2007-2009 aeaarp: pronta para o futuro · aeaarp está pronta para avançar, diz batista mercado de...

32
Reforma administrativa, modernização da sede e valorização profissional marcaram esta gestão. 2007-2009 2007-2009 2008 anos LUMINOTECNICA está revolucionando o design de interiores ARTIGO compara o Casarão da Caramuru com o tombamento da Agrishow painel Ano XII nº 168 março/2009 Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto AEAARP: pronta para o futuro

Upload: doanminh

Post on 18-Jan-2019

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Reforma administrativa, modernização da sede e valorização profissional marcaram esta gestão.

2007-20092007-2009

2 0 0 8 a n o s

LUMINOTECNICAestá revolucionando o design de interiores

ARTIGOcompara o Casarão da Caramuru com o tombamento da Agrishow

painelAno XII nº 168 março/2009 Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto

AEAARP: pronta para o futuro

60

60Há dois anos assumimos a direção da AEAARP com um grande desafio. A atual direto-

ria foi imbuída da missão de fortalecer e valorizar os profissionais que representa. Hoje, concluímos que grandes e importantes avanços foram alcançados e que estamos no rumo certo. Nesta edição da revista Painel, trazemos um perfil da gestão, com informa-ções sobre o balanço financeiro, os eventos realizados, as obras e ações empreendidas nestes dois anos.

O último período na AEAARP foi profícuo em realizações. Todas as diretorias se dedi-caram às suas áreas, o Fórum Permanente de Debates Ribeirão Preto do Futuro reuniu especialistas e se debruçou sobre temas importantes, revelando para a sociedade a importância do debate franco e democrático.

Do ponto de vista administrativo, além da modernização de gestão, administramos com respeito o orçamento da entidade. As contas de 2007 e 2008 foram aprovadas por unanimidade. Investimos pesadamente em obras, eventos e publicações. Firmamos importantes parcerias com a iniciativa privada e com o Crea-SP que viabilizaram essas ações, com respeito e sem prejuízo ao caixa da entidade. Investimos R$ 791 mil em obras e eventos. É essencial observarmos que assumimos a entidade com R$ 427.414,24 em caixa e o balanço fechado em 1º de fevereiro de 2009 aponta que temos R$ 407.895,71. Portanto, o caixa permaneceu praticamente inalterado, com a vantagem de termos quase dobrado o patrimônio. Esta é a comprovação de que a gestão de receitas e despesas foi rígida. Investimos certo, contamos com parceiros importantes e avançamos na direção correta.

Os efeitos são visíveis também na reestruturação física, com a remodelação do salão de festas, o Espaço Gourmet e o deck como prolongamento desses espaços, aumentando a área social da sede, com novos vestiários para a quadra e os novos almoxarifados. O reflexo se deu também nos vários eventos, com grande sucesso, como a Semana de Meio Ambiente, a de Agroenergia, a Semana Tecnológica, a festa dos Profissionais do Ano, a recepção do ministro do Planejamento e do presidente da Câmara Federal, do presidente do IBAPE, do presidente do Instituto de Engenharia, entre tantas outras autoridades e personalidades que aqui foram recebidas, demonstrando a imparcialidade, o apartida-rismo, a autonomia e a pluralidade que esta gestão fez questão de ressaltar e preservar em nossa entidade.

Conduzimos uma importante negociação que envolveu os planos de saúde oferecidos às famílias dos associados, resultando em relevantes benefícios para o usuário. Hoje pa-gamos o plano de saúde mais barato do país, e com muitos benefícios. Duas cláusulas, a que mantém o valor do plano independentememte da faixa etária e a que possibilita a permanência de filhos dependentes até 40 anos de idade (solteiros), representam bene-fícios inéditos. Deve-se observar que muitos de nossos associados têm mais de 50 anos de idade e o contrato dá segurança às famílias.

E fizemos mais: organizamos os arquivos da entidade, melhoramos a biblioteca, infor-matizando-a e catalogando o acervo. Publicamos um livro, AEAARP 60 anos: Histórias e Conquistas, que relata as lutas da entidade e daqueles que trabalharam por sua fundação e por todos os outros que continuaram esse trabalho até os dias atuais.

No relacionamento com nossos parceiros, aproximamos a AEAARP do Crea, o que gerou resultados positivos para ambas as entidades. O presidente do Crea venceu as eleições em Ribeirão Preto e a AEAARP tem contado com a presença efetiva do Conselho nos eventos técnicos promovidos em nossa Associação. Além disso, o Crea também está presente na revista Painel.

Hoje podemos olhar para o passado com a certeza de que estamos no caminho certo: honrando os esforços empreendidos nessas seis décadas e trabalhando pelo fortaleci-mento da entidade e de nossas atividades. A AEAARP está preparada para o futuro.

Eng. Civil Roberto MaestrelloPresidente da AEAARP

Eng. CivilRoberto Maestrello

Editorial

AssociAçãode engenhAriA ArquiteturA e AgronomiA de ribeirão Preto

Índice

Expediente

Horário de funcionamentoAEAARP CREADas 8h às 12h e das 13h às 17h Das 8h30 às 16h30Fora deste período, o atendimento é restrito à portaria.

Rua João Penteado, 2237 - Ribeirão Preto-SP - Tel.: (16) 2102.1700Fax: (16) 2102.1700 - www.aeaarp.org.br / [email protected]

Roberto Maestrello José Roberto Hortêncio Romero Presidente Vice-presidente

DIRETORIA OPERACIONALDiretor-administrativo: Pedro Ailton GhideliDiretor-financeiro: Ronaldo Martins TrigoDiretor-financeiro Adjunto: Cecílio FráguasDiretor de Promoção da Ética de Exercício Profissional: José Aníbal Laguna

DIRETORIA FUNCIONALDiretor de Esportes e Lazer: Francisco Carlos FagionatoDiretora Comunicação e Cultura: Maria Inês CavalcantiDiretora Social: Luci Aparecida Silva

DIRETORIA TÉCNICAEngenharia, Agrimensura e Afins: Argemiro GonçalvesAgronomia, Alimentos e Afins: José Roberto ScarpelliniArquitetura, Urbanismo e Afins: Marcia de Paula Santos SantiagoEngenharia Civil, Saneamento e Afins: Luiz Umberto MenegucciEngenharia Elétrica, Eletrônica e Afins: Edson Luís DarcieGeologia e Minas: Caetano Dallora NetoEngenharia Mecânica, Mecatrônica, Ind. de Produção e Afins: Júlio Tadashi TanakaEngenharia Química e Afins: Denisse Reynals BerdalaEngenharia de Segurança e Afins: Edson BimComputação, Sistemas de Tecnologia da Informação e Afins: Giulio Roberto Azevedo PradoEngenharia de Meio Ambiente, Gestão Ambiental e Afins: Evandra Bussolo Barbin

DIRETORIA ESPECIALUniversitária: Onésimo Carvalho LimaDa Mulher: Maria Teresa Pereira LimaDe Ouvidoria: Geraldo Geraldi Junior

CONSELHO DELIBERATIVOPresidente: João Paulo de S. C. FigueiredoAlexandre Sundfeld Barbin Luiz Antonio BagatinCarlos Alberto Palladini Filho Luiz Fernando CozacEdes Junqueira Luiz Gustavo Leonel de CastroEdgard Cury Manoel Garcia FilhoEricson Dias Mello Marcos A. Spínola de CastroHideo Kumasaka Maria Cristina SalomãoHugo Sérgio Barros Riccioppo Ricardo Aparecido DeBiagiInamar Ferraciolli de Carvalho Sylvio Xavier Teixeira JúniorJosé Fernando Ferreira Vieira CONSELHEIRO TITULAR DO CREA-SP REPRESENTANTE DA AEAARPCâmara Especializada em Engenharia Civil: Wilson Luiz LagunaCâmara Especializada em Engenharia Mecânica: Giulio Roberto Azevedo Prado

REVISTA PAINELConselho Editorial: Maria Inês Cavalcanti, José Aníbal Laguna, Ericson Dias Mello, Giulio Roberto Azevedo Prado e Hugo Sérgio Barros Riccioppo

Coordenação Editorial: Texto & Cia Comunicação – Rua Paschoal Bardaro, 269, cj 03, Ribeirão Preto-SP, Fone (16) 3916.2840, [email protected]

Editores: Blanche Amâncio – MTb 20907 e Daniela Antunes – MTb 25679

Publicidade: Promix Representações - (16) 3931.1555 - [email protected] Pajolla Júnior / Jóice Alves

Tiragem: 5.000 exemplaresLocação e Eventos: Solange Fecuri - (16) 2102.1718Editoração eletrônica: Mariana Mendonça Nader - [email protected] Impressão e Fotolito: São Francisco Gráfica e Editora Ltda.Fotos: Texto e Cia, Arquivo e Banco de imagem.

Painel não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. Os mesmos também não expressam, necessariamente, a opinião da revista.

BIBLIOTECA 05AEAARP 60 anos - Histórias e Conquistas

BALANÇO 06Gestão 2007-2009

FAEASP 11Palavra da Faeasp

ENTREVISTA 12AEAARP está pronta para avançar, diz Batista

MERCADO DE TRABALHO 13Infraero abre vagas para Engenharia e Arquitetura

LEGISLAÇÃO 14STJ confirma que reciclagem é responsabilidade exclusiva dos fabricantes de agrotóxicos

INFORMÁTICA 15Sistema da PINI já está em operação na AEAARP

LUMINOTÉCNICA 16Sob o foco da luz

EXPOSIÇÃO 18Protótipos das invenções de Da Vinci em Ribeirão Preto

AGRICULTURA 20Financiamento da safra 2009/2010 pode chegar a R$ 100 bilhões

ARTIGO 21Queda de renda no campo

CONSTRUÇÃO CIVIL 22Ribeirão Preto se prepara para receber o ConstruSer 2009

TECNOLOGIA 24Projeto da UFSCar desenvolve papel sintético reciclável

OPINIÃO 25A Agrishow e o Casarão da Caramuru

PESQUISA 26Etanol celulósico tem ainda mais vantagens, diz pesquisa

TRANSPORTE 27Convention quer trem bala em Ribeirão Preto

CREA 28“Nós, do CREA”

SUSTENTABILIDADE 29Talentos verdes

NOTAS E CURSOS 30

AEAARP 60 anos – Histórias e Conquistas

Revista Painel 5

biblioteca

AEAARP 60 anos – histórias e conquistasPáginas: 112 Formato: 34,5 cm x 24 cmISBN: 978-85-62130-00-7Autores: Adriana Capretz Borges da Silva Manhas, Blanche Amâncio Silva, Carlo Guimarães Monti, Daniela Farah AntunesPreço: R$ 50,00

FiCHA téCniCA

Há quase 30 anos, as mulheres começa-ram a se manifestar na AEAARP. Como eram novatas no ambiente – e lembrando que nos diplomas universitários elas eram, ainda, intituladas “engenheiros” – houve posicionamentos de certa forma curiosos. São histórias que hoje ilustram um passado muito distante, se compa-rado ao papel feminino nas associações de classe como a AEAARP e também na sociedade contemporânea.No capítulo IV do livro AEAARP 60 anos – histórias e conquistas há uma passagem que ilustra os primeiros passos femini-nos na entidade:

“No primeiro encontro com a parti-cipação das esposas, o engenheiro Francisco Cláudio Innecchi con-siderou que as discussões sobre assuntos da AEAARP eram enfa-donhas para elas.

Por proposta do colega Innec-chi, foi sugerida a abolição da discussão de assuntos dessa entidade nas reuniões onde comparecessem as senhoras dos colegas, visando não tor-nar estas ocasiões momentos tão cansativos. As senhoras presentes, embora compre-endendo o cavalheirismo do proponente, opuseram-se à sugestão.

Essa foi também a primeira mani-festação das mulheres na AEAARP,

e a única registrada em ata até os anos de 1980, quando a engenhei-ra civil Maria de Fátima Ferreira associsou-se à entidade. Quatro anos mais tarde, em 1984, Regina de Machi Foresti assumiu a Dire-toria de Comunicação e Assuntos Sociais, a única mulher a ocupar um cargo de direção na entidade até então.”

balanço

Gestão

AEAARP6

Revista Painel 7

2007-2009Contas aprovadasAs contas dos anos de 2007 e 2008

foram aprovadas nas assembléias convocadas pela entidade. A última aconteceu no dia 2 de março de 2009. No dia 1º de abril de 2007 o caixa da entidade contava com R$ 427.414,24, de acordo com o levantamento contábil. No dia 1º de fevereiro de 2009 eram R$ 407.895,71. “Nós fizemos obras, promovemos eventos, lançamos o livro, investimos na revista Painel, além de outras coisas, contando com importantes parcerias. Por esta razão o balanço é positivo”, analisa o presidente Roberto Maestrello.

A eleição de prioridades na gestão financeira da entidade possibilitou que recursos conquistados pela direção, como a receita para a promoção da festa dos Profissionais do Ano 2007, por exemplo, fossem suficientes para o evento e também para a aquisição do ar-condicionado do salão nobre, servido anteriormente pelo mesmo equipamento que climatizava a área administrativa.

Investimentos 2007-2009Obras: R$ 376.026,29Eventos: R$ 415.203,78

Associados

+ 14%Em 1º de abril de 2007: 2.580Em 1º de março de 2009: 2.930

Inadimplência

- 4%Associados inadimplentes em 1º de abril de 2007: 31%Associados inadimplentes em 1º de março de 2009: 27%

Fontes de receitaAnuidadeInterveniências com convêniosARTAluguel dos espaços AEAARP para eventosAluguel Crea-SP

Desde o primeiro dia de abril de 2007, quando a atual diretoria da AEAARP assumiu o mandato, os cenários político e econômico mundial e local sofreram profundas alterações e a entidade acompanhou as mudanças da socieda-de promovendo debates, apresentando sugestões para encaminhamento de problemas da cidade e estimulando discussões por meio da revista Painel, do Fórum Permanente de Debates Ribeirão Preto do Futuro e dos demais eventos promovidos por seus diretores e associados.

EvEntos No primeiro ano do mandato desta

diretoria, foram realizados cinco grandes eventos na AEAARP. O ciclo Cidades em Debates pautou temas como as enchen-tes que atingem o município, objeto de estudo do Fórum Permanente de Debates Ribeirão Preto do Futuro. O Fórum, então sob a coordenação do engenheiro civil Ericson Dias Mello, elaborou sugestões para a destinação de resíduos sólidos, em parceria com outras entidades, como o SindusCon-SP.

Fo i t a m b é m neste ano de 2007 que a AEAARP promoveu pela primeira vez a Semana do Meio Ambiente, cujo êxito refletiu na segunda edição do evento, reali-zado em 2008. As palestras provo-caram debates sobre as políticas

públicas e as ações da iniciativa privada para as questões ambientais.

A Semana Agronômica de 2007, que tradicionalmente antecede o Almoço dos Agrônomos, foi ampliada e tornou-se um importante ciclo de palestras sobre a bioenergia, no qual pesquisadores, economistas, empresários e produtores expõem suas visões sobre o agronegócio e a cadeia produtiva. O evento foi coor-denado pelo engenheiro agrônomo José Roberto Scarpellini, diretor de Agrono-mia, Alimentos e Afins na AEAARP. Em 2008, por iniciativa da presidência da AEAARP, o evento recebeu o nome de Marcos Vilela Lemos, em homenagem ao ex-presidente do Conselho Delibera-tivo, que faleceu em outubro do mesmo ano.

Além da Semana Agronômica e a de Meio Ambiente, em 2008 a AEAARP pro-moveu também a Semana Tecnológica e a de Engenharia e Tecnologia, que reuni-ram líderes de outras entidades, como os presidentes do Instituto de Engenharia e do CREA-SP, Edemar de Souza Amorim e José Tadeu da Silva.

O novo salão de festas ganhou um projeto paisagístico e tornou-se mais aconchegante

AEAARP8

Ministro e Presidente da Câmara dos Deputados estiveram na AEAARP

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, esteve na AEAARP e expôs as ações que integram o Programa de Aceleração do Desenvolvimento (PAC). Naquela oportunidade, Bernardo ressaltou a necessidade de mão-de-obra para a execução do programa. Segundo ele o país estava precisando de pelo menos mais 50 mil engenheiros para dar seguimento aos projetos.

Já o deputado federal Arlindo Chinaglia esteve na AEAARP na condição de presidente da Câmara dos Deputados e recebeu três exemplares do livro AEAARP 60 anos: Histórias e Conquistas, destinados às bibliotecas da Câmara e do Senado Federal, além de um exemplar para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em seu discurso, Chinaglia ressaltou a importância da participação da sociedade civil organizada nas decisões do poder público e recebeu, do presidente Roberto Maestrello, o pedido para que intercedesse pela liberação de recursos para a realização de obras de infraestrutura em Ribeirão Preto.

PrêmioMonica Bergamaschi, Carlos Gabarra

e Marcos Spínola de Castro foram os profissionais da Agronomia, Arquitetura e Engenharia homenageados em 2007, em uma festa que reuniu centenas de pessoas na Sociedade Recreativa e de Esportes no mês de dezembro. Em 2008, Manoel Ortolan, Eduardo Figueiredo e José Renato Magdalena foram os eleitos para a tradicional premiação.

sElo comEmorativoEm 2008 o lançamento do selo co-

memorativo aos 60 anos da AE-AARP, emitido pela Empresa Brasi leira de Correios e Te-légrafos (ECT),

abriu a programação que celebrou os 60 anos de fundação da Associação. A co-memoração aconteceu no mês de abril, no salão de festas da sede da entidade.

rEformasO salão de festas da AEAARP foi

totalmente reformado e modernizado – o projeto do arquiteto Carlos Gabarra ampliou o espaço, que ganhou portas de vidro, novo projeto paisagístico e novos banheiros.

Além desta obra, em 2008 o antigo american bar foi convertido no charmoso Espaço Gourmet, o estacionamento tam-bém foi reformado e ampliado, além da sala de depósito, onde está sendo organi-zado o almoxarifado da AEAARP. O deck, que amplia o salão de festas em 100 m2, está em fase de finalização. O plano de obras, aprovado pelo Conselho Delibera-tivo, prevê outras ampliações – como a modernização do espaço ocupado pelo CREA-SP – que devem ser concretizadas no próximo período.

Prêmio Profissionais do Ano e comemoração ao Dia do Engenheiro e do Arquiteto reuniram centenas de pessoas

Welson Gasparini, Paulo Bernardo e Roberto Maestrello

José Roberto Geraldini Júnior, Arlindo Chinaglia,

Roberto Maestrello, João Paulo Figueiredo e Maria Inês

Cavalcanti.

AEAARP a coreografia que havia sido montada especialmente para exibição ao príncipe herdeiro do Japão, Naruhito, em sua visita ao Brasil.

Revista Painel 9

imigração jaPonEsaA AEAARP também festejou os 100

anos da imigração japonesa, homena-geando três profissionais da área tec-nológica que representam essa comunidade: Iwao Inada, engenheiro agrô-nomo aposentado, Otavio Okano, engenheiro civil, e Mario Miahara, também engenheiro agrônomo. A entidade se abriu para exposições dos trabalhos do artista plástico Shozo Mishima e da artesã Mas-sumi Wakasugui, além de apresentações dos gru-pos Yukio Yamashita e da Associação Cultural Japonesa, que levou à

Novos computadores para a sala de informática

Cinco novas máquinas foram adquiridas e todos os equipamentos da sede estão

equipados com Windows Vista Business e pacote Office 2007, além de 14 monitores de LCD.

A história da AEAARP

O lançamento do livro AEAARP 60 anos: Histórias e Conquistas, no

final do mês de dezembro, encerrou as atividades sociais do ano de

2008. A obra consumiu mais de um ano de pesquisas e traz um pouco da história do desenvolvimento de Ribeirão Preto – da fundação até o ano de 1948, quando nasce a Associação de Engenharia – e

da história da entidade até os dias atuais.

A obra narra a trajetória de formação da entidade, desde as primeiras reuniões até a última

homenagem do Prêmio Profissionais do Ano, entregue em dezembro de

2008. Antes, entretanto, conta a história da fundação e urbanização do município de Ribeirão Preto. O livro foi produzido pelas jornalistas

Blanche Amancio e Daniela Antunes, pelo historiador Carlo

Monti e a arquiteta Adriana Capretz. A entidade está doando exemplares

para as bibliotecas públicas municipais.

Wilson Laguna é o novo coordenador

Desde novembro de 2008, Wilson Luiz Laguna coordena o Fórum Permanente de Debates Ribeirão Preto do Futuro. Ao assumi-lo, Laguna disse que tem como prioridade o debate de uma nova política para o trânsito e o transporte em Ribeirão Preto, temas que estão previstos no Estatuto das Cidades.

ElEiçõEs municiPaisNo segundo semestre de 2008, a en-

tidade recebeu todos os candidatos a prefeito da cidade. Eles apresentaram suas propostas para as áreas de infra-estrutura, planejamento, habitação e trânsito, abrangendo os temas que mais influenciam os debates promovidos pela AEAARP.

ExPosiçãoAs atividades em 2009 foram retomadas

com a abertura da exposição fotográfica Sob o Olhar da Tecnologia e do Desenvol-vimento, com imagens produzidas pelo Grupo Amigos da Fotografia retratando as alterações urbanas e sociais pelas quais Ribeirão Preto passou nas últimas décadas.

DocumEntosEm 2009, a diretoria investiu na orga-

nização dos documentos que contam a história da AEAARP, contratou uma bibliotecária e recuperou um importante acervo, reorgani-zando a biblioteca e tirando do depósi-to, conhecido como Casa da Coruja, vá-rias caixas de do-cumentos e livros que se misturavam com móveis sem uso e material de construção.Abertura do primeiro livro

de atas da AEAARP

2007

-200

9

AEAARP10

Convênios médicos são renovados com benefícios exclusivos

A atual diretoria renovou o contrato com a Unimed, prestadora de serviço de convênio médico que há mais tempo atende às famílias dos associados. Intensas negociações resultaram na prorrogação do contrato (que venceria em 2010) para 2020. Todo o processo foi acompanhado e aprovado pelo Conselho Deliberativo. As prestações foram mantidas nos patamares anteriores, apenas com reajuste anual de inflação. Uma das vantagens dessa negociação foi a manutenção da isenção de valor extra conforme a faixa etária do conveniado. Outra vantagem foi a inclusão da cláusula que beneficia os dependentes solteiros, que eram desligados do plano ao atingirem 21 anos, e os universitários, que eram desligados aos 24 anos. Agora, os dependentes solteiros podem ser mantidos ate os 40 anos de idade. E as inclusões podem ser feitas a qualquer tempo até o limite desta idade. Nos contratos praticados atualmente pela Unimed, somente o item faixa etária corresponde a um valor cinco vezes superior ao praticado no contrato com a AEAARP. Atualmente são 4.209 conveniados pela AEAARP, o que resulta em uma arrecadação de R$ 419.506,63. Conforme as condições do atual plano empresarial da Unimed, este valor seria de R$ 1.041.571,54. Veja os gráficos comparativos.

40% dos associados conveniados à Unimed têm mais de 49 anos

*considerando a média de pagamento mensal**segundo tabela de preços referente a plano empresarial equivalente

tudo em material elétrico

Ligada em você

tels: (16) 3630.1818 Fax: (16) 3630.1633R. Roque nacarato, 81 Ribeirão Preto-SP

[email protected]

Revista Painel 9

tudo em material elétrico

Ligada em você

tels: (16) 3630.1818 Fax: (16) 3630.1633R. Roque nacarato, 81 Ribeirão Preto-SP

[email protected]

faeasp

Neste ano de 2009 a Federação das As-sociações de Engenheiros e Arquitetos do Estado de São Paulo (Faeasp) estará completando seu Jubileu de Pérolas. E tudo começou de sonhos de alguns profissionais que à época da fundação da entidade já entendiam que cada um de nós deve “... doar o seu trabalho, com a convicção de que somente através de uma congregação de esforços é que se consegue a valorização profissional.”, como bem definiu o primeiro presidente da Faeasp, engenheiro José Augusto Corsini Monteiro de Barros. Assim é que, desde sua criação, a Faeasp não se afas-tou da missão de promover a Engenharia, a Arquitetura e a Agronomia em prol

do desenvolvimento social, econômico, tecnológico e da melhoria da qualidade de vida, sem olvidar o fortalecimento das entidades de classe. Naquele dia 10 de Agosto do ano de 1979, 26 homens, reunidos no prédio localizado à esquina das ruas São Sebastião e Visconde de Inhaúma, em Ribeirão Preto, transforma-ram em realidade o sonho. Hoje, dentre as mais de 200 entidades de classe filiadas à Faeasp, temos um orgulho enorme em termos como balizadora a AEAARP que, com sua administração moderna e atuante, tem laborado, cons-tante e convergentemente, dentro dos objetivos pelos quais fomos idealizados. A função da AEAARP, no que diz respeito

à atualização profissional, promovendo cursos e palestras técnicas às várias modalidades, tem sido exemplar para todo o estado, assim como a função social, em todos os aspectos, dentre os quais destacamos os planos médicos que cobrados com valores que se equi-param aos menores do país seria outro fato relevante. Esses exemplos fazem-nos acreditar que a AEAARP pode dizer, com segurança, que o grande barato da vida é olhar para traz e sentir orgulho de sua história!

Eng. Hélio Rodrigues SeccoPresidente da Faeasp

FaeaspPalavra da

entrevista

AEAARP12

Diretor regional e coordenador estadu-al de uma das entidades mais influentes do país – o SindusCon-SP – o engenheiro José Batista Ferreira tem uma visão crítica da crise econômica mundial, das suas influências nas atividades da área tecnológica e do papel que entidades como a que ele dirige e outras, como a AEAARP, que ele presidiu, precisam assumir neste próximo período.

Ferreira acredita que a reestruturação da Associação no último período a for-taleceu e que este é o momento de apro-fundar as ações em defesa da valorização profissional dos técnicos e voltar as atenções para a sociedade, tornando-se cada vez mais uma consciência crítica do poder público. “É preciso manter e fortalecer a independência da entidade para que as opiniões sejam respeitadas tecnicamente”, afirma.

Durante entrevista concedida para a revista Painel, destacou o espírito de parceria entre SindusCon-SP e AEAARP. “Nós somos parceiros, assim como a AEAARP é e deve ser parceira de outros sindicatos. É com esta união de inte-resses que faremos nossas atividades serem respeitadas e crescerem”.

Painel – Em sua avaliação, o boom da construção civil ficou no passado?

josé Batista ferreira – Aquele cenário aconteceu, principalmente no segundo semestre de 2008, em decorrência da entrada do capital especulativo nas empresas, que adequaram suas estru-turas, modernizaram a gestão e foram buscar recursos no mercado de ações. Este movimento injetou recursos em uma área formada por pessoas que são obstinadas pelo trabalho. É desta forma que engenheiros, arquitetos e agrôno-mos trabalham e, na maioria das vezes, são esses profissionais que dirigem as empresas.

Painel – Esta obstinação fez o pro-

fissional da área tecnológica tornar-se um empreendedor nos últimos 20 anos...

jBf – Exatamente. Nos anos de 1990 vivemos a era da globalização. Naquele cenário, as empresas do setor precisa-ram se adequar, enxugar custos e fazer com que a estrutura de sua empresa funcionasse de forma mais harmônica. Foi então o período da reengenharia. Nesse movimento muitos profissionais foram demitidos e, perdendo o empre-go, muitos passaram a prestar serviços como autônomos, em seus escritórios de engenharia e arquitetura que, por sua vez, são requisitados pelas construtoras no processo de terceirização dos serviços. São mais de 20 anos sem atenção dos governos, mas nossos profissionais são persistentes e vêm vencendo todas as crises e esta será vencida também, com competência do setor que é muito forte.

Painel – Em sua avaliação, qual é o papel do poder público, nos três ní-veis, no fomento das atividades deste setor?

jBf – Nos níveis municipal, estadual e federal, todas as lideranças políticas têm um verdadeiro desrespeito pelos técnicos. Há mais de duas décadas os profissionais da Engenharia, Arquitetura e Agronomia abrem caminhos no mer-cado por seus próprios méritos e têm pouca, ou nenhuma, atenção do setor público. Avalio que é um desperdício de conhecimento.

Painel – Por quê?jBf – O setor tecnológico é gerador

de riquezas. As profissões do sistema Confea/Crea são responsáveis por 70% do PIB nacional e influenciam direta-mente nos níveis de empregabilidade do país. Outro exemplo claro é que em Ribeirão Preto, há mais de uma década, a empresa municipal de habitação, a Cohab-RP, não tem nenhuma política de habitação popular. Esse tipo de obra, além do caráter social, gera emprego, renda e riqueza. Recente estudo apre-sentado pela Fundação Getulio Vargas comprova isso. Eles pesquisaram 136 países e constataram que aqueles que

investiram em habitação popular tiveram aumento no PIB, além de dar base sóli-da para estruturação da família.

Painel – mas existem muitos técnicos no poder público, de todas as áreas tecnológicas...

jBf – Sim, e que precisam ser valori-zados porque são competentes naquilo que fazem. Esse é o papel da AEAARP. A Secretaria Municipal do Meio Ambiente foi criada no final da gestão passada, mas carece de estruturação para dar condições de trabalho aos excelentes profissionais que compõem o quadro daquela pasta. A AEAARP precisa agir nessa questão. O poder público, por sua vez, precisa também dar ouvidos aos técnicos e às entidades que elaboram propostas para o município. A AEAARP apresentou sugestões para o Plano Diretor e para o problema das enchen-tes, assim como para a destinação dos resíduos sólidos da construção civil. O SindusCon foi parceiro neste trabalho e, na direção regional, dei prosseguimento às discussões sobre a destinação dos resíduos e ações para regulamentação do assunto, buscando investimentos da iniciativa privada.

Painel – Qual é a visão que o sr. tem da aEaarP hoje?

jBf – A Associação passou por uma grande reestruturação no último período. Do ponto de vista financeiro, organiza-cional, físico e de imagem. Foram reali-zadas importantes obras. O orçamento que temos é bom e tem sido aplicado com responsabilidade. A iniciativa de escrever um livro que conta a história da AEAARP foi importante para pontuar, inclusive, um novo momento pelo qual a entidade passa. Nós queremos e é ne-cessário muito mais. A Associação está pronta para aprofundar suas ações pela valorização dos profissionais que a com-põem e também para voltar seus olhos para a sociedade, defendendo a cidade e propondo políticas públicas para o município. Para isso é necessário, ainda, que aprofunde sua independência em relação ao poder público, uma posição histórica dentro da entidade.

AEAARPestá pronta para avançar, diz Batista

INFRAERO

mercado de trabalho

anuncio gráfica

A Infraero oferece novas oportunidades para profissionais de nível superior e médio. Foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) edital do concurso público da empresa para cadastro de reservas, abrangendo diversos cargos, em 83 localidades. O concurso será realizado pela Fundação Carlos Chagas. As inscrições ocorrerão no período de 16 de março a 3 de abril, pela internet, no endereço www.infraero.gov.br. A inscrição custa R$ 66,37 para os cargos de nível superior e R$ 51,37 para os níveis médio e técnico.

As vagas de nível superior são para arquiteto, engenheiro agrônomo,

engenheiro ambiental, engenheiro civil, engenheiro de infraestrutura aeronáutica, engenheiro de segurança do trabalho, engenheiro de telecomunicações, engenheiro eletricista, engenheiro eletrônico, engenheiro f lorestal , engenheiro mecânico, engenheiro mecatrônico, engenheiro químico e engenheiro sanitarista. Além dessas vagas, o concurso também deve preencher vagas de assistente social, bibliotecário, biólogo, enfermeiro de trabalho, jornalista, relações públicas, publicitário, pedagogo, psicólogo, administrador, advogado, auditor, contador, economista, médico do trabalho, analista de sistemas

Infraero abre vagas para

Engenharia e Arquiteturae meteorologista.

Já as vagas de nível médio são para desenhista projetista, técnico em edificações, técnico em eletrônica, técnico em eletrotécnica, técnico em estradas, técnico em mecânica, topógrafo, técnico em contabilidade, técnico em enfermagem do trabalho, técnico em segurança do trabalho e profissional de serviços aeroportuários.

As provas estão previstas para ocorrer no dia 21 de junho. A confirmação da data e as informações sobre horários e locais serão divulgadas por meio de Edital de Convocação e podem ser acompanhadas no site da Infraero.

Decisão proferida pela 1ª Turma do Su-perior Tribunal de Justiça (STJ) confirma que os fabricantes/comercializadores representados legalmente pelo Instituto Nacional de Processamento de Emba-lagens Vazias (inpEV) são os únicos responsáveis pela destinação final de embalagens vazias.

O julgamento, ocorrido no último dia 17 de fevereiro – em virtude de recurso apre-sentado por uma empresa denominada Fineplast, que buscava autorização judi-cial para reciclar as embalagens vazias de agrotóxicos –, concluiu que se é pos-sível afirmar que as empresas produtoras e comercializadoras de agrotóxicos serão responsabilizadas por eventual dano ao meio ambiente decorrente da recicla-gem, é justo que tenham a prerrogativa de firmar parcerias de acordo com suas conveniências.

“O inpEV, como entidade privada, para assegurar a qualidade e rastreabilidade do processo de reciclagem, passou a direcionar as embalagens vazias de defensivos agrícolas para recicladores de sua inteira confiança, dentro de pre-ceitos legais de livre escolha e liberdade contratual”, afirma João Cesar Rando, diretor-presidente do inpEV. “Antes da promulgação da Lei 9974/00, o mercado informal existia justamente pela falta de um marco legal que estabelecesse parâmetros objetivos que assegurassem respeito ao meio ambiente e preservação da saúde pública”, completa.

Ao longo de seus sete anos de atua-ção, o inpEV desenvolveu e conveniou empresas ambientalmente licenciadas e tecnicamente aptas para a realização da reciclagem das embalagens vazias de defensivos agrícolas em várias regiões do país. As empresas recicladoras pre-

STJ confirma que reciclagem é responsabilidade exclusiva dos fabricantes de agrotóxicos

cisam cumprir as exigências legais para o recebimento das embalagens vazias de defensivos agrícolas e atender per-feitamente aos requisitos de qualidade e segurança estabelecidos pelo inpEV.

Atualmente distribuídos de forma es-tratégica em cinco estados brasileiros (Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso e Rio de Janeiro), o número de recicladores parceiros (total de 10) foi determinado de acordo com critérios lo-gísticos, técnicos, ambientais (baseado em legislação) e de qualidade, além de uma minuciosa análise de viabilidade econômica, de forma a assegurar a sustentabilidade de todo o sistema de reciclagem dessas embalagens.

sobre o inpEv

O inpEV é uma entidade sem fins lucrativos que representa a indústria fabricante de defensivos agrícolas em sua responsabilidade de destinar as embalagens vazias de seus produtos de acordo com a Lei Federal nº 9.974/2000 e o Decreto Federal nº 4.074/2002. A lei atribui a cada elo da cadeia produtiva agrícola (agricultores, fabricantes, ca-nais de distribuição e poder público) responsabilidades que possibilitam o funcionamento do Sistema de Destina-ção de Embalagens Vazias.

O instituto foi fundado em 14 de dezem-bro de 2001 e entrou em funcionamento em março de 2002. Atualmente, possui 76 empresas e sete entidades de classe do setor agrícola como associadas.

Mais informações sobre o inpEV e o Sistema de Destinação Final de Emba-lagens Vazias estão disponíveis no site www.inpev.org.br.

legislação

AEAARP14

informática

Sistema da PINI já está em operação na AEAARP

mais competitivo, torna-se fundamental automatizar os processos de suprimen-tos, contas a pagar, contas a receber, fazer o controle bancário, ou mesmo verificar se um determinado insumo está ou não previsto no orçamento.

O Volare representa a mais nova gera-ção de softwares para gestão de obras. Desenvolvido exclusivamente para orçar e gerenciar obras de qualquer porte, o software orça, planeja, controla e fiscali-za os serviços e insumos de construção, integrado ao Módulo de Gestão de Su-primentos, em uma única plataforma. O programa é comercializado desde 1984 e desde então sofreu sucessivas atualizações.

Para usarA sala de informática da AEAARP

funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h e é aberta aos profissionais associados à entidade.

Estão à disposição de todos os associa-dos os softwares Volare desenvolvidos pela PINI Sistemas e adquiridos pela AEAARP. Os módulos são de Orçamento, Planejamento e Controle de Obras.

O Volare conta com um módulo especí-fico para quem trabalha com manuten-ção e reforma. E oferece a possibilidade de inclusão, na base de dados do sistema de cadastro, dos fornecedores da cons-trução civil. O programa foi instalado em um dos computadores da sala de informática da AEAARP, que é de livre acesso aos associados.

“Hoje, as empresas de construção civil precisam definir e controlar todos os processos de seu negócio para crescer. O valor não está somente no canteiro de obras, mas também na sua capacidade de administrar bem os recursos disponí-veis”, avalia Pedro Paulo de Oliveira Ma-chado, gerente da PINI Sistemas. Para ele, em um mercado aquecido e cada vez

AEAARP16

Sob o foco da luzA rotina de vida contemporânea vem

impondo, com muita rapidez, novos hábitos de vida – ou por necessidade, ou pelo fato de que novos gostos surgem com as mudanças tecnológicas, de com-portamento, sociais etc.

Neste cenário, o design de interiores tem sido uma das áreas mais impac-tadas pelas novas características da vida contemporânea. Afinal, o espaço dentro de casa passou a ganhar mais status, a ter muito mais importância na qualidade de vida das pessoas. Por isso, os projetos de interiores passaram a ter de dar respostas e soluções a novos problemas, novos paradigmas, novas necessidades. Fora isso, o apelo tecno-lógico é outro fator que tem contribuído significativamente para uma verdadeira mudança de conceito nesses projetos, pois as inovações oferecidas pela indús-tria são variadíssimas e, por incrível que pareça, começam a atender demandas específicas, de nichos de públicos, coisa impensável no auge da performance da produção em série.

Uma das áreas que vêm revolucionan-do o design de interior é a luminotécnica.

Iluminar um ambiente deixou de ser mero complemento e passou a ser um dos itens não apenas de valorização dos espaços. A grande novidade é que a iluminação é enormemente responsável pelas características que se quer dar ao ambiente, pela qualidade das expe-riências da vivência naquele espaço e, claro, pela possibilidade de personalizar os espaços.

Por isso, a indústria mundial tem oferecido variedades de produtos que consideram estética, performance e economia. A designer de interiores Maitê Orsi, pós-graduada em Luminotécnica, tem atração especial pelo assunto. Se-gundo ela, as novidades apresentadas pela evolução tecnológica chegam a oferecer particularidades capazes de personalizar a cena e contemplar ne-cessidades ou gostos muito específicos. “Não é possível conceber um projeto sem atenção especial e planejada para a iluminação, pois a luz oferece cores, sombras, nuances, enfatiza detalhes e cria cenas específicas para espaços de lazer, descanso, estudo, alimentação, trabalho etc.”, explica.

Escritório com lâmpadas fluorescentes compactas e halógenas AR.

lUminotécnica

Revista Painel 17

novidades em iluminaçãoA iluminação é grande responsável

pela atmosfera de um ambiente, bem como a eficiência com que podemos executar tarefas que necessitem de acuidade visual; ela também pode fazer “parceria” com a iluminação natural, criando um clima agradável e contri-buindo para a economia de energia. Hoje são muitos os sistemas de geren-ciamento da iluminação, que permitem materializar essa situação, bem como a possibilidade de usarmos luminárias de luz natural, já bastante utilizadas na Europa, recém-lançadas no Brasil.

Um dos ambientes da casa que permi-tem e exigem recursos mais elaborados do projeto de iluminação são os home-theater ou home cinemas, onde é possí-vel criar muitas cenas de luz, incluindo, por exemplo, efeito de diminuição gra-dual da intensidade para iniciar a seção de cinema, utilizando recursos muitas vezes simples e obtendo um ótimo grau de satisfação para seus usuários.

Atualmente está se prestando mais atenção à iluminação, buscando-se uma abordagem mais criativa para seu uso e de forma mais sustentável, pois antes era vista somente como um elemento de solução padronizada e obrigatória no imóvel.

meio ambientePorém, alerta Maitê Orsi, as lâmpadas

fluorescentes contêm mercúrio, que provoca contaminação nos meios físico, biológico e antrópico, em variados níveis. Um dos exemplos mais contundentes da contaminação do meio ambiente e muitos óbitos é o da baia de Minamata no Japão. Lá, porém, governo e comuni-dade instituíram um amplo programa de recuperação ambiental e atendimento

médico, digno de exemplo.Por conta do mercúrio, as fluorescentes

precisam ser descartadas em locais es-pecíficos, não podendo ter o mesmo des-tino do lixo comum. Em Ribeirão Preto, no entanto, não há local adequado para o descarte dessas lâmpadas. No Brasil há três empresas que são habilitadas para a reciclagem: uma em Paulínia-SP, uma em Indaiá-SC e uma em Curitiba-PR.

O uso industrial e co-mercial do produto su-gere maior facilidade de gerenciamento do descarte, pela própria situação de legisla-ções específicas, mas o residencial tem sido pauta de discussão. Não há ainda uma po-lítica pública de des-tinação das mesmas, nem regulamentação do Conselho Nacio-nal do Meio Ambiente (CONAMA) para a sua reciclagem.

Segundo um relató-rio da ONU divulgado na Tailândia, o Bra-sil precisa fazer três ações para conter o aquecimento global: conter desmatamen-tos ilegais, investir em energias limpas como as fontes eólicas e a termosolar e aplicar técnicas de eficiência energética para redu-zir desperdício, inves-

tindo no uso de lâmpadas econômicas. Já existem fabricantes que receberam aprovação da ONU para um programa de redução das emissões de CO2 por meio do uso de iluminação mais eficiente.

Lâmpada incandescente dimerizada na sanca oval e lâmpadas AR

– estas com foco dirigido para obras de arte, para a cadeira de

leitura, com objetivo de ressaltar detalhes do ambiente. As várias

lâmpadas halógenas AR permitem composições variadas de cenas

no espaço, por meio de sistema de automação.

Sanca em formato de losango com lâmpada fluorescente. Lâmpadas AR e lâmpadas dicroica espalhadas em vários pontos para ressaltar detalhes e compor novas cenas com diferentes combinações.

ser vistas até 19 de abril, no Átrium do RibeirãoShopping. São 35 peças artesanais, em tamanho real e miniaturas, que compõem a exposição Leonardo da Vinci, o Gênio do Futuro.

Cada uma das peças é complementada por um painel explicativo, muitas vezes

exposição

Leonardo da Vinci é considerado o maior gênio da história. Imortalizado por obras como Mona Lisa e a Última Ceia, Da Vinci foi pintor e escultor, arquiteto, engenheiro, matemático, fisiólogo, químico, botânico, geólogo, cartógrafo, físico, mecânico, escritor, poeta e músico, apesar de não ter tido formação acadêmica em nenhuma dessas

áreas. Algumas das suas mais visionárias e engenhosas

invenções poderão

Protótipos das invenções de

AEAARP18

Leonardo Da Vinci nasceu em 1452, na Itália, e faleceu em 1519, na França. Nesse

período produziu peças que anteciparam invenções

concretizadas muitos séculos depois. Antes mesmo do

surgimento da primeira escola de Engenharia no mundo, a École et Chaussées, criada

na França em 1747, Da Vinci já colocava no papel as máquinas que revolucionaram

a sociedade.

Exposição: leonardo da vinci, o gênio do futurolocal: ribeirãoshopping Piso nova aliança - alameda gourmetData: 17 de março a 19 de abrilHorários: 10h às 22h Evento gratuito

com trechos escritos pelo próprio Da Vinci sobre suas invenções. Para a construção das peças, algumas delas apenas projetadas, mas nunca executadas, foram utilizados desenhos originais, fragmentos de estudos e anotações do artista. Pa r a d a r a i n d a mais autenticidade aos inventos, na confecção das peças foram ut i l izados apenas materiais da época como madeira, bronze, algodão e corda.

A exposição foi ide-alizada pela empresa italiana Contempo-ranea Progetti, com sede em Florença, e chega a Ribeirão Preto por meio de uma parceria do Ri-beirãoShopping com a Casa Brasil, braço cultural da Compa-nhia Brasileira de Multimídia, empresa que controla o Jor-nal do Brasil e a Gazeta Mercantil. A Casa Brasil é especializada em empre-endimentos culturais, como exposições,

Da Vinci em Ribeirão Preto

conferências e palestras, workshops e publicações especiais.

O visitante poderá mergulhar na mente de Leonardo da Vinci e entender um pou-co mais do talento do principal represen-tante do Renascimento italiano também

como projetista. Al-guns dos estudos e das réplicas apresen-tados na exposição são considerados passos iniciais para a criação de inventos que revolucionaram o modo de viver da humanidade, como o primeiro projeto de um submarino, a primeira draga para limpezas de rios e a máquina de levan-tar peso, que deu origem ao macaco hidráulico.

Exemplo mais cla-ro da capacidade de Da Vinci em anteci-par em séculos as

invenções que hoje nos parecem banais é a bicicleta – projeto que foi reconstruído em tamanho real e faz parte da mostra. Seus conhecimentos de anatomia tam-

bém o permitiram imaginar um homem com asas, ideia que foi abandonada e deu lugar a outras máquinas voadoras. Diante da certeza de que o homem con-seguiria voar, Leonardo também criou o projeto de um paraquedas.

Revista Painel 19

Financiamento da safra 2009/2010 pode chegar a R$ 100 bilhões

agricUltUra

AEAARP20

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse que apesar de a equi-pe econômica do governo ainda não ter definido o valor do financiamento público da safra 2009/2010, a expectativa é que o valor varie entre R$ 90 bilhões e R$ 100 bilhões. Na safra 2008/2009 o financiamento foi de R$ 78 bilhões, sendo R$ 65 bilhões para a agricultura empresarial e R$ 13 bilhões para a agri-cultura familiar.

Desde que a crise imobiliária nos Esta-dos Unidos produziu o efeito de redução do crédito que empresas estrangeiras, chamadas tradings, davam à agricultura brasileira na forma de fornecimento de in-sumos e compra antecipada da colheita, o setor agropecuário reivindica uma partici-pação maior do governo no financiamen-to da safra. Antes, esse financiamento era divido em três partes praticamente

iguais: uma, era coberta pelo dinheiro que os próprios agricultores juntavam das produções anteriores, outra pelas tradings e outra pelo governo, principalmente via crédito do Banco do Brasil.

Caso o financiamento do governo aumente no patamar estimado pelo ministro da Agricultura, cerca de 20%, ainda restará uma lacuna, que teria de ser preenchida por recursos próprios dos produtores rurais ou de tradings que poderiam voltar a investir no setor. Stephanes também afirmou que outras medidas podem ser tomadas. “Com a crise, vamos ter que atuar mais forte em outros instrumentos”, disse ele, referindo-se a investimentos na comer-cialização da safra. “O fortalecimento das cooperativas é uma idéia presente porque pode substituir outras formas de financiamento”, disse o ministro.

Revista Painel 21

artigo

Queda de renda no campo

*Manoel Carlos de Azevedo Ortolan Já considerando os efeitos da crise

sobre a produção, o Ministério da Agri-cultura calcula uma redução de 7% na renda agrícola em 2009, em comparação com o ano anterior. De acordo com os dados oficiais, no ano passado o valor da produção agrícola – obtido pela mul-tiplicação da quantidade produzida pelo preço recebido pelos agricultores – foi de R$ 163,3 bilhões e o estimado para este ano é R$ 151,9 bilhões.

Isso significa uma redução de R$ 11,3 bilhões no rendimento “da porteira para dentro”, o que atinge certeiramente o produtor rural, com reflexos no círculo da economia – se há menos renda sendo gerada, haverá menor demanda de mão-de-obra, de insumos e assim por diante. Como o agronegócio corresponde a perto de 40% do PIB nacional, a perda de ren-da no campo tem efeitos muito nocivos para toda a economia. Sinal de que este ano exigirá muita cautela por parte dos produtores.

O cálculo do Ministério considera 20 produtos e, desses, 14 apresentaram declínio. Os fatores mais importantes para a redução na renda foram as con-dições climáticas, os preços baixos das commodities agrícolas e a falta de crédito para o financiamento agrícola. As maio-res quedas na renda devem ser no trigo (33,6%), milho primeira safra (26,7%), ce-bola (20%) e algodão herbáceo (14%). No caso da cana, a perda de renda estimada é de 1,6%: em 2008, o valor da produção dessa cultura foi de R$ 21,3 bilhões e o estimado para este ano é R$ 20,9 bilhões,

o menor dos últimos quatro anos.Em comparação com outros produtos

agrícolas, a queda na cana será menos acentuada, o que não significa, neces-sariamente, que os canavieiros estejam imunes à crise. Há rendimento. Neces-sário considerar também que o aumento na produção acaba, de certa forma, ali-viando a queda na renda projetada pelo Ministério da Agricultura.

Enquanto os grãos devem ter uma redu-ção de 4,9% na produção – de acordo com a estimativa mais recente da Conab, de 137 milhões de toneladas contra os 144,1 milhões/ton da safra passada –, a cana deve continuar em crescimento. Pelas projeções da Datagro, a próxima safra bra-sileira será próxima de 590 milhões/ton.

Apesar de as notícias da crise provo-carem uma natural preocupação e até um certo desânimo, é preciso tocar a vida adiante e enfrentar as dificuldades. Os cenários são positivos para o açúcar e etanol, os preços da matéria-prima apresentam uma ligeira reação e há um recuo, mesmo que tímido, no preço de alguns insumos, como os fertilizantes, que na safra passada pressionaram for-temente os custos para produzir.

Para atravessar o deserto, não há mila-gres. É preciso ter o pé no chão, pensar duas vezes antes de fazer qualquer in-vestimento, reduzir custos e continuar produzindo. Da mesma forma que a crise se instalou, ela irá se dissipar.

*presidente da Canaoeste (Associação dos Plantadores de Cana

do Oeste do Estado de São Paulo)

AEAARP18

constrUção civil

Ribeirão Preto se prepara para Já começaram os preparativos para o

ConstruSer 2009 (Encontro Estadual da Construção Civil em Família), uma inicia-tiva do SindusCon-SP em parceria com uma série de entidades, entre elas o Ser-viço Social da Indústria (Sesi). O evento acontecerá no dia 28 de março, das 9h às 17h, simultaneamente, nos Centros de Atividades dos Trabalhadores (CATs) das cidades-sede das nove regionais do SindusCon, no interior de São Paulo e litoral, e também na capital.

Em Ribeirão Preto, neste ano, a ex-pectativa é de que o ConstruSer receba cerca de 2 mil pessoas que, durante todo o dia, participarão de atividades voltadas à educação, lazer, cultura, saúde e cida-dania. Entre as novidades, gincanas com participação de todos os integrantes das famílias dos trabalhadores e torneios de futsal, dominó e truco (duplas).

“Desde dezembro de 2008, estamos nos reunindo para definir a programação de 2009. O ConstuSer nasceu em Ribeirão Preto e se tornou estadual. Aqui estamos na quarta edição, então nossa preocupa-ção é surpreender os participantes com novas atrações e atividades. Algumas surpresas estão sendo elaboradas e esperamos agradar a todos”, afirma José Batista Ferreira, diretor regional do SindusCon-SP.

Além do Sesi, são parceiros do Sindus-Con-SP, na realização do ConstruSer, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o Serviço Social da Construção Civil do Estado de São Paulo (Seconci-SP). O evento também conta com o apoio da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Associa-ção de Diabetes Juvenil (ADJ), Instituto Paradigma, Ministério do Trabalho e Emprego, Federação dos Trabalhado-res nas Indústrias da Construção e do Mobiliário (Feticon-SP), Força Sindical, Sindicato dos Técnicos de Segurança do Trabalho no Estado de São Paulo

(Sintesp), Sindicato dos Trabalhadores nas da Indústrias da Construção Civil de São Paulo (Sintracon-SP) e Federação Solidária de São Paulo (FSCM-CUT).

começou em ribeirão O SindusCon-SP idealizou o ConstruSer

com a finalidade de valorizar e incentivar a interação do trabalhador da construção civil e seus familiares com as empresas do setor. O evento foi realizado, pela primeira vez, em 2006, somente na regional de Ri-beirão Preto, que repetiu a dose em 2007. Fez tanto sucesso que, em 2008, o sindicato decidiu estendê-lo a todas as regionais do interior de São Paulo, litoral e na capital.

“É um evento que demonstra toda a preocupação do SindusCon-SP com a família dos trabalhadores que fazem o dia-a-dia da construção civil. Nosso objetivo principal é estender a valoriza-ção que damos a esses trabalhadores para toda a família também por meio do ConstruSer”, destaca Batista.

sucesso em 2008A primeira edição estadual do Cons-

truSer, promovida em 26 de abril de 2008, contabilizou a participação de 17 mil pessoas, entre trabalhadores da construção e seus familiares, que foram atendidas por cerca de 3 mil voluntários, com total de 20 mil pessoas envolvidas. Em Ribeirão Preto, cerca de 2.300 pes-soas participaram de várias atividades durante todo o dia.

vagas limitadasAs vagas são limitadas em função

do número de pessoas que cada CAT comporta. As empresas associadas ao SindusCon-SP, na região de Ribeirão Preto, devem inscrever seus trabalhado-res na sede da regional à Rua Marechal Rondon, nº 199, bairro Sumaré, pelo telefone (16) 3623.1340, ou pelo e-mail: [email protected]

ConstruSer nasceu em Ribeirão e será realizado em todo o Estado

Revista Painel 19

ConstruSer 2º Encontro Estadual da

Construção Civil em Família Local: CAT/Sesi Castelo BrancoRua Dom Luiz do Amaral Mousinho, 3.465, Jd. Castelo Branco Novo. Data: 28/03/08 (sábado). Horário: das 9h às 17h. Informações: SindusCon-SP (Regional Ribeirão Preto): Rua Marechal Rondon, 199, Sumaré. Fone: (16) [email protected]

receber o

ConstruSer 2009

recic

lável

tecnologia

Pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) desenvolveram um papel sintético feito a partir de resíduos plásticos. A pesquisa, financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), já é desenvolvida desde 1996 no Departamento de Engenharia de Materiais (DEMa) da instituição.

O papel sintético feito a partir de plástico reciclável é pioneiro no setor, segundo Sati Manrich, coordenadora do projeto e docente do DEMa. Como principais características o produto apresenta maior durabilidade, resistência à umidade e melhor aspecto visual do que o papel de celulose. Ele pode ser utilizado na elaboração de produtos diferenciados, como catálogos, manuais, cartilhas, livros, cartões, outdoors e cartazes em geral, embalagens para DVDs, tabuleiros de jogos, rótulos, etiquetas e envelopes, dentre outros.

Sati salienta que, além de inovador, o projeto também tem uma importância ecológica porque contribui para redução no volume de lixo. “Os impactos ambientais seriam reduzidos pela possibilidade de utilizar os resíduos plásticos descartados, reduzindo o volume desse material no lixo urbano ou no ambiente. Mesmo em comparação com o papel celulósico reciclado, o papel sintético a partir de plástico pós-consumo causaria menos impacto ambiental”, acredita a pesquisadora.

Já com o depósito da patente feito para o papel sintético reciclável, Sati gostaria que seu lançamento fosse marcado por ações educativas. “Seria ideal se o lançamento do papel fosse utilizado na produção de uma cartilha infantil sobre impactos ambientais, reciclagem de resíduos plásticos e fabricação de papel sintético ecológico, como um instrumento de educação ambiental de crianças que, aliás, serão as mais afetadas pelos problemas ambientais atuais e futuros”, enfatiza a pesquisadora.

Projeto da UFSCardesenvolve papel sintético reciclável

AEAARP24

O que a Agrishow e o Casarão da Caramuru têm em comum? A primeira é uma feira de tecnologia agrícola, moderna, pujante e que acontece em Ribeirão Preto há 15 anos, mas que em 2010 muda-se para São Carlos. O Casarão, por sua vez, é o imóvel mais antigo do município, representante da elite cafeeira que explorava as terras desta cidade antes da dominação canavieira. Há mais de uma década tratam de espalhar boatos que a feira sairá de Ribeirão; agora já é fato. Há bem mais de uma década estudos apontam que o Casarão, tombado como patrimônio histórico e cultural, vai cair. Um dia será fato, e dizer “fica” não será a solução.

O tombamento de patr imônios históricos e culturais passa por uma crise. Leigos veem o tombamento como a preservação do imóvel velho que um dia poderá ser convertido em museu, biblioteca ou algum equipamento cultural público, que tem uma infinidade de investimentos que precisam ser feitos e para os quais invariavelmente faltam recursos.

É necessário que a decisão pelo t o m b a m e n t o d e i m ó v e i s t e n h a consequência prática. O poder público tem de assumir o papel de indutor de ações para que a iniciativa privada invista nesses imóveis. O tombamento precisa deixar de ser um fantasma que paira sobre a cabeça dos proprietários, que abandonam e até assumem a depredação de seus bens para que possam se livrar de uma herança que se transformou em dor de cabeça.

opinião

A Agrishow e o Casarão da Caramuru

A feira, pela qual agora bradam por sua permanência na cidade, é organizada pela iniciativa privada, atrai divisas e a atenção do mundo inteiro para Ribeirão Preto. E este será o último ano, com o sem o tombamento, que ela acontecerá em Ribeirão Preto. A Abimaq, dona do evento, decidiu pela mudança. O prefeito de São Carlos conseguiu verba federal para investir na infraestrutura que será usada pela primeira vez em 2010. Os contratos estão assinados. Este foi um jogo bem jogado por alguns. Outros foram omissos enquanto a bola estava em campo.

A questão é muito séria e atirar para todos os lados não vai reverter a situação. Não houve articulação para segurar um dos maiores eventos do país em nossa cidade. E neste momento não está havendo nenhuma articulação para que sejamos os principais aliados na organização do evento na cidade vizinha.

Decidir pelo tombamento de um evento desta natureza não garante nada para a cidade. Tanto a Agrishow quanto o Casarão da Caramuru são símbolos da falta de vontade política de nossas lideranças em enfrentar os problemas de frente, com as decisões corretas e no momento certo. Depois que a casa cai, não há Engenharia capaz de fazê-la retornar ao ponto anterior.

Maria Inês Cavalcanti é engenheira civil e representante da AEAARP no conselho municipal de Preservação do Patrimônio artístico e cultural (conppac)

AEAARP26

pesqUisa

EtAnol CElUlóSICo

Um estudo feito nos Estados Unidos destaca que substituir a gasolina ou o etanol de milho por etanol celulósico pode ser ainda melhor do que se imaginava para a saúde e o meio ambiente. A foi publicada pela revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

A pesquisa indica que o etanol celulósico tem menos efeitos negativos sobre a saúde humana por emitir menores quantidades de matéria fina particulada – um componente especialmente danoso da poluição atmosférica. De acordo com a Agência FAPESP, um estudo anterior havia mostrado que o etanol celulósico e outros biocombustíveis de última geração emitem também níveis mais baixos de gases de efeito estufa.

“Nosso trabalho destaca a necessidade de expandir o debate dos biocombustíveis para além das mudanças climáticas, a fim de incluir uma gama maior de efeito, como seus impactos na qualidade do ar”, disse o autor principal do estudo, Jason Hill, professor do Instituto do Meio Ambiente da Universidade de Minnesota.

O estudo avalia o custo econômico do etanol celulósico, etanol de milho e gasolina para o meio ambiente e a saúde humana. Os cientistas concluíram que, dependendo dos materiais e tecnologias utilizados na produção, os custos do etanol celulósico para o meio ambiente e a saúde não chegam à metade dos custos da gasolina. Além disso, os custos do uso do etanol de milho variam: são no mínimo iguais aos da gasolina, podendo chegar até o dobro.

Para quantificar o impacto econômico dos biocombustíveis sobre o meio ambiente, os cientistas fizeram uma estimativa monetária dos custos para mitigação dos efeitos das emissões de gases de efeito estufa relativas à queima dos biocombustíveis e a todo seu ciclo de produção. Os parâmetros usados para essa quantificação se basearam em estimativas independentes de custo de mitigação de carbono, preços do mercado de carbono e custo social do carbono.

Para medir o impacto econômico na saúde, foram utilizadas as médias das despesas do sistema de saúde norte-americano com os impactos da exposição ao material particulado sobre a saúde.

O custo total da gasolina para a saúde e o meio ambiente é de US$ 0,71 por galão. O custo de uma quantidade equivalente de etanol de milho varia entre US$ 0,72 e US$ 1,45, dependendo da tecnologia usada na produção. A mesma quantidade de etanol celulósico gera custos de US$ 0,19 a US$ 0,32, dependendo da tecnologia e do tipo de material celulósico empregado.

“Esses custos não são pagos pelos produtores, nem pelos vendedores de gasolina e etanol. São custos pagos pelos consumidores”, disse o coautor Stephen Polasky, professor do Departamento de Economia Aplicada da Universidade de Minnesota.

Os autores observaram poluentes emitidos em todos os estágios do ciclo de vida dos três tipos de combustíveis, incluindo a fase de produção e consumo. Eles avaliaram três métodos de produção do etanol de milho e quatro métodos de produção do etanol celulósico.

“Para se entender as consequências do uso de biocombustíveis sobre a saúde e o meio ambiente, temos que olhar muito além do escapamento dos automóveis e acompanhar detalhadamente a produção desses biocombustíveis. Ficou evidente que as emissões liberadas na produção do biocombustível realmente importam”, declarou Hill.

O estudo também indica que outras vantagens potenciais dos biocombustíveis celulósicos – como a redução da quantidade de fertilizantes e pesticidas despejados e m r i o s e l a g o s – também podem

significar benefícios e c o n ô m i c o s a d i c i o n a i s d a transição para uma nova geração de biocombustíveis.

O artigo Climate c h a n g e a n d health costs of a i r emissions from biofuels and gasoline, de Jason Hill e outros, pode ser lido por a s s i n a n t e s da Pnas em www.pnas.org.

tem ainda mais vantagens, diz pesquisa

16 [email protected]

- Estacas moldadas “in loco”: •tiporaizemsoloerocha. •tipoStrauss. •escavadascomperfuratriz hidráulica. •escavadasdegrandediâmetro (estacões). •hélicecontínuamonitoradas.

- Estacas pré-moldadas de concreto.

- Estacas metálicas (perfis e trilhos).

- Tubulões escavados à céu aberto.

- Sondagens à percussão SPT-T.

- Poços de monitoramento ambiental.

- Ensaios geotécnicos.

QuasE 6.000 oBras DE funDaçõEs Em

27 anos DE ativiDaDEs.

O Ministério dos Transportes vai abrir licitação para a construção de um Trem de Grande Velocidade (TGV) – o conhecido Trem Bala – provavelmente a partir do mês de junho deste ano. A linha vai atender aos aeroportos Galeão-RJ, Santos Dumont-RJ, Guarulhos-SP, Congonhas-SP e Viracopos em Campinas-SP.

O presidente do Ribeirão Preto e Região Convention & Visitors Bureau, Marcio Santiago, uniu-se aos Convention Bu-reaux de Uberaba, Uberlândia e Brasília para conquistar a ampliação do ramal de Campinas a Brasília passando por Ribeirão e pelas cidades mineiras. “O

Convention quer trem bala em Ribeirão Preto

Trem Bala será um importante elemento de incremento de negócios de todos os segmentos não somente para o corredor atendido pela linha, mas para uma gran-de região brasileira”, defende Santiago.

No próximo mês de abril, haverá um evento, em Ribeirão Preto, com a presença de representante do Ministério dos Transportes e representantes dos Convention Bureaux de Ribeirão Preto, Brasília, Uberaba e Uberlândia para reforçar a parceria entre as entidades e organizar estratégias de sensibilização de autoridades e também da comunidade. Serão convidados representantes do trade turístico, empresários e autoridades.

transporte

crea

“nós, do CREA”

AEAARP28

José Galdino Barbosa da Cunha Junior assumiu a chefia da Unidade de Gestão Institucional (UGI) do Crea-SP em Ribeirão Preto, no mês de fevereiro. Desde 2002 ele integra o Conselho do órgão, no qual já ocupou a Diretoria das Entidades de Classe e a coordenação d a C â m a r a d e Engenharia Civi l . Galdino é também diretor da Faeasp. Ele vai dedicar sua gestão a intensificar os laços do Crea-SP com as entidades de classe, como a AEAARP, com o objetivo de fortalecer a atuação profissional.

A p r e s t a ç ã o d e s e r v i ç o s a o s p r o f i s s i o n a i s d a área tecnológica é prioridade do Crea-SP, presidido por José Tadeu da Silva. O caráter orientativo da fiscalização empreendida pelo Conselho nos últimos anos pauta também a ação regional. “O profissional precisa

ser mais responsável em suas ações”, avalia Galdino que vê também uma mudança do perfil do consumidor, que tem se tornado cada vez mais exigente. Um dos motivos é a entrada em vigor

do Código de Defesa d o C o n s u m i d o r, que estabelece os direitos dos clientes. Em sua aná l ise , a lei obriga que o profissional esteja sempre atualizado e seja mais eficaz, uma vez que a cobrança do cliente é cada vez maior.

Neste cenário, o Crea-SP coloca-se como al iado dos profissionais. “Nossa atribuição é fiscalizar a ação dos leigos e coibir a ação de maus profissionais. O Crea existe para proteger a sociedade, a entidade

de classe deve valorizar os profissionais. Queremos atuar em parceria”, disse à revista Painel.

Galdino pretende promover, nas universidades e em empresas, uma série de palestras sobre ética, questões trabalhistas e demais temas que envolvem a legislação do exercício profissional. “Temos de melhorar a condição do profissional que está no mercado de trabalho que, por seu lado, tem de ter consciência de que o Crea é seu representante. Nós, profissionais, somos, portanto, o Crea”, enfatiza.

Nos primeiros dias de exercício de sua função, Galdino reuniu-se com o Ministério Público, de quem recebeu incentivo e apoio para as ações de fiscalização.

organizaçãoNos próximos meses, o escritório

do Crea-SP em Ribeirão Preto estará equipado com ar-condicionado na área de atendimento ao público e as salas serão reorganizadas. Galdino afirma que o objetivo é proporcionar mais conforto àqueles que trabalham no local e aos que buscam pelos serviços do órgão.

Registro de ART cresceu

Nos últimos dois anos, o CREA-SP registrou um aumento de 250% no registro de ART. Galdino afirma que o aumento segue a política adotada pelo Conselho, de orientar os profissionais sobre a importância da ART. Esta ação fez também reduzir as punições aplicadas pelo CREA.

José Galdino Barbosa da Cunha Junior

sUstentabilidade

Ao preparar sua ART, não se esqueça de preencher o campo 31 com o código 046. Assim, você destina 10% do valor recolhido para a AEAARP. Com mais recursos poderemos fortalecer, ainda mais, as categorias representadas por nossa Associação.

Contamos com sua colaboração!

O Ministério da Educação e Pesquisa da Alemanha (BMBF) está promovendo o concurso Green Talents – The International

Forum for High Potentials in Green Technologies. O objetivo é selecionar jovens cientistas que se dedicam à busca e ao de-

senvolvimento de tecnologias ambientais sustentáveis. As inscrições poderão ser feitas pela internet até o dia 31 de maio.

Os 15 candidatos selecionados entre cientistas de todo o mundo, participarão, ainda em 2009, de um programa de intercâmbio exclusivo na Alemanha, onde poderão fazer novos contatos e ampliar suas redes de pesquisa.

Além de uma semana de viagens pela Alemanha – na qual poderão interagir com instituições e empresas locais – os selecionados terão acesso a um diversificado programa cultural, a um workshop com especialistas

alemães e a um encontro com a patrona do concurso, a ministra da Educação e Pesquisa do país, Annette

Schavan.

Mais informações: www.research-in-germany.de/greentalents

Talentos verdes

notas e cUrsos

AEAARP30

O Seminário Internacional Infra 2009 é o segundo evento no Brasil que traz para os participantes uma visão ampla de questões estratégicas que envolvem projetos de grande porte. O primeiro foi o MegaProjetos 2008. Desta vez, os projetos de infraestrutura em três importantes segmentos da indústria serão o foco: energia, transportes e logística, e tecnologia e telecomunicação. Promovido pelo Instituto de Engenharia, o evento vai pautar assuntos relacionados aos aspectos gerenciais, ambientais, financeiros, tecnológicos, organizacionais, humanos, e

Instituto de Engenharia promove

Seminário Internacional Infra 2009 em abril

políticos que influenciam no andamento dos projetos. Todas as palestras terão tradução simultânea. O público esperado é de 600 profissionais e executivos.

Data: 23 e 24 de abril de 2009 Horário: das 7h às 20hLocal: Centro de Convenções Rebouças Avenida Rebouças, 600São Paulo-SP.Informações e Inscrições: www.infra2009.com.br

Estão abertas as inscrições para o ZOOTEC 2009, multievento brasileiro na área da Zootecnia, que acontecerá entre os dias 18 e 22 de maio, no Hotel Vacance, em Águas de Lindóia-SP. Esta é a primeira vez que o ZOOTEC acontece no Estado de São Paulo, que concentra o maior número de empresas e profissionais da área. “Esperamos receber de 1.500 a 2 mil pessoas”, comenta Célia Regina Carrer, presidente da Comissão Organizadora do evento, promovido pela Associação Brasileira de Zootecnistas (ABZ) e realizado pela Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) da Universidade de São Paulo (USP).

Com o tema central ‘Visão Estratégica de Cadeias do Agronegócio’, o ZOOTEC

2009 pretende contribuir para uma ampla discussão sobre o complexo agroindustrial brasileiro e sua inserção mundial. Haverá palestras, debates, apresentação de novas tecnologias, análises conjunturais, além de exposição de estandes e de trabalhos de pesquisa. Alguns dos principais temas da programação estarão reunidos nos simpósios e minicursos, nas diversas áreas do conhecimento da Zootecnia.

Data: de 18 a 22 de maioLocal: Hotel Vacance, Águas de Lindóia-SP.Inscrições: www.zootec.org.br ou (19) 3565.4376 e 3565.4005

Visão Estratégica de Cadeias do Agronegócio

NO

VOS

AS

SO

CIA

DO

S

arquitetura e urbanismoWellington de Oliveira Pereira

Engenharia agronômicaPaulo Roberto Picinato Cottas

Engenharia de segurança do trabalhoLuis Fernando Delefrate Peixoto

Moura Lacerda firma parceria com Ibape

Engenharia civilAdolfo Monteiro MoraesElcio Hissagy SamecimaJorge SatoLuimar Heck Paes LemeLuiz Carlos da Cruz ChingMarcelo PasqualinMario Ciguer NanyaWaldomiro Gomes Junior

Engenharia ElétricaAilton da Silva SiqueiraEsperio Luis VettoreTony Hajime Watanabe

Engenharia mecânicaCesar Augusto de Jesus FalcãoMarcos Stevanato PereiraMario Lucas Rodrigues

Os profissionais do sistema Confea/Crea (Conselho Federal e Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) terão oportunidade de fazer pós-graduação, além de Ribeirão Preto-SP, nas capitais Curitiba-PR, Maceió-AL, São Paulo-SP, Salvador-BA e Manaus-AM. Isso será possível a partir de uma parceria firmada entre o Centro Univer-sitário Moura Lacerda e o Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia (Iba-pe). Serão oferecidos os cursos Avaliações e Perícias de Engenharia, em Curitiba e Maceió, e Avaliações e Perícias Ambientais, em São Paulo, Salvador e Manaus. A carga horária será de 440 horas. Os cursos terão início em abril, com aulas quinzenais, às sextas-feiras, das 19h às 23h, e aos sábados, das 8h às 17h.

O governo do Estado de São Paulo anunciou, em fevereiro, medidas na área habitacional que preveem R$ 1,6 bilhão de investimentos com ênfase na urbanização de favelas, construção de moradias e recuperação socioambiental, entre outras coisas. Além de quase 90 mil moradias em produção, que garantem 54 mil empregos, o estado de São Paulo instituiu o Fundo Garantidor Habitacional e aposta na legalização de imóveis de interesse social, instrumentos que aquecem a economia. O governo do estado avalia que um dos grandes obstáculos para a legalização de moradias eram as despesas com taxas cartoriais e no final do ano passado, o aprovou uma lei que reduziu em 90% os valores para o primeiro registro de imóveis de interesse social.

• • • • • • • •

Fundo Garantidor Habitacional

Revista Painel 27