gazeta são mateus - edição 402

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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA G S 2ª Quinzena de Setembro de 2015 ANO XXII - Nº 402 M azeta ão ateus DE OLHO NOS FATOS 22 Parque São Rafael Iguatemi Página 2 Página 7 Vereador Gilson Barreto defende emprego e renda no comércio da Mateo Bei Página 3 Página 6 A Câmara Municipal realizou no dia 30 de setembro uma audiência pública para debater o funcionamento da faixa exclusiva de ônibus da Avenida Mateo Bei. A iniciativa foi da Comissão de Trânsito, Transporte, Atividade Econômica, Turismo, Lazer e Gastronomia da casa. Representantes do Sindicato dos Comerciários de São Paulo e da Câmara de Dirigentes Lojistas de São Mateus (CDL) lotaram o plenário da Câmara. AUDIÊNCIA SOBRE A LEI DE ZONEAMENTO A Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente da Câmara Municipal de São Paulo promoveu em 12 de setembro audiência pública relativa ao PL 272/15, que disciplina o Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo. A chamada Lei de Zoneamento tratando especialmente da região de São Mateus. Na presença de lideranças, vereadores a audiência foi presidida por Gilson Barreto. A dinâmica da audiência foi ouvir e considerar as sugestões das lideranças. Página 7 Página 5 Vereador Paulo Fiorilo promove e vento P arlamentares com presença histórica em São Mateus reuniram lideranças, representantes do poder público e convidados para fazer uma ligeira homenagem a São Mateus, por ocasião do seu 67o aniversário, através da lembrança sobre a ação de suas lideranças e cidadãos lutadores. O vereador Paulo Fiorillo que também é presidente do Diretório Municipal do PT de São Paulo, a vereadora Juliana Cardoso, também membro da Executiva do partido e o deputado estadual José Zico Prado reconduzido a Assembleia recentemente da condição de suplente em que estava. Feira do SEBRAE no Colégio Santa Barbara. O s alunos e professores do colégio Santa Bárbara, juntamente com o SEBRAE, desenvolveram no segundo semestre o curso jovens empreendedores primeiros passos. Esse, visa incentivar os alunos a buscar novos conhecimentos, novas aprendizagens além do espírito de coletividade. Liderança da Vila Flávia insiste, apesar das dificuldades M orando cerca de 30 anos na Vila Flávia, em São Mateus, Milton Ferreira Mendes é outra entre dezenas de lideranças espalhadas pelos três distritos de São Mateus que tem pouco a comemorar nesses 67 anos de existência do bairro. Com 30 anos morando na região, Milton reconhece o expressivo crescimento do bairro, principalmente no aspecto populacional.

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Edição 402 do Jornal Gazeta São Mateus

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Page 1: Gazeta São Mateus - Edição 402

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

G S2ª Quinzena de Setembro de 2015ANO XXII - Nº 402

Mazeta ão ateusDE OLHO NOS FATOS22

Parque São Rafael Iguatemi

Página 2

Página 7

Vereador Gilson Barreto defende emprego e renda no

comércio da Mateo Bei

Página 3

Página 6

A Câmara Municipal realizou no dia 30 de setembro uma audiência pública para debater o funcionamento da faixa exclusiva de ônibus da Avenida

Mateo Bei. A iniciativa foi da Comissão de Trânsito, Transporte, Atividade Econômica, Turismo, Lazer e Gastronomia da casa. Representantes do Sindicato dos Comerciários de São Paulo e da Câmara de Dirigentes Lojistas de São Mateus (CDL) lotaram o plenário da Câmara.

AUDIÊNCIA SOBRE A LEI DE ZONEAMENTOA Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente da Câmara Municipal de São Paulo promoveu em 12 de setembro audiência pública relativa

ao PL 272/15, que disciplina o Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo. A chamada Lei de Zoneamento tratando especialmente da região de São Mateus. Na presença de lideranças, vereadores a audiência foi presidida por Gilson Barreto. A dinâmica da audiência foi ouvir e considerar as sugestões das lideranças.

Página 7

Página 5

Vereador Paulo Fiorilo promove e vento

Parlamentares com presença histórica em São Mateus reuniram lideranças, representantes do poder público e convidados para fazer uma ligeira homenagem a São Mateus, por ocasião

do seu 67o aniversário, através da lembrança sobre a ação de suas lideranças e cidadãos lutadores.

O vereador Paulo Fiorillo que também é presidente do Diretório Municipal do PT de São Paulo, a vereadora Juliana Cardoso, também membro da Executiva do partido e o deputado estadual José Zico Prado reconduzido a Assembleia recentemente da condição

de suplente em que estava.

Feira do SEBRAE no Colégio Santa Barbara.

Os a l u n o s e p r o f e s s o r e s d o c o l é g i o Santa Bárbara,

juntamente com o SEBRAE, desenvolveram no segundo semestre o curso jovens empreendedores primeiros passos. Esse, visa incentivar os alunos a buscar novos c o n h e c i m e n t o s , n o v a s aprendizagens além do

espírito de coletividade.

Liderança da Vila F l á v i a i n s i s t e , a p e s a r d a s

dificuldades

Morando cerca de 30 anos na Vila Flávia, em São Mateus, Milton Ferreira Mendes é outra entre dezenas de lideranças espalhadas

pelos três distritos de São Mateus que tem pouco a comemorar nesses 67 anos de existência do bairro.Com 30 anos morando na região, Milton reconhece o expressivo crescimento do bairro, principalmente no aspecto populacional.

Page 2: Gazeta São Mateus - Edição 402

Lucy Mendonça jornalista responsável

pelo Jornal Gazeta São Mateus

MTB 43029-SP

E x t i n t o r “ m e e n g a n a q u e e u g o s t o ”

Nunca antes neste país

Então é ou não para apagar o incêndio caso pegue fogo no veículo

em via pública ou na garagem? É para jogar água se tiver por perto. Se tiver, pois com a atual crise hídrica do estado de São Paulo nem sempre teremos água á mão, não é verdade? Ou é para chamar os bombeiros e deixar o veículo queimando até eles chegarem?

O governador de São Pau-lo foi premiado por ter sido um bom gestor dos recursos hídricos. Não sei exatamente ao que eles estão se referindo porque é público e notório que ele - Alckmin e o seu partido - PSDB estão há séculos no governo do estado e já deviam ter planejado saídas viáveis para os tempos de escassez de chuva e dificuldades de armazenamento. Sei lá se a premiação é uma zombaria ou se de fato o governador tá sendo competente mandando um pingo por dia para as casas das pessoas.

Vale lembrar que o prêmio também deve ser por causa do sucesso que tem sido a proposta do PSDB, desde o século passado de limpar o Rio Tietê. Não está limpo não, fui lá no Polo Ecológico do Tietê por onde, por perto e ao lado passa o rio para conferir e ele não estava nada limpo, muito pelo contrário, além do cheiro.

Mas voltando ao extintor

de incêndio veicular, parece uma piada de mau gosto, essa coisa dos proprietários dos car-ros terem que adquirir no mer-cado tipos específicos de extin-tores, a ponto de pagarem mais caro os poucos disponíveis dado a grande procura e a cor-reria atrás do equipamento e, agora, estarmos dispensados desse cuidado que alguém, lá trás, conseguiu fazer aprovar a sua obrigatoriedade.

E não é que o uso do extintor de incêndio em car-ros passou a ser optativo no Brasil em decisão tomada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran)!

Fiquemos pasmos, mas não exageremos. A obriga-toriedade do uso do extintor continua para todos os outros veículos que são utilizados comercialmente para trans-porte de passageiros, camin-hões, caminhão-trator, micro-ônibus, ônibus e destinados ao transporte de produtos in-flamáveis, líquidos e gasosos.

Não sei porque mais esse vai e vem; é obrigatório e depois não é me lembrou aquela outra exigência; a do estojinho de primeiros socor-ros. Não que o estojo em si não fosse útil nas infelizes oportunidades de acidentes em que devessem ser usados, mas sempre cheirava estra-nho sair da cartola sei lá de quem, a exigência ‘a´ ou ´b´

com a obrigatoriedade de ter atendida imediatamente com o risco de ficar infringindo a lei e sujeitar-se a multas.

O que cheirava estranho e cheirará tantas vezes em que se repetir esse esquemas é o fato de uma legislação qualquer, saída da cartola de um e outro ser aprovada por coincidência já encontrar no mercado quem possa atender fornecendo os produtos ex-igidos; ou somos inocentes para imaginar que no caso dos extintores empresa a ou b já não estaria preparada para abastecer o mercado? Como ela sabia que seu produto seria obrigatório? Contra outra e conta para quem é ingênuo, gosta ou não se incomoda de ser enganado que não é o meu caso.

Mas, pelo sim, pelo não fiquemos atentos porque novas modas e invenções aparecer-am da noite para o dia tor-nando obrigatório usarmos e com a empresa x ou y lá de boas prontinha para te vender o que você precisará hoje, mas dispensado amanhã. (LM)

Nunca antes neste país t ivemos um p r e s i d e n t e d a

Câmara tão polêmico, em alta, nos holofotes. Tirando os exageros este é o Eduardo Cunha (PMDB-RJ) que recen temente apareceu na boca de outro delator premiado e investigado pela força-tarefa da Operação Lava Jato, o ex-gerente da Área Internacional da Petrobras Eduardo Musa.Este, disse em depoimento, que a “palavra final” da decisão daquela diretoria, na época comandada por outro réu Jorge Zelada era do atual presidente da Câmara. Antes , es te pres idente , todo poderoso já havia sido acusado pelo lobista Julio Camargo de embolsar 5 milhões de dólares em p r o p i n a n o s c o n t r a t o s de navios-sonda com a Petrobras.Nos detalhes do depoimento o tal de Musa explicou que outro lobista João Augusto Henriques, já preso, colocou o Zelada na petroleira com o apoio da seção mineira do PMDB, mesmo com a influência do Cunha, do PMDB do Rio de Janeiro. Segundo o tal Musa era o Cunha que batia o martelo nas decisões. Por parte do acusado por ele, a assessoria d isse que Eduardo não conhece o delator. Pergunto: e daí, precisa conhecer para negociar? Nem sempre.O tal Zelada que é réu na Lava Jato por indícios de ter recebido propina para beneficiar uma empresa americana num contrato de afretamento de navio-sonda era sucessor de Nestor Cerveró. Segundo a acusação do Ministério Público, pelo menos 31 milhões de dólares do esquema foi parar nas mãos de Zelada, de Musa e do PMDB, responsável pelo apadrinhamento. São suspeitas e mais suspeitas,

várias delas esbarrando nos pés ou seria no pescoço _a depender do que ficar revelado, do Eduardo Cunha; o mais famoso presidente da Câmara nos últimos tempos.O osso é o cara que é lembrado por essas suspeitas, graves, e por uma série de medidas e proposições polêmicas que abraça e p romove espertamente; porque o faz sem entrar em conflito explícito com as normas da casa, estar com a faca e o queijo na mão. É o tal, o mesmo que tem vínculos seguros com os evangélicos e que nenhum mal maior teria, não fosse as abraçadas que ele dá para as propostas esdrúxulas advindas dessa bancada; dos evangélicos, dos criadores de bois e da bala que formam a famigerada bancada BBB: bíblia, bala e boi.

E é desse, agora, um dos desafetos da Dilma e quase um lobista explícito pelo impeachment que ouvimos que vai começar a despachar os pedidos de abertura de processo de impeachment que foram protocolados na Câmara contra a presidenta Dilma. Tomou o cuidado de não dizer qual é a sua opinião e analiso que aqui qualquer coisa lhe interessa desde que desgaste a presidenta, como também não indicou quais pedidos seriam despachados primeiro.

Ele terá que decidir a prioridade entre 15 pedidos diferentes de afastamento da presidente que estão protocolados esperando d e f i n i ç ã o . D e n t r e o s pedidos o que tem mais chances de ter seguimento é o encabeçado pelo ex-deputado Hélio Bicudo, que militou no PT por mais de 20 anos e foi deputado federal pelo partido que botará mais água na fervura.

A p e s a r d e e x i s t i r , nas redes, manifestações

contrárias a proposição do jurista vindo até mesmo de familiares, Hélio Bicudo insiste em acusar a presidente de ter cometido crime de responsab i l idade t an to pelos fatos relacionados à Operação Lava Jato quanto pelo atraso proposital de recursos de programas sociais aos bancos públicos, o que tem sido chamado de “pedalada fiscal”.

N ã o s e m a l g u m a oposição o presidente teve quer responder à questão de ordem apresentada pelos partidos de oposição ao jeito ou rito que será adotado pela Casa para analisar os pedidos. Para embaçar mais e ou para esclarecer melhor deputados do PT e do PCdoB também pedem esclarecimentos quanto aos ritos de tramitação dos pedidos de impeachment.

Passando parcialmente a r é g u a n o a s s u n t o o parlamentar f luminense também explicou ainda que, se recebida a denúncia pela prática de crime de r e s p o n s a b i l i d a d e d o presidente da República, a autoridade denunciada será notificada e instada a se manifestar no período de até 10 sessões, pessoalmente ou por meio de advogado.

O n d e c h e g a m o s , e n t ã o ? A o f a t o d e u m p re s iden te da Câmara , político habilidoso, sob desconfiança e suspeitas de ma l fe i tos confo rme os dela tores premiados r e v e l a m , c o n s e g u e escorregar feito sabonete m o l h a d o e b o t a r p a r a ferver menos ou mais a vida e aumentar a agonia da presidente Dilma, que a depender do humor do tal, pode ver seu nome e seu mandato sendo apreciado de forma antecipada.

O Brasil não merece o Brasil ou algo assim. JMN

Página 2 2ª Quinzena de Setembro de 2015Gazeta São Mateus

Page 3: Gazeta São Mateus - Edição 402

AUDIÊNCIA SOBRE A LEI DE ZONEAMENTORelator faz considerações sobre o encontro

A C o m i s s ã o d e Po l í t i ca Urbana , M e t r o p o l i t a n a e

Meio Ambiente da Câmara Municipal de São Paulo p r o m o v e u e m 1 2 d e setembro audiência pública relativa ao PL 272/15, que disciplina o Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo. A chamada Lei de Zoneamento tratando especialmente da região de São Mateus. Na presença de l ideranças, vereadores a audiência foi presidida por Gilson Barreto. A dinâmica da audiência foi ouvir e considerar as sugestões das lideranças.

Após a longa exposição de motivos, sugestões e opiniões feitas durante a audiência foi a hora de ouvir do relator as considerações. Escalado para a tarefa ,o vereador Paulo Frange tentou fazer um resumo diante do fato dos temas estarem concentrados.

Primeiro a abordagem de fiscalização, que foi muito falada. “Muita gente reclamou, e temos uma preocupação muito grande. A Lei de Zoneamento só vai ter sucesso se a gente realmente tiver uma fiscalização muito efetiva, muito presente, depois de tudo isso aprovado. Até lá , também é uma preocupação. Mas para que ela possa prosperar e dar resultado, nós vamos precisar muito de uma fiscalização”.

Sobre a f iscalização assumiu que qualquer que seja o zoneamento aprovado e le i r á func ionar se a fiscalização for efetiva, mas isso, segundo ele também irá depender do aumento no número de fiscais, hoje em 400, segundo o sindicato da categoria. “O capítulo da fiscalização é o 3, e ele vai receber muita contribuição. Vamos fazer uma oficina e trabalhar isso da Câmara, junto com os técnicos, para que possamos aprimorar a forma de fiscalizar. Inclusive, provavelmente, criar um m e c a n i s m o We b o n d e ninguém se identifica, para que a gente possa informar ao máximo o cidadão, para que possamos ter mais de 11 milhões de pessoas nos ajudando a fiscalizar, passando informação” , comentou.

Comentou sobre a falta de escolas técnicas, sobre o envelhecimento lembrando não serem esses assuntos de zoneamen to . Sobre a regularização fundiária

reconheceu que se trata de uma preocupação grande do prefeito que tem se esforçado para resolver. Lembrou, inclusive da entrega de títulos poucos dias antes.

Citou o caso da Cidade Tiradentes como exemplo: “Mas, aqui ao lado vocês já tem um exemplo, quem olha o mapa hoje da Cidade Tiradentes notará que uma grande parte já está toda regularizada, inclusive o comércio passa a ser regular e praticamente toda a José Bonifácio está contemplada como Zona Mista de Interesse Social e não é nem ambiental, porque houve regularização fundiár ia e o comércio passa a ser legal. Então, estamos caminhando, 10% do território de São Paulo não é pouca coisa, é muito território. Mas esse processo ainda irá continuar”.

Um pouco mais extenso, comenta o questionamento anterior

F a l o u s o b r e a s incomodidades da zona mista com a zona mista de interesse social, e também no que diz respeito ao nível de ruídos. Comentou também sobre a falta de uma Zepec, visto que São Mateus não tem tombamento, como poderia ser o caso do Morro do Cruzeiro que segundo ele já está identificado e para o qual se busca a apreciação dos órgãos responsáveis por esse eventual tombamento. Objetivamente apontava para que algumas zonas de preservação poderiam ser com atividades de lazer e turismo, além da atividade agrícola sustentável. Com destaque para o turismo que em tese é uma atividade limpa e de impacto possível de controlar.

Fez outras considerações mu i to e spec í f i c a s que poderão ser lidas no relatório completo que pode ser acessado pelos interessados. “Bom, enfim, esses são os temas mais interessantes. Essa audiência pública traz exatamente o que nos motiva muito na região, o pessoal da indústria tem de ser tratado com muito cuidado. O Vereador Gilson Barreto já havia insistido nisso, assim como a Vereadora Juliana Cardoso. Conhecemos a região e sabemos da sua importância. O emprego através da indústria, que já está instalada, e é muito

mais fácil você instalar uma atividade que já está pronta, funcionando há muito tempo com indústrias de pequeno e médio portes, do que buscar outra alternativa econômica para a região”, asseverou o relator, que também buscou

tranquilizar o movimento de moradia que esteve presente na audiência com suas questões específicas.

Finalizou registrando os apartes e a participação de cada um dos que participaram ativamente do encontro.

O que pensa a A s s o c i a ç ã o d a s Indústrias

Durante a audiência os interesses das indústrias f o r a m p a r c i a l m e n t e expressos por Washington Luiz Oliveira Nunes, da Associação das Indústrias do bairro Palanque. Agradeceu a oportunidade e se inseriu entre os desbravadores que estão há 15 anos no bairro do Palanque. “Somos da Zona Leste e nunca abandonamos a r e g i ã o . N a s c e m o s aqui , gostamos daqui e procuramos nos desenvolver aqui”, considerou.

“ T r a b a l h a m o s e m grandes empresas, e num determinando momento resolvemos montar nossas empresas, e não escolhemos outro lugar, porque a zona Leste está dentro do nosso coração. Não somos contra nada que seja do meio ambiente e daquilo que traga o bem para todos nós,

porque temos filhos, netos, e queremos participar disso. Queremos ter qualidade de moradia, de meio ambiente, de transporte, de trabalho, e evolução para todos nós”.

“Como falou o Décio, temos 86 indústrias, e já

geramos mais de dois mil empregos. E a importância de tudo isso é fazer com que as pessoas possam trabalhar próximo das suas casas, com essas indústrias trazendo um ganho diferente. Porque se não há regularização, se não há um olhar diferente para a indústria, para que ela possa se instalar, ter a sua licença, como é que ela pode investir, como é que ela pode melhorar o nível de salário? Eu tenho o prazer de, dentro da empresa, ter seis pessoas que fizeram universidade junto conosco, criando oportunidade de e v o l u i r o g a n h o , m a s também como pessoa, como ser humano. E é isso que queremos. Estamos há mais de 15 anos lutando para que a região do Palanque seja oficializada, com a criação da zona industrial, e isso sempre com muita dificuldade. Hoje vemos um movimento de interesse de ajuda. Os Vereadores têm nos ajudado muito. E o pessoal do meio ambiente também tem olhado de outra maneira, com equilíbrio”.

“Fazemos parte de uma associação de indústrias que não que r somen te produzir produtos para

vender, mas também ajudar o meio ambiente, ajudar na reconstrução daquilo que não existe mais, que não fomos nós que desmatamos. Quando chegamos lá, aquilo já estava desmatado, e nós implantamos a indústria porque é muito caro montar uma indústria em qualquer outro lugar de São Paulo. E como ali permitia, cabia no nosso bolso, nós montamos as indústrias. Queremos continuar gerando emprego, ajudando a zona Leste, e o Brasil , porque com a importação vamos gerar emprego em outro lugar, deixando de gerar emprego no Brasil”.

“Não sei se é possível, Presidente, mas no mapa da zona Leste, do Palanque, nessa área que foi delimitada, nós já fizemos um trabalho de mapeamento de todo o zoneamento, e dentro dessa área foram colocados dois lotes, duas indústrias que seriam implantadas agora, como Zepam. Está em verde ali. Se o Vereador permitisse que voltasse o mapa. Queria

saber se é possível contribuir conosco, para que aquilo se encaixe na zona industrial, e a gente contribuir, ajudar, para recuperar essa área em outro lugar. Temos um trabalho junto com a Cristina, que faz parte da associação, e tem falado com o pessoal da Subprefeitura, para gente contribuir para recuperar as áreas hoje degradadas”. Ao final agradeceu.

S u b p r e f e i t o p l e i t e i a regularização do Palanque e outras

D e s t a c a n d o a importância da audiência, o subprefeito Fábio Santos da Silva destacou a situação do Palanque informando que é grande a procura na subprefeitura por parte dos empresários que tem naquele local suas atividades que geram empregos importantes. Esses empresários buscam modificar a área para ZPI.

Disse que é grande o interesse da subprefeitura para que aquelas empresas possam continuar atuando e trabalhando de forma regular e legal em função da enorme contribuição social como geradora de empregos e riqueza.

Fábio também destacou que “Temos que reve r também as áreas verdes. Isso é importante. Fica meio vulnerável o que vai ser feito ou não. Dentro do Morro do Cruzeiro, várias reuniões foram feitas na Subprefeitura de São Mateus. Nós já fomos também ao loca l , para discutir junto com várias secretarias, junto com a Zeladoria Ambiental e a SMDU. Fomos também com o Depav; e a Subprefeitura de São Mateus sempre defende o Morro do Cruzeiro, que é o segundo ponto mais alto da Cidade. Nós não conseguimos colocar isso na Lei de Zoneamento”, informou.

O U T R O S PARTICIPANTES DA AUDIÊNCIA

Durante a realização da audiência outras lideranças e parlamentares vereadores ainda registraram suas falas e considerações.

São eles: João Alexandre da S i lva F i lho ; I l den i Antonio Gomes, estudante; Maurílio dos Reis Laranja,

Assoc iação de Ba i r ros Palanque; Sonia Aparecida Gomes; Ângela Rodrigues dos Santos Gomes; Darci Aparício do Conselho do Jardim Nove de Julho; Leandro Brás de Andrade, da Santa Bárbara Leste – 1; Rosalina de Oliveira S a n t a n a , M o v i m e n t o Moradia; Selma da Silva, do Movimento de Moradia Leste I; Hamilton Clemente Alves, liderança; Jerônimo Barreto da Silva, da Associação d o s M o r a d o r e s N o s s a Senhora Aparecida; Fátima Magalhães de Oliveira, do Conselho Tutelar do Parque São Rafael.

F a l a r a m a i n d a o s vereadores Paulo Frange, c o m o r e l a t o r ; J u l i a n a Cardoso e Gilson Barreto que presidiu a audiência.

Q u e s e i n t e r e s s a r pela íntegra de todas as participações veja como abaixo.

S e r v i ç o : a s n o t a s t a q u i g r á f i c a s d a audiência pode ser lidas baixando o documento n o e n d e r e ç o : h t t p : / /www2.camara.sp.gov.br/AudienciasPublicas/Arquivos/16.3.%5B2015.09.12%5D.05.15939.pdf

Página 32ª quinzena de Setembro de 2015 Gazeta São Mateus

Page 4: Gazeta São Mateus - Edição 402

O Jornal Gazeta São Mateus trará todas as quinzenas este espaço para debates e informações sobre preservação e consciência ambiental em meio urba-no, com ênfase especial a questão da destinação final de resíduos. Esta pagina conta com o apoio da EcoUrbis Ambiental S/A,concessionária publica

responsável pela coleta,transporte e destinação final de resíduos domiciliares e de saúde na Área Sudeste da capital paulista,que abrange 18 das 31 subprefeituras,e o objetivo e contribuir para ampliar cada vez mais a conscientização e educação ambiental da população.

Envie suas sugestões de pauta para [email protected] .

Esta pagina é toda sua. Participe, discuta e reflita!

Planeta terá déficit de 40% em abastecimento de água até 2030

Q u a n d o f o r à s c o m p r a s , u s e a

sacola de pano!

A população mundial deverá enfrentar um déficit de 40% no

abastecimento de água até 2030, caso não tome medidas drásticas para melhorar a gestão do recurso natural. Essa é a conclusão do Relatório de Desenvolvimento Mundial da Água 2015 das Nações Unidas, “Água para um Mundo Sustentável”, lançado nesta sexta-feira, 20, em Nova Deli, na Índia, pela Unesco.

O relatório, que faz parte das ações atreladas ao Dia Mundial da Água, 22 de março, aponta medidas para que a comunidade internacional elabore um novo programa de

desenvolvimento. Segundo o relatório,

748 milhões de pessoas em todo o mundo ainda não têm acesso a água potável. Por outro lado, a água nunca foi tão consumida. Até 2050, a agricultura, área que consome mais água, deverá produzir 60% mais alimentos do que hoje. O estudo destaca ainda que a demanda por bens manufaturados vai aumentar, pressionando ainda mais os recursos hídricos.

Segundo o relatório, 748 milhões de pessoas em todo o mundo ainda não têm acesso a água potável

A estimativa é de que,

até 2050, a demanda mundial de água pela indústria tenha um aumento de 400%. O estudo chama a atenção para o grande volume de água usado para geração de energia (usinas térmicas) e destaca a necessidade de estímulos a fontes renováveis, como subsídios para as fontes eólica e solar.

O objetivo do relatório é estabelecer metas sobre temas como governança e qualidade da água, gestão de águas residuais e prevenção de desastres naturais.

Brasil. O relatório da Unesco destaca as iniciativas de um programa batizado de “Rio Rural”, realizado na região Norte do Estado fluminense. O programa, que até 2018 receberá recursos do Banco Mundial, é voltado para a produção agrícola na região.

“Em partes do Norte do Estado do Rio de Janeiro, políticas rurais do passado priorizaram a monocultura do café e da cana-de-açúcar, além da pecuária. O desmatamento e a exploração não sustentável resultaram em degradação do solo e em esgotamento dos

recursos hídricos”, informa o relatório, destacando que, desde 2006, o programa Rio Rural trabalha para reverter a situação, com suporte para que pequenos agricultores adotem sistemas produtivos mais ecológicos.

“Como a maioria das tecnologias mais sustentáveis tem custos mais elevados de implementação e baixo impacto sobre a renda rural, é fundamental estabelecer um sistema de incentivo financeiro para apoiar a sua adoção”, afirma o estudo.

Com apoio do Banco Mundial, governos federal, estadual e do setor privado, a previsão é de que o Rio Rural receba um total de US$ 200 milhões até 2018, a t ing indo uma área de 180 mil hectares e 78 mil agricultores. Desse total de agricultores, 47 mil recebem incentivos financeiros diretos e assistência técnica para melhorar a produtividade. Em troca, os agricultores se comprometem em conservar áreas florestais remanescenteAndré Borges - O Estado de

S. Paulo

Você se lembra daquela discussão sobre o uso da sacola de plástico

para carregar as compras nas lojas e supermercados?

N o a n o p a s s a d o , a sacolinha foi proibida. Os consumidores tiveram que comprar as sacolas de pano ou de outro material. Mas logo depois a sacola de plástico voltou, isso por causa de uma decisão da justiça. É uma pena, pois a gente perdeu a oportunidade de trazer mais educação ambiental para o nosso povo.

A sacola de plástico provoca uma montanha de lixo. Ela demora 400 anos para desaparecer do meio ambiente. Enquanto isso, polui a cidade, entope bueiros e agrava as enchentes. Quando

chegam aos rios e ao mar, os peixes e tartarugas comem achando que é alimento e morrem sufocados. Por tudo isso, dê o seu exemplo de cidadão! Cuidado, seja consciente, evite a sacola de plástico, use a sua sacola de pano!

por Universo Jatoba

Estudo da Unesco chama atenção para volume de água usado na geração de energia e destaca importância de fontes renováveis

Fim do lixo: criar com sustentabilidade pode ser a solução

Recentemente, a ONU se mostrou preocupada com a quantidade

de lixo urbano que está sendo produzido no mundo. Segundo a organização, todos os anos as cidades geram 1,3 bilhão de toneladas de resíduos sólidos. A quantidade de lixo deve chegar a 2,2 bilhões de toneladas até 2025. Em países de baixa renda o problema é maior pois o volume de coleta do lixo não alcança sequer a metade da quantidade produzida.

O fato é que o processo de produção de lixo nunca competirá com o processo de reciclagem de resíduos. Por isso se faz tão necessário mudar a consciência das empresas de produção. Hoje, tudo que temos, o que consumimos, por onde passamos, tudo que é comercializado afeta, negat ivamente , o meio ambiente. Pode ser a garrafa de um refrigerante, um jornal que pegamos para ler, o telefone celular que usamos diariamente, tudo isso contém vários químicos que nos afetam e ferem o ambiente.

As várias medidas de preservação do meio ambiente, como diminuir o consumo de água, a conta de energia e o descarte de resíduos, todas

essas são medidas que só diminuem os danos, nunca serão capazes de eliminar por completo o problema.

Algumas empresas no mundo já colocaram essa teoria em prática, como é o caso da Puma, que tem 128 produtos com o selo chamado de cradle to cradle, no mercado. A empresa recebe consultoria do químico alemão Michael Braungar t , um dos defensores da chamada economia circular e criador do selo. Essa discussão é bem

ampla e requer muito tempo para ser implantada. Claro que mudar cadeias inteiras de produção não seria tarefa simples, mas com certeza quando alcançado o objetivo, o problema estaria extinto totalmente. O que parece utopia no Brasil e no mundo, merece no mínimo um debate.

A preocupação com a redução do desperdiço, com a forma do descarte, a recic lagem e o local o n d e o l i x o / r e j e i t o s e r á d e p o s i t a d o d e v e

continuar e é primordial p a r a q u e p o s s a m o s ter um resultado mais q u a l i t a t i v o q u a n d o o a s s u n t o é m e i o ambiente. Porém, para reduções significativas d a q u a n t i d a d e d e l i x o , m e d i d a s m a i s contundentes deverão s e r a p l i c a d a s . A s s i m acredito que poderíamos t e r r e s u l t a d o s m a i s efetivos e a longo prazo.

Francisco Oliveira

É p o s s í v e l s e r u m c o n s u m i d o r

consciente Quando falamos de

comida, a dica é evitar o desperdício

de a l imentos . pesquisa re levou que 52,8% dos entrevistados indicaram que são contra o desperdício de alimentos por princípio. A dica é servir apenas o que for comer. Lembrando q u e o d e s p e r d í c i o d e alguns representa a falta de alimentos para muitos outros.

O u t r a a t i t u d e ambientalmente adequada que ganhou destaque na pesquisa é a de evitar o u so i nd i s c r iminado da impressora (77 ,7%) . O MMA reforça que, além d e e v i t a r a i m p r e s s ã o desnecessária, as pessoas p o d e m r a c i o n a l i z a r a impressão usando a frente e o verso das folhas de papel, reaproveitando aquele que foi usado apenas de um lado.

Outro dado relevante é q u e 7 6 , 4 % d o s e n t r e v i s t a d o s d i z e m não utilizar o carro para pequenos deslocamentos. C a m i n h a r , o p t a r p e l o uso da bicicleta, utilizar o t ranspor te cole t ivo e realizar carona solidária são atitudes complementares que benef ic iam o meio ambiente e a qualidade de vida nas cidades.

Descarte – Na hora do descarte de resíduos, é impor t an t e checa r o que pode ser reutilizado e rec ic lado, pra t icando a coleta selet iva. Neste

aspecto, dois pontos da pesquisa chamam a atenção: a atitude ambiental mais seguida pelos entrevistados (83,5%) foi a de verificar a possibilidade de troca ou doação de algum item antes de descartá-lo.

Já quando se fala em descarte de resíduos, 53,2% dos entrevistados sempre separam o lixo doméstico p a r a r e c i c l a g e m . P a r a garantir as necessidades das pessoas sem comprometer a q u e l a s d a s f u t u r a s gerações, além de aumentar esse percentual, o MMA alerta para a necessidade de se praticar os 3R’s:

- Reduzir: comprando a p e n a s o n e c e s s á r i o , diminuindo o descarte e o desperdício;

- R e u t i l i z a r : d i m i n u i n d o o u s o d e energia, água e recursos naturais na produção de novos bens; e

- R e c i c l a r : t r ans fo rmando os bens usados em matérias primas, q u e r e t o r n a m a o c i c l o produtivo, gerando emprego e renda para pessoas que trabalham com a coleta, o transporte e a reciclagem.

S ã o o s 3 R s : d a sustentabilidade, que vão mui to a lém da s imples separação do lixo. E, para o transporte das compras, a s u g e s t ã o é e v i t a r o uso de sacolas plásticas descartáveis e privilegiar a s s a c o l a s d u r á v e i s e retornáveis.

. (Fonte: MMA)

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Vereador Gilson Barreto defende emprego e r e n d a n o c o m é r c i o d a M a t e o B e i

A Câmara Municipal realizou no dia 30 de setembro uma

audiência pública para debater o funcionamento da faixa exclusiva de ônibus da Avenida Mateo Bei. A iniciativa foi da Comissão de Trânsito, Transporte, A t iv idade Econômica , Turismo, Lazer e Gastronomia da casa.

Representan tes do

Sindicato dos Comerciários de São Paulo e da Câmara de Dirigentes Lojistas de São Mateus (CDL) lotaram o plenário da Câmara.

Comerciantes da avenida se queixam da implantação da faixa exclusiva em horário integral, medida que estaria provocando uma queda de 40% nas vendas.

De acordo com a CET (Companhia de Engenharia

e Tráfego), a extensão do horário da faixa exclusiva de ônibus foi feita para priorizar a circulação do transporte coletivo. Dados do órgão apontam um aumento de 21% na velocidade média dos coletivos no pico da tarde e de 27% no intervalo entre os picos de trânsito, no sentido bairro.

A cabeleireira Luciana Moreira tem um salão na região. Ela diz que foi obrigada a demitir uma funcionária que trabalhava com ela por causa da redução do movimento. “A queda foi em torrno de 40%. Dependendo do ramo de atividade, ela caiu até mais. Não é que a gente seja contra a faixa de ônibus. O problema

maior é que ela funciona das 6h às 20h, ou seja, são 14 horas! São pouquíssimas avenidas que têm esse horário extenso. Os clientes não têm onde estacionar e acabam não frequentando o comércio local”, protestou.

“Sou a favor do transporte público de qualidade, mas é preciso garantir o emprego

e a renda do comércio e de tanta gente que precisa”, afirmou o vereador Gilson Barreto (PSDB). “Por isso, continuarei defendendo que a faixa continue funcionando só nos horários de pico”, acrescentou.

(*) Com informações da Câmara Municipal de São Paulo.

Mulheres empreendedoras na Câmara Municipal, lutando pelos seus direitos

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Lider comunitário da Vila Flávia insiste apesar das dificuldades

Morando cerca de 30 anos na Vila Flávia, em São

Mateus, Milton Ferreira Mendes é outra entre dezenas de lideranças espalhadas pelos três distritos de São Mateus que tem pouco a comemorar nesses 67 anos de existência do bairro.

Com 30 anos morando na região, Milton reconhece o expressivo crescimento do bairro, principalmente no aspecto populacional; cada vez mais e mais gente chega, principalmente em

São Rafael e Iguatemi, dois distritos de São Mateus, sendo que nesse último, de ocupação mais antiga, é mais desenvolvido e com índices menores de crescimento e expansão.

Se há espaços pa ra crescimento nos distritos mencionados este se faz com o impacto predatório junto a áreas remanescentes de vegetação nativa. Um incomodo recente de muita gente, também é da liderança e diz respeito a quantidade e intensidade de ocupações e

invasões de terrenos sobre a alegação de que existe necessidade premente de moradia.

Até ex i s te ca rênc ia d e o f e r t a s e d e m a n d a elevada de e por moradias populares. E é dessa situação que se aproveitam muitos oportunistas que com a promessa de ajudar na luta pela conquista de moradia achacam e subtraem dinheiro ou os parcos recursos dos que são enganados. Também existem aquelas pessoas que não se acanham e até acham

A arte encanta a vilaesperto tirar uma vantagem aqui e outra acolá.

M i l t o n c o n c o r d a com esse entendimento da problemática e como outros também acha um incomodo. Mas se esse é um problema sério, a questão do acesso a saúde pública também é, lembra. “ A gente percebe que até por causa do aumento de pessoas nas localidades aumenta a procura por serviços de saúde que se já não davam conta, imagina agora com mais gente procurando”,

indaga.Milton lembra também

que não é apenas na área da saúde municipal que o problema aparece e relata as dificuldades quando da procura pelos hospitais públicos. “Diversas vezes a judo a levar gente da minha comunidade para os hospitais e quase sempre não encontramos vagas. Essa questão é muito séria”, conclui.

A p e s a r d e m a n t e r -se participativo, Milton r e c o n h e c e q u e s ã o ra ros e mui to escassos o s r e t o r n o s p o s i t i v o s . Enquanto liderança ativa, participa quase em todas o p o r t u n i d a d e s , s e j a

quando o Câmara em Seu Bairro ou Prefeitura em Seu Bairro acontecem, seja na elaboração dos planos, na revisão do plano diretor estratégico e nos esforços do conselho participativo de São Mateus para o qual se candidatou, mas não se e legeu . O resu l tado pífio, quase inexistente, entretanto, não o desanima parecendo demonstrar que estaria ai uma liderança que ainda permanecerá nas lutas mais que necessárias de alguns distritos de São Mateus.

Parabéns pelo esforço e perseverança , são os votos da redação.

Milton Ferreira Mendes

Lápis e canetas estão com os dias contados?

A tecnologia está cada vez mais presente nas salas de aula e já influencia na maneira como os alunos aprendem e produzem conteúdo

S e você, assim como vários brasileiros, t r a b a l h a c o m

computador, usa o celular para se comunicar com amigos e familiares e a última vez em que pegou u m a c a n e t a f o i p a r a assinar seu nome, bem-vindo ao time. Cada vez menos se usa a escr i ta curs iva no dia a dia e , por isso, vem a p e r g u n t a : a s c r i a n ç a s p r e c i s a m a p r e n d e r a e s c r e v e r à mão?

A l g u m a s e s c o l a s n o r t e -a m e r i c a n a s j á a d o t a r a m a e s c r i t a d i g i t a l e a l e t r a d e f o r m a c o m o obrigatórias, a b o l i n d o o ensino da le t ra curs iva do currículo. Se lá esse m o d e l o f a z s e n t i d o , por aqui o assunto gera d e b a t e s . P a r a L i l i a n i R o s a , p r o f e s s o r a d a d i s c i p l i n a d e O f i c i n a de Le i tu r a , Redação e L i t e r a t u r a d o C o l é g i o Positivo, não se pode ir contra as tendências, nem s e r r a d i c a l . " A e s c o l a precisa oferecer um leque de possibilidades para o aluno e um ambiente para que ele possa desenvolver o m a i o r n ú m e r o d e habil idades possíveis e escolher, de acordo com suas necessidades, qual

delas utilizar", defende. Para e la , abol i r a le t ra cu r s iva do cu r r í cu lo é limitar as possibilidades d o e s t u d a n t e , a s s i m como insistir em utilizar s o m e n t e u m a e s c r i t a impede que ele domine outras formas.

N o e n t a n t o , a tecnologia chegou para f i c a r e j á i m p a c t a n a

rotina escolar. Convencer o aluno da importância da e sc r i t a manua l t em s e t o r n a d o u m a t a r e f a c a d a v e z m a i s d i f í c i l , p o i s o s a r g u m e n t o s c o n t r á r i o s p a r e c e m mais sa t i s fa tór ios para os e s tudan tes . Em vez de copiar a matér ia no c a d e r n o , e l e s p o d e m f o t o g r a f a r o q u a d r o e fazer anotações direto no celular ou tablet. Por que escrever, então?

E d u c a d o r e s comprovam que o texto p r o d u z i d o e m f o r m a t o d i g i t a l n ã o d i m i n u i a qual idade produt iva do

a l u n o , u m a v e z q u e é possível avaliar, mesmo n o t e x t o d i g i t a d o , s e o a l u n o f o i c o e s o e coerente, e se utilizou as características do gênero t ex tua l ex ig ido . Nesse c a s o , o q u e m u d a é o suporte e não a função do texto. "É essencial que o aluno saiba se expressar v e r b a l m e n t e d e f o r m a

c o e r e n t e . J á o uso corre to da o r t og ra f i a dependerá do r epe r tó r i o de l e i t u r a e d a prática textual do es tudan te , seja ela manual o u d i g i t a l " , e x p l i c a L i l i a n i . A l é m d i s s o , m e s m o q u e f e r r a m e n t a s t e c n o l ó g i c a s c o r r i j a m o s e r r o s

o r t o g r á f i c o s , a i n d a n ã o p o d e m c o r r i g i r o conteúdo, que é um dos c r i t é r i o s d e c o r r e ç ã o de maior peso cobrado n a s r e d a ç õ e s p a r a o s vestibulares.

S e g u n d o L i l i a n i , o uso do meio eletrônico n ã o q u e r d i z e r q u e o a l u n o s a b e m a i s o u t e r á van tagens , po i s o conhec imen to t em que vir dele. "O importante é que o estudante possa p r a t i c a r a e s c r i t a d e diversos gêneros textuais e c o n h e ç a s u p o r t e s diferentes para o texto".

(11) 2962-3172(11) 2713-2650

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Page 7: Gazeta São Mateus - Edição 402

Vereador Paulo Fiorilo promove evento em São Mateus

Parlamentares com presença histórica em São Mateus reuniram

lideranças, representantes d o p o d e r p ú b l i c o e convidados para fazer uma ligeira homenagem a São Mateus, por ocasião do seu 67o aniversário, através da lembrança sobre a ação de suas lideranças e cidadãos lutadores.

O vereador Paulo Fiorillo que também é presidente do Diretório Municipal do PT de São Paulo, a vereadora Juliana Cardoso, também membro da Executiva do partido e o deputado estadual José Zico Prado reconduzido a Assembleia recentemente da condição de suplente em que estava.

Como proposi tor da cerimônia e homenagem, F i o r i l l o e n f a t i z o u a necessidade de se reconhecer publicamente a importância de algumas pessoas na construção de um bairro do porte de São Mateus, principalmente este que tem como característica ter sido ao longo da segunda metade do século passado uma comunidade de lutas populares e de seguidas reivindicações.

Paulo Fiorillo, comentou que a São Mateus de hoje é muito diferente dos anos anteriores até mesmo de sua

própria chegada ao bairro na década de 80, vindo do distrito São Rafael que junto com o Iguatemi ainda compõe a parte mais carente do distrito todo. Havia desde lá enormes dificuldades de mobilidade, da asfalto nas principais ruas, de iluminação pública. Alguns até comentavam que usavam dois pares de sapatos para trabalhar: um de barro para chegar aos ônibus e outros para o ambiente de trabalho da cada qual.

Fiorillo chegou a citar um nome ou outro entre os presentes, sempre se escusando pela omissão de tantos outros nomes de pessoas que fizeram parte de toda essa trajetória de luta. Na ocasião também foi lembrado aos presentes

sobre um programa da TV Câmara que abordou aspectos históricos de São Mateus.

Juliana Cardoso e José Zico seguem a tônica: lembrar

Manter a memória coletiva e particular de cada uma dessas lutas e lutadores também foram as recomendações dos outros dois parlamentares p r e s e n t e s . D e s t a c a r a m parcialmente lutas pontuais, as principais dificuldades ainda presentes; curiosamente de responsabilidade principal do governo do Estado, que é a questão da segurança e da mobilidade urbana via transportes públicos diferenciados como é o caso do metro, trem ou monotrilho.

Destacaram, todos, a

importância dos trabalhos conjuntos com entidades sociais e ativas ao longo de todo o processo de construção de uma São Mateus melhor e mesmo o trabalho da igreja católica e as ações com os segmentos mais diversos, como é o caso dos comerciantes e empreendedores de São Mateus que fazem parte dessa história toda.

A o f i n a l , m u i t o s homenageados

E n t r e d e z e n a s d e homenageados lembrados, parte deles estavam presente para ajudar a registrar e divulgar essa história. A Gazeta São Mateus entre essas, por seu incansável trabalho de imprensa na região.

Feira do SEBRAE no Colégio Santa Bárbara

Os alunos e professores do colégio Santa Bárbara, juntamente com o SEBRAE, desenvolveram no segundo semestre o curso jovens empreendedores primeiros passos. Esse, visa incentivar os alunos

a buscar novos conhecimentos, novas aprendizagens além do espírito de coletividade.Com as aulas os alunos aprenderam,cada sala com o seu desafio, a assumirem riscos calculados, tomarem decisões, terem um olhar observador, para que possam identificar,ao seu redor, oportunidades de inovações

mesmo em situações desafiadoras.Em grupos cada sala criou produtos que foram vendidos na Feira SEBRAE, que aconteceu no último dia

26/09.Os alunos se dedicaram, as famílias ajudaram e mostraram que ser empreendedor é algo que levaremos

para nossa vida.Um belo curso, um ótimo aprendizado, realizado por pessoas que sempre acreditam no melhor.

Colégio Santa Bárbara

U m a p e q u e n a r e v o l u ç ã o n o

sistema políticoChega de ‘emprestar’

p a r a p a r t i d o s e candidatos, por mais

que estes retribuam com ‘generosidade’ em licitações combinadas e facilitário para os negócios públicos! Doravante, quem sustentará a atividade política é seu único, efetivo e genuíno sujeito: a cidadania.Os “politicões” tradicionais estão desesperados, bem como a maioria dos dirigentes partidários deste país: o Supremo Tribunal Federal decidiu, por ampla maioria, que a fonte de financiamento de suas atividades secou. As empresas, agora, terão que investir milhões no que lhe é próprio: produção de bens, geração de empregos, remuneração condigna dos seus trabalhadores, ações sociais. O que é crucial para uma economia em crise (exceto os bancos, lembre-se sempre).

Chega de ‘emprestar’ para partidos e candidatos, por mais que estes, como revela recentemente a Operação Lava Jato, retribuam com ‘generosidade’ em licitações combinadas e facilitário para os negócios públicos! Doravante, quem sustentará a atividade política é seu único, efetivo e genuíno sujeito: a cidadania, a, a pessoa física que faz opção política, que escolhe livremente o partido e as candidaturas que mais expressam sua visão de cidade, de país, de mundo, de relações.

Nada menos que 8 dos 11 ministros do STF tiveram a compreensão cristalina de que este modelo de injetar dinheiro no sistema político é corruptor e está corrompido. Dos belos votos que cada um pronunciou, podemos extrair um decálogo de razões para este ‘revolucionário’ fim do financiamento de partidos e candidatos pelas pessoas jurídicas. Ei-los:

1. Empresa não ‘doa’,

investe para obter retorno;2. Empresa não é cidadã,

não vota, mas influencia;3. Empresa inflaciona a

campanha e mata a igualdade na disputa;

4. Empresa, ao aplicar m i l h õ e s n a p o l í t i c a , ‘ d e s i n v e s t e ’ e m s u a s atividades próprias, como geração de empregos e remuneração condigna de seus trabalhadores;

5. Empresa, ao financiar partidos, inibe e desestimula os sustentadores autênticos da política: a cidadania, os filiados, militantes e simpatizantes;

6. Empresa não tem ideologia e sim interesse$, tanto que empreiteiras, bancos e outras grandes doam para várias candidaturas que ‘se opõem’, cercando por todos os lados;

7. Empresa costuma ‘doar’ também ‘por fora’, favorecendo o enriquecimento pa t r imonia l de mui tos ‘arrecadadores’;

8. Empresa cristaliza o tráfico de influência e induz a favorecimento em licitações públicas;

9. Empresa faz com que, nas campanhas, valha mais o tamanho do bolso (do cofre) do que das ideias, programas e causas;

10. Empresa que ‘doa’ apequena a política e avilta a militância, avultando a publicidade milionária e enganosa, a compra de votos e os cabos eleitorais pagos.

C h i c o A l e n c a r é deputado federal PSOL-RJ.

Vereadora Juliana Cardoso, Deputado Zico Prado, Lucy Mendonça, Vereador Paulo Fiorilo

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