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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Energia Solar Projeto FEUP 2014/2015: Coordenador Projeto FEUP: Manuel Firmino Armando Sousa Equipa MIEEC G1-T3: Supervisor: Nuno Fidalgo Monitor: Elsa Moura Estudantes & Autores: Carlos Pinto [email protected] Joana Catarino [email protected] Manuel Correia [email protected] Pedro Leite [email protected] Sara Costa [email protected]

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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

Energia Solar

Projeto FEUP 2014/2015:

Coordenador Projeto FEUP: Manuel Firmino

Armando Sousa

Equipa MIEEC G1-T3:

Supervisor: Nuno Fidalgo Monitor: Elsa Moura

Estudantes & Autores:

Carlos Pinto [email protected]

Joana Catarino [email protected]

Manuel Correia [email protected]

Pedro Leite [email protected]

Sara Costa [email protected]

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Resumo

Este relatório, elaborado no âmbito da unidade curricular designada “Projeto FEUP”, tem como

objetivo explorar o tema “Energia Solar”.

Sendo este um tema bastante abrangente, foi decidido abordar um subtópico mais específico,

neste caso, “Painéis Fotovoltaicos”.

O trabalho inicia-se com uma breve introdução e de seguida uma referência à energia solar em

geral, nomeadamente como é feita a sua produção, os benefícios/prejuízos em usá-la, bem como

a sua capacidade de geração.

Seguidamente, o relatório aborda o tema “Painéis Fotovoltaicos”, sendo este o assunto principal.

É nesta parte do trabalho que se faz referência às suas caraterísticas, à sua rentabilidade, às suas

aplicações, à energia fotovoltaica e ao seu desenvolvimento que tem sido, nos últimos anos,

enorme.

É de salientar que Portugal, apesar de ter condições meteorológicas ideais para um bom

aproveitamento desta energia, comparativamente aos outros países da europa como Alemanha

e Grécia, produz muito pouco.

Por fim é feita uma comparação entre painéis fotovoltaicos e painéis térmicos bem como também

dar a conhecer algumas curiosidades sobre este tema.

Palavras-Chave

Energia; Painéis fotovoltaicos; Centrais solares térmicas; Capacidade de geração; Efeito

fotovoltaico; Características do painel fotovoltaico; Rentabilidade; Aplicação; Evolução;

Funcionamento; Rendimento; Centrais solares.

3

Agradecimentos

No decorrer deste trabalho contamos com o auxílio de diversas entidades, sem as quais não

conseguiríamos apresentar o presente relatório assim como o resto do projeto, às quais todos os

elementos do grupo passam a agradecer.

De entre vários outros, gostaríamos de agradecer ao nosso supervisor, José Fidalgo, pela ajuda

prestada sempre que foi necessário, contudo um especial agradecimento à nossa monitora Elsa

Moura que se mostrou crucial para o desenvolvimento do projeto, orientando-nos assim como

mostrando-se disponível para esclarecer qualquer tipo de dúvidas.

Por fim gostaríamos de agradecer à Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto por ter

fornecido todos os equipamentos e espaços utilizados para o desenvolvimento e posterior

conclusão deste nosso projeto.

4

Índice de Figuras

Figura 1 - Central solar de alta temperatura ........................................................................ 13

Figura 2 - Stirling ...................................................................................................................... 14

Figura 3 - Coletor em Cilindro ................................................................................................. 14

Figura 4 - Constituição de um painel solar ........................................................................... 15

Figura 5 - Efeito fotovoltaico ................................................................................................... 16

Figura 6 - Módulo de silício monocristalino ........................................................................... 17

Figura 7 - Módulo de silício policristalino .............................................................................. 17

Figura 8 - Célula Fotovoltaica ................................................................................................. 18

Figura 9 - Condições Meteorológicas para a produção de energia fotovoltaica .............. 23

Figura 10 - Potência acumulada na Europa nos finais de 2010 ......................................... 24

Figura 11 - Painel Fotovoltaico ............................................................................................... 25

Figura 12 - Painel Térmico ...................................................................................................... 25

Índice de Tabelas

Tabela 1 - Rendimento das Diferentes Tecnologias ............................................................... 18

Tabela 2 - Dados técnicos dos painéis solares ...................................................................... 21

Índice de Esquemas

Esquema 1 - Caraterísticas dos diferentes tipos de células solares ......................................... 19

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Índice

Introdução ........................................................................................................................... 6

O que são as Energias Renováveis? ....................................................................................... 7

O que é a Energia Solar? ....................................................................................................... 9

Como se transforma Energia Solar em Energia Elétrica? .................................................... 10

Tipos de produção de Energia Solar ................................................................................. 10

Vantagens e Desvantagens da Energia Solar..................................................................... 11

Capacidade de Geração da Energia Solar ............................................................................. 12

Energia Térmica ................................................................................................................. 13

Como funcionam as Centrais Térmicas? ............................................................................ 13

Quais os sistemas de captação de energia que utilizam? ................................................... 13

Energia Fotovoltaica ........................................................................................................... 15

Evolução do Efeito Fotovoltaico ........................................................................................ 16

Princípio de Funcionamento dos Painéis Fotovoltaicos ....................................................... 16

Tecnologias de Conversão do Efeito Fotovoltaico em Energia ............................................. 17

Evolução dos Painéis Fotovoltaicos ................................................................................... 20

Características dos Painéis Fotovoltaicos ........................................................................... 20

Rentabilidade dos Painéis Fotovoltaicos ............................................................................ 21

Vantagens e Desvantagens de um Painel Fotovoltaico ....................................................... 23

Energia Fotovoltaica em Portugal e no Mundo .................................................................. 23

Aplicações dos Painéis Fotovoltaicos ................................................................................. 25

Conclusão .......................................................................................................................... 26

Bibliografia ......................................................................................................................... 27

Anexos ............................................................................................................................... 29

Anexo A ......................................................................................................................... 29

Anexo B ......................................................................................................................... 29

Anexo C ......................................................................................................................... 29

6

Introdução

No início do século XX a produção de energia elétrica era responsável por cerca de um pouco

mais de dois terços da emissão total de dióxido de carbono para a atmosfera, com tendência para

aumentar. Com os alertas para as alterações climatéricas e as consequências provenientes das

mesmas, foram necessárias alternativas limpas e viáveis para diminuir este número. Desta forma

a energia solar ganhou maior relevo, embora já tivesse atingido um pico de popularidade nos

anos 70, devido às crises na indústria do petróleo, levantando-se com esta nova exposição ao

público questões que serão respondidas ao longo deste relatório:

Como se pode produzir energia a partir da luz solar?

Comparação da capacidade de produção de energia entre Portugal e a Europa.

De que vantagem beneficiamos? E desvantagens?

Para tornar a energia solar ainda mais vantajosa e competitiva face a outras opções de energia,

é necessário ainda muito investimento nesta área, já que apenas uma pequena percentagem da

energia vinda do sol consegue ser aproveitada e transformada em energia, devido ao pobre

rendimento destes mesmos painéis, contudo houve já uma notável evolução tanto a nível mundial

como nacional que ira ser analisada neste relatório.

Este trabalho foi proposto pela unidade curricular Projeto FEUP que visa a integração dos novos

alunos, ensinando-os simultaneamente a trabalhar em equipa e a desenvolver as suas

capacidades de transmissão de conhecimentos.

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O que são as Energias Renováveis?

Energias renováveis são fontes de energias ilimitadas, isto é, encontram-se em constante

renovação. Deste modo, podem ser utilizadas para produzir eletricidade de forma sustentável e

a não poluir o nosso planeta. Até ao final do século XX, a forma mais utilizada pelo homem para

produzir energia elétrica era através da queima de combustíveis fósseis, como o petróleo, o

carvão e o gás natural e através da energia nuclear. Estas duas formas de obter energia elétrica,

são consideradas energias não renováveis, pois são recursos limitados e poluentes, apesar de

possuírem um rendimento bastante elevado. A segunda até liberta resíduos radioativos,

altamente perigosos para o nosso bem-estar e para a vida em geral. Assim, as energias que o

ser humano considera renováveis são as energias que provêm do Sol (energia solar), da água

(energia hídrica e das ondas e marés), do vento (energia eólica), do centro da Terra (energia

geotérmica) e a biomassa, entre outras.

As energias renováveis foram consideradas um bem necessário para a nossa sociedade, e na

verdade, Portugal é dos países da Europa com melhores condições climatéricas para o

aproveitamento destas.

Apresentamos aqui, de uma forma resumida, uma pequena explicação de algumas Energias

Renováveis:

Energia Hídrica

A produção hidroelétrica faz-se em centrais hídricas. As centrais hídricas são o modo mais

eficiente de gerar eletricidade1 e contribuem para a estabilidade do sistema elétrico. Atualmente,

e em ano médio, cerca de 30% da eletricidade consumida em Portugal tem origem hídrica.

Energia das Ondas e Marés

A energia disponível no mar, ondas e marés, é muito abundante. Os equipamentos para

conversão desta energia renovável em eletricidade ainda se encontram em desenvolvimento,

procurando melhorar o rendimento e a resistência ao ambiente marítimo hostil.

Energia Eólica

Atualmente, o vento tem-se apresentado como uma das formas mais atrativas para produzir

eletricidade. Em zonas em que a velocidade do vento é considerada a necessária, é possível

instalar um parque eólico. Em Portugal estes ventos ocorrem em zonas montanhosas e na

costa. Atualmente mais de 20% da eletricidade consumida em Portugal tem origem eólica.

Energia Geotérmica

A geotermia é a energia do calor interior da Terra e é um recurso disponível nos locais com

atividade vulcânica, onde existem água ou rochas a temperatura elevada e em zonas onde seja

possível atingir estratos magmáticos. O aproveitamento desta energia para gerar eletricidade é

1 Informação disponível em http://www.apren.pt/pt/; as restantes informações presentes nesta pequena

explicação de cada uma das energias renováveis, também se encontra disponível nesta página.

8

feito através de uma turbina cujas pás são movidas pelo vapor pelo calor da Terra. Para além de

ser usado para a produção de eletricidade, esta fonte de energia renovável pode ser usada como

fonte de calor para estufas ou por bombas de calor, para aquecimento ou arrefecimento de

edifícios.

Biomassa

Biomassa é a matéria orgânica, de origem vegetal ou animal, que pode ser utilizada como fonte

de energia. Incluem-se nesta categoria o aproveitamento de algas cultivadas ou colhidas na

costa, os resíduos resultantes da atividade humana, como os subprodutos da floresta, da

agricultura, da pecuária ou da exploração da indústria da madeira, e mesmo a parte

biodegradável dos resíduos sólidos urbanos, que constituem matérias-primas para a produção de

eletricidade, de calor e de combustíveis para os transportes. A utilização destes resíduos para

produção de eletricidade tem um importante papel na minimização do risco de incêndio, se a

limpeza das florestas for conjugada com o ordenamento do território

Energia Solar

E temos finalmente a energia solar. Aquela que mais será abordada no nosso trabalho.

A produção de eletricidade através da energia solar é possível através de células fotovoltaicas ou

pelo aquecimento de um fluido. No primeiro caso, as células são constituídas por sílica, fósforo e

boro que, ao receberem os raios solares, originam a produção de eletricidade, que pode ser

armazenada numa bateria ou injetada diretamente na rede elétrica através de um inversor. No

segundo caso, usam-se espelhos que concentram a luz solar para aquecer um fluido, gerando

vapor que faz rodar as pás de uma turbina a vapor produzindo eletricidade. O Sol também pode

ser usado para aquecer as águas ou para o aquecimento de edifícios. Este tipo de utilização pode

substituir os meios tradicionais de aquecimento, evitando o uso de eletricidade ou de gás. O

potencial solar é menor no Inverno do que no Verão; já no caso da hídrica ou da eólica, verifica-

se o contrário. O recurso eólico, em média, é um pouco mais intenso durante a noite do que de

dia; o recurso solar existe somente durante o dia. Temos um recurso solar que é sensivelmente

o dobro do da Alemanha, por exemplo. A utilização do Sol para gerar eletricidade é complementar

às outras fontes renováveis e é, na verdade, abundante em Portugal.

9

O que é a Energia Solar?

A energia solar provém da luz e do calor do Sol. É utilizada por diferentes meios de tecnologia

que se encontram em constante evolução, tais como, o aquecimento solar, a energia solar

fotovoltaica (à qual iremos dar uma maior relevância), a energia heliotérmica, a arquitetura solar

e a fotossíntese artificial. Estas novas tecnologias podem ser denominadas ativas ou passivas e,

na verdade, o uso de painéis fotovoltaicos e coletores solares térmicos para aproveitar a energia

solar são considerados técnicas ativas. Algumas técnicas passivas são, por exemplo, a orientação

de um edifício para o Sol, a seleção de materiais com massa térmica favorável ou propriedades

translúcidas e projetar espaços que façam o ar circular naturalmente.

No movimento de translação da Terra em volta do Sol, esta recebe cerca de 1 410 W/m² de

energia. Desta quantidade de energia que é recebida pela Terra, apenas cerca de 19% da mesma

é absorvida pela atmosfera terrestre e 35% é refletido pelas nuvens. A energia absorvida pela

nossa atmosfera está na forma de luz visível e de luz ultravioleta, a qual é utilizada diretamente

pelas plantas para a realização da fotossíntese. Na verdade, apenas uma pequena fração da

energia solar disponível é utilizada. O espectro da luz solar na superfície da Terra pode ser

definido em toda a gama visível e infravermelho e uma pequena gama de radiação ultravioleta.

A superfície terrestre, os oceanos e a atmosfera absorvem energia solar, o que lhes confere um

aumento de temperatura. O ar quente que contém a água evaporada dos oceanos promove a

circulação e convecção atmosférica. Este ar, após atingir uma altitude elevada, arrefece e o vapor

de água condensa-se formando as nuvens que posteriormente provocam a precipitação sobre a

superfície terrestre, formando-se o ciclo da água. O calor que ficou latente de condensação de

água também irá levar à formação do vento, de ciclones e anticiclones. Finalmente, a fotossíntese

realizada pelas plantas transforma a energia solar em energia química, oxigénio e outros

compostos minerais.

O total de energia solar absorvida pela atmosfera terrestre é de aproximadamente 3.850.000 EJ

por ano.

Como foi possível compreender, a energia solar pode ser utilizada de inúmeras formas diferentes,

variando também de acordo com o local da superfície da Terra em questão. Desta forma, de

acordo com um estudo publicado em 2007 pelo Conselho Mundial da Energia, em 2100, 70% da

energia consumida será de origem solar.

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Como se transforma Energia Solar em Energia Elétrica?

Hoje em dia, o ser humano utiliza a energia elétrica, proveniente da energia solar, em

praticamente tudo. Alguns exemplos de como utilizamos a eletricidade são: para iluminarmos a

casa, para ver televisão, para satisfazer as nossas necessidades básicas como a higiene e a

alimentação, para aceder à internet, carregar o telemóvel, entre inúmeras coisas. Necessitamos

da energia elétrica em grande parte das atividades do dia-a-dia.

Depois de uma grande evolução na forma como se transformava a energia solar em energia

elétrica, pois inicialmente não se utilizava a energia proveniente do sol para produzir eletricidade,

o que, por vezes, poluía o ambiente, finalmente surgiram as duas formas mais reconfortantes

para o nosso ambiente de como produzir energia elétrica, que surgiram da utilização de energias

renováveis: energia fotovoltaica e térmica.

De forma resumida, a energia fotovoltaica é produzida através de células fotovoltaicas,

constituídas normalmente por silício. Estas células têm como base de funcionamento a receção

de fotões (presentes nos raios solares) para prosseguirem à formação de eletrões, gerando o

efeito fotoelétrico, descoberto pelo cientista Albert Einstein. Por outro lado, a energia térmica é

produzida a partir do aquecimento gerado pelo sol, isto é, o calor é transformado em eletricidade

através da produção de vapor, que é responsável por girar turbinas ligadas a geradores de

energia.

Os países que mais geram energia a partir de centrais solares e placas residenciais são,

respetivamente, Alemanha, China, Itália, Estados Unidos e Japão.

Tipos de produção de Energia Solar

Os métodos de captura de energia solar dividem-se em diretos e indiretos e ativos e passivos:

Diretos – significa que há apenas uma transformação possível para fazer da energia

solar um tipo de energia utilizável pelo homem.

Exemplos: quando a energia solar atinge uma célula fotovoltaica cria eletricidade; quando atinge

uma superfície escura e é transformada em calor aquecerá uma certa quantidade de água.

Indiretos – significa que é necessário ocorrer mais de uma transformação para que

surja energia utilizável.

Sistemas Passivos – são geralmente diretos, apesar de envolverem (algumas vezes)

fluxos em convecção, que é tecnicamente uma conversão de calor em energia mecânica.

Sistemas Ativos – são geralmente indiretos e são considerados sistemas que apelam

ao auxílio de dispositivos elétricos, mecânicos ou químicos para aumentar a capacidade

de produção de energia.

11

Vantagens e Desvantagens da Energia Solar

Como todos os recursos utilizados pelo ser humano, a energia solar também possui vantagens e

desvantagens:

Vantagens:

o Renovável;

o Abundante;

o Não polui o ambiente, isto é, não emite gases poluentes para a atmosfera;

o Manutenção mínima;

o Útil em locais com difícil acesso.

Desvantagens:

o Dispendiosa;

o Dependente das condições atmosféricas;

o Baixo rendimento;

o Rendimento pouco elevado;

o Armazenamento pouco eficiente comparado ao de combustíveis fósseis, etc.

12

Capacidade de Geração da Energia Solar

A capacidade de geração desta energia e os custos dos investimentos na mesma tem vindo a

comportar-se de forma inversa, devido à redução dos preços dos equipamentos, os consequentes

investimentos são proporcionalmente menores, o que não invalida a subida da quantidade de

energia fotovoltaica gerada recentemente atingindo mais de 102GW, poupando 53 milhões de

toneladas de CO2.

Contudo, dentro deste desenvolvimento da capacidade de geração de energia, destacam-se

alguns países que representam mais de metade do monopólio da indústria, sendo estes os que

mais têm impulsionado o desenvolvimento desta energia limpa. No continente europeu destacam-

se a Alemanha, que segundo a EPIA (European Photovoltaic Industry Association) tem crescido

exponencialmente durante uma década, sendo mesmo o país mais desenvolvido na indústria a

nível mundial, com capacidade para gerar 32,411 GW. Também na europa a Itália se destaca

com capacidade de geração de 16,3 GW, contudo, apesar dos números, a EPIA afirma a existência

de uma significativa queda da produção recente.

Já na Ásia, a China foi o país que mais investiu nesta energia renovável, segundo a UNEP (United

Nations Environment Programme), tendo capacidade para gerar cerca de 8,3GW.Também no

continente asiático o Japão se afirma com capacidade de 6,9GW sendo este número impulsionado

pela procura do incentivo à utilização de energias limpas. Por fim na América, os EUA possuem a

capacidade para gerar 7,7 GW de energia com vista a crescimento de 4GW num curto espaço de

tempo, devido ao recurso a novos parques solares e pequenas instalações.

13

Energia Térmica

Um outro método para a captação dos raios solares e consequente utilização dos mesmos para

produção de energia são as centrais solares térmicas. Estas utilizam o calor do sol, neste caso,

tal como todas as outras centrais térmicas, contudo não sendo necessária a queima de

combustíveis fosseis para produção de energia. Embora tenha todas as vantagens de ser uma

energia limpa, tem contra si o facto de ser, não só dependente das condições climatéricas como

também os seus custos elevados e a necessidade de grandes investimentos.

Mesmo fazendo face a estas contrapartidas tem vindo a posicionar-se de forma a dominar uma

pequena parte da indústria pois continua a ser desenvolvido pelos países que dominam o

monopólio da indústria solar, tais como Espanha e Estados Unidos, sendo possível melhoramentos

em áreas como o custo de manutenção e também o custo dos componentes que integram os

painéis.

Como funcionam as Centrais Térmicas?

Ao contrário das centrais fotovoltaicas que convertem os fotões provenientes do sol diretamente

em energia elétrica, neste tipo de centrais os raios solares são refletidos por espelhos, que variam

na forma conforme o método de captura, estando por sua vez orientados para o coletor,

direcionando os raios de forma a aquecerem um fluido, mais recentemente sódio liquido devido

à sua alta capacidade de aquecimento permitindo reter o calor durante vários dias, aumentando

a rentabilidade, por sua vez este fluido fará girar uma turbina, devido ao seu vapor ou à força

mecânica exercida pelo mesmo, e produzirá energia elétrica.

Quais os sistemas de captação de energia que utilizam?

Torre solar

Este método de captura de energia solar requer

uma área ampla de grandes dimensões onde são

colocados helióstatos, espelhos retangulares,

orientados para o sol, como referido

anteriormente, refletindo a luz solar para o topo

de uma torre que fica no centro do terreno pelo

qual se espalham os helióstatos. Nesta torre está

o recetor que por sua vez irá aquecer o fluido que

de seguida é usado para aquecer água, fazendo a

mesma evaporar e o seu vapor faz movimentar

uma turbina que produz eletricidade.

Figura 1 - Central solar de alta temperatura

14

Stirling

Esta forma de captura consiste na utilização de um espelho semelhante a um satélite. Este mesmo

recolhe os raios solares e dirige-os para um recetor que transfere o calor para um fluido dentro

do motor, o calor provoca a expansão do fluido contra uma turbina e por sua vez a energia

mecânica obtida é usada para mover um gerador e produzir energia.

Coletor em cilindro

Os raios solares são refletidos por espelhos retangulares cilíndricos de forma a aquecerem um

tubo que passa por vários módulos, sendo este calor utilizado para evaporar o fluido que por sua

vez fará girar uma turbina ligada a um gerador de forma a produzir energia.

Figura 2 - Stirling

Figura 3 - Coletor em Cilindro

15

Energia Fotovoltaica

Ao longo dos últimos anos, no final do século XX e inícios do XXI, o ser humano tem vindo a ser

sensibilizado e alertado para o perigo e agressão à natureza que tem vindo a ocorrer por parte

do homem devido ao aumento do uso e dependência de energias não renováveis. Tornou-se

imperativo encontrar sistemas alternativos de energia que vislumbrem um mundo equilibrado,

sem agressão à natureza, sendo ecologicamente correto. A energia solar é uma dessas fontes

alternativas que pode se utilizada como solução, embora, ainda atualmente não seja uma solução

definitiva para o problema.

Das energias renováveis disponíveis no planeta, o Sol é sem dúvida o mais abundante. Na

verdade, a energia solar que a Terra recebe do Sol num minuto é suficiente para cobrir as

necessidades energéticas da população mundial durante um ano. Todavia o mundo utiliza apenas

uma pequena porção da energia solar ao nosso dispor, em parte porque a relação entre o custo

e o rendimento das tecnologias de energia solar ainda não é o ideal para a maioria da população.

A energia solar tem um carácter seguro, limpo, renovável e autónomo. É seguro porque não

utiliza meios que ponham em perigo a vida, limpo porque não gera resíduos no seu processo,

renovável porque a sua fonte de matéria-prima é o sol e autónomo porque permite uma utilização

independente pois pode ser usada individualmente ou em comunidade.

A conversão da energia solar em energia elétrica é feita através do efeito fotovoltaico descoberto

pelo físico francês Alexander E. Becquerel em 1839.

A conversão dá-se através de uma reação fotoquímica que ocorre no interior dos painéis solares

fotovoltaicos, onde se encontram instaladas células. Para perceber como funcionam as células

fotovoltaicas é fundamental saber que a luz é constituída por pequenas partículas chamadas

fotões. As células fotovoltaicas na sua maioria são compostas por uma camada positiva e

negativa, constituídas de materiais semicondutores, por exemplo o silício, com características

cristalinas. Deve-se realçar que estas células não permitem o armazenamento de energia. A

absorção da energia dos fotões pela célula permite a libertação dos eletrões que se movimentam

para a parte inferior da célula e assim criam uma corrente de eletrões, ou seja eletricidade. Estas

células são agrupadas e formam os painéis ou módulos fotovoltaicos.

Figura 4 - Constituição de um painel solar

16

Evolução do Efeito Fotovoltaico

Em 1905, Albert Einstein descreveu a natureza da luz e o efeito fotoelétrico no qual a tecnologia

fotovoltaica é baseada, pelo qual ele mais tarde ganhou o prémio Nobel da Física.

Foi a partir de 1930, que se começou a produzir eletricidade através da energia solar, no princípio

com células de oxido de cobre e posteriormente de selénio. Mas foi só em 1954, com a execução

das primeiras células fotovoltaicas de silício, nos laboratórios Bell e RCA que se começa a prever

o fornecimento de energia. A utilização destas células em veículos espaciais permitiu um rápido

avanço e progresso.

Na década de 80, houve um desenvolvimento constante da tecnologia fotovoltaica a partir do

surgimento de várias centrais de alguns megawatts. Esta tecnologia tornou-se familiar à maior

parte da população através de alguns produtos de baixa potência como por exemplo:

calculadoras, relógios, iluminações de jardim, instalações meteorológicas, bombas de água e

frigoríficos solares.

Na atualidade, 90% da produção total de módulos é feita no Japão, nos EUA e na Europa,

principalmente através das grandes companhias como a Siemens, Sanyo, Kyocera, Solarex e BP

Solar, que detêm 50% do mercado mundial. Os restantes 10% da produção vêm do Brasil, Índia

e China, que são os principais produtores de módulos fotovoltaicos, no seio dos países em vias

de desenvolvimento.

Princípio de Funcionamento dos Painéis Fotovoltaicos

O efeito fotovoltaico, figura 5, acontece quando dois materiais diferentes em contacto produzem

uma tensão elétrica se sobre eles incidir uma luz outra energia radiante. A luz ao incidir no silício,

um material no qual os eletrões normalmente não são livres para se deslocar de um átomo para

o outro, fornece a energia necessária para libertar alguns eletrões da sua condição limitada. Os

eletrões livres atravessam a junção entre dois materiais diferentes mais facilmente numa direção

que na outra, dando a um lado da junção uma carga negativa e portanto uma tensão negativa

em relação ao outro lado.

O efeito fotovoltaico pode continuar a fornecer corrente enquanto a luz continuar a incidir sobre

os dois materiais.

Figura 5 - Efeito fotovoltaico

17

Há alguns fatores que limitam a conversão da energia solar em energia elétrica tal como:

As perdas por reflexão;

As perdas por não absorção, pois a energia dos fotões é insuficiente;

As perdas por transmissão, não há criação do par eletrão-lacuna.

Tecnologias de Conversão do Efeito Fotovoltaico em Energia

Existem três tecnologias de construção de células fotovoltaicas

Silício cristalino;

Peliculas finas aplicadas sobre substratos rígidos;

Peliculas finas aplicadas sobre substratos flexíveis.

O material maioritariamente usado em células fotovoltaicas é o silício, no entanto também se

utiliza o arsenieto de gálio, camadas finas de CdTe (telureto de cádmio), o CIS (cobre, índio,

selénio) e ainda o arsenito de gálio (GaAs).

Existem diversos tipos de células solares:

As células monocristalinas;

As células policristalinas; As células amorfas;

As células CdTe, CIS, GaAs;

As células multi-junção;

As células de matérias orgânicas semicondutoras;

As células termo-fotovoltaicas.

Figura 6 - Módulo de silício monocristalino

Figura 7 - Módulo de silício policristalino

18

Legenda da Figura 8:

1. Semicondutor n 2. Junção p-n 3. Semicondutor p 4. Conetor Metálico

5. Conetor Metálico 6. Metal anti brilho

A tabela seguinte apresenta os rendimentos de cada uma destas tecnologias:

Tecnologia Rendimento Típico [%]

Monocristalinas 12-16

Policristalinas 11-13

Amorfas 5-10

CdTe e CIS 7

Arsenito de gálio 30

Multi-junção 40 (para o caso de tripla

junção)

Células de matérias orgânicas semicondutoras

5

Tabela 1 - Rendimento das Diferentes Tecnologias

Figura 8 - Célula Fotovoltaica

19

Esquema 1 - Caraterísticas dos diferentes tipos de células solares

Silício Cristalino

( cerca de 90% das células disponíveis)

Células de silício monocristalino

apresentam uma elevada eficiência, no entanto,

são também mais dispendiosas

Células de silício policristalino

apresentam um custo de produção menos elevado

que as células monocristalinas

Películas finas aplicadas sobre

substratos rígidos

Células de silício amorfo (a-Si)

Células de disseleneto de cobre e indio (CIS)

- preço mais baixo

- menos material e energia necessária para

produzir a célula

- menor perda de eficiência a altas

temperaturas

- melhor desempenho em condições de baixa radiação e de radiação

difusa

- menor sensibilidade aos sombreamentos

devido à sua geometria

Células de telureto de cadmio (CdTe)

Células de arsenito de gálio (GaAs)

usado em aplicações espaciais devido ao seu custo elevado

Películas finas aplicadas sobe

substratos flexíveis (ainda não existem no

mercado)

Células multi-junção

possibilitam um melhor

aproveitamento do espetro de radiação

solar

Células de matérias orgânicas

semicondutoras

pretendem imitar o processo de fotossíntese

Células termo-fotovoltaicas

a energia solar é convertida primeiro em calor e depois

convertida em energia elétrica

20

Evolução dos Painéis Fotovoltaicos

O silício é o principal material utilizado na criação de painéis fotovoltaicos. Como o seu preço é

bastante elevado, os investigadores decidiram investigar e tentar desenvolver outra geração

deste material, mas mais flexível e fino que os seus antecessores. Desta forma, inúmeras

empresas estão a trabalhar no fabrico deste tipo de matérias, com o objetivo de diminuir a

despesa, baixando o custo desta nova tecnologia. Para além desta investigação, as células

fotovoltaicas também estão a ser trabalhadas pelos pesquisadores.

Embora o custo destes novos materiais seja menor, a sua eficiência é baixa relativamente ao

silício, existindo ainda a possibilidade de no futuro, a utilização destes tornar-se mais rentável.

Alguns especialistas estimam que poderia ser rentável para ultrapassar os combustíveis fósseis a

partir de 2015.

Além disso, investigadores e empresas em todo o mundo estão a trabalhar no desenvolvimento

de buracos quânticos, nanotubos de carbono e de nano estruturas de óxido de titânio. Tem como

objetivo cobrir as casas/estradas para obter energia.

Outra nova forma que está a ser estudada é a junção de nano partículas com polímeros, uma vez

que com a presença destes, os painéis solares tornam-se mais eficientes e ainda mais baratos.

Estas nanopartículas, para além de captarem energia do visível, também conseguem captar

energia da zona do infravermelho, sendo este uma das tecnologias que a NASA tem vindo a usar

nas suas missões a Marte.

As energias renováveis são, atualmente, uma realidade para nós, onde temos de tirar o melhor

proveito delas. Mas isto só acontece se apostarmos decisivamente no seu desenvolvimento e

implementação. Não podemos gastar combustíveis fósseis de uma forma exagerada porque o

seu fim está cada vez mais perto.

Deste modo, é a altura ideal para se apostar neste tipo de energias, sendo os painéis fotovoltaicos

uma das tecnologias mais promissoras no momento.

Características dos Painéis Fotovoltaicos

Um painel fotovoltaico é um conjunto de células fotovoltaicas ligadas entre si, que, quando

conectados, formam um módulo fotovoltaico. Existem painéis entre a gama dos 10Wp até 140Wp

para sistemas isolados a 12V e 195Wp para sistemas a 24V.

Um painel solar apresenta a forma quadrada ou retangular, com uma área geralmente

compreendida entre 0,1 e 0,5 metros quadrados. Este apresenta também uma espessura de 3

cm, apresentando um peso entre os 6 e 7 kg.

Cada painel apresenta diferenças características. Tome-se como exemplo um painel fotovoltaico

típico de 65 Watts. A sua potência máxima é de 65W, a sua tensão máxima potência é de 17.4V,

corrente da máxima potência é de 3.75A, tensão máxima dos sistemas 600V e, por fim, dimensões

de 751x652x54 (altura x largura x espessura).

21

Características mecânicas/físicas:

Cobertura de vidro temperado ou de materiais orgânicos;

Várias camadas de silicone com o objetivo de evitar a degradação do mesmo. As

camadas de silicone são ideais, já que são transparentes, não perdem as suas

propriedades e têm um preço acessível;

Diversas camadas protetoras (normalmente de vidro), de modo que a luz que atravessa

as células possa ser de novo aproveitada;

Aço de inox, de maneira a garantir a melhor estabilidade do painel.

Rentabilidade dos Painéis Fotovoltaicos

A rentabilidade de um sistema de microprodução solar, através de painéis fotovoltaicos, não é

apenas determinada pelo custo da venda do produto, mas também pela produtividade da

instalação (área e exposição solar) e pelo custo do investimento inicial. Assim, podemos inferir

que a rentabilidade depende de inúmeros fatores. Tome-se como exemplo a quantidade de horas

de sol disponíveis anualmente, as condições da implantação dos painéis solares fotovoltaicos e

da qualidade (eficiência) dos painéis utilizados.

Apesar do elevado custo dos países fotovoltaicos há um rápido retorno do investimento. Assim,

podemo-nos referir a este retorno como rentabilidade.

Tabela 2 - Dados técnicos dos painéis solares

22

Na região autônoma da Madeira um sistema com uma potência igual a 6,3 KW, num local com

elevada exposição solar, perfaz cerca de 1400 EUR/ano. Assim, após 6 anos existe um retorno

do investimento (com o custo chave na mão e ligada a rede).

Em adição, os painéis fotovoltaicos não são apenas um sistema de autoconsumo. Deste modo é

possível vender a energia produzida à EDP ou outro comercializador.

Em suma é possível inferir que a energia solar, produzida através de painéis fotovoltaicos,

apresenta uma elevada rentabilidade. Logo, trata-se de um investimento com retorno garantido.

23

Vantagens e Desvantagens de um Painel Fotovoltaico

Este tipo de energia, apesar de não necessitar de qualquer tipo de manutenção, e de ser uma

energia limpa, não poluente, tem vantagens e desvantagens na sua utilização.

Vantagens:

o Alta fiabilidade, não tem peças móveis, o que é muito útil em aplicações em

locais isolados;

o O fácil manuseamento dos módulos permite montagens simples e adaptáveis;

o O custo de operação é reduzido, não necessita manutenção, combustível ou

transporte;

o A tecnologia fotovoltaica apresenta qualidades ecológicas pois o produto final é

não poluente, silencioso e não perturba o ambiente.

Desvantagens:

o O custo do fabrico dos módulos fotovoltaicos é bastante elevado, embora cada

vez mais barato;

o O rendimento real de conversão de um módulo é reduzido face ao custo do

investimento;

o Os geradores fotovoltaicos raramente são competitivos do ponto de vista

económico, face a outros tipos de geradores (exemplo dos geradores a gasóleo).

Energia Fotovoltaica em Portugal e no Mundo

O uso desta energia em Portugal tem vindo a aumentar nos últimos anos, aplicando-se,

principalmente, na área das telecomunicações, eletrificação rural, sinalização e bombagem de

água para irrigação.

Como Portugal possui excelentes condições meteorológicas para a produção de energia

fotovoltaica, os índices de produção são elevados (entre os 1000 e os 1500 kW/h por ano).

Figura 9 - Condições Meteorológicas para a produção de energia fotovoltaica

24

No entanto, apesar da utilização desta energia ter aumentado nos últimos anos, existem algumas

razões que justificam o fraco desenvolvimento da energia solar em Portugal, como é o caso de

algumas más experiências no início da expansão do solar (década de 80), em parte associadas à

falta de qualidade dos equipamentos e das instalações, falta de informação específica sobre as

razões do interesse e as possibilidades da tecnologia junto dos seus potenciais utilizadores, o

elevado custo do investimento inicial, barreiras técnicas e tecnológicas à inovação ao nível da

indústria, da construção e da instalação de equipamentos térmicos, e insuficiência de medidas de

incentivo.

No entanto, também existiram experiências no passadas relacionadas com a energia solar, que

tiveram sucesso, existindo muitos sistemas a funcionar convenientemente em todo o país.

A situação do mercado em Portugal até aqui, porém, tem contrastado com a tendência de

expansão que se observa na maior parte dos nossos parceiros europeus. Como comparação

temos a Alemanha, onde a radiação solar é muito inferior à nossa e é hoje o líder na Europa com

mais de milhões de m² de coletores térmicos instalados.

Ou seja, a partir do gráfico apresentado de seguida, conclui-se que Portugal não aproveita o facto

de ser um dos países europeus com maior exposição solar, o que não deveria acontecer. Outro

exemplo que serve de analogia com Portugal é a Grécia que é um país muito semelhante ao

nosso e ainda assim tem um mercado interno anual térmico superior 30 vezes ao nosso.

Figura 10 - Potência acumulada na Europa nos finais de 2010

25

Aplicações dos Painéis Fotovoltaicos

Apesar do elevado custo e do baixo rendimento no processo de conversão (cerca de 25%) serem

fatores impeditivos de uma utilização em elevada escala, os sistemas fotovoltaicos já fazem parte

do dia-a-dia de qualquer um.

Existem dois tipos principais de aplicações, as aplicações em grande escala e as aplicações em

pequena escala (também conhecida com a micropotência). Atualmente, várias calculadoras e

relógios de pulso, obtêm energia através de pequenos painéis instalados. No entanto as

aplicações em grande escala são bastante mais vistosas, rentáveis e úteis. A eletrificação no meio

rural e as aplicações noturnas ligadas a iluminação, são possíveis através do uso de painéis.

Em adição, a bombagem de água, sinalização (náutica, ferroviária, aeronáutica e terrestre) e

proteção catódica utilizam esta fonte de energias renováveis. Por fim, os sistemas de

telecomunicações, a alimentação de parquímetros e a iluminação de emergência em prédios,

residências, fábricas e hospitais é assegurada através do uso de painéis solares tal como através

de outros meios.

Em suma, com o aparecimento dos painéis fotovoltaicos, a qualidade de vida subiu

consideravelmente tal como a preservação do ambiente para gerações futuras.

Diferença entre Painéis Fotovoltaicos e Painéis Térmicos

Estes dois tipos de painéis solares são frequentemente confundidos, contudo diferem bastante

em termos das suas aplicações e funcionalidades. Os painéis solares fotovoltaicos convertem os

raios solares em energia elétrica, sendo compostos por células escuras de forma a captarem

melhor a luz solar. Estes mesmos variam a sua rentabilidade conforme o material do qual são

feitas as células, também como as condições climatéricas do local onde são implementados assim

como a capacidade de dispersão do calor das células e do meio.

Por sua vez, os painéis solares térmicos são utilizados para aquecer um ambiente, água, etc., a

partir da energia solar aproveitada pelos mesmos, sendo esta convertida em energia elétrica ao

mesmo tempo que a energia térmica (calor) proveniente do sol é utilizada para os fins referidos

anteriormente. Estes, ao contrário dos fotovoltaicos, têm a finalidade de armazenar calor

utilizando para tal borracha preta entre outros materiais.

Figura 11 - Painel Fotovoltaico Figura 12 - Painel Térmico

26

Conclusão

Com a elaboração deste relatório, foi possível concluir alguns aspetos relativos a uma das mais

promissoras fontes de energia do mundo, a energia solar.

A produção de eletricidade através da energia solar só é possível recorrendo à utilização de células

fotovoltaicas ou pelo aquecimento de um fluido, sendo este tipo de energia utilizado em diversos

meios de tecnologia que, atualmente estão numa evolução crescente, nomeadamente os painéis

fotovoltaicos.

Portugal é um dos países da Europa com melhores condições naturais para aproveitar esta

energia uma vez que possui excelentes condições meteorológicas para tal.

Apesar deste fator, com a realização deste trabalho, verificou-se que Portugal, ainda assim, é um

dos países europeus com menor potência instalada.

Para finalizar, também se concluiu que esta energia, apesar de ser renovável, não poluente e

abundante, apresenta, contudo, certas desvantagens, nomeadamente:

Dispendiosa;

Dependente das condições atmosféricas;

Baixo rendimento.

Com todas as vantagens e desvantagens inerentes a esta fonte de energia, a energia solar

constitui, apesar de tudo, uma fonte de energia simples, sustentável, que permite autonomia e

poupança a longo prazo, características que a tornam um recurso valioso e peculiar, que merece

ser explorado e melhor aproveitado, nomeadamente em Portugal.

27

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Explicatorium. ”A energia solar” Disponível em:

http://www.explicatorium.com/Energia-Solar.php (Acedido a 8 de Outubro de 2014)

“CENTRAIS SOLARES TÉRMICAS” Disponível em:

http://web.ist.utl.pt/luis.roriz/prodenerg/centrais_renovas.htm (Acedido a 12 de

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http://paginas.fe.up.pt/~jpl/textos/MER_STermicas.pdf (Acedido a 12 de Outubro de

2014)

Wikipedia. ” Solar power tower”. Disponível em:

http://en.wikipedia.org/wiki/Solar_power_tower (Acedido a 10 de Outubro de 2014)

Energia Lateral. ”Energia solar fotovoltaica” Disponível em:

http://www.energialateral.pt/solar-fotovoltaica.html (Acedido a 16 de Outubro de

2014)

Futuro Solar, 2010.” Vantagens e Desvantagens da Energia Solar Fotovoltaica” Disponível em:

http://www.simnospodemos.webs.com/vantagensdesvantagens.htm (Acedido a 23 de

Outubro de 2014)

Edslei Landin, Maykon Oliveira, Natalia Almeida, Weder Silva, 2010. Energia Solar Fotovoltaica.

Relatório TCC, Departamento de eletrotécnica, UNIDADE INTEGRADA SESI/SENAI DE

NIQUELÂNDIA. Disponível em:

http://pt.scribd.com/doc/36646755/Energia-Solar-Fotovoltaica-Relatorio-TCC (Acedido

a 14 de Outubro de 2014)

29

Anexos

Anexo A

Notícias interessantes sobre a energia solar:

http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/producao_de_energia_solar

_em_portugal_acelerou_em_agosto.html

http://expresso.sapo.pt/a-central-eletrica-mais-eficiente-do-

mundo=f653960#ixzz3HdLUNNnM

http://www.portal-energia.com/mais-de-200-gw-de-energia-solar-fotovoltaica-

ate-final-de-2014/#ixzz3HdLj0175

http://greensavers.sapo.pt/2014/08/13/telhas-de-vidro-permitem-aquecer-

habitacao-com-energia-solar/nggallery/image/telha-2#ngg-gallery-

0b3392140a0508e15f33a49a81dd18e9-67966

http://visao.sapo.pt/o-primeiro-elevador-do-mundo-a-energia-solar-funciona-

em-

portugal=f760034#ixzz3HdNCqMAzhttp://greensavers.sapo.pt/2014/01/06/ford

-pesquisa-carro-movido-a-energia-solar-para-uso-diario/

http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=59363&op=all

Anexo B

Um exemplo do uso da energia solar no dia-a-dia:

http://www.tamera.org/project-groups/autonomy-technology/

http://sicnoticias.sapo.pt/programas/olhasic/2014-08-15-olha-a-sic-visita-

aldeia-ecologica-entre-odemira-e-cercal

Anexo C

Outros exemplos de como aproveitar a energia do sol e do vento:

http://sicnoticias.sapo.pt/programas/futurohoje/2014-10-28-Aproveitar-a-

energia-do-sol-e-do-vento