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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL MIGUEL MOFARREJ FACULDADES INTEGRADAS DE OURINHOS AGRONOMIA VELOCIDADE DE DESLOCAMENTO NA SEMEADURA DE MILHO NO SISTEMA DE PLANTIO DIRETO TIAGO MARQUES OURINHOS-SP 2018

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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL MIGUEL MOFARREJ FACULDADES INTEGRADAS DE OURINHOS

AGRONOMIA

VELOCIDADE DE DESLOCAMENTO NA SEMEADURA DE

MILHO NO SISTEMA DE PLANTIO DIRETO

TIAGO MARQUES

OURINHOS-SP 2018

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TIAGO MARQUES

INFLUÊNCIA DA VELOCIDADE DE DESLOCAMENTO NA SEMEADURA DE MILHO NO SITEMA DE PLANTIO DIRETO

Monografia apresentada ao Curso de Agronomia das Faculdades Integradas de Ourinhos como pré-requisito para obtenção do Título de Bacharel em Agronomia Orientador: Prof. Me. Renato Maravalhas de Carvalho Barros

OURINHOS-SP 2018

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TIAGO MARQUES

VELOCIDADE DE DESLOCAMENTO NA SEMEADURA DE MILHO NO

SISTEMA DE PLANTIO DIRETO

Esta monografia foi julgada e aprovada para obtenção do título de engenheiro

agrônomo, no Curso de Agronomia, das Faculdades Integradas de Ourinhos.

Ourinhos, ........ de ............ de 2018.

Prof. Me. Renato Maravalhas de Carvalho Barros

Coordenador do Curso de Agronomia

BANCA EXAMINADORA

Prof.

Prof.

Prof.

Orientador

Prof.

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Dedico este trabalho aos meus pais, Francisco e Juscelia, ao meu filho Luís Davi e minha esposa Tainá que sempre me incentivou e nunca me deixou fraquejar diante a dificuldades.

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À Deus, por iluminar os meus caminhos e me dar a sabedoria e força necessária para a realização deste feito. A toda minha família que sempre me apoiou e nunca me deixou fraquejar diante dificuldades e incertezas. Aos professores que participaram e contribuíram para meu aprendizado durante esta graduação e também me ensinaram valores de honra, respeito e lealdade com todas as pessoas envolvidas durante este período.

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Todos os homens sonham, mas não da mesma forma. Os que sonham de noite, nos recessos poeirentos das suas mentes, acordam de manhã para verem que tudo, afinal, não passava de vaidade. Mas os que sonham acordados, esses são homens perigosos, pois realizam os seus sonhos de olhos abertos, tornando-os possíveis. ” T.E. Lawrence

RESUMO

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O milho (Zea mays L) tem posição de destaque dentre os outros cereais, sendo o de maior produção dentre estes, com produção estimada menor do que o consumo mundial no ano de 2017. Objetivou-se com esta revisão identificar a influência da velocidade do deslocamento nos fatores de plantabilidade da cultura do milho. Sendo esta distribuição espacial de sementes, profundidade de deposição das sementes e fertilizantes no solo, emergência de plântulas, vigor de plântulas, abertura e fechamento de sulco, desempenho operacional e energético do conjunto. Concluiu-se que o aumento da velocidade interfere negativamente nos parâmetros essenciais para o cultivo da cultura do milho, e que os tipos de dosadores influenciam diretamente na deposição longitudinal da semente no solo em função da velocidade, e se recomenda a utilização em semeadoras com sistema dosador aureolado o plantio de 5-6 km.h-1 e semeadoras pneumáticas o plantio de 6-8 km.h-1contudo havendo discordância entre trabalhos da literatura necessitando maiores estudos em diferentes ambientes de produção.

Palavras-Chave: Zea mays, parâmetros, plantabilidade.

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ABSTRACT

The corn (Zea mays L.) has a prominent position among other cereals, being the one of greater production among these, with estimated production lower than world consumption in 2017. The objective of the present study is to identify the influence of displacement velocity on plantability factors. Seed depth, spatial seed distribution, depth of seed deposition and fertilizers in the soil, seedling emergence, seedling vigor, furrow opening and closing, operational and energetic performance of the set. It was concluded that the increase in speed interferes negatively in the essential parameters for the cultivation of maize, and it is recommended to use on sowing machines with aureolado dosing system the planting of 5-6 km.h-1 and pneumatic seeders the planting of 6-8 km.h-1 but there is a disagreement between studies in the literature, requiring greater studies in different production environments. Key words: Zea mays, parameters, plantability.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................9

2. METODOLOGIA ................................................................................................................................................ 12

3. REFERÊNCIAL TEÓRICO.................................................................................12

3.1 Cultura do milho ......................................................................................... 12

3.2 Sistema de Plantio Direto ........................................................................... 17

4. INFLUÊNCIA DE VELOCIDADE DE SEMEADURA NO PLANTIO DO

MILHO..............................................................................................................23

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................................................... 28

REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................................................................. 29

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1. INTRODUÇÃO

O milho (Zea mays L) possui posição de destaque dentre os demais cereais,

sendo o de maior produção entre estes, com produção estimada 1,04 bilhão de

toneladas enquanto o consumo mundial é de 1,07 bilhão (USDA, 2017 b).

O Brasil é o terceiro colocado na produção mundial de milho, superado

apenas pelos Estados Unidos e China. A Argentina, Ucrânia e México completam os

seis maiores países produtores deste cereal, concentrando 79% da produção

mundial, totalizando assim 799 milhões de toneladas de todo o milho cultivado no

planeta (USDA, 2017a).

Contudo, apesar de ser uma cultura de grande importância, sua produtividade

é considerada baixa pois existem relatos de que o potencial produtivo dessa cultura

é de 19,113 T ha-1 (ASSIS et al. 2006).

Entre os diversos fatores que interferem na produtividade de milho, destacam-

se a nutrição, clima, fertilidade do solo, potencial genético, manejo de doenças e

pragas e por fim não menos importante, práticas culturais (AMADO et al. 2002,

FANCELLI; DOURADO NETO 2003).

Quando se emprega o sistema de plantio direto, a palhada que se decompõe,

incorpora-se gradualmente, junto a matéria orgânica do solo, proporcionando

melhoria na estrutura e fertilidade do solo (PADOVAN et al., 2006)

Dentre as práticas culturais, a semeadura é o fator primordial para obtenção

de altas produtividades, pois se consiste no processo inicial da formação de uma

lavoura.

A velocidade de deslocamento do conjunto de plantio influência diretamente

na profundidade de deposição da semente e do fertilizante no solo, número médio

de dias para emergência das plântulas e especialmente o arranjo longitudinal das

fileiras de semeadura, supõe-se que o aumento da velocidade do conjunto possa

causar um desarranjo nestas características de cultivo, podendo refletir

negativamente na produção de grãos (MELLO, 2001).

A uniformidade de distribuição entre plantas no momento da semeadura da

cultura do milho proporciona a maximização da exploração, que se dá de forma mais

efetiva e assim resulta no aumento do rendimento pela baixa competição

intraespecífica (MEROTTO JUNIOR et al., 1998).

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A densidade de semeadura é um aspecto de grande importância na

implantação do milho, sendo um grande responsável para baixa produtividade

brasileira de milho (PEREIRA FILHO et al., 2008).

Garcia et al. (2006), relata que a maior velocidade proporcionou menor

percentual de espaçamentos normais e o aumento de espaçamentos falhos e

múltiplos, assim como menor precisão. Contudo não influenciou na população inicial

de plantas.

Na operação de semeadura, um dos fatores a serem considerados é a

profundidade de deposição das sementes, sendo que estas necessitam ser

depositadas a uma profundidade que permita um elevado percentual de emergência

(SILVA et al., 2008).

O objetivo desta revisão de literatura foi identificar a influência da velocidade

de deslocamento nos fatores de plantabilidade da cultura do milho.

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2. METODOLOGIA

O presente estudo se tratou de uma revisão de literatura sendo consultadas

publicações localizadas em periódicos, as quais abrangem o assunto tratado e com

fundamento de englobar métodos em algumas análises documentais, que na qual

possibilitou o levantamento metodológico. Em seguida, todo material obtido foi lido e

analisado para o embasamento, com vistas à busca de artigos relacionados aos

aspectos quem podem interferir na velocidade de deslocamento, com o intuito de

realizar o levantamento de possíveis conclusões de diversos autores, onde as

buscas foram realizadas nas plataformas de pesquisa: SCIELO; Google Acadêmico;

Medline; Lillacs.

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3. REVISÃO DE LITERATURA

3.1 Cultura do milho

Aspectos botânicos

A cultura do milho (Zea mays L.) é uma espécie pertencente à família

Graminae/Poaceae, que é originaria no teosinto, assim o Zea mays é a subespécie

mexicana (Schrader) lltis, sendo cultivada há mais de 800 anos em todo mundo

(China, Estados Unidos da América, Brasil, China, França, e outros.). Por possuir

grande adaptabilidade permite que seja cultivado desde o equador até os extremos

das terras temperadas e também em altitudes que variam entre o nível do mar e

superiores a 3600 metros, estando em climas tropicais, temperados e subtropicais.

O milho pode ser utilizado tanto para alimentação humana quanto para alimentação

animal, por conta de ser altamente nutritiva, tendo em sua composição quase todos

os aminoácidos conhecidos (BARROS, JOSÉ F.C 2014)

A origem desta espécie tem sido bastante estudada e através disso foram

elaboradas diversas propostas, sendo que as mais consistentes são aquelas que

demonstram que o milho é descendente do teosinto, citado anteriormente. A

característica principal deste ancestral é uma gramínea com várias espigas sem

sabugo, podendo cruzar naturalmente com o milho e produzir descendentes férteis

(GALINAT, 1995).

Estudos arqueológicos fornecem provas que permitem afirmar que o milho já

era domesticado e utilizado como cultura a cerca de quatro mil anos atrás, já

apresentando as características morfológicas que os definem na botânica atual

(GUIMARÃES, 2007).

As principais funções do sistema radicular são a sustentação das plantas,

absorção de água e nutrientes para o seu desenvolvimento e produção, contudo o

seu crescimento depende de uma diversidade de fatores, como químicos, físicos,

biológicos e os fatores intrínsecos de cada cultura. A busca de um sistema radicular

ótimo visa alcançar meios de induzir a cultura a uma maior exploração do solo para

obtenção de maiores produtividades (SANTANA, 2012).

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O desenvolvimento sistema radicular é influenciado por diversos atributos do

solo, que resultam diretamente na disponibilidade de água e nutrientes e trocas

gasosas, a complexidade de interações entre os atributos resultam nos pontos

limitantes para o crescimento e produtividade de todas as culturas (FREDDI et al.,

2009).

A partir da germinação se inicia o crescimento do sistema radicular do milho é

caracterizado como seminal, onde as sementes são oriundas diretamente da

semente e tem seu crescimento nesta fase. A profundidade em que as raízes se

encontram depende da profundidade de plantio. O crescimento das raízes seminais

é conhecido também como sistema radicular temporário, pois diminui após o estágio

VE e praticamente não existe no estágio V3 (MAGALHÃES, 2002).

O ponto de crescimento do milho é localizado entre 2,5 a 4 cm abaixo da

superfície do solo e se encontra logo acima do mesocótilo. Esta profundidade é a

mesma que se origina o sistema radicular definitivo do milho, conhecido por raízes

fasciculadas ou nodais. A profundidade do sistema radicular definitivo é

independente da profundidade de plantio. O sistema radicular fasciculado inicia-se a

partir do estágio VE e o alongamento das primeiras raízes perduram do estágio V1 ao

estágio V3 (MAGALHÃES, 2002).

Entre as gramíneas de importância econômica, o milho é a única que

apresenta uma organização floral monóica. O desenvolvimento vegetativo do

pendão precede ao da espiga porque a inflorescência masculina é diferenciada

ontogeneticamente antes da feminina (CHENG & PAREDY, 1994). Estruturas

apicais normalmente têm prioridade na utilização dos recursos disponíveis para o

crescimento dos vegetais, especialmente de água, nutrientes e fotoassimilados. Por

este motivo, o pendão, que possui uma posição apical, tende a controlar o

desenvolvimento de outros órgãos da planta de milho (PATERNIANI, 1981).

Utilização e cadeia produtiva

O milho é uma cultura que possui duas safras, sendo uma no verão e a

segunda no inverno, está de inverno é chamada de ‘safrinha’, está na maioria das

vezes sucede o plantio de soja no verão (COÊLHO, 2017).

O milho possui várias finalidades, podendo ser destinado ao consumo

humano, bem como ser usado como matéria-prima para indústrias diversas e sua

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principal utilização é para ração animal, chegando em torno de 80 % a 90 % da

produção total do milho nos paises desenvolvidos. O uso depende da região e das

influências da população onde é consumido (GONÇALVES et al., 2003; WATSON;

RAMSTED, 1999).

Alguns processos industriais mantém a casca do grão que é rica em fibras,

originando uma diversidade de produtos como: milho em conserva, complexos de

amido, óleo, margarina, xarope de glicose e flocos para cereais matinais. Outros

usos são possíveis ainda com este cereal, como nas indústrias de biocombustíveis,

farmacêutica e química (ABIMILHO, 2017).

Como relatou-se, o milho tem grande importância pela gama de mercados

onde ele pode ser utilizado. Para isso, deve-se então conhecer a cadeia produtiva

deste cereal, está que se divide: Setor de insumos; produção do cereal por

produtores familiares e empresariais; armazenamento; processamento; distribuição;

consumo; ambiente institucional e organizacional (LEÃO, 2014).

Importância econômica

Diante todos os processos mercantis que o milho se integra, pode-se prever

que a sua produção acontece em alta escala. O Brasil, terceiro maior produtor

mundial do milho, este que é o cereal de maior produção mundial. A CONAB (2018)

afirma que o consumo mundial de milho aumentou 9,4% nos últimos cinco anos,

enquanto a produção cresceu somente 3,2%.

Os Estados Unidos e a China são os maiores produtores de milho,

respectivamente, seguido pelo Brasil, Argentina, Ucrânia e México. Estes são os

seis maiores países produtores, concentram 79% da produção mundial (799 milhões

de toneladas) na safra 2016/2017 (USDA, 2017a). A expectativa de produção na

safra 2017/2018 é de 92,2 milhões de toneladas, em uma área total de 17 milhões

de hectares (CONAB, 2017b).

O Brasil apresenta grande vantagem em relação aos demais países por seu

clima tropical possibilitar a produção de duas safras. A área de milho de primeira

safra é decadente a cada ano (Gráfico 1), contudo a produção do milho de segunda

safra tende a aumentar (Gráfico 2), este é cultivado após a colheita de soja, segundo

a CONAB (2018), a expectativa de plantio da segunda safra é de redução de 5,6%

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de área cultivada comparada ao ano anterior, contudo esta estimativa irá depender

da janela climática prevista para a cultura do milho.

Gráfico 1 - Evolução da área plantada de milho de primeira safra no Brasil.

Fonte: CONAB (2018).

No gráfico acima se observa uma redução de cerca de 50% da área cultivada

de milho nos últimos 15 anos, isso em função da substituição da cultura pela soja,

principal grão produzido no país. Outro fator quando cultivadas duas safras anuais, o

aproveitamento dos resíduos da soja na safra verão deixados para o milho na

safrinha garante maiores vantagens.

Gráfico 2 - Evolução da área plantada de milho de segunda safra no Brasil.

Fonte: CONAB (2018).

O fato da diminuição da área de plantio na safra 17/18 ocorreu devido a

especulação de fatores climáticos não favoráveis para a safrinha neste período. Isso

fez com que produtores recuassem não arriscando semear neste período para evitar

perdas. Segundo a CONAB (2018) esta é a pior situação de seca observada em

safra de inverno dos últimos 30 anos.

Estima-se que a produtividade de milho reduza em 3,5% (Gráfico 4), sendo o

maior impacto na primeira safra (10,8%) em relação ao ano de 2017, isso se dá

pelos eventos climáticos ocorridos no sul do país.

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Gráfico 4 - Comportamento da produtividade de milho na primeira safra no Brasil.

Fonte: CONAB (2018)

Gráfico 5 - Comportamento da produtividade de milho na segunda safra no Brasil.

Fonte: CONAB (2018)

Tratos culturais

Devido ao aumento na densidade de plantas vinculada ao menor

espaçamento entre as linhas de semeadura, a eficiência da interceptação de luz

pelo aumento da área foliar mesmo se encontrando em estádios jovens pode ser

melhorada, otimizando a assimilação de água e nutrientes, aumentando índices de

matéria seca, produtividade e por outro lado diminuindo a competição (MOLIN,

2000).

A produção de grãos na lavoura de milho tem relação direta com a

translocação de nitrogênio e de açúcares das folhas para os grãos. Na cultura do

milho a distribuição de fotoassimilados gera um grande aumento de produção (TSAI

et al., 1983).

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3.2 Sistema de Plantio Direto

A cultura do milho adere um grande número de tecnologias, entre elas

podemos ressaltar o sistema de plantio direto, que tem como maior objetivo a

redução dos custos de produção, juntamente com a melhoria significativa da

qualidade do solo e também buscando uma produção que seja rentável

(ALBUQUERQUE et al. 2013).

Esse cultivo é considerado conservacionista e é caracterizado pela

semeadura removendo minimamente o solo, juntamente com a rotação de cultura e

manutenção da palhada (PEREIRA et al. 2009b).

Porém, utilizar o plantio direto na palhada sem o emprego de herbicida acaba

sendo um grande desafio para agricultura orgânica, uma via de sucesso seria a

utilização da rotação de culturas, produzindo grande massa vegetal para cobrir o

solo, na forma de adubo verde com Fabaceae e Poaceae (SOUZA e REZENDE

2014).

Profundidade de semeadura

A profundidade da semeadura no solo em que uma semente é depositada e

capaz de emergir e produzir variam entre as espécies e tipo do manejo que é

realizado no solo da área (GUIMARÃES et al., 2002). Para Tollenaar (1999), duas

importantes características determinadas para alcançar altas produtividades na

cultura do milho são a velocidade de germinação e emergência das sementes,

sendo dois aspectos limitantes para qualquer cultura, geralmente a rápida

germinação associa-se com emergência uniforme, isso se dá pela baixa

compensação de espaços e da grande eficiência fotossintética desta cultura.

A profundidade de semeadura é o fator de maior influência na emergência de

plântulas e no desenvolvimento na cultura do milho, sendo assim nota-se a

importância da correta regulagem de profundidade da semeadora para garantir o

estande de plantas desejado. (SILVA, 2002).

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA (1996),

recomenda que a profundidade de deposição das sementes no cultivo de milho seja

realizado de 3 a 7 cm de profundidade, estabelecendo a profundidade média de 5

cm. Se a semeadura for realizada em maiores profundidades poderá causar

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prejuízos à emergência de plântulas, pelo alto gasto de energia e assim causando

reflexos no vigor inicial da cultura.

Os resultados reportados na literatura sobre a influência da profundidade de

plantio são conflitantes, e assim há a necessidade da interpretação das condições

do cultivo para estabelecimento da profundidade utilizada. Nos parágrafos seguintes

serão descritos resultados de diferentes ensaios que relatam o assunto.

Em ensaios realizados por Souza et al. (2003) avaliando o efeito da

profundidade de semeadura e distribuição longitudinal do milho em sistema de

plantio direto, realizando o cultivo em Latossolo Distroférrico, com semeadora-

adubadora pneumática em quatro profundidades de semeadura (3, 5, 7 e 9 cm),

pode-se concluir que o aumento da profundidade de 5 para 9 cm na operação de

semeadura influenciou negativamente com a redução do estande e eficácia da

semeadura, sendo a profundidade de 5 cm a que apresentou maior estande e

eficiência de semeadura.

Para Bottega et al. (2015), fazendo a comparação do efeito da profundidade

de semeadura na implantação da cultura do milho (3 e 5 cm) em Latossolo Vermelho

Distroférrico, não se observou diferença significativa na velocidade de emergência

quanto os dois tratamentos (3 e 5 cm).

Na Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinária da UNESP, Campus de

Jaboticabal, em um Latossolo Vermelho foi realizado um ensaio avaliando o índice

de velocidade de emergência o desempenho de sementes de milho sob compressão

do solo e profundidade de semeadura. As profundidades utilizadas foram 3, 5 e 7 cm

e se observou que não houve diferença significativas que restringiriam o cultivo de

milho em nenhuma das profundidades avaliadas (PRADO et al., 2001)

Distribuição espacial das sementes

O espaçamento variado entre plantas é causa de percas na produtividade de

culturas agrícolas (NIELSEN, 1995; MEROTTO JUNIOR et al., 1999).

O aumento da produtividade das culturas por conta do melhor arranjo das

plantas tem relação com o aumento da radiação solar interceptada (ANDRADE et

al., 2002).

Para que se tenha diferentes densidade de semeadura, sendo assim

diferentes populações de plantas, são necessárias algumas variações na regulagem

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da semeadora, que pode alterar a qualidade da dosagem das sementes, verificada

na distribuição de espaçamentos falhos, múltiplos e aceitáveis. O aumento da

capacidade operacional devido o aumento da velocidade de trabalho pode

comprometer a qualidade do plantio a (LIU et al., 2004; CANOVA et al., 2007).

Em velocidades de 5,4; 6,8 e 9,8 km h-1 no plantio de milho utilizando discos

alveolados horizontais, observou-se que com a elevação da velocidade teve a

redução da percentagem de espaçamentos adequados entre as sementes de

híbridos diferentes (MELLO et al., 2007).

Velocidade de deslocamento do conjunto trator-semeadora-

adubadora

Uma semeadura de qualidade tem grande importância para que a lavoura

tenha um estande final de plantas adequado, e com isso ocorrerá o sucesso da

lavoura e consequentemente uma boa produtividade (SCHMIDT et al., 1999). Os

fatores que podem afetar uma semeadura de qualidade são muitos, porém a

velocidade de semeadura é uma dentre estas variáveis que apresentam grande

importância (KURACHI et al., 2006).

A velocidade de deslocamento do conjunto trator-semeadora-adubadora é um

dos parâmetros de maior influência no desempenho de semeadoras. A distribuição

longitudinal de sementes no sulco de plantio é afetada diretamente pela velocidade

do conjunto, e assim afeta a produtividade de uma cultura (DELAFOSSE, 1986).

A velocidade também interfere no rendimento operacional da operação de

semeadura. Ao aumentar a velocidade, ocorre a influência significativa sobre o

número de sementes por hectare, população final das plantas, a profundidade de

deposição das sementes e a distribuição longitudinal (OLIVEIRA et al., 2000).

Observa-se que com o aumento da velocidade de plantio modifica também a

velocidade do disco perfurado, causando danos mecânicos a grande número de

sementes, e com isso causando danos mecânicos às sementes e também prejudica

a ocupação das células e dos dedos preensão (MANTOVANI et al.,1999).

A profundidade de deposição da semente e do fertilizante no solo, a

velocidade de emergência e especialmente o arranjo longitudinal das sementes são

os parâmetros avaliados quando se estuda a influência da velocidade de plantio,

onde o aumento da velocidade pode alterar estes parâmetros (MELLO, 2001).

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Na literatura há controvérsias da influência da velocidade de semeadura,

Dambrós (1998) relata que a uniformidade de distribuição das sementes foi reduzida

com o acréscimo de velocidade na operação de semeadura, quando utilizada a

semeadora-adubadora pneumática observou-se maior percentual de espaçamentos

adequados de plantio e menor coeficiente de variação na velocidade de 5,0 km h -1

(menor velocidade avaliada).

Para Mello et al. (2007), a alteração da velocidade de semeadura de 6,8 para

9,8 km h-1 reduziu a porcentagem de plântulas normais em 25%, ou seja,

desempenho inferior nesta velocidade, em contraposta, o autor relata que a

velocidade de deslocamento não influenciou na emergência de plântulas das

cultivares estudadas em diferentes velocidades. Contudo Silva (2000), relata que a

distribuição das sementes não foi influenciada pela velocidade de deslocamento no

cultivo de soja e milho.

Em estudos realizados comparando a precisão de vários mecanismos

dosadores no Brasil entre os anos de 1989 a 2000, velocidades de semeadura

acima de 7,5 km h-1, foi semelhante a qualidade de distribuição de sementes com

semeadoras pneumáticas e de disco horizontal.

Silva (2008), observou que a velocidade de deslocamento interfere nas

variáveis: distribuição longitudinal de plantas, número médio de dias para

emergência de plantas, estande inicial, estande final de plantas, danificação

mecânica e produtividade.

Avaliando cinco níveis de velocidade (4,90 a 7,80 km h-1) na semeadura de

milho, não alterou o funcionamento do mecanismo de corte e abertura de sulco,

sendo assim não interferindo na profundidade de semeadura (JUSTINO, 1998).

Realizando a semeadura da cultura do milho com a semeadora-adubadora

equipada com disco horizontal perfurado, empregando diferentes velocidade de

deslocamento do conjunto (3,0; 6,0; 9,0; e 11,2 km h-1) pode-se concluir que o

aumento da velocidade resultou no menor número de plantas na linha de semeadura

(SILVA et al., 2000).

Fey e Santos (2000), observaram uma relação linear decrescente entre a

velocidade de deslocamento e a população total de plantas de milho, plantas com

espigas, número de espigas por plantas, espaçamento aceitáveis e produção da

cultura do milho, quanto maior a velocidade menor foram os valores dos parâmetros

avaliados, estes resultados corroboram com os dados obtidos por Andersson (2001)

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que detectou uma menor quantidade de sementes deposta por metro linear do solo

quando realizou-se o aumento da velocidade do deslocamento.

Aspectos funcionais de semeadura também podem ser influenciados pela

velocidade de plantio, avaliando dois cultivares de milhos em diferentes velocidades

de deslocamento do conjunto na operação de semeadura (5,4; 6,8; e 9,8 km h -1) foi

verificado que a força e o vigor das plântulas de milho não foram influenciados pela

velocidade, contudo o consumo de combustível por área trabalhada e o percentual

de espaçamentos normais diminuíram de acordo com o aumento da velocidade

(MELLO et al., 2007).

O desempenho operacional e energético dos conjuntos semeadoras-

adubadoras é avaliado pela capacidade de campo efetiva, demanda de força para

tração, potência, consumo de combustível e patinagem (MAHL, 2006).

No processo de semeadura de tremoço em cinco níveis de velocidade (4,4 à

12,5 km h-1) o aumento da velocidade aumentou os índices de patinagem dos

rodados do trator, além de triplicar a capacidade operacional com incremento de

10% na demanda de força de tração e redução significativa de combustível na área

semeada (MAHL et al., 2005).

No sistema de plantio direto, há a necessidade do corte dos resíduos vegetais

que a semente possa ser deposta na profundidade correta, para superação do

obstáculo vegetal, os discos de corte cortam o resíduo vegetal. Existem quatro tipos

de disco: liso, estriado, estriado com borda lisa e ondulado. Embora diferentes, todos

devem atuar a uma profundidade menor do que à qual a semente é depositada. Os

discos mais largos necessitam menores velocidades de deslocamento e os discos

não devem ultrapassar uma polegada de corte (DICKEY, 1992).

As utilizações de discos duplos em relação às hastes apresentam redução na

emergência de sementes de soja ao se aumentar a velocidade de deslocamento,

isto relacionado a velocidade de semeadura (RIGHES, 1990).

Influência dos tipos de dosadores de sementes na semeadura do

milho

Viganó et al. (2008) afirmam que o IVE (índice de velocidade de emergência)

é influenciado pelos diferentes tipos de mecanismos dosadores, porém os autores

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ressaltam que a velocidade de deslocamento do conjunto trator-semeadora

influencia no índice de velocidade de emergência.

Ao compararem dois tipos de dosadores, Mahl et al. (2006) concluíram que o

dosador pneumático apresentou melhor desempenho que o disco horizontal

perfurado, na distribuição longitudinal de plantas, com uma maior porcentagem de

espaçamentos normais, mas que em relação à produtividade, a recomendação do

dosador para o plantio do milho é indiferente.

Resultado contrário foi encontrado por Tourino et al. (2009), em que o

dosador pneumático proporcionou melhor distribuição de sementes, mas com maior

produtividade em relação ao dosador do tipo mecânico.

REIS & ALONÇO (2001), comparando a precisão funcional de vários

mecanismos dosadores estudados no Brasil, entre os anos de 1989 e 2000,

concluíram que, com velocidades de semeadura acima de 7,5 km h -1, a qualidade

da distribuição de sementes com mecanismos pneumáticos e disco horizontal

perfurado se assemelha.

Em pesquisa a comparação entre mecanismos dosadores de disco alveolado

e pneumáticos foi estudada para a cultura do milho por JASPER et al. (2011). Os

autores verificaram que o mecanismo dosador pneumático apresentou melhores

resultados na produção final de grãos em comparação com o dosador de disco

alveolado.

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23

4. INFLUÊNCIA DE VELOCIDADE DE SEMEADURA NO PLANTIO

DO MILHO

A partir da revisão bibliográfica pode-se afirmar que o aumento da velocidade

interfere negativamente nos parâmetros essenciais para o cultivo da cultura do milho

(profundidade de semeadura, distribuição espacial das sementes, profundidade de

deposição das sementes e fertilizantes no solo, emergência de plântulas, vigor de

plântulas, abertura e fechamento de sulcos e desempenho operacional e

energético), contudo, a pesquisa mostra que a velocidade excessiva de semeadura

não é o único parâmetro que reflete a sucesso de uma boa plantabilidade e que

fatores ligados ao tipo de tecnologia empregada no conjunto de dosadores

interferem no desempenho da operação. Nos parágrafos abaixos serão

apresentados resultados obtidos através de trabalhos e pesquisas referentes à

velocidade de deslocamento de semeadoras dotadas de diferentes tipos de

mecanismos dosadores, demonstrando a importância dos mesmos.

Oliveira et al. (2000) realizaram um estudo analisando o desempenho de uma

semeadora-adubadora de plantio direto que utilizava mecanismo dosador do tipo

mecânico de discos horizontais trabalhando em dois tipos de solos e diferentes tipos

de coberturas vegetal em duas velocidades diferentes sendo 5,0 Km/h 7,0 Km/h, e

os resultados encontrados foram demonstrados na tabela abaixo.

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TABELA 1. Número de sementes por hectare, estande final, profundidade de plantio,

porcentagem de espaçamentos aceitáveis, espaçamentos médios e coeficiente

de variação dos espaçamentos entre sementes, nos dois solos1.

Fonte, DE OLIVEIRA M.L et al. (2000)

O autor observou que pela análise de variância, não foi verificada diferença

significativa entre os espaçamentos médios ao variar a velocidade nos dois solos

estudados e ao alterar o tipo de cobertura no Latossolo. O coeficiente de variação

médio do espaçamento entre sementes no Latossolo foi de 61,81% e no Pedozolico

63,61% indicando que houve grande variabilidade em torno do espaçamento médio.

Em sua pesquisa: Mello A.J.R, et al (2007) avaliando o desempenho de uma

semeadora-adubadora dotada de sistema dosador pneumático a ar com pressão

negativa avaliando o desempenho de dois híbridos de milho (DKB 390 simples e

DKB 435 duplo) em função de três velocidades de plantio sendo (5,4; 6,8 e 9,8 km/h)

avaliando a população inicial de plantas chegaram aos seguintes resultados

apresentados na tabela abaixo.

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25

Fonte: Mello A.J.R, et al (2007).

Analisando a interferência dos híbridos, verifica-se que apenas na velocidade

de 5,4 km h -1 o DKB 435 proporcionou maior população, comparado com o DKB

390. Os mesmos autores ao analisarem o teor de matéria seca (g) em função da

velocidade de deslocamento e constatou-se que o híbrido DKB 390 apresentou o

maior valor de massa de grãos (164 g) para a menor velocidade (5,4 km/h ) e o

menor valor (128 g) na maior velocidade (9,8 km/h ). Verifica-se, portanto, a

influência negativa do aumento da velocidade para esse híbrido (simples).

Fonte: Mello A.J.R, et al (2007

Ao se observarem os dados do desdobramento da interação híbrido e

velocidade, em relação à produtividade de grãos (Tabela 4), constata-se que o

híbrido DKB 390 obteve seu maior valor de produtividade (8.818 kg ha-1 ) na menor

velocidade estudada (5,4 kmh-1 ). Apenas nessa velocidade, o DKB 390 superou o

DKB 435, visto que, para 6,8 e 9,8 km h-1, as produtividades entre os híbridos foram

semelhantes. A produtividade do híbrido DKB 435 não variou com o aumento da

velocidade do conjunto trator-semeadora-adubadora na operação de semeadura.

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Fonte: Mello A.J.R, et al (2007)

Oliveira et al. (2009) ao submeter duas semeadoras com distintos

mecanismos dosadores de sementes uma sendo mecânica com sistema de

distribuição do tipo discos de alvéolos e outra pneumática avaliando a distribuição

longitudinal de sementes de milho em um Latossolo vermelho disférrico em três

diferentes velocidades de operação sendo (4,9; 5,8 e 7,0 km h-1) conseguiram os

seguintes dados observado na tabela abaixo. (TABELA 5)

Fonte: OLIVEIRA,L.G et al. (2007).

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Os autores evidenciaram que a semeadora-adubadora com sistema dosador

pneumático apresentou melhor distribuição longitudinal de sementes quando

comparada à semeadora com disco alveolado. A uniformidade de distribuição de

sementes não foi afetada pela velocidade de semeadura.

Para velocidade de plantio Para semeadoras de disco que predominam no

mercado brasileiro a velocidade deve variar de 4 a 6 km/h. Por sua vez, utilizando-se

semeadoras a dedo ou a vácuo é possível realizar uma boa operação de plantio com

velocidade até 10 km/h, desde que as condições da topografia do terreno, umidade

e textura do solo permitam operar com esta velocidade (PEREIRA FILHO & CRUZ,

2003). O aumento da velocidade de 5 para 10 km/h pode implicar em até 12% de

perdas. A Tabela 6 mostra o efeito da velocidade na produtividade do milho.

Tabela 6 - Efeito da velocidade do plantio na densidade final e na produtividade do milho.

Fonte : Adaptado de Pioneer Sementes Ltda.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conclui-se que semeadoras dotadas de dosadores mecânicos do tipo discos

alveolados horizontais necessitam de uma velocidade menor em torno de 4,0-5,0

Km h-1 para que haja melhor efetividade e uniformidade na distribuição de sementes.

Já semeadoras que utilizam sistemas dosadores de tipo pneumático consegue bons

resultados referente a distribuição longitudinal e precisão na dosagem de sementes

em linha em velocidades superiores entre 6,0-8,0 Km h-1.

Assim como a velocidade de deslocamento do conjunto trator-semeadora-

adubadora influência negativamente na plantabilidade de acordo com o aumento da

velocidade, outros fatores ligados ao ambiente de produção, regulagem de maquina,

tipo de solo e cobertura vegetal também interferem na plantabilidade na cultura do

milho.

Dentro da pesquisa foram evidenciadas diferenças de resultados obtidos pelos

autores referenciados, isso mostra a amplitude e abrangência sobre o tema

necessitando de novas pesquisas sobre os assuntos envolvidos.

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