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Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220 - Fone : (21) 3252-1437 Ano XVI - Edição 175 - MAIO / 2018 www.irmaoclarencio.org.br Boletim Informativo do Centro Espírita Irmão Clarêncio SEGUNDA-FEIRA / 19:30 às 21:00 • Curso de Treinamento para o Serviço da Desobsessão. TERÇA-FEIRA / 18:00 às 19:15 • A vida de Yvonne do Amaral Pereira. TERÇA-FEIRA / 19:30 às 21:00 • CURSO DE ORIENTAÇÃO MEDIÚNICA E PASSES. • Curso de Orientação e Treinamento para Servi ços Específicos. • Curso de Orientação e Treinamento para o Atendimento Fraterno. • Curso de Orientação para o Trabalho de Tratamento Espiritual. • Obras de André Luiz (livro: Nosso Lar / Os Mensageiros). • Obras de Yvonne Pereira (livro: Devassando o Invisível / Nas Telas do Infinito QUARTA-FEIRA / 17:30 às 18:30 • Esperanto (término 19h). • Grupo de Estudos Antonio de Aquino (livro: No Invisível). – 18: às 18:40 Grupo de Estudos Altivo Pamphiro (Livro: Técnica de Passes) QUINTA-FEIRA / 15:00 às 16:30 • O que é o Espiritismo. • História do Espiritismo ( 2 o Semestre) • O Livro dos Espíritos. • O Evangelho Segundo o Espiritismo. • O Livro dos Médiuns. • O Céu e o Inferno. • A Gênese. • Obras Póstumas. • Obras de Léon DeniS (livro: O Grande Enigma). 18:20 às 19:10 • Aprofundamento de O Livro dos Espíritos – 19:30 às 21:00 • O que é o Espiritismo. • História do Espiritismo (2 o Semestre) • O Livro dos Espíritos. • O Evangelho Segundo o Espiritismo. • O Livro dos Médiuns. • O Céu e o Inferno. • A Gênese. • Obras Póstumas. • Obras de Léon Denis (Livro: O Grande Enigma). • Revista Espírita. Sábado / 8:30 às 9:30 ou 16:30 às 17:30 • Curso Permanente para Médiuns do CEIC – (2º e 4º sábados do mês). – 9:50 às 11:10 A Família na Visão Espírita - (aberto a todos - 2 o e 4 o sábados do mês). – 16:00 às 17:30 • Valorização da Vida (aberto a todos). • O que é o Espiritismo. • História do Espiritismo( 2 o Semestre) • O Livro dos Espíritos. • O Evangelho Segundo o Espiritismo. • O Livro dos Médiuns. • O Céu e o Inferno. • A Gênese. • Obras Póstumas. O pensamento de Emmanuel (1º e 3 o sábados do mês). Cursos no C.E.I.C. pág. 10 pág. 14 Programação de Palestras do Mês de Maio Medicina Espiritual: Alguns Aspectos da Ação dos Espíritos na Cura pág. 20 Homenagem Especial: Cúmplice de Deus pág. 12 pág. 7 Estudando a Gênese: Como Fugir da Influência dos Maus Espíritos pág. 2 Deus – Causa Primeira: A Necessidade da Ideia de Deus Céu e Inferno - Esperanças e Consolações: Código Penal da Vida Futura Nesta Edição : Agradecemos ao BUREAU DE IMPRESSÃO BELLA COPY pela colaboração na impressão deste Boletim. (www.bellacopy.com.br) Editorial A Conquista da Verdadeira Felicidade Observando a Humanidade, temos a impressão de que ela caminha sem rumo, sem esperança. As desilusões da vida têm levado muitas pessoas a conflitos na área psicológica e na área da fé. Vemos a agressividade eclodindo em situações cotidianas que não a justificam. “Os impulsos de agressão brotam no nosso campo emocional como reflexos do ódio, do rancor, dos desejos de vingança, da cólera”. (¹). Diante de tanto desamor, as pessoas caminham em busca de uma âncora de “salvação”. Nessa busca, muitos aportam às Casas Espíritas como “última tenta- tiva” de alívio para seu sofrimento. Diante do fato, pergunto: a Casa Espírita nos salva? Resolve nossos problemas? Promove nossa cura? Aprendemos com os ensinamentos da Doutrina Espírita que a verdadeira cura se dá com a modificação de nossa atitude mental, que nos leva à mudança de nossas ações. Vivemos muitas das vezes em ambientes fluidicamente “pesados”, emocio- nalmente “doentios”. E nós estamos alimentando essa situação, mesmo sem nos darmos conta. “Que se faz quando está viciado o ar? Procede-se ao seu saneamento, cuida- -se de depurá-lo, destruindo o foco dos miasmas...” (²). É através dos bons pensamentos e dos bons sentimentos, ou seja, pela reforma íntima e pelo trabalho no bem que podemos sanear o ambiente em que vivemos. Para que isso se dê, temos que buscar sempre o estudo através de palestras, cursos e leitura de bons livros doutrinários. A Casa Espírita pode contribuir muito para essa transformação. Luz e Paz para todos nós! (¹) Veja Seção “Em Busca da Reforma Íntima” desta edição. (²) Veja Seção “Estudando A Gênese” desta edição.

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Page 1: Editorial A Conquista da Verdadeira Felicidadeirmaoclarencio.org.br/pdf/clareando/Mai_2018.pdf · • O Evangelho Segundo o Espiritismo. ... do rancor, dos desejos de vingança, da

Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220 - Fone : (21) 3252-1437

Ano XVI - Edição 175 - MAIO / 2018

www.irmaoclarencio.org.br

Boletim Informativo do Centro Espírita Irmão Clarêncio

SEGUNDA-FEIRA / 19:30 às 21:00• Curso de Treinamento para o Serviço da Desobsessão.

TERÇA-FEIRA / 18:00 às 19:15• A vida de Yvonne do Amaral Pereira.

TERÇA-FEIRA / 19:30 às 21:00• Curso de orientação MediúniCa e Passes.• Curso de Orientação e Treinamento para Servi ços Específicos.• Curso de Orientação e Treinamento para o Atendimento Fraterno.• Curso de Orientação para o Trabalho de Tratamento Espiritual.• Obras de André Luiz (livro: Nosso Lar / Os Mensageiros).• Obras de Yvonne Pereira (livro: Devassando o Invisível / Nas Telas do Infinito

QUARTA-FEIRA / 17:30 às 18:30• Esperanto (término 19h).• Grupo de Estudos Antonio de Aquino (livro: No Invisível).– 18: às 18:40Grupo de Estudos Altivo Pamphiro (Livro: Técnica de Passes)

QUINTA-FEIRA / 15:00 às 16:30• O que é o Espiritismo.• História do Espiritismo ( 2o Semestre)• O Livro dos Espíritos.• O Evangelho Segundo o Espiritismo.• O Livro dos Médiuns.• O Céu e o Inferno.• A Gênese.• Obras Póstumas.• Obras de Léon Denis (livro: O Grande Enigma).– 18:20 às 19:10• Aprofundamento de O Livro dos Espíritos– 19:30 às 21:00• O que é o Espiritismo.• História do Espiritismo (2o Semestre)• O Livro dos Espíritos.• O Evangelho Segundo o Espiritismo.• O Livro dos Médiuns.• O Céu e o Inferno.• A Gênese.• Obras Póstumas.• Obras de Léon Denis (Livro: O Grande Enigma).• Revista Espírita.

Sábado / 8:30 às 9:30 ou 16:30 às 17:30• Curso Permanente para Médiuns do CEIC – (2º e 4º sábados do mês).– 9:50 às 11:10 A Família na Visão Espírita - (aberto a todos - 2o e 4o sábados do mês).– 16:00 às 17:30• Valorização da Vida (aberto a todos).• O que é o Espiritismo.• História do Espiritismo( 2o Semestre)• O Livro dos Espíritos.• O Evangelho Segundo o Espiritismo.• O Livro dos Médiuns.• O Céu e o Inferno.• A Gênese.• Obras Póstumas.• O pensamento de Emmanuel (1º e 3o sábados do mês).

Cursos no C.E.I.C.

pág. 10

pág. 14

Programação de Palestras do Mês de Maio

Medicina Espiritual:Alguns Aspectos da Ação dos Espíritos na Cura

pág. 20

Homenagem Especial:Cúmplice de Deus

pág. 12

pág. 7 Estudando a Gênese:Como Fugir da Influência dos Maus Espíritos

pág. 2 Deus – Causa Primeira:A Necessidade da Ideia de Deus

Céu e Inferno - Esperanças e Consolações:Código Penal da Vida Futura

Nesta Edição :

Agradecemos ao Bureau de Impressão Bella Copy pela colaboração na impressão deste Boletim.(www.bellacopy.com.br)

Editorial

A Conquista da Verdadeira FelicidadeObservando a Humanidade, temos a impressão de que ela caminha sem rumo, sem esperança. As desilusões da vida têm levado muitas pessoas a conflitos na área psicológica e na área da fé.

Vemos a agressividade eclodindo em situações cotidianas que não a justificam.“Os impulsos de agressão brotam no nosso campo emocional como reflexos

do ódio, do rancor, dos desejos de vingança, da cólera”. (¹). Diante de tanto desamor, as pessoas caminham em busca de uma âncora de

“salvação”. Nessa busca, muitos aportam às Casas Espíritas como “última tenta-tiva” de alívio para seu sofrimento. Diante do fato, pergunto: a Casa Espírita nos salva? Resolve nossos problemas? Promove nossa cura?

Aprendemos com os ensinamentos da Doutrina Espírita que a verdadeira cura se dá com a modificação de nossa atitude mental, que nos leva à mudança de nossas ações.

Vivemos muitas das vezes em ambientes fluidicamente “pesados”, emocio-nalmente “doentios”. E nós estamos alimentando essa situação, mesmo sem nos darmos conta.

“Que se faz quando está viciado o ar? Procede-se ao seu saneamento, cuida--se de depurá-lo, destruindo o foco dos miasmas...” (²).

É através dos bons pensamentos e dos bons sentimentos, ou seja, pela reforma íntima e pelo trabalho no bem que podemos sanear o ambiente em que vivemos.

Para que isso se dê, temos que buscar sempre o estudo através de palestras, cursos e leitura de bons livros doutrinários. A Casa Espírita pode contribuir muito para essa transformação.Luz e Paz para todos nós!

(¹) Veja Seção “Em Busca da Reforma Íntima” desta edição.(²) Veja Seção “Estudando A Gênese” desta edição.

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Clareando / Ano XVI / Edição 175 / Maio 2018 - Pág . 2

Nos capítulos precedentes de-monstramos a necessidade da ideia de Deus. Ela se afirma e se impõe, fora e acima de todos os sistemas, de todas as filosofias, de todas as cren-ças. É também livre de todo o liame com qualquer religião, a cujo estudo nos entreguemos, na independência absoluta de nosso pensamento e de nossa consciência. Deus é maior que todas as teorias e todos os sistemas. Eis a razão por que não pode Ele ser atingido, nem minorado pelos erros e faltas que os homens têm cometido em seu nome. Deus é sobera-no a tudo. O Ser divino escapa a toda à deno-minação e a qualquer medida, e, se lhe cha-mamos Deus, é por falta de um: nome maior, as-sim o disse Victor Hugo. A questão de Deus é o mais grave de todos os problemas suspensos sobre nossas cabeças e cuja Solução se liga, de maneira estrita, imperiosa, ao Pro-blema do ser humano e de seu desti-no, ao problema da vida individual e da vida social. O conhecimento da verdade sobre Deus, sobre o mundo e a vida é o que há de mais essencial, de mais necessário, porque é Ele que nos sustenta nos inspira e nos dirige mesmo à nossa revelia. E esta verda-de não é inacessível, como veremos; é simples e clara; está ao alcance de todos. Basta procurá-la, sem precon-ceitos, sem reservas, ao lado da cons-ciência e da razão. Não lembraremos aqui as teorias e os sistemas inúmeros que as religiões e as escolas filosófi-cas arquitetaram através dos séculos. Pouco nos importam hoje as contro-

vérsias, as cóleras, às agitações vãs do passado. Para elucidar tal assunto, temos agora recursos mais elevados que os do pensamento humano; te-mos o ensino daqueles que deixaram a Terra, a apreciação das Almas que, tendo franqueado o túmulo, nos fa-zem ouvir, do fundo do mundo in-visível, seus conselhos, seus apelos, suas exortações. Verdade é que nem todos os Espíritos são igualmente ap-tos a tratar dessas questões. Acontece com os Espíritos de Além-Túmulo o

mesmo que com os homens. Nem to-dos estão igualmente desenvolvidos; não chegaram todos ao mesmo grau de evolução. Daí as contradições, as diferenças de vistas. Acima, porém, da multidão das Almas obscuras, ig-norantes, atrasadas, há Espíritos emi-nentes, descidos das esferas para es-clarecer e guiar a Humanidade. Ora, que dizem esses Espíritos sobre a questão de Deus? A existência da Po-tência Suprema é afirmada por todos os Espíritos elevados. Aqueles, dentre nós, que tem estudado o Espiritismo filosófico, sabem que todos os gran-des Espíritos, todos aqueles cujos en-sinamentos têm reconfortado as nos-sas almas, mitigado nossas misérias, sustentado nossos desfalecimentos, são unânimes em afirmar, em repe-tir, em reconhecer a alta Inteligência

que governa os seres e os mundos. Eles dizem que essa Inteligência se revela mais brilhante e mais sublime à medida que se escalam os degraus da vida espiritual. O mesmo se dá com os escritores e filósofos espíritas, desde Allan Kardec até nossos dias. Todos afirmam a existência de uma causa eterna no Universo. “Não há efeito sem causa -- disse Allan Kardec -- e todo efeito inteligente tem forço-samente uma causa Inteligente.” Eis o princípio sobre o qual repousa o

Espiritismo inteiro. Esse princípio, quando o aplicamos às mani-festações de Além--Túmulo, demonstra a existência dos Espíri-tos. Aplicado, ao estu-do do mundo e das leis universais, demonstra a existência de uma

causa inteligente no Universo. Eis por que a existência de Deus constitui um dos pontos essenciais do ensino es-pírita. Acrescento que é inseparável do resto desses ensina, porque, neste último, tudo se liga, tudo se coordena e se encadeia. Que não nos falem de dogmas! O Espiritismo não os com-porta. Ele nada impõe; ensina. Todo ensino tem seus princípios. A ideia de Deus é um dosprincípios fundamentais do Espiritis-mo.

Obs.: Este é apenas um trecho do ca-pítulo.

Fonte: O Grande Enigma, Léon De-nis, capítulo V, Editora FEB.

“O Ser divino escapa a toda à denominação e a qualquer medida,

e, se lhe chamamos Deus, é por falta de um: nome maior, assim o disse

Victor Hugo.”

Deus – Causa Primeira

A Necessidade da Ideia de Deus

Que é Deus?“Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas”.Onde se pode encontrar a prova da existência de Deus?“Num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá”.

(O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questões 1 e 4)

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Clareando / Ano XVI / Edição 175 / Maio 2018 - Pág . 3

*11. Estando Jesus à mesa em casa desse homem (Mateus), vieram aí ter muitos publicanos e gente de má vida, que se puseram à mesa com Jesus e seus discípulos; - o que fez que os fariseus, notando-o, disseram aos discípulos: Como é que o vosso Mestre come com publicanos e pes-soas de má vida? - Tendo-os ouvido, disse-lhes Jesus: Não são os que go-zam saúde que precisam de médico. (S. Mateus, cap. IX, vv. 10 a 12.)

12. Jesus se acercava, principal-mente, dos pobres e dos deserdados, porque são os que mais necessitam de consolações; dos cegos dóceis e de boa fé, porque pedem se lhes dê a vista, e não dos orgulhosos que julgam possuir toda a luz e de nada

precisar. (Veja-se: “Introdução”, ar-tigo: Publicanos, Portageiros).

Essas palavras, como tantas ou-tras, encontram no Espiritismo a aplicação que lhes cabe. Há quem se admire de que, por vezes, a me-diunidade seja concedida a pessoas indignas, capazes de a usarem mal. Parece, dizem, que tão preciosa fa-culdade devera ser atributo exclusi-vo dos de maior merecimento.

Digamos, antes de tudo, que a mediunidade é inerente a uma dis-

posição orgânica, de que qualquer homem pode ser dotado, como da de ver, de ouvir, de falar. Ora, nenhuma há de que o homem, por efeito do seu livre arbí-trio, não possa abusar, e se Deus não houvesse concedido, por exemplo, a palavra senão aos incapazes de proferirem coisas más, maior seria o número dos mudos do que o dos que falam. Deus outorgou faculda-des ao homem e lhe dá a liberdade de usá-las, mas não deixa de punir o que delas abusa.

Se só aos mais dignos fosse con-cedida a faculdade de comunicar com os Espíritos, quem ousaria pre-tendê-la? Onde, ao demais, o limite entre a dignidade e a indignidade?

A mediunidade é conferida sem distinção, a fim de que os Espíritos possam trazer a luz a todas as cama-das, a todas as classes da sociedade, ao pobre como ao rico; aos retos, para fortificá-los no bem, aos vicio-sos para corrigi-los. Não são estes últimos os doentes que necessitam de médico? Por que Deus, que não quer a morte do pecador, o privaria do socorro que o pode arrancar ao lameiro? Os bons Espíritos lhe vêm em auxílio e seus conselhos, da-

dos diretamente, são de natureza a impressioná-lo de modo mais vivo, do que se os recebesse indiretamen-te. Deus, em sua bondade, para lhe poupar o trabalho de ir buscá-la lon-ge, nas mãos lhe coloca a luz. Não será ele bem mais culpado, se não a quiser ver? Poderá desculpar-se com a sua ignorância, quando ele mesmo haja escrito com suas mãos, visto com seus próprios olhos, ou-vido com seus próprios ouvidos, e pronunciado com a própria boca a sua condenação? Se não aprovei-tar, será então punido pela perda ou pela perversão da faculdade que lhe fora outorgada e da qual, nesse caso, se aproveitam os maus Espíri-tos para o obsidiarem e enganarem, sem prejuízo das aflições reais com que Deus castiga os servidores in-dignos e os corações que o orgulho e o egoísmo endureceram. A mediu-nidade não implica necessariamente relações habituais com os Espíritos superiores. E apenas uma aptidão para servir de instrumento mais ou menos dúctil aos Espíritos, em geral. O bom médium, pois, não é aque-le que comunica facilmente, mas aquele que é simpático aos bons Es-píritos e somente deles tem assistên-cia. Unicamente neste sentido é que a excelência das qualidades morais se torna onipotente sobre a mediu-nidade.

Fonte: O Evangelho Segundo o Es-piritismo, Allan Kardec, capítulo XXIV, itens 11 e 12, Editora FEB.

“A mediunidade é conferida sem distinção, a fim de que os Espíritos possam trazer a luz a todas as camadas, a todas as classes

da sociedade, ao pobre como ao rico; aos retos, para fortificá-los no bem, aos

viciosos para corrigi-los.”

Não São os Que Gozam Saúde que Precisam de Médico

Semeando o Evangelho de Jesus

“Eis que o Semeador saiu a semear.”Mateus, 13:3

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Indagações de Chico(*)

Chico Xavier - Ensinamentos e Vivências

Errata

“Em tantos anos de trabalho, muitas vezes indago a mim mesmo porque há tanta incompreensão e intolerância com as vantagens de uma Doutrina Libertadora e Bela, quanto a nossa, mas não encontro resposta. Os Benfeitores Espirituais me reconfortam, explicando-me que o nosso movimento é de opi-niões livres, com a responsabilidade funcionando em cada um. O argumento me consola e me aclara o raciocínio, mas a minha perplexidade prossegue inalterada Já apanhei fisicamente em reuniões públicas, graças a Deus, sem esboçar qualquer reação; injúrias muitas vezes foram assacadas contra mim; acusações de mistificador e de embusteiro, muitas vezes foram pronunciadas contra mim, à frente de público

Na página 3, do Boletim de abril, leia “Benefícios” Pagos com a In-gratidão (título).

numeroso e já tive ocasião de rece-ber rasgada e atirada ao meu rosto, aos pedaços, determinada mensa-gem que eu sabia ser autêntica e, por uma força que não tenho, nada respondi e não reagi em ponto al-gum. Um poder maior do que a mi-nha vontade sempre me sustentou, impedindo-me abandonar o servi-ço mediúnico. E todas as agressões que experimentei vieram de irmãos nossos na mesma fé”. (...)

(*) Esta Frase não consta da Obra. Colocada para facilitar o entendi-mento.

Fonte: Chico e Emmanuel, Carlos A. Baccelli, Editora Espírita “Pierre--Paul Didier”.

Campanha CEIC

Ag. 0544 - c / c : 10227-0

Ag. 6020 - c /c : 16496-5

O CEIC está em campanha para a construção do seu 2° pavimento . Necessita de ajuda financeira.

Você gostaria de colaborar?O CEIC agradece sua colaboração. Conta:

Dia: 06/05/2018 - 16 horasCulto no Lar de

Selma Vieira Santos

Atividades Doutrinárias

Acesse oBoletim Clareando

através do site www.irmaoclarencio.org.br

clique no link

informativo do CeiC

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Clareando / Ano XVI / Edição 175 / Maio 2018 - Pág . 5

A infância é o sorriso da existência no horizonte da vida.

Representa esperança que o pessimismo não pode mo-dificar. É mensagem de amor para o cansaço no refúgio do desencanto, a fulgir no sacrá-rio da oportunidade nova.

É experiência em começo que nos compete orientar e conduzir.

É luz a agigantar-se aguardando o azeite do nosso desvelo.

É sinfonia em preparação... , nota solitária que o Músico Divino utilizará na sucessão dos dias para a grande mensa-gem ao mundo conturbado.

Atendamos o infante ofe-recendo, à manhã da vida, a promessa de um futuro seguro.

Nem a energia improdutiva; nem o carinho pernicioso; nem a assistência socorrista prejudicial às fontes do valor pessoal; nem a negligência em nome da confiança no Pai de Todos; nem a vigilância que deprime; nem o arsenal de des-

cuidos em respeito falso ao futuro homem...

Mas, acima de tudo, comedi-mento de atitudes com manancial farto de recursos pessoais e exem-plos fecundos, porquanto, as bases do futuro encontram-se na criança

de hoje, tanto quanto o fru-to do porvir dormita na flor perfumada de agora.

Cuidemos do infante, oferecendo o carinho fra-terno dos nossos recursos, confiados de que, um dia, seremos convidados a ofere-cer ao Pai Misericordioso o resultado da nossa atuação junto àquele cuja guarda es-teve aos cuidados do nosso coração.

Bezerra de Menezes

Fonte: Compromissos Ilumi-nativos, psicografia de Di-valdo Pereira Franco, Editora LEAL.

“A primeira ideia que uma crian-ça precisa ter é a diferença entre o bem e o mal. E a principal função do educador é cuidar para que ela não confunda o bem com a passi-vidade e o mal com a atividade”. (Maria Montessori)

Infância

A Família na Visão Espírita

Para a sociedade o relaxamento dos laços de família seria uma recrudescência do egoísmo. (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 775).

“Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel”.

Paulo (I Timóteo, 5:6)

Fonte: Reflexões - Volume IEspírito : Antonio de AquinoPsicografia : Altivo Carissimi Pamphiro

Gotas de Luz

Seleção de textos :José Roberto Gouvêa

“Amor, palavra verdadeiramente importante, para o mundo em que se vive! O amor traz o equilíbrio para as relações humanas e também a força para as realizações de todos aqueles que se dignam a trabalhar pelo bem.Há em todas as criaturas, latente, esse gérmen. Cabe a cada um, por força do trabalho, por força do desenvolvimento de seus valores e qualidades íntimas, desenvolver, de modo crescente, o sentimento do amor.”

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Estudando as Obras de Deolindo Amorim

Africanismo não é Espiritismo

Fonte: Reflexões - Volume IEspírito : BalthazarPsicografia : Altivo Carissimi Pamphiro

Gotas de Luz

Seleção de textos :José Roberto Gouvêa

“A Sustentação Divina objetiva tornar o homem mais coeso, mais organizado, pensando numa direção de elevação. E se todos nós prestarmos atenção na existência que temos, nos erros cometidos, nos projetos de vida, verificaremos que cada um tem no seu próprio projeto uma força superior que conduz a criatura para um objetivo. Esse é o sinal da Providência Divina.”

Tem-se procurado, aliás, sem ra-zão plausível, confundir o Espiri-tismo com velhas práticas afro-ca-tólicas, enraizadas no Brasil desde o período colonial. Argumenta-se, em defesa de tal suposição, que nas práticas africanas se verificam ma-nifestações de espíritos, o que, no entender de muitas pessoas, é sufi-ciente para dar cunho espírita a es-sas práticas. O raciocínio é mais ou menos este: onde há manifestações de espíritos, há espiritismo; logo, as práticas fetichistas são também práticas espíritas, porque nela se faz evocação de espíritos.

Eis aí uma preliminar discutível. Em primeiro lugar, o que caracteriza o ato espírita não é exclusivamente o fenômeno; em segundo lugar, o Espiritismo (corpo de doutrina or-ganizado por Allan Kardec) surgiu no mundo em 1857, e quando suas obras chegaram ao Brasil, já existia o Africanismo generalizado, princi-palmente na Bahia.

Historicamente, como se vê, não é possível estabelecer qualquer ter-mo de comparação, porquanto o Africanismo data de época muito recuada, ao passo que a Doutrina Espírita é do século passado. Se, de fato, o fenômeno fosse o úni-co elemento capaz de identificar a prática espírita, teríamos de chegar à conclusão de que Espiritismo e Catolicismo terminariam sendo, no fundo, a mesma coisa, porque se

registram fenômenos no seio de cor-porações católicas. Neste caso, não haveria distinção entre Catolicismo, Espiritismo, Africanismo etc., uma vez que a mediunidade é comum a qualquer indivíduo, podendo ser es-pontaneamente observada entre ca-tólicos, espíritas, maometanos, etc.

Não são poucos os padres, bispos e pastores com mediunidade positi-va.

Não é, portanto, pela natural ocorrência de fenômenos que se pode firmar critério para determinar o que seja realmente Espiritismo.

Um materialista, ainda que dos mais intransigentes, está sujeito a ser médium, embora continue, por sis-tema, a negar a existência da alma. Então, devemos concluir: o fenôme-no por si só não justifica a opinião, hoje defendida por muita gente, de que haja entre o Espiritismo e o Afri-canismo qualquer traço fundamental de afinidade.

Conquanto as religiões fetichistas, transplantadas para o Brasil com o tráfico africano, se utilizem de mé-diuns (há médiuns em toda parte e não apenas no meio espírita) e façam evocações de espíritos em seus ter-reiros e cerimônias, com o desejo de praticar o bem ou “prestar caridade”, segundo expressão popular no Bra-sil, não se encontram, entre aquelas religiões e o Espiritismo, traços co-muns.

De comum, apenas a manifesta-

ção, o transe mediúnico, a evoca-ção, sob forma absolutamente dife-rente da prática espírita. Ora, não sendo a manifestação de espíritos um ato privativo do Espiritismo, porque os espíritos se manifestam em qualquer lugar, desde que dis-ponham de médiuns, está claro que, em boa lógica, não deve ter a designação específica de práti-ca espírita, qualquer experiência mediúnica, feita a esmo, empirica-mente, sem relação com o Espiri-tismo, cujos ensinos formam uma doutrina filosófica de “consequên-cias religiosas”, como bem disse o seu codificador Allan Kardec.

O mediunismo faz parte do Es-piritismo; mas é preciso frisar que mediunismo não é Espiritismo. Que há mediunismo nos cultos africanos, não se discute. Mas este motivo ainda não basta. Daí poder--se apresentar a tese de que, embo-ra tenham por base a imortalidade da alma e exercitem o mediunis-mo, as práticas do Africanismo, apesar de espiritualistas, não cons-tituem modalidade do Espiritismo.

Obs.: Reproduzimos apenas uma parte do texto.(*) Título criado para este trecho do capítulo.

Fonte: Africanismo e Espiritismo, capítulo I, Editora CELD.

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Como Fugir da Influência dos Maus Espíritos

Estudando a Gênese

Dir-se-á que se podem evi-tar os homens sabidamente mal intencionados. É fora de dúvida; mas, como fugiremos à influência dos maus Espíri-tos que pululam em torno de nós e por toda parte se insi-nuam, sem serem vistos? O meio é muito simples, por-que depende da vontade do homem, que traz consigo o necessário preservativo. Os fluidos se combinam pela se-melhança de suas naturezas; os dessemelhantes se repe-lem; há incompatibilidade entre os bons e os maus fluidos, como entre o óleo e a água. Que se faz quando está viciado o ar? Procede-se ao seu saneamento, cuida-se de depurá-lo, destruindo o foco dos miasmas, expelindo os eflúvios malsãos, por meio de mais fortes correntes de ar salubre. A invasão, pois, dos maus fluidos, cumpre se oponham os fluidos bons e, como cada um tem no seu próprio perispírito uma fonte fluídica permanente, todos trazem consigo o remédio aplicável. Tra-

Esta obra “tem por objetivo o estudo dos três pontos até agora diversamente interpretados e co-mentados: a Gênese, os milagres e as predições, em suas relações com as novas leis que decorrem da observação dos fenômenos espíritas”.

(A Gênese, Introdução).

ta-se apenas de purificar essa fonte e de lhe dar qualidades tais, que se constitua para as más influên-cias um repulsor, em vez de ser uma força atrativa. O perispírito, portanto, é uma couraça a que se deve dar a melhor têmpera possí-vel. Ora, como as suas qualidades guardam relação com as da alma, importa se trabalhe por melhorá--la, pois que são as imperfeições da alma que atraem os Espíritos maus. As moscas são atraídas pelos fo-cos de corrupção; destruídos es-

ses focos, elas desaparecerão. Os maus Espíritos, igualmente, vão para onde o mal os atrai; elimi-nado o mal, eles se afastarão. Os Espíritos realmente bons, encarna-dos ou desencarnados, nada tem que temer da influência dos maus.

(*) Título criado para esta parte do texto, cujo título é: “Qualidades dos Fluidos”.

Fonte: A Gênese, Allan Kardec, ca-pítulo XIV, item 21, Editora FEB.

Se você deseja conhecer a Doutrina Espírita leia e estude primeiramente as Obras Básicas: O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo,O Livro dos Médiuns, O Céu e o Inferno e A Gênese.Com esse embasamento você saberá selecionar bons livros da Literatura Espírita.

• Sugestão do Mês:

Sugestão de Leitura

Do Outro Lado da Matéria - Enigma da Vida, Jorge Andréa dos Santos - Editora: ICEB

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Clareando / Ano XVI / Edição 175 / Maio 2018 - Pág . 8

loCal: Centro espírita irmão ClarênCio

Esperanto

1 - O que é o Esperanto?O Esperanto é uma língua inter-

nacional planejada, de fácil aprendi-zado, que tem por objetivo servir de meio de comunicação entre pessoas que falam idiomas diferentes.

O Esperanto não visa substituir os idiomas nacionais, mas ser tão somente uma segunda língua de cada povo.

2 - Quem criou o Esperanto?O Esperanto foi criado por Lázaro

Luiz Zamenhof, judeu polonês, que publicou em 26 de julho de 1887, o primeiro livro sobre a língua, uti-lizando o pseudônimo de Dr. Espe-ranto.

3 - Quais as principais caracterís-ticas do Esperanto?

As principais características do Esperanto são duas: a neutralidade e a facilidade.

De aprendizado. Por ser uma lín-gua planejada, o Esperanto é neutro, contribuindo para a formação de uma comunidade planetária, basea-da no respeito mútuo, sem os pro-blemas decorrentes da hegemonia de uma língua nacional, que geral-mente, se impõe pela força econô-mica ou política e, algumas vezes, até pela força militar.

4 - Em que resi-de a faci-lidade do ESPERAN-TO?

A faci-lidade do Esperanto reside em três aspec-tos: na pro-núncia, na gramática e no voca-bulário.

O alfabeto é fonético, ou seja, a cada letra corresponde um único som.

São 28 letras, portanto, 28 sons, sendo que a acentuação tônica das palavras recai sempre na penúltima sílaba.

A gramática é simples e regular, não apresentando exceções. Todo substantivo termina pela letra “o” e todo adjetivo pela letra “a”. O plu-ral se faz regularmente pelo acrés-cimo de uma letra. O advérbio de-rivado termina pela letra “e”. Só há uma única conjugação verbal e os verbos, no infinitivo, terminam em «i», no presente, em “as”, no passa-do, em “is”, no futuro, em “os”, no condicional, em “us” e, no imperati-

vo, em “u”. Isso em todas as pessoas, pois o pronome é quem irá indicar a pessoa em que o verbo se encontra.

O vocabulário internacional e oriundo dos principais idiomas mo-dernos: 60% dos radicais provêm das línguas neolatinas (francês, ita-liano, espanhol, português, etc), 30% do inglês e do alemão e 10% dos demais idiomas. Além disso, existe um sistema de prefixos e sufi-xos, de significados constantes, que, acrescidos aos radicais, diminuem, em muito, o tempo de aprendizado. Qualquer pessoa de cultura media-na poderá aprendê-lo, com duas au-las semanais em poucos meses.

Yan Curvelo

310 enContro espírIta

soBre medIunIdade

data: 24/06/2018HorárIo: 8:30 às 13:00

Em Junho280 enContro espírIta

soBre eurípedes Barsanulfo

data: 17/06/2018 HorárIo: 08:30 às 13:00

O que é o Esperanto

Evangelho: Mensagem de Jesus, simples e inconfundível. Espiritismo: Doutrina dos Espíritos, profunda e clara. Esperanto: Idioma da fraternidade

Encontros E Seminários

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Que Fazeis de Especial?

Emmanuel e os Ensinamentos dos Apóstolos

Iniciados na luz da Revelação Nova, os espiritistas cristãos possuem patrimônios de enten-dimento muito acima da compreensão nor-mal dos homens en-carnados.

Em verdade, sa-bem que a vida pros-segue vitoriosa, além da morte; que se en-contram na escola temporária da Terra, em favor da ilumi-nação espiritual que lhes é necessária; que o corpo carnal é simples vestimenta a desgastar-se cada dia; que os trabalhos e desgostos do mun-do são recursos edu-cativos; que a dor é o estímulo às mais altas realizações; que a nossa colheita futura se verificará, de acordo com a se-menteira de agora; que a luz do Senhor clarear-nos-á os ca-minhos, sempre que estivermos a serviço do bem; que toda oportunidade de trabalho no presente é uma

bênção dos Poderes Divinos; que ninguém se acha na Crosta do Planeta em excursão de pra-

zeres fáceis, mas, sim, em mis-são de aperfeiçoamento; que a

“Que fazeis de especial?” - Jesus. (Mateus, 5:47.)

justiça não é uma ilusão e que a verdade surpreenderá toda a gente; que a existência na esfe-

ra física é abençoada oficina de trabalho, resgate e redenção e que os atos, palavras e pensamentos da criatura produzirão sempre os frutos que lhes dizem respeito, no campo infinito da vida. Efetivamente, sabemos tudo isto.

Em face, pois, de tantos conhecimen-tos e informações dos planos mais altos, a beneficiarem nossos círculos felizes de trabalho espiritual, é justo ouçamos a in-terrogação do Divino Mestre:

-- Que fazeis mais que os outros?

Emmanuel

Fonte: Vinha de Luz, psicografia de Fran-

cisco Cândido Xavier, lição 60, Editora FEB.

Temos evangelização para crianças nos mesmos horários das Reuniões Públicas, e para jovens, nos horários das

Reuniões Públicas Noturnas.

Aviso Importante

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Código Penal da Vida Futura

Céu e Inferno - Esperanças e Consolações

25º - Espíritos há mergulha-dos em densa treva; outros se encontram em absoluto insu-lamento no Espaço, atormen-tados pela ignorância da pró-pria posição, como da sorte que os aguarda. Os mais cul-pados padecem torturas muito mais pungentes por não lhes entreverem um termo.

Alguns são privados de ver os seres queridos, e todos, ge-ralmente, passam com inten-sidade relativa pelos males, pelas dores e privações que a outrem ocasionaram. Esta si-tuação perdura até que o de-sejo de reparação pelo arre-pendimento lhes traga a calma para entrever a possibilidade de, por eles mesmos, pôr um termo à sua situação.

26º - Para o orgulhoso re-legado às classes inferiores é suplício ver acima dele colo-cados, cheios de glória e bem estar, os que na Terra despre-zara. O hipócrita vê desven-dados, penetrados e lidos por

A obra O Céu e o Inferno, Allan Kardec, “objetiva demonstrar a imortalidade do Espírito e a condição que ele usufruirá no mundo espiritual, como consequência de seus próprios atos”.

(O Céu e o Inferno, capa, 61ª edição, Editora FEB).E assim, reencarnando e desencarnando, o Espírito prossegue em sua jornada em busca da perfeição, sendo herdeiro de si mesmo.

todo o mundo os seus mais se-cretos pensamentos, sem que os possa ocultar ou dissimular; o sátiro, na impotência de sa-ciá-los, tem na exaltação dos bestiais desejos o mais atroz tormento; vê o avaro o esban-jamento inevitável do seu te-souro, enquanto que o egoísta, desamparado de todos, sofre as consequências da sua atitu-de terrena; nem a sede nem a fome lhe serão mitigadas, nem amigas mãos se lhe estenderão às suas mãos súplices; e, pois que em vida só de si cuidara, ninguém dele se compadecerá na morte.

27º - O único meio de evitar ou atenuar as consequências futuras de uma falta, está no repará-la, desfazendo-a no presente. Quanto mais nos demorarmos na reparação de uma falta, tanto mais penosas e rigorosas serão, no futuro, as suas consequências.

28º - A situação do Espíri-to, no mundo espiritual, não

é outra senão a por si mesmo preparada na vida corpórea. Mais tarde, outra encarnação se lhe faculta para novas pro-vas de expiação e reparação, com maior ou menor provei-to, dependentes do seu livre--arbítrio; e se ele não se cor-rige, terá sempre uma missão a recomeçar, sempre e sempre mais acerba, de sorte que pode dizer-se que aquele que muito sofre na Terra, muito tinha a expiar; e os que gozam uma felicidade aparente, em que pesem aos seus vícios e inu-tilidades, pagá-la-ão mui caro em ulterior existência. Nesse sentido foi que Jesus disse: - “Bem aventurados os aflitos, porque serão consolados,” (O Evangelho segundo o Espiritis-mo, cap. V.).

Fonte: O Céu e o Inferno, Allan Kardec, 1ª parte, capítu-lo VII. Editora FEB.

Fonte: Reflexões - Volume IEspírito : BalthazarPsicografia : Altivo Carissimi Pamphiro

Gotas de Luz

Seleção de textos :José Roberto Gouvêa

“A Doutrina Espírita tem um objetivo a ser alcançado, no momento, pelas nossas almas. Dia haverá em que daremos um outro salto, o salto em busca da verdade. Assim como o Cristo é a Verdade total, para nós, a Doutrina Espírita é a verdade do nosso momento. Estudemos a Doutrina Espírita fixando-a, definitivamente, em nossos espíritos.”

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Do Outro lado da Vida

Antônio B...Enterrado Vivo - A Pena de TaliãoAntônio B..., escritor de estimadíssi-mo merecimento, que exercera com distinção e integridade muitos cargos públicos na Lombardia, pelo ano de 1850 caiu aparentemente morto, de um ataque apoplético. Como algumas ve-zes sucede em casos tais, a sua morte foi considerada real, concorrendo ain-da mais para o engano os vestígios da decomposição assinalados no corpo. Quinze dias depois do enterro, uma circunstância fortuita determinou a exu-mação, a pedido da família. Tratava-se de um medalhão por acaso esquecido no caixão. Qual não foi, porém, o es-panto dos assistentes quando, ao abrir este, notaram que o corpo havia muda-do de posição, voltando-se de bruços e - coisa horrível - que uma das mãos ha-via sido comida em parte pelo defunto. Ficou então patente que o infeliz Antô-nio B. fora enterrado vivo, e deveria ter sucumbido sob a ação do desespero e da fome.

Evocado na Sociedade de Paris, em agosto de 1861, a pedido de parentes, deu as seguintes explicações:

1. - Evocação. - Que quereis?2. - A pedido de um vosso parente,

nós vos evocamos com prazer e sere-mos felizes se quiserdes responder-nos. - R. Sim, desejo fazê-lo.

3. - Lembrai-vos dos incidentes da vossa morte? - R. Ah! Certamente que me lembro: - Mas por que avivar essa lembrança do castigo?

4. - Efetivamente fostes enterrado por descuido? - R. Assim deveria ser, visto revestir-se a morte aparente de to-dos os caracteres da morte real: eu esta-va quase exangue. (¹).

“Não se deve, porém, imputar a ninguém um acontecimento que me estava predestinado desde que nasci”.

5. - Incomodam-vos estas pergun-tas? Será mister lhes demos fim? - R. Não. Podeis continuar.

6. - Porque deixastes a reputação de

um homem de bem, esperamos fosseis feliz. - R. Eu vos agradeço, pois sei que haveis de interceder por mim. Vou fazer o possível para vos responder, e, se não puder fazê-lo, fá-lo-á um dos vossos guias por mim.

7. - Podeis descrever-nos as vossas sensações daquele momento? - R. Que dolorosa provação sentir-me encerrado entre quatro tábuas, tolhido, absoluta-mente tolhido! Gritar! Impossível! A voz, por falta de ar, não tinha eco! Ah, que tortura a do infeliz que em vão se esforça para respirar num ambiente limitado! Eu era qual condenado à boca de um forno, abstração feita do calor. A ninguém de-sejo um fim rematado por semelhantes torturas. Não, não desejo a ninguém tal fim! Oh, cruel punição de cruel e feroz existência! Não saberia dizer no que en-tão pensava; apenas revendo o passado, vagamente entrevia o futuro.

8. - Dissestes: - cruel punição de fe-roz existência... Como se pode conciliar esta afirmativa com a vossa reputação ilibada? - R. Que vale uma existência diante da eternidade?! Certo, procurei ser honesto e bom na minha última en-carnação, mas eu aceitara tal epílogo previamente, isto é, antes de encarnar. Ah!... Por que interrogar-me sobre esse passado doloroso que só eu e os bons Espíritos enviados do Senhor conhecía-mos? Mas, visto que assim é preciso, dir-vos-ei que numa existência anterior eu enterrara viva uma mulher - a minha mulher, e por sinal que num fosso! A pena de talião devia ser-me aplicada. Olho por olho, dente por dente.

9. - Agradecemos essas respostas e pedimos a Deus vos perdoe o passado, em atenção ao mérito da vossa última encarnação. - R. Voltarei mais tarde, mas, não obstante, o Espírito de Éraste completará esta minha comunicação.

Instruções do Guia do MédiumPor essa comunicação podeis in-

ferir a correlatividade e dependência

imediata das vossas existências entre si; as tribulações, as vicissitudes, as di-ficuldades e dores humanas são sem-pre as consequências de uma vida anterior, culposa ou mal aproveitada. Devo, todavia dizer-vos que desfechos como este de Antônio B. são raros, visto como, se de tal modo terminou uma existência correta, foi por tê-lo solicitado ele próprio, com o fito de abreviar a sua erraticidade e atingir mais rápido as esferas superiores. Efetivamente, depois de um período de perturbação e sofrimento moral, inerente à expiação do hediondo crime, ser-lhe-á perdoado este, e ele se alçará a um mundo melhor, onde o espera a vítima que há muito lho perdoou. Aproveitai este exemplo cruel, queridos espíritas, a fim de suportardes, com paciência, os sofrimentos morais e físicos, todas as pequenas misérias da Terra.

- P. Que proveito pode a Humanida-de auferir de semelhantes punições? - R. As penas não existem para desenvolver a Humanidade, porém para punição dos que erram. De fato, a Humanidade não pode ter interesse algum no sofri-mento de um dos seus membros. Neste caso, a punição foi apropriada à falta. Por que há loucos, idiotas, paralíticos? Por que morrem estes queimados, en-quanto que aqueles padecem as torturas de longa agonia entre a vida e a morte? Ah, crede-me; respeitai a soberana von-tade e não procureis sondar a razão dos decretos da Providência! Deus é justo e só faz o bem.

Éraste (1) Privado de circulação do sangue. Descoloração da pele pela privação do sangue.

Fonte: O Céu e o Inferno, Allan Kardec, 2ª parte, capítulo VIII, Editora FEB.

A vida do Espírito é imortal; a vida do corpo é transitória e passageira. Quando o corpo morre, o Espírito retoma a vida imortal, conservando sua individualidade, não perdendo seu corpo espiritual, ou seja, seu perispírito.

(O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questões 153, 150 e 150-a).

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Para todas as obras Deus conta com a cumplicidade de almas ab-negadas.Percorrendo a Terra, onde haja um grito de dor, uma súplica de paz ou um coração aflito, diante de uma criatura que auxilie, será percebida a presença de Deus.A sua obra está sempre sendo retocada por mãos especiais. Al-mas existem que, esquecendo-se de si mesmas, vivem a favor do próximo executando um hino de amor na alegria com que servem ao Criador.Porém, nenhuma dessas almas atingiu abnegação plena.Para a obra especial da vida, Deus precisava de alguém que superasse todas as expectativas.Uma mulher que tivesse dentro de si algo do céu a fim de tornar--se o elo inquebrantável entre este e a Terra.Que possuísse uma aparência frá-gil para que sua força interior não lhe tornasse as feições endureci-das.Que tivesse a sabedoria de en-tender que nada lhe pertenceria realmente, porém tudo depende-ria do seu amor.Que possuísse ânimo suficien-te para trabalhar durante o dia e velar as noites dos que lhe foram confiados.Que fizesse do seu ventre um ber-ço amorável, a fim de que as al-mas que retornam à Terra pudes-sem se sentir seguras o suficiente para não desistir da empreitada chamada reencarnação.Que tivesse braços com a capa-cidade de balouçar como galhos frágeis de árvores perfumadas, agitados pela doçura da brisa, a fim de embalar sonhos infantis e fortes como troncos seculares a

sustentar a seiva da existência, quando os vendavais assolassem sorrateiros e devastadores.Que soubesse transformar numa prece palavras simples que fa-lassem da grandeza de Deus, para insuflar esperanças novas nas almas confiadas à sua mei-guice.Cujas mãos fossem delicadas o bastante para acalentar a dor e fortes o suficiente para erguer os que caíram.Cujo coração tivesse o dom in-finito de perdoar e, acima de tudo, a bondade incomparável de acreditar mesmo quando tudo conspirasse para a conde-nação.Cujas lágrimas não fossem áci-das como as agruras que sofre-ria, mas gotículas de sereno a reavivar a flor singela.Era uma tarefa difícil reservada para uma única alma.Enviou Maria de Nazaré para tornar-se o exemplo de amor e resignação.A mulher que se manteve ajoe-lhada ante a cruz do martírio, orando por seu bendito filho pendente da cruz injusta, en-quanto se compadecia ainda dos filhos de outras mulheres que eram os cruéis agressores.A mulher santa que acalentou de encontro ao peito o corpo do filho morto, confiando-o ao Pai. E que dedicou o restante dos seus dias a amenizar a fome e o sofrimento dos que lhe feriram o coração.Após a passagem dela sobre a Terra, as almas escolhidas pos-suíam referência de conduta.Se elas são estrelas do infinito, tiveram a humildade de apagar o seu esplendor para serem ape-

nas mães a embaçar a esperança na Terra.Cúmplices de Deus na tarefa de criar, são anjos abnegados a ser-viço do amor.Tu, que nasceste na carne, és fruto do seu sacrifício e amor.Toma das mãos de tua mãe e beija-as ternamente, desfazen-do-te na mais profunda grati-dão, e guarda contigo a certeza de que jamais lhe conhecerás a imensidão da renúncia, que fez com que os dias dela se fossem sem muitas vezes serem vividos, porque ela cuidava dos teus.E quando olhares o céu recorda que Deus te brindou a existên-cia com a presença de um anjo de luz para que cavasse com as próprias mãos o caminho por onde segues, fazendo-o mais ameno.Lembra que és parte dela, de sua própria alma e, assim sendo, tua dor será a dor que ela sente; tuas lágrimas correrão primei-ro por seus olhos; teu sorriso lhe constituirá a alegria e o seu amor será a tua força.Se ela se for, deves permanecer sendo cúmplice de Deus na Sua obra, substituindo-a com desve-lo e gratidão.Se a precederes no retorno à vida espiritual, ela terá a cum-plicidade de Deus a balsamizar--lhe a agonia da tua ausência.Ela é a mãe de toda vida que está em qualquer parte.Ela é a tua própria mãe.

Maria do Rosário Del Pilar

Fonte: A Conquista da Felicida-de, psicografia de Eulália Bue-no, Editora EME.

Cúmplice de Deus

Homenagem Especial

“São chegados os tempos em que os ensinamentos do Cristo têm de ser completados; em que o véu intencionalmente lançado sobre algumas partes desse ensino tem de ser levantado...”

(“O Evangelho Segundo o Espiritismo”, capítulo I, item 8).

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Aprendendo com Odilon Fernandes

Os Evangelistas que registraram as lições de Jesus, com exceção de Lucas, que era médico e detentor de vasta cultura para a época, eram pessoas de parcos conhecimentos. Por esse motivo, o Evangelho foi escrito mais direcionado ao cora-ção que à inteligência dos homens, como, aliás, carecia de ser, pois a necessidade humana mais premen-te é melhorar os próprios sentimen-tos. O Cristo veio ao mundo para edificar o Reino Divino a partir do coração das cria-turas e não propriamente de seu cérebro. É preferí-vel um médium que ama a outro que apenas conhece. Sempre há grande risco de os médiuns cultos se eli-tizarem, distanciando do povo a palavra do Conso-lador. Não estamos com isso, promovendo a apolo-gia da ignorância; não obs-tante, não nos interessaria, na con-dição de instrumento, um médium insensível às necessidades de seus semelhantes.

A Mensagem Espírita não deve se intelectualizar excessivamente, olvidando que a carência básica da criatura é de conforto espiritual e de encorajamento diante das lutas que faceia. O melhor médium é o que atenda os Espíritos Superiores, tan-to no que diz respeito ao intelecto

Venha estudar conosco

a vida e as oBras de

Yvonne A. Pereira

Convite

quanto ao sentimento. Chico Xa-vier era a síntese do médium ideal, porque o sabia ser pela inteligência e pelo coração! Se os médiuns que se isolam com suas produções me-diúnicas se dispusessem a frequentar as casas espíritas e participar com os demais companheiros das diversas frentes de batalha pela vitória defi-nitiva da Luz, as Trevas não se mos-trariam tão ameaçadoras às tarefas incipientes da Doutrina. O problema

é que, sem perceber, diversos media-neiros vão “fazendo escola”, influen-ciando outros com as suas atitudes elitistas, criando uma espécie de cas-ta não comprometida com a Causa senão do ponto de vista teórico. O Espiritismo, na revivescência do Cris-tianismo, está necessitando de mé-diuns que não apenas empunhem a caneta ou elevem a voz das tribunas, mas também arregacem as mangas. De que vale ser dócil e prestativo

instrumento dos espíritos desencar-nados, mantendo-se à distância dos encarnados? Que diríamos da fonte que se recusasse a correr pela gleba árida ou da luz que se desviasse do escuro das cavernas onde é chama-da a se projetar? Mediunidade não é flor de adorno para os que a pos-suem, nem distintivo que se exibe ao peito, sem mérito correspondente. É chamamento ao trabalho ativo e per-severante, sendo que o médium que

não o atende escolhe per-manecer na companhia dos espíritos que fazem ouvidos moucos aos apelos do Cristo. Por esse motivo, convém que, de quando em quando, o médium in-dague de si mesmo o que anda fazendo com os ta-lentos mediúnicos que lhe foram confiados pelo Alto, porque tempo chegará no qual igualmente deles será

chamado a prestar contas ao severo tribunal da consciência.

Odilon Fernandes

Obs.: Reproduzimos apenas uma parte do capítulo.

Fonte: O Transe Mediúnico, psico-grafia de Carlos A. Baccelli, Editora Livraria Espírita “Pedro e Paulo”.

O Cristo veio ao mundo para edificar o Reino Divino a partir do coração das criaturas e não propriamente de seu cérebro. É

preferível um médium que ama a outro que apenas conhece.

O Médium Ideal

Procure aSecretaria de Cursos

para informações

Venha estudar conosco as obras de

André Luiz

Convite

Procure a Secretaria de Cursos

para informações

Venha estudar conosco as obras de

Léon Denis

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Pergunta: Como agem os Espí-ritos na cura e que recursos utili-zam?

Resposta do Espírito: Agimos utilizando recursos fluídicos do ho-mem e, em alguns casos, os fluidos encontrados na própria Natureza. Nem todos os espíritos estão pre-parados para isso; há espíritos que desconhecem a propriedade curati-va de certas árvores, por exemplo; ou mesmo são incapazes de perce-ber o fluido curativo que emana de algumas fontes ou de algumas par-tes do oceano. (Dr. Hermann, pelo médium Altivo C. Pamphiro).

Pergunta: Como os Espíritos preparam o ambiente de cura?

Resposta do Espírito: Limpando--o de impurezas fluídicas, princi-palmente. (Dr. Hermann, pelo mé-dium Altivo C. Pamphiro).

Considerações do organizador deste livro

Aqui é importante lembrar que se os benfeitores espirituais promo-vem a limpeza fluídica do ambien-te, nós médiuns e/ou assistentes temos o dever de mantê-lo limpo e prepará-lo, do ponto de vista físi-co e espiritual, para que o trabalho curador transcorra com o máximo de aproveitamento possível. Assim sendo, relembramos aqui alguns itens já estudados anteriormente, acrescentando alguns outros:

Aspecto Físico• O local em que vamos traba-

lhar no passe deve ser limpo, bem arejado e com boa iluminação.

• Deve reinar o mais possível silêncio, evitando barulhos ou con-versas.

• O comportamento humano tem que ser com o máximo possível

de respeito, silêncio e harmonia.• A força do pensamento, a

vontade e a concentração são, tam-bém, fatores fundamentais na cura.

Aspecto EspiritualÉ imperioso anotar que não

somente o campo mental do médium intervém nas atividades em grupo. Cada assistente que aí comparece com as oscilações que lhe são peculiares, tangenciando a esfera mediúnica em ação, e, se o pensamento com que interfere nes-se campo diferem dos objetivos tra-çados, com facilidade se erige, em favor alternante, por insinuar-se de modo indesejável --- qual acontece ao instrumento desafinado numa orquestra em ação.

Disso decorrem os embaraços graves.

“Se as entidades espirituais e no-bres dependem da faixa de ondas

mentais do médium para a condu-ção correta das forças ectoplasmá-ticas, dele exteriorizada, o médium depende também da influência ele-vada dos assistentes para sustentar--se na harmonia ideal”. (André Luiz, Mecanismos da Mediunida-de).

“O estado de espírito dos assis-tentes, sua ação fluídica e mental, é, por conseguinte, nas sessões, um importante elemento de êxito ou in-sucesso”. (Léon Denis, No Invisível).

(*) Este título não consta da obra. Colocado para facilitar o entendimento.

Fonte: Técnica de Passes-Bases e Princípios do Passe, Luiz Dallarosa e colaboradores, capítulo 14, Edi-tora CELD.

Medicina Espiritual

Alguns Aspectos da Ação dos Espíritos na Cura(*)

“O corpo reflete o que há no Espírito. Sendo assim, o Espírito precisa ser curado primeiro. A Medicina Espiritual há de ser associada à Medicina Humana, em função de que uma vai cuidar do corpo e a outra, do Espírito”.

(Ignácio Bittencourt -19/04/1862 – 18/02/1943).

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Vida - Dádiva de Deus

Diga NÃO ao Aborto

Anticoncepcional e AbortoPergunta: Estuda-se no Brasil

uma forma de legalização do aborto. Qual sua opinião?

Resposta de Chico Xavier:O aborto é sempre lamentável

porque se já estamos na Terra com elementos anticoncepcionais de aplicação suave, compreensível e humanitário, porque é que havemos de criar a matança de crianças in-defesas, com absoluta impunidade, entre as paredes de nos-sa casa? Isto é um deli-to muito grave perante a Providência Divina, porque a vida não nos pertence e sim ao poder divino.

Se as criaturas têm necessidade do relacio-namento sexual para revitalização de suas próprias forças, o que chamamos muito justo, seria melhor se fizessem sem alarme ou sem le-são espiritual ou psicológica para ninguém. Se o anticoncepcional veio favorecer esta movimentação das criaturas, por que vamos legali-zar ou estimular o aborto? Por outro lado, podemos analisar que se nos-sas mães tivessem esse propósito de criar uma lei de aborto no século passado, ou no princípio e meados deste século, nós não estaríamos vi-vos.

Se Você já Abortou Para melhorar a própria situa-

ção, que deve fazer a mulher que se reconhece, na atualidade, com dívidas no aborto provocado, ante-cipando-se desde agora, no traba-lho da sua própria melhoria moral, antes que a próxima existência lhe imponha as aflições regenerativas?

Sabemos que é possível renovar o destino todos os dias.

Quem ontem abandonou os pró-

“O primeiro de todos os direitos naturais do homem é o de VIVER”. (O Livro dos Espíritos, q.880)

prios filhos pode hoje afeiçoar-se aos filhos alheios, necessitados de carinho e abnegação.

O próprio Evangelho do Se-nhor, na palavra do Apóstolo Pe-dro, adverte quanto à necessidade de cultivarmos ardente caridade uns para com os outros, porque a caridade cobre a multidão de nos-sos males. I Pedro, 4:8.

Pedro Leopoldo, 8/6/58. (Evolu-ção em Dois Mundos- André Luiz-

Psicografia de Francisco Cândido Xavier e Valdo Vieira).

ConsequênciasQuais são as consequências

das ligações carnais desditosas, além daquelas que se apresentam nos sofrimentos das frustrações ou lesões emotivas?

É forçoso observar que da afeição sexual descontrolada surgem muitas calamidades para a vida do espírito, dentre as quais destacaremos, a par da fascinação ou do ódio, nos problemas da obsessão, o suicídio e o aborto, como sendo as mais lastimáveis.

Como é interpretado o aborto nos planos superiores da Vida Es-piritual?

O aborto provocado, mesmo diante de regulamentos humanos que o permitem, é um crime pe-rante as leis de Deus.

Quais os resultados imediatos

do aborto para as mães e pais que o praticam?

Praticando o aborto, mães e pais cruéis ou irresponsáveis afas-tam de si mesmos os recursos de reabilitação e felicidade que lhes iluminariam, mais tarde, os ca-minhos, seja impedindo a reen-carnação de espíritos amigos que lhes garantiriam a segurança e o reconforto ou impedindo o renas-cimento de antigos desafetos, com

os quais poderiam adquirir a própria tranquilidade pela solução de contas.

O aborto oferece consequências dolo-rosas especiais para as mães?

O aborto oferece funestas intercorrên-cias para as mulheres que a ele se subme-tem, impelindo-as à desencarnação pre-matura, seja pelo

câncer ou por outras moléstias de formação obscura, quando não se anulam em aflitivos processos de obsessão.

E para os pais?Os pais que cooperam nos de-

litos do aborto, tanto quanto os gi-necologistas que o favorecem, vêm a sofrer os resultados da crueldade que praticam, atraindo sobre as próprias cabeças os sofrimentos e os desesperos das próprias vítimas, relegadas por eles aos percalços e sombras da vida espiritual de esfe-ras inferiores.

(Leis de Amor, Emmanuel, psico-grafia de Francisco Cândido Xa-vier)

Fonte: Revista Espírita Allan Kar-dec, ano II, nº5.

Se as criaturas têm necessidade do relacionamento sexual para revitalização de suas próprias forças, o que chamamos muito

justo, seria melhor se fizessem sem alarme ou sem lesão espiritual ou

psicológica para ninguém.

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Entrevista com Yvonne

Yvonne Pereira - Uma Seareira de Jesus

Pergunta: Que orientação ofere-cer aos médiuns que, pela literatura mediúnica, se destacam?

Resposta: Oremos por eles!Mediunidade é coisa grave e ab-

solutamente séria.Os médiuns da atualidade ne-

cessitam retomar os exemplos dei-xados na Terra pelos grandes tare-feiros do passado e tudo fazerem para somente o serviço dos Espíritos aparecer.

Ainda hoje, sinto-me tomada pela vergonha quando alguns com-panheiros chamam, com o meu nome, as obras pertencentes aos imortais.

Yvonne A. Pereira foi apenas uma personalidade em uma multi-plicidade de outras já vivenciadas.

O trabalho que veio por nosso intermédio, verdadeiramente, não nos pertence; é de propriedade dos espíritos que os produziram.

Em minha vida de médium sem-pre tive essa clareza e jamais me iludi. Isso serviu-me de podero-sa proteção, diante da falange de adversários espirituais que me es-preitava, tencionando quedar-me. Ciente da responsabilidade como

(24/12/1900 – 09/03/1984)

intérprete dos espíritos e que minha queda moral poderia macular a obra das entidades desencarnadas superiores, preferi, por se-gurança, apagar-me e pro-duzir silenciosamente.

Contudo, é preciso pon-derar, alguns companheiros da mediunidade, por pro-gramação de trabalho, ne-cessitarão assumir a vida pú-blica e testemunhar, diante da malta dos necessitados, as instruções que intercambiam.

A esses irmãos, solicitamos es-tudo constante do Espiritismo, mo-déstia e verdadeira humildade, a fim de vencerem na tarefa.

Que compreendam o serviço es-piritual como um trabalho em equi-pe, filiando-se a instruções ou ao auxílio de confrades sinceros que os fortaleçam na jornada.

A vida pública, tão ansiada por algumas almas inexperientes, é co-berta de espinhos, hipocrisia e trai-ções, próprias de um mundo como a Terra.

É mister conhecer o terreno, pre-parando-se para ele.

Aos companheiros médiuns, ja-mais percam as bases da codifica-ção e entreguem-se à espontanei-dade do labor cristão, aguardando o amparo dos céus, pois a vida há de nos colocar onde necessitamos produzir.

O ideal é recordar o Cristianis-mo de outrora e reproduzirmos a simplicidade apostolar.

Yvonne do Amaral pereira.

Fonte: O Zelo da Tua Casa, psico-grafia de Emanuel Cristiano, 2ª par-te, Editora Allan Kardec.

“Esta mulher, extremamente corajosa, enfrentou, sem revoltas, uma encarnação de renúncias, de sofrimentos e de carências inomináveis e teve como prova mais dura, a meu ver, o conhecimento de várias encarnações passadas em que faliu sistematicamente”.

(Vera Leal Coutinho – Revista “O Médium”) - Fonte: O Voo de Uma Alma.

Fonte: Reflexões - Volume IEspírito: Antonio de AquinoPsicografia : Altivo Carissimi Pamphiro

Gotas de Luz

Seleção de textos :José Roberto Gouvêa

“Segue o homem, à semelhança de uma criança que ainda não aprendeu a andar e que atende ao apelo do pai para ir-lhe ao encontro, e tantas vezes cai e torna a levantar-se, até conseguir chegar ao regaço paterno. O pai considera os tombos que a criança leva como parte de seu aprendizado. Também Deus entende que todas as falhas que temos, no processo de evolução, são naturais, compreensíveis e esperadas no progresso humano.”

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Notas de Bezerra de Menezes

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AssistênciaHumano-EspiritualSe as ciências humanas, aferradas ao domínio material, vêm ofere-cendo seus préstimos aos homens, em nome da Providência Divina que autoriza na faixa evolutiva ain-da que acanhada que nos caracte-riza, recebem elas, com as ativida-des espiritistas baseadas no fulgor científico-filosófico-religioso que a Doutrina encerra, uma contri-buição extraordinária, que através dos tempos, desde a Codificação, vem operando maravilhas em prol do equilíbrio físico e espiritual das criaturas.

Mantidas, essas atividades, no terreno do respeito e da ética, em nome do amor e da consciência es-piritual, tornam-se não uma com-petição com o serviço normatizado no mundo, como muitos querem sugerir, mas circunstância existen-cial pertinente ao desvelamento de potenciais e recursos desconheci-

dos ou combatidos preconceituo-samente, a fim de desamarrar, por fatos concretos, fecundos e provei-tosos, o pensamento humano dos dogmas e da incredulidade de re-taguarda.

Nesse sentido, o passe e a água fluidificada – essa modalidade de assistência espiritual mais difundi-da entre os núcleos de Espiritismo, notadamente no Brasil, -- têm de-monstrado, à saciedade, a força dos valores espirituais na reordenação positiva dos elementos em pane na estrutura ainda tão desconhecida e ignorada dos seres reencarnados no Orbe.

Fonte: Anotações do Servidor, psicografia de Wagner Gomes da Paixão, capítulo 32: “Notas da Me-dicina Espiritual”, Editora Grupo Espírita da Bênção Mário Campos.

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O Livro dos Médiuns Allan Kardec

Convite

A grandeza de Jesus, afirmada no atroz sacrifício da Cruz, teve o seu início na escolha de singelo berço para continuar nas aparen-tes mil nonadas da carpintaria hu-milde dos contatos com as gentes simples e pouco esclarecidas, com os enfermos exigentes, os amigos ingratos, os legisladores e religio-sos desonestos, para culminar na cobardia de alguns discípulos ob-sidiados com intermitências que O atraiçoaram, esquecendo o Seu amor para fugirem.

No entanto, uma vez única sequer deixou-se Ele vencer pelo

cansaço e, por isso, não reclamou, não desistiu, não censurou, não se deteve a examinar o lado infeliz de ninguém, dedicando-se incan-savelmente à construção do bem excelso em favor de todos, a todos amando e perdoando, apesar de tudo.

Joanna de Ângelis

Fonte: Dimensões da Verdade, psicografia de Divaldo Pereira Franco, lição “Cansaço”, Editora LEAL.

“ Dedica uma das sete noites da semana ao

Culto do Evangelho no Lar, a fim de que Jesus

possa pernoitar em tua casa.”Joanna de ÂngelisFonte : S.O.S. FamíliaMédium: Divaldo Pereira Franco

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A Família na Visão Espírita

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Um Pouco Sobre Jesus

Jesus - Mestre Maior da Humanidade

Gotas de Luz

Seleção de textos :José Roberto Gouvêa

“Enquanto o homem terrestre se dedica a ver sangue ou espetáculos de violência, o homem espiritual coordena seus ideais, seus pensamentos para os espetáculos de luz, de tranquilidade, de felicidade, de elevação.”

Fonte: Reflexões - Volume IEspírito: Dr. HermannPsicografia : Altivo Carissimi Pamphiro

“Porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração”

Jesus -(Mateus, 6.21).

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Clareando / Ano XVI / Edição 175 / Maio 2018 - Pág . 19

Em certo fim de ano, ao se encerrarem os cursos, fui o primeiro colocado em minha turma. Isso me fez muito vaidoso e passei a ver os meus companheiros pelo prisma de minha “superioridade”.

Costumávamos passar as férias na praia, porém, para surpresa minha e de meus irmãos, papai resolveu alterar o programa e aceitar o convite de um amigo, proprietário de um engenho de açúcar. E foi assim que rumamos para uma bela fazenda, em meio a um mar de canaviais. Natu-ralmente, haveria pescarias, cavalos à nossa disposição e outros entretenimentos.

A ideia não me desagradou. Os primeiros dias foram animados, porém logo me en-

fadei devido à ausência de companheiros para nossos pro-gramas.

Os meninos da fazenda, também em férias, tomavam grande parte de seu tempo trabalhando no engenho.

Uma manhã em que eu vagava indolente e meio enfas-tiado pelo jardim, meu pai se aproximou de mim e sugeriu:

- Você já visitou bagaceira? É um lugar muito interes-sante. Além disso, é ali que a maior parte dos meninos da fazenda consegue serviço. E é um trabalho muito curioso. Você gosta de formas de aprendizado, por que não faz uma experiência?

Gostei da ideia. Na bagaceira, naturalmente depois de verificar o que se fazia, optei por auxiliar o menino Bento, visto que, saltando aos olhos, a sua tarefa era a que pare-cia mais fácil, não exigindo prática nem coragem.

Bento, muito tímido e quase analfabeto, foi imediata-mente julgado pela medida de minha “superioridade”.

Eu tinha que encher com bagaço de cana ou couro cru, inteiro, que era, então, arrastado para a bagaceira por um cavalo guiado por meu companheiro.

Em breve o suor me corria em bicas e o trabalho se atrasava.

Então, o homem da moenda começou a reclamar e foi a um canto conversar com Bento. Este se aproximou de mim cabisbaixo e timidamente me disse, gaguejando de atrapalho:

- Você desculpe, mas o seu Dito acha que é melhor eu continuar sozinho. O serviço é simples, mas você não tem jeito para isso...

“Jeito para isso”, pensei aborrecido. E voltei muito des-confortado para a fazenda. Meu pai veio alegremente ao meu encontro e perguntou:

- O que foi que você fez? - Nada! Respondi. E estava sendo honesto, pois tinha na consciência que,

realmente, não havia feito nada. - Bem, disse meu pai, não se aborreça. Quem sabe, pen-

sando bem, você terá tirado algum bom partido da experiência.E saiu passeando pela aleia sem outros comentários. Mas, de fato, houvera um proveito. Compreendi bem e guardei a lição, da qual nunca me

esqueci ao longo do trajeto da vida. A partir daquele dia fiquei sabendo que, de fato, há di-

ferenças entre os homens. Mas, absolutamente, isto não significa superioridade

para nenhum. Em uma ou outra aptidão ou capacidade - desde que se

disponha a alcançar o melhor - cada homem pode, sempre ser superior.

Fonte: E, Para o Resto da Vida..., Wallace Leal V. Rodri-gues, Editora O Clarim.

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