emergencias medicas no atendimento odontologico.pdf

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  • Diretoria Geral de Odontologia Centro de Estudos e Pesquisas Odontolgicas

  • A possibilidade da equipe odontolgica se deparar

    com emergncias mdicas durante a prtica

    odontolgica deve ser sempre considerada,

    mesmo nos procedimentos no invasivos.

  • A equipe odontolgica est preparada para atuar em caso de emergncias

    mdicas no consultrio?

  • Conhecimento e aferio dos sinais vitais;

    Preparar o ASB para reconhecer e auxiliar nasprincipais emergncias mdicas que possamocorrer durante o atendimento odontolgico;

    Capacitar o ASB para manter a vida do paciente eminimizar leses adicionais at a chegada deatendimento mdico.

  • Rapidez no reconhecimento do problema Suporte de vida adequado Equipe devidamente treinada Equipamentos em condies de utilizao

  • Compete ao CD prescrever e aplicar medicao deurgncia no caso de acidentes graves quecomprometam a vida e a sade do paciente.(CAP II, Art 4, 1)

    Em caso de acidentes que acarretarem perigo devida ao paciente, o CD pode lanar mo de todosos meios possveis para salv-lo.

    O ASB dever saber onde o material est guardado e auxiliar o CD para agilizar o procedimento.

  • COMO CONTROLAR A ANSIEDADE?

    Promover ambiente de tranquilidade: cores, sons,comportamento.

    Promover ambiente de confiana: explicar osprocedimentos ao paciente, tirar suas dvidas edemonstrar estar preparado para quaisquereventualidades.

    Utilizao de meios farmacolgicos: ansiolticos ouanalgesia inalatria com xido nitroso.

    95% das alteraes em consultrio so causadas pelo MEDO e ANSIEDADE

  • Idade avanada dos pacientes: o aumento daexpectativa de vida dos pacientes e o uso de drogasaumentam a possibilidade do dentista enfrentar umaemergncia mdica.

    Procedimentos com maior tempo de durao, o quepode causar, por exemplo, um quadro de hipoglicemia.

  • Anamnese minuciosa:histrico de cirurgias e internaes anteriores, alergias, uso de medicamentos, doenas sistmicas importantes :hipertenso arterial, cardiopatias,diabetes, nveis elevados de colesterol no sangue,hiperglicemia, obesidade, tabagismo, etilismo.

    Ficha clnica ou pronturio com assinatura do paciente;

    Controle dos sinais vitais;

    Treinamento da equipe.

  • Para caracterizar uma alterao temos que ter o conhecimento da normalidade

    Sinais vitais: so os indicadores do funcionamento fisiolgico bsico do corpo humano.

    Presso Arterial

    Frequncia Cardaca

    Frequncia Respiratria

    Temperatura

  • a fora que o sangue, depois de bombeado pelo corao, exerce sobre as paredes dos vasos sanguneos.

    Elevaes ocasionais da presso podem ocorrer por:

    Fatores ambientais: exerccios fsicos, nervosismo, temperatura ambiente, alimentao, fumo e lcool.

    Fatores patolgicos: hemorragia, estresse, dor, cardiopatia, doenas renais e alteraes vasculares.

  • Paciente hipertenso

    Aferir a PA em todas as sees,inclusive durante e aps

    o procedimento

    Paciente no-hipertenso

    Aps duas aferies normais, somente em procedimentos

    cirrgicos

  • Hipertenso do jaleco branco

    Muitos pacientes, na expectativa do

    atendimento odontolgico ficam tensos e umaelevao na presso arterial pode ser identificada.

    Em muitos pacientes tal alterao ocorre apenasnesses momentos de encontro com o profissionalde sade e a presso se mantm normal em outrassituaes cotidianas.

    Assim, fundamental que o paciente sinta-serelaxado e vontade no momento em que se medea presso.

  • O esfigmomanmetro ou aparelho de presso um dispositivo utilizado pordiversos profissionais da rea da sade para medir a presso arterial.

    composto por uma bolsa inflvel de borracha, conectada por um tubo deborracha a um manmetro e por outro tubo, que contm uma vlvulacontrolada pelo operador, conectado a uma pera de insuflar, que tem afinalidade de insuflar a bolsa de borracha.

    O estetoscpio usado para a ausculta dos batimentos.

  • Bolsa inflvel ou manguito

    Vlvula Pera de insuflar

    Manmetro

    Estetoscpio:

    Receptor sonoro

    Peas auditivas

  • Acesse o Vdeo Instrucional!

    Orientaes importantes:

    Aguardar 30 minutos aps exerccio fsico leve a moderado,

    uso de caf, lcool e fumo.

    Apoiar o brao ao nvel do corao, mantendo-o relaxado, livre de roupas, com a palma da mo voltada para cima e o cotovelo ligeiramente fletido.

    No falar durante o procedimento.

  • 1. Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da fossa cubital, voltado para a artria braquial.OBS: fossa cubital a rea triangular na poro anterior do cotovelo.2. Estimar o nvel da presso sistlica pela palpao do pulso radial, procedendo a contagem do pulso durante 1 minuto.

    3. Palpar a artria braquial na fossa cubital e colocar o estetoscpio sem compresso excessiva.4. Inflar rapidamente at ultrapassar em 20 a 30 mmHg o nvel da presso sistlica, obtido pela palpao. Exemplo: pulso radial 150 batimentos/min inflar at 170 mmHg.

    2 a 3 cm

  • 5. Proceder a deflao (esvaziamento) lentamente.

    6. Determinar a presso sistlica pela ausculta do primeiro som que em geral fraco, seguido de batidas regulares.

    7. Aumentar ligeiramente a velocidade de deflao.

    8. Determinar a presso diastlica no desaparecimento dos sons.

    9. Proceder a deflao rpida e completa.

    10. Sugere-se esperar em torno de 1 minuto para nova medida.

    11. Anotar os valores e o brao no qual a presso arterial foi medida.

  • Categoria Sistlica (mmHg) (mxima)

    Diastlica (mmHg) (mnima)

    Hipertenso

    Grave > 180 > 110

    Moderada160-179 100-109

    Leve 140-159 90-99

    Normal elevada 130-139 85-89

    Normal < 130 < 85

    Ideal < 120

  • Causas mais comuns da presso baixa : desidratao, jejumprolongado, excesso de medicao hipertensiva, diurticos eremdios para emagrecer, temperatura ambiente elevada,elevao rpida da cabea ao se levantar; porm pode estarassociada a doenas graves.

    A hipertenso arterial silenciosa at que apaream ossintomas: dores no peito, na nuca e cabea, tonturas,zumbido no ouvido, fraqueza, viso embaada,sangramento nasal, reteno de lquidos (inchao). Fatoresque influenciam: obesidade, fumo, lcool, estresse, altoconsumo de sal, colesterol alto, sedentarismo, diabetes,sono inadequado.

  • Verificar o pulso perifrico uma maneira indiretade aferir a frequncia cardaca.

    Normal(nmero de batimentos por minuto)Adulto: 60 - 100 batimentos por minutoCriana: 100 - 150 batimentos por minuto

    Alterado: > 100 (taquicardia)< 60 (bradicardia)

    Radial

    Carotdeo

  • Normal:16 20 movimentos respiratrios por minuto

    Apneia (falta de movimento respiratrio).

  • Normal: 35,5 37 C Febre leve: at 37,5 C Febre moderada: 37,5 38,5 C Febre alta: > 38,5C

    Obs: Aps o uso, limpar o

    termmetro com lcool 70%

  • Tipos de termmetros:

    Termmetro de mercrio: precisocolocar o aparelho em contato com a pele,de preferncia nas axilas, e esperar algunsminutos (aproximadamente 4) para fazer amedio da temperatura.Desvantagem: podem quebrar e omercrio tende a vaporizar e ser inalado.

    Termmetro digital: Utiliza sensoreseletrnicos para registrar a temperaturado corpo.

  • Sistema Circulatrio: Sncope, Crise Hipertensiva, Angina, Infarto.

    Sistema Endcrino: hipoglicemia.

    Sistema nervoso: crise convulsiva e AVC.

    Sistema Imunolgico: reaes de hipersensibilidade.

    Obstruo de vias areas

  • Diminuio da oxigenao cerebral.

    Pr-sncope (lipotmia): paciente permanece consciente.

    Sncope: perda temporria e momentnea da conscincia; desmaio.

    CAUSAS: Estmulos emocionais: ansiedade excessiva. Estmulos no emocionais: fome, exausto, ambiente

    quente, desidratao, dores fortes.

    SINAIS E SINTOMAS: palidez, fraqueza, suor frio, nusea e nsia de vmito, hipotenso, tontura, viso turva e pulso fraco.

  • RECOMENDAES

    Se a pessoa comeou a desfalecer:

    - Tente apoi-la antes que caia. - Ajude-a a sentar-se numa cadeira e a colocar a cabea mais baixa que o restante do corpo. - Pea que inspire e expire profundamente at que o mal estar passe. - No permitir que se levante sozinha.

  • Se ocorreu o desmaio:

    - Deite a pessoa confortavelmente, com a cabea em posiomais baixa que o restante do corpo.

    - Estenda a cabea para trs, propiciando a passagem de ar, eaguarde de 2 a 3 minutos sua recuperao.

    - Caso isso no ocorra deve-se administrar oxignio (3 a 4litros/minuto).

    - Faa-a ficar alguns minutos sentada para readaptar-se posio vertical.

    - No oferecer qualquer bebida at sua completa recuperao.- Monitorar a respirao, pulso e presso arterial at a chegada

    do auxlio mdico de urgncia previamente solicitado.

  • Hipotenso ortosttica: - a queda brusca da presso arterial provocada pela mudana

    repentina de posio (a pessoa estava sentada ou deitada e fica em pde repente), causando tontura.

    Cuidado quando o paciente levantar da cadeira, principalmente aps procedimentos longos!!! Deixe o paciente sentado por alguns segundos.

  • Elevao da presso arterial sistlica e/ou diastlica, por umapredisposio gentica ou fatores de risco.

    Sintomas: elevao da presso arterial, cefaleia, epistaxe(sangramento nasal), hemorragia gengival aps manipulao,tontura, mal-estar, confuso mental e distrbios visuais

    Interromper o atendimento imediatamente, colocar o paciente emposio confortvel, monitorar seus sinais vitais e tranquiliz-lo,administrar captopril (25 a 50mg), por via sublingual.

    Paciente deve ser encaminhado o mais rpido possvel paraavaliao mdica.

  • Dor torcica ocasionada pela diminuio regional do fluxosanguneo coronrio.

    Sintomas: dor no peito descrito como um esmagamento/queimadura, acompanhado de sudorese aumentada,palidez e agitao.

    A crise dolorosa pode se irradiar para outras reas adjacentes: ombro esquerdo, mo, dedos, costas, pescoo

    e mandbula e dentes.

  • RECOMENDAES

    Interromper o atendimento; Colocar o paciente em posio confortvel; Administrar oxignio; Havendo persistncia dos sintomas (seguida de nuseas,

    palidez, perda de conscincia, palpitao, sudorese e cianosedas mucosas, pode tratar- se de um quadro mais grave deinfarto do miocrdio, devendo ser solicitado servio mdicode urgncia;

    Controlada a crise, o paciente deve ser encaminhado paraavaliao mdica.

  • Nveis plasmticos de glicose menor que 40 miligramas por decilitrode sangue, podendo ocorrer em indivduos diabticos e no-diabticos.

    Causas mais comuns : superdose de insulina ou hipoglicemiante orale ingesto excessiva de lcool.

    Paciente Diabtico: medir nvel de glicose do sangue.

    OBS: Nvel normal de glicose no sangue at 120 mg/dl em jejum

  • Sinais e sintomas: 1 nuseas, sensao de fome e alterao no humor;2 sudorese, taquicardia, aumento da ansiedade, no

    cooperao e agressividade;3 convulses, perda de conscincia, diminuio da presso

    arterial e temperatura corporal.

    Como agir?Interromper o atendimento odontolgico e oferecer

    carboidratos simples de rpida absoro (doce, refrigerante,mel), caso ele esteja consciente.

  • Causas:- Epilepsia;- Hipoglicemia;- Overdose (cocana);- Abstinncia alcolica;- Meningite;- Leses cerebrais;-Febre alta

    Definio: contraes musculares, com perodos curtos de relaxamento e perda de conscincia.

  • Procedimentos:

    Interromper imediatamente o atendimento e deitar o paciente forada cadeira odontolgica, evitando quedas e traumas;

    Remover objetos da boca do paciente, evitando assim suadeglutio acidental ou aspirao;

    Remoo de culos, caso possua; Proteger a cabea da pessoa com a mo, roupa ou objeto

    acolchoado; Inclinar a cabea para o lado a fim de que o vmito ou saliva no

    sejam broncoaspirados; Afastar objetos ou moblia que possam causar traumas; Aguardar o fim da crise (3 a 5 minutos); Monitorar os sinais vitais.

  • objetos.

    P

  • Posio Lateral de Segurana

  • O que NO fazer durante uma crise convulsiva

    NO se deve imobilizar os membros (braos e pernas), deve-se deix-loslivres;

    NO balanar a pessoa. Isso gera falta de ar. NO coloque os dedos dentro da boca da pessoa, involuntariamente ela

    pode fer-lo. NO oferecer lquidos na hora da crise. Os reflexos esto alterados e

    pode-se afogar o paciente.

  • Desordem neurolgica resultante de hemorragia intracerebral, devido auma trombose, embolia ou insuficincia vascular.

    Sintomas: fraqueza o mais comum, dormncia em um dos membros ouface, fala alterada, cefalia, diminuio e/ou perda de conscincia evmitos.

    Interromper o tratamento e ligar imediatamente para o servio mdicode urgncia enquanto mantm respirao e circulao do paciente,colocando-o em posio confortvel, alm de monitorar seus sinaisvitais. No aconselhvel dar ao paciente nada para comer ou beber.

  • As manifestaes alrgicas mais comuns na odontologia esto relacionadas ao uso de: - anestsicos locais (principalmente a lidocana);- analgsicos;- anti-inflamatrios; - antimicrobianos (em especial a penicilina); - resinas acrlicas;- ltex das luvas cirrgicas e de procedimento.

    Fenmenos mais simples como urticria (eritema, prurido de graus variveis de leses cutneas) so mais comuns.

    J pedi fotos

    para a

    Mnica Israel.

    Incluir depois

  • A deglutio muitas vezes assintomtica, mas a aspirao constitui um quadro clnico grave que necessita de medidas imediatas.

    Um dos maiores perigos associados prtica odontolgica inclui a possibilidadede aspirao ou deglutio de corpos estranhos tais como: instrumentosendodnticos, prteses parciais, coroas unitrias, restos de amlgama, materialrestaurador ou material de impresso dente ou fragmento de dente, gramposde isolamento e outros.

    Colocar fotos Dbora

  • Obstruo Leve

    Sintomas:

    -Tosse

    - Rudos respiratrios

    - Fala com dificuldade

    CONDUTA

    1- Acalmar a vtima

    2 - Estimular a tosse

    3 - Administrar O2

    4 - Auxlio mdico

    Obstruo grave

    Sintomas

    - Falta de ar

    - Cianose

    -Ausncia de som

    - Mo no pescoo

    -Inconscincia

    CONDUTA

    1- Pedir ajuda

    2 - Manobras de

    Desobstruo

  • No realizar o

    procedimento

    na cadeira;

    colocar o

    paciente no

    cho.

    A - Acordado / Alerta?V - Verbal reage minha Voz?I - Inconsciente?

    Aps a avaliar o Nvel de Conscincia,observar o trax do paciente e identificar se

    h respirao. Diante da ausncia, iniciarimediatamente as compresses !!!

  • C- Compresses : 30 x 2 5 vezes em 2 min. A- Abertura das Vias Areas: elevao com a

    mo na testa/queixo. B Ventilao: Ventilaes curtas erpidas, intervalo de 1 D desfibrilao:

    Aguardar a chegada da ambulancia

  • Deve conter o bsico necessrio

    . Ambu e mscara

    . Tubo oxignio

    . Cnulas de Gedel

    . Farmcia Bsica Captopril hipertensoPolaramine anti-histamnicoBerotec broncodilatadorIsordil crise de anginaDecadron corticoideGlicose sncopeAdrenalina choqueAspirina

  • MARINGONI RL. Principais emergncias mdicas no consultrio odontolgico. Rev APCD, 52 (5):388-396, 1998. Resoluo CFO 63/2005 TSB e ASB Odontologia de qualidade. Lobas, C.F.S; Rita , M. M.; Duarte, S.Ed Santos, 2006 RESENDE RG, LEHMAN LFC, MIRANDA BB, CUNHA JF, COSTA MLT, GOMEZ RS, et al. Complicaes sistmicas no consultrio odontolgico: parte I. Arq em Odontol,45(1):44-50, 2009. Diretrizes Brasileiras de Hipertenso. Brazilian Journal of Hypertension. V17, n1, jan/mar 2010. Guidelines Cpr 2010 / 2015 - A H A - American Hearth Association