revista viajante ed. 17 - março 2016

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Revista Marcopolo Edição 17 Mar 2016 35 anos unidade Ana Rech Data celebrada durante a Festa da Uva Entrevista Alceu Barbosa Velho Transporte coletivo é prioridade 1° Prêmio de Voluntariado Valter Gomes Pinto Presença no México Oferta de produtos é ampliada

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Entrevista - Alceu Barbosa Velho -Transporte coletivo é prioridade / 1° Prêmio de Voluntariado Valter Gomes Pinto / Presença no México - Oferta de produtos é ampliada

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Page 1: Revista Viajante Ed. 17 - março 2016

Revista Marcopolo

Edição 17 Mar 2016

35 anos unidade

Ana Rech

Data celebrada durante a

Festa da Uva

EntrevistaAlceu Barbosa VelhoTransporte coletivo é prioridade

1° Prêmio de VoluntariadoValter Gomes Pinto

Presença no México Oferta de produtos é ampliada

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Amplo bagageiro e design arrojado: características do

modelo projetado com alto grau de tecnologia para oferecer

segurança aos passageiros e ergonomia ao motorista de

transporte rodoviário de longas distâncias.

P a r a d i s o 1 6 0 0 L D

Segurança e Ergonomia

Cinto de segurança salva vidas.Imagens meramente ilustrativas. Consulte o representante de sua regiãopara saber mais sobre os modelos e suas configuraçõeswww.marcopolo.com.br - nas redes sociais: OnibusMarcopolo

Page 3: Revista Viajante Ed. 17 - março 2016
Page 4: Revista Viajante Ed. 17 - março 2016

Coordenação Geral

Departamento Comerciale Marketing

Produção e edição de textos

Secco Consultoria de Comunicação

Sabrina Leme MTB-RS 15062

Projeto Gráfico

Setor de Comunicação

Impressão

Cromo Gráfica e Editora

Edição Digital

www.marcopolo.com.br

Proibida a reprodução sem autorização prévia e expressa. Todos os direitos reservados. Imagens e configurações de produto podem sofrer alterações sem aviso prévio.

A Marcopolo tornou-se referência nacional e internacional na produ-ção de ônibus. Vamos encerrar neste ano um ciclo de investimento de qua-se meio bilhão de reais no período 2012-2016. Mas todos os progressos alcançados, apesar de extremamente importantes, já fazem parte do pas-sado. Precisamos olhar para frente e não parar de buscar a excelência para continuarmos em posição de destaque e ter, a cada dia, clientes mais satisfei-tos, que são os verdadeiros “promoto-res” da nossa marca e produtos.

Foi assim em 1986, quando após uma viagem ao Japão, a empresa criou e implementou, de maneira pioneira, os processos SIMPS (Sistema Integra-do Marcopolo de Produção Solidária) e SUMAM (Sugestões de Melhora-mentos no Ambiente Marcopolo). Os dois tiveram como base os princípios do Sistema Toyota de Produção e que permitiram o seu crescimento e que alcançasse índices elevados de produti-vidade, qualidade e bem-estar no am-biente de trabalho. Agora, ao mesmo tempo em que comemoramos 30 anos do SIMPS e SUMAM, estamos inician-do um novo ciclo, “revitalizando” esses programas, levando em conta a essência dos princípios do conceito de Lean Ma-nufacturing e usando a filosofia Kaizen como ferramenta, tendo também como base o Sistema Toyota de Produção.

De origem japonesa, a palavra Kaizen pode ser traduzida como “mudar para melhor”. Já o “Lean” é a estratégia que precisa estar presente em tudo o que se faz na empresa: da

produção ao administrativo, passando pela engenharia, logística, comercial, marketing, com todos os colaboradores envolvidos focados em atividades que agreguem valor ao cliente e implemen-tar as melhorias necessárias para o de-senvolvimento da companhia.

O que buscamos? Melhorar ainda mais o nosso foco em segu-rança, qualidade, produtividade e custos. E o caminho? Padronizar os processos em todas as fábricas no mundo. Ou seja, essa iniciativa será feita simultaneamente em todas as plantas da Marcopolo!

Será um grande desafio porque para “ser Lean” primeiro devemos começar pelos líderes, que preci-sam ser mentores e dar o exemplo. Depois, estender a todos os colabora-dores essa mudança profunda de re-fletir sobre as práticas atuais, reconhe-cer os problemas e fazer as coisas de um jeito sempre melhor, e conseguir, assim, a mudança cultural desejada.

Para uma empresa com produtos tão customizados e clientes exigentes alcançar os melhores resultados de-pende do esforço e comprometimen-to de todos os seus colaboradores. E isto temos de sobra na Marcopolo. Vamos canalizar esta energia positi-va para que, a cada dia e de maneira contínua, todos busquem a excelência para produzir produtos de alta quali-dade, mantendo a satisfação de nossos clientes e assim colher bons frutos e ter um futuro promissor.

Boa leitura!

CEO

A busca pela excelência não tem fim

Francisco Gomes Neto

Ao leitorEXPEDIENTE

Page 5: Revista Viajante Ed. 17 - março 2016

24 Capa

Unidade Ana Rech

Berço do ônibus brasileiro completa 35 anos

16 Mobilidade

12 PanoramaPaulo Bellini – 30 anos SIMPS e SUMAM

EFPM: espaço para formação de profissionais

20 Especial

06 30 anos Visate102 novos Torino em Anápolis

238 ônibus para Porto Alegre

Novos mercados na África

Alceu Barbosa Velho – O caminho é o transporte coletivo

México: diversificação para atender a demanda

34 Guia do ViajanteCosta Rica: pequeno paraíso na América Central

30 Boas PráticasReconhecimento ao voluntariado

44 Representante

45 Visitas

Pacyatlán, retomada de mercado

42 ClienteDe Palm Tours, completa infraestrutura em Aruba

Março 2016

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06 Viajante - Edição 17 - Março 2016

Renan Chieppe e Hans Donner em evento de apresentação da nova frota

Nova identidade Águia Branca assinada por Hans Donner

Os 34 novos veículos da Viação Águia Branca, do Espírito Santo, têm uma nova pintura. Desenvolvida pelo renomado designer Hans Donner, a identidade visual dos ônibus parte do nome da Viação Águia Branca em um conceito clean onde o ônibus parece ganhar asas.

São oito unidades do modelo Paradiso 1800 Double Decker, duas do Paradiso 1350 e 24 unidades do Paradiso 1200, que serão utilizadas em rotas intermunicipais, interestaduais atendidas pela empresa.

“Nosso foco é o cliente. Queremos encantá-lo com opções diferenciadas de serviços para sua viagem, trazendo o que há de melhor, mais moderno, mais seguro e de muito conforto no transporte rodoviário de passageiros”, afirma Paula Barcellos Tommasi Corrêa, diretora Comercial & de Marketing da Viação Águia Branca. Os lançamentos

fazem parte das comemorações de 70 anos do Grupo Águia Branca, celebrados em 2016.

Em fevereiro de 1986 a empresa Viação Santa Tereza (Visate) iniciava as atividades no transporte coletivo de Caxias do Sul. Para celebrar os 30 anos de sólida parceria, um almoço em homenagem à Visate foi promovido nas dependências da Marcopolo Unidade Ana Rech.

Representantes da Visate, entre eles os diretores Sérgio Pereira e Fernando Ribei-ro, demais diretores e colaboradores foram recebidos pelo presidente emérito da Mar-copolo, Paulo Bellini, pelo CEO da empre-sa Francisco Gomes Neto, pelo diretor do Negócio Ônibus Ruben Bisi, pelo diretor de operações comerciais e marketing, Paulo Corso e por integrantes da equipe comercial.

Também prestigiaram a comemoração o prefeito Alceu Barbosa Velho, a primeira-dama do Município, Alexandra Baldisserotto, o secretário de Trânsito, Transportes e

Mobilidade (SMTTM), Manoel Marrachinho, o diretor-geral da SMTTM, Carlos Noll e o diretor de Transportes da SMTTM, Gervásio Longui.

Na oportunidade, foram entregues 27 novos veículos que renovarão a frota composta atualmente por cerca de 350 veículos.

30 anos Visate:Três décadas de parceria

BrasilROTA DAS NOTÍCIAS

Gelson M. da Costa

Caca Lima

Page 7: Revista Viajante Ed. 17 - março 2016

Viação Garcia e Brasil Sul com Paradiso 1600 LD e 1800 DD

Dentro do seu programa contínuo de renovação de frota, a Brasil Sul Linhas Rodoviárias e a Viação Garcia, de Londrina/PR, adquiriram 13 unidades do dos modelos Paradiso 1600 LD e Paradiso 1800 Double Decker. Desenvolvidos para atender linhas de médias e longas distâncias, os 29 ônibus são utilizados no deslocamento de passageiros nos estados do Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo.

A renovação mista viabiliza menor custo de operação e oferece elevado padrão de qualidade, conforto e segurança para os passageiros. Os veículos têm poltronas semileito super soft com descansa-pernas regulável, sistema de áudio e vídeo com monitores de LCD, ar-condicionado, sanitário e painel de instrumentos com acabamento soft touch e camarote do motorista auxiliar com ambiente climatizado.

A empresa URBAN - MOBILIDADE URBANA DE ANÁPOLIS, de Goiás e em operação desde novembro de 2015, compôs sua frota com 102 novos ônibus urbanos Marcopolo Torino equipados com poltronas de encosto alto, portas eletropneumáticas e sistema multiplex.

Desses, 84 ônibus possuem elevador semiautomático, 19

deles são equipados também com sistema de ar-condicionado. Os 18 restantes são Torino Low Entry e possuem sistema de ar-condicionado, motor traseiro e capacidade para 79 passageiros. A URBAN é a primeira empresa do país a comprar a versão lançada recentemente e que proporciona maior velocidade nas operações de embarque e desembarque.

Prêmio Nacional

A Viação Garcia foi a vencedora do Concurso Nacional de Pintura de Frotas 2015, na categoria Transporte Rodoviário de Passageiros, promovido pela Editora OTM.

07Viajante - Edição 17 - Março 2016

Representantes da diretoria e área camercial entregam veículos a Stefano Boiko Junior e José Boiko

Anápolis com 102 novos Torino

BrasilROTA DAS NOTÍCIAS

Gelson M. da Costa

Gelson M. da Costa

Page 8: Revista Viajante Ed. 17 - março 2016

08

Ônibus novo para quem faz o melhor hambúrger do mundo

A rede de restaurantes Madero, com sede em

Curitiba/PR, adquiriu um Marcopolo Ideale desenvolvido

especialmente para o transporte dos funcionários. O

veículo possui projeto gráfico exclusivo e diferenciado.

O modelo projetado para o restaurante do chef

Junior Durski tem pintura na cor prata e a imagem

tradicional da marca - um sanduíche cheeseburger

nas laterais traseiras - leva o slogan em ambas as

laterais “Equipe Madero, o time que produz o melhor

hambúrguer do mundo”.

O transporte coletivo de Porto Alegre/RS tem 238 novos ônibus urbanos Marcopolo. Os veículos Torino foram configurados em três versões para atender as demandas de acordo com a região da cidade e a aplicação.

Os veículos incorporados às frotas das empresas Belém Novo, Estoril, Gasômetro, Navegantes, Nortran, Presidente Vargas, Sopal, Sudeste, Viação Alto Petrópolis e Viação Teresópolis Cavalhada, foram vistoriados pelo prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, acompanhado do diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte Coletivo (EPTC), Vanderlei Cappellari, da diretora de transportes, Maria Cristina Molina Moreira, e de técnicos da empresa. A comitiva foi recebida pelo vice-presidente de relações institucionais da Marcopolo,

238 novos ônibus para Porto Alegre

Viajante - Edição 17 - Março 2016

BrasilROTA DAS NOTÍCIAS

José Antônio Martins, pelo diretor de operações comerciais e marketing, Paulo Corso, e por Cristiano HIlgert, da Marcopeças.

Identificação

Para facilitar a identificação, a frota entregue no dia 19 de fevereiro em evento no Largo Glênio Peres, foi produzida com novo padrão visual. Os da Zona Sul são vermelhos, na Zona Norte, azuis e na Leste, verdes. A Carris fica com tonalidade alaranjada. Essa proposta de divisão estará presente apenas nos ônibus novos, mas um cronograma será estabelecido pela EPTC para repintura de toda a frota.

Julio Soares

Divulgação Madero

Page 9: Revista Viajante Ed. 17 - março 2016

A Planalto Transportes e a Viação Ouro e Prata, importantes operado-res de transporte rodoviário do Rio Grande do Sul, fecharam aliança es-tratégica para operar em parceria nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Para atender à demanda, as empresas adquiriram 50 ônibus Marcopolo Paradiso 1350, que serão utilizados em 43 linhas intermunicipais e in-terestaduais atendidas pelas com-panhias, adquiridas recentemente. Além da compra conjunta para li-nhas recém-adquiridas, as empre-sas compraram 15 unidades cada

para as linhas tradicionais. As empresas se uniram para

aproveitar uma oportunidade de mercado. Observaram o aumen-to de procura em trechos de lon-ga distância e resolveram se aliar

para atender a demanda. O objetivo é oferecer um serviço de elevado padrão de qualidade, com direito a conexão de internet, entradas USB em todas as poltronas e sistema in-dividual de entretenimento.

09

ALIANÇA ESTRATÉGICA NO TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

Viajante - Edição 17 - Março 2016

O Santos Futebol Club , de São Paulo, e o Santa Cruz Futebol Clu-be, de Recife, têm novos Marcopolo Paradiso 1200 e 1050 com confi-gurações especiais para transpor-tar atletas e comissão técnica du-rante as próximas temporadas.

O “Baleião” e o “Expresso Coral”, como são chamados pelos clubes e pelas torcidas, possuem condicionado,

poltronas semileito com descanso de pernas, monitores LCD com DVD, wi-fi, rádio, toalete e geladeira. A configu-

ração interna também engloba parede de separação entre posto do motorista e salão de passageiros.

Dupla de reforços

BrasilROTA DAS NOTÍCIAS

A Festa Nacional da Uva não ficou restrita apenas no Parque de Eventos, ela tomou conta de Caxias do Sul. Embarcados no Viale DD Sunny, da empresa Brocker Turismo, quem visitou a Festa pôde também fazer um passeio pelos principais pontos turísticos da cidade como a Igreja São Pelegrino, a Estação Férrea, a Praça Dante Alighieri e o Monumento Nacional ao Imigrante.

Caxias vista de cima

Ricardo Fabrello

Julio Soares

Fernando Favoretto Divulgação Santa Cruz

Page 10: Revista Viajante Ed. 17 - março 2016

50 anos de tradição

64 Ônibus para a Costa RicaAlgumas das principais operadoras de transporte

da Costa Rica adquiriram 64 ônibus Marcopolo. Deste total, 38 unidades são rodoviários: 12 Paradiso 1800 DD, 11 Paradiso 1050, quatro Paradiso 1200, dois Senior Turismo e nove Viaggio 1050. Além de 26 urbanos do modelo Torino. Os novos ônibus fazem parte de um contínuo programa de renovação das empresas costarriquenhas. Os veículos foram fornecidos para Auto Transportes Caribenos S.A., COMTRASULI (Compañia de Transportes del Suroeste), Empresa Guadalupe, Eurobus, Ferjovi, Gemon de Cartago, Mepe, Musoc LTDA., Rovicsa, Skyline, Transaro de Turrialba, Transcesa, Transportes Mepe, Transmonteverde, Transnica, Transportes del Tortuguero Exoticos e Transportes Unidos San Antonio.

Novos mercados na ÁfricaContratos de fornecimento de ônibus para dois

novos países no continente africano foram fechados. Serão fornecidos 16 veículos dos modelos Ideale 770 e Viaggio 1050 para operadores do transporte rodoviário de passageiros de Camarões e Costa do Marfim. O negócio foi feito por intermédio do Grupo SMT, concessionário Volvo da região.

São dez ônibus Marcopolo do modelo Viaggio 1050 para Costa do Marfim e seis veículos Ideale 770 para Camarões. Com chassi Volvo B270F, os veículos têm capacidade para transportar 61 passageiros (Viaggio 1050) e 68 passageiros (Ideale) com configuração de assentos 3x2, sistemas de ar-condicionado e de audiovisual, com monitores 15 polegadas e parede de separação entre o salão e o posto do motorista.

MundoROTA DAS NOTÍCIAS

Ricardo Portolan e Maria Aparecida entregam homenagem à Diomar Gregório Nuñez

Diomar Gregorio Núñez, acompanhado pela família, reuniu amigos, autoridades e parceiros em comemoração ao aniversário da Nuñez Transporte e Turismo, fundada em 1965 no Departamento de Cerro Largo, Uruguai. O gerente de vendas do mercado externo, Ricardo Portolan, a coordenadora comercial Maria Aparecida Lima, e

o diretor da Dusil S.A, Jorge del Rio, representaram a Marcopolo no jantar festivo que ocupou os salões do espaço de eventos Kibon, em Montevidéu. “Este grupo tem relevante presença no cenário uruguaio do transporte de passageiros e para a Marcopolo é uma grande honra fazer parte dessa celebração”, afirma Portolan.

10 Viajante - Edição 17 - Março 2016

Richard Sosa

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11Viajante - Edição 17 - Março 2016

Fortalecendo presença

30 mil unidades fabricadas

Participando como expositor pela primeira vez na ExpoForo, no México, importante feira do segmento de transporte de passageiros, a Marcopolo lançou novos modelos e apresentou uma novidade: os ônibus passarão a ser montados com diferentes marcas de chassis com o objetivo de atuar de maneira crescente no mercado mexicano.

Durante a feira, realizada de 2 a 4 de março na Cidade do México, foram apresentadas duas unidades dos novos modelos rodoviários, incluindo um Double Decker e um urbano Torino, modelo de maior sucesso da marca no mercado mexicano. Outros veículos Marcopolo foram apresentados também nos estandes da Mercedes-Benz, da Scania e Volvo.

Os produtos serão fabricados no México na unidade da Polomex, joint-venture da Marcopolo e a Mercedes-Benz. A parceria de sucesso de mais de 15 anos entre as duas empresas segue, mas, para atuar de maneira mais competitiva, a decisão tomada foi “flexibilizar” os negócios e passar a oferecer aos clientes a opção de novos modelos de ônibus com diferentes marcas de chassis.

“Este é um dos projetos mais importantes para a Marcopolo desde que as atividades no México foram iniciadas e vemos o momento como um novo começo para a empresa no país. Diversificar nos permite crescer e fortalecer a nossa presença no mercado. Alguns desses novos ônibus serão montados totalmente na unidade de Monterrey e outros virão em CKD e PKD do Brasil”, explica Paulo Andrade, diretor-geral da Polomex.

No México desde 1999, a Polo-mex comemorou, em sua unidade de Monterrey na Província de Nuevo León, a fabricação de 30 mil unida-des. O ônibus 30.000 é um Marco-polo Torino, fornecido para o Grupo Zapata. O veículo tem chassi Merce-des-Benz 1624/52L EuroV e é utili-zado em linhas metropolitanas. O modelo possui 47 poltronas urbanas, duas portas do lado direito de 870 mm de largura, poltrona do condutor com sistema hidráulico e ergonômico CVG, tomada elétrica para sistema pré-pago, ar-condicionado modelo Eberspacher e iluminação interna e externa em LED.

MundoROTA DAS NOTÍCIAS

Gonzalo Rocha

Divulgação Polomex

Page 12: Revista Viajante Ed. 17 - março 2016

Gestão e LiderançaPANORAMA

12

Presidente emérito

da Marcopolo

Paulo Bellini

Em uma

época de baixa

demanda e maior

rigor dos clientes,

é essencial

produzir com

qualidade e ter

ótimo ambiente de

trabalho.

Viajante - Edição 17 - Março 2016

Julio Soares

Page 13: Revista Viajante Ed. 17 - março 2016

Revista Viajante – Sr. Paulo, o que são o SIMPS e o SUMAM e com que objetivos foram criados?

Paulo Bellini – O SIMPS surgiu em 1986 depois que retornamos de uma viagem ao Japão para conhecer a filosofia de administração e de produ-ção utilizadas naquele país. Na época, reunimos todos os colaboradores e compartilhamos as novidades que ha-viam sido vistas, incentivando a equipe a pensar como colocar em prática as ideias que consideravam aplicáveis na Marcopolo. A receptividade dos cola-boradores foi tão boa que rapidamente surgiram vários grupos de melhorias. Assim surgiu o SUMAM.

O SIMPS utilizava técnicas e ferra-mentas que davam apoio aos processos de produção, como o Kanban e o Just in Time. Com o passar do tempo, o sistema foi aperfeiçoado e atualmente engloba um conjunto de técnicas que objetiva a produção com qualidade, em um bom ambiente de trabalho, por pessoas satisfeitas, incluindo a filosofia dos grupos de SUMAM e as Equipes de Aprimoramento Contínuo (Kaizen).

RV – O que representa a come-moração dos 30 anos dos progra-mas e a sua revitalização agora?

Paulo Bellini – Basicamente, de-monstra e reforça que continuam fun-damentais e “em voga”. Na indústria e, em especial, na produção de ônibus que demanda mão de obra altamente espe-cializada e comprometida, a qualidade é mais do que fundamental e alcançar zero defeitos nunca foi tão importante quan-to agora. Produzir com perfeição desde

o primeiro momento, sem falhas, erros e retrabalhos é o que, no final das contas, garante a satisfação do nosso cliente, a entrega de mais pedidos, a produção e o nível de emprego, tão essencial atual-mente. Sem essa perfeição e a qualidade exigida pelo cliente, os pedidos param de entrar, a produção passa a ser menos in-tensa e a mão de obra, menos valorizada. Mas é claro que, para isso, não podemos esquecer o bom ambiente de trabalho. Só teremos colaboradores comprometi-dos e dedicados se eles estiverem moti-vados, engajados e satisfeitos. Só assim fabricarão ônibus perfeitos. E aí entram o SIMPS e o SUMAM.

RV – E como produzir com perfeição, da primeira vez e evi-tar o retrabalho e o desperdício?

Paulo Bellini – Hoje, de tão sensí-vel que está o mercado, é até mais fácil explicar isto do que naquela época. Se o nosso ônibus não for produzido com a máxima qualidade e produtividade, ou seja, sem retrabalho, os poucos clientes que estão comprando não vão comprar e aí não terá venda, a empresa não terá o que produzir e a manutenção dos pos-tos de trabalho ficará insustentável. Por ser um dos poucos que está compran-do, este cliente é muito mais exigente do que em um período de vendas aque-cidas. Se preocupa ainda mais com os detalhes. Por outro lado, como o ritmo nas linhas de produção e montagem está menor, este é o momento certo para focarmos em fazer bem feito, em dedicar o máximo cuidado com todos os detalhes. Tudo isso favorece para que se consiga produzir com qualidade da primeira vez.

RV – Como o Sr. vê a revitali-zação do SIMPS e do SUMAM e a introdução dos conceitos Lean?

Paulo Bellini – Primeiro e mais im-portante, o intenso trabalho realizado na Marcopolo desde 1987, com a implanta-ção das técnicas japonesas, sempre foi e é constantemente reforçado e revitalizado. Até hoje os sistemas SIMPS e SUMAM vêm sendo aperfeiçoados, com o objetivo de melhorar continuamente a produtivi-dade e a qualidade dos produtos e serviços da Marcopolo, e até inová-los.

Depois, a busca pela melhoria não tem fim. Dá para fazer melhor? Sim, sempre dá para fazer melhor. É como mencionei no meu livro sobre a história da Marcopolo, a frase de Ives Vaet, “O conhecimento é uma estrada sem fim, não fique no meio do caminho”.

Dentro desta contínua evolução do SIMPS e SUMAM, precisamos ampliar o processo. Sermos melhores a cada dia, a cada ônibus fabricado. E os conceitos Lean têm tudo a ver com isso. Outro ponto fundamental que eles têm em comum é que, assim como o SIMPS e SUMAM, o Lean precisa ter o envolvimento e ser disseminado pelos líderes da companhia, como fizemos há 30 anos. E para dar resultado, precisa estar presente em tudo o que se faz na empresa.

Para o sucesso dessa nova ação, será essencial o entendimento claro do que é o Lean. Para mim pode ser traduzido como “fazer fluir de maneira perfeita e equilibrada tudo dentro da companhia”. Quanto mais SIMPS e SUMAM, melhor. Quanto mais Lean, mais simples as coisas serão dentro da nossa fábrica e empresa.

Crise econômica, mercado em baixa, poucos pedidos e flexibilização de jornada. Em um momento como o atual, cada produto que sai da

linha faz a diferença para a empresa, para a manutenção da produção e do nível de emprego. Ao mesmo tempo, o cliente ganha ainda

mais importância porque ele quer mais (qualidade, serviço, preço e diferenciais) do que em época de mercado aquecido. Neste cenário,

o SIMPS – Sistema Marcopolo de Produção Solidária e SUMAM – Sugestões de Melhoramentos do Ambiente Marcopolo da Marcopolo

comemoram 30 anos de implantação e nunca foram tão atuais e importantes para ajudar a superar esta crise. Por quê? O presidente

emérito da Marcopolo, Paulo Bellini, um dos responsáveis pela sua introdução, explica.

Qualidade e o bom ambiente de trabalho nunca foram tão importantes

13Viajante - Edição 17 - Março 2016

Page 14: Revista Viajante Ed. 17 - março 2016

Visão de MercadoPANORAMA

Prefeito de Caxias do Sul

Alceu Barbosa

Velho

Precisamos

entender e educar

que o transporte

coletivo deve ser

prioridade para

que seja visto

como atraente

pela sociedade.

Só assim, teremos

uma cidade mais

democrática.”

14 Viajante - Edição 17 - Março 2016

Ícaro Campos

Page 15: Revista Viajante Ed. 17 - março 2016

Revista Viajante – Por que investir em mobilidade se, teori-camente, Caxias do Sul é uma ci-dade média e está longe de sofrer com o caos no trânsito como as grandes metrópoles?

Alceu Barbosa Velho – Na terra do ônibus, precisávamos procurar ser exem-plo. Tivemos a oportunidade de nos an-tecipar e, antes de atingir uma situação crítica, adotar um caminho diferente que realmente proporcione melhores condições de transporte ao cidadão. O transporte coletivo precisa ser priori-dade. E em Caxias ele já é. O transporte coletivo de Caxias, se comparado com o de outros municípios brasileiros, já era de elevado padrão de qualidade, mas não o suficiente para uma boa mobilidade ur-bana. E este é o ponto mais importante: a mobilidade que todos desejamos para podermos ir e vir, quer seja de transpor-te individual ou coletivo, não depende só do ônibus. Depende de uma mudança de cultura. O cidadão precisa entender que não há espaço para tantos veículos circu-lando ao mesmo tempo no centro da ci-dade. Para que o trânsito flua e as pesso-as consumam menos tempo é necessário que mais pessoas optem pelo coletivo. E, para isso, precisamos colocar à disposi-ção um transporte atraente, pontual, se-guro, confortável e com preço justo.

RV – Como surgiu o projeto de mobilidade?

Alceu Barbosa Velho – O foco em mobilidade surgiu ainda antes da mi-nha gestão. Desde o início dos anos 2000 estudos vêm sendo realizados sobre a mobilidade na cidade. Esses projetos evoluíram e, no início de 2014, conseguimos os recursos necessários, cerca de R$ 40 milhões, para executar a primeira fase do SIM – Sistema Inte-grado de Mobilidade de Caxias do Sul. Cerca de 15% desses recursos são do município. Os outros 85% são do BN-DES e oriundos do PAC Mobilidade.

RV – Quais os maiores obstá-culos enfrentados?

Alceu Barbosa Velho – O maior obs-táculo enfrentado, por incrível que pos-sa parecer, não foi a captação de recur-sos. Foi cultural. Para o caxiense, e para

quase todos os brasileiros, o automóvel vai além de ser uma paixão, é questão de status. O transporte coletivo ainda é visto como o da pessoa que não tem condições de ter um veículo próprio. Isso está errado e precisa ser mudado para o bem da população.

O transporte coletivo é, e precisa ser visto, como uma opção de transporte em uma cidade. De preferência a mais eficiente. É assim em muitos outros lu-gares do mundo que visitei, em países desenvolvidos ou não. E não precisamos ir para a Europa. Aqui perto, a Colômbia, o México e o Chile são exemplos. Nesses países as pessoas optam pelo transporte coletivo pelos benefícios proporcionados em termos de tempo, conforto, praticida-de, confiabilidade e segurança.

Este é o paradigma que precisamos quebrar. Mas isso somente será possí-vel se pudermos oferecer um transpor-te com todos esses atributos. O cidadão precisa ter a opção de um transporte co-letivo eficiente, precisa ter confiança e fi-car satisfeito. Assim, passará a utilizá-lo.

Por outro lado, não sou contra o auto-móvel, pelo contrário. Em Caxias, temos mais de 280 mil veículos para cerca de 500 mil habitantes. Infelizmente, o cres-cimento das vias não acompanha o au-mento da frota e isso colabora para todos os problemas com congestionamentos.

Precisamos estimular as pessoas a re-fletirem e enxergarem que não há espaço para tantos veículos nas ruas e que o uso do automóvel deverá ser mais consciente. O carro precisa voltar a ser “de passeio”.

RV – O que é o SIM Caxias e como vai funcionar na prática?

Alceu Barbosa Velho - O SIM Caxias é o maior conjunto de obras de infra-estrutura viária já realizado de uma só vez na história da cidade. É um sistema planejado para melhorar a mobilidade das pessoas e qualificar o transporte coletivo, o integrando com pedestres e ciclistas. É a solução que atende quem se desloca diariamente, porque cada vez mais precisamos pensar e agir prio-rizando o coletivo.

Os pontos de partida do SIM são a pavimentação em concreto dos corre-dores de ônibus das vias mais utilizadas

pelo transporte coletivo e a repavimen-tação asfáltica dessas ruas, com nova sinalização viária, para melhorar as con-dições de trafegabilidade e segurança dos usuários do sistema, bem como a confiabilidade e a eficiência do transpor-te coletivo. Os principais corredores de ônibus pavimentados com concreto dão mais segurança e conforto aos usuários. Além disso, para tornar mais eficiente o fluxo no corredor de ônibus ficam proi-bidas conversões à direita; o estaciona-mento fica proibido ao longo de trechos das ruas Sinimbu e Pinheiro Machado, além de algumas transversais.

É um sistema inteligente, pois os ônibus deixam de vir todos até o centro, evitando a concentração de veículos do transporte coletivo ao longo dos corredo-res. As filas de ônibus parados nas ruas centrais são os principais motivos do atraso nas linhas. Entrará em operação no primeiro trimestre e envolverá inicial-mente usuários de 18 bairros da cidade.

Vai funcionar com Estações Prin-cipais de Integração (EPIs), que rece-bem e redistribuem os passageiros. Por exemplo, para vir de Forqueta ao Cen-tro, uma pessoa desce na EPI Floresta e pega outro ônibus, que pode ser expres-so, semiexpresso ou convencional, pa-gando só uma passagem. Os principais benefícios são o menor tempo nos des-locamentos; maior pontualidade nas li-nhas de ônibus; mais linhas integradas com uma só tarifa, e menor tempo de embarque e desembarque.

RV – Quais são os próximos passos?O primeiro passo é consolidar a ope-

ração do eixo Norte-Sul, o mais impor-tante da cidade. Precisamos primeiro garantir a sua eficiência e mobilidade. Depois vamos iniciar a construção do eixo Leste-Oeste. O projeto executivo está pronto para ser realizado. Caxias tem tudo para ser o exemplo para todo o País em termos de mobilidade urba-na e transporte coletivo. A frota atual não tem mais de quatro anos de idade média e vamos diminuir ainda mais este índice para ampliar o conforto, a segurança e a pontualidade de todo o sistema, atraindo assim mais e mais usuários.

Alceu Barbosa Velho precisou enfrentar e vencer diversos obstáculos para, junto com a sua equipe, conseguir implantar rapidamente um projeto de mobilidade que pudesse servir de exemplo ou modelo para todas as cidades brasileiras.

O mundo caminha para o transporte coletivo

15Viajante - Edição 17 - Março 2016

Page 16: Revista Viajante Ed. 17 - março 2016

16 Viajante - Edição 17 - Março 2016

Reinventando a forma de se deslocar nas cidadesComeça a operar, em Caxias do Sul, o SIM - Sistema Integrado de Mobilidade

MOBILIDADE

Lançado no final de 2013, com o objetivo de dar prioridade ao transporte coletivo, pedestres e bicicletas, o SIM Caxias – Sistema Integrado de Mobilidade começa a operar e a transformar a forma de se locomover na cidade. São mais de R$ 40 milhões em investimentos em infraestrutura viária e modernização do trânsito da cidade, mais de dois anos para a sua realização, e desafio de mostrar para todo o País que é possível – mesmo em uma cidade de médio porte – melhorar a mobilidade urbana e, consequentemente, o bem-estar da população.

Segundo Manoel Marrachinho, Secretário Municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade da Prefeitura

de Caxias do Sul, o projeto pretende fazer com que a sociedade reinvente a forma de se deslocar pela cidade, em prol da própria sociedade. “Não há milagres. Sem uma mudança drástica e de conceito o trânsito em Caxias iria parar, assim como está ocorrendo ou vai ocorrer em diversos outros municípios brasileiros. O que buscamos foi promover as mudanças necessárias”, explica.

“No SIM Caxias, a prioridade são os ônibus, os pedestres e as bicicletas. Também queremos mudar a forma com a qual as pessoas transitam, alterando velhos hábitos para que todos ganhem. O importante é que quem precisa se deslocar tenha uma opção pública e coletiva rápida, segura, confortável e confiável”, afirma.

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MOBILIDADE

O SIM Caxias visa o transporte coletivo no eixo leste a oeste da cidade. Para isso, além do transbordo de passageiros nas duas Estações Principais de Integração (EPIs), foram implantados dois corredores de ônibus com pavimentação em concreto rígido (e outros quatro corredores), regramento para as conversões da área central e nova sinalização. Possui dois conceitos: o serviço expresso e o semiexpresso. O expresso parará em algumas estações centrais e o semiexpresso em outras, aumentando a velocidade de deslocamento de um ponto a outro da cidade.

Pelo modelo, as EPIs fazem a distribuição dos passageiros de bairros em paradas da área central, envolvendo usuários de 18 bairros, com impacto em 40 mil usuários/dia. Com as estações de transbordo, a ligação ao centro é feita pela linha Troncal e não mais por diversas linhas dos bairros que também passavam pelo centro da cidade. A redução do trajeto das linhas dos bairros permite um sensível ganho, pois, por fazerem trajetos semelhantes, essas linhas dos bairros concorriam entre si

na área central e dificultavam a fluidez do sistema devido à quantidade de coletivos.

“Para quem se desloca de carro pela cidade, o importante é gastar menos tempo no seu trajeto, mesmo percorrendo distância maior. É isso que fizemos, criando novas rotas e disciplinando os motoristas”, argumenta Marrachinho.

Conforme o secretário de Trânsito, as primeiras mudanças já permitiram ganhos na mobilidade e na velocidade comercial do transporte coletivo de cerca de 20%. Os principais fatores apontados para a melhora foi a proibição de conversões à direita e de estacionamento à esquerda em determinadas vias.

O projeto do SIM Caxias terá novas etapas, com a implantação do sistema no eixo norte-sul, a construção de novas estações de integração e a realização de obras complementares. Contempla ainda a criação de uma ciclovia na cidade, para permitir melhor deslocamento dos ciclistas e integrar a bicicleta aos atuais modais de transporte público.

Gelson M. da Costa

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T o r i n o

Robustez e Economia

Na cidade somos todos pedestres.Imagens meramente ilustrativas. Consulte o representante de sua regiãopara saber mais sobre os modelos e suas configuraçõeswww.marcopolo.com.br - nas redes sociais: OnibusMarcopolo

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Esta era uma das frases de meu pai diante das adversidades, para transmitir tranquilidade à família. Quantos momentos difíceis enfrentamos, como os efeitos da II Guerra Mundial, com a falta de gasolina, muitos carros parados nas garagens - parte deles movidos a gasogênio -, preocupantes blackouts (exercícios noturnos sem iluminação nas cidades com sobrevoos de aviões da FAB para prevenção de eventuais ataques aéreos) e filas para a compra de pão e açúcar.

Apesar de tudo, vencemos muitas fases difíceis! Tempos em que os ônibus eram escassos e lembro das saudosas jardineiras Chevrolet ou Ford utilizadas na área rural. Em muitas cidades, o principal meio de transporte era o bonde que, em São Paulo, nos modelos fechados e conhecidos por Camarões, ostentavam o orgulhoso slogan de cidade que mais crescia na América do Sul.

O Brasil ampliou o seu mercado e essa evolução atraiu a indústria automobilística que transformou o carro em anseio nacional, os ônibus substituíram os bondes e os caminhões

se modernizaram assim como as estradas que praticamente não existiam. O País colocou-se entre os maiores produtores de veículos, com forte crescimento, embora marcado por alguns períodos difíceis, que passaram a ser conhecidos como crises.

Da comemoração pelas 30.542 unidades produzidas em 1957, no primeiro ano oficial da indústria automobilística, o País ultrapassou a marca de 3,6 milhões em 2013, ocupando a quarta posição mundial. E, em praticamente 60 anos de trajetória, ganhou a fama de locomotiva da economia.

Mais tarde, como jornalista, vivenciei a primeira ameaça ao crescimento da indústria pelo acúmulo inusitado de veículos nos pátios das montadoras. Lembro do título da reportagem que fiz sobre esse episódio: “Comprem 12 mil automóveis para salvar a nossa indústria”. Esse título nos transmite a ideia de como crescemos, como indústria, como país e como profissionais. Os veículos que em 1969 representavam uma ameaça de crise hoje não chegam à produção de apenas dois dias da nossa indústria, mesmo em crise.

Vieram outros momentos difíceis, como a crise do petróleo nos anos 70 e a de retração de vendas que, em 1981 interrompeu, pela primeira vez, a sequência de crescimento. A queda de 30% arrefeceu o entusiasmo por termos superado a marca de um milhão de unidades produzidas três anos antes.

“A necessidade faz o sapo pular”. Outra frase de meu pai serve para transmitir que os momentos difíceis levam o profissional a sair da zona de conforto e o obriga a buscar soluções por intermédio de ideias e ações.

Em todas as crises prevaleceu a criatividade nacional. A do petróleo

resultou no motor a álcool e, na época, como funcionário da Ford, recebi muitos jornalistas internacionais que vieram conhecer e avaliar o decantado veículo movido com o combustível brasileiro. Nos anos 90, nova crise assombrou o País, mas foi superada com a ideia do carro popular que resultou no motor 1.000, hoje considerado a melhor opção para atender aos apelos ecológicos.

É verdade que a atual crise tem características especiais e mescla problemas econômicos e políticos. Mas, pelo histórico, depende apenas de uma ideia feliz. E enquanto não surge a ideia salvadora temos motivos para confiar no futuro.

O que esperar de um País que tem uma das maiores áreas territoriais e se mantém como um grande fornecedor mundial de grãos, aço, café, açúcar, laranja, carnes e outros insumos?

De um País com uma indústria automobilística que mantém seus programas de investimentos?

De um País que reúne o maior número mundial de montadoras de veículos e não para de atrair mais empresas? E de um País que, a despeito do tamanho da crise, tem uma curva histórica de permanente crescimento, chegando a mais de 3,6 milhões de veículos e a uma capacidade instalada de seis milhões de unidades-ano?

Por ter vivido e acompanhado a superação de várias crises, volto a confiar em que as frases de meu pai, pronunciadas há 70 anos, serão outra vez confirmadas brevemente. É apenas uma questão de tempo e de confiança em nós mesmos e na pujança de um país, como diz a música de Jorge Ben Jor, abençoado por Deus e bonito por natureza.

ARTIGO

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Preparemo-nos para a retomada

Viajante - Edição 17 - Março 2016

Jornalista especializado no

setor automotivo

Luiz Carlos Secco

Depois da tempestade,

vem a bonança.

Divulgação Secco Consultoria

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Formar jovens profissionais, dando-lhes condi-ções de ingressar no mercado de trabalho e orien-tando-os para o desenvolvimento de um plano de carreira. Esses são os objetivos que norteiam a atu-ação da Escola de Formação Profissional Marcopolo – EFPM que mantém convênio com o Serviço Nacio-nal de Aprendizagem Industrial (SENAI) dos estados do Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, com a Univer-sidade de Caxias do Sul (UCS) e com a Fundação de Assistência Social de Caxias do Sul (FAS).

Com três unidades ativas no Brasil (duas em Caxias do Sul e uma no Rio de Janeiro) e uma junto à Marcopolo South Africa, a EFPM foca no desen-

volvimento profissional específico para a fabrica-ção de ônibus, cumprindo também um importante papel na formação de jovens cidadãos.

Em 2016, 115 novos alunos ingressam nos cur-sos de Montador de Veículos Automotores e Plás-tico Reforçado e Termoformado. As aulas práticas e teóricas acontecem no Centro de Treinamento Marcopolo, localizado junto à unidade Ana Rech, e permitem que os jovens vivenciem o dia a dia da companhia. Ao término do curso, que tem duração de dois anos, conforme seu desempenho, os alunos têm a possibilidade de integrar o quadro de colabo-radores da empresa.

Centro de formação de talentos

20 Viajante - Edição 17 - Março 2016

Escola de Formação ProfissionalESPECIAL

Sabrina Leme

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O aprimoramento contínuo dos processos de fabricação utilizando tecnologia inovadora e priorizando o desenvolvi-mento sustentável é um dos focos trabalhados na EFPM. Ao longo do curso, os alunos são desafiados a desenvolver pro-jetos de melhorias aplicando de maneira prática e criativa os conhecimentos adquiridos.

As sugestões são apresentadas na Mostra de Trabalhos promovida na conclusão do curso. “Incentivamos o exercí-cio de olhar para os processos da Marcopolo e ver onde é possível sugerir melhorias. Assim, depois de formados, os

alunos passam a fazer parte da equipe e são percebidos pe-los demais colegas como um profissional com diferencial”, explica Pedroni. Duas edições da mostra já foram promovi-das com diversas sugestões implementadas nas áreas de produção. “Os alunos das turmas de 2016 serão desafiados a desenvolver projetos com base nos conceitos e técnicas da metodologia Lean para melhorar a segurança das pesso-as, a qualidade dos produtos, a produtividade e o ambien-te de trabalho”, acrescenta Carlos Eduardo do Nascimento Ogliari, diretor de Recursos Humanos da Marcopolo.

Por seu papel no desenvolvimento humano e na responsabilidade social, o projeto já recebeu o prêmio Top Ser Humano 2012, promovido pela Associação Brasileira de RH do Estado do Rio Grande do Sul (ABRH-RS). A estratégia de qualificação profissional também rendeu à EFPM o Selo Gaúcho de Compromisso com a Aprendizagem, concedido em 2015 pelo Ministério do Trabalho e Emprego e entregue na 1ª Feira de Aprendizagem do Rio Grande do Sul.

Mostra de Trabalhos

Reconhecimentos

Área de atuação dos ex-alunos.

6% Gestão e Liderança

9% Áreas Administrativas

15% Áreas Técnicas

70% Operacional

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Surgimento Dois motivos impulsionaram o desenvolvimento do

projeto: a carência de mão de obra especializada para a fabricação de ônibus e o número significativo de jovens da comunidade local sem formação técnica para ingressar no mercado de trabalho.

A primeira turma era composta por 20 jovens, irmãos ou filhos de colaboradores da Marcopolo. De acordo com Irina Eberhardt, coordenadora de recursos humanos da Marcopolo, ao longo do tempo ocorreram mudanças no público alvo para seleção. “Percebeu-se que era preciso ampliar o perfil dos alunos para abranger outros

segmentos. As inscrições foram abertas para jovens da comunidade em geral, em seguida para jovens em situação de vulnerabilidade e posteriormente para meninas. Estas ações ajudaram a promover a inclusão e a diversidade a partir das novas gerações de profissionais”, lembra Irina, frisando que atualmente cerca de 40% dos integrantes da Escola são moças. “Um percentual importante, se considerarmos que o ramo da metalurgia, pelo tipo de atividades, ainda é um ambiente predominantemente masculino”, completa. Desde a sua criação, em fevereiro de 1990, a EFPM formou mais de 1.300 alunos.

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Escola de Formação ProfissionalESPECIAL

Viajante - Edição 17 - Março 2016

Palavra de quem fez parte

Adriano José de Costa - Coordenador da Engenharia Manufatura, aluno da primeira turma iniciada em 1990.

Graduado em Economia e Administração de Empresas com Pós-Graduação em Business Process Management, MBA em Gestão Empresarial e Mestrado em Engenharia da Produção.

“Quando conclui o curso, passei por uma imersão em diversos

setores da fábrica, a fim de conhecer o produto e seus processos. Esse período na EFPM me possibilitou apreender e a compreen-der melhor a cultura da empresa, de vivenciar como funciona a sinergia e o relacionamento entre pessoas e áreas. Essa compre-ensão foi determinante na minha trajetória dentro da empresa e fez com que eu buscasse uma formação em diversas áreas de conhecimento para suprir as necessidades de gerenciamento por processos, visão estratégica e de negócios.

Evandro Busato Saciloto - Coordenador de Precifi-cação, aluno da turma de 1992.

Graduado em Administração de Empresas – Habilitação em Comércio Exterior, com Pós-graduação em Gestão Empre-sarial e Mestrado Acadêmico em Administração.

“Participar da escola contribuiu muito para a minha vida pessoal quanto profissional. O trabalho em equipe e zelo pelas áreas comuns e equipamentos da escola me fez aprender valores, princípios de coletividade, responsabilidade e comprometimen-to. Aprendi também que sem esforço não há recompensa. E, no meu entendimento, isso é o mais importante”.

Iandra Magnabosco Speguem - Analista de Comu-nicação, aluna da turma de 2004.

Graduada em Administração de Empresas, com Pós-Gra-duação em Comunicação Empresarial e MBA em Marketing.

“Iniciei na escola e após um ano fui transferida para trabalhar como Auxiliar de Produção no Setor de Célula de Tubos. Eu era

a única menina do setor. Depois de 11 meses fiz um recrutamen-to interno e passei a trabalhar na Fundação Marcopolo onde en-contrei a minha paixão pela área de comunicação e eventos, o que norteou a escolha das minhas especializações. Após oito anos na Fundação passei para a área de Comunicação interna – Recursos Humanos, onde atuo até o momento. A vivência em diversas áreas foi muito importante para meu crescimento pessoal e profissional”.

Luana Vanessa Schiavo - Auxiliar Administrativo da Engenharia, aluna da turma de 2012.

Estudante de Ciências Contábeis

“A minha turma foi a pioneira da Mostra de Trabalhos e esta foi uma grande chance de mostrar e aperfeiçoar os conhecimen-tos adquiridos durante o curso. Tenho muito carinho pela EFPM, pois foi através dela que iniciei minha carreira profissional. Ser-viu como alicerce e me ajudou a traçar meus primeiros objetivos pessoais e profissionais. Nos ensinam a conviver com regras e em conjunto, o que, sem dúvidas, é fundamental para nosso cresci-mento como ser humano”.

Franciele dos Reis – Aprendiz, aluna da turma de 2014.

Estudante de Ciências Econômicas

“Certamente fazer parte da escola foi uma grande oportuni-dade para mim e sou muito grata pelo espaço que encontrei aqui na Marcopolo. No primeiro ano do curso fui direcionada para o setor de compras onde desenvolvo atividades no portal de for-necedores da empresa e no SAP. Gosto do meu trabalho e tenho me dedicado ao máximo porque sei que ainda tenho muito para aprender. Durante o período em que estive na escola pude co-nhecer ex-alunos da Escola e pessoas com uma história de vida legal que hoje são líderes, supervisores, engenheiros e que fala-ram da trajetória deles aqui na empresa. Vimos que para todos não foi fácil chegar aonde chegaram. E para nós, que somos mais novos, a história deles é um estímulo para não desistirmos quan-do um obstáculo surge em nosso caminho”.

Evandro, Franciele, Luana, Adriano e Iandra: ex-alunos compartilham suas experiências.

Sabrina Leme

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w w w. b a n c o m o n e o . c o m . b rO U V I D O R I A : 0 8 0 0 7 2 3 5 0 4 0

Há 10 anos, era impossível imaginar que o mundo e o homem conseguiriam ser ainda mais velozes, que uma biblioteca ficaria ao alcance de um toque e que nasceria um banco

especialista no setor de ônibus para acelerar o seu negócio.

Uma década pode mudar muita coisa, mas para nós esse é apenas o começo.

Banco Moneo. Há 10 anos seu parceiro financeiro para bons negócios.

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CAPA

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São cerca de 5.300 colaboradores e capacidade para produzir mais de 30 unidades/dia

O “berço” do ônibus no Brasil completa 35 anos

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O complexo industrial da Marcopolo, no bairro de Ana Rech, em Caxias do Sul, comemorou, no dia 20 de fevereiro, 35 anos de atividades. Com investimen-

tos contínuos em inovação, modernização, ampliação de sua capacidade e a aplicação dos mais avançados processos produtivos e tecnologias, a unidade transformou-se no “ber-ço” do ônibus do Brasil e responde sozinha, segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus - FABUS, por 20% da produção nacional.

Uma das mais modernas fábricas de ônibus do mundo, foi inaugurada em 1981, tem capacidade para produzir mais de 30 veículos diariamente e já superou mais de 220 mil ônibus, entre micros, urbanos e rodoviários. Com área total de 471 mil m² e área construída 88 mil m², a unidade conta com os mais avançados equipamentos e instalações e rece-beu, desde 2012, mais de R$ 150 milhões de investimentos, sobretudo para modernização dos equipamentos, melhoria da qualidade, aumento de capacidade produtiva, para ergo-nomia e maior conforto dos empregados e na capacitação e formação dos colaboradores.

Ana Rech é a maior unidade fabril da Marcopolo no mundo. O seu grande diferencial em relação à maioria das fábricas de ônibus do mundo é o grau de customização que a linha de produção aplica para atender a demanda dos clientes. São desde pinturas especiais até acabamentos internos diferenciados, como os de artistas e can-tores, com camarim e estúdios internos, ou dos times de futebol, passando configurações específicas, como os ônibus fora-de-estra-da, que rodam nas estradas da Amazônia, os de teto removível, para os Emirados Árabes Unidos, ou os movidos a Hidrogênio, que rodam em São Paulo.

A unidade abriga também o Centro de Pesquisa e Desenvol-vimento da Marcopolo, com mais de 300 técnicos e engenheiros dedicados à contínua evolução e aprimoramento dos modelos.

A Marcopolo concentrou também em Ana Rech as áreas de PDI (Inspeção antes da entrega ao cliente) e assistência técnica, além da fabricação de componentes e equipamentos para os veículos, como poltronas, painéis de acabamento, la-terais e revestimentos internos, entre outros. As peças pro-duzidas são também enviadas para as demais unidades da empresa no Brasil e no exterior.

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HistóriaCom o objetivo de suprir a crescente demanda de pro-

dução da época, a unidade de Ana Rech foi inaugurada em 1981, com a presença do então presidente da República, João Baptista Figueiredo. A construção, iniciada três anos antes, projetava a implantação de modernos sistemas de fabricação, planejados e desenvolvidos para obter alto grau de racionalização e produtividade.

Dez anos após a fundação, a fábrica comemorou a pro-dução do ônibus 60.000, o rodoviário Paradiso da então Geração 4. Em 2001, a unidade Ana Rech foi considerada “fábrica modelo”, com equipamentos, pessoal especializa-

do, processos industriais e desenvolvimento do produto. Em 2015, foi produzido o veículo 400.000.

Além das áreas de produção, administração, comer-cial e de engenharia, a fábrica de Ana Rech contempla um Centro de Treinamento para capacitação dos empregados e de clientes, além de uma unidade da Escola de Forma-ção Profissional Marcopolo, para aprendizagem de menores da comunidade. A unidade conta também com uma ampla estrutura de suporte aos empregados, como restaurante, serviços médicos, farmácia, bancos, despachantes, segura-dora, biblioteca e loja conveniada.

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Paulo Bellini e Viviane Pinto Bado, com a diretoria da Marcopolo e as soberanas da Festa da Uva, recepcionaram o governador do Estado do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, o prefeito de Caxias do Sul, Alceu Barbosa Velho, as primeira-damas do estado e do município, Maria Helena Sartori e Alexandra Baldisserotto, o vice-prefeito de Caxias e integrante de Comissão da Festa, Antônio Feldmann, e o ex-prefeito de Caxias, Pepe Vargas. Também prestigiaram o estande o casal presidente da Festa, Edson e Cristina Nespolo.

Dois dos mais consa-grados atletas do voleibol nacional, Roberto Minuzzi Jr. e Gustavo Endres des-pediram-se das quadras de vôlei em evento promovido pela Universidade de Caxias do Sul, Festa da Uva e Pre-feitura de Caxias. Antes do jogo de despedida, os atle-tas visitaram o estande.

Desafio de Vôlei

Clientes da Serra Gaúcha, região de Porto Alegre, outros estados brasileiros e também de outros paíes foram recebidos drante os dias de Festa.

Encontro com clientes

A presença da Marcopolo na Festa da Uva já é uma tradição. No estande da empresa na 31ª da Festa, realizada entre os dias 18 de fevereiro e 6 de março, foram expostos um Paradiso 1800 DD e um Paradiso 1350 e diversos eventos dividiram a comemoração dos 35 anos da unidade Ana Rech com a comunidade e visitantes.

30 anos CTG Marco da TradiçãoFundado em 1986, por iniciativa dos colabo-

radores da Marcopolo tem como lema “Laços de união e lealdade” e atualmente é composto por 300 integrantes, entre dançarinos e familiares, que par-ticipam de apresentações em eventos da empresa e em rodeios da região.

CAPA

Entrega Paradiso 1800 DD

Luiz Centenaro, diretor da empresa TJ Turismo de Erechim/RS e proprietário do Paradiso 1800 DD ex-posto durante a Festa e que será utilizado no transportes de passa-geiros em Niterói/RJ.

Gelson M. da Costa

Gelson M. da Costa

Gelson M. da Costa

Gelson M. da Costa

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Ricardo Finco

A unidade de Ana Rech é uma ver-dadeira cidade. São cerca de 5.300 co-laboradores que, além de trabalharem no desenvolvimento e produção dos ônibus, precisam ir e vir, se alimentar, ser aten-didos em aspectos físicos, psicológicos

e, igualmente importante, alcançar reali-zação profissional e pessoal naquilo que fazem, que é fabricar os ônibus que vão rodar no Brasil e no mundo.

“Todo o processo e a gestão da ope-ração de Ana Rech são bem complexos.

E temos diariamente o desafio de fa-zer produtos cada vez mais avançados, customizados e com elevados padrões de exigência nos quesitos qualidade e eficiência”, explica Lusuir Grochot, di-retor de manufatura da Marcopolo.

Uma cidade dentro de Caxias do Sul

Celebração com as soberanas da Festa da Uva

As soberanas da Festa da Uva estiveram na unidade de Ana Rech para convidar os colaboradores e suas famílias para prestigiarem a tradicional festa.

Acompanhadas pela diretoria da empresa, a Rainha Rafaelle

Galiotto Furlan e as Princesas Laura Denardi Fritz e Patrícia Piccoli Zanrosso, visitaram a fábrica e a Fundação Marcopolo, onde puderam conhecer os trabalhos sociais desenvolvidos em prol da comunidade.

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Prêmio Valter Gomes PintoBOAS PRÁTICAS

Atitude do bemUma homenagem ao homem que

sempre se dedicou ao próximo e um reconhecimento ao trabalho desenvolvido por voluntários em Escolas Públicas e entidades assistenciais de Caxias do Sul.

Assim pode ser definido Prêmio de Voluntariado Valter Gomes Pinto, lançado pela Fundação Marcopolo com o objetivo de estimular e valorizar ações transformadoras direcionadas a crianças e adolescentes em situações de risco social e pessoal e que colaboram para diminuir as desigualdades sociais.

A primeira edição do Prêmio recebeu a inscrição de 13 projetos e a divulgação dos vencedores ocorreu no estande da Marcopolo na Festa Nacional da Uva, da qual Valter Gomes Pinto foi, por durante anos, grande colaborador e voluntário. “Esperamos que este prêmio represente um estímulo às pessoas que se dedicam ao trabalho voluntário, mesmo em suas famílias, para que a vida e o mundo sejam melhores”, comenta Therezinha Gomes Pinto, viúva de Valter Gomes Pinto.

O Prêmio, promovido em formato de concurso, teve o suporte da Parceiros Voluntários, entidade referência em voluntariado no Rio Grande do Sul que auxiliou a escolher os projetos

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contemplados, credenciando as entidades que os desenvolveram como aptas a receber voluntários.

Segundo Osmar Piola, diretor da Fundação Marcopolo, em sua primeira edição, o Prêmio de Voluntariado Valter Gomes Pinto superou a expectativa e alcançou o seu objetivo de identificar e estimular ações transformadoras promovidas por voluntários, com projetos ligados a crianças e adolescentes em situações de risco social e pessoal.

“Com o suporte da Parceiros Voluntários, na escolha e seleção dos projetos, conseguimos promover o trabalho voluntário; apoiar projetos sociais por através do voluntariado, e, por intermédio dessas ações, colaborar para diminuir as desigualdades sociais. Esperamos que este prêmio faça com que as pessoas se dediquem ao trabalho voluntário, mesmo que de maneira desconhecida”, salienta.

A entrega do Prêmio Valter Gomes Pinto de Voluntariado acontecerá de dois em dois anos, juntamente com a realização da Festa Nacional da Uva.

Gelson M. da Costa

Gelson M. da Costa

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Premiados:1º lugar: Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos

José Luiz de Medeiros RamosProjeto: Revista dos Jovens

A oficina de criação de revista impressa para jovens, idealizada pelo voluntário Gabriel de Aguiar Izidoro, jornalista de profissão e incentivador do descobrimento de novos talentos, surgiu no início de 2015. Foi criada para fortalecer o desenvolvimento intelectual e social dos adolescentes participantes, demonstrando a importância da leitura e da escrita para o crescimento e desenvolvimento como cidadão.

2º lugar: Associação SOS VidaProjeto: Empreendedores do FuturoO projeto SOS Empreendedores do Futuro, sob coordenação

do voluntário Juliano Cechinato, desperta o espírito empreendedor nos adolescentes incentivando o desenvolvimento de competências necessárias para a inclusão dos jovens no mercado de trabalho como motivação, tomada de decisão, criatividade, concentração, comprometimento e autoconfiança. O projeto fornece ainda ferramentas para criação de alternativas que geram renda, melhorando as condições de vida e cidadania dos jovens participantes.

Critérios avaliados:

Legado e exemplo

Capacidade de dar continuidade ao projeto com recursos próprios

Inovação

Número de crianças, adolescentes e voluntários envolvidos

Capacidade de estabelecer parce-rias com outras entidades

Participação efetiva das crianças e adolescentes na concepção e imple-mentação das ações

Contribuição para redução das situ-ações de riscos sociais e pessoais e criação de oportunidades para os jovens atendidos

Valter Gomes Pinto nasceu em 1932 em Passo Fundo e aos 32 anos ingressou na Marcopolo quando a em-presa ainda chamava-se Nicola. Ao longo de 49 anos, ao lado de Paulo Bellini, ajudou a construiu a imagem e a identidade da companhia.

Figura de referência para o empre-sariado e comunidade caxiense, foi vice-presidente da Comissão Comu-nitária da Festa da Uva e presidente do Conselho Superior da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC). Forte presença que rendeu a ele, em 2000, o título de cidadão caxiense.

Faleceu em 2013, aos 81 anos, ten-do trilhado uma trajetória marcada pela dedicação ao trabalho voluntário nas áreas sociais, culturais, religio-sas e empresariais de Caxias, sendo lembrado por todos com quem convi-veu como um grande líder.

HomenagemA dedicação à Festa Nacional da

Uva rendeu homenagens ao execu-tivo. Entre as mudanças feitas para melhor receber os visitantes da Festa Nacional da Uva 2016. destaca-se a construção da nova rótula Valter Go-mes Pinto, que dá acesso ao Parque de Exposições.

Saiba mais sobre os projetos contemplados: www.fundacaomarcopolo.com.br

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FinalistasAssociação SOS VidaCentro de Cuidados Nossa Senhora da PazEscola Municipal Senador Teotônio VilelaServiço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos José Luiz de Medeiros Ramos

Gelson M. da Costa

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SUSTENTABILIDADE

O desenvolvimento sustentável tem a proposta de manter o equilíbrio entre preservação ambiental e o progresso material e econômico.

O Aterro de Resíduos Sólidos Industriais Classe II da Marcopolo, em funcionamento desde 2013 na localidade do Apanhador, divisa entre os municípios de Caxias do Sul e São Francisco de Paula, é o local para onde são destinados os resíduos gerados na Marcopolo que não puderam ser reaproveitados para reciclagem. Distante 30 quilômetros da unidade Ana Rech, possui uma área de 16 hectares e tem uma projeção para 25 anos de vida útil.

E, inevitavelmente, grandes obras causam impactos ambientais. Por isso, empreendimentos que causam significativas interferências no meio ambiente devem passar pelo processo de licenciamento ambiental que analisa todas as etapas desde o planejamento até o início da operação.

Progresso e preservação lado a lado

Acervo Marcopolo

Para a construção do Aterro de acordo com as mais rígidas normas de controle, um Estudo de Impacto Ambiental foi realizado para definir parâmetros para preservação da fauna, flora e recursos hídricos do local e também a saúde, a segurança e o bem-estar da população que habita próximo ao empreendimento. Após a conclusão da obra, o sistema de Gestão Ambiental Marcopolo passou a monitorar a fauna e a flora da região com o intuito de diagnosticar possíveis alterações.

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Programa de Monitoramento

Eliana ressalta que a gestão dos resíduos é primordial para estender a vida útil do aterro e diminuir a interferência no meio ambiente. O processo inicia com a correta separação dos itens descartados ainda na fábrica, segue com o tratamento dos materiais na Unidade de Processamento de Resíduos e se completa com o treinamento contínuo dos operadores que mantém a qualidade e a segurança da operação. “O progresso não necessariamente precisa ser um inimigo do meio ambiente. Por mais complexa que a atividade seja, se a implantação obedecer à legislação vigente, mantendo rígido controle das atividades, é possível conciliar preservação e desenvolvimento”, conclui Eliana.

Gestão de Resíduos

O programa acompanha o crescimento do corredor ecológico, vegetação plantada para unir os dois fragmentos de mata localizados no entorno do aterro e que permite que os animais transitem pela mata sem passar pela área construída. Semestralmente também é observado o comportamento dos animais por meio de saídas de biólogos a campo e captura de imagens.

A avaliação da adaptação de animais e plantas a ambientes alterados por um empreendimento é importante para propor ações que sejam efetivas para a preservação das espécies. “O resultado do acompanhamento demonstra que não houve alteração no comportamento dos animais presentes na região. Isso comprova que a atividade, considerada viável pelos estudos apresentados e pela avaliação do órgão ambiental competente, é mantida sob controle”, afirma Eliana Paula Zanol de Oliveira, coordenadora de Meio Ambiente da Marcopolo.

Além da fauna e da flora, outros fatores também são monitorados. Periodicamente são feitas avaliações de amostras de água superficial e subterrânea. Segundo Eliana, com a correta operação do aterro, os resultados não indicam risco de infiltrações no solo. “O que significa que a manta usada na impermeabilização do aterro se mantém intacta e que todas as exigências para a implantação e operação são plenamente atendidas”, completa. O processo do licenciamento do Aterro demandou cinco anos, envolvendo os estudos de impacto ambiental, audiência pública, licenças Prévia, de Instalação e de Operação.

33Viajante - Edição 17 - Março 2016

Espécies registradas por biólogos durante saída a campo

Page 34: Revista Viajante Ed. 17 - março 2016

GUIA DO VIAJANTE

Cahuita corais - Jairo Miranda

Surf - Chris Goldberg

Bungee Jump - Odreman Suites

Page 35: Revista Viajante Ed. 17 - março 2016

Único país da América

Latina a figurar na lista das

22 democracias mais antigas

do mundo, a pequena Costa

Rica também é democrática

por oferecer aos seus visitantes

diversas possibilidades de

destinos. De um lado da costa

estão as praias de águas calmas

e azul-turquesa do Mar do

Caribe e do outro, as fortes ondas

do Oceano Pacífico. E entre os

seus litorais, serras, vulcões e

florestas tropicais.

Para os costa-riquenhos, ou

ticos, Pura Vida é mais do que

uma frase popular usada para

expressar bem-estar no estado de

espírito ou como uma saudação.

No país com 51 mil km²,

divididos em sete províncias,

subdivididas em 81 cidades,

e 4,8 milhões de habitantes,

a natureza é exuberante e a

vida está por todos os lados. O

território costa-riquenho abriga

5% da biodiversidade do planeta

e tem 26% de sua área coberta

por zonas de preservação

ambiental. São 32 parques

nacionais, 51 refúgios de vida

silvestre, 13 reservas florestais e

oito reservas biológicas.

Sílvio Quirino

Page 36: Revista Viajante Ed. 17 - março 2016

Turismo

San Jose - NBphotostream

Teatro Nacional - Trey Ratcliff

Monteverde - Matt Diehl Monteverde - Jake Travers Tortuguero - Ian Billenness

Capital da Costa Rica desde 1823, a cidade fundada pelos es-panhóis em 1738 tem museus, ga-lerias, prédios históricos transfor-mados em restaurantes e hotéis sofisticados e vida noturna agi-tada. Nos arredores de San José é possível visitar vulcões, praticar rafting ou apenas contemplar a na-tureza. Na cidade há lugares que apresentam o conteúdo cultural e artístico, como Teatro Nacional e os museus Nacional, de Arte Costarri-cense, de los Niños e del Oro Preco-lombino. Coleções de ouro, jade, cerâmicas e pedras pré-colombia-nas, arte sacra colonial, arte con-temporânea e história natural são as que mais se destacam.

San José

Não importa qual região da Costa Rica você visite. Em todo o território há habitats únicos e ecossistemas que abrigam grande variedade de espécies de plantas e animais. A reserva biológica particular do

Parque Nuboso de Monteverde e o Parque Nacional Tortuguero são alguns dos santuários que preservam a vida animal.

Localizada ao longo da Serra de Tilarán, entre as províncias de Alajuela e Puntarenas, a reserva de Monteverde é considerada rara por apresentar alto índice de nebulosidade em floresta tropical. Possui 13 km de trilhas, mirante, serviços de guia, cafeteria, restaurante e um albergue de montanha: o “La Casona”, que tem capacidade para até 47 pessoas. Além de trilhas, outras atividades no

parque incluem arvorismo, visita ao jardim de beija-flores, travessia de pontes suspensas e passeios à cavalo.

Apenas por lancha é possível percorrer os canais que levam ao Parque Nacional Tortuguero e ao povoado que tem mesmo nome. Com 75 mil hectares, o Parque é o mais importante local de desova de tartarugas no Caribe ocidental e abriga centenas de mamíferos, aves e répteis. Na área protegida foram identificadas 400 espécies de árvores e mais de 2.200 tipos de outras plantas.

36 Viajante - Edição 17 - Março 2016

GUIA DO VIAJANTE

Page 37: Revista Viajante Ed. 17 - março 2016

37

A Ilha de Cocos, maior ilha desabitada do mundo e declarada Patrimônio Natural da Humanidade pela UNESCO, fica a 532 km a sudoeste do litoral sul da

Costa Rica. Com área de 23,85 km² é a única no Oceano Pacífico Leste com floresta tropical. As águas cristalinas tornam o Parque Nacional um dos melhores pontos para o mergulho.

Viajante - Edição 17 - Março 2016

Ilha de Cocos

Canopy - Costa Rica Guides

A costa do Caribe, com aproxi-madamente 200 km de extensão, é conhecida por sua variedade de ecossistemas aquáticos e praias de águas calmas e cristalinas per-feitas para a pesca e mergulho. O clima quente e úmido cria cenários com praias cercadas de mata típi-ca. Destaque para o Parque Na-cional Cahuita e seus recifes ideais para mergulho, Parque Nacional de Porto Velho, praia de Manza-nillo e Barra del Colorado.

Puerto Limón é o coração da província costeira do Caribe de Limón. Esta é a maior cidade da região, com aproximadamente 85 mil habitantes.

Baías, penínsulas e golfos pon-tilham o litoral da Costa Rica do lado banhado pelo Pacífico e que concentra grandes centros tu-rísticos. Na busca pelas ondas perfeitas, as praias Avellanas, Playa Negra, Boca Barranca, Pavo-nes, Hermosa, Tamarindo e Jacó são algumas das que mais atraem surfistas.

De costa a costa

É possível atravessar o país de carro, indo do Atlântico ao Pacífico em cerca de cinco horas.

Cahuita Vista aérea - Bernal Saborio

Ilha de Cocos

A Costa Rica é um destino que desafia os amantes de aventura. É possível escolher entre rafting, bungee jump, balonismo e o canopy, tipo de tirolesa criado pelos bió-logos costarriquenhos para observação de animais nas copas das árvores. Suspenso em uma cadeira igual às utilizadas em es-calada, o aventureiro desliza entre plata-formas preso por cabos de aço. A velocida-de que pode chegar a até 80 km/h.

Ação ao extremo

Page 38: Revista Viajante Ed. 17 - março 2016

38

Turismo

Viajante - Edição 17 - Março 2016

GUIA DO VIAJANTE

Sílvio Quirino

Famosa pelas praias paradisíacas e pelos resorts de alto padrão, a Costa Rica também é considerada uma das zonas mais vulcânicas do mundo.

Conta a lenda que tribos pré-colombianas

acreditavam que o vulcão Arenal, com 1.650 metros

de altura, era a morada do Deus Fogo. Distante 150

quilômetros de San José, foi considerado extinto

depois de 400 anos de inatividade. Até que em 29

de julho de 1968 entrou em erupção. A cidade de

La Fortuna é a entrada de acesso ao vulcão Arenal

e oferece aos visitantes uma oportunidade única

de explorar a região.

Na Laguna del Arenal, reservatório

artificial localizado próximo ao vulcão e

formado após a construção de uma barragem

em 1979, é possível praticar esportes

náuticos ou até mesmo pesca esportiva.

Quem deseja hospedar-se com vista para

o Arenal encontra no Resort Tabacón, com

suas piscinas de águas termais de origem

vulcânica, o lugar perfeito.

Arenal

Page 39: Revista Viajante Ed. 17 - março 2016

Vulcão Irazu - Kinta Beaver

Localizado no Parque Nacional de Poás, distante cerca de 40 km de San José, tem 2.700 metros de altura e conta com duas crateras: uma inativa – com 1.320 km de diâmetro, onde atualmente se localiza o Lago dos Botos de águas

azul-turquesa – e outra ainda em atividade que reserva uma das mais impressionantes paisagens vulcânicas da Costa Rica. No Parque é possível fazer trilhas para conhecer a natureza da região e encontrar lagos em crateras.

Mas, sem aviso, erupções podem acontecer e turistas em visita ao parque serem surpreendidos. Por isso, o vulcão é monitorado o tempo todo por câmeras. Placas orientam como deixar o lugar com segurança, em caso de atividade.

Em língua indígena, o nome significa “montanha do trovão”. Vulcão mais alto do país com 3.432 metros de altura e fica a 50 km de San José. Ocupa uma área de 18 km² e de seu cume é possível avistar os oceanos Atlântico e Pacífico. A cratera principal tem 300 metros de profundidade e um quilômetro de largura. No seu interior há um lago esverdeado. Imagem que estampa muitos cartões postais. Também há outras quatro crateras que se pode visitar. Historicamente o vulcão mais ativo, teve a primeira erupção registrada em 1723.

Irazú

Vulcão Poás_M.Prinke

Poás

39Viajante - Edição 17 - Março 2016

Page 40: Revista Viajante Ed. 17 - março 2016

CulináriaGUIA DO VIAJANTE

Page 41: Revista Viajante Ed. 17 - março 2016

Junto com a cerveja Imperial e a expressão Pura Vida, o Gallo

Pinto é uma das marcas nacionais da Costa Rica, tão tradicional que

grandes cadeias internacionais de fast food incorporaram o prato

entre as opções oferecidas. A combinação de arroz e feijão é servida

já desde o café da manhã, podendo se repetir em todas as refeições

do dia com diferentes acompanhamentos.

41

Em uma frigideira leve ao fogo 4 co-

lheres de sopa de azeite e com

ele bem quente refogue 1 cebola mé-

dia, 1 pimenta vermelha sem

sementes, 3 dentes de alho, 1

pimentão verde e 1 pimentão

vermelho, todos eles picados. Com os

pimentões e a cebola ainda tenros, mas já

sem gosto de cru, leve à frigideira 2 xí-

caras de arroz cozido gelado e

1 xícara e meia de feijão já co-

zido, coado e gelado. Misture com

cuidado para não esmagar os grãos de

feijão. Com a mistura já quente adicione 5

colheres de molho inglês e 1

xícara de caldo de feijão e siga

misturando. Com a mistura bem quente,

desligue o fogo, adicione um punhado de

coentro fresco picado, acerte o

sal e está pronto. O prato é acompanha-

do por ovos cozidos e bananas

cortadas ao meio (com casca)

e fritas na manteiga.

www.puntomenos.com.brInstagram: puntomenosoficial

Receita: Tiago Daltoé Foto: Graziela Chiattone Martins

Viajante - Edição 17 - Março 2016

Page 42: Revista Viajante Ed. 17 - março 2016

De Palm Tours CLIENTE

A s areias brancas e águas quentes das praias do Caribe e dos países da América Central atraem cerca de 22 milhões de turistas por ano. E na lista de destinos mais visitados está Aruba.

A paradisíaca ilha com mais de 103 mil habitantes tem praias

tranquilas para quem busca sossego; cavernas e regiões históricas

para aventureiros; santuários ecológicos para os admiradores da

natureza; cassinos, danceterias, bares e shows para quem prefere a

vida noturna. Tanta diversidade contribuiu para o desenvolvimento

de complexa infraestrutura hoteleira e de entretenimento para

acolher anualmente mais de 1,5 milhão de turistas, fazendo do turismo

o segmento responsável por 90% do PIB do país.

O potencial turístico de Aruba foi percebido por Luis De Palm que, em

1960, fundou a De Palm Tours. Onze anos depois, com seis funcionários

e frota composta por quatro ônibus, a empresa foi comprada por

Ramona Richardson e Harold D. Malmberg. Em 1983, Malmberg

assumiu o comando total da De Palm Tours iniciando um processo de

reestruturação dos processos organizacionais e renovação de frota.

Em 1960, quando Aruba só tinha um hotel de grande porte, Luis De Palm

fundou a De Palm Tours. Onze anos depois, Harold Malmberg e Ramon

Richardson adquiriram a empresa, na época com seis funcionários

e frota composta por quatro ônibus sem ar-condicionado. Uma das

primeiras prioridades foi renovar a frota de ônibus, diversificar os

serviços da empresa, oferecendo maior opção de passeios e atividades

para turistas e população local.

Ricardo Malmberg, filho de Harold e na De Palm Tours desde 1982,

é o atual presidente e CEO da empresa que ocupa forte posição da

indústria do turismo de Aruba. Sua irmã, Lisette, ingressou na

empresa em 1984 e é diretora do Conselho de Administração.

Ricardo Malmberg

Divulgação De Palm Tours

Div

ulga

ção

De

Palm

Tou

rs

42 Viajante - Edição 17 - Março 2016

Page 43: Revista Viajante Ed. 17 - março 2016

Viajante: Como a De Palm Tours está inserida no cenário do turismo de Aruba?

A De Palm Tours emprega mais de 300 profissionais do turismo e oferece ampla variedade de opções para proporcionar experiências excepcionais aos visitantes de Aruba. Nossa frota atual de ônibus é constituída por 34 ônibus Marcopolo, todos climatizados. O que nos dá a possibilidade de transportar mais de 1.500 passageiros.

Viajante: O que o turista que chega a Aruba pode esperar da De Palm Tours?

Nós oferecemos serviços de transporte para o aeroporto, passeios pela ilha, off-roads, passeios de ônibus, passeios de catamarã mergulho, passeios submarinos e muito mais. Temos também uma ilha paradisíaca privada com tudo incluído, onde os turistas podem mergulhar usando snorkel ou capacete, fazer tirolesa e muitas outras atividades recreativas e esportivas. E em todas essas atividades o transporte está incluído.

Viajante: A De Palm Tours é conta também com Departamen-to de Gestão de Destinos. Como funciona esse serviço?

Este departamento foi criado em 1975 e para este serviço contamos com profissionais altamente especializados, capazes de planejar e organizar eventos, reuniões, convenções e exposições.

Todo o trabalho é conduzido de forma personalizada para tornar a estadia de um grupo inesquecível.

Viajante: Diversificar a experi-ência do ciente proporciona vanta-gens competitivas para a empresa?

Sim. Oferecer ao cliente tudo o que ele precisa e facilitar a estada dele é uma vantagem. Como somos uma empresa que trabalha com formato “balcão único”, estamos preparados para atender o visitante não importa o que ele deseja fazer em Aruba.

Viajante: A De Palm Tours, assim como muitas outras em-presas, tem histórico familiar. Esse fato influenciou a maneira como a expansão dos negócios foi conduzida?

Em algumas empresas, o apego a tradições pode pesar na tomada de decisões. Mas em se tratando de negócios, é preciso inovar. Aproveitamos as oportunidades que surgiram com o crescimento do cenário turístico de Aruba e investimos em expansão e desenvolvimento de novas atividades. E, para nós, a reinvenção é um processo contínuo. É preciso estar sempre aberto às ideias vindas das novas gerações, pois elas podem contribuir substancialmente para o crescimento das empresas.

Em algumas empresas, o apego às tradições familiares pode influenciar a tomada de decisão, mas quando se trata de negócios, é preciso inovador.

Temos de aproveitar as oportunidades que surgem e crescer junto com a indústria do turismo. Você tem que continuar a investir na expansão e desenvolvimento de novas atividades. Como a demanda dos visitantes muda, a De Palm Tours se esforça para estar em contínua melhoria.

Viajante: Aruba atrai mais de um milhão de pessoas por ano. O modelo de negócios adotado pela De Palm Tours pode ser aplicado por empresas que operam em mercados com menor volume de turistas?

Tenho a certeza de que pode, mas com muito menos equipamentos e investimentos dependendo do número de visitantes a este mercado. Outros fatores importantes são a sua participação no mercado e o número de concorrentes em seu campo de negócios. O planejamento e altos níveis de serviços são os principais fatores.

Viajante: Em um cenário cada vez mais competitivo, o que as empresas podem criar ou explo-rar para se diferenciar?

A qualidade do serviço oferecido, o capital humano (funcionários), equipamento de alta qualidade, acessibilidade aos clientes a postos de vendas e compreender o que o cliente espera são fatores importantes. Assim, vejo em médio prazo belas oportunidades de negócios e quem estiver preparado aproveitará o momento de revitalização.

Completa infraestrutura para experiências excepcionais

43Viajante - Edição 17 - Março 2016

Divulgação De Palm Tours

Page 44: Revista Viajante Ed. 17 - março 2016

Após um intervalo de dois anos sem representação da Marcopolo na Costa Rica, a Pacyatlán assumiu, em março de 2014, o desafio de reintroduzir a marca Marcopolo no mercado do país. Em dois anos de atuação, durante os quais foi elaborado forte trabalho de reposicionamento, os resultados positivos já são vistos.

Ao longo de 2015 foram vendidas 90 unidades, um desempenho maior ao de 2014. “Muitas das vendas foram feitas para as maiores empresas de transporte do país, o que consequentemente gera exposição da Marcopolo no mercado e atrai a atenção de outras empresas para o nosso produto”, afirma Miguel Ángel Castro Ramirez, gerente-geral da Pacyatlán.

Em um cenário de transporte de passageiros proporcional ao número de habitantes do país, apenas 4,8 milhões, e caracterizado pela predominância de pequenas empresas familiares e de empresas que cresceram com o tempo, tornando-se líderes de mercado, os modelos mais buscados são o urbano Torino e o interprovincial Viaggio 1050, seguidos pelos modelos rodoviários da família Paradiso e do Senior Turismo. “O operador da Costa Rica busca a preços competitivos ônibus que ofereçam eficiência no consumo de combustível, representando economia, além de carrocerias com qualidade de acabamento e diferenciais que proporcionem conforto aos passageiros”, comenta.

Além de Ramirez, a equipe conta com mais três profissionais responsáveis pelos setores técnico, financeiro e gerencial que trabalham seguindo uma filosofia onde prevalecem valores como responsabilidade e respeito. “Os clientes podem esperar uma equipe comprometida e que procura entregar soluções personalizadas, proporcionando-lhes segurança na compra e garantindo acompanhamento durante todo o processo, bem como um serviço de pós-venda eficiente”, define Ramirez.

A expectativa em 2016, além de superar os números de 2015, é manter o atendimento rápido e eficaz, focando no serviço de pós-venda e em grande estoque de peças de reposição. “Os desafios são constantes, mas é importante estreitar o relacionamento com o cliente da Costa Rica para apresentar o valor agregado existente nas carrocerias Marcopolo, os benefícios e vantagens competitivas que os operadores podem ter ao escolher a marca”, finaliza. Miguel Castro, Juan Carlos Soto, diretor da Pacyatlan, Mariana Corrales e Minor Castro.

“O operador da Costa Rica busca a preços competitivos ônibus que ofereçam eficiência no consumo de combustível, representando economia, além de carrocerias com qualidade de acabamento e diferenciais que proporcionem conforto aos passageiros”

Divulgação Pacyatlán

Divulgação Pacyatlán

Pacyatlán REPRESENTANTE

Retomada de mercado

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Page 45: Revista Viajante Ed. 17 - março 2016

Comitiva Peru

Empresários da Turismo Civa, Turismo Linea, Movil Bus, Cruz del Sur e Oltur-sa, operadoras de trans-porte rodoviário no Peru e um representante da Volvo Peru visitaram a Marcopolo acompanhados por execu-tivos das áreas de vendas, exportação e marketing.

Canasvieiras Transportes - Santa Catarina

La Santaniana e MCAL. LOPEZ S.R.L - Paraguai

Delegação Scania Suécia Euclides Paese, representante de Manaus, e família

Aproximando Gerações

De 25 a 28 de novembro filhos de clientes do mercado interno e externo participaram do Aproximando Gerações. O evento opor-tuniza que os jovens que já atuam nas empresas de suas famílias vivenciem o dia a dia da fábrica e permite a troca de experiências entre os participantes. Visitar a Marcopolo e conhecer a filosofia da empresa também abre espaço para fortalecer a parceria e o relacio-namento já existente entre a empresa e seus clientes.

VISITAS

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Page 46: Revista Viajante Ed. 17 - março 2016

46

Viação União Santa Cruz – Santa Cruz do Sul

STC – Gana Transco – República Democrática do Congo

Cooperativa Santa - Equador

Viajante - Edição 17 - Março 2016 - Créditos: Douglas Melo, Gelson M. da Costa, Sabrina Leme e Vinicius Pauletti

VISITAS

Page 47: Revista Viajante Ed. 17 - março 2016

47

Encontro com clientes

Em dezembro, clientes de Caxias

do Sul e região participaram de al-

moço comemorativo de final de ano

e apresentação de veículos à pron-

ta-entrega. O encontro foi realizado

na Sede da Fundação Marcopolo e

contou também com a presença dos

integrantes da diretoria e da equipe

comercial da empresa.

Nisotur Agência de Viagens e TurismoRio Grande do Sul

Transporte Boa Esperança - Belém

Rede Metropolitana de Transportes Coletivos – RMTC - Goiânia

Viação Castelo Branco - Paraná

Al Shirawi Enterp. - Emirados Árabes Unidos

Rodoviária Gravataense e Irmãos Rocha – Recife

Viajante - Edição 17 - Março 2016

Page 48: Revista Viajante Ed. 17 - março 2016

VISITAS

48 Viajante - Edição 17 - Março 2016 - Créditos: Douglas Melo, Gelson M. da Costa, Sabrina Leme e Vinicius Pauletti

Les Doctoriales

Doutorandos participantes da 2ª edição do Projeto Les Doctoriales Rio Grande do Sul. A visita técnica integrou a programação do seminário que permite aos estudantes ampliar o conhecimento sobre o mundo profissional, incentivando a excelência acadêmica e incrementando a inovação. É promovido pela Fundação Metropolitana de Planejamento (Metroplan) em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (Fapergs) e com a Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional – Metroplan.

Polícia Real - OmãFlota Bolivar - Bolívia

Representantes Embaixada Etiópia Sociedade de Ônibus Gaúcha - Sogal - Rio Grande do Sul

Turismo Presidente - Presidente Getúlio - Santa Catarina

Page 49: Revista Viajante Ed. 17 - março 2016

49Viajante - Edição 17 - Março 2016

Comitiva México

Empresários das empresas Albatros, Buscefalos, ETS, Golden Traveler, Omnibus Cancún SA de CV, San Pedro, Santa Clara, Vip Travel e Xcaret, além de dois representantes da Scania do México, foram recepcionados por executivos das áreas de vendas, exportação e marketing.

Representantes Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE e Inmetro

Sociedade de Ônibus Porto Alegrense - Sopal - Rio Grande do Sul

Transaro de Turrialba - Costa Rica

TSL - Nigéria

Viação

Mauá

Rio de

Janeiro

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MEMÓRIA

O Uruguai foi o destino dos primeiros veículos exportados pela até então Carrocerias Nicola S.A em 1961. Adquiridos pela Compañia de Ômnibus Pando S.A. – COPSA, os modelos urbanos fabricados sobre chassi Mercedes-Benz tinham capacidade para transportar 27 passageiros e motor de 120 HP. Após cruzarem o Rio Grande do Sul, passando por Porto Alegre, Pântano Grande e Bagé, os dois ônibus seguiram rumo a Montevidéu, fazendo um percurso de mais de mil quilômetros.

50 Viajante - Edição 17 - Março 2016

Page 51: Revista Viajante Ed. 17 - março 2016

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Page 52: Revista Viajante Ed. 17 - março 2016

P a r a d i s o 1 3 5 0

Ef ic iênc ia e Sof is t icação

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