direito fiscal - aulas teóricas
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Direito Fiscal FDUCP
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Aulas Teóricas – Prof. João Gama
Aula 1 – 13 de Setembro – Decisão Financeira e Estado Fiscal
Tema: Quem deve pagar o Preço Certo em Euros?
Mercados Eficientes (pressupostos)
Property right (tragédia dos bandidos): só o mercado eficiente, se houver
alguém que delimite as esferas de actuação de uma pessoa/empresa/país em
relação a outra pode caminhar para uma solução óptima de distribuição de
direitos.
Enforcement: tutela desses direitos (protecção contra intromissões fornecida
pelo Estado)
Falhas de Mercado: situações em que o mercado, não conduz a uma optimização
óptima de recursos intervenção do Estado para que reponha os factores de
distribuição da riqueza
Concorrência
Externalidades (positivas e negativas): situações em que em resultado da
conduta de alguém consequências para outrem.
Mercados incompletos (m.n gera bem, apesar de preço inferior procura pode
pagar)
Assimetrias de informação, custos de transacção e de controlo
Falhas de informação (carros usados)
Desemprego, inflação
Bens públicos: exemplo farol que imite sinal de luz – a partir do momento em
que ele está construído ele aproveita a todos os barcos que estão na zona de
aproximação do farol, não existe rivalidade no seu consumo. Alem disso,
naturalmente é difícil excluir alguém da sua utilização (ex. não se pode impedir
alguém de visualizar o consumo) bem de consumo não rival. Problema:
quem paga? Todos utilizam mas nem todos pagam! não existe um incentivo
para o pagamento do bem de quem o possa utilizar. Intervenção do Estado
prestando esse bem público.
Mercados Eficientes (consequências)
Distribuição da riqueza: o Estado tem de encontrar uma forma de redistribuição
de riqueza (tirar aos ricos e dar aos pobres efeito Robin Hood)
Escolhas individuais: mesmo que os mercados sejam funcionais, mesmo que o
estado corrija as falhas de mercado e redistribua o Estado, este ainda tem de
indicar aquilo que se deve ou não fazer: concepção de Estado Dominante,
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concepção de poder (sobre a vida das pessoas) diz por exemplo, que os
menores de 16anos não possam beber.
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Inevitabilidade de intervenção do Estado quem paga esta intervenção?
Direito Fiscal enquanto ciência que estuda a afectação de recursos para o
financiamento do Estado
Receitas Públicas:
Mas de onde vem o dinheiro?
art. 38º da CRP
Unidades Monetárias: historicamente quando algum país tinha algum problema
financeiro invadia os países vizinhos! Hoje em dia, tal não acontece: através de
recursos naturais – se houver petróleo em Portugal, teoricamente esse recurso é do
Estado Português e este não precisa de cobrar impostos (tal acontece muito na
Noruega, Brasil, Timor .. cerca de 90%). Economia colectiva: o Estado produz todos os
bens, sendo que não precisa de cobrar impostos. Tributos cobrados a pessoas ou
empresas. Existe ainda como forma de receita pública, quando o Estado não tem
dinheiro, a possibilidade de recurso ao credito – é bom dentro de certos limites
(investimentos de capital), mas nem sempre – recurso ao credito enquanto forma de
mais impostos! nunca é uma verdadeira receita !
Tributos – problema da Justiça Fiscal
Tributos (art. 3º/2 da LGT): receitas cobradas pelo Estado para satisfação de
necessidades publicas, sem função sancionatória
Impostos
Prestação
Pecuniária (sing. ou reiterada)
Sem conexão com contraprestação especifica)
Ex. IRS e IRC
Taxas
Prestação pecuniária
Comutativa/sintagmática (prestação individualizável é pressuposto e
destino). Ex. Taxa Urbanística e Taxa de Justiça
Contribuições
Aula 2 – 15 de Setembro
Tema: Gordos devem pagar mais impostos que os jogadores de futebol?
Questão básica da Tributação: quem irá suportar os custos que resultam das
tarefas/escolhas do Estado?
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Ao vivermos numa economia monetária, as formas de financiamento do Estado
assentam sobretudo não na produção de bens e de recursos naturais mas sim na
tributação mesmo num Estado com muitos recursos naturais, não deve depender só
deles.
Como escolher as pessoas (singulares ou colectivas) que o Estado vai tributar?
A escolha do OE da despesa é que determina a escolha da repartição da carga
fiscal.
A função dos impostos, do jurista fiscal, assenta em repartir, em equidade, como são
distribuídos os impostos.
O imposto tem ainda a função de proibir determinados comportamentos (ex.
proibição de comprar tabaco, hambúrgueres, carros ..)
Em relação a alguns tipos de bens, o Estado deve incentivá-los através de benefícios
fiscais.
Revisão da aula anterior:
Contribuição para Áudio Visual – tributo relacionado com o consumo de electricidade
Este tributo serve para financiar o serviço de rádio e televisão o governo cria
controlar quem tinha rádio e televisão.
Tributo cobrado sobre a electricidade pago pelo titular da factura de electricidade
que pode não ser o consumidor
Justificação para a existência de um canal de televisão e rádio público? Prestam um
serviço publico de informação, mas na verdade teoricamente o mercado não vai
gerar a oferta de determinados programas (informação independente, programação
cultural, programação em língua portuguesa). Ou seja, se o mercado não produz
alguém tem de financiar e este alguém são os contribuinte (externalidade positivo). E
porque é que não é uma taxa? Porque é importante existir um acesso a todos –
permite toda a gente ver o que quiser! Todos usufruem, logo a tributação deve ser
feita de uma forma geral (imposto) e não sinalagmática (taxa).
CAV
Opção Entre tributos
Nem público (dificuldade, mutação)
Dificuldades de categorização: áudio visual imposto ou contribuição
Privatização da cobrança de impostos
-Bíblia: cobrados de impostos = prostitutas pecado
-Vantagens e Desvantagens
EDP enquanto empresa privada que cobre a prestação de imposto
Conta da electricidade – privada
CAV - público
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Na fixação do valor de uma taxa podemos ter em conta o custo da prestação
pública – princípio da cobertura do custo + alguma doutrina beneficio para o
particular as taxas devem ser criadas com um montante para cobrir aquilo que
necessitam mas nunca devem ter em conta o rendimento do particular
Isenção
Art. 2º/1 EBF VS art. 7º/3 LGT
Norma 2grau
Razoes extras fiscais: existe uma razão económica ou social que são
consideradas pelo legislador como benéficas logo deve ser incentivadas
através:
Benefícios Fiscais
Subsídios: em termos teóricos, embora a vantagem teórica não seja tão
evidente em Portugal, são renováveis ano a ano – exercício de
discricionariedade e deste modo preferíveis aos benefícios fiscais que são mais
transparentes.
Excepcional: o imposto é a regra
Legitimação do fim
Isenções pessoais e gozo:
Especial intensidade de igualdade
Pergunta: A não tributação do ‘’mínimo de existência’’ é um benefício fiscal? – não,
na medida em que só pode haver imposto se houver rendimento, e o rendimento até
um certo patamar não é um rendimento – é todo consumido na escola, na
alimentação, etc.
Não são isenções:
Mínimo de existência
Deduções de custos: quando uma empresa compra um automóvel e amortiza
– só o usa para trabalho (razão puramente fiscal)
Deduções nas despesas de saúde e educação
Legitimação:
Lobis: são bons se todos os concorrentes de todas as empresas
Quebra de sistemacidade: possibilidade de aproveitamento, de abuso..
Legitimidade pelo extra fiscal
Necessidade de cálculo: o estado tem de provar o que vai ganhar
art. 6º EBF
Definição previa, objectiva, genérica
Igualdade para a livre concorrência
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Aula 3 – 20 de Setembro - Redistribuição
Tema: Os Ricos que Paguem a Crise
Revisão da Aula Anterior - Extrafiscalidade
Os impostos muitas vezes tem objectivos extrafiscais: fomento económico e social
Mínimo de existência – não é um beneficio fiscal
Benefícios fiscais/isenções (terminologia que o Prof. Saldanha Sanches considera mais
adequada) art. 58 EBF (propriedade intelectual) Nada mais dizendo a norma, trata
se de um beneficio fiscal automático
Criação:
art. 5º/1 EBF: criados de modo automático ou por reconhecimento.
Criação por Reconhecimento:
Acto Administrativo
Acordo com a Administração
Nota: art. 65º CPPT (maior participação do sujeito passivo) VS art. 5º/2 EBF
Mais fiscalização: art. 14º LGT e art. 7º EBF
Segredo fiscal n o nosso ordenamento por atribuir um beneficio tem o poder de
controlar esses benefício.
Mantendo-se a despesa idêntica, se eu reduzo a receita eu tenho de ir buscar dinheiro
às outras pessoas – benefício fiscal enquanto aumento da receita fiscal em relação
aos outros
Sin Taxes (Impostos do Pecado)
Jogo
Tabaco
Álcool
Energa
Poluição
Bancos
Fa(s)t Food
Imposto pigouviano: visa diminuir o consumo de um bem (pergunta)
custo social não incluído no preço leva a um sobre consumo
Tributo pigouviano deve equivaler ao custo social (externo) marginal do
consumo daquela unidade: prejuízo que trago para os outros por consumir
mais uma unidade deve ser equiparado
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Muitas dificuldades
Custo adicional em certo bem ou serviço
reduz consumo
gera receita
Tributar, proibir, cap-and-trade, regular command and control
Impostos como causa da externalidade
Crise financeira e benefícios fiscais de aquisiçao de casa; falta de neutralidade
capital e dívida (e exploração de derivados)
Mundo Financeiro
Externalidade negativa
bail out + contagio
Redistribuições dos gestores
Lucros das empresas
Retroactvididade/punição
Matéria da Aula de Hoje
art. 18º do CIVA: taxa normas de IVA – 23%
Taxa marginal máxima de IRS – 46.5%
Redistribuição
Estado Social
art. 81º al. b) CRP: mais do que igualdade de oportunidades
art. 103º/1 CRP
art. 104 CRP
Rendimento Pessoal e Património
Rendimento Empresarial de Consumo
Princípio da Capacidade Contributiva
Prof. Saldanha Sanches: a estrutura das taxas deve ser progressiva
Taxa progressiva: a taxa média de imposto aplicada ao rendimento antes do imposto,
cresce antes do imposto
Kaplow ‘tax and redistirbution’
Para os pobres, mais do que taxa marginal importa nível de assistência
Ft pode ser mais ou menos redistributivo. Depende:
Nível de isenção (ft com baixa isenção, menos; com elevada isenção, mais)
Ft com taxas próximas de impostos progressivos: ft mais generosos para ricos e
pobres, progressivo mais generoso para a classe média.
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Nível de taxa e de receita
Limites da redistribuição através dos impostos
Meios para redistribuição:
Taxas mas não so
Base
Despesa Pública
A Jurisprudência do Tribunal Constitucional não tem um forte activismo quanto aos
limites materiais da tributação.
Aula 4 – 22 de Setembro & Aula 5 – 27 de Setembro: Soberania Fiscal
Tema: “Brasil, Bruxelas, Madeira, Chelas”
Quem deve pagar mais IRS?
Família Silva Família Santos
Pai, Mãe, 2 filhos (1 e 3anos)
Rendimento Anual: 100 mil €
Pai e Mãe trabalham
Colégio: 5 mil € ano/filho
Empregada: 10 mil €/ano
Pai, Mãe, 2 filhos (1 e 3anos)
Rendimento Anual: 100 mil €
Pai trabalha, mãe fica em casa
com os filhos
Restantes Despesas (casa, saúde, etc): igual em ambas as famílias
Família Silva: despesas necessárias, sendo que o seu rendimento liquido é menor, logo
tem menos dinheiro.
Família Santos: não investe o dinheiro.
Em suma, qualquer norma fiscal que exista é uma norma que tem um pressuposto
ideológico – o direito fiscal é sempre reflexo de uma escolha política fiscal.
(pergunta) A CAV é um imposto: criado tendo em conta o objectivo de financiar uma
parte do serviço publico de rádio e televisão. Mas porque é que não é financiado
normalmente?
Serviço de rádio e televisã: bem publico
(pergunta) Qual o imposto que menos receita gera? IRC
Nota: IRC é metade do IRS. IRS + IRC mais ou menos =IVA
Prof. César das Neves: quando é para subir sobe-se as taxas do IVA, quando é para
descer desce-se o IRC
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O imposto mais progressivo é o IRS, visto que possui vários escalões.
art. 87º do CIRC: o IRC possui uma progressividade mínima devido ao facto de só
possuir dois escalões.
IVA possui três taxas: 6%, 13% 3 23%.
Embora o IVA seja proporcional, alguma doutrina tem vindo a defender que devido à
existência de três taxas existe alguma progressividade.
Listas do IVA – livro electrónico tem gerado discussões saber qual o IVA
(pergunta) Os benefícios fiscais são despesas fiscais? Sim (art. 2º/3 EBF)
Objectivos de um sistema fiscal
Equidade: horizontal e vertical (a doutrina diverge quanto ao facto de ser ou
não inerente a um bom sistema fiscal)
Eficiência: Eficiência: sistema fiscal no seu financiamento não cause
danos/fricções ao normal financiamento da vida económica das
pessoas/empresas
Taxas
Benefícios
Simplicidade: não é concreto
Curva de Laffer
Aplicando a curva de Laffer a receita fiscal com uma taxa de 55% em relação a uma
taxa de 50%? Depende do ponto de equilíbrio
Ponto de equilibro: depende do que uma sociedade num determinado momento esta
disposta a dar.
Equilíbrio? Ninguém sabe o que é, quando se verifica
Prova empírica? É muito difícil perceber se quando a receita decresça ela o faz pelo
aumento da taxa ou por outros factores
Elasticidade do factor trabalho (posso deixar de trabalhar? Posso deixar de trabalhar
tanto?)
Facilidade de fuga? Controlo, lacunas.
Valor presente
1 euro vale mais hoje do que amanha: vou tentar adiar o pagamento do imposto –
adiamento do pagamento do imposto
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Adiamento do pagamento doe impostos
legais e ilegais
Tempo
Exemplo: Dentista em 30 de Dezembro – 150 euros. Pago em Janeiro
Quando é tributado? art. 3º/6 e CIRS e art. 36º/1 CIVA – momento da tributação
Dois interesses ficais que podem coincidir ou não?
Espaço
Competitividade fiscal das economias: tentar atrair o investimento
Demagogia e realidade: não vamos acreditar que é por um país ter taxas muito
baixas que vai atrair muitos investimentos. Os investimentos relacionam-se com o
produto interno ligado
Cachet, 600k euros
Optimus alive – Ivete Sangalo, cade você?
Maracana
Sobre os 600k euros, ivete deve pagar imposto onde?
- No Brasil
- em Portugal
- nos EUA
- Em Lisboa
Critério da Residência Critério da Fonte
Solidariedade
World Wide Taxation
Tributação Ilimitada
Sujeição Ilimitada
Capacidade Contributiva
Totalidade da Situação
O estado da fonte do rendimento
teve um desenvolvimento nas
infra-estruturas, televisões do
espectáculo.
Equivalência
Contributo para a formação
Sujeição limitada
Tributação limitada
‘’Territorialidade’’
Critério da Residência & Critério da Fonte: art. 12º LGT, 13º CIRS, 2º e 4º CIRC
Soberania Fiscal
Grau de Liberdade na formulação da politica fiscal
Varia da razão inversa: integração económica e descentralização politica
Objecto-soberania: legislativa; administrativa, judicial e quanto às receitas
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(pergunta) A soberania fiscal diminui com a integração europeia e com a
regionalização
Direito Fiscal Internacional
Situação Plurilocalizada
Direito fiscal externo e direito internacional fiscal
DFE: normas unilaterais, para situações plurilocalizadas
art. 15º CIRS
World Wide Taxation
art. 18º/1 al. o)
art. 71º/1
Regra: país de redidência que tem a visão global da coisa
Fontes de DIF
ADT (3 modelos: OCDE, US, UN)
Reduzem o direito de tributar, deslocando normalmente da fonte para a residência
em rendimentos passivos
Em Portugal, os ADT são:
Negociados pelo Governo
Aprovados pela Assembleia da República – Tratado
Ratificados pelo Presidente da República
Troca de Instrumentos
Publicação
Entram em vigor!
Os ADT enquanto normas de atenuação da dupla tributação.
Modelo UN – escolhido por países em vias de desenvolvimento com um conjunto de
normas mais favoráveis à fonte.
ADT enquanto acordo bilateral em que um dos pais elimina o direito de tributar.
Aula 6 29 de Setembro
Soberania Fiscal (cont.)
Imposto Europeu sobre as transacções europeias: presidente da comissão europeia
anunciou ontem – ideia de que a banca (sector financeiro) criou uma crise, sendo que
essa crise resultou da culpa de vários factores.
Soberania Fiscal
a) DIF – CONCLUSAO
b) DEF
Tributação Indirecta
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Tributação Directa
art. 23º ADT Portugal –Brasil: Estado contraente enquanto parte do Tratado
Fontes de DIF
GATT/OMC
- art. III, 2 GATT (proibição de discriminação em produtos similares com impostos
superiores)
TBI: tratados bilaterais de investimento que contém normas fiscais: mais comum
em países menos desenvolvidos. Exemplo: Se a tua empresa investir no meu
pais em garanto que os impostos não vão aumentar – clausula de estabilidade
fiscal
ATI
Outros: exemplo tratados sobre o comercio aéreo – ranking superior na
hierarquia normativa
art. 8º CRP
NOTA: as mais valias verificadas por alienação de acções na bolsa por não residentes
em Portugal não são tributadas – a pessoa que aliena as acções num estado
(exemplo, Portugal) que tenha um ADT (art. 27º EBF)) – medo que não seja mesmo um
não residente – se tiver um ADT pode haver troca de informações. Se adt o governo
português tem de acreditar no que lhe é dito
art. 26º e 28 do ADT – troca de informações
O alcance da não discriminação – é maior no direito fiscal europeu do que no direito
internacional fiscal. Porque?
Direito fiscal europeu
Prosperidade:
Integração económica
- remoção obstáculos circulação de bens
- eliminação direitos aduaneiros
- restrições quantitativas
- encargo de efeito equivalente
- pac
- liberdade circulação de pessoas, bens, capitais, livre ps
Preocupações fiscais dos interessados no processo europeu foi num primeiro momento
uma preocupação sobre os impostos do consumo
A Constituição Fiscal Europeia é sobretudo um produto do tribunal
art. 30º (ex artigo 25º TCE): são proibidos entre os em os direitos aduaneiros de
importação ou os encargos de efeito equivalente – proibição igualmente aplicável
aos direitos aduaneiros de natureza fiscal
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art. 110º (90 TCE): não inventar impostos que na pratica so se aplicam as fronteiras de
outros países
art. 103º (93º TCE))
‘’volume de negócios’’ = (nosso) IVA
Qual destes produtos não se encontra sujeito a IEC’S harmonizados? Café – apenas
sujeito a IVA
- IEC’S
ALCOOL
TABACO
PPE
TAXAS MINIMAS
EM’S podem manter impostos indirectos?
A receita do IVA cobrados pertence a UE? Não
Dtos aduaneiros pauta comum
PIB – países ricos mais
Com base da taxa do IVA (media – as que estão a baixo compensão a união)
Taxas IVA
art. 96º: pessoas singulares
art. 98º/1: uma ou duas taxas
art. 100º: analise periódica pelo Conselho, com base em relatório da Comissão
art. 105º: Madeira
Aula 7 – 4 de Outubro
Tributação Directa
Harmonização positiva – 115
Dificuldades – soberanias
Tributação indirecta: tributação semelhante à tributação aduaneira que se visa
eliminar
Nota: o IVA consta de uma directiva
Art. 115º (ex. art. 94º TCE)
Harmonização Positiva
Tributação Directa. Ex. os
Directiva Mães- Filhas
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Diferença tratamento entre grupo europeu e grupo nacional
Objectivo: eliminação da dupla tributação na distribuição de lucros
Directiva fusões
Neutralidade em reorgs internas não é verificada nas reorgs europeias
Objectivo: neutralidade
Uma empresa é tributada quando realiza (princípio básico – realização) ganhos (lucros
reais, de realização). Existe a realização quando há um acto que descoleta essa
realização.
Harmonização Negativa
Realizada pelo TJCE
Tributação Indirecta
5 liberdades fundamentais
Circulação de mercadorias
Pessoas e trabalhadores: 21 + 45 – TFUE
Capitais – 63 TFUE
Serviços – 56 TFUE
Estabelecimento – 49 TFUE
São tributáveis as mais-valias x y e z
As mais-valias referidas, quando realizadas por residentes são apenas tributáveis em
50% do seu valor.
Senhora alemã, residente em Berlim vende casa na Quinta do Lago.
Tal violaria um pouco a liberdade de estabelecimento.
Exemplo2: senhora portuguesa que alienava uma casa na Lapónia. ‘’Se eu alienar a
minha habitação própria e permanente e se investir noutra casa não sou tributado, se
situada em território nacional’’ – norma que depois foi considera ilegal pelo tribunal.
Caso do representante fiscal: norma que diz que os não residentes são obrigados a
nomear um representante fiscal – o tribunal diz que não tem de ser.
Autarquias Locais
Esquizofrenia: quando existe autonomia financeira tal leva a um..
Fundamento: ideia de subsidiariedade – os estados estejam organizados com
uma certa descentralização.
Evolução (RC 1997)
É necessário uma certa autonomia financeira. A democracia é o principal limite à
tributação.
Quantos mais poderes tributários tiverem mais controlo orçamental.
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Art. 254º CRP
Participação nas receitas dos impostos directos
1. Os municípios participam, por direito próprio e nos termos definidos pela lei,
nas receitas provenientes dos impostos directos
2. Os municípios dispõem de receitas tributárias próprias nos termos da lei
As autarquias locais não tem poderes face ao IVA
Poderes
Produto da cobrança vários impostos (10.1, .. a LFL)
Derramas – 14
Cobranças/ Fee de cobrança – 13.4
Participação variável no IRS (20.1)
Isenções (12.2)
Taxa IMI
Derrame – adicional ao IRC (14/1 LFL)
Incidência: sobre o lucro tributado das empresas gerado no concelho (14/2
LFL)
Lacuna: como a derrama é um adicional ao IRC, são as regras deste que
regem? É estranho a derrama não ter regras próprias.
Repartição
Participação variável no IRS – ART 20º LFL
AcTC 711/2006
Votos com os pés? Ideia económica americana: as pessoas premeiam uma
determinada política fiscal votando com os pés, ou seja vão residir para a
circuncisão que adopta aquela colecta fiscal.
Derrama negativa
Aula 8 – 11 de Outubro
(pergunta) No Acórdão Take Away ganhou o fisco/o contribuinte (o professor aceitou
as duas respostas).
Análise do Acórdão:
Fazenda Pública – Fisco/Estado
Contribuinte/Empresa – Sujeito Passivo de IVA
Procurador – Representante do Ministério Público (departamento do Ministério
da Justiça, sendo uma das suas principais funções a de investimento e
acusação penal)
Acórdão: conclusões + decisão: a empresa cobrou à Taxa de 12% de IVA taxa mais
baixa leva a que os preços sejam mais baixos.
Lei Portuguesa após analise dos factos passou a dizer que o Drive In (ir a um
restaurante e levar a comida para casa) está incluída no preço alteração
constitutiva.
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Legalidade
Fundamento
QOT
Racionalidade
Segurança
Transparência
Igualdade
(pergunta) A expressão ‘’taxa’’ no art. 103º da CRP significa taxa enquanto % -
elemento do imposto.
art. 165º/1 al. i) CRP: taxa enquanto espécie de tributo regime geral (≠ cada imposto
em concreto)
Taxa Tobbin (Taxes) – taxa sobre as transacções financeiras. Exemplo: restaurantes
taxados
art. 103º da CRP:
Incidência (objectiva: realidades/rendimento sujeito a imposto – elemento
temporal: rendimento de um determinado período de tempo; subjectivo: de
uma determinada pessoa)
Deveres de cooperação? Liquidação e cobrança?
Benefícios
Nota: no IMT, o sujeito passivo é o adquirente
Os benefícios encontram-se sujeitos à legalidade na medida em que para beneficiar
uns é necessário criar impostos (por lei) para outros.
art. 103º/3: a liquidação e a cobrança na maior parte dos impostos é realizada pelas
pessoas singulares e colectivas no momento em que entregam a declaração de IRS
ou IRC respectivamente.
(pergunta) LGT tem valor reforçado? Não, embora estivesse previsto ter, o Prof. Sousa
Franco no último momento disse que não teria.
Valor reforçado enquanto facto que não pode ser contrariado por outra lei ordinária
todas as normas da LGT com destinatário ao legislador. O legislador não esta
condicionado pela LGT (leis que legislador vai criar).
Normas ilegais/inconstitucionais quando violam uma lei com caracter reforçado – não
acontece em relação à LGT
Limites à Legalidade:
Positivismo
Complexidade do Mundo Actual (Prof. João Gama: complexidade
proporcional à época, pelo que não concorda com este argumento)
Realismo Jurídico (normas fiscais para serem aplicadas por milhares de
contribuintes) e Político
Limites Constitucionais
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DIF, TFUE, RA
Jurisprudência do TJCE??
Aula 9 – 13 de Outubro
Retroactividade
Segurança Jurídica: âmbito de aplicação da norma permite que eu realize a
minha conduta de acordo com a mesma – relaciona-se com o Principio da
Legalidade (uma verdadeira legalidade tributaria que tenha como objectivo a
maior transparência e clareza da norma, se a norma produzida pelo
parlamento se encontrava em vigor quando eu realizei a minha conduta).
Legalidade (ver anterior)
Neutralidade (implicar no menos possível na vida dos contribuintes e das
empresas, contudo é impossível a total neutralidade da lei fiscal) – ideia de que
os impostos não são neutrais e que os contribuintes e as empresas podem
corrigir essa neutralidade, só é real se os contribuintes e as empresas
conhecerem essas normas.
Direito a Tempo: as normas dispõem sempre para o futuro (cronologia quântica
e astrofísica), contudo na disposição que fazem para o futuro podem alterar
efeitos passados.
Retroactividade
Outros ramos: um dos problemas no direito fiscal, é raciocinarmos do mesmo
modo que no direito penal em que a retroactividade é muito forte (violaria a
liberdade de cada um). Os fins e as consequências do direito penal (direito da
privação da liberdade) e do direito fiscal (direito da liberdade) são opostos
só a existência de tributos levou ao fim da opressão.
Norma fiscal e economia
Neutralidade
Previsibilidade: factor determinada na escolha da condução económica na
vida das pessoas e das empresas
Estado de direitos, Estado de Direito: retroactividade tem de ser visto num
Estado de Direito, mas também num Estado de direitos
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Fairness e ética fiscal: comportamento justo do Estado – é obvio que o Estado
não pode dispor da retroactividade sem uma razão justificativa – forma de
actuação legislativa (retroactividade) não será a regra.
Demagogia fiscal
Em suma, é preciso olhar para a retroactividade de acordo com o Estado e o Tempo
em que vivemos, não esquecendo que o Direito Fiscal existe numa ordem de valores –
não podemos ter uma posição a favor ou contra a retroactividade.
(pergunta) A CRP contém uma proibição de retroactividade desde 1997.
Retroactividade e norma constitucional
Constituição e interesses (políticos) com representação Parlamentar
Evolução: CRP não consagrava no texto original uma proibição de
retroactividade, mas a partir de 1997 passou a conter a proibição, devido ao
facto de o legislador da revisão constitucional assim o determinou – determinou
em 97’ e não em 76’ devido a um conjunto variado de razões – sempre houve
no universo constitucional tentativas de inserir na CRP uma proibição expressa
de retroactividade norma entra na CRP numa altura em que não era um
problema!
Crítica e interpretação.
Ninguém pode ser obrigado a pagar impostos que tenham natureza retroactividade
(art. 103º/3 CRP)
Objecto:
Destinatário:
Tipo:
‘’Ninguém poder ser obrigado’’ – direito de resistência
(pergunta) A CRP não proíbe a retroactividade favorável ao contribuinte.
Retroactividade e Tribunal Constitucional
Jurisprudência Antiga
Adicional à colecta 15% (PrCC 25/81 + PrCC 14/82) - Sim
Impostos contra incêndios (PrCC 37/82) - Sim
Imposto extraordinário (AcTC 11/83) – Sim
Direitos de importação (AcTC 37/96) – Não
Antes de 97’ toda a retroactividade era admissível? Não, dependia do caso.
Jurisprudência nova – dúvidas
Derrama AcTC 172/00 (reviravolta) – Não – foi o primeiro acórdão em que o TC
aplicou a CRP revista
Cont. especial AcTC 604/2005 (reviravolta) – Não
Novíssima Jurisprudência
Direito Fiscal FDUCP
Maria Luísa Lobo – 2011/2012 Página 18
TX IRS AcTC nº 399/10: subida do IRS em relação a todo o ano o TC, embora
não tenha sido unanime (muitos votos vencidos), decidiu que tal era possível.
Argumento: crise – é indiscutível que existe crise, sendo que esta já justificou
retroactividades mais fortes (art. 103º/3)
No AcTC nº 18/2011 VS AcSTA 281/11, de 6 de Julho
AcTC nº18/2011: tributação autónoma em IRC (tributação que as empresas
têm de pagar sobre certas despesas) contraditório IRC incide sobre o lucro
tributável da empresa (diferença positiva) – não pode haver tributação sobre o
prejuízo na medida em que isso viola o Princípio da Capacidade Contributiva –
art. 88º CIRC – empresa tendo ou não lucro se realizar certas despesas ira
pagar impostos
AcSTA 281/11, de 6 de Julho:
Nota: IMT imposto de obrigação única
Há quem defenda que só existe uma retroactividade forte quando se dá apos se ter
verificado o período de prescrição e caducidade – ou seja, ao fim de 4anos (prof. ‘’as
pessoas gostas de complicar e inventar categorias para tudo no direito como se
tivéssemos em engenheira’’)
Só se sabe se uma empresa teve lucro quando ela é extinta; só se sabe se uma pessoa
foi muito rica quando ela morrer.
O que leva à priorização anual?
As vezes são em março/abril – devido à primavera – agricultura – economia – quando
as pessoas tinham terras agrícolas na primavera reuniam-se nas cortes.
Exemplo: em Junho aprovada nova taxa de IRS – 3hipoteses
Mais conservadora: só se aplica no ano seguinte
Intermédia: aplica-se daí par a frente
Agressiva: durante todo o período tributário – retroactividade inautêntica
Aula 8 – 6 de Outubro
O Tribunal Constitucional considerou a participação variável dos municípios no IRS –
Constitucional
As RA podem criar impostos – Sim
Autonomia
Art. 227º/1 al. i e j)
Ideias que resultam do art. 227º/1 al. i) e j)
RA têm direito próprio a impostos
Poder Tributário Próprio
Podem adaptar o sistema fiscal próprio
Direito Fiscal FDUCP
Maria Luísa Lobo – 2011/2012 Página 19
Direito à receita: art. 19º LFRA
Questão: art. 25º (‘’imposto sobre o subsídio de natal’’):
Nº1 – regra geral: um adicional sobre o IRS, ou seja uma sobre taxa, fica
onde fica o IRS principal
nº3: a norma que crie a sobre taxa de IRS fica onde fica no Orçamento
de Estado. Norma adequada a este diploma? Defesa: crise de âmbito
nacional e orçamento central nacional é que vai ter de resolver a crise
e por isso é que vai para o Orçamento.
Poderes Próprios – art. 53º
Adaptar
Criar e Regular
art. 53º/3: ALRA tem poder de criar e cobrar impostos – competência regulada no art.
54º.
Delimitação Territorial – os impostos só vigoram e consequentemente só são
validos na RA que os cria
Razão para criar impostos tem de ser excepcional (art. 54º/1) – a RA pode
elaborar impostos só para essa RA desde que esse imposto não seja nem que
possa vir a ser objecto de incidência de um imposto nacional RA tem um
pequeno núcleo de impostos que possa criar, uma vez que os impostos
nacionais são bastante genéricos, latos.
Não pode resultar entraves à troca de bens e serviços visa evitar as taxas
alfandegárias.
Sem autonomia financeira não existe uma verdadeira política fiscal.
art. 54º: vigentes apenas RA
art. 55º: adicionais
art. 56º: adaptar: adaptar os impostos já existentes nas RA, de acordo com as
necessidades específicas. Consequência: diminuição da receita da RA, daí que uma
das medidas para recuperar a dívida da Madeira será obrigar as RA a cobrar mais
impostos
art. 58º: administrar. Consequência: é um poder fortíssimo na medida em que permite
fazer inspecções tributárias. Ou seja, existe um poder de IRS e o Ministro das Finanças
tem muito pouco poder – na prática, é um poder de grande autonomia. Os Açores
não avançaram para essa regionalização. Em 2007, a LFRA alterou o art. 58º/2
passando a consagrar que tal só poderia ser para os impostos próprios da RA mas
entretanto já sofreu novamente alterações.
art. 59º benefícios - conceder benefícios fiscais nas RA
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Maria Luísa Lobo – 2011/2012 Página 20
Prof. João Gama: sistema desequilibrado – existem amplos poderes em impostos que
não são próprios
A Autonomia Fiscal é maior na RA da Madeira a RA da Madeira tem serviços de
finanças próprios – concretizou mais que os Açores.
Limites
CRP – interesse específico – proporcionalidade
TFUE – auxílio de estado
C-88/03 Comissão c. Portugal (Açores)
Legalidade
A Criação de uma taxa sobre o uso e porte de arma é da competência é da
Assembleia da República e do Governo
Qual a taxa do IVA?
Taxas de IVA: 3%, 6%, 23%
2. Outros - CIVA
Livro em papel – não entra na excepção, logo taxa reduzida
Livro em DVD - =
Livro IPAD – ?
Of. Circ 30122, de 1.7. 2011
Esta verba passa a contemplar livros em todos os suportes físicos,
designadamente formatos em CD ou DVD.
No entanto é excluída da aplicação da taxa reduzida a disponibilização de
livros por via electrónica (em suporte desmaterializado) uma vez que o CIV
estabelece que as prestações de serviço por via electrónica se aplica a taxa
normal de IVA.
Da verba 2.1 do CIVA resulta:
Eat, pray love – 6%
Bíblia em couro – 23%
Playboy: 23%
Prof. João Gama: tal cria litígios na zona de fronteira. O legislador pretendeu apenas
mostrar algum moralismo social e económico.
art. 165º al. i) da CRP – competência relativa da AR – criar impostos, regime geral das
taxas e das sobre taxas lei ou decreto-lei autorizado (competência delegável no
Governo)
art. 8º LGT:
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Maria Luísa Lobo – 2011/2012 Página 21
art. 103º CRP (Conteúdo)
Incidência, taxa..
Deveres de cooperação? Liquidação e cobrança? art. 8º/2 al. c) LGT
Benefícios: é sempre uma violação da igualdade logo carece de uma
legitimidade constitucional forte e alem disso financeiramente tem o efeito de
um imposto nas pessoas que não são beneficiadas.
‘’A lei define a taxa’’: em princípio define o quantitativo da taxa (sem nenhuma
discrepância, intervalo), sendo que só havendo algo extraordinário é que se permite
que o legislador defina por intervalo.
Legalidade
Fundamento: a transferência realizada tem de ser legítima – hoje, os
parlamentos eleitos
QOT (‘’aquilo que toca a todos’’)
Racionalidade
Segurança
Transparência
Igualdade
Aula 10 – 18 de Outubro
Revisões
(pergunta) Alteração da taxa de IVA para a coca-cola pode entrar em vigor hoje
para vendas em Novembro e Dezembro 2012 - Sim, para todas as vendas o IVA é
um imposto de obrigação única, sendo que ainda não foram realizadas as
transacções de bens e serviços – o facto tributário será a venda da coca-cola em
Novembro e em Dezembro
O Lei com Chocolate está sempre para passar a ter um IVA a 23% mas todos os anos o
Governo recua – deve existir uma razão qualquer, embora não seja um bem de
primeira necessidade (ex. venda para as creches)
(pergunta) Revogação da taxa de 12.5% de IRC Constitucional – a taxa de IRC
deixa de ser progressiva e a CRP não proíbe tal.
Retroactividade e benefícios fiscais
Lei Nova em factos (tributários) velhos
Sim: retro proibida
Não: Princípio da Confiança
Comportamento do Estado capaz gerar expect legists
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Maria Luísa Lobo – 2011/2012 Página 22
Contratual
Fonte Internacional
Temporário
Condicionado
Expect Legits
Investimento Confiança
Inexistência de razoes de interesse público para mudança
Benefícios fiscais enquanto normas de fomento social que visam alterar algo –
desenvolver uma determinada região, por exemplo.
Casos duvidosos
Alteração do regime de tributação de mais-valias
Facto Tributário (manifestação da capacidade contributiva – força económica
que cada um tem)
Aquisição?
Alienação?
Saldo?
Composto?
Retroactividade e segurança jurídica
AcSTA 204/09 (Rel: Lúcio Barbosa)
Venda – facto tributário
Não é o FT complexo
Exemplo: em 2010 a compra de uma casa era acompanhada do facto de na sua
posterior venda não se pagar impostos; em 2011 quando se vende existe uma lei que
diz que irá pagar imposto considerando que a compra da casa em 2010 só se
deveu ao facto de saber que tal iria valorizar, obtendo por esse opção face a todas
as outras possibilidades (por exemplo, comprar acções)
Em suma, na alienação de bens que valorizam a questão é mais complicada na
medida em que existiu uma expectativa e se passarmos da casa de família para um
objecto de rendimento pode-se ter comportado uma expectativa jurídica e talvez seja
necessário ponderar/ considerar que a lei pode mudar.
Retroactividade e critério administrativo
Especificidades
Doutrina administrativa
Informações vinculativas
Incapacidades
Revogação de actos administrativos
Retroactividade material e alterações jurisprudenciais
Enquadramento
Prospective overruling
Mudanças jurisprudenciais
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Maria Luísa Lobo – 2011/2012 Página 23
Retroactividade de Reforma Fiscal
Reforma Fiscal Permanente
Justiça VS Igualdade
Situações constituídas no passado
Ctr trabalho
Propriedade
Síntese conclusiva
EUA não tem IVA há autores que defendem que sendo o IVA criado tal terá um
efeito retroactivo apesar de só se aplicar no futuro – a economia tem sofrido uma
evolução tao grande e estruturou a sua forma de financiamento tendo em conta um
imposto de rendimento elevado pelo que a criação de IVA seria impossível de aplicar.
(pergunta) o OE é uma lei da AR embora a proposta seja exclusiva do Governo.
Voltando ao eat, pray, love verba 2.1 + circ. 30122, de 1. 7. 2011
Orientações Genéricas
Regime
Natureza
Princípio da Legalidade
Impostos VS Taxas VS Contribuições Especiais
Impostos
o Elementos essenciais VS liquidação e cobrança
o Intensidade
Tipicidade, determinação e exclusivismo
Interpretação da norma fiscal
Sujeitos
Interpretação administrativa
Valor
Necessidade: processos de massa, igualdade, eficiência
Limites: margem de livre apreciação.
Aula 12 – 20 de Outubro
Sujeito Passivo do IVA – pessoa jurídica que explora o restaurante, sendo que
normalmente é uma pessoa colectiva ate pode uma forma de autonomização fiscal.
Consumidor – quem suporta economicamente o imposto (contribuinte) repercussão
económica ocorre no contribuinte do IVA, ou seja contribuinte enquanto aquele em
que se repercute economicamente o IVA repercussão jurídica
Repercussão Económica: quando alguém suporta um imposto de outrem mas não é
assim determinado (ex. IMI)
IRS – repercussão económica na substituição tributaria (art. 20º LGT)
Direito Fiscal FDUCP
Maria Luísa Lobo – 2011/2012 Página 24
Rendimento Adicional OU Isenção quando não pago o imposto e paga outra
entidade – fico 300 euros mais rico!
art. 20º da LGT relação triangular: substituto (ucp) + substituído (sujeito passivo) +
estado
A quantia retida todos os meses aos trabalhadores devem estar sujeitos ao Princípio da
Legalidade?
E está sujeita ao princípio da progressividade? As tabelas de retenção na fonte olham
ao principio da capacidade contributiva.
Mecanismo de anestesia fiscal – as pessoas não recebem 10% e consequentemente
não tem de pagar (preferem tal a pagar 5%)
Ideia da capacidade contributiva – ideia de sacrifício
Todo o mecanismo de retenção na fonte deve olhar à capacidade contributiva mas
não de uma forma exclusiva.
Quanto ao Princípio da Legalidade: não constitui uma oneração efectiva de imposto.
Já não é assim nos casos em que a retenção na fonte é liberatória neste caso é um
imposto.
Taxas de retenção na fonte podem ser alteradas a meio do ano: regra de
comportamento da empresa (retenção na fonte) que tem custos (administrativo,
gestão, etc), sendo que tal podem impor um sacrifício grande as pessoas.
Os contribuintes que não são funcionários públicos nem pensionistas, logo do sector
privado, estão sujeitas em 2012 a um imposto de contribuição nacional que
corresponde ao valor igual ao subsidio de ferias que receberam em 2011.
Taxas importantes: licenças ambientais – para poluição; económica e industrial.
Remoção de um limite jurídico – critica: a licença deve ser quantificada tendo em
conta o efectivo serviço prestado pela licença, sendo que o beneficio não depende
da minha capacidade contributiva mas sim de aceder aquele serviço a licença
deve custear aquilo que o Estado gastou. Podem ser diferenciadas pela actividade?
Taxas: armas (taxa mais elevada nas pistolas mais perigosas); portagem/propinas
(taxas mais baixas para as famílias com menor capacidade contributiva). Justificação:
princípios que se devem justificar autonomamente
Taxa que olha à riqueza é uma taxa nula.
Principio da Igualdade:
Principio da capacidade tributaria (impostos): olha à força económica de
cada pessoa.
Principio da equivalência entre e a cobertura do custo (taxas)
Direito Fiscal FDUCP
Maria Luísa Lobo – 2011/2012 Página 25
Prestação essencial da educação – crp enquanto direito fundamental – logo propinas
enquanto taxas!
Matérias a concentrar: conceitos iniciais (sujeito passivo; sujeito activo substituído
repercutido – IMT)
Princípios – legalidade + segurança jurídica + igualdade (progressividade, capacidade
contributiva)
2 níveis de resposta – lei + casos deixam duvidas
Aula 13 – 25 de Outubro
Plano de matéria a tratar nas próximas aulas
IVA página 409 427
IRC página 345 406
IRS 283 339
Planeamento Fiscal
Rendimentos e actos ilícitos
Avaliação directa e indirecta
Garantia dos contribuintes
Défice: as despesas públicas são superiores a todas as receitas, excepto a proveniente
do crédito.
A dívida que o Estado contrai durante um ano é igual à cobrança do IRS
correspondente a um ano.
Eat Pray Love
Verba 2.1 do CIVA + Of. Circ 30122, de 1. 7. 2011 (Oficio circulado enquanto
forma de orientação genérica cujo objectivo assenta em estabelecer
igualdade na aplicação do tributo)
Segundo este ofício circulado, esta verba passa a contemplar livros em todos os
suportes físicos, designadamente em formatos em CD ou DVD. No entanto é excluída
da aplicação da taxa reduzida a disponibilização de livros por via electrónica (em
suporte desmaterializado), uma vez que o CIVA estabelece que as prestações de
serviços por via electrónica se aplica a taxa normal de IVA.
Destinatário: quem aplica a taxa do IVA é o vendedor, e cobre através do método da
repercussão (poder jurídico do sujeito passivo de passar o imposto para alguém que
tem uma relação contratual com ele, ou seja para aquele que compra o bem ou o
serviço).
Antigamente, os impostos sobre o rendimento eram repartidos por exemplo num
determinado distrito os industriais juntavam-se e repartiam entre si (empresas mais
antigas pagam menos, empresas mais recentes pagam mais..) daí o nome
repartição das finanças!
Princípio da Legalidade
Direito Fiscal FDUCP
Maria Luísa Lobo – 2011/2012 Página 26
Impostos VS Taxas e Contribuições
Impostos
Elementos Essenciais VS Liquidação e cobrança
Desactualização constitucional
Saldanha Sanches
Intensidade
Tipicidade, determinação e exclusivismo
Interpretação da norma fiscal: hoje é feita por sujeitos diferentes daqueles que o
faziam quando quem o aplicava era a Administração Fiscal
O Direito Fiscal moderno implica uma marem larga de sujeitos passivos – Administração
Fiscal tem de lidar com muitos mais (contribuintes) – massa de pessoas – do que ela
própria. Consegue o fazer através de processos de abstracção.
Regime - CPPT
Competência ‘’Dirigente Máxima do Serviço’’ (art. 55º/1 CPPT)
Só estas vinculam a Administração Tributária (art. 55º/2 CPPT)
Devem constar de circulares (art. 55º/3 CPPT)
Só vinculam ‘’a Administração tributária que procedeu à sua emissão’’ (art.
55º/3 CPP)
Base de dados, acesso, etc. (art. 56º CPPT)
Regime II - LGT
Autoliquidação com base em orientação genérica = erro imput serv = juros
indem (art. 43º/2 LGT)
Publicadas em 30 dias (art. 59º/3 al. b) LGT)
Vinculação da Administração Tributária independentemente da forma (art. 68º
-A/1 LGT)
Não são aplicáveis retroactivamente aos contribuintes de boa fé (art. 68º - A/2
LGT)
Conversão informações vinculativas (art. 68º-A/3 LGT)
Com base neste regime:
Efeitos: a maioria da doutrina diz que embora seja verdade que as orientações
genéricas visam modelar o comportamento dos particulares (geram o sistema
fiscal) mas elas só vinculam a administração fiscal, tendo efeito meramente
interno vinculando na medida da hierarquia (doutrina tradicional).
Tribunais (decisões jurisprudenciais que dizem que as orientações genéricas
tem um efeito meramente interno, mas também há aquelas que dizem que
elas tem efeito externo)
Não
Sim
Direito Fiscal FDUCP
Maria Luísa Lobo – 2011/2012 Página 27
Não mas sim
Administração: sim – todos se encontram sujeitos a tal
Contribuintes (depende se lhes convém ou não)
Sim
Não
Consequência: nenhum tribunal, em nenhuma caso, aprecia as orientações genéricas
justificando que se tratam de regulamentos internos e portanto esta fora do seu
âmbito de competência, só podendo em cada caso concreto apreciar a liquidação
do ponto de vista da legalidade (mas não se pode pronunciar sobre a legalidade da
circular).
Natureza
Prof. João Gama: se Administração Fiscal emite normas gerais e abstractas,
publicadas obrigatoriamente, para modelar o comportamento dos particulares, as
circulares são regulamentos vinculando os contribuintes na medida da tolerância ao
risco.
Doutrina Administrativa
Jurisprudência Burocrática
Regulamentos Internos
Regulamentos (Externos)
Consequências
Controlo
Justiça
Igualdade
Aula 14 – 27 de Outubro
IRS- Sujeitos Passivos
Tributação das Pessoas Colectivas (IRC) VS Tributação das Pessoas Singulares (IRS
mas quando estas pessoas singulares desenvolvem uma actividade económica
aplicam-se regras do CIRC) CIRS e CIRC não são estanques (relacionam-se).
(pergunta) Para a maioria da doutrina, uma orientação genérica só vincula a
administração Fiscal (Prof. João Gama considera que é um regulamento, logo é
contra esta resposta).
(pergunta) Uma loja no rossio que vende telemóveis roubados está sujeita a pessoa
colectiva que a detiver Princípio da Igualdade – se a loja X vende telemóveis lícitos
e é tributada em sede de IRC, a loja Y que vende telemóveis ilícitos também deve ser
tributada em sede de IRC Esta Igualdade só se verificada quando existe um
paralelismo face a um sujeito passivo de IRC lícito (tal não se verificar-se-ia, se a
referida loja no Rossio em vez de telemóveis vendesse rins humanos, uma vez que não
existe concorrência).
art. 1º CIRC
Direito Fiscal FDUCP
Maria Luísa Lobo – 2011/2012 Página 28
Rendimentos Obtidos
Lícitos ou Ilícitos
Sujeitos Passivos
Período de Tributação
Quem não sejam sujeitos a IEJogo (art. 7º)
Sujeitos Passivos (art. 2º CIRC)
Sociedades Comerciais, cooperativas, empresas públicas e DPCDPP
Com
Sede
Direcção Efectiva
Território português
(pergunta) Entidades sem personalidade jurídica podem ser sujeitas a IRC embora
não tenha personalidade jurídica tem personalidade tributária.
Entidades sem Personalidade Jurídica com sede ou direcção efectiva em
território português
E cujos rendimentos não sejam tributados em IRS ou IRC na esfera das pessoas
Herança Jacente
Associações sem personalidade jurídica
Sociedades antes do registo
Pessoas colectivas inválidas
Não Residente
Nem sede nem direcção efectiva
Rendimento obtidos em Portugal não sujeitos a IRS
(pergunta) Sede e direcção efectiva podem estar em países diferentes
Pessoas Colectivas e Outras Entidades com
Sede;
Ou, direcção efectiva (local de onde irradiam as decisões vitais da empresa)
Nota: a Administração Fiscal nunca utilizou isto em Portugal, apesar de se encontrar
consagrado na lei.
Exemplo: Uma empresa portuguesa (X) tem uma empresa sediada na Holanda (Y).
Sede: Holanda.
Empresa residente em Portugal? De acordo com a Sede não é. Para provar
que é residente em Portugal necessita de provar que as decisões vitais da
empresa são tomadas em Portugal (tudo é decido em Portugal).
Residentes: tributação de base mundial
Não residente: princípio da territorialidade
‘’apenas quanto aos rendimentos nele obtidos’’
Direito Fiscal FDUCP
Maria Luísa Lobo – 2011/2012 Página 29
Não Residentes
Rendimentos imputáveis a EE
Outros Rendimentos
art. 4º CIRC: nº3 diz respeito ao nº2 (este diz respeito a não residentes).
art. 5º CIRC: estabelecimento estável
Instalação Fixa (de um não residente)
Através da qual
Exercida uma actividade
Lucro sociedades comerciais, etc. Actividade Principal Comercial, industrial ou
agrícola
Rendimento Global não exerçam..
Lucro imputável estabelecimento estável em Portugal
Rendimentos das diversas categorias em IRS Não Residentes sem Estabelecimento
Estável
Outros Ganhos
Rendimentos de imóveis em Portugal
Transmissão de partes de capital
Rendimentos com devedor residente em Portugal, ou pagamento imputável a
Estabelecimento Estável em Portugal
Pagamento de direitos de autor pela Porto Editora
(pergunta) Uma sociedade comercial chinesa sem estabelecimento estável em
Portugal pode ser sujeito passivo de IRC.
Aula 15 – 3 de Novembro
Situação da Grécia – situação complicada, sendo que o referendo visa evitar eleições
antecipadas.
Inevitabilidade da Europa criar impostos europeus: esse imposto servirá para prevenir
futuras crises e necessidade de salvar país que se venham a encontrar na mesma
situação no futuro que a Grécia vive no presente.
Muitos impostos nasceram por causas semelhantes: em Portugal a décima militar
portuguesa foi criada com o intuito de reconstrui os fortes e fronteiras, abrangendo os
rendimentos de todas as classes sociais não isento nenhuma classe. Teve a duração
de 200anos, mas inicialmente previa-se a duração de 2anos.
(pergunta) Em IRC o período de tributação é de Janeiro a Dezembro.
Período do IRC
Regra: um ano
Ano civil
Direito Fiscal FDUCP
Maria Luísa Lobo – 2011/2012 Página 30
Ou diferente
Casos do art. 8º/2
Extensão a pedido do MF
5anos
Exº Março a Março
Ou menor: início, fim, alterações
Ou maior: período de liquidação da sociedade
Facto Gerador
Último dia
Excepções – art. 8º/10
NR sem EE
Imóveis
Retenções na fonte definitivas
Art. 4º/3 al a) (por ex. XYZ Japan recebe em doação casa em Lisboa)
(pergunta) O Município do Porto está parcialmente isenta de IRC
Isenções
Estado, RA, Autarquias – excepção de natureza empresarial. Tudo, excepto
rendimentos de capitais – IRS (Excepto IGCP swaps)
Pessoas colectivas de utilidade pública administrativa – Requisitos (art. 10º/2)
As isenções por uma questão de igualdade, transparência e controlo tem de
ser publicas – ver Diário da Repúblicas 2ªsérie – nº 132 – 9 de Julho de 2010
(Despacho nº 11230/2010)
Clubes
Isenções de IRC da actividade principal
Exclusão de outras actividade: publicidades, transmissão, bingo (art. 11º/3)
art. 14º do CIRC- Nato e Mães-Filhas, etc.
(pergunta) O Ministério das Finanças tem depósito a prazo – os juros são tributados em
IRC
(pergunta) Lucro Tributável e lucro contabilístico são realidades diferentes.
art. 17º
O lucro tributável
Art. 3º/1 al. a)
Soma algébrica:
Do resultado líquido do exercício
Das variações patrimoniais positivas e negativas verificadas do mesmo
período e não reflectivas naquele resultado
Determinados com base na contabilidade
E eventualmente corrigidos nos termos deste Código
Resultados líquido do exercício
Direito Fiscal FDUCP
Maria Luísa Lobo – 2011/2012 Página 31
Resultado contabilístico (conta 88)
Independência
Dependência
Dependência parcial
VPP E PN
Art. 21º VPP não reflecte nos resultados
Entradas de capital
Mais-valias potenciais ou latentes
Por exemplo: um bem adquirido num sorteio, subsídios
Art. 24º VPN não reflectidas – excepto, por exemplo doações.
(pergunta) Um gasto dispensável não é dedutível fiscalmente
Gastos (art. 23º do CIRC)
Consideram-se gastos os que comprovadamente sejam
Indispensáveis:
Para a realização dos rendimentos sujeitos a imposto ou
Para a manutenção da fonte produtora
Nomeadamente
Viagem ao Brasil
AF – não comprovado
TCAN – dispensável
Voto vencido – indispensável
Ónus da prova (Administração Fiscal)
Não são aceites como gastos – art. 23º do CIRC
Despesas ilícitas (art. 45º al. d) – retira uma despesa de causa ilícita)
Os resultados de transmissões a entidades relacionadas
(pergunta) Um gasto não dedutível aumenta o imposto ou diminui o prejuízo.
Aula 16 -8 de Novembro
Empresa (X) com determinado valor e esta adquire um automóvel. No dia em que ela
adquire o automóvel ela encontra-se mais rica, mais pobre ou na mesma situação?
No momento em que ela compra o carro a empresa vale mais, mas progressivamente
vale menos com o desgaste do automóvel
Amortizações (CIRC)
Art. 23º/1 al. g)
Art. 23º
Mas – art 29º, 30º e 31º
Decreto-Regulamentar 25/2009 – 2375 – ‘’ligeiros e mistos’’ – 25%: um veículo é
amortizado a 25% num período de 4 anos (25% x 4 = 100)
Direito Fiscal FDUCP
Maria Luísa Lobo – 2011/2012 Página 32
art. 34º/1 al. c) e e)
Problema com os telemóveis: podem ter uma utilização empresarial como uma
utilização pessoal
Exemplo: a loja ZARA – modelo de empresa está na logística na produção e na
distribuição: adapta cada loja consoante à área em que se situa: consegue fazer a
reposição de estoque em 5dias! Efeitos fiscais: as lojas têm de ser de acordo com os
contratos que existem entre as lojas e as lojas mães - tem de ser tudo renovado num
período de cerca de 2anos.
Provisões (CIRC)
art. 23º/1 al. h)
Contudo existe o art. 35º e 39º
Por exemplo:
Incêndio na discoteca LUX: morreram 300 pessoas
Incêndio, processo, absolvição, condenação – atenção: art. 45º al e)
Bancos, seguradoras
(pergunta) Uma carrinha adquirida para vender pão por 20 mil euros deduz o seu valor
em mais do que um ano
(pergunta) O conceito de rendimento no CIRS no preambulo é mais amplo
CRP: art. 104º
Exemplos de Rendimentos: salário, vencimento, ordenados – tudo o que decorra do
trabalho (88% da receita do IRS provem de tal); havendo trabalho dependente
também existe o trabalho independentemente como os honorários do advogado;
mais-valias; rendas provenientes do arrendamento de um apartamento; etc.
Dois modelos: modelo exemplificativo (determinada por categorias que devem ser
tributadas) ou modelo em que é tributado qualquer rendimento (regra americana)
O IRC índice sobre o valor anual (art. 141º9, contudo existem duas excepções:
Taxas especiais dos não residentes: art. 76º
Óbito: art. 63º e 64º
Com três letrinhas apenas se escreve a palavra das é das mais pequenas e mais
importante que o Código tem
(não rima, mas é verdade)
Dos rendimentos das categorias seguintes:
Categoria A – Rendimentos do trabalho dependente;
Categoria B - Rendimentos empresariais e profissionais;
Categoria E – Rendimentos de capitais;
Categoria F – Rendimentos prediais;
Direito Fiscal FDUCP
Maria Luísa Lobo – 2011/2012 Página 33
Categoria G – Incrementos patrimoniais (prof. Saldanha Sanches: embora não
conste da lei defendia que se trate de uma categoria residual, na medida em
que aqui se englobam os rendimentos que não são tributados nas outras
categorias)
Categoria H – Pensões
Piano Branco
Os Silas compraram um piano branco de cauda em 2002 por 2. 000euros.
Em 2009 levantaram a tampa e descobriram 5. 000euros
Há lugar ao pagamento do IRS?
Tudo o que acresça ao património liquido inicial deve ser tributado – teoria do
património liquido de acresce.
O EUROMILHÕES é tributado em imposto de selo.
Em que ano?
Fundação XIS
Maria, de 20 anos, habita num apartamento que herdou de uma tia e estuda Direito
na Universidade Privada. Recebe da Fundação XIS uma bolsa de 600eurosmês.
Segundo o regulamento da bolsa deve realizar 4horas semanais de voluntariado.
De acordo com o sistema português (como ele esta construído por categorias) uma
vez que não existe nenhuma categoria para tributar as bolsas, só é possível tributa-las
por analogia como se se tratasse do funcionário de uma empresa OU se fosse uma
doação (CISELO) área cinzenta do sistema fiscal português porque permite abusos.
Aula 17 – 10 de Novembro
Felicidade
Pedro devia a José 5mil Euros. No sábado recebeu um email de José que dizia
‘’encontrei a mulher da minha vida’’- estou muito feliz! Já não me deves nada’’
José ficou mais rico quando lhe foi cancelada (em termos contabilísticos) a dívida.
Tal é considerado uma doação e deve ser tributado? O IRS não tributa aquilo que for
considerado como doação, neste caso como Imposto de Selo
art. 1º CIRS: são tributados em IRS
Mesmo quando provenientes de actos ilícitos, desde que seja reconduzível a
uma categoria consagrada no CIRS
Quer em dinheiro quer em espécie
art. 24º
Exemplo: O Prof. João Gama troca uma explicação de fiscal por um IPHONE. É
tributado?
Direito Fiscal FDUCP
Maria Luísa Lobo – 2011/2012 Página 34
(pergunta) Sou tributado pelo valor do IPHONE (400Euros) Numa relação em que
existe uma troca existe uma equivalência entre os bens daquela troca – tributação
pelo valor do bem recebido.
Exame oral: uma pessoa que trabalha numa loja recebe presuntos.
art. 24º CIRS
Seja qual for o local onde se obtenham, contudo isto só vale em rigor para os
residentes (critério de base mundial); os não residentes que obtenham em
território português um determinado rendimento são tributados em Portugal,
mas não sendo um rendimento obtido em Portugal não é tributado neste país
(óbvio!) – art. 15º/2 CIRS.
Independentemente da moeda e a forma por que sejam auferidos
Libras, Kwanzas
Forma
Espécie
Ilícitos
Abuso
Concepção Cedular
Apenas das categorias, ou seja:
Tem de ser RENDIMENTO + CATEGORIAS
Auto-Trabalho
Rendimentos prediais imputáveis
Tesouros
Pedrão
Felicidade, beleza e cultura
Bolsa de estudo: em Portugal, se não estiverem relacionadas com uma
relação de trabalho não são tributados (bolsas de estudantes, bolsas de
investigação) pode ser um benefício fiscal (mas teria de estar
consagrado) – não existe um razão valida para não serem tributadas.
Rendimentos do art. 12º: redundante na medida em que esclarece que
algumas realidades não são rendimentos; não redundante na medida
em que não tributa rendimentos que o deveriam ser.
art. 12º/6
A GRANDE CATEGORIA – CATEGORIA A
Categoria central em sede de IRS uma vez que os rendimentos gerados nos
vínculos laborais ficam sujeitos a esta categoria
Abrange – art. 2º CIRS
Trabalho dependente
Renumerações - perspectiva de caixa
Pagas: o normal é o rendimento ser em dinheiro e sendo logo pago
regra
Postas à disposição: existem excepções ao mencionado anteriormente
Espécie (IPHONE ou presunto)
Direito Fiscal FDUCP
Maria Luísa Lobo – 2011/2012 Página 35
Não existe uma relação directa
Provenientes de:
CIT ou outro legalmente equiparado
CAS, autoridade e direcção
Função, serviço, cargo público
Pré-reforma, etc.
Renumerações dos membros dos órgãos estatutários (art. 2º/3 al. a))
Nota: Categorias com regras de cálculo diferentes entre si. O mesmo rendimento nas
várias categorias só excepcionalmente terá o mesmo valor.
Compreendem, designadamente, de acordo com o art. 2º/2 do CIRS
Ordenados
Salários
Vencimentos
Gratificações
Percentagens
Comissões
Participações
Participações
Subsídios ou prémios
Senhas de presença
Emolumentos
Participações em coimas ou multas
Etc.
E outras renumerações acessórias ainda que periódicas, fixa ou variáveis, de
natureza contratual ou não.
Ana é secretaria numa empresa e todos os meses recebe 2.500euros. e tem 2-500 num
créditos
(pergunta) Ana é tributada por 5000Euros
Aula 18 – 15 de Novembro
Subsídios de refeição na parte em que exceda
6.41euros: se a minha refeição custar 5euros não sou tributado; se a minha refeição
custar 10euros sou tributação na parte em que exceda 6.41 (10-6.41=X, X enquanto
valor tributável)
ticket refeição: empresas dão tickets que podem ser descontados em certos
restaurantes
Seguro, fundos de pensões
entidade patronal
direitos adquiridos –art. 2º/9 CIRS
Subsídios de residência – art. 2º/4 (norma perigosa)
Direito Fiscal FDUCP
Maria Luísa Lobo – 2011/2012 Página 36
Atenção: STA, 5.4.2000: todas as atribuições patrimoniais feitas a trabalhadores por
conta de outrem que tenham caracter compensatório e não remuneratório, não
estão abrangidos no âmbito de incidência do IRS.
Exemplo: quem fica a fazer horas extraordinárias recebe um valor compensatório e
não remuneratório caracter perigoso se generalizado.
Casa de habitação fornecida pela entidade patronal
Juros bonificados só até um determinado montante não é tributado (estamos em face
a um benefício fiscal)
Despesas de viagens
conexas (viagem de negócios a Paris afim da celebração de um contrato) e não
conexas (viagem a Punta Cana de férias)
Stock options: programas das milhas – titular das milhas e não à companhia?
Inventado para os directores gerais – fidelizar a pessoa aquela companhia.
EUA: um juiz tentou tributar as milhas. Contudo, embora uma circular tenha proibido a
tributação de milhas agora existe quem troque o valor das milhas por
electrodomésticos, designadamente frigoríficos. Solução: milhas em viagem não são
tributadas, mas quando se trocam por frgorfcos são.
Carro da empresa
Caso: António é jurista da empresa GOLP. Do seu pacote salarial faz parte um carro
ate 20mil euros.
(pergunta) António é tributado pela carrinha? Depende da verificação de certas
circunstâncias previstas pela lei.
O carro da empresa – art. 2º/3 al. b) nº9 CIRS
Utilização pessoal
Pelo trabalhador ou membro de órgão social de viatura automóvel. Até há
poucos anos só fazia referencia ao trabalhador.
Que gere encargos para a entidade patronal???? inicia-se a desconfiança
deste artigo como poderia não existir encargos, eis a questão! O Prof. João
Gama acha que esta parte está pensado para os stands de automóveis
(existem muitos carros)
Quando existe acordo escrito entre o trabalhador ou membro do órgão social
e a entidade patronal sobre a imputação aquele da referida viatura
automóvel?!?!
(pergunta) a gratificação que um empregado de um casino recebe de um cliente é
tributada – art. 2º/3 al. g) razão de ser: se não trabalhasse naquele local não
receberia aquela gorjeta – não é uma doação.
Gorjeta – art. 2º/3 al g) CIRS
Direito Fiscal FDUCP
Maria Luísa Lobo – 2011/2012 Página 37
As gratificações auferidas pela prestação ou em razão da prestação de
trabalho, quando não atribuídas pela respectiva entidade patronal
ATENÇÃO 72/3
Ac.TC 497/97
art. 72º/3 CIRS: tributadas à taxa de 10%
Relevância das Gorjetas no caso dos empregados de casino: uma vez que são dadas
em fichas, elas (gorjetas) tem de ser declaradas. Empregados de casino irritam-se
com a al. g) na medida em que dizem que a norma não é geral, violando o princípio
da igualdade fiscalidade na medida em que só se aplica a eles.
Tribunal Constitucional: não existe nenhuma violação, sendo a norma geral e
abstracta.
As Gorjetas não possuem nenhuma destas características
Declaração da entidade patronal e retenção na fonte
Transferências bancarias
Deduções para a segurança social
Não
Segurança Social
RUS e lazer
O passe social
Universal
Directo (não abrange filhos)
art. 2º/8 al. C) CIRS só se aplica em relação à Categoria A
As prestações relacionadas exclusivamente com acções de formação
profissional dos trabalhadores
Quer estas sejam ministradas pela entidade patronal
Quer por organismos de direito público
Ou entidades reconhecidas como tendo competentes nos domínios da
formação e reabilitação profissionais pelos ministérios competentes
LLM na Católica
Advogado Da Vieira de Almeida (é tributado na categoria B)
Jurista da TMN (sim, se verificados os requisitos)
Cardiologista do Hospital de Santa Maria (o prof. João Gama entende que tem
de se relacionar com a profissão)
art. 2º/10 CIRS
Entidade patronal toda aquela que pague ou coloque à disposição
renumerações que, nos termos deste artigo constituam rendimento de trabalho
dependentes sendo a ela equiparada qualquer outra entidade que com ela
esteja em relação de domínio ou de grupo independentemente da respectiva
localização geográfica.
Direito Fiscal FDUCP
Maria Luísa Lobo – 2011/2012 Página 38
Casos em que não há relação de domínio ou grupo?
Os rendimentos da categoria A têm sempre deduções específicas
Aula 16 – 17 de Novembro
Determinação dos Rendimentos Líquidos
Aos rendimentos brutos da categoria A deduzem-se
Até à sua concorrência
E por cada titular que os tenha auferido
Os seguintes montantes (ART. 25º/4 CIRS): por cada titular da categoria A que
tenha tido rendimentos
72% de 12 X IAS = 3622Euros
75% de 12 X IAS = 3772.98
Quotizações
Formações: sendo jurista de uma empresa e querendo tirar um MBA
para passar a ser gestor, essas despesas são consideradas? O Prof.
acha que sim.
Se contribuintes obrigatórios para SS e sistemas de saúde maios que 3622
então esse valor.
Problema do art. 25º/4 CIRS: pode-se deduzir em sede de IRS as quotas provenientes
das ordens profissionais? Questões: (1) é o sujeito passivo que suporta a quota, e não o
escritório de advocacia como muitas vezes sucede? (2) o pagamento da quota é
indispensável ao exercício da actividade? No caso dos advogados sim, mas o
economista por exercer economia sem estar inscrito. (3) por conta de outrem? Se for
por conta própria inseria-se na categoria A.
Deduções específicas (art. 25º CIRS): específicas na medida em que são especificas
de cada categoria Visam tornar líquidos os rendimentos brutos (este não é um
verdadeiro indicador da capacidade contributiva – é necessário tributar apenas o
rendimento que a pessoa tem disponível)
art. 27º CIRS
Caso: Moutinho, jogador do SCB, tem um salário de 200 mil euros/mês. Sugira-lhe um
modo de reduzir o IRS.
De acordo com o artigo mencionado, se todos os meses colocar 150 mil euros no
seguro não é tributado desde que exerça uma profissão de desgaste rápido.
Progressividade do imposto – razão pela qual coloca que certas profissioes de
desgaste rápido tenha uma posição preveligiada?
Pergunta – categoria B rendimentos profissionais e empresariais
Empresariais e Profissionais
Os decorrentes do exercício de qualquer actividade comercial, industrial,
agrícola, silvícola ou pecuária.
Direito Fiscal FDUCP
Maria Luísa Lobo – 2011/2012 Página 39
CIASP: Empresariais
Os auferidos no exercício por conta própria .. al b)
Quais são? (art. 4º CIRS)
Elenco exemplificativo
Ciasp
Profissionais?
Zé Colmeia?
relevancia
Pergunta clássica de oral: pesca é uma actividade comercial industrial para efeitos do
CIRS, e não uma actividade pecuária.
Al. l m + nº2 actividades agrícolas meramente acessórias, não conexas
151 CIRS: EFEITO MERAMENTE ESTATISTICO
AL C)
Aula 17 - 22 de Novembro
São ainda tributáveis em categoria B, desde que imputáveis:
Rendimentos Prediais
Capitais
Mais-Valias
O objectivo do legislador é tentar tributar os sujeitos da categoria B como se estes
fossem empresas, não fazendo sentido tributa-los nos seus rendimentos pessoais.
Categoria B enquanto força atractiva/magnética: atrai rendimentos de outras
categorias quando imputáveis a uma actividade da categoria B.
E ainda ..
Indemnizações conexas com a actividade exercida – Visa evitar abusos
Cessão temporária de estabelecimento
Subsídios ou subvenções a) e b). E a al c)?
Actos isolados
Os que não resultem de uma prática previsível ou reiterada
al. a) e b)
antes: requisito dos 50%
Problema: venda de um quadro de uma colecção? Como é que se tributa?
Embora, segundo o Prof. João Gama, sejam actos comerciais isolados e devessem ser
tributados a verdade é que não são tributados.
Timing
Direito Fiscal FDUCP
Maria Luísa Lobo – 2011/2012 Página 40
Tributação
Pagamento/ recebimento?
Momento da emissão da factura
…
Ou contabilidade
(pergunta) Os Actos Isolados encontram-se sujeitos ao regime simplificado
Determinação do Rendimento Líquido
Contabilidade Organizada
Regime simplificado
Opção e limites
Atenção: opção pelas regras da Categoria A
Atenção II: actos isolados – regime simplificado
Rendimento Simplificado
Vendas, hotelaria e restauração coeficiente de 0.20
Outros rendimentos – coeficiente de 0.70
art. 31º/1 do CIRS: actualmente não se encontra em vigor. O que se encontra em vigor
é um regime transitório – art. 31º/2 CIRS
(pergunta) Um advogado que facture 100.000Euros, tem o seu rendimento tributável
em 70.000Euros aplica-se um coeficiente de 0.70
Contabilidade organizada – art. 32º CIRS custos dedutíveis superiores a 30% deve-se
fazer o plenamente fiscal de acordo com a contabilidade organizada; caso os custos
dedutíveis sejam inferiores a 30% deve-se optar pelo regime simplificado.
(pergunta) Qual o método que respeita melhor o Princípio da Capacidade
Contributiva? A Contabilidade Organizada.
Categoria E
(pergunta) Os juros de um depósito a prazo são tributados na Categoria B e na
Categoria E – depende.
Rendimentos de Capitais: art. 5º e 6º CIRS
- com excepção dos ganhos e outros rendimentos tributados noutras categorias
al. p)
= Caracter residual – tentou-se na Reforma de 2007 que a Categoria G fosse a
categoria residual, mas não aconteceu – categoria E com maior força
expansiva contudo sempre de acordo com o nº1.
Atenção: art. 9º/1 in fine
Atenção II: Renault Gest (AcTC 756/95)
Aula 18 - 24 de Novembro
Rendimentos Passivos
Direito Fiscal FDUCP
Maria Luísa Lobo – 2011/2012 Página 41
Realidades Mobiliários
Preocupação anti-evasão (criação de novos produtos que poderiam escapar à
tributação).
Juros
art. 71º al. a) + art. 71º/6 + art. 22º/3 al b) + art. 22º/5 CIRS
PERGUNTA DE ORAL: sendo revogado o art. 5º/2 al a) e al b) os juros derivados de
depósitos à ordem ou a prazo continuam a ser tributados? Sim – art. 5º/1 e art. 5º/2 al.
p)
rendimento da categoria E
os rendimentos desta categoria são tributados através de uma taxa
liberatória (retenção na fonte a título definitivo) – na generalidade dos
casos, o banco retém na fonte e entrega ao Estado e o sujeito passivo não
tem de declarar nem tem de englobar violação do Princípio da
Capacidade Contributiva? art. 104º/1 CRP
Argumentos a favor das Taxas Liberatórias
Eficiência: relaciona-se com a proporcionalidade – é mais fácil pois na
maioria dos casos encontram-se em causa quantias muito pequenas.
Nunca existira um grande problema de igualdade uma vez que as quantias
serão muito pequenas e não faria sentido obrigá-las a declarar para depois
ter-se de acertar as contas.
Não podemos obrigar as pessoas a declarar os seus rendimentos de
depósito a prazo uma vez que se assim fosse estaríamos a violar o sigilo
bancário e privacidade: argumento determinante na Reforma de 89’. Hoje
não faz sentido este argumento uma vez que é no Banco que está a
riqueza e deve existir transparência para o controlo das transferências.
Capacidade Contributiva: (1) disposição legal: a tributação liberatória dos
rendimentos capitais permite o englobamento pelo sujeito passivo, não
ficando ninguém prejudicado (2) teoria económica: os juros tem de ser
tributados com uma forma diferente e menor face à tributação media –
deve-se a um fenómeno económico que faz com que a realidade que
esta sujeita a tributação deva ter uma tributação mais benéfica, deste
modo o capital/juros devem ser sempre tributados de uma forma diferente
devido à inflação –a base tributaria de ano para ano decresce por efeito
da própria economia monetária internacional.
Lucros/Dividendos
Maria tem 1000 acções da UCP Lda. A UCP Lda. distribuiu dividendos de 1,5€ por
acção. Quid fiscus?
‘’dividendos’’ da pessoa que os recebe – tributados em Sede de IRS.
Fim do ano: 1500€. Como é tributada?
Direito Fiscal FDUCP
Maria Luísa Lobo – 2011/2012 Página 42
Problema Subjacente: Dupla Tributação Económica (art. 40º - A CIRS – não é um
beneficio fiscal, pois visa apenas que não exista prejuízo fiscal para as pessoas que
investiram o seu dinheiro numa empresa que já foi tributada) Retenção na Fonte em
taxa de liberatória (art. 71º/1 al. c) e nº6 CIRS + art. 5º/2 al. h) CIRS)
Englobamento (juros – totalidade; dividendos – parcial, apenas 50%) retenção na
fonte com a natureza de pagamento na conta
Categoria F – art. 8º CIRS
Rendas
Prédios
Titulares
POCAD (Pago Ou Colocado à disposição dos titulares dos prédios)
Problema de evasão
Articulação com leis de arrendamento
Rulote no quintal: rendimento predial, a menos que eu a alugue.
Aula 19 – 29 de Novembro
Despesas na Categoria F (art. 41º CIRS – dedução específicas de um rendimento)
Manutenção OU Conservação
Incumbam e sejam suportadas
Documentalmente provadas (normalmente factura)
Contribuição Autárquica? Hoje designa-se como IMI (antiga sisa era as
contribuições Autárquicas)
Propriedade Horizontal – despesa do condomínio + despesas extras do
condomínio + seguros
(obrigação) – seguros
Atenção: não dá deds na SL
Qualquer obra de melhoria que realize no imóvel terá de ser dedutível à renda: pode
valorizar o imóvel, aumentar o renda/mês – a Administração Fiscal não se deve
pronunciar aqui.
Clássica ‘’fraude fiscal’’ neste caso: obras em minha casa e depois digo que tal
ocorreu na casa que tenho arrendada.
‘’A Administração Fiscal tem de tributar os rendimentos líquidos, não a estupidez.’’
Categoria G – Incrementos Patrimoniais
Mais-Valias
Indemnizações
Obrigação de não concorrência – caso normal: A (engenheiro informático)
montou o sistema informático de um grupo de supermercados e quer se
Direito Fiscal FDUCP
Maria Luísa Lobo – 2011/2012 Página 43
despedir e então em troca de uma certa quantia monetária estabelece-se
que por três anos, por exemplo, não pode trabalhar naquele sector OU A
compra a farmácia a B e estabelece que este último não pode trabalhar no
sector durante certo período de tempo e utilizar os contactos que já possui no
ramo.
Acréscimos não justificados: de acordo com a LGT (art.89º), as finanças
chegando à conclusão que determinado sujeito passivo obteve um
rendimento que não declarou pode tributar o mesmo.
Mais- Valias (art. 10º CIRS)
Subsidiário
Direitos reais sobre imóveis
Afectação
Alienação de partes sociais
Alienação propriedade industrial ou intelectual (atenção)
Exemplo
Categoria B: escritor escreve um livro e tem os seus direitos de autor
Categoria G: esse mesmo escritor transmite os seus direitos a outrem – art. 10º/1
al. c)
Caso
Maria compra uma casa em Lisboa onde habita por 120. 000€ em 2005. Vende em
Novembro de 2011 por 500. 000€
Como fazer para não pagar IRS?
Em 2005 – quem pagou IRS foi o sujeito passivo enquanto pessoa singular que alienou.
Em Novembro de 2011 – a alienação traduz-se numa mais-valia para Maria.
Maria, para não pagar IRS, tem de:
Reinvestir os rendimentos provenientes da alienação – reinvestir o valor de
realização (art. 10º/5 CIRS – artigo que traz mais complicações)) noutro imóvel
com o mesmo destino, neste caso de habitação. Ou seja, habitação de
destino própria e permanente do sujeito passivo ou do seu agregado familiar
Exemplo: pai vende a sua casa em bragança para comprar uma casa em
Lisboa para a filha – a Administração Fiscal às vezes entende que o destino não
é o mesmo (o destino tem de ser o mesmo em ambos). O Prof. João Gama
discorda.
E se Maria tivesse comprado a casa nova antes de vender a antiga? Tal é possível nos
termos do art. 10º/5 al. b) CIRS.
art. 10º/5 al. a) CIRS: antigamente a norma terminava com ‘’território português’’ o
que violava o Princípio das Liberdades Fundamentais de Pessoais e Capitais (o Tribunal
nunca entende se é de pessoas ou de capitais). Argumento das Finanças Portuguesas:
e se uma pessoa comprar uma casa na Lapónia, como é que se sabe a veracidade
de tal? Não existia maneira de controlar. Contudo, as dificuldades administrativas não
Direito Fiscal FDUCP
Maria Luísa Lobo – 2011/2012 Página 44
são uma justificação à discriminação na medida em que existe ADTS. Havendo
acordos de dupla tributação em que os dois países trocam informações tal deve ser
utilizado.
Caso
Ana tem uma matéria colectável de 100. 000€. Qual a colecta?
ana 100 mil euros
66. 045 0.3231 21.286.96
33. 955 0.435 14.770,43
36.057,39
ANA E PEDRO 100 mil
50. 000
42. 259 0.28586 12.080,16
7. 741 0.38 2.941,58
15.021,74
30.043, 48
Ana e Pedro têm uma matéria colectável de 100. 000€. Qual a colecta?
Aula 20 – 6 de Dezembro
Teste
Aula 21 – 13 de Dezembro
Abusos
O direito fiscal não deve tornar-se numa espécie de faroeste jurídico, em eu
praticamente todo o tipo de comportamento oportunista tem de ser tolerado desde
que seja conforme com uma interpretação formalista estrita das disposições fiscais
relevantes e que o legislador não tenha expressamente tomado medidas para impedir
esse comportamento
OP. AG – 255/02, Halifax
(pergunta) sempre existiu na lei portuguesa uma CGAA? Não
(pergunta) Pedro não declara metade dos seus rendimentos – a administração fiscal
não pode aplicar a CGAA Pedro pratica uma fraude fiscal, violando um dever de
cooperação.
(pergunta) a CGAA dá primazia à substancia sobre a forma
Neutralidade
Planeamento
Evasão/Elisão
Faroeste Jurídico
Interpretação Estrita
Segurança, legalidade, princípios materiais
Cláusulas especiais e gerais
Direito Fiscal FDUCP
Maria Luísa Lobo – 2011/2012 Página 45
art. 38º/2 LGT (CGAA):
actos ou negócios jurídicos
por meios artificiosos ou fraudulentos e com abuso de forma jurídicas
(redacção anterior deste artigo não possuía esta parte) tem que existir
artificio, construção jurídica que abusa da norma de incidência;
Tipo de Norma: é necessário olhar para a norma que está a ser violada e
verificar se ela está ou não a ser violada com intenção, ou seja a fim de obter
vantagens fiscais. Exemplo: normas dos benefícios fiscais
Casamento
Seguro dedutível
Caso das acções próprias: até há dois anos se se vendesse acções de
sociedades anonimais que se possuía há mais de doze meses quem vendia
não era tributado. Hoje, atingindo-se um nível de desenvolvimento económico
em Portugal, os fundadores de determinadas sociedades estão a deixa-las
passando a geri-las os seus filhos e netos (sociedades familiares). Na
restruturação destes grupos, podia-se pensar que o pai venderia as suas
acções aos filhos, o primeiro não seria tributado mas os filhos não teriam
dinheiro para pagar e também não se ia vender a outras pessoas porque os
filhos não queriam ficar subordinados a outra pessoa. Solução: acções próprias
– quem compra as acções são a sociedade! Contudo, a Administração Fiscal
veio dizer que não se sendo tributado quem vende estávamos perante uma
distribuição de lucros quando se vende as acções à própria sociedade. Existe
abuso de formas jurídicas? O Prof. João Gama defende que não: a lei não se
encontrava escondida e era invocada pelo Estado para acalmar o mercado
de trabalho.
Essencial ou principalmente dirigidos à redução, eliminação ou deferimento
temporal de impostos – pode-se ter um negócio dirigido em 80% a um fim fiscal,
e os restantes 20% destinados a um fim não fiscal reconhecimento expresso
de actos destinados a reduzir os impostos desde que não sejam artificiosos.
art. 38º/2 LGT: aplica-se só a impostos, ou também a taxas e contribuições? Prof. João
Gama: considera que quando o artigo refere ‘’impostos’’ deve-se ler ‘’tributos’’.
Em resultados de factos, actos ou negócios jurídicos de idêntico fim económico
que seriam devidos
Ou à obtenção de vantagens fiscais que não seriam alcançadas, total ou
parcialmente, sem utilização desses meios
São ineficazes estatuição
No âmbito tributário
Direito Fiscal FDUCP
Maria Luísa Lobo – 2011/2012 Página 46
Efectuando-se então a tributação de acordo com as normas aplicáveis na sua
ausência e/(ou) não se produzindo as vantagens fiscais referidas ausência
do acto abusivo!
(pergunta) a aplicação da CGAA é um procedimento normal, aplicada pela
Administração Fiscal
art. 63º CPPT
Procedimento Próprio
Para a CGAA
4anos (!)
Decisão autónoma com RH
Audição, fundamentação
IV no prazo de 150 dias (!)
‘’dirigente máximo’’ há quem entenda que o dirigente máximo do serviço em
causa (actual director da actividade aduaneira); o Prof. João Gama entende que
deveria ser o Ministro das Finanças!
No art. 63º/9 do CPPT não se faz referencia ao requisito do acto ser fraudulento
(remete para o art. 38º/2), sendo a parte da fundamentação é um processo muito
complicado sendo aqui que a Administração falha na maioria das vezes.
Aula 22 – 15 de Dezembro
O Exame: três tipos de questões
1. Bloco de questões semelhantes ao do 2ºteste
2. Bloco de questões semelhante ao do 1ºteste
3. Pergunta desenvolvimento, mas curta