fasne - direito do trabalho i - aulas clt

44
ALUNA VALDIRENE CINTRA 4º PERIODO FASNE DIREITO 9 jul. 12 Página 1 DIREITO DO TRABALHO I AULAS 4º PERÍODO VALDIRENE CINTRA AUTORES INDICADOS: Maurício Godinho Delgado ou Alice Monteiro de Barros. HISTÓRIA GERAL DO TRABALHO 1) ANTIGÜIDADE o trabalho era visto como castigo, sistema escravocrata no feudalismo (servidão), com a figura do Senhor Feudal e dos servos. 2) IDADE MÉDIA corporações de ofício; 3) RENASCIMENTO se afastou da ideia do castigo, pois passou a ser visto como meio de valorizar o homem e ser visto também como fonte de riqueza; 4) REVOLUÇÃO INDUSTRIAL estimular o trabalho livre em que o trabalhador passou a ser assalariado e com liberdade para o empregador escolhesse seu empregador, sem condições de trabalho. 5) INTERVENÇÃO ESTATAL para garantir melhor condições de trabalho. 6) DOUTRINA SOCIAL DA IGREJA: A) Rerum novarum de 1891 Papa Leão XIII; B) Quadragésimo anno Pio XI; C) Divini Redmptoris Pio XI; D) Mater ET Magistra João XXIII; E) Populorun Progresso Paulo VI; F) Laboram Exercens 1981 João Paulo II; 7) Término da primeira guerra mundial onde começa o constitucionalismo social: Constituição do México de 1917, Constituição Alemanho (Weimar) 1919, Carta Del/ Laboro de 1927; 8) Tratado de Versalius, 1919 onde houve a criação da OIT; 9) OIT foi convencionada em 1944, assinada pelo Brasil; 10) Declaração Universal dos Direitos Humanos em 1948; 11) Hoje se busca satisfação com trabalho livre de ócio; 12) Crise do Movimento sindical (desemprego estrutural, comunicação grande poder econômico, desfiliação, etc.). HISTÓRIA NO BRASIL 1. CONSTITUIÇÃO DE 1824 segundo a linha do liberalismo defendeu a abolição das corporações de ofício; 2. CONSTITUIÇÃO DE 1888 Lei Áurea acaba com o trabalho escravo; 3. CONSTITUIÇÃO DE 1891 O trabalhador passa a ter direito a liberdade de Associação; 4. Lei Eloy Chaves benefícios para a categoria dos ferroviários Decreto 4682/1923; 5. Getúlio Vargas em 1930 criou a CTPS; 6. CONSTITUIÇÃO DE 1939 Tratou pela primeira vez sobre o direito trabalho; 7. CONSTITUIÇÃO DE 1937 Intervenção do Estado; 8. Em 1993 foi criada a CLT; 9. CONSTITUIÇÃO DE 1946 estabeleceu o Direito a greve, a justiça do trabalho foi incorporada ao Poder Judiciário; 10. CONSTITUIÇÃO DE 1967 o trabalhador poderia optar pelo FGTS ou pelo Regime de estabilidade por opção; 11. CONSTITUIÇÃO DE 1988 todos passam a ter direito ao FGTS, mas não tem mais estabilidade quem tinha menos de dez anos anteriores as novas regras; Ver arts. Da CLT: 1º - IV, 6º, 7º, 193, 170 VIII, 200 II E VIII. O trabalho social trouxe dignidade à pessoa humana. O QUE É O DIREITO DO TRABALHO? 1) TEORIA OBJETIVISTA enfoque na relação jurídica regulada. 2) TEORIA SUBJETIVISTA focada no sujeito; 3) TEORIA MISTA jurídica x sujeito (defendida por Godinho). DENOMINAÇÕES QUE TIVERAM O DIREITO DO TRABALHO:

Upload: valdirene-cintra

Post on 31-Jul-2015

54 views

Category:

Documents


3 download

DESCRIPTION

DIREITO DO TRABALHO I - AULA FASNE

TRANSCRIPT

Page 1: Fasne - Direito Do Trabalho i - Aulas Clt

ALUNA VALDIRENE CINTRA – 4º PERIODO FASNE DIREITO 9 jul. 12 Página 1

DIREITO DO TRABALHO I – AULAS – 4º PERÍODO VALDIRENE CINTRA AUTORES INDICADOS: Maurício Godinho Delgado ou Alice Monteiro de Barros. HISTÓRIA GERAL DO TRABALHO 1) ANTIGÜIDADE – o trabalho era visto como castigo, sistema escravocrata no feudalismo (servidão), com a figura do Senhor Feudal e dos servos. 2) IDADE MÉDIA – corporações de ofício; 3) RENASCIMENTO – se afastou da ideia do castigo, pois passou a ser visto como meio de valorizar o homem e ser visto também como fonte de riqueza; 4) REVOLUÇÃO INDUSTRIAL – estimular o trabalho livre em que o trabalhador passou a ser assalariado e com liberdade para o empregador escolhesse seu empregador, sem condições de trabalho. 5) INTERVENÇÃO ESTATAL – para garantir melhor condições de trabalho. 6) DOUTRINA SOCIAL DA IGREJA: A) Rerum novarum de 1891 – Papa Leão XIII; B) Quadragésimo anno – Pio XI; C) Divini Redmptoris – Pio XI; D) Mater ET Magistra – João XXIII; E) Populorun Progresso – Paulo VI; F) Laboram Exercens – 1981 João Paulo II; 7) Término da primeira guerra mundial onde começa o constitucionalismo social: Constituição do México de 1917, Constituição Alemanho (Weimar) 1919, Carta Del/ Laboro de 1927; 8) Tratado de Versalius, 1919 onde houve a criação da OIT; 9) OIT foi convencionada em 1944, assinada pelo Brasil; 10) Declaração Universal dos Direitos Humanos em 1948; 11) Hoje se busca satisfação com trabalho livre de ócio; 12) Crise do Movimento sindical (desemprego estrutural, comunicação grande poder econômico, desfiliação, etc.). HISTÓRIA NO BRASIL 1. CONSTITUIÇÃO DE 1824 – segundo a linha do liberalismo defendeu a abolição das corporações de ofício; 2. CONSTITUIÇÃO DE 1888 – Lei Áurea acaba com o trabalho escravo; 3. CONSTITUIÇÃO DE 1891 – O trabalhador passa a ter direito a liberdade de Associação; 4. Lei Eloy Chaves – benefícios para a categoria dos ferroviários – Decreto 4682/1923; 5. Getúlio Vargas em 1930 criou a CTPS; 6. CONSTITUIÇÃO DE 1939 – Tratou pela primeira vez sobre o direito trabalho; 7. CONSTITUIÇÃO DE 1937 – Intervenção do Estado; 8. Em 1993 foi criada a CLT; 9. CONSTITUIÇÃO DE 1946 – estabeleceu o Direito a greve, a justiça do trabalho foi incorporada ao Poder Judiciário; 10. CONSTITUIÇÃO DE 1967 – o trabalhador poderia optar pelo FGTS ou pelo Regime de estabilidade por opção; 11. CONSTITUIÇÃO DE 1988 – todos passam a ter direito ao FGTS, mas não tem mais estabilidade quem tinha menos de dez anos anteriores as novas regras; Ver arts. Da CLT: 1º - IV, 6º, 7º, 193, 170 – VIII, 200 – II E VIII. O trabalho social trouxe dignidade à pessoa humana. O QUE É O DIREITO DO TRABALHO? 1) TEORIA OBJETIVISTA – enfoque na relação jurídica regulada. 2) TEORIA SUBJETIVISTA – focada no sujeito; 3) TEORIA MISTA – jurídica x sujeito (defendida por Godinho). DENOMINAÇÕES QUE TIVERAM O DIREITO DO TRABALHO:

Page 2: Fasne - Direito Do Trabalho i - Aulas Clt

ALUNA VALDIRENE CINTRA – 4º PERIODO FASNE DIREITO 9 jul. 12 Página 2

Industrial, Operário, corporativo, Sindical, Social e por fim Direito do trabalho. ABRANGÊNCIA E DIVISÃO INTERNA DO DIREITO DO TRABALHO: 1) DIREITO MATERIAL DO TRABALHO, SE SUBDIVIDE EM: I) Direito Individual do trabalho e II) Direito Coletivo do trabalho; 2) DIREITO INTERNACIONAL DO TRABALHO; 3) DIREITO PÚBLICO DO TRABALHO, se subdivide em: a) Direito Processual do trabalho; b) Direito Admitido do trabalho; c) Direito Previdenciário e Acidentário do Trabalho; NATUREZA JURÍDICA: 1) Teoria do Direito Público; 2) Teoria do Direito Social 3) Teoria Mista 4) Teoria Unitária 5) Teoria Privada – a que prevalece FUNÇÕES- Godinho: 1) Principal – melhoria das condições de trabalho; 2) Função Social; 3) Função Político Conservadora; 4) Função Civilizatória e democrática; FUNÇÕES-ALICE: 1) Função de tutela; 2) Função Econômica; 3) Função Conservadora; 4) Função Coordenadora. AUTONOMIA DO DIREITO DE TRABALHO REQUISITOS: 1) Vastidão da Matéria; 2) Princípios próprios; 3) Método próprio. MODOS DE VERIFICAR A AUTONOMIA: 1) Legislativa; 2) Didática; 3) Científica; 4) Jurisdicional. FONTES DO DIREITO DO TRABALHO: CONCEITO: 1) ORIGEM DO DIREITO 2) FUNDAMENTO DE VALIDADE DA NORMA JURÍDICA 3) EXTERIORIZAÇÃO DO DIREITO; CLASSIFICAÇÃO DAS FONTES: 1) TEORIA MONISTA – SÓ O ESTADO; 2) TEORIA PLURALISTA – A FONTE NÃO É APENAS DO ESTADO; EM RAZÃO DA PLURALIDADE DAS FONTES TEREMOS: 1) FONTES AUTÔNOMAS 2) Heterônimas- Estado, Árbitros, etc. PODEM SER CLASSIFICADAS EM: 1) NACIONAIS; 2) INTERNACIONAIS; 3) FORMAIS – NORMAS JURÍDICAS; 4) MATERIAIS – FATORES SOCIAIS, ARTÍSTICOS, RELIGIOSOS; CLASSIFICAÇÕES DAS FONTES FORMAIS:

Page 3: Fasne - Direito Do Trabalho i - Aulas Clt

ALUNA VALDIRENE CINTRA – 4º PERIODO FASNE DIREITO 9 jul. 12 Página 3

1) CONSTITUIÇÃO FEDERAL ESTABELECE VÁRIOS DISPOSITIVOS (ART. 7, 8 a 11); 2) LEIS; 3) ATOS DO PODER EXECUTIVO – Art. 87, CLT - O número dos componentes das Comissões de Salário Mínimo, inclusive o presidente, será fixado pelo ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, no mínimo de cinco e até ao máximo de onze; 4) SENTENÇAS NORMATIVA – SÓ PÕE FIM AO DISSÍDIO COLETIVO POR CATEGORIA, SE TORNANDO HÁBIL PARA ELABORAÇÃO DE NOVAS NORMAS JURÍDICAS; 5) JURISPRUDÊNCIA – SEMELHANTE ÀS SÚMULAS VINCULANTES QUE AINDA NÃO ESTÃO PREVISTAS NO TST. 6) SENTENÇA ARBITRAL – no caso dos direitos disponíveis para negocial e não nos indisponíveis como o de segurança do trabalho. 7) Convenções (entre os sindicatos da categoria econômica e trabalhadoras) e Acordos Coletivos do Trabalho (empresa e trabalhadores) 8) USOS E COSTUMES – contra legem, secundo legem ou preter legem (mais utilizados) –CLT Art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público. Parágrafo único - O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho, naquilo em que não for incompatível com os princípios fundamentais deste. 9) REGULAMENTO DA EMPRESA – sem ferir as normas constitucionais, só trazendo mais benefícios; 10) CONTRATO DO TRABALHO; 11) PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO. Segundo Godinho: Fontes Formais Heterônomas seriam: Constituição; Lei [complementar, ordinária e medida provisória - ROGAI regra obrigatória, geral, abstrata e impessoal]; tratados e Convenções Internacionais; Regulamento Normativo – Decreto; Portarias, Avisos, Instruções e Circulares; Sentença Normativa – Calamandrei “corpo de sentença e alma de lei”. Fontes Formais Autônomas: Convenção Coletiva de Trabalho (CCT); Acordo Coletivo de Trabalho (ACT); Contrato Coletivo; Usos e Costumes (costume é uma regra que emerge do uso). Fontes Formais – Figuras Especiais: Laudo Arbitral – Art. 114, parágrafo 2º da CR/88, Regulamento Empresário (Enunciados 51 e 288 do TST), Jurisprudência (Enunciados 191 e 331 do TST), Princípios Jurídicos, Doutrina, Eqüidade – art. 127 CPC, 764 e 852-I da CLT, Analogia (Enunciado 346 do TST e CLT Art. 72 - Nos serviços permanentes de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo), a cada período de 90 (noventa) minutos de trabalho consecutivo corresponderá um repouso de 10 (dez) minutos não deduzidos da duração normal de trabalho), Analogia legal: externa (outros ramos do Direito) e interna (norma do Direito do Trabalho que regule outra matéria). Analogia jurídica: Externa (princípios gerais de direito) e interna (princípios de Direito do Trabalho). Cláusulas contratuais INTEGRAÇÃO – no caso de omissão legal – CLT Art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público.

Page 4: Fasne - Direito Do Trabalho i - Aulas Clt

ALUNA VALDIRENE CINTRA – 4º PERIODO FASNE DIREITO 9 jul. 12 Página 4

Parágrafo único - O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho, naquilo em que não for incompatível com os princípios fundamentais deste. Fonte subsidiária do Direito trabalho é o CC e do DPT o CPC – ver art. 769 da CLT: Art. 769 - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título. Uma norma é mais específica do que um princípio. FUNÇÕES DOS PRINCÍPIOS: 1) Integrativa - por não estar prevista. 2) Interpretativa – cada juiz tem liberdade de interpretação; 3) Inspiradora – orientar a criação das normas jurídicas. O mais inspirador é o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana. PRINCÍPIOS ACULIARES DO DIREITO DO TRABALHO 1) DA PROTEÇÃO 2) DA PRIMAZIA DA REALIDADE 3) DA IRRENUNCIABILIDADE 4) DA CONTINUIDADE PRINCÍPIOS DA PROTEÇÃO: 1. NO DUTO PRO OPERÁRIO – interpretação mais favorável ao empregado- material; 2. DA APLICAÇÃO DA NORMA MAIS FAVORÁVEL I) DA ACUMULAÇÃO – NORMA POR NORMA II) DO COMGLOBAMENTO – NORMAS INTEIRAS III) CONSENTIMENTO MITIGADO – POR TEMA PRINCÍPIO DA CONDIÇÃO MAIS BENÉFICA Art 468 da CLT e súmulas 51 e 288 do TST, não pode retroagir no contrato de trabalho benefícios conquistados; Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia. Parágrafo único - Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de confiança. 1. PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DA REALIDADE – a verdade dos fatos deve prevalecer em relação aos documentos. Anotações na carteira de trabalho tem credibilidade relativa. 2. PRINCÍPIO DA IRRENUNCIABILIDADE – (art. 9, 444 da CLT - não se pode renunciar a direitos já adquiridos nas leis). Exceção antes de 1988, estabilidade decenal poderia ser trocada pelo regime do FGTS. Art. 9º - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação. Art. 444 - As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes; 3. PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DA RELAÇÃO DE EMPREGO – desemprego estrutural Ex: contrato de trabalho por prazo indeterminado, cabe a empresa provar que o funcionais deu causa a demissão por justa causa. OUTROS PRINCÍPIOS: 1) PRINCÍPIO DA BOA FÉ; 2) PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE; 3) PRINCÍPIO DA NÃO DISCRIMINAÇÃO. RENÚNCIA – é abrir mão de um direito.

Page 5: Fasne - Direito Do Trabalho i - Aulas Clt

ALUNA VALDIRENE CINTRA – 4º PERIODO FASNE DIREITO 9 jul. 12 Página 5

HIPÓTESES: 1) Estabilidade decenal x regime do FGTS 2) Art. 543 caput, parágrafo 1 da CLT- Dirigente sindical; 3) Coexistência de regulamentos Súmula 51 II TRANSAÇÃO – ART. 7, VI, XIII, XIV da CONSTITUIÇÃO FEDERAL É possível órgãos públicos? Lei 9.469/97 Transação extra judicial – PDV – Plano de Demissão Voluntária – art. 270 e SDI-1 (Seção de Dissídios Individuais) do TST. CCP – Comissão de Conciliação Prévia (cai muito em concurso público) – Lei 9.958/2000 e art. 625 A e H; FORMA: membros de 2 a 10, Empregador – escolhe empregados por voto secreto. Mandato de um ano que pode ser reconduzido por mais um ano. Estabilidade art. 625-B, até um ano após o mandato, Titulares e suplentes e obrigatoriedade de submissão. LOCALIDADE FORMA – TERMO DE MALORE EFEITO – Título executivo extrajudicial PRAZO – 10 dias – só existe prescrição e não decadência. PRESCRIÇÃO – ART. 625, CLT. SUSPENSÃO A relação de trabalho é um gênero do qual a relação de emprego é espécie. Na relação de emprego a denominação do contrato é de trabalho. RELAÇÃO DE EMPREGO: Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. § 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados. § 2º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas. Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. Art. 442-A.Para fins de contratação, o empregador não exigirá do candidato a emprego comprovação de experiência prévia por tempo superior a 6 (seis) meses no mesmo tipo de atividade. Art. 443 - O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado. § 1º - Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência dependa de termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada. § 2º - O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando: a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo; b) de atividades empresariais de caráter transitório; c) de contrato de experiência.

Page 6: Fasne - Direito Do Trabalho i - Aulas Clt

ALUNA VALDIRENE CINTRA – 4º PERIODO FASNE DIREITO 9 jul. 12 Página 6

1) NATUREZA JURÍDICA é contratual, que pode ser expressa ou tácita (art. 442 e 443 da CLT). 2) CONTRATO é de adesão. Só pode ser alterado se for provado que alguma clausula é abusiva. (art 9 da CLT). 3) OBJETO MEDIATO (TRABALHO) X OBJETO IMEDIATO (PRESTAÇÃO DE SERVIÇO.) 4) CONCEITO DO CONTRATO DE TRABALHO – são com base nos requisitos que compõem o mesmo: negócio jurídico em que o empregado pessoa física, presta serviços de forma não eventual, pessoal, subordinada, recebendo como contra prestação a remuneração. (art. 2 e 3 da CLT). Todos os requisitos devem ser observados conjuntamente, de forma concomitante: a) PESSOA FÍSICA – natural b) Pessoalidade – caráter intuito persona; c) Eventual – aut. Empresa; d) Sub previstas em norma legal ou convencional; e) Não eventualidade (trabalhar num clube todo final de semana) – que é diferente de habitualidade (serviço doméstico); I) TEORIA DA DESCONTINUIDADE – se adequa mais ao trabalho doméstico; II) TEORIA DO EVENTO – é não eventual quando se pratica um ato específico na empresa ou uma obra, ou projeto. Ex: Construção de um viaduto. III) TEORIA COM OS FINS DO EMPREENDIMENTO – a função se adeqúe aos fins do empreendimento? 5) ONEROSIDADE DO Contrato de Trabalho – pode ser analisada pelo plano objetivo (pagamento) e pelo subjetivo (animus contraend) – ânimo do contratante em contratar; 6) SUBORDINAÇÃO – Um dos mais relevantes requisitos, pois o art. 3, CLT – sob a dependência deste. Pode ser subordinação jurídica e hierárquica ao receber a ordem de seu empregador (são indispensáveis), subordinação econômica, subordinação social, subordinação técnica essas 3 últimos são dispensáveis; 7) ALTERIDADE – há que a indique como subordinação jurídica. CARACTERÍSTICAS DO CONTRATO DE TRABALHO: 1) Bilateral – empregado x empregador 2) Consensual – acordo entre as partes 3) Comutativo – o que ele produz não é equivalente ao que ganha, a prestação entre as partes seriam equivalente (há divergência na doutrina) 4) Oneroso 5) De trato sucessivo 6) De atividade ELEMENTOS DO CONTRATO DE TRABALHO: 1) Existência – partes empregador e empregado, manifestação de outros, objeto (prestação de serviço), forma. 2) Validade – capazes, rígida, lícito, prescrita ou não defesa em lei; 3) Eficácia - Efeitos em relação as partes – se o negócio irá produzir efeitos no universo jurídico: encargos (não é muito aceito pela doutrina), condição futura e incerta que pode ser suspensivo(Ex. contratar se ganhar a licitação) ou resolutiva (Ex. justa causa). Termo futuro e certo (Ex. safra da cana), A existência e validade são considerados elementos essenciais. CLAUSULA DA NÃO CONCORRÊNCIA Não prestar serviço a uma empresa concorrente, que é diferente da clausula de exclusividade. NULIDADE DO DIREITO DO TRABALHO (caracterizar, conceituar e diferencial)

Page 7: Fasne - Direito Do Trabalho i - Aulas Clt

ALUNA VALDIRENE CINTRA – 4º PERIODO FASNE DIREITO 9 jul. 12 Página 7

A) TRABALHO PROIBIDO, exemplos: 1) EM DESACORDO COM A LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 2) Policial militar – Súmula 386 do TST EFEITOS: 1) Tem direito a receber todos os direitos, mesmo o trabalho sendo proibido; 2) Cessar todas as atividades; CONTRATO NULO: previsto no art. 37, II parágrafo 2 da CONSTITUIÇÃO FEDERAL; 1) Tem direito ao FGTS – art. 19 – A da Lei 8.036/90 – há controvérsia na doutrina. 2) Salário hora Súmula 363 do TST; Na hipótese da contratação de modo celetista pelos entes públicos, não será mais julgado pela justiça do trabalho; B) TRABALHO ILÍCITO – objeto é ilícito, o efeito cessa o vinculo sem nada receber, jogo de bicho (O. J. 199, SD1 TST, Súmula 1 TRT 6 era favorável mais foi revogada, CONTRATO POR PRAZO INDETERMINADO 1) REQUISITOS: Art. 443, CLT; Art. 443 - O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado. § 1º - Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência dependa de termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada. § 2º - O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando: a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo; b) de atividades empresariais de caráter transitório; c) de contrato de experiência. 2) Regra especial – CTPS (art. 29, caput CLT) e se não estiver? Mera penalidade administrativa; Art. 29 - A Carteira de Trabalho e Previdência Social será obrigatoriamente apresentada, contra recibo, pelo trabalhador ao empregador que o admitir, o qual terá o prazo de quarenta e oito horas para nela anotar, especificamente, a data de admissão, a remuneração e as condições especiais, se houver, sendo facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho. § 1º As anotações concernentes à remuneração devem especificar o salário, qualquer que seja sua forma de pagamento, seja ele em dinheiro ou em utilidades, bem como a estimativa da gorjeta. § 2º - As anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social serão feitas: a) na data-base; b) a qualquer tempo, por solicitação do trabalhador; c) no caso de rescisão contratual; ou d) necessidade de comprovação perante a Previdência Social. § 3º - A falta de cumprimento pelo empregador do disposto neste artigo acarretará a lavratura do auto de infração, pelo Fiscal do Trabalho, que deverá, de ofício, comunicar a falta de anotação ao órgão competente, para o fim de instaurar o processo de anotação. § 4o É vedado ao empregador efetuar anotações desabonadoras à conduta do empregado em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social. § 5o O descumprimento do disposto no § 4o deste artigo submeterá o empregador ao pagamento de multa prevista no art. 52 deste Capítulo. 3) TERMO – Certo (data precisa) e Incerto (obra, serviço ou acontecimento)

Page 8: Fasne - Direito Do Trabalho i - Aulas Clt

ALUNA VALDIRENE CINTRA – 4º PERIODO FASNE DIREITO 9 jul. 12 Página 8

4) CONCEITO – ART. 443, parágrafo 1 CLT; 5) HIPÓTESES – Art.443 parágrafo 2 CLT – no inciso I serviços transitório, inciso II empresa transitória, Inciso III contrato de experiência ( a doutrina não define se deve ou não justificar a dispensa). 6) PRAZO – duração e prorrogação: 2 anos (art. 445 CLT), 90 dias (não são 3 meses), pode uma prorrogado por no prazo máximo de dois anos; Súmula 188 do TST, pode ser expressa ou tácita; nova contratação só após seis meses (art. 452 CLT), EXCEÇÕES: 1) Serviços especializados; 2) Depende certos acontecimentos. Art. 445 - O contrato de trabalho por prazo determinado não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, observada a regra do art. 451. Parágrafo único. O contrato de experiência não poderá exceder de 90 (noventa) dias. Art. 452 - Considera-se por prazo indeterminado todo contrato que suceder, dentro de 6 (seis) meses, a outro contrato por prazo determinado, salvo se a expiração deste dependeu da execução de serviços especializados ou da realização de certos acontecimentos. 7) CONTRATO DE EXPERIÊNCIA – pode fazer novo contrato com o mesmo funcionário cujo prazo acabou, se for a outra função; 8) EXTINÇÃO NORMAL – o empregado tem direito a receber 13º salário, férias mais um terço proporcional, liberação do FGTS. Caso tenha uma CLAUSULA ASSECURATÓRIA DE DIREITO RECÍPROCO (art. 481 da CLT) teria direito neste caso a aviso prévio, 40% do FGTS; Art. 481 - Aos contratos por prazo determinado, que contiverem cláusula asseguratória do direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo ajustado, aplicam-se, caso seja exercido tal direito por qualquer das partes, os princípios que regem a rescisão dos contratos por prazo indeterminado. 9) EMPREGADOR ANTECIPA A RESCISÃO - 13 salário, férias mais um terço proporcional, liberação do FGTS, mais multa prevista no art 479 da CLT (metade dos salários do período restante); 40% do FGTS art. 14 da Lei 99.684/90; 10) EMPREGADO ANTECIPA A RESCISÃO: 1) Tem direito a 13º salário proporcional; 2) férias mais um terço; art. 480, CLT quando gera prejuízo e limitação ao contratante o valor fica limitado a metade do salário que o funcionário iria pagar ao trabalho ou o prejuízo causado dos dois o menor; 11) VIRA INDETERMINADO – se for descumprida qualquer dessas regras anteriores; 12) SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO – há divergência para a doutrina se o período será interrompido. TRABALHADORES ESPECIAIS A) Trabalho autônomo – Ex. Empreitada (ar. 610 a 626 do CC) e Representação comercial – Lei 4.886/65: I - ausência de vínculo e de alteridade (risco do empreendimento), II - roupagem (sem pessoalidade, com pessoalidade rígida) B) Trabalho eventual – Ausência de não eventualidade; C) Trabalhador Avulso – eventual e portuário; entidade intermediária sorteia os trabalhadores, recebe e repassa aos trabalhadores Lei 8.630/93 Ex.: OGMO – Organização, pode ser um empregado, art. 7, XXIV da CONSTITUIÇÃO FEDERAL. D) Trabalho voluntário – ânimo benevolente, dimensão subjetiva (onerosidade), art. 3 da Lei 9.608/98 pode haver ressarcimento de despesas; formalidade art 2, conceito 1 dessa lei; ALGUNS EMPREGADOS A) Empregado eleito Diretor da sociedade – o TST ditou a Súmula 269, TST entende que deve haver suspensão do contrato de trabalho, B) Trabalho em domicílio – art 83 e 6 da CLT, modificado recentemente, discriminação;

Page 9: Fasne - Direito Do Trabalho i - Aulas Clt

ALUNA VALDIRENE CINTRA – 4º PERIODO FASNE DIREITO 9 jul. 12 Página 9

Art. 6o Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, desde que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego. Parágrafo único. Os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de comando, controle e supervisão do trabalho alheio. C) Teletrabalhador: à distância, da residência ou de qualquer lugar; D) Tecnologia da comunicação e informação; E) Empregado doméstico – é o que realiza serviço de natureza contínua, com finalidade não lucrativa para a família, exemplo o EMPREGADOR não pode ter lucro com o serviço da doméstica, Ex. fazer serviço para fazer bolo para vender gerando lucro para a patroa, atividades internas e externas a casa, art 7 da CONSTITUIÇÃO FEDERAL, parágrafo único: salário mínimo, irredutibilidade salarial, 13 salário, Repouso Salarial Remunerado, licença gestante ou paternidade, aviso prévio, aposentadoria. Art. 3 A da Lei 5.859/72 (FGTS é facultativo, porém uma vez pago tem direito ao seguro desemprego). Art. 4 A desta lei tem estabilidade da licença maternidade. Art. 496 - Quando a reintegração do empregado estável for desaconselhável, dado o grau de incompatibilidade resultante do dissídio, especialmente quando for o empregador pessoa física, o tribunal do trabalho poderá converter aquela obrigação em indenização devida nos termos do artigo seguinte. Tem direito a feriados art. 9 da Lei 11.324/2006 – revogada alínea a do art. 5 da Lei 605/49. O domestico não tem direito há horas-extras, repouso semanal remunerado e feriados. f) EMPREGADO RURAL - LEI Nº 5.889, DE 8 DE JUNHO DE 1973 - Estatui normas reguladoras do trabalho rural Art. 1º As relações de trabalho rural serão reguladas por esta Lei e, no que com ela não colidirem, pelas normas da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo. Parágrafo único. Observadas as peculiaridades do trabalho rural, a ele também se aplicam as leis nºs 605, de 05/01/1949, 4090, de 13/07/1962; 4725, de 13/07/1965, com as alterações da Lei nº 4903, de 16/12/1965 e os Decretos-Leis nºs 15, de 29/07/1966; 17, de 22/08/1966 e 368, de 19/12/1968. Art. 2º Empregado rural é toda pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços de natureza não eventual a empregador rural, sob a dependência deste e mediante salário. Art. 3º - Considera-se empregador, rural, para os efeitos desta Lei, a pessoa física ou jurídica, proprietário ou não, que explore atividade agro-econômica, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou através de prepostos e com auxílio de empregados. § 1º Inclui-se na atividade econômica, referida no "caput" deste artigo, a exploração industrial em estabelecimento agrário não compreendido na Consolidação das Leis do Trabalho. § 2º Sempre que uma ou mais empresas, embora tendo cada uma delas personalidade jurídica própria, estiverem sob direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico ou financeiro rural, serão responsáveis solidariamente nas obrigações decorrentes da relação de emprego. Art. 4º - Equipara-se ao empregador rural, a pessoa física ou jurídica que, habitualmente, em caráter profissional, e por conta de terceiros, execute serviços de natureza agrária, mediante utilização do trabalho de outrem. A atividade agro-industrial não pode se confundir com a atividade industrial, conforme preceitua o DECRETO No 73.626, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1974: Art. 2º Considera-se empregador rural, para os efeitos deste Regulamento, a pessoa física ou jurídica, proprietária ou não, que explore atividade agro-econômica, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou através de prepostos e com auxílio de empregados.

Page 10: Fasne - Direito Do Trabalho i - Aulas Clt

ALUNA VALDIRENE CINTRA – 4º PERIODO FASNE DIREITO 9 jul. 12 Página 10

§ 1º Equipara-se ao empregador rural a pessoa física ou jurídica que, habitualmente, em caráter profissional, e por conta de terceiros, execute serviços de natureza agrária, mediante utilização do trabalho de outrem. § 2º Sempre que uma ou mais empresas, embora tendo cada uma delas personalidade jurídica própria, estiverem sob direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico ou financeiro rural, serão responsáveis solidariamente nas obrigações decorrentes da relação de emprego. § 3º Inclui-se na atividade econômica referida no caput, deste artigo, a exploração industrial em estabelecimento agrária. § 4º Consideram-se como exploração industrial em estabelecimento agrário, para os fins do parágrafo anterior, as atividades que compreendem o primeiro tratamento dos produtos agrários in natura sem transformá-los em sua natureza, tais como: I - o beneficiamento, a primeira modificação e o preparo dos produtos agropecuários e hortigranjeiros e das matérias-primas de origem animal ou vegetal para posterior venda ou industrialização; II - o aproveitamento dos subprodutos oriundos das operações de preparo e modificação dos produtos in natura, referidas no item anterior. § 5º Para os fins previstos no § 3º não será considerada indústria rural aquela que, operando a primeira transformação do produto agrário, altere a sua natureza, retirando-lhe a condição de matéria-prima. Ex.: transformar a mandioca plantada e colhida em farinha é industrialização. O. J.-SDI1-315 MOTORISTA. EMPRESA. ATIVIDADE PREDOMINANTEMENTE RURAL. ENQUADRAMENTO COMO TRABALHADOR RURAL. DJ 11.08.03 É considerado trabalhador rural o motorista que trabalha no âmbito de empresa cuja atividade é preponderantemente rural, considerando que, de modo geral, não enfrenta o trânsito das estradas e cidades. g) MÃE SOCIAL - LEI Nº 7.644, DE 18 DE DEZEMBRO DE 1987. Dispõe sobre a Regulamentação da Atividade de Mãe Social e dá outras Providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º As instituições sem finalidade lucrativa, ou de utilidade pública de assistência ao menor abandonado, e que funcionem pelo sistema de casas-lares, utilizarão mães sociais visando a propiciar ao menor as condições familiares ideais ao seu desenvolvimento e reintegração social. Art. 2º Considera-se mãe social, para efeito desta Lei, aquela que, dedicando-se à assistência ao menor abandonado, exerça o encargo em nível social, dentro do sistema de casas-lares. Art. 3º Entende-se como casa-lar a unidade residencial sob responsabilidade de mãe social, que abrigue até 10 (dez) menores. (...) Art. 5º À mãe social ficam assegurados os seguintes direitos: I - anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social; II - remuneração, em valor não inferior ao salário mínimo; III - repouso semanal remunerado de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas; IV - apoio técnico, administrativo e financeiro no desempenho de suas funções; V - 30 (trinta) dias de férias anuais remuneradas nos termos do que dispõe o capítulo IV, da Consolidação das Leis do Trabalho; VI - benefícios e serviços previdenciários, inclusive, em caso de acidente do trabalho, na qualidade de segurada obrigatória; VII - gratificação de Natal (13º salário); VIII - Fundo de Garantia do Tempo de Serviço ou indenização, nos termos da legislação pertinente.

Page 11: Fasne - Direito Do Trabalho i - Aulas Clt

ALUNA VALDIRENE CINTRA – 4º PERIODO FASNE DIREITO 9 jul. 12 Página 11

H – TRABALHO DO MENOR Fundamentos decorrem de algumas necessidades: 1) Saúde física e mental (fisiológico); 2) Moral; 3) Segurança; 4) Cultural. Medidas: 1) Proibir o trabalho de crianças menores de 14 anos; 2) Restringir o trabalho do jovem menor de 18 anos; 3) Ver art. 7º incisos XXX e XXXIII da CONSTITUIÇÃO FEDERAL, art. 402 a 441 da CLT Regras de contratação e desligamento: 1) Caso tenha CTPS não precisa ser assistido por seus pais, pois estes já autorizaram quando tirou a CTPS; 2) Caso ainda não tenha CTPS terá que assistido na assinatura do contrato de trabalho; 3) Na rescisão precisa da assistência dos pais, também para entrar com ação trabalhista. Trabalhos proibidos: 1) Noturno; 2) Perigosos ou insalubres (art. 405, I, CLT); 3) Prejudiciais ao desenvolvimento moral (parágrafo 3º do art. 405 da CLT) 4) Superior da 20 kg contínuo ou 25 kg ocasional; 5) Trabalho penoso art. 67, II da ECA; 6) Trabalhos que podem espor o menor a delinqüência, em logradouros e praças (art. 405 do parágrafo 2º da CLT); 7) Sub solo no art. 301 da CLT; Art. 301 - O trabalho no subsolo somente será permitido a homens, com idade compreendida entre 21 (vinte e um) e 50 (cinqüenta) anos, assegurada a transferência para a superfície nos termos previstos no artigo anterior. Art. 405 - Ao menor não será permitido o trabalho: I - nos locais e serviços perigosos ou insalubres, constantes de quadro para esse fim aprovado pelo Diretor Geral do Departamento de Segurança e Higiene do Trabalho; II - em locais ou serviços prejudiciais à sua moralidade. § 1º Excetuam-se da proibição do item I os menores aprendizes maiores de 16 (dezesseis) anos, estagiários de cursos de aprendizagem, na forma da lei, desde que os locais de trabalho tenham sido previamente vistoriados e aprovados pela autoridade competente em matéria de Segurança e Higiene do Trabalho, com homologação pelo Departamento Nacional de Segurança e Higiene do Trabalho, devendo os menores ser submetidos a exame médico semestralmente. § 2º O trabalho exercido nas ruas, praças e outros logradouros dependerá de prévia autorização do Juiz de Menores, ao qual cabe verificar se a ocupação é indispensável à sua própria subsistência ou à de seus pais, avós ou irmãos e se dessa ocupação não poderá advir prejuízo à sua formação moral. § 3º Considera-se prejudicial à moralidade do menor o trabalho: a) prestado de qualquer modo, em teatros de revista, cinemas, boates, cassinos, cabarés, dancings e estabelecimentos análogos; b) em empresas circenses, em funções de acrobata, saltimbanco, ginasta e outras semelhantes; c) de produção, composição, entrega ou venda de escritos, impressos, cartazes, desenhos, gravuras, pinturas, emblemas, imagens e quaisquer outros objetos que possam, a juízo da autoridade competente, prejudicar sua formação moral; d) consistente na venda, a varejo, de bebidas alcoólicas. § 4º Nas localidades em que existirem, oficialmente reconhecidas, instituições destinadas ao amparo dos menores jornaleiros, só aos que se encontrem sob o patrocínio dessas entidades será outorgada a autorização do trabalho a que alude o § 2º. § 5º Aplica-se ao menor o disposto no art. 390 e seu parágrafo único.

Page 12: Fasne - Direito Do Trabalho i - Aulas Clt

ALUNA VALDIRENE CINTRA – 4º PERIODO FASNE DIREITO 9 jul. 12 Página 12

Jornada do menor: 1) Pode ser igual a de um adulto – 44 horas por semana; 2) Com limitação de horas-extras, que devem ser compensadas e não pode ser maior que 2 horas por dia; 3) Tem que haver intervalo de 15 minutos (art. 413 da CLT); Art. 413 - É vedado prorrogar a duração normal diária do trabalho do menor, salvo: I - até mais 2 (duas) horas, independentemente de acréscimo salarial, mediante convenção ou acordo coletivo nos termos do Título VI desta Consolidação, desde que o excesso de horas em um dia seja compensado pela diminuição em outro, de modo a ser observado o limite máximo de 48 (quarenta e oito) horas semanais ou outro inferior legalmente fixada; II - excepcionalmente, por motivo de força maior, até o máximo de 12 (doze) horas, com acréscimo salarial de, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) sobre a hora normal e desde que o trabalho do menor seja imprescindível ao funcionamento do estabelecimento. Parágrafo único. Aplica-se à prorrogação do trabalho do menor o disposto no art. 375, no parágrafo único do art. 376, no art. 378 e no art. 384 desta Consolidação. FÉRIAS 1) Coincidentes com o período escolar (art. 136, parágrafo 2º da CLT); 2) Não fracionadas (art. 134, parágrafo 2º da CLT); 3) Não tem direito ao abono de férias. Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses subseqüentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito. § 1º - Somente em casos excepcionais serão as férias concedidas em 2 (dois) períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 10 (dez) dias corridos. § 2º - Aos menores de 18 (dezoito) anos e aos maiores de 50 (cinqüenta) anos de idade, as férias serão sempre concedidas de uma só vez. Art. 136 - A época da concessão das férias será a que melhor consulte os interesses do empregador. § 1º - Os membros de uma família, que trabalharem no mesmo estabelecimento ou empresa, terão direito a gozar férias no mesmo período, se assim o desejarem e se disto não resultar prejuízo para o serviço. § 2º - O empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá direito a fazer coincidir suas férias com as férias escolares. PRESCRIÇÃO: Não há prazo até completar 18 anos, porém depois dessa idade tem 2 anos para entrar com uma ação trabalhista (art. 440 da CLT). Art. 440 - Contra os menores de 18 (dezoito) anos não corre nenhum prazo de prescrição. Art. 402. Considera-se menor para os efeitos desta Consolidação o trabalhador de catorze até dezoito anos. Parágrafo único - O trabalho do menor reger-se-á pelas disposições do presente Capítulo, exceto no serviço em oficinas em que trabalhem exclusivamente pessoas da família do menor e esteja este sob a direção do pai, mãe ou tutor, observado, entretanto, o disposto nos arts. 404, 405 e na Seção II. APRENDIZ

Deve ter autorização legal – art. 7 XXXIII CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Contrata de aprendizagem – art. 428 CLT;

Page 13: Fasne - Direito Do Trabalho i - Aulas Clt

ALUNA VALDIRENE CINTRA – 4º PERIODO FASNE DIREITO 9 jul. 12 Página 13

Idade regra geral 14 a 24 anos;

Exceção portadores de deficiência Art. 428 parágrafo 5 da CLT;

Prazo até dois anos contados por prazo determinado - Art. 428 parágrafo 3 da CLT;

Forma escrita;

Registro na CTPS;

Matricula e freqüência escolar;

Exceção se na comunidade o existir ensino médio Art. 428 parágrafo 7 da CLT;

Formação técnico profissional Art. 428 parágrafo 9 da CLT;

Duração até seis horas diárias Art. 432 CLT;

Exceção horas teóricas e praticas até no máximo 8 horas;

Não faz hora-extra;

Não pode compensar horas durante a semana dando mais de 8 horas;

Alíquota do FGTS – 2% art. 15 parágrafo 7 da Lei 8036/90;

Remuneração Art. 428 parágrafo 2 da CLT;

Salário mínimo hora, portanto poderia ser menor;

Obrigatoriedade de contrato – art. 429 CLT de 5% a 15% dos funcionários com formação técnico profissional e não sobre todos os funcionários de uma empresa;

Exceção empresas sem fins lucrativos relacionadas a formação profissional (IEL, CCE, etc.), microempresas e empresas de pequeno porte;

Contratante empresas e entidades intermediadoras – art. 430, II CLT;

Extinção normal termino do tempo do contrato ou da idade;

Extinção por rescisão antecipada – desempenho insuficiente, não adaptação, falta disciplinar grave, a pedido do aprendiz, perde o ano letivo só em razão de faltas,

Multas do art. 479 e 480 da CLT por rescisão antecipada do contrato NÃO incide sobre esse contrato – art. 432 parágrafo 2 da CLT; Art. 428. Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de 14 (catorze) e menor de 24 (vinte e quatro) anos inscrito em programa de aprendizagem formação técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar com zelo e diligência as tarefas necessárias a essa formação. § 1o A validade do contrato de aprendizagem pressupõe anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, matrícula e freqüência do aprendiz à escola, caso não haja concluído o ensino fundamental, e inscrição em programa de aprendizagem desenvolvido sob a orientação de entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica. § 1oA validade do contrato de aprendizagem pressupõe anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, matrícula e freqüência do aprendiz na escola, caso não haja concluído o ensino médio, e inscrição em programa de aprendizagem desenvolvido sob orientação de entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica. § 2o Ao menor aprendiz, salvo condição mais favorável, será garantido o salário mínimo hora. § 3oO contrato de aprendizagem não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, exceto quando se tratar de aprendiz portador de deficiência. § 4o A formação técnico-profissional a que se refere o caput deste artigo caracteriza-se por atividades teóricas e práticas, metodicamente organizadas em tarefas de complexidade progressiva desenvolvidas no ambiente de trabalho. § 5o A idade máxima prevista no caput deste artigo não se aplica a aprendizes portadores de deficiência. § 6o Para os fins do contrato de aprendizagem, a comprovação da escolaridade de aprendiz portador de deficiência mental deve considerar, sobretudo, as habilidades e competências relacionadas com a profissionalização.

Page 14: Fasne - Direito Do Trabalho i - Aulas Clt

ALUNA VALDIRENE CINTRA – 4º PERIODO FASNE DIREITO 9 jul. 12 Página 14

§ 7oNas localidades onde não houver oferta de ensino médio para o cumprimento do disposto no § 1o deste artigo, a contratação do aprendiz poderá ocorrer sem a freqüência à escola, desde que ele já tenha concluído o ensino fundamental. Art. 429. Os estabelecimentos de qualquer natureza são obrigados a empregar e matricular nos cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem número de aprendizes equivalente a cinco por cento, no mínimo, e quinze por cento, no máximo, dos trabalhadores existentes em cada estabelecimento, cujas funções demandem formação profissional. § 1o-A. O limite fixado neste artigo não se aplica quando o empregador for entidade sem fins lucrativos, que tenha por objetivo a educação profissional. § 1o As frações de unidade, no cálculo da percentagem de que trata o caput, darão lugar à admissão de um aprendiz. Art. 430. Na hipótese de os Serviços Nacionais de Aprendizagem não oferecerem cursos ou vagas suficientes para atender à demanda dos estabelecimentos, esta poderá ser suprida por outras entidades qualificadas em formação técnico-profissional metódica, a saber: I – Escolas Técnicas de Educação; II – entidades sem fins lucrativos, que tenham por objetivo a assistência ao adolescente e à educação profissional, registradas no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. § 1o As entidades mencionadas neste artigo deverão contar com estrutura adequada ao desenvolvimento dos programas de aprendizagem, de forma a manter a qualidade do processo de ensino, bem como acompanhar e avaliar os resultados. § 2o Aos aprendizes que concluírem os cursos de aprendizagem, com aproveitamento, será concedido certificado de qualificação profissional. § 3o O Ministério do Trabalho e Emprego fixará normas para avaliação da competência das entidades mencionadas no inciso II deste artigo. Art. 431. A contratação do aprendiz poderá ser efetivada pela empresa onde se realizará a aprendizagem ou pelas entidades mencionadas no inciso II do art. 430, caso em que não gera vínculo de emprego com a empresa tomadora dos serviços. Art. 432. A duração do trabalho do aprendiz não excederá de seis horas diárias, sendo vedadas a prorrogação e a compensação de jornada. § 1o O limite previsto neste artigo poderá ser de até oito horas diárias para os aprendizes que já tiverem completado o ensino fundamental, se nelas forem computadas as horas destinadas à aprendizagem teórica. Art. 479 - Nos contratos que tenham termo estipulado, o empregador que, sem justa causa, despedir o empregado será obrigado a pagar-lhe, a titulo de indenização, e por metade, a remuneração a que teria direito até o termo do contrato. Parágrafo único - Para a execução do que dispõe o presente artigo, o cálculo da parte variável ou incerta dos salários será feito de acordo com o prescrito para o cálculo da indenização referente à rescisão dos contratos por prazo indeterminado. Art. 480 - Havendo termo estipulado, o empregado não se poderá desligar do contrato, sem justa causa, sob pena de ser obrigado a indenizar o empregador dos prejuízos que desse fato lhe resultarem. Parágrafo único. A indenização, porem, não poderá exceder àquela a que teria direito o empregado em idênticas condições. § 1º - A indenização, porém, não poderá exceder àquela a que teria direito o empregado em idênticas condições. § 2º - Em se tratando de contrato de artistas de teatros e congêneres, o empregado que rescindí-lo sem justa causa não poderá trabalhar em outra empresa de teatro ou congênere, salvo quando receber atestado liberatório, durante o prazo de humano, sob pena de ficar o novo empresário obrigado a pagarão anterior uma indenização correspondente a dois anos do salário estipulado no contrato rescindido.

Page 15: Fasne - Direito Do Trabalho i - Aulas Clt

ALUNA VALDIRENE CINTRA – 4º PERIODO FASNE DIREITO 9 jul. 12 Página 15

ESTÁGIOS – LEI 11.788/2008

Definição art.1;

Finalidade – aprendizagem;

Projeto pedagógico art 1 parágrafo 1 desta lei;

Modalidades obrigatório e não obrigatório;

Equiparam conforme art. 2 e parágrafo 3;

Estágio x emprego;

Requisitos: matricula e freqüência;

Celebração do termo de compromisso entre o estagiário, o contratante e a instituição de ensino;

Compatibilidade da atividade com o curso;

Pode ser entendido como relação de emprego – art. 3 parágrafo 3 e caput do art. 15 da lei;

Reincidência – punida com 2 anos sem ter direito a contratar novos estagiários;

O. J. 366 –não forma vinculo com um ente público;

Estágio tem objetivo de aprendizagem por isso não é contrato de emprego;

Agentes de integração – art 5 ver requisitos;

Instituição de ensino – art. 7 e 8;

Parte concedente pode ser ente federativos – art. 9 liberou também para profissionais liberais;

Todo estagiário deverá ter seguro contra acidentes pessoais;

Declaração de estágio fornecido obrigatoriamente pela empresa; JORNADA DE TRABALHO DO ESTAGIÁRIO:

Mínima prevista 4 horas diária e 20 horas semanais art. 1, vai depender da Educação especial, ensino fundamental, 6 a 30 horas ensino médio;

Exceção art. 10, CLT

Duração art. 11 até 2 anos;

Bolsa e auxílio transporte é facultativo se for obrigatório do curso, se não for é obrigatório;

Outros benefícios além do obrigatório não caracteriza o vínculo empregatício;

Segurado pela previdência só se contribuir como autônomo;

Recesso art. 13 igual ou superior a um ano é de 30 dias, se inferior a um ano proporcional;

Art 17 estabelece máximo proporcional ao número de funcionários; LEI Nº 11.788, DE25 DE SETEMBRO DE 2008. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DA DEFINIÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E RELAÇÕES DE ESTÁGIO Art. 1oEstágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam freqüentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos. § 1oO estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, além de integrar o itinerário formativo do educando. § 2oO estágio visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho. (...)

Page 16: Fasne - Direito Do Trabalho i - Aulas Clt

ALUNA VALDIRENE CINTRA – 4º PERIODO FASNE DIREITO 9 jul. 12 Página 16

Art. 3oO estágio, tanto na hipótese do § 1o do art. 2o desta Lei quanto na prevista no § 2o do mesmo dispositivo, não cria vínculo empregatício de qualquer natureza, observados os seguintes requisitos: I – matrícula e freqüência regular do educando em curso de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e nos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos e atestados pela instituição de ensino; II – celebração de termo de compromisso entre o educando, a parte concedente do estágio e a instituição de ensino; III – compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e aquelas previstas no termo de compromisso. § 1oO estágio, como ato educativo escolar supervisionado, deverá ter acompanhamento efetivo pelo professor orientador da instituição de ensino e por supervisor da parte concedente, comprovado por vistos nos relatórios referidos no inciso IV do caput do art. 7o desta Lei e por menção de aprovação final. § 2oO descumprimento de qualquer dos incisos deste artigo ou de qualquer obrigação contida no termo de compromisso caracteriza vínculo de emprego do educando com a parte concedente do estágio para todos os fins da legislação trabalhista e previdenciária. Art. 7oSão obrigações das instituições de ensino, em relação aos estágios de seus educandos: I – celebrar termo de compromisso com o educando ou com seu representante ou assistente legal, quando ele for absoluta ou relativamente incapaz, e com a parte concedente, indicando as condições de adequação do estágio à proposta pedagógica do curso, à etapa e modalidade da formação escolar do estudante e ao horário e calendário escolar; Art. 9º As pessoas jurídicas de direito privado e os órgãos da administração pública direta, autárquica e fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como profissionais liberais de nível superior devidamente registrados em seus respectivos conselhos de fiscalização profissional, podem oferecer estágio, observadas as seguintes obrigações: I – celebrar termo de compromisso com a instituição de ensino e o educando, zelando por seu cumprimento; II – ofertar instalações que tenham condições de proporcionar ao educando atividades de aprendizagem social, profissional e cultural; III – indicar funcionário de seu quadro de pessoal, com formação ou experiência profissional na área de conhecimento desenvolvida no curso do estagiário, para orientar e supervisionar até 10 (dez) estagiários simultaneamente; IV – contratar em favor do estagiário seguro contra acidentes pessoais, cuja apólice seja compatível com valores de mercado, conforme fique estabelecido no termo de compromisso; V – por ocasião do desligamento do estagiário, entregar termo de realização do estágio com indicação resumida das atividades desenvolvidas, dos períodos e da avaliação de desempenho; VI – manter à disposição da fiscalização documentos que comprovem a relação de estágio; VII – enviar à instituição de ensino, com periodicidade mínima de 6 (seis) meses, relatório de atividades, com vista obrigatória ao estagiário. Parágrafo único. No caso de estágio obrigatório, a responsabilidade pela contratação do seguro de que trata o inciso IV do caput deste artigo poderá, alternativamente, ser assumida pela instituição de ensino. Art. 10.A jornada de atividade em estágio será definida de comum acordo entre a instituição de ensino, a parte concedente e o aluno estagiário ou seu representante legal, devendo constar do termo de compromisso ser compatível com as atividades escolares e não ultrapassar: I – 4 (quatro) horas diárias e 20 (vinte) horas semanais, no caso de estudantes de educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional de educação de jovens e adultos; II – 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, no caso de estudantes do ensino superior, da educação profissional de nível médio e do ensino médio regular.

Page 17: Fasne - Direito Do Trabalho i - Aulas Clt

ALUNA VALDIRENE CINTRA – 4º PERIODO FASNE DIREITO 9 jul. 12 Página 17

§ 1oO estágio relativo a cursos que alternam teoria e prática, nos períodos em que não estão programadas aulas presenciais, poderá ter jornada de até 40 (quarenta) horas semanais, desde que isso esteja previsto no projeto pedagógico do curso e da instituição de ensino. § 2oSe a instituição de ensino adotar verificações de aprendizagem periódicas ou finais, nos períodos de avaliação, a carga horária do estágio será reduzida pelo menos à metade, segundo estipulado no termo de compromisso, para garantir o bom desempenho do estudante. Art. 11.A duração do estágio, na mesma parte concedente, não poderá exceder 2 (dois) anos, exceto quando se tratar de estagiário portador de deficiência. Art. 12.O estagiário poderá receber bolsa ou outra forma de contraprestação que venha a ser acordada, sendo compulsória a sua concessão, bem como a do auxílio-transporte, na hipótese de estágio não obrigatório. § 1º A eventual concessão de benefícios relacionados a transporte, alimentação e saúde, entre outros, não caracteriza vínculo empregatício. § 2º Poderá o educando inscrever-se e contribuir como segurado facultativo do Regime Geral de Previdência Social. Art. 13.É assegurado ao estagiário, sempre que o estágio tenha duração igual ou superior a 1 (um) ano, período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser gozado preferencialmente durante suas férias escolares. § 1º O recesso de que trata este artigo deverá ser remunerado quando o estagiário receber bolsa ou outra forma de contraprestação. § 2º Os dias de recesso previstos neste artigo serão concedidos de maneira proporcional, nos casos de o estágio ter duração inferior a 1 (um) ano. Art. 14.Aplica-se ao estagiário a legislação relacionada à saúde e segurança no trabalho, sendo sua implementação de responsabilidade da parte concedente do estágio. Art. 15.A manutenção de estagiários em desconformidade com esta Lei caracteriza vínculo de emprego do educando com a parte concedente do estágio para todos os fins da legislação trabalhista e previdenciária. § 1º A instituição privada ou pública que reincidir na irregularidade de que trata este artigo ficará impedida de receber estagiários por 2 (dois) anos, contados da data da decisão definitiva do processo administrativo correspondente. § 2º A penalidade de que trata o § 1o deste artigo limita-se à filial ou agência em que for cometida a irregularidade. Art. 16.O termo de compromisso deverá ser firmado pelo estagiário ou com seu representante ou assistente legal e pelos representantes legais da parte concedente e da instituição de ensino, vedada a atuação dos agentes de integração a que se refere o art. 5o desta Lei como representante de qualquer das partes. Art. 17.O número máximo de estagiários em relação ao quadro de pessoal das entidades concedentes de estágio deverá atender às seguintes proporções: I – de 1 (um) a 5 (cinco) empregados: 1 (um) estagiário; II – de 6 (seis) a 10 (dez) empregados: até 2 (dois) estagiários; III – de 11 (onze) a 25 (vinte e cinco) empregados: até 5 (cinco) estagiários; IV – acima de 25 (vinte e cinco) empregados: até 20% (vinte por cento) de estagiários. § 1º Para efeito desta Lei, considera-se quadro de pessoal o conjunto de trabalhadores empregados existentes no estabelecimento do estágio. § 2º Na hipótese de a parte concedente contar com várias filiais ou estabelecimentos, os quantitativos previstos nos incisos deste artigo serão aplicados a cada um deles. § 3º Quando o cálculo do percentual disposto no inciso IV do caput deste artigo resultar em fração, poderá ser arredondado para o número inteiro imediatamentesuperior. § 4º Não se aplica o disposto no caput deste artigo aos estágios de nível superior e de nível médio profissional. § 5º Fica assegurado às pessoas portadoras de deficiência o percentual de 10% (dez por cento) das vagas oferecidas pela parte concedente do estágio.

Page 18: Fasne - Direito Do Trabalho i - Aulas Clt

ALUNA VALDIRENE CINTRA – 4º PERIODO FASNE DIREITO 9 jul. 12 Página 18

Art. 19.O art. 428 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, passa a vigorar com as seguintes alterações: Art. 428 § 1º A validade do contrato de aprendizagem pressupõe anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, matrícula e freqüência do aprendiz na escola, caso não haja concluído o ensino médio, e inscrição em programa de aprendizagem desenvolvido sob orientação de entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica. § 3º O contrato de aprendizagem não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, exceto quando se tratar de aprendiz portador de deficiência. § 7º Nas localidades onde não houver oferta de ensino médio para o cumprimento do disposto no § 1o deste artigo, a contratação do aprendiz poderá ocorrer sem a freqüência à escola, desde que ele já tenha concluído o ensino fundamental.” (NR) Art. 20.O art. 82 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 82.Os sistemas de ensino estabelecerão as normas de realização de estágio em sua jurisdição, observada a lei federal sobre a matéria. Art. 21.Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 22.Revogam-se as Leis nos 6.494, de 7 de dezembro de 1977, e 8.859, de 23 de março de 1994, o parágrafo único do art. 82 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e o art. 6o da Medida Provisória no 2.164-41, de 24 de agosto de 2001. Brasília, 25 de setembro de 2008; 187o da Independência e 120o da República. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Fernando Haddad André Peixoto Figueiredo Lima EMPREGADOR ART. 2 da CLT equiparou empregador a empresa; Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.

Empregador por equiparação art. 2 parágrafo primeiro – empresas beneficente são equiparados ao empregador;

Grupo de empresas todas são solidariamente responsáveis – art 2 parágrafo 2. Esse contrato pode ser unitário Súmula 129 TST, mas não geram novo vínculo empregatício com as demais; § 2º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas.

Consórcios de empregadores sejam eles rurais ou por analogia também urbanos Portaria 1964/1999 quando não há necessidade de mão-de-obra por curtos períodos do dia, o objetivo evitar o desemprego na entressafra, diminuir a informalidade do trabalho, contratos por prazos indeterminados, diminuir a rotatividade de mão-de-obra; Há um pacto de solidariedade, outorga de poderes para um administrador, art. 25 parágrafo 1 da lei 8.812/1991 devem ser inscritos no INSS de forma individual e coletiva, deve ter livros e escritas do consórcios,

SUCESSÃO EMPRESARIAL – (Art. 10, CLT - Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados.) e (Art. 448, CLT - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivosempregados) – não afeta a relação dos trabalhos uma cisão ou fusão, qualquer tipo de alteração ou transformação parcial ou total não afeta a relação de emprego de origem, não se aplica aos Empregados domésticos, no caso de desmembramento de Estados e Municípios não se observa a sucessão do empregado celetista, no caso de massa falida não se herda o passivo

Page 19: Fasne - Direito Do Trabalho i - Aulas Clt

ALUNA VALDIRENE CINTRA – 4º PERIODO FASNE DIREITO 9 jul. 12 Página 19

trabalhista art. 141 da lei de falência, consequências do sucedido é sem responsabilidade, já o sucessor herda todo ativo e passivo, a exceção se dará no caso de fraude o sucedido também será responsável, a clausula de não responsabilidade só é válida no direito civil e não no trabalhista, o empregado não pode se opor e se não quiser ir para a nova empresa irá pedir demissão; TERCERIZAÇÃO é quando se passa atividades da empresa a terceiros, que não pode ser uma atividade afim.

PARTES: tomador de serviço, prestador e empregado.

Base legal: Súmula 331 TST – lícita e ilícita, neste caso vínculo com a tomadora de serviço, não vale para ente público.

Serviço especializado de atividade meio, sem pessoalidade e subordinação direta.

Tercerização lícita prestadora responsável principal e a tomadora responsabilidade subsidiária;

Tercerização ilícita solidariamente conforme (Art. 9º, CLT - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação.).

Todas as parcelas são devidas

Culpa “IN ELIGENDO” está vinculada a art. 71 da Lei nº 8.666, de 21.06.1993, o que vale é a Culpa “IN VIGILANDO”, o que se tornou difícil esta aplicação (ADC 16 do STF de 08/09/2011);

O. J. 383 SDI-1, TST – Isonomia;

No terceirização ilícita pode haver autuação pelo M T EMPT (TAC e ação civil), assim como por ação civil;

Art. 203 Código Penal; Art. 203 - Frustrar, mediante fraude ou violência, direito assegurado pela legislação do trabalho: Pena - detenção de um ano a dois anos, e multa, além da pena correspondente à violência. § 1º Na mesma pena incorre quem: I - obriga ou coage alguém a usar mercadorias de determinado estabelecimento, para impossibilitar o desligamento do serviço em virtude de dívida; II - impede alguém de se desligar de serviços de qualquer natureza, mediante coação ou por meio da retenção de seus documentos pessoais ou contratuais. § 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço se a vítima é menor de dezoito anos, idosa, gestante, indígena ou portadora de deficiência física ou mental. Frustração de lei sobre a nacionalização do trabalho TST Enunciado nº 331 - Revisão da Súmula nº 256 - Res. 23/1993, DJ 21, 28.12.1993 e 04.01.1994 - Alterada (Inciso IV)- Res. 96/2000, DJ 18, 19 e 20.09.2000 - Mantida - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Contrato de Prestação de Serviços - Legalidade I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 03.01.1974). II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com os órgãos da administração pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da CONSTITUIÇÃO FEDERAL/1988). (Revisão do Enunciado nº 256 - TST) III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de 20-06-1983), de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta. IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços, quanto àquelas obrigações, inclusive quanto aos órgãos da administração direta, das autarquias, das fundações públicas, das

Page 20: Fasne - Direito Do Trabalho i - Aulas Clt

ALUNA VALDIRENE CINTRA – 4º PERIODO FASNE DIREITO 9 jul. 12 Página 20

empresas públicas e das sociedades de economia mista, desde que hajam participado da relação processual e constem também do título executivo judicial (art. 71 da Lei nº 8.666, de 21.06.1993). (Alterado pela Res. 96/2000, DJ 18.09.2000)

Súmula 331 do TST

EMPREITADA – ART 455 CLT (Art. 455 - Nos contratos de subempreitada responderá o subempreiteiro pelas obrigações derivadas do contrato de trabalho que celebrar, cabendo, todavia, aos empregados, o direito de reclamação contra o empreiteiro principal pelo inadimplemento daquelas obrigações por parte do primeiro.Parágrafo único - Ao empreiteiro principal fica ressalvada, nos termos da lei civil, ação regressiva contra o subempreiteiro e a retenção de importâncias a este devidas, para a garantia das obrigações previstas neste artigo).

DONO DA OBRA – O. J. 191 SDI-1 DO TST – DESDE QUE NÃO SEJA CONSTRUTORA OU

INCORPORADORA, SE FOR TERÁ RESPONSABILIDADE.

Cooperativa de trabalho – (Art. 442-A.Para fins de contratação, o empregador não exigirá do

candidato a emprego comprovação de experiência prévia por tempo superior a 6 (seis) meses no

mesmo tipo de atividade) características: 1. Não há vínculo – (Art. 9º - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação); 2. Art., 90 Lei 5764/71 – não pode ter nenhum dos requisitos de emprego. Art. 90. Qualquer que seja o tipo de cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e seus associados. Art. 91. As cooperativas igualam-se às demais empresas em relação aos seus empregados para os fins da legislação trabalhista e previdenciária.

CONTRATO DE TRABALHO

FORMAÇÃO:

Pré-contrato;

A regra: não enseja indenização a reparação civil;

Exceções: 1) Desembolso de despesas; 2) Perda de oportunidade efetiva de contratação em outra empresa; 3) Má-fé caberia em tese a indenização prevista no art. 186 do CC (Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito).

Tudo que foge a regras da normalidade, deve constar em CONTRATO;

Suspensão e interrupção do contrato: art. 471 a 476 da CLT;

Conceito e características:

SUSPENSÃO INTERRUPÇÃO

SUSPENSÃO Não há trabalho INTERRUPÇÃO Não há trabalho

SUSPENSÃO Não recebe salário INTERRUPÇÃO Recebe salário

SUSPENSÃO Não integra o tempo de serviço INTERRUPÇÃO Integra o tempo de serviço

SUSPENSÃO Paralisação temporária INTERRUPÇÃO Paralisação temporária

SUSPENSÃO Não pode ser rompido o contrato art.

471 CLT

INTERRUPÇÃO Não pode ser rompido o

contrato art. 471 CLT

Page 21: Fasne - Direito Do Trabalho i - Aulas Clt

ALUNA VALDIRENE CINTRA – 4º PERIODO FASNE DIREITO 9 jul. 12 Página 21

Causas de suspensão: motivos alheios a vontade do empregado, acidente de trabalho a partir do 15 dia art. 476 CLT (integra o tempo de trabalho), auxílio-doença a partir do 15 dia (LEI 8212/91 - Art. 59. O Instituto Nacional do Seguro Social-INSS implantará, no prazo de 90 (noventa) dias a contar da data da publicação desta Lei, sistema próprio e informatizado de cadastro dos pagamentos e débitos dos Governos Estaduais, do Distrito Federal e das Prefeituras Municipais, que viabilize o permanente acompanhamento e fiscalização do disposto nos arts. 56, 57 e 58 e permita a divulgação periódica dos devedores da Previdência Social. ); Aposentadoria por invalidez (art. 475 CLT e OS 160 TST), Encargo público obrigatório do serviço militar (parágrafo único do art. 4 da CLT), Integra o tempo (art. 472 CLT, parágrafo 1), 30 dias avisa a empresa, motivo lícito do empregado, participação em greve (art. 7 Lei 7.783/89), encargo público não obrigatório, eleito para diretor de sociedade anónima (Súmula 269 do TST), licença não remunerada, por motivo ilícito cometido pelo empregado, suspensão disciplinar até 30 dias (art. 474 CLT), faltas injustificada, dirigente sindical tem estabilidade até um ano desde que não tenha cometido falta grave que será apurada de forma específicas (art. 494 CLT e Súmula 197 STF), prazo para retorno é . Imediato após 30 dias considera-se abandono de emprego, Art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada. Parágrafo único - Computar-se-ão, na contagem de tempo de serviço, para efeito de indenização e estabilidade, os períodos em que o empregado estiver afastado do trabalho prestando serviço militar ... (VETADO) ... Epor motivo de acidente do trabalho. Art. 494 - O empregado acusado de falta grave poderá ser suspenso de suas funções, mas a sua despedida só se tornará efetiva após o inquérito e que se verifique a procedência da acusação. Parágrafo único - A suspensão, no caso deste artigo, perdurará até a decisão final do processo.

ALGUMAS HIPÓTESES DE INTERRUPÇÃO: encargo públicos, (jurado art. 430 CPP, testemunha art. 822 CLT, partes Súmula 155 TST), as hipóteses do art. 473 CLT, licença paternidade se cinco dias (ADCT art 10, parágrafo 1), doença acidente de trabalho nos 15 dias, licença maternidade, membro de Comissão de Conciliação Prévia – CCP (conciliador do art, 625 B parágrafo 2 da CLT), licença remunerada.

Regressar de imediato.

Art. 822 - As testemunhas não poderão sofrer qualquer desconto pelas faltas ao serviço,

ocasionadas pelo seu comparecimento para depor, quando devidamente arroladas ou

convocadas.

II UNIDADE DA SUSPENSÃO E DA INTERRUPÇÃO Art. 471 - Ao empregado afastado do emprego, são asseguradas, por ocasião de sua volta, todas as vantagens que, em sua ausência, tenham sido atribuídas à categoria a que pertencia na empresa. Art. 472 - O afastamento do empregado em virtude das exigências do serviço militar, ou de outro encargo público, não constituirá motivo para alteração ou rescisão do contrato de trabalho por parte do empregador. § 1º - Para que o empregado tenha direito a voltar a exercer o cargo do qual se afastou em virtude de exigências do serviço militar ou de encargo público, é indispensável que notifique o empregador dessa intenção, por telegrama ou carta registrada, dentro do prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da data em que se verificar a respectiva baixa ou a terminação do encargo a que estava obrigado. § 2º - Nos contratos por prazo determinado, o tempo de afastamento, se assim acordarem as partes interessadas, não será computado na contagem do prazo para a respectiva terminação. § 3º - Ocorrendo motivo relevante de interesse para a segurança nacional, poderá a autoridade competente solicitar o afastamento do empregado do serviço ou do local de trabalho, sem que se configure a suspensão do contrato de trabalho.

Page 22: Fasne - Direito Do Trabalho i - Aulas Clt

ALUNA VALDIRENE CINTRA – 4º PERIODO FASNE DIREITO 9 jul. 12 Página 22

§ 4º - O afastamento a que se refere o parágrafo anterior será solicitado pela autoridade competente diretamente ao empregador, em representação fundamentada com audiência da Procuradoria Regional do Trabalho, que providenciará desde logo a instauração do competente inquérito administrativo. § 5º - Durante os primeiros 90 (noventa) dias desse afastamento, o empregado continuará percebendo sua remuneração. Art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário: I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua carteira de trabalho e previdência social, viva sob sua dependência econômica; II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento; III - por um dia, em caso de nascimento de filho no decorrer da primeira semana; IV - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada; V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos termos da lei respectiva. VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar referidas na letra "c" do art. 65 da Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964 (Lei do Serviço Militar). VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior. VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo. IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de entidade sindical, estiver participando de reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro. Art. 474 - A suspensão do empregado por mais de 30 (trinta) dias consecutivos importa na rescisão injusta do contrato de trabalho. Art. 475 - O empregado que for aposentado por invalidez terá suspenso o seu contrato de trabalho durante o prazo fixado pelas leis de previdência social para a efetivação do benefício. § 1º Recuperando o empregado a capacidade de trabalho e sendo a aposentadoria cancelada, ser-lhe-á assegurado o direito à função que ocupava ao tempo da aposentadoria, facultado, porem, ao empregador o direito de indenizá-lo por rescisão do contrato de trabalho, nos termos dos arts. 477 e 478. § 1º - Recuperando o empregado a capacidade de trabalho e sendo a aposentadoria cancelada, ser-lhe-á assegurado o direito à função que ocupava ao tempo da aposentadoria, facultado, porém, ao empregador, o direito de indenizá-lo por rescisão do contrato de trabalho, nos termos dos arts. 477 e 478, salvo na hipótese de ser ele portador de estabilidade, quando a indenização deverá ser paga na forma do art. 497. § 2º - Se o empregador houver admitido substituto para o aposentado, poderá rescindir, com este, o respectivo contrato de trabalho sem indenização, desde que tenha havido ciência inequívoca da interinidade ao ser celebrado o contrato. Art. 476-A.O contrato de trabalho poderá ser suspenso, por um período de dois a cinco meses, para participação do empregado em curso ou programa de qualificação profissional oferecido pelo empregador, com duração equivalente à suspensão contratual, mediante previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho e aquiescência formal do empregado, observado o disposto no art. 471 desta Consolidação. § 1oApós a autorização concedida por intermédio de convenção ou acordo coletivo, o empregador deverá notificar o respectivo sindicato, com antecedência mínima de quinze dias da suspensão contratual. § 2oO contrato de trabalho não poderá ser suspenso em conformidade com o disposto no caput deste artigo mais de uma vez no período de dezesseis meses.

Page 23: Fasne - Direito Do Trabalho i - Aulas Clt

ALUNA VALDIRENE CINTRA – 4º PERIODO FASNE DIREITO 9 jul. 12 Página 23

§ 3oO empregador poderá conceder ao empregado ajuda compensatória mensal, sem natureza salarial, durante o período de suspensão contratual nos termos do caput deste artigo, com valor a ser definido em convenção ou acordo coletivo. § 4oDurante o período de suspensão contratual para participação em curso ou programa de qualificação profissional, o empregado fará jus aos benefícios voluntariamente concedidos pelo empregador. § 5oSe ocorrer a dispensa do empregado no transcurso do período de suspensão contratual ou nos três meses subseqüentes ao seu retorno ao trabalho, o empregador pagará ao empregado, além das parcelas indenizatórias previstas na legislação em vigor, multa a ser estabelecida em convenção ou acordo coletivo, sendo de, no mínimo, cem por cento sobre o valor da última remuneração mensal anterior à suspensão do contrato. § 6oSe durante a suspensão do contrato não for ministrado o curso ou programa de qualificação profissional, ou o empregado permanecer trabalhando para o empregador, ficará descaracterizada a suspensão, sujeitando o empregador ao pagamento imediato dos salários e dos encargos sociais referentes ao período, às penalidades cabíveis previstas na legislação em vigor, bem como às sanções previstas em convenção ou acordo coletivo. § 7o O prazo limite fixado no caput poderá ser prorrogado mediante convenção ou acordo coletivo de trabalho e aquiescência formal do empregado, desde que o empregador arque com o ônus correspondente ao valor da bolsa de qualificação profissional, no respectivo período.

FORMAS DE TERMINAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO

CAUSAS:

POR INICIATIVA DO EMPREGADOR:

PARCELAS: dispensa sem justa causa (aviso prévio, férias vencidas e proporcionais com 1/3, 13

salários vencidos e proporcional, saldo de salário, 40% do FGTS, liberação do FGTS e seguro

desemprego;

MOTIVAÇÃO: Regra não necessita de justificativa, porém tem exceções: art. 173, parágrafo 1, II

da CF e O. J. 247, SDI-1, TST e os Correios (EBCT) apenas para ele tem que justificar a

motivação. Art. 50 da Lei 9.784/99 e art. 37, caput da CF, 3 da Lei 9.962/2000.

DISPENSA COM JUSTA CAUSA:

PARCELAS: (férias vencidas com um terço e NÃO tem o direito a férias proporcionais, 13º

salários vencidos e NÃO tem o direito ao proporcional, saldo de salário, NÃO tem o direito a:

40% do FGTS, liberação do saldo do FGTS e ao seguro desemprego;

ELEMENTOS PARA A JUSTA CAUSA: A) Subjetivo (culpabilidade) e B) Objetividade: 1 -

(tipicidade ou taxatividade, art. 482, 158, parágrafo único, 240, parágrafo único, 443, II e 508 da

CLT ( esta última deixou de existir), 2 – Gravidade, 3 – Proporcionalidade, 4 – Nexo de

casualidade, 5 – Imediatividade ou imediatissidade (se a falta não for apurada e punida com

brevidade entende-se como tivesse havido um Perdão Tácito, 6 – Singularidade da punição “NON

BIS IN IDEM” (ou suspende ou demite), C) Elementos especiais – Sindicância ou inquérito

administrativo Súmula 77, TST; Inquérito judicial procedente,

HIPÓTESES MAIS COMUNS PREVISTAS NO ART. 482 CLT: 1) Ato de improbidade – furto, roubo, apropriação indébita, 2) Incontinência de conduta – atos ligados a atitudes sexuais,

Page 24: Fasne - Direito Do Trabalho i - Aulas Clt

ALUNA VALDIRENE CINTRA – 4º PERIODO FASNE DIREITO 9 jul. 12 Página 24

3) Mau procedimento; 4) Negociação habitual – sem permissão, prejudicial ao serviço, 5) Concorrência ao negócio da empresa; 6) Condenação criminal transitada em julgado, em regime fechado conforme doutrina; 7) Desídia de forma reiterada – atrasos, falta de cumprimento de metas, etc. 8) Embriaguez habitual ou em serviço – muitos entendem que deve ser tratados e não demitidos; 9) Violação de segredo da empresa; 10) Indisciplinas - ordens gerais; 11) Insubordinação – ordem específica para determinado empregado. 12) Abandono de emprego – elemento objetivo (ausência continuada ao trabalho) e o mais importante o elemento subjetivo (animus a intenção de não continuar trabalhando no emprego Súmula 32 TST – 30 dias). Não há exigência legal que o empregador deve notificar o trabalhador. 13) Ato lesivo a honra e boa fama – ofensa física contra qualquer pessoa, empregador ou superiores hierárquicos; 14) Pratica constante de jogos de azar; 15) Atos atentatórios a segurança nacional;

Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador:

a) ato de improbidade;

b) incontinência de conduta ou mau procedimento;

c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando

constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao

serviço;

d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão

da execução da pena;

e) desídia no desempenho das respectivas funções;

f) embriaguez habitual ou em serviço;

g) violação de segredo da empresa;

h) ato de indisciplina ou de insubordinação;

i) abandono de emprego;

j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas

físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;

k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e

superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;

l) prática constante de jogos de azar.

Parágrafo único - Constitui igualmente justa causa para dispensa de empregado a prática,

devidamente comprovada em inquérito administrativo, de atos atentatórios à segurança nacional.

POR INICIATIVA DO EMPREGADO A) PEDIDO DE DEMISSÃO – ato unilateral e espontâneo

VERBAS: Férias vencidas e proporcionais mais um terço(Súmula 261 TST), 13 salário vencido e

proporcional (Súmula 157 TST) somente e saldo de salário, só não tem direito a liberação do

FGTS e da multa de 40%, assim como, seguro desemprego.

Page 25: Fasne - Direito Do Trabalho i - Aulas Clt

ALUNA VALDIRENE CINTRA – 4º PERIODO FASNE DIREITO 9 jul. 12 Página 25

HOMOLOGADO PELO SINDICATO – art. 477 parágrafo 1 da CLT se trabalhava a mais de um

ano. Art. 477 - É assegurado a todo empregado, não existindo prazo estipulado para a terminação

do respectivo contrato, e quando não haja ele dado motivo para cessação das relações de

trabalho, o direto de haver do empregador uma indenização, paga na base da maior remuneração

que tenha percebido na mesma empresa. § 1º - O pedido de demissão ou recibo de quitação de

rescisão, do contrato de trabalho, firmado por empregado com mais de 1 (um) ano de serviço, só

será válido quando feito com a assistência do respectivo Sindicato ou perante a autoridade do

Ministério do Trabalho e Previdência Social.;

TRABALHO ESTÁVEL – art. 500 da CLT;

Art. 500 - O pedido de demissão do empregado estável só será válido quando feito com a

assistência do respectivo Sindicato e, se não o houver, perante autoridade local competente do

Ministério do Trabalho e Previdência Social ou da Justiça do Trabalho. B) RESCISÃO INDIRETA – ato unilateral, por falta grave empresarial, ação judicial.

VERBAS – mesmas da demissão sem justa causa (aviso prévio, férias vencidas e proporcionais

com 1/3, 13 salários vencidos e proporcional, saldo de salário, 40% do FGTS, liberação do FGTS

e seguro desemprego).

ELEMENTOS – tipicidade – art. 483, CLT, gravidade, nexo de casualidade, proporcionalidade,

imediatidade,

Art. 483 - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização

quando:

a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons

costumes, ou alheios ao contrato;

b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo;

c) correr perigo manifesto de mal considerável;

d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato;

e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo da

honra e boa fama;

f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de legítima defesa,

própria ou de outrem;

g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar

sensivelmente a importância dos salários.

§ 1º - O empregado poderá suspender a prestação dos serviços ou rescindir o contrato, quando

tiver de desempenhar obrigações legais, incompatíveis com a continuação do serviço.

§ 2º - No caso de morte do empregador constituído em empresa individual, é facultado ao

empregado rescindir o contrato de trabalho.

§ 3º - Nas hipóteses das letras "d" e "g", poderá o empregado pleitear a rescisão de seu contrato

de trabalho e o pagamento das respectivas indenizações, permanecendo ou não no serviço até

final decisão do processo.

Page 26: Fasne - Direito Do Trabalho i - Aulas Clt

ALUNA VALDIRENE CINTRA – 4º PERIODO FASNE DIREITO 9 jul. 12 Página 26

HIPÓTESES – exigidos serviços superiores às forças intelectuais ou físicas (art. 198, 390, 405

parágrafo 5 CLT), Exigido serviço defesos em lei (prática de aborto), exigir serviços contrários

aos bons costumes (cobrar por serviço de prostituição), for exigidos serviços alheios ao contrato,

rigor excessivo pelo superior hierárquico (assédio moral), empregado corre perigo manifesto de

mal considerável (não fornecer os itens de segurança do trabalho), mais comum é o empregador

não cumprir as obrigações do contrato (Súmula 13 TST). Praticar o empregador ou seus

prepostos atos contra a honra e boa fama do empregado ou sua família ou ofensa física.

Redução do trabalho quando você recebia por peça ou por tarefa e a empresa reduz

drasticamente suas tarefas, Art. 407 caput da CLT adaptar as funções as novas condições de

trabalho.

Art . 198 - É de 60 kg (sessenta quilogramas) o peso máximo que um empregado pode remover

individualmente, ressalvadas as disposições especiais relativas ao trabalho do menor e da

mulher. Parágrafo único - Não está compreendida na proibição deste artigo a remoção de

material feita por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos, carros de mão ou quaisquer

outros aparelhos mecânicos, podendo o Ministério do Trabalho, em tais casos, fixar limites

diversos, que evitem sejam exigidos do empregado serviços superiores às suas forças.

Art. 390 - Ao empregador é vedado empregar a mulher em serviço que demande o emprego de

força muscular superior a 20 (vinte) quilos para o trabalho continuo, ou 25 (vinte e cinco) quilos

para o trabalho ocasional. Parágrafo único - Não está compreendida na determinação deste artigo

a remoção de material feita por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos, de carros de mão

ou quaisquer aparelhos mecânicos.

Art. 407 - Verificado pela autoridade competente que o trabalho executado pelo menor é

prejudicial à sua saúde, ao seu desenvolvimento físico ou a sua moralidade, poderá ela obrigá-lo

a abandonar o serviço, devendo a respectiva empresa, quando for o caso, proporcionar ao menor

todas as facilidades para mudar de funções. Parágrafo único - Quando a empresa não tomar as

medidas possíveis e recomendadas pela autoridade competente para que o menor mude de

função, configurar-se-á a rescisão do contrato de trabalho, na forma do art. 483.

PERMANÊNCIA NO SERVIÇO – a regra é não continuar as atividades, porém tem a exceção do

art. 483 parágrafo 3 da CLT pode permanece nos casos desse artigo.

INICIATIVA DE AMBOS – acordo ou destrato não há liberação do FGTS.

Ex: PDV – Plano de Demissão Voluntária – OS 270, 207, 356 sdi-1 TST.

RESCISÃO RECÍPROCA – POR INICIATIVA DE AMBOS

Culpa recíproca – justa causa retida por ambos;

Efeitos do art. 484 CLT e Súmula 14 TST;

Parcelas: Saldo de salário, férias vencidas mais 1/3, 50% de férias proporcionais, 13 salário vencido, 50% do 13 salário proporcional, 50% aviso prévio, 20% FGTS, conforme art. 18, parágrafo 2 da Lei 8.036/90.

Page 27: Fasne - Direito Do Trabalho i - Aulas Clt

ALUNA VALDIRENE CINTRA – 4º PERIODO FASNE DIREITO 9 jul. 12 Página 27

FATOR EXTERNO:

1) morte do empregado (saldo salário, férias vencidas e proporcionais com 1/3, 13 salário e

proporcional, saque do FGTS, não tem direito aos 40% do saldo do FGTS e nem seguro

desemprego);

2) Morte do empregador pessoa física (sem extinção da firma art. 483, parágrafo 2 CLT e não

precisa conceder aviso), efeitos (saldo de salário, férias vencidas e proporcionais mais um terço e

13 salário vencido e proporcional.

3) Extinção da empresa: todas as parcelas devidas por demissão sem justa causa

Por força maior – art. 501, CLT, art. 502, CLT, 20% do FGTS.

FATO PRÍNCIPE – FACTUM PRINCIPIS: ato governamental, art. 486 CLT, governo verbas indenizatórias.

Aposentadoria por invalidez permanente – provável mente devido ao tempo até se aposentar não teria mais nenhuma verba a receber da empresa.

Art. 501 - Entende-se como força maior todo acontecimento inevitável, em relação à vontade do

empregador, e para a realização do qual este não concorreu, direta ou indiretamente.

§ 1º - A imprevidência do empregador exclui a razão de força maior.

§ 2º - À ocorrência do motivo de força maior que não afetar substancialmente, nem for suscetível

de afetar, em tais condições, a situação econômica e financeira da empresa não se aplicam as

restrições desta Lei referentes ao disposto neste Capítulo.

Art. 502 - Ocorrendo motivo de força maior que determine a extinção da empresa, ou de um dos

estabelecimentos em que trabalhe o empregado, é assegurada a este, quando despedido, uma

indenização na forma seguinte:

I - sendo estável, nos termos dos arts. 477 e 478;

II - não tendo direito à estabilidade, metade da que seria devida em caso de rescisão sem justa

causa;

III - havendo contrato por prazo determinado, aquela a que se refere o art. 479 desta Lei, reduzida

igualmente à metade.

CONTEÚDO DO CONTRATO DE TRABALHO:

CLAUSULAS INALTERÁVEIS OU PÉTREAS – ART. 6 A 11 CF, Legislação, clausulas negociadas com base nos acordos coletivo ou convenções coletiva de trabalho, clausulas livres (uniforme, horários, etc.).

CLAUSULAS ALTERADAS

1) Direito do Jus Variande da empresa – ordinário pequenas variações sem relevância e

extraordinário depende de alguns requisitos:

Por vontade das partes ou imposição legal, não são permitidas art. 468 CLT, mútuo consentimento entre as partes, sem prejuízo ao empregado (princípio da condição mais benéfica ao trabalhador);

Alteração de função – lícita sem vontade do empregado: art. 468, 450, 461, parágrafo 4º CLT;

Page 28: Fasne - Direito Do Trabalho i - Aulas Clt

ALUNA VALDIRENE CINTRA – 4º PERIODO FASNE DIREITO 9 jul. 12 Página 28

Art. 450 - Ao empregado chamado a ocupar, em comissão, interinamente, ou em substituição

eventual ou temporária, cargo diverso do que exercer na empresa, serão garantidas a contagem

do tempo naquele serviço, bem como volta ao cargo anterior.

Art. 461 - Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo

empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo,

nacionalidade ou idade. § 4º - O trabalhador readaptado em nova função por motivo de

deficiência física ou mental atestada pelo órgão competente da Previdência Social não servirá

de paradigma para fins de equiparação salarial.

Alteração de salário – regra irredutibilidade de salário, exceção por norma coletiva, só admitida em caso extremo;

Substituição temporária – recebe o salário só no período que está substituindo;

Alteração de Local – quando dentro do mesmo município, mesma localidade; mesmo local é lícita mesmo sem ausência;

Mesmo grupo econômico;

Mesma localidade conforme art. 469 CLT – só quando o empregado necessita mudar seu domicílio, porém se alterar será necessário sua anuência, porém nos parágrafos há exceções;

Extinção do estabelecimento art. 469 CLT parágrafo terceiro só ao que é transferido de forma provisória, enquanto durar essa situação terá um acrescimento não inferior a 25%, as despesas extraordinária com a mudança será pago pela empresa art. 470 da CLT;

Art. 469 - Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para localidade

diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não acarretar

necessariamente a mudança do seu domicílio.

§ 1º - Não estão compreendidos na proibição deste artigo: os empregados que exerçam cargo de

confiança e aqueles cujos contratos tenham como condição, implícita ou explícita, a transferência,

quando esta decorra de real necessidade de serviço.

§ 2º - É licita a transferência quando ocorrer extinção do estabelecimento em que trabalhar o

empregado.

§ 3º - Em caso de necessidade de serviço o empregador poderá transferir o empregado para

localidade diversa da que resultar do contrato, não obstante as restrições do artigo anterior, mas,

nesse caso, ficará obrigado a um pagamento suplementar, nunca inferior a 25% (vinte e cinco por

cento) dos salários que o empregado percebia naquela localidade, enquanto durar essa situação.

Art. 470 - As despesas resultantes da transferência correrão por conta do empregador.

Transferência para outro país – Lei 7.064/82;

Restrição para os dirigente sindical – art. 543, 659, IX da CLT, só se ele pede ou aceita ser promovido;

Alteração de jornada – a doutrina diverge tem autores que defende que mesmo uma alteração brusca de horários não precisaria da anuência do empregado. 3) Jus resistência e do empregado – é o poder de resistência do empregado em algumas alterações do contrato do trabalho.

FORMALIDADES RESCISÓRIAS:

Page 29: Fasne - Direito Do Trabalho i - Aulas Clt

ALUNA VALDIRENE CINTRA – 4º PERIODO FASNE DIREITO 9 jul. 12 Página 29

Art. 477, CLT parágrafo primeiro mais de um ano da empresa tem que haver homologação no sindicato;

Art. 477, CLT parágrafo segundo parcelas e valores descriminados;

Súmula 330 do TST – quitação do período especificado, não quitação de parcelas não inclusas, parcelas ressalvadas considerasse não quitadas, eficácia liberatória geral é apenas aos valores e não a todas as parcelas posteriormente reivindicadas;

Art. 477, CLT parágrafo terceiro

Art. 477, CLT parágrafo quarto pagamento no ato da homologação

Art. 477, CLT parágrafo quinto compensação limitada a uma remuneração mensal, parcelas de natureza trabalhista, apenas de parcelas trabalhistas, a compensação deve ter a mesma natureza.

Art. 477, CLT parágrafo sexto prazo para homologação até o primeiro dia útil ou dez dias corridos;

Art. 477, CLT parágrafo oitavo a multa é de uma remuneração, desde que o trabalhador não tenha dado causa a mora. O. J. 238 SDI-1 TST aplicada ao ente público, condenação subsidiária na terceirização, as multas são devidas pelas tomadora;

Multa do art. 467 CLT – parcelas incontroversas deve ser paga na primeira audiência sob pena de ter que pagar mais 50% das verbas incontroversas. Art. 467. Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia sobre o montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao trabalhador, à data do comparecimento à Justiça do Trabalho, a parte incontroversa dessas verbas, sob pena de pagá-las acrescidas de cinqüenta por cento".;

Art. 477 - É assegurado a todo empregado, não existindo prazo estipulado para a terminação do

respectivo contrato, e quando não haja ele dado motivo para cessação das relações de trabalho,

o direto de haver do empregador uma indenização, paga na base da maior remuneração que

tenha percebido na mesma empresa.

§ 1º - O pedido de demissão ou recibo de quitação de rescisão, do contrato de trabalho, firmado

por empregado com mais de 1 (um) ano de serviço, só será válido quando feito com a assistência

do respectivo Sindicato ou perante a autoridade do Ministério do Trabalho e Previdência Social.

§ 2º - O instrumento de rescisão ou recibo de quitação, qualquer que seja a causa ou forma de

dissolução do contrato, deve ter especificada a natureza de cada parcela paga ao empregado e

discriminado o seu valor, sendo válida a quitação, apenas, relativamente às mesmas parcelas.

§ 3º - Quando não existir na localidade nenhum dos órgãos previstos neste artigo, a assistência

será prestada pelo Represente do Ministério Público ou, onde houver, pelo Defensor Público e, na

falta ou impedimento deste, pelo Juiz de Paz.

§ 4º - O pagamento a que fizer jus o empregado será efetuado no ato da homologação da

rescisão do contrato de trabalho, em dinheiro ou em cheque visado, conforme acordem as partes,

salvo se o empregado for analfabeto, quando o pagamento somente poderá ser feito em dinheiro.

§ 5º - Qualquer compensação no pagamento de que trata o parágrafo anterior não poderá

exceder o equivalente a um mês de remuneração do empregado.

§ 6º - O pagamento das parcelas constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação

deverá ser efetuado nos seguintes prazos:

a) até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato; ou

Page 30: Fasne - Direito Do Trabalho i - Aulas Clt

ALUNA VALDIRENE CINTRA – 4º PERIODO FASNE DIREITO 9 jul. 12 Página 30

b) até o décimo dia, contado da data da notificação da demissão, quando da ausência do aviso

prévio, indenização do mesmo ou dispensa de seu cumprimento.

§ 7º - O ato da assistência na rescisão contratual (§§ 1º e 2º) será sem ônus para o trabalhador e

empregador.

§ 8º - A inobservância do disposto no § 6º deste artigo sujeitará o infrator à multa de 160 BTN, por

trabalhador, bem assim ao pagamento da multa a favor do empregado, em valor equivalente ao

seu salário, devidamente corrigido pelo índice de variação do BTN, salvo quando,

comprovadamente, o trabalhador der causa à mora.

AVISO PRÉVIO

CONCEITO - É uma obrigação que uma parte tem de comunicar a outro a intenção de por fim ao contrato de trabalho.

PREVISÃO LEGAL – art. 487 a 491 da CLT e art. 7 da CF e na Lei 5889/73 Rural art. 15.

NATUREZA JURÍDICA – direito x dever.

Declaração unilateral sem necessitar da anuência ou concordância da outra parte;

Próprio prazo;

Indenizado não incide INSS e trabalhado incide e conta como tempo de serviço;

Prazo mínimo de 30 dias;

O. J. 84 SDI-1 TST;

Lei 12.506/2011 – mais 3 dias por ano, até 60 dias. Máximo 90 dias. Editou uma circular n. 10/2011: prazo proporcional só se aplica em beneficio do trabalhador, até dois anos 30 dias, de 2 anos 33 dias, 3 anos completos 36 dias, assim sucessivamente. Ano completo há a integração do período do aviso, a lei não retroage, sendo válida a partir de sua publicação;

Forma expressa ou verbal;

Finalidade empregador – dá oportunidade ao empregado procurar um novo emprego;

Finalidade do empregado – dá a empresa prazo contratar outra pessoa em seu lugar;

Súmula 348 TST. HIPÓTESE DE CABIMENTO DO AVISO PRÉVIO 1) Contrato por prazo indeterminado; 2) Contrato por prazo determinado que tenha a clausula assecuratório de direito recíproco; 3) No caso de culpa recíproca 50% do aviso; 4) Dispensa sem justa causa: Rescisão indireta e cessação da atividade rural 5) Cessação da atividade na empresa Súmula 44 TST; 6) No pedido de demissão quem paga é o empregado. 7) Conseqüências: a) pelo empregado desconto do valor conforme parágrafo 2 do art. 487 CLT; b) Pela empresa: salário, aviso prévio indenizado com integração ao tempo, 8) Reajuste salarial parágrafo 6 do art. 487 da CLT; 9) Baixa na carteira é na data final do aviso prévio trabalhado ou indenizado – O. J. n. 82. SD-1 TST; 10) Aviso prévio em casa – não há nulidade, pois é liberalidade da empresa – O. J. n. 14 SOI-1 TST; 11) Trabalho no período – o A.P. é do empregado, quando é da empresa o art. 488 CLT o funcionário tem liberdade para escolher a redução de 2 horas diárias ou 7 dias corridos, normalmente no final do mês; 12) Trabalho rural art. 15 Lei 5889/73 é de um dia por semana o aviso prévio trabalhado;

Page 31: Fasne - Direito Do Trabalho i - Aulas Clt

ALUNA VALDIRENE CINTRA – 4º PERIODO FASNE DIREITO 9 jul. 12 Página 31

13) Não pode haver substituição por hora extra, pois isso faria com que perdesse a finalidade; 14) Não é possível o funcionário renunciar, porém se ele conseguiu um novo emprego só irá receber os dias trabalhado; 15) Falta ao serviço durante o AP será descontado; 16) Não pode configurar abandono de emprego mesmo que não apareça nenhum dia do AP, porém não terá direito de receber o mesmo; 17) Caso cometa falta grave poderá ser demitido com justa causa, modificando o motivo da demissão; 18) Reconsideração aceitar ou não depende do empregado art. 489 CLT; 19) Garantias ao emprego do durante o AP – Súmula 369 TST Ex.: o funcionário que se candidata quando de AV não lha dará estabilidade mesmo eleito. 20) No caso do Acidente de Trabalho o funcionário terá a suspensão, mas há controvérsia se teria estabilidade , da mesma forma a estabilidade da gestante; DO AVISO PRÉVIO Art. 487 - Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima de: I - oito dias, se o pagamento for efetuado por semana ou tempo inferior; II - trinta dias aos que perceberem por quinzena ou mês, ou que tenham mais de 12 (doze) meses de serviço na empresa. § 1º - A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tempo de serviço. § 2º - A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador o direito de descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo. § 3º - Em se tratando de salário pago na base de tarefa, o cálculo, para os efeitos dos parágrafos anteriores, será feito de acordo com a média dos últimos 12 (doze) meses de serviço. § 4º - É devido o aviso prévio na despedida indireta. § 5o O valor das horas extraordinárias habituais integra o aviso prévio indenizado. § 6o O reajustamento salarial coletivo, determinado no curso do aviso prévio, beneficia o empregado pré-avisado da despedida, mesmo que tenha recebido antecipadamente os salários correspondentes ao período do aviso, que integra seu tempo de serviço para todos os efeitos legais. Art. 488 - O horário normal de trabalho do empregado, durante o prazo do aviso, e se a rescisão tiver sido promovida pelo empregador, será reduzido de 2 (duas) horas diárias, sem prejuízo do salário integral. Parágrafo único - É facultado ao empregado trabalhar sem a redução das 2 (duas) horas diárias previstas neste artigo, caso em que poderá faltar ao serviço, sem prejuízo do salário integral, por 1 (um) dia, na hipótese do inciso l, e por 7 (sete) dias corridos, na hipótese do inciso lI do art. 487 desta Consolidação. Art. 489 - Dado o aviso prévio, a rescisão torna-se efetiva depois de expirado o respectivo prazo, mas, se a parte notificante reconsiderar o ato, antes de seu termo, à outra parte é facultado aceitar ou não a reconsideração. Parágrafo único - Caso seja aceita a reconsideração ou continuando a prestação depois de expirado o prazo, o contrato continuará a vigorar, como se o aviso prévio não tivesse sido dado. Art. 490 - O empregador que, durante o prazo do aviso prévio dado ao empregado, praticar ato que justifique a rescisão imediata do contrato, sujeita-se ao pagamento da remuneração correspondente ao prazo do referido aviso, sem prejuízo da indenização que for devida. Art. 491 - O empregado que, durante o prazo do aviso prévio, cometer qualquer das faltas consideradas pela lei como justas para a rescisão, perde o direito ao restante do respectivo prazo.

Page 32: Fasne - Direito Do Trabalho i - Aulas Clt

ALUNA VALDIRENE CINTRA – 4º PERIODO FASNE DIREITO 9 jul. 12 Página 32

FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço feito pelo empregador em benefício do empregado Lei 5107/1966 Características: 1) Só os trabalhadores urbanos tinham direito; 2) Até a CF de 1988 era opcional, onde optou pelo Regime da estabilidade decenal (10 anos) não tinha direito ao FGTS; 3) Súmula 98 TST – existe parcelas remuneratórios nos dois regimes porém não pode pedir diferenças geradas pelos dois regimes. 4) Beneficiários quando trabalhadores urbanos e rurais, trabalhadores avulsos (Lei 5480/68). Já para a doméstica não é obrigatório, conforme art. 3 A da Lei 5859/72. 5) Leis CF/88 Lei 8036/90 e Decreto 99.684/90 6) Conselho criador do FGTS art. 3 Presidente do M T E; 7) Os membros tem dois anos, sendo possível um recondução para mais dois anos; 8) Parágrafo 9 do art. 3 da Lei 8036/90 (estabilidade) nomeação de até um ano após o mandato; 9) A CEF é o banco gestor do fundo; 10) A empresa paga 8% da remuneração dos empregados e 2% sobre a remuneração do aprendiz; 11) Impenhorabilidade do conta vinculada – art. 2 parágrafo 2 desta lei; 12) Funções: sociais (saneamento básico, infra estrutura, habitação popular); trabalhista (art. 7, III da CF); 13) Pode ser sacado conforme previsto no art. 20 da Lei 8036/90 e art. 35 Decreto 99.684/90: morte, demissão sem justa causa, amortizar financiamento do SFH, aposentadoria mesmo continuando a trabalhar, câncer, HIV, mais de 70 anos, desastres naturais, etc. Todos tem requisitos para o saque; 14) Multa fundiária 40% do que foi depositado por ela e não do saldo da conta e na culpa recíproca é de 20%; 15) A prescrição é trintenária (30 anos) devendo ser vista na mesma regra da rescisão bienal da extinção do Contrato de Trabalho, isto é, sendo demitido em dez.2009 tem até o mês Nov/2011 para cobrar os 30 últimos anos. Súmula 362 TST. No entanto, quinzenal só tem direito a diferença – Súmula 206 TST. Caso deixe para reclamar dois anos após a revisão só terá direito há 3 anos; 16) O. J. 301 TST se reclamar que pagou a menor é da empresa o ônus da prova, porém se diz que não foi pago é do empregado a prova. RESPONSABILIDADE CIVIL COMPETÊNCIA – art. 114, VI, CF O que importa é a conexão com a relação de trabalho. Pré-contrato – momento anterior a contratação, fase de seleção, há quem entenda que as despesas nesta fase poderia gerar ressarcimento. No entanto, quando a pessoa pede demissão, não, pois estava certa a contratação será indenizada. Contrato – Súmula 392, TST. Pós-contratual – dano moral após a saída da empresa é competência também da justiça do trabalho. Requisitos: dano > conduta do agente < nexo causal = responsabilidade objetiva, porém se houver culpa e dolo será a responsabilidade subjetiva. Dano patrimonial e/ou moral. Interesse juridicamente tutelado. Patrimonial – quanto tem valoração econômica. Pode ser emergente (gatos realizados) ou lucro cessante (receitas futuras não ganhas). Há quem diga que o dano patrimonial pode ser corpóreos e incorpóreos, porém alguns entende que dano material é só para os corpóreos.

Page 33: Fasne - Direito Do Trabalho i - Aulas Clt

ALUNA VALDIRENE CINTRA – 4º PERIODO FASNE DIREITO 9 jul. 12 Página 33

Dano moral está ligado ao sofrimento, hoje se refere aos direitos de personalidade violados, basta comprovar a ofensa, sem necessitar mais a demonstração de sofrimento. Direitos de personalidade: vida, igualdade, liberdade, imagem, intimidade, vida privada, honra. Natureza: penas ou ressarcimento. Pessoa jurídica Súmula 227 do STJ – pode sofrer dano moral e art. 52 do CC, se um ex-funcionário viola o direito da personalidade da sua antiga empresa essa pode na justiça do trabalho pedir indenização ou retratação na justiça do trabalho. Fundamento: dignidade da pessoa humana. Direito de propriedade art. 5 CF Livre iniciativa (art. 1 CF) e Livre concorrência/iniciativa (art. 140, IV CF) Coalizão de princípios (razoabilidade) – a empresa com garantia de seu patrimônio quer fazer revista de todos os funcionários deve ser feita de forma razoável. Igualdade – ações afirmativas (art. 93 da Lei 8.213/91 – CAI EM CONCURSO quota de emprego deficiente: até 200 2%, de 201 a 500 – 3%, 501 a 1000 4%, mais de 1001 – 5% e art. 429 da CLT) ou aprendizes é positivo) e pelo combate de praticas discriminatórias (Lei 9029/95 algumas práticas são consideradas crime: não se contrata negros, mulheres e evangélicos). Direito a vida: Certidão Criminal Negativa a doutrina diverge, pois o servidor público passa pela investigação social. Consulta ao serviço de proteção ao crédito – não pode mais, ser critério de contratação. Direito a vida privada - o e-mail corporativo é regular desde que o empregado saiba que é monitorado, já o e-mail pessoal não pode ser monitorado e também pode ser bloqueado, correspondência do empregado que for entregue na empresa art. 15 XII, CF, direito a honra (ser tratado com respeito), limitação do uso do banheiro e água mineral apenas no caso de telemarketing deve ser colocado pausa não devendo estabelecer quantidade de vezes e tempo, etc.. DIREITO A IMAGEM – preservar a voz, a aparência, entre outros. Não pode ter câmara no banheiro e nem uma câmara só num único profissional, etc. CUMULAÇÃO DE DANOS – materiais, Moraes e estéticos (fora dos padrões da normalidade), Súmula 37, STJ, pode gerar uma pensão vitalícia,. ASSÉDIO MORAL/ MOBBING é uma espécie da dano moral, toda e qualquer conduta abusiva que degrade o ambiente de trabalho. Característica: conduta reiterada no ambiente de trabalho, com direcionado a uma pessoa ou um grupo, exclusão das reuniões, promoções, privilégio gerando um terror psicológico devido as humilhações constantes.Pode ser: 1) VERTICAL DESCENDENTE – do chefe com o subordinado; 2) VERTICAL ASCENDENTE – do subordinado com o chefe; 3) HORIZONTAL – entre funcionário do mesmo nível; 4) MISTO – vertical e horizontal ao mesmo tempo. CONSEQUÊNCIAS: indenização. ASSÉDIO SEXUAL – ART. 216 A, CP TRABALHO – não se aplica apenas ao superior hierárquico. CARACTERÍSTICAS – em regra reiterada, viola a liberdade sexual da vítima, conduta de natureza sexual não desejada. Cabe rescisão indireta e dano moral, se comprovado. RESPONSABILIDADE CIVIL – art. 5, X, CF, art. 186 (subjetiva) e 927 (objetiva), CC – tem que haver o dano, o ato do agente e o nexo de causalidade. O elemento diferenciador é a questão da culpa (resp. objetiva) x dolo (resp. subjetivo), há controvérsia na doutrina. A responsabilidade pode ser contratual ou extracontratual – ônus da prova cabe a quem alega, conforme art. 818 e 331, CLT. O fato constitutivo cabe a quem alega e o fato modificativo, impeditivo ou extintivo é da empresa ré.

Page 34: Fasne - Direito Do Trabalho i - Aulas Clt

ALUNA VALDIRENE CINTRA – 4º PERIODO FASNE DIREITO 9 jul. 12 Página 34

Critérios subjetivo para arbitramento da indenização: posição social, animo de ofender, repercussão, capacidade econômica da empresa, idade da vítima, etc. Responsabilidade civil do empregador por ato de terceiro – art. 932, III e 933, CC, assim como art. 931, CC – dá direito a regresso conforme art. 934, CC no âmbito civil contra o funcionário que causou dano a outro, que pagou na justiça. SALÁRIO E REMUNERAÇÃO REMUNERAÇÃO ART. 457, CLT –é igual a salário (diretamente pelo empregador) mais gorjetas (normalmente é paga por terceiro ou repassada pelo empregador) ou guetes (bônus pelos fabricantes de produtos). Gorjetas (art. 457, parágrafo 1 CLT) – em alguns estados é obrigatória, compõe a remuneração, DIREITO DE ARENA – art. 5, XXVIII, A, CF, art. 42, parágrafo 1, da Lei 9.615/98 – utilização da imagem deve ser remuneradas – no mínimo 20% para os atletas profissionais quando de sua atuação em espetáculos. GUELTAS – os vendedores principalmente, de farmácia recebem, uma comissão sobre as vendas pagas por fabricantes. COMPONENTES SALARIAIS – art. 457, parágrafo 1, CLT, é vedado salário compressivo ou pagos sem discriminação analítica do que está sendo pago (art. 91, TST): 1) COMISSÕES/ PERCENTAGENS – pode ser um valor fixo, escalonados ou percentual. O empregado pode ser comissionista puro (só comissão) ou misto (salário + comissão), o fixo tem que receber no mínimo o salário mínimo. Pela Súmula 340, TST, não tem horas extras, pois já ganhou mais por trabalhar mais devido a comissão, Média de comissões; 2) GRATIFICAÇÕES – tácitas ou ajustadas (art. 457, 1 parágrafo CLT) quando pagas com habitualidade integra a remuneração.Pode ser previamente ajustada ou eventualmente de forma tácita quando determinada meta for alcançada. Ex.: adicional noturno é considerado gratificação, pois se entende como salário-condição. 3) 13º SALÁRIO – Lei 4.749/65 e art. 7, VIII, CF – pode ser requerido para receber a primeira parcela com as férias. Pago em duas parcelas. É sempre devido. 4) QUEBRA DE CAIXA – remunerar pelo risco de quem trabalho com dinheiro para ajudar o funcionário a repor da diferença de caixa. (Súmula 247, TST); DIÁRIAS: 1) Próprias – ressarcir – indenizatórias; 2) Imprópria – superior a 50% do salário, integram o salário pelo total da diária apenas no mês que ocorreu, decorrência natural do contrato de trabalho, parágrafo 2, art. 457, CLT. Súmula 318, TST. AJUDA DE CUSTO 1) Transferência – mudar o domicílio, não há especificação se dentro ou fora do município. 2) Natureza indenizatória; 3) Devolução do valor ABONOS OU ADIANTAMENTOS NA FORMA DE ADIANTAMENTO SALARIAL: 1) Natureza salarial se a lei ou norma coletiva (com a empresa) não estimular como indenizatórias, Ex: Abono de férias ou pecuniário (vender 10 dias); 2) LUVAS – assinatura do contrato por um atleta; 3) PRÊMIOS – condições para recebimento, natureza de salário, habitualidade é salário, eventual é indenizatório – Súmula 209 STF, Ex.: Bicho – atletas de futebol em razão do bom desempenho para toda equipe. ADICIONAIS – NATUREZA SALARIAL são pagos em razão de um trabalho prejudicial ao trabalhador:

Page 35: Fasne - Direito Do Trabalho i - Aulas Clt

ALUNA VALDIRENE CINTRA – 4º PERIODO FASNE DIREITO 9 jul. 12 Página 35

1) ADICIONAL DE HORAS EXTRAS – art. 7, XVI, CF, mínimo de 50% do salário. 2) ADICIONAL NOTURNO – art. 7, IX, CF, habitual integra o trabalho – Súmula 60 – I, TST: trabalhador urbano (20% de 22h00min as 05h00min, hora FICTA – 52 minutos e 30 minutos, prorrogação do trabalho noturno art. 73, parágrafo 5, CLT – Súmula 60 – II TST), já o trabalhador rural é de 25% na lavoura é de 21h00min horas as 05h00min e na pecuária 20h00min as 04h00min. Portuários – de 19h00min as 07h00min - art. 4 e 7, Lei 4860/65 – I, TST. Pode ser suprimido se voltar a trabalhar de dia. 3) ADICIONAL DE PERICULOSIDADE – art. 7, XXIII, CF, art. 193 e 55, CLT – inflamáveis, explosivos, energia elétrica (Lei 7369/85) e radiação (O. J. 345). Perigo de exposição permanente / intermitente (Súmula 364, TST). Base de cálculo 30% do salário-base (art. 193, parágrafo 1, CLT), para os eletricitários com base em todos os proventos 30%. Caso seja pago de forma habitual irá integrar o salário. O TST prever que é possível um percentual inferior se além de intermitente por alguns dias (Súmula 364, II, TST). Terá que optar entre a periculosidade e a insalubridade (art. 193, parágrafo 2, CLT). 4) ADICIONAL DE INSALUBRIDADE – agentes nocivos a saúde , (art. 189, CLT, NR 15, TEM), pode ser em grau mínimo (10%), Médio (20%) e máximo (40%), base de incidência é o salário mínimo (art. 192, CLT) ou piso da categoria profissional, porém o Suprema mudou decidindo que não poderia mais ser vinculado ao Salário-mínimo (Súmula vinculante, 4, STF) 09.04.2008 passa a ser pelo salário base ou o que for definido em dissídio (Súmula 228 foi suspenso até que nova lei seja editada fica com base no salário-minimo ou decisão de norma coletiva). Integra – pedido da inicial (Súmula 293 TST), se for a mais de um agente receberá pelo mais benéfico, EPI – pode acabar ou atenuar o uso dos equipamentos de segurança deve ser mantido, trocar, fiscalizar se não usar pode ser demitido por justa causa (Súmula 289, TST). 5) ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA – Adicional de transferência - Art. 469 - Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não acarretar necessariamente a mudança do seu domicílio; - Mínimo de 25% do salário - Enquanto pendurar (temporária) - determinada pele empregador - O. J. nº 113, SDI – 1 TST PARCELAS NÃO SALARIAIS - Participação nos lucros e resultados (art. 7º, XI, CF) - Lei10.101/2000 - Não indenizatória - Negociação: ACT ou CCT / Mediação / Arbitragem De ofertas finais ABONO DO PIS - art. 239, CF - Lei 7.998/90 art. 9º Salário mínimo anual - Cadastramento há mais de 5 anos - Remuneração até dois salários mínimo - Que tenha trabalhado pelo menos 30 dias - S. 300, TST SALÁRIO FAMÍLIA - Natureza previdenciária - art. 7º , XII, CF - Art. 65 A 70 Lei 8.213/91

Page 36: Fasne - Direito Do Trabalho i - Aulas Clt

ALUNA VALDIRENE CINTRA – 4º PERIODO FASNE DIREITO 9 jul. 12 Página 36

- Art. 81 a 92 Lei 3.048/99 - Empresa paga e compensa - Gozo benefício previdência pago pelo INSS - Filhos menores de 14 anos ou inválidos - S. 254 Formas de fixação do salário A) Salário por unidade de tempo b) Salário por unidade de obra c) Salário por tarefa Forma de pagamento - moeda nacional - Art. 463 - A prestação, em espécie, do salário será paga em moeda corrente do País. Parágrafo único - O pagamento do salário realizado com inobservância deste artigo considera-se como não feito. - Dia útil - Local de trabalho (art. 465 CLT) Deposito(art. 464, CLT) - Art. 465. O pagamento dos salários será efetuado em dia útil e no local do trabalho, dentro do horário do serviço ou imediatamente após o encerramento deste, salvo quando efetuado por depósito em conta bancária, observado o disposto no artigo anterior. - Recibo Art. 464 - O pagamento do salário deverá ser efetuado contra recibo, assinado pelo empregado; em se tratando de analfabeto, mediante sua impressão digital, ou, não sendo esta possível, a seu rogo. Parágrafo único. Terá força de recibo o comprovante de depósito em conta bancária, aberta para esse fim em nome de cada empregado, com o consentimento deste, em estabelecimento de crédito próximo ao local de trabalho - Máximo de tempo para receber – 1 Mês (art. 459 da CLT = 5° dia útil do mês subseqüente para pagar) - Súmula 381 = correção monetária deverá ser calculada a partir do 1º dia útil - O salário poderá ser pago em dinheiro - Ou dinheiro + utilidades (in natura) par. único do art. 82 CLT (mínimo de 30% em R$) - Utilidades (art. 458, da CLT e súmula 258 do TST) Para o trabalho (natureza indenizatória), pelo trabalho (natureza salarial) - Art. 458 - Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações "in natura" que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas. - Súmula 367, I TST - Auxílio alimentação (súmula 241 do TST) Exceção e a empresa que esta inscrita no PAT (O. J. nº133 SDI 1TST) Disposição em norma coletiva Regras para trabalhador domestico - Lei 5.852/72 Lei 11.324/2006 art. 2º A - Não pode descontar Regra alimentação, vestuário, higiene e moradia Exceções - Moradia - diverso -acordo Não tem natureza salarial GARANTIAS SALARIAIS

CARÁTER ALIMENTAR – ART. 100, PARÁGRAFO 1, CF E ART. 7, CF.

MEDIDAS DE PROTEÇÃO:

Page 37: Fasne - Direito Do Trabalho i - Aulas Clt

ALUNA VALDIRENE CINTRA – 4º PERIODO FASNE DIREITO 9 jul. 12 Página 37

Contra os credores do empregador (art. 49, CLT) – no caso de falência ou dissolução da empresa; (art. 186, CTN (é prioritário até a obrigação tributária) , Art. 49 - Para os efeitos da emissão, substituição ou anotação de Carteiras de Trabalho e Previdência Social, considerar-se-á, crime de falsidade, com as penalidades previstas no art. 299 do Código Penal: I - Fazer, no todo ou em parte, qualquer documento falso ou alterar o verdadeiro; II - Afirmar falsamente a sua própria identidade, filiação, lugar de nascimento, residência, profissão ou estado civil e beneficiários, ou atestar os de outra pessoa; III - Servir-se de documentos, por qualquer forma falsificados; IV - falsificar, fabricando ou alterando, ou vender, usar ou possuir Carteira de Trabalho e Previdência Social assim alteradas V - Anotar dolosamente em Carteira de Trabalho e Previdência Social ou registro de empregado, ou confessar ou declarar em juízo ou fora dele, data de admissão em emprego diversa da verdadeira a) b) Lei 11.101/2005 – Classificação dos créditos na falência: 1) Art. 151 – 3 meses anteriores até cinco salários mínimos (disponibilidade) - Art. 151 - Enquanto não se criar um tipo especial de caderneta profissional para os marítimos, as férias serão anotadas pela Capitania do Porto na caderneta-matrícula do tripulante, na página das observações.; 2) Art. 84, I (administrador e auxiliares (crédito trabalhista de acidente de trabalho); 3) art. 83, I (acidentes de trabalho, créditos trabalhistas, créditos trabalhistas limitados a 150 salários), acima de 150 salários mínimos – crédito quirografário.

RECUPERAÇÃO JUDICIAL – art. 54, não limita o crédito, porém limita há um ano e até 30 dias a cumprimento Art. 151 – 3 meses anteriores até cinco salários mínimos; Art. 54 - A empresa que, tendo sido intimada, não comparecer para anotar a Carteira de Trabalho e Previdência Social de seu empregado, ou cujas alegações para recusa tenham sido julgadas improcedentes, ficará sujeita à multa de valor igual a 1 (um) salário-mínimo regional.

LIQUIDAÇÃO EXTRA JUDICIAL – (Súmula 86, TST e OS 304, TST) a única coisa que não é devida é a liquidação extra judicial.

MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA OS FAMILIARES DO EMPREGADO: A) Observar a regra da personalidade do pagamento ao funcionário; B) No caso do menor ele dá quitação ao salário e é assistido na rescisão trabalhista (art. 439, CLT).

MEDIDAS DE PROTEÇÃO AO SALÁRIO CONTRA OS CREDORES DO PRÓPRIO EMPREGADO: A) Impenhorabilidade do salário (art. 649, IV, X e parágrafo 2, CPC) B) Até 40 salários mínimos na poupança, exceção pensão alimentícia; C) O. J. 153, SDI-2, TST – O entendimento majoritário que nunca pode ser penhorado, num percentual menor pode ser penhorado.

COMPENSAÇÃO DOS CRÉDITOS TRABALHISTAS: A) Com parcelas da mesma natureza – Súmula 18 do TST limitada a um mês de remuneração (art. 477, parágrafo 5, CLT); B) Tem que constar na defesa (Súmula 48, TST);

CESSÃO DE SALÁRIO – (Convenção 95, OIT) – na lei de falência prevê esta cessão (art. 83, parágrafo 4, Lei 11.101/2005), só que o crédito passa a ser quirografário e não mais preferencial.

MEDIDAS DE PROTEÇÃO PERANTE OS ABUSOS DO EMPREGADOR: Plano coletivo (organização sindical livre) e Plano individual.

PROTEÇÃO FORMAL exigência de comprovação do pagamento, exigência pessoalidade e dia, hora e local;

Page 38: Fasne - Direito Do Trabalho i - Aulas Clt

ALUNA VALDIRENE CINTRA – 4º PERIODO FASNE DIREITO 9 jul. 12 Página 38

PROTEÇÃO MATERIAL: princípio da irredutibilidade, PRINCÍPIO Da intangibilidade, PRINCÍPIO irrenunciabilidade e PRINCÍPIO Da isonomia.

PRINCÍPIO DA IRREDUTIBILIDADE – (art. 7, VI, CF) – exceção Acordo Coletivo Trabalho e Convenção Coletiva de Trabalho. Redução do valor econômico e valor nominal. E não aos efeitos da inflação . Redução direta (próprio valor) e indireta (por produção diminuindo por uma demanda menor). Salário por condição (cargo de confiança que perde diminuindo o salário não fere o princípio).

PRINCÍPIO DA INTANGIBILIDADE SALARIAL – se refere a descontos no salário, exceções adiantamento, os previstos em lei como os encargos e os previsto em normas coletivas. Também por dolo ou culpa o empregado concordando pode descontar). Art. 462, parágrafos 2, 3e 4, CLT) – TRUCK SYSTEM (servidão por dívida com a própria empresa, não é lícito). Para ser considerado lícito os descontos tem que ser previamente autorizado e por escrito. Os EPI, uniformes, cheques de clientes, não podem ser descontados do empregado. INTANGIBILIDADE SALARIAL (ART. 462, CLT, Súmula 342 TST)

Com autorização do emprego – se houver benefício efetivo; PROTEÇÃO DA IRRENUNCIABILIDADE (ART. 9, 444e 468, CLT)

EXCEÇÃO empregado menores (art. 439, CLT);

EMPREGADOS MAIORES mais de um ano – assistência ia sindical;

EMPREGADOS ESTÁVEIS – art. 500, CLT

Súmula 330, TST – quitação é apenas dos valores e não do total dos direitos; PROTEÇÃO DA ISONOMIA OU DA NÃO DISCRIMINAÇÃO (ART. 7, XXX, CF e art. 461, CLT) EQUIVALÊNCIA – art. 460, CLT: 1) Ausência de estipulação do salário e 2) Não há prova do valor ajustado EQUIPARAÇÃO SALARIAL (art. 461, CLT) – as normas de equiparação salarial não se aplicam aos funcionários públicos, cujo aumento deve constar em lei. (Súmula 339, STF), não se aplicam as domésticas, empresas que tem plano de carreira, REQUISITOS DA EQUIPARAÇÃO SALARIAL: A) Identidade de função – tarefas idênticas; Atividade intelectual B) Identidade de produção – mesma qualidade e mesma quantidade; C) Identidade de qualidade: atividade intelectual SG, VI, TST; D) Identidade de empregador- grupo econômico; E) Mesmo local de trabalho – entende-se por localidade o mesma Região Metropolitana ( Súmula 6, X, TST) F) Identidade de tempo de serviço – não pode ser superior a dois anos (Súmula ;202, STF e Súmula 6, II, TST) G) Contemporaneidade de serviços (Súmula 6, IV, TST) – salário-base e excluir o direito. Readaptado (art. 461, parágrafo 4, CLT), Casualidade e redução da capacidade laborativa; QUADRO EXEMPLIFICATIVO DE CARREIRA (ART. 461, parágrafos 2 e 3, CLT); Salário por substituição (art. 450, CLT): a) Eventual, b) Definitiva ou sucessão, c) Temporário – é a única que gera direito a diferença de salário (Súmula 159, TST)

Page 39: Fasne - Direito Do Trabalho i - Aulas Clt

ALUNA VALDIRENE CINTRA – 4º PERIODO FASNE DIREITO 9 jul. 12 Página 39

QUESTÕES 1) FALE SOBRE OS PRINCÍPIOS SALARIAIS QUE GARANTEM PROTEÇÃO DO SALÁRIO EM RELAÇÃO AO EMPREGADOR? CITE E EXPLIQUE. PROTEÇÃO MATERIAL: princípio da irredutibilidade, PRINCÍPIO Da intangibilidade, PRINCÍPIO irrenunciabilidade e PRINCÍPIO Da isonomia. PRINCÍPIO DA IRREDUTIBILIDADE – (art. 7, VI, CF) – exceção Acordo Coletivo Trabalho e Convenção Coletiva de Trabalho. Redução do valor econômico e valor nominal. E não aos efeitos da inflação . Redução direta (próprio valor) e indireta (por produção diminuindo por uma demanda menor). Salário por condição (cargo de confiança que perde diminuindo o salário não fere o princípio). PRINCÍPIO DA INTANGIBILIDADE SALARIAL – (art. 462, CLT) se refere a DESCONTOS no salário, exceções adiantamento, os previstos em lei como os encargos e os previsto em normas coletivas. Também por dolo ou culpa o empregado concordando pode descontar). Art. 462, parágrafos 2, 3e 4, CLT) – TRUCK SYSTEM (servidão por dívida com a própria empresa, não é lícito). Para ser considerado lícito os descontos tem que ser previamente autorizado e por escrito. Os EPI, uniformes, cheques de clientes, não podem ser descontados do emrpregado. PRINCÍPIO DA ISONOMIA – trabalho igual salário igual – equiparação, equivalência, 2) INDIQUE OS PERCENTUAIS LEGAIS DEVIDOS AO EMPREGADO QUE TEM DIREITO A PERCEBER ADICIONAL DE INSALUBRIDADE, PERICULOSIDADE E NOTURNO? ADICIONAIS – NATUREZA SALARIAL são pagos em razão de um trabalho prejudicial ao trabalhador: ADICIONAL NOTURNO – art. 7, IX, CF, habitual integra o trabalho – Súmula 60 – I, TST: trabalhador urbano (20% de 22h00min as 05h00min, hora FICTA – 52 minutos e 30 minutos, prorrogação do trabalho noturno art. 73, parágrafo 5, CLT – Súmula 60 – II TST), já o trabalhador rural é de 25% na lavoura é de 21h00min horas as 05h00min e na pecuária 20h00min as 04h00min. Portuários – de 19h00min as 07h00min - art. 4 e 7, Lei 4860/65 – I, TST. Pode ser suprimido se voltar a trabalhar de dia. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE – art. 7, XXIII, CF, art. 193 e 55, CLT – inflamáveis, explosivos, energia elétrica (Lei 7369/85) e radiação (O. J. 345). Perigo de exposição permanente / intermitente (Súmula 364, TST). Base de cálculo 30% do salário-base (art. 193, parágrafo 1, CLT), para os eletricitários com base em todos os proventos 30%. Caso seja pago de forma habitual irá integrar o salário. O TST prever que é possível um percentual inferior se além de intermitente por alguns dias (Súmula 364, II, TST). Terá que optar entre a periculosidade e a insalubridade (art. 193, parágrafo 2, CLT). ADICIONAL DE INSALUBRIDADE – agentes nocivos a saúde , (art. 189, CLT, NR 15, TEM), pode ser em grau mínimo (10%), Médio (20%) e máximo (40%), base de incidência é o salário mínimo (art. 192, CLT) ou piso da categoria profissional, porém o Suprema mudou decidindo que não poderia mais ser vinculado ao Salário-mínimo (Súmula vinculante, 4, STF) 09.04.2008 passa a ser pelo salário base ou o que for definido em dissídio (Súmula 228 foi suspenso até que nova lei seja editada fica com base no salário-minimo ou decisão de norma coletiva). Integra – pedido da inicial (Súmula 293 TST), se for a mais de um agente receberá pelo mais benéfico, EPI – pode acabar ou atenuar o uso dos equipamentos de segurança deve ser mantido, trocar, fiscalizar se não usar pode ser demitido por justa causa (Súmula 289, TST). 3) QUANDO EMPREGADO ESTÁ NO GOZO DO AVISO PRÉVIO CONCEDIDO PELA EMPRESA, QUAL A REDUÇÃO DA JORNADA É POSSÍVEL? DENTRE OS TIPOS A QUEM INCUBE ESCOLHER? Rural um dia por semana e urbano duas horas por dia ou 7 dias no final por escolha do trabalhador.

Page 40: Fasne - Direito Do Trabalho i - Aulas Clt

ALUNA VALDIRENE CINTRA – 4º PERIODO FASNE DIREITO 9 jul. 12 Página 40

4) DIFERENCIE OS REQUISITOS DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA DA SUBJETIVA? Requisitos: dano > conduta do agente < nexo causal = responsabilidade objetiva, na há necessidade de comprovação da culpa ou dolo, porém na responsabilidade subjetiva há necessidade prova. Dano patrimonial e/ou moral. Interesse juridicamente tutelado. Patrimonial – quanto tem valoração econômica. Pode ser emergente (gatos realizados) ou lucro cessante (receitas futuras não ganhas). Há quem diga que o dano patrimonial pode ser corpóreos e incorpóreos, porém alguns entende que dano material é só para os corpóreos. 5) CONCEITUE DANO MORAL? É POSSÍVEL PESSOA JURÍDICA SOFRÉ-LO? Dano moral está ligado ao sofrimento, hoje se refere aos DIREITOS DE PERSONALIDADE VIOLADOS, basta comprovar a ofensa, sem necessitar mais a demonstração de sofrimento. Pessoa jurídica Súmula 227 do STJ – pode sofrer dano moral e art. 52 do CC, se um ex-funcionário viola o direito da personalidade da sua antiga empresa essa pode na justiça do trabalho pedir indenização ou retratação na justiça do trabalho. OUTRAS QUESTÕES 1 – AS DIÁRIAS TEM NATUREZA SALARIAL? EXPLIQUE. Não, pois são valores pagos habitualmente ao empregado para cobrir despesas necessárias, tais como: alimentação, transporte, hotéis, alojamento, para realização de serviços externos. Não pode passar de 50% do salário art. 457. Parágrafo 2º -Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contra prestação do serviço, as gorjetas que receber. § 2º - Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diárias para viagem que não excedam de 50% (cinqüenta por cento) do salário percebido pelo empregado. 2 – QUANDO É DEVIDA A AJUDA DE CUSTO? Na mudança de local de trabalho, é uma verba indenizatória, com a finalidade específica de cobrir despesas do empregado. Sendo paga de uma única vez. 3 – QUE É A PRORROGAÇÃO DO HORÁRIO NOTURNO E QUAL É O REFLEXO DELA PARA CÁLCULO DE HORAS EXTRAS E ADICIONAL NOTURNO? Prorrogação é quando o trabalho passa do período de 22 horas as 05 da manhã do dia seguinte, trabalho urbano, sendo devido para essas horas excedentes o pagamento do adicional noturno. O pagamento do adicional não exclui o pagamento das horas extras, caso este horário noturno não seja o horário normal contratada. 4 – COMO É A FORMA DE PAGAMENTO DO 13º SALÁRIO? Temos um adiantamento correspondente a 50% do valor devido pago até o dia 30 de novembro e a segunda parte até 20 de dezembro, porém é assegurado ao trabalhador pedir antecipação da primeira parcela nas férias. 5 – QUAL É O PRAZO PARA PAGAMENTO DO SALÁRIO? Até o quinto dia útil do mês subseqüente a prestação de serviços. 6 – É LICITO O CUMPRIMENTO DO AVISO PRÉVIO EM CASA? É legal o aviso prévio trabalhado em casa, embora postergue o pagamento da rescisão, mas o TST entende que é regular por ser mais benéfico ao empregado; 7 – É POSSÍVEL A RECONSIDERAÇÃO DO AVISO PRÉVIO? EXPLIQUE.

Page 41: Fasne - Direito Do Trabalho i - Aulas Clt

ALUNA VALDIRENE CINTRA – 4º PERIODO FASNE DIREITO 9 jul. 12 Página 41

É possível a empresa reconsiderar durante o cumprimento do aviso prévio, querendo que o empregado não seja mais demitido, porém tem que haver anuência do empregado, sendo facultado a este discordar. 8 – COMO É A REGRA DO AVISO PRÉVIO PROPORCIONAL E A QUEM SE APLICA? Lei 12.506/2011 – mais 3 dias por ano, até 60 dias. Máximo 90 dias. O TST Editou uma circular n. 10/2011 esclarecendo que o prazo proporcional só se aplica em beneficio do trabalhador, até dois anos seria 30 dias, a partir de 2 anos 33 dias, 3 anos completos 36 dias, assim sucessivamente, a cada ano acrescentasse 3 dias. Ano completo há a integração do período do aviso, a lei não retroage, sendo válida a partir de sua publicação. 9 – É POSSÍVEL A RESPONSABILIZAÇÃO PATRIMONIAL DA EMPRESA DECORRENTE DE UMA RELAÇÃO PRÉ-CONTRATUAL? EXPLIQUE. Em regra não é comum, pela dificuldade de provar a má fé da empresa em lhe excluir de um processo seletivo quando na eminencia de for contratado, a empresa pode ser condenada se ficar provado que na fase pré-contratual a empresa prejudicou o pretenso funcionário que pediu demissão do antigo emprego, se for possível provar é passível de indenização. 10 – ALTERAÇÃO DO TRABALHO DO HORÁRIO NOTURNO PARA O HORÁRIO DIURNO É UMA ALTERAÇÃO LESIVA? Como o trabalho diurno é mais benéfico fisicamente para o funcionário do que o noturno caberia redução de salarial, não é considerada alteração lesiva, mesmo perdendo o acréscimo do adicional noturno. 11 – ALTERAÇÃO DE LOCALIDADE DO EMPREGADO EM DEFINITIVO GERA O DIREITO DA PERCEPÇÃO DO ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA? EXPLIQUE Enquanto estiver em localidade diversa tem direito de receber o adicional de transferência, porém se for definitiva não terá direito ao adicional, só uma ajuda de custo se tiver que mudar de domicílio. 12 – CONCEITUE REMUNERAÇÃO. Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contra prestação do serviço, as gorjetas que receber (parcelas pagas por terceiros). 13 – A APOSENTADORIA POR INVALIDEZ É HIPÓTESE DE SUSPENSÃO, INTERRUPÇÃO OU EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO? Na aposentadoria por invalidez cabe suspensão do contrato de trabalho. 14 – NA EXTINÇÃO DO TRABALHO POR JUSTA CAUSA POR MOTIVO DO EMPREGADO, QUE PARCELAS ELE TERIA DIREITO A RECEBER? PARCELAS: (férias vencidas com um terço NÃO tem o direito a férias proporcionais, 13º salários vencidos e NÃO tem o direito ao proporcional, saldo de salário, NÃO tem o direito a: 40% do FGTS, liberação do saldo do FGTS e ao seguro desemprego. 15 – EXPLIQUE TUDO QUE SABE SOBRE AVISO PRÉVIO? AVISO PRÉVIO - Nas relações de emprego, quando uma das partes deseja rescindir, sem justa causa, o contrato de trabalho por prazo indeterminado, deverá, antecipadamente, notificar à outra parte, através do aviso prévio. O aviso prévio tem por finalidade evitar a surpresa na ruptura do contrato de trabalho, possibilitando ao empregador o preenchimento do cargo vago e ao empregado uma nova colocação no mercado de trabalho.

Page 42: Fasne - Direito Do Trabalho i - Aulas Clt

ALUNA VALDIRENE CINTRA – 4º PERIODO FASNE DIREITO 9 jul. 12 Página 42

DEFINIÇÃO - Aviso prévio é a comunicação da rescisão do contrato de trabalho por uma das partes, empregador ou empregado, que decide extingui-lo, com a antecedência que estiver obrigada por força de lei. Pode-se conceituá-lo, também, como a denúncia do contrato de trabalho por prazo indeterminado, objetivando fixar o seu termo final. MODALIDADES - Ocorrendo a rescisão do contrato de trabalho, sem justa causa, por iniciativa do empregador, poderá ele optar pela concessão do aviso prévio trabalhado ou indenizado, da mesma forma, quando o empregado pede demissão. AVISO PRÉVIO TRABALHADO DISPENSA DO CUMPRIMENTO DO AVISO PRÉVIO TRABALHADO AVISO PRÉVIO INDENIZADO AVISO PRÉVIO DOMICILIAR – APLICAÇÕES - O aviso prévio, regra geral, é exigido nas rescisões sem justa causa dos contratos de trabalho por prazo indeterminado ou pedidos de demissão. Exige-se também o aviso prévio, nos contratos de trabalho por prazo determinado que contenham cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão antecipada. CONCESSÃO - Sendo o aviso prévio trabalhado, a comunicação deve ser concedida por escrito, em 3 (três) vias, sendo uma para o empregado, outra para o empregador e a terceira para o sindicato. PRAZO DE DURAÇÃO - Com o advento da Constituição Federal a duração do aviso prévio era, até outubro/2011, de 30 (trinta) dias, independentemente do tempo de serviço do empregado na empresa. Com a publicação da Lei 12.506/2011, a partir de 13/10/2011 a duração passou a ser considerada de acordo com o tempo de serviço do empregado, podendo chegar até a 90 (noventa) dias. INTEGRAÇÃO AO TEMPO DE SERVIÇO - O aviso prévio dado pelo empregador, tanto trabalhado quanto indenizado, o seu período de duração integra o tempo de serviço para todos os efeitos legais, inclusive reajustes salariais, férias, 13º salário e indenizações. 16 – EXPLIQUE QUAIS SÃO AS MULTAS RESCISÓRIAS E QUAIS SÃO AS SUAS HIPÓTESES DE INCIDÊNCIA. Cessado o pacto laboral entabulado entre empregado e empregador, fixa o ordenamento jurídico pátrio um lapso temporal para que sejam adimplidas as verbas trabalhistas devidas ao obreiro, sob pena da aplicação de multa no valor de 01 (um) salário, integrando sua base de cálculo as verbas que complementam o arcabouço salarial para todos os fins, a exemplo das horas extras prestadas com habitualidade, comissões, dentre outras. Atentemos, pois, nesse diapasão, ao que resta preconizado no art. 477, §§6° e 8° da Norma Consolidada. Art. 477. É assegurado a todo empregado, não existindo prazo estipulado para a terminação do respectivo contrato, e quando não haja ele dado motivo para cessação das relações de trabalho, o direito de haver do empregador uma indenização, paga na base da maior remuneração que tenha percebido na mesma empresa. (Redação dada ao caput pela Lei nº 5.584, de 26.06.1970) § 6º. O pagamento das parcelas constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverá ser efetuado nos seguintes prazos: a) até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato; ou b) até o décimo dia, contado da data da notificação da demissão, quando da ausência do aviso prévio, indenização do mesmo ou dispensa de seu cumprimento. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989) § 8º. A inobservância do disposto no § 6º deste artigo sujeitará o infrator à multa de 160 BTN, por trabalhador, bem assim ao pagamento da multa a favor do empregado, em valor equivalente ao seu salário, devidamente corrigido pelo índice de variação do BTN, salvo quando, comprovadamente, o trabalhador der causa à mora. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989).

Page 43: Fasne - Direito Do Trabalho i - Aulas Clt

ALUNA VALDIRENE CINTRA – 4º PERIODO FASNE DIREITO 9 jul. 12 Página 43

17 – EXPLIQUE O QUE É UM TRABALHO EM TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. Os turnos ininterruptos de revezamento tiveram origem na Lei 5.811/72 que estabelece a jornada de trabalho dos empregados nas atividades de exploração, perfuração, produção e refinação de petróleo. O trabalho em turno é aquele em que grupos de trabalhadores se sucedem nos mesmos locais de trabalho, cumprindo horários que permitam o funcionamento ininterrupto da empresa. Desta forma, considera-se que um trabalhador desenvolve suas atividades em turnos ininterruptos de revezamento quando sua jornada de trabalho abrange o dia e noite, ou seja, devido à escala de serviço, ora é realizada na parte da manhã, ora na parte da tarde e ora na parte da noite. Como se pode perceber a configuração dos turnos ininterruptos de revezamento tem haver tanto como a forma de serviço da empresa, que deve ser ininterrupta, quanto com a jornada de serviço do empregado, que deve abranger tanto o dia, quanto a noite. Trata-se, por exemplo, dos empregados do setor de montagem de automóveis que tendo em vista a atividade ininterrupta da empresa, alternam seus turnos de serviço, mediante uma escala de revezamento, ora prestando suas atividades da 06:00h. as 12:00, das 12:00 as 18:00, das 18:00 as 24:00 e de 00:00 as 06:00. Assim, para estes empregados, a duração da jornada trabalho está limitada a 06 horas diárias. Constituição Federal XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva; É que o regime especial de jornada para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento tem como objetivo precípuo tentar proteger a saúde do empregado, vez que este tipo de jornada de trabalho, abrangendo varias horas do dia e da noite, ou seja, ora na parte da manhã, ora na parte da tarde, e ora na parte da noite, traz um desgaste muito maior para o trabalhador, que as jornadas convencionais. E desta forma, o nosso ordenamento jurídico impõe uma limitação na duração da jornada, tendo em vista o maior desgaste sofrido. Desgaste este, que representa a razão de existir deste tipo de proteção. Neste sentido, em se configurado os Turnos ininterruptos de revezamento, as horas trabalhadas que ultrapassarem a sexta hora deve ser remunerada como extra. 18 – EXPLIQUE QUANDO O EMPREGADO TEM DIREITO A RECEBER HORAS IN ITINERE. O artigo 58, parágrafo 2º, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) diz que “o tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, não será computado na jornada de trabalho”. A exceção é quando o local de trabalho é de difícil acesso ou não servido por transporte público, sendo o transporte fornecido pelo empregador, o que caracteriza a hora in itinere. “O trabalhador terá direito ao pagamento da hora in itinere quando se enquadrar na exceção do artigo 58 da CLT, que fica caracterizado quando o empregador fornece a condução, por ser o local de trabalho de difícil acesso ou não servido por transporte público”, esclarece a advogada trabalhista Mariane Amantino Csaszar. Se enquadrando nessa descrição, o deslocamento será computado na jornada de trabalho, contabilizando para o cálculo de FGTS, 13º salário, férias e ainda, se ultrapassada a jornada legal, o excesso deverá ser remunerado como hora extra. “Uma vez extrapolada a jornada legal, as horas excedentes serão pagas como extras, conforme previsão da Súmula 90, inciso V, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), com o adicional mínimo de 50%, conforme preceitua o inciso XVI, artigo 7º da Constituição Federal”, explica a advogada. O direito à remuneração das horas in itinere limitam-se ao trecho não alcançado pelo transporte público, como previsto pelo inciso IV, da Súmula 90 do TST. No caso do horário da jornada de trabalho ser em um período em que não circula transporte público e, por isso, o empregador ofereça o transporte para os funcionários, o trabalhador terá direito a hora in itinere.

Page 44: Fasne - Direito Do Trabalho i - Aulas Clt

ALUNA VALDIRENE CINTRA – 4º PERIODO FASNE DIREITO 9 jul. 12 Página 44

“O direito a hora in itinere ocorrerá se o horário de início e término da jornada de trabalho do obreiro for incompatível com o horário do transporte público regular, conforme disposto na Súmula 90 , inciso II, do TST”, afirma Csaszar. REVISÃO 1. As encíclicas editadas pela igreja católica vieram a regular os direitos do trabalhador, fugindo da exploração; 2. Termino da 1º guerra mundial surgiu o Constitucionalismo Social em 1919 na Alemanhã; 3. A Constituição Federal entende o trabalho como um valor social do trabalho, dignidade do trabalhador; 4. Direito material individual e coletivo, o processo do trabalho tem outro enfoque; 5. Natureza jurídica do Direito do Trabalho, teoria do direito privado, não alcança o direito público; 6. Direito do trabalho é um ramo autônomo, o direito individual e coletivo não é autônomo. 7. Quando não houver legislação específica deve ser utilizada uma função supletiva; 8. Princípio Indúbio pro operário é inerente apenas ao Direito material do Trabalho, porém no processual trabalhista o trabalhador tem que fazer prova. 9. Princípio da continuidade obriga o trabalhador comprovar quando o empregado pede demissão e quando ele é demitido por justa causa; 10. Fonte material x Fonte formal (regulamento da empresa); 11. O Processo civil é fonte supletiva do direito do trabalho; 12. Princípio da irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas, comissão de conciliação prévia; 13. Com a provocação da Conciliação Prévia não corre o prazo, há suspensão do prazo. 14. Substituição eventual não descaracteriza a relação de emprego; 15. A onerosidade tem dois planos o objetivo (pagamento) x subjetivo (intenção econômica); 16. O contrato por prazo determinado por no máximo dois anos, só se houver um intervalo de seis meses; 17. Contrato de experiência é de 90 dias, só pode se for a outra atividade, também tem que respeitar os seis meses de intervalo; 18. Nulidade do direito do trabalho tem efeito EX NUNC – NÃO RETROAGE, 19. Quem prestou trabalho lícito tem direito a receber; 20. Cláusula assecuratória de direito recíproco nos contratos por prazo determinado ficará como se fosse por prazo determinado. 21. O empregado doméstico tem todos os direitos dos trabalhadores da CLT, porém não tem direito a hora extra; 22. Trabalhador rural é atividade agro econômica, desde que não haja industrialização; 23. Interrupção do contrato de trabalho recebe salário e conta o tempo do serviço, mesmo sem a prestação de serviço; 24. A responsabilidade é sempre do sucedido, se não houve fraude; 25. Responsabilidade subsidiária (responde o empregador atual e depois o anterior) x solidária

(ambos devem responder simultaneamente).