farmácia nova do infantado «virada para futuro» · «virada para o futuro ... suíço é uma das...
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Farmácia Nova do Infantado
«Virada para o futuro»
A Farmácia Nova doInfantado, um espaço com300 m
2, orgulha-se de serum espaço que funcionacomo um relógio suíço.Gerida por um casal de
jovens empreendedores,aposta numa rigorosagestão de stocks de produtosfarmacêuticos, que é já umdos seus maiores trunfos, mastambém na diversificação de
serviços. Esta farmácia estáaberta todo o ano.
Ummagnífico relógio de alta precisão
suíço é uma das imagens de marca da
Farmácia Nova do Infantado (FNI), loca-
lizada na 4. a fase da Urbanização do Infantado,
em Loures. Com o mecanismo totalmente a
descoberto, a imponente máquina do "tem-
po" consegue atrair a atenção dos olhares dos
clientes que esperam pacientemente a sua vez
de ser atendidos. A passagem do tempo, mar-
cada compassadamente na referida máquina,lembra-nos que a ditadura das horas não se
compadece com desatenções ou distrações,ainda para mais nos tempos em que vivemos.
Nem só os relógios vivem da exatidão. Também
a gestão deste espaço é pensada e executada
ao pormenor, com precisão de relojoeiro, porassim dizer.
0 gestor Bruno Peres, sócio fundador do
espaço (que pertence a um grupo que detémmais três farmácias) garante que deposita o
máximo de atenção e saber na gestão de stocks,
dado que uma correta administração da panó-
plia de produtos presta uma preciosa cartada na
fidelização dos clientes - ainda para mais numa
altura em que têm sido detetadas várias escas-
sezes de medicamentos em muitas farmácias
de norte a sul do país.
«Os clientes entram na nossa farmácia e já sa-
bem de antemão que vão ser atendidos e não
têm de andar a "saltar" de farmácia em farmá-
cia para aviar as suas receitas. Esse fator é uma
mais-valia para nós, tendo em conta que temos
um stock que praticamente cobre todas as ne-cessidades dos nossos clientes», sublinha.
A gestão minuciosa de stocks «é feita à custa
do acompanhamento total e de muitas horas
por dia dedicadas exclusivamente a esta verten-te da gestão». 0 administrador sublinha porém
que o rigoroso controlo de stocks é feito à custa
de um «investimento financeiro considerável».
Segundo Bruno Peres, a FNI tem armazenado
um stock que custou «mais de 400 mil euros»
em produtos farmacológicos. Esta aposta, diz,
tem funcionado como agregadora de pessoas e
clientes ao espaço.
Duo dinâmico
Atrás de uma grande homem há sempre uma
grande mulher, diz o adágio popular. Maria Edu-
arda Fernandes, diretora técnica, coproprietáriada farmácia e esposa de Bruno Peres, é a verda-
deira operacional da farmácia e é atrás do bal-
cão, no contacto pessoal com os clientes, que se
sente como "peixe na água".
O casal complementa-se na perfeição, cada
qual com as suas competências. Dotado para a
gestão, Bruno Peres toma conta da vertente ad-
ministrativa e comercial do negócio, enquantoa farmacêutica deposita toda a sua energia no
atendimento personalizado e profissional aos
clientes. A diretora técnica, de resto, diz-se «or-
gulhosa» por trabalhar num estabelecimento
que «oferece todas as condições quer aos clien-
tes, quer aos colaboradores», o que acaba por
funcionar como a argamassa que solidifica o es-
pírito de equipa entre todos aqueles que traba-
lham na FNI. «De facto, toda a gente está moti-vada e isso reflete-se para o exterior», esclarece.
«Os olhos também comem»
Transferida de Lisboa, onde se encontravadesde 1957, instalou-se na sua nova casa emfevereiro de 2009. Instalada numa loja queconta com instalações modernas, espaçosas
(300 m2) e com uma decoração sóbria, mas
atraente, o que confere ao espaço um toque vi-
sual arrogado, acético e agradável, quer na ex-
posição dos produtos farmacêuticos, quer na
exposição dos produtos de beleza, a FNI possui
um diversificado leque de produtos de saúde,
para além de um gabinete de atendimento
personalizado, onde qualquer utente poderá
pesar o seu bebé, fazer análises ao colesterol,
glicemia, acido úrico, creatinina e vigiar o seu
peso e pressão arterial.
«Somos uma farmácia virada para futuro.
Achamos que, para além da qualidade no aten-
dimento, a qualidade destas modernas instala-
ções ajuda a atrair mais pessoas. Os olhos tam-bém comem!», assevera o gestor.
Por seu turno, Maria Eduarda Fernandes jus-tifica esta oferta variada de produtos e serviçoscom as necessidades de adequação às exigên-cias atuais, nomeadamente na oferta de servi-
ços que atuam na promoção da prevenção da
doença.
«Sim, nós não podemos limitar-nos a "estar"
ali ao balcão. Temos de adequar os nossos servi-
ços àquilo que as pessoas querem. Por exemplo,duas das pessoas que trabalham na farmácia
estão a receber formação adequada para fazer
injetáveis. Temos tido muita procura e não que-remos deixar prestar um serviço que pode ser
uma mais-valia para o nosso estabelecimento,
uma vez que aos fins-de-semana e feriados não
Parcerias com empresas
Numa altura em que há já perto de mil
farmácias à beira do abismo, segundodados ANF, a FNI tem marcado pontosna batalha pela sobrevivência de um
negócio que dá emprego a oito pesso-as. Para além da referida atenção depo-sitada na gestão de stocks, a adminis-
tração tem procurado ir ao encontro denovos clientes, estabelecendo parceriascom várias empresas da região. E são jámais de 20 os empresários que aderi-ram a esta parceria. «Estes acordos são
muito positivos para todos porque nos
ajudam a ter um conjunto alargado e
fixo de clientes - as pessoas que traba-lham nessas mesmas empresas - e são
positivos para quem usufrui da parceria,uma vez que adquirem medicamentoscom descontos que podem chegar aos
20%», frisa Bruno Peres.
há ninguém que dê injeções nos serviços públi-cos de Saúde e nós podemos aproveitar esse
fator para marcar pela diferença e chamar até
nós mais pessoas», refere a responsável.Por outro lado, uma das técnicas da far-
mácia está já a receber formação em pue-ricultura para responder às «muitas dúvi-das» que as mães que habitam neste bairro
põem no dia-a-dia. «Grande parte dos nos-
sos clientes são jovens, entre os 30 e os 45
anos, e têm filhos pequenos ou bebés. A
oferta de um serviço de aconselhamento de
puericultura é uma necessidade e funciona
como um fator de satisfação para a minhaclientela», justifica.
A responsável realça que estas medidasentroncam na vontade de corresponder a
uma filosofia de «adaptação às necessidades
das pessoas». «Os nossos clientes sabem quepodem contar connosco», reitera, acrescen-tando que a múltipla oferta de produtos e
serviços «faz com que toda a equipa se sinta
realizada porque vemos que as pessoas vol-
tam e se sentem bem tratadas».
Crise à porta
Apesar dos efeitos reais da crise ainda não
terem chegado às portas da FNI, uma vez queestá embalada num contraciclo de crescimento,«tendo em conta o horário alargado que presta-mos», Bruno Peres salienta que «ninguém está
imune» às tormentas que teimam em rondar
os céus portugueses. Para já, o administradormantém-se «otimista», mas «atento» às mudan-
ças que vão entrar em vigor já em 201 2.
«Se conseguirmos aguentar tal como esta-
mos neste momento, penso que vamos con-
seguir suportar o impacto das medidas. Mas
ninguém sabe ao certo as reais implicações das
alterações que aí vêm (nota: falámos com os en-trevistados ainda em 201 1). Neste setor, a ten-dência para intervir é muito grande, há medidas
a ser tomadas praticamente todas as semanas.
Por isso, vamos esperar para ver... Até porquehá uma série de medidas, nomeadamente a
descida generalizada do preço dos medicamen-
tos, que vão influenciar, e de que maneira, o
nosso funcionamento enquanto entidades queprestam um serviço de saúde à população, mas
também enquanto empresas», desabafa.
A importância do descanso
No início da vida deste espaço, a FNI tinha
um horário alargado até às 22h, mas fecha-
va um dia por semana e em alguns feriados.Como "em tempo de guerra não se limpamarmas", o casal de proprietários resolveu to-mar uma medida radical: ter as portas aber-
tas 365 dias do ano e encerrar uma hora maistarde. A medida, na visão de Bruno Peres, deumaior visibilidade ao estabelecimento e au-mentou os níveis de confiança. «Esta mudan-
ça resultou da conjuntura atual, da necessida-
de de criar condições para realizar um maior
encaixe financeiro diário, visto que as despe-sas são muito avultadas e tivemos que alargaro nosso horário de atendimento». Como esta
medida organizativa implicaria mudanças demonta nos horários do espaço e consequen-tes alterações práticas na carga horária dos
funcionários, a direção da FNI resolveu criar
outras condições de trabalho para a equipa.Assim, os colaboradores têm à sua disposiçãoum espaço de lazer que conta com uma cozi-nha, onde podem tomar as suas refeições, ou
pura e simplesmente descansar e descontrair.E nem falta uma consola de jogos... Se esti-
verem mesmo muito cansados, podem tomarum retemperador duche.