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Utilizando o FMEA em ações preventivas

Joan Magretta (*)

O Failure Mode and Effects Analysis (FMEA ), ou simplesmente, Análise do Efeito e Modo da Falha, tem sido muito utilizado como ferramenta de confiabilidade, tanto para projetos como para processos, e temos visto por aí, inúmeras empresas com dificuldade em determinar ações preventivas nos seus sistemas de gestão da qualidade e/ ou gestão ambiental. Por falta de conhecimento, às vezes, deixamos de usufruir de determinadas ferramentas que não são limitadas em seu uso, podendo oferecer um leque de opções, que vão além daquelas originalmente definidas. Para facilitar a compreensão, trataremos do FMEA somente como ferramenta para determinação de ações preventivas, seguindo os passos para se desenvolver um FMEA. ITEM 1 - Identificar máquina e/ou processo a ser analisado Identificar a máquina e/ou processo perguntando "qual o objetivo desta operação?" ITEM 2 - Identificar e conhecer os modos das falhas É a forma pela qual ocorre a falha na peça e/ou processo em análise. Deverão ser elaboradas as seguintes perguntas: - Como poderá ocorrer a falha?; - Que modo de falha poderá ocorrer nesta operação?; - Qual a dificuldade na utilização do processo e/ou equipamento para a operação?. ITEM 3 - Descrever os efeitos de cada modo da falha É a conseqüência que o modo da falha acarretará no produto final, ou seja, descrever quais as conseqüências que o produto irá sofrer se a falha ocorrer. Para se levantar este tópico, questionar: o que irá acontecer se o processo falhar? ITEM 4 - Descrever a causa de cada modo da falha É a descrição concisa da discrepância que deu origem ao "Modo da Falha". Exemplos: - desgaste do ferramental; - matéria-prima fora de especificação; - falta de treinamento;

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- falha no processo; - falta de informação - informação incorreta; etc. ITEM 5 - Determinação do controle atual Refere-se aos meios utilizados na detecção do "Modo da Falha", são os controles que estão sendo empregados atualmente na produção para produtos semelhantes. Trata-se de: - dispositivos; - bancadas de testes; - sistema de inspeção. Os controles devem ser especificamente relacionados ao modo da falha em questão. ITEM 6 - Ocorrência É a probabilidade estimada de ocorrer a "Causa da falha". Este item deve ser avaliado conforme escala descrita abaixo ESCALA - CRITÉRIO ( NÚMERO DE OCORRENCIA DAS FALHAS // % DE FALHA NO LOTE) 01 - Probabilidade muito remota de acontecer (1: 100.000 // 0,001%) 03 - Número de ocorrências baixo (1: 10.000 // 0,01 %) 05 - Número de ocorrências moderado (1: 1000 // 0,1%) 07 - Número de ocorrências alto (1:100 // 1%) 10 - Número de ocorrências em proporções alarmantes (1:10 // 10%) ITEM 7 - Severidade Levando-se em conta o "Modo da Falha" que ocorre, a severidade é a avaliação subjetiva das conseqüências ao cliente e ao usuário. Para avaliação, os "Efeitos de Falha" devem ser cuidadosamente analisados. ESCALA – CONSEQÜÊNCIAS 01 - O cliente e o usuário não perceberão a falha durante os testes e na utilização diária do produto; 03 - Tanto o cliente quanto o usuário poderão detectar a falha, porém não ocasionará reclamação ou retrabalho; 05 - O cliente detectará a falha, solicitando retrabalho; 07 - O cliente detectará a falha, solicitando retrabalho e/ou devolução do lote. Trata-se de funcionamento deficiente do produto que afeta o usuário; 10 - Este modo da falha se caracteriza por alterar a eficiência do produto de

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maneira a infringir os regulamentos e/ou leis. São falhas que poderão causar campanha de troca. ITEM 8 - Detecção Assumindo que a falha ocorreu, o índice de detecção é a probabilidade de acontecer a falha, e esta ser detectada antes do produto sair da empresa. ESCALA - DETECÇÃO 01 - Certamente será detectado; 04 - Provavelmente será detectado 08 - Provavelmente não será detectado; 10 - Certamente não será detectado ITEM 9 - Risco É o produto dos índices de ocorrência, severidade e detecção. Seu objetivo é indicar prioridade as ações preventivas sugeridas quando R=/> 50 ou quando algum índice for =/> 7. ITEM 10 - Ação Preventiva Tem a finalidade de impedir que o "Modo da Falha" e a "Causa da Falha" venham a ocorrer. É somente uma recomendação advinda de uma primeira análise, podendo sofrer alterações no processo de implantação da solução; Deve conter responsável e prazo para implementação. ITEM 11 - Ação Interina Visa amenizar o risco enquanto a ação recomendada não for implantada. ITEM 12 - Ação Tomada Descrever a ação que realmente foi introduzida com a finalidade de impedir a ocorrência da falha, indicar também data de introdução. ITEM 13 - Reavaliação Após implantação da ação preventiva, reavalia-se novamente os índices de ocorrência, severidade e detecção. Se R < 50 conclui-se o trabalho atestando a eficácia da ação, porém se permanecer 50 caberá ao coordenador do trabalho solicitar nova ação preventiva.

(*) Marcio Antonio Ferlin é diretor da Ferlin Consulting - [email protected]

Fonte: Banas Qualidade - Disponibilizado em 19/03/2004