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RIO PARDO, NOSSA RESERVA ESTRATÉGICA ARQUITETURA Templos religiosos têm normas próprias de construção MADEIRA As diferenças entre o que é legalizado e o que é certificado CIÊNCIA Bactérias geram energia e luminosidade Segundo o Comitê da Bacia Hidrográfica do Pardo, a água tem qualidade Boa para o abastecimento público AEAARP painel Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto Ano X nº 264 março/ 2017

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RIO PARDO,NOSSA RESERVAESTRATÉGICA

ARQUITETURATemplos religiosos têm normas

próprias de construção

MADEIRAAs diferenças entre o que é

legalizado e o que é certificado

CIÊNCIABactérias geram energia e

luminosidadeSegundo o Comitê da Bacia Hidrográfica do Pardo, a águatem qualidade Boa para o abastecimento público

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Ano X nº 264 março/ 2017

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O termo tecnologia vem do grego e significa técnica, arte, ofício e estudo quepodem, muitas vezes, serem convertidos em ferramentas e conhecimento.A origem é tão antiga quanto a própria humanidade e, desde os primórdios,necessita dos recursos naturais para ser desenvolvida. Por mais empolgantee desafiadora que seja essa descrição, o uso dos recursos naturais renderamconsequências graves em todo o mundo. Nesta edição, vamos nos ater àquestão da água.O rio Tâmisa, por exemplo, que corta a cidade de Londres, na Inglaterra, foiconsiderado biologicamentemorto, e reviveu depois de 50 anos, graças à tec-nologia empregada em sua recuperação. O Sena, emParis, na França, tambémfoi degradado pela poluição industrial e o descarte de esgoto doméstico. EmLisboa, Portugal, o rio Tejo, consumiu 800 milhões de euros na revitalização.Em Seul, na Coreia do Sul, o rio Cheonggyecheon bateu todos os recordes: foirevitalizado em apenas quatro anos. Haja tecnologia e recurso!O que esses exemplos têm a ver com a gente? O rio Pardo é um rio vivo, pa-trimônio inestimável, com qualidade de água comprovadamente boa e queprecisa receber atenção e respeito dos cidadãos. Ao contrário do que muitagente irresponsável deseja fazer as pessoas acreditarem, oPardoéuma reservaestratégica, que deve ser explorada de forma planejada, em médio e longoprazos. Essa é uma forma inteligente de utilizar o rio garantindo sua preserva-ção. Combinando ações de exploração do rio como fonte de abastecimento epolíticas de reutilização, Ribeirão Preto garantirá o crescimento sustentável.Omais recente relatório doComitê daBaciaHidrográfica doPardo (CBH-Pardo)revela que a água tem qualidade Boa para consumo humano e apresentaproblemas em alguns pontos em relação à fauna e à flora. O relatório temainda uma informação preocupante: a água subterrânea, que é explorada emvários aquíferos, além do Guarani, têm qualidade regular.Todos os esforços empreendidos pelas autoridades para a destinação etratamento do esgoto são insuficientes para evitar que o esgoto chegue aosefluentes, como o ribeirão Preto, e, finalmente, ao rio Pardo. A água do riodeve servir para abastecer omesmo ser humano que, por ignorar informaçõescorretas, acaba poluindo-a e, não raro, cai emhistórias fantasiosas. O caminhocerto é usar a tecnologia para preservar e explorar o rio com sustentabilidade.Eng. civil Carlos Alencastre

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ESPECIAL 05Vamos beber água do rio Pardo?

PRODUTIVIDADE 11Tabelas dinâmicas: produtividade na análise de dados

ARQUITETURA 12Do colonial ao contemporâneo: o que mudouna arquitetura religiosa

ARTIGO 16Troca de lâmpadas gera redução do consumo

MATERIAIS 18Madeira legal x madeira certificada

PESQUISA 22Energia produzida por bactérias

SOCIAL 23Teve carnaval na AEAARP

CREA-SP 24Registro do Acervo Técnico comprovacompetências profissionais

GESTÃO 25O desafio de uma boa contratação

NOTAS E CURSOS 26

DIRETORIA OPERACIONALDiretor Administrativo: eng. agr. Callil João FilhoDiretor Financeiro: eng. agr. Benedito Gléria FilhoDiretor Financeiro Adjunto: eng. civil e seg. do trab. Luis AntonioBagatinDiretor de Promoção da Ética de Exercício Profissional: eng. civilHirilandes AlvesDiretor Ouvidoria: eng. civil Milton Vieira de Souza Leite

DIRETORIA FUNCIONALDiretor de Esportes e Lazer: eng. civil Rodrigo Fernandes AraújoDiretor de Comunicação e Cultura: eng. agr. Paulo PurrenesPeixotoDiretor Social: arq. e urb. Marta Benedini VecchiDiretor Universitário: arq. e urb. Ruth Cristina MontanheiroPaolino

DIRETORIA TÉCNICAAgronomia, Agrimensura, Alimentos e afins: eng. agr. Jorge LuizPereira RosaArquitetura, Urbanismo e afins: arq. Ercília Pamplona FernandesSantosEngenharia e afins: eng. Naval José Eduardo Ribeiro

Rua João Penteado, 2237 - Ribeirão Preto-SP - Tel.: (16) 2102.1700 - Fax: (16) 2102.1717 - www.aeaarp.org.br / [email protected]

Eng. civil Carlos Eduardo Nascimento AlencastrePresidente

Eng. eletr. Tapyr Sandroni Jorge Eng. civil Arlindo Antonio Sicchieri Filho1º Vice-presidente 2º Vice-presidente

CONSELHO DELIBERATIVOPresidente: eng.º civil João Paulo de Souza Campos Figueiredo

Conselheiros TitularesEng.º agr.º Dilson Rodrigues CáceresEng.º civil Edgard CuryEng.º civil Elpidio Faria JuniorArquiteta e eng.ª seg.ª do trab.º Fabiana Freire GrelletEng.º agr.º Geraldo Geraldi JrEng.º agr.º Gilberto Marques SoaresEng.ºmec.º Giulio Roberto Azevedo PradoEng.º elet.ª Hideo KumasakaEng.º civil Wilson Luiz LagunaEng.º civil Jose Aníbal LagunaArquiteto Luiz Eduardo Siena MedeirosArq.ª e urb.ªMaria Teresa Pereira LimaEng.º civil Ricardo Aparecido Debiagi

Conselheiros SuplentesEng.º agr.º Alexandre Garcia TazinaffoArq.º e urb.ª Celso Oliveira dos SantosEng.º agr.º Denizart BolonheziEng.º civil Fernando Brant da Silva CarvalhoEng.º agr.º José Roberto ScarpelliniEng.º agr.º Ronaldo Posella Zaccaro

REVISTA PAINELConselho Editorial: eng. civil Arlindo Antonio Sicchieri Filho, arq.urb. Celso Oliveira dos Santos, eng. mec. Giulio Roberto AzevedoPrado e eng. agr. Paulo Purrenes Peixoto - [email protected]

Conselheiros Titulares do CREA-SP indicados pela AEAARP:eng. civil e seg. do trab. Hirilandes Alves eeng. mecânico Fernando Antonio Cauchick Carlucci

Coordenação Editorial: Texto & Cia ComunicaçãoRua Galileu Galilei 1800/4, Jd. Canadá,Ribeirão Preto SP, CEP 14020-620www.textocomunicacao.com.brFones: 16 3916.2840 | [email protected]

Editora: Daniela Antunes –MTb 25679Colaboração: Bruna Zanuto –MTb 73044

Publicidade: Departamento de eventos da AEAARP - 16 2102.1719Angela Soares - [email protected]

Foto da capa: Grupo Drone nas AlturasTiragem: 3.000 exemplaresLocação e Eventos: Solange Fecuri - 16 2102.1718Editoração eletrônica:Mariana Mendonça NaderImpressão e Fotolito: São Francisco Gráfica e Editora Ltda.

Horário de funcionamentoAEAARP - das 8h às 12h e das 13h às 17hCREA - das 8h30 às 16h30Fora deste período, o atendimento é restrito à portaria.

painel A s s o c i A ç ã ode engenhAriAArquiteturA eAgronomiA deribeirão Preto

Painel não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. Os mesmos também não expressam, necessariamente, a opinião da revista.

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VAMOS BEBER ÁGUADO RIO PARDO?

Último relatório do Comitê da Bacia Hidrográfica do Pardorevela que a qualidade da água para abastecimento é Boa eexpõe preocupação com a qualidade das águas subterrâneas

Afinal, é viável abastecer a cidadedeRi-beirão Preto utilizando a água do rio Par-do? Se a questão é a qualidade da água,sim. “A águadoPardoapresentou-se comqualidade Boa nos quatro pontos demo-nitoramento”, informa o engenheiro LuísEduardo Garcia, coordenador do Grupode Trabalho Permanente do Relatório

especial

Anual de Situação e de Revisão do Planode Bacia do Comitê da Bacia Hidrográficado Pardo (CBH-Pardo).O Índice de Qualidade das Águas

(IQA), utilizado pelo Comitê para de-terminar a qualidade para utilizaçãono abastecimento público, tem cincoqualificações, de Ótima a Péssima.

O engenheiro Carlos Alencastre, di-retor regional do Departamento deÁguas e Energia Elétrica do Estado deSão Paulo (DAEE) e presidente da AE-AARP, esclarece que a classificaçãoÓtima é encontrada na maioria dasvezes em águas de nascentes ou emfontes de água mineral.

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A última versão do relatório foi divul-gada em janeiro deste ano e refere-seaos resultados obtidos a partir dasanálises de amostras coletadas emquatro pontos de monitoramento du-rante o ano de 2015.O Pardo tem 573 quilômetros de

extensão até a sua foz, no Rio Grande.Na área de gestão do CBH-Pardo, o rioimpacta 23 municípios que têm econo-mia baseada na agropecuária, indústria,comércio e serviços. A cana-de-açúcare o cultivo de laranja são as principaisatividades agrícolas, alémdas atividadespecuárias e de áreas de culturas irriga-das como cebola, batata e milho.A nascente do Pardo fica no estado de

Minas Gerais, em Ipuiúna, distante 260quilômetros de Ribeirão Preto. Na áreade gestão do CBH-Pardo vivem mais deum milhão de pessoas, 50% delas abas-tecidas pelo Aquífero Guarani. Somente

Os Pardos paulistas

No estado de São Paulo, trêsrios têm o mesmo nome -Pardo - conferido em razãoda cor da água. O que estásob a jurisdição do CBH-Pardoé o maior e mais caudaloso.Os demais estão nas regiõesde Botucatu (nascente emPardinho-SP) e Barra doTurvo-SP. Este último, emquase todo o percurso, marcaa divisa dos estados de SãoPaulo e Paraná.

Fonte: Comitê da Bacia Hidrográfica do Pardo

Fonte: Comitê da Bacia Hidrográfica do Pardo

pouco mais de 50 mil pessoas são abas-tecidas por suas águas em São José doRio Pardo (SP).O Comitê também leva em consi-

deração a qualidade das águas para

proteção da vida aquática, medido peloIVA (Índices de Qualidade das Águaspara Proteção da Vida Aquática e deComunidades Aquáticas). O objetivo éavaliar a qualidade das águas para finsde proteção da fauna e flora em geral.As características nesse caso diferem

da avaliação para consumo humano erecreação. “O IVA leva em consideraçãoa presença e concentração de conta-minantes químicos tóxicos, seu efeitosobre os organismos aquáticos e duasdas variáveis consideradas essenciaispara a biota – pH e oxigênio dissolvido–, variáveis agrupadas no Índice deVariáveis Mínimas para a Preservaçãoda Vida Aquática [IPMCA], bem como oÍndice do Estado Trófico de Carlson [IET].O IVA fornece informações não só sobrea qualidade da água em termos ecoto-xicológicos, como também sobre o seugrau de trofia”, detalha Garcia.

*Unidade Hidrográfica de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHI).

*

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Ele explica que omaior impacto sobreo rio é causado pelo despejo de esgoto,que chega ao Pardo através de seusafluentes, como o Ribeirão Preto. Alen-castre relata que, apesar de todos osesforços, investimentos e obras, o esgotochega ao rio de forma clandestina.Segundo o Ranking do Saneamento

Básico 2016, do Instituto Trata Brasil,98% do esgoto produzido em RibeirãoPreto são coletados.

Acidente

O último grande impacto daatividade industrial no Pardoaconteceu há 14 anos, em2003, quando o rompimentode um tanque na Usina daPedra, em Serrana (SP),provocou o derramamentode 100 mil litros de melaçono rio, causando grandemortalidade de peixes. Omelaço atingiu também oRio Grande, distante 150 kmda usina.

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A indústria e a agricultura não cau-sam qualquer impacto no rio. Segun-do Garcia, as atividades industriaissão monitoradas pela CompanhiaAmbiental do Estado de São Paulo(CETESB) desde o licenciamento,incluindo o controle da qualidadedos efluentes nos corpos d’água.Nos últimos anos não há notícias deimpactos significativos na qualidadedas águas do rio.

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No ano de 2015, segundo a CETESB,o indicador de potabilidade das águassubterrâneas de todo o estado deSão Paulo constatou que 77,5% dasamostras coletadas estavam própriaspara consumo humano. O resultado foiobtido a partir dos dados levantadospela rede de monitoramento da agên-

Fonte: Grupo de Trabalho Permanente do Relatório Anual de Situação dos Recursos Hídricose Plano de Bacia/UGRHI-4 Pardo – GT-RSPBObservação: dados primários extraídos do Relatório“QUALIDADE DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NO ESTADO DE SÃO PAULO 2013/2015” CETESB.

cia ambiental, envolvendo 282 poçostubulares e nascentes, correspondentesa sete aquíferos.O IPASédefinidoapartir dopercentual

de amostras de água bruta e apresentade forma genérica a qualidade das águascaptadas empoços tubulares e utilizadasprincipalmente para o abastecimentopúblico. Segundoaagência, a reduçãodoIPASna regiãodoGuarani pode justificar--se pelo longo período de estiagemocor-rido naquele ano, dentre outros fatores.Para Alencastre, as cidades que com-

Além do Pardo, compõem o CBH-Pardotodos os seus afluentes – 15 são mais re-presentativos – e o Aquífero Guarani que,paradoxalmente, apresentou o resultadoque mais preocupou o Comitê em relaçãoà qualidade das águas.Deacordocomorelatório, foramconsta-

tadas “desconformidades na qualidade daágua subterrânea nos pontos de monito-ramento, principalmente nos parâmetrosmicrobiológicos”, resultando na queda doIndicador de Potabilidade das Águas Sub-terrâneas (IPAS). De 2010 até 2014 o indi-cadoreraBOM;em2015caiuparaRegular.

põem o CBH-Pardo devem planejar oabastecimento para que não dependamexclusivamente do Aquífero Guarani.No caso da captação da água do Pardo,o projeto deve contemplar a extração,tratamento e distribuição da água.Nesse caso, o tratamento convencionalé suficiente para garantir a potabilida-

de da água. “A tendência é a de que aqualidade da água do Pardomelhore, jáque a estação de tratamento de esgotode Serrana está prestes a entrar emoperação”, argumenta.O planejamento de um sistema dessa

magnitude demanda pelo menos doisanos apenas para garantir a viabilidadetécnica – que inclui um estudo, projeto,outorga, relatórios de impacto ambien-tal etc. “As cidades precisam ter umplano de gestão das águas, pensar hojeo que farão no futuro”, alerta.

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FORA DO SISTEMA

No Brasil, 35 milhões de pessoasnão têm acesso ao abastecimentode água e 100 milhões nãotêm esgoto tratado.

Regiões brasileirasNorte: 16,42% do esgoto é tratado, e o índice de atendimento total é de 8,66%.Nordeste: 32,11% do esgoto é tratado.Sudeste: 47,39% do esgoto é tratado, e o índice de atendimento total de esgotoé de 77,23%.Sul: 41,43% do esgoto é tratado, e o índice de atendimento total é de 41,02%.Centro-Oeste: 50,22% do esgoto é tratado; apesar de ser a região com melhordesempenho, a média de esgoto tratado não atinge nem a metade da população.

Fonte: Instituto Trata Brasil

O Comitê foi instituído há 20 anos.Há oito anos faz o acompanhamentosistemático da qualidade da água naBacia Hidrográfica. Garcia destaca duasimportantes mudanças nesse período.A primeira deve-se à disposição finaldos resíduos sólidos domiciliares: em1997, 70% dos municípios usavamlixões, hoje são apenas dois. Houvetambém redução na carga orgânicadoméstica em razão do avanço notratamento do esgoto. “Em 1994, aredução da carga total gerada era desomente 23,2%, em 2015 alcançou-se74,7%, isto é, mais que triplicamos opercentual”, comemora.

SANEAMENTODe acordo com o Instituto Trata Bra-

sil, 83,3% dos brasileiros têm acesso àágua tratada e 50,3% da população têmacesso à coleta de esgoto.A cada 100 litros de água coletados

e tratados, em média, apenas 63 litrossão contabilizados. De acordo como Instituto, 37% da água no Brasilse perde em vazamentos ou não écontabilizada em razão de roubos,ligações clandestinas, falta de mediçãoou medições incorretas no consumo.O prejuízo é de R$ 8 bilhões. A somade todo volume de água perdida ounão contabilizada seria suficiente paraencher seis sistemas Cantareira, quetem capacidade de armazenar quaseummilhão de metros cúbicos de água.“O Brasil tem o maior volume de

água doce do mundo”, afirma Alen-castre. Dos 35 milhões de quilômetroscúbicos de águas brasileiras, 1% estáno Aquífero Guarani, que tem 40 milquilômetros cúbicos. Fonte: Instituto Trata Brasil

Em São PauloRede de água: 95,64Coleta de esgoto: 88,39Tratamento de esgoto: 61,25Perdas de água: 33,48

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ÁGUA EXIGE TECNOLOGIASemana de Tecnologia da Construção abre o calendário deencontros técnicos de 2017 com foco em obras hidráulicas

A força da água é incontrolável. Re-side aí o desafio de engenheiros quetrabalham em obras onde o volume, acorrenteza e a extensão são elementos

Tudo começounos anosde1980, quandofoi elaborado o primeiro plano de ma-crodrenagem da cidade. Desde então,a Região Metropolitana de São Pauloganhou 25 piscinões, parques lineares eum sem número de obras cujo objetivoé permitir que a água ocupe seu espaçosem causar danos à cidade.O engenheiro Ricardo Daruiz Borsari,

superintendente do Departamento deÁguas e Energia Elétrica do Estado deSão Paulo, vai falar sobre as obras nacalha do Tietê na Semana de Tecnologiada Construção, que acontecerá de 20 a22 de março na AEAARP. Neste ano, oevento tem focoemobras hidráulicas.Noevento, GilsonMendonça, da SABESP deFranca (SP), vai expor a exitosa experiên-cia de saneamentobásicona cidade, líderem coleta e tratamento de esgoto entreas 100 maiores cidades do país.A conclusão do evento será na Espla-

nada do Theatro Pedro II, no dia 22 demarço, data que marca o Dia Mundialda Água, com uma ação em parceriacom o Departamento de Água e Esgotode Ribeirão Preto (DAERP). “Engajar apopulação e conscientizá-la sobre a ne-cessidade de usar racionalmente a águaé dever da sociedade civil organizada”,conclui o presidente da AEAARP.

retificaram o córrego Retiro Saudosoe o Ribeirão Preto, na região centralda cidade, e expôs as dificuldadesenfrentadas na época.“Obras hidráulicas são complicadís-

simas, as intervenções incluem, muitasvezes, ancoragem, além das sondagensnecessárias para averiguar as dificulda-des e desafios que serão enfrentados”,resume o engenheiro Carlos Alencastre.Um exemplo de proporções gigan-

tescas é a obra da calha do rio Tietê,intervençãoque fez reduzir as enchentesna via marginal na cidade de São Paulo.

A edição 173 da Painel deudetalhes da obra antienchentes deRibeirão Preto. Veja na página

www.aeaarp.org.br.

www.aeaarp.org.br

20 a 22 de março 2017 AEAARP Ribeirão Preto - SP

preponderantes. Em agosto de 2009,na edição 173 da revista Painel, areportagem de capa relatou aspectostécnicos das obras antienchentes que

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produtividade

Fábio Gatti,especialista em Pacote Office

Tabela Dinâmica é uma das melhoresferramentas existentes em todo o MS--Excel, ela permite que o usuário criesuas próprias soluções em relatórios,calcule indicadores e valores de totais,simule cenários, dentre muitas outrasfuncionalidades, de forma simples, prá-tica e extremamente performática.Ao incluirmos uma Tabela Dinâmica,

ela consome os dados relacionados, sejade umaplanilha doMS-Excel, doModelode Dados ou em uma fonte de dadosexterna, e coloca todos os campos e re-gistros da fonte em memória, tornandotodos os cliques e análises posteriores àcriação extremamente rápidos.A Tabela Dinâmica é a solução para

aquelas pessoas que criam relatóriosconstantemente, porém viram refénsdosmesmos, tendoque constantementeatualizá-los, com novos cruzamentos deinformações, novos períodos de análise.Assim como citado na publicação do

mês passado, a primeira regra para a cria-ção de Tabelas Dinâmicas é a organizaçãodosdadosemformatodeBancodeDados.Após criada, a Tabela Dinâmica possui

uma estrutura dividida em quatro qua-drantes: Filtros, Colunas, Linhas e Valo-res, conformepodemos ver na imagem1.

TABELAS DINÂMICAS:PRODUTIVIDADE NAANÁLISE DE DADOS

Comumbom tempo gasto compráticae bomuso da ferramenta, podemos criarsoluções inteligenteseextremamentefle-

xíveis, como apresentado na imagem 2.Lembrando sempre: não podemos

virar escravos de nossas aplicações...

Imagem 1

Imagem 2

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Se no passado as igrejas católicasadotavam o estilo colonial, seguindo aépoca em que foram construídas, hoje,boa parte é projetada no estilo contem-porâneo. O intervalo de tempo resultouemcapelas construídas com traços da ar-quitetura eclética; ou seja, uma misturade influências arquitetônicas do passado

DO COLONIAL AOCONTEMPORÂNEO: O QUE MUDOU

NA ARQUITETURA RELIGIOSASímbolos religiosos interferem na arquitetura dos

templos, que devem seguir normas próprias

arquitetura

com soluções do presente. Asmudançassão fruto do processo de transformaçãodosmétodos construtivos e de questõesreligiosas, políticas e econômicas.De acordo coma arquiteta Valéria Gar-

cia, no período colonial, as construçõestinham características comuns à épocacomo, por exemplo, paredes em taipa

de pilão, fechamentos com caixilhos demadeira e telhas de barro produzidasartesanalmente. Entre as décadas de1930 e 1950, os métodos construtivosevoluíram. O vidro, até então restritoà burguesia, tornou-se mais acessível,surgiram caixilhos metálicos e as telhascomeçaram a ser produzidas indus-

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A arquiteta Adriana Bartolomucci assinou o projeto de arquitetura de interiores da Paróquia Santa Luzia, em Ribeirão Preto-SP. “O interior da igreja foi totalmentereformado, também construímos e adequamos uma Sacristia com banheiro, Capela do Santíssimo, sala de som, sala para atendimento, etc.”, explica.

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Paróquia Santa Luzia, em Ribeirão Preto-SP,antes da reforma

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A Secretaria Paroquial, da Paróquia Santa Luzia, foitoda reformada. “Aproveitamos apenas algumasparedes, também foram construídos banheirosfeminino, masculino e para deficiente, sala deparamentação [local onde equipes de acolhida,liturgia e ministros extraordinários da SagradaEucaristia se preparam para a missa], secretaria,recepção, banheiro de funcionários, sala do párococom banheiro, rampas de acesso”, diz a arquitetaAdriana Bartolomucci.

Secretaria Paroquial, da Paróquia Santa Luzia,antes da reforma

INFLUÊNCIA E MATERIAISNo Brasil, as igrejas construídas no

período colonial apresentavam certainfluência da arquitetura portuguesa,de acordo com Freitas. “Hoje, o estiloadotado nas construções de igrejasdepende do profissional que está rea-lizando o projeto”, diz a historiadora.Bartolomucci completa que “o profis-sional tem a sensibilidade de seguir oestilo quemelhor se adapta ao contextoda comunidade e da paróquia“.

Na área de Notícia, no endereçoeletrônico da AEAARP, estád i s pon í ve l o Trab a l ho deConclusão de Curso, da arquiteta eurbanista Miriã Martins, chamadoTemplo Religioso Cristão, que foiapresentado em 2016, no CentroUniversitário Moura Lacerda. Apublicação trata da elaboraçãodo projeto arquitetônico de umaigreja no bairro Campos Elíseos,em Ribeirão Preto-SP. “O trabalhomostra a produção de projetos dearquitetura para espaços religiosos,criandoum local que seja adequadoàprática religiosa, aomesmo tempoemquepromove ações de interessesocial”, explica.

www.aeaarp.org.br

trialmente. Para a historiadora NainoraFreitas, boa parte das novas constru-ções segue a linha contemporânea e,por questões financeiras, investindoem projetos mais simples. “Não vemosmais construções de grandes catedraisseguindo os modelos antigos”.

SÍMBOLOS RELIGIOSOS“As igrejas sempre tiveram sua orga-

nização espacial atrelada aos símbolosreligiosos”, afirma Garcia, que sempreconsulta o livro Simbolismo do TemploCristão, de Jean Hani, antes de iniciarumprojeto de reforma ou construção deigreja. Segundo Freitas, uma das princi-pais alterações queocorreramnas igrejascatólicas, e que interfere em sua arquite-tura, é a posição do santo padroeiro, queficava exposto no altar principal e, hoje,cede espaço para a imagem de Cristo eganha um altar na lateral na edificação.“Em igrejas antigas essa disposição aindanão foi alterada”.Após o Concílio Vaticano II (reunião de

membros da igreja para discutir questõesrelacionadas à fé, costumes e doutrinas),que aconteceu entre 1962 e 1965, houvealterações na liturgia (conjunto de ele-mentos e práticas do culto religioso) e norito litúrgico da Igreja Católica ApostólicaRomana, que resultou em mudanças naarquiteturadas igrejas. “AntesdoConcílio,as missas eram celebradas em latim e opadre ficava de costas para o povo, porisso a mesa do altar, por exemplo, ficavaao fundo da igreja”, explica a arquiteta eurbanista Adriana Bartolomucci. Com amudança, o presbitério (composto pelamesadoaltar, ambão–mesada leitura–ecadeira da presidência) ganhou novo po-sicionamento no altar. “Amesa da leituradeve estar umpouco à frente damesa doaltar e os trêsmóveis devem ser compos-tos pelos mesmos materiais para formar

uma unidade”, explica Bartolomucci.Um exemplo de espaço litúrgico

correto é a Catedral Basílica de NossaSenhora Aparecida (Aparecida-SP), poiso presbitério está localizado no centro daigreja. “Por questão de espaço, às vezesnão conseguimos criar o presbitério nocentro da igreja. Porém, mesmo que es-teja no fundo ou na frente, deve seguira regra”, diz Bartolomucci.

Muitos são os materiais que podemser usados nas igrejas: pedras tipogranito ou mármore, madeira e gesso.Porém, o uso dependerá da disponibi-lidade financeira da paróquia, explicaBartolomucci. “Para isso, tambémexiste

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Revista Painel14

o trabalho do arquiteto em harmonizarmateriais, cores e texturas”, diz.Garcia destaca o arquiteto e urbanista

brasileiro Paulo Mendes da Rocha, queusou o estilo moderno em obras comoa Capela de São Pedro, em Campos doJordão-SP. A construção é toda em con-

FORMAÇÃOA arquiteta Valéria Garcia explicaque, pelo fato de não existirdemanda que estimule a criaçãode disciplinas ou cursos deespecializações relacionados àarquitetura religiosa, os interessadosem trabalhar nessa área devemse dedicar à pesquisa de iniciaçãocientífica. “Hoje, muitos alunosbuscam especializações nas áreasde sustentabilidade, tecnologia,design, conforto etc. Na falta decursos relacionados à arquiteturareligiosa, os alunos podem defenderteses de mestrado e doutoradosobre o tema”. A arquiteta AdrianaBartolomucci acumulou experiênciana área desbravando o mercado. Há16 anos atua na arquitetura religiosae sacra, com importantes trabalhosno portfólio, como projetosde reforma e construção paraalgumas igrejas e áreas pastoraisda Arquidiocese de Ribeirão Preto,que reúne igrejas de Ribeirão Pretoe de cidades vizinhas. Uma de suasfontes de pesquisa quando vaicomeçar um trabalho nessa área éo Sacrosanctum Concilium (ConcílioVaticano II) – promulgado pelo PapaPaulo VI em dezembro de 1963 –,que aborda o espaço litúrgico eregras a serem seguidas de acordocom o rito, entre outros assuntos.

Capela de São Pedro, em Campos do Jordão (SP)

Capela de Santana do Pé do Morro, no interior de Minas Gerais

NathaliaPerillo

creto aparente e caixilhos de vidro, muitodiferentedas tradicionais igrejas católicas.Garcia tambémcita outro arquiteto brasi-leiromarcante na área, ÉoloMaia. Na Ca-peladeSantanadoPédoMorro, localizadaem uma rodovia mineira (MG-129), Maiaenvolveuumaruínadebarroepedra, com

estrutura de aço, vidro e madeira parapreservar a construção, transformando aruína no altar principal. “Outro exemploé a CatedralMetropolitana de Brasília, deOscarNiemeyer, queusa amesma simbo-logia da religião, porém com uma formabem diferente”, lembra Garcia.

Catedral Metropolitana de Brasília (DF)

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Hilário Bocchi Júnior,advogado

PLANEJAMENTO DE

APOSENTADORIA

COMO DEVEM SER OSTEMPLOS RELIGIOSOS• No mínimo dois acessos, paraentrada e saída, com aberturapara fora e autônomas.

• Pé-direito de no mínimo quatrometros.

• Área dimensionada para a lotaçãomáxima prevista.

• Ventilação natural ou pordispositivos mecânicos suficientepara promover a renovação do ar.

• Instalações sanitárias para usopúblico, no mínimo um parahomens e outro para mulheres.

Fonte: Decreto 12.342/1978 – Artigo 146

A arquiteta e professora ValériaGarcia fez uma análise das alte-rações da paisagem urbana docentro da cidade de Jaboticabal-SPa partir da instalação do RegimeRepublicano (1889-1930), queimplicou diretamente nas constru-ções, com destaque para a praça ea igreja. A dissertaçãodemestradoAs tramas e o poder – Jaboticabal1895-1936 praça igreja e uma ou-tra história está disponível na áreadeNotícia, no endereço eletrônicoda AEAARP.

www.aeaarp.org.br

NORMASOs projetos de reforma e constru-

ção de templos religiosos seguem asmesmas normas de edifícios públicos,são aprovados pela prefeitura e tam-bém pelo corpo de bombeiros, vistoque templos são espaços com grandeaglomeração de pessoas. O arquitetoCelso Santos, conselheiro da AEAARP,lembra que as novas edificações devemprever estacionamento para o público,para reduzir o impacto na vizinhança.As igrejas não estão sujeitas à fiscali-zação da Vigilância Sanitária, porémdevem seguir normas construtivas do

Como garantir aaposentadoria

Aumentouonúmerodepessoas queestão procurando o INSS para agendarum serviço previdenciário.Mas, a vidados trabalhadores que querem umsimples atendimento ficoumais difícil.Ele deve entrar no site da previdên-

cia ou solicitar pelo telefone 135, masnão consegue agendar o atendimento.Quando consegue, só acontecerá emdois, três ou até quatro meses.Adatadoagendamentodobenefício

marca o início do pagamento; sem oagendamento, o dinheiro é perdido.Os juízes federais se reuniram e

aprovaram um enunciado que diz quea reclamação na ouvidoria a respeitodo atraso no atendimento pode garan-tir esse direito. A reclamação pode serfeita no próprio site do INSS.Mas, cuidado: não faça o agenda-

mento antes de ter certeza domomen-to certo de pedir a aposentadoria. Umprévio estudo do valor que vai recebere quando deve requerer o benefício éfundamental para garantir a melhoraposentadoria.

Catedral Basílica de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP)

Decreto Estadual 12.342/1978 (LivroIII - Saneamento das edificações).“As igrejas também devem atender

às exigências da Associação Brasileirade Normas Técnicas (ABNT), tanto paraconstrução quanto para reforma, no quediz respeito à acessibilidade, insolação,ventilação, acústica e regras de lotea-mento, por exemplo”, diz Bartolomucci.Garcia alerta que se a igreja for tombadaporórgãos depreservaçãodopatrimôniohistórico, arquitetônico e cultural, qual-quer intervenção também deverá serautorizada pela instituição competente.

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Revista Painel16

Em 31 de dezembro de 2010, osministérios de Minas e Energia, daCiência, Tecnologia, Inovações e Comu-nicações, da Indústria, Comércio Ex-terior e Serviços assinaram a Portaria1.007, que definiu o uso das lâmpadasincandescentes no Brasil considerandosua eficiência energética.Com base na legislação vigente, Lei

10.295/01 de 17 de outubro de 2001,Decreto 4.059/01 de 19 de dezembrode 2001 e Decreto 4.508/02 de 11 dedezembro de 2002, aprovou regula-mentação específica sobre lâmpadasincandescentes.Referida portaria, em seu art. 1º carac-

terizava as lâmpadas incandescentes. Emseu art. 2º definia a eficiência energética.Onívelmínimodeeficiência serádefinidopelométododeensaio adotadopelo Pro-gramaBrasileirodeEtiquetagem, coorde-

TROCA DE LÂMPADAS GERAREDUÇÃO DO CONSUMO

artigo

Tapyr Sandroni JorgeEngenheiro eletricista

nado e regulamentado pelo INMETRO.APortariadefineaindaoutrosaspectos,

como embalagem do produto, avaliaçãoda conformidade e laboratórios acredi-tados. Estão definidos ainda os critériospara a importação das lâmpadas incan-descentes que devem atender aos níveisde eficiência exigidos. A Portaria definiuainda as datas limite para importação efabricação de lâmpadas incandescentes.

Abaixo apresentamos os níveis mi-nimos de eficiência energética paralâmpadas nas tensões de 127 e 220 V ea data para atingir esse limite.A economia da substituição das lâm-

padas incandescentes pormodelosmaiseconômicos está demonstrada na tabelaabaixo, simulação produzida pelo INME-TRO, publicada em 7 de agosto no jornalFolha de São Paulo:

LÂMPADAS INCANDESCENTES - USO DOMÉSTICO - 127 V

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AEAARP17

Todo processo considerou o baixo ren-dimento das lâmpadas incandescentes,pois somente 5% da energia consumidaé transformada em luz, o restante, 95%,é transformado em calor.Considerando esse desperdício de

energia, a União Europeia aboliu o usodesde 2012.

No Brasil, em 2012, as lâmpadasmaiores de 150 W foram retiradas domercado, em 2013 as com potência de60 a 100 W, em 2014 as de potência de40 a 60W e finalmente a partir de 30 dejunho de 2016, as de 25 a 40 W.Para substituição das incandescentes

são recomendadas lâmpadas fluorescen-

tes e de LED, que apresentam consumomenor que 75%e85%, respectivamente.Empaíses com a China, Índia, Reino Uni-do, EUA e Canadá são comercializadassómente lâmpadas de LED.Todo esse processo de substituição

das lâmpadas incandescentes por ou-tras com maior rendimento luminosoe menor consumo de energia poderáproporcionar uma economia de 5% daenergia gerada no mundo e está sen-do considerada como meta propostapela Organização das Nações Unidas(ONU). No Brasil, segundo a AssociaçãoBrasileira da Indústria de Iluminação(ABILUX), caso sejam substituidas todasas lâmpadas incandescentes por lâm-padas LED, haveria uma economia de10%da energia gerada, que proporcionaeconomia ao consumidor e ao país, quepoderá transferir os investimentos para ageração e distribuição de energia.

SIMULAÇÃO DE ECONOMIA - 12 MESES

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Revista Painel18

materiais

MADEIRA LEGAL X MADEIRACERTIFICADA

Há diferença entre madeira legalizada por órgãos do governoe madeira certificada, que é conferida por instituições

internacionais e têm foco em sustentabilidade

Muitos confundem madeira legal emadeira certificada. Algumas buscammadeira legal acreditando que o produtoé ecológico e ambientalmente correto,porém é a certificação que assegura omanejo florestal visando benefícios eco-nômicos, sociais e ambientais. Ou seja,toda madeira certificada é legal, masnem toda madeira legal é certificada.Madeira legal significa que a extraçãofoi autorizada e segue normas do Insti-tuto Brasileiro do Meio Ambiente e dosRecursos Naturais Renováveis (IBAMA) eda Secretaria de Meio Ambiente (SMA),no caso do Estado de São Paulo.

O IBAMA e outros órgãos ambientaisemitem licenças para que empresasrealizem determinadas atividades. Amadeira legal é aquela que tem origememumaatividade licenciada, comoPlanode Manejo Florestal Sustentável, UsoAlternativo do Solo, Plantios Florestais,Supressão de Vegetação e Corte deÁrvores Isoladas. Cada atividade possuiuma legislação específica. A madeiracertificada é aquela cuja produçãoatende critérios específicos de agênciascertificadoras, que não têm ligação comos órgãos governamentais. São critériosorientados por exigências de mercado,

O portal Sistema Nacionalde Informações Florestaistem todas as leis, decretos,resoluções, instruçõesnormativas e portariasrelacionadas à temáticaflorestal. Veja na área deNotícias, no endereçoeletrônico da AEAARP.

www.aeaarp.org.br

Coomflona – Cooperativa Mista da Flona Tapajós, Santarém, Pará - área certificada pela FSC

Divulgação

FSC

masque, namaioria das vezes, incluemocumprimento da legislação ambiental dopaís de origem da matéria-prima.

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AEAARP19

A certificação é voluntária para empre-sas de produção florestal e atesta queos produtos e o processo de produçãoseguem padrões de qualidade e susten-tabilidade. Segundo o Sistema Nacionalde Informações Florestais (SNIF), a certi-ficaçãoflorestal baseia-se nos três pilaresda sustentabilidade: ecologicamentecorreto, socialmente justo e economi-camente viável.Os sistemas de certificação mais

difundidos no mundo são o ForestStewardship Council (FSC) e o Program-me for the Endorsement of Forest Cer-tification (PEFC), de acordo com o SNIF.Esses também são os principais selos decertificação florestal usados no Brasil.Ambos têm objetivos equivalentes eseguemnormas da Associação BrasileiradeNormas Técnicas (ABNT). Porém, exis-tem diferenças de requisitos técnicos egovernança.NoBrasil, as primeiras açõespara certificação florestal ocorreram em1994 e a primeira área certificada peloFSC foi em 1995. Em 2002, foi lançadoo Programa Brasileiro de CertificaçãoFlorestal (CERFLOR), que é reconhecidopelo PEFC e coordenado pelo InstitutoNacional de Metrologia, Qualidade eTecnologia (INMETRO).

A FSC tem 6,3 milhões de hectarescertificados no Brasil, sétimo lugar noranking mundial de certificação FSC.Os três primeiros são Canadá (com 55milhões de hectares de área certificada),Rússia (42 milhões de hectares) e Suécia(com mais de 12 milhões de hectares).No mundo, são cerca de 194 milhões dehectares certificados pela FSC em 82 pa-íses. “Amadeira certificada abrangemaisdo que legalidade, ela checa requisitosadicionais relacionados aos direitos hu-manos, aos altos valores de conservaçãoe à transformação e uso de árvores ge-neticamente modificadas”, explica AlineTristão, diretora executiva da FSC Brasil.Cerca de 2,8 milhões de hectares de

plantaçõesflorestais são certificadaspelaCERFLOR no Brasil. A Bahia é o estadocommaior área de plantações florestaiscertificadas pela entidade (cerca de 620mil hectares), seguida por São Paulo(com490mil hectares). A FSC não dispo-nibiliza os valores por estado. “Além depromover a sustentabilidade domanejo,estimulamos boas práticas silviculturaise facilitamos exportação de produtos deorigem florestal”, explica o engenheiroflorestal Leonardo Salema, secretárioexecutivo da CERFLOR.

Veja as 17 principaiscertificadoras do país,na área de Notícias, noendereço eletrônico da

AEAARP.

www.aeaarp.org.br

Florestal Gateados, Campo Belo do Sul, Santa Catarina - área certificada pela FSC

Divulgação

FSC

CERTIFICAÇÃOA empresa interessada na certificação

deve procurar uma certificadora paraque seja feita vistoria do seu manejoflorestal, da documentação da empresae operações no campo. Após a avaliação,a operação florestal deve se adequar àsregras do selo de certificação escolhido.Se tiver tudo de acordo com os requisi-tos, a empresa receberá a certificação.Vistorias anuais serão realizadas parachecar se está tudo dentro dos padrõesexigidos. Para grupos de pequenos pro-dutores florestais, existe a possibilidadede certificação em conjunto; ou seja, ointegrante pode se beneficiar de mer-cados maiores, sem perder controle domanejo de sua área.

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REABILITAÇÃO DE ESTRUTURAS EMMADEIRAPesquisadores da Universidade Paulista (UNIP), de Ribeirão Preto e Araraquara (SP),desenvolveram uma técnica de reabilitação de peças estruturais de madeira degradada comauxílio de parafusos auto atarraxantes (de quatro milímetros de diâmetro e 50 milímetrosde comprimento). O objetivo é recuperar estruturas em madeira danificadas de patrimônioshistóricos e preservar o máximo possível esses elementos.“Geralmente, é impossível trocar uma peça inteira das estruturas em madeiras dessasedificações. Com esse trabalho, será possível trocar apenas parte do elemento danificado”,explica a engenheira florestal Laurenn Borges de Macedo, coordenadora do projeto junto como engenheiro civil Francisco Antonio Rocco Lahr.A técnica foi testada inicialmente com viga de cobertura, mas pode ser usada em outroselementos estruturais de madeira. “A substituição parcial é mais prática, rápida e econômica”,explicaMacedo. Os ensaios foram feitos no Laboratório deMadeiras e de Estruturas deMadeira,Departamento de Engenharia de Estruturas – da Universidade de São Paulo (USP), campus deSão Carlos (SP) – pelos engenheiros civis Nathan Santos e Giovana Gobatto. Em outubro de2016, o trabalho foi apresentado no Congresso Internacional sobre Patologia e Reabilitação deEstruturas, em Portugal. Veja o artigo na área de Notícia, no endereço eletrônico da AEAARP.

www.aeaarp.org.br

certificadapodeproduzir itenscertificadosenãocertificadoseosprodutospodemserderivados tanto de floresta nativa quantode áreas de reflorestamento. O quemudasão os requisitos para o manejo. Segundo

A certificação pode ser dada tanto parao manejo florestal (floresta trabalhada deforma responsável) quanto para a cadeiade custódia (rastreamento do produto, daproduçãoatéoconsumidor).Umaempresa

Tristão, a maioria das empresas não tem100% da sua área certificada. Indústrias,serrarias, marcenarias, designers, porexemplo, podem solicitar a certificação epodem, inclusive, termais de um selo.

Parafusos de 4x50mm (A); Instalação dos parafusos para junção das duas vigas (B); Tratamento 1, viga mista (C).

A B C

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Divulgação

FSC

DIFICULDADESSegundo Tristão, a maior concorrente

da certificação é a ilegalidade. “Alegamque madeira certificada é muito cara.Mas não é ela que é cara, é a madeirailegal que é barata demais, justamenteporquenão contabiliza impostos, direitostrabalhistas, sistemas de controle etc. Oproblemaestá longede ser a certificação.O problema é a ilegalidade”. A diretorada FSC Brasil analisa que existemmuitasespécies alternativas de madeira paravários tipos de usos na construção civil,

Precious Wood – Itacoatiara, Manaus, Amazonas - área certificada pela FSC

porém sempre são usados os mesmostipos. “Fontes alternativas diminuema pressão sobre a floresta. Além disso,terão um preço melhor devido a lei daoferta e da procura”.De acordo com a engenheira florestal

Laurenn Borges de Macedo existe mui-to preconceito com relação ao uso deestruturas em madeira. “Poucas são aspessoas qualificadas para desenvolverprojetos nessa área. Estruturas emmadeira exigem manutenção assim

como estruturas em concreto e aço”. Osprofissionais precisam conhecer melhoro material e suas propriedades parapoder dimensionar estruturas e desco-brir soluções mais adequadas e viáveispara cada projeto. A Empresa Brasileirade Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA)tem desenvolvido estudos commadeirarelacionados à geração de energia, aprevisão é que no segundo semestre oórgão inicie pesquisas relacionadas aouso da madeira na construção civil.

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Revista Painel22

Uma startup francesa desenvolveu umsistema de iluminação que usa bactériasmodificadas geneticamente para se tor-narem luminosas. A ideia é utilizar essemétodo, sem eletricidade, para iluminarvitrines de lojas, fachadas de prédios,monumentos e espaços públicos.A técnica usa a bioluminescência

(emissão de luz por seres vivos, resul-tante de uma reação química provocadapor um gene) para produzir iluminação.As bactérias não são tóxicas ou patogê-nicas e recebemgenes de luminescênciade lulas. Elas são cultivadas em umasolução com nutrientes e açúcar para semultiplicar. A luz obtida é fria e de baixaintensidade. Por enquanto, a vida útil dosistema é de três horas.A pesquisa nessa área não é nova,mas

os resultados são recentes. De acordocom reportagem pulicada em 2013 pelarevista Pesquisa Fapesp, publicação daFundação de Amparo à Pesquisa doEstado de São Paulo (FAPESP), “umacombinação de bactérias, luz solar eágua de esgoto pode levar a um siste-ma autossustentável para geração dehidrogênio, gás considerado um recursofuturo para produção de energia elétricaemgeradores estacionários ou veículos”.De acordo coma reportagem, o dispo-

sitivo capaz deproduzir esse combustívelfoi desenvolvido por um grupo de pes-quisadores daUniversidade da Califórniaem Santa Cruz (UCSC), do Laboratório

ENERGIA PRODUZIDAPOR BACTÉRIASStartup francesa anuncia êxito na produção de iluminaçãoutilizando bactérias, um campo de pesquisa já exploradopor outras universidades no mundo, inclusive no Brasil

pesquisa

Nacional Lawrence Livermore e da Uni-versidade Estadual de Virgínia (VirginiaTech). Ele é composto por uma célula acombustível microbial (MFC em inglês)que produz eletricidade com bactériasencontradas em águas de esgoto. Nessecaso, o processo degrada amatéria orgâ-nica da água residual e gera eletricidadeatravés das membranas celulares. Ouseja: trata a água e proporciona energia.Em novembro de 2016, a Universi-

dade Federal do Vale do São Francisco(UNIVAST), em Petrolina (PE), anunciouter conseguido gerar energia elétrica apartir da atividade de bactérias Escheri-chia coli, cultivadas em solução de águae nutrientes em ambiente controlado.Durante 11 dias, as bactérias geraramcontinuamente 0,5V, atingindo, nestafase, o ápice da produção de energia. Otrabalho foi realizado pelos professoresHelinando Pequeno deOliveira, do Cole-giado de Engenharia Elétrica; e MateusMatiuzzi, do Colegiado de Zootecnia, emconjunto com a estudante de doutoradoem Engenharia Industrial da Universi-dade Federal da Bahia (UFBA) AriadneHelena Pequeno de Oliveira, em coope-ração com o Massachusetts Institute ofTechnology (MIT), nos Estados Unidos.“Nosso objetivo é cultivar bactérias

para queelas sejamgeradoras de energiaeno futuropossamos transformar célulasbacterianas em fonte alternativadeener-gia e produzi-las emescala industrial”, in-

formaOliveira.Umadasmetas, deacordocomele, é fazer comque as bactérias ge-rem energia em quantidade equivalenteà produzida por células solares.Com esse intuito, a equipe desenvol-

veu no Laboratório de Espectroscopiade Impedância e Materiais Orgânicos(Leimo), do Instituto de Pesquisa emCiência dos Materiais (IPCM), CampusJuazeiro (BA), um reator, formado pordois compartimentos de teflon separa-dos por um trocador de prótons. Numdos compartimentos, foram inseridasas células bacterianas, cultivadas pelomicrobiologista Mateus Matiuzzi, e asolução de água limpa e nutrientes. Elassão mantidas em uma estufa, com tem-peratura controlada a 37°C.Ao se reproduzirem, asbactérias geram

energia e enviam para o outro lado, pormeiodeeletrodosdecarbono, aágua lim-pa purificada devido à troca de prótonspela membrana disposta entre os com-partimentos. Esta purificação da águaé outro efeito da atividade bacteriana.Oliveira observa que esse resultado já

era esperado, mas destaca o fato de aprodução energética e a descontamina-ção da água ocorrerememumambientetotalmente controlado e com um únicotipo de bactéria, o que distingue o tra-balho de outras pesquisas já realizadascom asMicrobial Fuel Cells (MFC), comosão chamadas as células bacterianasgeradoras de energia.

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TEVE CARNAVALNA AEAARP

social

Comchope artesanal, comida de bote-co e samba, aconteceu o Carna AEAARP,o pré-carnaval da Associação, registradonas fotos desta página. A festa foi orga-nizada pelo engenheiro Rodrigo Araújo,diretor de esportes da entidade. “Nessasocasiões, estreitamos laços”, disse.

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Revista Painel24

REGISTRO DO ACERVO TÉCNICO COMPROVACOMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS

Ato Normativo nº 1, de junho de 2000

Art. 3º O profissional que requerer o RAT [Registro do Acervo Técnico] deverájuntar a documentação comprobatória de sua efetiva atividade na obra/serviço,conforme segue:I – cópia da ART principal da obra/serviço relativa ao objeto do requerimento;II – comprovação da conclusão da obra/serviço, através de “Atestado/Declaração”,ou “Certidão de Conclusão da Obra/Serviço”, ou “Termo de RecebimentoDefinitivo” ou “Auto de Conclusão” ou “Relatório de Inspeção Final”, fornecido pelocontratante da obra/serviço, contendo basicamente os elementos quantitativos equalitativos, período de execução, valor da obra/serviço e os nomes e títulos dosprofissionais participantes discriminando as atividades por eles executada;III – no caso de obra própria, deverá ser apresenta do o “habite-se” ou a “licençade funcionamento”;IV – comprovação de vínculo do profissional com a empresa contratante,contratada ou sub-contratada, conforme segue:

a) empregado – carteira profissional ou ficha de empregado;b) autônomo – contrato de prestação de serviços;c) sócio – contrato social ou ata de assembleia;

V – comprovação de vínculo do profissional, para o caso de atividades pordesempenho de “cargo/função”, através de documento referente aos cargos/funções técnicas exercidas pelo requerente, especificando os períodos, bem comoas características técnicas dos mesmos:

a) no caso de empregado: carteira profissional ou ficha de empregado,nomeação ou designação;b) no caso de autônomo: contrato de prestação de serviços com firmareconhecida, nomeação ou designação; ec) no caso de sócio (diretor/gerente técnico): cópia autenticada docontrato social e alterações, ou ata de assembleia.

VI – comprovação de atividades técnicas, para o caso de destaques em acervostécnicos por desempenho de cargo/função, através de atestado/declaraçãoemitido pela pessoa jurídica contratante do profissional referente às obras/serviçosexecutadas durante o exercício de cada cargo/função;VII - No caso da contratante do profissional ser a contratada ou sub-contratada dacontratante da obra/serviço objeto do requerimento, o documento comprobatóriodeve conter o aval do contratante da obra/serviço ou estar anexado ao documentoexigido no inciso II deste artigo; eVIII – a apresentação da cópia do contrato da obra/serviço objeto do requerimentoserá exigida nos casos em que a ART não tenha sido recolhida à época dacontratação da obra/serviço ou não tenha sido assinada pelo contratante.Parágrafo único. Para efeito do disposto neste artigo, contratante é odemandante da obra ou serviço e, em hipótese alguma o contratado que sub-contratou parte ou totalidade da obra/serviço pode ser considerado como“contratante da obra/serviço”.

Gerente da unidade regional do CREA-SP salienta que jovens profissionaisdevem aproveitar as oportunidades de adquirir conhecimento,

competências e registrá-las devidamente em seu conselho de classe

Acervo Técnico é uma série de docu-mentos que comprovam a autoria de umprojetoexecutadoporengenheiroseagrô-nomos.ORegistrodoAcervoTécnico (RAT)éfeitonoCREA, regidopeloAtoNormativonº 1, de junho de 2000, e é exigido paracomprovar experiência profissional.Para registrar o acervo, o profissional

deve preencher um requerimento noConselho, o que só pode ser feito depoisque o trabalho for concluído. O Registropodeser requeridopeloprofissional autô-nomo, contratado, empregado (conformenormas da Consolidação das Leis do Tra-balho–CLT)ouempresário (sócio, gerenteou diretor de empresa). O acervo podeser requerido inclusive por empresa sub--contratada para umaobra, por exemplo.O engenheiro ArakenMutran, gerente

daunidade regional doCREAemRibeirãoPreto, salienta que essa documentação éde extrema importância para assegurara autoria da obra e a capacidade técnicaque a empresa ou profissional têm paraexecutar projeto semelhante. “Para fazerum viaduto, por exemplo, é necessáriocomprovar experiência nesse tipo deobra. Por essemotivo, o engenheiro queparticipa doprojeto deve requisitar oRATdepois da conclusão”, reforça.Ele alerta queprofissionais em início de

carreira, por exemplo, têm de ficar aten-tos às oportunidades de documentar deforma comprobatória toda a experiênciaacumulada.Dessa forma, garantemopor-tunidades futuras. “Devem garantir, so-bretudo, a comprovaçãodo conhecimen-to e da capacidade técnica ao assumir agrande responsabilidade que é executaruma obra de engenharia”, conclui.

crea-sp

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Mariana RossattiMolinaAnalista de negócios doSEBRAE-Ribeirão Preto

O desafio de umaboa contratação

O resultado de seu negócio será diretamente influenciadopelas pessoas e equipes em sua organização. Mas, alocar aspessoas certas para as vagas certas pode não ser tão simplese sempre existe um risco: a pessoa com o perfil errado podeter um impacto negativo nos resultados, na moral e dinâmicada equipe e, ainda, ocasionar custos de rescisão. Cada vezmais, as empresas olham para os processos de recrutamentoe seleção como sendo estratégicos.O processo deve ser feito com planejamento e análise do

momento certo da contratação. Será que realmente precisodo novo funcionário? A contratação poderia ser substituídasem prejuízo por uma reestruturação de atividades, reduçãode tarefas desnecessárias ou terceirização? O investimentotrará retorno? É importante refletir para evitar contrataçõese gastos desnecessários. Quem deixa a contratação necessá-ria para o último momento também corre um risco: o de con-tratar com pressa, pular etapas e acabar se arrependendo.Após identificada a necessidade, é importante detalhar a

vaga e o perfil desejado, sempre atento à legislação trabalhis-ta. Quais serão as atividades e reponsabilidades, as relaçõesde liderança ou subordinação, horário de trabalho, remune-ração, experiência desejada, competências fundamentais edesejadas. A descrição de cargos é base para uma série deprocessos na gestão de pessoas.É necessário divulgar a vaga e definir quais canais serão

utilizados para fazer o recrutamento. Algumas opções são: asessão “trabalhe conosco” no site da empresa, empresas derecrutamento, jornais, plataformas e comunidades on-line de

empregos, LinkedIn, centros de treinamento, universidades etc.Para o processo de triagem e seleção não existe regra

definida. O investimento no processo dependerá da impor-tância da vaga, dos recursos que a empresa tem para investiretc. A primeira etapa costuma ser a análise de currículos.Após, a empresa pode aplicar provas e testes técnicos epsicológicos (com apoio de profissionais da área) e, depois,dinâmicas em grupo e entrevistas. Na hora de decidir, nãose esqueça de levar em conta se o candidato demonstra tervalores semelhantes aos da empresa. Transparência, éticae compromisso são necessários!Depois de contratar o escolhido, não se esqueça de dar

um feedback para os candidatos que não foram contrata-dos. É uma forma de respeito ao profissional que pode seruma ótima adição em sua equipe em outra vaga e em outromomento (crie um banco de talentos!).O processo ainda não terminou. É necessário promover a

ambientação e integração do novo funcionário com a equipe.Dar tempo para o mesmo ir se familiarizando com a culturaorganizacional, sistemas, procedimentos, normas da empre-sa e critérios de avaliação. Programas como Job Rotation ePrimeiro Amigo podem ser interessantes. Treinar e capacitarfuncionários novos e antigos é sempre necessário. Faça umplano de treinamento!Por último, deixe este novo colaborador colaborar. Você

pode se surpreender com a capacidade de o mesmo darideias e sugestões de melhoria, se você e sua empresa esti-verem dispostos a ouvir.

GESTÃO

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Revista Painel26

Paula Cristina da SilvaArquiteta

Simone Nogueira Junqueira C. MouraArquiteta

Ana Paula Llatta Carrera MaestrelloEngenheira civil

Fernando Mellin Moreira FerreiraEngenheiro civil

Miguel Roberto GabarraEngenheiro civil

Marcelo Roberto LançaEngenheiro eletricista

Lucas Emanuel SoeiraEngenheiro mecânico

Bruno Silva RéEstudante de agronomia

Caio Felipe Borba NicolettiEstudante de agronomia

Lucas Stival FerreiraEstudante de agronomia

Carina Nunes de RezendeEstudante de arquitetura

Daniela Cristina dos ReisEstudante de arquitetura

Alexandre Yuiti Fernandes ShimizuEstudante de engenharia civil

Emerson Mendes JuniorEstudante de engenharia civil

novos associados

notas e cursos

Nanotubos de carbonoEstudo de pesquisadores da Rice Univer-sity, em Houston (EUA), demonstrou quenanotubos de carbono (folhas de grafenoenroladas em formato cilíndrico com diâ-metro equivalente à bilionésima parte dometro) podem tornar estruturas aeroespa-ciais mais resistentes. A pesquisa foi feitaem parceria com a Universidade EstadualdeCampinas (Unicamp) e as federais doRioGrandedoNorte (UFRN) e doABC (UFABC).Satélites e naves espaciais estão sob risco

Motor que produz hidrogênio

Na Universidade de Tecnologia da Geórgia(EUA), cientistas transformaramummotora combustão em uma “fábrica” de hidro-gênio – combustível limpo que pode serqueimado em motores menos poluentese usado diretamente para produzir eletri-cidade em células a combustível. Acres-centando um catalisador, uma membranade separação do hidrogênio e um solventede CO2 ao tradicionalmotor de quatro tem-pos, os pesquisadores criaram o sistemade reforma de hidrogênio que produz ocombustível verde em temperatura relati-

constantede serematingidospormicrome-teoritos e detritos orbitais. Para minimizardanos causados por eventual choque departículas nessas estruturas, engenheirostêmbuscadomateriais alternativos aosme-tais e ligasmetálicas utilizadas na indústriaaeroespacial que sejam, aomesmo tempo,leves, flexíveis e resistentes aos impactoscausados por projéteis de alta velocidade.

Fonte: Fapesp

vamente baixa, em umprocesso que podeser escalonado para atender necessidadesespecíficas. Isso significa que o aparelhopode ser usado não apenas em grandesusinas, mas também como unidade gera-dora autônomapara fábricas, residências eveículos. Quando o projeto for totalmentedesenvolvido para uso automotivo, porexemplo, será possível ter um carro a hi-drogênio com um tanque de gás natural eoutro de água.

Fonte: Inovação Tecnológica

muitos motoristas passaram pelo locale protestaram sobre as condições dasruas e avenidas da cidade. Veja na páginaFacebook.com.br/AEAARP. Aproveite paraopinar e compartilhar.

Experiência da AEAARP faz sucesso na web

Na revista Painel de dezembro de 2016, dareportagemsobreavisita técnicaàempresade mineração de Ribeirão Preto restou nodesafio: utilizar o material asfáltico, a frio,para tapar um buraco. A empreitada foiprotagonizada pelo engenheiro mecânicoGiulio Roberto Azevedo Prado, registradaem vídeo e compartilhada na rede socialdaAEAARP. Atéo fechamentodesta edição,mais de 3.100 pessoas já tinham visto apublicação, compartilhada e comentadadezenas de vezes. Omaterial foi suficientepara reparar dois buracos, nas imediaçõesda sede da AEAARP. Durante a experiência,

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