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Feira Moderna Zine Ano 03 - Maio de 2004 - Niterói/Rio de Janeiro/Brasil - Latitude Zero Prod. Feira Moderna Zine Distribuição Interna. Preserve o Meio Ambiente, não jogue papel nas ruas. #9 #9 NÃO PAGUE POR ESTE FANZINE !!! NÃO PAGUE POR ESTE FANZINE !!! E mais: Jason - Blind Pigs - Ydra - RPG Repressão Social - Bezerra da Silva Entrevistamos o vocalista Nenê Altro

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���������A Dress foi formada em 96 e hoje conta em sua formação com Andréa Marie (vocal/guitarra), Daniel (guitarra), AnaClaudia (vocal/baixo) e Altáia (bateria). Seu 2° trabalho lançado foi em março de 2002, intitulado “Made by Girls”(ainda com sua ex-guitarrista Denise), com seis faixas, sendo 4 ao vivo (retirado de um show) mais dois bônus emestúdio. Seu som flerta com o Garage Rock e Proto Punk dos anos 70. Para falar um pouco mais da banda e dospróximos planos a vocalista Andréa Marie nos cedeu esta entrevista.FMZ: Como surgiu o Dress?Andréa: Surgiu em meados de 96. Todos nós já gostávamos muito de Rock, e ficando influenciadas por amigos nossos (como o Dago Red).Aí começamos a falar mais no assunto, distribuindo “democraticamente” (ah,ah,ah) quem ia tocar o quê na banda. Daí foi um pulo pra gentecomeçar a aprender os primeiros acordes, porque na época não sabíamos tocar.FMZ: De onde surgiu o nome da banda?Andréa: O nome “Dress” foi retirado carinhosamente de uma música do Hole, “Best Sunday Dress”. Mas posso dizer que o “significado”do nome é traduzir o universo feminino, sem cair no feminismo extremado e não restringir apenas ao uso de saias ou vestido pra caracterizaro feminino. Pra gente, Dress é apenas uma referência.FMZ: Dá pra falar um pouco dos trabalhos já lançados pelo Dress?Andréa: De k7 temos nosso 1° trabalho, intitulado “Live and Undressed” com algumas composições ao vivo, extraídas de um show quefizemos aqui em Fortaleza. Esse k7 é relíquia mesmo, nem eu tenho a minha cópia. Mas com esse trabalho conseguimos divulgar bastantea banda, atingindo pessoas e levando-as a assistir e ver nosso show. Esse trabalho também foi divulgado no Lado B da MTV antiga. Emmarço de 2000 lançamos o cd demo “Made by Girls”, que é mais produzido, contendo 4 faixas retiradas de um show ao vivo em Fortalezae mais 2 bônus gravados em estúdio. No momento, estamos ensaiando e preparando um novo material, mas sem data definitiva para entrarem estúdio.FMZ: Como foi a gravação de “Made by Girls”?Andréa: Foi tudo muito rápido, em uma semana pensou-se no cd e na outra já estávamos meando. Das músicas ao vivo, foi registrado osruídos comuns em shows ao vivo. As músicas de estúdio foram gravadas num sábado e finalizadas na segunda-feira. No outro sábado, jáestávamos fazendo show de lançamento. A arte gráfica foi a Ana Claudia (baixo) e o artista plástico Ticiano Monteiro quem fez.FMZ: E como está a distribuição?Andréa: O cd está sendo bem aceito. Sempre estamos fazendo mais cópias por conta dos pedidos. Dos vendidos só em Fortaleza, deve estarpelas 50 cópias ou mais. Cópias para divulgação então, já perdeu-se as contas.FMZ: Como está o cenário de Fortaleza atualmente?Andréa: Está bem variado. As bandas estão mais profissionais e atentas à “pequenos” detalhes como produção de shows, performance,festa de lançamento, etc... Contamos também com mais recursos técnicos como parte gráfica, mp3, blog, sites. De bandas daqui temos oSwitstance, 1295, Dago Red, 69% Love (que lançou clip em rede local, pela TV união), 2Fuzz, Mary Poppins, Da capo e outras que sonhamcom reconhecimento, mas não param.FMZ: Voltando à banda, algum show do Dress em especial?Andrea: Foi o MADA, festival em Natal (RN), em maio de 2000. tocamos pela primeira vez em outro estado, e com uma ótima estrutura.A segunda vez fica por conta do último encontro SESC de bandas, em Sobral (CE), em agosto de 2003.FMZ: Quais as influências de cada um?Andréa: A Ana Claudia gosta de punk Rock, tipo Ramones e Sex Pistols e adora bandas como Hole, L7, Bikinni Kill, Sonic Youth, Yeahyeah yeahs, Drugstore e Rock 80’s, tipo Cure. A Altaíla agora só fala do Man or Astro Man. O Daniel curte Sonic Youth e Jesus & MaryChain. E eu curto Radiohead, Trans, Coldplay, Placebo, My blood Valentine, SonicYouth, Weezer, Interpol, Strokes, Yeah yeah yeahs,J&MC, David Bowie, New Order, Ravionettes e muitos outros.FMZ: Como rola o processo de composição do Dress?Andréa: Geralmente levo um riff ou uma seqüência, e a partir daí trabalhamos juntos para finalizar como música. As vezes já levo pronta,mas sempre dá um jeito de colocar um lance aqui e outro ali. O jeito especial que cada um tem, percepção musical, influências, etc...também. Mas só fica o que agrada.FMZ: Planos para o futuro?Andréa: Queremos divulgar e levar nosso trabalho para outras pessoas além de nosso estado, por que não?! Estamos em fase de produçãode várias coisas: camisas, cd novo, o blog. Estão havendo idéias novas para o nosso site oficial, que vai sair até janeiro de 2004. Conhecerpessoas, outras bandas e tocar, tocar... O Dress não quer parar. por: Carlos Alberto

Contatos: R. Ana Gonçalves, 702 – Pio XII – Fortaleza/CE / CEP 60 130 – 490 / E-mail: [email protected]: www.musicanmp3.com/artist/3dress www.belgiummp3.be/mp3/dress - Blog: www.dress.blogger.com.br

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��������Jason - Blind Pigs - Ydra - RPG Repressão Social - Bezerra da Silva

�������������RPG e Violência(?)

Em tempos de “guerra civil” no Rio de Janeiro, terrorismos no Iraque e emoutras partes do mundo, a Violência está em pauta. Talvez seja apenas mais um“assunto do momento”. Talvez não. Mas é uma discussão que sempre nos fazpensar, principalmente se o assunto é RPG.

Todo RPGista sabe, que além de sermos chamados de satanistas, malucos, eoutras coisas piores, uma das maiores críticas ao RPG é o fato (só para quem nãoconhece o jogo) do RPG ser um jogo violento. Lutas contra dragões, vampiros,lobisomens, assassinos, ladrões e qualquer outra coisa encontrada em bestiáriosextensos fazem muitas vezes que o RPG, para além do matar-pilhar-destruir pareçasó matar-matar-matar (ficou bem Zumbi do Espaço, né?).

É certo que certas temáticas, e certos jogos, levam mais ao combate que outros.Se o estilo fantasia medieval (do D&D) por exemplo, pode ser exemplificadocomo “matar o dragão e salvar a princesa”, coisa presente na maioria dos contosde fada, ainda é preciso matar o dragão, e eis que surge o combate e a “violência”.Entretando, nos mesmos jogos, pode-se adotar abordagens que não envolvam ocombate: brigas palacianas da corte, onde a inteligência e a fofoca são as armas;labirintos com armadilhas; e inúmeros outros exemplos. No caso mesmo do dragãoe a princesa, às vezes o grupo não é experiente o suficiente para fazer frente a umdragão, o que obrigaria os jogadores a chegarem a uma barganha negociando como dragão (ou mesmo “roubando” a princesa dele, no melhor estilo O Hobit).

Mas, realmente, o combate, as lutas, são partes integrantes da maioria dosRPGs, nem que seja como opção. Isso vem das raízes do jogo mesmo, que eramos wargames (como o War, jogo de tabuleiro com exércitos - e esse ninguémchama de violento...); portanto, se a origem já eram os “jogos de guerra”, não é deestranhar que a maioria dos livros básicos tenham um capítulo chamado “Combate”e uma “Lista de Armas” que podem ser usados pelos jogadores, passanda de clavasa espadas medievais e pistolas automáticas...

Entretanto, embora detonar monstros e adversários seja bom, esse nuncarealmente é o objetivo do jogo. Tudo depende da história, como eu já disse. Euparticularmente, quando jogo RPG, odeio matar alguém no jogo; até luto, masacho que isso á inclusive contra-producente: se você mata o guarda do castelo,não fica sabendo (talvez por interrogatório - que já pode ser mais interpretação)que a chave está escondida, ou que há mais guardas, ou coisas assim. O capítulosobre Combate é tão acessório que é o último que eu sempre leio nos livros (quandoleio, tem uns que até hoje não li, como o Combate Avançado do GURPS...).

Voltando aos capítulos sobre combates, como eu disse há jogos onde eles nãoexistem, ou são realmente secundários (tanto em questão do tema como em questãoàs regras). Um exemplo é o excelente Castelo Falkenstein, jogo ambientado emuma Europa fictícia do século XIX, onde existe magias, fadas, dragões, e autoresandam lado a lado com suas personagens (quase como A Liga Extraordinária).O mote desse jogo são coisas como Virtude, Honra, e Glória, e fazer o que é certonão importa a que custo. Bem “por Deus e pela Pátria” mesmo. E não existecapítulo de combate. As lutas usam as regras normais de qualquer teste (numsistema genial que usa cartas de baralho ao invés de dados), no máximo tendo umsubcapítulo que mostra regras para duelos de espada (que no cenário é muito maisespalhafatoso que mortífero, como todo bom capa-e-espada).

Outro também é As Extraordinárias Aventuras do Barão Munchausen,um joguinho bem pequeno, mas muito divertido, onde principal objetivo é contara maior mentira, ou seja, a aventura mais fantástica de todas (sendo que os outrosjogadores se intrometem na narrativa a toda hora). Isso sem ninguém morrer noprocesso (ou não...).

O que eu quero mostrar é que, embora uma “briguinha” seja boa no jogo (oumesmo batalhas épicas), o RPG é muito mais que matar monstros. Nós devemosnão só buscar formas de evitar o combate desnecessário na vida real quanto nosjogos, e assim mostrar pra todos os que nos criticam que RPG é diversão, nãoviolência.

Bom, de uma coisa eu tenho certeza: de que o debate não acabou aqui. Sóespero que este artigo tenha acrescentado algo a ele, e mostrado às pessoas queacham que RPG é banho de sangue que o nosso jogo é muito mais que brandirespadas ou arremessar dados. por: Rodolfo Caravana

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NOTAS

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Diagramador: Rodolfo CaravanaScanners: Rafael Cordeiro

Produtores:Rafael A. ([email protected])Rodolfo Caravana ([email protected])

Colaboradores:Carlos Alberto ([email protected])Marina Dutra ([email protected])Tio Satan ([email protected])

Foto da Capa: Natalie Jorge

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Tamanhos / Preços 12,5 x 08cm....R$50,00 25 x 08cm.......R$90,00 25 x 16cm.......R$150,00

Entre em contato: ����������������� [email protected]

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Tio Satan: Por que você tá nessa?Beth: Estou nessa vida desde osmeus quatorze anos e trabalho noramo até mesmo por falta de opçãode vida. Mas quem me botou nessavida foi a minha prima, Jussara.Tio Satan: Sua prima trabalhajunto com você?Beth: Larga de ser besta cara, eu vivocê saindo com ela um dia desses!Tio Satan: Onde foi isso?Beth: Lá na Vila Mimosa.Tio Satan: Você trabalha látambém?Beth: Lógico, é preciso tirar umextra de vez em quando.Tio Satan: Então aquelamorenona, é sua prima?Beth: Pô cara, o difícil é encontraralguma piranha que não te conheça!Você é mais conhecido do quedinheiro e tá em tudo que é bordelaqui do Rio. Já tentou se candidatarem algum cargo político, comcerteza você vai ter a simpatia geraldas “camélias” desamparadas.Tio Satan: Abafa o caso mulher,vamos voltar ondeparamos. O seu nome éBeth, mesmo?Beth: Você já estácansado de saber que esseé o meu nome de guerra.Tio Satan: Eu sei mas agalera do zine não sabe?Beth: O que é um zine?Tio Satan: Aí criatura,vai dizer o seu nome ounão?Beth: Não posso tenhoque manter a minhaintegridade (risos).Tio Satan: Integridade!Que integridade é essaque você até deixou eutirar uma foto sua emtrajes e posições demenina carente?Beth: Mas você meprometeu preservar aminha imagem com uma tarja nomeu rosto.Tio Satan: Vou cumprir com o queprometi.Beth: Assim espero!Beth: Vai fazer um programinhahoje, comigo?Tio Satan: Tô fora e você sabe qualé da situação porque não vou fazero “programinha” com você.Beth: Ah, saquei da parada !Tio Satan: Como é o lance de fazerum programa com alguém quevocê não conhece e que nunca viuna vida?Beth: Ora, isso é simples, basta medesligar do mundo e o que rola emminha volta, abro as pernas e deixoas coisas acontecerem.Tio Satan: Não fica uma coisamecânica?Beth: Claro que fica, mas isso sãoossos do ofício. A garota não podese envolver com o cliente se não jáera. Você perde a moral com o clientedas próximas vezes que ele vim teprocurar.

Tio Satan: Chega a pintaralguma excitação em deter-minadas horas do rala e rola?Beth: Dificilmente rola o orgasmoda minha parte, mas às vezes juntoo útil ao agradável. Caso o cara forbonitão, bem limpinho e educadoas coisas ficam mais fáceis deacontecer, porém infelizmente, nósas profissionais do sexo somosmuito carentes de afeto por nãotermos um parceiro certo quandoprecisamos e com isso ficamosmuito vulneráveis no que se dizrespeito a carência afetiva.Tio Satan: Pô Beth, te conheçohá um tempão e gostaria desaber até quando você vai ficarnessa vida mundana?Beth: Até o devido momento queeu realmente encontrar um caraque me assuma por completo e queme aceite do jeito que eu sou semdiscriminação. Aí sim, eu voudeixar o ramo da prostituição. Secaso eu encontrar um cara assim

como você eu empenho até a minhaalma pro diabo!Tio Satan: Cara, que paposinistro. Fala sério ,esquece essepapo.Tio Satan: Você é macumbeira?Beth: Por que me fez essapergunta?Tio Satan: Eu vi uma imagem daescrava Anastácia, em forma dedecalque no seu celular e vitambém uma estrela de Daviaqui na sua pulseira.Beth: Sou apenas devota da santae carrego comigo a estrela de Davipara me proteger todos os diasnessa minha jornada errante.Tio Satan: Curte fazer sexo analou só faz o tradicional na cama?Beth: Entre quatro paredes valetudo, até umas dedadas no ânus doparceiro rola se caso ele quiser.Muitas vezes isso excita o cara eele fica até mais carinhoso na horado sexo. Mas eu cobro mais caropara fazer sexo anal, porque nãosão todas as garotas que fazem essafaçanha.

Tio Satan: Já fez programa comlésbicas ou com homossexuais?Beth: Nesse ramo a gente encontrade tudo um pouco, já transei commulheres, mas isso não dá tesão e étriste sair com um homem todomásculo e na cama o cara tem odesejo de ser “faturado” com umvibrador no meio do rabo. Isso chegaa ser muito bizarro até mesmo paraquem conhece o outro lado damoeda.Tio Satan: Quanto você estácobrando para fazer um programano hotel?Beth: A média está entre cinqüentareais, uma hora no hotel e se caso euestiver na Vila Mimosa, o preço lá évinte cinco reais e um real dacamisinha, caso o cliente não tiverpreservativo. Esse preço é só 20 min.Tio Satan: Em torno de quanto éa sua renda mensal?Beth: Isso depende muito de cadagarota de programa, da clientela quetem, se trabalha a madrugada todaou só a tarde. Tudo isso depende da

disposição de cada uma.Mas eu particularmentedevo tirar em torno de unsdois mil reais fazendo umfinal de semana (Sábadoe Domingo) por mês.Tio Satan: Qual é omelhor cliente paravocê?Beth: É aquele que pagasem reclamar o valor doprograma, de preferênciaos homens mais velhos,que são mais atenciosos,carinhosos e soltam agrana mais facilmentesem questionar.Tio Satan: E os garotõesestão fora do seuconceito...?Beth: De forma alguma,tem muito garotão por aíque é gente fina. Mas a

nível profissional eu só gosto delesapenas para satisfazer as minhasfantasias e para o meu prazerpessoal.Tio Satan: É isso aí, a noite táchegando ao fim e eu tenho que irtrabalhar, assim que o sol nascer.Tem alguma coisa a acrescentarpara finalizar o bate-papo?Beth: Tenho sim, gente se liga comquem tá saindo... use semprecamisinha, não importando comquem esteja transando a aids está asolta por aí. E já vi muitosconhecidos meus “cair do cavalo”por mera negligência. Faça sexo omáximo que puder porque isso fazbem para a saúde, o sexo sadio econsciente. Obrigada pelo espaço efiquem com Deus! Por: Tio SatanContatos: Avenida Ernani doAmaral Peixoto Niterói / RJ s/nº(de Segunda à Quarta). E VilaMimosa - Praça da Bandeira SãoCristovão / RJ (de Quinta àSábado). Procurar por Beth,sempre à partir das 19h.

'[<>F&�B��89>9 Saudações nação underground, estou aqui mais uma vez para falar de uma das

profissões mais antigas do mundo. Sim, estou falando das nossas queridasmeretrizes, que encantam as nossas vidas nos momentos de alegria e de solidão.Das Escuras avenidas de Niterói, encontramos Beth, uma garota de programaque revela a sua intimidade e os segredos da obscura rotina das noites cariocas

além do sexo e o prazer !

Laboratorium Records......Um cientista e suas experiênciasLuis Eduardo da Silva, mais conhecido como Cientista.Esta figura é responsável pelo selo Laboratorium Records,de Londrina, no estado do Paraná. Que por sinal abrigauma cena independente rica e que vale, e muito, a penaser descoberta. Pois bem. A Laboratorium Records, alémde um vasto catálogo que inclui nomes que vão desde ohardcore melódico dos colombianos do Jhonnie Walker,passando pelo punk Rock das meninas do Bulimia e atémesmo a clássica coletânea Different Songs dedicada àcena indie/guitar Rock brazuca. Mas o que nos interessaaqui são os lançamentos produzidos pela própria Lab recs. De cara, e nem poderia ser muito diferente, Cientistaapostou em sua própria banda. O Surface. Que teve iníciono já distante ano de 1996 e se encontra em atividade atéhoje. A banda cativa, de cara, pelos vocais femininos.Que sempre dão um charme maior a coisa, né? E foiapostando nesse som que a Lab recs. pôs na rua Buildingthe Future and Still Thinking of You, em 2001. Estelançamento obteve repercussão não somente no circuitounderground, mas também na mídia local que deudestaque não só para o Surface, mas também para outroprojeto de Cientista: um dos projetos voltados para a cenahardcore mais bem sucedidos de que se têm notícias, comoveremos a seguir. Vale lembrar ainda, que o Surfacelançou também via Lab recs. um segundo trabalho.Intitulado Redenção, o mais recente lançamento da bandaencontra-se resenhado em Resenhas (óbvio, não) nestemesmo FMZ, confere lá. Voltando a Lab recs: todo selo que se preze tem suacoletânea, certo? Só que Cientista quis fazer a coisa deum outro jeito. Não apenas juntar as bandas e fazer umacompilação. Tinha de ter um algo mais. E esse algo mais

veio na forma de um fanzine que acompanharia ascoletâneas. Se deu certo? O HC Scene, nome do fanzine eda coletânea, pode ser considerado, como disseanteriormente, um dos projetos voltados para a cenahardcore mais bem sucedidos de que se têm notícias.Obtendo inclusive menções em publicações renomadascomo a revista brazuca Rock Brigade (que surgiu comoum zine xerocado, sabiam?) e o respeitadíssimo MaximumRock’n’Roll dos EUA.E não pense que o fanzine que acompanha as coletâneas sedispõe a falar apenas das bandas participantes. Além deinformações sobre a coletânea e bandas, cada número daHC Scene foca um tema. Por exemplo: no HC Scene 4 otema era “Direito dos animais”. O projeto chegou a suaquinta edição abordando o tema “Violência”. E trazendouma surpresa: o fanzine que acompanha o cd, que eraimpresso, virou uma faixa multi-mídia produzida pelaWmais, também de Loncrina.Muita gente já deu as caras na HC Scene. Além do próprioSurface (nem podia ficar de fora, né?), teve Núcleo Base,também do Paraná, General Bacon e Coice de Mula, entreoutras. Sem contar os argentinos do GEN e os holandesesdo Bambix. Como disse, a HC Scene chegou a seu quintonúmero, e todas as edições se encontram disponíveis nocatálogo da Lab recs., bem como os lançamentos do Surfacee mais uma penca de coisas legais.Uma forma de divulgar os sons da galera e ao mesmo tempoalertar e incentivar a discussão de temas de alta relevânciaentre a galera do meio underground. Aí em baixo vão oscontatos da Laboratorium Records. Para quem se interessarpelos projetos e experiências deste cientista de Londrina.Rafael A. Contatos: Caixa postal 990 - Londrina/PR

CEP 86 001 – 970 A/C: Luis Eduardoe-mail: [email protected]: www.hcscene.com/home/beta

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Contatos c/ FMZ:Caixa Postal 105003Niterói - RJ - Brasil

CEP 24 230-970feiramodernazine@ y a h o o . c o m . b r

Resenhas................................................................................................................Açaí Pirão – Coletânea Rock(cd coletânea / Ná Figueredo Rec.)

Coletânea lançada no ano de 1999, faz umapanhado na cena independente de Belém (PA).Iniciativas como essa são sempre bem vindas. Eainda mais quando vem de uma localidadedistante dos grandes centros. E não é que a cenade Belém se mostra extremamente rica emdiversidade de estilos. Tem de tudo um pouco:de White Metal a MPB eletrificada. Esmiuçandoa dita cuja, então.

Os sons pesados aparecem com o rapcoredeferente do Gambiarra F.C. com “Vai SerMuito Pai D’égua”, o trash de Delinqüentes,Soledad que vem com seu heavy melódico e oWhite metal do Corsário. Ainda na praia dometal tem o Zênite com “Nightmare War” eCarmina Burana. Numa onda mais light temMoonshadow (bem legal por sinal), o caldeirãodo Bop Pop bem servido de Reaggae e ritmosnacionais, a MPB distorcida do Norman Batese o “pop viajante” do Elegia. E ainda tem umagalera fazendo experimentações e cruzando umasérie de referências musicais. Como é o caso doCravo Carbono, Mohamed e Arcano XIX quecompletam o time.

Legal ver como uma diversidade tão grandede estilos convivem em um mesmo projeto. Ecomo disse: É bem legal ver a galera distante dosgrandes centros criando e divulgando seus sons.Rafael A.

Contatos: Ná Figueredo rec – Av. GentilBittencourt 449 – Belém – PA

Fone: (091) 224-8948 fax [email protected]

Colisão SocialAs Bombas Vão Explodir(k7 / independente)

Mais uma banda do fértil cenário paulista.Pelo nome já dá pra notar que se trata de umabanda punk, não é mesmo? Pois é, esse é oColisão Social que vem engrossar as fileiras elevantar a bandeira do movimento punk. E a bolada vez é esta demo tape intitulada As BombasVão Explodir, gravada no ano de 1997.

O Colisão Social não foge muito ao que éfeito pela maioria das bandas punks. O som é obásico e as letras remetem ao cotidiano vividopelo cidadão, punk ou não, nas grandes cidadesbrasileiras. O som lembra os “crássicos” Restosde Nada e tem um pouco de Inocentes (atémesmo pelas citações a cidade de São Paulo). Umpouco de história? A banda surgiu em 1994 como nome de Suicidas de Subúrbio e mais tarde,após mudanças na formação passou a se chamarColisão Social. Chegando, inclusive, a figurar no primeiro volume da coletânea SP Punk.

Pois bem, mais uma galera a fim de protestare mudar algo usando suas músicas pra mostrar oque pensam. Que venham muitas, sempre!!!Rafael A.

Contatos: Caixa Postal: 4587 - São Paulo/SP – Brasil CEP 01 060 - 970

Dead FishZero e Um (cd / DeckDisc)

Uma das bandas mais bem sucedidas docenário hardcore brasileiro. A capixaba DeadFish já acumula mais de dez anos de estradachegando com este Zero e Um a seu quinto álbum.Sendo este o primeiro dos caras pela gravadoracarioca DeckDisc. De cara, ponto para o DeadFish que apostou em um repertório 100% novo.Uma prova de respeito pelo público queacompanhou a carreira dos caras comoindependentes todos esse tempo.

Sem exagero: Zero e Um pode serconsiderado um marco na história do hardcorebrazuca. Contando com a produção de RafaelRamos e a mixagem de Ryan Green, Zero e Umapresenta uma sonoridade impressionante. Asguitarras soam claríssimas sem perder o peso. Acozinha não fica pra trás e não perde o peso e apressão nem em momentos mais “tranqüilos” doálbum. Os sons novos dão seu recado muito bem.Que o digam a faixa título (primeiro single detrabalho com direito a um belo vídeo clipe), “AUrgência” (que abre o disco), “Bem-Vindo AoClube” e até a pancada de “Senhor, seu Troco”em seus exatos vinte e seis segundos (!). E nãodá pra não citar as duas obras primas “SonhosColonizados” e “Tão Iguais” (que pra mim é amelhor do disco disparado)!

Depois do ótimo Ao Vivo, Zero e Um pareceinaugurar uma nova fase não só na carreira doDead Fish mas na cena hardcore nacional como

um todo, devido a sua qualidade muito acima dospadrões do tal Rock nacional. Qualidade esta, quesempre esteve presente no underground e queagora está “acessível” ao grande público. Que sequiser, pode descobrir o que o underground já tácansado de saber. Rafael A.

Contatos: www.deadfish.com.brDance of DaysA Valsa de Águas Vivas(cd / Teenager in a Box)

Terceiro álbum dos paulistas do Dance ofDays com sua formação atual. Após oestardalhaço provocado por A História Não TemFim e o ótimo Coração de Tróia os caras chegamcom este A Valsa de Águas Vivas e mostram quenão tem medo de arriscar. Ao invés de fincar opé no hardcore, onde está a maioria esmagadorade seus fãs, o DoD aponta para outras direções.Suas influências pós-punk agora aparecem bemmais. Algumas com certa sutileza, outras bemexplícitas. O hardcore, que pra muitos foi areferência para entender o trabalho dos carasainda está lá. Mas no fim o que caracteriza este Avalsa... são mesmo as referências oitentistas.

Antes de mais nada vale destacar asparticipações especiais, que não são poucas:Fernanda Takai do Pato Fu ressalta, com suabela voz, a sutileza de “Adeus Sofia”. Badauí,vocês sabem muito bem de onde (...), não faz feiona direta “Vai Ver É Assim Mesmo”. EnquantoJair da banda Ludovic empresta sua voz em“Dorian” e Henrike do Blind Pigs arrebenta naótima “Cem Mil Bolas de Neve” (cheia dereferências ao ótimo livro A Revolução dosBichos, de George Orwell, desde o título,inclusive). Mas destacar só os sons não vale. Aparte gráfica ajuda a reforçar, de alguma forma,a cara oitentista do trabalho. E a letra dasurpreendentemente positiva “A Vitória (ou coisaque o valha)”, que fechas o álbum, surgeintercalada por uma séria de comentários e frasesde gente como Oscar Wild, The Smiths e PlebeRude. Algo parecido com o que o Bad Religionfez no encarte de seu fenomenalmente genialGenerator.

A Valsa de Águas Vivas soa não como umaoutra fase ou uma mudança de direção (atéapontada em seu antecessor Coração de Tróia).Na verdade parece-se bem mais com ummergulho dos caras em suas próprias raízesmusicais e o mesmo vale para as letras de NenêAltro que parecem mais serenas que antes, damesma forma introspectiva e angustiante desempre. Belo trabalho de uma banda que aospoucos vai montando uma discografia derespeito. Rafael A.

Contato: www.danceofdays.net

Hc Scene 5(cd / coletânea / Lab Recs.)

Quinto volume da coletânea HC Scene, doselo paranaense Lab Recs. Cada número dacoletânea é dedicado à um tema e junto com o cdvem um zine com textos referentes ao mesmo cominformações sobre as bandas participantes. Otema aqui é “violência”. Fica claro já com a capae depois que botamos o cd no som, pelaintrodução com som de tiro e gritos. E o zine queacompanha o cd desta vez veio em formato defaixa multimídia, bem legal.

Tem punk Rock e hardcore pra tudo quantoé gosto. Abrindo a coletânea tem Surface (bandado mentor da Lab Recs, Cientista) e os argentinosda Lash Out. Depois o couro come com o pesode Miguelito Cochabamba e K93 da Colômbia.Mais a frente tem os holandeses do Bambix e apancadaria dos paraenses do Delinqüentes. UglyKidz, Atitude Now, Repulsores, xAmorx e NoTrust completam meus destaques.

E fechando esse time de respeito tem:Nervo, Phobia, Thecore, Raça Odiada,Bloodshot, Baby Loyds, Pé Skemar, AcademiWorms, Better Days, Repulsão, PoluiçãoSonora, GEN e Ilusion. Esqueci alguém? Achoque não. Tem pra tudo quanto é gosto. Se vale apena? Vai sem medo de errar, ok? Rafael A.Contatos: Caixa postal 990 Londrina / PR

CEP 86001-970 A/C: Luis [email protected]/home/beta

Coletânea Hum Eletrônico vol.2(cd – coletânea)

Coletânea do e-zine Hum Eletrônico daquimesmo de Niterói. O zine trata de poesia, artesplásticas e, é claro, música. E daí vem essacoletânea, aqui representada pelo seu segundo

volume. O elenco de bandas é coerente para coma idéia que o site passa, que é apontar paraalternativas dentro das artes de uma forma geral.Justamente o que se ouve nesta coletânea. Achoque não consegui me explicar direito, né? Maispra frente a coisa vai se esclarecendo. Sente só:

Abrindo os trabalhos tem, daqui de Niterói,a banda The Feitos com o “Rockão de garagemcom um pé (ou dois?) na MPB” “Disco doRoberto”. O clima garageiro continua com JonnyMarquee e a ironia bem intensionada na bemlegal “Miss Lexotam”. E Niterói continuamarcando presença: desta vez com os donos dafesta Noitibó (galera responsável pelo HumEletrônico) e o SKA do Bendis. Seguindo tem opop/rock do Narjara. Na mesma linha vem oPólen. A banda Ramirez aparece com seu somretrô setentista, bem legal! Rock inglês no ar... Éo Surf Shop Ted com “Fantasma Inocente”.Funk, Rap e Rock no caldeirão do Gumack. Logoapós tem o punk Rock à lá 77 do Los Carbonas.Diretamente de São Gonçalo vem o Rock daYdra . E fechando a brincadeira (no bomsentido,hein?) tem o som eletrônico, com a maiorcara de disco music setentista, do Ouvintes e osom do Chinelo de Couro Cru e os Cruzadosde Canhota que vem carregado de influênciasde Rock ’70 e britpop.

Agora acho que deu pra entender o que euestava querendo dizer, certo? Um elenco bemlegal de bandas que, em sua maioria, apontarampara direções não convencionais. No sentido deexplorar sonoridades e influências variadas. E éisso. Rafael A.

Contatos: www.humeletronico.com

Jason / Radikalkur(split LP – importado)

Esse split em vinil foi lançado somente naEuropa. A idéia de juntar os cariocas do Jasoncom os austríacos do Radikalkur nasceu de umaturnê que as duas bandas fizeram pela Europa.Lembrando que esse vinil saiu em edição limitadae não é tão fácil assim de achar. Então quem curteo Jason ou o Radikalkur tem mais é que correrpra garantir sua cópia.

No lado do Jason o que rola é umacompilação com sons de seus três álbuns até entãoeditados. Obras primas como “Divã de Sangue”,“Seu Futuro é Meu”, “Meu Talento de Afastaras Pessoas” e “Meu Saco” entre outras. Odestaque fica por conta da versão, que fecha olado dos cariocas na bolacha, para “VeraneioVascaína” do “crássico” Aborto Elétrico que éapresentada como sendo do Capital Inicial (avery famous brazilian band!). Nem tá tão errado,mas que é do Aborto é.

Do outro lado da bolacha vem oRadikalkur. E os austríacos mandam muitíssimobem! Hardcore fast, vocal berrado, instrumentalarrasador e climas soturnos com andamentos maislentos que explodem em uma pancadaria só!Destaque para “Sanfte Grwlt”, “Zu Mude/Takeoff” e “der Kalte Krieg est verber”. Bom demaisda conta!!!

Vale pelo encontro de duas bandas muitolegais. E pra quem não conhece uma das duas teruma idéia do trabalho e correr atrás de mais coisados caras. Rafael A.Contatos: [email protected]

NoitibóEste Lado Para Cima (cd / Ettorerock)

Mais recente lançamento da bandaniteroiense Noitibó, este Este Lado Para Cima éo primeiro trabalho dos caras depois da entradado baixista Sidney (ex-Calvins) na banda.Completando o time tem Andréa Amado nabatera e Alex Luiz na guitarra e vocal. Aliás, essagalera é responsável pelo e-zine Hum Eletrônico(que passou a circular também em formatoimpresso conforme anunciado no último FMZ).Quanto ao som desse povo, é o que veremosagora.

O Noitibó passeia por diversos estilos, comopor exemplo: Classic Rock, sons alternativos,samba e outrras vertentes da MPB. Pareceestranho juntar isso tudo? Pode até ser, mas oNoitibó consegue fazer com que essas referênciasconvivam perfeitamente bem. Fazendo ainda comque tudo soe sincero e coerente. Que o diga sonscomo “Tabernáculo da Vaquinha” que começacom a maior cara MPB e descamba para umsenhor Rockão; o cacoete samba de “HocusPocus” e “Arquiduque de Boloña” (que pra mim,em alguns momentos, fica com a maior cara deFocus).

Se fosse comentar cada faixa essa resenhaficaria grande demais. Mas é que cada faixaparece guardar uma singularidade. E ainda assimo trabalho soa extremamente coeso. Ponto proNoitibó que larga na frente de um monte de outrasbandas só pelo fato de buscar seus próprioscaminhos (fala sério, a música da vaquinha émuito legal!). Recomendo! Rafael A.

Contatos: noitibó@humeletronico.comRepressão SocialViolência Na Cidade(cd demo / Histeria Distro.)

Um dos nomes mais atuantes na cena punkcarioca. Este é o Repressão Social, que faz tempoagita a cena carioca com shows, zines e eventosjunto à UPI (União Punk Independente). E atépor isso tornou-se um dos expoentes domovimento punk do Rio de Janeiro, que apesarde tudo, respira. E é o RS que nos brinda comesse Violência Na Cidade. Vamos aos sons, né?

O RS segue a cartilha do bom e velho punkRock / Hardcore. Som que lembra as bandas“crássicas” do estilo e letras de protesto queretratam o dia a dia do subúrbio e pregam maiorconscientização da galera, inclusive dentro dopróprio movimento punk, o que é bem legal porsinal. A gravação é no esquema e parece que cadavez mais as bandas estão se levando a sério etendo um capricho maior com o próprio trabalho.Ponto pros caras. Meus destaques vão pros sons:“Realidade no Subúrbio”, “UPI” e “Parasita”.

Trabalho muito legal que só valoriza a cenapunk carioca. E como disse: por ser o RS um dosnomes mais significativos no cenário carioca, aíestá a prova de que o movimento punk do Rio deJaneiro resiste, que bom. Rafael A.

Contatos:[email protected]

Sub Existência / PPA(cd split / independente)

Dois nomes da cena paulista unem forçaspara pôr na rua um lançamento bem legal. Essesplit traz uma banda que já está na ativa faz tempoe uma galera mais jovem. O Sub Existência, queestá na batalha desde 1986 e o pessoal do PPA(“Pão Picado Amassado”!?!) diretamente deRibeirão Preto (SP).

Quem inicia os trabalhos é o pessoal do SubExistência. Os veteranos mandam muito bemcom um punk Rock energético e mostram queeles realmente sabem o que estão fazendo. Sonslegais e um vocal que em alguns momentosmostra um “quê” de Jello Biafra. Destaques para“Fogo Cruzado”, “Mundo de Ilusão” e “VidasSucumbidas”.

Em seguida é a vez do PPA mostrar seu punkRock com a maior cara Ramônica (nem dá pradizer que não). Letras críticas porém com umacerta dose de ironia que retratam o cotidiano. Dequebra ainda rola participações de Redson(Cólera) em uma das faixas e Barata do DZKem outras duas.

Um split bem legal que agrada em cheioquem curte punk Rock. Bela iniciativa das duasbandas e de todos que apoiaram o projeto. Quevenham outros. Rafael A.

Contatos: Sub Existência: TravessaParananguá, 649 – casa 7, São Paulo / SP -

Brasil CEP 03 806 – [email protected]

PPA: R. Manuel Duarte Ortigose, 307, Rib.Preto/SP - Brasil CEP 14 051 – 010

SurfaceRedenção (cd / lab recs.)

Banda de Londrina (PR) e tendo a frente oincansável Cientista. Este é o Surface e esteRedenção é o segundo trabalho dessa galera. Valedar um toque que o cd é lançamento da Lab recs.,capitaneado pelo já citado Cientista eresponsável por outros lançamentos bem legais.E o Surface, hein?

Sempre curti vocal feminino. E é exatamenteisso que temos aqui. Punk Rock e hardcore comvocais femininos e pitadas Ramônicas aqui e ali.

Letras que tratam de relacionamentos e outrasquestões. E são cantadas com toda a delicadezapela vocalista/guitarrista Paula. Enquanto acozinha com Isis, no baixo e Cientista na baterafazem a festa de quem curte punk Rock, HC eafins. E não tem refresco, a banda não deixa apeteca cair em nenhuma das doze faixas desteRedenção. Meus destaques vão para os sons“Força Interior”, “Canção Para Um Amigo” e“Trauma”.

Então é isso aí. O pessoal do Surface se saimuito bem neste segundo trabalho. Fãs do estilo:Não deixem de dar uma conferida, ok?Rafael A.

Contatos: [email protected]

The Wheels(promo cd / independente)Sweet SuicideWhithout You (cd demo / independente)

Esses são os dois novos projetos deAnderson Tilly, líder do extinto Hematocele, deSanto André (SP). Que embora tenha encerradoatividades, segundo o próprio Anderson podeaparecer com material novo em breve. Só quenada de shows. Mas o assunto aqui é The Wheelse Sweet Suicide. Então vamos a eles.

O The Wheeels aposta em um som próximoao indie Rock brazuca de meados da décadapassada de bandas como Indoor e os brasiliensesdo Divine, além de lembrar o ex-SmashingPumpinks, James Iha, em sua carreira solo,principalmente a faixa “On Your Hands” queabre o cd. Os climas hora angustiados e delicadoshora agressivos dão um tom deprê, que dá caraao som do TW. Muito legal, mesmo! Já o SweetSuicide, que chega com este Whithout You, trazuma cara mais pesada. Com claras influências daturma de Seattle nos 90. Distorção pra dar evender no som dos caras. Destaque para o próprioAnderson que resolve mostrar tudo o que sabe etoca todos os instrumentos na faixa “Shiny Boy”,que fecha o cd.

Saldo mais que positivo. Tanto o peso doSweet Suicide quanto a delicadeza angustiantedo The Wheels proporcionam bons momentos.Nós aqui ficamos à espera de mais material destesdois projetos. E, por que não, de coisas novas doHematocele. Rafael A.

Contatos: [email protected]

YdraMentir e Sorrir(cd demo / independente)

Mais uma banda de São Gonçalo (RJ) dandoas caras aqui no FMZ. Na verdade os caras daYdra já tem material lançado antes deste Mentire Sorrir, incluindo participações em coletâneas.Vale lembrar também, só pra quem não lembrase situar, que o guitarrista da Ydra, Rogério,chegou a fazer “participações especiais” naextinta banda Época, também da cidade de SãoGonçalo. Vamos ver então o que nos reserva esteMentir e Sorrir.

O power trio, que se completa com Fabianona batera e Arthur no baixo, faz um Rock n’Rollque embora em alguns momentos se mostre densoe com andamentos mais cadenciados, traz umaface crua e sem abrir mão de usufruir de sonsmais... atuais, digamos. As influências do mestredos mestres, Jimi Hendrix, ficam claras nos riffscerteiros que dão cara ao som da Ydra e tambémna citação à maravilhosa “Foxy Lady” do jácitado mestre na bela “Pânico”. As letras trazemmenções ao cotidiano só que de uma forma quefoge da mesmice panfletária da maioria da galeraque tenta tratar desse tipo de tema. Quanto àbanda, nem tem o que dizer: os caras mandammuito bem mesmo. Sabem muito bem o que estãofazendo com seus respectivos instrumentos (ficoumeio estranho esse final, né?).

Enfim, belíssimo trabalho este Mentir eSorrir. Os caras aliaram as influênciasHendrixianas a uma cara própria, sem soar retrôe o resultado foi Rock n’Roll da melhorqualidade. Arrasador! Recomendo! Rafael A.Contatos: www.ydra.cjb.net [email protected]

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Corra AtráZ... Violeta de OutonoLive at Rio ArtRock Festival ‘97 (Cd / Rock Symphony – nac.)

Lançamento do selo niteroiense dedicado à música progressiva. Este cd traz o registro daparticipação do Violeta de Outono em um dos maiores eventos dedicado à música progressivaatualmente. E os mestres do Rock psicodélico brazuca foram, só pra variar, simplesmentearrasadores. Sons como “Dia Eterno”, “Mulher na Montanha” e “Eclipse” são absurdamentefantásticas. A banda é incrível e brinda a galera com “Astronomy Domine” (lembra?) do PinkFloyd da fase Syd Barret e “Tomorrow Never Knows” dos Beatles. Um show maravilhoso e umregistro indispensável pra quem curte progressivo, psicodelia e sons viajantes. Bons demais, mefaltam palavras. Rafael A. Contatos: www.rocksymphony.com

Blind Pigs Os porcos cegos em registro ao vivo!E pensar que já faz onze anos que teve início a saga dessa galera a fim de ter uma banda e fazer barulho por aí, assim como qualquer moleque que

curte punk Rock, né? A história do Blind Pigs começa num distante 1993 em uma cozinha de uma casa na cidade de Barueri em São Paulo. Pois foiisso. Resumidamente: primeiros ensaios, primeiras demos (Blind Pigs, Sweet Fury e Lost Cause) e a banda começa a despontar na cena paulista. Esem esquecer que a terceira demo dos caras inicialmente seria apenas para ser mandada para Jay Ziskrout. Explicando: Esse aí, pra quem não sabe,foi o primeiro batera do Bad Religion. O cara estava por aqui à procura de bandas para seu selo (Grita) e se deparou com o som do Blind Pigs. Desseencontro inusitado (inusitado mesmo, imagina você em casa e de repente atende o telefone e do outro lado da linha está o batera do Bad Religion,foi o que rolou com o vocalista Henrike) surge o primeiro contrato dos caras. Através de Jay o Blind Pigs assina com a Paradoxx, responsável pelocatálogo da Epitaph no Brasil. Sai então em 1997 São Paulo Chaos, álbum de estréia do Blind Pigs. E olha que ainda tinha muito mais coisa por vir.

E São Paulo Chaos vai muito bem. Seguido, inclusive, da muito bem sucedida Brazil Chaos Tour. Só que um ano depois, sem gravadorainteressada na banda e devido a uma série de problemas internos o Blind Pigs encerra atividades. E quem diria que os caras, bem ao estilo do ityourself, recomeçariam do zero? E não é que foi isso: Henrike, Gordo e Arnaldo montam a Sweet Fury Records e a partir daí não param mais. ThePunks are Alright (2000) é o primeiro lançamento dos caras por seu próprio selo e o clipe da música “Conformismo e Resistência” é o primeiro é oprimeiro do Blind Pigs. São Paulo Chaos é reagravado, seguido do terceiro álbum intitulado Blind Pigs. Que aliás, é ótimo e foi lançado em formatodigipack, dando um charme (?) todo especial ao lançamento. Sem contar o fato da banda, além de ter figurado em coletâneas mundo afora, ter seusálbuns lançados lá fora via Grita (U$A e Europa) e Alpha Music (no Japão!). Ufa... E é claro que toda essa correria tinha que ser coroada de algumaforma . Afinal, são mais de dez anos na estrada. E o que seria melhor que um álbum ao vivo? Dito e feito! Então, sejam bem vindos a mais umapágina da história dos porcos cegos: Suor, Cerveja e Sangue – ao vivo (Sweet Fury - 2004).

Gravado no final do ano passado no Hangar 110 (em São Paulo, é óbvio) esta bolachinha traz vinte e dois bons motivos pra sair pogando feitodoido por aí. Com a, fundamental como sempre, participação da galera. Os caras mostram que sabem muito bem o que fazer em cima de um palco.Afinal é lá que a banda tem que dar seu recado, né? Todos os hits dos porcos cegos dão as caras no álbum. E junto com os hits versões de ForgottenRebels. A saber: “The Punks are Alright” e “No Pistols Reunion”. O show, ou festa, sei lá, ainda teve um convidado: Novau, diretamente da bandaCalibre 12 (outro nome fundamental da história recente do punk rock nacional) deu sua colaboração em “Urban Paranoia”.

Certo, os caras agora não tem mais que se preocupar em correr atrás de gravadora pra lançar seus álbuns. Já que se viram muito bem de formaindependente, né? Logo, podemos esperar muito mais coisas dos porcos cegos de São Paulo. Lembram dos moleques ensaiando em uma cozinha emBarueri? Quem diria...? Por: Rafael A. Contatos: www.blindpigs.com.br

Inédito 2 ainda está fresquinho epoucas pessoas conhecem essasduas faixas. Ah, e no ano passadofizemos também o Tributo ao Ultrajea Rigor que está pra sair pelaMonstro Discos.FMZ: O que tem de lançamentos

da Tamborete vindo por aí?Panço: Ainda não estou certoquanto a novos lançamentos.Ainda tem muitos cds em casaprecisando ver a luz do dia, maspretendo lançar duas bandasgringas. Not Enough daAlemanha e Net Weight daEspanha. São ótimas bandas eótimos amigos. São minhasintenções, mas sem prazo.

FMZ: Panço, você pensa emvoltar com o bodega ou fazeroutro zine algum dia?Panço: É sempre muito arriscadodizer nunca, mas correndo o risco,diria que não, não terei mais zines.FMZ: Aproveitando o assunto:Você que já teve seu zine (queinfelizmente acabou) acredita quecom blog, fotolog, e tudo mais quese vê hoje em dia ainda rolainteresse da galera mais nova porzines impressos?Panço: Não tenho uma pesquisa ouuma estatística para me basear, masacho que a internet é mais simples,com menos gastos, mais alcance, eos moleques que vão chegando, semoldam ao que é oferecido paraeles. São poucos os que preferemvinil a Cd e impresso a internet. Eno final das contas, nem tenhocerteza se eles estão errados. Acabasendo informação do mesmo modo.FMZ: Considerações finais?Panço: Valeu mesmo pelaoportunidade de falar um pouco dotrabalho da gente que é tãocomplexo de arrumar espaço praexpor, né? por: Rafael A.

FMZ: Como surgiu o projeto dosplit com o Radikalkur e como temsido a repercussão desselançamento lá fora?Panço: Quando tocamos em 2001entre outros, na Áustria,conhecemos o Alfred, guitarrista doRadikalkur e ele gostou muito dosshows. Depois fomos nos falandopor e-mailao longodos mesesseguintes eele fez aproposta ,que claro,aceitamosde bomgrado. Foium LPl a n ç a d opor 7 selosdiferentes da Áustria, Alemanha eRepública Checa. Não sabemosmuito da repercussão, mas acreditoque seja pequena. São apenas milcópias de um LP, o que é poucousual. Mas para nós foi fantásticoter mais esse lançamento lá fora.FMZ: O Jason tem um históricobem interessante em termos demudança de formação. ForaPanço e Flock, quem são as carasnovas e de onde elas vieram?Panço: Não acho nada interessanteessa mudança de formação, masacontece. No momento nossobaterista é o DeSouza, já há quasedois anos e ele toca também noAqueles e no Katarze. No vocaltemos uma situação meiocomplicada. Nosso vocalista oficialchama Glerm Soares, mas ele moraem Curitiba. Ele já foi do BoiMamão e do Malditos Ácaros doMicrocosmos. Agora toca no IntunaRumori. Mas como normalmentenão temos dinheiro pra trazer ele

para os shows, temos um amigochamado Kayo Iglesias que tambémcanta no Aquarius, fazendo osshows com a gente. E seguimos emfrente.FMZ: Sobre o Eu Tu Denis: Ficaclaro que rolaram mudançassignificativas no som. Como querola a incorporação de novas

influên-cias notrabalhode vocêse quetipo desom teminfluenci-ado maisna horade com-por ulti-mamente?

Panço: A verdade é que temoscomposto pouco. Depois quefizemos as duas músicas que saíramno Tributo ao Inédito 2, temosapenas outras 6. Mas com certezajá estão diferentes do Eu, Tu, Denis.Acho que principalmente a minhaparte, que é a guitarra, támenos pesado, no sentido de usarmenos os bordões e mais as cordasde baixo. Eu tenho ouvido muitobandas como Cooper Temple Clausee Sparta.FMZ: O trabalho de vocês soaextremamente coeso no sentido deficar bem claro que rola todo umcuidado com o material a serlançado.Como vocês pensam oconceito de um novo álbum, emtermos de letras, parte gráfica,enfim?Panço: As letras e a parte gráficasão feitas pelo Flock, o baixista dogrupo. Levam bastante tempo paraamadurecer, mais de um ano. As

idéias vão vindo e sendo guardadaspara serem utilizadas na hora certa.FMZ: Vira e mexe o Jason partepro nordeste ou Europa. Masultimamente tem rolado algunsshows aqui pelo Rio. Como é acena underground que vocês temencontrado nessesshows mais recentes?Panço: Pelo menos paranós a cena é a mesma,sem estrutura de sempre.Conseguimos fazershows em três LonasCulturais (Guadalupe,Realengo e Bangu), e láa situação é bemagradável, mas destoa donormal. E mesmo nesses lugarescom boa estrutura, não tem dinheironenhum, o que inviabiliza muitascoisas.FMZ: A turnê européia com oHeron no vocal, ao que parece,teve alguns shows gravados.Existem planos de lançar essematerial algum dia?Panço: Não.

FMZ: Vocês acreditam que algumdia vamos ter aqui no Brasil umaestrutura semelhante a que vocêsencontram na Europa para ounderground? E o que falta praisso acontecer?Panço: Sinceramente não seiresponder com certeza. Eles têmmuitos lugares ruins como osnossos, mas no geral as coisas sãomelhores e aqui falta dinheiro.

Estamos com gravadoras pequenastrabalhando muito sério, algunsótimos sites, mas falta muito, muitomesmo.FMZ: Tá rolando uma ascensãode bandas que já tinham umahistória no cenário underground.

E agora começam a ter umavisibilidade maior na grandemídia. Eu queria perguntar sevocês conseguem imaginar algodesse tipo rolando com o Jason.Panço: Infelizmente não. Não quenão queiramos, afinal ninguém querse fuder pra sempre, mas não sei,não me parece muito viável não.Seria ótimo ter uma assessoria pra

lançar os discos, mas continuamosassim mesmo.FMZ: Existe previsão de algummaterial novo do Jason a serlançado?Panço: Gravamos 5 músicas háuns dois meses mais ou menos eessas são as próximas a seremlançadas em 5 lugares diferentes.

Uma é uma música nova do Flockcom os Djangos e ainda nãosabemos onde vai estar. As outras 4são para 4 tributos diferentes: FaithNo More, Bad Religion (na Suécia),Restos de Nada e Zumbi do Mato.Paramos por algumas semanas paramexer nessas faixas aí e essa semanaagora vou gravar minha parte. Emrelação a músicas novas, não temqualquer previsão. O Tributo ao

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VETITUM A banda Vetitum iniciou em junho de 2001 em Pelotas/RS. Fez suaprimeira apresentação em outubro do mesmo ano no primeiro festival demúsica da UCPel, classificando-se em terceiro lugar, com a sua primeiracriação: “Inspiration”. A formação inicial da banda, Carla Domingues (Vocal e Baixo), LuísaNunes (Bateria) e Paula Oliveira (Guitarra), está de volta atualmente, apósa passagem de Mercedes Hernandez (Vocal), Luciane Einhardt (Baixo) eIndira Renuncio (Guitarra) pela banda. Com ela ocorreram diversasapresentações no primeiro semestre de 2002, em Pelotas, Rio Grande e SãoLeopoldo. Após esse período houve a saída de Mercedes e o retorno deCarla, inicialmente apenas para os vocais. Com essa formação foramrealizados, entre outros, os shows no programa Radar da TVE-RS e emIndaial, SC, no River Rock Festival. No início de 2003, com a saída deLuciane, Carla reassume o baixo. Neste ano foram realizados shows emCriciuma-SC, em Indaial novamente e em Pelotas. Indira deixou a bandaem setembro. Apesar de trazer apenas duas músicas, o CD Inspiration teve boarepercussão, especialmente no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, etambém recebeu boa críticas em zines especializados. Gravado em agosto de2002, sem grandes investimentos, conta com a faixa título e a música“Imprisoner Laws”. No segundo semestre de 2003 os trabalhos concentraram-se na gravaçãode um novo CD demo, agora contendo seis faixas, intitulado Locked in aDream. As integrantes da banda sempre buscaram referências musicaisdistintas dentro do underground, e as composições tem demonstrado comoinfluências principais dark, doom e gothic metal. Por: Tio SatanContatos: Rua São José, 40 - Pelotas/RS - Cep: 96065-510 - Tel:(53) 30271516 - A/C: Luísa www.vetitum.com

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FMZ: Queria que você começassefalando um pouco do disco novo que tásaindo aí.Nenê: O cd se chama A Valsa deÁguas Vivas. É o nosso terceirocd com essa formação. Tá legal.É assim, eu acho que é o melhorcd que a gente já gravou. A genteconseguiu gravar ele com maistempo. Não teve tanta correriacomo das outras vezes. Éindependente, nós continuamosindependentes. Teve algumasparticipações legais e tal. É umcd em que a gente tá apostandobastante. Infelizmente a gente vailançar ele agora e vai fazer só osdez primeiros shows da turnê delançamento, daí a gente vai terque parar um mês e meio. Porqueeu tenho uma banda paralela como guitarrista que vai fazer umaturnê pela Europa. Daí a gente só vaiterminar a turnê quando voltar da Europa.

FMZ: Rolaram participações daFernanda Takai, Badauí... Como querolaram essas participações?Nenê: Cara, a Fernanda, a gente se conheciapor e-mail, trocamos bastante informação.Ela sempre apoiou o Dance of Days. Daíeu conheci pessoalmente, convidei e elaaceitou. O pessoal do Pato Fu é muitogente boa, muito legal, muito humilde. Eeles estão sempre envolvidos, apoiandoo pessoal independente. Badauí a genteconhece desde sempre, sei lá. É nossoamigo faz anos, então não tem muito oque falar. O Henrique, talvez a gente lancealguma até um split com eles aí. E o Jair,amigão nosso, do Ludovic.FMZ: Uma coisa que chama a atençãonos shows de vocês é a identificação dagalera que canta junto lá, canta e berrajunto, assim. Como que isso bate emvocês? Chega a rolar um certosentimento de responsabilidade paracom essa galera?Nenê: Cara, a gente conversa bastante...É lógico que eles estão envolvidos com oque eles tocam, e tudo. Mas existe umaidentificação maior com letras, né? E issopesa mais em mim. É lógico que pesa noscaras, que tão do meu lado. Mas pesamuito mais em mim. Eu gosto pelo ladode ver que o que eu to escrevendo távalendo de alguma coisa pra outraspessoas. Só que eu acho que é... Tem olado messiânico, né cara? Você não podelevar tudo ao pé da letra. Tipo, aproveitar oque é bom pra você e ter a sua interpretação

da coisa. Você não pode adotar a coisa comouma lei... Mas é legal!

FMZ: Quanto ao som de vocês: Emboraa galera que chega junto seja mais agalera do hardcore, fica claro que temoutras influências ali...Nenê: A gente não é hardcore! A gentegosta. Tipo, eu sou punk desde 85. Os carastambém. Todo mundo veio do movimentopunk. Continuamos no meio, assim e tal. Só

que a gente não toca esse tipo de som. Agente toca o Rock, que é o que a gente gosta.FMZ: Eu ia perguntar de influênciamusical, assim. O que é que rola?

Nenê: Só que é legal que cada um tem suascoisas... Cada um gosta de umas paradasdiferentes. Fausto eu acho que é o maishardcore da gente, sabe? Ele gosta de hcold school, o Tchelo já gosta de umasparadas mais But Waters. Eu e o Marcelo agente gosta mais deSmiths, Joy Division,Nick Cave.FMZ: Paradas que atéaparecem legal nosom...Nenê: É! E esse ladomais pós-punk, assim...Eu gosto de Legião!FMZ: Somos dois!Nenê : É sério, gostomesmo!FMZ: Cara, no últimotrabalho de vocês, oCoração de Tróia,assim, voltando a falarde letras, e eu vi váriascitações a obra do George Orwell eassim... Que outros autores teinfluenciam na hora de escrever letras, etal?Nenê: Cara, eu leio muito. Na boa, eu leioassim no mínimo cinco livros por mês. Maseu leio muito mais do que isso. E eu gostodos clássicos, sabe qual é? Gosto de

Baudelaire, Oscar Wild, eu acho fodaficção, assim, Huxley, Orwell, todasessas outras coisas. Mas eu achotambém que você não pode estacionar,né? Não pode ser sequitário. Você temque aprender coisas novas ver o que temde novo. Até em filosofia você nãopode estacionar no Nietzsche, noSartre, você tem que procurar o que temde novo em filosofia, questionar e tersua própria idéia que é o maisimportante ter a sua identidade. Porque,não adianta você transcrever uma letrabaseada Nietzsche achando que vaificar bonito, mas não tem conteúdo.Tem que ter alguma coisa de você.

FMZ: Você falou da coisa de serindependente, mas assim: Já roloucontato de gravadora, assim,grande?Nenê: Cara, já. A gente estudoualgumas propostas já. E por enquantoa gente não vai embarcar em nenhuma.Porque nenhuma bateu com a propostada gente. Porque...FMZ: Eu queria perguntar assim,

tipo: O que tem de vantagem edesvantagem de continuarindependente?

Nenê: Pro Dance, em específico, a gente éuma banda que se dá muito bem noindependente. A gente é uma banda que temuma vendagem alta, que consegue distribuiros cd’s rápido. Eu sou o dono da gravadora,então eu consigo ver isso, até mais que eles.

Pra gente é legal. A gente não consegue...Como a gente tem preocupação com letras,essas coisas, a gente não consegue cruzaressa barreira, entende? Não é nem a barreirado independente, é a barreira do hardcoremesmo... Sendo que a gente não tocahardcore!(risos)A gente tem influências, sabe? Mas a gentenão é limitado a isso. E eu acho que o lanceda gravadora, assim, sei lá... A gente temproximidade, assim, com o pessoal, Badauí,até o pessoal da BMG, quando eu tava coma Fernanda, conversando... Tá faltando, afalta de visão de mercado deles, de ver quese a banda tem o que ela tem hoje é porqueela tem uma identidade. E se eles queremmudar a identidade da banda não serve. Nãodá pra continuar a trabalhar. Então até agoraa gente não achou ninguém que não queiramudar a nossa identidade. Enquanto a gentenão achar isso, a gente vai continuar domesmo jeito.FMZ: Outra coisa que eu ia teperguntar... Eu sei que você já explicouisso, mas eu ia te pedir pra você falar umpouco dos motivos que levaram ao fimdo Antimídia.Nenê: É que eu sou hiperativo, assim. Eutenho quatro bandas...FMZ: Pelo amor de Deus...Nenê: É sério! Tenho dois selos, que sãominha principal atividade. Coordeno tudo,assim, com os amigos, apesar de que tô meioparado. E tenho loja, as coisas... O Danceof Days me toma 80% do tempo, e o restoeu faço nos outros 20%. E o Antimídia,enquanto ele se bancava, e tinha anúncio etinha todas essas coisas assim eu fazia por

prazer. Fazia pra relaxar. Eu tava com esseúltimo número pronto e não conseguia botarpra frente. Por quê? Você pega anúncio, ocheque do anunciante volta, o anunciante éseu amigo... Aí você não pode fazer nada,tá ligado? Daí chega numa situação, cara,tipo... Eu não ia diminuir a tiragem. Eu achoque quinze mil cópias de um jornalindependente por edição é uma puta vitória.E eu achava que voltar pra trás, diminuirtiragem por causa de custo... Eu preferiacabar fazendo quinze mil, tá ligado? Meu,eu acabei fazendo quinze mil cópias, táótimo...FMZ: Termina bem.Nenê: É. Assim que a gente voltar da turnêna Europa tem a turnê desse disco novo. Eupretendo fazer outro fanzine, uma coisamais descompromissada. Eu ainda não seique cara vai ter mas eu pretendo fazer. Eunão vou ficar sem escrever.FMZ: E os projetos paralelos de vocês?Nenê: Da gente? Todo mundo? É muitacoisa!FMZ: Dos seus, já tem tantos.Nenê: Eu e o nosso roadie aqui, o Samuel emais dois amigos a gente tem mais umabanda que se chama Mau de Kain, que émais... Mais o quê Samuel?Samuel: Pós-punk, né cara?Nenê: Não é gótico, mas é tipo Bauhaus(risos)Tem umas coisas mais pesadas, tipo JoyDivision no começo, umas coisas que agente gosta. É bem legal. E tem o SickTerror.FMZ: Que tá indo pra Europa, né?Nenê: A gente tá aí no... Quinto ou sextodisco, sei lá qual é o disco. A gente tá indopra Europa, vão ser quarenta e dois showsem quarenta e cinco dias. E eu tenho outroprojeto, que é sozinho. Eu to gravando epretendo lançar até o final do ano.FMZ: É isso, valeu cara!Nenê: Legal.Rodolfo: Considerações finais. Né?FMZ: A é! Se quiser dizer mais algumacoisa aí...Nenê: Legal... É pra galera continuaracompanhando a gente aí, que a gente tásempre mandando mensagens legais pragalera. Coisas que a gente tá fazendo, quenossos amigos tão fazendo e que a genteacha importante. A gente escreve bastantena página. E a gente é bastante accessível.E a gente quer continuar sendo accessível,então o pessoal pode escrever que a genteresponde aí. E é isso aí.FMZ: Beleza. por: Rafael A.

colaborou: Rodolfo CaravanaContatos: www.danceofdays.net

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Tio Satan – Qual é a maior influência dotrabalho da banda e o que tem escutado desom atualmente?Fábio – Ratos de Porão é uma unanimidadeentre os integrantes, mas realmente escutamossons bem diferentes uns dos outros.Ultimamente tenho escutado muito o novo doNasum, Social Chaos e rap nacionalTio Satan – Como está a cena undergroundnacional e quais bandas que gostaria decitar como promessas do circuitounderground?Fábio – Tem muita gente que enrola pararesponder essa pergunta... Eu serei direto eacho que temos muitas bandas boas na ativa,grandes discos sendo lançados, públicoconsciente crescendo e mais espaço do que aalguns anos atrás. Dentre as bandas, destacoalém do Calibre 12, Ação Direta, Presto? EQuestions (que dispensam comentários),Tujerpiis, Social Chaos, Os Catalépticos,Solstício, Are you God? E Shorebreak.Tio Satan – Agora o espaço é de vocês,falem o que quiserem para os fãs e leitoresdo FMZ, mandem brasa!Fábio – Primeiro quero agradecer em nomedo Sistema Sangria, o Fanzine Feira Modernapelo espaço e consideração dados, ao amigoWelber da banda Fungus & Bactérias,agradeço também a todos que nos ajudamdiretamente ou indiretamente, sejacomparecendo aos shows, escutando nossosom em casa ou simplesmente nos respeitandocomo banda. Desejamos muita saúde e paz atodos, só lembrando que em breve sai o“Brasileiro de verdade não tem medo não”.

Por: Tio Satan

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�������������Tio Satan – Sistema Sangria, de onde seoriginou esse nome?Fábio – Um grande amigo nosso sugeriuque a banda se chamasse “Sangria”, só quejá existe uma banda com esse nome. Eutinha uma idéia de nome que tinha“Sistema” no meio, apenas unimos asidéias.Tio Satan – Sei que a banda tinha umoutro nome antes desse nome atual,porque houve essa troca de nome?Fábio – Durante a antiga formação a bandase chamava Inside Core. Eu particularmentenão gosto desse nome principalmente porcompor em português, o Jesher, que é ovocalista também pensa assim e trocamosuma idéia com os outros integrantes paraver o que faríamos a respeito e ficoudecidido então a mudança de nome.Tio Satan – Como está a formação atualdo Sistema Sangria?Fábio – Jesher (vocal), Nader (baixo), Igor(bateria) e eu, Fábio (guitarra) e essa é anossa formação atual.Tio Satan – Rola muita discussão internade uma forma construtiva?Fábio – Na época do Inside Core eu viaumas tretas entre os caras. Hoje em dia cadaum tem mais consciência de sua função nabanda, não tem mais dor de cabeça e tudose resolve facilmente.Tio Satan – Quem de vocês é o maisrigoroso em termos de arranjo ecomposição?Fábio – Acho que eu sou o mais chato na

“Vou apertar, mas não vou acender agora /Se segura, malandro, pra fazer acabeça tem hora”. Quem você já nãoescutou cantando isso? Quemcanta mesmo? O Marcelo D2? OJorge Ben (com ou sem Jor)?Eles também, é claro. Mas

quem cantou essa m ú s i c apela primeira vez,

transformando-a

num grande sucesso, adivinhaquem foi... Vamos começar pelo inevitável:

Nascido em Recife, Pernambuco, em 1927, José Bezerra da Silva veio para o Rio com uns 15 anos, num navio de açúcar, com a roupa docorpo, uma claça enrolada no braço e dez contos(pelo menos segundo uma das versões - o rapaz já falou uma meia duzia delas...). Chegou ecomeçou a trabalhar como pintor em construçõese dormia nas obras mesmo, até arranjar umamulher e um barraco (que ele trocou várias vezes

- os dois) no morro do Cantagalo, em Copacabana.Para encurtar a história, ele gravou seu primeiro

disco em 1975, mais ou menos na época em quecomeçou a trabalhar como instrumentista em rádios

e orquestras (como a da Rede Globo). Foi só no fi-nal da década de 70 que conseguiu trabalhar só comomúsico e abandonar a construção civil (mas nada desucesso, nessa época ainda trabalhava comoinstrumentista). Logo depois assimou com a RCA(atual BMG Ariola), onde de 1981 até 1993 lançouum disco por ano. Entretando, por falta de estratégiae (e de) marketing, logo viu que a estratégia dagravadora era colocá-lo na geladeira, em nome dosucesso hegemônico de outro sambista.

Começou então a desenvolver suas própriasestratégias de divulgação e lançamento de seus dis-cos, que incluía tocá-los nos sistemas de sonscomunitários de favelas e subúrbios, shows nesseslugares e em presídios, bancados pela comunidade,bicheiros e traficantes.

Bezerra da Silva é um sambista do morro, que falade seus problemas, como violência, drogas, cagüetes,políticos e muitos outros. Ele mesmo diz que se osamba tem a palavra “amor” ele não canta: “pra issojá tem muita gente fazendo”.

Ele ia com seu gravador em rodas de samba nomorro, gravando tudo, cantando sambas de autoresdesconhecidos das comunidades e para as própriascomunidades. Uma das críticas que se fazem a ele éque ele não compõem suas próprias músicas. Isso éideologia barata de quem acha que quem faz a músicaé só quem escreve a letra. Muita gente é só intérpretee muita gente é só compositor, não é porque alguémnão tem talento para uma função que não é artista. EBezerra, por tratar de assuntos relegados por outros,é um dos maiores sambistas brasileiros.

O grande Bezerra da Silva já foi assunto livro, eaté de documentário. O livro, da antropóloga LetíciaC. R. Vianna, se chama Bezerra da Silva Produto doMorro (Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editora, 1998).O documentário infelizmente eu não vi, mas issomostra a importância de Bezerra da Silva como porta-voz dos excluídos, e não apenas mais um sambistade sucesso. Sucesso, aliás, que no caso dele não setraduz em rios de dinheiro. Embora já não esteja maisno Cantagalo, também não está em mansões na Barrada Tijuca como muitos pagodeiros por aí.

Bezerra da Silva, com todo seu sucesso ereconhecimento, frutos de sua e pela sua luta, contraa discriminação das favelas, e mostrando seusproblemas à sociedade, mostra realmente quem émalandro e quem é mané. por: Rodolfo Caravana

“Sam

band

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FMZ: Queria que você começassefalando um pouco do disco novo que tásaindo aí.Nenê: O cd se chama A Valsa deÁguas Vivas. É o nosso terceirocd com essa formação. Tá legal.É assim, eu acho que é o melhorcd que a gente já gravou. A genteconseguiu gravar ele com maistempo. Não teve tanta correriacomo das outras vezes. Éindependente, nós continuamosindependentes. Teve algumasparticipações legais e tal. É umcd em que a gente tá apostandobastante. Infelizmente a gente vailançar ele agora e vai fazer só osdez primeiros shows da turnê delançamento, daí a gente vai terque parar um mês e meio. Porqueeu tenho uma banda paralela como guitarrista que vai fazer umaturnê pela Europa. Daí a gente só vaiterminar a turnê quando voltar da Europa.

FMZ: Rolaram participações daFernanda Takai, Badauí... Como querolaram essas participações?Nenê: Cara, a Fernanda, a gente se conheciapor e-mail, trocamos bastante informação.Ela sempre apoiou o Dance of Days. Daíeu conheci pessoalmente, convidei e elaaceitou. O pessoal do Pato Fu é muitogente boa, muito legal, muito humilde. Eeles estão sempre envolvidos, apoiandoo pessoal independente. Badauí a genteconhece desde sempre, sei lá. É nossoamigo faz anos, então não tem muito oque falar. O Henrique, talvez a gente lancealguma até um split com eles aí. E o Jair,amigão nosso, do Ludovic.FMZ: Uma coisa que chama a atençãonos shows de vocês é a identificação dagalera que canta junto lá, canta e berrajunto, assim. Como que isso bate emvocês? Chega a rolar um certosentimento de responsabilidade paracom essa galera?Nenê: Cara, a gente conversa bastante...É lógico que eles estão envolvidos com oque eles tocam, e tudo. Mas existe umaidentificação maior com letras, né? E issopesa mais em mim. É lógico que pesa noscaras, que tão do meu lado. Mas pesamuito mais em mim. Eu gosto pelo ladode ver que o que eu to escrevendo távalendo de alguma coisa pra outraspessoas. Só que eu acho que é... Tem olado messiânico, né cara? Você não podelevar tudo ao pé da letra. Tipo, aproveitar oque é bom pra você e ter a sua interpretação

da coisa. Você não pode adotar a coisa comouma lei... Mas é legal!

FMZ: Quanto ao som de vocês: Emboraa galera que chega junto seja mais agalera do hardcore, fica claro que temoutras influências ali...Nenê: A gente não é hardcore! A gentegosta. Tipo, eu sou punk desde 85. Os carastambém. Todo mundo veio do movimentopunk. Continuamos no meio, assim e tal. Só

que a gente não toca esse tipo de som. Agente toca o Rock, que é o que a gente gosta.FMZ: Eu ia perguntar de influênciamusical, assim. O que é que rola?

Nenê: Só que é legal que cada um tem suascoisas... Cada um gosta de umas paradasdiferentes. Fausto eu acho que é o maishardcore da gente, sabe? Ele gosta de hcold school, o Tchelo já gosta de umasparadas mais But Waters. Eu e o Marcelo agente gosta mais deSmiths, Joy Division,Nick Cave.FMZ: Paradas que atéaparecem legal nosom...Nenê: É! E esse ladomais pós-punk, assim...Eu gosto de Legião!FMZ: Somos dois!Nenê : É sério, gostomesmo!FMZ: Cara, no últimotrabalho de vocês, oCoração de Tróia,assim, voltando a falarde letras, e eu vi váriascitações a obra do George Orwell eassim... Que outros autores teinfluenciam na hora de escrever letras, etal?Nenê: Cara, eu leio muito. Na boa, eu leioassim no mínimo cinco livros por mês. Maseu leio muito mais do que isso. E eu gostodos clássicos, sabe qual é? Gosto de

Baudelaire, Oscar Wild, eu acho fodaficção, assim, Huxley, Orwell, todasessas outras coisas. Mas eu achotambém que você não pode estacionar,né? Não pode ser sequitário. Você temque aprender coisas novas ver o que temde novo. Até em filosofia você nãopode estacionar no Nietzsche, noSartre, você tem que procurar o que temde novo em filosofia, questionar e tersua própria idéia que é o maisimportante ter a sua identidade. Porque,não adianta você transcrever uma letrabaseada Nietzsche achando que vaificar bonito, mas não tem conteúdo.Tem que ter alguma coisa de você.

FMZ: Você falou da coisa de serindependente, mas assim: Já roloucontato de gravadora, assim,grande?Nenê: Cara, já. A gente estudoualgumas propostas já. E por enquantoa gente não vai embarcar em nenhuma.Porque nenhuma bateu com a propostada gente. Porque...FMZ: Eu queria perguntar assim,

tipo: O que tem de vantagem edesvantagem de continuarindependente?

Nenê: Pro Dance, em específico, a gente éuma banda que se dá muito bem noindependente. A gente é uma banda que temuma vendagem alta, que consegue distribuiros cd’s rápido. Eu sou o dono da gravadora,então eu consigo ver isso, até mais que eles.

Pra gente é legal. A gente não consegue...Como a gente tem preocupação com letras,essas coisas, a gente não consegue cruzaressa barreira, entende? Não é nem a barreirado independente, é a barreira do hardcoremesmo... Sendo que a gente não tocahardcore!(risos)A gente tem influências, sabe? Mas a gentenão é limitado a isso. E eu acho que o lanceda gravadora, assim, sei lá... A gente temproximidade, assim, com o pessoal, Badauí,até o pessoal da BMG, quando eu tava coma Fernanda, conversando... Tá faltando, afalta de visão de mercado deles, de ver quese a banda tem o que ela tem hoje é porqueela tem uma identidade. E se eles queremmudar a identidade da banda não serve. Nãodá pra continuar a trabalhar. Então até agoraa gente não achou ninguém que não queiramudar a nossa identidade. Enquanto a gentenão achar isso, a gente vai continuar domesmo jeito.FMZ: Outra coisa que eu ia teperguntar... Eu sei que você já explicouisso, mas eu ia te pedir pra você falar umpouco dos motivos que levaram ao fimdo Antimídia.Nenê: É que eu sou hiperativo, assim. Eutenho quatro bandas...FMZ: Pelo amor de Deus...Nenê: É sério! Tenho dois selos, que sãominha principal atividade. Coordeno tudo,assim, com os amigos, apesar de que tô meioparado. E tenho loja, as coisas... O Danceof Days me toma 80% do tempo, e o restoeu faço nos outros 20%. E o Antimídia,enquanto ele se bancava, e tinha anúncio etinha todas essas coisas assim eu fazia por

prazer. Fazia pra relaxar. Eu tava com esseúltimo número pronto e não conseguia botarpra frente. Por quê? Você pega anúncio, ocheque do anunciante volta, o anunciante éseu amigo... Aí você não pode fazer nada,tá ligado? Daí chega numa situação, cara,tipo... Eu não ia diminuir a tiragem. Eu achoque quinze mil cópias de um jornalindependente por edição é uma puta vitória.E eu achava que voltar pra trás, diminuirtiragem por causa de custo... Eu preferiacabar fazendo quinze mil, tá ligado? Meu,eu acabei fazendo quinze mil cópias, táótimo...FMZ: Termina bem.Nenê: É. Assim que a gente voltar da turnêna Europa tem a turnê desse disco novo. Eupretendo fazer outro fanzine, uma coisamais descompromissada. Eu ainda não seique cara vai ter mas eu pretendo fazer. Eunão vou ficar sem escrever.FMZ: E os projetos paralelos de vocês?Nenê: Da gente? Todo mundo? É muitacoisa!FMZ: Dos seus, já tem tantos.Nenê: Eu e o nosso roadie aqui, o Samuel emais dois amigos a gente tem mais umabanda que se chama Mau de Kain, que émais... Mais o quê Samuel?Samuel: Pós-punk, né cara?Nenê: Não é gótico, mas é tipo Bauhaus(risos)Tem umas coisas mais pesadas, tipo JoyDivision no começo, umas coisas que agente gosta. É bem legal. E tem o SickTerror.FMZ: Que tá indo pra Europa, né?Nenê: A gente tá aí no... Quinto ou sextodisco, sei lá qual é o disco. A gente tá indopra Europa, vão ser quarenta e dois showsem quarenta e cinco dias. E eu tenho outroprojeto, que é sozinho. Eu to gravando epretendo lançar até o final do ano.FMZ: É isso, valeu cara!Nenê: Legal.Rodolfo: Considerações finais. Né?FMZ: A é! Se quiser dizer mais algumacoisa aí...Nenê: Legal... É pra galera continuaracompanhando a gente aí, que a gente tásempre mandando mensagens legais pragalera. Coisas que a gente tá fazendo, quenossos amigos tão fazendo e que a genteacha importante. A gente escreve bastantena página. E a gente é bastante accessível.E a gente quer continuar sendo accessível,então o pessoal pode escrever que a genteresponde aí. E é isso aí.FMZ: Beleza. por: Rafael A.

colaborou: Rodolfo CaravanaContatos: www.danceofdays.net

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BezerradaSilva

hora de criar coisas como contratempos eandamentos diferentes, mas cada umprocura desenvolver o seu trabalho sem darmuitos palpites no que os outros integrantesfazem, a não ser que seja preciso. Deve seressa liberdade de criação que caracteriza osom atual da banda.Tio Satan – Em que a banda SistemaSangria se baseou para intitular o cd de“Alienação”?Fábio – O nome é uma pergunta –“Alienação?” É uma referência a grandeparte da população alienada que,manipulada pela grande mídia, nem quesequer tem conhecimento do que se passa.Tio Satan – Vocês tem outros trabalhosgravados antes do cd “Alienação”?Fábio – Temos uma demo tape gravada em2.000 chamada “P.S.I.D.M”.Tio Satan – E como tá rolando adivulgação do trabalho?Fábio – Procuro manter contato com zines,selos, bandas e distros, além de compareceraos shows que rolam por aqui. Dessa formame mantenho atuante e sempre contribuindocom o underground e ao mesmo tempo queadianto o lado do Sistema Sangia e valeressaltar que hoje em dia a internet é umgrande canal de divulgação.Tio Satan – Tem algum projeto de umnovo cd em vista?Fábio – Temos um EP gravado desde Abrildeste ano que não saiu ainda por falta degrana e contará com sete sons novos e sechamará “Brasileiro de verdade não temmedo não”. Se tudo der certo fica prontoaté Dezembro próximo e deve sair tambémum split 7" em 2.004.

Tio Satan – Qual é a maior influência dotrabalho da banda e o que tem escutado desom atualmente?Fábio – Ratos de Porão é uma unanimidadeentre os integrantes, mas realmente escutamossons bem diferentes uns dos outros.Ultimamente tenho escutado muito o novo doNasum, Social Chaos e rap nacionalTio Satan – Como está a cena undergroundnacional e quais bandas que gostaria decitar como promessas do circuitounderground?Fábio – Tem muita gente que enrola pararesponder essa pergunta... Eu serei direto eacho que temos muitas bandas boas na ativa,grandes discos sendo lançados, públicoconsciente crescendo e mais espaço do que aalguns anos atrás. Dentre as bandas, destacoalém do Calibre 12, Ação Direta, Presto? EQuestions (que dispensam comentários),Tujerpiis, Social Chaos, Os Catalépticos,Solstício, Are you God? E Shorebreak.Tio Satan – Agora o espaço é de vocês,falem o que quiserem para os fãs e leitoresdo FMZ, mandem brasa!Fábio – Primeiro quero agradecer em nomedo Sistema Sangria, o Fanzine Feira Modernapelo espaço e consideração dados, ao amigoWelber da banda Fungus & Bactérias,agradeço também a todos que nos ajudamdiretamente ou indiretamente, sejacomparecendo aos shows, escutando nossosom em casa ou simplesmente nos respeitandocomo banda. Desejamos muita saúde e paz atodos, só lembrando que em breve sai o“Brasileiro de verdade não tem medo não”.

Por: Tio Satan

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num grande sucesso, adivinhaquem foi... Vamos começar pelo inevitável:

Nascido em Recife, Pernambuco, em 1927, José Bezerra da Silva veio para o Rio com uns 15 anos, num navio de açúcar, com a roupa docorpo, uma claça enrolada no braço e dez contos(pelo menos segundo uma das versões - o rapaz já falou uma meia duzia delas...). Chegou ecomeçou a trabalhar como pintor em construçõese dormia nas obras mesmo, até arranjar umamulher e um barraco (que ele trocou várias vezes

- os dois) no morro do Cantagalo, em Copacabana.Para encurtar a história, ele gravou seu primeiro

disco em 1975, mais ou menos na época em quecomeçou a trabalhar como instrumentista em rádios

e orquestras (como a da Rede Globo). Foi só no fi-nal da década de 70 que conseguiu trabalhar só comomúsico e abandonar a construção civil (mas nada desucesso, nessa época ainda trabalhava comoinstrumentista). Logo depois assimou com a RCA(atual BMG Ariola), onde de 1981 até 1993 lançouum disco por ano. Entretando, por falta de estratégiae (e de) marketing, logo viu que a estratégia dagravadora era colocá-lo na geladeira, em nome dosucesso hegemônico de outro sambista.

Começou então a desenvolver suas própriasestratégias de divulgação e lançamento de seus dis-cos, que incluía tocá-los nos sistemas de sonscomunitários de favelas e subúrbios, shows nesseslugares e em presídios, bancados pela comunidade,bicheiros e traficantes.

Bezerra da Silva é um sambista do morro, que falade seus problemas, como violência, drogas, cagüetes,políticos e muitos outros. Ele mesmo diz que se osamba tem a palavra “amor” ele não canta: “pra issojá tem muita gente fazendo”.

Ele ia com seu gravador em rodas de samba nomorro, gravando tudo, cantando sambas de autoresdesconhecidos das comunidades e para as própriascomunidades. Uma das críticas que se fazem a ele éque ele não compõem suas próprias músicas. Isso éideologia barata de quem acha que quem faz a músicaé só quem escreve a letra. Muita gente é só intérpretee muita gente é só compositor, não é porque alguémnão tem talento para uma função que não é artista. EBezerra, por tratar de assuntos relegados por outros,é um dos maiores sambistas brasileiros.

O grande Bezerra da Silva já foi assunto livro, eaté de documentário. O livro, da antropóloga LetíciaC. R. Vianna, se chama Bezerra da Silva Produto doMorro (Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editora, 1998).O documentário infelizmente eu não vi, mas issomostra a importância de Bezerra da Silva como porta-voz dos excluídos, e não apenas mais um sambistade sucesso. Sucesso, aliás, que no caso dele não setraduz em rios de dinheiro. Embora já não esteja maisno Cantagalo, também não está em mansões na Barrada Tijuca como muitos pagodeiros por aí.

Bezerra da Silva, com todo seu sucesso ereconhecimento, frutos de sua e pela sua luta, contraa discriminação das favelas, e mostrando seusproblemas à sociedade, mostra realmente quem émalandro e quem é mané. por: Rodolfo Caravana

“Sam

band

ido”

Resenhas................................................................................................................Açaí Pirão – Coletânea Rock(cd coletânea / Ná Figueredo Rec.)

Coletânea lançada no ano de 1999, faz umapanhado na cena independente de Belém (PA).Iniciativas como essa são sempre bem vindas. Eainda mais quando vem de uma localidadedistante dos grandes centros. E não é que a cenade Belém se mostra extremamente rica emdiversidade de estilos. Tem de tudo um pouco:de White Metal a MPB eletrificada. Esmiuçandoa dita cuja, então.

Os sons pesados aparecem com o rapcoredeferente do Gambiarra F.C. com “Vai SerMuito Pai D’égua”, o trash de Delinqüentes,Soledad que vem com seu heavy melódico e oWhite metal do Corsário. Ainda na praia dometal tem o Zênite com “Nightmare War” eCarmina Burana. Numa onda mais light temMoonshadow (bem legal por sinal), o caldeirãodo Bop Pop bem servido de Reaggae e ritmosnacionais, a MPB distorcida do Norman Batese o “pop viajante” do Elegia. E ainda tem umagalera fazendo experimentações e cruzando umasérie de referências musicais. Como é o caso doCravo Carbono, Mohamed e Arcano XIX quecompletam o time.

Legal ver como uma diversidade tão grandede estilos convivem em um mesmo projeto. Ecomo disse: É bem legal ver a galera distante dosgrandes centros criando e divulgando seus sons.Rafael A.

Contatos: Ná Figueredo rec – Av. GentilBittencourt 449 – Belém – PA

Fone: (091) 224-8948 fax [email protected]

Colisão SocialAs Bombas Vão Explodir(k7 / independente)

Mais uma banda do fértil cenário paulista.Pelo nome já dá pra notar que se trata de umabanda punk, não é mesmo? Pois é, esse é oColisão Social que vem engrossar as fileiras elevantar a bandeira do movimento punk. E a bolada vez é esta demo tape intitulada As BombasVão Explodir, gravada no ano de 1997.

O Colisão Social não foge muito ao que éfeito pela maioria das bandas punks. O som é obásico e as letras remetem ao cotidiano vividopelo cidadão, punk ou não, nas grandes cidadesbrasileiras. O som lembra os “crássicos” Restosde Nada e tem um pouco de Inocentes (atémesmo pelas citações a cidade de São Paulo). Umpouco de história? A banda surgiu em 1994 como nome de Suicidas de Subúrbio e mais tarde,após mudanças na formação passou a se chamarColisão Social. Chegando, inclusive, a figurar no primeiro volume da coletânea SP Punk.

Pois bem, mais uma galera a fim de protestare mudar algo usando suas músicas pra mostrar oque pensam. Que venham muitas, sempre!!!Rafael A.

Contatos: Caixa Postal: 4587 - São Paulo/SP – Brasil CEP 01 060 - 970

Dead FishZero e Um (cd / DeckDisc)

Uma das bandas mais bem sucedidas docenário hardcore brasileiro. A capixaba DeadFish já acumula mais de dez anos de estradachegando com este Zero e Um a seu quinto álbum.Sendo este o primeiro dos caras pela gravadoracarioca DeckDisc. De cara, ponto para o DeadFish que apostou em um repertório 100% novo.Uma prova de respeito pelo público queacompanhou a carreira dos caras comoindependentes todos esse tempo.

Sem exagero: Zero e Um pode serconsiderado um marco na história do hardcorebrazuca. Contando com a produção de RafaelRamos e a mixagem de Ryan Green, Zero e Umapresenta uma sonoridade impressionante. Asguitarras soam claríssimas sem perder o peso. Acozinha não fica pra trás e não perde o peso e apressão nem em momentos mais “tranqüilos” doálbum. Os sons novos dão seu recado muito bem.Que o digam a faixa título (primeiro single detrabalho com direito a um belo vídeo clipe), “AUrgência” (que abre o disco), “Bem-Vindo AoClube” e até a pancada de “Senhor, seu Troco”em seus exatos vinte e seis segundos (!). E nãodá pra não citar as duas obras primas “SonhosColonizados” e “Tão Iguais” (que pra mim é amelhor do disco disparado)!

Depois do ótimo Ao Vivo, Zero e Um pareceinaugurar uma nova fase não só na carreira doDead Fish mas na cena hardcore nacional como

um todo, devido a sua qualidade muito acima dospadrões do tal Rock nacional. Qualidade esta, quesempre esteve presente no underground e queagora está “acessível” ao grande público. Que sequiser, pode descobrir o que o underground já tácansado de saber. Rafael A.

Contatos: www.deadfish.com.brDance of DaysA Valsa de Águas Vivas(cd / Teenager in a Box)

Terceiro álbum dos paulistas do Dance ofDays com sua formação atual. Após oestardalhaço provocado por A História Não TemFim e o ótimo Coração de Tróia os caras chegamcom este A Valsa de Águas Vivas e mostram quenão tem medo de arriscar. Ao invés de fincar opé no hardcore, onde está a maioria esmagadorade seus fãs, o DoD aponta para outras direções.Suas influências pós-punk agora aparecem bemmais. Algumas com certa sutileza, outras bemexplícitas. O hardcore, que pra muitos foi areferência para entender o trabalho dos carasainda está lá. Mas no fim o que caracteriza este Avalsa... são mesmo as referências oitentistas.

Antes de mais nada vale destacar asparticipações especiais, que não são poucas:Fernanda Takai do Pato Fu ressalta, com suabela voz, a sutileza de “Adeus Sofia”. Badauí,vocês sabem muito bem de onde (...), não faz feiona direta “Vai Ver É Assim Mesmo”. EnquantoJair da banda Ludovic empresta sua voz em“Dorian” e Henrike do Blind Pigs arrebenta naótima “Cem Mil Bolas de Neve” (cheia dereferências ao ótimo livro A Revolução dosBichos, de George Orwell, desde o título,inclusive). Mas destacar só os sons não vale. Aparte gráfica ajuda a reforçar, de alguma forma,a cara oitentista do trabalho. E a letra dasurpreendentemente positiva “A Vitória (ou coisaque o valha)”, que fechas o álbum, surgeintercalada por uma séria de comentários e frasesde gente como Oscar Wild, The Smiths e PlebeRude. Algo parecido com o que o Bad Religionfez no encarte de seu fenomenalmente genialGenerator.

A Valsa de Águas Vivas soa não como umaoutra fase ou uma mudança de direção (atéapontada em seu antecessor Coração de Tróia).Na verdade parece-se bem mais com ummergulho dos caras em suas próprias raízesmusicais e o mesmo vale para as letras de NenêAltro que parecem mais serenas que antes, damesma forma introspectiva e angustiante desempre. Belo trabalho de uma banda que aospoucos vai montando uma discografia derespeito. Rafael A.

Contato: www.danceofdays.net

Hc Scene 5(cd / coletânea / Lab Recs.)

Quinto volume da coletânea HC Scene, doselo paranaense Lab Recs. Cada número dacoletânea é dedicado à um tema e junto com o cdvem um zine com textos referentes ao mesmo cominformações sobre as bandas participantes. Otema aqui é “violência”. Fica claro já com a capae depois que botamos o cd no som, pelaintrodução com som de tiro e gritos. E o zine queacompanha o cd desta vez veio em formato defaixa multimídia, bem legal.

Tem punk Rock e hardcore pra tudo quantoé gosto. Abrindo a coletânea tem Surface (bandado mentor da Lab Recs, Cientista) e os argentinosda Lash Out. Depois o couro come com o pesode Miguelito Cochabamba e K93 da Colômbia.Mais a frente tem os holandeses do Bambix e apancadaria dos paraenses do Delinqüentes. UglyKidz, Atitude Now, Repulsores, xAmorx e NoTrust completam meus destaques.

E fechando esse time de respeito tem:Nervo, Phobia, Thecore, Raça Odiada,Bloodshot, Baby Loyds, Pé Skemar, AcademiWorms, Better Days, Repulsão, PoluiçãoSonora, GEN e Ilusion. Esqueci alguém? Achoque não. Tem pra tudo quanto é gosto. Se vale apena? Vai sem medo de errar, ok? Rafael A.Contatos: Caixa postal 990 Londrina / PR

CEP 86001-970 A/C: Luis [email protected]/home/beta

Coletânea Hum Eletrônico vol.2(cd – coletânea)

Coletânea do e-zine Hum Eletrônico daquimesmo de Niterói. O zine trata de poesia, artesplásticas e, é claro, música. E daí vem essacoletânea, aqui representada pelo seu segundo

volume. O elenco de bandas é coerente para coma idéia que o site passa, que é apontar paraalternativas dentro das artes de uma forma geral.Justamente o que se ouve nesta coletânea. Achoque não consegui me explicar direito, né? Maispra frente a coisa vai se esclarecendo. Sente só:

Abrindo os trabalhos tem, daqui de Niterói,a banda The Feitos com o “Rockão de garagemcom um pé (ou dois?) na MPB” “Disco doRoberto”. O clima garageiro continua com JonnyMarquee e a ironia bem intensionada na bemlegal “Miss Lexotam”. E Niterói continuamarcando presença: desta vez com os donos dafesta Noitibó (galera responsável pelo HumEletrônico) e o SKA do Bendis. Seguindo tem opop/rock do Narjara. Na mesma linha vem oPólen. A banda Ramirez aparece com seu somretrô setentista, bem legal! Rock inglês no ar... Éo Surf Shop Ted com “Fantasma Inocente”.Funk, Rap e Rock no caldeirão do Gumack. Logoapós tem o punk Rock à lá 77 do Los Carbonas.Diretamente de São Gonçalo vem o Rock daYdra . E fechando a brincadeira (no bomsentido,hein?) tem o som eletrônico, com a maiorcara de disco music setentista, do Ouvintes e osom do Chinelo de Couro Cru e os Cruzadosde Canhota que vem carregado de influênciasde Rock ’70 e britpop.

Agora acho que deu pra entender o que euestava querendo dizer, certo? Um elenco bemlegal de bandas que, em sua maioria, apontarampara direções não convencionais. No sentido deexplorar sonoridades e influências variadas. E éisso. Rafael A.

Contatos: www.humeletronico.com

Jason / Radikalkur(split LP – importado)

Esse split em vinil foi lançado somente naEuropa. A idéia de juntar os cariocas do Jasoncom os austríacos do Radikalkur nasceu de umaturnê que as duas bandas fizeram pela Europa.Lembrando que esse vinil saiu em edição limitadae não é tão fácil assim de achar. Então quem curteo Jason ou o Radikalkur tem mais é que correrpra garantir sua cópia.

No lado do Jason o que rola é umacompilação com sons de seus três álbuns até entãoeditados. Obras primas como “Divã de Sangue”,“Seu Futuro é Meu”, “Meu Talento de Afastaras Pessoas” e “Meu Saco” entre outras. Odestaque fica por conta da versão, que fecha olado dos cariocas na bolacha, para “VeraneioVascaína” do “crássico” Aborto Elétrico que éapresentada como sendo do Capital Inicial (avery famous brazilian band!). Nem tá tão errado,mas que é do Aborto é.

Do outro lado da bolacha vem oRadikalkur. E os austríacos mandam muitíssimobem! Hardcore fast, vocal berrado, instrumentalarrasador e climas soturnos com andamentos maislentos que explodem em uma pancadaria só!Destaque para “Sanfte Grwlt”, “Zu Mude/Takeoff” e “der Kalte Krieg est verber”. Bom demaisda conta!!!

Vale pelo encontro de duas bandas muitolegais. E pra quem não conhece uma das duas teruma idéia do trabalho e correr atrás de mais coisados caras. Rafael A.Contatos: [email protected]

NoitibóEste Lado Para Cima (cd / Ettorerock)

Mais recente lançamento da bandaniteroiense Noitibó, este Este Lado Para Cima éo primeiro trabalho dos caras depois da entradado baixista Sidney (ex-Calvins) na banda.Completando o time tem Andréa Amado nabatera e Alex Luiz na guitarra e vocal. Aliás, essagalera é responsável pelo e-zine Hum Eletrônico(que passou a circular também em formatoimpresso conforme anunciado no último FMZ).Quanto ao som desse povo, é o que veremosagora.

O Noitibó passeia por diversos estilos, comopor exemplo: Classic Rock, sons alternativos,samba e outrras vertentes da MPB. Pareceestranho juntar isso tudo? Pode até ser, mas oNoitibó consegue fazer com que essas referênciasconvivam perfeitamente bem. Fazendo ainda comque tudo soe sincero e coerente. Que o diga sonscomo “Tabernáculo da Vaquinha” que começacom a maior cara MPB e descamba para umsenhor Rockão; o cacoete samba de “HocusPocus” e “Arquiduque de Boloña” (que pra mim,em alguns momentos, fica com a maior cara deFocus).

Se fosse comentar cada faixa essa resenhaficaria grande demais. Mas é que cada faixaparece guardar uma singularidade. E ainda assimo trabalho soa extremamente coeso. Ponto proNoitibó que larga na frente de um monte de outrasbandas só pelo fato de buscar seus próprioscaminhos (fala sério, a música da vaquinha émuito legal!). Recomendo! Rafael A.

Contatos: noitibó@humeletronico.comRepressão SocialViolência Na Cidade(cd demo / Histeria Distro.)

Um dos nomes mais atuantes na cena punkcarioca. Este é o Repressão Social, que faz tempoagita a cena carioca com shows, zines e eventosjunto à UPI (União Punk Independente). E atépor isso tornou-se um dos expoentes domovimento punk do Rio de Janeiro, que apesarde tudo, respira. E é o RS que nos brinda comesse Violência Na Cidade. Vamos aos sons, né?

O RS segue a cartilha do bom e velho punkRock / Hardcore. Som que lembra as bandas“crássicas” do estilo e letras de protesto queretratam o dia a dia do subúrbio e pregam maiorconscientização da galera, inclusive dentro dopróprio movimento punk, o que é bem legal porsinal. A gravação é no esquema e parece que cadavez mais as bandas estão se levando a sério etendo um capricho maior com o próprio trabalho.Ponto pros caras. Meus destaques vão pros sons:“Realidade no Subúrbio”, “UPI” e “Parasita”.

Trabalho muito legal que só valoriza a cenapunk carioca. E como disse: por ser o RS um dosnomes mais significativos no cenário carioca, aíestá a prova de que o movimento punk do Rio deJaneiro resiste, que bom. Rafael A.

Contatos:[email protected]

Sub Existência / PPA(cd split / independente)

Dois nomes da cena paulista unem forçaspara pôr na rua um lançamento bem legal. Essesplit traz uma banda que já está na ativa faz tempoe uma galera mais jovem. O Sub Existência, queestá na batalha desde 1986 e o pessoal do PPA(“Pão Picado Amassado”!?!) diretamente deRibeirão Preto (SP).

Quem inicia os trabalhos é o pessoal do SubExistência. Os veteranos mandam muito bemcom um punk Rock energético e mostram queeles realmente sabem o que estão fazendo. Sonslegais e um vocal que em alguns momentosmostra um “quê” de Jello Biafra. Destaques para“Fogo Cruzado”, “Mundo de Ilusão” e “VidasSucumbidas”.

Em seguida é a vez do PPA mostrar seu punkRock com a maior cara Ramônica (nem dá pradizer que não). Letras críticas porém com umacerta dose de ironia que retratam o cotidiano. Dequebra ainda rola participações de Redson(Cólera) em uma das faixas e Barata do DZKem outras duas.

Um split bem legal que agrada em cheioquem curte punk Rock. Bela iniciativa das duasbandas e de todos que apoiaram o projeto. Quevenham outros. Rafael A.

Contatos: Sub Existência: TravessaParananguá, 649 – casa 7, São Paulo / SP -

Brasil CEP 03 806 – [email protected]

PPA: R. Manuel Duarte Ortigose, 307, Rib.Preto/SP - Brasil CEP 14 051 – 010

SurfaceRedenção (cd / lab recs.)

Banda de Londrina (PR) e tendo a frente oincansável Cientista. Este é o Surface e esteRedenção é o segundo trabalho dessa galera. Valedar um toque que o cd é lançamento da Lab recs.,capitaneado pelo já citado Cientista eresponsável por outros lançamentos bem legais.E o Surface, hein?

Sempre curti vocal feminino. E é exatamenteisso que temos aqui. Punk Rock e hardcore comvocais femininos e pitadas Ramônicas aqui e ali.

Letras que tratam de relacionamentos e outrasquestões. E são cantadas com toda a delicadezapela vocalista/guitarrista Paula. Enquanto acozinha com Isis, no baixo e Cientista na baterafazem a festa de quem curte punk Rock, HC eafins. E não tem refresco, a banda não deixa apeteca cair em nenhuma das doze faixas desteRedenção. Meus destaques vão para os sons“Força Interior”, “Canção Para Um Amigo” e“Trauma”.

Então é isso aí. O pessoal do Surface se saimuito bem neste segundo trabalho. Fãs do estilo:Não deixem de dar uma conferida, ok?Rafael A.

Contatos: [email protected]

The Wheels(promo cd / independente)Sweet SuicideWhithout You (cd demo / independente)

Esses são os dois novos projetos deAnderson Tilly, líder do extinto Hematocele, deSanto André (SP). Que embora tenha encerradoatividades, segundo o próprio Anderson podeaparecer com material novo em breve. Só quenada de shows. Mas o assunto aqui é The Wheelse Sweet Suicide. Então vamos a eles.

O The Wheeels aposta em um som próximoao indie Rock brazuca de meados da décadapassada de bandas como Indoor e os brasiliensesdo Divine, além de lembrar o ex-SmashingPumpinks, James Iha, em sua carreira solo,principalmente a faixa “On Your Hands” queabre o cd. Os climas hora angustiados e delicadoshora agressivos dão um tom deprê, que dá caraao som do TW. Muito legal, mesmo! Já o SweetSuicide, que chega com este Whithout You, trazuma cara mais pesada. Com claras influências daturma de Seattle nos 90. Distorção pra dar evender no som dos caras. Destaque para o próprioAnderson que resolve mostrar tudo o que sabe etoca todos os instrumentos na faixa “Shiny Boy”,que fecha o cd.

Saldo mais que positivo. Tanto o peso doSweet Suicide quanto a delicadeza angustiantedo The Wheels proporcionam bons momentos.Nós aqui ficamos à espera de mais material destesdois projetos. E, por que não, de coisas novas doHematocele. Rafael A.

Contatos: [email protected]

YdraMentir e Sorrir(cd demo / independente)

Mais uma banda de São Gonçalo (RJ) dandoas caras aqui no FMZ. Na verdade os caras daYdra já tem material lançado antes deste Mentire Sorrir, incluindo participações em coletâneas.Vale lembrar também, só pra quem não lembrase situar, que o guitarrista da Ydra, Rogério,chegou a fazer “participações especiais” naextinta banda Época, também da cidade de SãoGonçalo. Vamos ver então o que nos reserva esteMentir e Sorrir.

O power trio, que se completa com Fabianona batera e Arthur no baixo, faz um Rock n’Rollque embora em alguns momentos se mostre densoe com andamentos mais cadenciados, traz umaface crua e sem abrir mão de usufruir de sonsmais... atuais, digamos. As influências do mestredos mestres, Jimi Hendrix, ficam claras nos riffscerteiros que dão cara ao som da Ydra e tambémna citação à maravilhosa “Foxy Lady” do jácitado mestre na bela “Pânico”. As letras trazemmenções ao cotidiano só que de uma forma quefoge da mesmice panfletária da maioria da galeraque tenta tratar desse tipo de tema. Quanto àbanda, nem tem o que dizer: os caras mandammuito bem mesmo. Sabem muito bem o que estãofazendo com seus respectivos instrumentos (ficoumeio estranho esse final, né?).

Enfim, belíssimo trabalho este Mentir eSorrir. Os caras aliaram as influênciasHendrixianas a uma cara própria, sem soar retrôe o resultado foi Rock n’Roll da melhorqualidade. Arrasador! Recomendo! Rafael A.Contatos: www.ydra.cjb.net [email protected]

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Corra AtráZ... Violeta de OutonoLive at Rio ArtRock Festival ‘97 (Cd / Rock Symphony – nac.)

Lançamento do selo niteroiense dedicado à música progressiva. Este cd traz o registro daparticipação do Violeta de Outono em um dos maiores eventos dedicado à música progressivaatualmente. E os mestres do Rock psicodélico brazuca foram, só pra variar, simplesmentearrasadores. Sons como “Dia Eterno”, “Mulher na Montanha” e “Eclipse” são absurdamentefantásticas. A banda é incrível e brinda a galera com “Astronomy Domine” (lembra?) do PinkFloyd da fase Syd Barret e “Tomorrow Never Knows” dos Beatles. Um show maravilhoso e umregistro indispensável pra quem curte progressivo, psicodelia e sons viajantes. Bons demais, mefaltam palavras. Rafael A. Contatos: www.rocksymphony.com

Blind Pigs Os porcos cegos em registro ao vivo!E pensar que já faz onze anos que teve início a saga dessa galera a fim de ter uma banda e fazer barulho por aí, assim como qualquer moleque que

curte punk Rock, né? A história do Blind Pigs começa num distante 1993 em uma cozinha de uma casa na cidade de Barueri em São Paulo. Pois foiisso. Resumidamente: primeiros ensaios, primeiras demos (Blind Pigs, Sweet Fury e Lost Cause) e a banda começa a despontar na cena paulista. Esem esquecer que a terceira demo dos caras inicialmente seria apenas para ser mandada para Jay Ziskrout. Explicando: Esse aí, pra quem não sabe,foi o primeiro batera do Bad Religion. O cara estava por aqui à procura de bandas para seu selo (Grita) e se deparou com o som do Blind Pigs. Desseencontro inusitado (inusitado mesmo, imagina você em casa e de repente atende o telefone e do outro lado da linha está o batera do Bad Religion,foi o que rolou com o vocalista Henrike) surge o primeiro contrato dos caras. Através de Jay o Blind Pigs assina com a Paradoxx, responsável pelocatálogo da Epitaph no Brasil. Sai então em 1997 São Paulo Chaos, álbum de estréia do Blind Pigs. E olha que ainda tinha muito mais coisa por vir.

E São Paulo Chaos vai muito bem. Seguido, inclusive, da muito bem sucedida Brazil Chaos Tour. Só que um ano depois, sem gravadorainteressada na banda e devido a uma série de problemas internos o Blind Pigs encerra atividades. E quem diria que os caras, bem ao estilo do ityourself, recomeçariam do zero? E não é que foi isso: Henrike, Gordo e Arnaldo montam a Sweet Fury Records e a partir daí não param mais. ThePunks are Alright (2000) é o primeiro lançamento dos caras por seu próprio selo e o clipe da música “Conformismo e Resistência” é o primeiro é oprimeiro do Blind Pigs. São Paulo Chaos é reagravado, seguido do terceiro álbum intitulado Blind Pigs. Que aliás, é ótimo e foi lançado em formatodigipack, dando um charme (?) todo especial ao lançamento. Sem contar o fato da banda, além de ter figurado em coletâneas mundo afora, ter seusálbuns lançados lá fora via Grita (U$A e Europa) e Alpha Music (no Japão!). Ufa... E é claro que toda essa correria tinha que ser coroada de algumaforma . Afinal, são mais de dez anos na estrada. E o que seria melhor que um álbum ao vivo? Dito e feito! Então, sejam bem vindos a mais umapágina da história dos porcos cegos: Suor, Cerveja e Sangue – ao vivo (Sweet Fury - 2004).

Gravado no final do ano passado no Hangar 110 (em São Paulo, é óbvio) esta bolachinha traz vinte e dois bons motivos pra sair pogando feitodoido por aí. Com a, fundamental como sempre, participação da galera. Os caras mostram que sabem muito bem o que fazer em cima de um palco.Afinal é lá que a banda tem que dar seu recado, né? Todos os hits dos porcos cegos dão as caras no álbum. E junto com os hits versões de ForgottenRebels. A saber: “The Punks are Alright” e “No Pistols Reunion”. O show, ou festa, sei lá, ainda teve um convidado: Novau, diretamente da bandaCalibre 12 (outro nome fundamental da história recente do punk rock nacional) deu sua colaboração em “Urban Paranoia”.

Certo, os caras agora não tem mais que se preocupar em correr atrás de gravadora pra lançar seus álbuns. Já que se viram muito bem de formaindependente, né? Logo, podemos esperar muito mais coisas dos porcos cegos de São Paulo. Lembram dos moleques ensaiando em uma cozinha emBarueri? Quem diria...? Por: Rafael A. Contatos: www.blindpigs.com.br

Inédito 2 ainda está fresquinho epoucas pessoas conhecem essasduas faixas. Ah, e no ano passadofizemos também o Tributo ao Ultrajea Rigor que está pra sair pelaMonstro Discos.FMZ: O que tem de lançamentos

da Tamborete vindo por aí?Panço: Ainda não estou certoquanto a novos lançamentos.Ainda tem muitos cds em casaprecisando ver a luz do dia, maspretendo lançar duas bandasgringas. Not Enough daAlemanha e Net Weight daEspanha. São ótimas bandas eótimos amigos. São minhasintenções, mas sem prazo.

FMZ: Panço, você pensa emvoltar com o bodega ou fazeroutro zine algum dia?Panço: É sempre muito arriscadodizer nunca, mas correndo o risco,diria que não, não terei mais zines.FMZ: Aproveitando o assunto:Você que já teve seu zine (queinfelizmente acabou) acredita quecom blog, fotolog, e tudo mais quese vê hoje em dia ainda rolainteresse da galera mais nova porzines impressos?Panço: Não tenho uma pesquisa ouuma estatística para me basear, masacho que a internet é mais simples,com menos gastos, mais alcance, eos moleques que vão chegando, semoldam ao que é oferecido paraeles. São poucos os que preferemvinil a Cd e impresso a internet. Eno final das contas, nem tenhocerteza se eles estão errados. Acabasendo informação do mesmo modo.FMZ: Considerações finais?Panço: Valeu mesmo pelaoportunidade de falar um pouco dotrabalho da gente que é tãocomplexo de arrumar espaço praexpor, né? por: Rafael A.

FMZ: Como surgiu o projeto dosplit com o Radikalkur e como temsido a repercussão desselançamento lá fora?Panço: Quando tocamos em 2001entre outros, na Áustria,conhecemos o Alfred, guitarrista doRadikalkur e ele gostou muito dosshows. Depois fomos nos falandopor e-mailao longodos mesesseguintes eele fez aproposta ,que claro,aceitamosde bomgrado. Foium LPl a n ç a d opor 7 selosdiferentes da Áustria, Alemanha eRepública Checa. Não sabemosmuito da repercussão, mas acreditoque seja pequena. São apenas milcópias de um LP, o que é poucousual. Mas para nós foi fantásticoter mais esse lançamento lá fora.FMZ: O Jason tem um históricobem interessante em termos demudança de formação. ForaPanço e Flock, quem são as carasnovas e de onde elas vieram?Panço: Não acho nada interessanteessa mudança de formação, masacontece. No momento nossobaterista é o DeSouza, já há quasedois anos e ele toca também noAqueles e no Katarze. No vocaltemos uma situação meiocomplicada. Nosso vocalista oficialchama Glerm Soares, mas ele moraem Curitiba. Ele já foi do BoiMamão e do Malditos Ácaros doMicrocosmos. Agora toca no IntunaRumori. Mas como normalmentenão temos dinheiro pra trazer ele

para os shows, temos um amigochamado Kayo Iglesias que tambémcanta no Aquarius, fazendo osshows com a gente. E seguimos emfrente.FMZ: Sobre o Eu Tu Denis: Ficaclaro que rolaram mudançassignificativas no som. Como querola a incorporação de novas

influên-cias notrabalhode vocêse quetipo desom teminfluenci-ado maisna horade com-por ulti-mamente?

Panço: A verdade é que temoscomposto pouco. Depois quefizemos as duas músicas que saíramno Tributo ao Inédito 2, temosapenas outras 6. Mas com certezajá estão diferentes do Eu, Tu, Denis.Acho que principalmente a minhaparte, que é a guitarra, támenos pesado, no sentido de usarmenos os bordões e mais as cordasde baixo. Eu tenho ouvido muitobandas como Cooper Temple Clausee Sparta.FMZ: O trabalho de vocês soaextremamente coeso no sentido deficar bem claro que rola todo umcuidado com o material a serlançado.Como vocês pensam oconceito de um novo álbum, emtermos de letras, parte gráfica,enfim?Panço: As letras e a parte gráficasão feitas pelo Flock, o baixista dogrupo. Levam bastante tempo paraamadurecer, mais de um ano. As

idéias vão vindo e sendo guardadaspara serem utilizadas na hora certa.FMZ: Vira e mexe o Jason partepro nordeste ou Europa. Masultimamente tem rolado algunsshows aqui pelo Rio. Como é acena underground que vocês temencontrado nessesshows mais recentes?Panço: Pelo menos paranós a cena é a mesma,sem estrutura de sempre.Conseguimos fazershows em três LonasCulturais (Guadalupe,Realengo e Bangu), e láa situação é bemagradável, mas destoa donormal. E mesmo nesses lugarescom boa estrutura, não tem dinheironenhum, o que inviabiliza muitascoisas.FMZ: A turnê européia com oHeron no vocal, ao que parece,teve alguns shows gravados.Existem planos de lançar essematerial algum dia?Panço: Não.

FMZ: Vocês acreditam que algumdia vamos ter aqui no Brasil umaestrutura semelhante a que vocêsencontram na Europa para ounderground? E o que falta praisso acontecer?Panço: Sinceramente não seiresponder com certeza. Eles têmmuitos lugares ruins como osnossos, mas no geral as coisas sãomelhores e aqui falta dinheiro.

Estamos com gravadoras pequenastrabalhando muito sério, algunsótimos sites, mas falta muito, muitomesmo.FMZ: Tá rolando uma ascensãode bandas que já tinham umahistória no cenário underground.

E agora começam a ter umavisibilidade maior na grandemídia. Eu queria perguntar sevocês conseguem imaginar algodesse tipo rolando com o Jason.Panço: Infelizmente não. Não quenão queiramos, afinal ninguém querse fuder pra sempre, mas não sei,não me parece muito viável não.Seria ótimo ter uma assessoria pra

lançar os discos, mas continuamosassim mesmo.FMZ: Existe previsão de algummaterial novo do Jason a serlançado?Panço: Gravamos 5 músicas háuns dois meses mais ou menos eessas são as próximas a seremlançadas em 5 lugares diferentes.

Uma é uma música nova do Flockcom os Djangos e ainda nãosabemos onde vai estar. As outras 4são para 4 tributos diferentes: FaithNo More, Bad Religion (na Suécia),Restos de Nada e Zumbi do Mato.Paramos por algumas semanas paramexer nessas faixas aí e essa semanaagora vou gravar minha parte. Emrelação a músicas novas, não temqualquer previsão. O Tributo ao

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VETITUM A banda Vetitum iniciou em junho de 2001 em Pelotas/RS. Fez suaprimeira apresentação em outubro do mesmo ano no primeiro festival demúsica da UCPel, classificando-se em terceiro lugar, com a sua primeiracriação: “Inspiration”. A formação inicial da banda, Carla Domingues (Vocal e Baixo), LuísaNunes (Bateria) e Paula Oliveira (Guitarra), está de volta atualmente, apósa passagem de Mercedes Hernandez (Vocal), Luciane Einhardt (Baixo) eIndira Renuncio (Guitarra) pela banda. Com ela ocorreram diversasapresentações no primeiro semestre de 2002, em Pelotas, Rio Grande e SãoLeopoldo. Após esse período houve a saída de Mercedes e o retorno deCarla, inicialmente apenas para os vocais. Com essa formação foramrealizados, entre outros, os shows no programa Radar da TVE-RS e emIndaial, SC, no River Rock Festival. No início de 2003, com a saída deLuciane, Carla reassume o baixo. Neste ano foram realizados shows emCriciuma-SC, em Indaial novamente e em Pelotas. Indira deixou a bandaem setembro. Apesar de trazer apenas duas músicas, o CD Inspiration teve boarepercussão, especialmente no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, etambém recebeu boa críticas em zines especializados. Gravado em agosto de2002, sem grandes investimentos, conta com a faixa título e a música“Imprisoner Laws”. No segundo semestre de 2003 os trabalhos concentraram-se na gravaçãode um novo CD demo, agora contendo seis faixas, intitulado Locked in aDream. As integrantes da banda sempre buscaram referências musicaisdistintas dentro do underground, e as composições tem demonstrado comoinfluências principais dark, doom e gothic metal. Por: Tio SatanContatos: Rua São José, 40 - Pelotas/RS - Cep: 96065-510 - Tel:(53) 30271516 - A/C: Luísa www.vetitum.com

NOTAS

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Diagramador: Rodolfo CaravanaScanners: Rafael Cordeiro

Produtores:Rafael A. ([email protected])Rodolfo Caravana ([email protected])

Colaboradores:Carlos Alberto ([email protected])Marina Dutra ([email protected])Tio Satan ([email protected])

Foto da Capa: Natalie Jorge

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Tamanhos / Preços 12,5 x 08cm....R$50,00 25 x 08cm.......R$90,00 25 x 16cm.......R$150,00

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Tio Satan: Por que você tá nessa?Beth: Estou nessa vida desde osmeus quatorze anos e trabalho noramo até mesmo por falta de opçãode vida. Mas quem me botou nessavida foi a minha prima, Jussara.Tio Satan: Sua prima trabalhajunto com você?Beth: Larga de ser besta cara, eu vivocê saindo com ela um dia desses!Tio Satan: Onde foi isso?Beth: Lá na Vila Mimosa.Tio Satan: Você trabalha látambém?Beth: Lógico, é preciso tirar umextra de vez em quando.Tio Satan: Então aquelamorenona, é sua prima?Beth: Pô cara, o difícil é encontraralguma piranha que não te conheça!Você é mais conhecido do quedinheiro e tá em tudo que é bordelaqui do Rio. Já tentou se candidatarem algum cargo político, comcerteza você vai ter a simpatia geraldas “camélias” desamparadas.Tio Satan: Abafa o caso mulher,vamos voltar ondeparamos. O seu nome éBeth, mesmo?Beth: Você já estácansado de saber que esseé o meu nome de guerra.Tio Satan: Eu sei mas agalera do zine não sabe?Beth: O que é um zine?Tio Satan: Aí criatura,vai dizer o seu nome ounão?Beth: Não posso tenhoque manter a minhaintegridade (risos).Tio Satan: Integridade!Que integridade é essaque você até deixou eutirar uma foto sua emtrajes e posições demenina carente?Beth: Mas você meprometeu preservar aminha imagem com uma tarja nomeu rosto.Tio Satan: Vou cumprir com o queprometi.Beth: Assim espero!Beth: Vai fazer um programinhahoje, comigo?Tio Satan: Tô fora e você sabe qualé da situação porque não vou fazero “programinha” com você.Beth: Ah, saquei da parada !Tio Satan: Como é o lance de fazerum programa com alguém quevocê não conhece e que nunca viuna vida?Beth: Ora, isso é simples, basta medesligar do mundo e o que rola emminha volta, abro as pernas e deixoas coisas acontecerem.Tio Satan: Não fica uma coisamecânica?Beth: Claro que fica, mas isso sãoossos do ofício. A garota não podese envolver com o cliente se não jáera. Você perde a moral com o clientedas próximas vezes que ele vim teprocurar.

Tio Satan: Chega a pintaralguma excitação em deter-minadas horas do rala e rola?Beth: Dificilmente rola o orgasmoda minha parte, mas às vezes juntoo útil ao agradável. Caso o cara forbonitão, bem limpinho e educadoas coisas ficam mais fáceis deacontecer, porém infelizmente, nósas profissionais do sexo somosmuito carentes de afeto por nãotermos um parceiro certo quandoprecisamos e com isso ficamosmuito vulneráveis no que se dizrespeito a carência afetiva.Tio Satan: Pô Beth, te conheçohá um tempão e gostaria desaber até quando você vai ficarnessa vida mundana?Beth: Até o devido momento queeu realmente encontrar um caraque me assuma por completo e queme aceite do jeito que eu sou semdiscriminação. Aí sim, eu voudeixar o ramo da prostituição. Secaso eu encontrar um cara assim

como você eu empenho até a minhaalma pro diabo!Tio Satan: Cara, que paposinistro. Fala sério ,esquece essepapo.Tio Satan: Você é macumbeira?Beth: Por que me fez essapergunta?Tio Satan: Eu vi uma imagem daescrava Anastácia, em forma dedecalque no seu celular e vitambém uma estrela de Daviaqui na sua pulseira.Beth: Sou apenas devota da santae carrego comigo a estrela de Davipara me proteger todos os diasnessa minha jornada errante.Tio Satan: Curte fazer sexo analou só faz o tradicional na cama?Beth: Entre quatro paredes valetudo, até umas dedadas no ânus doparceiro rola se caso ele quiser.Muitas vezes isso excita o cara eele fica até mais carinhoso na horado sexo. Mas eu cobro mais caropara fazer sexo anal, porque nãosão todas as garotas que fazem essafaçanha.

Tio Satan: Já fez programa comlésbicas ou com homossexuais?Beth: Nesse ramo a gente encontrade tudo um pouco, já transei commulheres, mas isso não dá tesão e étriste sair com um homem todomásculo e na cama o cara tem odesejo de ser “faturado” com umvibrador no meio do rabo. Isso chegaa ser muito bizarro até mesmo paraquem conhece o outro lado damoeda.Tio Satan: Quanto você estácobrando para fazer um programano hotel?Beth: A média está entre cinqüentareais, uma hora no hotel e se caso euestiver na Vila Mimosa, o preço lá évinte cinco reais e um real dacamisinha, caso o cliente não tiverpreservativo. Esse preço é só 20 min.Tio Satan: Em torno de quanto éa sua renda mensal?Beth: Isso depende muito de cadagarota de programa, da clientela quetem, se trabalha a madrugada todaou só a tarde. Tudo isso depende da

disposição de cada uma.Mas eu particularmentedevo tirar em torno de unsdois mil reais fazendo umfinal de semana (Sábadoe Domingo) por mês.Tio Satan: Qual é omelhor cliente paravocê?Beth: É aquele que pagasem reclamar o valor doprograma, de preferênciaos homens mais velhos,que são mais atenciosos,carinhosos e soltam agrana mais facilmentesem questionar.Tio Satan: E os garotõesestão fora do seuconceito...?Beth: De forma alguma,tem muito garotão por aíque é gente fina. Mas a

nível profissional eu só gosto delesapenas para satisfazer as minhasfantasias e para o meu prazerpessoal.Tio Satan: É isso aí, a noite táchegando ao fim e eu tenho que irtrabalhar, assim que o sol nascer.Tem alguma coisa a acrescentarpara finalizar o bate-papo?Beth: Tenho sim, gente se liga comquem tá saindo... use semprecamisinha, não importando comquem esteja transando a aids está asolta por aí. E já vi muitosconhecidos meus “cair do cavalo”por mera negligência. Faça sexo omáximo que puder porque isso fazbem para a saúde, o sexo sadio econsciente. Obrigada pelo espaço efiquem com Deus! Por: Tio SatanContatos: Avenida Ernani doAmaral Peixoto Niterói / RJ s/nº(de Segunda à Quarta). E VilaMimosa - Praça da Bandeira SãoCristovão / RJ (de Quinta àSábado). Procurar por Beth,sempre à partir das 19h.

'[<>F&�B��89>9 Saudações nação underground, estou aqui mais uma vez para falar de uma das

profissões mais antigas do mundo. Sim, estou falando das nossas queridasmeretrizes, que encantam as nossas vidas nos momentos de alegria e de solidão.Das Escuras avenidas de Niterói, encontramos Beth, uma garota de programaque revela a sua intimidade e os segredos da obscura rotina das noites cariocas

além do sexo e o prazer !

Laboratorium Records......Um cientista e suas experiênciasLuis Eduardo da Silva, mais conhecido como Cientista.Esta figura é responsável pelo selo Laboratorium Records,de Londrina, no estado do Paraná. Que por sinal abrigauma cena independente rica e que vale, e muito, a penaser descoberta. Pois bem. A Laboratorium Records, alémde um vasto catálogo que inclui nomes que vão desde ohardcore melódico dos colombianos do Jhonnie Walker,passando pelo punk Rock das meninas do Bulimia e atémesmo a clássica coletânea Different Songs dedicada àcena indie/guitar Rock brazuca. Mas o que nos interessaaqui são os lançamentos produzidos pela própria Lab recs. De cara, e nem poderia ser muito diferente, Cientistaapostou em sua própria banda. O Surface. Que teve iníciono já distante ano de 1996 e se encontra em atividade atéhoje. A banda cativa, de cara, pelos vocais femininos.Que sempre dão um charme maior a coisa, né? E foiapostando nesse som que a Lab recs. pôs na rua Buildingthe Future and Still Thinking of You, em 2001. Estelançamento obteve repercussão não somente no circuitounderground, mas também na mídia local que deudestaque não só para o Surface, mas também para outroprojeto de Cientista: um dos projetos voltados para a cenahardcore mais bem sucedidos de que se têm notícias, comoveremos a seguir. Vale lembrar ainda, que o Surfacelançou também via Lab recs. um segundo trabalho.Intitulado Redenção, o mais recente lançamento da bandaencontra-se resenhado em Resenhas (óbvio, não) nestemesmo FMZ, confere lá. Voltando a Lab recs: todo selo que se preze tem suacoletânea, certo? Só que Cientista quis fazer a coisa deum outro jeito. Não apenas juntar as bandas e fazer umacompilação. Tinha de ter um algo mais. E esse algo mais

veio na forma de um fanzine que acompanharia ascoletâneas. Se deu certo? O HC Scene, nome do fanzine eda coletânea, pode ser considerado, como disseanteriormente, um dos projetos voltados para a cenahardcore mais bem sucedidos de que se têm notícias.Obtendo inclusive menções em publicações renomadascomo a revista brazuca Rock Brigade (que surgiu comoum zine xerocado, sabiam?) e o respeitadíssimo MaximumRock’n’Roll dos EUA.E não pense que o fanzine que acompanha as coletâneas sedispõe a falar apenas das bandas participantes. Além deinformações sobre a coletânea e bandas, cada número daHC Scene foca um tema. Por exemplo: no HC Scene 4 otema era “Direito dos animais”. O projeto chegou a suaquinta edição abordando o tema “Violência”. E trazendouma surpresa: o fanzine que acompanha o cd, que eraimpresso, virou uma faixa multi-mídia produzida pelaWmais, também de Loncrina.Muita gente já deu as caras na HC Scene. Além do próprioSurface (nem podia ficar de fora, né?), teve Núcleo Base,também do Paraná, General Bacon e Coice de Mula, entreoutras. Sem contar os argentinos do GEN e os holandesesdo Bambix. Como disse, a HC Scene chegou a seu quintonúmero, e todas as edições se encontram disponíveis nocatálogo da Lab recs., bem como os lançamentos do Surfacee mais uma penca de coisas legais.Uma forma de divulgar os sons da galera e ao mesmo tempoalertar e incentivar a discussão de temas de alta relevânciaentre a galera do meio underground. Aí em baixo vão oscontatos da Laboratorium Records. Para quem se interessarpelos projetos e experiências deste cientista de Londrina.Rafael A. Contatos: Caixa postal 990 - Londrina/PR

CEP 86 001 – 970 A/C: Luis Eduardoe-mail: [email protected]: www.hcscene.com/home/beta

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CEP 24 230-970feiramodernazine@ y a h o o . c o m . b r

RPG=Violência? RPG≠Violência? RPG≅Violência?

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���������A Dress foi formada em 96 e hoje conta em sua formação com Andréa Marie (vocal/guitarra), Daniel (guitarra), AnaClaudia (vocal/baixo) e Altáia (bateria). Seu 2° trabalho lançado foi em março de 2002, intitulado “Made by Girls”(ainda com sua ex-guitarrista Denise), com seis faixas, sendo 4 ao vivo (retirado de um show) mais dois bônus emestúdio. Seu som flerta com o Garage Rock e Proto Punk dos anos 70. Para falar um pouco mais da banda e dospróximos planos a vocalista Andréa Marie nos cedeu esta entrevista.FMZ: Como surgiu o Dress?Andréa: Surgiu em meados de 96. Todos nós já gostávamos muito de Rock, e ficando influenciadas por amigos nossos (como o Dago Red).Aí começamos a falar mais no assunto, distribuindo “democraticamente” (ah,ah,ah) quem ia tocar o quê na banda. Daí foi um pulo pra gentecomeçar a aprender os primeiros acordes, porque na época não sabíamos tocar.FMZ: De onde surgiu o nome da banda?Andréa: O nome “Dress” foi retirado carinhosamente de uma música do Hole, “Best Sunday Dress”. Mas posso dizer que o “significado”do nome é traduzir o universo feminino, sem cair no feminismo extremado e não restringir apenas ao uso de saias ou vestido pra caracterizaro feminino. Pra gente, Dress é apenas uma referência.FMZ: Dá pra falar um pouco dos trabalhos já lançados pelo Dress?Andréa: De k7 temos nosso 1° trabalho, intitulado “Live and Undressed” com algumas composições ao vivo, extraídas de um show quefizemos aqui em Fortaleza. Esse k7 é relíquia mesmo, nem eu tenho a minha cópia. Mas com esse trabalho conseguimos divulgar bastantea banda, atingindo pessoas e levando-as a assistir e ver nosso show. Esse trabalho também foi divulgado no Lado B da MTV antiga. Emmarço de 2000 lançamos o cd demo “Made by Girls”, que é mais produzido, contendo 4 faixas retiradas de um show ao vivo em Fortalezae mais 2 bônus gravados em estúdio. No momento, estamos ensaiando e preparando um novo material, mas sem data definitiva para entrarem estúdio.FMZ: Como foi a gravação de “Made by Girls”?Andréa: Foi tudo muito rápido, em uma semana pensou-se no cd e na outra já estávamos meando. Das músicas ao vivo, foi registrado osruídos comuns em shows ao vivo. As músicas de estúdio foram gravadas num sábado e finalizadas na segunda-feira. No outro sábado, jáestávamos fazendo show de lançamento. A arte gráfica foi a Ana Claudia (baixo) e o artista plástico Ticiano Monteiro quem fez.FMZ: E como está a distribuição?Andréa: O cd está sendo bem aceito. Sempre estamos fazendo mais cópias por conta dos pedidos. Dos vendidos só em Fortaleza, deve estarpelas 50 cópias ou mais. Cópias para divulgação então, já perdeu-se as contas.FMZ: Como está o cenário de Fortaleza atualmente?Andréa: Está bem variado. As bandas estão mais profissionais e atentas à “pequenos” detalhes como produção de shows, performance,festa de lançamento, etc... Contamos também com mais recursos técnicos como parte gráfica, mp3, blog, sites. De bandas daqui temos oSwitstance, 1295, Dago Red, 69% Love (que lançou clip em rede local, pela TV união), 2Fuzz, Mary Poppins, Da capo e outras que sonhamcom reconhecimento, mas não param.FMZ: Voltando à banda, algum show do Dress em especial?Andrea: Foi o MADA, festival em Natal (RN), em maio de 2000. tocamos pela primeira vez em outro estado, e com uma ótima estrutura.A segunda vez fica por conta do último encontro SESC de bandas, em Sobral (CE), em agosto de 2003.FMZ: Quais as influências de cada um?Andréa: A Ana Claudia gosta de punk Rock, tipo Ramones e Sex Pistols e adora bandas como Hole, L7, Bikinni Kill, Sonic Youth, Yeahyeah yeahs, Drugstore e Rock 80’s, tipo Cure. A Altaíla agora só fala do Man or Astro Man. O Daniel curte Sonic Youth e Jesus & MaryChain. E eu curto Radiohead, Trans, Coldplay, Placebo, My blood Valentine, SonicYouth, Weezer, Interpol, Strokes, Yeah yeah yeahs,J&MC, David Bowie, New Order, Ravionettes e muitos outros.FMZ: Como rola o processo de composição do Dress?Andréa: Geralmente levo um riff ou uma seqüência, e a partir daí trabalhamos juntos para finalizar como música. As vezes já levo pronta,mas sempre dá um jeito de colocar um lance aqui e outro ali. O jeito especial que cada um tem, percepção musical, influências, etc...também. Mas só fica o que agrada.FMZ: Planos para o futuro?Andréa: Queremos divulgar e levar nosso trabalho para outras pessoas além de nosso estado, por que não?! Estamos em fase de produçãode várias coisas: camisas, cd novo, o blog. Estão havendo idéias novas para o nosso site oficial, que vai sair até janeiro de 2004. Conhecerpessoas, outras bandas e tocar, tocar... O Dress não quer parar. por: Carlos Alberto

Contatos: R. Ana Gonçalves, 702 – Pio XII – Fortaleza/CE / CEP 60 130 – 490 / E-mail: [email protected]: www.musicanmp3.com/artist/3dress www.belgiummp3.be/mp3/dress - Blog: www.dress.blogger.com.br

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�������������RPG e Violência(?)

Em tempos de “guerra civil” no Rio de Janeiro, terrorismos no Iraque e emoutras partes do mundo, a Violência está em pauta. Talvez seja apenas mais um“assunto do momento”. Talvez não. Mas é uma discussão que sempre nos fazpensar, principalmente se o assunto é RPG.

Todo RPGista sabe, que além de sermos chamados de satanistas, malucos, eoutras coisas piores, uma das maiores críticas ao RPG é o fato (só para quem nãoconhece o jogo) do RPG ser um jogo violento. Lutas contra dragões, vampiros,lobisomens, assassinos, ladrões e qualquer outra coisa encontrada em bestiáriosextensos fazem muitas vezes que o RPG, para além do matar-pilhar-destruir pareçasó matar-matar-matar (ficou bem Zumbi do Espaço, né?).

É certo que certas temáticas, e certos jogos, levam mais ao combate que outros.Se o estilo fantasia medieval (do D&D) por exemplo, pode ser exemplificadocomo “matar o dragão e salvar a princesa”, coisa presente na maioria dos contosde fada, ainda é preciso matar o dragão, e eis que surge o combate e a “violência”.Entretando, nos mesmos jogos, pode-se adotar abordagens que não envolvam ocombate: brigas palacianas da corte, onde a inteligência e a fofoca são as armas;labirintos com armadilhas; e inúmeros outros exemplos. No caso mesmo do dragãoe a princesa, às vezes o grupo não é experiente o suficiente para fazer frente a umdragão, o que obrigaria os jogadores a chegarem a uma barganha negociando como dragão (ou mesmo “roubando” a princesa dele, no melhor estilo O Hobit).

Mas, realmente, o combate, as lutas, são partes integrantes da maioria dosRPGs, nem que seja como opção. Isso vem das raízes do jogo mesmo, que eramos wargames (como o War, jogo de tabuleiro com exércitos - e esse ninguémchama de violento...); portanto, se a origem já eram os “jogos de guerra”, não é deestranhar que a maioria dos livros básicos tenham um capítulo chamado “Combate”e uma “Lista de Armas” que podem ser usados pelos jogadores, passanda de clavasa espadas medievais e pistolas automáticas...

Entretanto, embora detonar monstros e adversários seja bom, esse nuncarealmente é o objetivo do jogo. Tudo depende da história, como eu já disse. Euparticularmente, quando jogo RPG, odeio matar alguém no jogo; até luto, masacho que isso á inclusive contra-producente: se você mata o guarda do castelo,não fica sabendo (talvez por interrogatório - que já pode ser mais interpretação)que a chave está escondida, ou que há mais guardas, ou coisas assim. O capítulosobre Combate é tão acessório que é o último que eu sempre leio nos livros (quandoleio, tem uns que até hoje não li, como o Combate Avançado do GURPS...).

Voltando aos capítulos sobre combates, como eu disse há jogos onde eles nãoexistem, ou são realmente secundários (tanto em questão do tema como em questãoàs regras). Um exemplo é o excelente Castelo Falkenstein, jogo ambientado emuma Europa fictícia do século XIX, onde existe magias, fadas, dragões, e autoresandam lado a lado com suas personagens (quase como A Liga Extraordinária).O mote desse jogo são coisas como Virtude, Honra, e Glória, e fazer o que é certonão importa a que custo. Bem “por Deus e pela Pátria” mesmo. E não existecapítulo de combate. As lutas usam as regras normais de qualquer teste (numsistema genial que usa cartas de baralho ao invés de dados), no máximo tendo umsubcapítulo que mostra regras para duelos de espada (que no cenário é muito maisespalhafatoso que mortífero, como todo bom capa-e-espada).

Outro também é As Extraordinárias Aventuras do Barão Munchausen,um joguinho bem pequeno, mas muito divertido, onde principal objetivo é contara maior mentira, ou seja, a aventura mais fantástica de todas (sendo que os outrosjogadores se intrometem na narrativa a toda hora). Isso sem ninguém morrer noprocesso (ou não...).

O que eu quero mostrar é que, embora uma “briguinha” seja boa no jogo (oumesmo batalhas épicas), o RPG é muito mais que matar monstros. Nós devemosnão só buscar formas de evitar o combate desnecessário na vida real quanto nosjogos, e assim mostrar pra todos os que nos criticam que RPG é diversão, nãoviolência.

Bom, de uma coisa eu tenho certeza: de que o debate não acabou aqui. Sóespero que este artigo tenha acrescentado algo a ele, e mostrado às pessoas queacham que RPG é banho de sangue que o nosso jogo é muito mais que brandirespadas ou arremessar dados. por: Rodolfo Caravana

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