florÍstica de uma Área de mata ciliar no semiÁrido...

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8 Biofar, Rev. Biol. Farm. Campina Grande/PB, v. 9, n. 2, p. 8-25, junho/agosto, 2013 Correspondência: Revista Brasileira de Biologia e Farmácia. Universidade Estadual da Paraíba. Centro de Ciências Biológicas e da Saúde. Departamento de Biologia. Av. Juvêncio Arruda, s/n, Bodocongó, Campina Grande, PB, BRASIL. Cep: 58.109-753. E-mail: [email protected] ou [email protected] FLORÍSTICA DE UMA ÁREA DE MATA CILIAR NO SEMIÁRIDO PARAIBANO, NORDESTE DO BRASIL 4 Ivislanne de Sousa Queiroga 1 , David Oliveira da Silva 2 , Maria de Fátima de Araújo Lucena 3 RESUMO – As florestas ciliares são importantes áreas de proteção permanente para manutenção de diversos serviços ambientais. A flora desses ambientes, especialmente no semiárido brasileiro, ainda é pouco conhecida. O objetivo deste trabalho foi estudar a composição florística da mata ciliar da Área de Preservação Permanente. O estudo foi desenvolvido no sítio Maniçoba II, município de Pombal, Paraíba. Durante um ano foram realizadas coletas mensais através de caminhadas direcionadas. A identificação dos táxons foi feita através de análises das estruturas vegetativas e reprodutivas, consultas a bibliografias especializadas e comparação com espécimes depositados no herbário CSTR. Foram registradas 89 espécies pertencentes a 47 famílias. Dentre os táxons, 13 foram identificados a nível genérico e seis estão indeterminados. Dentre as famílias, destacam-se Fabaceae (18 spp.), Asteraceae (06 spp.), Euphorbiaceae (05 spp.), Convolvulaceae, Sapindaceae e Poaceae (04 spp.). O hábito predominante foi o herbáceo. A espécie Megathyrsus maximus (Jacq.) pertencente à família Poaceae consiste no primeiro registro para o Nordeste do Brasil. Sete espécies foram referidas pela primeira vez para a Paraíba: Spigelia anthelmia L., Echinochloa colonna (L.) Link, Panicum condensatum Bertol., P. trichoides Sw., Prockia crucis P. Brown ex L., Machaonia brasiliensis (Hoffmans. ex Humb.) Cham & Schltdl. e Magonia pubescens A.St.–Hil. Este estudo contribuiu para o conhecimento da flora local, evidenciando uma considerável riqueza de espécies. Unitermos: Flora, Mata Ciliar, Semiárido FLORISTIC OF AN AREA OF FOREST RIPARIAN IN THE SEMIARID FROM PARAÍBA STATE, NORTHEAST OF BRAZIL ABSTRACT – The riparian forests are important areas of permanent protection for maintenance of various environmental services. The flora of these environments, especially in the Brazilian semiarid region is still poorly known. The objective of this work was to study the floristic composition of the riparian forest of the Area of Permanent Preservation. The study was conducted at the Maniçoba Farm II, in the municipality of Pombal, Paraíba state. During one year, were made monthly collections by hiking directed. The identification of the taxa was done based on analysis of vegetative and reproductive structures, consultations to specialized bibliographies and comparison with specimens deposited in the collection of Herbarium CSTR. We recorded 89 species belonging to 47 families. Among the species 13 taxa were identified to the genus level and six taxa are unidentified. Among the families, stand out Fabaceae (18 spp.), Asteraceae (06 spp.), Euphorbiaceae (05 spp.), Convolvulaceae, Poaceae and Sapindaceae (04 spp.). The predominant habit it was the herbaceous. The species Megathyrsus maximus (Jacq.) belonging to family Poaceae consists of the first record to the Northeast. Seven species were recorded for the first time to the 1 Graduada em Licenciatura em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Campina Grande, Centro de Saúde e Tecnologia Rural – UACB – Herbário CSTR ([email protected]). 2 Graduado em Licenciatura em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Campina Grande, Centro de Saúde e Tecnologia Rural – UACB – Herbário CSTR ([email protected]). 3 Professora Adjunta, Laboratório de Botânica da Universidade Federal de Campina Grande, Centro de Saúde e Tecnologia Rural – UACB – Herbário CSTR ([email protected]). Endereço para correspondência: UFCG, Centro de Saúde e Tecnologia Rural - Av. Santa Cecília, s/nº. Jatobá, Patos – PB – CEP: 58700-970 - Cx. Postal 64. 4 Área de enquadramento: Ciências Biológicas - Biodiversidade. Trabalho de Conclusão de Curso da primeira autora. Recebido em 04/05/2013 – Aprovado 03/06/2013

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Biofar, Rev. Biol. Farm. Campina Grande/PB, v. 9, n. 2, p. 8-25, junho/agosto, 2013

Correspondência: Revista Brasileira de Biologia e Farmácia. Universidade Estadual da Paraíba. Centro de Ciências Biológicas e da Saúde. Departamento de Biologia. Av. Juvêncio Arruda, s/n, Bodocongó, Campina Grande, PB, BRASIL. Cep: 58.109-753. E-mail: [email protected] ou [email protected]

FLORÍSTICA DE UMA ÁREA DE MATA CILIAR NO SEMIÁRIDO PARAIBANO, NORDESTE DO BRASIL4

Ivislanne de Sousa Queiroga1, David Oliveira da Silva2, Maria de Fátima de Araújo Lucena3

RESUMO – As florestas ciliares são importantes áreas de proteção permanente para manutenção de diversos serviços ambientais. A flora desses ambientes, especialmente no semiárido brasileiro, ainda é pouco conhecida. O objetivo deste trabalho foi estudar a composição florística da mata ciliar da Área de Preservação Permanente. O estudo foi desenvolvido no sítio Maniçoba II, município de Pombal, Paraíba. Durante um ano foram realizadas coletas mensais através de caminhadas direcionadas. A identificação dos táxons foi feita através de análises das estruturas vegetativas e reprodutivas, consultas a bibliografias especializadas e comparação com espécimes depositados no herbário CSTR. Foram registradas 89 espécies pertencentes a 47 famílias. Dentre os táxons, 13 foram identificados a nível genérico e seis estão indeterminados. Dentre as famílias, destacam-se Fabaceae (18 spp.), Asteraceae (06 spp.), Euphorbiaceae (05 spp.), Convolvulaceae, Sapindaceae e Poaceae (04 spp.). O hábito predominante foi o herbáceo. A espécie Megathyrsus maximus (Jacq.) pertencente à família Poaceae consiste no primeiro registro para o Nordeste do Brasil. Sete espécies foram referidas pela primeira vez para a Paraíba: Spigelia anthelmia L., Echinochloa colonna (L.) Link, Panicum condensatum Bertol., P. trichoides Sw., Prockia crucis P. Brown ex L., Machaonia brasiliensis (Hoffmans. ex Humb.) Cham & Schltdl. e Magonia pubescens A.St.–Hil. Este estudo contribuiu para o conhecimento da flora local, evidenciando uma considerável riqueza de espécies.

Unitermos: Flora, Mata Ciliar, Semiárido

FLORISTIC OF AN AREA OF FOREST RIPARIAN IN THE SEMIARID FROM PARAÍBA STATE, NORTHEAST OF BRAZIL

ABSTRACT – The riparian forests are important areas of permanent protection for maintenance of various environmental services. The flora of these environments, especially in the Brazilian semiarid region is still poorly known. The objective of this work was to study the floristic composition of the riparian forest of the Area of Permanent Preservation. The study was conducted at the Maniçoba Farm II, in the municipality of Pombal, Paraíba state. During one year, were made monthly collections by hiking directed. The identification of the taxa was done based on analysis of vegetative and reproductive structures, consultations to specialized bibliographies and comparison with specimens deposited in the collection of Herbarium CSTR. We recorded 89 species belonging to 47 families. Among the species 13 taxa were identified to the genus level and six taxa are unidentified. Among the families, stand out Fabaceae (18 spp.), Asteraceae (06 spp.), Euphorbiaceae (05 spp.), Convolvulaceae, Poaceae and Sapindaceae (04 spp.). The predominant habit it was the herbaceous. The species Megathyrsus maximus (Jacq.) belonging to family Poaceae consists of the first record to the Northeast. Seven species were recorded for the first time to the

1 Graduada em Licenciatura em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Campina Grande, Centro de Saúde e

Tecnologia Rural – UACB – Herbário CSTR ([email protected]). 2 Graduado em Licenciatura em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Campina Grande, Centro de Saúde e Tecnologia Rural – UACB – Herbário CSTR ([email protected]). 3 Professora Adjunta, Laboratório de Botânica da Universidade Federal de Campina Grande, Centro de Saúde e Tecnologia Rural – UACB – Herbário CSTR ([email protected]). Endereço para correspondência: UFCG, Centro de Saúde e Tecnologia Rural - Av. Santa Cecília, s/nº. Jatobá, Patos – PB – CEP: 58700-970 - Cx. Postal 64. 4 Área de enquadramento: Ciências Biológicas - Biodiversidade. Trabalho de Conclusão de Curso da primeira autora.

Recebido em 04/05/2013 – Aprovado 03/06/2013

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Ivislanne de Sousa Queiroga et al.

Biofar, Rev. Biol. Farm. Campina Grande/PB, v. 9, n. 2, p. 8-25, junho/agosto, 2013

Paraíba state: Spigelia anthelmia L., Echinochloa colonna (L.) Link, Panicum condensatum Bertol., P. trichoides Sw., Prockia crucis P. Browne ex L., Machaonia brasiliensis (Hoffmans. ex Humb.) Cham. & Schltdl. and Magonia pubescens A.St.-Hil. This study contributed to the knowledge of the local flora, showing a considerable species richness.

Uniterms: Flora, Riparian forest, semiarid

INTRODUÇÃO

O conjunto de formações vegetacionais encontradas associadas aos corpos d’água, estendendo-se por dezenas de metros a partir das margens e apresentando marcantes variações na composição florística e na estrutura é conceituado como mata ou floresta ciliar, independentemente do regime de elevação do rio ou do lençol freático (Martins, 2011). Também é conhecida como floresta ciliar, mata beiradeira, mata de beira-rio ou mata ripária, estando presente em diversos tipos vegetacionais (Ab’Saber, 2000; Martins, 2011).

Mueller (1998) afirma que as florestas ciliares têm como funções fundamentais: amparo das terras ribeirinhas contra a erosão devido à resistência oferecida pelo emaranhamento de raízes; proteção de mananciais; anteparo aos detritos carreados pelas enchentes, diminuindo impactos sobre a vida aquática, a navegação e a qualidade da água para consumo humano, consumo animal, geração de energia e irrigação; abastecimento do lençol freático, devido à suavização e certa contenção do impacto da água da chuva; auxílio à conservação da vida aquática, evitando alteração na topografia submersa, proporcionando algum controle da temperatura da água e fornecendo alimentos na forma de flores, frutos e insetos.

Para Rodrigues (2004, p.91), “as florestas ocorrentes ao longo dos cursos d’água e no entorno de nascentes têm características vegetacionais definidas por uma interação complexa de fatores dependentes das condições ambientais ciliares”.

No Brasil são consideradas áreas de proteção permanente (Ferreira & Dias, 2004) e segundo Ferreira et al. (2004) se destacam no território brasileiro por representarem a conexão entre os diversos biomas, mantendo o fluxo gênico entre populações de animais e vegetais, funcionando como corredor de dispersão.

As principais causas de degradação das matas ciliares são: desmatamentos para estender a área cultivada e urbana, assim como para a obtenção de madeira; incêndios; extração de areia dos rios e os empreendimentos turísticos sem planejamentos adequados (Martins, 2011). Essas ações impactantes sobre esses ecossistemas causam, portanto, custos ambientais e econômicos bem significativos (Lacerda et al., 2007).

A flora desses ambientes é ainda pouco estudada no Brasil; sobressaindo-se os trabalhos de Kipper et al. (2010), Freitas Junior et al. (2009), Santos & Vieira (2005), Baptista-Maria et al. (2009) e Fetter et al. (2011), os quais representam importantes contribuições para o conhecimento da diversidade e riqueza florística de diversos fragmentos de florestas ciliares nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. De cunho conservacionista estudos desenvolvidos por Muller (1998), Rodrigues (2004), Martins (2011) e Martins (2012), merecem destaque.

Na região nordeste, especialmente no semiárido, a florística dessas áreas de proteção permanente são ainda menos conhecidas; somando-se a esse conhecimento os trabalhos de Souza & Rodal (2010), Ferraz et al. (2006), Ferreira et al. (2007) e Rodal et al. (2008). No Estado da Paraíba, Trovão et al. (2010) e Lacerda et al. (2007) desenvolveram estudos voltados ao conhecimento da composição florística em trechos de florestas ciliares. No entanto, estes se concentraram nas mesorregiões da Borborema e Brejo paraibano.

Nesse contexto, o presente trabalho objetivou contribuir com a ampliação desse conhecimento na região Nordeste e, mais especificamente, no Estado da Paraíba, enfocando a

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composição florística de uma Àrea de Preservação Permanente localizada no Sítio Maniçoba II, município de Pombal, PB.

MATERIAL E MÉTODOS

O trabalho foi realizado no trecho de 3,5 km do curso d’água intermitente pertencente ao riacho do Carneiro, no Sítio Maniçoba II (Figura 1), município de Pombal, na Mesorregião do

Mesorregião do Sertão Paraibano e Microrregião de Sousa, estado da Paraíba. Figura 1. Mapa de localização do município de Pombal, Paraíba, com destaque para a área de

estudo.

O riacho do Carneiro (6040’02”S, 370 49’21,1”W) nasce do açude localizado na Cidade de Jericó; este último distancia-se do riacho a aproximadamente 33,4 km (Figura 2). Está situado no município de Pombal (6046’12”S, 37048’7”W), a segunda maior do estado em questão territorial, possuindo 889 km² ( 1,58% da região do Estado da Paraíba), localizado na unidade geoambiental da depressão sertaneja.

A área de estudo compreende uma mata ciliar arbórea-arbustiva aberta, situada sobre solo do tipo Planossolo, com sua margem a leste apresentando 45 m de vegetação preservada e margem oeste com 20-30m. Após a linha de vegetação, o trecho a oeste é utilizado para cultivo de horta e pastoreio de gado; estando assim o trecho a leste mais preservado. Seu leito varia entre 12-15m de largura. O clima na área é quente e semiárido e a altitude chega a 200m (Beltrão et al., 2005).

Trata-se de um riacho temporário. Nos últimos anos, mesmo com períodos de estiagem prolongado foi possível registrar a ocorrência de poças em vários trechos. Insere-se em área de caatinga arbustiva-aberta rodeada por propriedades rurais. A grande dificuldade de encontrar uma área de mata ciliar na região, com suas margens constituídas de trecho de vegetação, condizente ao que exige o Código Florestal (2012), motivou a escolha desta área de estudo, por a mesma está, fisionomicamente com esta linha de vegetação notadamente bem marcada na paisagem local.

A área foi definida através de uma linha de 600 m de comprimento, traçada paralelamente no trecho mediano do leito, e uma linha de 30 m em cada margem, totalizando 3,6 ha.

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Figura 2. Trecho de 3,5 km da área de estudo. Riacho do Carneiro, Sítio Maniçoba II, Pombal, Paraíba. Fonte: www.google.com.br/maps.

Coleta de Dados – As coletas botânicas ocorreram mensalmente no período de Maio/ 2011 a Março/ 2012 através de caminhadas aleatórias, durante as estações seca e chuvosa, onde foram obtidas amostras de plantas em estado de floração e/ou frutificação nos diferentes trechos do riacho de acordo com as técnicas usuais em taxonomia vegetal (Bridson & Forman, 1998; IBGE, 2012).

As espécies foram identificadas através da análise morfológica das estruturas reprodutivas e vegetativas em microscópio-estereomicroscópio com uso de chaves de identificação. Também foram consultadas para este fim, diversas bibliografias especializadas e especialistas de alguns grupos taxonômicos mais complexos que colaboraram nas identificações. Comparação com material depositado no acervo do Herbário do Centro de Saúde e Tecnologia Rural (CSTR) da Universidade Federal de Campina Grande, Campus de Patos, foi eventualmente efetuada. A grafia dos nomes das espécies e autores das mesmas está de acordo com a Lista de Espécies da Flora do Brasil (Forzza et al., 2013). O sistema de classificação das plantas adotado foi o proposto pelo APG III.

Ainda em campo, o material coletado foi georreferenciado e fotografado, registrando-se em caderneta de campo os seguintes dados: habitat, hábito, nome vulgar, coloração de flores e frutos, descrição da paisagem e tipo de solo, além de informações consideradas relevantes para o reconhecimento dos táxons.

Os espécimes foram incorporados ao acervo do Herbário CSTR e duplicatas foram enviadas aos herbários Jayme Coelho de Moraes (JPB), Prisco Bezerra (EAC) e o da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram registradas 89 espécies pertencentes a 47 famílias. Dessa amostragem total, 14 táxons foram identificados apenas a nível genérico, e outros 10 encontram-se indeterminados (Tabela 1). Dentre as famílias, Fabaceae, Asteraceae, Euphorbiaceae, Convolvulaceae, Sapindaceae e Poaceae foram as mais representativas em número de espécies (Figura 3), e 23 famílias (ca. 50%) apresentaram apenas uma espécie cada.

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Figura 3. Número de espécies por famílias encontradas no Riacho do Carneiro, Pombal – Paraíba.

Observou-se, que, durante o período chuvoso (Fevereiro a Maio) o riacho do Carneiro alarga seu leito com maior volume de água. Nesse período foi coletada uma maior quantidade de espécimes, principalmente do estrato herbáceo. Durante o período seco, há uma diminuição no volume de água resultando em pequenos corpos d’água durante seu percurso, o que provocou uma menor demanda de exemplares em estado fértil.

FAMÍLIA/ESPÉCIES NOME POPULAR HÁBITO VOUCHER

REGISTRO CSTR

ACANTHACEAE

Dicliptera mucronifolia Nees Arb

P.D'Angelis (111), M.F.A.Lucena & I.S.Queiroga 3203

Ruellia asperula (Mart. & Nees) Lindau Melosa Arb

I.S.Queiroga (108), I.S.Queiroga (117) 3201/3205

Ruellia paniculata L. Melosa

Legítima Arb I.S.Queiroga (139) 3202

Indet. Bamburrá Sub

P.D'Angelis (109), M.F.A.Lucena & I.S.Queiroga 3204

ALISMATACEAE

Echinodorus lanceolatus Rajat Golfo Erv

I.S.Queiroga (105), I.S.Queiroga (170), I.S.Queiroga (185) 3206/3312/3311

Indet. Erv

M.F.A.Lucena (2051), I.S.Queiroga, R.R.A.Lacerda & P. P.D'Angelis 3543

AMARANTHACEAE Cont.

Tabela 1. Lista de espécies encontradas no Riacho do Carneiro, município de Pombal, PB.

(Árv.= Árvore; Arb=Arbusto; Erv = Erva; Sub = Subarbusto; Trep = Trepadeira).

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FAMÍLIA/ESPÉCIES NOME

POPULAR HÁBITO VOUCHER REGISTRO

CSTR Alternanthera brasiliana (L.) Kuntze Ervanço Erv

I.S.Queiroga (20), I.S.Queiroga (47) 3309/3308

ANNONACEAE Annona squamosa L. Pinha Árv I.S.Queiroga (149) 3310 APOCYNACEAE Aspidosperma pyrifolium Mart. Pereiro Arb I.S.Queiroga (151) 3314

Allamanda blanchetii A. DC. Cipó-de-leite Trep I.S.Queiroga (144), (I.S.Queiroga) 165 3313/3315

ARISTOLOCHIACEAE

Aristolochia birostris Duch. Trep

P.D'Angelis (107), M.F.A.Lucena & I.S.Queiroga 3071

ASTERACEAE

Acmella uliginosa Cass. Agrião-do-

mato Erv

I.S.Queiroga (43), M.F.A.Lucena (2046), I.S.Queiroga, R.R.A.Lacerda & P.D'Angelis 3319/3509

Centratherum punctatum Cass. Erv

I.S.Queiroga (49), I.S.Queiroga (97), P.D'Angelis (102), M.F.A.Lucena & I.S.Queiroga 3322/3323/3318

Delilia biflora (L.) Kuntze Erv I.S.Queiroga (88) 3324

Tridax procumbens L.

Malva branca ou malva do

mato Erv I.S.Queiroga (53), I.S.Queiroga (158) 3325/3316

Verbesina subcordata DC. Flecha-mole Erv I. S. Queiroga (77), I. S. Queiroga (106) 3320/3317

Wedelia scaberrima Benth. Erv

M.F.A.Lucena (2050), I.S.Queiroga, R.R.A.Lacerda & P. D'Angelis 3321

BIGNONIACEAE Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos Pau-d'arco roxo Árv I.S.Queiroga (110) 3326 CACTACEAE Cereus jamacaru DC. Mandacaru Arb I.S.Queiroga (179) 3327 CAPPARACEAE

Crataeva tapia L. Trapiá Arb I.S.Queiroga (143), I.S.Queiroga (147) 3328/3330

Tarenaya spinosa (Jacq.) Raf. Mussambê Erv I.S.Queiroga (164) 3329 Cont.

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Cont.

FAMÍLIA/ESPÉCIES NOME

POPULAR HÁBITO VOUCHER REGISTRO

CSTR

CHRYSOBALANACEAE Licania rigida Benth.

Oiticica Árv

I.S.Queiroga (127), M.F.A.Lucena (2044), I.S.Queiroga, P.D'Angelis E R.R.A.Lacerda 3351/3353

CLEOMACEAE Physostemon guianense (Aubl.) Malme Erv

I.S.Queiroga (171), I.S.Queiroga (188) 3353/3542

COMBRETACEAE

Combretum lanceolatum Pohl ex Eichl. Mofumbo Arb

I.S.Queiroga (102), I.S.Queiroga (118), I.S.Queiroga (124), I.S.Queiroga (156)

3459/3458/3457/3456

Combretum sp. Mofumbo-do-

riacho Arb I.S.Queiroga (17), I.S.Queiroga (82) 3455/3460

COMMELINACEAE

Commelina sp. Erv I.S.Queiroga (45), I.S.Queiroga (78) 3462/3461

Indet. Erv I.S.Queiroga (104) 3463 CONVOLVULACEAE Ipomoea bahiensis Will. ex Roem. & Schult.

Gitirana-da-serra Erv

I.S.Queiroga (131), I.S.Queiroga (67) 3465/3467

Ipomoea longeramosa Choisy Gitirana Trep I.S.Queiroga (57), I.S.Queiroga (68) 3466/3469

Jacquemontia gracillima (Choisy) Hallier f. Mata-cachorro Erv I.S.Queiroga (55) 3464

Merremia aegyptia (L.) Urb.

Gitirana verdadeira ou

legítima Trep I.S.Queiroga (66), I.S.Queiroga (98) 3470/3468

CUCURBITACEAE Luffa operculata (L.) Cong. Cabacinha Arb I.S.Queiroga (65) 3472

Momordica charantia L. Melão-de-são-

caetano Trep I.S.Queiroga (21), I.S.Queiroga (74) 3473/3471

CYPERACEAE Cyperus iria L. Capim-frio Erv I.S.Queiroga (85) 3475

Cyperus surinamensis Rotts. Erv

I.S.Queiroga (126), I.S.Queiroga (172), I.S.Queiroga (183) 3476/3474/3478

Indet. Erv I.S.Queiroga (160) 377 ERYTHROXYLACEAE Erythroxylum pungens O. E. Schulz Ronco-gibão Arb I.S.Queiroga (148) 3479 EUPHORBIACEAE Croton hirtus L'Hér Erv I.S.Queiroga (59) 3485 Cont.

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Ivislanne de Sousa Queiroga et al.

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Cont.

FAMÍLIA/ESPÉCIES NOME

POPULAR HÁBITO VOUCHER REGISTRO

CSTR

Croton heliotropiifolius Kunth Velame Arb

I.S.Queiroga (163), I.S.Queiroga (168), I.S.Queiroga (173), I.S.Queiroga (191)

3487/3481/3480/3486

Euphorbia hirta L. Erv

P.D'Angelis (98), M.F.A.Lucena & I.S.Queiroga 3484

Jathopha mollisima (Pohl) Baill. Arb

P.D'Angelis (96), M.F.A.Lucena & I.S.Queiroga 3483

Ricinus communis L. Mamona Arb I.S.Queiroga (176) 3482 FABACEAE – CAESALPINOIDEAE

Bauhinia acuruana Moric. Mororó-de-

espinho Arb I.S.Queiroga (129) 3491 Chamaecrista calycioides (DC. ex Collad.) Greene Erv I.S.Queiroga (69) 3492 Libidibia ferrea (Mart. ex Tul.) L.P. Queiroz Pau-ferro/Jucá Árv I.S.Queiroga (80) 3490 Poincianella pyramidalis (Tul.) L.P. Queiroz Catingueira Arb. I.S.Queiroga (178) 3489 Senna occidentalis L. Manjirioba Arb I.S.Queiroga (175) 3488 Indet. Erv I.S.Queiroga (60) 3493 FABOIDEAE Centrosema rotundifolium Mart. ex Benth. Trep I.S.Queiroga (76) 3506

Crotalaria retusa L. Girgilim-do-

mato Erv I.S.Queiroga (58), I.S.Queiroga (125) 3499/3504

Dioclea grandiflora Mart. ex Benth. Fava de boi Trep I.S.Queiroga (56) 3496

Geoffroea spinosa Jacq. Marizeira ou

Mari Árv

I.S.Queiroga (145), I.S.Queiroga (152), I.S.Queiroga (177) 3502/3501/3497

Indigofera suffruticosa Mill. Erv I.S.Queiroga (61) 3498 Macroptilium bracteatum (Nees & Mart.) Maréchal e Baudet

Feijão-de-pomba Erv I.S.Queiroga (83) 3503

Stylosanthes biflora (L.) Britton, Sterns & Poggenb. Coentro-de-boi Erv I.S.Queiroga (50) 3507 Indet. 1 Arapiraca Erv I.S.Queiroga (140) 3505 Indet. 2 Engorda-magro Sub I.S.Queiroga (91) 3508

Indet. 3 Fava de boi Arb

P.D'Angelis (108), M.F.A.Lucena & I.S.Queiroga 3494

Indet. 4 Engorda-magro Sub

P.D'Angelis (112), M.F.A.Lucena & I.S.Queiroga 3500

Cont.

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FAMÍLIA/ESPÉCIES NOME

POPULAR HÁBITO VOUCHER REGISTRO

CSTR

Indet. 5 Erv I.S.Queiroga (103) 3495 MIMOSOIDEAE Albizia inundata (Mart.) Barneby & J.W. Grimes. Canafístula Árv

I.S.Queiroga (133), I.S.Queiroga (157) 3510/3522

Inga sp. Ingá Árv I.S.Queiroga (119) 3516 Lonchocarpus sericeus (Poir.) Kunth ex DC. Ingazeira Árv I.S.Queiroga (81) 3520

Mimosa acutistipula (Mart.) Benth. Unha-de-gato Arb

P.D'Angelis (97), M.F.A.Lucena & I.S.Queiroga 3513

Mimosa sensitiva L. Malícia de boi Arb

I.S.Queiroga (63), I.S.Queiroga (100), P.D'Angelis (99), M.F.A.Lucena & I.S.Queiroga 3518/3514/3519

Mimosa tenuiflora Benth. Jurema preta Árv

I.S.Queiroga (99), I.S.Queiroga (137), I.S.Queiroga (154) 3521/3515/3517

Indet. Jiricuri Arb I.S.Queiroga (122) 3511 HYDROLEACEAE

Hydrolea spinosa L. Espinho-branco Sub

I.S.Queiroga (138), P.D'Angelis (104), M.F.A.Lucena & I.S.Queiroga 3524/3525

LAMIACEAE Aegiphila sp. Arb I.S.Queiroga (167) 3531

Hyptis sp. Melosa Erv I.S.Queiroga (75), I.S.Queiroga (30) 3536/3533

Vitex gardneriana Schauer Jaramataia Arb

I.S.Queiroga (109), I.S.Queiroga (155), I.S.Queiroga (114) 3532/3534/3535

LOGANIACEAE Spigelia anthelmia L. Lombrigueira Erv I.S.Queiroga (86) 3537 MALPIGHIACEAE

Banisteriopsis sp. Tingui Arb

I.S.Queiroga (113), M.F.A.Lucena (2045), I.S.Queiroga, R.R.A.Lacerda e P.D'Angelis 3171

Stigmaphyllon sp. Cajujá Trep I.S.Queiroga (146) 3541 MALVACEAE Corchorus argutus Kunth Erv I.S.Queiroga (128) 3181 Corchorus hirtus L. Erva-amarela Erv I.S.Queiroga (52) 3185 Triumfetta sp. 1 Relógio-d'água Erv I.S.Queiroga (62) 3182

Triumfetta sp. 2 Carrapicho-de-

ovelha Erv I.S.Queiroga (120) 3183 Cont.

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FAMÍLIA/ESPÉCIES NOME

POPULAR HÁBITO VOUCHER REGISTRO

CSTR Wissadula contracta (Link) R.E. Fr. Malva Erv I.S.Queiroga (92) 3184 NYCTAGINACEAE Boerhavia diffusa L. Pega-pinto Erv I.S.Queiroga (48) 3186 NYMPHAEACEAE Nymphaea pulchella DC. Erv I.S.Queiroga (186) 3333 ONAGRACEAE

Ludwigia helminthorrhiza Mart. Erv

P.D'Angelis (101), M.F.A.Lucena & I.S.Queiroga 3331

Ludwigia octovalvis (Jacq.) P. H. Raven Pimenta-d'água Erv

I.S.Queiroga (29), I.S.Queiroga (42) 3189/3187

Ludwigia erecta (L.) H. Hara Pimenta-de-

bode Erv I.S.Queiroga (107) 3188

Indet. Amor-de-velho Sub

M.F.A.Lucena (2049), I.S.Queiroga, R.R.A.Lacerda e P.D'Angelis 3540

OXALIDACEAE Oxalis divaricata Mart. ex Zucc. Azedinho Erv I.S.Queiroga (71) 3190 PHYLLANTHACEAE Phyllanthus tenellus Roxb. Quebra-pedra Erv I.S.Queiroga (41) 3191 PHYTOLACCACEAE

Rivina humilis L. Sub I.S.Queiroga (123), I.S.Queiroga (190) 3192/3332

PLUMBAGINACEAE

Plumbago scandens L. Melosa preta Sub

P.D'Angelis (110), M.F.A.Lucena & I.S.Queiroga 3334

POACEAE Echinochloa colona (L.) Link Capim-marreco Erv I.S.Queiroga (89) 3168 Megathyrsus maximus (Jacq.) B. K. Simon & S. W. L. Jacobs. Capim-guiné Erv I.S.Queiroga (70) 3169

Panicum condensatum Bertol. Capim-

amargoso Erv I.S.Queiroga (90) 3166 Panicum trichoides Sw. Capim-raposa Erv I.S.Queiroga (93) 3167 Indet. Erv I.S.Queiroga (161) 3344 POLYGONACEAE

Triplaris gardneriana Wedd. Cuaçu Arb

I.S.Queiroga (101), I.S.Queiroga (116), I.S.Queiroga (136) 3175/3174/3173

PTERIDACEAE (= ZARKERIACEAE) Cont.

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FAMÍLIA/ESPÉCIES NOME

POPULAR HÁBITO VOUCHER REGISTRO

CSTR

Ceratopteris thalictroides (L.) Brongn. Erv

M.F.A.Lucena (2047), I.S.Queiroga, R.R.A.Lacerda & P.D'Angelis 3341

PONTEDERIACEAE Eicchornia diversifolia (Vahl) Urb. Água-pé Erv I.S.Queiroga (84) 3349 Heteranthera oblongifolia C. Mart. ex Roem. & Schult. Erv

I.S.Queiroga (169), I.S.Queiroga (189) 3352/3350

PORTULACACEAE

Portulaca oleracea L. Beldroega-de-

porco Erv I.S.Queiroga (44) 3346 Portulaca sp. Beldroega Erv I.S.Queiroga (95) 3347 Talinum triangulare (Jacq.) Willd

Beldroega-de-peba Erv I.S.Queiroga (94) 3348

RHAMNACEAE

Ziziphus joazeiro Mart. Juazeiro Árv I.S.Queiroga (18), I.S.Queiroga (166) 3539/3538

RUBIACEAE Machaonia brasiliensis (Hoffmanns. ex Humb.) Cham. & Schltdl. Árv

I.S.Queiroga (22), I.S.Queiroga (87) 3343/3170

Richardia grandiflora (Cham. & Schltdl.) Steud. Erv I.S.Queiroga (182) 3335 Indet. 1 Erv I.S.Queiroga (19) 3160 Indet. 2 Erv I.S.Queiroga (40) 3161 Indet. 3 Erv I.S.Queiroga (46) 3158 Indet. 4 Erv I.S.Queiroga (54) 3159 SALICACEAE Prockia crucis P. Browne ex L. Arb I.S.Queiroga (150) 3336 SAPINDACEAE Averrhoidium gardnerianum Baill. Barandão Árv

I.S.Queiroga (24), I.S.Queiroga (142) 3342/3177

Cardiospermum corindum L. Cipó-de-cuã Trep I.S.Queiroga (135), I.S.Queiroga (153) 3176/3337

Magonia pubescens A.St.-Hil. Arb I.S.Queiroga (187) 3339

Sapindus saponaria L. Sabonetinho Arb

I.S.Queiroga (96), I.S.Queiroga (115), I.S.Queiroga (181) 3179/3178/3338

PLANTAGINACEAE (= SCROPHULARIACEAE) Indet. 1 Erv I.S.Queiroga (79) 3164

Indet. 2 Erv

P.D'Angelis (103), M.F.A.Lucena & I.S.Queiroga 3166

Cont.

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FAMÍLIA/ESPÉCIES NOME

POPULAR HÁBITO VOUCHER REGISTRO

CSTR

SOLANACEAE

Cestrum sp. Arb I.S.Queiroga (132), I.S.Queiroga (141) 3163/3030

Solanum americanum Mill. Sub I.S.Queiroga (130) 3162 Indet. Arb I.S.Queiroga (180) 3345 TURNERACEAE

Turnera subulata Sm. Xanana Erv I.S.Queiroga (51), I.S.Queiroga (174) 3193/3544

URTICACEAE Urera baccifera (L.) Gaudich. Sub I.S.Queiroga (121) 3194 VERBENACEAE

Stachytharpheta angustifolia (Mill.) Vahl Erv

I.S.Queiroga (64), I.S.Queiroga (72), P.D'Angelis (100), M.F.A.Lucena & I. S.Queiroga 3196/3195/9197

Indet. Erv I.S.Queiroga (111) 3198 VITACEAE Cissus sp. Trep I.S.Queiroga (73) 3200 Indet. Cipó-mole Trep I.S.Queiroga (134) 3199 INDETERMINADAS Indet. 1 Relógio Sub I.S.Queiroga (112) 3528 Indet. 2 Erv I.S.Queiroga (159) 3527 Indet. 3 Erv I.S.Queiroga (162) 3526 Indet. 4 Erv I.S.Queiroga (184) 3525

Indet. 5 Arb

P.D'Angelis (105), M.F.A.Lucena & I.S.Queiroga 3530

Indet. 6 Beldroega-

d'água Erv

M.F.A.Lucena (2048), I.S.Queiroga, R.R.A.Lacerda e P.D'Angelis 3529

A família Fabaceae é citada na literatura com expressiva riqueza de espécies em vários

levantamentos florísticos realizados em áreas de caatinga como os realizados por Nascimento et al. (2003), Holanda et al. (2005), Ferraz et al. (2006) e Rodal et al. (2008).

Entre as espécies da família Asteraceae, Acmella uliginosa Cass., Centratherum punctatum Cass. e Tridax procumbens L. foram encontradas em toda a área de estudo. Espécies desta família podem ser encontradas nos mais diversos habitats e em condições climáticas variadas devido a sua enorme capacidade de adaptação ambiental (Cancelli et al., 2007). Por apresentarem eficiente processo na dispersão de suas sementes, as espécies de Asteraceae têm importante papel na recuperação de áreas degradadas, onde participam tanto como pioneiras na colonização de ambientes degradados, quanto na ocorrência em clareiras e bordas de mata (Heiden et al., 2007).

A família Euphorbiaceae está entre as mais comuns nas formações naturais brasileiras (Lorenzi & Souza, 2008), sendo uma das mais representativas em número de gêneros e espécies.

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Alves et al. (2009) afirmam que a região Nordeste do Brasil pode ser considerada como um centro importante de diversidade desta família, com espécies distribuídas nas áreas de Caatinga em sua grande maioria. Nas margens do riacho do Carneiro foram encontradas as espécies Croton hirtus L’Hér, C. heliotropiifolius Kunth, Euphorbia hirta L., Jatropha mollisima (Pohl) Baill. e Ricinus comunnis L.

O hábito predominante na área foi o herbáceo, seguido do arbustivo, o arbóreo, as trepadeiras

e, por fim, o componente subarbustivo (Figura 4).

Figura 4. Representação dos tipos de hábitos das espécies coletadas na área de estudo A família Convolvulaceae comumente apresenta trepadeiras lenhosas e herbáceas, associadas

às bordas de florestas, principalmente espécies dos gêneros Ipomoea, Jacquemontia e Merremia (Lorenzi & Souza, 2008). No Brasil, são predominantes em áreas abertas como a caatinga. Destaca-se como uma das famílias mais representativas, em número de espécies, na caatinga, com 10 espécies endêmicas deste bioma (Vital & Alves, 2009). Na área de estudo, esta família encontra-se representada por quatro espécies de trepadeiras herbáceas: Ipomoea bahiensis Will. ex Roem & Schult., I. longeramosa Choisy, Jacquemontia gracillima (Choisy) Hallier f. e Merremia aegyptia (L.) Urb. Ambas foram observadas habitando a porção mediana da vegetação ao longo de todo o percurso do riacho. Espécies de Aristolochiaceae, Cucurbitaceae e Fabaceae também compõem parte deste tipo de hábito estando associadas às margens do riacho.

As trepadeiras lenhosas estão representadas pelas famílias Combretaceae (02 spp.), Fabaceae (01 sp.), Sapindaceae (01 sp.), Malpighiaceae (01 sp.) e Vitaceae (01 sp.). Pela frequência com que foram observadas destacam-se Dioclea grandiflora Mart. ex Benth e Cardiospermum corindum L.

No estrato herbáceo, as espécies Hydrolea spinosa L., Ludwigia octavalvis (Jacq.) P.H. Raven, Cyperus surinamensis Rotts., Centratherum punctatum Cass., Oxalis divaricata Mart. ex Zucc. Physostemon guianense (Aubl.) Malme e Stachytharpheta angustifolia (Mill.) Vahl são comumente encontradas na área estudada.

Bauhinia acuruana Moric., Magonia pubescens A.St.-Hil., Mimosa acutistipula (Mart.) Benth., M. sensitiva L., Vitex gardneriana Schauer, Croton heliotropiifolis Kunth, Sapindus saponaria L. e Prockia crucis P. Browne ex L. são espécies arbustivas facilmente observadas nas margens do riacho.

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Entre as representantes arbóreas, Albizia inundata (Mart.) Barneby & J.W. Grimes, Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos, Lonchocarpus sericeus (Poir.) Kunth ex DC. e Averrhoidium gardnerianum Baill., foram comumente observadas na área. Segundo Queiroz (2009) Albizia inundata é uma espécie característica de matas ciliares ocorrendo ocasionalmente dentro do domínio da caatinga, especialmente na Bahia e norte de Minas Gerais, ao longo do rio São Francisco, e no Ceará, nas margens do rio Jaguaribe, sendo utilizada em reflorestamentos para recuperação das áreas ciliares (Lorenzi, 2002). Outras espécies citadas como características de matas ciliares por Souza & Rodal (2010), Ferraz et al. (2006) e Lacerda et al. (2007) e contempladas neste estudo são: Geoffrea spinosa Jacq., Lonchocarpus sericeus (Poir.) Kunth ex DC., Vitex gardnerianum Schauer, Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos, Libidibia ferrea (Mart. ex Tul.) L.P. Queiroz e Triplaris gardneriana Wedd.

De acordo com Giulietti et al. (2002), Allamanda blanchetii A. DC., Aspidosperma pyrifolium Mart. (Apocynaceae), Cereus jamacaru DC. (Cactaceae), Licania rigida Benth. (Chrysobalanaceae), Libidibia ferrea (Mart. ex Tul.) L.P. Queiroz, Ziziphus joazeiro Mart. (Rhamnaceae) e Averrhoidium gardnerianum Baill. (Sapindaceae) são espécies endêmicas da Caatinga.

Outras espécies comumente encontradas na área são: Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos (Bignoniaceae), Crataeva tapia L. (Capparaceae), Geoffroea spinosa Jacq. (Fabaceae) e Triplaris gardneriana Wedd. (Polygonaceae); todas estas situadas mais próximas da margem do riacho. Nos terrenos aluviais das margens dos rios temporários, além de Ziziphus joazeiro Mart., estas espécies são dominantes formando outra fisionomia de Caatinga (Braga, 2010), sendo também frequentemente relatadas por vários autores como características de florestas ciliares dos rios temporários do nordeste (Lorenzi, 2002; Andrade-Lima, 1981). Outra espécie comum em na Caatinga é Combretum lanceolatum Eichl. que, segundo Loiola et al. (2009), no Estado da Paraíba, têm ocorrência restrita à caatinga.

De acordo com Filgueiras (2013), Megathyrsus maximus (Jacq.) B.K. Simon & S.W. Jacobes (Poaceae) é considerada nova ocorrência para a região nordeste do Brasil. Esta planta, nativa da África e largamente cultivada como forrageira em regiões tropicais do globo (Zuloaga et al., 2001). É conhecida popularmente pelos moradores da região como capim-guiné. Segundo Guglieri et al. (2009), a elevada produção de sementes aliada ao seu grande porte e agressividade facilitam sua disseminação natural, a formação de altas e densas populações, seu comportamento invasor e a dominância de extensos trechos de solo.

Apenas Ricinus comunnis L. (Euphorbiaceae) foi registrada na área como espécie invasora e exótica. Para Ziller (2001), a invasão por espécies exóticas altera as características naturais e o funcionamento de processos ecológicos, afetando a resistência dos ecossistemas de maneira direta, reduzindo populações autóctones e perdendo a biodiversidade, pois, a partir da adaptação, elas passam a competir com as espécies nativas.

Entre as macrófitas aquáticas encontradas no percurso do riacho destacam-se: Hydrolea spinosa L., Ceratopteris thalictroides (L.) Brongn., Echinodorus lanceolatus Rajat, Eicchornia diversifolia (Vahl) Urb. e Heteranthera rotundifolia (Kunth) Griseb. As espécies Ruellia asperula (Mart. & Nees) Lindau, Centratherum punctatum Cass., Tridax procumbens L., Crotalaria retusa L., Corchorus hirtus L., Ludwigia erecta (L.) H. Hara. e Richardia grandiflora (Cham. & Schltdl.) Steud. De acordo com Lima et al. (2011), essas mesmas espécies também foram encontrados em florestas ciliares do estado de Pernambuco.

Sete espécies estão sendo referidas pela primeira vez para o estado da Paraíba, são elas: Spigelia anthelmia L. (Loganiaceae), Echinochloa colonna (L.) Link, Panicum condensatum Bertol., P. trichoides Sw. (Poaceae), Prockia crucis P. Browne ex L. (Salicaceae), Machaonia brasiliensis (Humb.) Cham. & Schltdl. (Rubiaceae) e Magonia pubescens A.St.–Hil (Sapindaceae). Essas novas citações para o Estado sugerem a realização de estudos florísticos em outras áreas de

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Caatinga, especialmente em áreas de floresta ciliar, onde os levantamentos florísticos e quantitativos ainda são escassos.

Comparando-se os resultados aqui encontrados com o estudo desenvolvido por Souza & Rodal (2010), único trabalho na região Nordeste a enfatizar os diversos hábitos das plantas, 26 espécies foram similares entre a floresta ciliar do rio Pajeú, PE, e a do riacho do Carneiro, Pombal, PB. Entre estas, podem ser mencionadas: Acmella uliginosa (Sw.) Cass., Tridax procumbens L., Licania rigida Benth., Momordica charantia L., Boerhavia diffusa L., Rivina humilis L., Turnera subulata Sm. e Ruellia paniculata L. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados encontrados revelam um número expressivo de espécies na área de estudo, quando comparado a outros levantamentos desenvolvidos em matas ciliares na caatinga. As famílias Fabaceae, Asteraceae, Euphorbiaceae, Convolvulaceae, Sapindaceae e Poaceae foram as melhor representadas em número de espécies e são também comuns em outros estudos realizados na vegetação de caatinga. Dentre as espécies registradas no riacho do Carneiro uma delas é referida pela primeira vez para o Nordeste e sete espécies consistem em novas ocorrências para o estado Paraíba, evidenciando que a região semiárida incluindo as matas ciliares, necessitam ser melhor estudadas do ponto de vista florístico. Além do mais, a área apresenta intensa atividade agropastoril, sendo necessária, portanto, a implementação de medidas conservacionistas nesse trecho de floresta ciliar do semiárido paraibano. AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem aos proprietários da área de estudo, Sr. Diassis, Sr. Soró, Sr. Maurício e Sr. Silva, que permitiram a realização deste estudo.

A toda equipe do Herbário CSTR e aos especialistas dos seguintes grupos taxonômicos que gentilmente colaboraram com identificações: Sapindaceae (Dr, Marcondes Oliveira – ITEP), Boraginaceae e Verbenaceae (Dr. José Iranildo M. Melo - UEPB), Rubiaceae (Dr. Jomar Jardim – UFRN – e Dra. Maria Regina de Vasconcellos Barbosa – UFPB), Solanaceae (Dra. Maria de Fátima Agra - UFPB), Asteraceae (Drª. Roseli Barros – UFPI), Combretaceae (Drª. Iracema Loiola – UFC), Convolvulaceae (Drª. Maria Teresa Vital - UFPE), Fabaceae (Dr. Luciano Paganucci – UEFS), Poaceae (MSc. Jefferson Maciel – Jardim Botânico do Recife) e Malvaceae (MSc. Bruno Amorim – UFPE).

Ao mateiro Damião que nos ajudou com seu conhecimento sobre as plantas da área. A Idineusa, Rodolfo e Francilanno pela colaboração nas coletas.

REFERÊNCIAS Ab’Saber, A.N. (2000). O suporte geológico das florestas beiradeiras (ciliares). In: Rodrigues, R. R. & Leitão, H.F. (Eds.). Matas Ciliares: conservação e recuperação. São Paulo: EDUSP/FAPESP. cap.1, p.15-24. Alves, M.; Lucena, M.F.A.; Rodrigues, J.M.; Martins, S. (Orgs.). (2009). Flora de Mirandiba. Recife: Associação Plantas do Nordeste. Andrade-Lima, D. (1981). The caatingas dominium. Revista Brasileira de Botânica, 4: 149-153. Angiosperm Phylogeny Group (2009). An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants: APG III. Botanical Journal of the Linnean Society, 161: 105-121.

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