entre praticas e representacoes os folhetins nos anos sessenta

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325 ENTRE PRÁTICAS E REPRESENTAÇÕES: OS FOLHETINS NOS ANOS SESSENTA Carla Kaori Matsuno André Luiz Joanilho (Orientador) RESUMO Este trabalho tem por objetivo estudar as representações sociais na década de sessenta através dos folhetins publicados pela revista Capricho. Estes contos eram dirigidos a um público feminino que se formava durante a intensa urbanização que o Brasil sofreu na época. Pretendemos, também, analisá-los sem os colocar de modo simplista ao lado de “cultura popular” ou “cultura de massa”. Palavras-chave: práticas de leitura, folhetins, anos sessenta.

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Entre Praticas e Representacoes Os Folhetins Nos Anos Sessenta

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Page 1: Entre Praticas e Representacoes Os Folhetins Nos Anos Sessenta

325

ENTRE PRÁTICAS E REPRESENTAÇÕES: OS FOLHETINS NOS ANOS SESSENTA

Carla Kaori Matsuno

André Luiz Joanilho (Orientador)

RESUMO

Este trabalho tem por objetivo estudar as representações sociais na década de sessenta através dos folhetins publicados pela revista Capricho.

Estes contos eram dirigidos a um público feminino que se formava durante a intensa urbanização que o Brasil sofreu na época. Pretendemos,

também, analisá-los sem os colocar de modo simplista ao lado de “cultura popular” ou “cultura de massa”.

Palavras-chave: práticas de leitura, folhetins, anos sessenta.

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A análise de tais folhetins é construída a partir da localização e

interpretação diacrônica e sincrônica do objeto, dimensões de trabalho

definidas por C. Schorske e sublinhadas por Chartier. Além disso,

baseamo-nos na discussão em torno das relações entre o letrado e o

popular, entre produção e consumo e a relação do real com a ficção,

baseado nas concepções de Roger Chartier, Michel de Certeau e Pierre

Bourdieu. Através destes autores, questionamos o aspecto clássico da

divisão da cultura em pares/oposição: alta/baixa; superior/inferior;

erudita/popular.

Viajar pelo mundo dos folhetins é a possibilidade de encontrar a

mentalidade da década de 1960, principalmente feminina, e compreender

formas de leitura e criação cultural, discutindo os limites entre o popular e

o erudito, ou, o mais importante, captando de que forma ambos se

relacionam para, então, compreender melhor a posição cultural do objeto

folhetim.

1. Os folhetins na década de sessenta

A leitura pertence às práticas que levam a reconhecer certo

universo mental de uma época e um determinado local; é uma das

representações que marcam, de certa forma, a identidade social de um

grupo, de uma comunidade, de um gênero, de uma classe ou de uma

hierarquia, já que a construção destes é resultado da relação de força

entre as representações; na qual, existe uma rede em que uns obtêm o

poder de classificar e outros acatam (cada qual com seu próprio meio), ou

resistem a tal classificação. A abordagem, portanto, dos folhetins da

década de 1960, da revista Capricho, como representação social significa

a instrumentalização do objeto folhetim em um objeto fundamental na

análise cultural da sociedade dos anos sessenta.

Page 3: Entre Praticas e Representacoes Os Folhetins Nos Anos Sessenta

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No Brasil, os folhetins vieram junto com a onda de urbanização

do país. A década de sessenta apresenta a idéia da superioridade citadina,

quando o preconceito rural e a ilusão de melhores oportunidades surgem,

na cidade, difundidas pelo capitalismo.

(...) A vida da cidade atrai e fixa porque

oferece melhores oportunidades e acena um futuro de progresso individual, mas, também,

porque é considerada uma forma superior de existência. A vida do campo, ao contrário,

repele e expulsa.114

No período de 1950-1980, a migração da zona rural para a zona

urbana aproxima-se dos 39 milhões de pessoas, dado retirado da História

da Vida Privada no Brasil 4 – Contrastes da intimidade contemporânea115,

fato caracterizado, inclusive, pela industrialização e, conseqüentemente,

pela selvagem modernização da agricultura. Dentro dos instrumentos

conceptuais dos brasileiros na época, está uma moral individual e familiar,

quando se torna considerável o declínio da distância social entre a mulher

e o homem e a posição central dos filhos na vida doméstica, o romantismo

também se torna cada vez mais presente, com um acréscimo na

valorização da mulher e na sua liberalidade, e a atenção aos agentes

moralizantes, como a família e a escola. Com tal mudança na sociedade

brasileira, há também uma transformação nas condições de existência,

ou, como chama Bourdieu116, no estilo de vida. Estas condições refletem

nas práticas culturais, uma vez que, essas mudanças são resultantes do

jogo da relação de força entre as representações, além de considerar que

as práticas culturais formam uma distintiva expressão de certo grupo.

Nestes aspectos, o folhetim foi encaixado na cultura popular.

114

SCHWARCZ, L. M. História da Vida Privada no Brasil. v. 4. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. 115

Cf. Idem, ibid. 116

Cf. BOURDIEU, Pierre. Gostos de Classe, Estilos de Vida. In: ORTIZ, Renato (org.). Pierre Bourdieu. São

Paulo: Ática, 1983.

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Tais folhetins nasceram nos jornais franceses em torno de 1830

com o intuito de atrair leitores. Feuilleton, designação francesa, era a

localização do jornal onde se recheava de recriações – como curiosidades

e ficções – para a atração do público. Com o sucesso do espaço, o qual se

limitava ao lugar do rodapé, o feuilleton passa a ser um lugar de destaque

em alguns jornais que somado, também, ao sucesso da ficção em pedaços

resulta nos romances-folhetins, ou, no que entendemos aqui,

basicamente, como folhetim. O folhetim, no início do século XX, expandiu-

se dos jornais às revistas e, mais tarde, à televisão. A telenovela, segundo

alguns autores (como Marlyse Meyer), é a tradução atualizada do romance

folhetinesco.

(...) Um produto novo, de refinada tecnologia,

nem mais teatro, nem mais romance, nem mais cinema, ao qual reencontramos o de

sempre: a série, o fragmento, o tempo suspenso que reengata o tempo linear de uma

narrativa estilhaçada em tramas múltiplas,

enganchadas no tronco principal, compondo uma “urdidura aliciante”, aberta às mudanças

segundo o gosto do “freguês”, tão aberta que o próprio intérprete, tal como na vida, nada

sabe do destino de seu personagem. (...) E sempre, no produto novo, os antigos temas:

gêmeos, trocas, usurpações de fortuna ou identidade, enfim, tudo que fomos

encontrando nesta longa trajetória se haverá de reencontrar nas mais atuais, modernas e

nacionalizadas telenovelas. Até sua distribuição em horários diversos,

correspondendo a modalidades folhetinescas diferentes: aventura, comicidade, seriedade,

realismo. Sempre de modo a satisfazer o

patrocinador.117

117

MEYER, Marlyse. Folhetim: uma história. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. p. 387.

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2. Para o conceito de cultura

Com a aproximação da História com a Antropologia,

especificamente da História Cultural entre as décadas de 1960 e 1990, há

uma ascensão dos debates acerca da concepção de cultura e, assim, da

presença desta nos estudos históricos. É necessário, portanto, definir o

seu conceito que servirá como base para a elaboração da pesquisa, pois

sua construção é um campo frágil, sempre revisitada e discutida nos

meios acadêmicos. O conceito norteador da pesquisa fundamenta-se na

concepção de Clifford Geertz em ruptura, segundo o próprio antropólogo,

com o pensamento iluminista do homem que influenciou fortemente a

antropologia clássica.

O Iluminismo buscava as características comuns e imutáveis em

relação ao tempo e ao espaço para a definição do homem. Para tanto, o

pensamento iluminista desconsiderava a diversidade de condições

temporais e locais (costumes e hábitos entre outros), tratando-as como

apenas uma indumentária.

[...] A enorme e ampla variedade de

diferenças entre os homens, em crenças e

valores, em costumes e instituições, tanto no tempo como de lugar para lugar, é

essencialmente sem significado ao definir sua natureza. Consiste em meros acréscimos, até

mesmo distorções, sobrepondo e obscurecendo o que é verdadeiramente

humano – o constante, o geral, o universal – no homem.118

A antropologia do final do século XIX e início do século XX, na

tentativa de justificar o homem no seu contexto com influências do

pensamento iluminista, adota o conceito estratigráfico; nele, o homem é

118

GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Tradução Fanny Wrobel. Rio de Janeiro: Editora Zahar,

1978. p. 47.

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composto por níveis: biológico, psicológico, social e cultural, existindo

uma hierarquia entre as camadas. Dessa forma, os estudos antropológicos

eram voltados para as universais culturais que coincidissem com as

dimensões fornecidas por outros níveis, superiores na rede hierárquica.

Daí, a busca pelo consensus gentium (consenso de toda a humanidade)119

ou padrões os quais toda a humanidade concordava.

Em contraposição a essa visão, Geertz afirma que as revelações

do que é genericamente humano são encontradas nas particularidades

culturais dos povos, ou seja, é a partir de análises das diferenças

difundidas pela variedade de condições regionais e temporais que se pode

construir a definição do homem.

A antropologia moderna, então, volta os olhos para a importância

da configuração social no qual o homem se insere e entende que este

vínculo não pode ser quebrado, uma vez que o mesmo pode estar tão

envolvido com onde ele está e com as circunstâncias de seu tempo que é

inseparável deles. É através das discussões sobre a relevância das

determinações mutáveis com o declínio da natureza humana constante

que surge, de acordo com o autor, o conceito de cultura ou pelo menos o

espaço para o seu debate.

Ao romper com a concepção estratigráfica, o autor lança duas

idéias fundamentais para o debate:

[...] A primeira delas é que a cultura é melhor

vista não como complexos de padrões concretos de comportamento – costumes,

tradições, feixes de hábitos –, como tem sido o caso até agora, mas como um conjunto de

mecanismos de controle – planos, receitas, regras, instruções (o que os engenheiros de

119

GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Tradução Fanny Wrobel. Rio de Janeiro: Editora Zahar,

1978. p. 50.

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computação chamam de “programas”) – para governar o comportamento. A segunda idéia é

que o homem é precisamente o animal mais desesperadamente dependente de tais

mecanismos de controle, extragenéticos, fora da pele, de tais programas culturais para

ordenar seu comportamento.120

A perspectiva da cultura como mecanismo de controle

desemboca em uma outra idéia cara às nossas pesquisas: a idéia de que a

cultura, entendida de tal forma, é uma condição essencial para a

existência humana – a principal base de sua especificidade.121

No curso da História Cultural, as idéias de Geertz, em conjunto

com outros autores pertencentes ao debate – como T.S. Eliot, Turner e

Ervin Goffman –, colaboraram para a análise da relação entre a cultura e

a sociedade, em uma tentativa de não reduzir a primeira como reflexo da

segunda. Essas influências deslocaram o foco de interesses entre os

historiadores culturais, assim, seguindo a explicação de Peter Burke,

surge um novo paradigma para a História Cultural. É deste paradigma que

vem a possibilidade de elaborar o nosso projeto.

Com a abordagem de Mikhail Bakhtin, em Cultura popular na

Idade Média e no Renascimento, a análise de Norbert Elias da cultura no

período de corte, em Sociedade de Corte e O processo civilizador, os

estudos do controle sobre o eu de Michel Foucault e o conceito de campo

de Pierre Boudieu, houve uma maior preocupação com as práticas e

representações nas análises históricas, liderada por Roger Chartier. Estes

dois aspectos tornaram-se característicos da História Cultural ou, como

alguns historiadores denominam, Nova História Cultural. (NHC).

120

GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Tradução Fanny Wrobel. Rio de Janeiro: Editora Zahar,

1978. p. 56. 121

GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Tradução Fanny Wrobel. Rio de Janeiro: Editora Zahar,

1978. p. 58.

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Baseado nos estudos antropológicos sobre a cultura, as práticas

tomam espaço em decorrência do declínio dos estudos sobre os clássicos

da “alta cultura”. “Práticas é um dos paradigmas da NHC: a história das

práticas religiosas e não da teologia, a história da fala e não da lingüística,

a história do experimento e não da teoria científica. [...]”122 Juntamente

com a ascensão das práticas, as representações (imaginário social) de

certa sociedade, por sua vez, é abordada em uma via de mão dupla, no

qual ela não é mera representação da sociedade em questão, mas é

construída ao mesmo tempo em que constrói o seu contexto.

3. Entre práticas e representações: os folhetins na década de sessenta

A compreensão da representação, trabalhada nessa pesquisa, é

tomada como a imagem daquilo que está ausente levando à reflexão de

uma existente lacuna entre o representado e a representação

propriamente dita. Nessas condições, a análise dos folhetins como

representações sociais supõe duas problemáticas essenciais: o que eles

representavam para os leitores e o que eles representam da mentalidade

dos mesmos na década de sessenta. Para tanto, é necessário entender a

leitura como um processo de construção de sentido e é através das

práticas de leitura do público que é viável chegar à percepção de tal

processo.

Nessa perspectiva, Roger Chartier salienta:

[...] Todo o trabalho que se propõe identificar

o modo como as configurações inscritas nos textos, que dão lugar a séries, construíram

representações aceitas ou impostas do mundo social, não pode deixar de subscrever o

122

BURKE, Peter. O que é história cultural?. Tradução Sérgio Goes de Paula. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,

2008. p. 78.

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projecto e colocar a questão, essencial, das modalidades da sua recepção.123

O debate proposto por Chartier dentro da história da leitura

segue como orientação para qualquer trabalho que se proponha na área.

Portanto, faz-se importante apresentar algumas considerações das

discussões do autor que orientam o tratamento do objeto folhetim como

uma representação social. A primeira delas é o rompimento que Chartier

propõe da visão de oposição sobre o letrado e o popular, uma vez que a

definição de alta cultura e da cultura popular é um ato construído na

referência ao outro. Ou seja, Roger Chartier traz a problemática da

delimitação dos campos literários para a reflexão das relações de forças

que se encontram nele, pois é a partir da dinâmica de tais relações que se

formam as definições de ambos.

[...] torna-se claro que a própria cultura de elite é constituída, em larga medida, por um

trabalho operado sobre materiais que não lhe são próprios. [...] Estes cruzamentos não

devem ser entendidos como relações de exterioridade entre dois conjuntos

estabelecidos de antemãoe sobrepostos (um letrado, o outro popular) mas como produtores

de “ligas” culturais ou intelectuais cujos

elementos se encontram solidamente incorporados uns nos outros como nas ligas

metálicas. [...]124

Outra consideração importante para a análise reside no fato de

compreender a leitura como um ato criativo e não passivo; não somente a

prática da leitura, mas é preciso quebrar com a idéia da alienação do

consumo e da universalidade do sujeito. A ruptura com a separação

extrema da produção com o consumo condiz com a concepção de que as

interpretações não estão intrínsecas no texto, elas são produtos das

123

CHARTIER, Roger. A História Cultural: Entre Práticas e Representações. Lisboa:DIFEL, 1990. p. 24. 124

CHARTIER, Roger. A História Cultural: Entre Práticas e Representações. Lisboa:DIFEL, 1990. p. 56-57.

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tensões entre os sentidos ofertados no texto (intencionalidade da escrita)

e das apropriações feitas pelos leitores. É na percepção da diversidade de

práticas do público que se encontra a possibilidade de trabalhar a questão

das representações.

A última deferência de Chartier se constrói em ruptura com a

oposição entre realidade e representação. Segundo o autor, um texto

literário é um sistema de categorias, percepção, regras de funcionamento

os quais remetem a suas condições de produção ou à historicidade de sua

criação e apropriação.

4. Conclusão

Partindo do conceito de cultura como os mecanismos de controle

os quais regem o comportamento humano (condições essenciais para a

existência do homem), a compreensão dos folhetins como representações

sociais abrange a análise das relações de forças do campo literário, assim

como da sua constituição como representação para e do seu público.

Portanto, orientado pelo pensamento de Roger Chartier, o objeto

deve ser tomado segundo o seu contexto histórico no processo de

produção, incluindo o ato de ler o qual se conceitua em um processo

secundário de produção – usando os termos de Michel de Certeau.

A presença e circulação de uma representação (...) não indica somente o que ela é para os

que dela se utilizam. É necessário ainda

analisar a sua manipulação pelos que a praticam e que não são os fabricantes dessas

representações. Então pode-se apenas apreciar o desvio ou a semelhança entre a

produção da imagem e a produção secundária que se esconde nos processos de sua

utilização.125

125

CERTEAU, Michel. L’Invention du Quotidien – L’Arts de faire. Folio Gallimard, 1990.

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Tendo em vista os discutidos pontos teóricos, os folhetins da

revista Capricho nos anos sessenta são documentos que, de certa

maneira, nos levam à compreensão da década tratada. Para tanto, é

essencial a percepção das variadas formas de apropriação de tais revistas

pelos leitores.

A viagem pelo mundo folhetinesco da revista Capricho, nos anos

sessenta, tende a alcançar, de maneira mais próxima, a mentalidade da

época. Entender o motivo da expansão do objeto folhetim, a causa de seu

sucesso, a razão pela qual tantas pessoas o liam e buscar a resposta de

tantas outras perguntas futuramente geradas no decorrer da pesquisa,

iluminado pelas considerações do debate proposto, possibilitarão a

compreensão das identidades sociais definidas pelas práticas culturais, os

grupos sociais, em geral, a estrutura do mundo social dos anos sessenta.

Page 12: Entre Praticas e Representacoes Os Folhetins Nos Anos Sessenta

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Referências

BAKHTIN, M.M. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de François Rabelais. São Paulo: Hucitec,

2002.

BOURDIEU, Pierre. Gostos de Classe, Estilos de Vida. In: ORTIZ, Renato (org.). Pierre Bourdieu. São Paulo: Ática, 1983.

BURKE, Peter. O que é história cultural?. Tradução Sérgio Goes de Paula.Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008

CERTEAU, Michel. L’Invention du Quotidien – L’Arts de faire. Paris:

Folio Gallimard, 1990.

CHARTIER, Roger. A História Cultural: Entre Práticas e Representações. Lisboa:DIFEL, 1990.

ELIAS, Norbert. A Sociedade de Corte. Lisboa: Editorial Estampa, 1987.

ELIAS, Norbert. O processo civilizador: uma história dos costumes.

Tradução de Ruy Jurgman. 2º ed., Rio de Janeiro. Jorge Zahar, 1994.

FOUCAULT, Michel. Microfisica do Poder. Rio de Janeiro: Graal, 1982.

GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Tradução Fanny

Wrobel. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 1978.

MEYER, Marlyse. Folhetim: uma história. SP: Companhia das Letras, 1996.