serviços e modelos de negócio: caracterização, desafios e...

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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Smart Cities Serviços e modelos de negócio: caracterização, desafios e tendências Projeto FEUP 2014/2015, MIEIC/MIEIG Equipa MIEIC/MIEIG13: Supervisor: Pedro Amorim Monitor: Pedro Justo Pereira Estudantes & Autores: José Sá [email protected] Matilde Aires [email protected] Sara Couto [email protected] Telmo Barros [email protected] Tiago Silva [email protected]

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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

Smart Cities

Serviços e modelos de negócio:

caracterização, desafios e tendências

Projeto FEUP 2014/2015, MIEIC/MIEIG

Equipa MIEIC/MIEIG13:

Supervisor: Pedro Amorim Monitor: Pedro Justo Pereira

Estudantes & Autores:

José Sá [email protected] Matilde Aires [email protected]

Sara Couto [email protected] Telmo Barros [email protected]

Tiago Silva [email protected]

Projeto FEUP 2014/2015

Smart Cities - Serviços e modelos de negócio: caracterização, desafios e tendências 2/31

Resumo

O presente relatório, desenvolvido no âmbito da unidade curricular Projeto FEUP, tem

como tema as Smart Cities, mais concretamente, os serviços e modelos de negócio

(caracterização, desafios e tendências). Pretende-se, assim, explorar este assunto bem

como adquirir e divulgar algum conhecimento relativo aos mais diversos aspetos abrangidos

por este.

Sendo este um tópico ainda desconhecido e pouco explorado pela população, o

relatório foca-se nas seis vertentes das Smart Cities: economia, governo, mobilidade,

ambiente, população e qualidade de vida. Introduz-se, ainda,um modelo de negócio novo,

criado pelo grupo: um projeto relacionado com a previsão meteorológica que visa melhorar o

conforto do cidadão. De seguida, aborda-se o exemplo português no âmbito das Smart

Cities e, por fim, analisa-se o seu futuro.

Para a sua concretização, com a colaboração de todos os elementos do grupo, assim

como com os respetivos monitores, recorreu-se a artigos e pesquisa de carácter científico e

rigoroso, de forma a obter informação clara e objetiva.

Após a análise dos dados, constatou-se que as Smart Cities são já uma realidade, e que

se implementadas e desenvolvidas corretamente, no futuro serão essenciais para uma boa

organização da sociedade.

Projeto FEUP 2014/2015

Smart Cities - Serviços e modelos de negócio: caracterização, desafios e tendências 3/31

Palavras-Chave

Smart Cities

Smart Economy

Smart Governance

Smart Mobility

Smart Environment

Smart People

Smart Living

Cidades atuais

Modelos de negócio

Organização

Futuro

Tecnologia

Inteligência

Modernismo

Criatividade

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Agradecimentos

A realização deste relatório contou com a colaboração de vários indivíduos e entidades

as quais se revelaram cruciais para a realização do mesmo.

Primeiramente, gostaríamos de agradecer à FEUP pelo facto de disponibilizar todos os

meios incluindo salas, acessos à mais diversa informação quer em contexto digital quer em

livros. Para além disso, a primeira semana de aulas dedicada ao Projeto FEUP revelou ser

de extrema importância para a elaboração do trabalho.

Seguidamente, agradecemos ao nosso monitor, Pedro Justo Pereira, bem como ao

Prof. Pedro Amorim, nosso supervisor, pelo excelente auxílio, conselhos e orientação

concedidos no decurso desta unidade curricular.

Além destes, deixámos ainda uma palavra de gratidão aos diretores dos cursos

Mestrado Integrado em Engenharia Informática e Computação (Prof. João Pascoal Faria) e

Mestrado integrado em Engenharia Industrial e Gestão (Prof. João Bernardo de Sena

Esteves Falcão e Cunha) pelo facto de nos terem incentivado para a integração na

comunidade FEUP.

Por fim, é de salientar todo o espírito empreendedor criado pelas diversas entidades

acimas referidas, o qual foi bastante motivacional pelo que gerou um grande empenho e

dedicação por parte de todos os elementos deste grupo.

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Índice

Lista de figuras ............................................................................................................... 6

Lista de Imagens ......................................................................................................... 6

Lista de Tabelas .......................................................................................................... 6

1. Introdução ................................................................................................................... 7

2. Alicerces das Smart Cities .......................................................................................... 8

2.1 Tecnologia ............................................................................................................. 8

2.2 Organização .......................................................................................................... 9

2.3 Programas ........................................................................................................... 10

3. Smart Cities VS Cidades Tradicionais ...................................................................... 11

3.1 Smart Economy ................................................................................................... 11

3.2 Smart Governance .............................................................................................. 12

3.3 Smart Mobility ..................................................................................................... 13

3.4 Smart Environment .............................................................................................. 15

3.5 Smart People ...................................................................................................... 17

3.6 Smart Living ........................................................................................................ 19

4. Análise relativa às vantagens, desvantagens e obstáculos que as Smart Cities

acarretam ............................................................................................................................ 20

4.1 Vantagens das Smart Cities……………………………………………………………20

4.2 Desvantagens das Smart Cities……………………………………………………….21

4.3 Obstáculos ao desenvolvimento das Smart Cities…………………………………..22

5. Modelos de Negócio ................................................................................................. 23

5.1 Existentes............................................................................................................ 23

5.2 “Smart Weather Predictor” ................................................................................... 24

6. O caso português ..................................................................................................... 25

7. E daqui para a frente? (Futuro das Smart Cities) ...................................................... 26

8. Conclusões ............................................................................................................... 27

9. Referências bibliográficas ......................................................................................... 28

Anexos ......................................................................................................................... 31

Anexo 1 ..................................................................................................................... 31

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Lista de figuras

Lista de Imagens

Imagem 1: Representação esquemática das seis vertentes de uma Smart City.

Imagem 2: Representação esquemática da relação existente entre os transportes

públicos, os cidadãos, e uma Smart City.

Imagem 3: Representação gráfica do crescimento mundial do mercado de gestão de

energia.

Imagem 4: Representação gráfica do desenvolvimento das Smart Cities a nível mundial.

Imagem 5: Localização das Smart Cities em Portugal.

Lista de tabelas

Tabela 1: Tabela referente ao comportamento e postura que devem ser adotados pelos

moradores de uma Smart City.

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1. Introdução

Na sociedade atual, assiste-se a um crescimento exponencial da população e a uma

competividade insustentáveis o que se reflete numa utilização desmedida dos recursos

disponíveis. Deste modo surge a necessidade, não só de uma melhor gestão dos recursos

como também a de uma melhor organização territorial. As Smart Cities surgem então, da

necessidade de suplantar as dificuldades sentidas pelas cidades comuns.

As primeiras referências a Smart Cities como sendo uma cidade estruturada com base

em 6 vertentes diferentes: economia, governo, mobilidade, ambiente, população e qualidade

de vida surgiram ainda no século XX. É possível comprovar através de artigos jornalísticos e

científicos da época (“Consumer services in smart city Adelaide.”, 1994; “MFP Australia: a

vision of sustainable development for a post-industrial society.”, 1995) o uso do conceito de

cidade inteligente embora com um sentido ligeiramente diferente do atual.

Assim, uma Smart City pode ser considerada uma cidade inteligente, dinâmica

autossustentável capaz de proporcionar um melhoramento na qualidade de vida e no bem-

estar dos seus cidadãos.

Deste modo, este conceito revoluciona a forma como os serviços são prestados bem

como os modelos de negócio existentes. É nestes aspetos fundamentais numa cidade

inteligente que o presente relatório se foca.

Primeiramente, será abordado os alicerces, as diversas vertentes bem como as suas

vantagens, desvantagens e obstáculos no que diz respeito ao tema em análise.

Seguidamente, analisar-se-á a evolução das Smart Cities em Portugal, e, por fim,

equaciona-se o futuro das mesmas.

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2. Alicerces das Smart Cities

Para o desenvolvimento das Smart Cities é necessário ter em conta três aspetos

importantes: a tecnologia, a organização eficiente entre as diversas áreas funcionais de uma

Smart City e os programas que tenham em conta o bem-estar, tanto físico como mental do

cidadão. Estes três princípios, base para as Smart Cities, são também o início da distinção

entre as cidades tradicionais e estas. (INDRA, 2013)

2.1 Tecnologia

A aplicação da tecnologia nas Smart Cities articula-se em três níveis: Sistemas de

medida, Redes de telecomunicação e Centros de Gestão. O resultado são projetos

tecnológicos que geram serviços de alta qualidade e eficiência que têm em consideração

não só os cidadãos mas também as necessidades globais das cidades em constante

mudança. Para a realização desses projetos, é necessário elaborar um Projeto Técnico

Global que garanta a integração de todos os elementos (técnicos, funcionais e mecânicos) e

agentes implicados, através da melhor aplicação da tecnologia disponível.

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2.2 Organização

Para um desenvolvimento ideal de uma Smart City é necessário garantir uma

organização não apenas governamental mas também administrativa que proporcione um

bom funcionamento entre os diversos elementos de uma cidade normal e que esteja de

acordo com o modelo de funcionamento de uma Cidade Inteligente.

Os princípios básicos de organização são, motivar o trabalho relacionado com todos os

aspetos da cidade, o fluxo bidirecional de informação (entre os cidadãos e os seus

governantes / pares) e uma perceção do ambiente em constante mudança de uma cidade e

a rápida adaptação a esta.

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2.3 Programas

Os projetos relacionados com a tecnologia e com a organização são complementados

por diversos programas universais a todos os aspetos e elementos da cidade, com o

objetivo de facilitar:

● O acompanhamento dos objetivos do plano de desenvolvimento da Cidade

Inteligente;

● A coordenação dos diferentes projetos;

● A participação e implicação do cidadão na mudança do modelo da cidade de forma a

serem consideradas todas as hipóteses para um melhoramento do funcionamento

da Smart City.

Os serviços existentes na cidade apoiam as necessidades dos cidadãos como indivíduo,

principalmente através do desenvolvimento quase constante de novos programas de apoio

social. Normalmente, isso inclui serviços de mão-de-obra e programas de ajuda a nível da

saúde e da educação.

Estes programas sociais adaptam-se ao bem-estar do cidadão comum permitindo o

acesso oportuno aos programas certos, á entrega efetiva de tais programas e garantindo

que os cidadãos estão a receber os benefícios prometidos com reduzido custo de entrega.

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3. Smart Cities VS Cidades Tradicionais

Imagem 1 (As diversas vertentes das Smart Cities)

3.1 Smart Economy

A inteligência e gestão económica capaz de gerar inovação, empreendedorismo,

competividade são características fundamentais numa cidade inteligente. Estes mecanismos

a adotar consistem num financiamento público adequado nas mais diversas áreas como a

criação sistema de alta qualidade da educação, atraentes incentivos fiscais para as

empresas, melhoria das infraestruturas, melhoria serviços públicos, entre outros, que

permitirão criar uma economia inteligente. Em oposição, nos dias de hoje, verifica-se, em

certas sociedades, uma má gestão económica o que conduz a défices em áreas como a

educação ou outros serviços públicos fundamentais no seio de uma sociedade organizada.

É também de realçar que as cidades entendam de que forma poderão tornar a sua

economia mais inteligente, para que possam competir com outras cidades e se tornem mais

atrativas que estas, criando, assim, um ciclo contínuo de melhoria e fortalecimento da sua

economia.

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3.2 Smart Governance

Um dos fatores essenciais para o crescimento das Smart Cities passa por um sistema

governamental mais inteligente.

Com o crescimento exponencial da população do mundo, assiste-se, no século XXI, a

uma aproximação acentuada das pessoas para a cidade em detrimento das áreas rurais. E,

assim surge a seguinte questão: “Como é que os governos conseguem assegurar que as

cidades são geridas de forma inteligente e eficiente hoje, amanhã e no futuro?”

(Scytl. 2013).

Assim, soluções de governação inteligentes permitem a eficiência e transparência

desejáveis para Cidades Inteligentes, Concelhos inteligentes, e consequentemente países

inteligentes. Mais concretamente, a participação pública, os serviços públicos, a

transparência e as políticas urbanas são as principais sub-dimensões na área da

Governação.

A Participação Pública consiste num processo de abertura do município à participação

pública e associativismo incentivando a realização de um orçamento participativo.

A nível de serviços públicos, é de realçar a disponibilização de informação, a provisão

de serviços públicos digitais bem como processos de simplificação e modernização

administrativa.

No que diz respeito á transparência os fatores associados são uma administração local

transparente e a prevenção da corrupção.

Relativamente àspolíticas urbanas uma governação inteligente implica a existência de

mecanismos de desenvolvimento bem como políticas de regeneração urbana.

Nas cidades regidas pelo método tradicional, verifica-se que muitas destas ideias não

são cumpridas. Veja-se o caso da falta de transparência nos mais diversos órgãos

governativos que impede a sua avaliação pública e que gera, por vezes, fenómenos de

corrupção nefastos para uma sociedade.

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3.3 Smart Mobility

Actualmente, existem diversos meios de transporte que permitem uma confortável

deslocação, de forma inteligente, como autocarro, metropolitano, comboio, táxi, funicular,

entre outros. Encontram-se também diversas aplicações que facilitam a aquisição de

conhecimento, prévio ou instantâneo, relacionado com o trajeto e os horários dos meios de

transporte pretendidos. Um exemplo destas aplicações móveis é o projeto “Move-me”

promovido pelo Serviço de Transporte e Comunicação do Porto (STCP), que tem como

objetivo informar os seus utilizadores dos horários e trajetos previstos. Apesar de serviços

como este serem uma mais-valia e já bastante evoluídos, também têm falhas, e como tal,

precisam de ser aprimorados. Um exemplo das melhorias necessárias é o facto de ser

preciso aplicações que informem o usuário da hora exata de chegada do respetivo

transporte e da sua precisa posição nas vias rodoviárias e das condições de tráfego naquele

momento.

Não se pode negar que a evolução no sector da mobilidade inteligente foi enorme nos

últimos anos, e que era impensável que a facilidade e a comodidade nas deslocações de

hoje existissem, mas ainda falta um longo caminho para se atingir o patamar pretendido. A

tecnologia tem ainda muito que evoluir, e também as pessoas têm de se adaptar às

inovações e às novas ideias.

Assim, apresenta-se aqui uma das imensas ideias a implementar no futuro no ramo

da Smart Mobility, de modo a facilitar ainda mais as nossas deslocações. Ainda faltando um

longo percurso pela frente, daqui a alguns anos, um serviço como este estará

provavelmente implementado na sociedade da época:

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Imagem 2 (“Relationship between Commuting Scenarios and Solution”,Hitachi, 2013)

Este cenário futurista consiste na completa relação entre os diferentes meios de

transporte. O cidadão comum é informado via telemóvel do estado atual de tráfego para que

possa decidir qual meio de transporte se adequa melhor à sua situação. Neste exemplo, ele

decide utilizar o autocarro e depois o comboio. Os transportes públicos têm prioridade, de

modo que os semáforos são controlados para permitir os autocarros chegarem a horas ao

seu destino. Uma vez que os meios de transporte estão interligados, no momento em que o

cidadão chega à estação após sair do autocarro, o comboio chega, evitando assim a

necessidade de esperar. Além disso, visto que utilizou transportes públicos, é mais

económico.

Um exemplo destes é algo completamente possível de implementar no futuro, e

seria uma mais-valia para a sociedade. Para tal, é necessário apenas a cooperação de

todos, e principalmente, um apoio económico e político forte e sustentado.

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3.4 Smart Environment

O crescimento desmedido da população tem efeitos nefastos para o meio ambiente, a

implementação das Smart Cities procura também ser capaz de melhorar a qualidade do

ambiente em que vivemos através da redução do consumo dos diversos recursos naturais.

As cidades como atualmente as conhecemos têm consumos de água, energia e de

outros recursos que podem ser diminuídos, reduzindo por sua vez o impacto no meio

ambiente.

O gráfico abaixo representa o crescimento do mercado da gestão de energia.

Analisando os valores apresentados é possível concluir que o consumo de energia e a

eficiência energética têm vindo a revelar grande importância em várias companhias e

empresas de todo o mundo. Este crescimento não só traz vantagens para os utilizadores

através da redução de custos como também traz vantagens no âmbito da sustentabilidade

ambiental ao reduzir a poluição.

Imagem 3 (Navigant Research, 2013)

Este gráfico é o resultado de um estudo realizado pela “Navigant Research”, intitulado

“Smart City Tracker 3Q13” que tem como objetivo analisar o atual estado de

desenvolvimento das Smart Cities a nível mundial. O relatório incluiu 170 projetos.

É possível comprovar que nestes 170 projetos analisados a questão ambiental

apresenta grande importância uma vez que aproximadamente 45 porcento dos projetos são

relacionados com a energia.

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Imagem 4 (Navigant Research, 2013)

A Sensity é uma companhia empenhada na melhoria da qualidade do ambiente. O seu

projeto baseia-se no uso de sensores, sensores bastantes desenvolvidos passíveis de

serem utilizados para medir “qualquer valor”. “Sensores mais sofisticados são capazes de

medir níveis de poluição, radiação e partículas suspensas (para a qualidade do ar). As

funcionalidades podem também incluir gravação audiovisual.”

“Martin (CEO da Sensity) avalia que há cerca de 4 bilhões de postes de iluminação

exteriores que, nas próximas décadas, vão trocar as lâmpadas incandescentes ou lâmpadas

de sódio para LEDs eficientes em termos energéticos. Estes consomem apenas um quinto

da energia atual, mas duram até 25 vezes mais tempo. Eles também usam a mesma fonte

de alimentação de baixa voltagem comum em eletrônica. A ideia da Sensity é convencer as

empresas, as cidades e as autarquias locais de que se estão atualizando a iluminação

exterior, podem também instalar dispositivos elétricos sensoriais da Sensity por um pequeno

custo extra.”

Um dos projeto protagonizados pela IBM tem como objetivo a conservação de água em

Sonoma County, California, USA. “O novo programa, que se baseia numa colaboração já

existente entre a IBM e SCWA na gestão da água, usa tecnologia analítica para ajudar

Valley of the Moon District(VOMWD) (...) a reduzir a perda de água. Isto é conseguido

através da otimização da configuração das válvulas redutoras de pressão à entrada da rede

de distribuição com base em dados recolhidos por sensores existentes (...).

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3.5 Smart People

Um residente de uma Smart City tem que se encontrar adaptado face às características,

denominadas de “modernas” e “inteligentes”, que este tipo de local enverga, logo estes

devem ter uma postura um pouco diferente da população de cidades referidas como

“normais” ou até “tradicionais”, começando por pontos-chave como o nível de qualificação

ou participação na vida social da cidade, sendo sempre necessária a adoção de uma

postura criativa e flexível relativamente ao avançar do desenvolvimento do lugar onde

moram e/ou passam algum tempo do seu dia. Estes pontos referidos anteriormente podem

ser conferidos na seguinte tabela:

Percentagem (%)

Nível de Qualificação 14,28

Capacidade de aprendizagem ao longo da vida 14,28

Pluralidade étnica e social 14,28

Flexibilidade de pensamento 14,28

Criatividade 14,28

Cosmopolitismo / Mente aberta 14,28

Participação na vida pública 14,28

100

Tabela 1 (“Factors and indicators Smart People”, European Smart Cities, 2013) - Tabela

referente ao comportamento e postura que devem ser adotados pelos moradores de uma

Smart City.

Qualquer cidadão deve agir consoante o seu modo de pensar e conforme a sua

personalidade, contudo uma Smart City torna os seres humanos que nela habitam em Smart

People, visto que estas fornecem meios que permitem o enriquecimento pessoal (através de

empregos dinâmicos, que podem ser realizados nos locais mais diversos, com o uso de

programas na Internet que permitem tal mobilidade) e o apoio para com a restante

sociedade quer a nível ambiental (manufatura livre de resíduos nocivos à saúde e bem estar

de todos os seres vivos) quer a nível de cuidados mais específicos de saúde (utilizando

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seguros de saúde de mensalidade reduzida e fornecendo medicação a baixo custo) ou até a

nível educacional ao promover a escolarização dos seus cidadãos, oferecendo-lhes alguns

benefícios por estes se encontrarem ainda a estudar.

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3.6 Smart Living

Smart Living relaciona-se com a qualidade de vida a que um cidadão de uma Smart City

está sujeito. Enquanto que numa cidade inteligente temos acesso aos mais diversos

programas que melhoram a nossa qualidade de vida, tais como:

● Gestão do trânsito, pois ao existir comunicação entre veículos torna possível saber

uma melhor rota para o destino com atualização de congestionamento em tempo

real;

● Gestão dos serviços de transporte, pois existe um melhor aproveitamento dos

recursos e ainda permite ao utilizador saber com precisão o tempo que falta até o

veículo chegar e ainda quanto tempo demorará a chegar ao destino;

● Gestão de recursos humanos, pois havendo mais ou menos utilizadores de um

serviço, em tempo real, é possível destacar mais ou menos recursos.

Numa cidade “normal” estamos sujeitos aos mais diversos imprevistos sem termos maneira

de os evitar devido ao parco aproveitamento que é dado às inúmeras capacidades

tecnológicas presentes em quase todas as cidades dos países considerados desenvolvidos.

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4. Análise relativa às vantagens, desvantagens e obstáculos

que as Smart Cities acarretam

Como todos os tipos de serviços e aplicações que o ser humano oferece, também as

Smart Cities têm diversos pontos fortes (referentes ao que as estas cidades podem

oferecer), assim como fracos (respeitantes às complicações que podem trazer), que levam a

obstáculos relativamente ao seu desenvolvimento e melhoramento.

4.1 Vantagens das Smart Cities

A evolução e crescente expansão das várias vertentesdas Smart Cities transporta

certas vantagens sendo algumas delas o/a:

Melhoramento dos serviços de emergência, com uma otimização dos tempos de

resposta e redução de falhas;

Melhoramento dos serviços de segurança, pela existência de uma resposta mais

rápida graças à comunicação entre câmaras, radares e outros sistemas que

permitam localizar perigo;

Melhoramento dos serviços de transporte, reduzindo tempos de espera pela

otimização de percursos;

Melhoramento das infraestruturas de ligação à Internet, com o aumento das

velocidades de transferência de dados;

Redução a longo prazo dos custos de eletricidade e água, pelo controlo inteligente

destes recursos;

Redução do congestionamento e acidentes, por uma otimização na comunicação

inter-veicular e posterior adaptação da condução.

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4.2 Desvantagens das Smart Cities

Assim como todo o progresso tem as suas desvantagens, o mesmo acontece nas neste

tipo de cidades e tecnologias associadas, passando esses tais inconvenientes por:

Possível ameaça à privacidade individual, pois para existir um sistema que se

adapte à situação de cada um é preciso haver um controlo do indivíduo;

Custo de estabelecimento bastante elevado, pois em muitos casos teria de se

substituir grande parte dos equipamentos e infraestruturas que já existem;

Teria de ser necessário voltar a ensinar a população para a maneira como interagem

com os equipamentos e serviços;

Perder-se-ia bastante o contacto físico entre as pessoas, pois ao haver uma

digitalização do mundo, apesar de a população puder contactar com qualquer

pessoa no mundo, a comunicação não-virtual iria diminuir.

Aumento do sedentarismo, pois tornar-se-ia possível fazer quase tudo a partir de

casa, do carro, ou do telemóvel

Com o tópico anterior surge também um perigo no aumento da obesidade pois o

indivíduo comum iria deixar de se movimentar tanto e passaria a estar bastante

tempo sentado.

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4.3 Obstáculos ao desenvolvimento dasSmart Cities

As cidades modernas, inteligentes e tecnologicamente desenvolvidas enfrentam

vários obstáculos alusivos ao seu progresso e expansão, pois existe uma certa falta de

liderança e organização, quer política quer comercial, assim como uma falta de informação

e visão política face à complexidade que estas detêm.

Apesar de serem observadas tais oposições, cabe aos cidadãos e aos governantes

das Smart Cities superarem esses impedimentos para que se possa usufruir em pleno dos

serviços que estas podem oferecer.

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5. Modelos de Negócio

Uma das caraterística mais vantajosas das Smart Cities é a capacidade de funcionarem

como “incubadoras” de novos modelos de negócio, já que as Smart Cities são um mercado

em crescimento.

5.1 Existentes

Uma Smart City tem que ser capaz de desenvolver e de aumentar diferentes e variados

modelos de negócios.

Um dos elementos essenciais para o sucesso do Smart City é portanto a sua viabilidade

do ponto de vista do modelo de negócio sendo que este modelo tem que ser sustentável.

Nesse sentido, os serviços prestados no contexto de uma cidade inteligente bem como

várias as suas condicionantes está diretamente relacionados com os modelos de negócio a

adotar numa Smart City.

Os principais modelos de negócios associados aos serviços fornecidos por Smart City

são, por exemplo:

- Modelo baseado no pagamento de impostos indiretos: toda a atividade económica

gera uma série de impostos que são recolhidos, quer pelas suas próprias autoridades locais

ou por entidades regionais e nacionais. Esse fluxo de dinheiro pode financiar total ou

parcialmente a prestação de determinados serviços no âmbito do Smart City.

- Modelo de compartilhamento de receita: muitos serviços finais numa cidade

inteligente exigem, dado o seu tamanho, o envolvimento de um grande número de

organizações e agentes. Sob este modelo cada organização é especializada numa

determinada área, nas quais deve envolver o compartilhamento de receita maneiras para

manter proporcionalidade no que diz respeito a investimentos e despesas.

- Monetização de dados: os dados que se geram numa cidade inteligente têm um

grande valor. Desde modo, deve promover-se a disponibilização de dados para que estes

possam ser usados, por exemplo, por empresas. Isto torna possível uma oferta de novos e

melhores serviços, potenciando quer a economia local quer todo o ecossistema empresarial.

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5.2 “Smart Weather Predictor”

Na sociedade atual verifica-se que surgem regularmente propostas e modelos de

negócio inovadores que tornam a vida mais fácil em diversos aspetos.

A nossa proposta teve origem num dilema bastante presente no dia-a-dia. Toda a gente

já se deparou com uma situação em que se está na rua e de repente começa a chover e

acaba-se por molhar tudo o que temos em nossa posse. Ou então quando se está num

edifício á espera que a chuva pare.

Assim, o nosso projeto pretende solucionar este problema através de uma aplicação, a

“Smart Weather Predictor”, integrada num dispositivo sempre presente, o telemóvel. Esta

aplicação consegue antecipar e informar em tempo real a meteorologia. Como referido

anteriormente, imagine-se que está na rua e daqui a cerca de um ou dois minutos vai

começar a chover. Neste momento, o telemóvel emite um alerta para se abrigar. Consegue,

ainda, prever quanto tempo demora até parar de chover para que o utilizador consiga decidir

se vai esperar ou tomar outra decisão.

Deste modo, é possível resolver um problema recorrente no quotidiano de uma

sociedade. Para além disso, em termos financeiros, seria bastante viável pois este serviço

seria pago ou pelo consumidor final ou pelas próprias empresas se desejarem integrar o

sistema nos próprios softwares.

Para que esta aplicação se tornasse reconhecida pelo público em geral, o download

seria gratuito, No entanto, e para torna-la economicamente rentável, a aplicação poderia ser

usada gratuitamente apenas durante um mês. Depois desta fase, a aplicação teria um custo

adicional para que pudesse funcionar normalmente.

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6. O caso português

No âmbito do conceito de cidade inteligente foi desenvolvida a rede RENER com o

objetivo de desenvolver processos de inovação de tecnologias e soluções relevantes para a

sustentabilidade energética e ambiental.

A RENER integra a rede europeia de LIving Labs. Trata-se de um laboratório vivo que

em Portugal já conta com 25 cidades integradas funcionando como espaço de teste e

experimentação de soluções urbanas inteligentes em contexto real.

No anexo 1, que se trata de um panfleto da rede de transportes STCP (Porto)

anunciando um novo sistema de distribuição de internet wireless gratuita nos seus

autocarros, vemos uma referência, no verso, ao Porto enquanto “laboratório vivo” integrado

no projeto “Future Cities”.

As 25 Cidades são: Almada, Aveiro, Beja, Braga, Bragança, Cascais, Castelo Branco,

Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Guimarães, Leiria, Lisboa, Loures, Portalegre, Porto,

Santarém, Setúbal, Sintra, Torres Vedras, Viana do Castelo, Vila Nova de Gaia, Vila Real,

Viseu.

De igual modo a Rede "SmartCities Portugal" tem como

objetivo “promover o desenvolvimento e produção de soluções

urbanas inovadoras, de forma integrada, com vista à

estruturação da oferta e sua valorização nos mercados

internacionais; potenciar a participação das empresas e

cidades portuguesas no mercado das cidades inteligentes; e

afirmar a imagem de Portugal como espaço de conceção,

produção e experimentação de produtos e serviços para Smart

Cities.”

(INTELI 2014)

Imagem 5 (INTELI, 2014)

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7. E daqui para a frente? (Futuro das Smart Cities)

O futuro das Smart Cities é muito incerto, pois irá depender bastante do futuro da

tecnologia. Uma das hipóteses é vinda da Google com o projeto Google Fiber que tem como

objetivo instalar e fornecer redes de fibra ótica de 1Gb/s equivalente a 100 vezes mais

rápida. Atualmente o projeto apenas decorre em algumas partes de 3 cidades dos Estados

Unidos da América (Austin, Kansas e Provo). Outras empresas como a IBM têm projetos

que envolvem mais interação do governo pois requerem o uso das outras áreas das

Cidades Inteligentes (nomeadamente uma economia inteligente, mobilidade inteligente,

ambiente inteligente e uma administração inteligente).

Generalizando, um possível futuro para o uso das tecnologias envolvidas nas Smart

Cities é a existência de Smart Houses, Smart Vehicles, Smart Wear, entre outros, que

permitam recolher, analisar e guardar informações para um melhor desempenho e/ou

permitir o uso de novas tecnologias de interação entre o utilizador e os equipamentos com a

finalidade de simplificar e facilitar a vida de cada um.

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8. Conclusões

Com a elaboração deste relatório verificou-se que os seres humanos e os respetivos

ambientes em que estes habitam têm vindo a acompanhar o crescente desenvolvimento

tecnológico que se observa nos dias que decorrem. Devido a esta evolução, cada vez mais

acentuada, foram surgindo as Smart Cities, que englobam diversas vertentes essenciais ao

bem-estar dos seus cidadãos, que têm aumentado ao longo do planeta.

Para além da conclusão acima referida, constatou-se ainda que apesar das

denominadas “Cidades Inteligentes” terem emergido como resposta às diferentes

necessidades da sociedade, usando para isso a tecnologia, estas também se baseiam em

diferentes negócios, que beneficiam a Smart People, negócios estes que se enquadram

num modelo negocial dissemelhante dos modelos “antigos” e “tradicionais” e que em nada

favorecem as cidades em desenvolvimento, pois não lhes permite “avançar” com a

passagem do tempo.

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9. Referências bibliográficas

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Anexos

Anexo 1