bombas deslocamento positivo

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JARAGUÁ DO SUL – UNERJ CENTRO DE TECNOLOGIA E ARTES CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA BOMBAS DE DESLOCAMENTO POSITIVO

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Page 1: Bombas Deslocamento Positivo

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JARAGUÁ DO SUL – UNERJ

CENTRO DE TECNOLOGIA E ARTES

CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

BOMBAS DE DESLOCAMENTO POSITIVO

JARAGUÁ DO SUL

JUNHO DE 2007

Page 2: Bombas Deslocamento Positivo

ADRIANO REESE

DIEDER LUIS PRESTINI

JAIR VIGINI

HORLANDO ESPÍNDOLA NETO

BOMBAS DE DESLOCAMENTO POSITIVO

Trabalho envolvendo a disciplina de

Máquinas de Fluxo, do Curso de

Engenharia Elétrica – Centro

Universitário de Jaraguá do Sul –

UNERJ.

JARAGUÁ DO SUL

JUNHO DE 2007

Page 3: Bombas Deslocamento Positivo

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................4

2 BOMBAS DE DESLOCAMENTO POSITIVO..................................................................5

2.1 BOMBAS ROTATIVAS...........................................................................................11

2.1.1 BOMBAS ROTATIVAS DE UM ÚNICO ROTOR....................................................11

2.1.2 BOMBAS DE PALHETAS.........................................................................................8

2.1.3 BOMBA ROTATIVA DE PISTÃO..............................................................................9

2.1.4 BOMBAS DE PARAFUSO........................................................................................9

2.1.5 BOMBAS ROTATIVAS DE MAIS DE UM ROTOR.................................................11

2.1.6 BOMBAS DE ENGRENAGENS..............................................................................11

2.1.7 BOMBAS DE LÓBULOS.........................................................................................11

2.2 BOMBAS ALTERNATIVAS.....................................................................................11

2.3 CURVAS CARACTERÍSTICAS DAS BOMBAS DE DESLOCAMENTO................14

3 CONCLUSÃO.................................................................................................................21

4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................22

Page 4: Bombas Deslocamento Positivo

1 OMBAS DE DESLOCAMENTO POSITIVO

As Bombas são como máquinas operatrizes hidráulicas que conferem energia

ao fluido com a finalidade de transportá-lo por escoamento de um ponto para outro

obedecendo as condições do processo. As bombas transformam o trabalho

mecânico que recebem para seu funcionamento em energia. Elas recebem a

energia de uma fonte motora qualquer e cedem parte dessa energia ao fluido sob

forma de energia de pressão, cinética ou ambas. Isto é, elas aumentam a pressão e

velocidade do líquido. A energia cedida pode ser medida através da equação de

Bernoulli. A relação entre a energia cedida pela bomba ao líquido e a energia que foi

recebida da fonte motora, fornece o rendimento da bomba.

O princípio de operação de uma bomba de deslocamento é diferente das

bombas centrífugas. Nas bombas de deslocamento o fluído é levado (deslocado) da

sucção da bomba até a descarga em volumes característicos. A pressão na

descarga da bomba ocorre não por uma transferência de quantidade de movimento

angular, e sim por eventual restrição que a tubulação de descarga da bomba impõe

ao transporte do fluido.

Uma outra particularidade das bombas de deslocamento então surge: a vazão

descarregada flutua em torno de um valor médio, pois os volumes característicos

são descarregados intermitentemente. Um exemplo é mostrado na figura 1, que traz

a vazão instantânea de uma bomba de pistão de dupla ação (ambas as faces do

pistão são atuantes).

Figura 1. Vazão instantânea de uma bomba de pistão de dupla ação.

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Page 5: Bombas Deslocamento Positivo

Figura 2. Esquema construtivo de uma bomba de pistão de dupla ação.

A característica principal desta classe de bombas é que uma partícula líquida em

contato com o elemento propulsor que transfere a energia tem aproximadamente a

mesma trajetória que a do ponto do propulsor com o qual está em contato.

As bombas de deslocamento classificam-se de acordo com o movimento dos

elementos de bombeamento, dividindo-se em bombas alternativas e rotativas, como

mostra a tabela abaixo:

Deslocamento

Positivo

Bombas AlternativasPistão

Êmbolo

Diafragma

Bombas rotativasEngrenagens

Lóbulos

Parafusos

Palhetas

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Page 6: Bombas Deslocamento Positivo

Pistão

TABELA 1. Classificação das bombas de deslocamento positivo.

Determinar a vazão média teórica de uma bomba de deslocamento é simples.

Seja w o volume característico de cada elemento de bombeamento, seja z o número

de elementos de bombeamento (ou seja, o número de volumes característicos

descarregados por volta do eixo da bomba) e seja n o número de rotações por

minuto do eixo da bomba. A vazão teórica, isto é, a vazão descarregada pela bomba

considerando que o fluido seja incompressível e que não haja retorno de fluido das

regiões de alta pressão para as de baixa pressão através das folgas intrínsecas ao

equipamento, será dada por

Para exemplificar, considere a figura 2. Quando o pistão atinge o limite de seu

movimento alternativo, o fluido terá sido todo aspirado através da válvula de

admissão e o volume característico será o produto da área do pistão pelo seu curso.

O número de volumes característicos é o produto do número de pistões (no caso, 1)

pelo número de faces ativas (no caso, 2). n é o número de rotações por minuto do

eixo que produz o movimento alternativo do pistão.

Figura 3. Esquema construtivo de uma bomba de pistão de ação simples.

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Page 7: Bombas Deslocamento Positivo

1.1 BOMBAS ROTATIVAS

 Nas bombas de deslocamento rotativas o fluido é deslocado pelo movimento

rotativo simples, ou combinado com movimento oscilatório dos elementos de

bombeamento. Sao geralmente constituídas de uma carcaça e de um rotor com os

elementos de bombeamento. Existem inúmeros tipos de elementos de

bombeamento. As BDR não necessitam de válvulas de admissão e descarga, o que

as tornam viáveis de operar em alta rotação. A vazão teórica é obtida também pela

mesma equação apresentada anteriormente. Como geralmente possuem maior

número de elementos de bombeamento que as alternativas de mesmo porte,

apresentam uma curva de vazão instantânea mais uniforme.

 

Um único rotor

Palhetas 

Mais de um rotor

Engrenagem

Pistão Lóbulos

Elemento Flexível Pistões Oscilatórios

Parafuso Parafuso

TABELA 2. Classificação das bombas rotativas.

Segue abaixo algumas características principais:

-A descarga e a pressão do fluido bombeado sofre pequenas variações quando a

rotação é constante.

- Vazão do fluido: função do tamanho da bomba e velocidade de rotação,

ligeiramente dependente da pressão de descarga;

-Fornecem vazões quase constantes;

-Eficientes para fluidos viscosos, graxas, melados e tintas;

-Operam em faixas moderadas de pressão;

-Capacidade pequena e média;

- Utilizadas para medir "volumes líquidos"

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Page 8: Bombas Deslocamento Positivo

Veja a seguir os tipos de bombas rotativas.

1.2 BOMBAS ROTATIVAS DE UM ÚNICO ROTOR

1.3 BOMBAS DE PALHETAS

Outro tipo de BDR muito utilizada em sistemas hidráulicos é a bomba de

palhetas. O rotor é um cilindro perfurado radialmente para alojar as palhetas. O rotor

gira excentricamente em relação à carcaça de forma a tangenciá-la em um ponto.

Observe na figura abaixo que a admissão do fluido ocorre no momento em que o

volume delimitado pelo rotor, a carcaça e duas palhetas consecutivas inicia seu

crescimento, e que o fluido é descarregado ao se iniciar a redução deste volume.

Uma vantagem deste tipo de bomba é que a folga entre a carcaça e a palheta será

sempre mínima, desde que a força centrífuga desenvolvida pelo giro do rotor

tenderá a mantê-las em estreito contato.

Figura 4. Bomba rotativa de palhetas.

Para calcular a vazão teórica descarregada pela bomba de palhetas, considere o

volume característico identificado na figura anterior. Seja R o raio da carcaça, e a

excentricidade entre rotor e carcaça, z o número de palhetas, b a largura das

palhetas e sua espessura. O volume característico w será então

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Page 9: Bombas Deslocamento Positivo

e a vazão teórica,

1.4 BOMBA ROTATIVA DE PISTÃO

Na bomba de deslocamento rotativa de pistão o rotor também gira

excentricamente em relação à carcaça, propiciando o movimento alternativo dos

pistões montados radialmente em orifícios (cilindros) do rotor. O giro do rotor

conecta, periodicamente, a base de cada cilindro com os canais de admissão e

descarga, localizados no centro do rotor. O volume característico w é:

onde d é o diâmetro do pistão e e é a excentricidade entre carcaça e pistão. A

vazão teórica para z pistões é

Figura 5. Bomba de pistões radiais.

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Page 10: Bombas Deslocamento Positivo

1.5 BOMBAS DE PARAFUSO

Possuem de um, dois ou três "parafusos" helicoidais que têm movimentos

sincronizados através de engrenagens. Esse movimento se realiza em caixa de óleo

ou graxa para lubrificação. Por este motivo, são silenciosas e sem pulsação. O fluido

é admitido pelas extremidades e, devido ao movimento de rotação e aos filetes dos

parafusos, que não têm contato entre si, é empurrado para a parte central onde é

descarregado. Essas bombas são muito utilizadas para o transporte de produtos de

viscosidade elevada.

Figura 6. Bomba de parafuso.

1.6 BOMBAS ROTATIVAS DE MAIS DE UM ROTOR

1.7 BOMBAS DE ENGRENAGENS

As bombas de engrenagens são de dois tipos: engrenagens externas e

engrenagens internas. As de engrenagens externas são formadas por uma par de

engrenagens idênticas que giram acopladas no interior de uma carcaça. O fluido

bombeado ocupa o espaço vazio entre as engrenagens e a carcaça e é deslocado

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Page 11: Bombas Deslocamento Positivo

da região de sucção para a região de descarga. Entre os centros de rotação os

dentes se acoplam não permitindo o retorno do fluido. Nas bombas de engrenagens

internas uma engrenagem comum se acopla a uma engrenagem interna.

O volume característico de uma bomba de engrenagens é o volume de um

dente; o número de volumes característicos descarregados por volta do eixo é igual

ao número de dentes das duas engrenagens. A vazão teórica é dada por

Figura 7. Bomba de engrenagens externas

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Page 12: Bombas Deslocamento Positivo

Figura 8. Bomba de engrenagens externas.

Como é usual utilizar as dimensões da engrenagem para formular a vazão

teórica, convém relembrar o sistema “módulo” para caracterizar uma engrenagem.

Segundo este sistema, “diâmetro primitivo”, D0, é o diâmetro da circunferência que

passa pelos pontos laterais dos dentes da engrenagem onde somente existe

rolamento puro. Passo é a distância, sobre a circunferência primitiva, entre dois

dentes consecutivos (ver figura seguinte). A altura do dente é h e o módulo é m, que

é a razão entre o passo e o número . A relação entre h e m é:

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Page 13: Bombas Deslocamento Positivo

Figura 9. Sistema módulo de caracterização de engrenagem.

Seja então u a velocidade tangencial do dente da engrenagem na posição radial

do diâmetro primitivo e S a área da seção transversal ocupada pelo fluido. A vazão

teórica da bomba de engrenagens será

ou ainda, expressando a altura do dente em termos do módulo,

1.8 BOMBAS DE LÓBULOS

Têm o princípio de funcionamento similar ao das bombas de engrenagens.

Podem ter dois, três ou até quatro lóbulos, conforme o tipo. Por ter um rendimento

maior, as bombas de três lóbulos são as mais comuns. São usadas no

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Page 14: Bombas Deslocamento Positivo

bombeamento de produtos químicos, líquidos lubrificantes ou não-lubrificantes de

todas as viscosidades.

Figura 8. Bomba de Lóbulos.

1.1 BOMBAS ALTERNATIVAS

Matéria faltante

1.2 CURVAS CARACTERÍSTICAS DAS BOMBAS DE DESLOCAMENTO

A curva característica de uma bomba relaciona a vazão descarregada com a

pressão. A vazão teórica de uma bomba de deslocamento, seja ela alternativa ou

rotativa, é

não havendo dependência com a pressão. Conseqüentemente, a curva

característica teórica de uma bomba de deslocamento, representada em um sistema

de eixos cartesiano, é uma reta paralela ao eixo das ordenadas. A cada rotação da

bomba corresponderá uma outra reta. Em outras palavras, uma bomba de

deslocamento é capaz de, teoricamente, desenvolver qualquer pressão,

independentemente da vazão ou da rotação.

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Page 15: Bombas Deslocamento Positivo

Figura 10. Curva característica teórica de uma bomba de deslocamento

Entretanto, como em qualquer outro equipamento mecânico com movimentos

relativos, existem folgas entre os elementos dinâmicos e estáticos que propiciam o

escape de fluido da região de alta pressão para a região de baixa pressão. Isto é,

em qualquer tipo de bomba uma certa quantidade de fluido escoa em sentido

contrário ao fluxo principal, e sua vazão é denominada de fuga. Nas bombas de

deslocamento as folgas são estreitas e podemos considerar que o escoamento

através delas é laminar. Assim, a vazão de fuga é diretamente proporcional à

diferença de pressão entre sucção e descarga e inversamente proporcional à

viscosidade do fluido. Por outro lado, o escoamento através das folgas ocorre com

acentuada degradação de energia. A energia de pressão disponível é dissipada

como calor, e a vazão de fuga ocorre com aumento de temperatura, fazendo com

que a viscosidade local seja inferior à viscosidade do fluido na corrente principal.

Podemos estabelecer então que a vazão de fuga, representada pela letra q, seja

dada por

onde p é a diferença de pressão entre sucção e descarga, m é a viscosidade do

fluido bombeado, a potência m (menor que a unidade) leva em conta o efeito de

aquecimento da corrente de fuga e a consequente redução da viscosidade e A é

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Page 16: Bombas Deslocamento Positivo

uma constante de proporcionalidade, função do projeto da bomba. A constante de

proporcionalidade A, como foi verificado em inúmeros ensaios, não depende da

rotação da bomba.

A vazão real de uma bomba de deslocamento será igual então à vazão teórica

subtraída da vazão de fuga:

E assim, em um sistema de eixos cartesiano, a curva característica real de uma

bomba de deslocamento é uma reta inclinada em relação ao eixo das ordenadas,

cortando a curva teórica justamente sobre o eixo das abcissas, onde a diferença de

pressão entre sucção e descarga é nula, assim como a vazão de fuga.

Figura 11. Curva característica real de uma bomba de deslocamento

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Page 17: Bombas Deslocamento Positivo

Figura 12. Alteração de curva característica real com mudança de viscosidade

Um problema usual na seleção de uma bomba de deslocamento é, conhecida a

curva característica real para um certo par rotação e viscosidade do fluido, (n1; 1),

qual é a nova curva para um outro par (n2, 2)? Sendo dada a curva real para o par

(n1; 1), a curva teórica para a rotação n1 está automaticamente determinada. O

passo seguinte é determinar a vazão teórica para a nova rotação n2:

O desvio da curva real para a curva teórica pode ser determinado com a

equação da vazão de fuga:

Fica então determinada a curva real para o novo par de condições operacionais

(n2, 2):

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Page 18: Bombas Deslocamento Positivo

Figura 13. Alteração de curva característica real com mudança de rotação e

viscosidade

Outras formas de curvas características aparecem nos catálogos dos

fabricantes, além de tabelas que relacionam a pressão de descarga com a vazão.

Para operação com um único fluido (m constante), a curva característica real pode

ser dada em termos da vazão versus a rotação se a pressão é mantida constante.

Da curva característica real chega-se à conclusão que:

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Page 19: Bombas Deslocamento Positivo

Figura 14. Curva Q x n para p constante e fluido de trabalho especificado.

Da mesma forma que para as bombas centrífugas, a potência de uma bomba de

deslocamento resulta do produto da diferença de pressão com a vazão, dividido pela

eficiência total. Se a pressão é dada em N/m2 e a vazão em m3/s, a potência N será

onde é a eficiência total da bomba. Os catálogos dos fabricantes devem trazer

a potência do motor a ser utilizado para várias condições operacionais, seja na

forma de tabelas ou de gráficos. A forma gráfica normalmente encontrada aparece

na figura abaixo.

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Page 20: Bombas Deslocamento Positivo

Figura 15. Curva de potência de bomba de deslocamento

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Page 21: Bombas Deslocamento Positivo

2 CONCLUSÃO

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Page 22: Bombas Deslocamento Positivo

3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

http://www.em.pucrs.br/lsfm/alunos/luc_gab/bombas1.html - Pontifícia Universidade

Católicado Rio Grande do Sul Faculdade de Engenharia

www.feq.unicamp.br

www.mkg-plenty.com.br

http://www.enq.ufsc.br/disci/eqa5313/bombas.htm

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