aeaarp€¦ · os profissionais do ano aeaarp 2015 agronegócio conheça a história de mombuca...

28
Empreendedorismo e invesmento em novos produtos e tecnologias podem ser soluções Saídas para a crise HOMENAGEM Os Profissionais do Ano AEAARP 2015 AGRONEGÓCIO Conheça a história de Mombuca EVENTO Cobertura da 6ª Semana de Arquitetura painel Ano XVIII nº 246 setembro/ 2015 AEAARP Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto

Upload: others

Post on 13-Sep-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: AEAARP€¦ · Os Profissionais do Ano AEAARP 2015 agronegócio Conheça a história de Mombuca evento Cobertura da 6ª Semana de Arquitetura painel Ano XVIII nº 246 setembro/ 2015

Empreendedorismo e investimento em novos produtos e tecnologias podem ser soluções

Saídas para a crise Homenagem

Os Profissionais do Ano AEAARP 2015

agronegócioConheça a história de Mombuca

eventoCobertura da 6ª Semana de Arquitetura

painelAno XVIII nº 246 setembro/ 2015

A E A A R P

Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto

Page 2: AEAARP€¦ · Os Profissionais do Ano AEAARP 2015 agronegócio Conheça a história de Mombuca evento Cobertura da 6ª Semana de Arquitetura painel Ano XVIII nº 246 setembro/ 2015
Page 3: AEAARP€¦ · Os Profissionais do Ano AEAARP 2015 agronegócio Conheça a história de Mombuca evento Cobertura da 6ª Semana de Arquitetura painel Ano XVIII nº 246 setembro/ 2015

Nos últimos dias, a cidade sofreu uma alteração: no centro da cidade, foram pintadas no asfalto faixas específicas para os veículos do transporte público. Nelas, só os ônibus devem trafegar. Sem entrar no mérito da decisão de priorizar o trans-porte público, ainda que por meio de uma simples pintura, cabe refletirmos sobre a organização de nossa cidade e qual é a nossa responsabilidade diante disso, como profissionais e cidadãos.

Tramita, ainda, na Câmara Municipal de Ribeirão Preto, projeto de lei que trata da mobilidade urbana. É, mais uma vez, o debate sobre o Plano Diretor. Esta revista Painel já se dedicou ao tema inúmeras vezes nesses mais de 30 anos de existência. E, ao que parece, não é o debate que não tem fim, é o problema que não acaba nunca.

O Jornal A Cidade publicou reportagem de capa sobre o Plano Diretor de 1945, que foi matéria também na revista Painel bem antes, em outubro de 2011. Este projeto previa a organização da cidade para comportar 400 mil habitantes, o que veio a acontecer nos anos de 1990. Não adotar aquela organização – ou qualquer outra proposta urbanística que pudesse surgir – não foi crime. Devemos levar em consideração que naquela época a cultura era diferente e o modo de pensar de técnicos e políticos também. Para se ter ideia, o teatro foi demolido, apesar de ser descrito como uma joia da arquitetura, atendendo ao clamor popular pela higie-nização do centro.

A cidade, os governantes e os técnicos, por meio das entidades de classe, en-tretanto, não têm mais justificativa plausível para permitir que uma cidade como Ribeirão Preto avance sem qualquer ordenamento. Desde a adoção do Estatuto das Cidades, em 2001, a população tem o direito de participar da elaboração do projeto. A AEAARP, por meio do Fórum Permanente de Debates Ribeirão Preto do Futuro, segue desempenhando o seu papel, que é o de provocar e fornecer subsídios para o debate qualificado.

Hoje, temos o dever de projetar a cidade para as próximas gerações e o que se vê é a movimentação política sobre um tema eminentemente técnico. Os profissionais da prefeitura municipal que se dedicam a esse assunto têm grande experiência e são comprovadamente capacitados para propor alterações ao Plano Diretor e fazer valer as regras. A AEAARP pode colaborar neste sentido. Porém, as posições técnicas não podem ser atropeladas pela ingerência politica e, desde 1945, é o que acontece na cidade em se tratando desse tema.

Eng. civil Carlos AlencastrePresidente

Eng. civil Carlos Alencastre

Editorial

Page 4: AEAARP€¦ · Os Profissionais do Ano AEAARP 2015 agronegócio Conheça a história de Mombuca evento Cobertura da 6ª Semana de Arquitetura painel Ano XVIII nº 246 setembro/ 2015

Rua João Penteado, 2237 - Ribeirão Preto-SP - Tel.: (16) 2102.1700Fax: (16) 2102.1717 - www.aeaarp.org.br / [email protected]

Eng. civil Carlos Eduardo Nascimento AlencastrePresidente

Eng. eletr. Tapyr Sandroni Jorge 1º Vice-presidente

Eng. civil Arlindo Antonio Sicchieri Filho2º Vice-presidente

DIRETORIA OPERACIONALDiretor Administrativo: eng. agr. Callil João FilhoDiretor Financeiro: eng. agr. Benedito Gléria FilhoDiretor Financeiro Adjunto: eng. civil e seg. do trab. Luis Antonio BagatinDiretor de Promoção da Ética de Exercício Profissional: eng. civil Hirilandes AlvesDiretor Ouvidoria: eng. civil Milton Vieira de Souza Leite

DIRETORIA FUNCIONALDiretor de Esportes e Lazer: eng. civil Rodrigo Fernandes AraújoDiretor de Comunicação e Cultura: eng. agr. Paulo Purrenes PeixotoDiretor Social: arq. e urb. Marta Benedini VecchiDiretor Universitário: arq. e urb. Ruth Cristina Montanheiro Paolino

DIRETORIA TÉCNICAAgronomia, Agrimensura, Alimentos e afins: eng. agr. Jorge Luiz Pereira RosaArquitetura, Urbanismo e afins: arq. Ercília Pamplona Fernandes SantosEngenharia e afins: eng. Naval José Eduardo Ribeiro

CONSELHO DELIBERATIVOPresidente: eng. civil Wilson Luiz Laguna

Conselheiros Titulares Eng. agr. Dilson Rodrigues Cáceres Eng. civil Edgard CuryEng. civil Elpidio Faria JuniorArq. e eng. seg. do trab. Fabiana Freire Grellet Franco do AmaralEng. agr. Geraldo Geraldi JrEng. agr. Gilberto Marques SoaresEng. mec. Giulio Roberto Azevedo PradoEng. elet. Hideo KumasakaEng. civil João Paulo de Souza Campos FigueiredoArq. Luiz Eduardo Siena MedeirosArq. e urb. Maria Teresa Pereira LimaEng. civil Ricardo Aparecido Debiagi

Conselheiros SuplentesEng. agr. Alexandre Garcia Tazinaffo Arq. e urb. Celso Oliveira dos SantosEng. agr. Denizart BolonheziEng. civil Fernando Brant da Silva CarvalhoArq. e urb. Fernando de Souza FreireEng. agr. Ronaldo Posella Zaccaro

CONSELHEIROS TITULARES DO CREA-SP INDICADOS PELA AEAARPEng. mec. Giulio Roberto Azevedo Prado e eng. civil e seg. do trab. Hirilandes Alves

REVISTA PAINELConselho Editorial: - eng. civil Arlindo Sicchieri, eng. agr. Dilson Rodrigues Cáceres, eng. mec. Giulio Roberto Azevedo Prado e eng. agr. Paulo Purrenes Peixoto - [email protected]

Coordenação Editorial: Texto & Cia Comunicação – Rua Joaquim Antonio Nascimento 39, cj. 13, Jd. Canadá, Ribeirão Preto SP, CEP 14024-180 - www.textocomunicacao.com.brFones: 16 3916.2840 | 3234.1110 - [email protected]

Editora: Daniela Antunes – MTb 25679

Colaboração: Bruna Zanuto – MTb 73044

Publicidade: Departamento de eventos da AEAARP - 16 2102.1719Angela Soares - [email protected]

Tiragem: 3.000 exemplaresLocação e Eventos: Solange Fecuri - 16 2102.1718Editoração eletrônica: Mariana Mendonça NaderImpressão e Fotolito: São Francisco Gráfica e Editora Ltda.

Painel não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. Os mesmos também não expressam, necessariamente, a opinião da revista.

Expediente

A s s o c i A ç ã ode engenhAriA ArquiteturA e AgronomiA de ribeirão Preto

Horário de funcionamentoAEAARP CREADas 8h às 12h e das 13h às 17h Das 8h30 às 16h30Fora deste período, o atendimento é restrito à portaria.

ÍndiceESPECIAL 05É preciso coragem e conhecimento

PrêmIo 10Profissionais do Ano AEAARP 2015

AgronEgóCIo 14Avicultura e agricultura são carro-chefe em mombuca

PESquISA 17IAC mantém programa de melhoramento de macadâmia

ArquItEturA 186ª Semana de Arquitetura

ArtIgo 22Florestas Urbanas ou Parques Ecológicos?

CrEA-SP 23Responsabilidade técnica em elevadores e escadas rolantes

foCo 24

SuStEntAbILIdAdE 25Pesquisa revela mercado em ascensão

notAS E CurSoS 26

Page 5: AEAARP€¦ · Os Profissionais do Ano AEAARP 2015 agronegócio Conheça a história de Mombuca evento Cobertura da 6ª Semana de Arquitetura painel Ano XVIII nº 246 setembro/ 2015

5

AEAARP

EsPEciAl

e conhecimentoA redução da oferta de vagas no mercado de trabalho pode

ser oportuna para começar o próprio negócio

É preciso coragem e

O Produto Interno Bruto (PIB) brasi-leiro tem fortes alicerces nas atividades desempenhadas por engenheiros, ar-quitetos e agrônomos. Quando há arre-fecimento na economia, queda no PIB e paralização na indústria, o reflexo neste mercado de trabalho é imediato.

Nos últimos anos, análises davam conta de que faltariam engenheiros para o desafio que a economia brasi-leira enfrentaria. Contava-se em mi-lhares as necessidades do mercado de trabalho. Faltariam engenheiros para dar conta do desafio de crescimento do país. A crise econômica, alicerçada em razões financeiras, fiscais e políticas, derrubaram quase todas essas avalia-ções.

“A crise é sempre boa para pensar, coloca todo profissional em um circuito de possibilidades, medo e inseguran-ças, mas também provoca mobilidade. Nesta fase, pensamos em outras possi-bilidades de ganhos, de complementos ou aquisição de competências”, avalia a consultora Danielle Moro, especialista em gestão de carreiras e de pessoas.

De acordo com a empresa de recru-tamento Kelly Services, o momento atual não é exatamente de crise para algumas carreiras ligadas à engenharia. Há retração, mas não esgotamento de oferta de trabalho.

A engenharia civil, por exemplo, é a

Page 6: AEAARP€¦ · Os Profissionais do Ano AEAARP 2015 agronegócio Conheça a história de Mombuca evento Cobertura da 6ª Semana de Arquitetura painel Ano XVIII nº 246 setembro/ 2015

6

Revista Painel

carreira menos afetada. A análise da consultoria conclui que, em São Paulo, os contratos migram de grandes empre-sas para pequenas construtoras. Nos ou-tros estados da federação, o número de profissionais disponíveis é bastante re-duzido em relação ao mercado paulista.

A consultora Danielle vê também uma movimentação de vagas dentro das em-presas: saem os profissionais de nível médio e ascendem os iniciantes. Se, por um lado, significa redução de vagas no mercado, por outro é a oportunidade de recém-formados enfrentarem a res-

ponsabilidade de estarem à frente de projetos e obras.

“Empresas tendem a fechar posições e redistribuir atividades. Nesta fase, muitos profissionais têm oportunidades de conhecerem outras áreas, acumular atividades, mas se deparam também com mais estresse e dificuldade de ge-renciamento de tempo”, explica.

Segundo o levantamento da Kelly Services, pelo caráter inovador da ati-vidade, a engenharia de computação é carreira em ascensão. Já na engenharia ambiental, o mercado é de baixa procu-ra, justamente em razão da retração nos investimentos. No ranking de remune-ração preparado pela consultoria, a en-genharia química aparece com melhor desempenho. Em segundo lugar está a engenharia mecânica, seguida pelas en-genharias elétrica e eletrônica. Em se-guida, ocupando a quarta posição, apa-rece a campeã em vagas de trabalho, a engenharia de computação, seguida pelas engenharias civil e de produção.

EmpreendedorismoAs engenharias, a arquitetura e a agro-

nomia têm, em várias áreas, forte apelo empreendedor. Para Danielle, esta ca-racterística, por si só, é insuficiente para garantir o sucesso do negócio. “É boa opção desde que o profissional tenha condição de gerir o seu negócio. Empre-ender não é apenas abrir uma empresa de produtos ou serviços, é saber geren-ciar caixa, fazer projeções financeiras e liderar pessoas. E, sobretudo, estar pre-parado para aumentar a carga de traba-lho”, explica.

O Serviço de Apoio à Micro e Peque-na Empresa (SEBRAE), tem importante portfólio de cursos e treinamentos para Fonte: Kelly Service

Page 7: AEAARP€¦ · Os Profissionais do Ano AEAARP 2015 agronegócio Conheça a história de Mombuca evento Cobertura da 6ª Semana de Arquitetura painel Ano XVIII nº 246 setembro/ 2015

7

AEAARP

As 10 características comportamentais do empreendedor de sucesso

Busca de oportunidade e iniciativa Persistência Correr riscos calculados Exigência de qualidade e eficiência Comprometimento Busca de informações Estabelecimento de metas Planejamento e monitoramento sistemáticos Persuasão e rede de contatos Independência e autoconfiança

Fonte: SEBRAE

aqueles que desejam explorar novas possibilidades para suas empresas ou desejam iniciar um novo negócio. O público-alvo é de empresários, pessoas jurídicas ou pessoas físicas que buscam orientações.

O Empretec é o mais completo trei-namento de empreendedorismo ofere-cido pelo órgão. A metodologia foi de-senvolvida na Organização das Nações Unidas (ONU) e desenvolve característi-cas de comportamento empreendedor nos participantes, além de colaborar na identificação de novas oportunidades de negócios. O treinamento é promovi-do em 34 países.

Anualmente, o Empretec capacita em torno de 10 mil participantes em todo o país. Uma pesquisa feita pelo SEBRAE revelou que 75,4% dos em-presários que participaram do treina-mento em 2014 confirmaram aumento do lucro mensal; 91,8% disseram que o Empretec contribuiu para melhorar o conhecimento sobre o seu negócio, atualizar metas, planos e projetos e

84,9% disseram que foi útil para identi-ficar novas oportunidades.

O treinamento tem duração de 60 horas, no modelo de imersão. O parti-cipante é desafiado em atividades prá-ticas, cientificamente fundamentadas que apontam como um empreendedor de sucesso age, tendo como base 10 ca-racterísticas comportamentais (Veja no box).

Outro programa do SEBRAE é o Agen-te Local de Inovação (ALI), criado em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnoló-gico (CNPq). Bolsistas do CNPq visitam empresas interessadas em ter acompa-nhamento próximo em médio e longo prazos. A ação é gratuita e começa com o diagnóstico dos pontos em que as empresas estão defasadas e precisam de ajustes. Na sequência, é montado um plano estratégico de ações levando em consideração as prioridades. O ob-jetivo é promover a prática continuada de ações de inovação nas empresas de pequeno porte, por meio de orientação

proativa, gratuita e personalizada. Danielle considera que as ferramen-

tas do SEBRAE oferecem oportunidades de acessar métodos de gerenciamento. “Empreender não é nunca trabalhar menos e sim aumentar a carga de tra-balho”, enfatiza. Ela também aconselha que o candidato a empreendedor alinhe expectativas em relação à realidade. As ferramentas de gestão, por exemplo, são essenciais nesse processo. “Em-preender em momentos de crise pode exigir investimentos maiores. É preciso saber se o profissional consegue atingir o plano de negócio delimitado”, ponde-ra a consultora. Ela conclui, porém, que a queda no mercado de trabalho pode ser um bom momento para repensar a carreira e qualificar-se com as expecta-tivas voltadas para o futuro.

Oportunidade na crisePara José Goldemberg, presidente

da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), a crise é oportuna para investir em ciência e tec-nologia e desenvolver produtos e áreas

Page 8: AEAARP€¦ · Os Profissionais do Ano AEAARP 2015 agronegócio Conheça a história de Mombuca evento Cobertura da 6ª Semana de Arquitetura painel Ano XVIII nº 246 setembro/ 2015

8

Revista Painel

Fonte: Kelly Service

nas quais o país apresenta vantagens competitivas.

Ele avalia que a cotação do dólar em torno de R$ 2 no Brasil nos últimos anos desencorajou a produção local e levou a indústria nacional, que representa-va 18% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro há dez anos, diminuir sua par-ticipação para 9%. Era mais barato com-prar produtos da China do que fabricá-

-los em território nacional.Portanto, Goldemberg estima que o

aumento na cotação da moeda norte--americana no Brasil pode dar novo im-pulso para o desenvolvimento de pro-dutos e da ciência e tecnologia no país. “A ciência e tecnologia não dependem apenas de boas ideias, mas também da situação econômica do país. A subida do dólar, agora, é favorável para o de-

senvolvimento da ciência e tecnologia localmente”, afirma.

Na avaliação do dirigente da FAPESP, uma das áreas que o Brasil apresenta vantagens competitivas em relação a outros países é a de automóveis elé-tricos. “Como os combustíveis fósseis estão com prazo de validade limitado, por diversas razões – incluindo o aque-cimento global –, não vão ser países

Page 9: AEAARP€¦ · Os Profissionais do Ano AEAARP 2015 agronegócio Conheça a história de Mombuca evento Cobertura da 6ª Semana de Arquitetura painel Ano XVIII nº 246 setembro/ 2015

9

AEAARP

PROJETOS ELÉTRICOS EM MÉDIA TENSÃO

CONSTRUÇÃO DE REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELETRICA AEREA

TRANSFORMADOR EM PEDESTAL EM REDE SUBTERRÂNWEA

ILUMINAÇÃO ORNAMENTAL

INSTALAÇÃO CAIXA DE INSPEÇÃO CI

[email protected]

FONE (16) 3102 5017 RIBEIRÃO PRETO—SP

INSTALAÇÃO DE TUBULAÇÃO REDE SUBTERRÂNEA

www.lopesesilva.net.br

PROJETOS E EXECUÇÃO DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

que produzem eletricidade a partir do carvão que vão viabilizar os automóveis elétricos. Mas, o Brasil pode fazer isso, porque tem energia hidrelétrica”, avalia Goldemberg.

Além dos automóveis elétricos e da agricultura, há diversas outras áreas em que o Brasil tem vantagens competiti-vas, estima o dirigente da FAPESP.

“A grande tarefa que temos agora é identificar essas áreas em que nós pos-samos, efetivamente, fazer a diferença, por nossas características próprias e lo-cais”, disse Goldemberg.

Com informações da Agência Fapesp

Page 10: AEAARP€¦ · Os Profissionais do Ano AEAARP 2015 agronegócio Conheça a história de Mombuca evento Cobertura da 6ª Semana de Arquitetura painel Ano XVIII nº 246 setembro/ 2015

10

Revista Painel

O engenheiro José Aníbal Laguna, o arquiteto Orlando Barbosa de Freitas e o agrônomo Guido De Sordi têm mar-cas profundas na história econômica de Ribeirão Preto. Eles são os Profissionais do Ano AEAARP 2015, indicados respec-tivamente pelo engenheiro João Paulo Figueiredo, a arquiteta Ercília Pamplona e o agrônomo Paulo Peixoto.

Aníbal Laguna é responsável, direta e indiretamente, por centenas de obras no município e está sempre à frente de importantes debates acerca da qua-lidade de vida na cidade. Barbosa de Freitas usa a arquitetura para modificar conceitos e inovar. Foi assim que criou o Edifício Minas Gerais, por exemplo, que ele mesmo já esclarece tratar-se do “marmitão”, como ficou popularmen-te conhecido o prédio redondo na Rua Amador Bueno. De Sordi teve apenas um emprego em toda a vida profissio-nal, de 1961 a 2005, no Instituto Agro-nômico de Campinas, e fez história na

PRêmio

direção da Fazenda Experimental de Ribeirão Preto.

Eles têm em comum o envolvimento com a AEAARP. Aníbal Laguna foi pre-sidente da diretoria e também do con-selho, ocupou diretorias na entidade e é o fundador da revista Painel, que co-meçou a circular em 1979 em formato tabloide. Barbosa de Freitas participou do fortalecimento da associação quan-do a entidade surgiu e obteve reconhe-cimento disso na 1ª Semana de Arqui-tetura. De Sordi foi diretor, conselheiro e é ativo participante da comissão que define ações específicas para os agrô-nomos.

A escolha dos três profissionais foi to-mada em reunião conjunta da diretoria e do conselho da AEAARP. Para o enge-nheiro Carlos Alencastre, presidente da entidade, eles encarnam características essenciais aos seres humanos: dedica-ção à carreira e responsabilidade social em relação à comunidade onde vivem.

Conheça o engenheiro, o arquiteto e o agrônomo

Profissionais do Ano AEAARP

2015

Dedicação à entidade, à carreira e à comunidade definem o engenheiro, o arquiteto e o agrônomo

homenageados deste ano

Profissionais do Ano AEAARP 2015

Page 11: AEAARP€¦ · Os Profissionais do Ano AEAARP 2015 agronegócio Conheça a história de Mombuca evento Cobertura da 6ª Semana de Arquitetura painel Ano XVIII nº 246 setembro/ 2015

11

AEAARP

Engenheiro civil, Aníbal Laguna exer-ce a profissão ininterruptamente há 49 anos. Graduou-se pela Faculdade de Engenharia da USP de São Carlos (SP). Fundou a Centrais Telefônicas de Ribeirão Preto (CETERP), da qual foi o primeiro superintendente, e o Departa-mento de Urbanismo de Ribeirão Preto (DURSARP), ambos extintos. É mem-bro fundador do Conselho Municipal de Urbanismo (COMUR), foi secretário municipal de Planejamento e de Obras, dirigiu vários departamentos municipais e a Companhia Habitacional de Ribeirão Preto (COHAB).

Em 1967 executou os primeiros traba-

Engenheiro civil

José Aníbal Laguna

lhos como engenheiro – duas residên-cias e um edifício comercial. Nos anos seguintes integrou equipes responsá-veis por edificações que marcam a his-tória da cidade, como o Padre Euclides, na Rua Visconde de Inhaúma, onde a sua trajetória se funde à da AEAARP. Foi neste edifício a primeira sede própria da entidade, conquistada no final dos anos de 1960.

Aos 73 anos, Aníbal Laguna segue na ativa. Trabalha todos os dias como se fosse aquele primeiro, em 1967, com o diferencial de exibir no currículo obras e realizações que o diferenciam no mer-cado e na sociedade.

Ele exibe hoje a

mesma vitalidade para

trabalhar e debater

novas ideias como em

1967, quando fez seu

primeiro projeto.

Page 12: AEAARP€¦ · Os Profissionais do Ano AEAARP 2015 agronegócio Conheça a história de Mombuca evento Cobertura da 6ª Semana de Arquitetura painel Ano XVIII nº 246 setembro/ 2015

12

Revista Painel

Arquiteto das ideias

inovadoras, que

investe em projetos

ousados e marcantes,

sempre com o mesmo

frescor que o levou a

cruzar o continente

em busca do seu ideal.Decidido a ser arquiteto, Barbosa de

Freitas enfrentou uma banca examina-dora no vestibular que elaborou uma capciosa questão de física. Ele deveria responder o que faria se estivesse a ca-valo e começasse uma tempestade com raios. Ele respondeu que desceria do animal e buscaria abrigo. O professor o repreendeu. Afirmou que a resposta correta seria a busca por uma valeta. Barbosa de Freitas retrucou que, sob tempestade, a valeta poderia inundar. Foi reprovado.

Então, decidiu vender o carro e inves-tiu em uma empreitada ousada para a época: estudar em Miami, nos Esta-dos Unidos, onde graduou-se em 1961

Arquiteto

Orlando Barbosa de Freitas

como Engenheiro Arquiteto. Naquela época, já havia concluído o curso de Pi-loto Civil no Aeroclube de Ribeirão Pre-to e, depois, cursou, durante um ano, a faculdade de Filosofia do Instituto Cató-lico de Paris, na França.

Trata-se de uma personalidade in-quieta, com visão à frente de seu tem-po. Quando todos desprezavam um ter-reno na Rua Alvares Cabral, em virtude do grande declive, ele o arrematou e fez surgir o edifício Minas Gerais, em for-mato redondo, marcante na paisagem da cidade desde os anos de 1970.

Aos 81 anos, segue inquieto e inventi-vo. Desenhando sempre e com os pen-samentos voltados para o futuro.

PRêmio

Page 13: AEAARP€¦ · Os Profissionais do Ano AEAARP 2015 agronegócio Conheça a história de Mombuca evento Cobertura da 6ª Semana de Arquitetura painel Ano XVIII nº 246 setembro/ 2015

13

AEAARP

Entusiasmado com a

profissão e com a sua

história à frente da

Estação Experimental

de Ribeirão Preto, é

um homem inspirado

e um profissional

da agronomia por

vocação.

Os 43 anos, cinco meses e três dias dedicados ao Instituto Agronômico de Campinas (IAC) proporcionou a De Sor-di a possibilidade de abrir as portas da Estação Experimental de Ribeirão Preto, da qual foi diretor até aposentar-se em 2005. Ele recebeu, durante vários anos, grupos de estudantes para visitas, con-cluídas no pomar com a degustação de frutas colhidas na hora. Fazia questão de ser o guia da visita.

Tem vocação de administrador, além da-quela que o levou a formar-se agrônomo na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ), em 1961. Também tem vocação de empreendedor, que o fez dar atenção a um programa de televisão, nos anos de 1990, que mostrava o evento Pro-

Engenheiro agrônomo

Guido De Sordi

gress Farm Show, tradicional nos Estados Unidos, e, uma semana depois, empolgar--se com a ideia de promover em Ribeirão Preto algo semelhante. Estava lançada a semente da qual surgiu a feira Agrishow.

Desde os dados meteorológicos à capacidade hoteleira, De Sordi viu de tudo para que o evento pudesse acon-tecer pela primeira vez. Abriu a esta-ção à tecnologia agrícola. Para ele, o charme é ver as máquinas no campo. E entusiasma-se também com os avan-ços tecnológicos que provocaram revo-luções em pesquisas – como a adoção de balanças e outros equipamentos de laboratórios – e nas relações sociais. Líderes legítimos estão à frente de seu tempo e conectados às oportunidades.

Page 14: AEAARP€¦ · Os Profissionais do Ano AEAARP 2015 agronegócio Conheça a história de Mombuca evento Cobertura da 6ª Semana de Arquitetura painel Ano XVIII nº 246 setembro/ 2015

14

Revista Painel

AgRonEgócio

Guatapará, onde está localizada a colônia japonesa Mombuca, é a 36ª cidade que mais produziu ovos em 2013 no Brasil, segundo IBGE

Avicultura e agricultura

O Núcleo Colonial de Mombuca, loca-lizado em Guatapará (SP), produz anual-mente 21 milhões de dúzias de ovos de galinha e 513 mil dúzias de ovos de co-dorna. O valor de produção do primei-ro chega a R$ 29,8 milhões por ano e o segundo é de R$ 247 mil/ano, de acor-do com a Casa da Agricultura de Gua-tapará. Segundo o último levantamen-

são carro-chefe em mombuca

Plantação de arroz de Mombuca

to realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2013, a cidade de Guatapará figurava em 36ª no ranking das cidades que mais produ-ziram ovos de galinha no Brasil.

Mombuca foi fundada, em 1962, pela administradora Jamic Imigração e Colonização Ltda., que comprou ter-ras da Fazenda Guatapará para abrigar

Granja

famílias de imigrantes japoneses. No início, as principais atividades econômi-cas do núcleo eram o plantio de arroz nas várzeas do Rio Mogi-Guaçu e tam-bém a criação de bicho de seda. Hoje, Mombuca produz também milho, lichia, pitaia, cogumelo shimeji, raiz de lótus, alho, flores e plantas ornamentais, pe-pino e macadâmia.

Fot

os: J

úlio

Tak

aki

Page 15: AEAARP€¦ · Os Profissionais do Ano AEAARP 2015 agronegócio Conheça a história de Mombuca evento Cobertura da 6ª Semana de Arquitetura painel Ano XVIII nº 246 setembro/ 2015

15

AEAARP

Segundo a Associação Agrocultural Esportiva de Guatapará (AACEG), em Mombuca vivem 100 famílias – cerca de 500 pessoas. Os patriarcas dessas famí-lias vieram de sete províncias do Japão: Yamagata, Ibaraki, Nagano, Okayama, Shimane, Yamaguti e Saga. O engenhei-ro agrônomo Júlio Takaki, responsável pela Casa da Agricultura de Guatapará, diz que a maioria dessas pessoas ainda vive da agricultura e avicultura.

Números de Mombucanúmero de aves em postura: 1.000.000• número de aves na recria: 300.000• número de aves para corte: 30.000 aves/60 dias (aproximadamente)• suinocultura: 1.800 cabeças/ano (abate)• ovinocultura: 300 cabeças (número de cabeças para abate não divulgado)• gado de corte: 1.500 cabeças (número de cabeças para abate não divulgado)

Fonte: Associação Agrocultural Esportiva de Guatapará

Áreas de MombucaA colônia abrange uma área de 7.294 hectares, divididas da seguinte forma:• várzea: 1.119 hectares• planalto: 3.899 hectares• lagoa: 182 hectares• área urbana: 102 hectares• estradas: 120 quilômetros • córregos: 73 quilômetros• dique: 9 quilômetros• áreas de preservação permanente

e de reserva legal: 1.673 hectares

Fonte: Associação Agrocultural Esportiva de Guatapará

Plantação de flor de lótus de Mombuca

Raiz de lótus, também conhecida como Renkon ou Lenkon

A produção agrícola de Mombuca é comercializada nos pequenos municípios vizinhos, além de Ribeirão Preto, Ara-raquara e São Carlos (SP). Os produtos são vendidos para o consumidor final, feirantes, Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) e supermercados. E grande parte da pro-dução de raiz de lótus é vendida para a cidade de São Paulo, explica Takaki.

Page 16: AEAARP€¦ · Os Profissionais do Ano AEAARP 2015 agronegócio Conheça a história de Mombuca evento Cobertura da 6ª Semana de Arquitetura painel Ano XVIII nº 246 setembro/ 2015

16

Revista Painel

Festa da ColheitaOutra fonte de venda dos produtos

agrícolas de Mombuca é a Festa da Co-lheita, que acontece todo mês de julho, com o objetivo de divulgar a cultura ja-ponesa. “Os produtos da colônia são uti-lizados na culinária japonesa, que é uma das principais atrações da festa”, explica Takaki. O agrônomo ressalta que as hor-taliças e outros produtos agrícolas foram muito utilizados em pratos como tempu-rá, yakissoba, guioza e shimeji que, se-gundo Takaki, tiveram vendas expressi-vas na última Festa da Colheita, realizada nos dias 11 e 12 de julho de 2015.

Festa da Colheita

Surgimento de GuataparáO nome Guatapará vem do Tupi-Guarani, originário de um cervo extinto, cuja espécie existia aos milhares na região em que hoje está localizada a cidade de mesmo nome. Em 1865, Martinico Prado – conhecido como plantador de cidades – organizou uma expedição, descendo o Rio Mogi-Guaçu, partindo do município de Araras até Pontal, na junção do Rio Mogi com o Rio Pardo. Nesta época, adquiriu terras da família de Santos Dumont e deu-lhes o nome de Fazenda Guatapará.Em 1938, por exigência do Governo Federal, os estados e municípios tiveram que regularizar e demarcar as suas divisas. Com isso, Fábio de Sá Barreto, pre-feito de Ribeirão Preto na época, criou o Distrito de Guatapará, em 1938, cuja sede era a Fazenda Guatapará.Alguns idealistas do distrito solicitaram à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, em 1964, a emancipação política e administrativa do local. Depois de duas consultas populares, uma que negou e outra, 25 anos mais tarde, que aprovou a emancipação, a população ainda esperou por algum tempo para, enfim, eleger pelo voto direto seu primeiro prefeito, em 1993.Hoje, o município tem a agricultura como principal fonte econômica, desta-cando-se a cana-de-açúcar, eucalipto para produção de papel e celulose e a avicultura de postura e corte.

Veja na área de Notícias no en-dereço eletrônico da AEAARP, um vídeo que mostra a infraestrutura das granjas de Mombuca e tam-bém a página no Facebook da colônia, que traz fotos e informa-ções sobre os moradores e suas histórias.

www.aeaarp.org.br

Das 27 granjas, que produzem ovos de galinha em Mombuca, 11 fazem parte da Cooperativa Agrícola de Guatapará (Coag), fundada em 1994. Luiz Carlos Sinherolli, gerente da Coag, conta que grandes redes de supermercados são o principal destino dos ovos produzidos pelos cooperados.

Page 17: AEAARP€¦ · Os Profissionais do Ano AEAARP 2015 agronegócio Conheça a história de Mombuca evento Cobertura da 6ª Semana de Arquitetura painel Ano XVIII nº 246 setembro/ 2015

17

AEAARP

A Secretaria de Agricultura e Abasteci-mento, por meio do Instituto Agronômi-co (IAC), de Campinas, mantém o único programa de melhoramento genético de macadâmia no Brasil, responsável pelo desenvolvimento de 16 variedades da noz, que estão presentes em todos os estados produtores.

No mundo, há programas na Austrália e outro na África do Sul. De acordo com a pesquisadora do IAC, Graciela da Rocha Sobierajski, o Instituto também conduz estudos de adaptação de variedades

Havaianas. O programa do IAC teve início na década de 40.

As linhas de pesquisa do programa são caracterização molecular das variedades, teste de progênies e estudo do flores-cimento precoce. Nessa caracterização molecular das variedades para seleção de parentais, o IAC investiu no desenvol-vimento de marcadores microssatélites e diversity array technology (DarT), que são inéditos para a espécie e usados para quantificar a divergência genética das variedades. “Este projeto foi assunto de

minha tese de doutorado e tive a oportu-nidade de fazer intercâmbio na Austrália para desenvolvimento dos DArTs”, diz a pesquisadora.

Conforme dados da Associação Bra-sileira de Noz-Macadâmia, de 2013, São Paulo tem três mil hectares deste cultivar, que representam 46% do total nacional. As demais regiões produtoras estão em Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia, Rio de Janeiro, Planalto do Mato Grosso do Sul e norte do Paraná.

Fonte: IAC

IAC mantém programaPEsquisA

de melhoramento de macadâmiaInstituto Agronômico desenvolveu 16 variedades desta noz

Page 18: AEAARP€¦ · Os Profissionais do Ano AEAARP 2015 agronegócio Conheça a história de Mombuca evento Cobertura da 6ª Semana de Arquitetura painel Ano XVIII nº 246 setembro/ 2015

18

Revista Painel

ARquitEtuRA

Carreira, bioarquitetura e participação em concursos públicos foram destaques

6ª Semana de Arquitetura

Expectativas de carreira e mercado em tempos de crisePaula martucci, especialista em gestão de pessoas, Ribeirão Preto-sP

A falta de mão de obra especializada tem preocupado empregadores. Espe-cialista em gestão de pessoas, Paula Martucci explica que os currículos da nova geração de profissionais trazem frases como “ótimo em relacionamento interpessoal” ou “facilidade de traba-lhar em equipe”. Porém, as afirmações não condizem com a realidade.

Martucci conta que, durante as en-trevistas, os recrutadores pedem aos candidatos exemplo de um trabalho que tenham realizado em equipe. Qua-se nunca têm uma resposta. “O grande erro é irem despreparados para as en-trevistas, não conseguirem sustentar a

Sob coordenação técnica da arquiteta Ercília Pamplona, a 6ª Semana de Arqui-tetura abordou temas como sistemas construtivos alternativos, participação em concursos públicos de arquitetu-ra, além de dicas de como melhorar a imagem profissional e desenvolvimen-to de carreira. “O foco foi apresentar o mercado de trabalho aos jovens profis-sionais. A exposição de trabalhos arqui-tetônicos na entrada da associação, du-rante as semanas técnicas, é uma forma de atingir esse objetivo”, diz Pamplona. A seguir, o resumo das palestras, cujos vídeos estão disponíveis na sede da en-tidade.

argumentação e comprovar o que está no currículo”.

A dificuldade de saber falar de si mes-mo, dos diferenciais e de suas qualidades é fator cultural, explica Martucci. “Fora das entrevistas de trabalho, nós não so-mos desfiados a falar de nós mesmos. Para treinar isso é preciso ter repertório”.

imagem profissionalCompõe a imagem do profissional o

conteúdo do discurso do candidato, a forma como se apresenta, a postura, o vestuário, a comunicação e, até mesmo, o endereço da caixa postal eletrônica. Termos pejorativos ou infantis devem ser evitados.

martucci ressalta que o mercado espera quatro coisas dos profis-sionais: análise, interação, con-tribuição e transformação.

Ercília Pamplona Paula Martucci José Borges, do CAU

Page 19: AEAARP€¦ · Os Profissionais do Ano AEAARP 2015 agronegócio Conheça a história de Mombuca evento Cobertura da 6ª Semana de Arquitetura painel Ano XVIII nº 246 setembro/ 2015

19

AEAARP

Martucci explica que a carreira está dividida em três etapas:

Pré-seleção: período no qual o profissional deve definir sua missão e propósito, elaborar um currículo bem formatado – que corresponda com a realidade – e iniciar a divulgação do tra-balho.

seleção: neste momento deve-se pensar na imagem profissional e desen-volver a capacidade de argumentação e sustentação daquilo foi descrito no currículo.

Pós-seleção: depois de conquistada a vaga de emprego, o profissional precisa ter visão sistêmica de todos os processos da empresa, fazer a autoavaliação do seu trabalho, alinhar sua expectativa com aquilo que a empresa oferece e estar atento à inovação e à criatividade.

Para refletirMartucci faz um alerta: a maioria dos

empregadores da Geração Y é da Gera-ção X e isso deve ser levado em conside-ração. “Para estabelecer boa comunica-ção e diminuir os conflitos nesse meio

é preciso esquecer que existe essa di-ferença de gerações e pensar somente em pessoas”.

Alguns paradigmas, segundo a espe-cialista, dificultam a percepção do que é necessário para desenvolver a carrei-ra: “planejamento estratégico é só para as empresas”; “investir em marketing apenas quando tiver minha empresa”; “profissional liberal não precisa apren-der a vender”; “sucesso é questão de sorte e de competência técnica”. Essas são questões que devem ser repensa-das e isso pode mudar a história de um profissional no mercado de trabalho.

Projeto Responsável michel Habib, arquiteto, São Paulo-SP

Princípios da Bioarquitetura foram usados na construção da casa do arqui-teto Michel Habib, em Atibaia (SP). Ele idealizou uma residência integrada com a natureza, com o mínimo de impacto ambiental adotando sistemas constru-tivos não-convencionais.

terreno O terreno tinha um bambuzal e gran-

de declividade e foi usado sem muitas interferências na topografia. “Não fui eu quem escolheu o que fazer naquela casa e sim o terreno que me disse o que era mais barato e menos agressivo para ele”. Ele limpou o bambuzal, separou al-gumas peças que serviriam para a alve-naria da casa e deixou uma parte como elemento paisagístico no quintal.

AlvenariaO barro foi usado nas paredes de pau

a pique, no lugar da alvenaria conven-cional, e também para criar os adobes – espécie de paralelepípedo feito com barro comprimido e secado ao tempo. “Eu sou a favor de usar cimento so-mente em locais onde ele é essencial, ou seja, na fundação e nas estruturas”. O reboco das paredes foi feito com es-terco de vaca, terra e areia. No lugar da água, Habib usou soro de leite, recolhi-do de uma fábrica de laticínios que ti-nha dificuldade de descartar o material.

materiais alternativos O arquiteto usou cerca de 600 pneus

de carros utilitários para fazer o muro de arrimo. Segundo ele, o metro qua-drado do muro convencional custaria R$ 400 e foram gastos R$ 120 naquele feito com pneus. Toneladas de restos de artefatos de cerâmica, como tijolo, piso e telha, preencheram a fundação.

A programação teve como foco preparar o jovem profissional para o mercado de trabalho

A Semana de Arquitetura atraiu cerca de 400 pessoas, entre estudantes e profissionais

Page 20: AEAARP€¦ · Os Profissionais do Ano AEAARP 2015 agronegócio Conheça a história de Mombuca evento Cobertura da 6ª Semana de Arquitetura painel Ano XVIII nº 246 setembro/ 2015

20

Revista Painel

laje A laje foi feita com a técnica Cascaje, criada pelo arquiteto holandês Johan van Lejen, com argamassa de cimento e areia como matéria-prima e baixo con-sumo de ferro e cimento na construção de painéis ondulares. Segundo Habib, uma laje tradicional custaria R$ 32 o metro quadrado e o sistema de laje de Cascaje custou R$ 28,50 o metro qua-drado. “Para uma casa de 200 metros quadrados a economia foi insignifican-te, mas para o meio ambiente não”.

Reaproveitamento de água

Um sistema de reaproveitamento de água negra – resíduo líquido de matéria fecal e urina – é direcionado a um peque-no jardim. O encanamento do vaso sani-tário foi ligado a uma caixa impermeável, localizada no quintal da casa, que trata o resíduo líquido. A água resultante deste processo sobe por capilaridade e irriga o jardim. “O que era para ser jogado na rede de esgoto, volta para a natureza na forma de evapotranspiração”.

A água cinza – gerada em ativida-des na cozinha, no tanque e no banho – também passa por tratamento e é reaproveitada no vaso sanitário. “Para mim, essa casa é um organismo vivo, eu interajo com ela em vários processos”.

EntulhoO arquiteto usou mais de 50 caçam-

bas de entulho na construção. No final da obra, descartou somente duas ca-çambas: uma de plástico e outra de ma-deira. “A minha casa tem um pouco da história da região em que moro, quase tudo veio do entulho e de outros ma-teriais descartados pela comunidade do bairro”.

Projetos Recentes Cesar Shundi Iwamizu, arquiteto, São Paulo-SP

Para o arquiteto Cesar Shundi Iwami-zu os concursos públicos têm servido para aumentar o entusiasmo dos pro-fissionais da arquitetura. “Mais do que ganhar a concorrência, o importante é

fazer o projeto”. Com o tempo, ele per-cebeu que a elaboração de um projeto não é o fim e sim um processo de ex-perimentação, de estudo e de conheci-mento que poderá ser aplicado em ou-tros trabalhos.

influência de Vilanova Artigas Iwamizu conta que na primeira casa

que projetou, utilizou alguns conceitos do Vilanova Artigas (veja a matéria so-bre o centenário do arquiteto na Painel 244). “As técnicas até então vinham sendo usadas apenas em galpões e em obras industriais, como a laje pré--moldada e o bloco aparente”. Durante a construção desta casa surgiu a oportu-nidade de projetar uma escola pública na periferia de São Paulo (SP).

O arquiteto lembra que a instituição que o contratou para projetar a escola também se interessava por estruturas pré-moldadas em concreto, caracte-rística adotada na obra. Uma das prio-ridades deste projeto era aproveitar a declividade do lote para valorizar o es-paço. Outro diferencial foi a criação de um passeio público, que iniciava na rua e atravessava a escola. Este espaço ser-viu também como uma praça nos finais de semana, tornando-se opção de lazer para a comunidade.

sEsc Em Franca (SP), a visão urbanística

da localidade – o município conheci-do como a cidade das três colinas – foi essencial para a elaboração do projeto do SESC-Serviço Social do Comércio. “O Cesar Shundi Iwamizu

Workshop mostrou técnica de construção Workshop tratou do Código de Obras do município

Michel Habib

Page 21: AEAARP€¦ · Os Profissionais do Ano AEAARP 2015 agronegócio Conheça a história de Mombuca evento Cobertura da 6ª Semana de Arquitetura painel Ano XVIII nº 246 setembro/ 2015

21

AEAARP

terreno era muito íngreme, tinha quase 20 metros de desnível, porém aprovei-tamos a topografia do local. Daí a liga-ção da arquitetura com a geografia da cidade”. O que era um grande desafio passou a ser visto como primordial para a concepção do projeto.

O projeto de ampliação do SESC de Ri-beirão Preto também foi outra conquista do escritório de Iwamizu. O desafio não era a topografia. “Tivemos duas grandes dificuldades: terreno muito pequeno, então a solução era verticalizar a cons-trução, e não interferir na arquitetura do edifício já existente”. O edifício original foi projetado pelo arquiteto Osvaldo Cor-rêa Gonçalves – um dos representantes da primeira geração de arquitetos mo-dernos de São Paulo – e a maior respon-sabilidade no processo de ampliação era preservar essa arquitetura e fazer com que a nova construção estabelecesse re-

lação de continuidade com o antigo.

Patrimônio histórico “O risco de restaurar um patrimônio

histórico e ele continuar esquecido é um problema”, afirma Iwamizu. Foi esse um dos argumentos que convenceu o júri do concurso realizado pelo Programa de Ação Cultural (ProAC) para restau-ração e revitalização da Estação Ferro-viária de Mairinque (SP), projetada pelo arquiteto Victor Dubugras, em 1906. Iwamizu explica que a visão urbanística da cidade pode contribuir, e muito, para a valorização e aumento da visibilidade do patrimônio. “Dar um novo uso para o local é mais uma garantia de que ele seja preservado ao longo do tempo”.

Outro patrimônio histórico no qual Iwamizu está trabalhando é a revitali-zação da Casa Caramuru, localizada em Ribeirão Preto. Acredita-se que a casa

foi construída antes do ano de 1883. Em 1890 houve a inversão da facha-da principal para a Avenida Caramuru. Tombada como patrimônio histórico pelo Conselho de Defesa do Patrimô-nio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) em 1988, foram necessários 24 anos para o início do processo de revitalização, que aconte-ceu por meio de um concurso público de arquitetura. Assim como a Estação Ferroviária de Mairinque, o concurso foi promovido por meio do ProAC.

Iwamizu explica que a proposta inicial era adequar a Casa Caramuru para ser sede do Conselho Municipal de Preser-vação do Patrimônio Cultural (Conppac) de Ribeirão Preto. O projeto contempla salas de leitura, biblioteca e departa-mentos administrativos, além de um espaço para cafeteria e para programas de caráter cultural abertos ao público.

Page 22: AEAARP€¦ · Os Profissionais do Ano AEAARP 2015 agronegócio Conheça a história de Mombuca evento Cobertura da 6ª Semana de Arquitetura painel Ano XVIII nº 246 setembro/ 2015

22

Revista Painel

Imaginemos a seguinte situação: um córrego que passa por seu bairro terá seu eixo retificado e suas margens recupera-das e, com isso, sua famosa Área de Pre-servação Permanente (APP) implantada dentro dos critérios do “novo Código Florestal” (Lei Federal n. 12.651/12).

Pois bem, quanto ao eixo do canal, não há muito que se opinar, isto é basi-camente determinado pela topografia original do terreno. Os taludes laterais, por sua vez, são mais determinados por uma questão de segurança do que por qualquer outra coisa. Porém, e quanto às margens? Ou melhor, aos 30 metros, 50 metros ou 100 metros de APP que se estendem após a linha do canal? Por qual tipo de uso e ocupação optar?

Vejamos, é preferível que a área conte com uma floresta urbana ou um parque? Traduzindo, é preferível implantar um siste-ma de lazer contemplativo ou recreativo? Ou, simplificando ao cerne da questão, vale mais a área ser integralmente recomposta – e, por isso, entende-se a implantação de um reflorestamento que desenvolva nela um fragmento florestal nativo consolidado e rico em espécies arbóreas, daqueles que visualizamos na Serra do Mar, ao lado da Rodovia Imigrantes, quando seguimos rumo a Santos ou Guarujá? Ou, prefere-se na área um ajardinamento com a implanta-ção de um projeto paisagístico que preveja

o plantio de grama, árvores ornamentais e bancos para o convívio social, ainda que com uma mescla de árvores nativas em pontos estratégicos?

Caso eu esteja sendo falho na descrição, tomemos alguns exemplos. O trecho final da Avenida Eduardo Andrea Matarazzo, conhecida como Via Norte, logo antes de chegar na Rodovia Alexandre Balbo (Anel Viário – Contorno Norte), é um exemplo de uma recomposição integral bem su-cedida. O fragmento florestal garante as funções ecológicas de uma APP devida-mente preservada, tal qual a infiltração das águas pluviais e a locomoção da fauna, bem como, neste caso específico, impede a ocupação habitacional irregular em um dos lados e o depósito de entulho do outro. Caso este exemplo não faça parte de seu itinerário, tomemos outro: a Avenida Carlos Consoni, entre a Ave-nida Celso Charuri e a Avenida Portugal, mais especificamente entre o Centro de Eventos Pereira Alvim e o supermercado Savegnago, onde foram plantadas mudas de espécies arbóreas nativas e, após ter sido aplicada a manutenção necessária, como o controle das gramíneas, a irri-gação nos meses de escassez hídrica e a substituição das mudas que vieram a perecer, se estabelecerá uma cobertura arbórea nativa e consolidada, ou seja, uma “mata natural”, ainda que induzida.

Tomemos o exemplo oposto agora. Podemos querer utilizar estas faixas para recreação e lazer, implantando amplas áreas gramadas onde você pode passear com seu cachorro e levar as crianças em um domingo ensolarado, tal como no Parque Luiz Roberto Jábali (Curupira) ou no Parque Luiz Carlos Raia, na Zona

Central e Sul da cidade, respectivamente.Vejamos, ambas as opções oferecem

atrativos e desvantagens. Por que eu iria querer uma área inteiramente ocupada por vegetação nativa no meu bairro, do tipo que, se eu quisesse chegar à água, teria que abrir picada com um facão, e que, se não houver um policiamento permanente, torna-se um atrativo à indigentes e bandidos? Por outro lado, quem não gostaria de uma redução na temperatura média do bairro no verão que atinge a cidade no início do ano, ou mesmo questionaria a intenção de dimi-nuir as enchentes que assolam Ribeirão ou garantir que nosso Aquífero Guarani se mantenha com os níveis admissíveis de saturação, uma vez que a vegetação nativa não só garante as funções ecológi-cas de uma APP devidamente protegida, mas também incrementa a infiltração das águas pluviais no município?

Assim, está lançada a dúvida. E se acharam que eu daria a resposta certa, ou mesmo arriscaria dar minha opinião, se equivocaram. Não há certo ou errado na presente comparação. Minha opinião é a de que cada situação deve ser analisada separadamente, levando-se em consi-deração todos os aspectos incidentes na região e, principalmente, na comu-nidade envolvida. Mas, agora você terá argumentos mais concretos para opinar com propriedade na próxima Audiência Pública em um Estudo de Impacto Am-biental/Relatório de Impacto Ambiental (EIA-RIMA) – etapa do licenciamento am-biental que envolve toda a comunidade na concepção do projeto – de um grande empreendimento a ser lançado próximo à sua casa. Boa escolha.

Parques Ecológicos?florestas urbanas ou

ARtigo

Engenheiro Ambiental

Gustavo Sicchieri

Page 23: AEAARP€¦ · Os Profissionais do Ano AEAARP 2015 agronegócio Conheça a história de Mombuca evento Cobertura da 6ª Semana de Arquitetura painel Ano XVIII nº 246 setembro/ 2015

23

AEAARP

cREA-sP

Responsabilidade técnica

em elevadores e escadas rolantes

Aos CREAs cabe a responsabilidade pela fiscalização das atividades técnicas afetas à área tecnológica, como as en-genharias, área agronômica, tecnólogos e técnicos de nível médio entre outras. Dentre tais atividades destacamos neste texto o projeto, a fabricação, a instalação, montagem, manutenção e laudos técni-cos de equipamentos eletromecânicos, como elevadores, escadas rolantes ou similares, que são disciplinados pelo CONFEA na Decisão Normativa Nº 36 de 31 de julho de 1991.

Todas as atividades acima citadas somente poderão ser executadas sob a responsabilidade técnica de profissional ou empresa devidamente habilitados e registrados no CREA.

Como em todas as atividades técnicas regulamentadas pelo Sistema CONFEA/CREA também aquelas relativas aos elevadores e escadas rolantes estão sujeitas à formação dos profissionais e à atribuição que cada atividade exige, de acordo com a área e a complexidade do serviço a ser desenvolvido.

Assim, de acordo com a DN 36/1991, profissionais de nível superior da área de mecânica, com atribuições do Art. 12 da Resolução 218/73 do CONFEA, estão habilitados para as atividades de projeto,

fabricação, instalação ou montagem, manutenção e laudos técnicos desses equipamentos. Para as atividades de manutenção, poderão responsabilizar--se os profissionais de nível técnico, com atribuições do Art. 4º da Resolução 278/83 do CONFEA.

Como toda atividade técnica desen-volvida pelos profissionais do Sistema CONFEA/CREA, é obrigatório o recolhi-mento da respectiva Anotação de Res-ponsabilidade Técnica (ART), conforme a Lei 6496/77, que deverá ser efetuado de uma só vez antes do início da execução para as atividades de projeto, fabrica-ção, instalação ou montagem e laudos técnicos.

Para a atividade de manutenção exis-tem duas hipóteses. Quando o contrato de manutenção tiver validade igual ou superior a um ano, deverá ser recolhi-do de uma só vez antes, no início da vigência do contrato. Porém, se possuir validade superior a um ano, deverá ser recolhida uma ART por ano, com a taxa proporcional ao período restante de vigência do contrato. Caso o contrato de manutenção seja por prazo indeter-minado deverá ser recolhida uma ART correspondente ao valor de contrato para cada período de 12 meses. Contamos com sua

colaboração!

Destine 16% do valor

da ART para a

AEAARP (Associação de

Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto)

Agora você escreve o nome da entidade e destina parte do

valor arrecadado pelo CREA-SP diretamente para a sua entidade

Page 24: AEAARP€¦ · Os Profissionais do Ano AEAARP 2015 agronegócio Conheça a história de Mombuca evento Cobertura da 6ª Semana de Arquitetura painel Ano XVIII nº 246 setembro/ 2015

24

Revista Painel

Foco

O cardápio é perfeito, comida de boteco com a sofistica-ção de mestres da gastronomia. O ambiente é aconchegan-te e perfeito para rever colegas de trabalho, amigos e estrei-tar novas relações de negócios e sociais. Confira as imagens de agosto e fique atento às novas programações, informa-das por meio de correio eletrônico e nas mídias sociais.

Socialwww.facebook.com/aeaarp

Page 25: AEAARP€¦ · Os Profissionais do Ano AEAARP 2015 agronegócio Conheça a história de Mombuca evento Cobertura da 6ª Semana de Arquitetura painel Ano XVIII nº 246 setembro/ 2015

25

AEAARPrevis

tapa

inel

ANUNCIE NA

PAINEL

16 | [email protected]

sustEntAbilidAdE

A Associação Brasileira dos Profis-sionais de Sustentabilidade (ABPS), em parceria com a consultoria Deloitte, realizou pesquisa sobre o perfil do pro-fissional de sustentabilidade no Brasil. Foram mapeados o foco de atuação, projetos e aspirações.

Apesar da retração da economia brasileira, apenas 9% das companhias reduziram o orçamento destinado às ações de sustentabilidade. O índice é igual aos registrados em 2013 e 2014. Segundo a entidade, o resultado de-monstra que esses profissionais são vistos como estratégicos em período de crises energética e hídrica.

Foram coletadas 370 respostas por meio de questionários eletrônicos no período de 8 a 24 de abril deste ano. Entre os entrevistados, 42% pertencem ao sexo masculino, e 58%, ao feminino,

mercado em ascensão Pesquisa revela

com idades que variam de 27 a 35 anos, com atuação nas áreas de administra-ção (14%); engenharia (19%); propa-ganda e marketing (10%); gestão am-biental (20%); e outras (38%). 90% dos entrevistados trabalham em empresas com sede no Brasil, e 36% das institui-ções possuem um faturamento anual acima de R$ 500 milhões.

O levantamento também buscou sa-ber a razão que leva um jovem a optar por essa carreira. Apenas 8% declara-ram que a razão foi por retorno finan-ceiro. 70% disseram que buscam a re-alização pessoal e 55% têm admiração

pelo tema. De acordo com o estudo, os setores

de bens de consumo (19%), serviços (17%) e a indústria financeira (11%) são os de maior representatividade dentro dos setores de empresas.

A pesquisa também levantou a média salarial dos respondentes. O salário de 50% deles varia de R$ 3 mil até R$ 9 mil. Os entrevistados atuam na área de sus-tentabilidade e se reportam aos setores de comunicação, recursos humanos, industrial, jurídica, controles internos, suprimentos, financeira, marketing e relações institucionais.

Números demonstram que investir em projetos de sustentabilidade pode melhorar desempenho das empresas

Veja a íntegra do relatório na área de Notícias na página da AEAARP.

www.aeaarp.org.br

Page 26: AEAARP€¦ · Os Profissionais do Ano AEAARP 2015 agronegócio Conheça a história de Mombuca evento Cobertura da 6ª Semana de Arquitetura painel Ano XVIII nº 246 setembro/ 2015

26

Revista Painel

notAs E cuRsos

Alberto Alves Muniz Engenheiro civilAntônio Herminio Oliveira Lima Engenheiro civilCarlos Guimarães Rodrigues Engenheiro civilJosé Carlos de Alchimim Júnior Engenheiro civilConrado Kazon Neto Engenheiro civilCarlos Henrique Milanetto Engenheiro mecânicoRaquel Vale Abrão Engenheira mecânicaAnne Caroline Malvestio Engenheira ambientalJoão Aparecido da Silva Engenheiro eletricistaRafael Almeida do Carmo Engenheiro eletricistaAracy Maria Moraes Zaccaro Engenheira agrônomaOrlando José de Souza Técnico em eletrotécnicaRicardo Muniz Ferreira Técnico em eletrotécnicaAna Beatriz Carvalho Fernandes Braga Estudante de agronomiaCaio de Oliveira Paggiaro Estudante de agronomiaDouglas Florian Maia Estudante de agronomiaFelipe Augusto Poletto Stambowsky Estudante de engenharia civilJosé Mário Felix Lima Júnior Estudante de engenharia civilGuilherme Henrique Jaqueti Cunha Estudante de agronomia

novos associados

O agrônomo José Walter Figueiredo explicou, no curso Arborização urbana e poda, a correta forma de manutenção das árvores da cidade.

instAPAinEl

Envie para aeaarp@aeaarp.

org.br uma foto feita por

você e ela poderá ser

publicada nesta coluna

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e a Agence Universitaire de la Francophonie (AUF), do Canadá, anunciam nova chamada de propostas para selecionar projetos de cooperação em pesquisa em qualquer área do conhecimento científico e tecnológico. Os projetos devem ser desenvolvidos por equipes de instituições de ensino superior e de pesquisa no Estado de São Paulo e por pesquisadores asso-ciados a instituições de pesquisa ou universidades membros da AUF no mundo. Os selecionados deverão incentivar a difusão do conhecimento e a implementação de projetos inovadores de pesquisa científica ou tecnológica e os resultados deverão gerar publicações de artigos cientí-ficos e inovações patenteáveis, quando possível. A primeira modalidade compreende projetos de pesquisa com objetivos comuns, nos quais as atividades dos pesquisadores do Estado de São Paulo e dos pesquisadores de estabelecimentos membros da AUF serão financiadas, respectivamente,

Chamada para projetos até 16 de novembro

A Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA) lançou segundo fascículo do Guia Boas Práticas em Building Information Modeling (BIM). É mais um passo para a implantação e disseminação dessa plataforma de trabalho em toda a cadeia da construção civil. O segundo volume procura mostrar que a implantação do BIM requer novos métodos de trabalho, novas posturas de relacionamento entre arquitetos, projetistas, consultores, contratantes e constru-tores, trazendo resultados da compilação da experiência dos profissionais do GT BIM da Asbea, na utilização do BIM nos projetos desenvolvidos em seus escritórios.

Segundo o texto, “o importante antes de implantar o processo BIM é compreender as vantagens que essa mudança trará. Entender que por meio dele é possível simular uma obra com mais propriedade e profundidade verificando e equalizando todas as interferências entre os diversos projetos”. O Guia foi produzido com recursos do edital de patrocínio do CAU/BR. As versões online dos dois fascículos estão disponíveis no endereço eletrônico do CAU/BR.

Fonte: CAU/BR

Guia de boas práticas em sistema BIM

pela FAPESP e pela AUF. As propostas dos pesquisadores do Estado de São Paulo devem ser apresentadas à FAPESP como Propostas de Auxílio à Pesquisa – Regular. A segunda modalidade envolve solicitações de recursos suplementares (seed funding) para apoiar o intercâmbio de pesquisadores no âmbito dos projetos de pesquisa em andamento na FAPESP (Auxílio à Pesquisa – Regular, Projeto Temático, Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes, Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão, Programa de Me-lhoria do Ensino Público, Programa de Pesquisa em Políticas Públicas e Programa de Apoio à Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica) e apoio a pesquisas em andamento na AUF. A data-limite para submissão das propostas é 16 de novembro de 2015. FAPESP e AUF destinarão um total de até € 200 mil para o financiamento dos projetos de pesquisa selecionados. A chamada está publicada em: www.fapesp.br/9727.

Fonte: Agência Fapesp

Page 27: AEAARP€¦ · Os Profissionais do Ano AEAARP 2015 agronegócio Conheça a história de Mombuca evento Cobertura da 6ª Semana de Arquitetura painel Ano XVIII nº 246 setembro/ 2015
Page 28: AEAARP€¦ · Os Profissionais do Ano AEAARP 2015 agronegócio Conheça a história de Mombuca evento Cobertura da 6ª Semana de Arquitetura painel Ano XVIII nº 246 setembro/ 2015