geografia - pré-vestibular dom bosco - encarte rio grande do sul

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Geografia do Rio Grande do Sul 1 Verões tórridos e abafados, suor escorrendo mesmo que se esteja sem mover um músculo, verões em que nem as moscas se animam a bater asas (...). Invernos de gretar os lábios e azular as mãos, frio en- volvente e duro, que atinge o rosto como uma bofetada, não havendo coberta que chegue, nem fogo que aqueça o preciso: as casas são des- providas do menor conforto, como se os habitantes da província fossem imunes às circunstâncias do tempo. O inverno começa em meados de maio e acaba em fins de novembro, e ninguém se acostuma com ele, por mais centenário que seja. Vive-se bem em abril, quando os ardores amainam e ainda não começaram as ondas gélidas: o céu ganha uma bela cor de chá, e os entardeceres são luminosos e todo o povo se anima, os negó- cios reiniciam. (...) Recomeçam as caçadas às lebres nos matos adja- centes e os animais de pio nas pa- ragens mais longínquas. A cidade viceja sua afortunada vida... Luiz Antônio de Assis Brasil. Cães da província. p. 17-8. Você identifica o lugar a que se refere o texto acima? Se tivesse informação de que pertence ao território brasi- leiro, ficaria mais fácil? O texto contém informações climáticas que indicam tratar-se de uma província da Região Sul do Brasil, pois fala da existência de invernos rigorosos. Que outras informações do texto precisam ainda mais o lugar a que ele se refere? Identifique o período histórico a que corresponde o texto. naturais Aspectos Orientação ao profes- sor — Trata-se do ter- ritório que corresponde ao estado do Rio Gran- de do Sul, no tempo do Brasil Império, pois pro- víncia era o nome que se dava às unidades territoriais brasileiras, hoje correspondentes aos estados. Explique aos alunos que a informação geo- gráfica auxilia na leitu- ra e no conhecimento do mundo, mesmo que não apresente nome de cida- de ou lugar a que se re- fere. O texto possui três elementos essenciais ao estudo geográfico: es- paço (referências climá- ticas), tempo (a palavra província) e o ser social (autor gaúcho, cidadão de Porto Alegre).

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Verões tórridos e abafados, suor escorrendo mesmo que se esteja sem mover um músculo, verões em que nem as moscas se animam a bater asas (...). Invernos de gretar os lábios e azular as mãos, frio en-volvente e duro, que atinge o rosto como uma bofetada, não havendo coberta que chegue, nem fogo que aqueça o preciso: as casas são des-providas do menor conforto, como se os habitantes da província fossem imunes às circunstâncias do tempo. O inverno começa em meados de maio e acaba em fins de novembro, e ninguém se acostuma com ele, por mais centenário que seja.

Vive-se bem em abril, quando os ardores amainam e ainda não começaram as ondas gélidas: o céu ganha uma bela cor de chá, e os entardeceres são luminosos e todo o povo se anima, os negó-cios reiniciam. (...) Recomeçam as caçadas às lebres nos matos adja-centes e os animais de pio nas pa-ragens mais longínquas. A cidade viceja sua afortunada vida... Luiz Antônio de Assis Brasil.

Cães da província. p. 17-8.

Você identifica o lugar a que se refere o texto acima? Se tivesse informação de que pertence ao território brasi-leiro, ficaria mais fácil?

O texto contém informações climáticas que indicam tratar-se de uma província da Região Sul do Brasil, pois fala da existência de invernos rigorosos.

Que outras informações do texto precisam ainda mais o lugar a que ele se refere? Identifique o período histórico a que corresponde o texto.

naturaisAspectos

Orientação ao profes-sor — Trata-se do ter-ritório que corresponde ao estado do Rio Gran-de do Sul, no tempo do Brasil Império, pois pro-víncia era o nome que se dava às unidades territoriais brasileiras, hoje correspondentes aos estados. Explique aos alunos que a informação geo-gráfica auxilia na leitu-ra e no conhecimento do mundo, mesmo que não apresente nome de cida-de ou lugar a que se re-fere. O texto possui três elementos essenciais ao estudo geográfico: es-paço (referências climá-ticas), tempo (a palavra província) e o ser social (autor gaúcho, cidadão de Por to Alegre).

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Limites e dimensõesO Rio Grande do Sul limita-se ao norte com o estado

de Santa Catarina, com extensão de 958 km, e cujo ponto extremo (27°03’42’’ de latitude sul e 53°03’24’’ de longitude oeste) é a confluência dos rios Uruguai e Chapecó. Ao sul, faz fronteira de 1 003 km com o Uruguai, tendo a foz do Arroio Chuí como ponto mais extremo (33°45’09’’ de lati-tude sul e 53°23’22’’ de longitude oeste). A leste, a foz do Rio Mampituba (29°20’34’’ de latitude sul e 49°42’41’’ de longitude oeste), seu ponto extremo, limita-se com o litoral do Oceano Atlântico numa extensão de 622 km. A oeste, a confluência dos rios Uruguai e Quaraí corresponde ao ponto extremo (30°11’03’’ de latitude sul e 57°40’57’’ de longitude oeste), fazendo fronteira com a Argentina em ex-tensão de 724 km.

Superfície total: 282 062 km2 — equivale a 3,32% do território brasileiro.

Número de municípios: 497.

Cidade principal

Capital

Represa

Rodovia pavimentada

PARAGUAI MATO GROSSO DO SUL

ARGENTINA

URUGUAI

PARANÁ

LondrinaMaringá

Cascavel

Pato BrancoGuarapuava

Ponta Grossa

CuritibaParanaguá

Represa de ItaipuCataratas do Iguaçu

SANTA CATARINAChapecó

Lages

Joinvile

Blumenau

Florianópolis

Imbituba

CriciúmaRIO GRANDE

DO SUL

Santo Ângelo Passo Fundo

Caxias do Sul

Porto AlegreSanta Maria

Santana do Livramento

Bagé

PelotasRio Grande

SÃO PAULO

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OCEANO ATLÂNTICO

Região SulR. Paranapanema

R. Iguaçu

R. Uru

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R. Jacui

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Rio Grande do Sul: espaço, tempo e ser social

RegionalizaçãoRegionalização do Rio Grande do Sul segundo critérios naturais: geológicos (origem e evolução das rochas) e

geomorfológicos (formas do relevo, integrante das paisagens naturais).

Fonte: Suertegaray, 1996. (Adaptado)

Nas relações que o homem esta-belece com a natureza, as categorias de espaço e tempo constituem elemen-tos fundamentais da experiência hu-mana no processo de apropriação dos recursos naturais para a satisfação de suas necessidades de sobrevivência.

A configuração territorial por domínio e a apropriação do espaço resultaram de disputas entre diferentes grupos sociais. Espaço, tempo e ser social explicam a configuração territorial de espaço em determinado tempo, rea-lizada pelos grupos sociais.

O território rio-grandense-do-sul foi, assim, demarcado pela interferên-cia de diferentes grupos — índios, por-tugueses e espanhóis. A regionaliza-ção interna, para efeitos de análise e caracterização, definiu-se por critérios naturais ou socioeconômicos.

Classificação do relevo do Rio Grande do Sul por diferentes autores

Nogueira(1948)

Planalto

Sedimentos Gonduânicos

Escudo Rio-Grandense

Litoral ou Planície Costeira

Bernardes(1962)

Planalto

Encosta

Campanha

Depressão Central

Serra do Sudeste

Litoral

Monteiro(1963)

Planalto das Araucárias

Zona das Missões

Cuesta do Haedo

Depressão Central do

RS

Serras do Sudeste

Baixada ou Planícies

Litorâneas Associadas

Ab’Saber(1964)

Planalto Meridional

Depressão Periférica

Planalto Uruguaio Sul-Rio-

Grandense

Planícies ou Terras

Baixas Costeiras

Müller(1970)

Planalto Basáltico

Cuesta do Haedo

Depressão Periférica

Escudo

Planície Litorânea

Carraro et alii (1977)

Planalto

Depressão Periférica

Escudo Sul-Rio-

Grandense

Planície Costeira

Moreira eLima (1977)

Planalto das Araucárias

Zona das Missões

Cuesta do Haedo

Depressão Central (do

RS)

Borda Cristalina Meridional

Domínio Litorâneo

Moreira eCosta (1977)

Planalto

Cuesta do Haedo

Depressão Central ou Periférica

Escudo Sul-Rio-

Grandense

Planície Costeira ou Litorânea

Vieira(1984)

Planalto Arenito

Basáltico

Depressão Central

Escudo Sul-Rio-

Grandense

Planície Costeira

Jurandyr(1996)

Planaltos e Chapadas da Bacia

do Paraná

Depressão Periférica Sul-Rio-

Grandense

Planalto Sul-Rio-

Grandense

Planície da Lagoa dos

Patos e Mirim

Orientação ao pro-fessor — Objetivos de trabalhar este tema logo no início: discutir o conceito de regiona-lização e as diversas maneiras de apresen-tá-lo; destacar os ele-mentos espaço, tem-po e ser social como categorias básicas de classificação do espaço geográfico; discutir cada um dos itens para es-tudá-los com mais de-talhes posteriormente.

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Pela tabela a seguir percebe-se que as unidades geomorfológicas formaram-se em tempos diferentes, di-ferenciando-se as relações entre unidades geológicas.

Comparação entre as unidades geológicas e geomorfológicas que caracterizam o Estado

Unidades geológicas(litologias)

Unidades geomorfológicas

Idade geológica

1. Escudo Cristalino

— ígneas e metamórficasEscudo Pré-Cambriana

2. Bacia do Paraná

— sedimentares e efusivas

Depressão Periférica

Planalto Basáltico

Cuesta do Haedo

Paleozóica

Mesozóica

Mesozóica

3. Bacia de Pelotas

— sedimentaresPlanície Litorânea

Cenozóica

Divide-se o Rio Grande do Sul, pelo critério geoló-gico, em quatro áreas: Escudo Sul-Rio-Grandense, De-pressão Periférica, Planalto e Planície Costeira; pelo cri-tério geomorfológico, em Planalto da Bacia do Paraná (Planalto Arenito-Basáltico), Planalto Sul-Rio-Grandense (Planalto Cristalino), Depressão Central (Depressão Pe-riférica) e Planície Litorânea.

A regionalização com base nas paisagens naturais considera a formação geológica, a dinâmica e as rela-ções entre os elementos naturais — clima, vegetação, re-levo, transformação da paisagem resultante do processo histórico de ocupação humana.

Explique a relação entre espaço, tempo e ser social.

Relevo

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SANTA CATARINA

Porto Alegre

OCEANO ATLÂNTICO

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Lagoa Mirim

Lagoa Mangueira

R. Uru

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Planalto MeridionalCampanhaSerras do SudesteDepressão CentralLitoral

Fonte: Suertegaray, 1996.

RelevoO relevo do Estado está dividido em cinco grandes

áreas: Litoral, Serras do Sudeste, Depressão Central, Pla-nalto Meridional e Campanha Gaúcha.

LITORALAlguns autores nomeiam a área Província Costeira,

Planície Costeira ou Planície Litorânea. Corresponde à costa toda do Rio Grande do Sul (622 km), do limite com o estado de Santa Catarina (barra do Rio Mampituba) até o limite com o Uruguai (barra do Rio Arroio Chuí).

No solo arenoso e plano, destaca-se a formação de lagoas, lagunas e restingas.— Litoral norte: limita-se com a Barra de Tramandaí ao

sul; com a barra do Rio Mampituba ao norte, onde, na Praia de Torres, o solo, de origem basáltica, apresen-ta morros e falésias. No relevo, formado por dunas de

areia, planícies e lagoas, des-tacam-se as la-goas de Itapeva e dos Quadros. Principais rios: Três Forquilhas, Maquiné e Mam-pituba.

Dunas litorâneas e pequenas lagoas isoladas, com presença de vegetação aquática, na região de Torres

Orientação ao professor — Associe a segunda tabela com as categorias de espaço e tempo. Lembre aos alunos que as provas de vestibular exigem a relação das unidades geomorfológicas com as geológicas, bem como a idade de formação. Lembre-os que a geologia trata da origem das rochas e a geomorfologia (relevo) tra-ta da forma das rochas. Mencione que o capítulo 3 estuda a regionalização do Estado segundo critérios so-cioeconômicos.

Sugestão de resposta — Espaço e tempo são categorias básicas para a existência humana. Os recursos naturais, para serem extraídos, requerem conhecimentos técnico-

científicos (instrumentos e modos para melhor aproveitamento da matéria-prima) e relações sociais (divisão social do trabalho) necessárias à produção em tempo determina-

do, incluindo exploração e transformação dos recursos naturais em produtos para distribuição ao consumidor.

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Lago: grande quantidade de água acumulada numa depressão ou cavidade de terreno cer-

cado por terras. Lagoa: extensão menor que o lago.Laguna: lago ou lagoa de água salgada, por ter

contato com o mar.

Formação vegetal: mata tropical latifoliada e, entre as lagoas, presença de campos limpos.

Atividades econômicas: criação de gado bovino e agricultura (cana-de-açúcar, mandioca, milho, feijão, ba-nana e abacaxi).— Restinga da Laguna dos Patos: limita-se com a Bar-

ra de Tramandaí ao norte e com a Coxilha das Lom-bas ao sul. Relevo: constituído de baixas colinas, planícies e

áreas de banhado. Maior lagoa: dos Barros, em Santo Antônio da Pa-

trulha.Vegetação: campos limpos, matas nativas e reflores-

tamento de eucaliptos e pínus. Atividades econômicas: agricultura (cebola e arroz),

criação de bovinos e ovinos.— Restinga da Lagoa Mirim: faixa arenosa entre a

costa atlântica e a Lagoa Mirim. A Planície Lagu-nar localiza-se entre o Escudo Sul-Rio-Grandense, a Laguna dos Patos e a Lagoa Mirim. Relevo: colinas, terraços e planícies fluviais. Principais rios: Camaquã, Piratini e Jaguarão. Vegetação predominante: campos. Atividade econômica: cultivo de arroz.

SERRAS DO SUDESTE Relevo: formas arredondadas de origem granítica e,

na parte central, rochas sedimentares metamorfizadas. Área: da barra do Rio Jaguarão até a Coxilha das

Lombas, em Viamão.Altitude máxima: 460 m, próximo ao município de

Caçapava do Sul. Recursos naturais: reservas minerais de ouro, cobre,

estanho, calcário e mármores. Principais rios: Jaguarão, Piratini e Camaquã. Clima: frio e úmido, com temperatura média anual

que varia de 16 a 18°C. Vegetação: campos, capões e matas. Atividades econômicas: pecuária de bovinos e ovi-

nos (principal) e cultivo do arroz.

DEPRESSÃO CENTRALTambém conhecida por Depressão Periférica, a De-

pressão Central faz limite ao norte com a Serra Geral; ao sul, com as serras graníticas do escudo cristalino; a leste, com a Coxilha das Lombas; a oeste, pela separa-ção das águas dos rios Jacuí e Ibicuí.

Relevo: tabuleiros e chapadas de origem basáltica com as maiores altitudes do Estado, como em Bom Je-sus, que atinge 1 389 m.

Clima: região mais fria do Estado, registrando fre-qüentes geadas e precipitações de neve nos municípios de Cambará do Sul e Bom Jesus, com temperaturas que podem chegar a –12°C.

Vegetação: matas subtropicais (borda da serra e Alto Uruguai), muito devastadas pelas práticas agrícolas, e campos (centro e nordeste). Árvore típica — araucária.

Regiões do Planalto Meridional: Encosta do Planalto, Campos de Vacaria, Vale do Alto Uruguai e Planalto Basáltico.— Encosta do Planalto: também denominado Apara-

dos da Serra, é o local que apresenta as maiores altitudes. Vegetação: floresta latifoliada tropical e mata de

araucária (esta na serra e nos vales do Jacuí, Taquari, Caí e dos Sinos).— Campos de Vacaria: fazem parte da Serra Geral.

Vegetação: herbáceas e gramíneas. Clima: ocorrência de geadas e neve no inverno. Atividade econômica: pecuária (principal).Destaque regional: Estação Ecológica de Aracuri, no

Planalto de Vacaria, em Esmeralda.

Vegetação: campos, matas de galerias e capões.Principais rios: Jacuí, dos Sinos e Gravataí. Relevo: nas proximidades dos rios Gravataí e dos

Sinos, morros de 300 m de altitude. Os de maior alti-tude estão entre o divisor de águas dos rios dos Sinos e Caí, onde inicia a Serra Geral.

Atividades econômicas: arroz, eucaliptos, acácia negra e carvão (municípios de Butiá e São Jerônimo).

Destaque na região: delta do Jacuí, onde se localizam os banhados, o Lago Guaíba, a cidade de Porto Alegre e parte dos municípios que compõem sua região metro-politana, concentrando muitas indústrias.

PLANALTO MERIDIONALPlanalto Meridional ou Norte-Rio-Grandense limita-se

ao norte com os rios Pelotas e Uruguai; ao sul, com a Serra Gaúcha; a oeste, com a Campanha Gaúcha; a leste, com a escarpa da serra. No nordeste sobressaem os Aparados da Serra e os cânions de Itaimbezinho e Fortaleza.

Região dos Campos de Cima da Serra

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Analise o mapa do relevo do estado do Rio Grande do Sul, localize a região onde se encontra seu muni-cípio e identifique a unidade de relevo a que pertence.

— Vale do Alto UruguaiVegetação: formada originalmente pelas matas do

Rio Uruguai, hoje restritas à Reserva Florestal Indígena de Nonoai.

Destaques regionais: Parque Estadual do Turvo, em Tenente Portela, e Salto de Yucumã, no Rio Uruguai.— Planalto Basáltico

Relevo: ondulado, de origem basáltica. Vegetação: campos e remanescentes da floresta

subtropical. Principal atividade econômica: cultivo da soja.

CAMPANHA GAÚCHA Paisagens da Campanha: pampa gaúcho, areais do

sudoeste e Cuesta de Haedo. Relevo: ondulado com colinas tabulares. Vegetação predominante: campos herbáceos e de

gramíneas, com capões, matas palustres, arbustivas, vassourais e de galeria.— Pampas

Relevo: coxilhas tabulares, muito comuns nas forma-ções areníticas de Botucatu.

Vegetação: de estepe gramíneo-lenhosa, identificada com a Campanha Gaúcha, onde se localiza o Parque Es-tadual de Espinilho, em Uruguaiana, e predomina vege-tação de mesmo nome.

Outro destaque regional: Reserva Biológica de São Donato, entre os municípios de Itaqui e São Borja.

Exploração econômica: cultivo de arroz irrigado, soja e pecuária.— Areais: estendem-se da escarpa da Serra Geral ao

norte até a Cuesta de Haedo ao sul.

A primeira etapa da degradação do solo na região é a formação de canais de escoamento

de água das chuvas. Os canais são chamados de ra-vinas. Podem resultar do manuseio da terra (lavouras ou pisoteio do gado) ou da ação natural da chuva e do vento. Com o tempo, a ravina se intensifica, atinge o lençol freático e se transforma em voçoroca — também conhecida como boçoroca.

Nesse caso, sempre haverá um filete de água cor-rendo pelo canal, tornando a erosão mais agressiva. As crateras desenvolvidas no solo, que chegam a atin-gir 50 m de profundidade, tomam inviável a produção agropecuária.

Localização do arenítico de Botucatu: planícies do Rio Santa Maria. A Planície de Santa Maria compõe-se de sedimentos aluviais. Nas áreas de maior altitude, o relevo é ondulado, (coxilhas pampeanas e tabulares de solo arenítico).

Vegetação: campos e savana lenhosa.— Cuesta de Haedo: localizada ao sul da escarpa do

Planalto Meridional, nos municípios de Rosário do Sul e Santana do Livramento, com altitude de até 300 m. Às margens do Rio Uruguai atinge altitude de 100 m. Atividades econômicas predominantes: arroz e

pecuária.

Relevo: ondulado, constitui-se de coxilhas tabulares originárias do arenito de Botucatu. Práticas agrícolas en-volvendo queimadas e desmatamentos provocaram um processo erosivo com formação de voçorocas, cuja de-gradação está trazendo a arenização.

VegetaçãoA vegetação original do Rio Grande do Sul era composta de 40% de florestas e

60% de campos. Atualmente, a cobertura vegetal do Estado conserva menos de 1,0% da cobertura original. O processo de colonização, principalmente de imigra-ção alemã e italiana no decorrer do século XIX, e a industrialização na segunda metade do século XX, foram os principais responsáveis pelo processo de des-truição das matas.

De acordo com o Inventário Florestal Contínuo do Rio Grande do Sul (levan-tamento de 2001), houve aumento da cobertura vegetal do Estado — 17,53% de florestas nativas e 0,97% de florestas plantadas. As justificativas para esse cres-cimento são: abandono de áreas difíceis de cultivar, legislação mais rigorosa e conscientização dos proprietários.

5,62

17,53

0,62 0,97

Cobertura florestal

1983 2001 1983 2001Floresta nativa Floresta plantada

A critério do aluno.

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Cobertura florestal das bacias hidrográficas: Rio dos Sinos, Pardo, Turvo, Caí, Tramandaí e Taquari / Antas — as mais preservadas, com percentuais variando entre 37,8 e 36,4%. Rios Apuaé e Passo Fundo / Várzea (28,9 e 24,9%, respectivamente). As demais bacias hidrográficas ficam entre 2,8 e 19,6% de preservação florestal nativa.

Atividades econômicas responsáveis pela degradação da vegetação campestre: pecuária e monocultura exten-siva, principalmente na região da Campanha Gaúcha.

Relevo: no sudoeste do Rio Grande, proximidades dos municípios de Alegrete, São Francisco de Assis, Quaraí e Itaqui, formação de areais que remonta a épocas geológicas passadas, intensificada pelas práticas econômicas de pecuária extensiva, cultivo de arroz e soja.

1. Explique como diminuíram as formações vegetais de campos e florestas no Rio Grande do Sul. Discuta com os colegas alternativas possíveis para de-senvolvimento econômico com preservação da natureza. Faça síntese da discussão.

2. A formação de areais no Rio Grande do Sul deve-se às características geológicas do solo, intensificadas pela intervenção humana. Que medidas poderiam ser toma-das para evitar a propagação dos areais? O que a socie-dade civil pode fazer para contribuir com a recuperação da área degradada?

3. Forme grupo de quatro ou cinco pessoas e pesquisem, em livros e na internet, o uso do solo no Rio Grande do Sul e os conseqüentes problemas ecológicos provoca-dos pelas diferentes atividades. Apresentem para a turma a conclusão do grupo. Em seguida, debatam em grupos o aproveitamento do solo numa perspectiva de desen-volvimento ecologicamente sustentável.

Uso da terra

4. A construção do espaço geográfico processa-se me-diante a interação de espaço, tempo e ser social. A or-ganização das sociedades humanas requer a utilização dos recursos naturais, cuja exploração provoca transfor-mações nem sempre benéficas à natureza. A interven-ção do homem no espaço natural tem-se caracterizado de forma negativa, expressa pela alteração climática e degradação dos ecossistemas. A poluição dos recursos hídricos e a destruição das formações vegetais consti-tuem exemplo disso. Observe imagens da ação do homem sobre a natu-reza. Você concorda com a idéia de que a intervenção hu-mana é prejudicial à natureza? Existem aspectos positivos nessa intervenção?

Ocupação agrícola junto a fragmento florestal

A vegetação do Rio Grande do Sul foi reduzida a 1,0% da cober tura original. Ativida-

des econômicas como agricultura e criação de gado são as principais responsáveis

por reduzir e degradar a vegetação do Estado.

A critério do aluno.

Orientação ao professor — Explore o tema transversal meio ambiente, questionan-do os alunos sobre o uso de fer tilizantes e agrotóxicos, contraposto ao de adubos naturais; o desmatamento para realização das atividades produtivas à necessidade de reflorestamento.

Orientação ao professor — Na obra Deserto Grande do Sul: Controvérsia, de Dirce

M. A. Suer tegaray, a autora analisa a formação dos areais do Rio Grande do Sul. Ela

delimita os locais onde eles ocorrem, relata o processo de ocupação territorial e as

conseqüentes transformações. Comenta ainda as questões ambientais, propondo a

recuperação da área degradada.

Livro editado em Por to Alegre pela Editora da Universidade / UFRGS, em 1998.

A critério do aluno.

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CLASSIFICAÇÃO VEGETALA vegetação associa-se ao clima e espaço geográ-

fico. Classificação vegetal no Rio Grande do Sul: vege-tação litorânea, mata subtropical, mata de pinhais, mata de galerias e campos.— Vegetação litorânea: formada por vegetação rastei-

ra — mangues e restingas. — Mata subtropical: é a floresta predominante do Rio

Grande do Sul. Encontra-se ao sul, na encosta do Planalto Basáltico e ao norte do Estado.

— Mata de pinhais: a araucária, espécie de maior destaque, predomina nas áreas mais altas, havendo também árvores de menor porte; nas regiões baixas, vegetação arbustiva.

ARGENTINA

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SESO OCEANO ATLÂNTICO

Vegetação SANTA CATARINA

Campos

Vegetação litorânea

Formações florestais

Mata subtropical

Mata de pinhais

Quadro fitogeográfico

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Lagoa Mirim

— Mata de galeria: próxima aos cursos dos rios, apresen-ta características das matas subtropicais e de pinhais.

— Campos: herbáceas e capões compõem essa ve-getação que pode associar-se às matas de galeria em áreas próximas aos rios. Os campos predomi-nam no Estado rio-grandense (aparecem na Cam-panha Gaúcha, no Escudo Rio-Grandense e na De-pressão Central).

Qual o estado de conservação da vegetação original em sua região? As autoridades têm adotado atitu-des para preservá-la?

ClimaA localização geográfica do Rio Grande do Sul (nas proximidades do paralelo 30°, entre 27°03’42’’ (Rio Chapecó)

e 33°45’09’’ (Arroio Chuí) de latitude ao sul), caracteriza a posição territorial do Estado como área de clima subtropi-cal. O contato da massa polar (ar frio) com a massa tropical atlântica (ar quente) provoca a queda de temperatura e as precipitações no in-verno, visto predominar a massa polar. No verão, esta é enfraquecida pela radiação solar, prevalecendo a massa tropical atlântica, que torna o verão quente e chuvoso.

De acordo com a classificação climática de Wilhelm Köppen, pre-dominam dois tipos de clima no Estado: o Cfa, subtropical com verões quentes e chuvas bem distribuídas (clima predominante do Rio Grande do Sul) e o Cfb, nas regiões mais elevadas e por isso apresentando verões mais suaves e invernos rigorosos (corresponde à região nor-deste do Estado, em Santa Vitória do Palmar e no Escudo Rio-Gran-dense). As geadas ocorrem com maior freqüência nas áreas mais al-tas e na Campanha Gaúcha.

Neve: fenômeno meteorológico eventual.

ARGENTINA

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OCEANO ATLÂNTICO

Clima

Clima subtropical úmido com:

Verões brandosVerões quentes

SANTA CATARINA

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R. Uruguai

R. IbicuíR. Jacuí

R. Camaquã

Lagoa Mirim

Orientação ao pro-fessor — O assunto classificação climáti-ca é abordado na uni-dade clima e tempo de geografia geral.

Orientação ao professor — Leve o aluno a refletir a impor tância de cada cidadão em preservar o meio ambiente. O respeito pelo meio ambiente começa em casa e estende-

se para a rua, o bairro, a cidade, englobando todo o ecossistema onde se vive.

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Hidrografia Bacias hidrográficas do Rio Grande do Sul: Atlân-

tica e do Uruguai. Essas duas bacias delimitam três regiões hidrográficas propostas pelo Programa Pró-Guaíba: Uruguai, Litorânea e Guaíba.

O Pró-Guaíba é um programa do governo do estado do Rio Grande do Sul para promover o desenvolvimento ecologi-camente sustentável e socialmente justo da região hidrográ-fica do Guaíba.

— Bacia hidrográfica: região onde os cur-sos d’água escoam para um rio principal. Ana-

lisam-se as bacias segundo escalas locais, regio-nais ou nacionais.

— Região hidrográfica: delimitação de área onde se agrupam vários rios. Em escala local, cursos d’água que correm para um rio principal são as sub-bacias.

REGIÃO HIDROGRÁFICADA BACIA DO URUGUAI

Concentra 30% da população, numa extensão de 57,8% do Estado.

Atividades econômicas: agropecuária em pequenas e médias propriedades; agroindústria no norte do Estado.

Resquícios de Mata Atlântica e paisagens como a Encosta de Cima da Serra, o Planalto e a Campanha garantem grande diversidade ecológica no médio alto Uruguai.

Problemas ambientais: utilização excessiva de agro-tóxicos, descuido com os resíduos sólidos domésticos e industriais, desmatamento, mineração, arenização.

REGIÃO HIDROGRÁFICADAS BACIAS LITORÂNEAS

Ocupa 13% da área do Estado, abrangendo toda a região costeira (622 km de extensão), uma das maiores em praias arenosas contínuas.

Laguna dos Patos: maior complexo lagunar do mundo; as lagoas Mirim e Mangueira situam-se nesta região.

Exploração econômica: agropecuária, principalmente cultivo de arroz e criação de gado (bovino e ovino); no litoral médio, região da restinga da Laguna dos Patos, indústria alimentícia de Pelotas; no litoral sul, município de Rio Grande, indústrias petroquímicas, de fertilizan-tes e alimentos.

Causa dos problemas ambientais: drenagens e ater-ramentos de banhados, destruição de dunas e contami-nação dos recursos hídricos.

REGIÃO HIDROGRÁFICADA BACIA DO GUAÍBA

Correspondendo às regiões central e nordeste, 30% da área do Estado, constitui-se de oito bacias: do Alto Jacuí, do Pardo-Baixo Jacuí, do Vacacaí, Antas-Taquari, Caí, dos Sinos, Gravataí e Guaíba.

Rio principal: Jacuí, que desemboca no Lago Guaíba. O Lago Guaíba delimita-se com o delta do Jacuí ao

norte, com Itapuã ao sul, com a cidade de Porto Alegre a leste, ocupando superfície de 470 km2.

A região hidrográfica da Bacia do Guaíba concentra o maior contingente populacional e industrial do Estado. Daí produzir mais atividades agrícolas (agrotóxicos), re-síduos industriais e domésticos, desmatamentos, quei-madas e esgoto cloacal. Em conseqüência disso, apre-senta muita poluição e degradação ambiental.

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URUGUAIN

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OCEANO ATLÂNTICO

Bacias hidrográficas

Bacia do Rio Uruguai

SANTA CATARINA

Bacia Atlântica

R. Uruguai

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Porto AlegreLa

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Lagoa Mirim

Passo Fundo

Cruz Alta

Santa Maria

São Gabriel

Bagé

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R. Ibicuí

R. Ijuí

R. Pelotas

R. das Antas

R. Caí

R. dos Sinos

R. Jacuí

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R. Vacacai

R. Camaquâ

R. Jaguarão

ARGENTINA

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SESO OCEANO ATLÂNTICO

Regiões das bacias hidrográficas SANTACATARINA

Região hidrográfica da Bacia do Rio Uruguai

Região hidrográfica das Bacias Litorâneas

Região hidrográfica da Bacia do Guaíba

Bacia do Alto Jacuí

Bacia do Pardo-Baixo Jacuí

Bacia do Vacacaí

Bacia Antas-Taquari

Bacia do Caí

Bacia dos Sinos

Bacia do Gravataí

Bacia do Guaíba

Porto Alegre

Erechim

Passo Fundo

Vacaria

Bento Gonçalves

Caxias do SulNovo Hamburgo

Canoas

Torres

GravataíGuaíba

Santa Cruz do Sul

Santa Maria

São Gabriel

Caçapava do Sul

BagéPelotas

Rio Grande

Cruz Alta

Santo Ângelo

São Borja

Alegrete

Santana do Livramento

Lagu

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Lagoa Mirim

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1. Pesquise o que o governo do Estado tem feito para combater os problemas com a poluição e de-gradação ambiental da região hidrográfica da Bacia do Guaíba. Troque idéias com os colegas e registre os re-sultados da pesquisa no caderno.

Unidades de conservação ambientalÁreas protegidas por lei, as unidades de conservação ambiental representam amostras de ecossistemas.

São dois tipos: — Unidades de proteção: proíbem a exploração de seus recursos — reservas e estações ecológicas, parques

nacionais. Exemplos: Parque Nacional dos Aparados da Serra (Cambará do Sul), Parque Estadual de Itapuã (Viamão), Estação Ecológica do Taim (Rio Grande e Santa Vitória do Palmar), Reserva Biológica da Serra Geral (Terra de Areia, Maquiné), Reserva Ecológica do Banhado Grande (Gravataí e Glorinha).

— Unidades de conservação: permitem a utilização de seus recursos mediante cuidados planejados e previstos em lei — áreas de proteção ambiental (Apas), florestas nacionais, estaduais ou municipais (Flonas). Exemplos: Área de Proteção Ambiental da Rota do Sol (São Francisco de Paula, Terra de Areia, Maquiné, Cambará do Sul, Três Cachoeiras), Floresta Nacional de São Francisco de Paula.

1. (Unisinos—RS—Adaptado) Estamos acostu-mados a perceber, aqui no Rio Grande do Sul, principalmente no outono, inverno e na primavera, grande variação de estados do tempo. Esta variação é característica significativa do nosso clima. As massas de ar, a seguir relacionadas, têm atuação im-portante para essa sucessão rápida de estados de tempo.

a) Polar atlântica e equatorial atlânticab) Equatorial atlântica e equatorial continentalc) Polar atlântica e calaarianad) Polar atlântica e tropical atlânticae) Equatorial atlântica e polar pacífica

2. (UCS—RS) A vegetação das pradarias, típicas de climas temperados, ainda cobre parte do território do Rio Grande do Sul e é necessária em uma atividade econômica de grande im-portância no Estado. Essa vegetação é característica da região chamada:

a) Planalto.b) Depressão Central.c) Campanha Gaúcha.d) Litoral Norte.e) Serra Geral.

(PUC—RS) Instrução: responder à questão 3 com base no mapa, no qual aparecem, no sentido sudoeste-nordeste, três unidades de relevo associadas à variação da legenda.

3. Do ponto de vista da geomorfologia e da geologia e consi-derando o sentido sudoeste-nordeste, a explicação correta para as três unidades de relevo encontra-se na alternativa:

a) Planície sedimentar antiga, com depósitos paleozói-cos, fazendo parte da Depressão Central ou Periféri-ca; planaltos desgastados, formados por rochas crista-linas muito antigas; planaltos e chapadas da Bacia do Paraná, formados por rochas areníticas e basálticas.

b) Planalto desgastado, formado por rochas cristalinas muito antigas; planície sedimentar antiga, fazendo par-te da Depressão Central ou Periférica; planaltos e cha-padas da Bacia do Paraná, formados por arenitos no estrato inferior e basalto no superior.

c) Planalto formado por rochas basálticas paleozóicas; depressão sedimentar antiga, chamada Central ou Periférica; planaltos e chapadas da Bacia do Paraná, com rochas graníticas encobertas por basalto.

d) Planície Litorânea ou Costeira Quaternária; Planalto Ba-sáltico-Arenítico do Mesozóico; escarpas da Serra Ge-ral, como continuidade do planalto basáltico-arenítico.

e) Planaltos e chapadas da Bacia do Paraná, forman-do o Planalto Meridional; Depressão Periférica resul-tante de derrames basálticos menos densos; escudo cristalino formado por rochas antigas e graníticas.

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2. Em grupos, investiguem as condições da água en-canada de seu município. Se possível, façam pesquisa de campo visitando a unidade de tratamento de água e investigando a origem da água de sua cidade. Registre as conclusões no caderno.

AtividadesOrientação ao pro-fessor1. Para combater os problemas de poluição e degradação ambien-tal, foi criado, em 1989, o programa Pró-Guaíba com intuito de promo-ver o desenvolvimento ecológico sustentável, recuperar as áreas de-gradadas, desenvolver políticas educacionais, coleta e reciclagem de lixo e outras iniciativas direcionadas à preser-vação ambiental.

2. Trabalhe com os temas transversais meio ambiente e saú-de. Enriqueça a ativida-de fotografando a uni-dade de tratamento e montando painel com as fotos e as princi-pais medidas de con-servação ambiental. Ex-ponha o resultado para as demais turmas, po-dendo convocá-las para uma campanha de conscientização ambiental na escola.

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(PUC—RS) Instrução: responder à questão 9 com base no mapa do Rio Grande do Sul.

9. Pela análise da localização das cidades assinaladas no ma-pa, conclui-se que a relação correta entre a característica climá-tica e o fator predominante de influência está na alternativa:

a) Uruguaiana — pequena amplitude térmica — continen-talidade.

b) Bom Jesus — invernos brandos — altitude.c) Torres — invernos amenos — maritimidade.d) Santa Vitória do Palmar — invernos rigorosos — altitude.e) Porto Alegre — pequena amplitude térmica — corren-

tes marinhas.

10. (UFRGS—RS) Considere as seguintes Unidades de Con-servação do Rio Grande do Sul:

1. Parque Estadual do Delta do Jacuí2. Estação Ecológica do Taim3. Parque Estadual do Itapuã4. Parque Estadual de Nonoai

Associe adequadamente essas unidades de conservação às características que seguem.

( ) Pressão dos moradores da região metropolitana no turismo de fim de semana.

( ) Programa de reciclagem de lixo urbano e controle sanitário de alimentação natural.

( ) Conflito entre indígenas e pequenos agricultores.( ) Morte de animais por atropelamentos, atenuada

pela construção de passagem para animais sob a rodovia.

A seqüência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

a) 3 — 1 — 2 — 4b) 1 — 3 — 4 — 2c) 2 — 3 — 4 — 1d) 4 — 2 — 3 — 1e) 3 — 1 — 4 — 2

ÁreasFator

econômicoLocalização

Centro comercial

I. Alto Uruguai

Industrialização Norte Iraí

II. Campanha Criação de gado Sudoeste BagéIII. Depressão Central

Carvão mineral Noroeste Santa Maria

IV. Litoral Norte

Turismo sazonal Leste Tramandaí

V. Campos de Cima da Serra

Sojicultura e triticultura

Nordeste Ijuí

4. Pela análise do quadro, conclui-se que a relação correta entre os dados está na alternativa:

a) I, II e IIIb) I, II e Vc) I, III e IVd) II e IVe) IV e V

5. (UFRGS—RS—Adaptado) O Parque Estadual de Itapuã, no Rio Grande do Sul, com área de 5 566 ha, apresenta interesse ecológico, histórico e cultural. Sua reabertura, em 2002, revela também ao público visitante a importância geológica da área, com rochas que compõem o arcabouço dos morros e das planícies. Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, os tipos de rocha e depósito encontrados no referido parque.

a) basalto — sedimentar.b) granito — sedimentar.c) riólito — granítico.d) granito — basáltico.e) basalto — granítico.

(PUC—RS) Instrução: responder à questão 4 com base no qua-dro referente a áreas geográficas gaúchas, relacionadas à eco-nomia, à localização e ao centro comercial.

6. (UFRGS—RS) Os areais do sudoeste do Rio Grande do Sul, freqüentemente denominados desertos, têm na ação dos ven-tos um dos principais agentes da natureza que contribuem para sua expansão. Os ventos ocasionam a migração dos grãos de areia para a cobertura herbácea dos campos, provocando seu soterramento. Com base no texto, assinale a alternativa correta.

a) Os areais do sudoeste do Rio Grande do Sul, assim como os desertos, são caracterizados pelos baixos ín-dices de precipitação durante todo o ano.

b) A textura arenosa é um dos indicativos da fragilidade dos solos no sudoeste do Rio Grande do Sul.

c) O desmatamento das florestas no sudoeste do Rio Gran-de do Sul é a causa principal da formação dos areais.

d) A atividade de pecuária do tipo intensivo é uma carac-terística das propriedades rurais do sudoeste do Rio Grande do Sul e tem provocado os areais.

e) A presença de grandes rebanhos de caprinos no su-doeste do Rio Grande do Sul provoca pisoteio exces-sivo nos campos herbáceos, ocasionando os areais.

7. (Ulbra—RS) São características da floresta subtropical brasileira:

I. Constituída de pinheiros e madeira de lei.II. Floresta fisionomicamente homogênea, mas heterogê-

nea na composição.III. Floresta aberta e de fácil penetração.

a) As três informações estão erradas.b) As três informações estão certas.c) Apenas a afirmação I está certa.d) Apenas a afirmação II está certa.e) Estão certas as afirmações I e II.

8. (UFSM—RS) A origem da Lagoa dos Patos se deve à: a) formação de uma restinga.b) ocorrência de uma fossa tectônica.c) concentração de águas pluviais.d) ocorrência de uma barragem natural num rio.e) isostasia.

Uruguaiana

Bom Jesus

Torres

Porto Alegre

Santa Vitória do Palmar

OCEANOATLÂNTICO

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ARGENTINASANTA

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Orientação ao professor — Comente com os alunos que o termo correto é Laguna dos Patos, por ter saída para o oceano.

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População

Payada(...)

Um dia veio o jesuíta a este rincão do planetaVestindo a sotaina preta na catequese bendita

Foi mais do que uma visita à minha pampa morenaBombeei por trás da melena, olhos nos olhos o irmão,

E gravei no coração a santa cruz de Lorena!

Mais tarde veio mais gente às minhas terras campeiras...A falange das bandeiras, impiedosa e inclemente...Me levantei de repente e as tribos se levantaram...

As várzeas se ensangüentaram, elas que eram verdejantes,Mas eu venci os bandeirantes, que nunca mais retornaram!

E depois vieram os lusos, os negros, os castelhanos,E nos pagos campejanos, novas normas, novos usos...

(...)Era meu tudo o que tinha, era meu tudo o que havia,

E eu morri porque dizia que aquela terra era minha! (...)Jaime Caetano Braun

Sabemos que a história de formação do povo brasileiro se constituiu de várias etnias que migraram para o Brasil em busca de novas possibilidades de vida e fo-ram adaptando-se às novas condições do território.Trabalharam muito e contribuí-ram de maneira singular para o desenvolvimento do país, incluindo vários costumes dos países de origem à cultura brasileira.

Pesquise a origem de seu sobrenome, sua ascendência e suas contribuições para a cultura gaúcha e brasi-leira. Registre suas conclusões. Orientação ao professor — Aproveitar a atividade para trabalhar com o tema transversal pluralidade cultural, enfatizando que a riqueza da cultura brasileira se deve à diver-

sidade de etnias que compõem a população.

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Ocupação do territórioA ocupação territorial do Rio Gran-

de do Sul, no decorrer de seu pro-cesso histórico (nos aspectos rela-cionados à colonização, imigração, migração), foi resultado de deman-das políticas e necessidade de pro-dução econômica.

A configuração espacial do ter-ritório iniciou-se com os povos indí-genas, posteriormente expulsos da terra, com as reduções jesuíticas e tropeiros, seguidos pelo desenvolvi-mento das estâncias de criação de

gado para abastecimento da Região Sudeste do Brasil.

Na economia as imigrações aço-riana, alemã e italiana dedicaram-se à produção agrícola em regime de pequena propriedade e, posterior-mente, à indústria, inclusive agrope-cuária, intensificando a urbanização após a Segunda Guerra Mundial — incremento produtivo que ocasionou a degradação ambiental, conseqüên-cia de desmatamentos, queimadas,

Movimentos migratóriosAlém da migração interna no Estado nas últimas dé-

cadas, o movimento emigratório (saída de gaúchos para outros estados brasileiros) tem sido significativo.

Final do século XIX: a insuficiência de terras para cultivo fez os descendentes alemães e italianos estabe-lecidos na serra do nordeste e no Vale dos Sinos migra-rem para o norte do Estado — Alto Uruguai, Missões e Planalto Médio.

Início do século XX: movimentos migratórios chega-ram ao oeste de Santa Catarina e sudoeste do Paraná.

Desde a década de 1970, a modernização da agri-cultura acentuou a desigualdade na concorrência entre grandes e pequenos produtores, fazendo crescer ainda mais o movimento migratório para outros estados — To-cantins, Goiás, Amazonas, Maranhão, Piauí, Rondônia e Acre. Houve também emigração de colonos para países vizinhos — Uruguai, Argentina e Paraguai.

poluição dos recursos hídricos, do solo e do ar.

Os índios, que dominavam todo o Rio Grande do Sul, estão confina-dos em reservas indígenas. Na região da Campanha, predominam estanciei-ros de descendência luso-brasileira. Na Serra, imigrantes italianos e ale-mães que, num segundo momento, se deslocaram para o norte do Es-tado. O litoral marca a presença es-pecialmente de açorianos.

Migração: norte do Rio Grande do Sul

Migração: oeste

catarinense e sudoeste do Paraná

Migração: Uruguai,

Argentina, Paraguai e

outras regiões do Brasil

Migração: Mato Grosso do Sul e Mato Grosso

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Frederico Westphalen

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Santa Cruz do Sul

Caxias do Sul

São Leopoldo

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CuritibaCascavel

Chapecó

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Florianópolis

Porto Alegre

Santo Ângelo

FredericoWestphalen

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MATO GROSSO

Rondonópolis

Dourados

PARANÁ

MATO GROSSODO SUL

SANTA CATARINA

RIO GRANDE DO SUL

SÃO PAULO

Pequenos e médios pro-dutores, incapazes de com-petir com a agricultura meca-nizada, obrigaram-se a vender as terras, aumentando a con-centração latifundiária. O assen-tamento de colonos no interior do Estado, pelo caráter de in-suficiência, favoreceu o de-senvolvimento de projetos colonizadores em outras unidades territoriais do Bra-sil. Nos anos de 1950, a migra-ção de colonos gaúchos atin-giu os atuais estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

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Dentre as migrações internas no Estado, a rural com destino aos centros urbanos continua significativa.

Principal pólo das migrações rural—urbanas: região metropolitana de Porto Alegre (RMPA).

Outros pólos de atração migratória: Caxias do Sul, cuja expansão industrial atua na região da serra; Pelo-tas, sul do Estado, pelas características de cidade uni-versitária e econômicas, voltadas à prestação de servi-ços, pecuária e agroindústria.

Crescimento demográficoCrescimento populacional do Estado subordinado à dinâmica da produção eco-

nômica: pecuária seguida da agricultura de subsistência, depois comercial (mono-cultura e policultura destinadas ao mercado consumidor) e industrialização (princi-pal fator de crescimento da urbanização).

Até a década de 1960, a maior parte da população do Estado vivia na zona ru-ral. Desde 1970, a mecanização da agricultura e o crescimento urbano-industrial expulsaram os agricultores para os centros urbanos.

O Censo 2000 do IBGE revelou que o Rio Grande do Sul tem a quinta maior po-pulação em relação aos demais estados brasileiros, 10 187 798 habitantes (o do-bro de 1960).

A densidade demográfica do Estado de 36 hab/km2 é superior à densidade de-mográfica brasileira (19,9 hab/km2).

O índice de crescimento populacional do Estado foi 1,48% no período 1980—1991 e 1,23% de 1991 a 2000.

Entre os municípios gaúchos, há duas tendências opostas: de um lado os mu-nicípios que cresceram acima do percentual do Estado (70 municípios com taxa superior a 2%, dos quais 51 localizados no eixo Porto Alegre—Caxias do Sul) e do outro os municípios que apresentaram taxas inferiores ao percentual do Estado (to-talizando 195 municípios).

A RMPA concentra a maior densidade demográfica do Estado (445,17 hab/km2) com 37% da população distribuída em 31 municípios. Dos 17 municípios com popu-lação superior a 100 mil, dez fazem parte da RMPA. Porto Alegre e Esteio apresen-tam as maiores den-sidades demográficas. Os municípios de Nova Santa Rita, Eldorado do Sul, Nova Hartz e Dois Irmãos respon-dem pelo maior cres-cimento populacional do Estado, enquanto que Novo Hamburgo, São Leopoldo, Es-teio, Canoas e Porto Alegre apresentam crescimento inferior ou abaixo da média do Estado.

A segunda concentração populacional do Es-tado, aglomeração urbana do nordeste (Aune), si-tuada na região da serra, constitui-se de dez municípios. Caxias do Sul, o município de maior po-pulação, é o maior pólo atrativo da região, exercendo influência sobre os demais.

As migrações urbano—urbanas direcionam-se a ci-dades que oferecem indústria, comércio, prestação de serviços e fácil acesso a centros universitários. A falta de trabalho nas regiões de origem também impulsiona esse tipo de migração, que se caracteriza pela mão-de-obra qualificada. Principais pólos atrativos: RMPA, Caxias do Sul, Santa Maria, Pelotas e Rio Grande.

70 e mais65 – 7060 – 6555 – 6050 – 5545 – 5040 – 4535 – 4030 – 3525 – 3020 – 2515 – 2010 – 15 5 – 10 0 – 5

Anos

em mil hab.

População RS — 1970

500 400 300 200 100 0 100 200 300 400 500

Sexo feminino Sexo masculino

População RS — 1991

500 400 300 200 100 0 100 200 300 400 500

70 e mais65 – 7060 – 6555 – 6050 – 5545 – 5040 – 4535 – 4030 – 3525 – 3020 – 2515 – 2010 – 15 5 – 10 0 – 5

Anos

em mil hab.

Sexo feminino Sexo masculino

População RS — 2020 — Projeção

500 400 300 200 100 0 100 200 300 400 500

70 e mais65 – 7060 – 6555 – 6050 – 5545 – 5040 – 4535 – 4030 – 3525 – 3020 – 2515 – 2010 – 15 5 – 10 0 – 5

Anos

em mil hab.

Sexo feminino Sexo masculino

População RS — 2000

500 400 300 200 100 0 100 200 300 400 500

70 e mais65 – 7060 – 6555 – 6050 – 5545 – 5040 – 4535 – 4030 – 3525 – 3020 – 2515 – 2010 – 15 5 – 10 0 – 5

Anos

em mil hab.

Sexo feminino Sexo masculino

ARGENTINA

URUGUAI

SANTA CATARINA

Fronteira Oeste

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OCEANO ATLÂNTICO

Densidade demográfica

Central

Missões

Campanha

Sul

V. Rio Prado

Centro-Sul

Sinos Delta do

Jacuí

V. CaíParanhana

SerraV. Taquari

NordesteProdução

Norte

Médio Alto

UruguaiFront. Noroeste

Noroeste Colonial

Densidade demográficapor COREDE (hab/km2)

11,80 — 30,00

30,00 — 60,0060,00 — 110,00110,00 — 857,06

Litoral

Hortênsias

Alto Jacuí

Fonte: IBGE — Censo Demográfico 2000

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São áreas contínuas que unem os limites de dois ou mais municípios (conurbações), considerando as atividades econômi-cas e o deslocamento diário de indivíduos, em razão de trabalho, lazer, comércio. A cidade-pólo ou principal é responsável pela integração entre os municípios, que apresentam taxa elevada de densidade demográfica.

1. A maior concentração populacional do Rio Grande do Sul se encontra no(a):

a) litoral.b) região metropolitana de Porto Alegre (RMPA).c) aglomeração urbana do Nordeste (Aune). d) aglomeração urbana de Pelotas.e) aglomeração urbana de Rio Grande.

2. Indique os municípios gaúchos que apresentam os maio-res índices de crescimento populacional do Estado. a) Porto Alegre, São Leopoldo, Eldorado do Sul e Esteio.

b) Esteio, Nova Hartz, Dois Irmãos e Canoas.c) Nova Santa Rita, Eldorado do Sul, Dois Irmãos e

Nova Hartz.d) São Leopoldo, Novo Hamburgo, Nova Santa Rita e

Dois Irmãos.e) Esteio, Canoas, Nova Santa Rita e Porto Alegre.

3. (UFRGS—RS) A região metropolitana de Por-to Alegre (RMPA) foi criada por lei, em 1973, com a finalidade de possibilitar ações conjuntas de planejamento entre os muni-cípios agrupados em torno da capital do Estado. Assinale a alternativa incorreta em relação à RMPA.

a) Dentro da RMPA, o eixo Porto Alegre—Novo Hambur-go é o que apresenta o menor processo de conurba-ção, devido à pouca cooperação entre os municípios ao longo do eixo.

b) Na RMPA, concentra-se um grande número de municí-pios com elevado produto interno bruto (PIB) por habi-tante, devido ao alto grau de industrialização existente

Outros aglomerados urbanos importantes: além da RMPA e da Aune, aglomeração urbana de Pelotas (Pelotas e Capão do Leão) e Rio Grande. Pelotas predomina sobre os outros dois municípios.

Porto de Rio Grande: sua modernização faz da cidade referência urbano-industrial, caracterizada por atividades ligadas a indústrias alimentícias, de fertilizantes e refinamento de petróleo.

Litoral: a taxa de crescimento de 2,83% é superada apenas pela do Paranhama-Encosta da Serra (2,94%). Índice de desenvolvimento humano (IDH): o Rio Grande do Sul apresenta um dos melhores índices do Brasil,

com expectativa de vida de 72 anos. O número de filhos por mulher, em média, é 2,26 (ano de 2000), bem inferior ao de 1970 (4,29). O aumento da expectativa de vida e a diminuição de nascimentos modificaram a pirâmide etária do Estado: diminuiu a base (população entre 0 e 14 anos) e aumentou o vértice (pessoas com idade supe-rior a 65 anos).

Com base nos gráficos de crescimento da população do Rio Grande do Sul, discuta com os colegas os prováveis fatores para a mudança da estrutura de crescimento da população. Em seguida, pesquisem para verificar se isso ocorre apenas no estado do Rio Grande do Sul, se é uma tendência nacional ou até mesmo mundial. Regis-tre as conclusões do grupo.

na área, sendo o município de Triunfo o de maior PIB (per capita) dos municípios da região.

c) A RMPA concentra cerca de 1/3 da população do Rio Grande do Sul, estando todos os municípios gaúchos com mais de 1 000 hab./km2 localizados na região.

d) É na RMPA que a indústria química do Estado concen-tra suas principais unidades de produção, onde se des-tacam o refino do petróleo e a utilização de seus sub-produtos.

e) O crescimento demográfico, as migrações e os proces-sos políticos emancipatórios possibilitaram o aumento do número de municípios da RMPA nos últimos dez anos.

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III. A maior concentração populacional do Estado abrange as áreas litorâneas, cujas atividades econômicas rela-cionadas ao turismo exercem atração populacional.

IV. As migrações estão ocorrendo com maior freqüência para as cidades menores, em conseqüência do traba-lho temporário em oferta nas áreas rurais.

5. A análise dos itens permite concluir que estão corretas as afirmativas:

a) I e IIb) I, II e IIIc) I e IIId) II e IIIe) II, III e IV

6. (PUC—RS) Qual das características não corresponde à reali-dade de Porto Alegre, no que se refere à situação geográfica e ao sítio urbano?

a) A cidade está localizada à margem esquerda de um corpo lagunar chamado Guaíba.

b) Os morros mais altos são graníticos, antigos e arredon-dados, em conseqüência dos agentes erosivos.

c) É a capital administrativa do Estado, localizando-se no setor centro-oriental no Rio Grande do Sul.

d) A ligação hidroviária da cidade para o exterior dá-se através dos rios Jacuí e Sinos.

e) A depressão, onde se localiza grande parte do tecido urbano, é relativa aos relevos adjacentes.

7. (UFRGS—RS) Entre 1991 e 1996, a popula-ção gaúcha cresceu a uma taxa anual de 1,07%, enquanto no Brasil tal taxa foi 1,36%. Com relação a esse tema, são feitas as seguintes afir-mações:

I. A não-cobertura vacinal em crianças com idade infe-rior a um ano provocou um aumento da mortalidade infantil no Rio Grande do Sul, ocasionando, assim, uma diminuição na taxa de crescimento populacio-nal do Estado.

II. O Estado apresentou, entre 1991 e 1996, uma tendên-cia em perder contingentes populacionais devido à emi-gração, fato que contribui para o menor ritmo de cres-cimento da população gaúcha.

III. O menor crescimento populacional do Estado, em rela-ção à média dos demais estados brasileiros, pode ser atribuído, em grande parte, à queda da taxa de fecun-didade das mulheres gaúchas.

Qual(is) está(ão) correta(s)?a) Apenas Ib) Apenas IIc) Apenas I e IId) Apenas II e IIIe) I, II e III

8. (UFRGS—RS) O Censo de 2000, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi o maior e mais completo levantamento demográfico já realizado no Brasil. So-bre os dados demográficos relativos ao Rio Grande do Sul, con-sidere as afirmações.

I. As cidades do litoral, no seu conjunto, apresentaram as maiores taxas de crescimento demográfico no Es-tado. O crescimento populacional no litoral é generali-zado: Balneário Pinhal (10,65%), Arroio do Sal (5,71%) e Torres (4,61%).

II. Dos dez maiores municípios do Estado, seis fazem par-te da região metropolitana de Porto Alegre (RMPA), fato que justifica a concentração de cerca da metade da população do Estado nessa área.

III. Cerca de 41,9% dos municípios do Estado tiveram cres-cimento negativo, ou seja, perderam população. A cau-sa disso foi, em muitos deles, o desmembramento em novos municípios.

Qual(is) está(ão) correta(s)?a) Apenas Ib) Apenas I e IIc) Apenas I e IIId) Apenas II e IIIe) I, II e III

(PUC—RS) Instrução: responder à questão 9 com base nestas afirmativas sobre o estado do Rio Grande do Sul.

I. É o quinto Estado mais populoso do Brasil, tendo uma população superior aos dois outros estados formado-res da Região Sul.

II. Não pode ser considerado um Estado urbanizado, pois me-nos de 80% de sua população mora em áreas urbanas.

III. O típico vento minuano “entra” pelo sudeste do Esta-do e provoca tempo bom: já o “carpinteiro da costa”, proveniente do Atlântico, “entra” pelo sudoeste e pro-voca chuvas.

IV. Entre os principais cultivos agrícolas, encontram-se o arroz, o milho, o fumo, a videira, o trigo e a soja, sendo os dois últimos exemplos de lavouras mecanizadas.

9. Pela análise das afirmativas, conclui-se que estão corretas as alternativas:

a) I, II e IIIb) I, II e IVc) I, III e IVd) II, III e IVe) II e IV

4. (PUC—RS) O Rio Grande do Sul apresenta realidades bem-distintas, que caracterizam organizações socioeconômicas pró-prias. A afirmativa que não relaciona adequadamente a área com suas características é:

a) O norte do Estado apresenta maior população em re-lação à porção sul, e esta concentra menos riqueza.

b) A região metropolitana produz quase a metade da ri-queza sul-rio-grandense.

c) O alto e médio vale do Rio Uruguai faz parte da zona colonial antiga, hoje caracterizada por grandes proprie-dades, latifúndios repulsores de pequenos produtores rurais.

d) A Campanha é uma área bem-definida, com grandes propriedades, as fazendas ou estâncias, áreas produ-toras de arroz e criação de gado.

e) O litoral, com seus solos arenosos que dificultam a agri-cultura, e a falta de uma base econômica sólida, torna-se a área menos povoada do Estado.

Instrução: responder à questão 5 com base nas alternativas so-bre aspectos demográficos do Rio Grande do Sul.

I. A população gaúcha, nos últimos 50 anos, cresceu a uma taxa anual proporcional inferior à do Brasil.

II. Nas últimas décadas, houve aumento de municípios com poucos habitantes no Estado, graças às emanci-pações municipais.

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Herdeiro do pampa pobreQue pampa é essa que eu recebo agora,

com a missão de cultivar raízes,se dessa pampa que me fala a história,não me deixaram nem sequer matizes?

Passam às mãos da minha geraçãoheranças feitas de fortunas rotas,

campos desertos que não geram pão,onde a ganância anda de rédeas soltas.

Se for preciso, eu volto a ser caudilhopor essa pampa que ficou pra trás,

porque eu não quero deixar pro meu filhoa pampa pobre que herdei de meu pai.

Herdei um campo onde o patrão é rei,tendo poderes sobre o pão e as águas,onde esquecido vive o peão sem leis,

de pés descalços cabresteando mágoas.

O que hoje herdo da minha grei chiruaé um desafio que a minha idade afronta,

pois me deixaram com a guaiaca nuapara pagar uma porção de contas.

Se for preciso, eu volto a ser caudilhopor essa pampa que ficou pra trás,

porque eu não quero deixar pro meu filho a pampa pobre que herdei de meu pai.

Gaúcho da Fronteira e Vaine Darde.

Qual a mensagem principal contida na letra da música?O que aconteceu ao pampa para que ficasse tão desprovido de recursos e fosse considerado pobre? Registre

suas conclusões.

EconomiaOrientação ao professor — Instigar os alunos a perceberem o fator econômico como um dos temas da letra da música.

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Aspectos da economia rio-grandense Quarta economia do país em 2001, o PIB do Rio Grande do Sul atingiu R$ 92,9 bilhões, correspondendo a 8%

do nacional, superado por São Paulo (35%), Rio de Janeiro (11%) e Minas Gerais (10%). Exportações gaúchas destinam-se a três blocos: América Latina (com destaque para o Mercosul), Nafta e União

Européia. Em 2002, elas atingiram recorde histórico (US$ 6,375 bilhões), graças à desvalorização do real em rela-ção ao dólar e à busca de novos mercados em substituição ao da Argentina, que diminuiu e para onde se destinava a maior parte das exportações.

Principais produtos de exportação: calçados, fumo, soja, equipamentos mecânicos e produtos industrializados.Em 2001, a Argentina importou 9,04% do total de 13,19% das exportações gaúchas para o Mercosul. Em conse-

qüência da crise econômica, ela baixou seu índice em 63,3% no ano seguinte. Países que receberam produtos gaúchos em 2002: Estados Unidos, Rússia e China.Principais produtos importados pelo Estado em 2001: provenientes do Mercosul, máquinas e aparelhos eletrô-

nicos, combustíveis, óleos e produtos químicos, adubos e fertilizantes, aparelhos mecânicos e elétricos.

Setores da economia SETOR PRIMÁRIO

Agropecuária: em 2000 representou 12% do PIB es-tadual. Desse total, a lavoura contribuiu com 55,35%, es-pecialmente na produção de grãos, e a criação de ani-mais com 40, 21%.

O Rio Grande do Sul é o maior produtor nacional de arroz, batata-doce, fumo, uva e kiwi.

Arroz: mais cultivado próximo da fronteira oeste e no sul do Estado, em especial nos municípios de Uruguaiana e Santa Vitória do Palmar.

Uva: a região da Serra, municípios de Bento Gonçalves, Flores da Cunha, Farroupilha, Caxias do Sul e Garibaldi, possuem as maiores plantações.

Fumo: a produção do fumo em folha concentra-se na região do vale do Rio Pardo — municípios de Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires e Vera Cruz.

Batata-doce: Pelotas registra a maior quantidade. Kiwi: fruta cultivada principalmente em Farroupilha

e Caxias do Sul. O Estado é o segundo maior produtor nacional de

trigo, maçã e morango.

Trigo: desenvolve-se em maior escala nas regiões norte, noroeste colonial, Alto Jacuí e Missões — Palmeira das Missões e Cruz Alta são os municípios que se des-tacam nesse cultivo.

Maçã: produção frutífera principal de Caxias do Sul, Bom Jesus, Muitos Capões e Monte Alegre dos Campos. Terceiro maior produtor do país de soja e milho.

Soja: enormes culturas nas regiões norte, noroeste colonial, Alto Jacuí e Missões, com maior concentração nos municípios de Cruz Alta, Palmeira das Missões, Santa Bárbara do Sul, Tupanciretã e Carazinho.

Milho: cultivado em pequenas propriedades, em espe-cial nas regiões norte, nordeste e médio-alto Uruguai —Canguçu, Erechim e Venâncio Aires têm as maiores plan-tações.

Outras produções agrícolas estaduais: cana-de-açúcar, mandioca, amendoim, feijão, melancia, melão, cebola, centeio e cevada.

Extrativismo vegetal: cultura significativa da erva-mate. Silvicultura: acácia, carvão vegetal, eucalipto e lenha.

Mercado Comum do Sul — Mercosul

União Européia — EU

África (exclusive Oriente Médio)

Estados Unidos (inclusive Porto Rico)

Ásia (exclusive Oriente Médio)

Demais blocos

7%

12%

30%

18%

13%

20%

Importação por bloco econômico

Exportação por bloco econômico

9%

16%

25%

16%

13%

21%

Estados Unidos (inclusive Porto Rico)

União Européia — EU

Ásia (exclusive Oriente Médio)

Mercado Comum do Sul — Mercosul

Aladi (exclusive Mercosul)

Demais blocos

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Minérios: o escudo sul-rio-grandense, o maior em va-riedade, seguido pela depressão central, cujas jazidas de carvão, situadas na região de Campanha, são responsá-veis por 88% das reservas do país. O Estado divide com Santa Catarina o título de maior produtor de carvão mi-neral do país; produz e exporta pedras preciosas, nota-damente ágata e ametista.

Na pecuária, suínos, bovinos e ovinos correspondem a parte dos rebanhos brasileiros, com 13,44%, 8,24% e 34,12%, respectivamente.

Suínos: espalham-se por todas as regiões do Rio Grande do Sul.

Bovinos: desenvolvem-se no oeste e sul, estando os municípios de Santana do Livramento, Alegrete e São Gabriel como maiores criadores.

Ovinos: aparecem principalmente nos municípios de Santana do Livramento, Alegrete e Uruguaiana.

SETOR SECUNDÁRIOSegundo dados preliminares de 2001 apresenta-

dos pela Fundação de Economia e Estatística Siegfried Emanuel Heuser (FEE), o setor industrial representa 40% do PIB do Estado.

Estrutura industrial gaúcha: quatro complexos — agroindústria (alimentos, bebidas, insumos agrícolas), indústria química, metal-mecânica e coureiro-calçadista. A maioria dessas indústrias funciona no eixo Porto Ale-gre—Caxias do Sul. Juntos, o delta do Jacuí da RMPA, o Vale dos Sinos e a Aune somam quase 50% do PIB estadual.

1. Em sua região, qual setor se destaca? O da agricultura, do comércio ou da indústria? Cite as princi-pais empresas nela situadas e registre os benefícios que elas trazem para a população local.

2. O Rio Grande do Sul possui regiões e rotas turísticas. Descubra quantas são as regiões e quais os nomes das principais rotas utilizadas pelo turismo do Estado. Em seguida, monte no caderno um roteiro da região turística onde se localiza seu município ou da rota turística de sua preferência.

SETOR TERCIÁRIOSete por cento da participação nacional e 48% do PIB

estadual correspondem ao setor terciário, concentrado basicamente nas cidades grandes e nos pólos de atração, que exigem a prestação de serviços. Sob a liderança da capital, Porto Alegre, a RMPA exerce o papel de centro dinamizador de influência para todo o Estado.

No turismo, o Estado ocupa o terceiro lugar em nú-mero de agências e guias turísticos, cujos indicativos crescentes revelam sua posição privilegiada em relação ao Mercosul, situando-se na rota dos turistas. Vem au-mentando a importância da cidade de Porto Alegre como pólo de turismo, eventos e negócios.

Rio Grande

OCEANO ATLÂNTICO

Produção industrial

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URUGUAI

SANTA CATARINA

Bagé

Santa MariaUruguaiana

São Borja

Santa Rosa

IjuíPasso Fundo

Erechim

Caxias do Sul

Porto Alegre

Santa Cruz do

Sul

Pelotas

Localização dos principais sistemas locais de produção

Coureiro-calçadista

AutopeçasMoveleiro

Conservas

Máquinas e implementos agrícolas

Orientação ao professor — O Estado possui nove regiões turísticas (central, hidrominerais, litoral nor te, Missões, Por to Alegre, pampa, serra, sul do Estado e vales), desta-

cando-se a serra, as estâncias hidrominerais, o litoral nor te e as Missões. Rotas turísticas: Rota Yucumã, do Calçado, das Missões, das Terras, Romântica, Farroupilha, da Uva

e do Vinho e o Caminho das Águas. Lembrar os alunos que algumas dessas são bem mais extensas que as demais (Rota Farroupilha, Caminho das Águas, por exemplo).

A critério do aluno.

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Regiões geoeconômicasREGIONALIZAÇÃO SEGUNDO CRITÉRIOS SOCIOECONÔMICOS

Regionalizações segundo o desenvolvimento socio-econômico:

1ª) norte-sul — norte, com pequenas e médias pro-priedades rurais; sul, grandes latifúndios e pecuária ex-tensiva. Compreende o litoral, a depressão central e a Campanha.

2ª) norte, sul e nordeste, regionalização que divide o estado do Rio Grande do Sul em três áreas geoeco-nômicas — norte e sul com as características menciona-das; região nordeste, correspondendo ao nordeste do Planalto Meridional (Planalto da Bacia do Paraná ou Pla-nalto Arenito-Basáltico), à Depressão Central e à região metropolitana de Porto Alegre. A área nordeste é a mais industrializada e urbanizada do Estado, predominando as pequenas propriedades rurais.

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atos

OCEANO ATLÂNTICO

Regiões geoeconômicas

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ARGENTINA

URUGUAI

SANTA CATARINA

Uruguaiana

Bagé

Pelotas

Rio Grande

Santa Maria

Santo Ângelo Passo Fundo

Erechim

Caxias do Sul

Porto Alegre

Santa Cruz do Sul

Cruz Alta

CanoasGuaíba

Lagoa Mirim

NorteNordesteSul

Região norteCaracterísticas: o regime de pequenas e médias pro-

priedades (com até 500 hectares) cultiva milho, soja, feijão e trigo, e as grandes propriedades, predominantemente trigo e soja; produção agrícola diversificada, praticada

1. Discuta a questão com os colegas e o professor e registre suas conclusões. O Brasil apresenta três regiões geoeconômicas: Ama-zônia, Nordeste e Centro-Sul. Que semelhanças e dife-renças se observam com as regiões geoeconômicas do Rio Grande do Sul?

por descendentes de alemães e italianos, que vieram do nordeste do Estado, atraindo um significativo contin-gente populacional, desde o início do século XX. A mo-dernização da agricultura nos anos de 1970 fez, porém, diminuir a população. Essa mecanização trouxe outra conseqüência para a região norte — o desenvolvimento industrial de produtos da agricultura, destacando-se os municípios de Passo Fundo, Erechim e Santa Rosa.

Região nordesteCaracterísticas: maior concentração de indústrias, re-

sultando em maior contingente populacional e, num pro-cesso natural, onde mais se desenvolve a prestação de serviços. A distribuição de renda e a conseqüente capa-cidade de consumo explicam o desenvolvimento indus-trial da região, associadas às facilidades de transporte e à ocupação imigrante com produção diversificada em regime de pequena propriedade. Região metropolitana de Porto Alegre (RMPA) e aglomerado urbano da região nordeste (Aune) constituem esta região.

Região sul Características: abrangendo a fronteira oeste, a Cam-

panha, a região central (ou área de transição), o sul e o litoral sul do Estado. O processo de urbanização e o contingente populacional reduziram-se, em função de sua economia estar principalmente direcionada aos gran-des latifúndios para criação de gado. A cultura do arroz irrigado ocorre no litoral lagunar e próximo aos rios Ja-cuí, Ibicuí e Uruguai. Algumas indústrias se concentram nas cidades de Pelotas e Rio Grande. Hoje em crise, a região já foi a mais desenvolvida do Estado, quando for-necia carne e charque, este produzido por mão-de-obra escrava. Seu maior impulso econômico aconteceu no iní-cio do século XX, com a implantação de frigoríficos de capital norte-americano. Vários fatores, incluindo a concor-rência uruguaia, a baixa qualidade da carne e os custos de mão-de-obra, fizeram a indústria frigorífica declinar, a ter importância secundária em relação à indústria e agricul-tura. Assim, a agropecuária continua como principal ati-vidade da região.

Orientação ao profes-sor — Havendo conve-niência, refira-se às di-visões naturais e às que consideram o desenvol-vimento econômico dos países. Também é pos-sível abordar a proposta do IBGE de divisão re-gional e geoeconômica do Brasil. Instigue com-parações — semelhan-ças e diferenças.

Orientação ao professor — A região nordeste do Estado assemelha-se à Região Cen-

tro-Sul do Brasil, pela industrialização e concentração populacional. A região sul do

Rio Grande do Sul tem alguma afinidade com a Região Nordeste do Brasil no aspecto

dos latifúndios. Quanto às diferenças, mencione os aspectos naturais (o Rio Grande

do Sul apresenta clima subtropical, acompanhado da típica vegetação), bem como o

processo histórico de ocupação de cada região.

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6. Pela análise do quadro, as relações corretas são apresen-tadas na alternativa:

a) I e II d) III e IVb) I, II e IV e) III, IV e Vc) II, III e V

3. Assinale, nos parênteses, um (1) para as ca-racterísticas da região norte, dois (2) para as características da região nordeste e três (3) para as características da região sul do Estado.

( ) Corresponde à região dos pampas gaúchos.( ) Região de colonização italiana e alemã.( ) No final do século XIX, houve migração de des-

cendentes italianos e alemães para essa região.( ) Responsável pela maior concentração industrial e

populacional do Estado.( ) Considerada região em crise econômica.

4. (UFRGS—RS) No primeiro semestre do ano de 2001, as ex-portações da indústria do Rio Grande do Sul ao exterior cresce-ram 10,6% em comparação com o mesmo período do ano de 2000. Esse acréscimo nas exportações tornou o Estado o se-gundo maior exportador do país. Os maiores segmentos industriais exportadores do Rio Gran-de do Sul são:

a) calçados, fumo e mecânica.b) química, plásticos e calçados.c) produtos alimentícios, química e mecânica.d) vestuário, produtos alimentícios e informática.e) têxtil, informática e plásticos.

5. O estado do Rio Grande do Sul é considerado o maior pro-dutor nacional de arroz, kiwi, uva, fumo e batata-doce. Os municípios que correspondem à cultura desses produ-tos são, respectivamente:

a) Uruguaiana, Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Santa Cruz do Sul e Pelotas.

b) Pelotas, Bento Gonçalves, Flores da Cunha, Uruguaia-na e Garibaldi.

c) Garibaldi, Uruguaiana, Santa Cruz do Sul, Pelotas e Bento Gonçalves.

d) Garibaldi, Santa Cruz do Sul, Bento Gonçalves, Pelo-tas e Uruguaiana.

ÁreaExploração econômica

Geomorfologia

I. Eixo de ligação entre Porto Alegre e Caxias do Sul

Produção de uvas

Depressão em direção ao Planalto Arenítico-Basáltico

II. Oeste das lagunas e lagoas costeiras

Produção de arroz

Cuesta do Haedo

III. Norte da Depres- são Periférica

Produção de trigo e soja

Planalto Arenítico-Basáltico

IV. Campanha GaúchaProdução de lã

Planalto Arenítico-Basál-tico, Depressão Central e Planalto Cristalino

V. Centro do EstadoExtração de carvão e calcário

Depressão em direção ao Planalto Cristalino

1. Os estados brasileiros que possuem as maio-res economias do país são:

a) Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e São Paulo.b) Acre, Bahia, Rio Grande do Sul e Paraná.c) Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas

Gerais. d) Rio Grande do Sul, Bahia, São Paulo e Minas Gerais.e) Bahia, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.

2. Dentre os principais produtos de importação feita pelo es-tado do Rio Grande do Sul estão:

a) aparelhos eletrônicos, combustíveis, adubos e fertili-zantes, aparelhos mecânicos e elétricos.

b) calçados, fumo, produtos industrializados e soja. c) fumo, trigo, sal de cozinha e calçados.d) couro, fumo, soja e frutas cítricas, aparelhos mecâni-

cos e elétricos.e) combustíveis, trigo, café, calçados e produtos indus-

trializados.

2. Quais as alternativas para imprimir maior desenvol-vimento econômico na região sul do Estado?

3. Pesquise em jornais, livros, revistas ou na internet a relação e inserção econômica do Rio Grande do Sul no Mercosul. Registre a síntese da pesquisa nas linhas.

Instrução: Responder à questão 6 com base no quadro sobre o Rio Grande do Sul.

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2

3

Orientação ao professor — Sobre o Mercosul, sugira a leitura de MAGNOLLI, D.;

ARAÚJO, R. Para entender o Mercosul. 8. ed. São Paulo: Moderna, 1995.

A critério do aluno.