidade autora, mas assume relevo para efeito de demonstrao de interesse para a propositura da ao direta (precedente: ADI 2.448, rel. min. Sydney Sanches, pleno, 23-4-2003). O ato normativo atacado prev a iseno de pagamento por servio de estacionamento no apenas em estabelecimentos de ensino, mas tambm em outros estabelecimentos no representados pela entidade autora. Tratando-se de alegao de inconstitucionalidade formal da norma atacada, torna-se invivel a ciso da ao para dela conhecer apenas em relao aos dispositivos que guardem pertinncia temtica com os estabelecimentos de ensino. Inconstitucionalidade formal. Competncia privativa da Unio." (ADI 3.710, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 9-2-2007, DJ de 27-4-2007.) No mesmo sentido: ADI 4.364, Rel. Min. Dias Toffoli, julgamento em 2-3-2011, Plenrio, DJE de 16-5-2011. O Tribunal iniciou julgamento de duas aes diretas de inconstitucionalidade parcial omissiva e positiva ajuizadas pela Confederao Nacional das Profisses Liberais-CNPL e pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil-OAB contra dispositivos da Lei 9.868/99, que dispe sobre o processo e julgamento da ao direta de inconstitucionalidadeADI e da ao declaratria de constitucionalidade-ADC perante o Supremo Tribunal Federal. Preliminarmente, o Tribunal rejeitou a alegao de ilegitimidade ativa da CNPL, por entender que a legitimao em tese para a ao direta conferida s confederaes sindicais e entidades nacionais de classe, na medida em que as inclui no rol dos sujeitos do processo de controle abstrato de constitucionalidade, constitui prerrogativa, cujo exerccio e cuja defesa se inserem, por si mesmos, no mbito dos fins institucionais da corporao, no havendo, assim, como negar a relao de pertinncia entre estes fins e o questionamento da higidez constitucional da lei que dispe sobre o processo de ao direta e, por conseguinte, o exerccio da prerrogativa constitucional de sua instaurao. (ADI 2.154 e ADI 2.258, Rel. Min. Seplveda Pertence, julgamento em 14-2-07, Informativo 456) "Ao direta de inconstitucionalidade Confederao dos Servidores Pblicos do Brasil (CSPB) ausncia de legitimidade ativa ad causam por falta de pertinncia temtica insuficincia, para tal efeito, da mera existncia de interesse de carter econmico-financeiro hiptese de incognoscibilidade ao direta no conhecida." (ADI 1.157-MC, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 1-12-94, DJ de 17-11-06) A agravante busca demonstrar sua legitimidade ativa mesclando indevidamente duas das hipteses de legitimao previstas no art. 103 da Constituio Federal. Porm, sua inequvoca natureza sindical a exclui, peremptoriamente, das demais categorias de associao de mbito nacional. Precedentes: ADI 920-MC, Rel. Min. Francisco Rezek, DJ de 11-497; ADI 1.149-AgR, Rel. Min. Ilmar Galvo, DJ de 6-10-95; ADI 275, Rel. Min. Moreira Alves, DJ de 22-2-91 e ADI 378, Rel. Min. Sydney Sanches, DJ de 19-2-93. No se tratando de confederao sindical organizada na forma da lei, mas de entidade sindical de segundo grau (federao), mostra-se irrelevante a maior ou menor representatividade territorial no que toca ao atendimento da exigncia contida na primeira parte do art. 103, IX, da Carta Magna. Precedentes: ADI 1.562QO, Rel. Min. Moreira Alves, DJ de 9-5-97; ADI 1.343-MC, Rel. Min. Ilmar Galvo, DJ de 6-10-95; ADI 3.195, Rel. Min. Celso de Mello, DJ de 19-5-04; ADI 2.973, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJ de 24-10-03 e ADI 2.991, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ de 14-10-03." (ADI 3.506-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 8-9-05, Plenrio, DJ de 30-9-05) " certo que, na ADInMC 1.402, de 29-2-96, red. p/ acrdo Maurcio Corra, o Tribunal, na linha da jurisprudncia ento dominante na Casa, que desqualifica para a iniciativa da ADIn as chamadas associaes de associaes, negou CONAMP a qualificao de entidade de classe de mbito nacional; no caso, a discusso seria ociosa, dado que, ao julgar, a ADIn-AgR 3.153, 12-8-04, Pertence, o Plenrio da Corte abandonou o entendimento que exclui as entidades de classe de segundo grau do rol dos legitimados ao direta." (ADI 3.472-MC, Rel. Min. Seplveda Pertence, julgamento em 28-4-05, DJ de 24-6-05) Central nica dos Trabalhadores (CUT). Falta de legitimao ativa. Sendo que a autora constituda por pessoas jurdicas de natureza vria e que representam categorias profissionais diversas, no se enquadra ela na expresso entidade de classe de mbito nacional ,a que alude o artigo 103 da Constituio, contrapondo-se s confederaes sindicais, porquanto no uma entidade que congregue os integrantes de uma determinada atividade ou categoria profissional ou econmica, e que, portanto, represente, em mbito nacional, uma classe. Por outro lado, no a autora e nem ela prpria se enquadra nesta qualificao uma confederao sindical, tipo de associao sindical de grau superior devidamente previsto em lei (CLT artigos 533 e 535), o qual ocupa o cimo da hierarquia de nossa estrutura sindical e ao qual inequivocamente alude a primeira parte do inciso IX do artigo 103 da Constituio. (ADI 271-MC, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento em 24-9-92, DJ de 6-9-01). No mesmo sentido: ADI 1.442, Rel Min. Celso de Mello, julgamento em 3-

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11-04, DJ de 29-4-05. "Ao direta de inconstitucionalidade. Legitimao ativa. Entidade de classe de mbito nacional. Compreenso da associao de associaes de classe. Reviso da jurisprudncia do Supremo Tribunal. O conceito de entidade de classe dado pelo objetivo institucional classista, pouco importando que a eles diretamente se filiem os membros da respectiva categoria social ou agremiaes que os congreguem, com a mesma finalidade, em mbito territorial mais restrito. entidade de classe de mbito nacional como tal legitimada propositura da ao direta de inconstitucionalidade (CF, art. 103, IX) aquela na qual se congregam associaes regionais correspondentes a cada unidade da Federao, a fim de perseguirem, em todo o Pas, o mesmo objetivo institucional de defesa dos interesses de uma determinada classe. Nesse sentido, altera o Supremo Tribunal sua jurisprudncia, de modo a admitir a legitimao das associaes de associaes de classe, de mbito nacional, para a ao direta de inconstitucionalidade." (ADI 3.153-AgR, Rel. Min. Seplveda Pertence, julgamento em 12-8-04, DJ de 9-9-05). No mesmo sentido: ADI 2.797 e ADI 2.860, Rel. Min. Seplveda Pertence, julgamento em 15-9-05, DJ de 19-12-06 "ADIn: legitimidade ativa: entidade de classe de mbito nacional (art. 103, IX, CF): Associao Nacional dos Membros do Ministrio Pblico-CONAMP. Ao julgar, a ADIn 3.153-AgR, 12-8-04, Pertence, Inf STF 356, o plenrio do Supremo Tribunal abandonou o entendimento que exclua as entidades de classe de segundo grau as chamadas associaes de associaes do rol dos legitimados ao direta. De qualquer sorte, no novo estatuto da CONAMP agora Associao Nacional dos Membros do Ministrio Pblico a qualidade de associados efetivos ficou adstrita s pessoas fsicas integrantes da categoria, o que bastaria a satisfazer a antiga jurisprudncia restritiva. ADIn: pertinncia temtica. Presena da relao de pertinncia temtica entre a finalidade institucional da entidade requerente e a questo constitucional objeto da ao direta, que diz com a demarcao entre as atribuies de segmentos do Ministrio Pblico da Unio o Federal e o do Distrito Federal." (ADI 2.794, Rel. Min. Seplveda Pertence, julgamento em 14-12-06, DJ de 30-3-07) Nota Inicialmente, o Tribunal considerou a ADEPOL como parte legtima (ADI's 146, 1.037, 1.138, 1.159, 1.336, 1.386, 1.414 e 1.488). Mais tarde, declarou a ilegitimidade ativa da Associao (ADI 23), posio reiterada na ADI 1.869-MC. Por outro lado, em julgamento recente, o Tribunal reconheceu a legitimidade de "associao de associaes" para propor ao direta (ADI 3.153-AgR). Cabe examinar, inicialmente, a questo da legitimidade ativa da requerente, levantada pela douta Procuradoria-Geral da Repblica. Para afirmar-se detentora de tal legitimao, invocou a autora os fundamentos aduzidos no julgamento da ADI n. 159, que levaram este Supremo Tribunal a reconhecer a legitimidade ativa da Associao Nacional dos Procuradores de Estado - ANAPE. Naquela assentada, a tese acolhida pela maioria do Plenrio desta Corte admitiu ser a referida associao uma entidade de classe, nos termos do art. 103, IX da CF, uma vez que as atividades desempenhadas pelos Procuradores dos Estados e do Distrito Federal representao judicial e consultoria jurdica das respectivas unidades federadas mereceram relevante destaque por parte da Constituio Federal. Tal entendimento firmou-se como exceo orientao at ento traada, que negava legitimidade ativa associao representativa de simples segmento de servidores pblicos integrantes de uma das diversas carreiras existentes no mbito dos Poderes estatais (ADIs n. 591 e n. 1.297, Rel. Min. Moreira Alves). A partir da, com relao s carreiras do servio pblico, passou-se a considerar dotados de legitimao para propor o controle abstrato os organismos associativos de certas carreiras, cuja identidade decorre da prpria Constituio, nas precisas palavras do eminente Min. Seplveda Pertence, por ocasio do julgamento da ADI n. 809." (ADI 2.713, voto da Min. Ellen Gracie, julgamento em 18-12-02, DJ de 7-3-03) A legitimidade ativa da ANOREG associao cujo enquadramento na hiptese prevista do art. 103, IX, 2 parte da CF j foi confirmado por este Tribunal no pode ser afastada por mera manifestao em sentido contrrio promovida por seccional de outra entidade similar. (ADI 2.415-MC, Rel. Min. Ilmar Galvo, julgamento em 13-12-01, DJ de 20-2-04) "Os denominados Conselhos, compreendidos no gnero autarquia e tidos como a consubstanciar a espcie corporativista, no se enquadram na previso constitucional relativa s entidades de classe de mbito nacional." (ADI 641, Rel. Min. Marco Aurlio, julgamento em 11-12-01, DJ de 12-3-93) Preliminarmente, no tenho como legitimadas ao as federaes sindicais autoras (Federao Nacional dos Estivadores, Federao Nacional do Conferentes e Consertadores de Carga e Descarga Vigias Porturios Trabalhadores de Bloco e Arrumadores, e Federao dos Porturios). Cuida-se de entidades sindicais que no atendem ao requisito do inciso IX do art. 103 da Constituio, porque seu nvel no de confederao sindical. So entidades sindicais de segundo grau. Nesse sentido, as decises do Plenrio nas ADINs n. 433-DF, 8.536-DF, 8.684-DF (...). (ADI 929-MC, voto do Rel. Min. Nri da Silveira, julgamento em 13-10-98, DJ de 20-6-97) Associao de classe de mbito nacional. Tem-na, por ser uma associao de classe de mbito nacional, a ATRICON Associao dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil. Legitimidade. Ao direta de inconstitucionalidade. Associao de classe. A associao de classe, de mbito nacional, h de comprovar a pertinncia temtica, ou seja, o interesse considerado o respectivo estatuto e a norma que se pretenda fulminada. Isso no ocorre quando a Associao dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (ATRICON) direciona pedido contra preceito de Carta estadual revelador da atuao do Ministrio Pblico comum via Procurador de Justia no Tribunal de Contas. (ADI 1.873, Rel. Min. Marco

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Aurlio, julgamento em 2-9-98, DJ de 19-9-03). No mesmo sentido: ADI 4.190-MC, Rel. Min. Celso de Mello, deciso monocrtica, julgamento em 1-7-09, DJE de 4-08-09. "Recentemente, em 31-8-94, o Plenrio desta Corte, ao julgar pedido de liminar, na ao direta n. 1.114 (relator o Sr. Ministro Ilmar Galvo) proposta pela mesma Confederao Nacional dos Trabalhadores Metalrgicos-CNTM, em que esta argia a inconstitucionalidade do artigo 21 da Lei n. 8.906/94 (Art. 21 Nas causas em que for parte o empregador, ou pessoa por este representada, os honorrios de sucumbncia so devidos aos advogados empregados), no conheceu da ao, por entender que no ocorria o requisito da pertinncia objetiva, uma vez que a circunstncia de a referida Confederao contar eventualmente com advogados em seus quadros no satisfaz esse critrio da pertinncia que se traduz, quando o legitimado ativo e Confederao Sindical ou entidade de classe de mbito nacional, na adequao temtica entre as suas finalidades estatutrias e o contedo da norma impugnada , revelando apenas a existncia de eventual interesse processual de agir, de ndole subjetiva, que no se coaduna com a natureza objetiva do controle abstrato." (ADI 1.123-MC, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento em 1-2-95, Plenrio, DJ de 17-3-95). No mesmo sentido: ADI 1.194, Rel. p/ o ac. Min. Crmen Lcia, julgamento em 20-5-09, Plenrio, DJE de 11-9-09; ADI 1.873, Rel. Min. Marco Aurlio, julgamento em 2-9-98, Plenrio, DJ de 19-9-03; ADI 1.114-MC, Rel. Min. Ilmar Galvo, julgamento em 31-8-94, Plenrio, DJ de 30-9-94. "Entendimento do STF segundo o qual no se legitima ao direta de inconstitucionalidade a entidade que reunir outras sociedades, ainda que do mesmo ramo ou gnero, a teor do inciso IX, ltima parte, do art. 103, da Lei Maior." (ADI 1.913, Rel. Min. Nri da Silveira, julgamento em 18-12-98, DJ de 17-12-99). No mesmo sentido: ADI 947-MC, Rel. Min. Sydney Sanches, julgamento em 14-10-93, DJ de 26-11-93; ADI 1.547-AgR-QO, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 6-598, DJ de 20-4-01. "Entendeu-se que os notrios e registradores no podem enquadrar-se no conceito de profissionais liberais, a teor dos arts. 3, 27 e 28 da Lei n. 8.906/94. Em conseqncia, no se reconhece Confederao Nacional das Profisses Liberais legitimidade para propor a presente ao por falta de pertinncia temtica entre a matria disciplinada nos dispositivos impugnados e seus objetivos institucionais." (ADI 1.792, Rel. Min. Nelson Jobim, julgamento em 5-3-98, DJ de 3-2-06) O Supremo Tribunal Federal, em inmeros julgamentos, tem entendido que apenas as confederaes sindicais tm legitimidade ativa para requerer ao direta de inconstitucionalidade (CF, art. 103, IX), excludas as federaes sindicais e os sindicatos nacionais. (ADI 1.599-MC, Rel. Min. Maurcio Corra, julgamento em 26-2-98, DJ de 18-5-01) Ausncia de comprovao do registro do estatuto como entidade sindical superior no Ministrio do Trabalho, em data posterior alterao dos estatutos, conforme determinado por despacho. Ao direta de inconstitucionalidade no conhecida por ausncia de legitimidade ativa ad causam da entidade autora. (...). Ausncia de comprovao do registro do estatuto como entidade sindical superior no Ministrio do Trabalho, em data posterior alterao dos estatutos, conforme determinado por despacho. (ADI 1.565, Rel. Min. Nri da Silveira, julgamento em 23-10-97, DJ de 17-12-99) Cumpre reconhecer, desde logo, que a presente ao direta foi ajuizada pela Confederao Nacional do Transporte e pela Confederao Nacional da Indstria, que constituem entidades sindicais de grau superior, com regular existncia jurdica desde 1954 (CNT) e 1938 (CNI), respectivamente, satisfazendo, em conseqncia, a regra inscrita no art. 103, IX, da Carta Poltica, que atribui legitimidade ativa s Confederaes sindicais para a instaurao do controle abstrato de constitucionalidade. (ADI 1.480-MC, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 4-9-97, DJ de 18-5-01) A legitimidade ativa da confederao sindical, entidade de classe de mbito nacional, Mesas das Assemblias Legislativas e Governadores, para a ao direta de inconstitucionalidade, vincula-se ao objeto da ao, pelo que deve haver pertinncia da norma impugnada com os objetivos do autor da ao. Precedentes do STF: ADI 305 (RTJ 153/428); ADI 1.151 (DJ de 19-5-95); ADI 1.096 (LEX-JSTF, 211/54); ADI 1.519, julg. em 6-11-96; ADI 1.464, DJ de 13-12-96. Inocorrncia, no caso, de pertinncia das normas impugnadas com os objetivos da entidade de classe autora da ao direta). (ADI 1.507-MC-AgR, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 3-2-97, DJ de 6-6-97) "Trata-se de uma associao que no congrega as empresas jornalsticas em geral, mas apenas uma frao delas, ou seja, as situadas em municpio do interior dos Estados-Membros. Ora, esta Corte, em casos anlogos, tem entendido que h entidade de classe quando a associao abarca uma categoria profissional ou econmica no seu todo, e no quando apenas abrange, ainda que tenha mbito nacional, uma frao de uma dessas categorias (assim, a ttulo exemplificativo, nas ADINs 846 e 1.297, com referncia entidade que abarcava frao de categoria funcional, e na ADIN 1.295, relativa associao de concessionrias ligadas pelo interesse contingente de terem concesso comercial de um produtor de veculos automotores)." (ADI 1486-MC, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento em 12-9-96, Plenrio, DJ de 13-12-96) "Ao direta de inconstitucionalidade Legitimidade ativa ad causam CF/88, art. 103 Rol taxativo Entidade de classe Representao institucional de mera frao de determinada categoria funcional Descaracterizao da autora como entidade de classe Ao direta no conhecida. (...) A Constituio da Repblica, ao disciplinar o tema concernente

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a quem pode ativar, mediante ao direta, a jurisdio constitucional concentrada do Supremo Tribunal Federal, ampliou, significativamente, o rol sempre taxativo dos que dispem da titularidade de agir em sede de controle normativo abstrato. No se qualificam como entidades de classe, para fins de ajuizamento de ao direta de inconstitucionalidade, aquelas que so constitudas por mera frao de determinada categoria funcional. Precedentes." (ADI 1.875-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 20-6-01, DJE de 12-12-08). No mesmo sentido: ADI 1.431, Rel Min. Carlos Velloso, julgamento em 5-2-98, DJ de12-9-03; ADI 1.297-MC, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento em 27-9-95, DJ de 17-11-95; ADI 846-MC, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento em 8-9-93, DJ de 17-12-93; ADI 591-MC, Rel Min. Moreira Alves, julgamento em 25-10-91, DJ de 22-11-91. A Confederao Nacional de Sade Hospitais, Estabelecimentos e Servios - CNS no tem legitimidade luz do art. 103, IX, da Constituio Federal e da jurisprudncia desta Corte, eis que podendo ser integrada, nos termos da previso estatutria, por entidades associativas e demais pessoas jurdicas de direito pblico ou privado que tenham a sade como seu objetivo principal, desqualifica-se como verdadeira confederao sindical. Precedente do Supremo Tribunal Federal: ADI 1.121. (ADI 1.437-AgR, Rel. Min. Ilmar Galvo, julgamento em 5-6-96, DJ de 22-11-96) No cabe reconhecer UNE enquadramento na regra constitucional aludida. As confederaes sindicais so entidades do nvel mais elevado na hierarquia dos entes sindicais, assim como definida na Consolidao das Leis do Trabalho, sempre de mbito nacional e com representao mxima das categorias econmicas ou profissionais que lhes correspondem. No que concerne s entidades de classe de mbito nacional (2 parte do inciso IX do art. 103 da Constituio), vem o STF conferindo-lhes compreenso sempre a partir da representao nacional efetiva de interesses profissionais definidos. Ora, os membros da denominada classe estudantil ou, mais limitadamente, da classe estudantil universitria, freqentando os estabelecimentos de ensino pblico ou privado, na busca do aprimoramento de sua educao na escola, visam, sem dvida, tanto ao pleno desenvolvimento da pessoa, ao preparo para o exerccio da cidadania, como qualificao para o trabalho. (ADI 894-MC, Rel. Min. Nri da Silveira, julgamento em 18-11-93, DJ de 20-4-95) Legitimidade ativa. Confederao Sindical. Confederao Geral dos Trabalhadores CGT. Art. 103, IX, da Constituio Federal. A CGT, embora se auto-denomine Confederao Geral dos Trabalhadores, no , propriamente, uma confederao sindical, pois no congrega federaes de sindicatos que representem a maioria absoluta de um grupo de atividades ou profisses idnticas, similares ou conexas. (ADI 928-MC, Rel. Min. Sydney Sanches, julgamento em 1-993, DJ de 8-10-93) J firmou esta Corte o entendimento de que, das entidades sindicais, apenas as confederaes sindicais (art. 103, IX, da Constituio Federal) tem legitimao para propor ao direta de inconstitucionalidade. Por outro lado, foi recebido pela Carta Magna vigente o artigo 535 da CLT que dispe sobre a estrutura das confederaes sindicais, exigindo, inclusive, que se organizem com um mnimo de trs federaes." (ADI 505, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento em 20-6-92, DJ de 2-8-91). No mesmo sentido: ADI 706-AgR, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 24-6-92, DJ de 4-9-92. "Entidade de classe de mbito nacional (art. 103, IX, da Constituio Federal). No entidade de classe de mbito nacional, para os efeitos do inciso IX do art. 103 da Constituio, a que s rene empresas sediadas no mesmo estado, nem a que congrega outras de apenas quatro estados da Federao." (ADI 386, Rel. Min. Sydney Sanches, julgamento em 4-4-91, DJ de 28-6-91) Legitimao. entidade nacional de classe. conceito. No constitui entidade de classe, para legitimar-se ao direta de inconstitucionalidade (CF, art. 103, IX), associao civil (Associao Brasileira de Defesa do Cidado), voltada finalidade altrusta de promoo e defesa de aspiraes cvicas de toda a cidadania. (ADI 61-QO, Rel. Min. Seplveda Pertence, julgamento em 29-8-90, DJ de 28-9-90) " parte legtima para propor ao direta de inconstitucionalidade a federao nacional de categoria especfica, mesmo compreendida na categoria mais ampla de uma confederao existente (art. 103, IX, da Constituio)." (ADI 209-MC, Rel. Min. Octavio Gallotti, julgamento em 29-6-90, DJ de 9-12-94) "Qualquer que seja o mais elstico conceito de entidade de classe que se pretenda adotar, nele no se inclui associao que rene, como associados, rgos pblicos, que no tm personalidade jurdica, e diferentes categorias de servidores pblicos, uns integrando aqueles rgos (os conselheiros e auditores), outros integrando o Ministrio Pblico que atua junto a eles (procuradores)." (ADI 67-QO, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento em 18-4-90, DJ de 15-6-90) Pargrafo nico. (VETADO) Na ADI 1.792, a mesma Confederao Nacional das Profisses Liberais - CNPL no teve reconhecida sua legitimidade para prop-la por falta de pertinncia temtica entre a matria disciplinada nos dispositivos ento impugnados e os objetivos institucionais especficos dela, por se ter entendido que os notrios e registradores no podem enquadrar-se no conceito de profissionais liberais. Sendo a pertinncia temtica requisito implcito da legitimao, entre outros, das Confederaes e entidades de classe, e requisito que no decorreu de disposio legal, mas da interpretao que esta

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Corte fez diretamente do texto constitucional, esse requisito persiste no obstante ter sido vetado o pargrafo nico do artigo 2 da Lei 9.868, de 10-11-99. de aplicar-se, portanto, no caso, o precedente acima referido. Ao direta de inconstitucionalidade no conhecida. (ADI 2.482, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento em 2-10-02, DJ de 25-4-03) MENSAGEM DE VETO: Duas razes bsicas justificam o veto ao pargrafo nico do art. 2, ambas decorrentes da jurisprudncia do Supremo Tribunal em relao ao inciso IX do art. 103 da Constituio. Em primeiro lugar, ao incluir as federaes sindicais entre os legitimados para a propositura da ao direta, o dispositivo contraria frontalmente a jurisprudncia do Supremo Tribunal Federal, no sentido da ilegitimidade daquelas entidades para a propositura de ao direta de inconstitucionalidade (cf., entre outros, ADIn-MC 689, Rel. Min. Nri da Silveira; ADIn-MC 772, Rel. Min. Moreira Alves; ADIn-MC 1.003, Rel. Min. Celso de Mello). verdade que a oposio do veto disposio contida no pargrafo nico importar na eliminao do texto na parte em que determina que a confederao sindical ou entidade de classe de mbito nacional (art. 2, IX) dever demonstrar que a pretenso por elas deduzidas tem pertinncia direta com os seus objetivos institucionais. Essa eventual lacuna ser, certamente, colmatada pela jurisprudncia do Supremo Tribunal Federal, haja vista que tal restrio j foi estabelecida em precedentes daquela Corte (cf., entre outros, ADIn-MC 1.464, Rel. Min. Moreira Alves; ADIn-MC 1.103, Rel. Min. Nri da Silveira, Rel. Acrdo Min. Maurcio Corra; ADIn-MC 1.519, Rel. Min. Carlos Velloso). (MENSAGEM N. 1.674, DE 10 DE NOVEMBRO DE 1999)

Art. 3 A petio indicar:I - o dispositivo da lei ou do ato normativo impugnado e os fundamentos jurdicos do pedido em relao a cada uma das impugnaes Rejeio da preliminar de inpcia da petio inicial pela ausncia de indicao dos dispositivos legais apontados como violadores da Constituio Federal. Deixou evidenciado o autor que, no seu entender, os textos legais so, na sua integralidade, violadores do ordenamento constitucional ptrio. Possibilidade. Precedentes do STF. (ADI 2.549, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 1-6-2011, Plenrio, DJE de 3-10-2011.) Configurada a fraude processual com a revogao dos atos normativos impugnados na ao direta, o curso procedimental e o julgamento final da ao no ficam prejudicados. (ADI 3.306, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 17-3-2011, Plenrio, DJE de 7-6-2011.) O Tribunal julgou procedente pedido formulado em ao direta proposta pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil para declarar, com efeito ex tunc, a inconstitucionalidade do art. 9 da Medida Provisria 2.16441/2001, que acrescentou o art. 29-C Lei 8.036/90, o qual suprime a condenao em honorrios advocatcios nas aes entre o Fundo de Garantia por Tempo de Servio FGTS e os titulares de contas vinculadas, bem como naquelas em que figurem os respectivos representantes ou substitutos processuais (...). Preliminarmente, rejeitou-se a alegao de inpcia da petio inicial suscitada pela Advocacia-Geral da Unio AGU. Ressaltou-se que, embora sinttica, a pea permitiria que a mencionada instituio, em suas extensas informaes, rechaasse os argumentos do requerente. Ademais, consignou-se que o preceito adversado possuiria autonomia, a dispensar a impugnao do total do diploma normativo. (ADI 2.736, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 8-9-2010, Plenrio, Informativo 599.) "Aplicao do princpio da fungibilidade. (...) lcito conhecer de ao direta de inconstitucionalidade como argio de descumprimento de preceito fundamental, quando coexistentes todos os requisitos de admissibilidade desta, em caso de inadmissibilidade daquela." (ADI 4.180-REF-MC, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 10-3-2010, Plenrio, DJE de 27-8-2010.) Vide: ADPF 178, Rel. Min. Presidente Gilmar Mendes, deciso monocrtica, julgamento em 21-7-2009, DJE de 5-8-2009; ADPF 72-QO, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 1-6-2005, Plenrio, DJ de 2-12-2005. "Inicialmente, considero que a remunerao do art. (...), sem mudana do texto impugnado, no leva alterao substancial do objeto do controle concentrado de constitucionalidade, de modo a persistir o interesse e a competncia desta Corte para julgar a ao direta de inconstitucionalidade." (ADI 238, voto do Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 24-2-2010, Plenrio, DJE de 9-4-2010.) "Em ao direta de inconstitucionalidade, admite-se emenda da petio inicial antes da apreciao do requerimento de liminar, quando tenha por objeto lei revogadora que reproduz normas argidas de inconstitucionais da lei revogada na pendncia do processo." (ADI 4.298-MC, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 7-10-09, Plenrio, DJE de 27-11-09). Vide: ADI 1.949-MC, Rel. Min. Seplveda Pertence, julgamento em 18-11-96, DJ de 25-11-05. "(...) a matria aqui cuidada objeto de trmite judicial h mais de trinta anos, sem que a ora Interessada consiga receber o que o Poder Judicirio, em instncias prprias e competentes, j lhe assegurou ser de direito. Essa postergao contraria todos os princpios de tica constitucional que o Estado de Direito tem como fundamentos. O princpio da jurisdio materializa-se como uma das garantias fundamentais do jurisdicionado, pelo qual lhe assegurado ter seus litgios solucionados pelo Estado, detentor do monoplio da jurisdio. (...) Por esses motivos, sem desconhecer os efeitos da deciso proferida pelo Supremo Tribunal Federal naquela ao de controle concentrado de constitucionalidade, em cumprimento ao princpio da jurisdio, entendo no ser razovel, no caso vertente, que se determine a suspenso do

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Processo n. 640/1977 e se imponha parte que aguarde o julgamento do mrito da Ao Declaratria de Constitucionalidade n. 11/DF." (Rcl 5.758, voto da Rel. Min. Crmen Lcia, julgamento em 13-5-09, Plenrio, DJE de 78-09) O artigo 98 da Lei complementar