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Estágio ITE 2015 Imposto sobre o Rendimentos das Pessoas Singulares DSF 2015

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Estágio ITE 2015Imposto sobre o Rendimentos das Pessoas

Singulares

DSF 2015

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Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares

Republicação do Código do IRS

Lei n.º 82.º-E/2014 de 31 de dezembro

Versão originária

Decreto-lei n.º 442-A/88, de 30 de novembro

(entrou em vigor em 1 de janeiro de 1989)

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Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares

Objetivos gerais

Conhecimento técnico e respetiva dinâmica do Imposto sobre o Rendimentodas Pessoas Singulares, capacitando os formandos para as alterações eimplicações do novo Código.

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Objetivos específicos

•Compreender a incidência subjetiva, identificando “quem” está sujeito aoimposto e em que termos;

• Compreender o conceito de residente e não residente e implicações daídecorrentes;

•Identificar os rendimentos sujeitos a imposto (incidência real) ecompreender o procedimento de determinação do rendimento coletável eapuramento do imposto;

•Perceber as principais alterações e implicações decorrentes da reforma doIRS de modo a serem aplicadas em situações práticas.

Imposto sobre o Rendimentos das Pessoas Singulares 4

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Programa

I. Aspetos gerais

1. Princípios constitucionais e caraterísticas do IRS

2. Reforma do IRS – Linhas orientadoras

II. Incidência Pessoal

1. Sujeitos Passivos

2. Conceito de agregado familiar

III. Territorialidade (Residência)

1. Residentes/Não residentes

2. Residentes não habituais

Imposto sobre o Rendimentos das Pessoas Singulares 5

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Programa

IV. Incidência real e apuramento do rendimento líquido

1. Incidência real

2. Apuramento do rendimento líquido por categoria de rendimentos

V. Apuramento do imposto

1. Declaração de rendimentos

2. Taxas e quociente familiar

3. Liquidação

4. Deduções à coleta

5. Pagamento

VI. Obrigações acessórias e garantias

Imposto sobre o Rendimentos das Pessoas Singulares 6

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Estágio ITE 2015 – IRSI – Aspetos gerais

DSF 2015

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I – Aspetos Gerais

1. Princípios constitucionais

2. Caraterísticas do IRS

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I.1 – Princípios constitucionais e caraterísticas do IRS

Artigo 103.º Constituição da República Portuguesa

(sistema fiscal)

1. O sistema fiscal visa a satisfação das necessidades financeiras do Estado

e outras entidades públicas e uma repartição justa dos rendimentos e da

riqueza.

2. Os impostos são criados por lei, que determina a incidência, a taxa, os

benefícios fiscais e as garantias dos contribuintes.

3. Ninguém pode ser obrigado a pagar impostos que não hajam sido

criados nos termos da Constituição, que tenham natureza retroativa ou

cuja liquidação e cobrança se não façam nos termos da lei.

IRS/Módulo I/Aspetos gerais 9

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I.1 – Princípios constitucionais e caraterísticas do IRS

Artigo 104.º Constituição da República Portuguesa

(Impostos)

1. O imposto sobre o rendimento pessoal visa a diminuição das

desigualdades e será único e progressivo, tendo em conta as

necessidades e os rendimentos do agregado familiar.

2. A tributação das empresas incide fundamentalmente sobre o seu

rendimento real.

3. A tributação do património deve contribuir para a igualdade entre os

cidadãos.

4. A tributação do consumo visa adaptar a estrutura do consumo à

evolução das necessidades do desenvolvimento económico e da justiça

social, devendo onerar os consumos de luxo.

IRS/Módulo I/Aspetos gerais 10

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I.1 – Princípios constitucionais e caraterísticas do IRS

Imposto único

Incide sobre os rendimentos globais, reunindo num todo, através domecanismo do englobamento, a totalidade dos rendimentos,independentemente da sua fonte, sem prejuízo da aplicação de taxasespecíficas – gerais e especiais – a determinados rendimentos.

IRS/Módulo I/Aspetos gerais 11

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I.1 – Princípios constitucionais e caraterísticas do IRS

Caraterísticas do IRS

Imposto Direto - Incide diretamente sobre as manifestações diretas ouimediatas da capacidade contributiva.

Imposto Pessoal - Porque atende à situação e características de cadaagregado familiar, levando em consideração os seus encargos eestabelecendo um mínimo de existência, abaixo do qual não há tributação.

Imposto Estadual - As receitas do IRS revertem para o Estado Português, oqual é o sujeito ativo da relação jurídico-tributária, cabendo-lhe aadministração do imposto e a sua redistribuição, sendo que a influência doadministrante estende-se a todo o território nacional.

IRS/Módulo I/Aspetos gerais 12

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I.1 – Princípios constitucionais e caraterísticas do IRS

Imposto Periódico - A situação tributária de uma pessoa física prolonga-se notempo, durante uma grande parte da sua vida, sendo que para efeitostributários é necessário o seu fracionamento em períodos mais curtos.

• legislador tributário acolheu como regra geral, a periodicidadeanual.

• período de tributação em sede de IRS, deverá coincidir com o anocivil, sendo o agregado familiar constituído pelos elementos que ocompõem em 31-12

Imposto Progressivo - Obedecendo ao estipulado no n.º 1 do artigo 104.º da

CRP.

IRS/Módulo I/Aspetos gerais 13

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I.2 – Reforma do IRS – Linhas orientadoras

2. Linhas orientadoras da reforma do IRS

i. Promoção da simplificação do imposto;

ii. Promoção da mobilidade;

iii. Proteção das famílias, tendo nomeadamente em consideração a importância da natalidade.

(cf. Despacho n.º 4168-A/2014, do Secretário de Estado dos AssuntosFiscais, publicado na II Série do Diário da República de 19 de março).

IRS/Módulo I/Aspetos gerais 14

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Estágio ITE 2015 – IRSII – Incidência pessoal

DSF 2015

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II – Incidência Pessoal

1. Sujeito passivo

2. Agregado familiar

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares 16

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II.1. Sujeitos Passivos

• Pessoas singulares residentes em território português e as que, nele nãoresidindo, aqui obtenham rendimentos;

• Regra geral da tributação separada salvo opção pela tributação conjunta(art.º 13.º, n.º 2 CIRS)

*Recorde-se que até à Reforma do IRS o regime regra era a tributação

conjunta.

• Situação pessoal e familiar é aquela que se verificar no último dia do anoa que o imposto respeite.

IRS/Módulo II/ Incidência Pessoal 17

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II.2. Agregado Familiar

Conceito de agregado familiar

a) Os cônjuges não separados judicialmente de pessoas e bens, ou os unidosde facto, e os respetivos dependentes;

b) Cada um dos cônjuges ou ex-cônjuges, respetivamente, nos casos deseparação judicial de pessoas e bens ou de declaração de nulidade,anulação ou dissolução do casamento, e os dependentes a seu cargo;

c) O pai ou a mãe solteiros e os dependentes a seu cargo;

d) O adotante solteiro e os dependentes a seu cargo.

(art.º 13.º, n.º 4 CIRS)

IRS/Módulo II/Incidência Pessoal 18

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II.2. Agregado Familiar

Conceito de dependentes:

a) Os filhos, adotados e enteados, menores não emancipados, bem como osmenores sob tutela;

b) Os filhos, adotados e enteados, maiores, bem como aqueles que até àmaioridade estiveram sujeitos à tutela de qualquer dos sujeitos a quemincumbe a direção do agregado familiar, que não tenham mais de 25 anosnem aufiram anualmente rendimentos superiores ao valor da retribuiçãomínima mensal garantida;

c) Os filhos, adotados, enteados e os sujeitos a tutela, maiores, inaptos para otrabalho e para angariar meios de subsistência;

d) Os afilhados civis. (novo)

* Desde que identificados com o NIF na declaração de rendimentos

IRS/Módulo II/Incidência Pessoal 19

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II.2. Agregado Familiar

• No caso de exercício conjunto das responsabilidades parentais osdependentes integram:

a)O agregado do progenitor a que corresponder a residência fixada noacordo de regulação;

b)Não tendo sido fixada residência ou não sendo possível apurar a suaresidência habitual, integram o agregado do progenitor com o qual odependente tenha identidade de domicílio no último dia do ano a que oimposto respeite.

*Dependentes não podem fazer parte de mais do que um

agregado familiar

IRS/Módulo II/Incidência Pessoal 20

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II.2. Agregado Familiar

• O domicílio fiscal faz presumir a habitação própria e permanente do sujeitopassivo que pode, a todo o tempo, apresentar prova em contrário.

(art.º 13.º, n.ºs 10 a 13)

a)Habitação própria e permanente noutro imóvel; ou,

b)Inexistência de habitação própria e permanente

• Cabe à AT demonstrar a falta de veracidade dos aludidos meios de prova ouinformações que constam dos mesmos.

IRS /Módulo II/Incidência Pessoal 21

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II.2. Agregado Familiar

União de facto (artigo 14.º CIRS)

• Presunção de união de facto quando exista (i) identidade de domicíliofiscal dos sujeitos passivos durante o período exigido pela lei (2 Anos*)para verificação dos pressupostos da união de facto, e (ii) durante operíodo de tributação.

*(cf. Lei n.º 7/2001, de 11-05, alterada pela Lei n.º 23/2010, de 30-08)

• Alargamento dessa possibilidade aos sujeitos passivos não residentes emterritório português durante todo ou parte do referido período

Depende de prova documental da identidade de domicílio fiscal no Estadoou Estados onde residiram durante aquele período. (novo)

IRS/Módulo II/Incidência Pessoal 22

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Estágio ITE 2015 – IRSIII – Territorialidade (Residência)

DSF 2015

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III – Territorialidade (Conceito de Residência)

1. Residente/Não residente

2. Residentes não habituais

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares 24

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III.1.Residentes/Não residentes

Conceito de Residência é essencial para definir o âmbito da sujeição aimposto (art.º 15.º CIRS)

Residentes Princípio da universalidade

Imposto incide sobre a totalidade dos rendimentos, incluindo osobtidos fora do território português

Não residentes Princípio da territorialidade/fonte

Imposto incide unicamente sobre os rendimentos obtidos em territórioportuguês (art.º 18.º CIRS)

IRS/Modulo III/Territorialidade 25

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III.1.Residentes/Não residentes

São residentes em território português os sujeitos passivos que :

a) Hajam nele permanecido mais de 183 dias, seguidos ou interpolados, emqualquer período de 12 meses com início ou fim no ano em causa;

b) Tendo permanecido por menos tempo, aí disponham, num qualquer diadaquele período, de habitação em condições que façam supor intençãoatual de a manter e ocupar como residência habitual;

(art.º 16.º CIRS)

Tornam-se residentes desde o primeiro dia do período de permanência

Dia de presença: qualquer dia completo ou parcial, que inclua dormida.

IRS/Modulo III/Territorialidade 26

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III.1.Residentes/Não residentes

Critério temporal

•Residência fiscal parcial (novo regime)

•Residência fiscal – totalidade do ano (anterior regime)

IRS/Modulo III/Territorialidade 27

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III.1.Residentes/Não residentes

Critério habitação

Residência fiscal parcial (novo regime)

Residência fiscal – totalidade do ano (anterior regime)

IRS/Modulo III/Territorialidade 28

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III.1.Residentes/Não residentes

• Sujeitos passivos tornam-se residentes desde o primeiro dia do períodode permanência em território português (art.º 16.º, n.º 3 CIRS)

Salvo quando tenham sido residentes em territórioportuguês em qualquer dia do ano anterior

Consideram-se residentes desde o 1.º dia do ano em que adquirem aresidência em território português (art.º 16.º, n.º 1, als. a) e b) CIRS)

IRS/Modulo III/Territorialidade

Residente Não residente Residente

2015 2016

Residente

Regra

Salvaguarda

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III.1.Residentes/Não residentes

Perda da qualidade de residente ocorre a partir do último dia de permanênciasalvo regras de salvaguarda (art.º 16.º, n.º 4)

• Residência fiscal parcial (novo regime)

•Residência fiscal – totalidade do ano (anterior regime)

IRS/Modulo III/Territorialidade 30

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III.1.Residentes/Não residentes

1.ª Regra de salvaguarda (à saída) – art.º 16.º, n.º 14 CIRS

• Sujeito passivo considera-se residente durante a totalidade do ano fiscalquando cumulativamente:

a) Permaneça em território português por período superior a 183 dias(contínuos ou interpolados);

b) Obtenha, no decorrer desse ano e após o último dia de permanênciaem território português, quaisquer rendimentos que fossem sujeitos enão isentos de IRS, caso o sujeito passivo mantivesse a sua qualidade deresidente em território português.

IRS/Modulo III/Territorialidade 31

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III.1.Residentes/Não residentes

A referida regra de salvaguarda (à saída) não é aplicável se sujeito passivodemonstrar que os rendimentos auferidos são tributados [por um imposto

sobre o rendimento idêntico ou substancialmente similar ao IRS] no seudomicílio ou residência:

a) Noutro Estado membro da UE ou do EEE com o qual existaintercâmbio de informações em matéria fiscal e se preveja acooperação administrativa no domínio da fiscalidade;

b) Noutro Estado em que os rendimentos auferidos não estejamsujeitos uma taxa tributação inferior a 60% daquela que seriaaplicável em território português.

IRS/Modulo III/Territorialidade 32

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III.1.Residentes/Não residentes

2.ª Regra de salvaguarda (à saída) – art.º 16.º, n.º 16 CIRS

• Sujeito passivo considera-se, ainda, residente em território portuguêsdurante a totalidade do ano sempre que volte a adquirir a qualidade deresidente durante o ano subsequente àquele em que perdeu aquelamesma qualidade (último dia de permanência)

IRS/Modulo III/Territorialidade

2015 2016

Residente Não residente Residente Regra

Residente Salvaguarda

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III.1.Residentes/Não residentes

São residentes em território português os sujeitos passivos que:

(art.º 16.º CIRS)

c) Em 31 de dezembro, sejam tripulantes de navios ou aeronaves, desde queaqueles estejam ao serviço de entidades com residência, sede ou direçãoefetiva nesse território;

d) Desempenhem no estrangeiro funções ou comissões de carácter público,ao serviço do Estado Português.

Abrange o exercício de funções de deputado ao Parlamento Europeu (cf. n.º13)

IRS/Modulo III/Territorialidade 34

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III.1.Residentes/Não residentes

• São considerados residentes em território português sujeitos passivos denacionalidade portuguesa que deslocalizem residência para país, territórioou região, sujeito a um regime fiscal claramente mais favorável

(cf. Portaria n.º 150/2004, de 13-02, alterada pela Portaria n.º 292/2011, de08-11)

No ano da transferência e nos quatro anos subsequentes salvo se provar quemudança se deve a razões atendíveis (ex. exercício de atividade temporária).

• Cessa quando sujeito passivo se torne fiscalmente residente noutroterritório ou região sem regime fiscal claramente mais favorável

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III.1.Residentes/Não residentes

Residência nas Regiões Autónomas (art.º 17.º CIRS)

• Permanência por mais de 183 dias naquele território aferida através:

– Residência habitual;

– Registo para efeitos fiscais.

• Não sendo possível aferir a permanência,

São considerados residentes no território de uma RA os residentesem território português que ali tenham o seu principal centro deinteresses

IRS/Modulo III/Territorialidade 36

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III.1.Residentes/Não residentes

Principal centro de interesses

Local onde se obtenha a maior parte da base tributável

a) Categoria A local onde é prestada a atividade;

b) Categoria B local do estabelecimento ou do exercício habitualda profissão;

c) Categoria E local do estabelecimento a que deva imputar-se opagamento;

IRS/Modulo III/Territorialidade 37

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III.1.Residentes/Não residentes

Principal centro de interesses

Local onde se obtenha a maior parte da base tributável

d) Categoria F local onde se situam os imóveis caso de imóveis;

e) Categoria H local onde são pagas ou colocadas à disposição.

IRS/Modulo III/Territorialidade 38

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III.1.Residentes/Não residentes

Residentes noutro Estado membro da União Europeia (EU) ou do EspaçoEconómico Europeu (EEE)

Podem optar pela tributação nos termos das regras aplicáveis aos sujeitospassivos não casados, residentes em território português.

Quando rendimentos obtidos em território português representem pelomenos 90% do total dos rendimentos obtidos no ano em causa, incluindo osde fonte estrangeira.

Residente virtual (art.º 17.º-A CIRS)

IRS/Modulo III/Territorialidade 39

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III.1.Residentes/Não residentes

Residentes noutro Estado membro da EU ou do EEE

• Sujeitos passivos casados e não separados de pessoas e bens ou unidos defacto podem optar pela tributação nos termos das regras aplicáveis aossujeitos passivos casados e não separados judicialmente de pessoas e bensresidentes em território português.

a.Ambos tenham residência num Estado membro da UE ou do EEE;

b.Quando rendimentos obtidos em território português representem pelomenos 90% do total dos rendimentos do agregado familiar;

c.Opção seja formulada por ambos os sujeitos passivos ou pelos respetivosrepresentantes fiscais.

IRS/Modulo III/Territorialidade 40

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III.2.Residente não habitual

•Criado pelo Decreto-lei n.º 249/2009, de 23-09, que aprovou o Código Fiscaldo Investimento.

•Sujeitos passivos que se tornem fiscalmente residentes e não tenham sidoresidentes em qualquer dos cinco anos anteriores.

• Formalismos:

i. Inscrição como residente não habitual no momento da inscriçãocomo residente; ou,

ii. Até 31 de março, inclusive, do ano seguinte àquele em que setorne fiscalmente residente.

IRS/Modulo III/Territorialidade 41

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III.2.Residente não habitual

• Residente não habitual adquire o direito de ser tributado como tal por umperíodo de 10 anos consecutivos (a partir do ano, inclusive, da inscrição comoresidente em território português).

Caso o sujeito passivo não tenha utilizado tal direito em um ou mais anos doperíodo, pode sempre retomar o gozo do mesmo a partir do ano em que sejafiscalmente residente.

• Aplicação do regime do residente não habitual implica que sujeito passivoseja considerado residente em território português em qualquer momentodesse ano.

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III.2.Residente não habitual

•Legislação e instruções administrativas:

Decreto-lei n.º 249/2009, de 23-09

Portaria n.º 12/2010, de 17-01 (atividades de elevado valor)

Circular n.º 2/2010 DSIRS

Circular n.º 9/2012 DSIRS

Ofício-Circulado n.º 90015, de 08-06-2010

IRS/Modulo III/Territorialidade 43

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III – Territorialidade (Residência)Obrigações acessórias

•Sujeitos passivos devem comunicar qualquer alteração no estatuto deresidente no prazo de 60 dias (art.º 19.º, n.º 5 LGT).

• Os não residentes que obtenham rendimentos sujeitos a IRS, bem como osque, embora residentes em território nacional, se ausentem deste por umperíodo superior a seis meses devem designar representante fiscal (art.º130.º CIRS e art.º 19.º, n.º 6 LGT)

Não é aplicável aos não residentes de, ou a residentes que seausentem para, Estados membros da UE ou do EEE (cooperaçãoadministrativa no domínio da fiscalidade)

•Possibilidade de renúncia à representação (art.º 130.º-A CIRS) *Novo

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares 44

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Estágio ITE 2015 – IRSIV – Incidência real e apuramento do

rendimento líquido

DSF 2015

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IV – Incidência real e apuramento do rendimento líquido

1. Incidência real

2. Apuramento do rendimento líquido por categoria

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares 46

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IV – Incidência Real

Base do imposto (art.º 1.º CIRS)

O imposto sobre o rendimento das pessoas singulares (IRS) incide sobre ovalor anual dos rendimentos das categorias seguintes, mesmo quandoprovenientes de atos ilícitos, depois de efetuadas as correspondentesdeduções e abatimentos (…)

Os rendimentos, quer em dinheiro quer em espécie, ficam sujeitos atributação, seja qual for o local onde se obtenham, a moeda e a forma porque sejam auferidos.

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares 47

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IV.1. Incidência Real

Categorias de Rendimentos

Categoria A — Rendimentos do trabalho dependente;

Categoria B — Rendimentos empresariais e profissionais;

Categoria E — Rendimentos de capitais;

Categoria F — Rendimentos prediais;

Categoria G — Incrementos patrimoniais;

Categoria H — Pensões.

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 48

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IV – Incidência real e apuramento do rendimento líquido

Categoria A – Rendimentos do trabalho dependente

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares 49

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IV – Incidência Real – Categoria A

• Incluem-se nos rendimentos do trabalho dependente todas asremunerações pagas ou postas à disposição do seu titular provenientes de:

a)Trabalho por conta de outrem prestado ao abrigo de contrato individual detrabalho ou de outro a ele legalmente equiparado;

b)Trabalho prestado ao abrigo de contrato de aquisição de serviços ou outrode idêntica natureza, sob a autoridade e a direção da pessoa ou entidade queocupa a posição de sujeito ativo na relação jurídica dele resultante;

c)Exercício de função, serviço ou cargo públicos;

(art.º 2.º, n.º 1 CIRS)

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 50

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IV – Incidência Real – Categoria A

d) Situações de pré-reforma, pré-aposentação ou reserva, com ou semprestação de trabalho, bem como de prestações atribuídas, não importa aque título, antes de verificados os requisitos exigidos nos regimes obrigatóriosde segurança social aplicáveis para a passagem à situação de reforma, ou,mesmo que não subsista o contrato de trabalho, se mostrem subordinadas àcondição de serem devidas até que tais requisitos se verifiquem (…)

(art.º 2.º, n.º 1 CIRS)

As referidas remunerações incluem, designadamente, ordenados, salários,vencimentos, gratificações, percentagens, comissões, participações, subsídiosou prémios, senhas de presença, emolumentos, participações em multas eoutras remunerações acessórias, ainda que periódicas, fixas ou variáveis, denatureza contratual ou não.

(art.º 2.º, n.º 2 CIRS)

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 51

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IV – Incidência Real – Categoria A

São, ainda, considerados rendimentos do trabalho dependente (art.º 2.º, n.º3 CIRS):

a)As remunerações dos membros dos órgãos estatutários das pessoascoletivas e entidades equiparadas, com exceção dos revisores oficiais decontas;

b)As remunerações acessórias, nelas se compreendendo todos os direitos,benefícios ou regalias não incluídos na remuneração principal que sejamauferidos devido à prestação de trabalho ou em conexão com esta econstituam para o respetivo beneficiário uma vantagem económica;

Inclui benefícios e regalias atribuídos aos sujeitos referidos no

art.º2.º, n.º11 CIRS

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 52

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IV – Incidência Real – Categoria A

Vantagens acessórias (art.º 2.º, n.º 3, al. b) CIRS)

• Os abonos de família e respetivas prestações complementares, exceto naparte em que não excedam os limites legais estabelecidos (n.º1);

• O subsídio de refeição na parte em que exceder o limite legalestabelecido ou em que o exceda em 60 % sempre que o respetivosubsídio seja atribuído através de vales de refeição (n.º2);

Montante para os servidores do Estado (Lei n.º82.º-B/2014 de 31-12)

• Subsídio de refeição - €4,27 (limite legal)

• Limite se atribuído em vales de refeição - €4,27*1,6= €6,83

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 53

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IV – Incidência Real – Categoria A

Vantagens acessórias (art.º 2.º, n.º 3, al. b) CIRS)

•Os subsídios de residência ou equivalentes ou a utilização de casa dehabitação fornecida pela entidade patronal (n.º 4);

Quando se tratar de utilização de habitação necessário ver regra dedeterminação dos rendimentos em espécie art.º 24.º, n.º 2 CIRS

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 54

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IV – Incidência Real – Categoria A

Vantagens acessórias (art.º 2.º, n.º 3, al. b) CIRS)

• Empréstimos sem juros ou a taxa de juro inferior à de referência para o tipode operação em causa, concedidos ou suportados pela entidade patronal(n.º5);

Excetuam-se os destinados à aquisição de habitação própria permanente devalor não superior a € 180 426,40 e cuja taxa não seja inferior a 70 % da taxamínima de proposta aplicável às operações principais de refinanciamentopelo Banco Central Europeu, ou de outra taxa legalmente fixada comoequivalente.

Determinação do rendimento sujeito a tributação nos termos do art.º 24.º,n.º 3 CIRS (rendimentos em espécie)

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 55

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IV – Incidência Real – Categoria A

Vantagens acessórias (art.º 2.º, n.º 3, al. b) CIRS)

• As importâncias despendidas pela entidade patronal com viagens e estadas,de turismo e similares, não conexas com as funções exercidas pelotrabalhador ao serviço da mesma entidade (n.º 6);

• Os ganhos derivados de planos de opções, de subscrição, de atribuição ououtros de efeito equivalente, sobre valores mobiliários ou direitosequiparados, ainda que de natureza ideal, criados em benefício detrabalhadores ou membros de órgãos sociais (n.º 7);

• Stock options Determinação do rendimento sujeito atributação art.º 24.º, n.º 4 CIRS

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IV – Incidência Real – Categoria A

Vantagens acessórias (art.º 2.º, n.º 3, al. b) CIRS)

•Utilização pessoal pelo trabalhador ou membro de órgão social de viaturaautomóvel que gere encargos para a entidade patronal, quando exista acordoescrito sobre a imputação àquele da referida viatura automóvel (n.º9);

Determinação do rendimento sujeito a IRS (art.º 24.º, n.º 5 CIRS)

Rendimento = N*(0,75%*VM)

N - número de meses de utilização

VM – Valor de mercado reportado a 1 de janeiro do ano

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 57

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IV – Incidência Real – Categoria A

Vantagens acessórias (art.º 2.º, n.º 3, al. b) CIRS)

• Aquisição pelo trabalhador ou membro de órgão social, por preço inferiorao valor de mercado, de qualquer viatura que tenha originado encargos paraa entidade patronal (n.º 10);

Determinação do rendimento sujeito a IRS (art.º 24.º, n.º 6 CIRS)

Rendimento = VM – (RT+PA)

VM – Valor de mercado

RT – Σ rendimentos tributados pela utilização da viatura

PA – Preço de aquisição

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 58

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IV – Incidência Real – Categoria A

São, ainda, considerados rendimentos do trabalho dependente (art.º 2.º, n.º3 CIRS):

•Os abonos para falhas devidos a quem, no seu trabalho, tenha demovimentar numerário, na parte em que excedam 5 % da remuneraçãomensal fixa (al. c);

•As ajudas de custo e as importâncias auferidas pela utilização de automóvelpróprio em serviço da entidade patronal, na parte em que ambas excedamos limites legais ou quando não sejam observados os pressupostos da suaatribuição aos servidores do Estado e as verbas para despesas de deslocação,viagens ou representação de que não tenham sido prestadas contas até aotermo do exercício (al. d);

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 59

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IV – Incidência Real – Categoria A

São, ainda, considerados rendimentos do trabalho dependente (art.º 2.º, n.º3 CIRS):

•As gratificações auferidas pela prestação ou em razão da prestação dotrabalho, quando não atribuídas pela respetiva entidade patronal (al. g);

Tributação autónoma taxa 10% (art.º 72.º, n.º 3 CIRS)

•Indemnizações resultantes da constituição, extinção ou modificação derelação jurídica que origine rendimentos do trabalho dependente, incluindoas que respeitem ao incumprimento das condições contratuais ou sejamdevidas pela mudança de local de trabalho (al. e);

Sem prejuízo da regra especial do art.º2, n.º 4 CIRS

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IV – Incidência Real – Categoria A

Indemnizações – Exclusão parcial (art.º2.º, n.º 4 CIRS)

• Indemnizações pagas pela cessação de contrato de trabalho ou de funções

a) Funções de gestor público, administrador ou gerente de pessoacoletiva, bem como de representante de estabelecimento estável deentidade não residente;

Ficam sujeitas a tributação pela sua totalidade, na parte quecorresponda ao exercício daquelas funções

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IV – Incidência Real – Categoria A

Indemnizações – Exclusão parcial (art.º2.º, n.º 4 CIRS)

• Indemnizações pagas pela cessação de contrato de trabalho ou de funções ficam sujeitas a tributação:

b) Na parte que exceda o valor correspondente ao valor médio dasremunerações regulares com carácter de retribuição sujeitas aimposto, auferidas nos últimos 12 meses, multiplicado pelo númerode anos ou fração de antiguidade

Fórmula: VE = 1*N*VMR/12

VE – Valor excluído de tributação

N – N.º de anos ou fração de antiguidade

VMR – Valor médio de remunerações regulares (Rem*14)

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 62

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IV – Incidência Real – Categoria A

Indemnizações – Exclusão parcial (art.º2.º, n.º 4 CIRS)

Exemplo

António exerceu as funções de técnico de informática na empresa “APP, Lda.”

durante 11 anos e 4 meses, tendo saído da mesma por motivo de reforma.

O contrato de trabalho estabelecia uma gratificação de € 18.000,00, a qual

seria atribuída por cessação do contrato de trabalho, que recebeu.

António auferiu um rendimento mensal de €1.200.

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 63

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IV – Incidência Real – Categoria A

Indemnizações – Exclusão parcial (art.º2.º, n.º 4 CIRS)

Valor excluído de tributação: 1*N*(R*14)/12

1 * 12 * (1.200 * 14) / 12

= €16.800

Valor sujeito a tributação: €18.000 – €16.800

€1.200,00

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 64

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IV – Incidência Real – Categoria A

Indemnizações – Exclusão parcial (art.º2.º, n.º 4 CIRS)

• Exclusão parcial não opera se:

• Nos 24 meses seguintes for criado novo vínculo profissional ouempresarial, independentemente da sua natureza, com a mesmaentidade;

• Sujeito passivo tiver beneficiado, nos últimos cinco anos, desteregime (art.º 2.º, n.º 7 CIRS)

•Não estão abrangidas pela exclusão as importâncias relativas a direitosvencidos, designadamente remunerações por trabalho prestado, férias,subsídios de férias e de Natal

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 65

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IV – Incidência Real – Categoria ADelimitação negativa

Não se consideram rendimentos do trabalho dependente (art.º 2.º-A CIRS)

(novo)

•As prestações efetuadas pelas entidades patronais para regimes obrigatóriosde segurança social (n.º 1, al. a);

•Os benefícios imputáveis à utilização e fruição de realizações de utilidadesocial e de lazer mantidas pela entidade patronal (art.º 43.º CIRC) e osbenefícios previstos no Decreto-Lei n.º 26/99, de 28-01, exceto na parte emque exceda €1.100 por dependente nos casos dos «vales educação»(n.º1,al.b);

• Filhos ou equiparados com idade entre 7 e 25 anos

• Filhos ou equiparados com idade inferior a 7 anos - «vales infância»

(DL n.º26/29 de 28-01 na redação dada pelo art.º 10.º Lei n.º 82-E/2014 de 31-12)

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 66

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IV – Incidência Real – Categoria ADelimitação negativa

Não se consideram rendimentos do trabalho dependente (art.º 2.º-A CIRS)

•Indemnizações ou compensações, pagos no ano da deslocação, em dinheiroou em espécie, devidos pela mudança do local de trabalho (n.º al. f),

• Distância superior a 100 km do local de trabalho anterior;

• Não pode exceder 10 % da remuneração anual, com o limite de€4200 por ano.

• Sujeito passivo apenas pode aproveitar da exclusão uma vez em cadaperíodo de 3 anos (n.º 4),

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 67

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IV – Incidência Real – Categoria ABenefícios Fiscais

•Artigo 37.º EBF

Isenção do pessoal das missões diplomáticas e consulares e das organizações estrangeiras ou internacionais

•Artigo 38.º EBF

Isenção do pessoal em missões de salvaguarda de paz

•Artigo 39.º EBF

Acordos e relações de cooperação (isenção de IRS)

Nos aludidos benefícios fiscais, rendimento isento é sempre englobado para efeitos de determinação da taxa a aplicar aos restantes rendimentos.

(art.º 22.º, n.º 4 CIRS)

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 68

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IV – Incidência Real – Categoria ABenefícios Fiscais

Trabalhadores deslocados no estrangeiro – art.º 39.º-A (EBF)

(Aditado pela Lei n.º 82-E/2014, de 31-12)

•Isenta de IRS, até ao limite máximo de €10.000, as remunerações pagas oucolocadas à disposição do trabalhador exclusivamente a título decompensação pela deslocação e permanência no estrangeiro que excedam oslimites legais (art.º 2.º-A, n.º 1, al. f) CIRS) quando, exista acordo escrito e:

• Fonte pagamento em território português (art.º 18.º, n.º 1, als. a), b)e c) CIRS);

• Sujeito passivo tenha sido deslocado do seu normal local detrabalho para o estrangeiro por período não inferior a 90 dias, dosquais 60 necessariamente seguidos;

• Seja considerado residente em território português.

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 69

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IV.2. Apuramento do rendimento líquido – Categoria A(Deduções Específicas)

Ao rendimento bruto deduzem-se, até à sua concorrência e por cada titular:

(art.º 25.º CIRS)

•€ 4.104 (n.º 1, al.a);

• As indemnizações pagas pelo trabalhador à sua entidade patronal (n.º 1,al.b);

• As quotizações sindicais, na parte em que não constituam contrapartida debenefícios de saúde, educação, apoio à terceira idade, habitação, seguros ousegurança social e desde que não excedam, em relação a cada sujeitopassivo, 1 % do rendimento bruto desta categoria, sendo acrescidas de 50 %(n.º 1, al.c).

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 70

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IV.2. Apuramento do rendimento líquido – Categoria A(Deduções Específicas)

Ao rendimento bruto deduzem-se, até à sua concorrência e por cada titular:

(art.º 25.º CIRS)

• Se, as contribuições obrigatórias para regimes de proteção social e parasubsistemas legais de saúde forem superiores a €4.104, aquela dedução épelo valor da contribuições (n.º 2)

•A dedução prevista de €4.104 (al. a) do n.º 1) pode ser elevada até €4.275desde que a diferença resulte de quotizações para ordens profissionaissuportadas pelo próprio sujeito passivo e indispensáveis ao exercício darespetiva atividade desenvolvida exclusivamente por conta de outrem (n.º 5)

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 71

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IV.2. Apuramento do rendimento líquido – Categoria A(Abatimentos)

Sujeitos passivos com deficiência (art.º 56.º-A CIRS)

•Rendimentos brutos por sujeitos passivos com deficiência são apenasconsiderados por 90%.

Parte excluída de tributação não pode exceder €2.500,00

*Novo artigo – Exclusão tem vindo a ser continuamente prorrogada através

de regimes transitórios

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 72

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IV.2. Apuramento do rendimento líquido – Categoria A(Taxas e Retenção na fonte)

Residentes:

• Rendimento coletável é objeto de englobamento (arts 22.º CIRS)

Retenção na fonte (arts 98.º e 99.º CIRS):

• Entidades devedoras obrigadas a reter o imposto (no pagamento ou

colocação à disposição):

Rendimentos de trabalho dependente exceto sobre rendimentos emespécie (art.º 24.º CIRS) e gratificações quando não atribuídas pelaentidade empregadora (tributação autónoma art.º 72.º, n.º 3 CIRS)

Tabelas de retenção na fonte para o ano de 2015 – Despacho n.º 309-A/2015, de 12-01

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 73

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IV.2. Apuramento do rendimento líquido – Categoria A(Taxas e Retenção na fonte)

Residentes:

• Tabelas de retenção atendem à situação pessoal e familiar dos sujeitospassivos – deficiência e dependentes (art.º 99.º-B CIRS);

• Subsídio de férias e de Natal objeto de retenção autónoma (art.º 99.º-C, n.º5 CIRS);

• Remunerações exclusivamente de montante variável aplicável tabela doart.º 100.º CIRS;

• Quantias retidas devem ser entregues até ao dia 20 do mês seguinte (art.º98.º, n.º 3 CIRS).

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 74

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IV.2. Apuramento do rendimento líquido – Categoria A(Taxas e Retenção na fonte)

Residentes não habituais:

• Rendimentos de trabalho dependente – Retenção na fonte opera nostermos e regras gerais (taxas constantes das tabelas)

• Rendimentos de trabalho dependente auferidos em atividades de elevadovalor acrescentado (cf. Portaria n.º 12/2010, de 7-01).

Taxa de 20% (art.º 99.º, n.º 8 CIRS)

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 75

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IV.2. Apuramento do rendimento líquido – Categoria A(Taxas e Retenção na fonte)

Não residentes:

Taxa liberatória de 25% (art.º 71.º, n.º 4, al. a) CIRS)

Relativamente aos rendimentos obtidos em território português

Cf. art.º 18.º do CIRS – Rendimentos obtidos em território português

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 76

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IV – Incidência real e apuramento do rendimento líquido

Categoria B – Rendimentos empresariais e profissionais

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares 77

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IV. 1.Incidência Real – Categoria B

Consideram-se rendimentos empresariais e profissionais (art.º 3.º, n.º 1CIRS):

•Os decorrentes do exercício de qualquer atividade comercial, industrial,agrícola, silvícola ou pecuária enumeradas no art.º 4.º do CIRS;

•Os auferidos no exercício, por conta própria, de qualquer atividade deprestação de serviços, incluindo as de carácter científico, artístico ou técnico,qualquer que seja a sua natureza, ainda que conexa com as supra referidas;

•Os provenientes da propriedade intelectual ou industrial ou da prestação deinformações respeitantes a uma experiência adquirida no setor industrial,comercial ou científico, quando auferidos pelo seu titular originário.

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 78

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IV. 1.Incidência Real – Categoria B

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido

Princípio da atraçãoCategoria B

(quando imputáveis ou conexos com atividades

geradoras de rendimentosempresariais ou

profissionais)

Rendimentos Prediais

Mais-valiasIndemnizações

Rendimentos de Capitais (art.º 3.º, n.º 2 CIRS)

79

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IV. 1.Incidência Real – Categoria B

Configuram atividades comerciais e industriais, designadamente (art.º 4.º):

• Compra e venda; (al. a)

• Construção civil; (al. f)

• Urbanísticas e exploração de loteamentos; (al. g)

• Atividades hoteleiras e similares, restauração e bebidas, bem como a vendaou exploração do direito real de habitação periódica; (al. h)

• Arrendamento, quando haja opção pela tributação no âmbito da categoriaB (al. n).

Deve ser exercida na dec. de início de atividade ou na dec. de alterações (art.º4.º, n.º 5 CIRS)

* Aditado no âmbito da reforma do IRS

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IV.2. Apuramento do rendimento líquido – Categoria B

Determinação dos rendimentos empresariais e profissionais:

1. Regime simplificado (art.º 28.º CIRS)

• Sujeitos passivos que, no exercício da sua atividade, não tenhamultrapassado no período de tributação imediatamente anterior um montanteanual ilíquido de rendimentos desta categoria de € 200 000;

• Cessa quando o montante de €200.000 seja ultrapassado em dois períodosde tributação consecutivos ou, quando o seja num único exercício, emmontante superior a 25 %, caso em que a tributação pelo regime decontabilidade organizada se faz a partir do período de tributação seguinte.

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IV.2. Apuramento do rendimento líquido – Categoria B

Rendimento tributável obtém-se pela aplicação dos coeficientes seguintes:

(art.º 31.º, n.º 1 CIRS)

a) 0,15 às vendas de mercadorias e produtos, bem como às prestações deserviços efetuadas no âmbito de atividades hoteleiras e similares,restauração e bebidas;

b) 0,75 aos rendimentos das atividades profissionais especificamenteprevistas na tabela a que se refere o artigo 151.º;

c) 0,35 aos rendimentos de prestações de serviços não previstos nas alíneasanteriores; (novo)

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IV.2. Apuramento do rendimento líquido – Categoria B

d) 0,95 aos rendimentos de contratos referentes à cessão ou utilizaçãotemporária da propriedade intelectual ou industrial ou à prestação deinformações respeitantes a uma experiência adquirida no setor industrial,comercial ou científico, aos rendimentos de capitais imputáveis aatividades geradoras de rendimentos empresariais e profissionais, aoresultado positivo de rendimentos prediais, ao saldo positivo das mais emenos–valias e aos restantes incrementos patrimoniais;

e) 0,30 aos subsídios ou subvenções não destinados à exploração;

f) 0,10 aos subsídios destinados à exploração e restantes rendimentos dacategoria B não previstos nas alíneas anteriores;

g) 1 aos rendimentos decorrentes de prestações de serviços efetuadas pelosócio a uma sociedade abrangida pelo regime da transparência fiscal

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IV.2. Apuramento do rendimento líquido – Categoria B

• Os sujeitos passivos que obtenham os rendimentos abrangidos peloscoeficientes 0,75 e 0,35, após aplicação dos mesmos, podem deduzir, até àconcorrência do rendimento líquido desta categoria, os montantescomprovadamente suportados com contribuições obrigatórias para regimesde proteção social, conexas com as atividades em causa, na parte em queexcedam 10 % dos rendimentos brutos, quando não tenham sido deduzidasa outro título. (art.º 31.º, n.º 2) *Novo

Aplicável no regime de imputação especial (art.º 20.º, n.º 6 CIRS)

• O resultado positivo dos rendimentos prediais corresponde ao rendimentolíquido da categoria F (cf. regras de apuramento do rendimento líquido)

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IV.2. Apuramento do rendimento líquido – Categoria B

Incentivo ao empreendedorismo – Redução de coeficientes (Novo)

• Os coeficientes previstos nas alíneas b), c) e f) do n.º 1 do artigo 31 sãoreduzidos em 50% e 25% no período de tributação do início da atividade eno período de tributação seguinte, respetivamente, desde que, nessesperíodos, o sujeito passivo não aufira rendimentos das categorias A ou H.

Não aplicável quando tenha ocorrido cessação de atividade há menos de 5anos

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IV.2. Apuramento do rendimento líquido – Categoria B

2. Contabilidade organizada

Ficam abrangidos pelo regime da contabilidade organizada (art.º 28.º CIRS)

i. Montante anual ilíquido de rendimentos superior a €200.000;

ii. Sujeitos passivos abrangidos pelo regime simplificado que ultrapassem omontante de €200.000 em dois períodos de tributação consecutivos ou, numúnico exercício, em montante superior a 25 %;

iii. Sujeitos passivos abrangidos pelo regime simplificado que optem peloregime de contabilidade organizada.

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IV.2. Apuramento do rendimento líquido – Categoria B

2. Contabilidade organizada

• Opção pelo regime da contabilidade organizada mantém-se válida atéentrega de dec. de alterações, (alteração produz efeitos no próprio ano,sempre que seja efetuada até ao final do mês de março).

* Cessou período de permanência obrigatória de 3 anos

•Na determinação do rendimento aplicam-se as regras do CIRC, com asnecessárias adaptações (art.º 32.º CIRS).

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IV.2. Apuramento do rendimento líquido – Categoria B

3. Opção pela tributação pelas regras da Categoria A

• Os sujeitos passivos podem, em cada ano, optar pela tributação segundoas regras da Categoria A desde que, cumulativamente:

•Reúnam as condições para serem tributados pelo regimesimplificado;

•Não tenham optado pela contabilidade organizada;

•Tenham prestado serviços para uma única entidade.

*Deixou de existir período obrigatório de permanência de 3 anos

(sem prejuízo de se deixarem de verificar os requisitos legais)

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IV.2. Apuramento do rendimento líquido – Categoria B

4. Atos isolados

• Os sujeitos passivos que pratiquem atos isolados estão sempre dispensadosde dispor de contabilidade organizada por referência a esses atos (art.º 30).

Rendimentos que não resultem de uma práticaprevisível ou reiterada (art.º 3.º, n.º 3 CIRS).

• Na determinação do rendimento tributável dos atos isolados:

a) Aplicam-se os coeficientes previstos para o regime simplificado,(rendimento anual ilíquido inferior ou igual a €200 000);

b) Sendo superior a €200 000, aplicam-se, com as devidasadaptações, as regras do regime da contabilidade organizada.

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IV.2. Apuramento do rendimento líquido – Categoria B

5. Transparência fiscal

• É imputado aos sócios a matéria coletável das sociedades transparentes (ex.sociedades de profissionais), independentemente da distribuição de lucros.

•A imputação é feita aos sócios ou membros nos termos que resultarem doato constitutivo ou, na falta de elementos, em partes iguais.

(art.º 6.º CIRC)

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IV.2. Apuramento do rendimento líquido – Categoria B

5. Transparência fiscal

Imputação especial (art.º 20.º CIRS)

• Constitui rendimento dos sócios ou membros das entidades abrangidas peloregime da transparência fiscal (art.º 6.º CIRC), o resultante da imputação ou,quando superior, as importâncias que, a título de adiantamento por conta delucros, tenham sido pagas ou colocadas à disposição durante o ano em causa.

• Para efeitos do disposto no número anterior, as respetivas importânciasintegram-se como rendimento líquido na categoria B.

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IV.2. Apuramento do rendimento líquido – Categoria B(Abatimentos)

Sujeitos passivos com deficiência (art.º 56.º-A CIRS)

•Rendimentos brutos por sujeitos passivos com deficiência são apenasconsiderados por 90%.

Parte excluída de tributação não pode exceder €2.500,00

*Novo artigo – Exclusão tem vindo a ser continuamente prorrogada através

de regimes transitórios

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IV.2. Apuramento do rendimento líquido – Categoria B(Dedução Perdas)

•Resultado líquido negativo reportável Prazo de 12 anos

(art.º 55.º, n.º1, al. b) CIRS)

*Condições do art.º 52.º CIRC (com necessárias adaptações)

•Sujeitos passivos enquadrados no regime simplificado podem beneficiar dadedução dos prejuízos fiscais apurados nos períodos anteriores àquele emque se iniciar a aplicação do regime simplificado (art.º 55.º, n.º 4)

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IV.2. Apuramento do rendimento líquido – Categoria B(Taxas e Retenção na fonte)

Residentes:

• Rendimento coletável é objeto de englobamento (arts 22.º e 31.º, nº3 CIRS)

Retenção na fonte (arts. 98.º e 101.º CIRS):

• Quando pagos por entidades que disponham ou devam dispor decontabilidade organizada (no pagamento ou colocação à disposição):

i. 16,5% propriedade intelectual ou industrial;

ii. 25% prestações de serviços previstas na tabela do art.º 151.º CIRS;

iii. 11,5% restantes prestações de serviços;

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IV.2. Apuramento do rendimento líquido – Categoria B(Taxas e Retenção na fonte)

Dispensa de retenção na fonte (art.º 101.º-B CIRS):

i. Rendimentos anuais inferiores a €10.000 art.º 53.º, n.º 1 CIVA (n.º1,al. a) ;

ii. Mais-valias, indemnizações; cedência temporária deestabelecimento e subsídios e actos isolados respeitantes aactividades referidas na alínea a) do nº 1, do art.º 3 CIRS (n.º1, al. c)

Sujeição parcial (incide apenas sobre 50% do rendimento, art.º 101.º-DCIRS):

i. Médicos de patologia clínica, médicos radiologistas e farmacêuticosanalistas clínicos;

ii. Rendimentos de propriedade intelectual (art.º 58.º EBF);

iii. Titulares com deficiência (igual ou superior a 60%).

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IV.2. Apuramento do rendimento líquido – Categoria B(Taxas e Retenção na fonte)

Residentes não habituais:

• Rendimentos auferidos em atividades de elevado valor acrescentado (cf.Portaria n.º 12/2010, de 7-01).

Taxa de 20% (art.º 101.º, n.º 1, al. d) CIRS)

• Restantes rendimentos Retenção na fonte opera nos termos eregras gerais da categoria.

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 96

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IV.2. Apuramento do rendimento líquido – Categoria B(Taxas e Retenção na fonte)

Não residentes:

Taxa liberatória de 25% (art.º 71.º, n.º 4, al. a) CIRS)

Relativamente aos rendimentos obtidos em território português

Cf. art.º 18.º do CIRS – Rendimentos obtidos em território português

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IV – Incidência real e apuramento do rendimento líquido

Categoria E – Rendimentos de capitais

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares 98

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IV.1. Incidência Real – Categoria E

Consideram-se rendimentos de capitais os frutos e demais vantagenseconómicas, qualquer que seja a sua natureza ou denominação, sejampecuniários ou em espécie, designadamente (art.º 5.º CIRS):

Juros e outras formas de remuneração provenientes de contratos

•Os juros e outras formas de remuneração decorrentes de contratos demútuo, abertura de crédito (n.º 2, al. a);

•Os juros e outras formas de remuneração derivadas de depósitos à ordemou a prazo em instituições financeiras, bem como os certificados dedepósitos e de contas de títulos com garantia de preço ou de outrasoperações similares ou afins (n.º 2, al. b);

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 99

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IV.1. Incidência Real – Categoria E

•Os juros e outras formas de remuneração de suprimentos, abonos ouadiantamentos de capital feitos pelos sócios à sociedade (n.º 2, al. d);

Juros e outras formas de remuneração provenientes deinstrumentos de aplicação financeira

• Os juros, os prémios de amortização ou de reembolso e as outras formas deremuneração de títulos da dívida pública, obrigações, títulos de participação,certificados de consignação, obrigações de caixa ou outros títulos análogos,emitidos por entidades públicas ou privadas (n.º 2, al. c);

• Os rendimentos distribuídos das unidades de participação em fundos deinvestimento (n.º 2, al. j);

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 100

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IV.1. Incidência Real – Categoria E

Lucros e outras rendimentos decorrentes de participações sociaisou rendimentos similares

• Os juros e outras formas de remuneração devidos pelo facto de os sóciosnão levantarem os lucros ou remunerações colocados à sua disposição n.º 2,al. e);

• Os lucros e reservas colocados à disposição dos associados ou titulares eadiantamentos por conta de lucros, com exclusão daqueles a que se refere oartigo 20.º (n.º 2, al. h),

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 101

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IV.1. Incidência Real – Categoria E

Rendimentos relativos a propriedade intelectual, industrial ouknow-how

•Os rendimentos provenientes de contratos que tenham por objeto a cessãoou utilização temporária de direitos da propriedade intelectual ou industrialou a prestação de informações respeitantes a uma experiência adquirida nosetor industrial, comercial ou científico, quando não auferidos pelo respetivoautor ou titular originário, bem como os derivados de assistência técnica (n.º2, al.m);

Ganhos decorrentes de instrumentos financeiros derivados

• O ganho decorrente de operações de swaps de taxa de juro (n.º 2, al. q)

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 102

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IV.1. Incidência Real – Categoria E

Consideram-se ainda rendimentos de capitais (art.º 5, n.º 3 CIRS),

•Diferença positiva entre os montantes pagos a título de resgate,adiantamento ou vencimento de seguros e operações do ramo «Vida» e osrespetivos prémios pagos ou importâncias investidas,

•Diferença positiva entre os montantes pagos a título de resgate, remição ououtra forma de antecipação de disponibilidade por fundos de pensões ou noâmbito de outros regimes complementares de segurança social

Benefício fiscal art.º 20-A – Incentivo à poupança (novo)

Benefício fiscal art.º 21.º EBF (PPR)

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 103

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IV.1. Incidência Real – Categoria E

Presunções relativas a rendimentos de capitais (art.º 6.º CIRS)

• Presume-se que as letras e livranças resultam de contratos de mútuoquando não provenham de transações comerciais, entendendo -se que assimsucede quando o credor originário não for comerciante (n.º 1).

• Os lançamentos a seu favor, em quaisquer contas correntes dos sócios,escrituradas nas sociedades comerciais ou civis sob forma comercial, quandonão resultem de mútuos, da prestação de trabalho ou do exercício de cargossociais, presumem -se feitos a título de lucros ou adiantamento dos lucros(n.º 4).

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 104

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IV.1. Incidência Real – Categoria E

Momento sujeição a imposto:

•Vencimento;

•Colocação à disposição;

•Liquidação;

•Apuramento do respetivo quantitativo.

(art.º 7.º CIRS)

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 105

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IV.2. Apuramento do rendimento líquido – Categoria E

•Eliminação dupla tributação económica (art.º 40.º-A CIRS)

•Lucros devidos por pessoas coletivas e não isentas do IRC podem ser apenasconsiderados em 50% do seu valor

Condição: Opção pelo englobamento (arts. 22.º e 71.º CIRS)

•Aplicável aos lucros distribuídos por entidades residentes noutro Estadomembro da UE ou do EEE desde que, preenchidos os requisitos e condiçõesdo art.º 2 da Diretiva n.º 2011/96/UE (sociedades-mães e sociedadesafiliadas)

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 106

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IV.2. Apuramento do rendimento líquido – Categoria E(Taxas e Retenção na fonte)

Residentes

• Tributação à taxa liberatória de 28% (art.º 71.º, n.º 1, al. a) CIRS)

Opção pelo englobamento (art.º 71.º, n.º 6 do CIRS).

• Tributação à taxa liberatória de 28% quando não sujeitos a retenção nostermos supra (art.º 72.º, n.º 1, al. ) CIRS)

Opção pelo englobamento (art.º 72.º, n.º 8 do CIRS).

• Retenção na fonte à taxa de 16,5% (art. 101.º, n.º 1, al. a) CIRS) - Residual

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 107

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IV.2. Apuramento do rendimento líquido – Categoria E(Taxas e Retenção na fonte)

Não Residentes

• Tributação à taxa liberatória de 28% (art.º 71.º, n.º 1, al. a) CIRS)

• Tributação à taxa liberatória de 28% quando não sujeitos a retenção nostermos supra (art.º 72.º, n.º 1, al. b) CIRS)

• Tributação à taxa liberatória de 25% (art.º 71.º, n.º 4, al. b) CIRS)

Rendimentos relativos a propriedade intelectual, industrial ou know-how

(art.5.º, n.º 2, als. m) e n) CIRS)

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 108

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IV – Incidência real e apuramento do rendimento líquido

Categoria F – Rendimentos prediais

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares 109

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IV.1. Incidência Real – Categoria F

Constituem rendimentos prediais (art.º 8.º CIRS):

• Rendas dos prédios rústicos, urbanos e mistos pagas ou colocadas àdisposição dos respetivos titulares salvo opção pela tributação nostermos da categoria B

• Conceito de rendas compreende, designadamente:

i. Importâncias relativas à cedência do uso do prédio ou de partedele e aos serviços relacionados com aquela cedência;

ii. A diferença, auferida pelo sublocador, entre a renda recebida dosubarrendatário e a paga ao senhorio

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 110

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IV.1. Incidência Real – Categoria F

• Conceito de rendas compreende, designadamente:

iii. Importâncias relativas à cedência do uso, total ou parcial, de bensimóveis, para quaisquer fins especiais, designadamente, publicidade;

iv. Importâncias relativas à cedência do uso de partes comuns deprédios em regime de propriedade horizontal;

v. As indemnizações que visem compensar perdas de rendimentosdesta categoria.

*Considera-se ainda construção todo o bem móvel assente no mesmo

local por um período superior a 12 meses.

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 111

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IV.2. Apuramento do rendimento líquido – Categoria F(Deduções específicas)

Deduções específicas (art.º 41.º CIRS)

• Gastos efetivamente suportados e pagos pelo sujeito passivo para obterou garantir os rendimentos prediais (imputação por prédio ou parte de

prédio)

Exceto

Gastos de natureza financeira, dos relativos a depreciações e dosrelativos a mobiliário, eletrodomésticos e artigos de conforto oudecoração

* Anterior redação apenas permitia a dedução das despesas de

manutenção e conservação

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 112

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IV.2. Apuramento do rendimento líquido – Categoria F(Deduções específicas)

• No caso de fração autónoma de prédio em regime de propriedadehorizontal:

• São dedutíveis encargos legais e obrigatórios com condomínio,efetivamente suportados pelo sujeito passivo.

Nota: Detendo mais do que uma fração, imputação é feita de acordo coma permilagem da fração ou parte de fração constante do títuloconstitutivo da propriedade horizontal.

(art.º 41.º, n.ºs 2 e 3 CIRS)

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IV.2. Apuramento do rendimento líquido – Categoria F(Deduções específicas)

• IMT e IS apenas são dedutíveis quando respeitem a prédio ou parte deprédio cujo rendimento tenha sido objeto de tributação nesse ano fiscal;

• Gastos suportados e pagos nos 24 meses anteriores ao início doarrendamento relativos a obras de conservação e manutenção do prédio

Requisito

Imóvel deve continuar a ser utilizado com esse fim

(art.º 41.º, n.º 7 CIRS)

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IV.2. Apuramento do rendimento líquido – Categoria F(Dedução Perdas)

• Resultado líquido negativo reportável Prazo de 6 anos

(art.º 55.º, n.º1, al. b) CIRS)

Só quando o sujeito passivo opte pelo englobamento

• Cláusula de salvaguarda

Fica sem efeito quando os prédios a que os gastos digam respeito não geremrendimentos da categoria F em pelo menos 36 meses, seguidos ouinterpolados, dos 5 anos subsequentes àquele em que os gastos foramincorridos.

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 115

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IV.2. Apuramento do rendimento líquido – Categoria F(Taxas e Retenção na fonte)

• Tributação à taxa autónoma de 28% (art.º 72.º, n.º 1, al. e) CIRS)

Opção pelo englobamento para sujeitos passivos residentes em territórioportuguês (cf. artigo 72.º, n.º 5 do CIRS).

• Retenção na fonte Obrigatório quando pagos por entidadesque disponham ou devam dispor decontabilidade organizada.

(art.º 101.º, n.º 1, al. e) CIRS)

Taxa de 25% (incide sobre rendimento bruto)

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 116

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IV – Incidência real e apuramento do rendimento líquido

Categoria G – Incrementos patrimoniais

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares 117

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IV.1. Incidência Real – Categoria G

Regime transitório (DL n.º 442-A/88, de 30-11)

Artigo 5º

Regime transitório da categoria G

1 - Os ganhos que não eram sujeitos ao imposto de mais-valias, criado pelocódigo aprovado pelo Decreto-Lei n.º 46 373, de 9 de Junho de 1965, bemcomo os derivados da alienação a título oneroso de prédios rústicos afectosao exercício de uma actividade agrícola ou da afectação destes a umaactividade comercial ou industrial, exercida pelo respectivo proprietário, sóficam sujeitos ao IRS se a aquisição dos bens ou direitos a que respeitamtiver sido efectuada depois da entrada em vigor deste Código

(exclusão de tributação mais-valias resultantes alienação de imóvel

adquirido antes da entrada em vigor do CIRS)

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 118

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IV.1. Incidência Real – Categoria G

Constituem incrementos patrimoniais (art.º 10.º CIRS):

a) As mais -valias;

b) As indemnizações que visem a reparação de danos não patrimoniais,excetuadas as fixadas por decisão judicial ou arbitral ou resultantes deacordo homologado judicialmente, de danos emergentes não comprovadose de lucros cessantes, considerando-se neste último caso como tais apenas asque se destinem a ressarcir os benefícios líquidos deixados de obter emconsequência da lesão;

c) As importâncias auferidas em virtude da assunção de obrigações de nãoconcorrência, independentemente da respetiva fonte ou título;

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 119

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IV.1. Incidência Real – Categoria G

Constituem incrementos patrimoniais (art.º 10.º CIRS):

d) Os acréscimos patrimoniais não justificados, determinados nos termosdos artigos 87.º, 88.º ou 89.º -A da lei geral tributária;

e) As indemnizações devidas por renúncia onerosa a posições contratuais ououtros direitos inerentes a contratos relativos a bens imóveis.

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 120

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IV.1. Incidência Real – Categoria G

Manifestações de fortuna (art.º 89.º-A LGT)

•Procedimento de avaliação indireta da matéria coletável quando:

• Falte a declaração de rendimentos e o contribuinte evidencie asmanifestações de fortuna constantes da tabela (cf. slide seg.): ou,

• Rendimento líquido declarado mostre uma desproporção superiora 30 %, para menos, em relação ao rendimento padrão resultanteda referida tabela.

•Sujeito passivo deve comprovar que correspondem à realidade osrendimentos declarados e de que é outra a fonte das manifestações defortuna ou do acréscimo de património ou da despesa efectuada. (n.º3)

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 121

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IV.1. Incidência Real – Categoria G

Manifestações de fortuna (art.º 89.º-A LGT)

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido

Manifestações de fortuna Rendimento padrão

1. Imóveis de valor de aquisição igual ousuperior a € 250.000

20% do valor de aquisição.

2. Automóveis ligeiros de passageiros de valorigual ou superior a € 50.000 e motociclos devalor igual ou superior a € 10.000

50% do valor no ano de matrícula com oabatimento de 20% por cada um dos anosseguintes.

3. Barcos de recreio de valor igual ou superiora € 25.000

Valor no ano de registo com o abatimento de20% por cada um dos anos seguintes.

4. Aeronaves de Turismo Valor no ano de registo com o abatimento de20% por cada um dos anos seguintes.

5. Suprimentos e empréstimos feitos no anode valor igual ou superior a € 50 000

50% do valor anual

6. (…) (…)

122

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IV.1. Incidência Real – Categoria G

Manifestações de fortuna (art.º 89.º-A LGT)

•Na falta de comprovação (n.º 4)

Rendimento tributável = Rendimento padrão apurado nos termos da tabela

Enquadrável na categoria G

•No caso de aquisição ou fruição de bens o rendimento padrão é consideradono ano em causa e nos 3 anos seguintes

Não sendo feita prova

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 123

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IV.1. Incidência Real – Categoria G

Mais-valias (cf. art.º 10.º CIRS)

Constituem mais-valias os ganhos obtidos que resultem de:

•Alienação onerosa de direitos reais sobre bens imóveis e afetação dequaisquer bens do património particular a atividade empresarial eprofissional exercida em nome individual pelo seu proprietário (al. a);

•Alienação onerosa de partes sociais e de outros valores mobiliários (al. b);

• Alienação onerosa da propriedade intelectual ou industrial ou deexperiência adquirida no setor comercial, industrial ou científico, quando otransmitente não seja o seu titular originário (al. c);

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 124

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IV.1. Incidência Real – Categoria G

Mais-valias (cf. art.º 10.º CIRS)

•Cessão onerosa de posições contratuais ou outros direitos inerentes acontratos relativos a bens imóveis (al d);

•Operações relativas a instrumentos financeiros derivados (swaps cambiais)(al. e);

•Operações relativas a warrants autónomos (al. f);

•Cessão onerosa de créditos, prestações acessórias e prestaçõessuplementares (al. h). (novo)

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 125

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IV.1. Incidência Real – Categoria G

• Ganho considera-se obtido (art.º 10.º, n.º 3):

i. Momento da alienação;

ii. Quando ocorra a tradição ou posse dos bens ou direitos objetodo contrato promessa de compra e venda ou de troca;

iii. No momento da ulterior alienação dos bens ou da ocorrência deoutro facto que determine o apuramento de resultados (caso deafetação de bens do património pessoal a atividade empresariale profissional).

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 126

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IV.1. Incidência Real – Categoria G

Ganho sujeito a IRS é constituído:

i. Pela diferença entre o valor de realização e o valor de aquisição;

ii. Pela importância recebida pelo cedente, deduzida do preço por queeventualmente tenha obtido os direitos e bens objeto de cessão;

iii. Pelos rendimentos líquidos, apurados em cada ano (instrumentosfinanceiros derivados, certificados e warrants).

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 127

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IV.1. Incidência Real – Categoria G

Fórmula de Cálculo das Mais-valias (imobiliárias e mobiliárias)

MV/mv = VR – [(VA*Coef.) + DE]

MV/mv – Mais-valia/menos-valia

VR – Valor de realização (artigo 44.º CIRS)

VA – Valor de aquisição (artigos 46.º a 49.º CIRS)

Coef. – Coeficiente desvalorização da moeda (artigo 50.º CIRS)

DE – Despesas ou encargos (artigo 51.º CIRS)

* No regime anterior às mais-valias mobiliárias não era

aplicado o coeficiente de desvalorização da moeda

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 128

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IV.1. Incidência Real – Categoria G

Valor de realização nas mais-valias imobiliárias (art.º 44.º CIRS)

• Valor da contraprestação; ou,

• Quando superior, será considerado o valor (VPT) que tiver sido consideradona liquidação do IMT

Porém, sujeitos passivos podem fazer prova de que o valor derealização (efetivamente recebido) foi inferior ao VPT

procedimento art.º 139.º CIRC

* Inovação da reforma do IRS

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 129

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IV.1. Incidência Real – Categoria G

Valor de aquisição nas mais-valias imobiliárias

Aquisição onerosa (art.º 46.º CIRS):

•O valor que tiver servido de base à liquidação do IMT, ou o que serviria, casofosse devido.

•No caso de imóveis construídos pelo sujeito passivo, o valor patrimonialinscrito na matriz ou, se superior, o valor do terreno acrescido dos custos deconstrução.

Aquisição gratuita (art.º 45.º CIRS):

•Valor que tiver servido de base à liquidação do IS, ou o que serviria casofosse devido.

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 130

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IV.1. Incidência Real – Categoria G

Despesas e encargos a acrescer ao valor de aquisição (art.º 51.º)

Mais-valias imobiliárias

• Encargos com a valorização dos bens realizados nos últimos 12 anos e asdespesas inerentes à aquisição e alienação;

• Indemnização comprovadamente paga pela renúncia onerosa a posiçõescontratuais ou outros direitos inerentes a contratos relativos a esses bens.

Correção monetária sempre que tenham decorrido mais de 24 meses entre adata da aquisição e a data da alienação ou afetação (art.º 50.º, n.º 1 CIRS)

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 131

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IV.1. Incidência Real – Categoria G

Mais-valias imobiliárias - Reinvestimento (cf. art.º 10.º, n.ºs 5,6 e 7 CIRS)

Exclusão de tributação dos ganhos resultantes da transmissão onerosa deimóveis destinados à habitação própria e permanente:

• Reinvestimento na aquisição da propriedade de outro imóvel, deterreno para construção de imóvel e ou respetiva construção, ouna ampliação ou melhoramento de outro imóvel exclusivamentecom o mesmo destino;

• Realizado entre os 24 meses anteriores e os 36 meses posterioresà data de realização;

• Manifestação da intenção de reinvestimento, ainda que parcial,na declaração de rendimentos do ano da realização.

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 132

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IV.1. Incidência Real – Categoria G

Benefício de exclusão de tributação não opera se:

• Imóvel adquirido não for afeto à habitação do sujeito passivo oudo seu agregado familiar até 12 meses após o reinvestimento;

• Nos demais casos, o adquirente não requeira a inscrição na matrizdo imóvel ou das alterações decorridos 48 meses desde a data darealização, devendo afetar o imóvel à sua habitação ou do seuagregado até ao fim do 5.º ano seguinte ao da realização;

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 133

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IV.1. Incidência Real – Categoria G

Regime especial aplicável às mais-valias imobiliárias (art.º 11.º da Lei n.º82.º-E/2014, de 31-12

Benefício de exclusão de tributação é, ainda, aplicável quando:

•Valor de realização, ainda que parcialmente, for aplicado na amortização deeventual empréstimo contraído para a aquisição do imóvel alienado.

À data da alienação, o sujeito passivo não podeser proprietário de outro imóvel habitacional.

•Aplicável às alienações de imóveis ocorridas nos anos de 2015 a 2020, emque os contratos de empréstimo tenham sido celebrados até 31-12-2014.

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 134

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IV.1. Incidência Real – Categoria G

Exemplo

Maria alienou no ano de 2014, pelo valor de €450.000,00, o prédio urbanoonde tinha a sua habitação própria e permanente, que havia adquirido em2001, pelo valor de €300.000,00.

A alienação contou a intermediação de agente imobiliário, ao qual pagou ovalor de €4.000,00.

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 135

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IV.1. Incidência Real – Categoria G

Exemplo

Apuramento da mais-valia:

€450.000 – [(300.000x1,29*) + €4.000,00]

= €450.000,00 - €391.000,00

= € 59.000,00 € 29.500,00 (50%)

*Portaria n.º 281/2014, de 30-12 (coeficientes de desvalorização da moeda)

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 136

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IV.1. Incidência Real – Categoria G

Valor de realização nas mais-valias mobiliárias

• Valor da contraprestação (art.º 44.º, n.º 1, al. f) CIRS).

Valor de aquisição nas mais-valias mobiliárias

Aquisição onerosa (art.º 48.º CIRS)

Valores mobiliários cotados em bolsa

O custo documentalmente provado ou, na sua falta, o da menor cotaçãoverificada nos 2 anos anteriores à data da alienação, se outro menos elevadonão for declarado

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 137

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IV.1. Incidência Real – Categoria G

Valor de aquisição nas mais-valias mobiliárias

Aquisição onerosa (art.º 48.º CIRS):

Quotas e outras partes sociais não cotadas em bolsa

O custo documentalmente provado ou, na sua falta, o respetivo valornominal

Aquisição gratuita (art.º 45.º CIRS):

•Valor que tiver servido de base à liquidação do imposto do selo, ou o queserviria, caso fosse devido.

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 138

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IV.1. Incidência Real – Categoria G

Despesas e encargos a acrescer ao valor de aquisição (art.º 51.º)

Mais-valias mobiliárias e propriedade intelectual

• Despesas necessárias e efetivamente praticadas, inerentes à aquisição ealienação.

Correção monetária sempre que tenham decorrido mais de 24 meses entre adata da aquisição e a data da alienação ou afetação (art.º 50.º, n.º 1 CIRS)

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 139

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IV.2. Apuramento do rendimento líquido – Categoria G(Dedução de perdas)

1. Mais-valias imobiliárias

Percentagem do saldo negativo reportável Prazo de 5 anos

(art.º 55.º, n.º 1, al. c) CIRS)

2. Mais-valias mobiliárias

Saldo negativo reportável Prazo de 5 anos (art.º 55.º, n.º 1, al. d)CIRS)

Só quando sujeito passivo opte pelo englobamento

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 140

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IV.2. Apuramento do rendimento líquido – Categoria G

Residentes

1. Mais-valias imobiliárias

• Englobamento obrigatório (art.º 22.º, n.º 1 CIRS)

• Saldo positivo ou negativo apenas é englobado em 50% do seu valor

(art.º 43.º, n.º 2 CIRS)

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 141

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IV.2. Apuramento do rendimento líquido – Categoria G(Taxas e Retenção na fonte)

2. Mais-valias mobiliárias

• Tributação à taxa autónoma de 28% (art.º 72.º, n.º 1, al. c) CIRS)

Opção pelo englobamento para sujeitos passivos residentes em territórioportuguês (cf. artigo 72.º, n.º 5 do CIRS).

• Partes sociais micro e pequenas empresas (Anexo ao DL n.º 372/2007 de06-11)

Saldo positivo apenas tributado em 50% (art.º 43.º, n.ºs 3 e 4 CIRS)

Cf. Circular n.º 7/2014, de 29-07

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 142

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IV.2. Apuramento do rendimento líquido – Categoria G(Taxas e Retenção na fonte)

Não Residentes

1. Mais-valias imobiliárias

• Tributação à taxa autónoma de 28% (art.º 72.º, n.º 1, al. a) CIRS)

2. Mais-valias mobiliárias

• Tributação à taxa autónoma de 28% (art.º 72.º, n.º 1, al. c) CIRS)

• Partes sociais micro e pequenas empresas saldo positivo apenas tributadoem 50% (art.º 43.º, n.ºs 3 e 4 CIRS)

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 143

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IV – Incidência real e apuramento do rendimento líquido

Categoria H – Pensões

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares 144

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IV.1. Incidência Real – Categoria H

Consideram-se pensões:

• As prestações devidas a título de pensões de aposentação ou de reforma,velhice, invalidez ou sobrevivência, bem como outras de idêntica natureza,incluindo os rendimentos referidos no n.º 2 do artigo 2.º -A, e ainda aspensões de alimentos (n.º 1, al. a);

• As prestações a cargo de companhias de seguros, fundos de pensões, ouquaisquer outras entidades, devidas no âmbito de regimes complementaresde segurança social em razão de contribuições da entidade patronal, e quenão sejam consideradas rendimentos do trabalho dependente (n.º 1, al. b);

(art.º 11.º CIRS)

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 145

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IV.1. Incidência Real – Categoria H

Consideram-se pensões:

• As rendas temporárias ou vitalícias (n.º 1, al. d);

As indemnizações que visem compensar perdas de rendimentos destacategoria (n.º 1, al. e);

(art.º 11.º CIRS)

Rendimentos ficam sujeitos a tributação desde que pagos ou colocados àdisposição dos respetivos titulares (art.º 11, n.º 3 CIRS)

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 146

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IV.2. Apuramento do rendimento líquido – Categoria H(Dedução Específica)

• Aos rendimentos brutos da de valor anual igual ou inferior a €4.104 deduz -se, até à sua concorrência, a totalidade do seu quantitativo por cada titularque os tenha auferido e, ainda,

a) As quotizações sindicais desde que não excedam, em relação acada sujeito passivo, 1 % do rendimento bruto desta categoria,sendo acrescidas de 50 %;

b) As contribuições obrigatórias para regimes de proteção social epara subsistemas legais de saúde, na parte que exceda €4.104.

• Se o rendimento anual, por titular, for superior a €4104, a dedução é igualao montante nele fixado.

(art.º 53.º CIRS)

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 147

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IV.2. Apuramento do rendimento líquido – Categoria H(Abatimentos)

Sujeitos passivos com deficiência (art.º 56.º-A CIRS)

•Rendimentos brutos por sujeitos passivos com deficiência são apenasconsiderados por 90%.

Parte excluída de tributação não pode exceder €2.500,00

*Novo artigo – Exclusão tem vindo a ser continuamente prorrogada através

de regimes transitórios

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 148

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IV.2. Apuramento do rendimento líquido – Categoria H(Taxas e Retenção na fonte)

Residentes/Residentes não habituais:

•Rendimento coletável é objeto de englobamento (arts 22.º CIRS)

Retenção na fonte (arts 98.º e 99.º CIRS):

• Entidades devedoras de pensões obrigadas a reter o imposto no momentodo seu pagamento ou colocação à disposição, com exceção das de alimentos

(art.º 99.º, n.º 1, al. b) CIRS)

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 149

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IV.2. Apuramento do rendimento líquido – Categoria H(Taxas e Retenção na fonte)

Residentes:

• Tabelas de retenção atendem à situação pessoal e familiar dos sujeitospassivos – deficiência e dependentes (art.º 99.º-B CIRS);

• Subsídio de férias e de Natal objeto de retenção autónoma (art.º 99.º-D, n.º4 CIRS);

• Tabelas de retenção na fonte para o ano de 2015 – Despacho n.º 309-A/2015, de 12-01

• Quantias retidas devem ser entregues até ao dia 20 do mês seguinte (art.º98.º, n.º 3 do CIRS)

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 150

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IV.2. Apuramento do rendimento líquido – Categoria H(Taxas e Retenção na fonte)

Não residentes:

Taxa liberatória de 25% (art.º 71.º, n.º 4, al. c) CIRS)

Relativamente aos rendimentos obtidos em território português

Cf. art.º 18.º do CIRS – Rendimentos obtidos em território português

Taxa incide sobre o rendimento líquido – Dedução art.º 53.º CIRS

(art.º 71.º, n.º 5 CIRS)

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 151

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IV.1. Incidência Real(Delimitação negativa)

O IRS não incide sobre (art.º 12.º CIRS),

• As indemnizações devidas em consequência de lesão corporal, doença oumorte, incluindo pensões e indemnizações auferidas em resultado documprimento do serviço militar, pensões de preço de sangue, bem como atransmissão ao cônjuge ou unido de facto sobrevivo de pensão de deficientemilitar, pagas ou atribuídas por entidades públicas, ao abrigo de contrato deseguro, decisão judicial ou acordo judicialmente homologado (n.º 1) ;

• Prémios literários, artísticos ou científicos, quando não envolvam acedência,temporária ou definitiva, dos respetivos direitos de autor, desdeque atribuídos em concurso, mediante anúncio público em que se definam asrespetivas condições de atribuição (n.º2)

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 152

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IV.1. Incidência Real(Delimitação negativa)

O IRS não incide sobre (art.º 12.º CIRS),

• As bolsas atribuídas aos praticantes de alto rendimento desportivo peloComité Olímpico de Portugal ou pelo Comité Paralímpico de Portugal, noâmbito do contrato-programa de preparação para os Jogos Olímpicos,Paralímpicos ou Surdolímpicos pela respetiva federação titular do estatuto deutilidade pública desportiva, nos termos do artigo 30.º do Decreto -Lei n.º272/2009, de 1 de outubro (n.º 5, al. a);

• As bolsas de formação desportiva, como tal reconhecidas por despacho dosmembros do Governo responsáveis atribuídas pela respetiva federação aosagentes desportivos não profissionais (praticantes, juízes e árbitros), até aomontante máximo anual correspondente a € 2 375 (n.º 5, al. b);

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 153

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IV.1. Incidência Real(Delimitação negativa)

O IRS não incide sobre (art.º 12.º CIRS),

• Os prémios em reconhecimento do valor e mérito de êxitos desportivos, nos termos do Decreto–Lei n.º 272/2009, de 1 de outubro, e da Portaria n.º 103/2014, de 15 de maio (medidas específicas de apoio ao desenvolvimento do desporto de alto Rendimento).

(n.º 5, al. c)

• Os incrementos patrimoniais provenientes de transmissões gratuitassujeitas ao imposto do selo, nem sobre os que se encontrem expressamenteexcluídos de tributação daquele imposto (n.º 6).

IRS/Módulo IV/Incidência real e apuramento do rendimento líquido 154

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Estágio ITE 2015IRS - Apuramento do Imposto

DSF 2015

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IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto

1. DECLARAÇÃO DE RENDIMENTOS

2. TAXAS E QUOCIENTE FAMILIAR

3. LIQUIDAÇÃO

4. DEDUÇÕES À COLETA

5. PAGAMENTO

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares156

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V.1. Declaração de Rendimentos

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto

RENDIMENTO ILIQUIDO CADA CATEGORIA DEDUÇÕES ESPECIFICAS

RENDIMENTO LIQUIDO CADA CATEGORIA/ENGLOBAMENTO

DEDUÇÃO PERDAS

RENDIMENTO LIQUIDO TOTAL/RENDIMENTO COLETÁVEL

NÃO CASADOS/CASADOS

TAXA/QUOCIENTE FAMILIAR

TAXA/RESULTADO X DIVISORES QUOCIENTE FAMILIAR

COLETADEDUÇÕES À COLETAIMPOSTO

157

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V.1. Declaração de Rendimentos

AGREGADO FAMILIAR (Art. 13º CIRS)

Regime regra

� Agregado familiar – Tributação Separada

o imposto é apurado individualmente em

relação a cada cônjuge ou unido de facto, sem

prejuízo disposto no CIRS qto. aos dependentes

Regime Facultativo

Opção pela Tributação Conjunta

o imposto é devido pela soma dos rendimentos

das pax que compõem agregado familiar, sendo

sp aqueles que têm a sua direção (art. 1671/n.º 2 CC)

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto 158

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V.1. Declaração de Rendimentos

CASADOS E UNIDOS DE FACTO (Art. 59º CIRS):

→ TRIBUTAÇÃO SEPARADA (n.º 1)

♦ Cada um dos cônjuges, apresenta declaração com rendimentos de que é titular e 50% dos rendimentos dos dependentes integrantes do agregado familiar

→ TRIBUTAÇÃO CONJUNTA (n.º 2):

♦ Declaração com a totalidade dos rendimentos obtidos por todos os membros integrantes do agregado familiar (al. a))

♦ Ambos os cônjuges ou unidos de facto exercem a opção na declaração de rendimentos, só considerada dentro dos prazos legais de entrega (Art. 60º ), sendo válida para o ano em questão (als. b) e c))

♦ Opção mantida ainda que apresentada declaração de substituição fora de prazo (al. d))

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto 159

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V.1. Declaração de Rendimentos

AGREGADO FAMILIAR (Art. 63º CIRS):

→ Constituição, dissolução por declaração de nulidade ou anulaçãocasamento, divórcio ou separação judicial pessoas e bens

♦ Tributação de acordo com o estado civil em 31/12 (n.º 2)

♦ Divorciados ou separados judicialmente de pessoas e bens, englobamrendimentos próprios e a sua parte nos rendimentos comuns, erendimentos dos dependentes a seu cargo (al. a))

♦ Casados, não separados judicialmente de pessoas e bens, e optarempela tributação conjunta, englobam rendimentos próprios de cada umdos cônjuges, os rendimentos comuns, e os rendimentos dos seusdependentes (al. b))

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto 160

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V.1. Declaração de Rendimentos

FALECIMENTO (Art. 63º CIRS):

→ Entre 01 de Janeiro e a data do óbito

● Cônjuge sobrevivo, não separado de facto, cumpre com as obrigaçõesdeclarativas de cada um deles, podendo optar pela tributação conjunta,salvo se voltar a casar no mesmo ano, caso em que pode optar pelatributação conjunta com novo cônjuge (n.º 1)

→ Incumbe ao administrador da herança apresentar a declaraçãorendimentos, relativamente ao período de 01 de Janeiro até à data doóbito, sem prejuízo do Art. 63º (Art. 57º/2 CIRS)

→ No período posterior ao óbito são considerados em nome das pessoasque os passaram a auferir, na falta de partilha até ao fim do ano,imputados aos sucessores e ao cônjuge sobrevivo, segundo a quota idealnos bens (Art. 64º CIRS)

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto 161

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V.1. Declaração de Rendimentos

ENGLOBAMENTO (Art. 22º CIRS)

Rendimento coletável é o que resulta do englobamento dos rendimentos das várias categorias, depois de feitas as deduções e abatimentos.

Nos casos de opção pelo englobamento, foi eliminada a regra do englobamento obrigatório da totalidade dos rendimentos sujeitos a taxas especiais ou liberatórias

Agora, quando exercida opção pelo englobamento de alguns rendimentos

(artigo 22º/3 - artigos 71º e 72º)

Apenas há obrigação de englobar os rendimentos da mesma Categoria

(artigo 22º/5)

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto 162

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V.1. Declaração de Rendimentos

DEDUÇÃO DE PERDAS Condições (Art. 55º CIRS):

Categoria B - 12 anos, cfr. artigo 52º CIRC (eliminada a não

comunicabilidade das perdas entre atividades agrícolas, silvícolas e pecuárias e outras atividades da Categoria B)

Categoria F - 6 anos (antes 5 anos), condicionado à verificação da

geração de rendimentos prediais (Catg.F) pelos prédios,

relativamente aos quais se verificaram os gastos , nos 36 meses

(seguidos ou interpolados) dos 5 anos seguintes àquele em que os gastos foram incorridos (n.º 8)

Categoria G - 5 anos, 50% saldo (–)-art. 43º/2

Categoria G - 5 anos (antes 2 anos)-art. 10º/1, b), c), e), f), g) e h)

Artigo 10º/1/c) – propriedade inteletual, industrial (…)

Artigo 10º/1/h) – créditos, prest. acessórias e prest. suplementares

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto 163

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V.1. Declaração de Rendimentos

REPORTE DE RENDIMENTOS (Art. 74º CIRS)

Rendimentos produzidos em anos anteriores

� Quando sejam englobados rendimentos produzidos em anos anteriores ao do pagamento ou colocação à disposição

Devem todos os rendimentos ser imputados ao n.º de anos ou fração

(dividindo o valor pela soma do n.º de anos ou fração)

eliminado o limite de 6 anos de imputação

eliminada a aplicação do regime apenas aos rendimentos

das Categorias A, F ou H

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto 164

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V.1. Declaração de Rendimentos

PRAZOS DE ENTREGA

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto

Prazos Entrega (Ano n+1)

(Internet + Papel - Art. 61º CIRS)

Art. 60º CIRS/ Efeitos a 01-01-2016 (Lei 82-E/2014, art. 17º)/Prazo supletivo -n.º 2 (30 DIAS)

Prazo de Liquidação

Art. 77º CIRS

Prazo Pagamento / Reembolso

Art. 96º/97º/102º-A CIRS

15 de Março a 15 de Abril

Categorias A e H 31-07-(n+1) 31-08-(n+1)

16 de Abril a 16 de Maio

Restantes Categorias

31-07-(n+1) 31-08-(n+1)

31 de Dezembro

(Mediante comunicação à AT)

Rendimentos de Fonte Estrangeira com Direito a Crédito Imposto

- -

165

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V.1. Declaração de Rendimentos

REGRA GERAL (Art. 57º CIRS) - Entrega Declaração Oficial (Mod. 3 -Rosto) + Anexos e documentos nela mencionados (n.º 1), se doisestatutos de residência, vigora a entrega para cada um deles, semprejuízo da dispensa nos termos gerais (n.º 6)

♦ Anexo A - Rendimentos Trabalho Dependente/Pensões/Deduções

♦ Anexo B - Rendimentos Catg B/Regime Simplificado/Ato Isolado

♦ Anexo C - Rendimentos Catg B/Regime Contabilidade

♦ Anexo D - Transparência Fiscal/Herança Indivisa/Imputação

♦ Anexo E - Rendimentos Capitais

♦ Anexo F - Rendimentos Prediais

♦ Anexo G - Mais Valias/Outros Incrementos Patrimoniais

♦ Anexo G1 - Mais-Valias Não Tributadas

♦ Anexo H - Benefícios Fiscais e Deduções

♦ Anexo I - Rendimentos Herança Indivisa

♦ Anexo J - Rendimentos Obtidos no Estrangeiro

♦ Anexo L - Residentes Não Habituais

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto166

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V.1. Declaração de Rendimentos

DISPENSA DE DECLARAÇÃO (Art. 58º CIRS), sem prejuízo opção pela entrega (n.º 4), aufiram isolada ou cumulativamente:

→ Rendimentos tributados taxas Art. 71º CIRS (Taxas liberatórias), e nãooptem, quando permitido, pelo seu englobamento

→ Rendimentos trabalho dependente ou pensões, de montante total ≤ a €8.500,00, não sujeitos a RF, sem prejuízo al. d) n.º 3 (Pensões alimentosde valor superior a € 4.104,00)

→ Subsídios ou subvenções no âmbito da PAC de montante anual inferior a 4x IAS* (4x419,22=1.676,88), em simultâneo com rendimentos tributadospelas taxas art. 71º CIRS (Taxas liberatórias) e, bem assim, rendimentostrabalho dependente ou pensões que não exceda, isolada oucumulativamente, € 4.104,00, ou (n.º 2 al. a))

→ Realizem atos isolados de montante anual inferior a 4 x IAS (€1.676,88),desde que não aufiram outros rendimentos ou apenas aufiramrendimentos tributados pelas taxas art. 71º CIRS (n.º 2 al. b))

→ Não impede a apresentação da declaração, querendo (n.º 4)

* Art. 117º da Lei n.º 82-B/2014 (OE2015)

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto 167

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V.1. Declaração de Rendimentos

NÃO ABRANGIDOS PELA DISPENSA OS SUJEITOS PASSIVOS QUE (n.º 3):

→ Optem pela tributação conjunta (cf. art. 13º/2 CIRS) (a))

→ Aufiram rendas temporárias e vitalícias que não se destinem aopagamento de pensões enquadráveis nas als. a), b) ou c) do n.º 1 doart. 11º CIRS

→ Aufiram rendimentos em espécie

→ Aufiram rendimentos de pensões de alimentos (n.º 5 art. 72º CIRS) devalor superior a €4.104,00

OPÇÃO DA NÃO ENTREGA

AT certifica a pedido do sujeito passivo, sem qualquer encargo para este,montante, natureza do rendimentos comunicados em cada ano, valorIRS suportado (Art. 58º/5 CIRS)

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto 168

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V.1. Declaração de Rendimentos

DETERMINAÇÃO RENDIMENTO COLETÁVEL (Art. 65º CIRS)

→ REGRA - Com base na declaração anual de rendimentos (n.º 1)

→ A AT (Diretor Finanças) pode proceder à fixação do rendimento:

♦ Fixação prevista no art. 29º/4 CIRS (valor mercado)

♦Métodos indiretos (Art. 39º CIRS)

♦ Divergência valores transmissão (Art. 52º CIRS)

→ AT procede a correcções decorrentes de (Art. 65º/n.º 4 CIRS):

♦ Erros evidenciados nas próprias declarações

♦ Omissões nelas praticadas

♦ Divergência na qualificação dos atos, factos ou documentos comrelevância para a liquidação do imposto

→ CRITÉRIOS NOTIFICAÇÃO (Revogado Art. 149º CIRS, remissão para o Art.38º LGT) e fundamentação (Art. 66º CIRS)

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto 169

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V.2 Taxas e quociente familiarTABELA (sem alterações):

→ O quantitativo do rendimento coletável, quando superior a (euro) 7000, édividido em duas partes: uma, igual ao limite do maior dos escalões quenele couber, à qual se aplica a taxa da col. (B) correspondente a esseescalão; outra, igual ao excedente, a que se aplica a taxa da col. (A)respeitante ao escalão imediatamente superior. (n.º 2)

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto 170

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V.2 Taxas e quociente familiar

QUOCIENTE FAMILIAR (Art. 69º CIRS)

O quociente conjugal (2) foi substituído pelo Quociente familiar nos seguintes termos:

� Cada sujeito passivo = 1

� Cada dependente ou ascendente = 0,30

� Casados ou Unidos de facto

tributação separada - 1 + 0,15 x por cd/ depend. ou ascend.

tributação conjunta - 2 + 0,30 x por cd/ depend. ou ascend.

� Outros Sujeitos passivos (“não casados”)

1 + 0,30 x por cd/ depend. ou ascend.

� Coleta de IRS - Resultado x Divisores (n.º 3)

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto 171

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Quociente familiar - limites (Art. 69º/n.º 5 CIRS)

Da aplicação da parcela do divisor correspondente aos dependentes que integrem o agregado familiar e/ou ascendentes não pode resultar uma redução de coleta superior a:

V.2 Taxas e quociente familiar

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto

1 dependente

ou ascendente

2 dependentes

ou ascendentes

3 ou mais dependentes

ou ascendentes

Casado ou

Unido facto

Tributação separada 300 625 1000

Tributação conjunta 600 1250 2000

Famílias monoparentais - 350 750 1200

172

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V.2 Taxas e quociente familiar

Quociente familiar - Dependentes e Ascendentes

Para efeitos do Quociente familiar:

�Dependente - Definido cfr. artigo 13º. Não releva, porém, os dependentes em relação aos quais o sujeito passivo aproveite da dedução correspondente ao pagamento de pensão de alimentos (artigo 83º-A)

�Ascendente - Definido cfr. artigo 69/4/a), i.é., aquele que viva efetivamente em comunhão de habitação com o sujeito passivo, desde que não aufira rendimento > à pensão mínima do regime geral (2015 - Portaria nº 286-A/2014,31/12 - 261,95€)

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto 173

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TAXA ADICIONAL SOLIDARIEDADE (Art. 68º-A CIRS)

Mantém-se a Taxa adicional de solidariedade e respetiva Tabela

E também aqui se aplica o Quociente familiar

V.2 Taxas e quociente familiar

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto

Rendimento coletável Taxa

De mais de 80.000 até 250.000 2,5%

Superior a 250.000 5%

174

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MÍNIMO DE EXISTÊNCIA (Art. 70º CIRS)

�Aumento do limite mínimo de existência para valor fixo – 8.500€

Para os titulares de rendimentos predominantemente originados em

trabalho dependente ou pensões não pode resultar a disponibilidade

de um rendimento líquido de imposto < a 8.500€

�Não são aplicadas as Taxas do artigo 68º se:

V.2 Taxas e quociente familiar

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto

Se Rendimento coletável = <

3 ou 4 dependentes 5 ou mais dependentes

Casado ou Unido facto

Tributação separada 5.660 7.780

Tributação conjunta 11.320 15.560

Famílias monoparentais - 11.320 15.560

175

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V.2 Taxas e quociente familiarTAXAS LIBERATÓRIAS (Art. 71º CIRS)

*TAXA 28%*

♦ RESIDENTES E NÃO RESIDENTES

Rendimentos capitais obtidos e pagos por ou através entidades com sede,direção efetiva, estabelecimento estável, disponham ou devam disporcontabilidade organizada (al. a) n.º 1)/Opção englobamento pelosRESIDENTES, se obtidos fora âmbito atividade empresarial e profissional(n.º 6)

♦ RESIDENTES

Rendimentos valores mobiliários devidos entidades não residentes a quepossa imputar-se pagamento por intermediários mandatados pordevedores ou titulares ou ajam por conta de uns ou outros (al. b) n.º 1),exceto os pagos ou colocados à disposição de fundos investimento, casoem que não há lugar a RF (n.º 3)/Opção englobamento pelos RESIDENTES,se obtidos fora âmbito atividade empresarial e profissional (n.º 6)

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto 176

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V.2 Taxas e quociente familiar

*TAXA 25%*

♦ NÃO RESIDENTES

- Rendimentos ilíquidos de trabalho dependente e independente, incluindo atos isolados (al. a) n.º 4)

- Rendimentos ilíquidos de capitais referidos als. m) e n) n.º 2 art. 5º (al. b) n.º 4)

- Pensões, líquidas da dedução específica, sem prejuízo do que disponha EBF (al. c) n.º 4 e n.º 5)

- Incrementos Patrimoniais, previstos als. b) e c) n.º 1 Art. 9º (al. d) n.º 4)

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto 177

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V.2 Taxas e quociente familiar

*TAXA 35%*

♦ NÃO RESIDENTES

- Rendimentos mencionados al. a) n.º 1, obtidos por entidadesdomiciliadas em paraíso fiscal (al. b) n.º 12)

- Rendimentos mencionados al. b) n.º 1, devidos por entidadesdomiciliadas em paraíso fiscal (al. c) n.º 12)

- Todos os rendimentos referidos no Art. 71º, quando pagos ou colocadosà disposição em contas abertas por conta de terceiros não identificados(al. a) n.º 12)

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto 178

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V.2 Taxas e quociente familiar

♦ NÃO RESIDENTES - Critérios dispensa retenção na fonte e reembolso, por força de CDT, que não atribua tributação ao Estado da fonte (Art. 101º-C CIRS)

♦ Agentes pagadores de rendimentos de fonte externa não se encontram obrigados a efetuar retenções relativamente a rendimentos isentos ou pagos a contribuintes abrangidos pelo regime dos RNH (n.º 4 art. 101º-B CIRS)

♦ REEMBOLSO IMPOSTO RETIDO E PAGO (Art. 71º, n.ºs 8 a 11 CIRS)

- Titulares rendimentos als. a) a d), f), m), o) n.º 1 art. 18º

- Residentes noutro EM ou EEE

- Parte superior à que resultaria aplicação taxas n.º 1 Art. 68º CIRS

- Requerida à AT/ Prazo 2 anos seguintes ano n/Restituição 3 meses

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto 179

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V.2 Taxas e quociente familiar

TAXAS ESPECIAIS (Art. 72º CIRS)

*TAXA 28%*

♦ Não residentes

Opção englobamento residentes UE/EEE (n.ºs 9 e 10)

- MV previstas nas als. a) e d) n.º 1 art. 10º (al. a) do n.º 1)

- Outros Rendimentos (al. b) do n.º 1)

Residentes /não residentes

Opção englobamento residentes ( n.º 8)

♦ Saldo positivo MV de operações als. b), c), e), f), g), h) do n.º 1 do art. 10º(al. c) do n.º 1)

♦ Rendimentos capitais Art. 5º, não sujeitos RF Art. 71º (al. d) n.º 1)

♦ Rendimentos prediais (al. e) n.º 1)

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto 180

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V.2 Taxas e quociente familiar

*TAXA 25%*

♦ Não residentes

- Rendimentos imputáveis estabelecimento estável território português

- Rendimentos als. a) e c) n.º 4 Art. 71º, obtidos território português, quando não sujeitos RF

- Opção englobamento residentes EM/EEE (n.ºs 9 e 10)

*TAXA 10%*

♦ GRATIFICAÇÕES

Não atribuída entidade patronal, nem entidade que mantenha com esta relações grupo, domínio ou simples participação (n.º 3)

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto 181

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V.2 Taxas e quociente familiar

*TAXA 20%*

♦ PENSÕES ALIMENTOS (Art. 83º-A CIRS)

- Opção englobamento residentes (n.º 8)

♦ RESIDENTES NÃO HABITUAIS

- Rendimento líquido Catg A e B, decorrente atividades elevado valor acrescentado

- Opção englobamento residentes (n.º 8)

*TAXA 60%*

♦ Acréscimos patrimoniais não justificados

- al. d) n.º 1 Art. 9º CIRS, de valor superior a € 100.000 (Avaliação Indireta)

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto 182

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V.2 Taxas e quociente familiar

*TAXA 35%*

♦ RENDIMENTOS CAPITAIS - Art. 5º e als. a) e b) Art. 71º CIRS, devidos por entidades domiciliadas paraíso fiscal, quando não sujeitas a RF nos termos al. b) n.º 12 Art. 71º CIRS (al. a) n.º 12)

♦ SALDO POSITIVO MV resultante operações pevistas n.ºs 4/5 al. b) n.º 1Art. 10º CIRS, respeitem valores mobiliários emitidos entidade domiciliadaparaíso fiscal (al. b) n.º 12)

♦ GANHOS previstos n.º 3 al. b) n.º 1 Art. 10º, relativos estruturasfiduciárias domiciliadas em paraísos fiscais (al. c) n.º 12)

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto 183

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V.2 Taxas e quociente familiar

TAXAS TRIBUTAÇÃO AUTÓNOMA (Art. 73º CIRS)

CRITÉRIO GERAL: Sujeitos passivos que possuam ou devam possuircontabilidade organizada

♦ TAXA 50% - Despesas não documentadas (n.º 1)

♦ TAXA 10% - Encargos dedutíveis de despesas representação (n.º4) e,motos, motociclos, viaturas ligeiras passageiros ou mistas (n.º 5) comcusto aquisição inferior a €20.000, TAXA 5% - viaturas mistas híbridasplug-in (n.º 10), TAXA 7,5% - viaturas GPL/GNV (n.º 11)

♦ TAXA 20% - Encargos dedutíveis de viaturas ligeiras passageiros oumistas igual ou superior a €20.000, TAXA 10% - viaturas hibridas plug-in(n.º 10), TAXA 15% - viaturas GPL/GNV (n.º 11)

♦ TAXA 35% - Pagamentos a pessoas singulares ou coletivas residentesfora território português (n.º 6)

♦ TAXA 5% - Ajudas de custo, compensação deslocação viatura, nãofaturadas a clientes, na parte não tributada em IRS (n.º 7)

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto 184

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V.2 Taxas e quociente familiar

REGIME DE RETENÇÕES NA FONTE

♦ Revogação do Regime de Retenções na Fonte de IRS, constante do DL. n.º 42/91, de 22/01

♦ Integração da totalidade do regime das retenções na fonte no CIRS

♦ Possibilidade de o substituto tributário corrigir as retenções, sempre que se verifiquem incorreções, para mais ou para menos, nos montantes retidos, ainda que com natureza liberatória, podendo a correção ser feita em mais do que um período de retenção (n.º 4 Art. 98º CIRS)

♦ Afastamento da retenção na fonte sobre os rendimentos em espécie (al. a) n.º 1 Art. 99º CIRS)

♦ Utilização indevida das tabelas aplicáveis a «casado, único titular», implica pagamento juros compensatórios pela diferença entre a retenção na fonte devida e a efetuada (Art. 99º-F/n.º 3 CIRS)

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto 185

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V.3. Liquidação

→ REGRA GERAL: Prazo liquidação com base na declaração apresentada no prazo legal (Art. 76º/77º, al. a) CIRS)

→ NÃO DECLARANTE (Faltoso - Art. 76º/1/als. b) e c)/2/3/4 CIRS)

♦ Notificação por carta registada para cumprir obrigação em falta no prazo de 30 dias (n.º 3)

♦ Liquidação com base nos elementos de que a AT disponha (al. b) n.º 1)

♦ Liquidação com base na totalidade rendimento liquido Catg B obtido noano mais próximo que se encontre determinado, se superior ao doselementos disponíveis, quando não declarada a cessação atividade (al. c),n.º 1)

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto186

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V.3. Liquidação

♦ (NÃO DECLARANTE - RENDIMENTO LÍQUIDO CATEGORIA B)

● Determinado em conformidade com regras regime simplificado, com aplicação coeficiente mais elevado (1) previsto no n.º 1 art. 31º CIRS (n.º 2)

● Não se atende ao mínimo de existência (art. 70º)

● Apenas se efetuam as deduções pessoais al. a) n.º 1 art. 79º, e as do n.º 3

art. 97º (retenções na fonte e pagamentos por conta)

● Liquidação corrigida dentro dos prazos Arts. 45º e 46º LGT*

* Of-Circulado n.º 20155/2011, de 4/11, da Subdg IR/RI

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto 187

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V.4. Deduções à Coleta

À COLETA SÃO EFETUADAS AS SEGUINTES DEDUÇÕES (Art. 78º CIRS):

→ REGRAS GERAIS

♦ Tipos:

● Dependentes e ascendentes - al. a)

● Despesas gerais familiares - al. b)

● Despesas saúde e seguros saúde - al. c)

● Despesas educação e formação - al. d)

● Encargos com imóveis - al. e)

● Pensões de alimentos - al. f)

● Exigência fatura (e-Fatura) - al. g)

● Encargos com lares - al. h)

● Pessoas com deficiência - al. i)

● Crédito Imposto Dupla Tributação Internacional - al. j)

● Benefícios fiscais - al. k)

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto 188

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V.4. Deduções à Coleta

→ Deduzidos ainda à coleta, e conferindo direito ao RB da diferença, quando superiores ao imposto devido (Art. 78º/2 e 3 CIRS):

♦ Pagamentos por conta do imposto

♦ RF respeitantes ao mesmo período de tributação

♦ RF art. 11º Diretiva n.º 2003/48/CE, de 3/6 (Tributação dos rendimentos da poupança sob a forma de juros)

→ DEDUÇÕES APLICÁVEIS - A sujeitos passivos residentes em território português (n.º 5)

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto 189

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LIMITES À DEDUÇÃO À COLETA DEPOIS DE APLICADOS OS DIVISORES (Art. 78º, n.º 7)

A soma de todas as deduções a que se referem as alíneas c) a h) e alínea j) do nº 1 do artigo 78º , não podem exceder, por agregado familiar, os seguintes limites:

V.4. Deduções à Coleta

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto

Escalão rendimento colectável

(artigo 68º)

2014 = 2015

2014 – Limites 2015 – Limites

Até 7.000€ Sem limite Sem limite

De mais de 7.000 até 20.000€ 1.250

De mais de 20.000 até 40.000€ 1.000

De mais de 40.000 até 80.000€ 500

superior a 80.000€ 0 1.000

190

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V.4. Deduções à Coleta

→ REGRAS GERAIS (Art. 78º CIRS)

� Majoração dos limites do nº7 do artigo 78º em 5% por cada dependente ou afilhado civil (não sp) nos agregados com 3 ou mais dependentes (n.º 8)

� Dedução à coleta por pensão de alimentos impede as demais deduções à coleta relativas ao dependente a que se reporta o pagamento da pensão de alimentos (n.º 10)

� Quando dependente conste em mais do que 1 declaração rendimentos, o valor das deduções à coleta previstas no CIRS por referência a dependentes ou a ascendentes é reduzido em 50% (n.º 9)

� Quando o valor das deduções à coleta previstas no CIRS tem por referência o agregado familiar, no caso de cônjuges ou unidos de facto com tributação separada, esses valores são reduzidos em 50%, por sujeito passivo (n.º 11)

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto 191

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a) Dependentes e ascendentes em comunhão habitação (artigo 78º-A)

Deduções de montante fixo (Ponderação Art. 69º CIRS)

V.4. Deduções à Coleta

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto

2014 – Limites 2015 – Limites

Por dependente 45% x IAS = 213,75 325

Por dependente – Majoração*

(*por cada dependente c/ idade < 3anos em 31/12)

(dedução elevada p/ dobro)

+ 213,75 = 427,50

+ 125

= 450

Por ascendente*

(*em comunhão de habitação c/ rendto =< pensão

mínima reg. Geral)

55% x IAS = 261,25 300

Por ascendente* - Majoração**

(** no caso de existir apenas 1 ascendente nas condições

elegíveis)

(85% x IAS = 403,75)

+142,5 = 403,75

+ 110

= 410

192

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V.4. Deduções à Coleta

→ DESPESAS GERAIS FAMILIARES (Art. 78º-B CIRS)

♦ 35% (45% - famílias monoparentais) valor suportado qualquer membroagregado familiar, até limite global €250 (€335 - famílias monoparentais)para cada sujeito passivo

♦ Despesas constantes faturas eletrónicas que titulem prestações serviçose aquisições bens, comunicadas à AT ou emitidas Portal Finanças,enquadradas em qualquer setor de atividade, excepto as previstas nosArts. 78º-C (Saúde) e 78º-E (Imóveis), operando no ano da emissão (n.º 2)

♦ Regras gerais previstas nos n.ºs 2 a 8

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto 193

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V.4. Deduções à Coleta

REGRAS GERAIS nºs 2 a 8 do artigo 78º-B CIRS

Artigo 78º-C, nº 4 - despesas saúde

Artigo 78.º-E, nº 3 - encargos com imóveis

Artigo 78º-D, nº 7 - despesas educação

Artigo 78.º-F, nº 3 - exigência fatura

� As deduções operam no ano da emissão fatura

� Obrigação do adquirente de exigência NIF na fatura

� Apenas relevam faturas obtidas fora do âmbito da atividade empresarial/profissional

� O valor das deduções à coleta é apurado pela AT com base nas faturas que lhe forem comunicadas, por via eletrónica, até ao dia 15 de fevereiro do ano seguinte ao da sua emissão, relativamente a cada adquirente nelas identificado

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto194

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V.4. Deduções à Coleta

REGRAS GERAIS nºs 2 a 8 do artigo 78º-B

� A AT disponibiliza no Portal das Finanças o montante das deduções à coleta até ao final do mês de fevereiro do ano seguinte ao da emissão das faturas (n.º 6)

� Do cálculo do montante das deduções à coleta referido no número anterior, pode o adquirente reclamar, até ao dia 15 de março do ano seguinte ao da emissão, de acordo com as normas aplicáveis ao procedimento de reclamação graciosa com as devidas adaptações (n.º 7)

� Aplicáveis as regras dos nºs 6 a 8 do artigo 3º do DL nº 198/2012, 24/08

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto 195

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V.4. Deduções à Coleta

→ DESPESAS SAÚDE (Art. 78º-C CIRS)

(Abrange parte não comparticipada por seguradoras, associaçõesmutualistas, instituições sem fins lucrativos - n.º 6)

♦ 15% até um máximo global de €1.000 (suportadas por qualquermembro agregado familiar):

- Constem de Faturas eletrónicas titulando prestações serviços eaquisições bens, isentos IVA ou tributados à taxa reduzida, comunicadasou emitidas Portal Finanças, enquadradas nos sectores atividade saúdehumana, comércio a retalho produtos farmacêuticos, comércio a retalhoprodutos médicos e ortopédicos (al. a) n.º 1)

- Correspondam a Prémios seguros ou contribuições pagas a associaçõesmutualistas ou a instituições sem fins lucrativos que tenham por objeto aprestação cuidados saúde (comprovadamente tributados), que cubramriscos saúde sujeito passivo/dependentes, pagos por si ou terceiros, nestecaso, comprovadamente tributados como rendimento (al. b) n.º 1)

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto 196

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V.4. Deduções à Coleta

→ DESPESAS SAÚDE (Art. 78º-C CIRS)

♦ Despesas realizadas em EM EU ou Espaço Económico Europeu (Islândia,Liechtenstein, Noruega), caso o sujeito passivo as comunique atravésPortal Finanças (n.º 5)

♦ Comunicação valor taxas moderadoras pagas pelos sujeitos passivos,pelos Estabelecimentos Públicos Saúde, e prestações serviços etransmissões bens por entidades dispensadas obrigação fatura (n.ºs 2 e3))

♦ Aplicável os n.ºs 2 a 8 Art. 78º-B CIRS (n.º 4)

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto197

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V.4. Deduções à Coleta

→ DESPESAS DE FORMAÇÃO E EDUCAÇÃO (Art. 78º-D CIRS)

♦ Definição de despesas educação e formação (n.º 2/3/4)

♦ 30% despesas suportadas por qualquer membro agregado familiar, comlimite global €800, que constem faturas eletrónicas que titulemprestações serviços e aquisições bens, isentos IVA ou tributados taxareduzida, comunicadas à AT, nos setores atividade Educação e Comércio aretalho livros, e as comunicadas nos termos n.ºs 5 (propinas) e 8 (EU/EEE)

♦ Despesas realizadas em EM EU ou Espaço Económico Europeu (Islândia,Liechtenstein, Noruega), caso o sujeito passivo as comunique atravésPortal Finanças (n.º 5)

♦ Comunicação (igualmente fornecedores dispensados obrigação fatura),valor propinas e demais encargos até final Janeiro de n+1 (n.º 5/6)

♦ Aplicável os n.ºs 2 a 8 Art. 78º-B CIRS (n.º 7)

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto198

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Encargos com imóveis (artigo 78º-E)

�15% do valor suportado

�por qualquer membro do agregado familiar

�Limite global por agregado familiar de (não cumulativas - n.º 6):

V.4. Deduções à Coleta

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto

Rendas p/ habitação permanente

– contratos celebrados ao abrigo do RAU ou NRAU, ou 502€

Juros de dívidas p/ habitação própria permanente ou arrendamento p/ habitação permanente do arrendatário

– contratos celebrados até 31.12.2011, ou 296€

Prestações com cooperativas habitação p/ aquisição imoveis p/ habitação própria permanente ou

arrendamento p/ habitação permanente do arrendatário, na parte que respeitem a juros das correspondentes

dívidas

– contratos celebrados até 31.12.2011, ou

296€

Rendas por contratos locação financeira p/ imóveis p/ habitação própria e permanente, na parte que não

corresponda à amortização capital

– contratos celebrados até 31.12.2011

296€

199

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Encargos com imóveis (artigo 78º-E)

�Majoração do limite global:

V.4. Deduções à Coleta

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto

• Rendas p/ habitação permanente

• Juros de dívidas p/ habitação, ou

• Prestações c/coop.habitação, ou

• Rendas locação financ. p/ habit.

Limite 502€ 296€

Limites c/ Majoração

Se:

Rend/to Coletável

(dp divisores)

< 7.000€

limite elevado p/ 800€

(502€ + 298€ = 800€)

limite elevado p/ 450€

(296€ + 154€ = 450€)

Se:

Rend/to Coletável

(dp divisores)

>7.000€ e

=< 30.000€

Limite resultante

502€ +

[(€800-€502) ×⌊(€30.000-RC*)/ (€30.000-€7.000)⌋]

*RC – Rendimento Coletável

Limite resultante

296€ +

[(€450-€296) ×⌊(€30.000-RC*)/ (€30.000-€7.000)⌋]

*RC – Rendimento Coletável

200

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Encargos com imóveis (artigo 78º-E CIRS)

�Os encargos com a habitação permanente do arrendatário, de contratos celebrados ao abrigo do RAU ou do NRAU são considerados Apenas SE:

�Constarem de faturas comunicadas à AT (DL nº 197/2012, 24/08)

�Que titulem prestações de serviços isentas de IVA

�Enquadradas no seguinte setor de atividade (CAE):

- L, Cl. 68200 – Arrendamento de bens imobiliários

�Ou, se senhorios sp IRS não obrigados à emissão fatura, os encargos forem comunicados à AT através (artigo 115º/5):

- Recibo de quitação de modelo oficial (a criar)

- Declaração anual de modelo oficial (a criar)

�Ou, se entidades não obrigadas à emissão de fatura e que as não emitam, os encargos constem de outros documentos e forem comunicados à AT através

- Declaração anual de modelo oficial

V.4. Deduções à Coleta

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto201

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V.4. Deduções à Coleta

→ EXIGÊNCIA DE FATURA (Art. 78º-F CIRS)

♦ 15% IVA suportado por qualquer membro agregado familiar, com limiteglobal de €250 por agregado familiar

♦ Constem de faturas eletrónicas que titulem prestações de serviçoscomunicadas à AT, cujos emitentes estejam enquadrados nos setoresatividade Manutenção e reparação veículos automóveis, Manutenção ereparação motociclos, Alojamento, restauração e similares, Atividadessalões cabeleireiro e institutos beleza

♦ Valor incentivo pode ser atribuído às entidades escolhidas pelo sujeitopassivo para receber a consignação quota IRS prevista na Lei LiberdadeReligiosa

♦ Aplicável os n.ºs 2 a 8 Art. 78º-B CIRS (n.º 3)

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto 202

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Eliminação Dupla tributação jurídica internacional (artigo 81º)

�Passam a ser Elegíveis para efeitos do direito ao crédito de imposto alguns rendimentos tributados à taxa autónoma de 28% do artigo 72º

- Mais-valias (al. b, c, e, f, g, h do nº 1 do art. 10º)

- Rendimentos capitais quando não sujeitos retenção (art.71º)

- Rendimentos prediais

�Crédito imposto dedutível nestes casos até ao limite das taxas especiais aplicáveis

�Clarificação de que os rendimentos obtidos no estrangeiro que beneficiem do método de isenção, nos termos de CDT celebrada com o Estado da fonte, são obrigatoriamente englobados p/ efeitos de determinação da taxa de imposto aplicável aos restantes rendimentos

�Se insuficiência de coleta p/ absorver o crédito de imposto, possibilidade de reporte nos 5 anos seguintes, depois da dedução do próprio ano

V.4. Deduções à Coleta

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto 203

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V.4. Deduções à Coleta

→ PENSÕES DE ALIMENTOS (Art. 83º-A CIRS)

♦ 20% importâncias comprovadamente suportadas e não reembolsadas, a que o sujeito passivo esteja obrigado por sentença judicial ou acordo homologado nos termos da lei civil (n.º 1)

♦ Salvo, se beneficiário faça parte do mesmo agregado familiar para efeitos fiscais ou relativamente ao qual estejam previstas outras deduções à coleta do art. 78º (ver n.º 10) (n.º 1)

♦ Impossibilidade de dedução se beneficiário (filhos, adotados, enteados e afilhados civis, maiores, bem como aqueles que até à maioridade estiverem sujeitos à tutela), se não verificados requisitos al. b) n.º 5 art. 13º CIRS

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto 204

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V.4. Deduções à Coleta

ENCARGOS COM LARES (Art. 84º CIRS)

→ 25% valor suportado com limite global de €403,75:

♦ Constem faturas titulem prestações serviços e aquisições bens, isentosIVA ou tributados taxa IVA reduzida, comunicados à AT, nos setoresatividade, Atividades apoio social para pessoas idosas e com deficiência,com alojamento/sem alojamento, e objeto comunicação nos termos don.º 3 (n.º 1)

♦ Conceito encargos com lares (n.º 2):

- Sujeitos passivos - apoio domiciliário, lares e instituições apoio à terceiraidade

- Dependentes, ascendentes (pais, avós, bisavós), colaterais até ao 3ºgrau (irmãos, tios) - com rendimentos não superiores à RMMG (€505) –encargos com lares e residências autónomas

♦ COMUNICAÇÃO - (igualmente fornecedores dispensados obrigaçãofatura), do valor dos encargos até final final Janeiro de n+1 (n.º 3 e 4),sendo aplicável os n.ºs 2 a 8 Art. 78º-B CIRS (n.º 5)

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto 205

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V.4. Deduções à Coleta

→ PESSOAS COM DEFICIÊNCIA (Art. 87º CIRS)

♦ Apresentem grau de incapacidade permanente igual ou superior a60%, devidamente comprovado por atestado médico de incapacidademultiuso

♦ Por Sujeito passivo -> 4 x IAS* (n.º 1)

♦ Por cada Dependente -> 1,5 x IAS (n.º 1)

♦ Ascendente -> 1,5 x IAS

♦ Deficiente > 90% ( cumulativa com n.ºs 1, 6 e 7), relativa a despesas de acompanhamento, por cada sujeito passivo ou dependente -> 4 x IAS

♦ Deficientes das Forças Armadas -> 1 x IAS (n.º 7 acumula com adedução do n.º 1)

IRS - Apuramento do Imposto 206

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V.4. Deduções à Coleta

→ BENEFÍCIOS FISCAIS (Art. 78º/1/al. k) CIRS)

♦ Contribuições para regimes complementares de seg.social e P.P.R. (Artº 16º/21º EBF)

20% dos valores aplicados por sujeito passivo não casado, ou por cada um dos cônjuges não separados judicialmente de pessoas e bens, com limite máximo de:

● €400 por sujeito passivo idade inferior a 35 anos

● €350 por sujeito passivo idade compreendida entre 35 e 50 anos

● €300 por sujeito passivo com idade superior a 50 anos

♦ Regime Público Capitalização (Art. 17º EBF)

● 20% valores aplicados, por sujeito passivo não casado, ou por cada umdos cônjuges não separados judicialmente de pessoas e bens, com olimite de €350

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto207

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V.4. Deduções à Coleta

→ BENEFÍCIOS FISCAIS (Art. 78º/1/al. k) CIRS)

♦ Donativos mecenato (Artº 63º EBF)

♦ Encargos com reabilitação de imóveis (Artº 71º/n.º 4 EBF)

- 30% dos encargos suportados pelo proprietário, até ao limite de €500

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto 208

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Apenas relevam despesas c/ NIF comunicadas à AT (Art. 78º/n.º 6 CIRS):

V.4. Deduções à Coleta

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto

DESPESAS GERAIS FAMILIARES

DESPESAS DE SAÚDE

DESPESAS DE EDUCAÇÃO

ENCARGOS COM IMÓVEIS

DEDUÇÃO PELA EXIGÊNCIA DE

FATURA

209

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V.5. Pagamento

→ PAGAMENTO POR CONTA (Art. 102º CIRS)

♦ Titularidade de rendimentos da Categoria B determina a obrigatoriedade

de se efectuarem 3 Pagamentos por Conta, até ao dia 20 de cada um dosmeses de Julho, Setembro e Dezembro (n.º 1), não sendo exigível se forinferior a €50:

TPC = 76,5% * C * RLB / RLT – R

♦ Condições de cessação e redução (n.º 4 e 5)

♦ Os titulares de rendimentos da categoria A e H, cujas entidades devedorasdos rendimentos não se encontrem abrangidas pela obrigação de retenção nafonte prevista no artigo 99º, podem, querendo, efetuar pagamentos porconta do imposto devido a final, desde que o montante de cada entrega sejaigual ou superior a €50 (n.º 8)

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto210

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V.5. Pagamento

→ RESPONSABILIDADE PELO PAGAMENTO EM CASO DE SUBSTITUIÇÃOTRIBUTÁRIA (Art. 103º CIRS)

♦ Aplicável Art. 28º LGT, sem prejuízo disposto n.ºs seguintes (n.º 1)

● Entidade obrigada à Retenção (Substituto) é responsávelsubsidiária pelo Imposto não retido quando a Retenção tiver a naturezade pagamento por conta do imposto devido a final (n.º 2)

● Substituto sujeito a Juros Compensatórios desde o termo do prazode entrega do Imposto até termo do prazo de entrega da Declaração deRendimentos pelo Substituído (n.º 2)

♦ Tratando-se de rendimentos sujeitos a retenção na fonte que nãotenham sido contabilizados nem comunicados como tal aos respectivosbeneficiários (Ex: ajudas custo), o substituto assume a responsabilidadesolidária pelo imposto não retido (n.º 4)

♦ Em caso de não cumprimento do disposto no n.º 3 do artigo 101.º(valores mobiliários sujeitos a registo ou depósito) e no artigo 120.º, asentidades emitentes de valores mobiliários são solidariamenteresponsáveis pelo pagamento do imposto em falta (n.º 5)

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto 211

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V.5. Pagamento

→ RESPONSABILIDADE PELO PAGAMENTO (Art. 102º-C CIRS)

♦ TRIBUTAÇÃO CONJUNTA

● Solidária (n.º 1)

♦ TRIBUTAÇÃO SEPARADA

● A que decorre da lei civil, presumindo-se o proveito comum docasal (n.º 2)

♦ DEPENDENTE - Subsidiariamente responsável, relativamente aossujeitos passivos, até à fração do imposto correspondente aos seusrendimentos líquidos (n.º 3)

♦ Efetivada por reversão do processo execução fiscal (n.º 4)

IRS/Módulo V/Apuramento do Imposto 212

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Estágio ITE 2015IRS - Obrigações Acessórias e

GarantiasDSF 2015

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VI. Obrigações acessórias e garantias

→ DECLARAÇÃO de início de atividade, alterações e cessação (Art. 112º CIRS)

♦ Antes de iniciar a atividade (n.º 1)

♦ 15 dias a contar da alteração (n.º 2)

♦ 30 dias a contar da cessação (n.º 3)

→ DECLARAÇÃO anual informação contabilística e fiscal - IES (Art. 113º CIRS)

♦ Envio electrónico até 15 de Julho ano (n+1)

→ COMUNICAÇÃO RENDIMENTOS E RETENÇÕES (Art. 119º CIRS)

♦ (Mod. 10) Anualmente até ao fim de Fevereiro, os rendimentos pagos, imposto retido, contribuições obrigatórias seg social, quotizações sindicais (nº 1)

♦ (DMR) Declaração mensal remunerações até dia 10 mês seguinte aopagamento ou colocação à disposição, rendimentos trabalho dependente,ainda que isentos ou não sujeitos a tributação (ii da al. c))

→ (Mod. 34) Entidades emitentes valores mobiliários (art. 120º CIRS)

→ (Mod. 42) Comunicação atribuição subsídios (Art. 121º CIRS)

IRS/Módulo VI/Obrigações acessórias e garantias 214

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VI. Obrigações acessórias e garantias

→ (Mod. 11) Notários, conservadores, secretários judiciais, etc (Art. 123º CIRS)

→ (Mod. 13) Operações com instrumentos financeiros (Art. 124º CIRS)

→ (Mod. 33) Registo ou depósito valores nobiliários (Art. 125º CIRS)

→ (Mod. 18) Entidades emitentes e utilizadoras vales refeições (Art. 126º CIRS)

→ (Mod. 37) Comunicação de encargos (Art. 127º CIRS)

→ Comprovação elementos declarações com prazo de 15 dias (art. 128º CIRS)

→ Processo documentação fiscal (Art. 129º CIRS)

→ Representação (Art. 130º CIRS)

→ Representação - renúncia, eficácia no prazo 90 dias (Art. 130º-A CIRS)

→ (Mod. 4) Aquisição e alienação acções e outros valores mobiliários sem a intervenção das entidades referidas nos arts. 123º e 124 (Art. 138º CIRS)

IRS/Módulo VI/Obrigações acessórias e garantias215

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VI. Obrigações acessórias e garantias

→ MEIOS DE GARANTIA (Art. 140º CIRS)

♦ Harmonização de prazos por remissão para a LGT e CPPT (n.º 1)

♦ Em caso de erro na declaração rendimentos, impugnação obrigatoriamente precedida de reclamação graciosa a apresentar no prazo de 2 anos a contar do termo do prazo legal entrega declaração (n.º 2)

♦ Retenção de importâncias total ou parcialmente indevidas, caso se verifiquea impossibilidade de corrigir nos termos do n.º 4 do Art. 98º CIRS ou orespetivo montante ser levado em conta na liquidação final do imposto,prazos de reclamação e de impugnação pelo substituído contam-se a partirde 20 Janeiro ano (n+1) (n.º 3)

IRS - Obrigações Acessórias e Garantias 216

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VI. Obrigações acessórias e garantias

→ MEIOS DE GARANTIA

♦ REVISÃO ACTOS TRIBUTÁRIOS (Art. 78º/1 e 4 LGT)

♦ ARBITRAGEM TRIBUTÁRIA (DL n.º 10/2011, de 20/01)*

“Encontram-se abrangidas pela competência dos tribunais arbitrais

apreciação da declaração de ilegalidade de liquidação de tributos, de

autoliquidação, de retenção na fonte e os de pagamento por conta, a

declaração de ilegalidade de actos de determinação da matéria tributável,

de actos de determinação da matéria colectável e de actos de fixação de

valores patrimoniais e, bem assim, a apreciação de qualquer questão, de

facto ou de direito, relativa ao projecto de liquidação, sempre que a lei não

assegure a faculdade de deduzir a pretensão anteriormente referida.”

* http://www.caad.org.pt/files/documentos/CAAD_AT-RJAT_Consolidado-

2013-01-01.pdf

IRS - Obrigações Acessórias e Garantias 217

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ESTÁGIO ITE 2015Imposto sobre o Rendimentos das Pessoas Singulares

FIM

JORGE DOMINGUES /PEDRO FÉLIX (DSIRS) JAN/2015

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