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Ano XI - Edição 133 - Outubro / 2014 Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220 Fone : (21) 3252-1437 www.irmaoclarencio.org.br Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio r Biblioteca “ Antônio Vieira Mendes ” Associe-se à nossa biblioteca e tenha direito a empréstimos de livros gratuitamente. r Campanha Doe uma lata de leite em pó desnatado (não serve leite modificado) e colabore com o trabalho de assistência aos idosos da Obra Social Antônio de Aquino ( obra social do Centro Espírita Léon Denis ). r Artesanato Dia - toda segunda-feira. Hora - 14:00 Local - C.E.Irmão Clarêncio. r Visita aos idosos do “Abrigo Cristo Redentor”. r Visita aos enfermos nos hospitais. r Visita aos enfermos nos lares em vários dias e horários. r Confecção e distribuição de “quentinhas” aos irmãos em situação de rua . Observação: Para participar das Frentes de Trabalho acima citadas, o voluntário deverá dirigir-se à Secretaria Administrativa do Centro Espírita Irmão Clarêncio para obter orien- tação. (21) 3252.1437 pág.13 Na Seara Mediúnica: Em Serviço Mediúnico pág.9 Revista Espírita: Medicina Homeopática pág.6 Artigo: Sol de Amor pág.17 Suplemento Infantojuvenil: Trabalhar com Alegria pág.14 Cenas da Vida: Seara de ódio pág.11 Reforma Íntima: Eu Não Merecia Estudando sobre Mediunidade; A Geração Nova pág.2 pág.3 Mensagem Mediúnica: Irmão Inácio pág.5 Homenagem Especial: Kardec — Ontem João Huss pág.7 Educação — Senda de Luz: Por Que Educação Espírita ? Nesta Edição : Editorial A M ISSÃO DE K ARDEC E m 31 de março de 1848, em Hydesville, na América do Norte, teve lugar a ocorrência de fenômenos mediúnicos aos quais chamamos “mesas girantes”; fenômenos estes que, posteriormente, apresentaram características de manifestações inteligentes. Em 1855, quando o interesse por essa fenomenologia atingiu elevado índice, eis que se apresenta uma ilustre personalidade, assinando o pseudônimo “Kardec” — o Professor Hippolyte Léon Denizard Rivail — que se interessou por esses fenômenos, iniciando so- bre eles um estudo sério e continuado. Desse estudo surgiu o Consolador prometido por Jesus. E assim, Deus, em sua inesgotável caridade, permitiu que o homem visse a verdade varar as trevas. Esse Consolador é o Espiritismo e é de ordem divina, pois que se assenta nas próprias leis da Natureza. Após sérios e minuciosos estudos, Kardec nos legou as obras da Codificação Espírita, ou seja, o Pentateuco Espírita. Eis que surge a pergunta: Como Kardec se preparou para assumir tão importante missão?Ah, meus amigos, isso foi resultado de várias experiências reencarnatórias, sendo uma delas, como John Huss, o que nos mostra artigo presente nessa edição. O dia 03 de outubro é uma data muito importante para nós, Espíritas; é quando comemoramos o natalício de Kardec. Sigamos o exemplo de perseverança e determinação desse Espírito de escol. Que Deus o abençoe por essa tão gloriosa missão! E nos abençoe também, que nos esforçamos na conquista do crescimento espiritual! Paz para todos nós. (ALLAN KARDEC - 03/10/1804 – 31/03/1869)

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Ano XI - Edição 133 - Outubro / 2014

Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220Fone : (21) 3252-1437

www.irmaoclarencio.org.br

Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio

r Biblioteca “ Antônio Vieira Mendes ” Associe-se à nossa biblioteca e tenha direito a empréstimos de livros gratuitamente.

r Campanha Doe uma lata de leite em pó desnatado (não serve leite modificado) e colabore com o trabalho de assistência aos idosos da Obra Social Antônio de Aquino ( obra social do Centro Espírita Léon Denis ).

r ArtesanatoDia - toda segunda-feira.Hora - 14:00Local - C.E.Irmão Clarêncio.

r Visita aos idosos do “Abrigo Cristo Redentor”.

r Visita aos enfermos nos hospitais.

r Visita aos enfermos nos lares em vários dias e horários.

r Confecção e distribuição de “quentinhas” aos irmãos em situação de rua .

Observação:

Para participar das Frentes de Trabalho acima citadas, o voluntário deverá dirigir-se à Secretaria Administrativa do Centro Espírita Irmão Clarêncio para obter orien-tação.

(21) 3252.1437 pág.13

Na Seara Mediúnica:Em Serviço Mediúnico

pág.9

Revista Espírita:Medicina Homeopáticapág.6

Artigo: Sol de Amor

pág.17Suplemento Infantojuvenil:Trabalhar com Alegria

pág.14

Cenas da Vida:Seara de ódio

pág.11

Reforma Íntima:Eu Não Merecia

Estudando sobre Mediunidade;A Geração Novapág.2

pág.3Mensagem Mediúnica:Irmão Inácio

pág.5Homenagem Especial:Kardec — Ontem João Huss

pág.7Educação — Senda de Luz:Por Que Educação Espírita ?

Nesta Edição :

Editorial

A Missão de KArdec

Em 31 de março de 1848, em Hydesville, na América do Norte, teve lugar a ocorrência de fenômenos mediúnicos aos quais chamamos “mesas girantes”; fenômenos estes que, posteriormente, apresentaram características de manifestações inteligentes.

Em 1855, quando o interesse por essa fenomenologia atingiu elevado índice, eis que se apresenta uma ilustre personalidade, assinando o pseudônimo “Kardec” — o Professor Hippolyte Léon Denizard Rivail — que se interessou por esses fenômenos, iniciando so-bre eles um estudo sério e continuado. Desse estudo surgiu o Consolador prometido por Jesus. E assim, Deus, em sua inesgotável caridade, permitiu que o homem visse a verdade varar as trevas. Esse Consolador é o Espiritismo e é de ordem divina, pois que se assenta nas próprias leis da Natureza. Após sérios e minuciosos estudos, Kardec nos legou as obras da Codificação Espírita, ou seja, o Pentateuco Espírita.

Eis que surge a pergunta: Como Kardec se preparou para assumir tão importante missão?Ah, meus amigos, isso foi resultado de várias experiências reencarnatórias, sendo uma delas, como John Huss, o que nos mostra artigo presente nessa edição.

O dia 03 de outubro é uma data muito importante para nós, Espíritas; é quando comemoramos o natalício de Kardec.

Sigamos o exemplo de perseverança e determinação desse Espírito de escol.Que Deus o abençoe por essa tão gloriosa missão! E nos abençoe também, que

nos esforçamos na conquista do crescimento espiritual!Paz para todos nós.

(AllAn KArdec - 03/10/1804 – 31/03/1869)

Clareando / Ano XI / Edição 133 / Outubro . 2014 - Pág . 2

Espiritismo na

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Estudando sobre a Gênese

A G e r A ç ã o N o v A

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Convite

Para que na Terra sejam felizes os ho-mens, preciso é que somente a povoem Espíritos bons, encarnados e desencarna-dos, que somente ao bem se dediquem. Havendo chegado o tempo, grande emi-gração se verifica dos que a habitam: a dos que praticam o mal pelo mal, ainda não tocados pelo sentimento do bem, os quais, já não sendo dignos do planeta transformado, serão excluídos, porque, senão, lhe ocasionariam de novo per-turbação e confusão e constituiriam obstáculo ao progresso. Irão expiar o endurecimento de seus corações, uns em mundos inferiores, outros em raças terrestres ainda atrasadas, equivalentes a mundos daquela ordem, aos quais levarão os conhecimentos que hajam adquiri-do, tendo por missão fazê-las avançar. Substituí-los-ão Espíritos melhores, que farão reinem em seu seio a justi-ça, a paz e a fraternidade. A Terra, no dizer dos Espíritos, não terá de trans-formar-se por meio de um cataclismo que aniquile de súbito uma geração. A atual desaparecerá gradualmente e a nova lhe sucederá do mesmo modo, sem que haja mudança alguma na ordem natural das coisas. Tudo, pois, se processará ex-teriormente, como sói acontecer, com a única, mas capital diferença de que uma parte dos Espíritos que encarnavam na Terra aí não mais tornarão a encarnar. Em cada criança que nascer, em vez de um Espírito atrasado e inclinado ao mal, que antes nela encarnaria, virá um Espírito mais adiantado e propenso ao bem.

Muito menos, pois, se trata de uma nova geração corpórea, do que de uma nova geração de Espíritos. Sem dúvida, neste sentido é que Jesus entendia as coisas, quando declarava: "Digo-vos, em verdade, que esta geração não passará sem que estes fatos tenham ocorrido." Assim decepcionados ficarão os que contem ver a transformação operar-se por efeitos so-brenaturais e maravilhosos.

A época atual é de transição; confundem-se os elementos das duas gerações. Colocados no ponto inter-médio, assistimos à partida de uma e

Esta obra “tem por objetivo o estudo dos três pontos até agora diversamente interpretados e comentados: a Gênese, os Milagres e as Predições, em suas relações com as novas leis que decorrem da observação dos Fenômenos Espíritas”. (A Gênese — Introdução)

à chegada da outra, já se assinalando cada uma, no mundo, pelos caracteres que lhes são peculiares. Têm ideias e pontos de vista opostos às duas gerações que se sucedem. Pela natureza das dis-posições morais, porém, sobretudo das disposições intuitivas e inatas, torna-se fácil distinguir a qual das duas pertence cada indivíduo. Cabendo-lhe fundar a era do progresso moral, a nova geração se distingue por inteligência e razão geral-mente precoces, juntas ao sentimento inato do bem e a crenças espiritualis-tas, o que constitui sinal indubitável de certo grau de adiantamento anterior. Não se comporá exclusivamente de Es-píritos eminentemente superiores, mas dos que, já tendo progredido, se acham predispostos a assimilar todas as ideias pro-gressistas e aptos a secundar o movimento de regeneração. O que, ao contrário, distingue os Espíritos atrasados é, em primeiro lugar, a revolta contra Deus, pelo se negarem a reconhecer qualquer poder superior aos poderes humanos; a propensão instintiva para as paixões degradantes, para os sentimentos an-tifraternos de egoísmo, de orgulho, de inveja, de ciúme; enfim, o apego a tudo o que é material: a sensualidade, a cupidez, a avareza. Desses vícios é que a Terra tem de ser expurgada pelo afas-tamento dos que se obstinam em não emendar-se; porque são incompatíveis com o reinado da fraternidade e porque o contacto com eles constituirá sempre um sofrimento para os homens de bem. Quando a Terra se achar livre deles, os homens caminharão sem óbices para o futuro melhor que lhes está reservado, mesmo neste mundo, por prêmio de seus esforços e de sua perseverança, en-quanto esperem que uma depuração mais completa lhes abra o acesso aos mundos superiores.

Fonte: A Gênese, Capítulo XVIII, Itens 27 e 28 / Allan Kardec / Editora FEB.

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Mensagem Mediúnica

A través da reencarnação vamos vivenciando as experiências necessárias ao nosso crescimento espiritual. Através dela concede-nos Deus — um Pai pleno de bondade, justo e misericordioso — essas oportunidades com as quais vamos aprendendo lições e, também, diluindo o mal que possamos ter feito em outros tempos.

Em muitas situações — nos momentos das provas mais difíceis e dolorosas — é comum sentirmos emergir, do mais profundo do nosso ser, um sentimento nem sempre bem definido de algo que perdemos ou que já tivemos e do qual, naquele momento, sentimos tanta falta, tanta necessidade.

Recordemos, com a lição do Evangelho da noite de hoje, as dores, as dificuldades, as lutas que todos passamos na atual existência e que ainda é uma característica marcante de um mundo como o nosso, onde há muita dificuldade de viver e de exercitar o bem.

Segundo nos foi revelado, através do Espiritismo, as grandes dificuldades que todos sentimos têm por base, princi-palmente, o orgulho e o egoísmo.

À medida que formos todos superando esses sentimentos e procurando implantar em nossas almas as lições que o Senhor nos trouxe um dia, não apenas ilustrando-nos com elas a nível de inteligência intelectual, mas, principalmente, apli-cando, no dia a dia, essas mesmas lições, iremos, pouco a pouco, vencendo o orgulho e o egoísmo.

Guardarmos mágoas, ressentimentos, não nos permitirmos perdoar o próximo como nos perdoamos é nos reter-mos a um passado pleno de dificuldades e dores, esquecendo, muitas vezes, de que na renúncia a esse passado estaremos nos libertando dele e, no presente, lançando as sementes preciosas da nossa transformação moral, construindo um futuro muito melhor, não só para nós, mas para toda a Humanidade e para este mundo que é a nossa casa abençoada, designada por Deus, para que aqui pudéssemos, através da reencarnação, nos aprimorarmos e finalmente nos tornarmos conscientemente filhos de Deus.

Que a paz de Deus, pleno de amor e bondade, permaneça em todos os corações aqui reunidos. Não nos esqueçamos de que Deus é a fonte suprema de todo o bem e de que toda vez que a dor, a prova, o desgosto, bater à porta de cada um de vós, lembrai-vos de que Deus é um Pai que verdadeiramente ama cada um de seus filhos.

Muita paz!

O irmãO ináciO.

(Mensagem psicofônica recebida pelo médium Joaquim Couto, no CEIC, em 27 de agosto de 2014).

Lembrai-vos de que, durante o vosso degredo na Terra, tendes de desempenhar uma missão de que não suspeitais, quer dedicando-vos à vossa família, quer cumprindo as diversas obrigações que Deus vos confiou. (E.S.E. cap. V: 25 / François de Genève - Bordéus.).

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Semeando o Evangelho de Jesus

Clareando as ideias com Kardec

A outrA FAce (*)

A M e N s A G e M c r i s t ã

Os preconceitos do mundo sobre o que se convencionou chamar “ponto de honra” produzem essa suscetibilidade sombria, nascida do orgulho e da exaltação da personalidade, que leva o homem a retribuir uma injúria com outra injúria, uma ofensa com outra, o que é tido como justiça por aquele cujo senso moral não se acha acima do nível das paixões terrenas.

Por isso é que a lei mosaica prescrevia: olho por olho, dente por dente, de harmonia com a época em que Moisés vivia. Veio o Cristo e disse: Retribui o mal com o bem. E disse ainda: “Não resistais ao mal que vos queiram fazer; se alguém vos bater numa face, apresentai-lhe a outra.”

Ao orgulhoso este ensino parecerá uma covardia, porquanto ele não compreende que haja mais coragem em suportar um insulto do que em tomar uma vingança, e não compreende, porque sua visão não pode ultrapassar o presente. Dever-se-á, entretanto, tomar ao pé da letra aquele preceito? Tampouco quanto o outro que manda se arranque o olho, quando for causa de escândalo. Levado o ensino às suas últimas consequências, importaria ele em condenar toda repressão, mesmo legal, e deixar livre o campo aos maus, isentando-os de todo e qualquer motivo de temor.

Se não lhes pusesse um freio às agressões, bem depressa todos os bons seriam suas vítimas. O próprio instinto de conservação, que é uma lei da Natureza, obsta a que alguém estenda o pes-coço ao assassino. Enunciando, pois, aquela máxima, não pretendeu Jesus interdizer toda defesa, mas condenar a vingança. Dizendo que apresentemos a outra face àquele que nos haja batido numa, disse, sob outra forma, que não se deve pagar o mal com o mal; que o homem deve aceitar com humildade tudo o que seja de molde a lhe abater o orgulho; que maior glória lhe advém de ser ofendido do que de ofender, de suportar pacientemente uma injustiça do que de praticar alguma; que mais vale ser enganado do que enganador, arruinado do que arruinar os outros. E, ao mesmo tempo, a condenação do duelo, que não passa de uma manifestação de orgulho.

Somente a fé na vida futura e na justiça de Deus, que jamais deixa impune o mal, pode dar ao homem forças para suportar com paciência os golpes que lhe sejam desferidos nos interesses e no amor-próprio. Daí vem o repetirmos incessantemente: Lançai para diante o olhar; quanto mais vos elevardes pelo pensamento, acima da vida material, tanto menos vos magoarão as coisas da Terra.

(*) Título criado exclusivamente para este texto. Não consta da referida obra.Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo XII, Item 8 / Allan Kardec / Editora FEB.

“ E i s q u e o S e m e a d o r s a i u a s e m e a r . ”

Estudar Kardec é libertar-se de dogmas, crendices e superstições. É aprender a viver como espírito imortal a caminho da perfeição. “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Jesus, (João, 8:32)

Que prova podemos ter da individualidade da alma depois da morte?

“Não tendes essa prova nas comunicações que recebeis? Se não fôsseis cegos, veríeis; se não fôsseis surdos, ouviríeis; pois que muito amiúde uma voz vos fala, reveladora da existência de um ser que está fora de vós.”

Nota de Kardec: Os que pensam que, pela morte, a alma reingressa no todo universal estão em erro, se supõem que, semelhante à gota d’água que cai no Oceano, ela perde ali a sua individualidade. Estão certos, se por todo universal entendem o conjunto dos seres incorpóreos, conjunto de que cada alma ou Espírito é um elemento. Se as almas se confundissem num amálgama só teriam as qualidades do conjunto, nada as distinguiria uma das outras. Careceriam de inteligência e de qualidades pessoais quando, ao contrário, em todas as comunicações, denotam ter consciência do seu eu e vontade própria. A diversidade infinita que apresentam, sob todos os aspectos, é a consequência mesma de constituírem individualidades diversas. Se, após a morte, só houvesse o que se chama o grande Todo, a absorver todas as individualidades, esse Todo seria uniforme e, então, as comunicações que se recebessem do mundo invisível seriam idênticas. Desde que, porém, lá se nos deparam seres bons e maus, sábios e ignorantes, felizes e desgraçados; que lá os há de todos os caracteres: alegres e tristes, levianos e ponderados, etc., patente se faz que eles são seres distintos. A individualidade ainda mais evidente se torna, quando esses seres provam a sua identidade por indicações incontestáveis particularidades individuais verificáveis, referentes às suas vidas terrestres, Também não pode ser posta em dúvida, quando se fazem visíveis nas aparições. A individualidade da alma nos era ensinada em teoria, como artigo de fé. O Espiritismo a torna manifesta e, de certo modo, material.

Fonte: O Livro dos Espíritos, 2ª Parte, Capítulo III, Questão 152 e Nota de Kardec / Allan Kardec / Editora FEB.

Clareando / Ano XI / Edição 133 / Outubro . 2014 - Pág . 5

Homenagem Especial

KArdec — oNteM João Huss

Uma das mais autênticas figuras do Cristianismo, na Idade Média foi, sem dúvida, o sacerdote e filósofo

JAn Huss, nascido em Husinec (donde lhe veio o nome), na Boêmia, em 1369.

Embora filho de pais camponeses, conse-guiu completar seus estudos na Universidade de Praga, formando-se em Teologia em 1394 e Artes em 1396.

Em 1400 ordenou-se sacerdote com o objetivo de servir ao Cristo com o coração. E, já em 1402, passava a ocupar o cargo de reitor da referida Universidade, dedicando ao magistério superior todo o devotamento possível.

Um fato, porém, começava a inquietar a alma e o coração do jovem sacerdote: a decepção com a conduta de seus superiores eclesiásticos que emprestavam à Igreja uma posição que muito o desagradava, principal-mente a ele que devotava profundo respeito pelas coisas sagradas, sobretudo pelo culto da verdade.

Assim, na mesma ocasião em que assumia o cargo de reitor da Universidade, na qual se graduara em Teologia e Artes, alguns anos antes, tratava conhecimento com a obra do reformador inglês John Wyclif, passando a considerar-se seu fiel discípulo.

Exatamente no mesmo ano em que to-mava conhecimento da obra de Wyclif, era nomeado pregador da Capela de Belém, em Praga. Não é difícil aquilatar os conflitos espirituais que passava, então, a acicatar a mente desse homem extraordinário.

Diante disso, pouco a pouco iam escapan-do de seus sermões críticas ao clero, o que ao mesmo tempo, punha em evidência as simpatias de Huss pelas ideias do odiado reformador inglês.

Desse modo, não obstante as advertências que recebia em face do seu obstinado combate à cobrança de indulgências e à confissão auri-cular, foi em 1410, finalmente, excomungado. Enquanto isso, crescia a admiração pelo seu trabalho honesto, levando toda a população de Praga, em tumulto incontido, a proclamá-lo com o título de Herói Nacional, sob a proteção do Rei Venceslau da Boêmia.

Isso fez crescer ainda mais a onda de perse-guições dentro da Igreja contra JOãO Huss, decretando o Vaticano nova excomunhão contra ele, em 1412. É que Huss passara a afirmar dos púlpitos que as escrituras sagradas deviam ser as únicas regras a serem obedecidas pela Igreja de Cristo e que somente o Cristo considerava soberano único da Igreja.

Diante de tal situação, foi JOãO Huss premido a abandonar a cidade de Praga, onde sempre vivera.

Roma, no entanto, utiliza-se de mais uma estratégia sagaz para exterminar a vida do ousado reformador. Decreta a realização do Concílio de Constança, em 1414. E, para ele, JOãO Huss é convidado sob a garantia de um salvo conduto do Imperador Sigis-mundo da Alemanha e Rei da Hungria. A Igreja mostrava-se democrata e desejosa de melhor conhecer as ideias de Huss.

Desse modo, o grande reformador e pre-cursor da Reforma que ocorreria no século seguinte, tendo em vista as ponderações ardilosas, resolveu comparecer, intimorato, ao referido Concílio, mantendo aí os seus pontos de vista, sem se arrecear diante das ameaças, logo que percebeu ter sido vítima de uma armadilha.

A grande verdade é que foi condenado à morte pelo fogo, pois esse, e não outro, fora o objetivo da famigerada assembleia, uma vez que falso foi o salvo conduto do Imperador da Alemanha.

Assim sendo, e percebendo baldos os esforços pela autossobrevivência, fez questão de enfatizar as suas ideias e sub-meteu-se à terrível fogueira, expirando no dia 16 de julho de 1415, numa das praças de Constança.

Possivelmente, nenhum dos circunstantes presentes no sórdido e hediondo espetáculo representado por um homem indefeso, no alto de uma fogueira criminosa, percebia que ali, na figura daquele homem sério e superior, ocultava-se a alma de um grande missionário.

Graças, todavia, à mediunidade sublimada de Francisco Cândido Xavier, tivemos a oportunidade de saber que homem era aquele que há cinco séculos e setenta e oito anos foi pela Igreja queimado vivo numa cerimônia espetacular.

Conforme o relato mediúnico de Humber-to de Campos, em 22 de setembro de 1942, na psicografia de Francisco Cândido Xa-vier, reproduzido na revista O Revelador, de São Paulo (SP) e, mais tarde, na revista Reformador, da FEB, de setembro de 1978 (páginas 293-294), ali estivera, na fogueira, so-branceiro, o Espírito que 389 anos depois re-nasceria, em Lyon, na França de Joana d’Arc, a 3 de outubro de 1804, para o cumprimento de mais uma luminosa missão, dignificando e imortalizando pelos séculos futuros o nome de AllAn KArdec.

Para melhor conhecimento dos espiritis-tas de nossos dias, citemos alguns trechos rápidos do relato acima mencionado.

“Depois de se dirigir aos numerosos missionários da Ciência e da Filosofia, destinados à renovação do pensamento do mundo no século XIX, o Mes-tre aproximou-se do abnegado João Huss e falou, generosamente:

Não serás portador de invenções novas, não te deterás no problema de comodidade mate-rial à Civilização, nem receberás a mordomia do dinheiro ou da autoridade temporal, mas deponho-te nas mãos a tarefa sublime de le-vantar corações e consciências. (...)

É indispensável estabelecer providências que amparem a fé, preservando os tesouros religiosos da criatura. Confio-te a sublime tarefa de rea-cender as lâmpadas da esperança no coração da Humanidade. (...)

Ante a emoção dos trabalhadores do progresso cultural do orbe terreno, o abnegado João Huss recebeu a elevada missão que lhe era conferida, revelando a nobreza do servo fiel, entre júbilos de reconhecimento.”

O restante da história nós, espíritas, já co-nhecemos. Cumpre, porém, não esquecermos a nossa modesta, mas indispensável contribui-ção: servir à Doutrina do Consolador com coragem, confiança e a imprescindível dispo-sição de ânimo.

Urge sejamos todos, pela conduta e pelo coração, o espelho em que os homens se possam mirar. Quanto às fogueiras, já não temos que temê-las. Elas se apagaram para sempre. Mas é necessário que mantenha-mo-nos ao calor de novo fogo representado pela chama da fé viva hoje, no amanhã e para todo o sempre.

inAldO lAcerdA limA

Fonte: Reformador, outubro, 1993, FEB.

Clareando / Ano XI / Edição 133 / Outubro . 2014 - Pág . 6

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Revista Espírita

M e d i c i N A H o M e o p á t i c A(Sociedade Espírita de Paris , 13/03/1863 — Srª Costel)

Minha filha, venho dar um ensi-namento médico aos espíritas. Aqui a Astronomia e a Filosofia

têm eloquentes intérpretes; a moral conta tantos escritores quantos médiuns.

Por que a Medicina, em seu lado prá-tico e fisiológico, seria negligenciada? Fui o criador da renovação médica, que hoje penetra até as fileiras dos sectários da antiga medicina. Ligados contra a homeopatia, por mais que lhe crias-sem diques sem número, por mais que lhe gritassem: “Não irás mais longe!”, a jovem medicina, triunfante, transpôs todos os obstáculos. O Espiritismo lhe será poderoso auxiliar; graças a ele, ela abandonará a tradição materialista que, durante tanto tempo, lhe retar-dou o desenvolvimento.

O estudo médico está inteiramente li-gado à pesquisa das causas e dos efeitos espiritualistas; ela disseca os corpos e deve, também, analisar a alma. Deixai, pois, um velho médico justificar os fins e o objetivo da doutrina que propagou,

“Allan Kardec, durante onze anos e quatro meses de trabalho intensivo (1858 – 1869), ofereceu-nos, ao vivo, toda a História do Es-piritismo, no processo de seu desenvolvimento e sua propagação no século dezenove." (Introdução, Revista Espírita de 1858, EDICEL)Assim se expressa Allan Kardec sobre a Revista Espírita, em O Livro dos Médiuns, Item 35 (4º): “Variada coletânea de fatos, de explicações teóricas e de trechos isolados, que complementam o que se encontra nas duas obras precedentes (O Livro dos Espíritos e O Livro dos Médiuns, conforme Item 35-3º), formando-lhes, de certo modo, a aplicação”.

e que vê estranhamente desfigurada nes-te mundo pelos praticantes, e no Além por Espíritos ignorantes que usurpam o seu nome.

Gostaria que minha palavra ouvida ti-vesse o poder de corrigir os abusos que alteram a homeopatia, impedindo-a, assim, de ser tão útil quanto devia. Se eu falasse num centro prático, onde os conselhos pudessem ser ouvidos com proveito, eu me levantaria contra a negligência de meus colegas terrestres, que desconhecem as leis primordiais do Organon, exagerando as doses e, sobretudo, não dando à trituração tão importante dos medicamentos, os cui-dados que indiquei. Muitos esquecem que cem, e às vezes duzentos golpes, são absolutamente necessários à liberação do princípio médico apropriado a cada uma das plantas ou venenos que for-mam o nosso arsenal curador.

Nenhum remédio é indiferente, ne-nhum medicamento é inofensivo; quando o diagnóstico mal observado o

faz dar fora de propósito, ele desenvolve os germes da doença que era chamado a combater. Mas eu me deixo arrastar por meu assunto e eis-me propenso a dar um curso de homeopatia a um auditó-rio que não deve interessar-se por esta questão. Entretanto, não creio seja inútil iniciar os espíritas nos princípios funda-mentais da ciência, a fim de premuni-los contra as decepções que possam sofrer, quer da parte dos homens, quer mesmo da dos Espíritos.sAmuel HAHnemAnn

Observação: Esta observação foi motiva-da pela presença à sessão de um médico homeopata estrangeiro, que desejava a opinião de Hahnemann sobre o estado atual da ciência. Faremos observar que ela foi dada através de uma jovem senhora que não fez estudos médicos e à qual são estranhos, necessariamente, muitos termos especiais.Fonte: Revista Espírita /Allan Kardec/Agosto-1863/ Editora FEB.

Clareando / Ano XI / Edição 133 / Outubro . 2014 - Pág . 7

Educação — Senda de Luz

J osé Herculano compreendeu Kardec quando o mestre de Lyon chama a atenção para a ne-

cessidade de educarmos na compreensão das potencialidades do indivíduo e no respeito ao seu modo de ser. Kardec lembra que um dos grandes empecilhos para a felicidade do reencarnante ocor-re não no passado, mas no aqui e agora, quando os pais desrespeitam as neces-sidades e desejos do filho; diz que se o filho deseja ser um artesão e não médico, há que permitir que ele faça o que de-seja, porque a possibilidade de ser feliz depende do respeito à personalidade de cada indivíduo, educado à luz dos ensi-namentos do mestre Jesus.

“Educação é um ato de amor pelo qual uma consciência formada procura elevar uma consciência em formação”; Hercu-lano nos apresenta esse pensamento de René Hubert, que exemplificava a ne-cessidade e possibilidade do auxílio aos educandos na utilização dos vínculos de amor tecidos através dos séculos, utilizan-do a estimulação da Doutrina Espírita. Bastava a compreensão da importância da Reencarnação para entendermos a necessidade da divulgação da Pedago-gia Espírita.

A educação tradicional, fruto de uma sociedade “baseada no lucro”, não consegue promover a transcendência, o domínio das paixões, a superação da animalidade, a incapacidade de ser feliz e auxiliar o outro a conseguir a felicidade. Como uma bola de neve, os problemas do indivíduo da Terra aumentaram com o desenvolvimento técnico, convidando a exigir a educa-ção verdadeira que se expressa pelo desenvolvimento das possibilidades, das perfectibilidades, como queria Kant.

A nossa deseducação tem produzido tristes resultados. E José Herculano pergunta: “Como ajustar os fins supe-riores da educação às exigências de uma sociedade baseada no lucro?” Quando o “ter” é mais importante do que o “ser”, o homem, agindo como se fosse de barro, considerando apenas o corpo de carne, limita a captação da realidade à visão estreita daquele que só enxerga o barro, que permanece na imanência,

incapaz de atingir a transcendência. Expressa-se como uma paixão inútil, como diria Sartre, comportando-se como uma espécie e não como um “devir”, um vir a ser, como escreveria Simone de Beauvoir.

A Educação Espírita visa o desenvolvi-mento pleno do indivíduo, considerando o interexistente. Nossa interexistência exi-ge a Pedagogia Espírita que, ressuscitando os ensinamentos de irmãos mais maduros espiritualmente, e os exemplos de Jesus, possibilita compreender o educando como “centelha divina, inteligência do Universo”, como lembra O Livro dos Espíritos, “deuses e luzes”, segundo Jesus.

Como educar sem falar no corpo energético, no perispírito, instrumento indispensável ao ser? Como educar sem conscientizá-lo da sua paranormalidade, da sua mediunidade, perguntava Hercula-no acompanhado por Virgínia, a esposa querida. Como ensinar a dignidade, o comportamento do indivíduo de bem, apresentando um ser de barro cuja vida começa no berço e acaba no túmulo? E as injustiças sociais, as diferenças indi-viduais, as oportunidades desiguais, de onde vêm?

José Herculano lembra ainda que a nova concepção do homem e da sua posição no Cosmos exige uma nova educação, que vai transmitir a cultura espírita, síntese do processo do conhe-cimento; a verdade libertadora aparece em fragmentos nas várias culturas, nos países diversos, em filmes e livros, como ficção ou como ciência. Brilha inten-samente, é facilmente compreendida através dos livros básicos de Kardec e dos complementares, como Pedagogia Espírita de Herculano.

Quando analisa os fundamentos da PedAGOGiA de Jesus, José Herculano lembra quão necessário é entender o con-ceito de deus, tão bem apresentado na pergunta primeira d’O Livro dos Espíritos, cuja resposta é dilatada por José Hercu-lano no seu livro Concepção Existencial de Deus. “A paternidade universal determina a fraternidade universal”. As barreiras criadas pelas diferenças de raças, religiões, status econômicos e sociais cairão quando nos conscientizarmos de que realmente somos irmãos, filhos da “Inteligência Suprema do

Universo”. “O sacrifício exigido é o das más paixões, do orgulho, da arrogância, da vaidade, do egoísmo”, diz Hercula-no, se quisermos a expressão de indivíduos educados. O casal, Herculano e Virgí-nia, exemplificou esse “sacrifício”, através de uma vida de doação em favor do pró-ximo. Humildes, amorosos, respeitando os diferentes, demonstraram o poder da edu-cação espírita na construção de um mundo melhor.

Demonstrando que educação é rea-lizada principalmente pelo exemplo, Herculano e Virgínia exemplifica-ram a Educação Espírita que exige a Pedagogia Espírita através de reencar-nações dedicadas à família espiritual.

A pedagogia católica dilatou-se, atra-vés do trabalho de Martin Lutero, que exigiu um crescimento maior na ressurreição do trabalho de Jesus; sur-ge a Pedagogia Espírita. Herculano consegue apresentar o que significa, a sua necessidade e os frutos que essa Pe-dagogia “entranhada nos livros básicos de Kardec” pode produzir...

HelOísA FerrAz Pires

por Que educAção espíritA ?

Clareando / Ano XI / Edição 133 / Outubro . 2014 - Pág . 8

Cursos no C.E.I.C.

Dia: Terça-feira / 19:30 às 21:00A Família na visão Espírita.Obras de André Luiz (Nosso Lar / No Mundo Maior).Obras de Yvonne Pereira (Devassando o Invisível / Dramas da Obsessão).A vida de Yvonne A.Pereira COMP - Curso de Orientação Mediúnica e Passes.COTTE - Curso de Orientação para o Trabalho de Tratamento Espiritual.

Dia: Quarta-feira / 17:30 às 18:30Esperanto.Grupo de Estudos Antônio de Aquino.Dia: Quinta-feira / 15:00 às 16:30O que é o Espiritismo.História do Espiritismo ( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.O Evangelho Segundo o Espiritismo.O Livro dos Médiuns.O Céu e o Inferno.A Gênese.Obras Póstumas.Obras de Léon Denis (Livro: O Pro-blema do Ser e do Destino).

Dia: Quinta-feira / 18:20 às 19:10Estudos para o trabalho de Atendimento Espiritual (1ª, 2ª e 3ª Semanas) / Livro: Desobsessão, André Luiz,F.C.Xavier.Aprofundamento das Obras Básicas (4ª e 5ª Semanas): O Livro dos Espíritos.

Dia: Quinta-feira / 19:30 às 21:00O que é o Espiritismo.História do Espiritismo ( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.O Evangelho Segundo o Espiritismo.O Livro dos Médiuns.O Céu e o Inferno.A Gênese.Obras Póstumas.Obras de Léon Denis (Livro: O Pro-blema do Ser e do Destino).Revista Espírita.

Dia : Sábado / 15:00 às 16:30Valorização da Vida (Aberto a Todos).

Dia : Sábado / 16:00 às 17:30O que é o Espiritismo.História do Espiritismo( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.O Evangelho Segundo o Espiritismo.O Livro dos Médiuns.O Céu e o Inferno.COMP- Curso de Orientação Mediúnica e Passes.Atualização para médiuns da Casa (4° sábado do mês)O pensamento de Emmanuel ( 1º e 3° sábados do mês)

Sugestão de Leitura

Se você deseja conhecer a Doutrina Espírita leia e estude pri-meiramente as Obras Básicas : O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo,O Livro dos Médiuns, O Céu e o Inferno e A Gênese.Em seguida, leia os Livros Clássicos da Literatura Espírita.

Sugestão do mês:estudOs esPíritAs

esPíritO: JOAnnA de ÂnGelis

PsicOGrAFiA: divAldO PereirA FrAncO

editOrA FeB

Sermão da Montanha

Eis, então, o Sermão da Montanha Parte 6 /9):

“Bem-aventurados os que choram porque serão consolados.

A Terra é um planeta de expiação e de dor, o que implica dizer que aqui os Espíritos expiam

faltas cometidas em vidas pretéritas, para o devido reajustamento na pauta da justiça divina.

As expiações representam resgates de crimes e de outros desvios, cometidos no mundo, em vidas passadas e, de uma for-ma geral, se traduzem em dores e prantos. Ninguém sofre sem uma causa anterior. Em outras palavras, todo e qualquer sofri-mento é o efeito de uma causa. É a eterna e sábia lei da ação e reação.

Deus não se compraz com os sofrimentos de Seus filhos. Ele objetiva encaminhá-los na senda da perfeição e da redenção espiri-tual. Os atos de rebeldia e de obstinação na prática do mal são as origens das dores, das aflições e dos lamentos.

Entretanto, a promessa do Cristo é sem-pre válida e todos que choram serão con-solados, porque a dor sem revolta redime. O homem depara com dois caminhos: a verdade do amor e a senda da dor. A ele cabe escolher a que melhor lhe convém, pois ele desfruta do livre arbítrio.

Os Evangelhos nos dão conta de quatro sermões proferidos por Jesus Cristo: o Sermão da Montanha, também conhecido por Sermão das Bem-Aventuranças; o Sermão Pro-fético; o Sermão do Cenáculo e outro Sermão que representou severa reprimenda aos seus figadais detratores: os escribas e os fariseus. (...) Sem dúvida alguma, o Sermão da Montanha é o mais expressivo dentre os quatro. (Paulo Alves Godoy - Os Quatro Sermões de Jesus).

Já dizia o apóstolo que “o amor cobre a multidão de pecados”. Como decor-rência, quem palmilha a senda do amor, resgatará boa parte de seus débitos.

A prática do amor é a senda mais curta para se atingir a perfeição. Foi por isso que o Mestre asseverou, referindo-se a Maria de Betânia: “Muitos pecados lhe são perdoados porque ela muito amou”.

Fonte: Os Quatro Sermões de Jesus, Paulo Alves Godoy - Edições FEESP.

Clareando / Ano XI / Edição 133 / Outubro . 2014 - Pág . 9

Reforma Íntima

e u N ã o M e r e c i A

Assumir total responsabilidade por todas as coisas que acontecem em nossa vida, incluindo sentimentos

e emoções, é um passo decisivo em direção a nossa maturidade e crescimento interior.

A tendência em acusar a vida, as pes-soas, a sociedade, o mundo enfim, é tão antiga quanto o gênero humano; e muitos de nós crescemos aprendendo a raciocinar assim, censurando todos e tudo, nunca examinando o nosso pró-prio comportamento, que na verdade decide a vida em nós e fora de nós.

Assimilamos o "mito do vitimismo" nas mais remotas religiões politeístas, vivenciadas por todos nós durante as várias encarnações, quando os deuses temperamentais nos premiavam ou castigavam de conformidade com suas decisões arbitrárias. Por termos sido vítimas nas mãos dessas divindades, é que passamos a usar as técnicas para apaziguar as iras divinas, comerciali-zando favores com oferendas a Júpiter no Olimpo, a Netuno nas atividades do oceano, a Vênus nas áreas afetivas e a Plutão, deus dos mortos e dos infernos.

Aprendemos ajustificar com desculpas perfeitas os nossos desastres de comporta-mento, dizendo que fomos desamparados pelos deuses, que a conjunção dos astros não estava propícia, que a lua era min-guante e que nascemos com uma má es-trela. Ainda muitos de nós acreditamos ser vítimas do pecado de Adão e Eva e da cren-ça de um deus judaico que privilegia um

Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?“Um sábio da antiguidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo”. (O Livro dos Espíritos / Questão 919 / Allan Kardec)

“Nenhuma circunstância exterior substitui a experiência interna. E é só à luz dos acontecimentos internos que entendo a mim mesmo. São eles que constituem a singularidade de minha vida”. Carl Gustav Jung (Entrevista e Encontros / Editora Cultrix)

“... Por que uns nascem na miséria e outros na opulência, sem nada terem feito para justificar essa posição? Por que para uns nada dá certo, enquanto que para outros tudo parece sorrir ? ...”“... As vicissitudes da vida têm, pois, uma causa, e, uma vez que Deus é justo, essa causa deve ser justa. Eis do que cada um deve compenetrar-se bem...” (O Evangelho Segundo o Espiritismo , Capítulo 5 , Item 3)

povo e despreza os outros, surgindo assim a ideia da hegemonia divina das nações.

As pessoas que acreditam ser "vítimas da fatalidade" continuam a apontar o mundo exterior como culpado dos seus infortúnios. Recusam absolutamente re-conhecer a conexão entre seus modos de pensar e os acontecimentos exteriores. São influenciadas pelas velhas crenças e se dizem prejudicadas pela força dos há-bitos, pelas cargas genéticas e pela forma como foram criadas, afirmando que não conseguem ser e fazer o que querem. Não sabem que são arquitetos de seu destino, nem se conscientizam de que o passado determina o presente, o qual, por sua vez, determina o futuro.

A vítima sente-se impotente e indefesa em face de um destino cruel. Sem força nem capacidade de mudar, repetidas vezes afirma: "Eu não merecia isto", "A vida é in-justa comigo" nunca lhe ocorrendo, porém, que o seu jeito de ser é que materializa pes-soas e situações em sua volta. Defendem seus gestos e atitudes infelizes dizendo: "Meus problemas são causados por meu lar", "Os outros sempre se comportam desta forma comigo". Desconhecem que as causas dos problemas somos nós e que, ao renascer-mos, atraímos esse lar para aprendermos a resolver nossos conflitos.

São os nossos comportamentos inte-riores que modificam o comportamento dos outros para conosco. Se somos, pois, constantemente maltratados é porque esta-mos constantemente nos maltratando e ou

maltratando alguém. Ninguém pode fazer-nos agir ou sentir de determinada maneira sem a nossa permissão. Outras pessoas ou situações poderão estimular-nos a ter certas reações, mas somente nós mesmos deter-minaremos quais serão e como serão essas reações.As formas pelas quais reagimos fo-ram moldadas pelas experiências em várias vidas e sedimentadas pela força de nossas crenças interiores — mensagens gravadas em nossa alma.

Portanto, precisamos assumir o co-mando de nossa vida e sair do posicio-namento infantil de criaturas mimadas e frágeis, que reclamam e se colocam como "vítimas do destino". Admitir a real responsabilidade por nossos atos e atitudes é aceitar a nossa realidade de vida — as metas que alteram a sina de nossa existência. Em vez de atribuir-mos aos outros e ao mundo nossas derrotas e fracassos, lembremo-nos de que "as vicissitudes da vida têm, pois, uma causa, e, uma vez que Deus é justo, essa causa deve ser justa".HAmmed

Fonte: Renovando Atitudes.Psicografia: Francisco do Espírito Santo Neto.Editora Boa Nova.

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Variedades sobre Kardec

Notas Espirituais - Obras de André Luiz

pArticulAridAdes dA reeNcArNAção

Descrição de AllAn KArdec realizada pela poetisa, tradutora e jornalista inglesa Anna Blacwell (1816-1900), que conheceu AllAn KArdec.

"Pessoalmente AllAn KArdec era de estatura média. Compleição forte, com a cabeça grande, redonda, maciça, feições bem marcadas, olhos pardos, claros, mais se asseme-lhando a um alemão do que a um francês. Enérgico e perseverante, mas de temperamen-to calmo, cauteloso e não imaginoso até a frieza, incrédulo por natureza e por educação, pensador seguro e lógico e eminentemente prático no pensamento e na ação. Era igual-mente emancipado do misticismo e do entusiasmo...

Grave, lento no falar, modesto nas maneiras, embora não lhe faltasse certa calma dignidade, resultante da seriedade e da segurança mental, que eram traços distintos de seu caráter. Nem provocava nem evitava a discussão, mas nunca fazia voluntariamente observações sobre o assunto a que havia devotado toda a sua vida, recebia com afabi-lidade os inúmeros visitantes de toda a parte do mundo que vinham conversar com ele a respeito dos pontos de vista nos quais os reconhecia um expoente, respondendo perguntas e objeções, explanando as dificuldades e dando informações a todos os in-vestigadores sérios, com os quais falava com liberdade e animação, de rosto ocasional-mente iluminado por um sorriso genial e agradável, conquanto tal fosse a sua habitual seriedade de conduta que nunca se lhe ouvia uma gargalhada.

Entre os milhares de pessoas por quem era visitado, estavam inúmeras pessoas de alta posição social, literária, artística e científica. O Imperador Napoleão III, cujo interesse pelos fenômenos espíritas não era mistério para ninguém, procurou-o várias vezes e teve longas palestras com ele nas Tuileries, sobre a doutrina de O Livro dos Espíritos".

Relato extraído do livro História do Espiritismo, de Artur Conan Doyle.Fonte: Surgimento do Espiritismo e Pesquisadores da Mediunidade I, Licurgo S. de Lacerda Filho, Minas Editora.

— Perguntar-se-á, razoavelmente, se existe uma técnica invariável no serviço reencarnatório. Seria o mesmo que indagar se a morte na Terra é única em seus processos para todas as criaturas.

Cada entidade reencarnante apresenta particularidades essenciais na recorporificação a que se entrega na esfera física, quanto cada pessoa expõe característicos diferentes quando se rende ao processo liberatório, não obstante o nascimento e a morte parecerem iguais.

Os Espíritos categoricamente superiores, quase sempre, em ligação sutil com a mente mater-na que lhes oferta guarida, podem plasmar por si mesmos e, não raro, com a colaboração de instrutores da Vida Maior, o corpo em que continuarão as futuras experiências, interferindo nas essências cromossômicas, com vistas às tarefas que lhes cabem desempenhar.

Os Espíritos categoricamente inferiores, na maioria das ocasiões, padecendo monoideísmo tiranizante, entram em simbiose fluídica com as organizações femininas a que se agregam, experimentando o definhamento do corpo espiritual ou o fenômeno de “ovoidização”, sendo inelutavelmente atraídos ao vaso uterino, em circunstâncias adequadas, para a reencarnação que lhes toca, em moldes inteiramente dependentes da hereditariedade, como acontece à semente, que, após desligar-se do fruto seco, germina no solo, segundo os princípios organo-gênicos a que obedece, tão logo encontre o favor ambiencial.

Entre ambas as classes, porém, contamos com milhões de Espíritos medianos na evolução, portadores de créditos apreciáveis e dívidas numerosas, cuja reencarnação exige cautela de preparo e esmero de previsão.

Fonte: Evolução em Dois Mundos - Capítulo XIX.Espírito:André Luiz.Psicografia: Francisco Cândido Xavier.Editora FEB.

Clareando / Ano XI / Edição 133 / Outubro . 2014 - Pág . 11

Na Seara Mediúnica

e M s e r v i ç o M e d i ú N i c o

Se abraçaste a mediunidade, pre-vine-te contra o orgulho como quem se acautela contra um pa-

rasita destruidor.Agente sutil, assume formas diversas

na constituição espiritual.A principio, tem o caráter avassalante

de uma infestação, como a sarna.É a requisição pruriginosa do personalis-

mo insensato.As vítimas identificam apenas a si mes-

mas.Não veem o mérito dos outros.Não reconhecem o direito dos outros.Não observam a aspiração dos outros.Não admitem a necessidade dos outros.Fascinadas pelos adjetivos pomposos,

caminham enceguecidas da razão, como alienados mentais.

A fase aguda, porém, cede lugar a pro-fundo abatimento.

Sem qualquer recurso para receberem o remédio moral da ponderação e muito menos o ataque da crítica, os doentes dessa espécie caem na armadilha da dúvida ou na sombra da queixa.

Descrendo sistematicamente da utilidade daqueles que os cercam, acabam descrendo da utilidade que lhes é própria.

Dizem-se, então, perseguidos e desani-mados. Proclamam-se vacilantes e infelizes. E fogem do serviço, como quem corre de perigo iminente, descansando, por fim, no museu das promessas frustradas.

No exercício mediúnico, aceitemos o ato de servir por lição das mais altas na escola do mundo.

E lembremo-nos de que assim como a vida possui trabalhadores para todos os misteres, há médiuns, na obra do bem, para a execução de tarefas de todos os feitios.

Nenhum existe maior que o outro.Nenhum está livre do erro.Todos, no entanto, guardam consigo a

bendita possibilidade de auxiliar.Esse tem a palavra que educa, aquele

a mão que alivia e aquele outro a pena que consola.

Esse traz a oração que enleva, aquele transporta a mensagem que reanima e aquele outro mostra a força de restaurar.

Re u n i ã o Pú b l i c a d e 1 5 / 0 2 / 1 9 6 0 — L . M . Qu e s t ã o N º 2 2 8

Usa, pois, tuas faculdades medianímicas como empréstimo da Bondade Infinita, para que o orgulho te não assalte.

E recorda que Jesus, o Medianeiro Divi-no, em circunstância alguma requestou a admiração dos maiorais de seu tempo e, sim, passou entre os homens, amparando e compreendendo, ajudando e servindo...

E se houve um dom de Deus em que se empenhou de preferência aos demais, foi aquele de praticar o culto vivo do Evan-gelho no coração do povo, visitando em pessoa os casebres da angústia e alimen-tando a turba faminta, ofertando amor puro aos enfermos sem-nome e estenden-do esperança aos que viviam sem lar.

Fonte: Seara dos Médiuns / Lição 13.Espírito: Emmanuel.Psicografia: Francisco Cândido Xavier.Editora FEB.

Complementação Doutrinária:O Livro dos Médiuns, Questão 228.

Todas as imperfeições morais são ou-tras tantas portas abertas ao acesso dos maus Espíritos. A que, porém, eles ex-ploram com mais habilidade é o orgulho, porque é a que a criatura menos confessa a si mesma.

O orgulho tem perdido muitos médiuns dotados das mais belas faculdades e que, se não fora essa imperfeição, teriam podido tornar-se instrumentos notáveis e mui-to úteis, ao passo que, presas de Espíritos mentirosos, suas faculdades, depois de se haverem pervertido, aniquilaram-se e mais de um se viu humilhado por amaríssimas decepções.

O orgulho, nos médiuns, traduz-se por sinais inequívocos, a cujo respeito tanto mais necessário é se insista, quan-to constitui uma das causas mais fortes de suspeição, no tocante à veracidade de suas comunicações. Começa por uma confiança cega nessas mesmas comu-nicações e na infalibilidade do Espírito que lhas dá. Daí certo desdém por tudo o que não venha deles: é que julgam ter o privilégio da verdade.

O prestígio dos grandes nomes, com que se adornam os Espíritos tidos por

seus protetores, os deslumbra e, como neles o amor próprio sofreria, se hou-vessem de confessar que são ludibriados, repelem todo e qualquer conselho; evi-tam-nos mesmo, afastando-se de seus amigos e de quem quer que lhes possa abrir os olhos. Se condescendem em escutá-los, nenhum apreço lhes dão às opiniões, porquanto duvidar do Espírito que os assiste fora quase uma profanação. Aborrecem-se com a menor contradita, com uma simples observação crítica e vão às vezes ao ponto de tomar ódio às próprias pessoas que lhes têm prestado serviço.

Por favorecerem a esse insulamento a que os arrastam os Espíritos que não querem contraditores, esses mesmos Es-píritos se comprazem em lhes conservar as ilusões, para o que os fazem considerar coisas sublimes as mais polpudas absur-didades. Assim, confiança absoluta na superioridade do que obtém, desprezo pelo que deles não venha, irrefletida importância dada aos grandes nomes, recusa de todo conselho, suspeição so-bre qualquer crítica, afastamento dos que podem emitir opiniões desinteres-sadas, crédito em suas aptidões, apesar de inexperientes: tais as características dos médiuns orgulhosos.

Devemos também convir em que, muitas vezes, o orgulho é despertado no médium pelos que o cercam. Se ele tem faculdades um pouco transcendentes, é procurado e gabado e entra a julgar-se indispensável. Logo toma ares de impor-tância e desdém, quando presta a alguém o seu concurso. Mais de uma vez tivemos motivo de deplorar elogios que dispensa-mos a alguns médiuns, com o intuito de os animar.

Clareando / Ano XI / Edição 133 / Outubro . 2014 - Pág . 12

Espiritismo na Arte

Instruções dos Espíritos no Pentateuco Espírita

o Q u e é A r t e ?

A arte é toda e qualquer manifestação da alma. Mas isso não significa que toda arte seja inspirada na lei do amor de Deus.Através da pintura e da arquitetura se conhece a história de um povo.

A pintura, a escultura, a arquitetura, a poesia e a música inspiram-se em ideias pagãs e cristãs. A arte pagã seria o verme, a cristã o casulo, a espírita a borboleta. Esta borboleta é a vida futura, a transformação.

Uma tela representa a alma do artista que a executa. Se suas cores são vibrantes ou suaves, as pinceladas agitadas ou educadas. O artista é o intermediário, o médium do pensamento de Deus. Cabe a ele expressar em suas telas o sublime, o que vai fazer com que todas as almas se elevem.

Segundo o espírito Balthazar, na Revista de Estudos Espíritas, n.º 29, de 29 / 05 / 2013, a beleza é inerente ao homem; todo ser humano busca isso. No plano espiritual entende-se a beleza como um reflexo da própria alma. Já Léon Denis, no livro Espiritismo na Arte, nos fala que a arte é a procura e a realização da beleza; é, ao mesmo tempo, a procura de Deus, pois que Deus é a fonte primeira e a realização perfeita da beleza física e moral. Nisso já se impõe a necessidade das vidas sucessivas como um meio de adquirir, por esforços contínuos e graduados, um sentido sempre mais precioso do bem e do belo.

GlOriA mAcHAy

“A beleza é um dos atributos divinos. Deus pôs nos seres e nas coisas esse encanto que nos atrai, nos seduz, nos cativa e enche a alma de admiração, à vezes de entusiasmo. (...) O Espiritismo vem abrir para a arte novas perspectivas, horizontes sem limites”. (Léon Denis - O Espiritismo na Arte, parte I, Editora Léon Denis).

"O Menino Jesus no meio dos Doutrores"Jean-Auguste Dominique Ingres - 1862

Museu Ingres / Montauban - França

(...) A ninguém ordena Senhor que se despoje do que possua,condenando-se a uma voluntária mendicidade, porquanto o que tal fizesse tornar-se-ia em carga para a sociedade.

Proceder assim fora compreender mal o desprendimento dos bens terrenos. Fora egoísmo de outro gênero, porque seria o indivíduo eximir-se da responsabilidade que a riqueza faz pesar sobre aquele que a possui. Deus a concede a quem bem lhe parece, a fim de que a administre em proveito de todos.

O rico tem, pois, uma missão, que ele pode embelezar e tornar proveitosa a si mesmo. Rejeitar a riqueza, quando Deus a outorga, é renunciar aos benefícios do bem que se pode fazer, gerindo-a com critério. Sabendo prescindir dela quando não a tem, sabendo empregá-la utilmente quando a possui, sabendo sacrificá-la quando necessário, procede a criatura de acordo com os desígnios do Senhor.

Diga, pois, aquele a cujas mãos venha o que no mundo se chama uma boa fortuna: Meu Deus, tu me destinaste um novo encargo; dá-me a força de desempenhá-lo segundo a tua santa vontade.(...).

lAcOrdAire (Constantina, 1863)Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo / Capítulo XVI, Item 14 / Allan Kardec / Editora FEB.

A M i s s ã o d o r i c o

Clareando / Ano XI / Edição 133 / Outubro . 2014 - Pág . 13

Cenas da Vida

s e A r A d e Ó d i o— Não! Não te quero em meus bra-

ços! — dizia a jovem mãe, a quem a Lei do Senhor conferira a doce missão da maternidade, para o filho que lhe de-sabrochava do seio — não me furtarás a beleza! Significas trabalho, renúncia, sofrimento...

— Mãe, deixa-me viver!... Suplicava-lhe a criancinha no santuário da consciência — estamos juntos! Dá-me a bênção do corpo! Devo lutar e regenerar-me. Sorverei contigo a taça de suor e lágrimas, procu-rando redimir-me... Completar-nos-emos. Dá-me arrimo, dar-te-ei alegria. Serei o rebento de teu amor, tanto quanto se-rás para mim a árvore de luz, em cujos ramos tecerei o meu ninho de paz e de esperança...

— Não, não...— Não me abandones!— Expulsar-te-ei.— Piedade mãe! Não vês que procede-

mos de longe, alma com alma, coração a coração?

— Que importa o passado? Vejo em ti tão somente o intruso, cuja presença não pedi.

— Esqueces-te, mãe, de que Deus nos reúne? Não me cerres a porta!...

— Sou mulher e sou livre. Sufocar-te-ei antes do berço...

“Sim, em toda parte e em todos os dias, há desfile de almas. A vida garante a exibição. E cada pedaço do mundo é recanto de passa-rela por onde transitam as criaturas, dando mostras de si mesmas”. (Hilário Silva) - Fonte: Almas em Desfile, Introdução.

— Compadece-te de mim!...— Não posso. Sou mocidade e prazer,

és perturbação e obstáculo.— Ajuda-me!— Auxiliar-te seria cortar em minha

própria carne. Disputo a minha felici-dade e a minha leveza feminil...

— Mãe, ampara-me! Procuro o servi-ço de minha restauração...

Dia a dia, renovava-se o diálogo sem palavras, até que, quando a criança ten-tava vir à luz, disse-lhe a mãezinha cega e infortunada, constrangendo-a a beber o fel da frustração:

— Torna à sombra de onde vens! Mor-re! Morre!

— Mãe, mãe! Não me mates! Protege-me! Deixa-me viver...

— Nunca!— Socorre-me!— Não posso.Duramente repelido, caiu o pobre filho

nas trevas da revolta e, no anseio desespe-rado de preservar o corpo tenro, agarrou-se ao coração dela, que destrambelhou, à ma-neira de um relógio desconsertado...

Ambos, então, ao invés de continuarem na graça da vida, precipitaram-se no despe-nhadeiro da morte.

Desprovidos do invólucro carnal, pro-jetaram-se no Espaço, gritando acusações recíprocas.

Achavam-se, porém, ligados um ao ou-tro, pelas cadeias magnéticas de pesados compromissos, arrastando-se por muito tempo, detestando-se e recriminando-se mutuamente...

A sementeira de crueldade atraía a seara de ódio. E a seara de ódio lhes impunha nefasto desequilíbrio.

Anos e anos desdobraram-se, sombrios e inquietantes, para os dois, até que, um dia, caridoso Espírito de mulher recordou-se deles em preces de carinho e piedade, como a ofertar-lhes o próprio seio. Ambos responderam, famintos de consolo e reno-vação, aceitando o generoso abrigo...

Envolvidos pela caricia maternal, re-pousaram enfim.

Brando sono pacificou-lhes a mente dolorida.

Todavia, quando despertaram de novo na Terra, traziam o estigma do clamoroso débito em que se haviam reunido, reapare-cendo, entre os homens, como duas almas apaixonadas pela carne, disputando o mes-mo vaso físico, no triste fenômeno de um corpo único, sustentando duas cabeças.Fonte: Contos e Apólogos / Espírito: Irmão X / Psicografia: Francisco Cândido Xavier / Editora FEB.

lOcAl: centrO esPíritA irmãO clArênciO

Encontros Espíritas

Em Outubro25° encOntrO sOBre medicinA esPirituAl

seçãO- dOutrináriA, cientíFicA i e iidAtA - 12/10/2014HOrA - 8:30 às 13:00

14° encOntrO esPíritA sOBre JOAnnA de ÂnGelis

temA - vidA em FAmíliA

dAtA - 23/ 11 /2014HOrA - 8:30 às 13:00

Em Novembro

10° encOntrO esPíritA O céu e O inFernO

temA - O FuturO e O nAdA

dAtA - 30/ 11 /2014HOrA - 8:30 às 13:00

Clareando / Ano XI / Edição 133 / Outubro . 2014 - Pág . 14

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"Centro Espírita Irmão Clarêncio" também está na web !!!Acesse e confira

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Artigo

Reunião de Trabalhadores do CEIC

OutuBrO - dia 17 / 6ª FeiraHOráriO - 19:00lOcAl - Centro Espírita Irmão ClarêncioestudO - O Zelo da Tua Casa

“O que torna um estudo sério é a continuidade que se lhe dá”

(Allan Kardec)

Atenção!

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s0l d e AM o r

A s horas vividas na Terra, quando a serviço do próximo, enriquecem-nos sobremaneira.

Podemos servir a nós e aos outros.Servir-nos é expressão primária do

Amor — até mesmo os próprios animais instintivamente o executam no automa-tismo dos seus impulsos.

Servir aos outros é expressão sublime e quintessenciada que só Espíritos, em processo de ascensão, nos diversos e múltiplos graus de adiantamento, sen-tem necessidade de fazê-lo e oferecem condições satisfatórias de concretizá-lo em si e por seu intermédio.

E o fazem de modo consciente ou inconsciente.

Consciente, quando já bem esclarecidos a respeito, sabem onde, como, quando e até quanto devem prodigalizá-lo, propor-cionando sempre o melhor, quer deem o máximo ou o mínimo, ou concedam uma coisa em lugar de outra, sem que aos bene-ficiados nem sempre seja dado entender o critério de distribuição das doações ou as razões de suas modificações nos quadros dos valores quantitativos e qualitativos, no fluxo das relações de causas e efeitos a que se atêm.

Inconsciente, quando naturalmente predispostos à prática do Bem e a serviço da Luz, tanto podem dar de si mesmos, material e espiritualmente, na justa medi-da de suas reais disponibilidades, quanto poderão servir de instrumentos de doação, impulsionados por forças imponderáveis maiores e poderes invisíveis mais altos.

Quem está esclarecido sabe que a Lei Divina se manifesta por via indireta, isto

é, recebemos os reflexos de nossos próprios atos. A Vida nos dá exatamente aquilo que lhe ofertamos: sorrisos, se sorrimos; afagos e afetos, se amamos; tristezas e amarguras, se as causamos a outrem; ressentimentos e animosidades, se prejudicamos alguém; discórdias e violências, golpes e revi-des, reações e ataques, se agimos com impulsividade e antagonismo, com-prometendo vidas e desmantelando existências; paz, tranquilidade, firmeza e segurança, serenidade e fortaleza de ânimo, se contribuímos para o bem-estar alheio, na extensão e intensidade de que formos capazes de condescen-der; alegrias e venturas, se irradiamos simpatia, confiança e otimismo; per-turbações e constrangimentos, se nos conduzimos impensada e inconside-radamente; frutos de sabedoria, se semeamos luzes e conhecimentos ao longo do nosso caminho; expressões de bondade, se cultivamos os senti-mentos de dedicação e renúncia, de cordura e candura, de zelo e desvelo, de lealdade e retidão de atitudes.

E é de imperiosa necessidade e de imprescindível autodeterminação que assim seja para podermos e sabermos valorizar o Bem, em quaisquer cir-cunstâncias e sejam quais forem as situações que se nos apresentem, até que, um dia, o nosso coração venha a ser efetivamente, no horizonte da mente, um radioso e irradiante Sol de Amor.

PAssOs líriOFonte: Reformador, setembro, 1993 – FEB.

Rodízio de P i z z a s

Dia - 09 /11 / 2014Horário-17:00 às 20:00

Clareando / Ano XI / Edição 133 / Outubro . 2014 - Pág . 15

A Família na Visão Espírita

o l A rPrezados irmãos, irmãs, que Deus nos

abençoe.Deus nos oferece a reencarnação para o

progresso e educação dos nossos espíritos. O lar, dentro desse propósito de aprendizado e educação, tem a sua grande parcela.

Lares que devem e precisam se transformar em um ninho de amor! Lares que precisam estar trabalhando em conjunto, beneficiando um ao outro e todos aqueles que são seus des-cendentes. Lares que buscam o entendimento, a fraternidade e a paz. No entanto, não é o que normalmente vemos na face terrena. Lares de-sassossegados, atribulados. Lares que trazem infortúnios oriundos das suas próprias atitudes. Lares que trazem dentro da sua própria nature-za muitas dificuldades de convivência, de per-dão, de verdade, de companhia, de amor!

Por que isto se processa desta forma, se temos Deus dando suas orientações, se temos Deus nos protegendo constantemente e se, em muitas oca-siões, todos apregoam Deus como sendo o nosso criador?

A falta de fé, de entendimento, a falta de acreditar numa mudança. Todo o ambiente terreno está inundado de espíritos que, ainda inferiores, ora encarnados, ora no mundo es-piritual, se coabitam, convivem, participam, registram-se mutuamente e se unem uns com os outros, através de múltiplas características de inferioridade. Não há, na sua grande maio-ria, um propósito elevado, um entendimento para superar as diferenças. E a grande maioria, ainda, se aproxima devido às paixões humanas e diante das contrariedades e dificuldades que hão de aparecer, deixam de lado as trocas de sentimentos para aparecerem as farpas da dor, do desentendimento, das energias que irão, pouco a pouco, causando desilusões, angústias, separações.

Lares que, muitas vezes, desunidos, trazem para si próprios uma grande desarmonia para os filhos, para os que estão ao seu lado e para aque-les que projetaram, no mundo dos espíritos, um futuro de renovação.

Este panorama, caros filhos, é a vivência, entre tantas, dos lares que vemos no ambiente terreno. O amor, muitas vezes, deixa de exis-tir e cada qual irá para o seu lado, buscando os seus outros interesses, as suas conquistas efêmeras, as oportunidades instantâneas e deixando para trás tudo aquilo que antes fora objeto de interesse.

Assim, quando vemos tantos e tantos lares dentro desse aspecto de desarmonia, olhamos para Deus, olhamos para as lições de Jesus e pedimos que haja muita compreensão diante da ignorância, diante de tanta desarmonia e para que o entendimento, acima de tudo, sob

Qual seria, para a sociedade, o resultado do relaxamento dos laços de família?“Uma recrudescência do egoísmo”. (O Livro dos Espíritos / Allan Kardec / Questão 775)

a ótica e a visão do mais elevado, possa fa-zer com que esses lares possam construir, novamente, os corações que sofrem, que possam superar a suas desavenças, que possam trazer alegrias aos filhos e que pos-sam fazer parte de uma sociedade onde a conquista dos valores morais, acima de tudo dita as regras.

Estamos assim caminhando, nesta busca incessante de alegria, de paz, de entendimen-to que a lei de Deus nos oferta para que, um dia, estejamos conscientes da nossa natureza espiritual, que façamos as pazes com aqueles que, muitas vezes, se sentem ofendidos e nós mesmos nos sentimos ofendidos com as ati-tudes de que o passado fora este grande palco de lutas e vivências e de que o amanhã possa, através do entendimento, renovar o entendi-mento, a paz e a serenidade.

O lar, caros filhos, é considerado, de certa maneira, o primeiro passo para a conquista da espiritualidade maior! Enquanto os que ficam lutando para manterem-se dentro do ambiente terreno, visando as paixões e as luxúrias, eles deixam para trás toda aquela visão de espiritualidade maior, para viverem no mundo do hoje.

Ao conquistar o equilíbrio e a serenidade no lar, ao se conquistar, do ponto de vista cristão, tudo aquilo que é necessário para que se construa este lar pródigo, próspero, se consegue olhar para Deus, para Jesus, para a espiritualidade e dizer que está preparado para novas etapas de sua vida espiritual.

Muitos passam por dificuldades, dores das mais variadas, mas sabem que o valor de um lar cristão, cuja serenidade, a tranquilidade, a alegria, a segurança oferece ou proporciona uma estabilidade para se desenvolver o cará-ter, para se desenvolver a personalidade, para se promover o estudo da sua própria natureza e assim, também, dar ênfase no espírito bom, no trabalhador cristão, que ele precisa ser.

Todas essas lutas da inferioridade humana poderiam ser evitadas se já conquistássemos, dentro da nossa própria natureza, a visão de Deus, a visão da cristandade, do bem por excelência e trabalhássemos, incessantemen-te, para que isso fosse sedimentado em cada canto, em cada espaço, em cada lar, em cada coração.

As almas generosas são aquelas que plantam, dentro dos seus próprios lares, amor e paz e, diante das dificuldades, aprendem a conviver, assumem que o perdão é o único caminho pelo qual a expressão do amor de Deus poderá ser o exemplo maior na vivência diária, na qual, através da dor, da incompreensão,

poderá ele expressar o sentimento de gra-tidão que tem para Deus.

Caros filhos e filhas, não há sentimento maior de alegria nos corações de todos aque-les que amam vocês, quando vocês aprendem o valor do sentimento fraterno dentro do lar. Pais, mães, avós, todos aqueles que amam vocês vibram de alegria, de contentamento, quando vocês tomam as atitudes corretas. Orem in-cessantemente para vencerem a dor e não permitam, em qualquer situação e circunstân-cia, que a raiva possa perdurar dentro das suas próprias almas, porque, nas circunstâncias em que vivem, somente aquele que consegue supe-rar, através do perdão, o sentimento de raiva, de angústia, de desassossego é que irá passar para o plano espiritual atingindo as alegrias, as culmi-nâncias, as bem-aventuranças, a pacificação do dever cumprido.

Um abraço do HermAnn e que todos permaneçam, nos seus lares, confiantes do amparo de Deus, da união, proteção e amparo de todos nós, espíritos, para que construam cada um, dentro de vocês e em seus lares, atitudes elevadas, compreensivas e que levem, acima de tudo, o progresso, a paz e a serenidade em suas vidas.

Muita paz.Mensagem psicofônica através do médium Luiz Carlos Dallarosa, em 29/03/2014, no CELD.

Curso : A Família na Visão EspíritaDia- todas as terças-feiras.Hora- 19:30.Local- Centro Espírita Irmão Clarêncio.

estudO ABertO A tOdOs Os interessAdOs.

Outubro:

Dia 07 - Educação no lar: relacionamento entre pais e filhos casados dependentes dos pais e pais dependentes dos filhos.

Dia 14 - Relacionamento familiar: perda de entes queridos.

Dia 21- Relacionamento familiar: a obsessão e a mediunidade no lar, companhias espirituais no lar.

Dia 28 - A família e o Centro Espírita: con-ciliação das atividades do Centro Espírita e do lar.

Clareando / Ano XI / Edição 133 / Outubro . 2014 - Pág . 16

Dia : 12 / 10 / 2014 - 16 horasCulto no Lar de Maria Graça Pereira Lima

Atividades Doutrinárias

Curso de Atualização para todos os Médiuns

OutuBrO : dia 25/ SábadoHOráriO : 16 horaslOcAl : Centro Espírita Irmão Clarêncio

Presença Indispensável“O que torna um estudo sério é a

continuidade que se lhe dá”(Allan Kardec)

Atenção!

Reflexão

Diga não à eutanásia, ao aborto, ao suicídio e à pena de morte.

Valorize a Vida!

"Deus é o Senhor de nossas Vidas"

“ Dedica uma das sete noites da semana ao Culto do Evangelho no Lar, a fim de que Jesus possa pernoitar em tua casa.”Joanna de ÂngelisFonte : S.O.S. FamíliaMédium: Divaldo Pereira Franco

s A ú d e

A saúde é assim como a posição de uma residência que denuncia as condições do morador, ou de

um instrumento que reproduz em si o zelo ou a desídia das mãos que o mane-jam.

A falta cometida opera em nossa mente um estado de perturbação, ao qual não se reúnem simplesmente as forças des-vairadas de nosso arrependimento, mas também as ondas de pesar e acusação da vítima e de quantos se lhe associam ao sentimento, instaurando desarmonias de vastas proporções nos centros da alma, a percutirem sobre a nossa própria instru-mentação.

Semelhante descontrole apresenta graus diferentes, provocando lesões fun-cionais diversas.

A cólera e o desespero, a crueldade e a intemperança criam zonas mórbidas de natureza particular no cosmo orgânico, impondo às células a distonia pela qual se anulam quase todos os recursos de defesa, abrindo-se leira fértil à cultura de micró-bios patogênicos nos órgãos menos habili-tados à resistência.

É assim que, muitas vezes, a tuberculose e o câncer, a lepra e a ulceração aparecem como fenômenos secundários, residindo a causa primária no desequilíbrio dos refle-xos da vida interior.

Todos os sintomas mentais depressivos influenciam as células em estado de mito-se, estabelecendo fatores de desagregação.

Por outro lado, importa reconhecer que o relaxamento da nutrição constrange o corpo a pesados tributos de sofrimento.

Enquanto encarnados, é natural que as vidas infinitesimais que nos constituem o veículo de existência retratem as substân-cias que ingerimos.

Nesse trabalho de permuta constante adquirimos imensa quantidade de bac-térias patogênicas que, em se instalando comodamente no mundo celular, po-dem determinar moléstias infecciosas de variegados caracteres, compelindo-nos a recolher, assim, de volta, os resultados de nossa imprevidência.

Mas não é somente aí, no domínio das causas visíveis, que se originam os processos patológicos multiformes.

Nossas emoções doentias mais profun-das, quaisquer que sejam, geram estados enfermiços.

Os reflexos dos sentimentos menos dig-nos que alimentamos voltam-se sobre nós mesmos, depois de convertidos em ondas mentais, tumultuando o serviço das cé-lulas nervosas que, instaladas na pele, nas vísceras, na medula e no tronco cerebral, desempenham as mais avançadas funções técnicas; acentue-se, ainda, que esses refle-xos menos felizes, em se derramando sobre o córtex encefálico, produzem alucinações que podem variar da fobia oculta à loucura manifesta, pelas quais os reflexos daqueles companheiros encarnados ou desencar-nados, que se nos conjugam ao modo de proceder e de ser, nos atingem com su-gestões destruidoras, diretas ou indiretas, conduzindo-nos a deploráveis fenômenos de alienação mental, na obsessão comum, ainda mesmo quando no jogo das apa-rências possamos aparecer como pessoas espiritualmente sadias.

Não nos esqueçamos, assim, de que ape-nas o sentimento reto pode esboçar o reto pensamento, sem os quais a alma adoece pela carência de equilíbrio interior, impri-mindo no aparelho somático os desvarios e as perturbações que lhe são consequentes.

Fonte: Pensamento e Vida - Lição 15.Espírito: Emmanuel.Psicografia: Francisco Cândido Xavier .Editora FEB.

Clareando / Ano XI / Edição 133 / Outubro . 2014 - Pág . 17

Aviso Importante

Temos evangelização para crianças nos mesmos horários das Reuniões Públicas, e para jovens, nos horários das Reuniões Públicas Noturnas.

T r a b a l h a r c o m a l e g r i a

Querido leitorIndicaremos mensalmente um bom livro doutrinário infantojuvenil, escrito especialmente para você . Leia e nos envie sua opinião .Que tal formar uma roda de leitura com seus amigos?

Dica do mês :Adolescer — Verbo TrAnsiTório

Autor: Edson de Jesus Sardano.Editora EBM

Suplemento Infantojuvenil

J osé Antônio era o seu nome. Mas todos o chamavam de Zequinha. Zequinha, que logo completaria oito anos, era um menino bom, porém tinha um hábito muito feio: não

conseguia fazer nada sem reclamar.

A mãe, com muita paciência, tentava fazer com que o filho entendesse a necessidade de modificar seu comportamento, sem grande resultado.

Como eram espíritas, os pais se preocupavam com as atitudes de Zequinha, percebendo que, se continuasse assim, teria muitos problemas no futuro.

Um dia, a mãe lhe disse:

— Zequinha, sei que você gosta de brincar, o que é natural, pois é uma criança. Porém, todos nós precisamos colaborar, dando a nossa contribuição para o bem estar da família. Jesus fica triste quando não estamos satisfeitos, pois na existência temos muito a agradecer a Deus, nosso Pai. Nada nos falta. Por isso, é preciso manter o otimismo e a alegria de viver nas atividades de cada dia, meu filho.

— Entendeu, meu filho?

— Entendi, mamãe.

O menino prometeu que procuraria ser diferente daquele dia em diante.

No dia seguinte, depois que Zequinha voltou da escola, a mãe deu-lhe uma tarefa: comprar sabão no supermercado da esquina, pois havia terminado. O garoto saiu resmungando.

Depois, a mãezinha pediu-lhe que arrumasse a mesa para o almoço. De má vontade, Zequinha obedeceu.

Não podendo sair, a mãe pediu-lhe o favor de levar o irmão menor para a escola. Mais tarde, deu-lhe a incumbência de enxugar a louça e varrer o quintal. Sempre reclamando, Zequinha obedeceu.

À noite, na hora do Evangelho no Lar, a mãe perguntou se Zequinha tinha cumprido todas as suas obrigações daquele dia.

— Sim, mamãe. Fiz tudo o que a senhora mandou. Jesus deve estar contente comigo hoje.

A senhora balançou a cabeça, afirmando:

— Não, meu filho. Ainda falta alguma coisa.

Zequinha pensou... pensou... pensou... mas não conseguiu descobrir o que era que tinha deixado de fazer.

— Ora, mamãe, a senhora deve estar enganada. Executei todas as tarefas que me foram pedidas.

E, contando nos dedos, relacionou todas as atividades do dia:

— Fui à escola, ao supermercado, arrumei a mesa para o almoço, levei meu irmãozinho para a pré-escola, varri o quintal e enxuguei a louça. Puxa! Trabalhei o dia inteiro! — reclamou o menino, descon-tente.

— Mas ainda falta uma coisa, meu filho.

— Qual, mamãe?

— Se você fez tudo o que lhe foi pedido, ainda falta ter executado as tarefas com alegria.

Somente então Zequinha lembrou-se do que havia prometido no dia anterior.

Abaixou a cabeça, reconhecendo que a mãe tinha razão.

Com ternura, ela acariciou seus cabelos, e disse:

— Não tem importância, meu filho. Amanhã será outro dia. Deus nos concederá novas oportunidades para que possamos nos corrigir, praticando o que aprendemos.

tiA céliA

 Fonte: Revista O Consolador, outubro de 2008. (www.oconsolador.com.br)