educaÇÃo especial

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EDUCAÇÃO INCLUSIVA: O DEFICIENTE AUDITIVO E O ENSINO DE GEOGRAFIA TENDO COMO MEDIADOR O COMPUTADOR Trabalho monográfico de conclusão do curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Informática na Educação da Universidade Castelo Branco Eliane V. Barbosa

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Essa monografia tem como tema a Educação Inclusiva – O Deficiente Auditivo e o Ensino de Geografia tendo como mediador o Computador. Abordamos o ensino especial, legislação brasileira, os vários tipos de surdez, suas causas e as características das crianças surdas, os pensamentos de vários autores sobre inclusão e integração, o ensino dos surdos, o ensino de Geografia no Brasil, o desenvolvimento da informática educativa no Brasil e os vários tipos de softwares educacionais.

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EDUCAÇÃO INCLUSIVA: O

DEFICIENTE AUDITIVO E O ENSINO

DE GEOGRAFIA TENDO COMO

MEDIADOR O COMPUTADOR

Trabalho monográfico de conclusão do curso

de Pós-Graduação Lato Sensu em Informática na Educação da Universidade Castelo Branco

Eliane V. Barbosa

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EDUCAÇÃO INCLUSIVA: O DEFICIENTE AUDITIVO E

O ENSINO DE GEOGRAFIA TENDO COMO

MEDIADOR O COMPUTADOR

Autora: Eliane V. Barbosa

Monografia elaborada em 14/05/2005. Publicada em 27 de setembro de 2011

no site www.issu.com Rio de Janeiro, Brasil

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Dedico este trabalho a minha mãe e ao meu

irmão que tanto me apoiaram durante esse

processo;

E a meu pai (in memória) que não teve a

chance de ver esse trabalho.

iii

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Page 7: EDUCAÇÃO ESPECIAL

Agradecimentos

A Deus - por ter me guiado nessa travessia;

Ao Prof. Carlos Henrique Chaves - por ter me

norteado no desenvolvimento desse trabalho;

À minha família - por ter me auxiliado e me

compreendido;

Aos meus colegas - que me ajudaram com

suas informações preciosas:

A Simone, Maria Helena, Gilcy e Tiana que

compartilharam comigo os seus

conhecimentos;

E a minha amiga - Teresa que tanto me

incentivou.

iv

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Page 9: EDUCAÇÃO ESPECIAL

Há o sofrimento do corpo, em si

mesmo: dores, incapacidades,

limitações. Mas há a dor terrível do

olhar das outras pessoas. Se não

houvesse olhos, se todos fossem

cegos. Então a diferença não doeria

tanto. Ela dói porque, no espanto do

olhar dos outros, está marcado o

estigma-maldição: Você é diferente.

Rubens Alves (1999 apud CARVALHO, 2004, p. 86)

v

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SUMÁRIO

Página

Resumo............................................................................................................... vii Parte 1 1. Apresentação..................................................................................................... 1

1.1. Objetivos e problema 1.1.1. Objetivos

1.1.2. Problema

2. Introdução......................................................................................................... 4 2.1. Metodologia Parte 2 3. Educação Especial .......................................................................................... 7 3.1. As Leis que regem a Educação Especial 3.2. A Surdez e suas causas 3.3. A comunicação dos Surdos 4. Inclusão............................................................................................................. 15 5. O Ensino de Geografia para Alunos Surdos........... ...................................... 19 5.1. O Ensino de Surdos ao Longo do Tempo 5.2. O Ensino de Geografia no Brasil 6. O Computador e o Ensino de Surdos ....................................................... .... 29 6.1. A Informática Aplicada a Educação no Brasil Parte 3 7. O uso do computador no Ensino de Geografia .............................................. 40 7.1. Internet 7.2. Análise dos dados 7.3. Conclusão

Referências Bibliográficas ................................................................................. 47

Anexo ................................................................................................................ 55

vi

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RESUMO

Educação Inclusiva – O Deficiente Auditivo e o Ensino de Geografia tendo como mediador o computador. Este trabalho foi dividido em três partes para que o tema, que é Educação Inclusiva – O Deficiente Auditivo e o Ensino de Geografia tendo como mediador o Computador, fosse melhor compreendido. Na primeira parte temos o problema, os objetivos a serem alcançados, a introdução e a metodologia. Na segunda parte abordamos o ensino especial e legislação brasileira sobre o direito das pessoas portadoras de necessidades especiais incluindo os surdos, nessa parte foram relacionados os vários tipos de surdez, suas causas e as características das crianças surdas, mostramos também os pensamentos de vários autores sobre o que é inclusão e integração, como vem ocorrendo o ensino dos surdos ao longo do tempo e o ensino de Geografia no Brasil, o desenvolvimento da informática educativa no Brasil e os vários tipos de softwares educacionais. Na terceira parte abordamos o ensino de Geografia mediado por computador e uma pequena pesquisa sobre o uso do computador no ensino de Geografia e as conclusões.

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1. APRESENTAÇÃO

A Sociedade de um modo geral vê, até hoje, a surdez como uma

doença que deve ser tratada por um médico, a não aceitação da cultura surda e da

linguagem de sinais dificulta a integração do surdo e o desenvolvimento de sua

cidadania. Mas percebemos também que vem ocorrendo uma mobilização de alguns

grupos sociais e principalmente das escolas, no sentido da inclusão dos portadores

de necessidades especiais, isso inclui os surdos. Segundo Capellini e Mendes

(2004):

Estudos têm mostrado que crianças com necessidades educacionais especiais em situações de ensino regular têm melhor desempenho social e acadêmico, quando comparadas às que só recebem Educação Especial, destacando a importância da fusão Educação Especial com a Educação Regular (Stainback & Stainback, 1992; Strully & Strully, 1996), pois o sucesso deste processo tende a relacionar-se com as condições oferecidas e grau de comprometimento da deficiência (Freeman e Alkin 2000)

As mudanças que vem ocorrendo na sociedade e conseqüentemente

na escola com as novas tecnologias, dentre elas o computador, vêm alterando a

forma de pensar, principalmente dos educadores que têm buscado novas soluções

para que haja inclusão em turmas regulares de alunos portadores deficiência.

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2

1.1. Objetivos e problema

1.1.1. Objetivos

Partindo da premissa que o objetivo do processo educacional é a

transmissão do conhecimento e a formação do cidadão, este trabalho tem como

objetivos analisar as dificuldades encontradas pelo professor de Geografia na

transmissão de conteúdos desta disciplina, principalmente aqueles que sugerem

abstração para os alunos surdos, e também mostrar que o aluno portador de surdez

pode aprender Geografia usando como instrumento o computador e assim facilitando

sua integração com o meio em que vive. Especificamente analisaremos as

dificuldades encontradas pelo surdo na aprendizagem de Geografia e a influência do

computador neste aprendizado.

O computador pode ser várias tecnologias educacionais, mas também uma tecnologia não educacional. É uma tecnologia educacional quando for parte de um conjunto de ações (práxis) na escola, no lar ou noutro local com o objetivo de ensinar ou aprender (digitar um texto de aula, usar um software educacional ou acessar um site na Internet), envolvendo uma relação com alguém que ensina ou com um aprendente. (CYSNEIROS, 2004)

O computador, como ferramenta de ensino-aprendizagem, permite o

aluno desenvolver diversas atividades, em qualquer ambiente que esta criança

esteja, seja em casa, na escola ou mesmo sozinha. Na escola o professor pode fazer

uma avaliação do desenvolvimento cognitivo e uma verificação da eficiência das

técnicas pedagógicas adotadas.

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1.1.2. Problema

Este trabalho busca responder ao seguinte questionamento: O uso do

computador melhoraria realmente o aprendizado do aluno surdo? E para isso será

usada uma metodologia de análise da literatura sobre educação especial – surdos,

sobre o ensino de geografia, o uso do computador e da internet no ensino de

geografia para surdos, a fim de buscar respostas sobre as dificuldades encontradas

pelo professor Geografia no ensino para alunos surdos, das dificuldades encontradas

pelos surdos na aquisição de conhecimentos e se o computador facilitaria o ensino-

aprendizagem.

Fala-se muito em tecnologia, telemática, informática etc. termos que parecem as vezes tão distante da escola, não propriamente do espaço físico escola, mas sim da prática pedagógica, e cabe a nós, professores, a atualização e o acompanhamento dessa evolução tecnológica dinâmica que a sociedade nos impõe. (SAVELLI, 2003)

Acreditamos que a interação entre o indivíduo com o meio ambiente

favorece a construção do conhecimento e com os recursos da informática que é um

recurso visual, principalmente o uso da Internet, favoreceria a apropriação do

conhecimento pelos surdos tornando-os cidadão do mundo.

Page 18: EDUCAÇÃO ESPECIAL

4

2. INTRODUÇÃO

O Município do Rio de Janeiro vem implantando a educação inclusiva1

em toda a sua rede escolar. Ao se trabalhar com alunos portadores de necessidades

especiais, principalmente os alunos portadores de deficiência auditiva, e para isso é

preciso encontrar novas maneiras de se comunicar com eles, socializá-los e ao

mesmo tempo transmitir conhecimentos. Estudando geografia o aluno torna-se capaz

de observar, descrever, indagar e representar as mais variadas paisagens e lugares

e os alunos portadores de surdez serão capazes de compreender o seu papel como

parte integrante das transformações que ocorrem no espaço geográfico.

Para os surdos “... o espaço é o meio de comunicação e de construção

de linguagem, fixos e fluxos...”. (SILVA, C., 2003, p.112). E ainda segundo Silva

(p.10):

Pensar a experiência viso-espacial dos surdos nesta perspectiva, coloca-se como forma de refletir a análise e ensino de geografia para surdos em que os “fluxos visíveis e sem ruídos parecem ser a condição fundamental para a leitura de mundo dos surdos partindo da análise material sem a mediação pela linguagem oral e sim visual que as significações constroem mediante a observação dos objetos e ações numa perspectiva interacionista de espaço, tempo e ser social.

Devemos aproveitar a capacidade de observação do surdo para

trabalharmos a análise do espaço geográfico. Com o uso do computador como

1 Educação Inclusiva é um processo educacional através do qual todos os estudantes, incluindo os com

deficiência, são educados juntos com o apoio necessário, na idade adequada, em instituições de ensino regular, na

vizinhança de suas casas (WERNECK, 20000)

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mediador, a tarefa de aprender Geografia se torna mais fácil para os alunos surdos,

permitindo a eles o desenvolvimento de sua autonomia, do sentimento de segurança

em relação a sua própria capacidade, de interação no meio social em que vive e em

trabalho de equipe e, portanto, sendo capaz de atuar em níveis sociais mais

complexos e diferenciados, tornando-se cidadãos críticos e atuantes na sociedade.

O computador “é um instrumento de mediação na medida em que

possibilita o estabelecimento de novas relações para a construção do conhecimento

e novas formas de atividade mental. (PCNs, 1998, p 147). Com a interação

professor, computador e aluno, acredita-se que a construção de novos

conhecimentos poderá ser facilitada.

2.1. Metodologia

Para respondermos a situação problema: Se o uso do computador

melhoraria o aprendizado do deficiente auditivo; foi realizada uma abordagem

descritivo-reflexiva, através de pesquisa bibliográfica, sobre a educação inclusiva e a

legislação brasileira que protege os direitos dos surdos, surdez e suas causas, os

métodos adotados no ensino de Geografia, o uso do computador e de seus

aplicativos e da internet no ensino de surdos. Também foi realizada uma pesquisa de

campo sobre a utilização do computador como ferramenta de ensino aprendizagem

nas escolas, através de entrevistas com professores do primeiro e segundo ciclos e

professores de Geografia do terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental que têm

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ou tiveram alunos surdos incluídos em suas turmas regulares. Se os professores já

haviam trabalho com deficiente auditivo, se na escola havia laboratório de informática

e como o utilizava, e se eles acreditavam que o uso computador melhoraria a

aprendizagem dos alunos surdos.

Acreditamos que este trabalho poderá contribuir para entender a

realidade vivida pelo aluno surdo e pelo professor, que atendente em classe regular,

crianças portadoras de surdez.

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3. EDUCAÇÃO ESPECIAL

3.1 . Leis que regem a Educação Especial

A Educação Especial atende a crianças com necessidades especiais,

tanto crianças com certa dificuldade de aprendizado, bem como as portadoras de

alguma deficiência.

Segundo Mantoan (apub ALMEIDA, 2003, p.22) Educação Especial é

“... um processo que visa promover o desenvolvimento das potencialidades de

pessoas portadoras de deficiências, condutas típicas ou de altas habilidades, e que

abrange diferentes níveis e graus de ensino...” (1998a, p.3). Para que isso ocorra é

necessário que haja um envolvimento dos pais, educadores e da própria

comunidade.

Segundo Lira (2004, p.30) “Existem no Brasil 24 milhões de pessoas

portadoras de deficiência (...) 14% da população. Entre elas, 5,7 milhões são de

pessoa com deficiência auditiva (censo – IBGE 2000)...”. A legislação brasileira

possui várias leis e artigos, seja na esfera federal, estadual ou municipal, que

garantem aos portadores de deficiência seus direitos como cidadãos. Como por

exemplo, no artigo 2º da Constituição Federal de 1988.

Art 2º Cabe aos órgãos e às entidades do Poder Público assegurar à pessoa portadora de deficiência, o pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive dos direitos à educação, saúde, ao trabalho, ao desporto, ao turismo, ao

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lazer, à previdência social, à assistência social, ao transporte, à edificação pública, à habitação, à cultura, ao amparo a infância e a maternidade, e de outros que, decorrentes da Constituição das leis propiciem seu bem-estar social e econômico. (DECRETO 3298, 20/12/1999, que regulamenta a LEI 7853 de 24/10/1989)

E no artigo 208 da Constituição Federal, na LDB 9.394/96 e no artigo 58

da Lei 7.044/82 e no artigo 54 Lei 8.069/90 e no inciso II, nos Parâmetros

Curriculares da Educação, que fala especificamente sobre o direito a educação de

preferência em turmas regulares de ensino.

(...) o artigo 208 da Constituição Federal de 1988 estabelece atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino. A atual LDB nº 9.394/96, que substitui a Lei nº 5,692/71 e a Lei nº 7.044/82, apresenta avanços no que se refere à educação especial, estabelecendo, em seu artigo 58, que educação especial faz parte da modalidade de educação básica, sendo oferecida, preferencialmente, na rede regular de ensino para educandos portadores de necessidades educacionais especiais. No Artigo 54 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 190, e no inciso III, estabelece que é dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente: atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente, na rede regular de ensino... (LIMA E RAMOS, 2003, p.25)

Mundialmente temos as Cartas Internacionais, como a Carta Para

Milênio (09/09/1999), Declaração dos Direitos dos Deficientes (09/12/1975),

Declaração de Salamanca (1994) e da Guatemala (1999) Declaração de Montreal

(2001) entre outros.

A Declaração de Salamanca (apud ALMEIDA, 2003, p.155), por

exemplo, afirma que:

Para crianças com necessidades educacionais especiais uma rede contínua de apoio deveria ser providenciada, com variação desde a ajuda mínima, na classe regular até programas adicionais de apoio à aprendizagem dentro da escola e expandindo, conforme necessário, à provisão de assistência dada por professores especializados e pessoal de apoio externo. (1994, p.10)

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O deficiente auditivo, além das Leis que asseguram os direitos dos

deficientes como um todo, possue leis específicas, como a Lei Federal nº 10436 de

24/04/2002. Destacamos aqui alguns artigos: “Art. 1º É reconhecida como meio legal

de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais - Libras e outros recursos

de expressão a ela associados”. No artigo 6º (apud, SILVA, R, 2003, p.38) “As

instituições de ensino público deverão garantir, quando solicitadas, a presença e

utilização da Língua Brasileira de Sinais, no processo ensino-aprendizagem desde a

Educação Infantil até os níveis mais elevados de sistema educacional”. Mesmo

sendo garantida pela Constituição Federal a utilização da língua de sinais, no

processo de ensino-aprendizagem, verificamos que nas turmas regulares não há

presença da língua de sinais e nem de um tradutor, a sala de recurso é o único meio

de interação entre o professor de turma regular e o aluno surdo. A Libras é definida,

no parágrafo único da Lei Federal 10436 de 24/04/2002, como sendo:

(...) a forma de comunicação e expressão, em que o sistema lingüístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, constituem um sistema lingüístico de transmissão de idéias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdo do Brasil.

Apesar de ser reconhecida como língua, a Língua Brasileira de Sinais

(Libras), não substitui a língua oficial do Brasil, o português, assim sendo, o aluno

deficiente auditivo deve aprender as duas linguagens.

3.2. A surdez e suas causas

Podemos considerar um indivíduo surdo quando ele “... possui audição

não funcional na vida comum, e parcialmente surdo, aquele que mesmo com perda

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auditiva, possui audição funcional com ou sem prótese auditiva”. (OLIVEIRA, 2004).

A surdez é uma das deficiências sensoriais mais freqüentes em seres humanos.

Segundo informações INES2(2004) há dois tipos principais de

problemas auditivos: O que afeta “... o ouvido externo ou médio e provoca

dificuldades auditiva ”condutivas" (...) ou de "transmissão". Normalmente tratáveis e

curáveis. E o tipo de surdez que envolve o ouvido interno ou o nervo auditivo.

Chama-se surdez neurossensorial, geralmente é irreversível, “... esse tipo de surdez

corta o volume sonoro e também distorce os sons...”.

Na surdez condutiva ou de transmissão o volume do som se torna fraco

(distante) . E ainda pode existir a deficiência mista, isso ocorre quando o problema se

localiza no ouvido interno e no médio.

Segundo Oliveira, L 3 (2004) “A deficiência auditiva pode ser congênita

ou adquirida. É congênita quando ocorre antes do nascimento ou, em alguns

casos, durante o parto e adquirida quando ocorre após o nascimento”. O que pode

causar a deficiência auditiva congênita é a:

(...) hereditariedade, viroses maternas (rubéola, sarampo), doenças tóxicas da gestante (sífilis, citomegalovírus, toxoplasmose), ingestão de medicamentos ototóxicos (que lesam o nervo auditivo) durante a gravidez.

Verificamos que o cuidado da mãe para com o bebê antes, durante e

após o parto é muito importante para que a criança nasça saudável.

De acordo com Couto (1985) podemos classificar os tipos de surdez

em: indivíduos parcialmente surdos e indivíduos surdos. Os portadores de surdez

parcial podem ser divididos em dois subgrupos: os que possuem surdez leve (a

2 INES – Instituto Nacional de Surdos. Site: www.ines.gov.br/principal

3 Artigo: A Escrita do Surdo: Relação Texto e Concepção

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perda auditiva é de 20 até 40 decibéis) e os que possuem surdez média ou

moderada (a perda auditiva varia entre 40 e 70 decibéis). Os indivíduos considerados

surdos podem ser agrupados em: aqueles que possuem surdez severa (a perda

auditiva varia entre 70 e 90 decibéis) e os que possuem surdez profunda (perda

auditiva é superior a 90 decibéis). (apud DORZIAT, 2004)

Ainda segundo Couto (1985, p.12) os alunos com perda auditiva leve

são considerados desatentos e distraídos, por “... não perceberem todos os sons da

palavra principalmente a voz fraca e distante, olham sempre para o rosto de quem

está falando. Costumam pedir para repetir as informações....”.

As crianças que possuem uma surdez moderada para que possam

compreender a fala “... é necessário uma voz forte, principalmente em ambientes

ruidosos. Apresentam atraso de linguagem e alterações articulatórias (...).

Geralmente, essas pessoas precisam de apoio visual para o entendimento da

mensagem....”. (ibid)

Já nos casos de surdez severa, continua Couto (1985) a criança só

percebe a ”... voz muito forte e alguns ruídos do ambiente familiar (...) a

compreensão verbal depende do apoio visual e da observação do contexto em que

se desenvolve a comunicação...”. Quando a surdez é profunda a criança não

consegue identificar a voz humana e por isso “... Não adquirem linguagem

naturalmente no ambiente familiar e não adquirem fala para se comunicarem, devido

à ausência de modelo...”.

Tanto na surdez severa quanto da surdez profunda verificamos que a

aprendizagem se torna muito difícil devido à gravidade da perda auditiva e em ambos

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os casos aptidão pessoal de utilizar a percepção visual e de observação do ambiente

é que vai favorecer o desenvolvimento da linguagem oral. (COUTO, 1985)

3.3. A comunicação dos surdos

As dificuldades de se fazer entender e de compreender os outros,

principalmente os professores que não conhecem a linguagem de sinais, dificulta o

aprendizado do deficiente auditivo. Tartuci (2001) diz em seu artigo4 que “A falta de

domínio de uma língua comum entre surdos e ouvintes com certeza dificulta ou

mesmo impede a interação, a comunicação e a própria construção de

conhecimentos”. Isso se constata na prática, pois verificamos que os alunos surdos

incluídos geralmente se mantêm isolados do resto da turma e se comunicando muito

pouco com o grupo de ouvintes.

Para Oliveira, L. (2004) os surdos têm uma maneira própria para

acessarem as informações mesmo aqueles que usam prótese:

(...) os indivíduos com surdez não acessam a informação escrita como as

outras pessoas (dificuldades decorrentes da falta de audição), (...) mesmo os usuários de prótese não têm a audição como a de pessoas comuns, e muitas vezes escutam sons distorcidos ou diferentes de nossa realidade de ouvintes, percebemos que estes indivíduos apresentam grande resistência à escrita e a leitura de textos e informações escritas, em geral.

Quanto à forma de comunicação dos surdos, existem três grandes

correntes: a do Oralismo, a da Comunicação Total e a do Bilingüismo, conforme

afirma Dorziat (apud Oliveira, 2004)

4 Artigo: Alunos Surdos Na Escola Inclusiva: Ocorrências Interativas e Construção de Conhecimentos

(2001)

Page 27: EDUCAÇÃO ESPECIAL

13

(...)apesar das diferentes opiniões que dividem e subdividem as metodologias específicas ao ensino de surdos, em termos de pressupostos básicos, existem três grandes correntes filosóficas: a do Oralismo, da Comunicação Total e do Bilingüismo”.(1997, p. 13).

Na corrente a do Oralismo, Dorziat (apud Oliveira, 2004) afirma que:

( ...)a concepção do Oralismo visa a integração dos surdos, na comunidade

de ouvintes, condicionando-os ao aprendizado e desenvolvimento da linguagem oral. Considera-se que, para a boa comunicação, a pessoa com surdez deva oralizar bem, sendo o principal objetivo dessa filosofia... (1997)

Percebemos que esse tipo de proposta esbarra na grande dificuldade

que as pessoas com surdez severa e profunda tem em oralizar, pois a capacidade

auditiva é reduzida ou nenhuma.

Na segunda corrente, a da Comunicação Total, o principal objetivo “...

consiste na efetivação dos processos de comunicação entre os sujeitos com surdez

e entre estes, e os demais sujeitos”. (Oliveira, 2004). Para Silva, C. (2003, p.40), a

Comunicação Total tem como objetivo principal “... desenvolver a comunicação entre

surdos e ouvintes utilizando todas as formas possíveis de comunicação: auditivas,

orais, manuais, visuais, incluindo a língua de sinais”. É preciso que os indivíduos

surdos se comuniquem com os surdos e com os não surdos, por isso deveria haver

um processo de integração entre ambas as correntes.

Segundo Goldfeld (apud OLIVEIRA, 2004) o Bilingüismo se caracteriza

da seguinte forma:

O Bilingüismo tem como pressuposto básico que o surdo deve ser Bilíngüe, ou seja deve adquirir como língua materna a língua de sinais, que é considerada a língua natural dos surdos e, como Segunda língua , a língua oficial de seu país [...]. Para os bilingüistas, o surdo não precisa almejar uma vida semelhante ao ouvinte podento assumir sua surdez. (1997, p.38)

Page 28: EDUCAÇÃO ESPECIAL

14

A integração entre os dois tipos de linguagens, a de sinais e a oral, é

complexa, pois suas estruturas gramaticais são diferentes.

Para Sacks (1990, p. 46) uma combinação entre a língua de sinais e a

falada, permitiria aos surdos se tornarem mais eficientes nos dois tipos de linguagem

e para isso é necessário que a língua de sinais faça parte integrante das escolas de

ensino regular e que os professores que deveriam aprender o LIBRAS, para facilitar

integração do aluno surdo ao grupo de ouvintes.

3.4. O Ensino de Surdos ao longo do tempo

Para se falar do ensino de Geografia para surdos, é necessário fazer

uma pequena retrospectiva do ensino para surdos ao longo do tempo. Os surdos,

segundo Silva, C. (2003), desde Antiguidade, eram considerados seres incompletos,

pois não conseguiam dominar a linguagem oral, diziam que eles não tinham

pensamentos estruturados. Na Idade Média, Moura (apud SILVA, 2003, p. 25, 26)

afirma que os surdos eram discriminados pela Igreja Católica, pois era crença da

época que suas almas não eram imortais, pois eles não podiam oralizar os

sacramentos. Na questão jurídica, ainda afirma Moura, os surdos não tinham direitos

nem a herança e nem de governar a sua própria vida (2000, p.16). Nessa época

foram desenvolvidas propostas para que os surdos pudessem se comunicar,

utilizando sinais ou não, e assim garantissem os seus direitos sociais e políticos.

Durante a Idade Moderna e Contemporânea, segundo Silva (2003, p.

26), vários autores se destacaram por afirmar que os surdos conseguiriam aprende a

Page 29: EDUCAÇÃO ESPECIAL

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ler e escrever, dentre eles temos Bortolo della Marca d’Ancora, Girolamo Cardamo,

Pedro Leon, que é considerado o precursor da Língua de Sinais, pois em suas

práticas pedagógicas está a “... utilização do alfabeto através da configuração da

mão... ”(p.26). Durante todo o século XVII, os autores defendiam a utilização dos

sinais com o objetivo o desenvolver a fala. Segundo Sá (apud SILVA, 2003, p.26) “É

no século XVIII que a língua de sinais passa a preponderar no ensino de surdos...”

(1999, p. 75). Em 1760, Abbé L’Epée cria o sistema de Sinais Metódicos

reconhecendo a língua de sinais como sendo própria dos surdos apesar de achá-la

limitada. A surdez passa a ser vista como doença e passa a ser estudada pela

medicina, isso vai influenciar os currículos e as abordagens educacionais. (SILVA,

2003, p.28)

Ainda segundo Silva (2003), “... o avanço do oralismo não se efetivou

de forma tranqüila, pois os surdos, (...), resistiram utilizando a língua de sinais em

seus clubes e associações, em banheiros e corredores de escolas...”. Constatamos

que apesar de toda a pressão sofrida pelos surdos para abandonarem a língua de

sinais isso não ocorreu nem mesmo nos momentos da história em que a pressão foi

mais intensa.

Até 1960, houve o predomínio do Oralismo, o movimento de resistência

começa a ganhar força, principalmente através de filmes que mostravam o

descontentamento com esse tipo de comunicação, começa-se a difundir a filosofia da

Comunicação total.

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Segundo Brito (1993, apud SILVA, 2003, p. 41), que discorda de Dorziat

(2004), existe “(...) apenas duas filosofias educacionais: o Oralismo e o Bilingüismo,

pois a Comunicação Total, na realidade seria um Oralismo disfarçado na medida em

que a ênfase maior de comunicação repousa sobre a língua oral”. De qualquer

maneira notamos que sempre se cobra do surdo a necessidade de oralizar para

poder se integrar à sociedade e a língua de sinais não é visita como forma de

comunicação, pois a sociedade não está preparada para compreendê-la.

Segundo Moura (apud SILVA 2003, p.47) a educação de surdo no

Brasil começa com a chegada do professor Edward Huet, que é surdo, em 1855. É

fundado, no Rio de Janeiro, o Imperial Instituto de Surdos-Mudos que, em 1857,

passa a se chamar Instituto Nacional de Surdos-Mudos. Em 1957, o Instituto

Nacional de Surdos-Mudos recebe o nome de Instituto Nacional de Surdos (INES). O

Instituto tinha como objetivo a integração social e o ensino predominante era a

articulação e leitura orofacial e neste mesmo ano é proibida a utilização da língua de

sinais em sala de aula.(2000, p. 81). Silva (2003, p.49) afirma que:

O Oralismo é adotado oficialmente em 1911 e a partir de 1957 em sala de aula, é proibida a utilização da língua de sinais em sala de aula...”. (...) A partir da década de 1930, o trabalho de “normalização” do surdo é intensificado juntamente com os referenciais da medicina, caracteriza-se também a visão de “deficiência” em relação aos alunos surdos (...)

Observamos que ainda hoje a surdez é encarada como uma doença,

uma deficiência e a cultura surda não é valorizada, a linguagem de sinais não é

utilizada nas turmas regulares onde o surdo está inserido. De acordo com Sá (1999,

p.105)

Page 31: EDUCAÇÃO ESPECIAL

17

A Comunicação Total (...) foi introduzida no Brasil por Ivete Vasconcelos através de um documento distribuído pelo Gallaudet College, divulgado pelo Centro Internacional da Surdez com sede em Washington (apub SILVA, 2003, p. 49).

Segundo Goldfeld (2001, p.37) “(...) no Brasil a Comunicação Total

caracterizou-se pela utilização da LIBRAS5, do alfabeto datilológico, português

sinalizado e o pidgin6...” (apub SILVA, 2003, p.42). A corrente da Comunicação Total

continuou sendo muito forte até a década de oitenta.

A partir da década de 80, após pesquisa sobre a LIBRAS, o Bilingüismo

passa a ser divulgado. Pernambuco foi o primeiro estado a adotar o bilingüismo, em

1986. Mais tarde, alguns Estados brasileiros adotam em forma de lei a LIBRAS,

como Minas Gerais (Lei nº 10.397 de 10/01/91), Rio Grande do Sul (Lei º 11.405 de

31/12/1999) e torna-se Lei Federal nº 10436, em 24 de abril de 2002. Em 1987 é

fundada a FENEIs7. Nos anos 90, o Bilingüismo se difundiu, porém os três tipos de

abordagem educacionais, Oralismo, a Comunicação Total e o Bilingüismo, são

adotados em todo o país.(SILVA, 2003, p. 50), mas Verificamos que a ênfase maior

se dá ao Bilingüismo.

5 LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais

6 Pidgin

- simplificação gramatical de duas línguas, no caso, o português e a LIBRAS

7 FENEIS - Federação Nacional de Educação de Surdos.

Page 32: EDUCAÇÃO ESPECIAL

18

4. INCLUSÃO

O ajuste a estrutura existente na escola é muito importante no que se

refere à inclusão de portadores de necessidades especiais. Segundo Werneck

(2000, p.53) “Os vocábulos integração e inclusão no âmbito do ensino encerram a

mesma idéia, ou seja, a inserção da pessoa com necessidades educativas especiais

na escola”. Para Almeida (2003, p.53), integração não exige uma reforma radical da

escola, as crianças podem receber currículos modificados ou adaptados. A escola

não se modifica para atender as necessidades do aluno e sim o aluno que tem que

se adaptar a estrutura já existente na escola.

Já para Amaral (2003, p. 23) integração é “... a inserção de alunos com

deficiência nas escolas comuns, mas seu emprego dá-se também para designar

alunos agrupados em escolas especiais para pessoas com deficiência, ou mesmo

em classes especiais, grupos de lazer ou residências para deficientes”. A integração

do aluno a escola é um processo que envolve educar e ensinar, tanto as crianças

chamadas de “normais” quanto àquelas que necessitam de um atendimento especial

durante sua permanência na escola. É um processo gradual e dinâmico, que deve

sempre levar em conta o meio de onde vem esta criança. (CARVALHO, 1994, p. 36).

Percebemos que as escolas que recebem, alunos com necessidades especiais não

Page 33: EDUCAÇÃO ESPECIAL

19

estão preparadas para atender a essas necessidades tanto na parte estrutural

quanto na parte pedagógica.

Para Werneck (2000, op. cit. p. 53) inclusão é um:

(...) processo educacional através do qual todos os estudantes, incluindo os com deficiência, são educados juntos, com o apoio necessário, na idade adequada, em instituições de ensino regular, na vizinhança de suas casas.

Para que haja inclusão é necessária a participação de todo o grupo, da

Unidade Escolar, da família e da comunidade.

A Declaração de Salamanca (apud Almeida, 2003, p. 4) em relação à inclusão

escolar, diz que:

O princípio fundamental da escola inclusiva é o de que todas as crianças devem

aprender juntas, sempre que possível, independentemente de quaisquer dificuldades

ou diferenças que elas possam ter. Escolas inclusivas devem reconhecer e responder

às necessidades diversas de seus alunos, acomodando ambos os estilos e ritmos de

aprendizagem e assegurando uma educação de qualidade a todos os através de um

currículo apropriado, arranjos organizacionais estratégicos de ensino, uso de recursos

e parceria com as comunidades. (1994, p.5)

Para que esse processo de inclusão ocorra não basta colocar o aluno

com necessidades especiais em uma turma regular é necessário que o professor

seja capacitado permanentemente e a escola se adapte as novas necessidades de

seus alunos.

(...) inclusão não significa transferir o aluno da escola especial para a escola regular, pois ela representa uma mudança na mente e nos valores para as escolas e para a sociedade em geral, porque subjacente à sua filosofia está a celebração da diversidade.(MILTTLER, 2000, apud ALMEIDA, 2003, p.4)

Percebe-se que no caso dos alunos portadores de surdez o que tem

ocorrido é apenas a inserção dos mesmos em turmas regulares, sem qualquer

mudança na pedagogia da escola. E Mittler (2001) argumenta que:

Page 34: EDUCAÇÃO ESPECIAL

20

(...) a inclusão requerer mudanças sistemáticas na maneira como as escolas são organizadas e administradas, há necessidade de alterações no contexto cultural, nos valores da comunidade e na expectativa dos pais,bem como na liderança dentro da escola. Sem essas alterações, envolvendo, sobretudo, a comunidade escolar, o tutelamento de fora será sempre necessário. (apud ALMEIDA, 2003, p.109)

Concordando com Mittler, mas ressalvando que para que isso ocorra é

necessário que os diretores, professores e pessoal de apoio e até mesmo a

comunidade sejam orientados para melhor acolherem os alunos com necessidades

especiais.

Segundo Piaget (apub FREITAS e CASTRO, 2004), a criança constrói

seu próprio conhecimento, sendo que na criança deficiente essa construção pode ser

limitada pela pouca interação com o ambiente que a cerca, e Papert (apub FRETIAS

e CASTRO, 2004) afirma que a interação física e mental da criança com o meio

ambiente é muito importante para que ela construa esse conhecimento. E de acordo

com Valente (apud GALVÃO FILHO, 2004)

As crianças com deficiência (física, auditiva, visual ou mental têm dificuldades que limitam sua capacidade de interagir com o mundo. Estas dificuldades podem impedir que estas crianças desenvolvam habilidades que formam a base do seu processo de aprendizagem. (1991, p.1)

Para que as crianças portadoras de deficiência desenvolvam suas

habilidades é necessário que desde de cedo sejam estimuladas através de

atividades que a façam interagir com o meio ambiente.

Com muita freqüência a criança portadora de alguma deficiência, física ou mental, por suas próprias limitações motoras e/ou sociais, agravadas por um tratamento paternalista não valorizador de suas potencialidades, cresce com uma restrita interação com o meio e a realidade que a cerca...(GALVÃO FILHO

8, 2004)

8 Artigo: Educação Especial e Novas Tecnologias: O Aluno Construindo sua Autonomia

Page 35: EDUCAÇÃO ESPECIAL

21

Verificamos que essa atitude paternalista tanto da família quanto da

escola e até mesmo da sociedade impede que a criança desenvolva todo o seu

potencial.

Segundo Dorziat9 (2004) as escolas não estão preparadas para

trabalharem com alunos com necessidades especiais principalmente os surdos.

As escolas voltadas para alunos surdos têm enfrentado grandes dificuldades em se organizarem como espaços, primordialmente, de ensino e aprendizagem. Essa dificuldade é produto de uma visão clínico-reabilitadora, em que os surdos, considerados portadores de uma patologia, deveriam aprender a expressar-se oralmente, se quisessem vislumbrar alguma participação na sociedade...

A muitos professores alegam que o ensino para alunos com

necessidades educativas especiais exige conhecimentos e experiência e formação

que eles não possuem, eles se sentem despreparados e pedem uma especialização.

(ALMEIDA, 2003, p.134)

Para Tartuci (2001) o que dificulta e até mesmo impede a interação, a

comunicação e a construção de conhecimento entre os surdos e os ouvintes é a falta

de uma linguagem comum entre eles.

Segundo Mantoan (1998a, p. 3 apud ALMEIDA, 2003, p.7) é necessário

que haja uma grande transformação da escola, de modo que o aluno possa

aprender, e que sejam respeitadas as diferenças, suas necessidades e interesses,

sua autonomia e seu ritmo. Percebemos que é necessário respeitar a identidade

cultural dos surdos para que eles possam se integrar melhor ao grupo.

9 Artigo: Concepções de Ensino de Professores de Surdos.

Page 36: EDUCAÇÃO ESPECIAL

22

5. O ENSINO DE GEOGRAFIA PARA ALUNOS SURDOS

5.1. Ensino de Geografia no Brasil

Para que possamos falar sobre o ensino de geografia, primeiro temos

que definir: O que a Geografia estuda? Qual é o seu objetivo? E como ela se

desenvolveu no Brasil?

Segundo Vesentini (2005) definir Geografia é muito difícil, pois, existem

várias correntes com pontos de vista diferentes. Para ele Geografia é “... a ciência

que se ocupa da interação entre o homem em sociedade e o seu meio ambiente”.

Observando essa interação, entre o homem e a natureza, verificamos as

modificações que ocorrem na superfície terrestre tanto na paisagem natural como na

paisagem humanizada.

Outra definição encontrada na Enciclopédia Geográfica ATR10, esta

mais tradicional, é a seguinte:

Geografia vem dos vocábulos gregos geo (“Terra”) e graphein (“escrever”). É o estudo científico da superfície da Terra com o objetivo de descrever e analisar a variação espacial de fenômenos físicos, biológicos e humanos que acontecem na superfície do globo terrestre.(1996)

Nesse caso observamos que o aluno estuda apenas os fenômenos

geográficos e não faz qualquer relação entre eles, é uma Geografia descritiva.

10 Definição encontrada na página da Internet Geografia on line. www.iis.com.br/~rbsoares

Page 37: EDUCAÇÃO ESPECIAL

23

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998, p. 26) a

Geografia tem como objetivo “... estudar as relações entre o processo histórico na

formação das sociedades humanas e o funcionamento da natureza por meio da

leitura do lugar, do território, a partir de sua paisagem”. Entendemos que para que

esse objetivo seja atingido é necessário que a Geografia seja vista como uma

relação entre os fenômenos naturais e humanos, e essa interação tem como

resultado uma paisagem natural humanizada, transformada pelo homem.

No Brasil: “(...) Considera-se que a Geografia começa efetivamente a

ser componente curricular no ensino, no século XIX, quando a disciplina foi

introduzida nos programas escolares oficiais (PINHEIRO, 2003, cap.1, p.17). Quanto

ao desenvolvimento da Geografia no Brasil, não pretende-se esgotar o assunto e sim

fazer um breve relato de sua evolução.

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998), o estudo da

Geografia brasileira teve vários momentos. Começou com o discurso do Estado, do

Exército e a inclusão em parte da grade curricular das escolas. Um marco muito

importante para a Geografia foi a sua inclusão da disciplina no Colégio Pedro II (Rio

de Janeiro) quando de sua fundação (1837) e a fundação, em 1838, também no Rio

de Janeiro, o Instituto Histórico Brasileiro e Geográfico.

Ainda segundo os PCNs11 um outro momento importante para o

reconhecimento da importância do estudo da Geografia nas escolas foi a criação do

curso superior, com a fundação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de São

Paulo e do Departamento de Geografia em 1934. Nesse período, seguindo a escola

11 PCNs – Parâmetros Curriculares Nacionais

Page 38: EDUCAÇÃO ESPECIAL

24

francesa, surge a Geografia positivista, que se baseava no estudo da Geografia

regional, onde se dava mais importância às explicações objetivas e a realidade

quantitativa.

Após a Segunda Guerra Mundial, afirma ainda os PCNs, com as

transformações ocorridas no mundo, os métodos e teorias da Geografia Tradicional

já não eram suficientes para explicar as modificações que ocorriam no espaço. Era

preciso analisar as novas correntes ideológicas que estavam em expansão no

mundo e as transformações econômicas e sociais. A Geografia Tradicional apenas

descrevia a paisagem natural e humanizada sem haver qualquer interação entre elas

e tinha como um dos maiores defensores La Blanche, e segundo ele a Geografia:

(...) Apesar de valorizar o papel do homem como sujeito histórico, propunha-se, na

análise da organização do espaço como lugar e território, estudar as relações entre o

homem e a natureza muito mais como processos de adaptações, lembrando a idéia de

uma física social. (apub PCNs, 1998, p.20)

A partir de 1960 essa Geografia Tradicional vai ser influenciada pelas

teorias marxistas (Geografia crítica). Tinha como objetivo:

(...) estudar a sociedade mediante as relações de trabalho e apropriação humana da natureza para produzir e distribuir os bens necessários às condições materiais que a garantem. Nesse período são introduzidos no estudo de Geografia conteúdos políticos importantes para a formação do cidadão. (apub PCNs, 1998, p.22)

Nesse período passa a se dar valor a cidadania. Em 1964, foi criado

pelo Conselho Federal de Educação, o Curso de Estudos Sociais, em substituição as

disciplinas de Geografia e História. As escolas passaram a ministrar a disciplina de

Estudos Sociais na grade curricular, durante as décadas de 60 e 70, só na década e

Page 39: EDUCAÇÃO ESPECIAL

25

80 a Geografia volta a integrar a grade curricular (PCNs, 1998). Nesse período,

afirma Diniz e Silva, a Geografia Escolar:

(...) passou por uma expressiva crise de conhecimento social, tanto devido ao tradicionalismo de sua pratica (...) quanto à falta de clareza sobre a sua identidade científica (...). A perda de identidade dessa ciência se refletiu com a diminuição de seu espaço nos âmbitos acadêmicos e escolar em relação às outras disciplinas. (DINIZ E SILVA, 2001, p.21)

Tanto a Geografia quanto à história foram descaracterizadas. A partir

dos anos 80, foram feitas várias propostas para a mudança do currículo do terceiro12

e quarto ciclos13, essas mudanças eram apenas referentes a conteúdos explicativos

sobre economia e as relações de trabalho. Os PCNs propõem que o ensino de

Geografia:

(...) não seja apenas centrada na descrição empírica das paisagens, tampouco pautada exclusivamente pela explicação política e econômica do mundo; que trabalhe tanto as relações socioculturais da paisagem como os elementos físicos e biológicos que dela fazem parte, investigando as múltiplas interações entre eles estabelecidas na constituição dos lugares e territórios. (1998, p. 24)

Alguns professores têm buscado trazer a experiência do aluno para

dentro da sala de aula e mostrar que a Geografia faz parte do seu dia a dia, e com

isso construir novos conhecimentos, seguindo as indicações dos Parâmetros

Curriculares para o ensino de Geografia.

Abordagens atuais da Geografia têm buscado práticas pedagógicas que permitam colocar os alunos as diferentes situações de vivência com lugares, o modo que possam construir compreensões novas e mais complexas a seu respeito. Espera-se que, dessa forma, lês desenvolvam a capacidade de identificar e refletir sobre diferentes aspectos da realidade, compreendendo a relação sociedade/natureza. (p. 30)

12 Terceiro ciclo – 5ª e 6ª séries.

13

Quarto ciclo – 7ª e 8ª séries.

Page 40: EDUCAÇÃO ESPECIAL

26

Segundo Gebran (1990 e 1996), apesar de todas as metodologias

propostas para o ensino de Geografia, este tem sido feito na maior parte de forma

tradicional, principalmente nas primeiras séries do ensino fundamental, normalmente

se parte da leitura de um livro didático, e algumas vezes se utiliza revista ou jornal. A

realidade do aluno, quando utilizada, é feita apenas descritivamente.(Apud

STRAFORINI, 2002, p.28).

Segundo Lima, M.14 (2003) o ensino de Geografia tradicional não tem

despertado muito interesse nos alunos porque segundo ela:

O ensino de Geografia, construído pela reprodução de manuais, conduz a uma insatisfação e a um descomprometimento dos alunos frente a essa disciplina, podendo-se perceber afirmações que reforçam a idéia de que a metodologia utilizada pela maioria dos professores nas escolas da cidade não tem relação com a vida cotidiana dos alunos, o que direciona a aprendizagem para repetições, impossibilitando a criação/re-criação.

O ensino de Geografia não pode separar os problemas que ocorrem no

mundo e no dia-a-dia da vida do aluno do ensino praticado nas escolas.

(...) Como alguém pode ensinar geografia sem levar em conta aquilo que os alunos recebem, como problemas políticos, através da televisão, dos jornais, etc? Se a geografia estiver separada de todos esses problemas, é natural

que eles -- os alunos -- não se sintam motivados por ela... (O ENSINO DE GEOGRAFIA15, 2005)

A Geografia que ensina apenas através de livros didáticos se torna

pouco atrativa para o aluno que tem toda uma mídia lhe fornecendo informações

14 Artigo: Saber Geográfico e Fazer Pedagógico: Paradigmas Textuais e Contextuais entre a Formação e a

Atuação.

15

Artigo disponível no site www.geografiacritica.hpg.com.br . Trechos selecionados de LACOSTE,

YVES. La enseñanza de la geografia.1985.

Page 41: EDUCAÇÃO ESPECIAL

27

atualizadas a todo instante enquanto que os livros trazem dados muitas vezes

ultrapassados.

Existe ainda pouca aproximação da escola com a vida, com o cotidiano dos alunos. A escola não se manifesta atraente frente ao mundo contemporâneo, pois não dá conta de explicar e textualizar as novas leituras de vida. A vida fora da escola é cheia de mistérios, emoções, desejos e fantasia, como tendem a ser as ciências. A escola parece ser homogênea, transparente e sem brilho no que se refere a tais características. (CASTROGIOVANNI, 2000:11, apud LIMA, 2003)

Notamos que a escola não é tão atraente para o aluno, pois o mundo lá

fora está cheio de movimentos, cores e sons que são mais atraentes, por isso a

Geografia deve trazer esse mundo para dentro da sala de aula. Tudo isso vem

ocorrendo porque o professor não se vê como um mediador entre o saber pronto e o

aluno e sim como mero transmissor de conhecimento. (ABREU, 2001).

Ensinar geografia é mais do que “passar informação ou dar conteúdos desconectados”, é articular o conhecimento geográfico na dimensão do físico e do humano, superando as dicotomias, utilizando a linguagem cartográfica com o intuito de valorizar a Geografia como disciplina escolar, é tornar a Geografia escolar significativa com a finalidade de compreender e relacionar os fenômenos estudados. (CASTELLAR, 2003 p.21)

O professor só está preocupado em transmitir o conteúdo que faz parte

do currículo e não em verificar se o aluno está interessado ou não em aprender o

que ele está ensinando e qual é a utilidade desse conteúdo para a vida prática do

aluno.

Quanto ao ensino de Geografia para alunos surdos, este não difere do

ensino muito dos alunos ditos “normais”, ele é realizado de forma tradicional. O uso

de imagens e gestos como recurso didático é muito importante, além de se falar

olhando na direção do surdo para que eles possam, se aprenderam, ler os lábios.

Page 42: EDUCAÇÃO ESPECIAL

28

(SILVA, C., 2003, p. 21). Percebemos que apesar da utilização dessas técnicas o

ensino de Geografia para crianças portadoras de surdez é muito difícil,

principalmente na quinta série, devido à dificuldade de compreensão dos conceitos

abstratos.

Para Vygostsk (apud SILVA, C., 2003, p.216) “... o ensino deve partir do

potencial forte do aluno e não daquilo que lhe falta, que a leitura e conhecimento do

mundo dos surdos processa-se pela sua capacidade viso-espacial...”. Foi observado

que o surdo possui uma capacidade de memorização visual muito maior que as

pessoas ouvintes, isso favorece o estudo do conteúdo de Geografia que aborde a

localização espacial, a distribuição pelo espaço e as formas. “Os surdos constroem

significações e as utilizam para a comunicação, elementos do espaço tanto fixos

(objeto, posição) como fluxos (movimento)” (SILVA, C., 2003, p.105). As habilidades

de percepção dos surdos devem ser exploradas pelo professor de Geografia. A

Geografia deve se aproveitar da capacidade viso-espacial dos surdos para

desenvolver uma metodologia que favoreça a aprendizagem da criança surda.

Page 43: EDUCAÇÃO ESPECIAL

29

6. O COMPUTADOR E O ENSINO DE SURDOS

6.1. A informática Aplicada a Educação

Durante o século XX houve uma série de evoluções científicas e

tecnológicas que trouxeram transformações profundas em nossa sociedade, essas

transformações são visíveis e cada vez mais sofisticadas, como eletrodomésticos,

meios de transportes, instrumentos de comunicação entre outros. (MOREIRA, 2002,

p. 11). Oliveira, R. acrescenta que:

A entrada dos computadores na educação não pode ser discutida de forma desconectada das mudanças tecnológicas que ocorreram no mundo nestes últimos 30 anos. As modificações que aconteceram, principalmente no campo da microeletrônica, acarretaram transformações tanto no setor produtivo como no cultural. (OLIVEIRA, R., 2003, cap. 1, p. 21)

A escola tem tido acesso às evoluções tecnológicas com freqüência.

Segundo Tigre (1982) a entrada de países em desenvolvimento, como o Brasil, na

área de informática acarretou mudanças na divisão internacional do trabalho, pois

deixaram de ser apenas “... responsáveis pela produção e exportação de

manufaturados de menor valor agregado e passaram a produzir também uma

quantidade crescente de serviços de informações vitais para a gestão de suas

economias”. (apud OLIVEIRA, R., 2003, cap. 1, p.22). No caso do Brasil a política

de informática foi marcada por divergências entre os diversos setores da sociedade,

pois o governo queria criar “... uma reserva de mercado para as indústrias nacionais

Page 44: EDUCAÇÃO ESPECIAL

30

de aparelhos ligados à informática” (Oliveira, R., 2003, p. 23),em 1984, após muitas

discussões, foi aprovada pelo Congresso Nacional a Lei 7.232, que definiu a maneira

como o governo interviria no setor. Isso fortaleceu o mercado de informática e as

empresas que desenvolvem tecnologia na área de informática, e vem desenvolvendo

também na área de informática educativa.

A informática educativa no Brasil para Valente16(2005) surgiu “... a partir

do interesse de alguns educadores de algumas universidades brasileiras motivadas

pelo que já vinha acontecendo em outros países como nos Estados Unidos da

América e na França...”, isso ocorreu no inicio da década de 70, as universidades

que participaram dessas primeiras experiências foram a UFRJ17, a UFRGS18, e a

UNICAMP19. Segundo Ramon de Oliveira, (2003, p. 29) uma das primeiras ações do

governo para implantar a informática nas escolas ocorreu em 1979, quando a

Secretaria Especial de Informática escolheu os setores de educação, agricultura,

saúde e indústria para utilização de computadores em suas atividades. Em 1980, a

SEI20, cria a Comissão Especial de Educação, que tinha como objetivo “... colher

subsídios visando gerar normas e diretrizes para a área de informática na educação”

(Funtevê 1985a, apub OLIVEIRA, R., 2003, cap. 1, p.29). Ainda segundo Oliveira, R.

o primeiro Seminário Nacional de Informática em Educativa realizado na

Universidade de Brasília, em 1981, foi “... marco inicial das discussões sobre

informática na educação, envolvendo, (...), pessoas ligadas diretamente ao processo

16 Visão Analítica da Informática na Educação no Brasil: A questão da Formação do Professor. Disponível

em: www.proinfo.gov.br/index

17

UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro

18

UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul

19

UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas

20

SEI – Secretaria Especial de Informática

Page 45: EDUCAÇÃO ESPECIAL

31

educacional”. Como resultado do 1º Seminário Nacional de Informática surge o

Projeto Educom21, que foi a primeira ação concreta do governo para levar os

computadores as escolas públicas. O Segundo Seminário, realizado em Salvador

em 1982, na Universidade Federal da Bahia, discutiu o impacto da utilização do

computador na escola de segundo grau e a obtenção de subsídio para a implantação

de um projeto piloto. Participaram do seminário vários pesquisadores das áreas de

educação, informática, psicologia e sociologia. O objetivo principal do Projeto

Educom era ”... estimular o desenvolvimento da pesquisa multidisciplinar voltada

para a aplicação das tecnologias de informática no processo ensino-aprendizagem”.

Em 1983 foram escolhidas as cinco instituições que participariam desse programa, a

UFRJ, a UFRGS, a UNICAMP, a UFPE22 e UFMG23, essa participação só foi

oficializada em 1984. Cada uma das instituições desenvolveu seu próprio trabalho de

pesquisa seguindo a linha determinada pelo Projeto Educom.

Para a implantação do uso do computador na educação são

necessárias quatro coisas básicas: um computador (hadware), um software24

educativo, um professor com conhecimento para usar o computador como

instrumento de ensino-prendizagem (Valente, 199325). Para Valente26 “... o

computador pode ser usado na educação como máquina de ensinar ou como

ferramenta. O uso do computador como máquina de ensinar consiste na

21 Educom – Educação com Computadores

22

UFPE – Universidade Federal de Pernambuco

23

UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais

24

Software - programa de computador que permite a interação homem-computador

25

Texto: Diferentes usos do Computador. Disponível em: www.nied.unicamp.br/publicacoes/pub

26

Texto: Por que o Computador na Educação? Disponível em: www.nied.unicamp.br/publicacoes/pub

Page 46: EDUCAÇÃO ESPECIAL

32

informatização dos métodos de ensino tradicionais”. Quando o computador é usado

como ferramenta o professor é o mediador entre o conhecimento e a máquina.

Ainda segundo Valente (1993 “Quando o computador ensina o aluno o

computador assume o papel de máquina de ensinar e a abordagem educacional é a

instrução auxiliada por computador”. Valente afirma ainda que “O ensino pelo

computador implica que o aluno, através da máquina, possa adquirir conceitos sobre

praticamente qualquer domínio”. O computador como ferramenta auxiliadora à

apropriação do conteúdo por parte do aluno se torna mais fácil.

Segundo os PCNs (1998, p. 140, 147) A introdução de novas

tecnologias nas escolas deve contribuir para a melhoria na qualidade de ensino. “A

incorporação de computadores no ensino não deve ser apenas a informatização dos

processos de ensino já existentes, pois se trata de aula de efeitos especiais...”. O

computador deve ser apenas um instrumento facilitador do aprendizado.

Segundo Savelli (2003, p.16) é necessário estimular a criança surda

para que ela se exprima através da escrita da Língua Portuguesa e para isso

devemos utilizar todos os tipos de recursos disponíveis, seja a LIBRAS, teatro,

qualquer recurso visual, pois é o sentido humano mais utilizado pelos surdos. Ainda

segundo Savelli (2003) o pensamento do surdo que não é oralizado “... se organiza

com base na Língua de Sinais (...) o aprendizado da Língua Portuguesa passa a ser

entendido como segunda língua...”. Verificamos que para um surdo escrever a

Língua Portuguesa é muito difícil, pois a codificação da LIBRAS muitas vezes não

tem tradução para o português escrito. Savelli acredita que os recursos da

informática e outros recursos tecnológicos auxiliam no ensino-aprendizagem dos

Page 47: EDUCAÇÃO ESPECIAL

33

surdos devido aos estímulos visuais que eles proporcionam. Acreditamos que esse

intercâmbio favoreça a socialização do surdo e a construção de novos

conhecimentos.

A Lei 10.098 de 19/12/2000 em seu artigo 19, sobre a comunicação das

pessoas surdas, afirma que:

Os serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens adotarão plano de medidas técnicas com o objetivo de permitir o uso da linguagem de sinais ou outra subtitulação, para garantir o direito de cesso à informação às pessoas portadoras de deficiência auditiva, na forma e no prazo previstos em regulamento. (LEI 10.098 de 19/12/2000)

Verificamos que o desenvolvimento de novas tecnologias para a

inclusão total de portadores de surdez tem aumentado, conforme informa Lira (2004):

(...) está sendo desenvolvido, pioneiramente no Brasil, o Tradutor Digital Português x Língua Brasileira de Sinais – TLIBRAS.(...) que possa ser utilizado em sala de aula, na televisão (concomitante ou em substituição aos textos legendados), em vídeos, na internet, na construção de livros visuais, traduzindo informações por meio de sinais animados e apresentados via computador...

Para que a pessoa portadora de surdez tenha sua cidadania plena é

necessário que ela se intere do mundo ao seu redor e interaja com ele e, para isso

ela deve ter acesso a informações fornecidas através dos meios de comunicação e

um desses meios seria a Internet.

6.2 O uso do computador no ensino de Geografia

Percebemos que as dificuldades que o educador, principalmente para

aqueles que ensinam Geografia, enfrentam na transmissão de informações e de

Page 48: EDUCAÇÃO ESPECIAL

34

avaliação do aluno surdo é muito grande, pois é difícil se fazer entender e obter uma

resposta compreensível por parte do aluno e acreditamos que com o uso de novas

tecnologias, dentre elas o computador, o processo ensino-aprendizagem se tornará

mais prazeroso para o aluno.

De acordo com Prado (1996, p. 31, apud MOREIRA, 2002, p.58) “...

Uma concepção educacional não está vinculada a um recurso tecnológico, mas sim

aos princípios que norteiam a ação educativa do profissional de educação”.

Acreditamos que qualquer que seja os recursos educacionais utilizados pelo

professor o que o torna didático é o modo como ele o utiliza na sua prática

pedagógica. O professor é o responsável pelo processo de ensino-aprendizagem.

Ele precisa usar de toda a sua criatividade para transmitir de modo prazeroso o seu

conteúdo e isso é o grande desafio. No ensino de Geografia para surdos podemos

utilizar vários aplicativos, como o Paint, o Word, o PowerPoint, para desenhar,

escrever e apresentar trabalhos com mapas e imagens do espaço geográfico, jogos

educativos e também a Internet que serve como apoio às aulas ministradas em sala

de aula.

6.2.1. A Internet e os Surdos

A internet é uma rede27, que permite a comunicação entre vários

computadores e várias redes de computadores através de um provedor de acesso28.

27

Rede é um conjunto de computadores interligados, utilizados por diversas pessoas ligadas a um servidor. 28

Provedor de acesso é uma mpresa que fornece o que seria a passagem para a rede, uma conexão.

Page 49: EDUCAÇÃO ESPECIAL

35

Para Rosa e Cruz (2005) a Internet é uma ferramenta que não

discrimina ninguém. Nela o surdo se sente em igualdade com os ouvintes, não há

preconceitos “Para os surdos, isto é inserção: é poder ser surdo, sem ser

discriminado, ou sem ser excluído de um mundo sonoro”. Verificamos que o surdo

consegue participar das diversas atividades encontradas na rede e das informações

que ela põe a sua disposição. Ainda segundo Rosa e Cruz (p.42, 43) a Internet tem

uma vocação natural para a integração dos surdos porque nela o surdo tem a sua

disposição “... recursos visuais, como animação de imagens e sinais gráficos, que

são de muito fácil compreensão para o surdo, visto que a língua com que se

comunicam (a língua de sinais) é uma língua espaço-visual...”. Observamos que com

o recurso da Internet, aproveitando a capacidade de observação dos surdos, o

ensino de Geografia se torna mais rico e constatamos também que o aluno surdo

que tem acesso a Internet desenvolve a auto-estima e se torna mais independente,

necessitando menos da ajuda dos ouvintes. Rosa e Cruz afirmam que:

(...) a Internet tem se mostrado como um forte fator de agregação das diversas comunidades espalhadas pelo país e pelo mundo. Além disso, abrem-se as portas para uma maior interação com os surdos de outros locais (dentro e fora do país), o que é extremamente positivo.(2005, p.5)

Constatamos que o computador conectado a Internet é uma das

maneiras do surdo ter acesso ao conhecimento e informações sobre os avanços

tecnológicos.

O ensino de geografia atualmente se transformou numa tarefa agradável e motivadora para professores e estudantes. A geografia deixou de ser aquela disciplina que era abominada pelos alunos, que necessitavam de uma excelente memória, e passou a ser uma das mais desejadas matérias dos ensinos fundamental e médio. Se na escola o aluno já pode acessar a Internet, as tarefas da geografia física e as análises teóricas poderão ser

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feitas, sem maiores dificuldades, com a consulta aos sites que mencionamos. (JATOBÁ, 2000)

A internet possui uma infinidade de recursos que podem ser utilizados

no ensino de Geografia, desde uma simples pesquisa, a jogos educacionais, chats

(salas de bate-papo), apropriação de imagens para trabalhos no computador ou

impresso. Segundo Jatobá (2000) o professor tem a sua disposição homepages29

que abordam uma variedade de temas que facilitam a transmissão do conteúdo,

principalmente de Geografia Física.

6.3. Análise dos Dados

Realizamos uma pesquisa em duas escolas municipais, com

quatro professores de Geografia, do terceiro e quarto ciclos, e, uma professora do

primeiro e segundo ciclos do ensino fundamental, os professores trabalham em

turma regular a mais de dez anos. Na Escola A foram coletados dados de três

professores de Geografia, e eles afirmaram o seguinte:

Sobre a primeira pergunta se estavam trabalhando ou já haviam

trabalhado com alunos surdos em turmas regulares à resposta foi a seguinte:

Dois professores de Geografia disseram que já trabalharam com

alunos surdos e um apenas estava trabalhando com alunos surdos. Dois deles

afirmaram que tiveram dificuldades em trabalhar com alunos surdos e se justificaram

29

Homepages –páginas da Internet

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dizendo que não estavam preparados para transmitir conhecimento e não sabiam a

LIBRAS, o outro disse que não tinha dificuldade.

Na Escola B, a professora de Geografia disse que trabalhava com aluno surdo

incluso e tinha dificuldade em transmitir os conceitos abstratos de Geografia. A

Professora do primeiro seguimento afirmou que dependia do conteúdo, que ela

utilizava muitas atividades com mapas e que os alunos surdos gostavam desse tipo

de atividade.

Na terceira pergunta, se havia laboratório de informática na escola, os

professores da Escola A afirmaram que a escola tinha laboratório de informática,

mas o mesmo estava temporariamente fechado e um outro acrescentou que mesmo

que o laboratório estivesse aberto não usaria por não dominar com segurança o uso

do computador.

Os professores da Escola B disseram que não tinham laboratório de

informática e que existia apenas um computador na sala da professora do primeiro

segmento para uso da classe especial nele era utilizado alguns jogos educativos,

digitação de textos e o paint.

Na Escola A, quanto ao tipo de software ou aplicativos utilizados: um

não respondeu, outro disse por não dominar o computador não saberia o que fazer,

e, o terceiro disse que só tinha levado a sala de informática para que os alunos se

ambientassem, nesse caso seriam os alunos surdos e ouvintes.

Na quinta pergunta. Se o computador facilitaria o aprendizado do aluno

surdo? Quatro deles responderam que sim e um que achava que sim, mas tinha

algumas restrições, o que utilizava o computador trabalhava a digitação de textos,

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38

paint e alguns jogos educativos isso ajudava a fixação de conteúdos e ensino da

língua portuguesa. Todos eles acham que o computador estimula a curiosidade e a

criatividade e que o professor poderia utilizar e explorar as imagens, a leitura, as

legendas e os textos facilitando a aprendizagem e assimilação do conteúdo, e com

isso os alunos surdos desenvolveriam novas habilidades.

Verificamos com essa pesquisa que os professores de Geografia que

ensinam a alunos surdos inseridos em turmas regulares têm dificuldades em

transmitir o conteúdo, principalmente conceitos abstratos, por se acharem

despreparados e não dominarem a linguagem de sinais e, apesar da existência do

computador na escola os professores ainda resistem ao seu uso como ferramenta de

ensino aprendizagem por não dominar em ferramenta, mesmo concordando que o

computador é uma ferramenta facilitadora no ensino-aprendizagem dos surdos.

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39

6.4. Conclusão

Este trabalho é um estudo sobre a problemática que envolve o ensino

de surdo ao longo do tempo, destacando-se o Ensino de Geografia para surdos, as

lutas travadas para que a Língua de Sinais fosse aceita, não só como uma

linguagem, mas também como parte de uma cultura. As várias legislações nacionais

e internacionais que garantem os direitos das pessoas portadoras de surdez. Após a

realização desses estudos verificamos que:

(...) a inclusão das pessoas com necessidades especiais, não se constitui num ato isolado do professor ou da escola: ela deflagra um movimento em cadeia que se traduz no coletivo, no social, visando a elevação das relações que se desenvolvem eticamente numa competência cidadã...(ZYCH, 2003)

Isso se constata também com relação ao surdo, pois “... Não se constrói

a inclusão unicamente através de leis e decretos...” (Zych, 2003). É preciso que a

sociedade se conscientize e participe junto com a escola e os educadores dessa

inclusão.

O objetivo desse trabalho é analisar as dificuldades encontradas pelo

professor de Geografia que trabalha com alunos surdos inclusos em turmas

regulares, na transmissão do conteúdo de Geografia, principalmente os abstratos, e

verificar se o computador facilitaria o ensino-aprendizagem de alunos portadores de

surdez. Segundo a pesquisa realizada nas escolas e através da análise de livros e

artigos da Internet constatamos que o computador realmente melhoraria o ensino de

Geografia para alunos surdos, utilizando os aplicativos como Word, Paint,

PowerPoint, Editores Gráficos e outros permitem desenhar, inserir imagens e textos,

criar tabelas, os professores conseguiriam transmitir, fixar e ampliar os

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conhecimentos, além disso, poderia utilizar os jogos educativos, que permite a

socialização do aluno e desenvolve a criatividade (OLIVEIRA, COSTA E MOREIRA,

2001) podendo ser utilizado pelo professor como instrumento de ensino-

aprendizagem. Destacamos nesse trabalho a importância da Internet nesse

processo.

É necessário utilizar todos os tipos de linguagens para a que se

obtenha uma melhor integração do surdo, pois a inserção do surdo no ensino regular

simplesmente não é garantia da inserção da cultura surda. Quanto à metodologia de

ensino deve-se levar em conta as potencialidades do aluno, no caso dos surdos é a

capacidade espaço-visual. Devem ser exploradas metodologias que utilizem “...

recursos visuais como instrumento de ensino e também a espacialidade da língua de

sinais enquanto referência de interação do surdo com o mundo...” (SILVA, C, 2003).

Nesse caso a Geografia é uma ciência que pode utilizar bem essa capacidade dos

surdos através da utilização de mapas, imagens, gráficos. O uso da Internet

possibilitaria a ampliação do conhecimento, através de pesquisas e da interatividade

entre o operador do computador, neste caso o surdo, e as informações existentes na

rede, a socialização entre o alunos surdos e os ouvintes sem discriminação.

Ao longo dessa pesquisa verificamos que as dificuldades estão em

entender e se fazer entender, pois constatamos que os professores não estão

preparados para lidarem com alunos surdos, como verificamos na pesquisa realizada

nas duas escolas. Percebemos também que o ensino de Geografia continua sendo

feito de forma tradicional. Segundo Zych (2003) a queixa mais comum dos surdos em

relação à escola é o fato do:

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(...) professor não compreender o que o surdo comunica, seja através da LS ou da fala. E o pior que isto, reclamam pelo professor não se esforçar para tentar estabelecer uma comunicação eficiente com seus alunos surdos, optando pela omissão de contanto, ignorando sua presença em classe...

A falta de capacitação, afirmam os professores entrevistados, isso é a

maior dificuldade encontrada por eles, principalmente o desconhecimento da

linguagem de sinais. É necessário que o professor seja constantemente atualizado

para que possa lidar com a grande quantidade de informações, principalmente o

professor de Geografia, e a Internet é um meio para que eles se mantenham

atualizados.

A análise dos dados coletados sugere algumas reflexões, dentre elas

temos as dificuldades que o professor encontra em transmitir o conteúdo para alunos

surdos, o pouco uso do computador como instrumento de ensino-aprendizagem, seja

pelo pouco conhecimento da máquina ou por falta de interesse relação ao seu uso, o

despreparo do professor para lidar com portadores de deficiência auditiva, a falta de

atualização do professor.

O educador atualmente enfrenta grandes questões paradigmáticas:

utilizar ou não o computador como ferramenta de ensino aprendizagem e como fazê-

lo? Será que no caso do deficiente auditivo realmente melhoraria o aprendizado?

O computador pode ser um ótimo instrumento de aprendizagem para

alunos portadores de deficiências sensoriais como os surdos, pois possui muitos

recursos que podem ser utilizados no processo de ensino-aprendizagem. Para isso o

educador tem que ser criativo e esse é o grande desafio para se estabeleça um novo

paradigma.

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Foi constatado também através da pesquisa e da análise de vários

livros e de artigos da Internet que é possível ensinar Geografia para surdos utilizando

os recursos do computador e da internet.

Quando o surdo entra “... no chat, salas virtuais, de bate-papo, poderá

redimensionar o conteúdo sociocultural (...) a conversação mediada pelo computador

permitir uma comunicação de grande alcance social.” Zych (2003). A Internet permite

que o surdo desenvolva o seu lado crítico que é o objetivo da Geografia moderna.

Concluímos que o uso do computador, e principalmente da Internet,

como instrumento de ensino-aprendizagem poderá facilitar a transmissão, aquisição

e fixação de conhecimentos, relativo aos estudos geográficos, pelos surdos, além de

fazê-los interagir com as várias comunidades de surdos e ouvintes sem qualquer

discriminação, desenvolvendo assim a sua cidadania. E que o uso do computador no

ensino de Geografia proporcionaria ao educador uma variada gama de práticas

metodológicas que facilitariam a aprendizagem do conteúdo de Geografia mesmo

aqueles mais abstratos. Podemos usar os aplicativos como editor de textos, paint,

PowerPoint, e outros no desenvolvimento de atividades que permitam ao surdo se

apropriar de conhecimentos relativos a Geografia. Desenhar mapas, se localizar no

espaço, escrever e interpretar textos, criar estórias e pesquisar usando a internet,

entrar em salas de bate-papo, trocar experiências com outros surdos ou ouvintes.

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PIRES, H. FRANCISCO; SILVA, M. T. C. DA; ALVES, A. P. DE AZEVEDO; ABREU, M. TERESA. Exclusão Digital e Ciberespaço no Ensino de Geografia: O Relato de uma Experiência. Atualização de professores de Geografia. Universidade do Estado do Rio de Janeiro, CEDERJ, 2005. Disponível:www.tamandare.g12.br/ciber/artigoconfirmadofim.pdf Acessado: 04/01/2005 RINALDI, GUISEPPE ET AL. Educação Especial: Deficiência Auditiva. Série Atualidades Pedagógicas n. 4, Brasília: MEC/SEESP.1997 Disponível em www.ines.org.br/ines_livro/livro.html. Acessado: 15/11/2004 SKLIAR, CARLOS. Os Estudos Surdos em Educação: problematizando a normalidade. In A Surdez: um olhar sobre as diferenças. Porto Alegre. Mediação. 1998 SILVA, R. R. DA. A Educação Escolar do Surdo: Minha Experiência de Professora Itinerante na Rede Municipal de Ensino de Campinas/SP. Dissertação de Mestrado, 134 p. Unicamp, Faculdade de Educação. 2003 Disponível: www.libdigi.unicamp.br/document Acessado: 13/01/2005 SILVA, V.P.; EGLER, C.A.G. Espaço Virtual e Ensino de Geografia a Distância. Ar@cne - Revista Eletrônica de Recursos sobre Geografia y Ciências Sociales, nº 76, Universidade de Barcelona. 25/08/2003 Disponível: www.ub.es/geocit/arac-u6.ht. Acessado: 02/01/2005 SILVA, M. T. C. DE. Mesa Redonda: Internet, Geografia e Software. Universidade Federal Fluminense. 2005 Disponível: www.tamandare.g12/mesa_intergeo.pdf Acessado: 14/01/2005 TEIXEIRA, JAQUELINE. Uma Discussão Sobre a Classificação de Software Educacional. 2004 Disponível: www.revista.unicamp.br/infote/artigos/ Acessado: 05/12/2004 VALENTE, A. JOSÉ. Liberando a Mente: Computadores na Educação Especial. UNICAMP, Campinas, SP.1991 Disponível: www.nied.unicamp.publicacoes/pub Acessado: 15/01/2005 VIEIRA, F. M. SANTOS. Avaliação do Software Educativo: Reflexões para uma Análise Criteriosa. 2005 Disponível:www.edutec.nete/textos/Alia/MISC/edmagali2.htm Acessado: 6/01/2005 WEISS, A. M. L. CRUZ, M. L. R. M. DA. A informática e os problemas escolares de aprendizagem. 3 ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2001

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ANEXO

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UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO PÓS-GRADUAÇÃO EM INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO

Pesquisa com professor que ensinam geografia e trabalhem ou já tenham trabalhado com aluno deficiente auditivo. Escola; ___________________________________________________________ Nome: ___________________________________________________________ Formação: ________________________________________________________

Quanto tempo exerce a profissão?_____________________________________ 1)Você trabalha ou já trabalhou com deficiente auditivo? ___________________ 2) Você teve dificuldade em transmitir o conteúdo de geografia? Em caso afirmativo, qual foi? ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3) Sua escola possui laboratório de informática? Em caso afirmativo você utiliza no ensino de geografia? ____________________________________________________________________ 4) Quais são os tipos de software ou aplicativos que você utilizou?

________________________________________________________________________________________________________________________________________

5) Em sua opinião o uso do computador facilita o aprendizado do deficiente auditivo?

____________________________________________________________________________

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