fichamento livro história teoria e prática do design

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Universidade Anhembi MorumbiAndressa Rodrigues Barbosa RA 20415731.

Fundamentos do Design Prof. Rafael Ribeiro Severino Nunes.

Fichamento do livro de Brdek. Bernhard E. Histria, teoria e prtica do design de produtos/Bernhard E. Brdek; traduo Freddy Van Camp. - So Paulo: Edgard Blcher. 2006.PREFCIOO design vive desde o incio dos anos 80 um verdadeiro Boom. Com o movimento iniciado ao final dos anos 70 dos ps-modernos, especialmente as atividades extensamente divulgadas pela imprensa do Grupo Memphis, que se formou em Milo ao final de 1980, pode-se dizer que iniciou o voo alto do design em mbito mundial e que dever continuar pelo sculo 21 adentro. (Brdek. Bernhard E.,2006,p 07). O livro aborda o desenvolvimento do design com base em movimentos histricos que contriburam como alicerces para a consolidao dos conceitos que formam o design atual e estes, devem prosseguir sempre como as principais bases. DESIGN COMO CONCEITOA diversidade de definies e de descries no se valida por uma vontade dos ps-modernos, mas sim por um necessrio e justificvel pluralismo. Na virada do sculo 20 para o 21 sugeri que em vez de uma nova definio ou descrio do design fossem nomeados alguns problemas que o design dever sempre atender (Brdek. 1999). (Brdek. Bernhard E.,2006,p 16).

Nesta citao, Brdek aborda o fato de que o design amplo demais para caber em uma simples definio como muitos autores tentaram compact-lo. Sua aplicao abrange no somente uma rea especfica de trabalho e relaes ou mesmo o produto final em si, mas uma srie de fatores que se do desde o processo inicial de pesquisa, avaliao, criao e utilizao.

Por tanto, no devemos desconsiderar as teorias que descrevem o design, pois cada uma define de sua forma as reas que o caracterizam, porm, devemos dar nfase em sua aplicao prtica, suas funcionalidades e finalidades dentro de cada rea. Devemos enxergar aspectos especficos que possam ser aplicados para todas as reas de atuao do design, como dito por Brdek, problemas que o design dever sempre atender.

DESIGN E HISTRIA

UM OLHAR PARA TRS

O incio do design.

Wend Fischer (1971) viu a a origem para uma configurao mais razovel: " Na observao do sculo 19 pudemos apreender algo sobre o nosso sculo. Ns nos reconhecemos nos esforos da razo, ao opor arbitrariedade do formalismo histrico a implementao da idia da configurao funcional, de forma que o mundo das pessoas, suas cidades, casas, ambientes, objetos tenham uma configurao caracterstica, na qual se permita reconhecer a vida em sua plenitude" (Brdek apud Wend Fischer 1971, p 21).Neste captulo, observamos uma pequena e clara explicao sobre o desenvolvimento do design atual. O mesmo tem origem desde a ancestralidade, onde se formaram os primeiros conceitos em relao aplicao prtica das criaes, ou seja, suas funcionalidades. Como um exemplo de objeto de design de influncia bastante forte, podemos citar todo o setor mobilirio, ele referenciado durante todo o desenvolvimento da histria como um dos principais objetos trabalhados pelos designers deste perodo.

Ainda dentro do conceito de desenvolvimento do design atual, iniciado somente a partir da metade do sculo 19, durante a revoluo industrial, encontramos como caracterstica contempornea, a diviso do trabalho, onde as diferentes etapas entre projeo, execuo e comercializao foram divididas em suas respectivas reas. Este fato, durante os anos 70, provocou uma movimentao entre jovens designers que procuravam reestabelecer estes processos dados ainda na Idade Mdia.

Nesta poca, podemos citar tambm, o incio dos processos de produo em alta escala, graas ao avano da tecnologia e aos novos mtodos automatizados, porm, sobre este avano, encontramos o empobrecimento da populao, j que as tcnicas de manufatura tornaram-se dispensveis em comparao as mquinas de fabricao.

Utilizando-se tambm deste motivo, o movimento revolucionrio que buscava unir novamente as tcnicas de manufatura at a comercializao dos produtos, afirmava que alm de reestabelecer melhores condies e trabalhos ao povo, a volta destes processos beneficiaria ainda a esttica dos produtos, j que os mesmos teriam perdido sua identidade, tornaram-se padronizados pela produo automatizada das mquinas. Porm, esta revoluo no obteve sucesso, sendo findada em cerca da metade do sculo 19, um marco deste perodo de incio do novo design, a produo de 400.000 mquinas Singer.

Aps este perodo, as ideias revolucionrias j estavam completamente perdidas, algo que levou padronizao dos produtos de design, era cada vez mais valorizada a produo em si, do que a esttica das produes. O conceito de esttica artesanal, manufatura, manteve-se pouco preservada e o design estava mais voltado populao de maior poder aquisitivo.

Do Werkbund at a Bauhaus.

Em 1907, foi fundado em Munique o Deutsche Werkbund (Liga de Ofcios Alem). Era uma associao de artistas, artesos, industriais e publicitrios que queriam perseguir a meta de melhorar e integrar o trabalho da arte, da indstria e do artesanato por meio da formao e do ensino. (Brdek. Bernhard E.,2006,p 16).Neste cenrio, vemos a formao de um grupo de artistas que caminhavam por dois principais ideais, um, visava a j citada produo industrial em massa, a padronizao dos produtos e a funcionalidade, do outro, encontrvamos um movimento a favor do desenvolvimento individualista, utilizando as antigas tcnicas artesanais e a valorizao da esttica.

O setor habitacional e mobilirio eram os principais explorados nestes movimentos, e levando em considerao o conceito de funcionalidade, as produes buscavam atingir as massas dando-lhes acessibilidade ao consumo.A BAUHAUS

[...] na Bauhaus, a arte e a tcnica deveriam tornar-se uma nova e moderna unidade. A tcnica no necessita da arte, mas a arte necessita muito da tcnica, era a frase-emblema. Se fossem unidas , haveria uma noo de princpio

social: consolidar a arte no povo. ( Brdek. Bernhard E. ,2006,p 28).A Bauhaus, Escola de Artes Aplicadas surgiu a partir de um seminrio de artes ministrado por Henry van de Velde, esta escola, conforme registros, permitia aos sues alunos atuar em qualquer rea de produo a partir de um curso bsico, padro a todos, que serviria como base para o desenvolvimento, aprimoramento e escolha da rea de atuao.

O CURSO BSICO

Este curso bsico era o cerne de formao bsica artstico-politcnica na Bauhaus. Ele tinha, por um lado, a auto experimentao e auto averiguao bem como aprovar a prpria capacidade dos alunos com o objetivo e seguia por outro a intercomunicao de conhecimentos bsicos de configurao no sentido de um aprendizado efetivo da matria. ( Brdek. Bernhard E. ,2006,p 29).Este curso propiciava aos alunos um processo de aprendizado diferenciado, onde os mesmos aprenderiam a partir de suas prprias buscas e experimentaes, sendo assim, uma metodologia ativa.

FASES DE DESENVOLVIMENTO

So elas 03 fases:

A fase da fundao 1919 -1923

O principal elemento pedaggico era o j mencionado curso bsico. Aps serem aprovados, os estudantes poderiam decidir-se por oficinas/laboratrios especiais, como por exemplo, Grfica, Cermica, Metal, Pintura Mural, Pintura em Vidro, Marcenaria, Oficina de Palco, Txtil, Encadernao, Escultura em Madeira. ( Brdek. Bernhard E. ,2006,p 29).A fase da fundao, onde o principal fundamento era o curso bsico j citado e a partir dele os alunos poderiam escolher em que segmento iriam atuar.A fase da consolidao 1923 1928

A Bauhaus foi tornando-se mais e mais uma instituio de ensino e de produo de prottipos industriais. Estes, se por um lado, deveriam ser orientados para a realidade da produo industrial, por outro eram dirigidos para atender as necessidades sociais de uma camada mais ampla da populao. (Brdek. Bernhard E. ,2006, p 31).

Nesta fase, alm de solidificar-se como produtora em grande escala na rea industrial, o principal intuito da Bauhaus era de produzir objetos funcionais e que atendessem s necessidades utilitrias e financeiras de da populao em massa.

A fase da desintegrao 1928 1933

Meyer sempre defendeu veementemente um engajamento social dos arquitetos e designers. O Designer deve servir ao povo, isto , satisfazer suas necessidades

elementares no mbito da habitao com produtos adequados. Com isto, o conceito inicial de uma escola superior de arte foi definitivamente liquidado. (Brdek. Bernhard E. ,2006, p 33).

Aps a nomeao de Hannes Mayer como diretor da Bauhaus, muitos dos principais artistas que compunham o corpo docente deixaram a escola, j que a principal ideia de design defendida por Mayer, era voltada somente produo de produtos na rea de habitao, as criaes deveriam ser somente para atender s necessidades da populao, com isto, o conceito de escola voltada artes havia se perdido.

Alm disto, alguns conflitos polticos interferiram diretamente na continuao da escola e a mesma se diluiu, tendo uma nova sede aberta em outra localidade.

METAS DA BAUHAUSA Bauhaus tinha em resumo duas metas centrais:

-Por um lado deveria atingir, pela integrao de todas as artes e as manufaturas debaixo do primado da arquitetura, uma nova sntese esttica.

-Pelo outro deveria atingir, pela execuo de produo esttica, as necessidades das camadas mais amplas da populao, obtendo uma sntese social. (Brdek. Bernhard E., 2006,p 33).As metas carregadas como uma espcie de lema da Bauhaus, visavam no somente produzir uma esttica diferenciada em seus produtos, mas tambm, procuravam alcanar necessidade das massas com produtos funcionais e acessveis todos. Alm do mais, o trabalho tanto dos docentes quanto dos estudantes, baseavam-se em suas vivncias e troca de experincias, o que lhes permitiam levar um estilo de vida parecido constituindo relaes construtivas.

CONSEQUNCIAS PRODUTO-CULTURAIS DA BAUHAUS"Um objeto determinado pela sua 'essncia'. Para ser projetado de forma que funcione corretamente - um vaso, uma cadeira, uma casa sua essncia precisa ser pesquisada; pois ele necessita cumprir corretamente sua finalidade, preencher suas funes prticas, ser durvel, barato e bonito." (Brdek Apud Eckstein, 1985, p 37).

A Bauhaus se utilizava do conceito acima citado em suas criaes. Para se projetar algo, necessrio que se pesquise a respeito dele, e o produza de forma a cumprir seu papel como produto de design funcional, de qualidade e atraente ao pblico que pretende atingir.

O PARTICULAR SIGNIFICADO DA BAUHAUS PARA O DESIGN DE MOBILIRIOCom uma ruptura radical com o sculo 19, onde se valorizava a decorao e a pelcia nas casas burguesas, se dirigiam agora os designers para as questes tecnolgicas. (Brdek. Bernhard E., 2006,p 38).

O design mobilirio neste momento na Bauhaus, passou a desvencilhar das antigas produes, o padro mobilirio antes utilizado, passou a dar espao a novas criaes que buscavam otimizar as funes dos produtos, explorando todo o utilitrio em vez de somente a esttica, ou seja, as facilidades proporcionadas pela tecnologia estariam passando a despertar um maior interesse.AS CONSEQNCIAS PEDAGGICAS DA BAUHAUS

A emigrao poltica dos estudantes e docentes da Bauhaus conduziu a um desenvolvimento de pesquisa, ensino e prtica deste conceito inovador pelo mundo afora. (Brdek. Bernhard E., 2006,p 38).

Neste cenrio, vrios designers influentes da Bauhaus passam a difundir suas experincias em novas escolas de arte, universidades, institutos de tecnologia, entre outros, podemos citar, por exemplo, Water Gropius, que foi nomeado como diretor do Departamento de Arquitetura da Harvard.

A HOCHSCHULE FR GESTALTUNG (ESCOLA SUPERIOR DA FORMA) DE ULM.Como mais importante iniciativa depois da Segunda Guerra Mundial, temos a Hochschule fr Gestaltung em Ulm. Assim como a Bauhaus nos anos 20 influenciou fortemente a arquitetura, a configurao e a arte, a HfG influenciou a teoria, a prtica e o ensino do design, assim como a comunicao visual de diversas formas, o que torna a direta comparao entre estas duas instituies muito legtima. (Brdek. Bernhard E., 2006,p 41).Do mesmo modo da Bauhaus, a HfG foi de grande influncia no desenvolvimento do design, inclusive, alunos e professores que fizeram parte da Bauhaus estiveram presentes na histria da HfG.

Esta escola pode ser citada quase como uma continuao da Bauhaus, a relao entre ambas explicita-se ainda mais aps o discurso de um dos mais influentes nomes da Bauhaus, Gropius, onde o mesmo, conforme Brdek (2006), defendia um racionalismo unilateral, sua principal ideia era de que um produto de design deveria atender no s as necessidades funcionais, mas tambm estticas que procurassem satisfazer seu pblico alvo. Para isto, seria preciso que uma escola de arte ensinasse no somente a prtica ou a teoria, mas estimulasse os sentidos psquicos do designer nesta satisfao ao desejo do consumista.

A HfG, foi ainda alvo de muitos estudos, diversas obras literrias foram criadas a cerca de sua institucionalizao e exposies catalogaram um pouco sobre sua histria.

AS SEIS FASES DO DESENVOLVIMENTO

1947-1953

Em memria de seus irmos Hans e Sophie Scholl, executados pelos nazistas, lnge Scholl iniciou uma fundao que tinha como meta construir uma escola que unisse saber profissional, configurao cultural e responsabilidade poltica. (Brdek. Bernhard E., 2006,p 41).

Neste perodo, uma famosa escritora alem cria uma instituio que visa a construo de uma escola de artes e pesquisas em homenagem a seus irmos assassinados pelos movimentos nazistas, esta instituio previa os recursos para manter a HfG juntamente com o governo.

1953-1956

"A meta clara: a tarefa da escola direcionada para contribuir construo de uma nova cultura com o objetivo de conseguir formas de vida adequadas ao desenvolvimento tcnico de nossa poca ( ... )A cultura atual est to abalada, como se tivssemos que comear a construir no topo da pirmide. Precisamos comear por baixo, precisamos rever as fundaes"( Brdek apud Spitz, 2001, p 45 ).Neste perodo, a UfG inicia seu processo de ensino. O mesmo seria baseado nos princpios da Bauhaus, at mesmo os professores teriam feito parte da antiga escola de arte. Mais adiante, uma nova sede da UfG teria sido inaugurada e Max Bill marcou sua abertura com um discurso que previa um novo recomeo na escola de artes, uma espcie de reviso nos conceitos anteriores para reconstruo de novas caractersticas culturais.

1956 - 1958

Esta fase foi caracterizada pela introduo de novas disciplinas cientficas no currculo. (Brdek. Bernhard E., 2006,p 45).

Esta fase corresponde tentativa de implantao de uma nova forma de trabalho, porm, a mesma no agradou a muitos, j que at mesmo Bill, que se mostrava to otimista com as possveis mudanas na UfG deixou a escola afirmando no concordar com seus conceitos exercidos.1958 1962Disciplinas como Ergonomia, Tcnicas Matemticas, Economia, Fsica. Cincia Poltica, Psicologia, Semitica, Sociologia, Teoria da Cincia e outras passam a ter maior importncia no currculo. A HfG Ulm estava desta maneira claramente comprometida com a tradio do racionalismo alemo que procurava, especialmente com a adoo de mtodos matemticos, demonstrar "rigor cientfico. (Brdek. Bernhard E., 2006,p 46).Nesta fase, a UfG implementa algumas disciplinas de fundamento matemtico buscando enriquecer a grade curricular de seu curso. A partir deste momento, como afirmado por Brdek (2006) , Um peso especial era dado ao desenvolvimento de metodologia do design. A modularidade e o design de sistemas tomaram a frente nos projetos de design.

1962 - 1966

Nesta fase, foi dado peso igual teoria e prtica nas disciplinas do currculo. A prtica de ensino passou a ser altamente formalizada e com isto passou a ser um modelo de referncia para um sem nmero de escolas de design pelo mundo. (Brdek. Bernhard E., 2006,p 46).As disciplinas implementadas anteriormente, a unio das temticas tericas, e a forma como o design passava a ser executado pela Ufg, atraram a ateno e passaram a ser referencia das demais escolas de arte da poca, a indstria tambm percebeu este potencial, afinal, a metodologia da UfG realmente funcionava associada s tecnologias do perodo. Com isto, o conceito inicial de escola fundamentada em pesquisas acabou se perdendo e o auxlio com recursos financeiros do Governo, tambm.1967 - 1968

A procura em se conseguir garantir a autonomia para a escola impediu nestes anos a procura de uma nova orientao institucional ou de contedo, que no tinha mais como ser implementada. Como as exigncias do Parlamento de Baden Wrttemberg para um novo conceito, por motivo de desentendimentos entre os membros da escola, no foram preenchidas, d ecidiu a Hfg Ulm, ao final de 1968,

encerrar suas atividades (Brdek apud Spitz, 2001, p 47 ).

Esta fase marca o fim da HOCHSCHULE FR GESTALTUNG, sem os recursos do governo para alicer-los, por conflitos dentro do parlamento e totalmente voltados para a produo comercial, a implementao de novos projetos, atualizao dos conceitos, adaptao aos perodos e tudo mais que seria necessrio para continuar mantendo a escola foi esquecido. A UfG adotou uma caracterstica comercial esteve mais preocupada com a produo e o desenvolvimento para indstria e com isto, acabou deixando as principais caractersticas que formariam uma escola de arte, motivos diretos para o fechamento da escola.

O Institut fr Umweltplanung (I U P) (Instituto para Planejamento Ambiental)

No prdio da HfG Ulm, a partir de 1969 funcionou um Instituto para Planejamento Ambiental da Universidade de Stuttgart, que por um lado deveria dar continuidade HfG, mas por outro deveria se liberar do limitado conceito de projeto. (Brdek. Bernhard E., 2006, p 47).

Este Instituto foi construdo no mesmo prdio onde funcionou a HfG, seu intuito era dar continuidade ao trabalho da escola de artes, porm, com uma abrangncia e autonomia maiores. Porm, esta concepo no se solidificou, j que o IUP continuava extremamente associado Universidade de Stuttgart e mais uma vez, chegamos ao fim tambm desta instituio.

OS DEPARTAMENTOS DA HFG ULMO curso bsico.A verdadeira inteno do curso bsico da Ulm se justificava, entretanto, para, por meio do treinamento manual preciso dos alunos, obter um disciplinamento intelectual. (Brdek. Bernhard E., 2006, p 49).

O curso bsico da HfG inicialmente aproximava-se bastante ao da Bauhaus j que o princpio inicial era dar as bases mnimas necessrias ao desenvolvimento do aluno no curso. Porm, neste caso, eram abordadas tambm teorias especficas, experimentaes e resoluo de problemas de cunho de matemtico. Para os estudantes, estas disciplinas eram abordadas como forma de problemas aos quais os alunos deveriam solucionar como forma de preparao para futuros problemas em suas reas prticas.

Construo

No campo da arquitetura, o ponto forte que dominava as atenes era a construo pr-fabricada. Construo de elementos, tcnicas de unio, organizao da construo e ordem modular eram os principais assuntos abordados. (Brdek. Bernhard E., 2006, p 49).Neste mbito, o principal projeto da HfG era de efetuar a construo de quarteires de casas para a populao levando em conta o conceito adotado na poca pelas construtoras de como citado por Brdek (2006), construo pr-fabricada.

Filme

O contedo dos cursos visava a transmisso da capacidade e desenvolvimentos das novas formas experimentais de se fazer filmes. (Brdek. Bernhard E., 2006, p 50).Esta era mais uma metodologia utilizada pela UfG, conforme citado acima, de novos mtodos para realizao de filmes, este departamento conquistou independncia formando o Instituto de Design de Filmes.

Design de Produtos

Os temas dos projetos se direcionavam menos a produtos isolados e muito mais a questes de sistemas de produtos, pelos quais os aspectos da identidade corporativa (design corporativo) de uma empresa, por exemplo, poderiam ser alcanados. Aparelhos, mquinas e instrumentos eram as reas de produtos principais. (Brdek. Bernhard E., 2006, p 50).

Os objetos desenvolvidos neste Departamento visavam o atendimento s necessidades da indstria, como maquinrio e aparelhagem para desenvolvimento em massa. Neste sentido, eram valorizadas tambm, toda a metodologia de produo, forma de criao, funcionalidade, nvel de tecnologia, entre outros.

Programao visual

Tipografia, fotografia, embalagem, sistemas de exposies at a comunicao tcnica, configurao de dispositivos publicitrios e sistemas de sinais faziam parte da gama de projetos.(Brdek. Bernhard E., 2006, p 50).Esta rea estudava e determinava as formas de divulgao dos produtos confeccionados.

EFEITOS PEDAGGICOS DA HFG ULM

De todos os campos, da metodologia do design, sem a HfG Ulm, no seria imaginvel. O pensamento sistemtico sobre a problematizao, os mtodos de anlise e sntese, a justificativa e a escolha das alternativas de projeto- tudo isto junto, hoje em dia, se tornou repertrio da profisso de design. A HfG Ulm foi a primeira escola de design que se organizou conscientemente na tradio histrico-intelectual dos modernos. (Brdek. Bernhard E., 2006, p 51).Quanto aos efeitos pedaggicos deixados pela da UfG, podemos falar a respeito, por exemplo, como citado acima, da implantao de uma metodologia do design. Hoje em dia, seguimos conceitos atualizados e cada vez mais estes so aprimorados acompanhando a evoluo natural, porm, mesmo os conceitos atuais tm como principais alicerces as metodologias de estudo desenvolvidas ainda na poca da HfG.

Ainda hoje, a influncia dessa escola diretamente perceptvel, tanto em seu auge em que um aluno que tivesse um diploma da HfG com certeza estaria empregado, atualmente, ainda identificamos a presena destes em instituies de ensino, como parte de projetos e empresas ligadas ao design. CONSEQNCIAS PRODUTO-CULTURAIS DA HFG ULMOs princpios de design de Ulm foram trabalhados, nos anos 60, pelos Irmos Braun e de forma exemplar aplicados em um contexto industrial. Desta forma, passou a firma Braun a ser o centro de um movimento de "boa forma" que atraiu a ateno mundial. Isto traduzia, de um lado, os modos de produo industrial de forma idealizada e, de outro, sua aplicao em bens de consumo e produo os fez serem aceitos rapidamente. (Brdek. Bernhard E., 2006, p 55).Neste mbito, tratamos especificamente do design atravs do desenvolvimento de produtos funcionais especialmente voltados produo em massa para a indstria. A HfG incentivou de forma calorosa esta produo e a mesma foi adotada com xito pelos adeptos da mesma.

O EXEMPLO DA BRAUN

A ininterrupta tradio do moderno determina at hoje a poltica empresarial e de design da empresa. A Braun valia por dcadas a fio como exemplo para as outras empresas - e no apenas na Alemanha. (Brdek. Bernhard E., 2006, p 55).A B. Braun, como empresa representante de produtos diretamente associados tecnologia, por tanto, nada mais do que extremamente dependente daquilo que moderno, um dos principais exemplos a se citar como incentivadora e consumidora na rea do design.

OS INCIOS

Em 1 956, recebeu sua primeira encomenda com designer de produtos. Nesta poca e em colaborao com Hans Gugelot e Herbert Hirche, foram estabelecidos os primeiros e mais importantes fundamentos da imagem corporativa da Braun. (Brdek. Bernhard E., 2006, p 55).A Braun se reconstruiu aps a Segunda Guerra Mundial, Sr. Braun, juntamente com seus filhos produziam os mais diversos produtos, desde barbeadores eltricos, aparelhos de rdio, entre outros. A parceria junto HfG iniciou-se atravs da iniciativa de um dos responsveis por design na empresa em procurar escola em busca da produo de uma nova linha de produtos.

OS PRINCPIOS

No exemplo da firma Braun, fica evidente que foi estabelecida uma imagem corporativa da empresa, por meio de uma unidade do conceito tecnolgico, de um design de produtos controlado e de uma forte organizao dos meios de comunicao (papis de carta, prospectos, catlogos) que no seu resultado exemplar. Uma coordenao deste tipo, que se compe de todas as regras de configurao, determinou a identidade corporativa da empresa, de uma forma nica e sem igual. (Brdek. Bernhard E., 2006, p 57).Os princpios neste caso, correspondem ao funcionalismo dos produtos comercializados pela Braun. Suas caractersticas, esttica detalhista e tecnologia acabam por definir a imagem da empresa. Seus produtos so diretamente associados s suas qualidades como instituio, unidas aos meios de divulgao, terminam por definir a identidade corporativa da empresa conforme Brdek (2006).

A BRAUN DEPOIS DE DIETER RAMSCom a sada de Dieter Rams, um dos mais perseverantes protagonistas do funcionalismo alemo, da posio de chefe do departamento de design em 1997, estava encerrada esta rgida e determinante influncia sobre o design de produtos da Braun. (Brdek. Bernhard E., 2006, p 57).Alm do surgimento de novas empresas com produtos ainda mais modernos que inundaram o mercado, a sada do principal designer que teria feito parte do desenvolvimento das caractersticas e por tanto, da identidade da Braun, contribuiu para a perda de espao da marca que j no era mais nica neste mbito.

DA BOA FORMA ARTE DO DESIGN COMO TUDO COMEOU COM SULLIVAN

"Cada coisa na natureza tem sua configurao, quer d izer uma forma, uma aparncia externa, pela qual ns sabemos o que significa, e o que a diferencia de ns mesmos e de todas as outras coisas." (Brdek apud Sullivan, 1896, p 59).

O pensamento acima de Louis H. Sullivan buscava uma reflexo direta acerca das caractersticas visuais dos objetos, no entanto, este pensamento foi entendido de outra forma, como o se o mesmo estivesse se referindo as funes dos objetos, suas utilidades e no simplesmente s suas caractersticas visuais.

Este mal-entendido, como dito por Brdek, deu origem ao movimento da Boa Forma, que difundiu o conceito de utilitarismo, de produo em massa com a finalidade industrial, temas mais tarde abordados e adotados pelas escolas Bauhaus e UfG Ulm.