gazeta são mateus - edição 388

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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA G S 1ª Quinzena de fevereiro de 2015 ANO XX - Nº 388 M azeta ão ateus DE OLHO NOS FATOS 22 Parque São Rafael Iguatemi Rua no Jardim Adutora dificulta atendimento de doentes Apelo Público O motivo da chamada da reportagem, entretanto, tem mais a ver com uma espécie de apelo público diante de uma situação bastante delicada de uma casa onde duas mulheres com dificuldades de locomoção, uma delas acamada e sem mobi- lidade alguma encontram muita dificuldade para obter qualquer tipo de acompanhamento médico. Sem acesso, nenhum veiculo conseg- ue chegar à residência e consultas são perdi- das, conforme comprovou por documentos, Joana Delfino, que acompanha e dá apoio às acamadas já há alguns anos. Página 6 Conselheiros discutem dificuldades e mostram necessidade de novos rumos P elo tom da conversa em um bate papo informal com parte de seus membros, no dia 31, o conselho de repre- sentantes de São Mateus, a exemplo do que ocorre em muitas outras regiões da cidade, precisa urgentemente afinar a viola internamente para não deixar legado de triste lembrança Página 8 Escola do Jardim Iguatemi, que sirva de exemplo A Escola Estadual Jardim Iguatemi localizada no distrito Iguatemi, em São Mateus tem se difer- enciado da média das escolas públicas estaduais no sentido positivo, muito pelo empenho, criatividade de sua diretora Suzy Rocha Ribeiro Silva responsável pela unidade nos seus últimos quatorze anos. Em rápida conversa com a reportagem a diretora explicou as razões dessa diferença e nesse sentido ela esclarece que o que trouxe como postura e prática para a escola tem muito a ver com a forma com que ela própria, filha de pais da roça que estudaram, fizeram cursos superiores e também se tornaram professores a ensinaram. Página 8 Árvores frágeis ameaçam cair no Parque das Flores U ma tragédia que pode ser anunciada. Local: Rua dos Eucaliptos, Parque das Flores, no Parque São Rafael Mais uma tragédia anunciada pode ocorrer a qualquer instante, notadamente se as tão aguardadas chuvas resolverem voltar a São Paulo com intensidade decente e necessária nesta secura de dar dó. Página 6 Venderam a praça da rua Andrômeda A área é preservada desde o ano 2000. Antes, o espaço era utilizado como depósito de entulho e lixo, como contaram alguns moradores. Também disseram que o es- paço foi oficializado como praça, na gestão Celso Pitta e que o prefeito veio em sua inauguração,não ficou comprovado a presença dele. Durante os últimos 14 anos, o poder públi- co conservou o terreno como praça, ou seja, é uma área verde. Desde então, serve para con- vivência dos moradores, direito garantido pela Constituição Federal. Página 8 Opinião ditorial E Voltando a estaca zero Página 2 Irresponsabilidade dos governos e a crise da água Página 2

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Edição 388 do Jornal Gazeta São Mateus

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Page 1: Gazeta São Mateus - Edição 388

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

G S1ª Quinzena de fevereiro de 2015ANO XX - Nº 388

Mazeta ão ateusDE OLHO NOS FATOS22

Parque São Rafael Iguatemi

Rua no Jardim Adutora dificulta atendimento de doentes

Apelo Público

O motivo da chamada da reportagem, entretanto, tem mais a ver com uma espécie de apelo público diante de

uma situação bastante delicada de uma casa onde duas mulheres com dificuldades de locomoção, uma delas acamada e sem mobi-lidade alguma encontram muita dificuldade para obter qualquer tipo de acompanhamento médico. Sem acesso, nenhum veiculo conseg-ue chegar à residência e consultas são perdi-das, conforme comprovou por documentos, Joana Delfino, que acompanha e dá apoio às acamadas já há alguns anos.

Página 6

Conselheiros discutem dificuldades e mostram necessidade de novos rumos

Pelo tom da conversa em um bate papo informal com parte de seus membros, no dia 31, o conselho de repre-sentantes de São Mateus, a exemplo do que ocorre em muitas outras regiões da cidade, precisa urgentemente afinar a viola internamente para não deixar legado de triste lembrança

Página 8

Escola do Jardim Iguatemi, que sirva

de exemplo

A Escola Estadual Jardim Iguatemi localizada no distrito Iguatemi, em São Mateus tem se difer-enciado da média das escolas públicas estaduais

no sentido positivo, muito pelo empenho, criatividade de sua diretora Suzy Rocha Ribeiro Silva responsável pela unidade nos seus últimos quatorze anos.Em rápida conversa com a reportagem a diretora explicou as razões dessa diferença e nesse sentido ela esclarece que o que trouxe como postura e prática para a escola tem muito a ver com a forma com que ela própria, filha de pais da roça que estudaram, fizeram cursos superiores e também se tornaram professores a ensinaram.

Página 8

Árvores frágeis ameaçam cair no Parque das Flores

Uma tragédia que pode ser anunciada. Local: Rua dos Eucaliptos, Parque das Flores, no Parque São Rafael Mais uma tragédia anunciada pode ocorrer a qualquer

instante, notadamente se as tão aguardadas chuvas resolverem voltar a São Paulo com intensidade decente e necessária nesta secura de dar dó.

Página 6

Venderam a praça da rua Andrômeda

A área é preservada desde o ano 2000. Antes, o espaço era utilizado como depósito de entulho e lixo, como contaram alguns moradores. Também disseram que o es-paço foi oficializado como praça, na gestão Celso Pitta e que o prefeito veio em sua

inauguração,não ficou comprovado a presença dele. Durante os últimos 14 anos, o poder públi-co conservou o terreno como praça, ou seja, é uma área verde. Desde então, serve para con-vivência dos moradores, direito garantido pela Constituição Federal.

Página 8

Opinião ditorialEVoltando a estaca zero

Página 2

Irresponsabilidade dos governos e a crise da água

Página 2

Page 2: Gazeta São Mateus - Edição 388

Voltando a estaca zero

Pensando alto aqui o governo do ex-presi-dente Lula estimulou a

compra de carros com finan-ciamentos a perder de vista, maiores facilidades e prêmios para as montadoras que foram isentas de recolhimento de IPI que, apesar do suposto tratamento diferenciado entre as iniciativas empresariais trouxe alguns benefícios e facilidades aos mais desfavo-recidos o governo do Estado e a prefeitura vai dificultando a vida desses novos proprietá-rios e por extensão do povo.

O governo do Estado que não aliviou em nada as tais taxas pagas por quem tem ve-ículos como também majorou o preço de alguns pedágios. Já o prefeito de São Paulo, buscando viabilizar maneiras de deixar o transporte público mais ágil restringiu espaços para a circulação de veículos.

Ainda pensando alto o governo a presidente Dilma estimulou a compra da linha branca; geladeiras, freezer, fo-gões e utensílios domésticos vários e o fornecimento da energia elétrica de responsa-bilidade do governo do estado mantem os preços atualizados e altos no consumo da energia que ameaça ficar escassa e mais cara com a escassez da água. Santa água.

Essa, então já virou objeto de consumo de amplos setores da cidade de São Paulo. Já não é de agora que conheço

famílias enfrentando quase semanas inteiras sem acesso a água, além daquela que eles conseguem armazenar seja de chuva, reutilizando tudo que é possível.

Lembro até que achei graça quando um amigo me disse que aos finais de semana no litoral em vez de encontrar as pessoas nas praias, en-contrava as pessoas lavando roupas que havia trazido da cidade. No litoral ainda havia água e baixo racionamento, agora nem isso. O caminho da Rodovia Imigrantes continua congestionado e no porta ma-las nada de esteira. Trouxas de roupa ocupam o espaço.

A vida anda ficando mais dura do que já era aqui nas periferias da maior cidade da América Latina. Conforme reportado em nosso editorial a irresponsabilidade dos go-vernos nos últimos vinte anos é flagrante. A corrida para arrumar a situação é palco de comédia. Em sã consciência não podemos e o governo, principalmente, não pode ficar a mercê dos humores da natureza, torcendo para que chova exatamente em cima das represas rachadas de seca.

O desastre já havia sido anunciado. Usar o segundo volume morto e a caminho de usar o terceiro volume já é um risco à saúde, visto que se a Sabesp como responsável pelo tratamento e pela quali-dade de água não tiver nem

tempo, nem como dar um tratamento mais eficiente à água que vai distribuir. Ocor-re que os fundos das represas que armazenam ou melhor armazenavam as águas para distribuição estão recheadas de entulhos compostos de metal pesado, metal este que é bastante danoso a saúde.

Rigorosamente a água desse volume morto mal ser-viria até para lavar chão e jogar nas privadas. Sem tra-tamento sequer poderá ser jogada nas plantas. Imagine--se então usá-la para beber, cozinha e se banhar. Tomara que a Sabesp que conhece os riscos não esteja cometendo a insanidade de não fazer o tratamento desta.

Como continuo pensando alto, enquanto penso também num copo de água me cons-trange ver lava rápidos, lavan-do carros enquanto quintais e carros como é o caso aqui de casa estão imundos afim de poupar a água para beneficiar todo mundo. Constrangi-mento não, dor. A escravidão acabou? Não simplesmente se modernizou. Vamos ter que furar poço,cozinhar com lenha ,banho de bacia etc,

(LM)

Lucy Mendonça jornalista responsável

pelo Jornal Gazeta São Mateus

MTB 43029-SP

GazetaSãoMateusExpediente

Gazeta de São Mateus LTDA-ME CNPJ: 19.851.162/0001-61

Administração, Publicidade e Redação:Rua Libra, 85 - Jd. Santa Bárbara

São Mateus - São Paulo - Cep: 08330-370Fone:/Fax: 2962-3172 - Cel: 9 9431-7658

e-mail: [email protected]: Luci Mendonça Diretora Comercial: Cristina Mendonça da Silva Jornalista Responsável: Luci Mendonça – Mtb 43029-SPRedação: J. de Mendonça NetoColaborador: Marcelo DoriaRepresentante Comercial: Marcos Roberto MendonçaDiagramação: Thalita Belisia (Obs: Matérias assinadas não representam, necessariamente, a opinião do jornal)Fotolito e Impressão: Gráfica Pana - Fone: 3208-2487

CNPJ - 02.740.573/0001-87Proibida a reprodução total ou parcial dos textos

Tiragem: 20 mil exemplaresCirculação: São Mateus, Iguatemi, Parque São Rafael,

Itaquera, Guaianazes, Vila Formosa, Mooca, Vila Prudente, São Miguel, Tatuapé e Mauá

Distribuição gratuita

OpiniãoditorialE

Cerca de um ano atrás os paulistanos já sa-biam e sofriam os

efeitos das dificuldades com o abastecimento de água por falta de chuvas e dos então baixos níveis de águas nos re-servatórios que nos abastece. Em 2014 o susto aumentou e como puderam os paulistanos já foram dando suas contri-buições fazendo economia ao mesmo tempo em que outras cidades do interior e alguns outros estados começavam a enfrentar escassez. Não fosse esse esforço em São Paulo e o poço secava de vez.

A crise serviu e serve para mostrar que as leis e a gestão das águas longe de ser satis-fatórias no que diz respeito a preservar o uso pelo cidadão e o cuidado ao meio ambiente com o fornecimento de água de qualidade e em quantidade adequadas. Essa anomalia presenciada nos últimos 20 anos mostra que o Estado não se preparou adequadamente e somos nós os penalizados pa-gando a conta pela elevação dos preços e através de mul-tas por, eventualmente não apresentar gastos de água que indiquem diminuição do con-sumo. Vamos pagar a maior parte da fatura e vamos sofrer com a maior intensidade de restrição hídrica. Somem-se a isso os efeitos colaterais com a diminuição das atividades na indústria e na agricultura que causará desemprego.

O Brasil conta com algo próximo de 12% da água doce superficial do mundo, mesmo assim não pode se descuidar de planejamento de curto, médio e longo prazo. Poten-cial o pais tem com sólida tradição de pesquisas nas áre-as de hidrologia, hidráulica, recursos hídricos (aspectos qualitativo e quantitativo), ecologia, limnologia, sanea-mento, legislação ambiental, por exemplo, com excelen-tes universidades, centros e grupos de pesquisas, além de recurso financeiro suficiente, como uma das maiores eco-nomias do mundo. Esse passa a ser um indicador severo de que a questão mesmo é de de-cisões políticas acertadas não de recursos. Essas, entretanto não são decisões claras de um governo responsável e que dialoguem com a sociedade. Conforme a imprensa registra são fartos os depoimentos de técnicos revelando que as de-cisões são, em geral, pontuais, de emergência, tomadas de

Irresponsabilidade dos governos e a crise da água

última hora, nada planejado. São, como dizem outros espe-cialistas, soluções de remen-dos e tapa buracos retirando a primeira e a segunda cota do tal volume morto e, caso se chegue ao terceiro indo para a secura definitiva e torcendo por chuvas nos lugares certos.

Foi por essa torcida que o atual governador já em 2014 dizia que não teríamos problemas, pois as chuvas chegariam o problema estaria resolvido. Chuvas chegando em quantidades insuficientes e nada de problema resolvido. É muita desfaçatez o gover-nante ficar refém do humor que vem dos céus.

Irônico, nisso tudo o fato da cidade ser cortada com importantes rios como o Tie-tê, Pinheiros e Tamanduateí que de saudável não tem mais nada. Esgotos a céu aberto não é possível usar suas águas, nem mesmo para reuso, que dizer para consumo humano. Some-se a isso a fuga de água pelos encana-mentos na ordem de 30%. É um volume expressivo que não chega às nossas casas deixando-nos a mercê do que temos reservado em nossas caixas da água, longe de um sistema próprio previsto no ecossistema que seria a exis-tência de água.

O fato é que não se pode e agora se prova com dolo que uma região metropolitana como São Paulo com qua-se 20milhões de habitantes não pode abrir mão de um planejamento adequado e este, como dissemos acima inexistiu. Planejamento e cálculos antecipados do uso e da expansão do uso da água foram desconsiderados. Sis-temas completos deveriam ter sido planejados, arquitetados e construídos para funciona-rem sem riscos por um longo prazo. Monitoramento do sistema, aperfeiçoamento pre-venção quanto aos problemas e defeitos deveriam ser feitos. Nada.

Como o problema cá está e precisa ser enfrentado e com a população já fazendo a sua parte cabe equacionar algumas propostas, a saber: nenhuma entidade da federa-ção, estadual, municipal e pri-vada poderá captar qualquer quantidade de água bruta sem aprovação previa dos órgãos competentes; todas essas deverão obedecer a um prazo determinado para regularizar seu sistema de captação em

acordo com as normas; definir em lei a quantidade máxima de água bruta que pode ser captada com base em estudos de capacidade das fontes, como rios, lagos e reserva-tórios; penalizações pelo não cumprimento das propostas.

Outras mais civilizadas devem ser agregadas, por exemplo, a obrigação de fazer a coleta e tratamento da água servida equivalente a cada metro cúbico de agua potável fornecida à população, ou seja, um sistema de eficiência sanitária. Definir um limite menor para perda de água saindo da vergonhosa marca de 30%. Para os empreendi-mentos já instalados, nada de direito adquirido, prazo para se integrarem corretamente a rede coletora de esgoto, arcando com os custos de instalação e a definição em lei de que novos empreendimen-tos só podem ser executados se corretamente integrados a rede coletora de esgotos. Re-sumo está se buscando evitar que aumentemos os volumes de águas não servíveis. Na mesma direção iriam os em-preendimentos maiores de uso público, como podem ser os clubes, estádios, shopping centers, por exemplo. Esses ainda teriam que apresentar e adotar sistema de captação de águas de chuva para reuso.

Cobrar de modo diferen-ciado e escalonado cobrando mais de quem mais utiliza a água fornecida, garantindo na outra ponta uma tarifa social mínima para ao menos 110 litros/habitante ao dia. Individualização dos medi-dores. Uma casa, um medi-dor. Aumentar os esforços de controle e vigilância da qualidade de água e aumentar as campanhas educacionais relacionadas à saúde pública, reforçando, entre outras coi-sas os hábitos simples.

Como se percebe são dezenas ou mais as possibi-lidade de fazer a coisa certa, o que já deveria ter sido feito para não depender de uma suposta intervenção divina ou vontade da natureza. A natu-reza não tem vontade alguma e nenhuma responsabilidade para conosco, nos sim temos para com ela. O consumidor paulistano em maior ou me-nor grau está fazendo a sua parte. Os governos sejam de que gestão for é que não fizeram bem feito. Vamos ver onde tudo isso vai parar.

(JMN)

(11) 2962-3172(11) 2713-2650

(11) 9 9431-7658 (claro)

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Página 2 1ª Quinzena de fevereiro de 2015Gazeta São Mateus

Page 3: Gazeta São Mateus - Edição 388

O prefeito Fernando Haddad inaugurou no dia 24 a sede da

Subprefeitura Sapopemba, na zona leste da capital. O imóvel tem 1,6 mil metros quadrados e abriga a administração da nova subprefeitura, criada em 2013. A praça de atendi-mento instalada no local tem capacidade de atender até 500 pessoas por dia.

“A região reivindicava há muitos anos a criação de uma subprefeitura própria. Sapopemba tem mais de 300 mil habitantes, justifica uma subprefeitura do ponto de vista técnico e do ponto de vista quantitativo. Passamos um ano estruturando o equipamento e os cargos. A nossa expectativa é a melhoria da qualidade do diálogo com a comunidade, dos serviços de zeladoria e dos investimentos pequenos e médios que o subprefeito pode

Subprefeitura de Sapopemba ganha sede e praça de atendimento

Vereador Donato assume a presidência da Câmara

Sessões da Câmara nas subprefeituras

Imóvel com 1,6 mil metros quadrados abriga administração da nova subprefeitura e tem capacidade de atender até 500 pessoas por dia

cuidar”, afirmou Haddad. A praça de atendimento

da subprefeitura oferece 150 serviços, como a solicitação de alvarás e certificados, obras e serviços, consulta a proces-sos, informações sobre uso e ocupação do solo, além de vistorias e fiscalização. “Já estamos fazendo 50 obras de manutenção e revitali-zação. Estamos esperando atender de 300 a 500 pes-soas por dia. Vamos ter um período de adaptação até as pessoas se habitu-arem com a novidade. Os maiores desafios da região são moradia e as áreas de risco”, explica o subprefei-to Nereu Marcelino Amaral (Sapopemba).

Antes de contar com uma subprefeitura própria, a região do Sapopemba era vinculada à administração da Vila Pruden-te e de São Lucas. O distrito

tem 13,5 quilômetros quadra-dos de área. A Subprefeitura Sapopemba foi criada pela lei 15.764, sancionada pelo pre-feito em maio de 2013. A nova subprefeitura estava prevista no Plano de Metas 2013-2016.

Para convidar a popula-ção a conhecer o novo equi-pamento, foram organizadas atividades lúdicas e culturais, como a instalação de brinque-

dos para as crianças. Também estiveram presentes na inau-guração a vice-prefeita Nádia Campeão e os secretários municipais Chico Macena (Governo), Ricardo Teixeira (Coordenação das Subprefei-turas), Nunzio Briguglio (Co-municação) e Artur Henrique (Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo).

Crédito: César Ogata

O vereador Antonio Donato (PT) tomou posse no dia primeiro

de janeiro, na presidência da Câmara Municipal de São Paulo. Ele foi eleito para o cargo no último dia 15 de dezembro, junto com a nova Mesa Diretora, que terá man-dato válido até dezembro de 2015.

Em seu discurso de posse, Donato ressaltou a importân-cia que a Câmara tem perante o país e destacou três princi-pais pontos que serão coloca-dos em prática durante a sua gestão. “O primeiro é aprovar a Lei de Zoneamento, que é o desdobramento do PDE. Ela é muito importante, pois mexe no dia a dia da cidade.

Inauguração da Subprefeitura Sapopemba

A segunda tarefa é aproxi-mar a Câmara do cidadão. Para isso é necessário uma série de ações. Uma delas é a realização de sessões em cada subprefeitura. O tercei-ro ponto é que a gente possa discutir também os grandes temas nacionais. Para isso, a gente quer desenvolver um grande debate sobre a reforma política com as várias opini-ões e visões.”

Nascido no bairro do Campo Limpo, Donato é formado em administração de empresas. Ingressou no Partido dos Trabalhadores (PT) no começo dos anos 80 quando ainda fazia parte do movimento estudantil na USP (Universidade de São Paulo).

Na política, foi assessor espe-cial do gabinete da prefeitura durante a gestão de Marta Suplicy (PT), e secretário das subprefeituras. Em 2004 se elegeu vereador e na sua primeira passagem pelo Le-gislativo presidiu a CPI dos Eventos; foi ainda membro das Subcomissões dos Polos Geradores de Tráfego e do Lixo e, em 2008, foi o 1º Secretário da Mesa Diretora da Câmara.

Após quatro anos, Donato fez parte da equipe de tran-sição de Fernando Haddad (PT), quando este foi eleito prefeito da capital paulis-ta. Pouco tempo depois foi escolhido para assumir a Secretaria do Governo Mu-nicipal, cargo que ocupou até novembro de 2013. No ano seguinte, retornou à Câmara Municipal.

Mesa Diretora e Corre-gedoria

Além de Antonio Donato, tomaram posse a primeira vice-presidente, Edir Sales (PSD); o segundo vice-presi-dente, Toninho Paiva (PR); o primeiro secretário, Aurélio Nomura (PSDB); o segun-

do secretário, Paulo Frange (PTB); o primeiro suplente, Eduardo Tuma (PSDB), e a segunda suplente, Noemi Nonato (PROS).

Para Edir Sales, a apro-ximação da Casa com a po-pulação é muito importante. “Muita gente nem conhece a Câmara. É de suma impor-tância isso porque eles [ci-dadãos] vão conhecer como funciona o legislativo.”

“Todos nós tínhamos con-vicção de que o vereador Donato, uma vez eleito presi-dente, seria o presidente que estávamos almejando pela sua seriedade. Acredito que Vossa Excelência irá dignifi-car muito esta Casa”, disse o primeiro-secretário, vereador Aurélio Nomura.

O novo corregedor da Câmara, Dalton Silvano (PV), também foi empossado hoje. Ele ressaltou a importância do trabalho dos vereadores. “Estamos aqui para servir a 12 milhões de habitantes, de pessoas que veem nessa Casa uma esperança para melho-rarem as suas vidas. Esse é o foco que devemos ter.”

Fonte: Câmara SP

A Câmara Municipal está retomando as ses-sões plenárias neste

início de fevereiro. E 2015 promete ser um ano de muito trabalho para os 55 verea-dores.

Ao ser eleito presiden-te do Legislativo, assumi o compromisso, junto com os demais membros da Mesa Diretora, de aproximar mais a Câmara da população. Para tanto, vamos promover ses-sões plenárias em cada uma das 32 subprefeituras em que a cidade está dividida, o que permitirá ouvir de perto o que tem a dizer o paulistano(a) de todas as comunidades, as lideranças de bairro e os con-selheiros participativos.

As sessões nas subprefei-

turas também permitirão que os vereadores se aprofundem nos problemas de cada região e agilizem as soluções que surgirem durante os debates. Enfim, é uma forma de apro-ximar o trabalho dos vereado-res das necessidades dos que aqui moram e trabalham.

Outra tarefa importante será a discussão em torno da nova Lei de Uso e Ocupa-ção do Solo, que o prefeito Fernando Haddad enviará à Câmara brevemente. A lei do zoneamento, como é co-nhecida, interessa a cada um que vive e trabalha em nossa cidade, pois é ela quem define o que pode ser construído (se é só para moradia ou um mix entre moradia e comércio, por exemplo) em cada bairro e rua

de São Paulo.Nosso propósito é que a

Câmara esteja em sintonia permanente com a agenda da cidade. Por isto, não pode-mos, também, deixar de tratar da crise hídrica que preocupa a todos. No ano passado foi criada uma Comissão Parla-mentar de Inquérito (CPI|) para investigar o contrato da prefeitura com a Sabesp e nós, vereadores, vamos continuar participando dos debates em torno do tema.

Além de cobrar as res-ponsabilidades de quem as têm, queremos contribuir – dentro das limitações que a legislação nos impõe – com respostas à pergunta: que medidas podem ser sugeridas às autoridades do Estado para

evitar que a falta de água que se anuncia cause sofrimentos maiores à enorme população da cidade, principalmente aos mais pobres?

Enfim, teremos muito tra-balho pela frente relacionado ao cotidiano da cidade e de todos os paulistano(a)s. Mas a Câmara Municipal também pode estar inserida nos debates dos grandes temas nacionais, contribuindo com sugestões para avançar em questões como a reforma política.

O Legislativo de São Pau-lo, o maior do Brasil, não pode se furtar a dar sua colaboração neste e em outros debates im-portantes para a consolidação e o aprofundamento da demo-cracia em nosso país.

Antonio Donato.

53% das pessoas não usam cinto

no banco de trásUma pesquisa feita pela

Artesp, Agência de Transportes do Esta-

do de São Paulo, revelou que mais da metade dos passa-geiros (53%) que ocupam o banco de trás não usa cinto de segurança em rodovias.24% dos caminhoneiros ignoram o cinto. Já os motoristas de carro de passeio são 9%. O cinto de segurança no banco dianteiro reduz o risco de morte em 45%. Já no traseiro, pode reduzir em até 75%, de acordo com a Abramet, Associação Brasileira de Medicina de Tráfego.Quem não usa o cinto de segurança é multado em R$ 127,69. O valor

é multiplicado pelo número de passageiros que não obedece a lei. O motorista ainda é punido em 5 pontos na carteira. Em 2014, foram 180 mil autuações só até outubro.

Nos últimos dois anos, quase 70% dos passageiros de bancos traseiros que morreram em acidentes nas rodovias esta-vam sem cinto. Para aumentar a conscientização, a Artesp começou uma campanha em todo o Estado. Quem passar pelas rodovias estaduais até junho receberá um panfleto e será alertado por um painel eletrônico.

[email protected]

A água no mundo e sua escassez

no BrasilA atual situação de gra-

ve escassez de água potável, afetando boa

parte do Sudeste brasileiro onde se situam as grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, nos obriga, como nunca antes, a repensar a questão da água e a desenvolver uma cultura do cuidado, acolitado por seus fa-mosos erres (r): reduzir, reusar, reciclar, respeitar e reflorestar.

Nenhuma questão hoje é mais importante do que a da água. Dela depende a sobrevi-vência de toda a cadeia da vida e, consequentemente, de nosso próprio futuro. Ela pode ser motivo de guerra como de so-lidariedade social e cooperação entre os povos. Especialistas e grupos humanistas já sugeriram

um pacto social mundial ao redor daquilo que é vital para todos: a água. Ao redor da água se criaria um consenso mínimo entre todos, povos e governos, em vista de um bem comum, nosso e do sistema-vida.

Independentemente das discussões que cercam o tema da água, podemos fazer uma afirmação segura e indiscutí-vel: a água é um bem natural, vital, insubstituível e comum. Nenhum ser vivo, humano ou não humano, pode viver sem a água. A ONU no dia 21 de julho de 2010, aprovou esta resolução: “a água potável e segura e o saneamento básico constituem um direito humano esencial.”

Por Leonardo Boff, colu-nista do JBonline

FALANDO SÉRIOAcorda Senhor

Prefeito!Será que a militância

do PT que lhe elegeu, aprova totalmente suas

realizações? Será que as li-deranças do partido também aprovam? Seria oportuno uma ampla pesquisa de opinião nesse sentido, pois a dissidente Marta está querendo ser candi-data à sua sucessão e com tanta “coisa”’ errada na sua gestão, poderá derrota-lo!!!

Senhor Prefeito, a mí-dia televisada tem mostrado, quase todo dia, tal como no âmbito federal, onde a saúde e as rodovias deixam muito a desejar, as precariedades do nosso serviço público, principalmente na periferia desta Sampa Desvairada, que está sendo sucateada para suprir os efeitos da migração desordenada, dos que vieram em busca de um oásis que não existe mais!

Senhor Prefeito, os corredores exclusivos para ônibus, alguns em vias de acesso rápido, pouquíssimo usados pelos coletivos, são um absurdo irritante! Por que não mantê-los apenas nos horários de pico? São Paulo não pode parar!

Quanto estão custando as inúteis ciclovias? A nossa população não tem o habito de usar “byke” para ir ao traba-lho. Já imaginou sair de paletó

e gravata no calor ou debaixo de chuva para ir ao trabalho de bicicleta??? E as mulheres que apreciam a elegância? Será que as empresas teriam onde “estacioná-las?

Senhor Prefeito, pare com isso! Caia na real! Isto é Sampa, de enorme misci-genação, porém de um povo coerente e sensato, que está in-dignado com esses absurdos!

Invista os milhões das ciclovias na organização da coleta do lixo, em fornos de compostagem para sua incineração, na limpeza dos córregos, bueiros e piscinões, no reparo da nossa malha viária, na criação de creches e outras melhorias. ao invés de fazer média com grupos inexistentes, ou com aqueles criados para bagunçar, como por exemplo, os chamados “sem teto”!

Como prefeito da maior cidade do país, o carro chefe da economia nacional, deveria propor à presidente Dilma para investir nas origens para evitar o êxodo que está con-turbando Sampa!

O povo de São Paulo não é adepto do quanto pior melhor! Os eleitores de São Paulo aguardam providências!

Eduardo MonteiroJornalista – MTb

21;275

Página 31ª quinzena de fevereiro de 2015 Gazeta São Mateus

Page 4: Gazeta São Mateus - Edição 388

Separação e reciclagem do lixo doméstico

A separação e o descarte correto do lixo domés-tico é o primeiro passo

para a preservação do meio ambiente.

Você, com toda a certeza, já notou que somos bom-bardeados todos os dias com notícias e informações diver-sas sobre o meio ambiente, sustentabilidade, resíduos tóxicos, reciclagem, dentre muito outros termos.

A razão disso é que esta-mos em um momento crucial na história da humanidade. Nunca de consumiu tanto, ao mesmo tempo em que nunca se produziu tantos resíduos como agora.

E o que fazer com todos esses resíduos gerados pela população? Perguntam-se administradores públicos de todas as cidades e centros urbanos. A resposta pode estar na conscientização.

A realidade é que para contribuir de maneira ativa para com o meio ambiente, a primeira coisa a se fazer é promover a conscientização da população como um todo, ao mesmo tempo em que se disponibiliza formas e ferra-

O Jornal Gazeta São Mateus trará todas as quinzenas este espaço para debates e informações sobre preservação e consciência ambiental em meio urba-no, com ênfase especial a questão da destinação final de resíduos. Esta pagina conta com o apoio da EcoUrbis Ambiental S/A,concessionária publica

responsável pela coleta,transporte e destinação final de resíduos domiciliares e de saúde na Área Sudeste da capital paulista,que abrange 18 das 31 subprefeituras,e o objetivo e contribuir para ampliar cada vez mais a conscientização e educação ambiental da população.

Envie suas sugestões de pauta para [email protected] .

Esta pagina é toda sua. Participe, discuta e reflita!

mentas para que a população também faça sua parte.

E o primeiro passo para se contribuir com o meio ambiente de uma maneira satisfatória é separando e descartando corretamente os resíduos que geramos dia-riamente em nossas casas, no que é também chamado de lixo doméstico.

Na separação do lixo do-méstico devemos separar e condicionar os materiais que são passíveis de reciclagem, como, por exemplo, plásticos, vidros, papéis e metais, do restante do lixo.

Vale lembrar que esses materiais precisam estar lim-pos e secos, para que possam ser reciclados com maior eficiência. É importante sa-lientar também que os lixos orgânicos, como os restos de alimentos, apesar de serem reutilizáveis, não devem ser condicionados juntamente com o lixo reciclável.

Após realizar a separação, basta depositar o lixo domé-stico passível de reciclagem em algum ponto de coleta específico. Em muitas cidades brasileiras já existem pontos que recepcionam o lixo do-

méstico reciclável e o enviam para centros de reciclagem.

Há também em muitas cidades brasileiras a coleta se-letiva realizada por empresas.

Dessa forma, basta sab-er em que dia da semana a empresa realizará o recolhi-mento de lixo em seu bair-ro, e depositá-lo de acordo com a data especificada. Uma boa dica para auxiliar a separação do lixo doméstico reciclável, do lixo orgânico e do lixo comum, é adquirir os práticos recipientes coloridos de coleta seletiva.

Fonte:Fargmaq

Como organizar brin-quedos reciclando

caixotes de madeira

Quem já foi ao mercado ou à feira nos finais certamente já se depa-

rou com centenas de caixotes de madeira que são utilizados para o transporte e exposição de frutas, verduras, grãos e quaisquer outros produtos comercializados nesses ambi-entes. Em geral, esses caixotes acabam descartados no lixo comum, junto a frutas estragas e restos de papel e embalagens.

Caixotes de madeira po-dem ser uma ótima solução para organizar os brinquedos das crianças em casa.

O que pouca gente sabe é que dá para reutilizar esses caixotes de madeira, trans-formando-os em uma ótima solução na hora de organizar os brinquedos das crianças em casa. Esta é uma maneira fácil de impedir que as caixas se tornem lixo e, ao mesmo tempo, incentivar a educação ecológica dos pequenos.

Como transformar caix-otes de madeira para or-ganizar brinquedos

É tão simples transfor-mar caixotes de madeira em soluções para organização de brinquedos, que você mesmo pode fazer em casa, sem a ajuda de pintores ou marce-neiros. Você precisa apenas de um pouco de tempo livre, uma lixa de madeira, martelo, pincel, tinta e um esmalte específico (ou verniz) para fixação da tinta — que pode ser encontrado em lojas de

material de construção.Antes de qualquer coisa,

retire pontas de pregos e las-cas de madeira que possam machucar seus filhos. Em seguida, utilize a lixa para deixar a superfície do caixote de madeira bem lisa e pronta para receber a camada de tinta. Escolha cores alegres e que in-centivem o uso pelas crianças, como amarelo, rosa, laranja ou vermelho. Por último, utilize o esmalte fixador (ou verniz de madeira) para dar um aca-bamento perfeito e garantir maior durabilidade da pintura. Não se esqueça de pintar tanto a parte externa como interna do caixote.

Também dá para instalar rodinhas nos caixotes, ou empilhar diversos caixotes de madeira um em cima do outro, formando prateleiras que podem ser removíveis e que incentivam a organização.

Gostou da ideia? O im-portante é conseguir combinar uma solução que seja prática e bonita, além de ecologica-mente correta, para organi-zação de brinquedos com caixotes de madeira.

Cooperativas de reci-clagem podem sofrer

mudanças na sua forma de organização

As cooperativas de reciclagem podem ter modificações em

seu formato organizacional. É o que prevê o Projeto de Lei (PL) 551/2014, de autoria do vereador Toninho Vespoli (PSOL).

De acordo com o texto, o objetivo do projeto é alcançar a mão-de-obra que trabalha de forma improvisada na coleta de lixo reciclado. Hoje, as normas e procedimentos para a organização de cooperativas exigidas pela legislação bra-sileira são bastante rigorosas quanto a situação social desses trabalhadores, que muitas vezes são oriundos de outros estados.

“A legislação que regula as organizações cooperativas parte do pressuposto de que os cooperados têm pleno acesso à informação, à educação e às

benesses da vida integrada à sociedade moderna. A reali-dade que foi observada é bem distante disso: os catadores informais são, em muitos casos, pessoas que a mídia e a política classificaram como ‘excluídos’, isto é, pessoas que sequer têm acesso às con-dições minimamente dignas para a vida em sociedade”, diz o texto.

O projeto também sinaliza que as cooperativas devem ser acompanhadas de políti-cas públicas de integração e assistência social, visando o aproveitamento desse negócio ecológico, e que sejam um mecanismo de desenvolvi-mento social para os trabal-hadores da área.

O projeto encontra-se em tramitação e passará pelas comissões de mérito antes de seguir para votação em sessão .

CEU Aricanduva recebe plantio de citronela

Nos dias 12 e 13, a S u b p r e f e i t u r a Itaquera promoverá

plantio de citronelas nas entradas de acesso do CEU Aricanduva.

No mês de dezembro, Itaquera ganhou três mil mu-das de citronela que, foram armazenadas em local ad-equado para sua conservação.

O plantio destas mudas tem como um dos principais objetivos, diminuir a incidên-cia dos casos de dengue, recorrente neste período do ano. A citronela age como barreira natural contra o mos-

quito proliferador da doença. Transmitida pelo mosquito “Aedes aegypti” infectado, a enfermidade ocorre especial-mente no verão, durante ou imediatamente após períodos chuvosos.

As mudas serão cultiva-das dentro de pneus que, por sua vez, foram descartados de forma irregular nas vias da região e recolhidos poste-riormente pela operação cata-bagulho que, atua frequente-mente nos fins de semana retirando das ruas materiais inadequados. Dentro dos pneus, há mais segurança

para plantas, pois evita que elas possam sofrer danos.

Na quinta feira (13) haverá um plantio simbólico com as crianças que estudam no CEU Aricanduva. Além disso, durante toda a semana de 9 a 13 de fevereiro, di-versas ações de conservação e manutenção ocorrerão na região da escola, tal como a própria operação cata-bagul-ho nos dias 9 e 10.

O plantio é importante, pois serve como um excelente repelente natural no interior das escolas, além de desen-cadear discussões a cerca do

tema, que poderá promover campanhas na comunidade escolar com medidas para o combate e prevenção do mos-quito transmissor da doença, bem como promover a con-sciência ambiental, sobretudo nas crianças.

Este é um projeto piloto que deve ser mais abrangente de acordo com o sucesso da primeira ação, iniciada na próxima semana em con-junto com outras entidades do bairro, tal como a diretoria de ensino, responsável pelas instituições de educação de Itaquera.

Considerada um dos principais repelentes naturais, a citronela pode ser cultivada nos jardins, usada como óleo para o corpo ou em aromatizadores de ambiente

Página 4 1ª Quinzena de fevereiro de 2015Gazeta São Mateus

Page 5: Gazeta São Mateus - Edição 388

Crise hídrica: Alarme!Nosso intuito com este alarme é conclamar as autoridades, os formadores de opinião, as lideranças e os

cidadãos a se conscientizarem urgentemente da gravíssima situação que vive a cidade

A cidade de São Paulo está diante de uma catástrofe social, econômica e ambi-

ental sem precedentes. O nível do sistema Cantareira está em cerca de 6% e segue baixando por volta de 0,1% ao dia. O que significa que, em aproximada-mente 60 dias, o sistema pode secar COMPLETAMENTE!

O presidente da Sabesp declarou que o sistema pode ZERAR em março ou, na mel-hor das hipóteses, em junho deste ano. E NÃO HÁ UM PLANO B em curto prazo. Isto significa que seis milhões de pessoas ficarão praticamente SEM UMA GOTA DE ÁGUA ou com enorme escassez. Não é que haverá apenas raciona-mento ou restrição. Poderá haver ZERO de água, NEM UMA GOTA.

Você já se deu conta do que

isto significa em termos sociais, econômicos (milhares de es-tabelecimentos inviabilizados e enorme desemprego) e am-bientais? Você já se deu conta de que no primeiro momento a catástrofe atingirá os mais vulneráveis (pobres, crianças

e idosos) e depois todos nós?O que nos espanta é a

passividade da sociedade e das autoridades diante da iminência desta monumental catástrofe. Todas as medidas tomadas pelas autoridades e o comportamento da so-

ciedade são absolutamente insuficientes para enfrentar este verdadeiro cataclismo.

Parece que estamos to-dos anestesiados e impo-tentes para agir, para reagir, para pressionar, para alertar, para se mobilizar em torno

de propostas e, principal-mente, em ações e planos de emergência de curto prazo e políticas e comportamen-tos que levem a uma drás-tica transformação da nossa relação com o meio ambiente e os recursos hídricos.

Há uma unanimidade de que esta é uma crise de LON-GUÍSSIMA DURAÇÃO por termos deixado, permitido, que se chegasse a esta dramáti-ca situação. Agora, o que mais parece é que estamos acomo-dados e tranquilos num Titanic sem nos dar conta do iceberg que está se aproximando.

Nosso intuito, nosso apelo, nosso objetivo com este alarme é conclamar as autoridades, os formadores de opinião, as lideranças e os cidadãos a se conscientizarem urgentemente da gravíssima situação que vive a cidade, da

dimensão da catástrofe que se aproxima a passos largos.

Precisamos parar de nos enganar. É fundamental que haja uma grande mobili-zação de todos para que se tomem ações e medidas à altura da dramática situação que vivemos. Deixar de lado rivalidades e interesses políti-cos, eleitorais, desavenças ideológicas. Não faltam con-hecimentos, não faltam id-eias, não faltam propostas (o Conselho da Cidade de São Paulo aprovou um grande conjunto delas). Mas faltam mobilização e liderança para enfrentar este imenso desafio.

Todos precisamos as-sumir nossa responsabilidade à altura do nosso poder, de nossa competência e de nossa consciência. O tempo está se esgotando a cada dia.

Oded Grajew

Ex-presidente da Câmara devolve R$ 536 mil do mensalão

O ex-presidente da Câ-mara dos Deputados João Paulo Cunha

(PT-SP), condenado pelo jul-gamento do mensalão pagou os R$ 531 mil que faltavam do total que lhe havia sido im-posto pela Justiça, informou o jornal Estado de S.Paulo.

O então presidente da Câmara, João Paulo Cunha, fala em entrevista à Reuters em Brasília, em novembro de 2004 .

O ex-deputado, condena-do pelos crimes de corrupção passiva e peculato, já havia pa-gado, em dezembro de 2014, R$ 5 mil aos cofres públicos. Na ocasião, ele solicitou a pro-

gressão do regime, mas teve o pedido negado, uma vez que o Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu que ele tinha desviado R$ 536 mil.

Agora Cunha deverá ser beneficiado com a progressão para o regime aberto, cuja au-torização depende do ministro do STF Luís Roberto Barroso.

Todos os condenados do núcleo político do mensalão já receberam o benefício do regime aberto, entre eles, o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, o ex-deputado José Genoino (PT) e o ex-tesoureiro do Partido dos Tra-balhadores, Delúbio Soares.

Fonte: Terra

Com o pagamento da quantia desviada, João Paulo Cunha deverá ser beneficiado com o regime aberto

Nível do Cantareira sobe pelo terceiro dia seguido

Manancial opera no dia 08/02 com 5,7% da capacidade; Alto Tietê, Sistema Guarapiranga, Alto Cotia, Sistema Rio Grande e Sistema Rio Claro também

tiveram aumento no volume

Os reservatórios do Sistema Cantareira registraram aumen-

to nos níveis pelo terceiro dia consecutivo. O principal manancial de abastecimento da região metropolitana de São Paulo opera hoje (8) com 5,7% da sua capacidade. A Companhia de Saneamen-to do Estado de São Paulo (Sabesp) informou que o volume armazenado aumen-

tou 0,1 ponto percentual. O volume de chuvas neste mês chegou a 85,6 milímetros (mm) – a média histórica para fevereiro é 199,1 mm.

Nos outros mananciais administrados pela Sabesp, também houve aumento no volume. O Alto Tietê, que, além da zona leste da ci-dade, atende a nove cidades, registrou alta de 0,3 ponto percentual e está com 12,4%

da sua capacidade. Neste mês, as precipitações por lá somam 81,7 mm, enquanto a média para fevereiro é 192 mm.

O Sistema Guarapiranga, que abastece a zona sul, teve aumento de 1,2 ponto percen-tual no nível armazenado e agora está com 52,3% da sua capacidade. No mês, o sistema acumulou 97,2mm de chuva. A média histórica para fevereiro no sistema é 192,5mm.

O Alto Cotia está com 32,6% da capacidade, uma alta de 0,4 ponto percentual em relação ao dia anterior. Para o mês, a pluviometria acumulada é de 98,2mm. Já a média histórica é 178,9mm. Essas represas fornecem água para as cidades de Cotia, Embu, Itapecerica da Ser-ra, Embu-Guaçu e Vargem Grande.

O Sistema Rio Grande, que abastece os municípios de Diadema e São Bernardo do Campo e parte de San-to André, subiu de 78,2% para 78,9% no último dia. Neste mês, houve acúmulo de 91,2mm de chuva.

No Sistema Rio Claro, o nível das represas teve elevação de 0,1 ponto percen-tual de ontem (7) para hoje (8). A média de chuva para fevereiro é 237,8mm. Até o momento, foram registrados 65mm. O sistema atende parte da zona leste da capital e os municípios de Ribeirão Pires, Mauá e Santo André.

Sistema que abastece região metropolitana de São Paulo opera hoje com 5,7% da capacidade Foto: Divulgação/Sabesp

Preservar Zonas Residenciais

A minuta e debates em relação ao Projeto de Lei sobre Uso e

Ocupação do Solo, proposta apresentada pela Prefeitura, têm sido alvo de críticas por parte de muitas associações de moradores, com as quais me reuni dias atrás.

Elas apontam várias fal-has relativas à apresentação dos mapas referentes ao novo Zoneamento e, sobretudo, se opõem, de maneira firme a artigos que ameaçam o bom funcionamento da Zonas Exclusivamente Residenciais (Zers)

Não há como discordar dos moradores em relação às suas críticas à Prefeitura, afinal quem melhor entende o bairro é aquele que ali mora e trabalha. Pelos mapas apre-sentados junto com a minuta da nova lei, cujo conteúdo terá de ser discutido pelos vereadores, é impossível identificar com exatidão ruas e quadras. Problema grave que impede a boa análise das novas propostas de uso e ocupação do solo.

Para uma correta inter-pretação dos mapas, os mora-dores tiveram que recorrer a recursos como sobreposições dos mapas disponibilizados pela Prefeitura àqueles do sistema Google.

Mapas na mão e lendo atentamente a minuta, as associações de moradores

perceberam que, se apro-vada como concebida pela Prefeitura, a lei de uso e ocu-pação do solo é, verdadeira-mente, uma ameaça às Zers. E como lembra o arquiteto e urbanista Cândido Malta, morar em Zona Residencial é uma opção daqueles que buscam viver em zonas de tranquilidade . E isso precisa ser respeitado.

De fato, o estabeleci-mento de Zona Predomi-nantemente Residencial é bem diferente de Zona Ex-clusivamente Residencial. O termo “predominantemente” abrirá caminho para a trans-formação radical das Zers, que com o passar do tem-po tenderiam a desparecer, transformando-se em Zonas Mistas.

Está em curso uma ver-dadeira guerra da Prefeitura contra as Zonas Residenci-ais. Guerra com nítido con-torno ideológico. Portanto é preciso redobrar esforços e intensificar o diálogo interas-sociações de moradores, de modo a levar ao plenário da Câmara uma defesa consist-ente em defesa das Zonas Residenciais, patrimônio e pulmão verde da nossa ci-dade e não apenas de quem ali mora.

Andrea Matarazzo, vereador e líder do PSDB na Câmara Municipal de São Paulo

Nosso lema é apurar, denunciar e informar. Faça valer seu direito de cidadão!

(11) 2962-3172

Página 51ª quinzena de fevereiro de 2015 Gazeta São Mateus

Page 6: Gazeta São Mateus - Edição 388

Situação de rua no Jardim Adutora dificulta atendimento de doentes

Atendendo ao pedido de Joana Delfino da Silva, da Conferên-

cia São Vicente de Paulo, ligada a paróquia da Santís-sima Trindade reportagem da Gazeta São Mateus visi-tou a Rua Ruthe, no Jardim Adutora, próxima a Ave-nida Sapopemba altura do nº 30555,para constatar a pre-cariedade da situação em que habitam aqueles moradores.

Disforme, assoreada, sem alinhamento e em declive a rua não permite a circulação

de veículos, menos ainda de caminhões de coleta de lixo ou entrega de gás. O Jardim Adutora é uma daquelas tantas aglomerações irregu-lares que vão se formando do dia pra noite sem que ocorra qualquer intervenção do poder público a tempo. As pessoas precisam morar; tem dificuldades de acesso aos financiamentos do siste-ma habitacional e o resultado é o aumento de uma cidade ilegal.

Apelo publico

O motivo da chamada da reportagem, entretanto, tem mais a ver com uma es-pécie de apelo público diante de uma situação bastante delicada de uma casa onde duas mulheres com dificul-dades de locomoção, uma delas acamada e sem mo-bilidade alguma encontram muita dificuldade para obter qualquer tipo de acompanha-mento médico. Sem acesso, nenhum veiculo consegue chegar à residência e consul-tas são perdidas, conforme

comprovou por documentos, Joana Delfino, que acompan-ha e dá apoio às acamadas já há alguns anos.

Segundo ela parte do corpo clínico da unidade básica de saúde do Jardim Laranjeiras, a mais próxima, visitou a casa em um pas-sado recente e comprovou a dificuldade de locomoção e de viabilizar atendimento. A comprovação foi feita em forma documental.

Joana diz que inúmeras solicitações foram feitas a

subprefeitura de São Mateus para que pelo menos esta ar-rumasse a rua para facilitar a circulação de carros, in-cluindo, claro, ambulâncias para atender as acamadas, mas até o momento nada. Essas solicitações tiveram inicio na gestão anterior e continuaram com a atual, mas, segundo Joana, nem o ex-subprefeito Fernando Melo , quanto o atual, Fábio Santos, deram respostas sat-isfatórias.

A reportagem entende

o impasse da situação e as limitações na atuação da prefeitura levando em conta que se trata de uma ocupação irregular, onde as interven-ções da municipalidade tem que ser pontual para estar em acordo com a lei.

De uma coisa, entretanto a reportagem está conven-cida: da necessidade do atual responsável pela subpre-feitura dar uma resposta ou explicações claras aos inter-essados do que pode ou não fazer. Vamos acompanhar.

Árvores frágeis ameaçam cair no Parque das Flores

Mais uma tragédia anun-ciada pode ocorrer a qualquer instante, notadamente se as tão aguardadas chuvas re-solverem voltar a São Paulo com intensidade decente e necessária nesta secura de dar dó.

Tres eucaliptos em ár-vores imensas estão fragili-zadas na Rua dos Eucaliptos, Parque das Flores no Parque São Rafael Apesar de ter

Uma tragédia que pode ser anunciada. Local: Rua dos Eucaliptos, Parque das Flores, no Parque São Rafael

todos os nomes envolvidos com a natureza, esta não foi respeitada e preservada da maneira que se deveria. Com o solo onde ainda resistem, as-soreados e enfraquecidas pela ação humana, elas podem cair a qualquer momento.

Tão simples, como ób-vio: sem apoio, tomba.

Enfim, existe explicações também obvias para se ter chegado a situação atual. A

velha e recorrente questão da falta de moradias fez com que famílias inteiras fosse se fixando no local, erguendo suas, em geral, humildes residências sem obedecer qualquer ação de resguardo e preservação da vegetação nativa como é o caso dessas árvores que, sabemos, esta-vam lá bem antes das famílias chegarem.

Esse descuido tem nome

e sobrenome. Primeiro o desconhecimento e o desre-speito pelas regras de con-strução e cuidados com seu próprio ambiente por parte dos moradores e segundo pela ausência do poder públi-co seja da gestão que for em coibir ou orientar como essa ocupação poderia ser feita.

O impacto negativo na vegetação salta aos olhos. Diversas árvores tem as bases de suas raízes no solo as-soreadas e praticamente ex-postas por obra e graça de enxadas, enxadões. Foi o povo abrindo seus espaços de acomodação e circulação em detrimento das árvores.

A coisa está feita. O risco é iminente e segundo infor-mação dos moradores, proto-colos com vários pedidos de poda ou remoção foram feito há meses, alguns completan-do um ano sem atendimento. Em determinada ocasião até o subprefeito Fábio Santos vistoriou o local, mas nen-huma providência aconte-ceu. Vale ressaltar que essa

situação se repete em toda a cidade de São Paulo como fruto do baixo investimento em recursos humanos e mate-riais para execução de podas corretas e orientadas.

Cabe aos moradores estar-em atentos o tempo todo para evitar o pior, uma vez que al-gum dano já está consolidado.

As árvores são mais do que necessárias pelo equilí-brio do clima, da qualidade do ar e até do ciclo de chuvas e elas devem ser preservadas tanto quanto possível. A sua remoção deve ser a última opção. E, parece, que esta-mos chegando a ela na Rua dos Eucaliptos.

Veículos deverão atender a novos itens de segurançaItens de segurança como

sistema de fixação para cadeirinhas (ISOFIX ou

LATCH), apoio de cabeça individual e cinto de se-gurança de três pontos serão obrigatórios a partir de 2018 para os novos veículos lança-dos no mercado, e a partir de 2020 para todos os veículos em produção.

Essa foi a decisão do Conselho Nacional de Trân-sito (Contran), publicada

nesta segunda-feira (02/02) no Diário Oficial da União (DOU), por meio da Reso-lução nº 518, de 2015.

De acordo com a reso-lução, os automóveis, cami-onetas, caminhonetes e utili-tários devem dispor de cinto de segurança de três pontos com retrator e apoio de ca-beça em todas as posições de assento. Antes, o uso desses dispositivos era obrigatório apenas nos assentos laterais,

sendo facultado nos assentos intermediários.

Caminhões, caminhões-tratores e motor-casa devem ter cinto de segurança de três pontos com retrator em todos os assentos, exceto nos assen-tos intermediários dianteiros em veículos cujo para-brisa esteja localizado fora da zona de contato com a cabeça do ocupante, ou nos assentos in-termediários traseiros. Nestes casos, admite-se a utilização

de cintos de segurança subab-dominais com retrator.

Com relação ao apoio d e c a b e ç a , p a r a e s t e s veículos são obrigatórios nos assen tos com c in -tos de segurança de três pontos e facultativos nos assentos com cintos sub-abdominais.

Já o sistema de fixação do dispositivo de retenção de criança, torna obrigatório que os automóveis, camionetas e

utilitários possuam ao menos uma ancoragem inferior e uma superior ISOFIX ou uma LATCH em um dos assentos do banco traseiro.

Para os veículos espor-tivos de duas portas, admite-se a aplicação dessas fixações ao banco do passageiro diant-eiro. Já nos veículos conver-síveis, será exigida apenas a ancoragem inferior ISOFIX ou LATCH nos assentos tra-seiros. Caso o veículo possua

apenas uma fileira de bancos, fica dispensado o uso deste sistema de fixação.

O objetivo é garantir uma fixação mais rápida e segura da cadeirinha, reduzindo o risco de má instalação e melhorando a eficiência por estar presa diretamente na carroceria do veículo.

COMUNICAÇÃO SO-CIAL DO MINISTÉRIO

DAS CIDADES

Rua totalmente intransitavel,os moradores sofrem muito, o poder publico nada fez ate agora.

Mãe e filha acamadas nao tem como ser atendida por medico. O subprefeito Fabio Santos, ciente da situaçao, prometeu melhorias na rua,vamos aguardar.

Inúmeros pedidos já foram feitos no sac da prefeitura e também com o subprefeito Fabio Santos, até o momento nada aconteceu.

Tragédia anunciada!

Página 6 1ª Quinzena de fevereiro de 2015Gazeta São Mateus

Page 7: Gazeta São Mateus - Edição 388

Escola do Jardim Iguatemi, que sirva de exemplo

A Escola Estadual Jar-dim Iguatemi locali-zada no distrito Igu-

atemi, em São Mateus tem se diferenciado da média das escolas públicas estaduais no sentido positivo, muito pelo empenho, criatividade de sua diretora Suzy Rocha Ribeiro Silva responsável pela unidade nos seus últimos quatorze anos.

Em rápida conversa com a reportagem a diretora expli-cou as razões dessa diferença e nesse sentido ela esclarece que o que trouxe como postu-ra e prática para a escola tem muito a ver com a forma com que ela própria, filha de pais da roça que estudaram, fizeram cursos superiores e também se tornaram profes-sores a ensinaram. Foi mais longe e explicou que sendo criada em família grande a prática do compartilhamento, da união e de acordos eram vivências naturais. Desde jovem percebia que a edu-cação traz mudança e dessa forma desde os últimos 35 anos em que resolveu trabal-har com educação carregou isso consigo.

Suzy tem uma longa tra-jetória em vários cargos den-tro da estrutura escolar, desde quando como professora, passando por coordenação pedagógica e posteriormente

nas tarefas de gestão. Chegou a condição de diretora de escola por méritos próprios comprovados em concurso público.

Três linhas de compor-tamento orientam a sua vida profissional e eventualmente e por extensão até a privada. Suzy acha que planejar as ações em curto, médio e lon-go prazo é fundamental para uma caminhada certeira. O segundo ponto são o estabel-ecimento e respeito a regras e disciplinas acordadas entre todos os atores e clientela da escola com respeito aos horários, clareza de propósito e o terceiro ponto é a aposta no trabalho coletivo onde todos possam fazer parte de um grupo senão coeso, mas afinado nos propósitos. Foi com essa ‘filosofia’ que desde o início se comportou no Jardim Iguatemi.

Entender o tempo de hoje, mas preservar as boas práticas

Suzy comenta sobre as notórias diferenças que os tempos atuais conectado, ligeiro, expresso tem com um passado não tão distante. Apesar de compreender e aceitar toda a dinâmica atual que envolve principalmente os adolescentes e as redes so-ciais onde outras linguagens, outros modos e comporta-

mentos são a tônica, ela, enquanto educadora, sabe que é necessário preservar valores como a leitura, a boa escrita, os bons modos. Algo como preservar e di-fundir junto a esse público mais fugaz a cultura mais geral, mais ampla, mais complexa e, portanto mais completa. “O adolescente pode achar bom ler alguma coisa de forma digital, mas precisa também retomar e se habituar a ler bons livros”, cita como exemplo.

Reconhece, entretanto, a dificuldade e a lentidão de como a escola enquanto in-stituição se adapta aos novos tempos. A ideia é tentar tirar proveito das inovações tec-nológicas, sem abrir mão de valores, em resumo.

Projetos inovadores na região

Um dos destaques da escola é como ela se rela-ciona com os alunos e por extensão com a própria comunidade. É perceptível que por lá algumas coisas acontecem que qualificam-na, o seu corpo diretivo e pedagógico e principal-mente a atual direção, pois foi da ideia inicial da dire-tora Suzy trazer ações que movimentasse e ajudasse os envolvidos a serem protago-nistas dessas ações. Suzy

explica que optou por even-tos e iniciativas de natureza cultural que se diferenciava da realidade objetiva dos alunos. “A realidade do aluno de escola pública da periferia pobre da cidade de São Paulo, com os seus desconfortos que todos eles conhecem bem, foi abortada. Achei que não era motivadora e parece que acertamos”, comenta.

A primeira ação foi tra-balhar com a arte dos pintores importantes. “A arte sensibi-liza através da percepção da estética, do belo que mexe e trás sentimentos. Muitos acharam que estávamos de-lirando, mas as crianças se envolveram. Ao contrário de pais e professores que tinham dúvidas, os alunos perceberam a oportunidade de sair daquele mundo real da periferia. Deu certo”. “Quando o padre da comu-nidade em sermão deu um depoimento parabenizando a escola chamando-a de mu-seu a céu aberto que tirava o conhecimento de trás dos muros para fora, fiquei mais otimista”.

Depois desse primeiro encontro outros tantos se repetiram com o passar dos anos, sempre com o mesmo envolvimento e empenho. Como temas trataram dos cientistas, de países, dos filósofos, de atletas, em vésperas da copa do mundo desse próprio assunto e tam-bém da Amazônia. São reali-zados um por ano envolvendo todos os ciclos da escola.

O tema Amazônia en-volveu todas as disciplinas e as socioambientais. “Per-cebemos que as crianças passaram a ter informações ambientalmente corretas e adotar cuidados possíveis no seu próprio universo. Coleta seletiva, gastos no banho, fizemos todas es-sas discussões. O tema do Enem foi Amazônia. E eles

sabiam tudo tinham clareza e tiraram nova média de 7,5, deu uma sensação de acerto do nosso projeto. Estamos contribuindo”, comenta a diretora. “Conseguimos per-ceber que as crianças as-similavam as informações e iniciaram práticas cotidianas mais sustentáveis adotando os cuidados possíveis dentro de seus próprios universos”, completa.

Em 2010 o projeto focou os poetas e suas obras e o esforço acabou resultando na produção de um livro. Du-rante a realização mais de mil poemas foram recitados pelos alunos e demais envolvidos. Em outros anos temas como profissões, cinema, músicas e mais recentemente política desembocaram, agora, em temas de ação política. Suzy explica que as questões de segurança, saúde, transporte, educação e outros temas de importância para as co-munidades serão enfocadas também do ponto de vista da ação política. Um feito, visto que a alienação e a recusas à política é uma situação, infe-lizmente, comum. A própria pintura do muro da escola perpassará essa temática.

Segundo e terceiro livros

Um segundo livro in-titulado Pequenos Gestos, Grandes Transformações, em 2014, enfocou de forma colo-quial uma série de exemplos de ações que resultam em melhorias. Já o terceiro livro

que está sendo gestado será a resultante do relato das experiências dos profes-sores na condição de gerir a escola por um dia. Com o título Professor, gestor por um dia, o livro reunirá o relato destes aos quais a di-retora já teve algum acesso. Para Suzy, a experiência relatada pelos professores mostra a importância desse trabalho de gestão e suporte nem sempre percebido pelos próprios professores, fun-cionários e alunos.

Escola comemora 15 anos com baile debutante

Apos as comemorações de 10 anos da escola onde os alunos estiveram envolvidos parcialmente as comemo-rações dos 15 anos ocorrida ao final de 2014 contou com intensa participação. Com certas dúvidas e reservas, professores e funcionários aceitaram a proposta de um baile. Deu muito certo, diz Suzy. Todas as classes participaram e ainda desta-caram um casal de cada sala de aula e de cada ciclo onde foi possível para participar de uma dança mais cerimo-niosa. Ou seja, a adesão dos alunos e da comunidade foi

um sucesso.Com três livros finali-

zados, com ações comuni-tárias, com regras, respeito e pratica educativa a Escola Estadual Jardim Iguatemi se destaca dentro desse cenário. Parabéns aos esforços da di-retora. (JMN)

Sustentabilidade com poesia em São Mateus

A ÁGUA é o material mais flexível do mundo, suporta todos os golpes, só não suporta o desperdício,

faça parte do uso consciente.

A redação da Gazeta São Mateus recebeu a visita de um per-

sonagem peculiar de São Mateus, o poeta Luiz Carlos Florentino, com 38 anos de residência no Parque Boa Esperança. Nesses tempos bicudos de secura o poeta num particular de sua mil-itância ambiental está mais atual do que nunca. Desde 1976 vem falando sobre a fauna, a flora e a necessidade de cuidados com a natureza que nos envolve e que tanto maltratamos.

A veia poética desabro-chou lá pelos idos dos anos 60, quando estudante do antigo primário, ensino fun-damental I, por conta da faci-lidade de linguagem, escrita com ritmo e dom poético, um gene que trazia de seu pai também poeta e repentista. A ação mais incisiva com sua poética foi a partir de um trabalho feito em 1976 em uma das salas de educação de jovens e adultos (EJA) onde construiu poemas e apresentação com o tema da sustentabilidade ambiental.

A formação e a consoli-dação com a questão ambi-ental se deu através da leitura de matéria de jornais, estudos e do livro Teoria de Gaia, de

James Lovelock. A hipótese da teoria é frequentemente descrita como a Terra como um único organismo vivo.

Com o passar do tempo e após organizar alguns trabal-hos escritos para uso durante as exposições para as quais era convidado em escolas e outros ambientes começou a utilizar como forma a apresentação via painéis ou banners na forma que usa ainda hoje. Se no início usava cartolinas e pincel atômico atualmente usa banners com impressões digitais. A opção pelo formato grande visava facilitar a apresentação e a leitura de todos os públicos; desde as crianças até pessoas com dificuldades de visão.

Não vive dessa ativi-dade, embora tenha adotado a publicidade como forma de minimizar custos e even-tualmente formar alguma receita, ou seja, nos banners que apresenta nos encontros podem ser vistos anúncios publicitários de apoiadores que apoiam o esforço do po-eta tento como contrapartida a divulgação do nome de sua empresa ou atividade.

Luiz está finalizando para fevereiro agora o primeiro dos quatro volumes da quinta edição desse seu trabalho que

ao final contam com 64 pági-nas de leitura coloquial, aces-sível e com ritmo e poesia.

O trabalho, se não rende frutos monetários tem tido boa acolhida por onde passa. Luiz Florentino, em algumas ocasiões é convidado para apresentações simultâneas das quais sequer consegue atender. Já se apresentou em escolas publicas e particu-lares, praças, quase todas na zona leste, em espaços coletivos.

Ainda antes, no Paraná participou de entidades de es-critores e de movimentos de iniciação literária que visava viabilizar a divulgação dos escritores.

Como morador do bair-ro ainda lamenta

Perguntado sobre como via a situação ambiental da região lamentou-se. Entre as críticas indicou o mau uso e o abandono dos chamados piscinões. “Encontrei sofás, mesas, toda ordem de coi-sas jogadas nos piscinões que originalmente era apenas para armazenar o excesso de água das chuvas”, comenta. Também lamentou a forma como a popu-lação também lida com o lixo e como os inservíveis; sempre os jogando em qualquer canto desde que longe de seus olhos.

Luiz não faz apenas dis-curso. Disse que desde 2007, ou seja, lá naquele ano dis-tante da atual crise hídrica quem aproveita a água do banho coletada em uma grande bacia para, através de outros baldes menores, ser jogada nas privadas. “Nem me lembro da última vez que deu uma descarga no banheiro de casa”, insinua.

Encontros poéticos e didáticos

Em seus encontros com alunos das escolas e com os diversos públicos os poemas indicam ensinamentos. Ele fala sobre reciclagem, sobre desperdícios de alimentos e de forma resumida sobre a sustentabilidade.

Os apoios são benvindosLuiz destaca que as

dificuldades para exercer esse tipo de cidadania per-manecem. Para o atual mo-mento de produção de sua quinta edição do trabalho os apoios e parcerias para viabi-lizar e ampliar a abrangência do trabalho será muito ben-vinda. Para os interessados o poeta disponibiliza seus tel-efones de contato: 2734-6528 e o celular 95218978, Tim.

Entre um brinde bem brasileiro, um cafezinho e outro, tivemos a oportunidade de conversar de forma descontraída e alegra com a com a diretora da Escola Iguatemi, assuntos que

permearam entre educação, projetos, livros , atitudes, valores e sobre “Pequenos Gestos, Grandes Transformações”.

Página 71ª quinzena de fevereiro de 2015 Gazeta São Mateus

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Conselheiros discutem dificuldades e mostram necessidade de novos rumos

Alguns membros do conselho de repre-sentantes da região

de São Mateus reuniram-se no dia 31 na Subprefeitura de São Mateus em atendi-mento a um chamamento anterior por parte também de alguns conselheiros tendo em vista a dificuldade de manter a rotina e a presença de uma maioria entre seus 43 durante o exercício desse mandato. Alguns convidados como o ex-assessor da subprefeitura da gestão anterior, Izaltino do Nascimento e a diretora do jornal Gazeta São Mateus estiveram presentes. Vale observar que a presença de munícipes, não conselheiros, é prevista no regimento interno do funcionamento deste conselho.

A reunião extraordinária reuniu treze de seus membros eleitos, pessoas e acabou as-sumindo um caráter informal de encontro de queixas. Nada excepcional e muito diferente do que vem ocorrendo em diversos conselhos de repre-sentantes em outras regiões da cidade. Se em algumas, minoria, o funcionamento do conselho é exemplar, outros tanto ainda percorrem o árduo caminho do aprendizado de trabalho coletivo.

Coube ao vice-coorde-nador Valdir Leite de Souza revelar que a última reunião mais organizada e de presença significativa havia ocorrido em 13 de dezembro. Antes, dado o período eleitoral e o fato de diversos conselheiros terem vínculos partidários ou de campanha ou de candidato o funcionamento do conselho foi quase inexistente. Uma primeira reunião foi marcada para o dia 17 de janeiro deste ano e esteve ausente grande parte dos conselheiros in-cluindo o coordenador, Ri-cardo, e a secretária, Neide. Foi, como este, um encontro de 10 conselheiros vendo a situação confusa e por esse

e outros motivos enxergarem a necessidade de mudar a coordenação. Dai uma das razões do encontro.

Segundo Valdir, dois conselheiros, Marli Lima e Manoel, foram designados para fazer um esforço de con-vocação, através de telefone-mas para a reunião em curso. Como se viu, um terço aten-deu ao apelo. Houve também um apelo por parte do vice para que os conselheiros que também são comissionados na prefeitura comparecessem. Não compareceram, e segundo o que vão revelando os pre-sentes é dai que as confusões, mal entendidos, comporta-mentos duvidosos, posturas equivocadas vão se revelando.

Uma delas diz respeito a uma suposta reunião que teria havido no diretório zonal do PT a respeito do que estava ocorrendo no conselho. O as-sunto teria certa pertinência pelo fato de que diversos membros do partido também serem conselheiros, entre eles parte expressiva da executiva e da coordenação deste. Para alguns esse procedimento não seria correto, para outros, entretanto, como ouvido no decorrer da reunião, a atitude do DZ do PT seria legitima; uma atividade partidária para seus membros que podem, sim, discutir a situação do conselho de representantes. Ocorre, entretanto, que por conta dessa reunião existe a desconfiança de que o co-ordenador, Ricardo, membro do partido, não aceitar os encaminhamentos da reunião anterior e cancelá-la, even-tualmente extrapolando de suas funções como foi aven-tado mais a frente.

Confusões à granel

Cancelamento, confusão de datas, comportamentos equivocados por parte da coordenação e também de

outros conselheiros, só fez revelar o tamanho do descom-passo em que se encontra hoje o conselho de São Mateus. A reunião informal, pelo menos, indicou a necessidade de um esforço em busca de quórum para a próxima reunião, até o momento do fechamento desta edição, prevista para o dia 07, no espaço da subpre-feitura e para a qual se espera a presença de todos, inclusive, do coordenador e da secre-tária, além dos conselheiros comissionados em funções paralelas dentro da prefeitura.

A informalidade da re-união e o desfile de rec-lamações e queixas

Colocado o quadro que visivelmente precisa de repa-ros e alertados pelo vice-co-ordenador que sequer uma ata poderia sair daquela conversa informal, o conselheiro Flávio dos Santos , do Jardim Colo-nial apontou que o coordena-dor, ausente, não teria o poder de cancelar. “Ele (Ricardo) é advogado e deveria saber disso”, enfatizou. Queixou-se ainda das despesas e dos esforços que os conselheiros têm para ver funcionar uma coisas. “Não podemos vir aqui e ficar como bonecos de enfeite. Nem para decidir uma reunião temos o direito. O que somos então”, perguntou.

A presidente da Asso-ciação dos Moradores do Jar-dim Conquista, conselheira Luiza Helena insistiu que sem união não vai se chegar em lugar algum e que muito blá, blá, blá e misturar o partido com o conselho é muito ruim. “As pessoas não estão se colo-cando para o conselho e sim para os seus partidos. Desde agosto não temos reuniões normais e uma das razoes foi a campanha eleitoral”, apon-tou. Segundo entendimento dela, alguns projetos para São Mateus tem sido perdido

por conta de negligência dos representantes indicados que deveriam, ainda segundo ela, estar presente em alguns en-contros e se ausentaram. “Per-demos por desinteresse de alguns de nossos delegados”.

O fato, entretanto, é que ela foi parcialmente con-testada mais a frente por outro conselheiro que argumentou que o que ela eventualmente considerava perda de projetos não poderia ser considerado perda, vez que elas não esta-vam indicadas como priori-dades, razão pela qual não estavam consideras.

Durante a sua fala, entre-tanto, foi uma das primeiras a comentar que o mandato do coordenador, conforme ajuste combinado internamente e com base no regimento já venceu. Se colocou também como pré-candidata ao cargo.

Marli Lima se eximiu de culpas nos mal entendidos que estavam aparecendo. Tendo sido indicada para fazer as ligações para chamar a reunião, ela mesma comen-tou que nunca havia recebido e-mail de convocação dos encontros anteriores. Disse que ligou ao Dr. Ricardo para convidá-lo quando soube de outra reunião que estaria ocorrendo na noite do mesmo dia. Sinal evidente de desen-contros. Ao checar com outros conselheiros, as conversas, comentários e palpites foram crescendo.

Marli, entretanto, ainda fez insinuações quanto ao uso de um veículo que teria sido disponibilizado pela admin-istração, eventualmente por força do decreto que regula-mento, mas do qual ela nunca viu, recurso que só pode usar uma vez, utilizando-se de outra perua substituta. Foi uma das que considera que existe uma panela no PT que, no mínimo, não respeita a autonomia do conselho. Também denunciou que a Gazeta São Mateus nunca foi convidada a participar de qualquer encontro ou reunião extraordinária do conselho de São Mateus.

“Precisamos retomar os trabalhos, foi um ano perdido, poucos encaminhamentos e precisamos entender o pa-pel de cada um”, iniciou Dr. Sérgio Henrique Soares que refutou o papel delib-erativo do coordenador como parece que tem ocorrido pela não compreensão das com-petências. Como ilustração perguntou quem dali tinha conhecimento pleno do regi-

Pelo tom da conversa em reunião extraordinária com parte de seus membros, no dia 31, o conselho de representantes de São Mateus, a exemplo do que ocorre em muitas outras regiões da cidade, precisa urgentemente afinar a

viola internamente para não deixar legado de triste lembrançamento interno; de onde ele estaria publicado; inform-ando a seguir que o que está disponível para consulta está incompleto. “O coordenador não é dono da reunião. Só coordena e na sua ausência outro coordenador é indicado para substitui-lo”, enfatizou. “Nosso papel aqui é fazer as coisas acontecerem para tentar sanar a precariedade de serviços públicos na região”, resumiu.

Outro a comentar a situ-ação foi Odair de Jesus Souza que retomou a critica quanto a eventual mistura entre os in-teresses comuns do conselho, com os interesses da região e ainda com os interesses par-tidários indicando que essa situação precisa ser esclare-cida e superada. Lamentou ainda que a reunião em curso deveria ter respaldo jurídico, “No mínimo para fazer moção junto à coordenação geral e fazer valer os reclamos que estão sendo ouvidos aqui”. Ao final expressou o desejo de que na próxima reunião as coisas fiquem claras e esclare-cidas e se diz disposto a colab-orar como liderança, mesmo não sendo conselheiro.

Já Rute, conselheira do Sapopemba lembrou que a culpa que se atribui ao PT não pode ser generalizada e que eventuais posturas equivo-cadas são da parte de alguns de seus quadros. Alertou, também, que grande parte do que vem acontecendo em termos de desencontros são de responsabilidade dos próprios conselheiros que estão deix-ando acontecer.

Coube ao Dr. Sérgio es-clarecer que o que a maioria decidir, reuniões paralelas, como as que pode ter ocorrido no PT ou em outros partidos não devem interferir. Res-saltou também o direito que os partidos ou de qualquer outro cidadão ou organização têm de discutir a situação dos conselhos “O nosso foco tem que estar na execução do orça-mento e no quanto e como São Mateus participa disso a partir das indicações de prioridades”, registrou. Foi ele quem havia pontuado antes que as priori-dades envolviam a construção

ou funcionamento de um hos-pital público de um centro desportivo aparelhado entre as demandas principais, razão pela qual não haveria perda de projetos com outras demandas conforme lembrado no começo da conversa.

Também reiterou que a tarefa do coordenador é coorde-nar, não comandar os consel-heiros e que se faz necessário conhecer as leis, o regimento, os estatutos e discutir outra coordenação para o conselho. “Essa também é uma exigência que se faz ao conselheiro para que confusões como as que es-tão ocorrendo não aconteçam”.

Quase ao final, Odair Souza, do distrito São Rafael lembrou que mesmo o papel de coordenação é complicado e trabalhoso. Ele coordena a ação de 16 conselheiros do dis-trito e tem feito enorme esforço para compor acordos, tentar entender e viabilizar o fun-cionamento. Em permanente aprendizado, diz ter clareza do papel que assumiu quando foi eleito coordenador local e como conselheiro que também é de fiscalizar, dialogar com governo e com a comunidade.

Ele próprio revela que foi convidado para a suposta reunião do DZ a qual criticou com base em um dos pontos do regimento que resumidamente diz não ao proselitismo político partidário dentro do conselho de representantes. Não só foi contra como reconheceu o erro de algumas pessoas do PT, mais ainda de alguém que tem formação em Direito, insinuou.

Tentando resumir uma ópera até agora bufa, dado o

grau de desencontro e confusão que permeia o funcionamento do conselho de representantes de São Mateus, segundo rev-elado pelos próprios membros a situação precisa de reparos. Cabe aos envolvidos se con-centrarem nesse esforço sob o risco de terem participado de um coletivo que não deix-ará nada de louvável para ser lembrado.

Para o bem da comuni-dade e do funcionamento de um importante instrumento de cidadania a redação da Gazeta espera que os rumos corretos sejam retomados. (LM/JMN)

“Segundo informações de Hamilton Clemente a Gazeta São Mateus, a tão reclamada reunião no Diretório Zonal, motivo de reclamação generali-

zada, de fato, teve como pauta a indicação do novo coordenador na reunião do dia 07 do conselho de

representantes”

Conselheiros e moradores discutem novos rumo para o Conselho participativo

Luisa Helena Presidente Associaçao de Moradores do JD da Conquista, mostra sua insatisfaçao.

Página 8 1ª Quinzena de fevereiro de 2015Gazeta São Mateus

Page 9: Gazeta São Mateus - Edição 388

Sete dicas da NRF para o pequeno varejista ser mais competitivo

A NATIONAL RE-TAILS FEDERA-TION BIG SHOW

2015, popularmente con-hecida como NRF 2015, é incontestavelmente a maior feira de varejo do mundo foi realizada em Nova York nos dias 11/01/2015 a 14/01/2015, contou com palestras inspira-doras ministradas dos maiores especialistas em varejo do mundo e apresentou algumas vantagens competitivas para o pequeno varejo que merecem ser compartilhadas.

O primeiro ponto é o dinamismo do varejo que proporciona ao pequeno comerciante várias vanta-gens competitivas em relação ao grande varejo. Entre os diversos assuntos apresenta-

dos, destaco a nova realidade do ominichanel e o posi-cionamento da empresa, o entendimento que as pessoas são essenciais para o varejo, também entender e conhecer profundamente o mercado de atuação, regionalização da marca, a tecnologia como ferramenta do negócio e, principalmente, proporcionar uma surpreendente experiên-cia de compra ao seu cliente.

Em relação a entender o conceito de ominichannel, o cliente está a um Google de qualquer produto. Diante desta nova realidade multi-canal, o pequeno varejista deve responder as seguintes questões: Quem você é? Quem quer servir? Qual atributo mais valorizado no

processo de tomada de de-cisão do seu público alvo? Onde você vai atuar? Qual o pacote de valor que vai en-tregar para os seus clientes? Quais são suas prioridades e suas possibilidades? Ou seja, ter um posicionamento muito claro da sua proposta de negócio e um planejamento detalhado de sua atuação.

A segunda lição é em relação às pessoas, ou seja, o varejo é uma atividade que exige interação de pes-soas, sendo assim o pequeno varejista deve selecionar bem sua equipe de colabora-dores, montar um time forte, ter calma na contratação e ser rápido na dispensa; É essencial entender que não basta apenas ensinar seus

colaboradores a atender bem, além que você, dirigente lojista, deve ser o exemplo para todos, Para isto, umas das atitudes principais é não criticar seus colaboradores para ninguém, pois quem os escolheu foi você. E o mais importante: o seu primeiro cliente é o seu funcionário/colaborador. Desta forma, como ele vai vender sua loja se ele não a comprou?

O terceiro ponto é en-tender muito bem o mercado que sua loja está inserida, conhecer a fundo a cadeia produtiva do seu negócio e seus principais competi-dores. Outro ponto relevante é considerar se você será um varejista com foco em lojas de rua e/ou lojas de shopping, pois existem peculiaridades nestes dois ambientes e que podem influenciar no sucesso do seu negócio.

Outra dica refere-se a uma estratégia de regionalização ao escolher determinada lo-calidade onde atuar, é primor-dial criar um vínculo estreito com a comunidade daquela região. Tal ação faz com que a sua empresa obtenha uma vantagem competitiva em relação aos seus concorrentes.

É oportuno também destacar a importância da tecnologia como ferramenta de captação de dados para a tomada de decisões, coletar informações integras sobre o comportamento de compra dos clientes, estudar a perfor-mance dos colaboradores por

meio de critérios qualitativos, analisar a movimentação de produtos e mensurar o de-sempenho de venda de seus equipamentos de loja.

Convém ressaltar a im-portância do planejamento de curto, médio e longo prazo, estudando criteriosamente suas prioridades de acordo com o que é mais importante para o seu cliente e com as suas possibilidades de recur-sos, sejam eles humanos, de tempo, conhecimento técnico e de ordem financeira.

E o mais importante é colocar a vontade do seu cliente no centro da sua to-mada de decisões e “ ouvir a loja”, isso mesmo, a loja nos fala muitas coisas. Podemos citar como principais exem-

plos a composição do mix de produtos da loja (que deve ser adaptado de acordo com a performance de venda dos grupos de produtos), as músi-cas que devem tocar na rádio interna do estabelecimento devem ser as preferidas dos clientes e não as preferidas do dono da loja e o cheiro da loja deve conter a fragrância predileta dos clientes.

Perceba que as sete dicas são facilmente aplicadas em qualquer tipo de estabel-ecimento, não importando o segmento de atuação. Então, mãos à obra e coloque em prática as indicações e rapid-amente será possível notar as diferenças que as mudanças podem fazer no seu dia a dia nos diversos sentidos.

Marcelo Dória, Empresário, pós graduado em administração de empresas pela Pontifícia Universidade

Católica de São Paulo, Aluno de Especialização em Varejo da Escola de Administração de Empresas de

São Paulo da Fundação Getulio Vargas. E-mail: [email protected]

Venderam a praça da rua Andrômeda

A área é preservada desde o ano 2000. Antes, o espaço era

utilizado como depósito de entulho e lixo, como con-taram alguns moradores. Também disseram que o espaço foi oficializado como praça, na Gestão Celso Pitta e que o prefeito veio em sua inauguração,não ficou comprovado a presença dele. Durante os últimos 14 anos, o poder público conservou o terreno como praça, ou seja, é

uma área verde. Desde então, serve para convivência dos moradores, direito garantido pela Constituição Federal.

Para surpresa dos usuári-os, em 2013 apareceu na praça um caminhão com ma-terial de construção e alguns operários que vieram murar a área a praça . No mesmo instante, os moradores se organizaram e impediram a execução do muro,junto com a suprefeitura . Após um longo processo de inves-

tigação por parte de alguns moradores, soube-se que a área havia sido arrematada em leilão para pagamento de dívidas da CIA SAAD, e cau-sou estranheza aos usuários e guardiões deste local, visto que a área da praça é bico de lote, e por determinação da lei de uso e ocupação de solo: de todo área desmembrada, deve ser doada um percentual ao Município, garantindo a per-meabilidade, o que contribui com a qualidade de vida das

pessoas, e fornece condições para a manutenção da fauna e flora regional, preservando os recursos naturais.

São Mateus é uma região esquecida pelas autoridades, que só lembram da sua ex-istência em época de eleição, por outro lado, a região é marcada por áreas que foram ocupadas irregularmente e que ao longo dos anos vão sendo regularizadas pelo poder público.

São Mateus tem o seg-

undo pior índice no perfil ambiental, indicado no Atlas Ambiental da Cidade de São Paulo (http://atlasambiental.prefeitura.sp.gov.br/).

A destruição das áreas verdes é uma constante nesta região. Muitos enriquecer-am na região por meio da grilagem de terra, são pou-cos os loteamentos regu-lares, e com um agravante: das áreas determinadas pela lei de uso e ocupação do solo, para ser doada para o poder público, uma grande parte fica sem identificação e sem a transmissão legal, via cartório, para o poder público, o que faz com que as terras continuem com o mesmo proprietário, que após alguns anos as apre-senta como pagamento de dívidas ou para garantia de recursos financeiros que não serão pagos e consequente-mente, as terras que eram públicas vão para leilão para saldar dívidas dos primeiros proprietários.

E assim a vida segue em São Mateus, aquele que era proprietário ganha uma, duas, três, quantas vezes ele quiser com a mesma terra, por outro lado, o poder públi-co não consegue acompanhar e mensurar, quais seriam as áreas pertencentes a ele, via loteamento regular, e quando percebem já existe um novo proprietário, com um novo registro em cartório e ele ap-enas acata a documentação.

Voltando a questão da praça localizada na Rua Sir-ius com Avenida Andrômeda, no bairro Cidade Satélite Santa Bárbara, em São Ma-teus, a comunidade espera que a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente, desaproprie a área e a oficial-ize, de fato como Praça. Afi-nal, muito já foi investido de dinheiro público em melhoria e na sua preservação.

Sueli RodriguesSecretaria Executiva –

CEMAIS

Os dez ladrões da sua energia1. Afaste-se daquelas pes-

soas que só chegam para compartilhar queixas,

problemas, histórias desas-trosas, medo e julgamento dos outros. Se alguém pro-cura uma lata para jogar o lixo que tem dentro, que não seja na sua mente.

2. Pague as suas contas a tempo. Ao mesmo tempo, cobre aqueles que te devem ou escolha deixar para lá, se você já percebeu que é impossível receber.

3 . Cumpra a s suas promessas. Se você não cum-priu alguma, pergunte-se

o porquê desta resistência. Sempre você tem o direito de mudar de opinião, de se desculpar, de compensar, de renegociar e de oferecer outra alternativa diante de uma promessa não cumprida, mesmo que já um costume.A forma mais fácil de evitar o não cumprimento de algo que você não quer fazer é dizer “NÃO” desde o começo.

4. Elimine, dentro do possível, e delegue aquelas tarefas que você prefere não fazer, dedicando o seu tempo àquilo que, sim, você des-fruta fazer.

5. Dê permissão a você mesmo para um descanso, quando você estiver em um momento que o necessite e dê permissão a você mesmo para agir quando estiver em um momento de oportunidade.

6. Jogue fora, recolha e or-ganize... nada te tira mais ener-gia que um espaço desordenado e cheio de coisas do passado que você já não necessita.

7. Dê prioridade à sua saúde, sem a máquina do cor-po trabalhando ao máximo, você não pode fazer muito. Tome tempo para perceber o que seu corpo está te dizendo.

8. Enfrente as situações tóxicas que você está tol-erando, desde resgatar um amigo ou um familiar, até tolerar ações negativas de um companheiro ou um grupo. Tome a ação necessária.

9. Aceite. Não é resig-nação, mas nada te faz perder mais energia que o resistir e brigar contra uma situação que você não pode mudar.

10. Perdoe... deixe ir uma situação que está te causando dor... você sempre pode escolher deixar ir a dor da recordação.

Dalai Lama

Marcelo Doria presidente da CDL Sao Mateus,representando nosso bairro na Europa.

A prefeitura sempre fez manutençao da praça como mostra a foto.

Árvores enormes contribuindo para nossa saude, sendo ameaçadas a serem derrubadas.

A revolta dos moradores e muito grande.

Página 91ª quinzena de fevereiro de 2015 Gazeta São Mateus

Page 10: Gazeta São Mateus - Edição 388

Aprendemos com a vida que as aparências não somente enganam ou criam idéias falsas e preconceitos, mas que com o tempo elas se apagam. A beleza exterior não é eterna. Mas a que vem do interior não cria rugas, a terra não consome e se ela deve

se modificar é para ficar ainda mais aprimorada com a idade e as vivências.

Leticia Thompson

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