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MIISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERAMBUCO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGROOMIA MESTRADO EM MELHORAMETO GEÉTICO DE PLATAS ESTUDOS DA RESISTÊCIA A VIROSES EM ESPÉCIES DO GÊERO Solanum L. (Solanaceae A. Juss.) Mestranda: Jayne Saraiva de Farias Recife - PE ovembro, 2010

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MI�ISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

U�IVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PER�AMBUCO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRO�OMIA

MESTRADO EM MELHORAME�TO GE�ÉTICO DE PLA�TAS

ESTUDOS DA RESISTÊ�CIA A VIROSES EM ESPÉCIES DO GÊ�ERO

Solanum L. (Solanaceae A. Juss.) Mestranda: Jayne Saraiva de Farias

Recife - PE

�ovembro, 2010

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JAY�E SARAIVA DE FARIAS

ESTUDOS DA RESISTÊ�CIA A VIROSES EM ESPÉCIES DO GÊ�ERO Solanum L. (Solanaceae A. Juss.)

Trabalho de revisão de literatura apresentado pela

aluna Jayne Saraiva de Farias ao Programa de

Pós-Graduação em Agronomia – Melhoramento

Genético de plantas da UFRPE, como parte dos

requisitos para obtenção de nota, na disciplina

Seminários II, ministrada pelo Prof. Mário de

Andrade Lira Júnior.

Recife – PE

�ovembro, 2010

2

RESUMO

Solanum L. é o maior e mais complexo gênero da família Solanaceae A. Juss,

com cerca de 1500 espécies habitando regiões tropicais e subtropicais do mundo. As

espécies S. tuberosum (batata) e S. lycopersicum (tomate) são as mais importantes

hortaliças em termos econômicos (por contribuírem consideravelmente para a economia

do país) e por serem preferidas ao ataque de pragas e doenças. Dentre os problemas

fitossanitários mais comuns, destacam-se os vírus, por possuir um grande número de

espécies virais - como os dos gêneros Tospovirus e Geminivirus responsáveis por

infectar os tomateiros, e do Potyvirus na cultura da batata -, bem como os métodos de

controle clássicos desses agentes serem pouco efetivos. Contudo, a obtenção e o uso de

cultivares resistentes tornaram-se uma alternativa bastante eficiente para auxiliar no

controle das fitoviroses de ambas as espécies. A obtenção de cultivares visando à

resistência a viroses, com desenvolvimento da engenharia genética e dos métodos de

melhoramento convencionais, passam a ser temas favoritos a serem discutidos nos

programas de melhoramento, proporcionando, dessa forma, novas chances de um

controle mais efetivo e menos dispendioso das fitoviroses

Palavras-chave: Solanum tuberosum, S. lycopersicum, Tospovirus, Potyvirus,

engenharia genética.

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SUMÁRIO

1. Introdução..................................................................................................................04

2. Revisão de literatura.................................................................................................06 2.1 Aspectos Gerais da Solanaceae A. Juss.................................................................06 2.1.1 Distribuição geográfica e diversidade...................................................................06 2.1.2 Aspectos botânicos.................................................................................................06 2.1.3 Importância econômica do Solanum L. (Solanaceae).......................................07 2.1.3.1 Importância econômica da batata (S. tuberosum L.)..........................................08 2.1.3.2 Importância econômica do tomate (S. lycopersicum L.).....................................08 2.1.4 Informações fitopatológicas em Solanum spp....................................................09 2.1.4.1 Viroses em batata (S. tuberosum L.)....................................................................09 2.1.4.2 Viroses em tomateiro (S. lycopersicum L)...........................................................10 2.1.4.3 Controle de viroses em Solanum spp...................................................................11

2.2 Estudos da resistência a viroses..............................................................................11 2.2.1 Estudos da resistência a viroses em Solanum spp..................................................12

3. Considerações finais..................................................................................................14

REFERÊ�CIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................15

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1. Introdução

A família Solanaceae A. Juss. é conhecida principalmente pela sua grande

importância econômica conferida ao seu maior e mais complexo gênero Solanum L.,

onde este apresenta espécies com elevado grau de representatividade devido as suas

respectivas contribuições para a economia do país, como é o caso da batata-inglesa

(Solanum tuberosum L.), e tomateiro (S. lycopersicum L.), entre outras. Ainda neste

gênero são encontradas plantas ornamentais e plantas invasoras de culturas (MARTINS;

FIGUEIREDO, 1998).

De acordo com Filgueira (2000) tanto a batata como o tomate, são as principais

hortaliças cultivadas no Brasil; sendo por ordem econômica a batata em primeiro lugar,

devido a sua extensa área de cultivo e de produção, e o tomate em segundo, como

mostram os dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola - LSPA/IBGE

(2010), que no país, o maior estado, em termos de produção de batata, é o de Minas

Gerais, com produção de aproximadamente 1,14 milhões de toneladas, dentro de uma

área de produção que chega a 39 mil hectares. Em relação ao tomate, o estado mais

produtor é São Paulo, onde a sua produção chega em torno de 642 mil toneladas, com

área produtiva de 10 mil hectares.

Dentre os principais problemas que interferem na produção de ambas as culturas

do gênero, estão os fitossanitários, pois as doenças são responsáveis pela perda da

qualidade do produto final e pelas quebras de produção. Considerando que, o produto

final destinado ao consumo são os frutos, estes devem apresentar um aspecto íntegro,

com ausência de manchas e injúrias. Assim, um dos problemas que atinge diretamente a

qualidade do produto é a ocorrência das viroses, que podem causar perdas severas na

produção.

Os principais vírus que infectam a cultura da batata é o Potato leafroll virus –

PLRV e Potato virus Y - PVY, em que o primeiro causa uma deformação foliar e o

segundo manchas que formam mosaico nas folhas. Em tomate o grupo dos tospovírus e

geminivírus são os responsáveis por proporcionar uma redução na produção dessa

hortaliça (KIMATI et al., 2005).

Como medidas de controle clássicas desses agentes etiológicos recomendam-se:

estabelecer as sementeiras em lugares isolados, distantes de plantios mais velhos de

outras culturas hospedeiras do vírus e/ou do vetor; fazer a aplicação sistemática de

inseticidas em mudas na sementeira e após o transplante para o campo, visando

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controlar os vetores; eliminar plantas hospedeiras do vírus e/ou do vetor dentro e

próximo às áreas cultivadas (LIMA, 2001).

O uso de cultivares resistentes também é uma das alternativas para o controle de

fitoviroses. No Brasil e no exterior têm-se realizado pesquisas, com a aplicação direta

das culturas agrícolas melhoradas (tanto por métodos convencionais e não-

convencionais) que confiram resistência a vírus, procurando-se relacionar germoplasma

resistente ou com plantas silvestres que apresentam resistência (LOURENÇÃO et al.,

1999; SOLANACEAE SOURCE, 2010).

Diante do que foi exposto, o objetivo desta revisão de literatura foi o de

apresentar estudos relacionados à obtenção de plantas resistentes aos respectivos vírus

da cultura do tomateiro e da batateira, bem como os avanços da engenharia genética

para tal finalidade.

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2. Revisão de literatura

2.1 Aspectos Gerais da Solanaceae A. Juss.

2.1.1 Distribuição geográfica e diversidade

Knapp et al., (2004) enfatiza que dentre as angiospermas de importância

econômica, a Solanaceae A. Juss. destaca-se por apresentar distribuição cosmopolita e

aproximadamente 4000 espécies. Para Hunziker (1979), a maior riqueza de espécies da

família Solanácea pode ser encontrada na América do Sul. Purdie, Symon e Helgi

(1982) reconhecem cerca de 90 gêneros e estimam em 2600 espécies de solanáceas,

com ampla distribuição geográfica nas regiões tropicais e temperadas, a maioria nativa

das Américas do Sul e Central. D’Arcy (1991), reconheceu para a família 96 gêneros

com aproximadamente 2297 espécies e, de acordo com os colegas solanólogos, afirma

que a maior diversidade está concentrada na América do Sul, onde cerca de 50 gêneros

são endêmicos.

O centro de origem e de diversidade primária é a região central da América do

Sul. Por outro lado na América do Norte, México, Europa, Índia, Austrália, África e

Madagascar foram também encontrados outros centros de diversidade secundários

(SOUZA; LORENZI, 2005).Geralmente as solanáceas são encontradas distribuídas em

áreas de vegetação secundária, ocupando, de um modo geral, os mais variados habitats,

que vão de desertos até florestas tropicais (HEYWOOD, 1978).

2.1.2 Aspectos botânicos

A família Solanaceae apresenta segundo Souza e Lorenzi (2005), características

basais como ervas anuais, bianuais ou perenes, que vai de arbustos a árvores de pequeno

porte (raramente lianas), com folhas isenta de espículas e margem inteira. As

inflorescências são, algumas vezes, reduzidas a uma única flor. As flores distinguem-se

por serem actnomofas, menos freqüente zigomarfas, vistosas e bixessuadas, diclamídeas

com cálice pentâmero, gamossépalo, prefloração valvar ou imbricada, corola

gamopétala, cinco estames, disco nectarífero geralmente presente, ovário súpero e

bicarpelar. Seus frutos são bagas ou em forma de cápsulas.

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A respeito sobre a classificação recente das angiospermas, denominada de APG

(Angiosperm Phylogeny Group), as análises filogenéticas basearam-se em marcadores

moleculares, como o estudo dos genes ribossomais de protoplasto, rbcL e atpB, e os

genes matR e atpI das mitocôndrias, além da seqüência do gene de DNAr 18S. Estas

análises evidenciam as relações filogenéticas entre táxons, as quais eram mais difíceis

pelos sistemas antigos, que utilizavam caracteres morfológicos e bioquímicos

(Angiosperm Phylogeny Group II, 2003). No sistema de Croquist (1988) e APGII, a

Solanaceae pertence à divisão Magnoliophyta (Angiosperma), classe Magnoliopsida

(Dicoteledônea), subclasse Asteridae e a ordem Solanales. Apenas três subfamílias

(Solanoideae, Nolanoideae e Cestroideae) da Solanaceae que os taxonomistas

tradicionais reconhecem (D’ARCY, 1973). Todavia, os estudos em base molecular

procuraram modificar esse perfil tradicionalista, mas o número preciso de monofiléticos

na família, seus nomes e propriedades ainda precisam de análises mais detalhadas

(OLMESTEAD; PALMER, 1997)

Dentre os gêneros da Solanaceae, o Solanum L. é o maior e mais complexo, com

cerca de 1500 espécies habitando sistemas ecológicos estabelecidos pelas regiões

tropicais e subtropicais do mundo e tendo a América do Sul como centro de diversidade

e distribuição (SILVA et al., 2003). Suas espécies apresentam diversas formas florais,

como as espécies monóicas com flores monoclinas (ANDERSON, 1979), e também

possui espécies autógamas e alógamas, onde estas últimas possuem um sistema de

incompatibilidade gametofítica (WHALEN; ANDERSON, 1981)

2.1.3 Importância econômica do Solanum L. (Solanaceae)

As espécies do gênero Solanum, como S. tuberosum L. (batata), S. lycopersicum

L.(tomate) - atualmente, com base em evidências obtidas a partir de estudos filogenéticos

utilizando seqüência de DNA (SPOONER et al., 2005) e estudos mais aprofundados de

morfologia e de distribuição das plantas, há ampla aceitação entre taxonomistas, melhoristas

e geneticistas da nomenclatura S. lycopersycum para o tomate, de nomenclatura anterior

Lycopersicon esculentum Mill. (WARNOCK, 1988; PERALTA et al., 2001; SPOONER et

al., 2003; PERALTA et al., 2006), conforme consta no Code of Nomenclature for

Cultivated Plants (BRICKELL et al., 2004). -, entre outras, são utilizadas diretamente na

alimentação humana.

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Para fins farmacêuticos e fabricação de cigarros são extraídos alcalóides de

raízes e folhas de algumas espécies dessa família (CHOUDHURY, 1976). Segundo

Andrada et al., (2003), a erva moura (S. nigrum L.) é considerada uma planta invasora

em quase todos os países, sendo também considerada como uma planta tóxica tanto para

o homem quanto para os animais. A jurubeba (S. paniculatum L.) é também

considerada, além de seu uso culinário, invasora, ocupando os diversos tipos de solos

(PIO-CORRÊIA, 1975; LEITÃO-FILHO et al., 1975).

As solanáceas, mais especificamente a batata (S. tuberosum) e o tomate (S.

lycopersicum), contribuem consideravelmente para a economia do país. De acordo com

Filgueira (2000), a batata, no Brasil, é a primeira hortaliça, em importância econômica,

superando todas as demais, tanto em produção, como em área cultivada, enquanto o

tomate é a segunda hortaliça cultivada, em ordem de importância econômica.

2.1.3.1 Importância econômica da batata (S. tuberosum L.)

A FAO (“Food and Agriculture Organization of the United Nations”), em 2008,

considerou que o Brasil produzia 3,39 milhões de toneladas anuais de batata, sendo o

país mais produtor na América do Sul, e que o mesmo ocupava a 17ª posição no ranking

mundial de países produtores dessa cultura.

Segundo dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola/Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística – LSPA/IBGE, realizado em setembro de 2010, a

área de cultivo da batata no Brasil estimou em torno de 143 mil hectares, com

rendimento médio total de 25 mil quilos/hectare e produção total de 3,6 milhões de

toneladas. A principal região produtora desta solanácea é o Sudeste, onde Minas Gerais

detém 39 mil hectares de área de cultivo, com rendimento médio de 29 mil

quilos/hectare e produção total de 1,14 milhões de toneladas. Na região Nordeste os

maiores estados produtores são Bahia (com área de cultivo de 8 mil hectares) e Paraíba

(com área cultivada em torno de 351 hectares), onde juntos possuem um rendimento

médio de 36 mil quilos/hectare e produção cerca de 305 mil toneladas.

2.1.3.2 Importância econômica do tomate (S. lycopersicum L.)

Das solanáceas, o tomate é também a espécie mais importante, em termos sócio-

econômicos, pelo volume da produção e geração de empregos. São quase quatro

9

milhões de hortas cultivadas com a espécie. É considerada uma espécie cosmopolita,

sendo cultivada no mundo todo, onde China, Estados Unidos e Índia são os principais

produtores. O Brasil é o oitavo maior produtor mundial (CHAVES; MELO, 2006).

A área de cultivo do tomate no país chega a 60 mil hectares, com rendimento

médio de 60 mil quilos/hectare, e produção que atinge 3,7 milhões de toneladas. O

Sudeste é a região que se destaca por apresentar maior produção (cerca de 21 mil

hectares de área de cultivo, com rendimento médio de 65 mil quilos/hectare, e produção

de 1,4 milhões de toneladas), sendo São Paulo o Estado que possui maior destaque, por

possuir uma área de cultivo de 10 mil hectares, com rendimento médio de 63 mil

quilos/hectare, e produção que atinge 642 mil toneladas. No Nordeste os Estados da

Bahia e Pernambuco são os principais produtores de tomate da região, onde o primeiro

conta com uma área de cultivo de 6 mil hectares e tem uma produção de 280 mil

toneladas, e o segundo Estado com área de cultivo de 3 mil hectares e produção que

atinge 156 mil toneladas (LSPA/IBGE, 2010).

2.1.4 Informações fitopatológicas em Solanum spp.

A Solanaceae, em especial o gênero Solanum, segundo Filgueira (2000) tem a

particularidade de ser a preferencial família da maioria das pragas e doenças que atacam

tanto o tomate quanto a batata, entre outros. E dentro dos grupos das doenças (fúngicas,

bacterianas, etc), os vírus merecem o destaque por infectar a maioria das solanáceas, e

em especial o tomate e a batata. A importância das viroses se deve ao fato de que a

maioria dos produtores dessas hortaliças não estão atentos aos sintomas iniciais das

viroses, pois quando os efeitos prejudiciais são notados, a aplicação de uma medida de

controle torna-se ineficiente, onde todas são preventivas (KIMATI et al., 2005).

2.1.4.1 Viroses em batata (S. tuberosum L.)

No Brasil, os primeiros relatos de viroses da batateira datam da década de 1930.

Atualmente, mais da metade das 30 diferentes viroses assinaladas no mundo já foi

detectada no Brasil. (SOUZA-DIAS; IAMAUTI, 2005). Os quatro agentes causais das

doenças virais de maior relevância são: o vírus do enrolamento da folha (Potato leafroll

virus – PLRV), vírus Y ou mosaico da batata (Potato virus Y - PVY), vírus X da batata

(Potato virus X - PVX), e vírus A da batata (Potato virus A - PVA) todos estes cinco

10

possuem o genoma constituído de RNA (SINGH, 1999). A principal razão da

degeneração da batata é a infecção atribuída à espécie PLRV e PVY (DANIELS;

PEREIRA, 2004). Este fato eleva o custeio da lavoura de batata, pois o custo das

‘sementes’ representa 30 a 50% do seu valor. Além disso, a maioria dos produtores,

principalmente os do segmento da agricultura familiar, não faz a renovação das

‘sementes’ com a freqüência necessária e planta tubérculos com altos índices de

infecção por viroses, obtendo conseqüentemente baixa produtividade (DANIELS,

2003). Os sintomas do PLRV manifestam-se pela parada de crescimento, empinamento

das folhas e enrolamento para cima das margens dos folíolos das folhas baixeiras.

Myzus persicae (Sulz), conhecido como pulgão-verde, é o vetor mais eficiente do

PLRV. A relação vírus-vetor é do tipo persistente, não havendo multiplicação do vírus

no vetor. Uma vez adquirido, o PLRV é transmitido ao longo da vida do vetor. O PVY

apresenta manchas nas folhas como um mosaico (SOUZA-DIAS; IAMAUTI, 2005).

2.1.4.2 Viroses em tomateiro (S. lycopersicum L)

Segundo Kurozawa e Pavan (2005), nem todos os vírus conhecidos que infectam

o tomateiro apresentam são importantes economicamente. Geralmente ocorrem de

forma esporádica em lavouras e seus efeitos, aparentemente, não têm qualquer

expressão em termos econômicos. Dentre os grupos que causam sérios prejuízos em

tomateiro são os tospovírus e os geminivírus (LIMA, 2001).

O grupo dos tospovírus, de RNA o seu genoma, apresenta as seguintes espécies

que infectam o tomateiro: tomato spotted wilt virus - TSWV, Impatiens necrotic spot

virus - INSV, Tomato chlorotic spot virus - TCSV, Groundnut ringspot virus - GRSV,

Watermelon silver mottle virus - WSMV, Groundnut bud necrosis virus - GBNV, Iris

yellow spot virus - IYSV, Zucchini lethal chlorosis virus - ZLCV e Chrysanthemum

stem necrosis virus - CSNV (ÁVILA et al., 1998). Seus sintomas principais são: anéis

necróticos ou cloróticos nas folhas e nos frutos infectados, mosaico, arroxeamento ou

bronzeamento nas folhas, nanismo, deformação foliar, necrose severa das hastes e das

folhas, e, muito freqüentemente, morte da planta (GERMAN et al., 1992). A doença,

conhecida como “vira-cabeça do tomateiro” no Brasil, é de grande importância nas

épocas quentes do ano, foi relatada pela primeira vez por Costa e Forster (1938) e, por

muito tempo, tida como causada por uma única espécie de vírus, o TSWV

(LOURENÇÃO et al., 1999). De acordo com Kurozawa e Pavan (2005) a disseminação

11

desses vírus ocorre somente pelo tripes, de maneira persistente. São conhecidas nove

espécies de vetores. O tripes adquire o vírus somente durante o estádio larval, e só o

transmite após atingir o estádio adulto. O período mínimo para aquisição da espécie

viral é de, aproximadamente, 15 minutos, e a eficiência de transmissão aumenta com o

tempo de alimentação. O vírus é retido por toda a vida do inseto, mas não é transmitido

para sua progênie. A transmissão do vírus pelo tripes realiza-se durante sua alimentação

superficial em células da epiderme foliar do hospedeiro.

As doenças causadas por geminivírus (seu genoma é de DNA), transmitidas por

moscas-brancas do complexo Bemisia tabaci Genn. podem ser consideradas como

limitantes à produção comercial do tomate Os sintomas são, geralmente,

amarelecimento na base dos folíolos e clareamento de nervuras, evoluindo para mosaico

amarelo. Estes sintomas se generalizam por toda a planta, seguidos de rugosidade,

redução de tamanho e enrolamento dos bordos da folha. A planta apresenta redução da

floração, paralisação no crescimento, com conseqüente perda na produção,

principalmente se a infecção das plantas ocorrer nos estádios iniciais de

desenvolvimento (MATOS et al., 2003).

2.1.4.3 Controle de viroses em Solanum spp.

Para controle do “vira-cabeça” e dos geminivírus (ambos do tomateiro), e dos

potyvírus (em batata), diversas medidas têm sido estudadas, como combate aos vetores

dos respectivos agentes etiológicos, por métodos químicos, físicos ou biológicos,

plantas transgênicas e obtenção de cultivares resistentes mediante melhoramento

clássico e não-convencional. Nessa última linha, trabalhos têm sido realizados no Brasil

e no exterior, procurando-se relacionar germoplasma resistente (LOURENÇÃO et al.,

1999; MATOS et al., 2003).

2.2 Estudos da resistência a viroses

Segundo Kang et al (2005) a resistência genética é uma de um conjunto de

abordagens para proteger as culturas de infecção por vírus que também incluem o

controle de vetores bióticos, uso de sementes livres de vírus ou materiais, instalações e

práticas culturais que minimizem a transmissão, e ressalta ainda que as variedades

resistente, quando disponível, ainda são considerados os mais rentáveis e de confiável

12

método para o controle de viroses. As ferramentas clássicas para o controle das viroses,

de acordo com Scholthof et al. (1993), são ainda muito utilizadas, apresentando

algumas desvantagens por serem dispendiosas, e que podem perder a efetividade ao

longo do tempo.

Com o avanço nos estudos acerca da engenharia genética passaram a existir

novas possibilidades para o controle da infecção viral. É o caso da produção de plantas

transgênicas resistentes a vírus que mimetizam vias de resistência existentes na natureza

(BUCK, 1991; PAPPU et al., 1995).

Algumas estratégias estão sendo analisadas com o objetivo de se obter plantas

geneticamente modificadas resistentes a vírus. A maioria delas utiliza seqüências do

genoma do próprio vírus. A seqüência (gene) mais comumente utilizada é a da proteína

da capa protéica viral (mais conhecido como o gene da capa protéica - CP), que pode

ou não ser produzida nas células da planta transformada para conferir proteção contra a

infecção em campo. Outros genes de vírus que têm sido avaliados são os que codificam

proteínas de movimento na célula, da replicase, envolvido na replicação do vírus, entre

outros (KITAJIMA; REZENDE, 2004).

2.2.1 Estudos da resistência a viroses em Solanum spp.

Torres et al (1999), realizou pesquisas para obtenção da batata transgênica

(Achat) resistente ao PYV (vírus do mosaico). No trabalho de transgenia foi sugerido

que o transcrito, e não a proteína das plantas transgênicas seja, responsável pela

resistência, seguindo o modelo proposto por Van der Vlugt et al (1992), quando este

obteve plantas de tabaco resistentes ao PVY, utilizando o gene da capa protéica (CP),

por meio de transgenia. Plantas transgênicas expressando o gene da CP sem códon de

iniciação de tradução e, portanto, sem potencial para produção de proteína, resultaram

em diferentes graus de resistência que variaram desde atrasos de sintomas até a

imunidade total. Em 1998, estudos realizados no México em relação ao impacto de

batatas transgênicas com resistência aos vírus PVX, PVY e PLRV, mostram que essa

tecnologia reduz em 13% os custos de produção, em grandes plantios e, em 32% para

pequenos produtores, nas condições mexicanas (TORRES et al., 1999), evidenciando a

importância da caracterização do gene da capa protéica de vírus, para que este seja

introduzido em genomas vegetais a fim provocar resistência as viroses., bem como a

utilização de técnicas de transgenia. Romano (2003) relatou que no Brasil, a Embrapa

13

(Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) já desenvolveu clones de Baronesa ao

vírus do enrolamento das folhas (PLRV), e que os clones de Achat foi incorporado ao

Macroprograma de Biossegurança da Embrapa, onde este programa é um projeto em

rede do qual participam vários centros da Embrapa e que objetiva avaliar a segurança

ambiental e alimentar dos eventos elite, que são produzidos dentro da empresa. Estas

análises são essenciais para garantir a segurança de um produto transgênico, antes que

este venha a ser comercializado.

Segundo Nizio et al (2008) o processo de transferência de alelos de resistência,

os marcadores moleculares do DNA podem ser uma ferramenta bastante útil. Esses

marcadores, se ligados aos alelos de resistência, podem ser usados na seleção assistida

por marcadores (SAM), nas etapas iniciais e intermediárias do melhoramento. A

identificação de marcadores moleculares ligados a alelos de resistência a doenças vem

sendo um dos principais objetivos dos programas de melhoramento genético em

andamento no mundo para a cultura do tomateiro, como a mesma evidenciou, em sua

pesquisa, onde utilizou o marcador co-dominante SSR-47 para caracterizar híbridos de

tomate de mesa portadores do alelo (com o gene Ty-1) que confere resistência ao

geminivírus.

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3. Considerações finais

Contudo é importante enfatizar que as viroses, em geral, são de difícil controle e,

uma vez a planta infectada a mesma continuará com o vírus, pois não existe um

defensivo para a eliminação do agente etiológico, como acontece em doenças fúngicas,

onde as quais se utilizam fungicidas para um controle efetivo.

Para obter o controle das viroses tanto de batata como do tomateiro, deve-se

lançar mão das técnicas clássicas preventivas (controle de vetores bióticos, uso de

sementes livres de vírus ou materiais, instalações e práticas culturais), bem como com a

obtenção e uso de variedades resistentes (através da modificação genética da planta,

bem como no cruzamento de plantas resistentes com plantas susceptíveis como seleção

assistida por marcadores moleculares).

A obtenção variedades visando à resistência a viroses, com desenvolvimento da

engenharia genética, passam a ser temas favoritos a serem discutidos nos programas de

melhoramento, proporcionando, dessa forma, novas chances de um controle mais

efetivo e menos dispendioso das fitoviroses.

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