encontro - marÇo 2012 - nº 17

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Página Jornal de Escola - Fundado em 1990 - Nº 17 - III Série - Março /2012 Agrupamento de Escolas Mestre Martins Correia Periodicidade: Trimestral (Período Letivo) Entrevista com Eng.º Luís Vasconcellos e Souza A entrevista estava marcada para as 16 h, o nosso entrevistado telefonou às 15.55 h a avisar que estava atrasa- do. Afinal chegou às 16.10 h, o que diz muito sobre a sua pessoa. Em Por- tugal quantos se lembrariam de avi- sar do atraso quando este era de 10 minutos? ENCONTRO - O que é a Agromais? Engº Vasconcellos e Souza - A Agro- mais é uma cooperativa de produtores que começou nesta zona do país e que envolvia, na altura, dois concelhos e uma freguesia: o concelho da Chamus- ca, o concelho da Golegã e a freguesia dos Riachos que pertence ao concelho de Torres Novas. ENCONTRO - Em que ano foi fundada a Agromais? Engº Vasconcellos e Souza - Faz em maio 25 anos. Foi criada em 1987. (Página 3) Poesia ou talvez não… (Página 9) Entrevista com o músico Gonçalo Marques Fundação Calouste Gulbenkian (Página 18) Corta Mato Distrital (Página 13) Dias da Cultura 19 a 23 de Março de 2012 (Página 23) Acontece(u)… Aconteceu, acontece e vai acontecer tanta coisa no nosso Agrupamento de Escolas que o melhor é mesmo ler todo o jornal ... Luís Farinha * Rosário Carvalho * Marco Túlio Testemunhos de antigos alunos da Escola Mestre Martins Correia (Páginas 7 e 8) Subjetividades” na Escola Básica 2,3/S Mestre Martins Correia Com o sentido de fomentar nos alu- nos o valor estético e criativo e dar mais cor e dinâmica ao espaço escolar, mais uma vez partiu-se à deswcoberta de novas olhares e perspetivas na arte desta vez através da exposição “Subjetividades”. (Páginas 11 e 12) Dia Internacional da Língua Materna (Páginas 25,26 e 27)

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Jornal de Escola - Fundado em 1990 Agrupamento de Escolas Mestre Martins Correia

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Page 1: ENCONTRO - MARÇO 2012 - Nº 17

Página

Jornal de Escola - Fundado em 1990 - Nº 17 - III Série - Março /2012 Agrupamento de Escolas Mestre Martins Correia Periodicidade: Trimestral (Período Letivo)

Entrevista com Eng.º Luís Vasconcellos e Souza A entrevista estava marcada para as 16 h, o nosso entrevistado telefonou às 15.55 h a avisar que estava atrasa-do. Afinal chegou às 16.10 h, o que diz muito sobre a sua pessoa. Em Por-tugal quantos se lembrariam de avi-sar do atraso quando este era de 10 minutos?

ENCONTRO - O que é a Agromais?

Engº Vasconcellos e Souza - A Agro-

mais é uma cooperativa de produtores

que começou nesta zona do país e que

envolvia, na altura, dois concelhos e

uma freguesia: o concelho da Chamus-

ca, o concelho da Golegã e a freguesia

dos Riachos que pertence ao concelho

de Torres Novas.

ENCONTRO - Em que ano foi fundada

a Agromais?

Engº Vasconcellos e Souza - Faz em

maio 25 anos. Foi criada em 1987.

(Página 3)

Poesia ou talvez não… (Página 9)

Entrevista com o músico Gonçalo Marques Fundação Calouste Gulbenkian

(Página 18)

Corta Mato Distrital

(Página 13)

Dias da Cultura 19 a 23 de Março de

2012

(Página 23)

Acontece(u)…

Aconteceu, acontece e vai acontecer

tanta coisa no nosso Agrupamento de

Escolas que o melhor é mesmo ler

todo o jornal ...

Luís Farinha * Rosário Carvalho * Marco Túlio

Testemunhos de antigos alunos da Escola Mestre Martins Correia

(Páginas 7 e 8)

“Subjetividades” na Escola Básica

2,3/S Mestre Martins Correia

Com o sentido de fomentar nos alu-nos o valor estético e criativo e dar mais cor e dinâmica ao espaço escolar,

mais uma vez partiu-se à deswcoberta de novas olhares e perspetivas na arte desta vez através da exposição “Subjetividades”.

(Páginas 11 e 12)

Dia Internacional da Língua Materna

(Páginas 25,26 e 27)

Page 2: ENCONTRO - MARÇO 2012 - Nº 17

Página 2

Coordenadores

(Deste número)

Professores:

Fernanda Silva

Lurdes Marques

Manuel André

Alunos:

(Os mais assíduos)

5º Ano -Turma B

Francisca Alcobia

Ana Luísa Ferreira

Laura Oliveira

João Mota

Beatriz Santos

Duarte Cerdeira

6º Ano -Turma c

Bernardo Ferreira

7º Ano -Turma C

Manuel Nunes

Daniel Santos

8º Ano - Turma A

Ricardo Carvalho

Rodrigo Ferreira

8º Ano - -Turma B

André Moreira

Reprodução

Luís Farinha

Propriedade

Agrupamento de Escolas Mestre Martins Correia

(Golegã, Azinhaga e Pombalinho)

Sede:

Escola Mestre Martins Correia

Rua Luís de Camões - Apartado 40

2150 GOLEGÂ

Telefone: 249 979 040

Fax: 249 979 045

E-mail: [email protected]

Página Web: www.agrupamentoegap.pt

Moodle: moodle.agrupametoegap.pt

Biblioteca: biblioteca.agrupamentoegap.pt

Jornal: encontro.agrupamentoegap.pt

Tiragem

50 exemplares - Papel

100 exemplares - Digital

Caros leitores,

Aqui está mais uma edição do nosso jornal.

Chamamos a vossa atenção para a entrevista ao Eng.º Luís Vasconcellos e

Souza não só pela qualidade do seu conteúdo, mas também pela lição que,

antes da entrevista ocorrer, deu a muita gente:

A entrevista estava marcada para as 16 h, o nosso entrevistado telefonou às

15.55 h a avisar que estava atrasado. Afinal chegou às 16.10 h, o que diz

muito sobre a sua pessoa. Em Portugal quantos se lembrariam de avisar do

atraso quando este era de 10 minutos?

Para além disso, e sabendo nós da agenda muito preenchida do nosso entre-

vistado, propusemos, caso não pudesse estar presente, que respondesse por

escrito a perguntas que entregaríamos antecipadamente. O Engª Vascon-

cellos e Souza fez questão de vir à Escola para falar com o jornal Encontro.

Damos também destaque à criatividade e à autonomia dos nossos jovens

jornalistas. A não perder a entrevista, publicada na página 18, que foi condu-

zida autonomamente e guiada pela criatividade do nosso repórter Bernardo

Ferreira - 6º C - quando da visita de estudo à Fundação Calouste Gulbenkian.

Para assinalar o Dia Mundial da Língua Materna e lembrarmos a importância

da Língua Portuguesa, os encarregados de educação e familiares dos alunos

foram convidados a virem à escola para lerem em português, poemas, textos

ou excertos de obras literárias. Contaram histórias, falaram de um livro que

consideraram importante, sobre a sua profissão e a forma como a língua é

utilizada como ferramenta de trabalho, sobre religião e até sobre o livro em

branco e de como é possível falar com o futuro, partindo do princípio de que

alguém terá razão quando afirma que “escrever é falar com o futuro”. Do

que foi dito e ouvido, resultou a convicção de que devemos ter orgulho na

nossa língua e evitar tratá-la mal

Mais uma vez no historial do nosso agrupamento vai realizar-se a Semana da

Cultura/Dias da Cultura onde serão realizadas diversas atividades. Para ficar a

conhecer quais basta dar um saltinho à página 23.

E finalmente, como se costuma dizer para acabar aconteceu, está a acontecer

e vai acontecer. Para saber exatamente o que aconteceu, acontece ou vai

acontecer navegue pelas páginas deste nosso jornal.

Estamos em contenção financeira mas não se esqueçam que podem sempre

esbanjar Amizade, Compreensão, Solidariedade…

Os dinamizadores da Oficina de Jornalismo

Ficha Técnica Editorial

Page 3: ENCONTRO - MARÇO 2012 - Nº 17

Página 3

Entrevista com Eng.º Luís Vasconcellos e Souza

base da fundação da Agromais foi sobretudo um, o de juntar

a produção para conseguir vender melhor.

ENCONTRO - Para além da comercialização de produtos o

que faz mais?

Engº Vasconcellos e Souza - Dá assistência técnica aos pro-

dutores, isto é, “ajuda a fazer”. Por exemplo, ver se há doen-

ças nas culturas, quais são as melhores variedades…

ENCONTRO - Qual a importância da Agromais para a

região/país e agricultores?

Engº Vasconcellos e Souza - Para a região pensamos que é

grande, porque os produtores no fundo acabaram por ter

confiança numa organização que lhes vende a produção. Os

produtores, por assim dizer, já não têm de se preocupar com

a parte comercial, com a parte da venda do produto. A nível

do país foi importante porque acabou por ser um exemplo

que, em alguns casos, foi seguido e em relação a alguns

negócios específicos tem um peso muito grande.

ENCONTRO - A Agromais foi então um exemplo para outras

cooperativas poderem existir ou mudar a sua forma de tra-

balhar?

Engº Vasconcellos e Souza - Sim. Acabou por ter um efeito

demonstrativo porque algumas zonas acabaram por fazer o

que nós fazemos aqui.

ENCONTRO - Qual o volume de negócios anuais?

Engº Vasconcellos e Souza - No ano 2011 foi cerca de 41

milhões de euros.

ENCONTRO - Qual a área potencial de produção?

Engº Vasconcellos e Souza - A zona base são cerca de 15 mil

hectares, porém há outras zonas nas quais estamos também

a produzir.

ENCONTRO - A Agromais disponibilizou-se, numa atitude de

mecenas, para atribuir os prémios pecuniários aos melho-

res alunos do ensino secundário das escolas dos concelhos

da sua área de intervenção. Quer falar-nos um pouco disso?

Engº Vasconcellos e Souza - Com muito prazer. A Agromais

considera que, no fundo, tem de ajudar a sua zona a desen-

volver-se e uma das formas de o fazer é “puxar” pelo que há

de melhor na sua zona e isso envolve “puxar” pelos melhores

alunos. Os bons exemplos é que devem ser o modelo, é que

devem ser seguidos, não queremos que seja ao contrário.

A entrevista estava marcada para as 16 h, o nosso entrevis-

tado telefonou às 15.55 h a avisar que estava atrasado. Afi-

nal chegou às 16.10 h, o que diz muito sobre a sua pessoa.

Em Portugal quantos se lembrariam de avisar do atraso

quando este era de 10 minutos?

ENCONTRO - O que é a Agromais?

Engº Vasconcellos e Souza - A Agromais é uma cooperativa

de produtores que começou nesta zona do país e que envol-

via, na altura, dois concelhos e uma freguesia: o concelho da

Chamusca, o concelho da Golegã e a freguesia dos Riachos

que pertence ao concelho de Torres Novas.

ENCONTRO - Em que ano foi fundada a Agromais?

Engº Vasconcellos e Souza - Faz em maio 25 anos. Foi criada

em 1987.

ENCONTRO - Qual é a atual sede?

Engº Vasconcellos e Souza - A sede da Agromais, neste

momento, é nos Riachos, concelho de Torres Novas.

ENCONTRO - Quais os objetivos que presidiram à fundação

da Agromais?

Engº Vasconcellos e Souza - O objetivo que esteve na

Continua

Page 4: ENCONTRO - MARÇO 2012 - Nº 17

Página 4

ENCONTRO - Que contributo pode dar

o sector agrícola para que o país dê

um “salto em frente”?

Engº Vasconcellos e Souza - Aquilo

que me parece que tem de acontecer

é haver uma concentração de esforços

naquilo que seja competitivo. Em Por-

tugal, nós temos algumas áreas com-

petitivas na agricultura, esta é uma

delas. Temos de dar as mãos e conse-

guir fazer com que as zonas competiti-

vas sejam apoiadas porque, da manei-

ra com as coisas estão a ficar, as zonas

não competitivas vão ter um problema

muito complicado no futuro, aliás

como outras áreas. Por outro lado é

preciso ter a coragem política para

resolver quais são as zonas a apoiar e

as zonas a não apoiar. É claro que é

algo polémico e que faz vítimas e isso,

normalmente, é uma coisa que os polí-

ticos não gostam de fazer.

ENCONTRO - Qual é o produto mais

vendido pela Agromais?

Engº Vasconcellos e Souza - O milho.

ENCONTRO - Há quantos anos é presi-

dente da Agromais?

Engº Vasconcellos e Souza - Deixei de

ser durante três anos e depois voltei

porque achei que havia uma incompa-

ENCONTRO - Há jovens na agricultu-

ra?

Engº Vasconcellos e Souza - Há cada

vez menos, por isso é que é bom irem

para este sector. Há cada vez mais

cabeleireiros, mais médicos, mais

advogados e há cada vez menos agri-

cultores portanto quem for vai ter

mais oportunidades (salientou não ter

nada contra estas profissões, que são

importantes e dignas, mas que estão

sobrelotadas, não oferecendo, portan-

to, saída profissional).

ENCONTRO - Considera que a agricul-

tura é um sector que, a curto prazo,

possa estar em vias de extinção?

Engº Vasconcellos e Souza - Não. Julgo

que não vai estar, mas vai ter de haver

políticas diferentes. Na minha opinião

é um sector com futuro.

ENCONTRO - Para além do cargo de

presidente da Agromais, sabemos que

desempenha outros. O que move

uma pessoa tão ocupada a estar dis-

ponível para assegurar estes lugares-

chave que precisam de alguém que

leve as coisas para a frente? É preciso

dizer que a Agromais existe, mas foi

muito impulsionada por algumas pes-

soas-chave, entre as quais o Sr Enge-

nheiro.

Engº Vasconcellos e Souza - Considero

que as pessoas têm de ter a ideia que

o esforço compensa e que há coisas

tibilidade. Saí de 2000 a 2003 e desde

2003 cá estou eu.

ENCONTRO - Quais são as outras pro-

duções da Agromais?

Engº Vasconcellos e Souza - Tomate,

ervilha, pimentos, brócolos, trigo,

cevada… Muita coisa.

Desde já, fica aqui o convite para que

todos os alunos da Escola façam uma

visita de estudo à Agromais.

ENCONTRO - Há alguma coisa que

seja importante ser dito sobre a Agro-

mais, sobre a agricultura e que even-

tualmente não tenha sido pergunta-

do?

Engº Vasconcellos e Souza - Há uma

coisa muito importante que ainda não

foi aqui referida que é sobre o futuro

profissional que a agricultura pode dar

às pessoas. É importante perceber que

a agricultura pode dar um futuro pro-

fissional, contrariamente ao que às

vezes se diz. Pode ser um futuro inte-

ressante e, do ponto de vista remune-

ratório, bom para quem escolher esta

área.

Entrevista com Eng.º Luís Vasconcellos e Souza

Continua

Page 5: ENCONTRO - MARÇO 2012 - Nº 17

Página 5

que podem ser feitas. Quem não pen-

sar assim, de facto, passa a vida a dor-

mir ou passa ao lado da vida. As pes-

soas movem-se por ideias. Há pessoas

que se movem pela ideia de ganhar

dinheiro, há pessoas que se movem

pela ideia de fazer um mundo mais

justo, há pessoas que se movem pela

ideia de serem felizes. É preciso ter

ideias na cabeça, e essas ideias, no

fundo, condicionam as nossas vidas.

ENCONTRO - Os portugueses são pou-

co intervenientes na sociedade?

Engº Vasconcellos e Souza - Na verda-

de, os portugueses não são muito

dados a tomarem posições e a coisa

que mais custa a um português é dizer

não ou tomar uma posição. Só para

dar um pequeno exemplo quando um

carro está mal parado, passam 50 pes-

soas e 49 não dizem “Tire daqui o car-

ro”. Acho que os portugueses são

laxistas de mais.

ENCONTRO - A Agromais tem alguma

iniciativa ou campanha para promo-

ver a agricultura?

Engº Vasconcellos e Souza - A ideia de

estar aqui é um pouco isso. E aprovei-

to também para deixar o convite para

que todos os alunos da Escola façam

uma visita de estudo à Agromais (E

este foi o segundo convite).

Aqui a redação do ENCONTRO referiu

que os portugueses estão um pouco

divorciados da agricultura, embora

Engº Vasconcellos e Souza - Penso

que hoje em dia, a maior parte da agri-

cultura europeia é subsídio-

dependente, porque no fundo o que a

Europa tem são padrões de vida que

se traduzem em regras de produção

muito mais exigentes do que noutras

zonas do mundo, portanto, isso, aliado

a um nível de vida superior, acaba por

ter de ser compensado de uma deter-

minada maneira, e a melhor maneira

para isso é haver subsídios.

ENCONTRO - 50 % daquilo que consu-

mimos vem do estrangeiro. Temos

quotas no leite, os produtores não

podem produzir livremente. Por que

motivo?

Engº Vasconcellos e Souza - Como

sabem, prevê-se o fim das quotas do

leite para o ano. As quotas, no fundo,

é alguma segurança. Isto levanta a

questão dos mercados, dos mercados

nesta zona nem tanto, porque há

sempre uma ligação à agricultura,

através de um tio, ou avô, mas, por

exemplo, se se falar com uma pessoa

do Entroncamento poderá já não ter

nada a ver com a agricultura. E então

questionou sobre a possibilidade de

organizar visitas de estudo para dar a

conhecer esta realidade, não só aos

alunos desta Escola mas também de

outras, de concelhos limítrofes ou

outros para dar a conhecer a agricul-

tura, a Agromais.

Engº Vasconcellos e Souza - Faz todo

o sentido, pode pensar-se nisso para

os professores, para os alunos desta

Escola, e depois para outras escolas.

Aqui a entrevista deixou de seguir o

formato convencional deste género

jornalístico e o Eng. Vasconcellos e

Souza entrou em contacto telefónico

com o Eng. Mário Antunes para ime-

diatamente começar a tratar do

assunto (estávamos perante um

homem de ação, de fazer, não de ficar

à espera). O Eng. Vasconcellos e Sou-

za passou depois o telemóvel a um

elemento da redação para acertar

alguns detalhes e pensar no modus

faciendi.

ENCONTRO - Pensa-se, muitas vezes,

que na agricultura portuguesa não há

grande criatividade e que esta é

“subsídio-dependente”. Qual a sua

opinião?

Entrevista com Eng.º Luís Vasconcellos e Souza

Continua

Page 6: ENCONTRO - MARÇO 2012 - Nº 17

Página 6

perfeitos e dos mercados imperfeitos.

A questão dos mercados é a grande

questão. Há duas questões que são

crónicas e que são dificílimas de res-

ponder neste momento em relação à

agricultura. Uma é os mercados, não

só para a agricultura, mas também

para outras coisas, a imperfeição que,

hoje em dia têm. A partir do momento

em que, por exemplo, os mercados de

matérias-primas passaram a ser alvos

de operações especuladoras, os preços

já não colam com o mercado, portanto

os fundos acabam por distorcer os

mercados a seu favor. Há quem diga

que se não tivessem entrado os fun-

dos, os preços agrícolas não estariam

no patamar em que estão. É verdade

para o petróleo, é verdade para os

alimentos. É natural que haja uma

parte do preço dos alimentos que seja

fruto da especulação, especulação não

em termos normais e gerais, mas em

termos de fundos que querem fazer

mais-valias em curto espaço de tempo

e compram posições futuras a preços

mais elevados do que aqueles que

estariam se não comprassem. É fácil

de ver, a partir do momento em que

se reconhece que um terço da massa

monetária envolvida na formação de

preços agrícolas não é do sector, são

agentes externos que vêm marcar

para ganhar dinheiro com os preços do

sector. Por outro lado o que se sente é

que há uma vontade grande em ali-

mentar uma população que tem cada

vez mais capacidade de compra. Há

aquela regra de que as pessoas ao

passarem a comer carne, consomem

por assim dizer seis vezes mais do que

aquilo que consumiam se fosse só con-

sumir cereais ou oleaginosas. Em rela-

ção a Portugal, nós temos uma depen-

dência muito grande e essa dependên-

cia vem, por um lado de termos sido

sempre um país muito protegido do

agricultura. Há uma agricultura pobre

que é aquela com ausência de risco,

que é semear, gastar o menos possí-

vel, arriscar o mínimo e uma agricultu-

ra que é baseada no regadio e que

permite alguma estabilização (na

maior parte do mundo isto é verdade).

Na agricultura de sequeiro em Portu-

gal existem constrangimentos, e uma

pessoa pode perder dinheiro.

ENCONTRO - Na sua opinião, a agri-

cultura pode contribuir para vencer a

crise?

Engº Vasconcellos e Souza - Nós

temos de perceber que temos de pro-

duzir, a riqueza não se compra, faz-se.

A ideia que tem vindo a passar é que

por haver tudo no supermercado éra-

mos um país rico, porém isso não cor-

responde à verdade. Os países são

ricos quando produzem, não são ricos

quando compram. E nós comprávamos

à custa de nos endividarmos ao exte-

rior, nós não éramos ricos, mas pedía-

mos emprestado, foram-nos empres-

tando e, no fim, deu este “estoiro”.

É importante pensar-se na agricultura

como profissão porque vão existir, tal

como disse no início desta entrevista,

profissões com sobrelotação e vão

existir outras com sublotação. Poderão

estar certos que a agricultura é daque-

las que vai ter mais procura em rela-

ção a outras.

ponto de vista de preços e de merca-

do, por outro lado também de termos

um tempo, um clima com uma variabi-

lidade muito grande. Isto é uma das

consequências de sermos um país

mediterrânico, temos uma boa média,

sabemos que em média chove deter-

minado montante, em média temos

uma determinada temperatura, mas

depois temos desvios muito grandes.

Os desvios padrões são cada vez maio-

res, nós temos uma boa média e um

mau desvio padrão e isto é muito gra-

ve. Isto fez com que sempre tivésse-

mos tido uma dependência alimentar

grande, sobretudo na parte dos

cereais. A ida de Portugal para o Norte

de África, quando fomos para Ceuta,

em 1415 foi por duas razões: uma pri-

meira o combate aos não cristãos, os

árabes, que tinham invadido a penín-

sula ibérica 700 anos antes e, por

outro lado, Portugal estava convenci-

do de que ia conseguir ter trigo para

se alimentar. Por volta de 1420 já está-

vamos com uma feitoria no sul de

Espanha onde já comprávamos trigo.

ENCONTRO - Acredita que o Alentejo

vai voltar a ser o celeiro de Portugal?

Engº Vasconcellos e Souza - Acredito

que o Alentejo com o Alqueva tem

potencialidades grandes e é importan-

te as pessoas perceberem isso. A agri-

cultura em Portugal tem uma oportu-

nidade grande no regadio. No sequeiro

temos uma questão climática muito

complicada. Não somos a Europa do

Norte nem a América do Norte, nós

temos uma situação muito mais com-

plicada do ponto de vista climático,

somos um clima de transição entre os

climas áridos e os climas húmidos.

Temos sempre o anticiclone dos Aço-

res a visitar-nos mais tempo do que os

outros.

Há duas grandes maneiras de fazer

Entrevista com Eng.º Luís Vasconcellos e Souza

Continua

Page 7: ENCONTRO - MARÇO 2012 - Nº 17

Página 7

IDENTIFICAÇÃO

Luís Miguel Rosa Farinha

Idade: 36 anos

ENCONTRO - Estudou aqui até que ano?

Estudei neste estabelecimento de ensino até ao ano de 1993, onde concluí o curso

de Técnico-Profissional Agrícola que dava equivalência ao 12º ano de escolaridade.

ENCONTRO - Quando acabou aqui os seus estudos, estudou mais ou foi traba-

lhar?

Para onde é que foi estudar?

Que curso tirou ou está a tirar?

Que profissão tem?

Gosta do que faz? Porquê?

Quando concluí os meus estudos, iniciei outra fase da minha vida ao entrar no mer-

cado de trabalho. A minha primeira profissão foi de serralheiro. Estive cerca de dois

anos a trabalhar nas oficinas da E.M.E.F. no Entroncamento. Entretanto estive

desempregado e foi então que abriu um concurso para algumas vagas de Auxiliar de

Acção Educativa na Escola C+S de Golegã (antiga denominação da escola sede deste

Agrupamento) onde entrei nesse concurso e fiquei a desempenhar essas funções

até hoje, voltando assim ao local onde estudei durante oito anos.

Gosto muito do que faço, primeiro porque o faço com muito gosto, o serviço não é

monótono visto que todos os dias são diferentes, adoro o contacto com o público e

toda a exigência que as minhas funções implicam. E é muito gratificante as pessoas

valorizarem o nosso trabalho e ficarem satisfeitas.

ENCONTRO - Gostou de andar nesta escola, porquê?

Que coisas o marcaram nesta escola?

Aconteceu-lhe alguma coisa de especial nesta escola, que queira partilhar connos-

co?

Adorei estudar nesta escola, tanto que acabei por vir para cá trabalhar (ah! ah!

ah!), mas agora a sério foi muito bom porque ajudou-me a crescer bastante e a

obter todos os meus princípios e valores.

Todos os meus professores e colegas de turma e de escola eram excelentes, sempre

disponíveis para ajudar. O ambiente era muito saudável e de entreajuda o que aju-

dava bastante no rendimento escolar. As turmas do curso Técnico - Profissional

Agrícola eram compostas por alunos e alunas das mais variadas faixas etárias e de

muitas localidades próximas e não só do concelho de Golegã.. Eu por exemplo tinha

colegas de Chamusca, Alpiarça, Pafar-

rão, Mira D`Aire, Torres Novas, Entron-

camento, etc. , o que nos levava a

conhecer outras experiências de vida e

realidades.

Ao longo destes oito anos existi-

ram muitas coisas que me marcaram,

mas aquelas que me marcaram e mui-

to foram a convivência e conhecimen-

tos transmitidos pelos excelentes pro-

fessores que lecionavam e alguns ain-

da lecionam nesta escola, e as amiza-

des que fiz e ainda perduram ao longo

destes anos, mantendo ainda contacto

com alguns deles. Ao longo destes

anos foram também muitas as brinca-

deiras que tínhamos nas pausas das

aulas. Gostaria ainda de partilhar duas

experiências muito engraçadas que

aconteceram enquanto estudante:

uma delas foi quando vínhamos no

transporte escolar da Câmara Munici-

pal no percurso de São Caetano - Gole-

gã (residia em São Caetano). Tínhamos

de passar na Quinta da Labruja para

trazer outros alunos, qual não é o nos-

so espanto quando o veículo tem uma

avaria e fizemos todo o percurso des-

de a quinta até à escola. Outra situa-

ção muito cómica foi quando um cole-

ga de turma resolveu levar para a sala

de aula de História uma cobra com o

intuito de assustar a professora, mas

qual não é o nosso espanto quando a

professora agarrou na cobra e come-

çou a brincar com ela.

Um grande abraço e beijos a

todos os professores e ex-colegas de

escola.

Com os melhores cumprimentos.

Luís Miguel Rosa Farinha

Testemunhos de antigos alunos da Escola Mestre Martins Correia

Continua

Page 8: ENCONTRO - MARÇO 2012 - Nº 17

Página 8

IDENTIFICAÇÂO

Maria do Rosário Sousa Costa Godinho de

Carvalho

Idade: 36 anos

ENCONTRO - Estudou aqui até que ano?

Estudei na Escola C+S da Golegã até 1993

(Curso Técnico Profissional de Agropecuária).

ENCONTRO - Quando acabou aqui os seus estudos, estudou

mais ou foi trabalhar? Para onde é que foi estudar?

Que curso tirou ou está a tirar?

Que profissão tem?

Gosta do que faz? Porquê?

Quando acabei o meu 12º Ano, frequentei durante algum

tempo a Universidade, mas como não me identifiquei com o

curso resolvi mais tarde seguir uma área bem diferente, a

área da saúde.

Fui então para Lisboa e tirei o curso de Massagem de Recu-

peração no SIMAC (Sindicato Nacional de Massagistas de

Recuperação e Cinesioterapeutas).

Mais recentemente, devido à falta de emprego, resolvi tirar

uma nova formação para abrir o meu leque de conhecimen-

tos e melhorar a minha formação académica. Frequentei o

curso de Animação Sociocultural no Centro de Formação

Profissional de Tomar, tendo terminado em 2011.

Neste momento encontro-me desempregada mas com

alguns projetos em mente.

ENCONTRO - Gostou de andar nesta escola, porquê?

Que coisas a marcaram nesta escola?

Aconteceu-lhe alguma coisa de especial nesta escola, que

queira partilhar connosco?

Gostei muito de andar nesta escola e recordo bons momen-

tos, acima de tudo o ambiente familiar entre Professores/

Alunos.

Tive vários acontecimentos que me marcaram e que ficarão

para sempre na minha lembrança, desde os almoços, petis-

cos que fazíamos na própria escola numa sala chamada (sala

da lareira), desde as saídas para o campo nas aulas práticas,

entre muitas outras…

Para finalizar lamento que o curso técnico profissional tenha

terminado. Mas foram bons tempos, muitas recordações

ficaram como também alguns amigos e Professores se manti-

veram presentes na minha vida.

IDENTIFICAÇÃO

Marco Túlio Cardoso Pires

Idade: 24 anos

ENCONTRO - Estudou aqui até que ano?

Frequentei a escola da Golegã até ao 12º

ano

ENCONTRO - Quando acabou aqui os seus

estudos, estudou mais ou foi trabalhar? Para onde é que foi

estudar?

Fui estudar para a Universidade de Aveiro

ENCONTRO - Que curso tirou ou está a tirar?

Licenciei-me em Biologia e de momento estou a terminar o

mestrado em Biologia Aplicada, ramo de Ecologia Biodiversi-

d a d e e G e s t ã o d e E c o s s i s t e m a s

ENCONTRO - Que profissão tem? Gosta do que faz? Por-

quê?

Neste momento encontro-me a elaborar a tese de mestrado

sendo, profissionalmente, ainda estudante. A ideia de renta-

bilizar os conhecimentos que adquiri na minha área de estu-

do é uma ideia que me agrada bastante. O que estou a

desenvolver é um estudo ecológico cuja finalidade é estudar

números, alimentação e reprodução de um grupo específico

de aves. A oportunidade de poder observar tais fenómenos e

entender os seus motivos, in vivo, é mais do que gostar, é

ter um propósito.

ENCONTRO - Gostou de andar nesta escola, porquê?

Em retrospetiva, não se trata de uma questão de gostar mas

de reconhecer a preparação que me deu para as etapas

seguintes. Acredito que não existam duas escolas que ensi-

nem exactamente o mesmo conteúdo, quando me refiro a

conteúdo não me resumo ao conteúdo disciplinar mas tam-

bém ao conteúdo de formação da personalidade, que os

docentes tendem a menosprezar.

ENCONTRO - Que coisas o marcaram nesta escola?

A parcialidade do corpo docente foi, sem dúvida, algo que

me marcou. Quer a parcialidade fosse positiva ou negativa.

Esta parcialidade, no meu caso, levou a que aprendesse a

adaptação ao ambiente de trabalho. Um professor que nos

favoreça, ensina a não desiludir essa confiança, um professor

que nos prejudique, estimula uma adaptação estratégica,

para que se possa preencher os requisitos que ele pretende

do aluno.

.ENCONTRO - Aconteceu-lhe alguma coisa de especial nesta

escola, que queira partilhar connosco?

Todos os dias nesta escola foram “especiais” porque “coisa

de especial” é um conceito relativo. A meu ver o dia a dia

numa escola deve ser especial, uma vez que todos os dias o

aluno é confrontado, dentro e fora da sala de aula, com algo

fora do comum. Pode não entendê-lo no momento, mas se

mais tarde refletir na experiência escolar, chega a essa con-

clusão.

Testemunhos de antigos alunos da Escola Mestre Martins Correia

Page 9: ENCONTRO - MARÇO 2012 - Nº 17

Página 9

Caminhos cruzados

Foram cruzados os nossos caminhos,

Cruzámo-nos mas não nos encontrámos,

Sonhámos em belas praias douradas,

Praias românticas de mares azuis,

De águas onduladas,

Ora calmas, ora agitadas,

Bebemos salpicos de espuma branca,

À beira de falésias encantadas,

Sonhámos com encontros escondidos,

Em locais recônditos,

Escolhemos locais para amar,

Sonhámos com uma pérola no meio do mar.

Percorremos estradas sem fim,

Cruzámo-nos no cruzamento da vida,

E afinal nunca nos encontrámos,

No fundo, apenas sonhámos,

Apenas em doces sonhos nos amámos. João Ramalho 2003

Poema a uns olhos sorridentes

Gosto desses teus olhos sorridentes,

Desse teu sorriso bonito,

Parece um sorriso feliz,

Mas quem sabe?

Só tu princesa de perfeito nariz,

De cabelo dourado,

De lindos caracóis,

Gosto dessa cara de menina ,

Cara bonita, quase de petiz,

És menina, és mulher,

És aquilo que quiseres ser,

Mas por favor,

Não largues esse teu sorriso,

Sorriso de ouro,

Sorriso que me encanta,

Porque se perdes o sorriso,

Que nada tem de pouco siso,

Esses teus olhos sorridentes,

Passarão a olhos tristes,

E meninas de olhos tristes,

São gente sem alegria,

Gente sem magia,

Não queiras ser apenas menina,

Sê mulher, alegre e feliz,

Sê mulher de corpo inteiro,

Mas de olhos sorridentes,

E de sorriso brejeiro. João Ramalho 2002

Sofres de alergias? Sabes o que são?

O teu corpo é protegido

por um sistema, o siste-

ma imunitário. Este é

responsável pelo com-

bate a “coisas” estra-

nhas ao organismo, os

antigénios. Para este

combate são produzi-

das várias substâncias (anticorpos), entre eles a responsável

pelas alergias – IgE (imunoglobulina E). Se tens alergias, estas

devem-se a uma resposta exagerada do teu organismo a

antigénios, que não são de todo perigosos. O pólen, o pó, os

ácaros, as substâncias químicas e alguns alimentos, por

exemplo, podem desencadear asma, rinite alérgica, eczema,

urticária ou conjuntivi-

te. Os períodos mais

críticos para a manifes-

tação de crises alérgicas

são a primavera e o

outono. Concluindo, o

teu sistema imunitário

protege-te de diversas

doenças mas, por

vezes, atraiçoa-te.

Sabias que… …se os teus pais possuem algum tipo de alergias tens mais

probabilidade de também seres alérgico?

…se andares constantemente a espirrar, a tossir, com comi-

chões, com o nariz a pingar ou com falta de ar, podes ter

alergias?

…felizmente já existem diversos medicamentos que permi-

tem aos alérgicos controlar os sintomas e ter uma melhor

qualidade de vida? Alunos do 12ºA

Poesia ou talvez não... Sabia(s) que...

Page 10: ENCONTRO - MARÇO 2012 - Nº 17

Página 10

É preciso ter opinião

“Quando nos deixamos cativar é certo e sabido que algum

dia alguma coisa nos há-de fazer chorar”

Por vezes, deixamo-nos levar pelas aparências e entregamo-

nos sem conhecer. Conhecemos a pessoa, simpatizamos com

essa mesma pessoa e a pouco e pouco vamo-nos dando ou

deixando cativar. Tentamos sempre conhecer essa pessoa ao

máximo a ponto de começarmos a gostar da pessoa e da sua

personalidade. Acreditamos que tudo é recíproco: o amor, a

simpatia, a honestidade, a confiança e sobretudo a preocu-

pação e começamos a ver essa pessoa como sendo uma pes-

soa especial e importante, tão importante que somos capa-

zes de fazer tudo para que nos valorizem. A cada dia que

passa e a cada momento que estamos com essa pessoa, o

carinho por ela começa a crescer e fica tão intenso, que

somos capazes de dizer ou fazer coisas mesmo sabendo que

essa pessoa nunca o diria por nós. O tempo passa e, como

sabemos, nada do que é bom dura muito tempo e ao mínimo

erro ou mudança que essa pessoa tenha connosco (sim, por-

que tudo e todos mudam) é óbvio que a pessoa sofra, mas

mesmo assim querem arriscar numa segunda oportunidade

e voltarem a ser como dantes, mas as pessoas têm de enten-

der que a confiança e a amizade são como a borracha que

fica menor a cada erro cometido. Para quê sermos cativados

ou darmo-nos às pessoas sabendo que nos vão magoar? Não

sei, mas sei que mesmo que digamos que não vai acontecer

ou que não nos vamos dar um ao outro, nós pensamos sem-

pre que é diferente e acabamos sempre por nos dar, por isso

não vale a pena mostrar o nosso mundo a pessoas que nem

sequer nos mostram um pouco do seu. Não deveria ser per-

mitido que, a meio de uma relação amorosa ou de amizade,

um dos envolvidos mudasse drasticamente. Podemos even-

tualmente levar tudo como um desafio, o desafio de conhe-

cer a pessoa, o desafio de conviver com a pessoa, mas todo o

ser humano tem sentimentos, e os sentimentos não são

desafios. Não devia ser também permitido que qualquer pes-

soa cativasse outra sem intenção de a proteger, ou simples-

mente gostar dela.

Joana Duarte—1º Profissional

“É muito mais difícil julgarmo-nos a nós próprios do que aos

outros”

Na minha opinião é muito mais difícil julgarmo-nos a nós

próprios do que oas outros porque para nós, não temos

qualquer defeito e tudo o que fazemos está correto, ao con-

trário dos outros, que para nós têm muitos defeitos e não

conseguem fazer nada bem.

Não nos conseguimos julgar a nós próprios perto das outras

pessoas, sejam amigos ou familiares.

Acho que a frase que acabei de escrever é verdade porque,

simplesmente, não queremos admitir que temos defeitos,

que erramos, e às vezes erramos com demasiada frequência,

mas infelizmente não podemos fazer nada para o facto de

errarmos, porque errar é humano.

Só nos conseguimos julgar a nós próprios quando estamos

sozinhos e acabamos por refletir sobre o que se passou

naquele momento da nossa vida, porque quando nos julga-

mos a nós próprios quando estamos acompanhados ou pelos

amigos ou familiares, temos a sensação que nos estamos a

rebaixar, sentimos que somos inferiores ao outro e por isso é

que eu acho que é mais fácil julgar os outros do que a nós

próprios, porque ao julgar o outro estamos a apontar-lhe

defeitos e a “rebaixá-lo” perante nós, que nos sentimos cla-

ramente superiores.

Tiago Santos—1º Profissional

Para muitos os livros não servem para nada, apenas para

ocupar espaço nas estantes em nossas casas. Para outros os

livros são usados para ocupar os tempos livres ou como for-

ma de estudo. Com a evolução da tecnologia, as pessoas

deixaram de ler, pois graças aos computadores pode fazer-se

tudo de uma forma mais rápida, o que traz o desinteresse

das pessoas para com os livros, isto porque, com as novas

tecnologias, as pessoas tornaram-se cada vez mais preguiço-

sas e preferem retirar informações da internet, sabendo que

o contexto pode não ser o pretendido. Preferem navegar na

net em vez de um livro e saber que aquele é o contexto pre-

tendido e verdadeiro.

Ana Catarina Silva Batista—1ºProfissional

Page 11: ENCONTRO - MARÇO 2012 - Nº 17

Página 11

É preciso ter opinião

“É muito mais difícil julgarmo-nos a nós próprios do que aos

outros.”

Por mais razão que supostamente se tenha em relação a

outras pessoas, por mais que outras pessoas estejam com

d i f i c u l d a d e s , d e v e m o s e v i t a r j u l g á - l a s .

Ninguém tem informações suficientes para fazer um comen-

tário e colocar-se acima dos factos e da verdade. Quando se

julga alguém baseamo-nos nos aspetos que essa pessoa tem

e nas dificuldades que sofre. Em vez de julgarmos os outros

talvez seja melhor oferecer ajuda/apoio, pois essa pessoa

pode precisar. Julgar os outros é deixarmos de olhar para nós

mesmos, esquecermo-nos daquilo que realmente somos e

também dos erros que cometemos no decorrer das nossas

vidas

Quando criticamos alguém, podemos estar a revelar algumas

verdades a nosso respeito. Podemos fazer críticas, mas que

essas sejam construtivas e não destrutivas, que sejam positi-

vas.

Também temos de saber ouvir críticas negativas, para mais

tarde não cometermos o mesmo erro. O importante é que

tenhamos a nossa opinião e que a nossa palavra seja dita de

forma construtiva.

Vamos sentir-nos muito melhor se ajudarmos os outros e

não nos limitarmos a criticar.

Ana Catarina Silva Batista - 1ºAno—Curso Profissional

“Subjetividades”

na Escola Básica 2,3/S Mestre Martins Correia

Com o sentido de fomentar nos alunos o valor estético e

criativo e dar mais cor e dinâmica ao espaço escolar, mais

uma vez partiu-se à descoberta de novos olhares e perspeti-

vas na arte, desta vez através da Exposição “Subjetividades”.

Na Sala Polivalente da Escola Básica nº1 da Golegã e pelas

paredes dos blocos da Escola Básica 2,3/S Mestre Martins

Correia foram dadas as boas vindas a muitos visitantes com

cor, forma e textura de várias obras de artistas plásticos,

atuais e antigos alunos da escola, no final do mês de janeiro.

Integrado nesta exposição foi possível admirar imagens de

diferentes momentos vividos na escola nos últimos anos no

filme criado pelos professores Augusto Ramos, Conceição

Pereira, Martinho Branco e Sandra Martinho. Na entrada da

escola, as professoras Conceição Pereira e Cristina Rodrigues

e os alunos César Mendes, Tarina Romeu e Tiago Pereira

pintaram um painel baseado numa serigrafia do Mestre Mar-

tins Correia, patrono da escola sede, dando jus ao nome da

escola.

Como é hábito as exposições vão surgindo na escola para

valorizar os trabalhos realizados pelos alunos e cativá-los

para as artes plásticas, como tal… aguardem que em breve

haverá mais…..

Cristina Rodrigues

Olhares...

Continua

Page 12: ENCONTRO - MARÇO 2012 - Nº 17

Página 12

Olhares...

“Subjetividades”

na Escola Básica 2,3/S Mestre Martins Correia

A minha opinião sobre o painel escolar e a exposição…

Eu acho que aquele painel é digno de ser considerado uma obra-prima.

Aliás tem tudo a ver com a nossa escola, pois é uma das obras inspirada no patrono

da escola, os professores que o desenharam, fizeram-no extremamente bem, pois

está idêntica à sua obra…

Em relação às exposições eu acho que os alunos estiveram muito bem e a sua imagi-

nação foi até ao limite… Beatriz 5ºB

O que eu acho sobre o painel e exposição da escola…

À porta da escola está uma bonita pin-

tura, que foi um aluno e duas profes-

soras que desenharam e pintaram. O

desenho é igual ao desenho do cartão

electrónico.

Eu acho que aquele desenho é muito

ligado à escola, porque foi Martins

Correia que desenhou e não foi por

acaso que o desenho está no cartão

escolar e no painel….o desenho está

nesses dois sítios porque Martins Cor-

reia é o potrono da escola e fica sem-

pre bem haver algo que identifique

esta escola sem ser apenas o nome em

letras grandes à porta da escola.

Aquela pintura está muito bonita e

idêntica à verdadeira. O trabalho de

pintura ficou muito bem estruturado,

acho que aquele trabalho dos profes-

sores e do aluno merecia uma recom-

pensa, pois está lindo, perfeito e des-

lumbrante. A escola ficou com um

brilho que nuca teve. Se pensarmos,

bem entrar numa escola com uma

bela pintura é diferente de entrar

numa escola sem nada pintado.

Agora, falando da exposição, também

estava muito bonita. Os alunos esme-

raram-se.

A exposição era uma exposição engra-

çada, estava realmente bonita.

Ana Ferreira - 5B

Eu acho que o novo painel da escola

está muito bem desenhado e acho que

as professoras que o fizeram se esfor-

çaram muito para o fazer.

Também acho que está muito bem

pintado com as cores muito bem utili-

zadas e à moda de M.C.

Também acho que condiz muito bem

com a nossa escola, porque M.C. é o

patrono da nossa escola e o desenho é

uma obra dele. Eu tenho essa obra em

minha casa e é muito bonita.

Duarte—5ºB

Page 13: ENCONTRO - MARÇO 2012 - Nº 17

Página 13

Acontece(u) ...

Uma ida ao teatro/Pavilhão do Conhecimento No passado dia 3 de fevereiro, os alu-

nos das turmas A e B do nono ano de

escolaridade e a turma B do CEF parti-

ciparam numa visita de estudo em

Lisboa, a fim de assistir à representa-

ção da obra de Gil Vicente, Auto da

Barca do Inferno, pela Companhia de

Teatro Arte d´Encantar e de visitar

duas exposições no Pavilhão do

Conhecimento.

Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente

É a obra mais conhecida de Gil Vicen-

te, intitulada pelo próprio como um

“Auto de Moralidade”. É um texto de

extraordinária riqueza, carregado de

simbolismo, sátira impiedosa da socie-

dade do século XVI. A moldura simbó-

lica deste Auto é-nos dada por duas

barcas que ancoradas num ponto ima-

ginário e carregando um Anjo e um

Diabo, esperam a chegada daqueles

que ao deixarem a vida terrena procu-

ram a passagem para o Paraíso.

http://artedencantar.blogspot.com/

Pavilhão do Conhecimento

Finda a representação, os alunos e

professores acompanhantes dirigiram-

se ao Pavilhão do Conhecimento, onde

tiveram a oportunidade de ver duas

exposições intituladas “A Física no dia-

a-dia” e “Explora”. Na primeira, utili-

zando-se objetos do quotidiano expli-

cam-se inúmeros princípios básicos da

Física Clássica, trazendo uma nova

visão do mundo que nos rodeia.

A exposição “Explora” revelou-se

uma” verdadeira floresta de fenóme-

nos naturais”. Cada módulo é uma

autêntica obra de arte onde o Homem

contribui com o engenho e a natureza

com a surpreendente beleza dos seus

fenómenos.

No espaço junto do Pavilhão, aprovei-

taram para almoçar e desfrutar da

belíssima vista sobre o rio Tejo.

Esta visita de estudo teve como obje-

tivos promover o desenvolvimento

integral dos alunos, alargando os seus

conhecimentos e forma de apreensão

do mundo; Desenvolver nos alunos

diversas competências entre as quais,

a capacidade de observação, de análi-

se e o espírito crítico; Proporcionar aos

alunos o contacto com o texto teatral;

Desenvolver o sentido estético; Valori-

zar a preservação e valorização do

património histórico; Desenvolver

competências sociais, de forma a pro-

mover um convívio saudável entre

todos e ainda desenvolver o gosto pela

Física através de jogos e atividades

lúdicas.

Os professores participantes

Desporto Escolar

Corta Mato Distrital

Escalão -Iniciados Femininos

1ª Classificado - Ana Alcaçarenho - 9º A

(entre 204 participantes)

Escalão -Iniciados Masculinos

9º Classificado - Tiago Morgado - 9º B

(entre 264 participantes)

O Corta Mato envolveu todas as esco-

las da Lézíria e Médio Tejo. A comitiva

da nossa escola sede foi constituída

por 35 participantes. Reinou o Fair

Play entre todos.

Page 14: ENCONTRO - MARÇO 2012 - Nº 17

Página 14

Acontece(u) ...

O Grupo de Educação Especial, em

articulação com o Grupo de Infor-

mática e a Biblioteca Escolar do

Agrupamento, tem desenvolvido com

alguns alunos atividades de leitura e

interpretação de diversos livros do

Plano Nacional da Leitura.

Os alunos elaboraram powerpoint `s,

onde demonstram os conhecimentos

adquiridos e as suas capacidades de

escrita e trabalho nas “novas tecnolo-

gias”.

Todos os intervenientes se têm mos-

trado interessados e bastante partici-

pativos nas atividades que vão decor-

rendo.

Ficam aqui registados partes dos tra-

balhos desenvolvidos pelos alunos

Simão em:

A mãe vai sair esta noite De: Juliet Pomés Leiz

O Simão trava de repente o triciclo:

um cheiro muito familiar chamou-lhe a

atenção.

Parece que vem do quarto da mãe…

- Vamos investigar, Joca! – diz ele ao seu dinossáurio.

...

...

- Óscar, olha! Olha o meu disfarce de Batman! O Simão disfarça-se de Batman e per-segue por toda a casa o tio Óscar, que faz de «mau». - Pum, pum! Já te apanhei! – Diz o

Simão.

O Simão gosta de ver A Guerra das

Estrelas com o tio Óscar.

É o maior especialista no tema, já viu o

filme mais de… trinta vezes!

O Simão deixou-se dormir no sofá sem

ver o filme.

...

...

...

Page 15: ENCONTRO - MARÇO 2012 - Nº 17

Página 15

Acontece(u)

Uma ida ao teatro

No dia 8 de fevereiro, os alunos das turmas A e B do oitavo

ano de Escolaridade participaram numa visita de estudo em

Lisboa a fim de assistir à representação da obra de Almeida

Garrett, Falar Verdade a Mentir, pela Companhia Teatro Arte

d´Encantar e visitar o Museu de Arte Antiga.

Falar Verdade a Mentir de Almeida Garrett

A jovem Amália promete à sua criada um dote de 100 moe-

das assim que se case com o seu noivo Duarte. Porém existe

um grande problema, Duarte é um mentiroso compulsivo e

Brás Ferreira, pai de Amália, preveniu a filha que anulava o

casamento caso o apanhasse nalguma mentira. É aqui que

Joaquina, criada de Amália, juntamente com o seu noivo,

José Félix, desenvolvem um plano para evitar que sejam des-

mascaradas as mentiras de Duarte e deste modo receberem

o dote prometido. Depois de muitas peripécias onde José

Félix acaba por se fazer passar pelas pessoas referidas nas

mentiras de Duarte, este mentiroso acaba por falar verdade

a mentir. Num momento em que se receia que Duarte seja

desmascarado e que, por fim, se anule o matrimónio, a per-

sonagem do General Lemos vem solucionar o conflito, e tudo

acaba bem.

Este é um espectáculo que, através da comicidade, permite

reflectir sobre os valores da sociedade lisboeta do Séc. XIX,

onde imperava o lema do “salve-se quem puder”. Esta é uma

comédia que nos traz o teatro dentro do teatro, a represen-

tação dentro da representação.

http://artedencantar.blogspot.com/

Finda a representação, os alunos e professores acompanhan-

tes “rumaram” até ao Museu de Arte Antiga. No espaço ajar-

dinado, junto do Museu, aproveitaram para almoçar e des-

frutar da belíssima vista sobre o rio Tejo.

Esta visita de

estudo teve

como objecti-

vos promover o

desenvolvi-

mento integral

dos alunos,

alargando os

seus conheci-

mentos e for-

ma de apreen-

são do mundo;

Desenvolver

nos alunos

diversas com-

petências entre

as quais, a

capacidade de observação, de análise e o espírito crítico;

Proporcionar aos alunos o contacto com o texto teatral;

Desenvolver o sentido estético; - Valorizar a preservação e

valorização do património histórico; Desenvolver competên-

cias sociais, de forma a promover um convívio saudável entre

todos.

As professoras de Língua Portuguesa do 8º Ano

Lina Parente - Fernanda Silva

Page 16: ENCONTRO - MARÇO 2012 - Nº 17

Página 16

Acontece(u)

O desfile de Carnaval

O desfile de carnaval da minha escola

realizou-se no dia 17 de fevereiro de

2012.

Cada turma vestiu-se de acordo com

uma época. Desde os homens das

cavernas, aos romanos, passando

pelos descobrimentos, pela Padeira de

Aljubarrota… até ao século XIX.

Foi um desfile muito completo que até

foi acompanhado, a cavalo, por

homens vestidos de cavaleiros.

O desfile abria com música medieval

tocada por um conjunto de pessoas

que também iam vestidas a rigor.

A caminhada foi longa. As meninas da

minha sala iam vestidas a rainhas e os

meninos a reis ou homens do povo.

Foi uma animação!

Percorremos as ruas da Golegã até à

Câmara, onde as crianças fizeram um

teatro com música e dança.

Eu gostei muito.

A minha mãe andou sempre ao meu

lado, não ia mascarada, mas havia

pessoas adultas mascaradas, as pro-

fessoras, as tias e algumas mães de

colegas meus. Foi um dia muito diver-

tido.

Mariana 4º ano (sala dos Patitos)

Deixámos a secar. No dia seguinte

colámos mais jornal e a professora

Ana e a mãe da Carolina penduraram

os balões com um fio de lã, desde o

quadro até à janela. Gostei muito des-

te dia porque foi tudo

muito emocionante.

Ah! Alguns balões

rebentaram e vários

colegas tiveram de

começar tudo de novo.

No outro dia, tivemos

de rebentar os balões

para pintarmos as más-

caras e metemos os

elásticos. Aprendemos

que quando mudamos

de cor temos de lavar bem o pincel e

limpá-lo com papel seco. Pintei a

minha máscara com todas as cores

que havia. Todas as máscaras ficaram

bonitas e coloridas. Esta atividade foi

fabulosa.

Guilherme Parreira—Sala dos Papagaios, 4.º Ano

As Nossas Máscaras de CarnavalOs

Papagaios de Papel receberam na sala

de aula a mãe da Carolina Rego que

nos veio ensinar a fazer máscaras de

Carnaval. O avô da Constança e a mãe

e irmã do Ismael também vieram aju-

dar. Usámos um balão, cola branca,

papel de jornal, uma tampa de frasco,

tintas acrílicas e um elástico.

Começámos por encher o balão e colá-

mos-lhe a tampa, para não rebolar. De

seguida desenhámos-lhe os olhos,

nariz e boca e começámos a colar tiri-

nhas de papel de jornal molhadas em

água e cola branca, que tínhamos num

alguidar.

Page 17: ENCONTRO - MARÇO 2012 - Nº 17

Página 17

Acontece(u) ...

PARTICIPAR…COOPERAR…FAZ TODA A DIFE-RENÇA!

A participação ativa dos alunos nas atividades escolares tor-na-os mais empenhados e motivados. Promove-se a autoes-tima e a auto-confiança. O educador estará a contribuir para o crescimento pessoal do seu aluno. E esse aluno irá desen-volvendo atitudes cada vez mais corretas, de forma a tornar-se um cidadão responsável. Atenção! Ser um cidadão responsável implica usar, com cui-dado, os direitos e, com consciência, os deveres. Os nossos alunos têm participado em diversas atividades, evidenciando-se a boa cooperação. Partilhamos imagens de algumas atividades realizadas e um texto elaborado pelo aluno Tiago Pereira do sexto ano, turma C O nosso lema é: Eu acredito! Sou capaz!

Por Cristina Matos

Docente de Educação Especial

_________________________________________________

Ser responsável é cumprir deveres e obrigações. No nosso dia a dia temos de cumprir várias responsabilida-des. Devem-se cumprir os horários, ir à escola, desempe-

nhar as tarefas que nos sejam atribuídas, proteger os animais e a natureza, dar atenção aos amigos, respeitar as diferen-ças, refletir antes de agir… Ao longo da nossa vida vão-nos exigindo mais responsabili-dades.

Texto elaborado no apoio de educação especial pelo aluno: Tiago Pereira, 6.º C

ARTETERAPIA

Colaborar nas atividades da

Biblioteca Escolar.

Ilustração e venda de calen-

dários à Comunidade.

Projeto “Geração Saudável”

Page 18: ENCONTRO - MARÇO 2012 - Nº 17

Página 18

Entrevista com o músico

Gonçalo Marques

ENCONTRO - Há quantos anos toca?

Gonçalo - Toco há 20 anos.

ENCONTRO - Como começou a tocar?

Gonçalo - Os meus amigos ouviam por

isso comecei a tocar.

ENCONTRO - Tocou algum instrumen-

to (s) antes do que toca?

Gonçalo - Guitarra.

ENCONTRO - Já alguma vez tocou no

no estrangeiro? Com quem?

Gonçalo - Sim. Com uma banda cha-

mada «Hotcool».

Autógrafos dos músicos:

Acontece(u) ...

ENCONTRO - Sempre tocou em quin-

teto? Tocou a solo?

Gonçalo - Não. Não.

ENCONTRO - Onde se estreou?

Gonçalo - Em Lisboa.

ENCONTRO - Como o «Jazz» ocupa a

sua vida?

Gonçalo - Ocupa uma grande parte da

minha vida.

Entrevista realizada por Bernardo Ferreira – 6º C

Visita de estudo à Gulbenkian

7 fevereiro 2012

Page 19: ENCONTRO - MARÇO 2012 - Nº 17

Página 19

Acontece(u) ...

Visita de Estudo ao Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian

No dia 19 de janeiro, os alunos do 5º

ano, turmas A,B e C, deslocaram-se a

Lisboa, acompanhados por vários pro-

fessores, para visitarem o Centro de

Arte Moderna da Fundação Calouste

Gulbenkian.

Participaram na Visita – jogo “A árvore

das ideias”, tendo iniciado com uma

conversa onde, para além das apre-

sentações, se colocaram várias ques-

tões, a partir do próprio título, fomen-

tando o envolvimento e a reflexão dos

alunos.

No final da atividade seguiu-se o almo-

ço-convívio no espaço exterior e um

breve percurso pelos belos jardins da

Fundação.

Esta visita realizou-se no âmbito do

Projeto Educativo e foi ao encontro

dos seguintes objetivos: promover o

desenvolvimento integral dos alunos,

alargando os seus conhecimentos e

forma de apreensão do mundo; permi-

tir aos alunos o contacto com o Centro

de Arte Moderna; desenvolver nos

alunos diversas competências entre as

quais, a capacidade de observação, de

análise e de espírito crítico; desenvol-

ver o sentido estético; desenvolver

competências sociais, de forma a pro-

mover um convívio saudável entre

todos.

Os alunos mostraram-se entusiasma-

dos, participativos e assumiram um

bom comportamento.

Apreciando a fauna e a flora…

Visita de Estudo à Fundação Calouste Gulbenkian para partici-par na atividade: JAM! Introdução ao Jazz e à Improvisação

Realizou-se no dia 7 de fevereiro uma

Visita de Estudo à Fundação Calouste

Gulbenkian, em Lisboa, para os alunos

do 6º ano, turmas A, B, C e D.

Os alunos participaram na atividade:

JAM! Introdução ao Jazz e à Improvi-

sação, acompanhados pelos respetivos

Diretores de Turma e outros professo-

res. Assistiram à atuação de um quin-

teto de músicos de Jazz, o qual fez

uma abordagem ao mundo da impro-

visação e da interpretação, explicando

como funciona a linguagem do Jazz, a

função dos instrumentos, a origem da

improvisação, a aprendizagem auditiva

e a herança deixada pelos grandes

músicos do passado.

Esta atividade proporcionou ainda um

espaço aberto ao diálogo.

Os alunos assumiram um bom com-

portamento e mostraram-se interessa-

dos e participativos.

No final da atividade seguiu-se um

passeio pelos jardins da Gulbenkian e

o almoço-convívio.

Esta visita realizou-se no âmbito do

Projeto Educativo e foi ao encontro

dos seguintes objetivos: promover o

desenvolvimento integral dos alunos,

alargando os seus conhecimentos e

forma de apreensão do mundo; sensi-

bilizar os alunos para a audição de

música Jazz; reconhecer a expressivi-

dade da música; identificar auditiva e

visualmente instrumentos musicais;

desenvolver nos alunos diversas com-

petências entre as quais, a capacidade

de observação, de análise e de espírito

crítico; desenvolver o sentido estético;

desenvolver competências sociais, de

forma a promover um convívio saudá-

vel entre todos.

Passeando pelos jardins da Gulbenkian…

A professora Maria do Carmo Lopes

Page 20: ENCONTRO - MARÇO 2012 - Nº 17

Página 20

Acontece(u) ...

Sessão de Abertura da Semana

da Leitura pelo Grupo de alunos

da Oficina da Música e crianças

do Jardim de Infância da Golegã

No dia 5 de março, pelas 10 horas, os

alunos da Oficina da Música procede-

ram à Sessão de Abertura da Semana

da Leitura, na Biblioteca Escolar, com a

apresentação de duas peças executa-

das com flauta de bisel. De seguida

cantaram e instrumentaram o Hino da

Biblioteca Escolar em articulação com

as crianças do Jardim de Infância da

Golegã, acompanhadas das respetivas

Educadoras e Assistentes Operacio-

nais. Estiveram presentes os Represen-

tantes da Autarquia, nomeadamente,

o Senhor Vice-Presidente Rui Medinas

e o Senhor Vereador Pires Cardoso,

bem como alguns membros da Direção

Executiva, a Coordenadora da Bibliote-

ca Escolar e alguns pais.

Os alunos mostraram-se disciplinados,

participativos e interessados.

No Dia de São Valentim, 14 de

fevereiro, os alunos dos 2º e 3º

ciclos fizeram postais nas aulas

de EVT e EV alusivos à data com

frases sobre o AMOR nas lín-

guas estrangeiras - Espanhol,

Francês e Inglês.

7º Anos B/C:

Tu eres mi cielo

La vida sin ti es negra

Tengo muchas ganas de abrazarte

Estoy muy enamorada de tí

Me gusta pensar en tí

Tu eres mi camino

Tu es l´amour de ma vie!

Rita Bento

Pour toi je dépasse tous les obstacles!

Diogo Martinho

Pour toi je fais le tour du monde en 80

jours!

João Bernardo

Tu es la fleur de mon jardin.

David Lourenço

La vie sans toi ne fait de sens, je

t´aime.

Jéssica Vieira

Ce n´est pas possible vivre sans toi.

Joana Caixinha

Tu es la fleur de mon jardin, mon eau

dans le désert.

Madalena

Voici la force animale, la passion.

Gonçalo Lino

J´adore le soir parce que je rêve avec

toi.

Inês Vieira

Ma vie sans toi est une mer sans pois-

sons.

Francisco Madeira.

7º Ano – Turma A

Je t´aime mon amour, tu es le soleil de

ma vie!

Ana Patrícia

Ma vie sans toi est une mer

sans poissons.

Here are some Valentine’s cards and poems:

I love you with all my heart, now and

forever. I will never leave you.

I’m crazy about you. Love and kisses.

My darling, happy Valentine’s Day.

You are one in a billion. I love you. Do

you love me?

I am crazy for you. Do you want to be

my boyfriend?

Dear… Don’t play with my heart!

Want you be(e) my Valentine and fly

with me?

Do You Love Me? Do you love me, Or do you not? You told me once, But I forgot!

Plenty of Love Plenty of love, Tons of kisses, Hope someday To be your Mrs.

I love… I love coffee, I love tea, I love you, Do you love me?

Page 21: ENCONTRO - MARÇO 2012 - Nº 17

Página 21

Acontece(u) ...

PROJETO DA SAÚDE

Nos dias 15 e 16 de Fevereiro, esteve na Escola o autocarro

do Projeto Geração Saudável. Este projeto é dinamizado pela

Ordem dos Farmacêuticos e pretende promover a saúde

junto dos alunos do 2º ciclo. Nesta ação, subordinada ao

tema Sexualidade e ISTs, houve atividades com os estudan-

tes e formação a professores.

O autocarro da Geração Saudável estará de novo na Escola

nos dias 23 e 24 de Abril com atividades sobre Nutrição.

Dia das Sopas

Na segunda-feira, dia 19 de Março, realizou-se mais uma

edição do Dia das Sopas. Esta atividade teve como objetivo a

promoção do consumo de sopa, uma vez que se trata de

uma comida saudável que deveria fazer parte das nossas

refeições de todos os dias, em particular, das refeições das

crianças. Na dinamização da atividade esteve o 1º ano do

Curso Profissional, que contou com a colaboração de alguns

restaurantes do concelho, para além da colaboração da equi-

pa do projeto da Saúde.

Rastreio de Saúde O rastreio vai realizar-se no dia 22 de

Março, na sala 22. Proceder-se-á à

medição da tensão arterial, glicémia,

colesterol e cálculo do IMC. A dinami-

zação da atividade estará a cargo da

equipa do projeto da Saúde, que con-

tará com a colaboração do Sr. Enfer-

meiro Neto, da Associação de Dadores de Sangue do Hospital

de Torres Novas, e da turma do 12º A.

Convite

Pais e encarregados de Educação

No âmbito do Projeto “Partilhar para Inovar”, realizar-

se-á no dia 22 de março, pelas 18.00 horas, na Sala

Multiusos da Escola E.B. 1da Golegã uma sessão de

sensibilização subordinada ao tema “Tenho um Filho

Adolescente”.

A Ação é dinamizada pelas psicólogas da Câmara Muni-

cipal da Golegã, Dr.ª Sandra Leonardo e Dr.ª Fabiana

Freire.

Contamos com a sua presença…

O Grupo de Educação Especial

Page 22: ENCONTRO - MARÇO 2012 - Nº 17

Página 22

Acontece(u) ...

“CANTAR AS JANEIRAS”

Realizou-se no passado dia 5 de Janei-ro a atividade “CANTAR AS JANEI-RAS”. Integraram o Grupo da Janeiras do Agrupamento os alunos do Grupo de Música Tradicional da Oficina de Música, professores de vários grupos disciplinares e de diferentes ciclos/níveis de ensino e outros elementos da comunidade educativa. O Grupo das Janeiras percorreu as ruas da Golegã a cantar as janeiras, guiado por archotes iluminados. Objetivos da atividadae: Tornar a escola um espaço aberto à

dinamização cultural; Manter viva a tradição popular; Levar os alunos do Grupo de Música

Tradicional da Oficina de Música a apresetar/desenvolver atividades em colaboração com a comunidade esco-lar/educativa; Desenvolver competências sociais de forma a promover um convívio saudá-vel entre todos; Educar para a solidariedade; Desejar as “Boas Festas” e um “Bom Ano 2012” à população. PERCURSO: Escola Mestre Martins Correia; Centro de Férias da Santa Casa da Misericór-dia; Lar de idosos da Santa Casa da Misericórdia; CATEI; Centro de Saúde; Residências dos párocos; Quartel dos Bombeiros; Largo do Central; Escola Mestre Martins Correia

Maria do Carmo Guia Lopes

(fotos cedidas por Mário Fernandes)

ATUAÇÃO DO GRUPO DA OFICINA DA MÚSICA NO FINAL DO 1º PERÍODO No dia 16 de dezembro, no período da manhã, os alunos do Grupo de Flautas de Bisel

da Oficina da Música apresentaram um momento musical, interpretando algumas

peças musicais com suporte orquestral, uma delas, alusiva ao Natal (Twinkle, Twink-

le), aquando da abertura da atividade “Cantar o Natal” – Sessão de Abertura. Integra-

ram o grupo, alunos de diferentes anos/níveis de ensino do Agrupamento.

A atividade decorreu de forma bastante satisfatória.

Os alunos assumiram um bom comportamento e participaram ativamente num sau-

dável espírito de grupo.

Realizou-se na Escola, no dia 16 de dezembro (6ª-feira), a atividade “Cantar o Natal”.

Houve uma Sessão de Abertura com a apresentação de um momento musical, pelos

alunos do Grupo de Flautas de Bisel da Oficina da Música.

Os alunos tiveram oportunidade de conhecer e entoar canções de Natal de vários

pontos do mundo.

Esta atividade destinou-se aos alunos do 5º e 6ºanos.

Os alunos interessados em participar nesta atividade inscreveram-se previamente,

junto dos respetivos delegados de turma e da professora Maria do Carmo Lopes.

No dia dezasseis de dezembro, os alunos inscritos deslo-

caram-se às salas de aula de acordo com o seu horário,

para marcarem a presença junto do respetivo professor.

De seguida dirigiram-se à sala 6, para entoarem can-

ções de Natal.

Page 23: ENCONTRO - MARÇO 2012 - Nº 17

Página 23

Acontece(u) ...

Exposição “Planeta cor de água”

Exposição de trabalhos dos alunos

de 8.º ano «O fim do Estado Portu-

guês da Índia»

Exposição de instrumentos musi-

cais do mundo

Decoração do espaço escolar para

o evento dos Dias da Cultura

Dia do Francês e do Espanhol

Concurso de leitura e soletração

Dia das Sopas

Aventura Matemática

Dia das Ciências Físico Químicas

Palestra sobre empreendedorismo

Palestra sobre os cursos CET

Dia da Informática

«Comportamentos desajustados

dentro e fora da sala de aula»

Peddy-Paper

Torneio 3X3 Basquetebol

Rastreio de Saúde

Dia do Inglês

Projeto “ Viagem no Tempo”/ Friso

cronológico

Demonstração da técnica de baixo-

relevo em argila

Ateliê com convidados que apre-

sentam diferentes técnicas de tra-

balho no âmbito da Expressão Plás-

tica ou das Artes e Ofícios

Concurso de ortografia/soletração

Participação no «Dia aberto do ins-

tituto Politécnico de Leiria»

Sessão de Sensibilização/ Forma-

ção “Gerir Comportamentos Edu-

car Para Incluir”

Atuação dos alunos do grupo da

Oficina da Música – Sessão de

abertura do karaoke

Karaoke

Karaoke infantil

Atuação da Escola de música da

Sociedade Filarmónica Goleganen-

se 1.º de Janeiro

Dias da Cultura 19 a 23 de Março de 2012

Page 24: ENCONTRO - MARÇO 2012 - Nº 17

Página 24

Acontece(u) ...

Jardim de Infância de Golegã

Sala Verde

Olá!

Aqui estamos nós já mais crescidos e

muito reguilas!

No segundo período fomos muito tra-

balhadores! Participámos em várias

atividades, entre elas a participação no

“Dia de Reis”, com o cantar das Janei-

ras aos nossos colegas da E.B. 1, Dire-

ção, Serviços Administrativos e Bar.

Ainda no mês de janeiro iniciámos o

Projeto “Artistas Digitais” com duas

turmas dos Cursos de Educação e For-

mação. Os colegas mais velhos ajuda-

ram-nos no computador, através do

programa de desenho e outros.

Sentimo-nos muito bem naquelas

salas de informática, apesar de alguns

de nós não conseguirmos chegar ao

computador.

No dia 17 de fevereiro participámos no

cortejo de Carnaval com o projeto

“Viagem no Tempo”, em articulação

com o primeiro ciclo.

Os meninos e as meninas da Sala Ver-

de vestiram-se como no século XVIII

para irem com os pais e os avós á Feira

da Golegã. Parabéns aos pais e aos

avós pelo empenho manifestado.

No dia 5 de março participámos na

abertura da “Semana do Livro” com o

hino da Biblioteca, em articulação com

a oficina de música. Ao longo da sema-

na tivemos várias atividades ligadas ao

livro e às histórias, tais como:

“Estrelinha Pirilampo”, “A Lagartinha

Comilona” e a “Doninha Cheirosinha”.

Como podem ver, ao longo deste

período tivemos muitas atividades! É

com a ajuda destas que nós crescemos

e aprendemos!

No nosso Agrupamento foi comemora-

da a Semana da Leitura, que decor-

reu de 5 a 10 de Março. Esta atividade

foi organizada pela BE, em colabora-

ção com o Departamento de Línguas

que promoveu e dinamizou a

“Partilha de Leituras”. O Departa-

mento de Línguas colaborou ainda na

atividade 30 minutos de Leitura no

Agrupamento.

Page 25: ENCONTRO - MARÇO 2012 - Nº 17

Página 25

Dia Internacional da Língua Materna

Celebra-se a 21 de Fevereiro o Dia Internacional da Língua Materna. Proclamado pela Conferência Geral da UNESCO em Novembro

de 1999, desde fevereiro de 2000 que este dia é comemorado com o objectivo de promover a diversidade linguística e cultural.

Estimam-se em quase 6000 as línguas faladas no mundo, mas cerca de metade está à beira da extinção. A língua portuguesa não

faz parte deste conjunto, dado que se crê ocupar a 6.ª posição na lista dos idiomas mais falados no mundo.

Falar é uma das faculdades mais importantes do ser humano. A língua é um sistema gramatical pertencente a um grupo de indiví-

duos que permite expressar a sua consciência. A linguagem é o sistema de sinais que serve de meio de comunicação entre as pes-

soas. A língua materna expressa a cultura, a alma de um povo.

A Língua Materna é a primeira língua que aprendemos, desde que nascemos e, é por isso, a língua que geralmente dominamos

melhor. Quando aprendemos outras línguas, estamos a aprender e a interpretar o mundo de uma outra forma, já que cada país

tem a sua língua e cultura.

Língua Portuguesa

Última flor do Lácio, inculta e bela,

És, a um tempo, esplendor e sepultura:

Ouro nativo, que na ganga impura

A bruta mina entre os cascalhos vela...

Amo-te assim, desconhecida e obscura,

Tuba de alto clangor, lira singela,

Que tens o trom e o silvo da procela

E o arrolo da saudade e da ternura!

Amo o teu viço agreste e o teu aroma

De virgens selvas e de oceano largo!

Amo-te, ó rude e doloroso idioma,

Em que da voz materna ouvi: "meu filho!"

E em que Camões chorou, no exílio amargo

O génio sem ventura e o amor sem brilho!

Olavo Bilac

Continua

“A Língua que falas e escreves

é uma árvore de sons

que tem nos ramos as letras,

nas folhas os acentos

e nos frutos o sentido

de cada coisa que dizes.

(…)

A árvore desta língua

cresce no nosso quintal

e definha de vergonha

sempre que a tratam mal,

sempre que a sujam e vergam

com os erros cometidos

por quem usa as palavras

sem lhes saber os sentidos

e pensa que a gramática

é uma bola de futebol

e da escola para a rua,

pondo em cada palavra

uma pepita de ouro

e uma centelha de lua,

pois afinal esta língua

será sempre minha e tua.”

José Jorge Letria, Esta Língua Portuguesa

que se trata com os pés.

(…)

Esta é a árvore de tudo

o que se diz em português

por não precisar de ser dito

em alemão ou em inglês,

pois temos orgulho bastante

para fazermos da nossa língua,

que já foi peregrina e navegante,

a pedra mais preciosa

seja em verso seja em prosa.

E o orgulho que temos

nesta Língua Portuguesa,

irá do berço para a escola

Page 26: ENCONTRO - MARÇO 2012 - Nº 17

Página 26

Dia Internacional da Língua Materna

“No passado dia 23 de fevereiro, na

sala multiusos, festejámos o Dia Inter-

nacional da Língua Materna. Vieram à

Escola alguns familiares de alunos para

contar histórias, falar sobre a sua pro-

fissão, e até sobre a sua religião. Eu

gostei muito deste dia, pois foi muito

divertido.”

J. Francisco Mendes – 8ºA

“No dia 23 de fevereiro, para come-

morar o Dia Internacional da Língua

Materna, estiveram presentes na nos-

sa aula alguns Encarregados de Educa-

ção/familiares. A mãe do Francisco

Martinho falou do livro Diário de um

banana – Vida de Cão, que fala da

adolescência e como a mãe do Francis-

co gosta tanto deste livro sugeriu-nos

a sua leitura. O pai da Mariana Guia

tos. A nossa aula de Língua Portuguesa

começou com a apresentação do livro

Diário de um banana – Vida de Cão,

livro cómico e divertido, e que foi

apresentado pela mãe do Francisco

Martinho. Depois passámos a uma

parte mais séria com o pai da Mariana

Guia que nos apresentou o Código de

Processo Civil e nos falou da importân-

cia da comunicação. De seguida, o

professor André ensinou-nos a “falar

com o futuro” através da escrita. Final-

mente, a avó do Ricardo Carvalho fez-

nos refletir sobre a fé. Gostei bastante

deste dia, pois adquiri novos conheci-

mentos. Beatriz Nazário 8ºA

“A aula de Língua Portuguesa do dia

23 de fevereiro foi diferente das aulas

normais. As conversas foram muito

interessantes e sobre temas variados.

Gostei desta aula e o meu gosto pela

leitura aumentou. Os livros apresenta-

dos foram muito diferentes, mas eu

preferi o livro apresentado pela mãe

do Francisco Martinho.”

Rodrigo Cordeiro 8ºA

falou-nos da sua profissão, relembran-

do-nos o quão importante é a nossa

língua para o nosso dia a dia. O profes-

sor André, encarregado de educação

da Joana Silva, falou-nos do Livro em

branco, livro esse que deve ser escrito

por cada um de nós. Falou-nos, tam-

bém, sobre o futuro e disse-nos que

“Escrever é falar com o futuro”.

A avó do Ricardo Carvalho apresentou-

nos um livro sobre a fé e disse-nos que

a paz de espírito é fundamental, por

isso faz muitas leituras desse seu livro.

Gostei muito desta aula e penso que

contribuiu muito para desenvolvermos

o nosso gosto pela língua materna.

Rita Lopes 8ºA

“No Dia Internacional da Língua

Materna adquiri novos conhecimen-

Continua

Page 27: ENCONTRO - MARÇO 2012 - Nº 17

Página 27

Dia Internacional da Língua Materna

Dia Internacional da Língua Mater-na

O Dia Internacional da Língua Materna

foi assinalado na nossa escola entre os

dias 23 e 27, pelo facto do dia 21 de

fevereiro, data em que se comemora

tal efeméride, ter coincidido com a

interrupção das atividades letivas do

Carnaval.

Esta data, proclamada pela Organiza-

ção das Nações Unidas para a Educa-

ção, Ciência e Cultura (UNESCO), é

comemorada desde fevereiro de 2000

com o objetivo de chamar a atenção e

proteger as cerca de seis mil línguas

existentes no mundo e, ao mesmo

tempo, promover a diversidade lin-

guística e cultural.

A nossa língua materna é a Língua Por-

tuguesa. É a língua oficial em Portugal,

Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-

Bissau, Macau, Moçambique, São

Tomé e Príncipe, Timor-Leste, sendo a

sexta língua mais falada no mundo.

.

Para assinalarmos esta data e lembrar-

mos a importância da Língua Portu-

guesa, os encarregados de educação e

familiares dos alunos foram convida-

dos a virem à escola para lerem em

português poemas, textos ou excertos

de obras literárias.

Do que foi dito e ouvido, resultou a

convicção de que devemos ter orgulho

na nossa língua materna e evitar tratá-

la mal

No decorrer da Semana da Leitura

o Departamento de Línguas parti-

cipou e dinamizou algumas ativi-

dades: Encontros com escritores e

partilhas de leituras.

Page 28: ENCONTRO - MARÇO 2012 - Nº 17

Página 28

Brites de Almeida era uma mulher rebelde, que gostava de

andar à pancada, destemida e que não se calava a provoca-

ções. Nasceu em Faro.

Quando era pequena, gostava de vadiar e não gostava de

ajudar os pais na taberna de onde os pais a sustentavam.

Brites aprendeu a manejar a espada e o pau com muita

sabedoria. Apesar da sua temível reputação, um soldado

pediu-a em casamento. Como ela não queria perder a sua

independência, propôs uma condição que era lutarem antes

do casamento; se ela ganhasse, matava-o; se ela perdesse,

casavam. Ela ganhou e o soldado ficou ferido de morte.

Como naquela altura não se podia matar soldados, ela fugiu

para Castela.

Certo dia, ela ouviu dizer que

procuravam uma padeira. Ela

conseguiu ir para Aljubarrota.

Ela ficou padeira e depois aca-

bou dona da padaria porque a

patroa morreu.

Mais tarde, houve uma batalha

contra os castelhanos e a padei-

ra não conseguiu resistir e foi

ajudar os portugueses e os por-

tugueses acabaram por ganhar.

A padeira foi para casa e encon-

trou sete castelhanos escondidos no forno e eles acabaram

por morrer.

Depois ela casou com um lavrador e viveram felizes para

sempre.

Maria Teresinha Marcolino Fagulha Martinho Jorge

Era uma vez uma senhora chamada Brites de Almeida. Nas-

ceu em Santa Maria de Faro, de família pobre. A Brites gosta-

va de guerrear, não gostava de ajudar os pais na taberna.

Ficou órfã aos 20 anos e vendeu todos os seus bens.

Um homem propôs-lhe casamento mas Brites não quis e

fizeram uma luta: se ganhasse a Brites, matava-o, se fosse

ele, casavam. Brites ganhou e matou-o.

Brites ia para Aljubarrota mas houve um bando de piratas

que a fez de escrava. Mas um grupo de escravos portugueses

ajudou-a e foram de barco até à praia da Ericeira.

Brites foi para uma padaria de uma pessoa que, mais tarde,

faleceu.

Em 1385 houve, mais uma vez, uma outra guerra com Caste-

la. No dia 14 de agosto desse

ano houve uma batalha contra

o exército de Castela comanda-

do pelo rei. O exército portu-

guês era comandado por D.

Nuno Álvares Pereira e pelo rei

D. João I. Encontraram-se no

Campo de S. Jorge (perto de

Aljubarrota). Os portugueses

ganharam e os castelhanos

fugiram. Brites, ao chegar a

casa, viu sete castelhanos no

forno e matou--os.

Brites casou com um lavrador e teve muitos filhos.

Ainda hoje é recordada como uma mulher muito corajosa

Ana Francisca Caixinha Duque