edição setembro 2011 do jornal do baixo guadiana

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Director: Carlos Luis Figueira Propriedade da Associação ODIANA Fundado pela Associação Alcance em 2000 Jornal Mensal Ano 12 - Nº136 PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADO DE PLÁSTICO OU PAPEL PODE ABRIR-SE PARA VERIFICAÇÃO POSTAL DE 01132011 SNS/GSCS SETEMBRO 2011 PREÇO: 0,85 EUROS Guadiana Baixo Baixo Guadiana JORNAL DO PUB TAXA PAGA PORTUGAL CEM NORTE n.º9 Oito anos passaram desde que o último português ganhou a «Volta a Portugal» em ciclismo. Mas 64 anos passaram desde que o último e único algarvio ganhou, sendo esta a primeira vez que um algarvio vence e com camisola de equipa algarvia. Ricardo Mestre inscreve assim o seu nome, o nome de Castro Marim e da localidade da Cortelha, na história do ciclismo ao sagrar-se o grande vencedor da «Volta».

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Vitória de Ricardo Mestre na Volta a Portugal 2011

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | SETEMBRO 2011| 1

Director: Carlos Luis FigueiraPropriedade da Associação ODIANA Fundado pela Associação Alcance em 2000

Jornal Mensal

Ano 12 - Nº136

PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS

AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADODE PLÁSTICO OU PAPELPODE ABRIR-SE PARAVERIFICAÇÃO POSTALDE 01132011 SNS/GSCS

SETEMBRO 2011

PREÇO: 0,85 EUROS

GuadianaBaixoBaixo

Guadiana

JORNALDO

pub

TAXA PAGAPORTUGAL

CEM NORTE

n.º9

Oito anos passaram desde que o

último português ganhou a «Volta

a Portugal» em ciclismo. Mas

64 anos passaram desde que o

último e único algarvio ganhou,

sendo esta a primeira vez que um

algarvio vence e com camisola de

equipa algarvia. Ricardo Mestre

inscreve assim o seu nome, o

nome de Castro Marim e da

localidade da Cortelha, na história

do ciclismo ao sagrar-se o grande

vencedor da «Volta».

2 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |SETEMBRO 2011

Que Outono nos espera?

R: Claro que concordo! E peca por ser tão tardia.

Já deveriam ter-se lembrado dos milionários e não sufocarem mais os trabalhadores que estão sempre a pagar esta crise.

Director:Carlos Luis Figueira

Sub-Director:Vítor Madeira

Chefe de Redacção:Susana de Sousa

Redacção:Antónia-Maria,Carlos brito,Joana Germano,Victoria Cassinello

Colaboradores da Edição:Ana brásAna Lúcia GonçalvesHumberto FernandesJoão RaimundoJosé Carlos barrosMiguel GomesRui RosaSusana CorreiaAssociação AlcanceAssociação GuADIe Associação Odiana

Departamento Comercial:[email protected]@gmail.com

Sede:Rua 25 de Abril, N.º 1Apartado 21 8950-909Castro MarimTel: 281 531 171Fax: 281 531 080

Redacção:Rua 25 de Abril, N.º 1Apartado 21,8950-909 CASTRO MARIM281 531 171966 902 [email protected]

Propriedade:Associação OdianaRua 25 de Abril, N.º 1Apartado 21,8950-909 CASTRO MARIMTel: 281 531 171Fax: 281 531 [email protected]

Pessoa Colectiva:504 408 755

Direcção Executiva:Associação Odiana

Design e Paginação:Daniela VazRui Rosa

Impressão:postal do Algarve, LdaRua Dr. Silvestre Falcão,nº 13 C8800-412 TAVIRATel: 281 320 900

Tiragem desta edição:4.000 exemplares

Registo no ICS:n.º 123554

Depósito legal:n.º 150617/00

JbG online:http://issuu.com/jornalbaixogua-

diana e no FACEbOOK

Nas dezenas de medidas quantita-tivamente anunciadas que o actual Governo se propôs apresentar ao País, após um Agosto de férias, figuram algu-mas com uma relação directa com o poder local e das quais sublinho as que respeitam ao entendimento que este Governo exprime acerca da importância presente e do futuro que reserva em relação às Empresas Municipais (EM). Tratar-se-à, também, neste domínio de responder às imposições da Troika e aos compromissos então assumidos, numa linha apontada para a diminuição de custos à custa da redução do papel do Estado na economia.

De um universo de 281 EM, cerca de metade, a serem seguidos os cri-térios do acordo, poderão ser objecto de fusão ou de extinção. Objectivos já expressos no novo regime jurídico que passa a enquadrar o sector empresa-rial local - diploma aprovado no último Conselho de Ministros para, em breve, ser discutido em sede da Assembleia da República. As novas regras, a serem aprovadas, conferem ainda mais pode-res de fiscalização ao Governo e con-templam pesadas multas pecuniárias

para quem não as cumprir.Estamos a tratar de um mundo

complexo no qual haverá um pouco de tudo e, portanto, não pode ser visto a régua e esquadro, mas antes com prudência e sentido de identidade perante cada uma das situações. Aliás, se existe opinião diferenciada que atravessa todas as formações partidá-rias com responsabilidades na gestão autárquica esta das EM é uma delas. Tais estruturas empresariais responde-ram à necessidade de agilizar, tornar mais eficiente, serviços públicos e pre-parar instrumentos de planeamento, para desse modo melhor servirem os cidadãos e estrategicamente respon-derem mais pronta e adequadamente com propostas de soluções tendo em vista o desenvolvimento dos seus ter-ritórios. Nem todos os concelhos do País, pela dimensão, pelas tradições que integravam e seguramente pela natureza e volume dos problemas a que tinham de responder, tiveram necessi-dade de criar tais instrumentos.

É também um facto a existência de más soluções quanto à gestão das empresas criadas que conduziram à

acumulação de prejuízos sem qual-quer benefício quanto à qualidade dos serviços prestados. Como é claro que em muitos casos se atrasaram em fundir empresas de forma a racionalizar formas de gestão. Mas este complexo universo não pode ser confundido e, sobretudo, desvalorizado em função de uma política de cortes imposta de fora para dentro sem correspondência com a nossa realidade. A posição prudente assumida pela Associação Nacional de Municípios e protagonizada pelo seu Presidente afigura-se-me, neste con-texto, a mais adequada. Espero que o Governo a entenda.

Este mês que se inicia, corresponde

também àquele em que o Governo decidirá aplicar o pagamento de por-tagens na Via do Infante. Trata-se de uma medida com impacto severamente punitivo para a economia regional. É com desagrado profundo que constato a atitude de desistência que alguns presidentes de Câmara assumiram perante uma causa que embora mani-festem discordância a dão como ante-cipadamente perdida. Porque sempre a vida me deu o ensinamento de que quem antecipadamente desiste está destinado a perder sempre.

Carlos Luis [email protected]

JBGJornal do Baixo Guadiana

EDITORIAL

Concorda com um imposto especial sobre as grandes fortunas para ajudar a equilibrar as contas públicas nacionais?

Vox Pop

R: Confesso que não tenho acompa-nhado muito esse tema, mas julgo que o mais prioritário é não deixar aumen-tar o número de famílias desprotegidas e em situação precária. De certa forma criar um mecanismo para retirar aos ricos para dar aos pobres, tipo «Robin dos Bosques» para que as diferenças sociais não sejam tão acentuadas.

Nome: Carlos Alves Profissão: Engenheiro Electrotécnico

Nome: Mário RaimundoProfissão: Carpinteiro

R: Esta pergunta é «um pau de dois bicos». De certa maneira concordo porque deveriam descontar como qual-quer contribuinte e conforme o seu orde-nado. Por outro lado, secalhar, se fosse rica não gostava que me viessem tirar o que é meu . Mas, se é para ajudar o país que comecem pelos grandes!

Nome: Cátia RibeiroProfissão: Jurista

R: Penso que a crise deverá ser paga por todos, e de acordo com as suas possibilidades. Não me parece muito justa e correcta a ideia de que têm de ser os ricos a pagar a crise...Se esta existe todos nós de alguma forma contribuímos; a crise é feita pelas pessoas, pela sociedade! A existência de capital é essencial para o desenvolvimento económico e social; talvez seja mais proveitoso se a fiscalização das finanças funcio-nar, bem como os demais serviços por forma a cobrar os impostos já existentes. Esse imposto parece uma “coisa” à país subdesenvolvido...

Nome: Helena MessiasProfissão: Empresária

via FACEBOOK

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | SETEMBRO 2011| 3

CRÓNICAS

Nos dias que correm, em que as boas notícias escasseiam e as más soçobram, como o conflito na Líbia, a dívida externa do país e a espiral do desemprego que não pára de aumentar, é deveras recon-fortante e motivo de orgulho para todos nós, o triunfo de um jovem na prova rainha do ciclismo português, a «Volta a Portugal» em Bicicleta, sobretudo quando esse ciclista se chama Ricardo Mestre e é castromarinense.

Ricardo Jorge Correia Mestre é natural da Cortelha, freguesia do Azinhal, onde

Os veraneantes de hoje, em férias na Manta Rota, estendidos no areal com protector solar espalhado no corpo ou apenas borrifando-se com água vaporizada para hidratar a pele, só por estarem deitados não haverão de tropeçar de assombro ao meterem-se na leitura do livro de Ramalho Orti-gão publicado em 1876. E começarão por estranhar, provavelmente, que «As Praias de Portugal» não cheguem ao Algarve, quedando-se por Setúbal e pelos tão interessantes subúrbios que vão das ruínas de Tróia à botânica da Arrábida: estirados de papo ao ar, compreenderão com dificuldade que

nasceu há 27 anos, revelando desde muito cedo o gosto pelas bicicletas. Aos 11 anos já pedalava por montes e vales da terra que o viu nascer, até que um belo dia o pai o inscreveu na Escola do Clube de Ciclismo de Tavira, o seu clube de sempre, no qual se formou ciclista profissional.

Cumprindo um sonho de miúdo, venceu a 73ª Volta a Portugal em Bici-cleta, mas para trás ficaram muitos anos de trabalho na mais antiga equipa de ciclismo do mundo, o Clube de Ciclismo de Tavira. Ricardo Mestre, um homem

ir à praia não seja em grande parte para tomar banho e apanhar sol. O sol, preferencialmente, do sul.

Pois desenganemo-nos. Em Espi-nho, por exemplo, conta Ramalho em 1876 que já ao meio-dia, fugindo ao sol como o diabo da cruz, as meninas prendadas estão no club de vestidinho leve e luvas que descalçam para correr as teclas do piano e cometerem com tanta inaptidão como afinco um trecho

humilde, tímido, mas com uma força interior capaz de mover montanhas, venceu a solidão da estrada, pedalando milhares de quilómetros em cima da sua bicicleta, treinando sempre mais, indiferente à fadiga e ao cansaço, na perseguição tenaz das vitórias.

Em 2006, com 22 anos, conquistou a 6ª etapa da Volta a Portugal em Bici-cleta, entre Santo Tirso e Fafe e a partir de então, este algarvio de rija têmpera, com a ambição própria dos vencedores, tem participado em diversas provas velo-cipédicas em Portugal e no estrangeiro,

dos Dois Foscaris de Verdi. Não seja tudo isto causa de particu-

lar pasmo: «o mar», avisa Ramalho, «faz-nos propender para a ociosidade (…). Prostra, enfraquece, desarma o carácter. É por isso que as mulheres, à beira-mar (…), precisam mais do que nunca de se retemperarem na aplicação, no estudo, na actividade intelectual». Certo que Ramalho não é contra o dar-se um banho de mar já

visando alcançar o lugar mais alto do pódio.

Em 2007, questionado pela Notícias de Castro Marim sobre o que significava para si o ciclismo, Ricardo Mestre, com a tranquilidade que o caracteriza afirmou, “É a minha vida. Espero que um dia mais tarde venha a ser uma grande referência no ciclismo”.

Depois do ciclista algarvio José Mar-tins ter ganho a Volta a Portugal em Bici-cleta, em 1946, pela «Iluminante», e em 1947, pelo Benfica, passados tantos anos, Ricardo Mestre é o segundo algarvio a

que estamos na praia. Pelo contrário: causa-lhe espécie que as senhoras do seu tempo «tão pouco nadem». E a isso, a nadar, as incentiva. Porque, e então «se executado de bruços», muito o nadar haverá de desenvolver a força da coluna vertebral, atento a que o exercício obriga «a uma forte contracção os músculos do dorso e do pescoço».

Mas o essencial, senhoras, é que a

conquistar a principal prova do ciclismo nacional e foi o primeiro corredor for-mado nas Escolas do Clube de Ciclismo de Tavira a conseguir este feito. Igual-mente é de inteira justiça reconhecer a acção abnegada e empenhada da sua equipa para que o campeão nacional atingisse o triunfo na Volta.

Com a conquista da 73ª edição da Volta a Portugal em Bicicleta, novas janelas de oportunidade vão surgir para Ricardo Mestre, nomeadamente a participação nas principais provas internacionais de ciclismo e a integração no pelotão de uma equipa da elite mundial.

Para o Algarve e, particularmente, para o concelho de Castro Marim, constitui um enorme orgulho e privilégio poder contar com um campeão nacional de ciclismo.

Obrigado Ricardo Mestre!

actividade intelectual vos equilibre as «longas horas de ócio tão tediosas, tão enervantes», que são as horas passa-das na praia. Um banho de mar, pois, sem exemplo; um módico de expo-sição ao sol; e nada de tabaco, de cerveja, «desses estúpidos hábitos de boulevard» que já narcotizaram os cére-bros masculinos. O essencial, portanto, em estando-se a banhos, é espicaçar a curiosidade pelo conhecimento, aplicar no estudo as horas do ócio, ler o Lobo Antunes, ver um monumento, apreciar uma paisagem de albricoques.

E as senhoras, insistindo no banho, muito recomendável é que usem uma «touca de guta-percha para não molha-rem o cabelo», ou então se limitem a «refrescar repetidamente a fronte e o alto do crânio com a mão molhada durante o tempo que estiverem na água».

É que às vezes abusam.

Vítor Madeira

José Carlos Barros

O insubmisso

Contra os abusos da praia e dos banhos de mar

Nuno Crato foi empossado numa das áreas mais decisivas para o desenvol-vimento da Nação – A Educação.

Pessoa humana, inteligente, séria e rigorosa nas palavras, tanto quanto nas atitudes. Nuno Crato assume-se como um homem que vem trazer à educação pública novos padrões de rigor e exigência, de responsabilidade e autonomia. O novo ministro da Edu-cação e Ciência congeminou, nas suas

que nos últimos dois Governos Cons-titucionais da República Portuguesa não tiveram e, por vezes, com razão; restituiu aos professores a esperança de voltarem a ter tempo para ensinar; devolveu a palavra às escolas no que à sua autonomia concerne; devolveu aos encarregados de educação a espe-rança de que os seus filhos possam ser melhor instruídos. Em suma, Nuno

Crato tem somado atitudes que devol-vem à Escola Pública a sua dignidade e a seriedade merecidas.

Portugal, durante seis anos, viu assombrado o seu futuro. Por um lado, a dívida crescente gerada pelas megalomanias que o Governo da República, de então, sonhava concretizar e, mesmo sabendo das necessidades financeiras com que se

deparava, julgava “patriótico” esse imenso endividamento que hipotecou o futuro de várias gerações jovens; por outro, a liderança laxista e irresponsá-vel com que se tratava a Educação.

É por tudo isto que Nuno Crato veio dar um novo fôlego à educação e ao país. É pelo método rigoroso e nunca “às cegas” com que se fazem cortes financeiros na educação, é pela pos-tura de seriedade que se dá à escola, que em tempos era um novo INE para o Governo; é pela veemência do dis-curso, acompanhado pela veemência das acções, é por colocar os jovens à frente dos interesses políticos do Governo; é por haver abertura e diá-logo com quem está no terreno.

Nuno Crato é, sem espaço para dúvidas, uma nova esperança para o Portugal de hoje, mas também para o Portugal de amanhã, porque hoje, ao fim de seis anos de Socratismo, devolveu a escola ao seu real actor principal – o aluno.

palavras e acções, neste curto espaço de tempo, desde que está empossado dos seus poderes, até aos dias de hoje, uma nova ideia de educação baseada na divisão séria e rigorosa dos papéis da comunidade educativa.

Neste diminuto espaço de tempo, inferior a dois meses, o ministro da educação do governo PSD/CDS, trouxe, aos parceiros sociais, a calma

Miguel Gomes

Nuno Crato - Uma nova esperança!

Ricardo Mestre – As pedaladas de um campeão “O ciclismo é a minha vida” Ricardo Mestre

4 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |SETEMBRO 2011

Depois de ter percorrido quase 1700 quilómetros em bicicleta, José Figueiredo chegou a 26 de Agosto a Vila Real de Santo António. Uma viagem solidária pela causa «Um lugar pr’ó Joãozinho».

A Associação de Pais da Escola Básica Integrada de Martinlongo levou a cabo entre 29 de Agosto e 2 de Setembro uma iniciativa que teve como principal objectivo estimular o convívio dos mais jovens.

«Sim ao Verão, mas em casa não»

Últimas vagas para Escola de Hotelaria e Turismo

LOCAL

Natação e alimentação saudável

Durante as manhãs houve natação livre. Depois da piscina houve um lanche saudável com fruta para cada criança.

A parte da tarde foi reservada às actividades livres, como jogos tradicio-nais, ping-pong, matraquilhos, entre outros, na sede do clube Inter-Vivos. O lanche acontecia depois, assegurado pela associação de Pais.

Os almoços das crianças ficaram a cargo dos Encarregados de Educa-ção.

Quando o JBG fechou e seguiu para a gráfica a iniciativa ainda decorria. Não sendo possível, por isso, fazer um balanço. No dia em que o JBG sai esta-rão todos – alunos e pais – a conviver num almoço partilhado.

De referir que as actividades na piscina foram apoiadas pela câmara municipal de Alcoutim e as actividades lúdicas apoiadas pelos Inter-vivos.

Encontra-se a decorrer até 9 de Setembro a 2.ª fase das candidaturas para os diversos cursos de Hotela-ria e Turismo que a Escola ministra. Ainda há vagas para os cursos de Técnicas de Cozinha/Pastelaria e Técnicas de Serviço de Restauração e Bebidas, destinados a estudantes como o 9.º ano de escolaridade.De referir que no final dos três anos lectivos, os alunos obtêm uma dupla certificação, ou seja, equivalência ao 12.º ano de escolaridade, com possibilidade de ingresso no ensino superior, e uma Certificação Profis-sional de nível IV.

Para os alunos com o 12.º ano, ou com frequência deste, a Escola dispõe de um Curso de Especializa-ção Tecnológica (CET), com duração de 18 meses, o qual confere Certifi-cação Profissional de nível V (pré-universitária) na área de Gestão e Produção de Cozinha.

As candidaturas podem ser feitas via internet, através do site http://escolas.turismodeportugal.pt/ ou na própria Escola, sita na Rua Teófilo Braga em Vila Real de Santo António.

Para mais informações existem os contactos: [email protected] ou o telefone 281 001 110.

A Associação de Pais da Escola Básica Integrada de Martinlongo, à seme-lhança do que já acontecera nas férias da Páscoa, fez com que parte das férias de Verão dos mais jovens fossem diferentes; aqui o convívio prevaleceu em detrimento de dias passados, quiçá, à volta dos jogos do computador ou em todo um mundo virtual. “O objectivo é afastar as crian-ças dos computadores, consolas, tele-visões, etc.”, confirma-nos Elizabete Garcia, presidente da Associação de Pais daquela escola, sublinhando que “o que a Associação de Pais e Encarre-gados de Educação de Escola Básica Integrada de Martinlongo pretende,

é incentivar ao convívio humano e não ao individualismo”. É notório o esforço que esta associação faz para dar uma outra qualidade de vida aos alunos, proporcionando-lhes momen-tos de convívio e de partilha; isto numa altura em que muitos dos pais se queixam que «as crianças hoje só querem estar ao computador».

Reconhecendo o grande poder que as novas tecnologias têm juntos das gerações mais jovens (mas não só!) o papel primordial desta acção é desviar a atenção dos estudantes e concentrá-los em encontros e actividades con-juntas, em férias, e não apenas no calendário do ano lectivo.

Aventura solidária termina em Vila Real de Santo António

«Um lugar para o Joãozinho»

Sob o lema «construir o melhor hospital pediátrico do mundo», a missão «Um lugar para o João-zinho» apela ao contributo de pessoas de nome individual ou colectivo, para que a nova ala pediátrica do São João possa ser feita a custo zero. Os dona-tivos podem ser feitos através de transferência bancária ou na página online www.ojo-aozinho.com. O Joãozinho foi a mascote encontrada para dar nome à causa e pretende ser uma figura com a qual as crianças se identificam. A nova ala pediátrica do São João terá escola integrada e creche, bem como um espaço Ciência Viva. Neste momento, a base do edifício (urgência e cuidados intensivos da pediatria) já se encontra construída. Fazem parte da Comissão de Honra do projecto «Um lugar para o Joãozinho» a primeira-dama Dra. Maria Cavaco Silva, as ex-primeiras damas Dra. Maria Barroso e Dra. Manuela Eanes e a duquesa de Bragança Isabel Herédia. O ex-guarda redes Vítor Baía foi outra das figuras públicas que se juntou à causa, dando rosto à publicidade ins-titucional da campanha.

A jornada voluntária pretendeu anga-riar verbas para construção de uma nova ala pediátrica no Hospital de São João, no Porto. A pedalada iniciou-se em Caminha, a 13 de Agosto, e ter-minou frente à câmara municipal de Vila Real de Santo António, onde o ciclista foi recebido pelo presidente da autarquia Luís Gomes, por Maria Bar-roso, membro da Comissão de Honra do projecto «Um lugar pró Joãozinho» e por Margarida Damasceno, membro do conselho de administração do Centro Hospitalar de São João.

A iniciativa«Um lugar pró

Joãozinho» tem como missão construir a nova ala pediátrica do São João – orçamentada em cerca de 15 milhões de euros – através do financiamento de empresas privadas e das suas políticas de responsabili-dade civil. Foi lançada em 2009, por ocasião das comemorações do 50.º aniversário do hospital. Durante o percurso, todo ele realizado junto à costa, José Figueiredo assumiu a tarefa de divulgar a causa da unidade hospitalar e de distribuir os muitos panfletos informativos que levou sobre rodas. A autarquia vilarealense

associou-se à ideia e organizou a recepção do ciclista, assinalando o último trajecto percorrido entre Tavira e VRSA.

Solidariedade em férias

Toda a viagem foi feita durante as férias deste utente do São João, como forma de agradecimento dos cuidados de saúde que lhe têm sido prestados no Hospital de São João, no âmbito de uma doença degenerativa. Esta é, contudo, a segunda vez que repete uma pedalada benemérita: no ano

passado desempenhou outra jornada a favor de uma jovem com proble-mas de saúde. “Mais do que angariar dinheiro, quis mostrar a todos com quem me cruzei a importância desta causa nobre do Hospital de São João. Foi bom ver, ao longo destes dias, as muitas pessoas que paravam os auto-móveis na estrada e chamavam pelo meu nome”, relatou José Figueiredo na chegada a VRSA onde foi recebido pelo edil Luís Gomes que realçou que “esta missão deve ser olhada como um “exemplo” face “aos tempos de crise” que o país atravessa.

José Figueiredo com Maria Barroso, Margarida Damasceno, executivo de VRSA acompnhados do boneco «Joãozinho

Alunos tiveram oportunidade de passar uns dias das férias em conjunto, partilhando actividades como a natação, jogos tradicionais e outros

VRSA

Desde Caminha

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | SETEMBRO 2011| 5

Ao longo de 330 horas 10 pessoas dedicaram-se a aprender mais sobre «Animação Ambiental». Uma exposição, um estudo estatístico e um plano de animação e promoção do campo mineiro da Cova dos Mouros marcaram esta etapa de cidadãos em exclusão social.

Em comunicado à redacção do JBG a Comissão Instaladora da Associação Empresarial do Baixo Guadiana confirma que a «Uádi-Ana» vai voltar-se para o sector turístico.

Formandos de Animação Ambiental avançam Plano para «Cova dos Mouros»

Associação Empresarial vira-se para o turismo

A Associação Odiana, para o desen-volvimento do Baixo Guadiana, levou a cabo mais uma formação. Desta vez dedicada à Animação Ambiental. Foram 330 horas divididas em 11 módulos de aprendizagem ministra-dos no espaço da Universidade dos Tempos Livres (UTL) de Vila Real de Santo António. Depois de apreen-dido o conhecimento mais teórico, foi possível aos formandos realiza-rem trabalhos práticos, sendo disso exemplo uma exposição dedicada à preservação ambiental, que esteve patente no átrio da UTL.

Inquérito aos turistas em Monte Gordo

Numa das saídas de campo os for-mandos foram para as ruas de Monte Gordo fazer inquéritos e perceber se os turistas estão satisfeitos com a oferta naquela localidade turística, bem como conhecer o que activida-des e interesses procuram quando estão em dias de descanso.

Uma das conclusões do estudo, tal como contou ao JBG a formadora

A Associação Empresarial do Baixo Guadiana segue em frente. Foi constituída a 9 de Agosto e dá pelo nome de «Uádi Ana - Associa-ção Empresarial Turística do Baixo Guadiana».

A Comissão Instaladora desta associação do território preenchido por Alcoutim, Castro Marim, Vila Real de Santo Antóno e Mértola afirma que a missão da «Uádi-Ana» é estudar e defender os interesses relativos às actividades de turismo, segundo um conceito mais com-

Vanessa Veloso, mostra que os “turis-tas estão satisfeitos com a oferta de animação turística” (51%), “apesar de cerca de 31% dos inquiridos não ter opinião formada”. Quanto às acti-vidades que gostariam que houvesse, a maioria pede de Balão (26%) e logo a seguir Caça Submarina (21%).

O resultado deste inquérito mostra também que a maioria dos turistas pratica actividades relacionadas com a natureza, nomeadamente na Reserva Natural do Sapal, Salinas de Castro Marim e Mata de VRSA. As actividades de mar como «Gaivotas na Praia» e «Canoagem» são também preferidas pelos turistas.

Apoio à Animação da Cova dos Mouros

Neste questionário que englo-bou 100 pessoas – 47 homens e 53 mulheres - chegou-se à conclusão que o campo mineiro «Cova dos Mouros», em Alcoutim, é pouco conhecido pelos turistas. Apenas 6% conhece este espaço; um dado que levou a que os formandos em

pleto de actividades, que permita evidenciar a riqueza e relevância estratégica de um conjunto denso de actividades da região do Baixo Guadiana. A associação encarregar-se-à de “promover e praticar tudo quanto possa e deva contribuir para o seu progresso técnico, económico e/ou social”, pode ler-se no comu-nicado a que o JBG teve acesso.

Eleições em Setembro

As eleições dos órgãos sociais

LOCAL

Formandos vão desenvolver estratégia de animação para o campo mineiro

Animação Ambiental se deslo-cassem a este campo mineiro em visita. “Nenhum de nós conhe-cia este espaço a não ser apenas na internet”, conta-nos Vanessa Veloso. A visita correu tão bem que os formandos foram convi-dados a elaborar uma estratégia de animação para aquele campo mineiro. Inclusivamente, vai ser facultado um plano de marketing para aquele espaço por parte dos formandos e formadora.

vão acontecer em Setembro. A comissão instaladora desta asso-ciação espera com a criação da «Uádi Ana», “uma maior repre-sentatividade dos responsáveis pelo turismo na região do Baixo Guadiana, para a consequente apresentação de propostas, con-cretamente de índole turística e fazendo assim uma ponte com todos os sectores que são motores do turismo em si.”

Mais informações sobre esta entidade em: 922202124 ou [email protected]

Formação Odiana

Constituída em Agosto

O turismo de natureza é um nicho de turismo “com muito potencial” afirma Rosemarie Luís, outra das formadoras deste grupo de «Animação Ambiental», explicando que “há que aproveitar muito bem as potencialidades do Baixo Guadiana a este nível”. A res-ponsável sensibilizou os seus formandos para a importância

da aprendizagem feita a partir da formação que tiveram ao longo de 330 horas, lembrando as novas tendências mundiais turísticas.Recorde-se que o território do Baixo Guadiana é muito diver-sificado ao nível natural, sendo composto por serra, barrocal e litoral. É banhado pelo rio Gua-diana, conhecido como o «Grande

Rio do Sul» e tem a Reserva Natu-ral do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António, com inúmeras apetências para, entre outras actividades, o bir-dwatching. Entre outros espaços naturais, é de destacar a mata de de Vila Real de Santo António e os percursos pedestres por todo o território.

«Turismo de Natureza» é um nicho de futuro

A associação Uádi-Ana surge no âmbito das «Jornadas Empresariais do Baixo Guadiana»

6 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |SETEMBRO 2011

LOCAL | EL ANDEVALO SUR-OCCIDENTAL * ESPANHA

Proyecto turístico de Beturia

públicos de Sanlúcar de Guadiana, la iluminación de la peña Maya en El Almendro, la barriada del Pozo el San Silvestre de Guzmán, y la torre vigía de San Bartolome de la Torre que da el nombre a la localidad.

Beturia ha creado su nueva imagen con este slogan: Beturia, Luz del Bajo Guadiana

junto a su pagina web: www.beturiatv.es

El Centro de Interpretación de la

Danza de Villablanca abrió meses pasados, y se puede observar las

diferentes danzas ancestrales de la provincia de Huelva así como las vestimentas y adornos de los

danzantes. La provincia de Huelva cuenta con 14 danzas folklóri-cas.

La Mancomunidad de Municipios de Beturia está desarrollando un ambicioso plan de desenvolvi-miento turístico con una inversión de 4.958.000 euros

En la localidad de Sanlúcar de Guadiana, ya se encuentra en fun-cionamiento una tienda de regalos y un punto de información turística para los visitantes.

También cuenta, a partir de 2010 con estancias hoteleras como la posada de los “Pedregales”en el Granado y la posada “Los Molinos”en la localidad El Almen-dro.

En estos establecimientos se

El monasterio de Nuestra Señora de Tentudia se encuentra situado en el monte mas alto de Sierra de Tentu-dia, a 1.104 mts que pertenece a las estribaciones de Sierra Morena, en la vecina región de Extremadura; es el limite natural entre esta región y Andalucía.

Este templo, enclavado en un majestuoso paisaje y rodeado de grandes valles y azules serranías, fue fundado en la segunda mitad del siglo XIII en memoria de una batalla contra los sarracenos que tuvo lugar en estos parajes; mas tarde fue erigido a la categoría de monasterio por el papa Leon X, en 1514.

Cuenta la leyenda que el rey Frenado III el Santo, conquistador

Se celebró una edición mas de la Semana Cultural de la fron-teriza localidad de Sanlúcar de Guadiana con numerosas activi-dades programadas para grandes y pequeños.

Los talleres de pintura, tal-leres de cuentos, maratón de futbol-sala, juegos, carreras de cintas, torneos de tenis, bingo, gymkhana popular, recital de poesía, conciertos, bailes…ocupa-ron esta semana de Agosto, hasta culminar con la solemne proce-sión de Ntra Sra del Carmen, el 15, día festivo, por las calles de la localidad y su tradicional visita al vecino pueblo de Alcoutim, a través del rio Guadiana, en una ceremonia emotiva y llena de colorido, uniendo, aún mas, los entrañables lazos de amistad y cooperación entre estas dos villas fronterizas.

Se encuentra expuesta en Aya-monte la exposición de pintura “Tres Generaciones” que recoge la obra de los pintores Rafael Aguilera 1903-1998, padre, Florencio Aguilera 1947, hijo y Chencho Aguilera, nieto, 1974. Un siglo de pintura para conme-morar los 50 años de trayectoria artística del conocido pintor ayamontino Florencio Aguilera. La exposición estará abierta hasta el 30 de Septiembre en la Casa Museo del Marqués de Ayamonte, el Consistorio municipal y galería Rosa Cabalga, a partir de esta fecha estará presente en la sala de exposiciones Santa Ines de Sevilla, en Febrero y Marzo del 2012 y, más tarde, viajará hasta la QCC Art Gallery de Nueva York, para regresar en 2013 a Madrid. El conocido pintor inter-nacional , Florencio Aguilera, es un apasionado del Guadiana, así como, de los pueblos ribereños de Alcoutim y Sanlúcar de Gua-diana, paisajes que se encuen-tran plasmados en muchas de sus obras.

de Sevilla, encargó al caballero de la Orden de Santiago, Paio Peres Correia, noble guerrero portugués autor de numerosas gestas victorio-sas, atacar al ejercito sarraceno en estas agrestes sierras extremeñas, librándose una feroz batalla durante todo el día entre los dos ejércitos; la noche llegaba sin avances para los cristianos, por lo que este cabal-lero clamó a la virgen: “Santa María, detén tu día”, y cuenta la tradición que el sol se paró en el horizonte para permitir la victoria de los cris-tianos.

Los restos mortales de D. Paio Peres Correia fueron trasladados, siglos mas tarde desde Talavera de la Reina, a este monasterio y

se encuentran al lado derecho del altar, junto a una inscripción toda revestida de ricos azulejos.

A partir de de la construcción de este templo en la comarca, el pueblo de Calera de Leon, pasó a constituir uno de los centros mas importantes de la Orden de Santiago.

Desde hace mas de 700 años, en el mes de Septiembre, se celebra una romería en advocación de esta imagen, patrona de Calera de Leon, a la que acuden muchos peregrinos de esta región, así como del norte de la provincia de Huelva y Sevilla.

Está catalogada como una de las manifestaciones marianas mas anti-guas de la Península.

El monasterio de Nuestra Señora de Tentudia

destinaron mas de 710.000 euros para su ejecución y posterior fun-cionamiento,

Otras apuestas turísticas, en el territorio Beturia, son los tra-dicionales molinos de viento del Andévalo como los de Villablanca, Sanlúcar de Guadiana o El Gra-nado, creando rutas turísticas alrededor de ellos.

La puesta en valor del Puerto de la Laja, ha sido distinguido como lugar de Interés Industrial dentro del Catálogo General del Patrimo-nio Andaluz.

Entre otras muchas actuaciones se encuentran los aparcamientos

El presidente de la Mancomunidad es D. Manuel Domínguez Limón, alcalde de San Bartolome de la Torre.

El monasterio se encuentra situado en el monte mas alto de Sierra Tentudia

El conocido pintor internacional , Florencio Aguilera, es un apasionado del Guadiana Se celebró una edición mas de la Semana Cultural de la fronteriza localidad de Sanlúcar de Guadiana

La XXXII Semana Cultural de Sanlúcar de Guadiana

Exposición de pintura «Tres Generaciones» en Ayamonte

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | SETEMBRO 2011| 7

LOCAL

Ermelinda Guerreiro era natural de Vila Nova de Cacela, mas vivia em São Bartolomeu

D. Ermelinda Guerreiro faleceu aos 109 anos

Cooperativa do Pessegueiro combate o desaproveitamento do Figo-da-Índia Foi via telefone que conseguimos

dois dedos de conversa com Victor Cavaco, neto de Ermelinda Guer-reiro. Em Lisboa, passados poucos dias do falecimento da avó, com quem passou toda a sua infância, tinha, naturalmente, a sensibili-dade à flor da pele e comovido fez-lhe, de todas as palavras que nos disse, uma autêntica home-nagem.

Tinha “uma avó muito espe-cial” e dela recordar-se-à sempre “como uma mulher muito forte e inteligente”. A comunidade de Castro Marim recorda-se bem de Ermelinda Guerreiro “a senhora que até não há muito tempo ía de São Bartolomeu a Castro Marim a pé”, contam os vizinhos.

Voltando à conversa telefónica e a Victor Cavaco, este neto conta ao JBG que um dos factores para a sua morte terá sido “a solidão”. Apesar de acompanhada pelos filhos, o neto acredita que a cen-tenária “já se sentia à parte nas conversas e até no espaço que os idosos, infelizmente, ocupam na nossa sociedade”.

Ermelinda Guerreiro “era uma senhora que teve o privilégio de estudar até ao antigo 6.º ano [hoje 10.º] e que viveu sempre com muita serenidade e equili-

A água cresce na boca quando se fala dos produtos tipicamente algar-vios; conhecem-se as lojas onde se podem encontrar as iguarias e às vezes paga-se bem para levar para casa souvenirs tipicamente algar-vios. Mas, por outro lado, há quem defenda que muito há a fazer para valorizar a amêndoa, a alfarroba, o figo e tantos outros produtos.

Para inverter esta realidade e, sobretudo, para alertar para a importância da utilização destes recursos próprios no desenvolvi-mento da região, a Cooperativa Agrícola do Pessegueiro vai levar a cabo a 4 de Setembro o 1º Con-curso Nacional «Aromas e Sabores com Figo-da-Índia».

A competição abrange três modalidades: doces que podem ser geleias - compotas, biscoitos, bola-chas -, os bolos “tipo pastelaria” e bebidas que podem ser cocktails, com ou sem álcool ou sumos.

Cada concorrente poderá apresentar um trabalho em cada uma das modalidades a concurso,

dar um impulso ao empreendedo-rismo. É que a Cooperativa está de olhos postos na criação de um produto de referência para produ-ção intensiva e respectiva comer-cialização.

A Coopêssego conta com a cola-boração da Associação Sociocul-tural e de Desenvolvimento de Tacões, da Associação de Desenvol-vimento Etnográfico e Cultural de Martinlongo (ADECMAR) da junta de freguesia local do município de Alcoutim, para a realização do con-curso que se insere nas Festas de verão em Martinlongo.

brio”Natural de Vila Nova de Cacela,

Ermelinda da Conceição Guer-reiro, nasceu no dia 25 de Abril de 1902. Muito cedo veio viver para São Bartolomeu do Sul, concelho de Castro Marim, onde casou e se manteve até aos últimos dias de vida. Era mãe de seis filhos (dois deles já falecidos), 19 netos, 29 bisnetos e 9 trinetos.

desde que a confeção dos produtos integre uma percentagem igual ou superior a 30% de figo-da-índia; um fruto que existe em abundância em diversas áreas do Algarve e se encontra desaproveitado.

Incentivar ao empreendedorismo

Este concurso pretende também

A «Coopêssego» - Cooperativa Agrícola de Rega da localidade do Pessegueiro, quer mais olhares atentos sobre os produtos endógenos.

Longevidade em São Bartolomeu Figo-da-Índia em destaque

Novas habitações crescem quase 20% em Alcoutim

Contacto directo com o Governo

O autarca está em contacto directo com o Governo através de reuniões estabelecidas com diver-sos secretários-de-Estado. “Penso que é importante agendar estas reuniões e falar do meu concelho, dar-lhes contas das especificida-des, porque é uma forma de fica-rem a conhecer melhor Alcoutim”, explica o edil.

Uma das «boas-novas» que trouxe de Lisboa é que as fre-guesias dos concelhos não vão

ser extintas de forma arbitrária e sem aprovação dos municípios. “A fusão dos municipios será da base para o topo; não será imposta pelos municípios”; foi o transmi-tido pelo secretário de Estado da Administração Local e Reforma Administrativa a Francisco Amaral que está agora mais “esclarecido e descansado” a este nível. Do

seu ponto de vista, e apesar de compreender o desaparecimento de algumas freguesias em centros urbanos, não reconhece sustenta-bilidade na extinção de freguesias no concelho que lidera, já que “se tratam de freguesias rurais de grande extensão e que são o organismo público mais próximo do cidadão”.

Para Francisco Amaral, presidente da câmara municipal de Alcoutim, os dados relativos ao crescimento de novas habitações – aumento de 18,8% - são “um sinal que não pode se ignorado e que mostra que há pessoas a voltar a Alcoutim”. Um movimento que se contrapõe a outro bastante evidenciado nos Censos 2011 e que mostram que na última década [2001-2011], o concelho perdeu um quarto da população; mantendo-se na faixa dos concelhos mais deprimidos ao nível europeu; à baixa ocupação populacional junta-se o acelerado

envelhecimento populacional. O próprio presidente do município tem estado em contacto pelo con-celho com os novos residentes que “estão na sua maioria em idade da reforma”. Explica-nos que “muitos deles não vivem a maior parte do ano em Alcoutim, mas mantêm o seu recenseamento noutros locais; como Faro e Lisboa, ou porque é lá que têm o seu médico de família e também porque não querem perder benefícios que adquiriram ao nível do crédito à habitação”, explicando-se assim “a décalage entre perda de população e aumento das construções”.

Os dados dos Censos 2011 mostram que apesar do concelho ter perdido 1000 habitantes em 10 anos nesse mesmo período teve um crescimento de novas habitações que atingiu os 18,8%.

Dados dos Censos 2011

Crescimento habitacional do concelho alcoutenejo atingiu 18,8%

Figo-da-Índia é um dos produtos endógenos valorizado pela Cooperativa

8 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |SETEMBRO 2011

GRANDE REPORTAGEM

Ricardo Mestre é um castromari-nense de 27 anos que tem vindo a pintar a sua carreira de um sucesso invejável. Diz reconhecer-se nas palavras dos seus amigos quando o caracterizam como «tímido, humilde, amigo dos amigos e de trato simples».

Apaixonado pelo ciclismo, moda-lidade que encara dificuldades também com a crise, o atleta viu o orçamento da sua equipa - a Tavira

ção salarial foi uma dificuldade, mas nunca um obstáculo e com orçamento reduzido ou não, foram alcançadas grandes performances que conduziram ao grande triunfo de Ricardo Mestre e de mais dois colegas da equipa que ficaram nos primeiros quatro lugares da tabela. Quanto às exigências e sacrifícios da modalidade o atleta é peremptó-rio. “Temos de colocar a modalidade praticamente à frente de tudo; sabe-mos que se hoje temos um treino importante não podemos abusar de certas coisas; custa por vezes não poder estar tanto com os amigos, ou

não poder sair até mais tarde, mas depois o resultado final pode trazer muitas alegrias”, conta.

Seis horas de treino por dia

Preparar e ganhar uma «Volta» não está ao alcance de todos e para tal é necessário muito treino e sacri-fício. “Praticamente focámos toda a época na «Volta a Portugal», mas a preparação fica mais intensiva nos últimos dois meses, o que não quer dizer que tenhamos que treinar mais, mas sim levar as coisas mais a sério, com treinos mais específicos, maior rigor na alimentação; é tudo mais ao detalhe e não obrigatoriamente na quantidade”, conta o camisola amarela que garante treinar sete-dias por semana. “Tenho dias de descanso, mas por vezes opto por passar uma ou duas horas em cima da bicicleta; depois tenho treinos de intensidade, de maior endurance, em média umas três ou quatro horas por dia, podendo chegar às seis horas” confessou este jovem natural da Cortelha.

Para optimizar a performance ao máximo um ciclista tem de chegar às grandes competições com um índice de massa gorda muito baixo, entre os 3% e os 5%, e o peso do início de época pode ser geralmente bem diferente. “Existem ciclistas que mantém quase o peso igual durante todo o ano, no meu caso chega a variar até 10kg de diferença, che-gando à «Volta» normalmente com cerca de 55 kg”, revela.

Quebra mito ao vencer o Troféu Joaquim Agostinho e «Volta» no mesmo ano

Com sete «Voltas» disputadas, tantas quantos anos tem de carreira profissional, Ricardo Mestre, con-fessa ter entrado na «Volta 2011» sem qualquer pressão para a vitória. “A equipa foi com três hipóteses para tentar ganhar e eu era uma delas; a corrida desenrolou-se assim, tirei partido da situação e correu bem”, diz Ricardo Mestre, enaltecendo também o trabalho dos colegas de equipa. “Sempre nos ajudámos mutuamente e secalhar foi por isso que tivemos três ciclistas nos quatro primeiros”, diz orgulhoso.

Diz-se no mundo do ciclismo que quem vence o Troféu Joaquim Agostinho, a última competição por etapas que antecede a prova rainha, não ganha a Volta. Pois bem, Ricardo Mestre quebrou o mito. Venceu a primeira etapa e foi o grande ven-cedor final e pouco mais de um mês depois estava em Lisboa a levantar o troféu da maior prova do ciclismo nacional. “Comecei a época mais tranquilo e quis testar o meu ver-

Prio - reduzido de 800 para 300 mil euros; ou seja os ordenados foram reduzidos para um terço do que eram, rondando os 1000 euros de salário bruto. “Foi um ano muito difícil com cortes significativos no orçamento e trabalhámos por amor à camisola, o que condicionou bastante as nossas vidas”, revela o ciclista adiantando que “temos que continuar a lutar, porque se baixar-mos os braços vai tudo por água abaixo e temos que fazer tudo para poder melhorar.”

Numa profissão de alto risco, rigor e de curta duração, a redu-

dadeiro ritmo e as coisas mostraram que estava no bom caminho não com-prometendo, de forma alguma,

o estado de forma para a «Volta»”, confessou convicto de que tudo foi planeado ao pormenor para estar no seu melhor na primeira quin-zena de Agosto, ou seja na «Volta». Recorde-se que em 2006 o atleta vestiu a camisola amarela na etapa antes da Senhora da Graça onde acabou por a perder, mas não fica-ram traumas. “A Senhora da Graça é uma etapa que eu gosto de fazer e a que mais receava era o contra-relógio antes da etapa da Serra da Estrela, pois o contra relógio costuma sempre deixar marcas…” comentou ao JBG enquanto referia a “falta de experiência” na altura e a “maturidade alcançada após ter trabalhado com David Blanco e Cândido Barbosa”. Quanto à dura prova da Serra da Estrela (Torre), referiu que “é uma etapa onde com facilidade se perdem 2 ou 3 minutos nos últimos 2 km´s e se as coisas correrem mal perdem-se até 10 minutos. Mas também tenho consciência que é mais fácil defen-der uma corrida do que atacar, e isso é vantajoso”.

“O ciclismo é uma corrida que até ao último quilómetro tudo pode acontecer”

Durante toda a prova, o ciclista do Tavira Prio mostrou-se muito cauteloso, nunca assumindo que a «Volta» poderia estar ganha. De facto a precaução foi sempre uma característica que o marcou perante a comunicação social, só se dando como vencedor após cortar a meta em Lisboa. “O ciclismo é uma corrida que até ao último quilómetro tudo pode acontecer, às vezes há imprevistos; a etapa

Oito anos passaram desde que o último português ganhou a Volta a Portugal em ciclismo. Mas 64 anos passaram desde que o último e único algarvio ganhou, sendo esta a primeira vez que um algarvio vence e com camisola de equipa algarvia. Ricardo Mestre inscreve assim o seu nome, o nome de Castro Marim e da localidade da Cortelha, na história do ciclismo ao sagrar-se o grande vencedor da «Volta a Portugal».

Ricardo Mestre, o embaixador do ciclismo no Baixo Guadiana

Humberto FernandesJoana Germano

Foram milhares as pessoas que se concentraram na Praça da Repú-blica no dia 15 de Agosto em Tavira para ver Ricardo Mestre e os seus companheiros de equipa. Chega-rem num autocarro descapotável, a fazer lembrar e a nada invejar os festejos dos grandes títulos alcan-çados pelas grandes equipas no futebol.

Os homens do Clube de Ciclismo de Tavira deram entrada nos Paços do Concelho já passava das 23 horas, local onde tinham um palco para os acolher e uma multidão eufórica que os recebeu em apoteose. Erguendo o troféu de vencedores da Volta, e com Ricardo Mestre com a camisola mais cobiçada da época. Foi assim

que a equipa Tavira/Prio se apre-sentou para uma merecida recep-ção e festejo desta grande vitó-ria.

A recepção clamorosa em Tavira

2º Algarvio a vencer a «Volta a Portugal»

O ciclista natural da Cortelha subiu ao pódio e mostrou a chupeta da filha que o acompanhou durante a «Volta»

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | SETEMBRO 2011| 9

GRANDE REPORTAGEM

muito emocionante”, comentou com um brilho no olhar. Em 2006 ganhou com um «coração» oferecido pela mulher, este ano com a chupeta da filha ao peito, objectos que garante ser “a maneira de levar comigo as pessoas que me são mais próximas e tê-las perto de mim”.

“Há aqueles eternos que todos consideram candidatos à vitória; alguns até nunca mostraram que podem ganhar uma «Volta»”

Os mais leigos julgam o ciclismo como um desporto individual, mas na verdade há todo um trabalho de equipa, todo um colectivo a trabalhar para o chefe de fila. “O ciclismo está como um desporto individual mas na realidade é um desporto colec-tivo; numa corrida por etapas se não houver equipa com capacidade de defender um líder, então é muito complicado ganhar” revelou-nos o mais recente vencedor da «Volta», agradecendo todo o trabalho feito pelos seus colegas de equipa em prol da sua vitória. Acrescenta ainda que a vitória é dedicada à sua família “sobretudo à minha mulher e filha, ao Dr. Benjamim Carvalho, que teve momentos difíceis e colocou sempre a equipa à frente da sua saúde e ao falecido Brito da Mana que teria gostado de ver um ciclista da escolas do clube sagrar-se vencedor”.

O «Tavira Prio Clube» venceu quatro edições consecutivas da «Volta» e este ano, após a saída de David Blanco e Cândido Barbosa, muitos diziam ser «uma casa sem dono», onde apenas restavam os gregários de dois dos melhores ciclistas que passaram por Portugal nos últimos anos. Ricardo Mestre diz nunca se ter sentido afectado por esses comentários. “Há aqueles eternos que todos consideram can-didatos à vitória; alguns até nunca mostraram que podem ganhar uma «Volta», mas se observarmos a classi-ficação dos outros anos aí podemos tirar ilacções”.

“Sou uma pessoa que passo bem sem o mediatismo”

Com a vitória no evento despor-tivo nacional mais importante do Verão, e com o destaque dado pela comunicação social, o mediatismo aumenta acaba-se a tranquilidade. “Tenho sido muito solicitado: homenagens, jantares, entrevistas; quando estamos na corrida não temos percepção de tudo o que nos envolve”, comenta o ciclista. “Sou uma pessoa que passo bem sem o mediatismo. Na Volta até chega-vam a comentar que fugia sempre do pódio e das televisões” revelou

o castromarinense. Com cerca de 5 mil pessoas a

receberem a equipa em Tavira, e mais de um milhar de pessoas em Castro Marim para uma inesperada homenagem popular, o carinho pela modalidade e pelo atleta é evidente. “Fico orgulhoso, pois é gratificante ver que as pessoas conhecem e reco-nhecem o nosso trabalho e sacrifí-cios o que nos dá motivação para continuar a trabalhar”.

“Correr uma das três grandes Voltas era um sonho e uma experiencia que gostava de viver”

Como vencedor da «Volta a Por-tugal» sonhar é legítimo e para o futuro já surgem mais expectativas e motivação para mais e melhor, mas sempre com cautela. “É muito motivante ganhar uma prova desta dimensão e o meu objectivo é sempre querer melhorar, por isso em 2012 tentarei melhorar a época de 2011 e, se participar, tentarei defender esta vitória”, disse não escondendo a vontade de voos mais altos no futuro. “Correr uma das três grandes Voltas - «Tour» em França, «Vuelta» em Espanha ou «Giro» em Itália - é um sonho e uma experiência que gostava de viver, mas a competição além fronteiras é renhida e existem condicionantes, ou seja é preciso ter uma equipa com estatuto de «Pró-tour,» que é a divisão máxima do ciclismo internacional, ou então estar numa equipa profissional e que surja um convite, o que é bastante mais complicado” acrescentou.

Para já existem abordagens, mas o ciclista garante não existirem pro-postas concretas. “Nunca escondi

que se tiver essa oportunidade vou tentar aproveitá-la; sei que é difí-cil, mas também não é impossível. Quanto a perspectivas ainda não há nada, há algumas abordagens, mas daí até serem coisas efectivas já é diferente”, assegura o camisola amarela da 73ª edição da Volta a Portugal em bicicleta.

No Algarve não há investimento na modalidade

Com a equipa tavirense a ganhar pela 4º vez consecutiva a «Volta a Portugal», surgiram, nesta prova rainha, muitas críticas pelo facto da mesma decorrer apenas nas zonas centro e norte deixando o sul ao esquecimento, o que leva a que Ricardo Mestra saia em defesa da organização da prova. “As crí-ticas não têm que ir para a orga-nização, secalhar têm que ir para as autarquias; no Algarve não há investimento na modalidade e sem investimento é lógico que as coisas tornam-se bem mais complicadas”, lamenta o ciclista, referindo ainda que “os estudos comprovam que o ciclismo é uma das modalidades que dá mais retorno. Vive dos patrocí-nios e sem eles não há provas, nem equipas”, remata.

Para já o humilde campeão natural da Cortelha vai disputar os circuitos pós-volta. Ao entrar na recta final da época Ricardo Mestre integrou a selecção nacional no final de Agosto para disputar a «Volta a Tenerife», seguindo-se a «Volta à Bulgária», podendo posteriormente vir a fechar a época com chave de ouro nos mun-diais de Copenhaga na Dinamarca no final de Setembro.

Ricardo Mestre, o embaixador do ciclismo no Baixo Guadiana

Perfil do Atleta ciclismo onde começava a demonstrar uma capacidade acima da média e onde surgiam os primeiros resultados de relevo. No primeiro ano começou com uma remuneração modesta de 150 euros mensais. Ciclista profissio-nal desde 2005, sempre a defender as cores do Clube de Ciclismo de Tavira, teve o seu primeiro triunfo como profissional no ano seguinte na 6ª etapa da 68ª Volta a Portugal, onde chegou a andar de amarelo como líder da prova, revelando-se uma grande promessa do ciclismo português e com um futuro muito promissor. Apesar da sua reconhe-cida qualidade esteve desde então na sombra de David Blanco [quatro vezes vencedor da Volta a Portugal três das quais pela equipa tavirense], que o reconhecia como seu gregário de luxo. Este ano, com a saída de David Blanco e Cândido Barbosa da equipa, Ricardo Mestre assumiu o seu papel de líder conseguindo de forma inesperada a vitória no Troféu Joaquim Agostinho [Torres Vedras], uma das provas mais importantes do calendário nacional. E um mês depois inscreveu o seu nome na prova mais importante do ciclismo nacional onde se sagrou como grande vencedor da 73ª Volta a Portugal em bicicleta, impondo-se de forma categórica.

Foi em 1 9 8 3 que a

pequena e pacata aldeia da Corte-lha, freguesia do Azinhal, concelho de Castro Marim, viu nascer aquele que seria um dos seus grandes orgu-lhos. De seu nome Ricardo Jorge Correia Mestre, tornou-se talvez no maior embaixador deste con-celho do Baixo Guadiana. Filho de emigrantes e criado pelos avós maternos, a bicicleta sempre foi o seu meio de transporte de eleição e o desporto que preferiu praticar desde tenra idade.

Com 12 anos, e a conselho do seu pai, integrou, conjuntamente com o seu irmão, Mário Mestre, as escolas de ciclismo do Clube de Ciclismo de Tavira, únicas na altura, apesar de em Vila Nova de Cacela ter surgido, anos mais tarde, uma escola, que actualmente está encerrada.

No seu 11º ano de escolaridade quis dedicar-se exclusivamente ao

de consagração é bastante dura e se nos afectarmos podemos sofrer mossas” explica relembrando que

“após cortar a meta em Lisboa foi uma alegria, ainda mais quando vi a minha mulher e filha... foi

O que começou por ser um sim-ples jantar de homenagem entre amigos de Ricardo Mestre, tornou-se num movimento popular, em massa, para aplaudir o grande vencedor da 73ª Volta a Portugal em Bicicleta.

Primeiro um jantar com cerca de 150 pessoas, onde marcaram presença Rogério Teixeira, Presi-dente da Associação de ciclismo do Algarve, alguns membros da direcção do Clube de Ciclismo de Tavira, membros da equipa técnica, ciclistas e o Presidente da Câmara Municipal de Castro Marim, José Estevens, todos qui-seram prestar homenagem e par-tilhar uma refeição de convívio e

de festa com Ricardo Mestre.Depois do jantar de confrater-

nização, todos os intervenientes deslocaram-se para a praça 1º de Maio, em Castro Marim onde se seguiu a homenagem popular, ao som do Grupo «Mais2», onde o irmão de Ricardo Mestre é voca-lista. Neste local reuniram-se, em festa, mais de um milhar de pes-soas que assistiram a um vídeo dos melhores momentos do campeão natural de Castro Marim, seguido da referida homenagem termi-nando a noite partindo um bolo gigantesco ao som dos Queen, com a célebre música «We are the champions».

Castro Marim e amigos prestam Homenagem

O ciclista natural da Cortelha subiu ao pódio e mostrou a chupeta da filha que o acompanhou durante a «Volta»

pAD

10 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |SETEMBRO 2011

LOCAL

A câmara municipal de Alcoutim vai avançar com classificação do Cerro do Castelinho dos Mouros por sugestão do IGESPAR. A quarta campanha foi finalizada em Agosto e atesta que este é o monumento mais antigo de Portugal, datado do século I a.C.

O VII Congresso Internacional de Saúde, Cultura e Sociedade é uma organização da «AGIR» – Associação para a Investigação e Desenvolvimento Sócio-cultural, com o apoio da «ATAS» – Associação Transfronteiriça Alcoutim Sanlúcar e da câmara municipal de Alcoutim acontece em Outubro.

anos, por cerca de cinco gerações de indivíduos”.

A equipa internacional de arqueólogos, liderada por Alexandra Gradim, da câmara municipal, testemunha que “apesar da enorme quantidade de área a descoberto, o edifício demonstrou ser mais extenso do que o que se pensava, razão pela qual deverá realizar-se mais uma campanha no próximo ano”. De referir que o trabalho desenvolvido foi fruto da primeira cooperação científica portuguesa-austríaca, no campo da arqueologia portuguesa.

É no Montinho das Laranjeiras, à beira rio Guadiana, que a História nos oferece, e sem pedir nada em troca, o Cerro do Castelinho dos Mouros. Trata-se do monumento mais antigo e único no território português. A “monumentalidade e excepcionalidade” do local foi ates-tada com a quarta campanha arque-ológica internacional na fortificação do Cerro do Castelinho dos Mouros, tal como explica a autarquia, respon-sável pela campanha, num comuni-cado às redacções. É “surpreendente a área e a altura ainda conservada”, e, por isso, a autarquia tenciona agora, por sugestão do IGESPAR,

O Congresso vai ter lugar no auditório do castelo de Alcoutim e promete reunir vários especialistas das várias matérias que vão ser alvo de inúmeras comunicações dedica-das à Saúde, Cultura e Sociedade. Pretende alargar e aprofundar o debate académico, civil e profis-sional ao articular as temáticas da saúde com as da cultura e da sociedade, num fórum internacio-nal e multidisciplinar. De acordo com a organização “o VII Congresso Internacional de Saúde, Cultura e Sociedade procurará fomentar mais uma vez, a reflexão sobre as várias problemáticas culturais e sociais que determinam ou condicionam práticas e vivências diversas no domínio da saúde”.

A comissão científica deste con-gresso é composta por 15 especia-listas de Portugal, Espanha, México e Brasil. No total vão ser debati-dos 15 temas, entre eles « Saúde e Educação Sexual», «Saúde, Enve-lhecimento e Políticas de Cuidar», «Migrações e Multiculturalidade», «Saúde, Comunicação Social e Ciberespaço», entre outros.

Abertas inscrições

As inscrições são obrigatórias e o custo é de 50€, à excepção de sócios da ATAS ou da AGIR que dispõem de entrada gratuita, não dispensando a inscrição para [email protected] ou [email protected].

Para estudantes o custo é de

15€ e para participantes com comu-nicação 25€. A data limite de envio de Resumo é 18 de Setembro para [email protected]

O texto do resumo deverá conter até 250 palavras e indicar suma-riamente os objectivos da comu-nicação, enquadramento teórico, metodologia empregue na investi-gação e resultados eventualmente obtidos.

O Castelo de Alcoutim está a sofrer alterações que visam um melhor aproveitamento do espaço e maior acessibilidade aos visitantes. A cons-trução de um passadiço no Núcleo de Arqueologia está agora em curso. Vai ser composto por uma estrutura metálica (com poucos elementos verticais para não interferirem na percepção visual do visitante) com pavimentos em vidro, para a melhor visualização do espaço arqueológico. Trabalhos que represen-tam um investimento de cerca de 90 mil euros.

Mais protegido desde início do ano

Desde o início de 2011 que está concretizado o projeto de construção de uma protecção nas muralhas, o que as tornou mais acessíveis aos visitantes. Este investimento repre-sentou cerca de 56 mil euros e a autarquia instalou nas muralhas um guarda-corpos em aço inox de cor escura. Integrada na arquitetura das muralhas, a estrutura metálica per-mite que os visitantes possam agora desfrutar da paisagem que a altitude das muralhas oferece sobre a vila alcouteneja e a sua vizinha, Sanlúcar de Guadiana em Espanha.

Entretanto, já foi adjudicado, por 61 mil euros a substituição da cobertura e da cozinha do Castelo. A autarquia assegura que os trabalhos deverão iniciar-se “dentro de pouco tempo”.

A cozinha deverá ficar apetrechada de equipamentos que se ajustem às necessidades da câmara municipal de Alcoutim; como é o caso dos eventos turísticos e culturais. Será valorizada a peça arqueológica - Adarve e Baluarte do Castelo.

O conjunto destas obras foi apoiado em 75% pelo Programa Operacional de Cooperação Transfronteiriça Portu-gal-Espanha [POCTEP], no âmbito do projeto GUADITER.

avançar com a classificação do Cerro do Castelinho dos Mouros.

Ruínas agora a descoberto

As novas escavações permitiram observar a dimensão total do edifí-cio, rodeado por uma muralha e com uma torre central. A imponência e monumentalidade da fortificação mantêm-se nas ruínas agora a des-coberto. “Definitivamente, a origem do edifício remete ao século I a.C” e este é “o monumento mais antigo e único no território português, tendo sido ocupado durante cerca de 100

O monumento mais antigo do país é o Cerro do Castelinho dos Mouros

Congresso Internacional de Saúde, Cultura e Sociedade

Monumento localiza-se no Montinho das Laranjeiras, à beira-rio

Comissão científica é composta por 15 especialistas de Portugal, Espanha, México e Brasil

Castelo ganha maior acessibili-dade

Passadiço melhora acessibilidade em castelo

21 e 22 de Outubro Alcoutim

IGESPAR sugere classificação

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | SETEMBRO 2011| 11

LOCAL

Plano de requalificação “devolve contacto com Guadiana”

Autocaravanismo selvagem resolvido com sinalética

Um novo plano de requalificação na Avenida da República fez surgir novo modelo de esplanadas em Vila Real de Santo António. Luís Gomes garante que o objectivo é “devolver contacto com Guadiana”.

A sinalética era inexistente e após muitas queixas a autarquia colocou a sinalética que proibe a prática de caravanismo. Zona de estacionamento da praia do Coelho chegou a estar interdita por falta de condições sanitárias provocadas pelo caravanismo selvagem e sem condições.

Nasceu durante o mês de Agosto um novo modelo de esplanadas em Vila Real de Santo António. Trata-se de uma requalificação do espaço público com o grande objectivo de “devol-ver o contacto com o rio Guadiana”, avançou em meados de Agosto Luís Gomes, presidente da câmara muni-cipal.

As novas esplanadas estão assen-tes em estrados de madeira, havendo já quem tenha optado por este novo modelo de disposição em detrimento das típicas mesas e cadeiras assen-tes na calçada. Ganharam-se novas esplanadas, mas perdem-se bolsas de estacionamento. A esta questão Luís Gomes respondeu dizendo que já foi desafectado do domínio camarário o estacionamento no quarteirão da câmara municipal; que agora dis-ponível para todos. Recordou que

À parte daqueles que ousem trans-gredir as regras está agora regu-larizada a situação no parque de estacionamento da praia do Coelho, na localidade turística de Monte Gordo. A GNR e a câmara municipal terão recebido inúmeras queixas, sobretudo no mês de Agosto. Desde os automobilistas que se queixavam da falta de estacionamento, até aos que denunciaram o despejo de resíduos sólidos feito pelos carava-nistas. Em causa estava ocupação indevida do espaço público, mas também a falta de condições sani-tárias do local. “Coube à autarquia agir, colocando sinalética”, explicou ao JBG o vereador do Turismo João Rodrigues, da câmara municipal de VRSA, que assegura, ainda, que a GNR actuou desde logo. “A GNR, de forma pedagógica, pediu que os autocaravanistas se retirassem do local, que não tem condições sanitárias para a prática de cara-vanismo”.

O autarca admite que ali não havia sinalética a proibir a prática

ainda está em curso o projecto para um silo de estacionamento na cidade para colmatar a falta de lugares para estacionamento. Ao que o JBG apurou até Outubro deverá ser adjudicada a obra.

Dois novos espaços para animar fim de tarde e noite

A requalificação para a frente rio terá sido aprovada nos finais do mês de Julho, e para além das novas esplana-das fará nascer novos espaços de lazer e restauração junto à marginal “para dinamizar os fins de tarde e as noites em VRSA”, adiantou aos jornalistas o autarca pombalino que frisa que a dinâmica dos próximos anos passará por “aproveitar melhor o rio Guadiana”.

de autocaravanismo, mas lembra também “que os caravanistas sabem perfeitamente que não podem ocupar qualquer espaço público”, lembrando que “ali mesmo ao lado encontra-se o parque de campismo de Monte Gordo onde têm espaço

para este turismo”.O vereador salientou ainda que

“todos os turistas são bem vindos a Vila Real de Santo António desde que cumpram as normas”.

Desde Agosto

Praia do Coelho

Alcoutim

Plano foi aprovado no final de Julho

Autarquia de VRSA avança contra autocaravanismo selvagem

Obra poderá estar finalizada até final de Setembro

O parque de estacionamento do Rossio, localizado junto à ponte dos Cadavais de Alcoutim, vai ser ampliado e remodelado. Com capacidade para 45 lugares, o novo parque deverá ser “mais funcional e vai apresentar uma imagem inovadora, enquadrada na paisagem arquitectónica da vila, avança a câmara municipal local em comunicado.A obra deverá estar pronta no início de 2012 e representa um investimento de cerca de 150 mil euros.

A empreitada de pavimentação de arruamentos na vila de Alcoutim (troço da ponte ao cruzamento de acesso à Pousada da Juventude) já foi adjudicada e deve estar pronta em finais de Setembro.Trata-se de um dos principais troços da vila de Alcoutim, facultando acesso à Pousada da Juventude, ao Lar de Idosos, à Praia Fluvial do Pêgo Fundo e à Escola Básica e Integrada de Alcoutim.

A povoação do Torneiro, em Alcou-tim, foi ligada ao Sistema de Abas-tecimento das Águas do Algarve em meados de Agosto, “pondo fim aos graves problemas de abastecimento de água, em quantidade e quali-dade, que afectavam a população”, anunciou a câmara alcouteneja. A conduta, com cerca de 1600 metros, permite que a população do Torneiro aceda à água com mais qualidade e que se ponham de parte os furos artesianos que, até agora, garantiam o abastecimento de água à população.O índice de cobertura de água domi-ciliária no concelho é superior a 95%, sendo que 60% é já garantido através do abastecimento em alta da Águas do Algarve.

Ampliação do Parque de Estacionamento do Rossio

Acesso à Pousada melhorado

Torneiro com Abastecimento das Águas do Algarve

Agosto

12 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |SETEMBRO 2011

LOCAL

Agentes turísticos influenciam opções de investimento

Hotelaria de charme vai ocupar edifícios municipais

ACRAL e município de VRSA incentivam internacionalização

calendário de eventos anuais, com periodicidade fixa. A este propósito, Luís Gomes frisou a dinâmica do projecto «Manta Beach», que con-sidera ter “colocado o concelho na rota dos eventos de Verão”, e notou que o «Mundialito» e a «Copa Foot 21» “são dois eventos anuais que têm esgotado os hotéis fora da época alta”.

Dos temas apontados pelos hoteleiros esteve ainda em desta-que o fim da operação de Inverno 2010/2011 da «Thomas Cook» no

A medida foi anunciada já na segunda quinzena de Agosto e, no essencial, demonstra que a câmara municipal pombalina “quer estar mais próxima dos hoteleiros e empresários turísticos locais”, tal como é comunicado pela edilidade. Para passar da teoria à prática o executivo liderado por Luís Gomes promete reunir-se com os empre-sários turísticos do concelho de modo a “integrar os agentes turís-ticos nas opções de investimento que vierem a ser desenvolvidas e recolher informações periódicas sobre a performance turística do concelho”, pode ler-se num comu-nicado de imprensa.

A primeira reunião aconteceu a 22 de Agosto onde foi acordado que a autarquia vai marcar presença em, pelo menos, uma feira turística que se venha a realizar nos próximos

Os edifícios são propriedade da câmara e da empresa municipal Sociedade de Gestão Urbana (SGU), que “já lançou o concurso público para a reabilitação e exploração de oito imóveis situados no centro histórico da cidade”, no âmbito de um contrato-programa assinado com a autarquia que visa a sua transfor-mação em hotéis de charme, explicou o município. “Depois de recuperadas,

as unidades vão formar um resort turístico a céu aberto, alicerçado na história de Vila Real de Santo António, criando um novo segmento turístico baseado na preservação do património e no turismo cultural. A exploração conjunta dos imóveis deverá permitir a criação de um hotel, apartamentos de charme e de um hotel design”, precisou a câmara num comunicado.

O presidente da Câmara de Vila Real de Santo António, Luís Gomes, afirmou que, ao lançar o concurso, a autarquia “aposta na valorização do património urbanístico”, assim como na “promo-ção de emprego” e na “notoriedade do concelho enquanto destino turístico”, aliando “as vertentes económicas e culturais”.

São oito imóveis localizados nalgu-mas das mais emblemáticas artérias do concelho, e a autarquia acrescenta que “o concurso público lançado tem a forma de procedimento por negocia-ção, cujo objecto será a concessão de obras públicas, adquirindo o adjudi-catário, em contrapartida, o direito de proceder à exploração dos prédios atra-vés da oferta de alojamento, durante o período estipulado em contrato”.

A concessão é atribuída aos inte-ressados por 25 anos, enquanto o contrato-programa assinado entre a câmara e a SGU tem uma vigência de 30 anos

Em vésperas de um congresso inter-nacional dedicado ao iluminismo em que o tema vai ser «Ruptura (s) e Con-tinuidade (s)» o município vilarealense lança pistas para a optimização do modelo de desenvolvimento econó-mico local com os olhos postos num turismo que não é de massas, mas que é encarado pelos responsáveis políti-cos e económicos como alicerce para a maior dinâmica da economia dos centros urbanos.

Foi assinado a 12 de Agosto o pro-tocolo de parceria entre a câmara municipal de Vila Real de Santo Antó-nio e a Associação de Comércio e Ser-viços da Região do Algarve [ACRAL] para apoio à internacionalização do comércio local com os países de Cuba e Cabo Verde. No seguimento da política de expansão, aproxima-ção e geminação da autarquia com ambos os países, a ACRAL pretende alargar estas parcerias à área do comércio e serviços.

Esta associação pretende desen-volver uma série de actividades que promovam a troca de experiências entre comerciantes de ambas as regiões, apoio técnico com recursos a profissionais que desenvolvam sessões de esclarecimento junto dos comerciantes Cubanos e Cabo-Verdianos ,e outras iniciativas que promovam o comércio e serviços das regiões abrangidas pelo refe-rido protocolo.

É assim intenção estabelecer as bases de colaboração para o desen-volvimento do comércio e serviços das regiões, promover o desenvol-vimento conjunto de projectos que fomentem uma colaboração mais próxima entre todas as entidades envolvidas, melhorando as siner-

gias, maximizando a obtenção de recursos de diversas índoles, proporcionando um ambiente de compreensão mútua e promo-vendo o desenvolvimento conjunto de projectos que fomentem uma colaboração mais próxima entre as entidades envolvidas.

Para João Rosado, Presidente da ACRAL “esta é uma oportunidade de mostrar o Algarve como potência turística, assim como toda a experi-ência adquirida ao longo dos anos. Agora, comerciantes e empresários podem, mais facilmente, abrir novas fronteiras e horizontes, numa rela-ção que vai, certamente, ser benéfica para ambas as partes. Luís Gomes, edil vila-realense considera que “ é cada vez mais importante valorizar o comércio local e impedir a abertura de grandes superfícies, que fazem morrer as cidades”, diz. “Criar dinâ-mica na área comercial, aumentar a atractividade das cidades e promover novos postos de trabalho tem sido uma aposta bem clara deste exe-cutivo. Com este protocolo damos a possibilidade às empresas de explo-rarem novos mercados, realizarem novos investimentos e mostrar os nossos elementos diferenciadores como uma mais-valia”, acrescenta.

Algarve (onde marcava presença desde 1960), o que trouxe prejuí-zos às unidades de alojamento que prepararam as reservas de Inverno a contar com esse fluxo de turistas. Apesar da resolução do assunto ser da responsabilidade do Turismo de Portugal, a câmara de VRSA com-prometeu-se a apresentar o dossiê junto do novo executivo do Ministé-rio da Economia. A próxima reunião com os hoteleiros do concelho ficou marcada para o final da primeira quinzena de Setembro.

seis meses. Entre as hipóteses avan-çadas está a participação na feira de Utrecht (Holanda), tendo em conta o crescente contributo do mercado holandês nas taxas de ocupação da zona turística de Monte Gordo, ou na feira ITB Berlin (Alemanha). A escolha do certame está dependente de uma análise custo-benefício.

Empresários querem Reserva Natural mais turística

Na mesma reunião os empresários apelaram à autarquia que tivesse uma posição de interlocutora com o Instituto da Conservação da Natu-reza e Biodiversidade (ICNB), no sentido de tornar a Reserva Natu-ral do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António mais aberta ao turismo. A resposta do

presidente Luís Gomes foi positiva, tendo-se comprometido reunir com a tutela do ambiente, lembrando “as muitas potencialidades ainda não devidamente exploradas naquela área natural do concelho”. E refere, nomeadamente, a actividade de bir-dwatching, ou seja, observação de aves. “Trata-se de um produto que está a ser segmentado pelo Turismo do Algarve, mas que infelizmente tem esbarrado com a burocracia do ICBN, organismo que, devido à falta de verbas, não tem sido capaz de gerir as vastas áreas do concelho sob a sua jurisdição”, afirmou o edil.

Animação com calendário

Uma das exigências dos hoteleiros passa pela animação, tendo solici-tado à autarquia que criasse um

Luís Gomes quer gerar activos através do centro histórico pombalino

Autarquia, hoteleiros e empresários unem-se para dinamizar o concelho

Em VRSA

Destino cultural

De dois em em dois meses, pelo menos, o município de Vila Real de Santo António vai reunir-se com os empresários do turismo do concelho para dinamizar a imagem deste destino algarvio.

O centro histórico de Vila Real de Santo António deverá transformar-se num destino do turismo cultural. A hotelaria de charme vai ocupar diversos edifícios que hoje albergam serviços municipais.

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | SETEMBRO 2011| 13

LOCAL

Apesar de corte de 10% no orçamento, «Dias Medievais» teve 60 mil visitantesMais um mês de Agosto e mais uma edição dos «Dias Medievais de Castro Marim». Ao longo de quatro dias, entre 25 e 28 de Agosto, a vila de Castro Marim contou com este certame que “orgulha Castro Marim e os castromarinense”. Este ano, e de acordo com as regras do Orçamento de Estado, houve uma redução de 10% dos custos para a produção do evento, mas o brilho foi o de sempre, tendo contado com a maior adesão de sempre, tendo atingido os 60 mil visitantes.

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14 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |SETEMBRO 2011

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | SETEMBRO 2011| 15

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SETEMBRO 2011Suplemento Bimensal

Ano 2 - Nº9 Este suplemento não pode ser vendido separadamente

CASTRO MARIM

Campanha de reutilização de manuais escolares prolonga-se até Setembro

VRSA

Alunos da Manta Rota ganham escola com mais valências

ALCOUTIM

Reforço no apoio à Educação abrange o 1.º Ciclo e Universidade

Sabias que tens sempre espaço para um texto ou desenho neste suplemento escolar?

já adotou acordo ortográfico

Dado o caráter obrigatório da adoção do novo Acordo Ortográ-

16 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |SETEMBRO 2011

O ano lectivo 2011/2012 está marcado para meados de Setembro e representa a entrada/reentrada nas salas de aula de 1,2 milhões de alunos do ensino básico e meio milhão do secundário. Em tempo de crise o cabaz escolar apresenta-se diversificado e a todos os preços. O JBG foi para o terreno e apresenta uma lista de material escolar a preços distintos.

Poupança é a palavra de ordem no arranque lectivo

Para os ensinos básico e secundá-rio o 1º período lectivo decorre entre 8 e 15 de Setembro, e são, nada mais, nada menos que um total de 1,7 milhões de alunos. Ora, o calendário escolar anuncia a entrada para uns, ou o regresso para outros, às salas de aula, mas para os pais isto significa também maior acréscimo de despesa. Contas feitas a média nacional é de nove milhões de euros gastos com material escolar, sendo que os pais gastam até 100 euros no início de ano lectivo.

O regresso às aulas é tema e slogan para grandes superfícies comerciais que, face à predomi-nante competitividade no mer-cado, apresentam listas de preços mais reduzidas, comparativa-mente às tradicionais papelarias e livrarias, tornando a despesa mais acessível aos pais. Já a diversidade de material é tema de aventura para os mais novos.

Manuais aumentam

Para já o primeiro grande aumento vem com os manuais escolares. A Associação Portuguesa de Editores e Livreiros [APEL] já fez saber que os manuais escolares para o Ensino Básico vão aumen-tar em média 1,13%, enquanto para o Secundário não aumentam. Sendo que a maioria dos livros já está disponível nas livrarias e nos restantes pontos de venda, de acordo com uma pesquisa efec-tuada pelo JBG os manuais para 1º ciclo podem custar em média cerca de 45 euros, no 2º ciclo a conta pode acrescer até aos 140,05 euros. Quando falamos de 3º ciclo atinge o maior valor com 225,53 euros, seguidos dos manuais para o secundário que se mantém nos 175 euros.

Uma das novidades que advêm dos manuais, e talvez um dos grandes desafios para a comuni-dade escolar neste ano lectivo, é a entrada em vigor do acordo ortográfico para todos os livros

Nas principais cadeias de supermer-cados multiplicam-se as campanhas de promoções associadas à compra dos manuais: descontos nos cartões de compras, possibilidade de compra a crédito ou descontos da loja sobre o preço do editor. E os vários estu-dos feitos mostram que em tempo de crise as famílias com filhos em idade escolar recorrem mais às grandes superfícies comerciais, que revelam preços apelativos e que, pela diversidade, podem satis-fazer os vários gostos dos petizes. A escolha de materiais novos pode ser uma aventura para os miúdos, mas também para os pais que têm que gerir um orçamento familiar. É aqui que os hipermercados ganham terreno, desde a apresentação de uma diversificada gama de materiais escolares com colecções novas e exclusivas, mas sobretudo nos «pro-dutos mais acessíveis». Para o cliente existem cabazes e kits económicos que incluem vários artigos de marca dita «branca», mas existem também outros mais dispendiosos que esgo-tam a preferência dos jovens: «Justin

adoptados para o 1º e 2º ano do primeiro ciclo do ensino básico. De acordo com a Porto Editora, uma das principais editoras de livros escolares, “a adopção do acordo está a decorrer tal como definido, em 2010, pelo Ministério da Educa-ção num calendário que termi-nará no ano lectivo de 2014/2015”. A editora refere, ainda, que a adopção faseada visa “minimizar os custos para as famílias, autarquias, livrarias, bibliotecas escolares e editoras, evitando desperdícios desneces-sários”. Quanto aos restan-tes anos escolares a introdução do acordo será faseada mediante disciplinas. A confusão poderá reinar aqui mesmo, porque poderão coexistir na mochila dos alunos manuais com grafias dife-rentes, visto que os livros podem passar de irmãos para irmãos. Para a Associação de Professores o recurso aos livros de apoio que vêm escritos com a nova grafia, bem como o conversor ortográfico serão ferramentas de auxílio.

Apenas 6% querem livros em 2ª mão

A reutilização e empréstimo de manuais tem ganho visibili-dade nos últimos dois anos com o surgimento de bolsas de trocas para minimizar o orçamento gasto pelos pais em mais um começo de ano lectivo, [ver peça página ao lado]. Sendo, decerto, uma forma de reduzir custos, os portugueses parecem ainda não aderir a esta prática amiga da carteira e do meio ambiente; comprar novo é a ainda a escolha de 94% da população. De acordo com um estudo do Observador Cetelem apenas 6% dos inquiridos com filhos em idade escolar pretende recorrer a livros em 2.ª mão. As papelarias são um local privilegiado para a compra deste tipo de artigos (99%), mas os consumidores utilizam também os hiper e supermercados (80%), nomeadamente os pais com filhos em idade escolar (83%). Verifica-se que a compra online de livros

Bieber», «Hello Kitty», e «Winx» - no ano passado a tendência era a marca «Hanna Montana». Para fazer contas, e descobrir preços mais em conta, o JBG formulou uma lista de material escolar composta por 20 artigos, e indica os mais baratos e os mais dis-pendiosos artigos que se encontram em hipermercados/espaços comer-ciais na zona adjacente ao Baixo Guadiana. Num pacote escolar mais dispendioso uma família, mediante o inventário, poderá gastar até € 104,07, já o pacote escolar mais eco-nómico fica pelos modestos € 14,09. Uma mochila pode oscilar entre os € 39,99 até apenas a € 1,45. O mesmo acontece com um estojo de € 7,99, para um outro de «marca branca» a € 0,56. O truque, diz a DECO, e também o JBG que andou no terreno a fazer uma prospecção de preços no mer-cado, é efectuar uma lista do neces-sário, comparar preços e pensar na relação qualidade-preço. Os preços foram obtidos em quatro hipermer-cados distintos e apresentam-se na tabela abaixo os artigos mais baratos e os mais caros.

escolares é um comportamento consolidado junto do segmento dos jovens estudantes (18%), mais do que nos indivíduos com filhos em idade escolar (apenas 4%). Recorde-se que também em início

de aulas e com promoções e preços reduzidos no material escolar existem também escritórios que aproveitam o panorama promo-cional para encher o carrinho com material.

Deco e Estado dão dicas de poupança

Face ao período lectivo que agora começa, e visto que Setem-bro é mês de acentuação da crise com aumento das facturas do gás e electricidade, o próprio Estado e a DECO tentam apresentar aos pais conselhos para compras com boa relação qualidade-preço. «Regresso às aulas em segurança» é o nome do guia apresentado pelo Minis-tério da Economia e Emprego. O documento pretende ser um guia com conselhos aos pais para efectu-arem compras equilibradas, em termos de qualidade e preço, sem esquecer o factor segurança. Das matérias de segurança referidas no guia, realizado em parceria com a direcção-geral do Consumidor (DGC) e a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), sublinham-se as mochi-las das crianças, que devem ser adequadas à estatura; a mochila vazia não deve pesar mais de meio quilo, e com material escolar deve corresponder até 10% do peso da criança. O guia pretende ainda esclarecer o consumidor sobre os seus direitos e chamar a atenção para a compra de material reciclá-

vel [guia disponível no site da DGC e APED].

Já a DECO, na edição de Setem-bro da revista «Proteste», elabora um conjunto de passos para um consumo equilibrado. A máxima é «não efectuar gastos desnecessários e poupar no arranque lectivo». Para começar há que estabelecer um montante máximo para as compras do pacote escolar; seguidamente

deve ser elaborada uma lista do material necessário, dessa mesma lista devem ser eliminados mate-riais em condições de reutilização. Todas as alternativas no sentido da poupança passam pelo emprés-timo de material escolar junto da família, amigos e escolas e também a procura de restos de colecção; são apenas algumas das dicas úteis para as famílias.

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Poupança até 86%

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | SETEMBRO 2011| 17

Depois dos encarregados de educação terem pedido transferência de escola, os 44 alunos da EB1 São João iniciam ano lectivo em Vila Nova de Cacela

Câmara de Alcoutim reforça apoio com atribuição de 30 bolsas de estudo ao ensino superior.

A iniciativa decorre pela segunda vez e é levada a cabo pela biblioteca municipal de Castro Marim.

Pais pedem transferência dos alunos da Manta Rota para a escola sede

Alunos de 1.º ciclo e ensino superior com mais apoio

Reutilização de manuais escolares até Setembro

Eu sou criança, tenho direito:

* A ter uma biblioteca;

* Ter uma família e animais de estimação;

* Ter uma casa;

* A fazer xixi nas calças;

* Ser feliz;

* Estar chateada quando me apetece;

* Ter um telemóvel;

* Brincar;

* A não gostar das pessoas de quem não gosto;

* Bater em quem merece;

* A ter um computador com internet;

* A sonhar;

* A andar pelo campo;

* A fazer birras;

* A bater o pé (quanto estou teimosa);

* A cantar, a saltar, a conviver e a ler;

* A ter uma praia;

* A pintar uma parede;

Enfim, a ser criança, como sou!

Rita CorreiaE.B. 2,3 Castro Marim

11 anos

A escola é o nosso grande futuro

Os 44 alunos do primeiro ciclo da Escola Básica São João, na localidade da Manta Rota, foram transferidos para Vila Nova de Cacela. Esta mudança satisfez as exigências dos encarregados de educação, que consideravam anti-pedagógico o facto de os alunos se deslocarem diaria-mente a Cacela para almoçarem

A câmara municipal de Alcou-tim reforçou este ano o apoio aos alunos do concelho, pro-curando responder a algumas dificuldades financeiras que assolam agora muitas famí-lias. Aos alunos a frequentar

Trata-se da segunda campanha de reutilização de manuais escolares da Biblio-teca Municipal e é válida para os livros partir do 5º ano de escolaridade. Já não sendo úteis deverão ser entregues na Biblioteca, que criou uma base dados onde estarão indicadas todas as ofertas recebidas. Depois já é possível disponibi-lizar os manuais depositados aos munícipes que deles preci-sem e os solicitem.

e realizarem outras actividades, como uma ida à biblioteca ou o acesso a uma aula de TIC. Por isso, a escola da Manta Rota faz parte da lista de encerramentos do Ministério da Educação.

“Visto que era a Vila Nova de Cacela que os alunos se desloca-vam regularmente para almo-çarem e frequentarem as outras actividades lectivas, os pais fizeram um abaixo-assinado a solicitar para que fossem trans-feridos”, adiantou-nos Concei-ção Cabrita, vereadora com o pelouro da Educação da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António.

De referir que esta escola foi totalmente requalificada há cerca de dois anos. Agora,

o Ensino Superior, a autar-quia vai atribuir 30 bolsas de estudo, no valor de 1000 euros por ano. As candidaturas às bolsas vão decorrer durante o mês de Outubro. Já os alunos do 1º ciclo do Agrupamento de Escolas de Alcoutim também vão usufruir de um forte apoio este ano lectivo atribuindo às duas escolas – Escola Básica Integrada de Alcoutim e Escola Básica Integrada de Martin-longo – um apoio em três fren-tes: um subsídio de 300 euros a

cada turma, para uso colectivo na compra de material escolar; um subsídio a todos os alunos do 1º ciclo, no valor total de 4.140 euros, com a finalidade de ajudar os pais na aquisi-ção dos manuais escolares; inclui também o pagamento do almoço a todas as crianças. O último apoio mencionado também abrange os alunos do pré-escolar da Casa da Criança, em Martinlongo, e do infantário «Joaninha», em Alcoutim.

O objectivo da iniciativa é “tornar mais acessível o conhecimento e a cultura aos cidadãos e, paralelamente, reduzir custos e optimizar os rendimentos das famílias com a educação dos filhos”.

A acção está a decorrer desde Julho e vai prolongar-se em Setembro. Destina-se a facilitar o acesso de todos os manuais escolares que já não são necessários e que podem ser reaproveitados e reutili-zados. Visam “apoiar a comu-nidade, rentabilizando não apenas as economias familia-res, mas também a protecção do meio ambiente, evitando o abate indiscriminado de milha-res de árvores que são necessá-rias à vida nas florestas”.

poderá vir a servir de pólo para a Universidade de Tempos Livres de VRSA, informação que

nos avança a vereadora com o pelouro da Educação da Edili-dade

As mensagens dos nossos leitores devem ser enviadas para: [email protected]

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44 alunos da EB1 São João iniciam ano lectivo em V. N. Cacela

Apoio estende-se aos alunos do 1.º ciclo e ensino superior

Livros escolares a partir do 5.º ano alvo de medida de reutilização

18 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |SETEMBRO 2011

O Dia das BruxasExistia num pequeno castelo, uma

bruxinha chamada Sabrina, que vivia

com as suas tias, a Vilma e a Sacha, e

claro, também com o seu Farruscas.

Um dia, pela manhã, chegou pelo

correio, uma grande caixa.

Elas perguntaram-se:

-Que será isto?

De repente salta da caixa uma

pequena menina muito feliz, que

disse:

- Olá, vou viver aqui com vocês!

Ahaha!

A Sabrina, estava muito assustada

e então decidiu, que seria realizado

naquele dia, o Dia das Bruxas.

Graças ao susto que elas apanharam!!

Raquel Orta

Este suplemento «JBG:Espaço

Escola» é feito a pensar em

todos os alunos, sem esquecer

encarregados de educação e

comunidade em geral. Temos

de dois em dois meses espaço

para a tua criatividade. Por isso,

esperamos material teu para

publicarmos; pode ser escrito

ou desenhado! Envia para

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CASTROMARIM

ALCOUTIM

VRSA

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | SETEMBRO 2011| 19

ENTREVISTA

Presidente da Federação de Caçadores do Algarve

Em Alcoutim a renda de um terreno para caça já atinge os 20 euros por hectare

Vítor Palmilha

20 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |SETEMBRO 2011

ENTREVISTA

JBG: Actualmente temos 77% de Ordenanento Cinegético no Algarve, entre Zonas de Caça Turísticas, Municipais e Mistas. Foi sempre um acérrimo defen-sor deste Ordenamento. Encara os números como uma vitória pessoal?

Vítor Palmilha: É uma vitória para as pessoas que acreditaram no Ordenamento, para a Federação que acreditou neste projecto, e, claro, eu englobo-me nessas pessoas...

JBG: No início deste processo, há cerca de 12 anos atrás, foi uma das pessoas mais critica-das por defender o Ordena-mento...VP: É verdade, fui muito criticado.

JBG: O que lhe diziam na altura?VP: Diziam que a caça era só para os ricos; que queríamos acabar com a caça no Algarve e no país... Lembro-me perfeitamente numa das feiras que fazíamos, nos Conselhos Nacionais da Caça do Algarve – nessa altura era secretário de Estado da agricultura o Dr. Capoulas Santos - em que havia cartazes cá fora a criticarem «Palmi-lha e Capoulas» porque estávamos a promover o Ordenamento. Isto em Loulé; pessoas na rua a manifesta-rem-se contra nós. Não queriam que o Ordenamento da cinegética se impu-sesse na região.

JBG: Quem é que não queria? Os caçadores?VP: Sim, sobretudo, eram os caçado-res que não queriam esta organiza-ção do território algarvio; queriam a caça livre como era prática da altura. Quanto aos agricultores era diferente; o medo que tinham era de dar os ter-renos porque pensavam que íam ficar sem as terras, mas quando se aper-ceberam que, efectivamente, não era nada disso, que assinavam apenas um contrato para as pessoas lá estarem a caçar, nada mais, ficaram muito mais descansados. Neste momento o caçador nem pode fazer nada à terra sem autorização do agricultor. Pode caçar e nada mais. Mas nessa altura, no início do processo, as pessoas não

sabiam, desconfiavam e não queriam de maneira nenhuma o Ordenamento. Hoje, passados estes anos todos é uma alegria ver que mudaram de opinião. Hoje agricultores e caçadores estão unidos pela mesma causa e é bom ver que muitos daqueles que eram contra estão a favor e satisfeitos por estarem na Associação e pelo Orde-namento.

JBG: Como era o retrato da caça no Algarve sem, pratica-mente, Ordenamento? VP: Exacto; não havia praticamente Ordenamento nenhum. Caçava-se por todo o lado; havia quizílias entre agri-cultores e caçadores. Este, por sua vez, caçavam junto às portas das pessoas porque não havia qualquer respeito. Hoje não. Hoje respeitam-se as pessoas, os agricultores, as terras. Um agricultor que quiser reclamar sabe onde deverá reclamar porque tem uma associação a quem cedeu os terrenos em determinada zona de caça e faz as suas queixas.

JBG: Certamente que conti-nuam a haver quizílias...VP: Acontecem ainda sim, um caso ou outro. A diferença é que há 12 anos atrás o agricultor não sabia a quem se dirigir. local costuma dizer que “a caça é o

golfe de Alcoutim”. Esta actividade é a segunda entidade empregadora, a seguir à câmara.

JBG: E há dados concretos que indiquem quantas pes-soas estão envolvidas na caça naquele concelho?VP: Não há. Mas posso dizer que há caçadas que em determinado dia podem envolver cerca de 50 pessoas, e depois há várias caçadas semanais. Temos que contabilizar também os guardas afectos e os cuidadores das espécies. As pessoas não fazem ideia do dinheiro que isto envolve. Há res-taurantes e cafés no nosso Interior em que o Verão deles é o Inverno porque contam com o nosso consumo; há um investimento grande do caçador.

Para além disso, damos um con-tributo importantíssimo no combate aos fogos porque pretendemos ter um mosaico aceitável para a caça e estamos a contribuir para que os fogos não se propaguem.

Graças ao Ordenamento temos

JBG: Foi uma das mais valias que o Ordenamento trouxe...VP: Sim, concerteza que sim. Há o respeito e o braço dado entre agricul-tores e caçadores. Para além disso, é uma mais valia para a agricultura que tem os campos cultivados. Os agricultores nunca pensaram chegar a receber as rendas que hoje recebem pelas terras. Alcoutim é dos conce-lhos onde o terreno já está a 10,15,20 euros por hectare...

JBG: E n caso de Alcoutim fala-mos em muitos hectares de terreno.VP: Exactamente. Alcoutim é dos concelhos com maior potenciali-dade para a cinegética. É o segundo melhor concelho do país, a seguir a Mértola, no Alentejo. Se bem que quando falamos de Mértola não é todo o concelho; é sobretudo a zona do Baixo Guadiana, mais perto do Algarve. A caça é uma mais valia para o agricultor e gera emprego. Alcoutim é um concelho muito bom para caça e o presidente da câmara

milhares de caçadores que caçavam em Espanha e que neste momento caçam em Portugal e nas suas zonas de caça. Praticamente caçadores portugueses a caçar em Espanha são reduzidíssimos. É fazer férias dentro de Portugal também, o que deve ser olhado como um importante contri-buto para o turismo.

JBG: Quando falamos de riqueza gerada pela caça para a economia, nomeadamente, turística podemos apontar números concretos? VP: Começámos a fazer um levanta-mento disso para saber o peso eco-nómico da caça no Algarve. Temos um programa feito e esperávamos já ter esses dados, mas infelizmente o Governo que passou acabou com tudo o que estava acordado com o anterior Governo - apesar de serem do mesmo partido. Em Setembro de 2009 assinámos um protocolo com organizações do sector da caça onde se insere a Confederação dos Caça-dores Portugueses - que engloba 10

Susana de Sousa

«Alcoutim é o segundo melhor concelho nacional para a cinegética»O presidente da Federação de Caçadores do Algarve, simultaneamente, presidente da Confederação Nacional de Caçadores, afirma que Alcoutim é o segundo melhor concelho do país para a caça.Nesta entrevista o responsável destaca o nível de Ordenamento cinegético do Algarve, que atinge actualmente os 77% - sendo que há 12 não passava dos 5%. Portugal tem 140 mil praticantes de caça; só na região algarvia estão 10% dos caçadores nacionais.

Vítor Palmilha foi sempre um acérrimo defensor do Ordenamento Cinegético e revela-nos que no Algarve este Ordenamento atinge já os 77%

“Os agricultores nunca pensaram chegar a receber as rendas que hoje recebem pelas terras. Alcoutim é dos concelhos onde o terreno já está a 10,15,20 euros por hectare”

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | SETEMBRO 2011| 21

ENTREVISTA

federações, entre elas o Algarve - com esse protocolo tinhamos verbas para a investigação e para a área sócio-económica, ou seja para a elabora-ção de um estudo sócio-económico da caça. Temos o programa, mas não pudemos fazer mais nada porque o segundo Governo de Sócrates deci-diu rescindir o protocolo e não temos fundos para fazer esse trabalho auto-nomamente.

JBG: É uma tarefa muito impor-tante que se realize, nome-adamente para conhecer a realidade da cinegética, no que diz respeito à sua potenciali-dade e à riqueza que gera, bem como para dar maior credibili-dade àquilo que é dito...VP: Claro que sim. São cerca de 140 mil caçadores que tiram a sua licença, os seus seguros, as licenças de cães, roupa, transporte, que pagam as rendas dos terrenos, das sementei-ras, dos guardas... é um mundo de dinheiro.

JBG: Falou-me em 140 mil caça-dores no país. Quantos são no Algarve?VP: São 14 mil.

“Não há possibilidade de continuarmos a ter caçadores se não mudarmos toda a burocracia e todo o sistema que temos neste momento”

JBG: No Algarve quanto é que em média gasta um caçador?VP: Podemos afirmar que em média um caçador gasta 1000 euros. O que multiplicado por 14 mil dá um movi-mento considerável na economia regional.

JBG: E os 1000 euros são gastos em quê?VP: Falamos em desmatação, deslo-cações, sementeiras, equipamento, almoços licenças, seguros. Cada caça-dor tem que ter tudo isto.

JBG: Do seu ponto de vista esta riqueza passa ao lado dos res-ponsáveis políticos e da socie-dade em geral?VP: Passa, sem dúvida que sim. Não existe a noção da riqueza que a caça gera e das mais valias que traz para a sociedade.

JBG: Com tendência para cres-cer ou diminuir o número de caçadores no Algarve?VP: Tem vindo a diminuir. É um fenómeno que queremos combater, mas não há possibilidade de con-tinuarmos a ter caçadores se não mudarmos toda a burocracia e todo o sistema que temos neste momento. Felizmente com a alteração que houve ao nível da lei das armas modificou-se, deixando de penalizar as organi-zações do sector da caça, porque na verdade, eram discriminadas. Há que dar a possibilidade de proporcionar mais formações ao longo do ano e dar resposta a quem quer integrar o sector. Imagine só; eu levo comigo alguém que adorou a caça, o convívio que se gera depois da caçada; e essa pessoa quer frequentar uma forma-ção, mas na melhor das hipóteses tem possibilidade de o fazer só dali a um ano... A pessoa até se esquece e, claro, isso desmotiva novos caçadores.

JBG: A crise também afasta os caçadores?VP: Vai fazendo diminuir, concer-teza. A caça é daquelas actividades que abrange todas as classes sociais porque se trata de uma paixão.

“O caçador é um cidadão igual a outro qualquer. Porque nós criamos e

depois abatemos controladamente”

JBG: Uma paixão que muitas vezes é olhada de lado. Ou seja, há muitas pessoas que criticam a caça por esta representar um desporto à volta da morte do animal.VP: O caçador é um cidadão igual a outro qualquer. Nós criamos e depois abatemos controladamente para deixar um património cinegético suficiente para no próximo ano ir lá tirar mais alguma coisa. É tal e qual termos um galinheiro com galinhas. Mas mesmo assim a mentalidade das pessoas em relação aos caçadores tem vindo a alterar-se.

JBG: Do seu ponto de vista, a que se deve essa mudança de mentalidade?VP: Tem a ver com a promoção da nossa actividade. As pessoas precisam de saber que somos nós os maiores defensores da biodiversidade. Cos-tumo dizer que não conheço nenhum dito defensor ambientalista que invista na preservação da natureza. Criticam-nos, mas não investem nada.Também não será por acaso que o ICNB [Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade] nos veio propor para sermos parceiros e res-ponsáveis pela integração do lince no terreno.

JBG: Como é que olha para esse repto?VP: É um orgulho porque é sinal de reconhecimento do nosso trabalho. Nós investimos na preservação da natureza efectivamente; só no Dia Nacional do Caçador tiramos tone-ladas de lixo do Algarve. Este ano retirámos perto de 200 toneladas de lixo da serra.

JBG: Esse dia faz parte do calendário das vossas activi-dades extra-caçadas?VP: Sim. Fazemos também o Natal do Caçador para as crianças; aqui orga-nizamos uma festa para as crianças e famílias mais desfavorecidas, depois oferecemos uma prenda de natal a

cada criança.

JBG: É um olhar solidário da Federação?VP: Sem dúvida que sim. É muito bom ajudar quem precisa e esse também deve ser o nosso papel.

JBG: Em Julho realizou-se o maior evento da Federação. A «Feira da Caça, Pesca e do Mundo Rural». Não se trata de um certame de apenas caça, mas é mais abrangente!? VP: É verdade. Este ano no Parque de Exposições de Tavira, com muito boas condições e é um certame que nos orgulha muito. Um evento que já conta com 16 anos de vida. Nesta feira temos a caça, claro, mas também a pesca e o mundo rural. É impor-tante relevar a nossa produção e a nossa riqueza. Conseguimos ter um programa muito diversificado, entre exposições de animais, concertos de música, conferências e debates. O que nos orgulha bastante. Este ano demos também destaque à nossa canção; o fado!

JBG: A Federação fez cortes orçamentais ao nível da comu-nicação...VP: As restrições orçamentais são muitas e temos que encontrar alterna-tivas viáveis. Acreditamos que a via on line também é muito acessível e mais em conta; por isso reforçamo-la.

“Há que tentar incentivar os jovens para a caça”

JBG: Quando falamos de caça associamos a faixas etárias mais elevadas. Há muitos jovens a caçar?VP: Vão aparecendo agora. Antiga-mente era mais fácil porque as pessoas saíam de casa praticamente a caçar e os pequeninos saiam atrás dos pais, tios, amigos ou vizinhos. Hoje, com o Ordenamento, as pessoas separaram-se e têm os seus espaços específicos

para ir caçar.Outra coisa que combatemos, e que agora já está um pouco melhor, foi a licença e porte de arma que antes só era possível tirar aos 18 anos e que agora já é possível fazê-lo aos 16 anos. Repare que aos 18 anos os jovens se não estão estimulados para a caça já não o querem fazer, e secalhar estão metidos em vícios que que infelizmente não deviam ter. Há que tentar incentivar os jovens para a caça.

JBG: Quanto tempo pode levar a formação de um caçador?VP: Felizmente a lei já mudou; porque antes eram quatro dias. O que preten-demos é que a pessoa perca um dia de trabalho para fazer os dois exames necessários. Licença de uso e porte de arma e a carta de caçador. Defende-mos que haja uma formação antes e fora das horas de trabalho e ministra-das pelas federações de caçadores, e não pela PSP porque a polícia tem tanta coisa boa para fazer... Melhor formação representa que as pessoas não chumbem como estão a chumbar neste momento.

JBG: Ao nível de apoios, os municípios são de alguma forma um bom suporte para a Federação de Caçadores do Algarve?VP: Apoio moral sim. Reconhecem a importância, estão de braço dado com a associação. Mas há uma coisa que eu lhes tenho pedido e que têm que começar a fazer que é colocarem as máquinas de que dispõem ao serviço da cinegética. Ajudarem-nos a desma-tar os terrenos porque é um processo muito caro. Às vezes dão dinheiro aos clubes, mas sobretudo o que é preciso é ajudarem neste processo. Há que ajudar as zonas de caça, pois trata-se da preservação das espécies. Há que trabalhar para manter a biodi-versidade da natureza. Sobretudo, há que ajudar ao Ordenamento do território senão vamos assistir ao retrocesso desse Ordenamento que custou tanto a atingir.

«Alcoutim é o segundo melhor concelho nacional para a cinegética»

22 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |SETEMBRO 2011

DESENVOLVIMENTO

Algarve já tem associação dedicada ao mar

7 Maravilhas da Gastronomia tem «Xarém com Conquilhas»

À semelhança do que já existe no Norte e Centro, o Sul do país tem desde o início de Agosto uma associação dedicada em exclusivo aos assuntos do mar, nomeadamente a sua rentabilização.

Os 21 pratos finalistas estão em votação pública até 7 de Setembro. No dia 10 são conhecidos os 7 melhores pratos. Ministro disse que

Hospital Central é “prioridade”, mas não há dinheiro

Foi em meados de Julho que em Olhão se constitui a Plataforma Mar do Algarve – Associação para a Dinamização do Conhecimento e da Economia do Mar do Algarve; cujo grande objectivo passa por “rentabili-zar o mar do Algarve”. A plataforma é constituída pelas empresas algarvias «ArrifanaMar», «MarSensing», «Nauti-ber», «Pedaços de Mar» e «Sopromar». À parte dos privados que querem que esta entidade se vire para a economia real, juntam-se os municípios de Faro, Olhão e Portimão e também a dele-gação do sul do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos (IPTM). Conta também com o conhecimento e técnicas científicas da Universidade do Algarve.

Segundo a CCDR Algarve e a Comissão Instaladora, para além dos membros fundadores iniciais, “existe já um número interessante de parceiros que demonstraram a sua

Os pratos finalistas ao concurso «7 Maravilhas da Gastronomia», que resultam da escolha de um júri entre 433 candidaturas de todas as regiões do país, entram agora na última fase de votação pública.

Os 21 pratos seleccionados são apre-sentados por sete categorias - entra-das, sopas, marisco, peixe, carne, caça e doces -, cada uma das quais com três iguarias da gastronomia portuguesa, mas os votantes são convidados a escolher os sete pratos que mais lhe agradam, independentemente da cate-goria; a selecção final anunciada no dia 10 de Setembro.

Para a categoria «entradas», a escolha recaiu na alheira de Miran-dela (Trás-os-Montes e Alto Douro), pastel de bacalhau (Lisboa e Setúbal) e queijo da Serra da Estrela (Beira Interior/Beira Litoral). As «sopas» escolhidas são açorda à alentejana (Alentejo), caldo verde (Entre Douro e Minho) e sopa da pedra (Ribatejo/Estremadura). Os «mariscos» coloca-dos a votação são amêijoas à Bulhão Pato (Lisboa e Setúbal), arroz de marisco (Estremadura e Ribatejo) e

intenção de se associarem no curto prazo”, sendo que um dos objectivos da Comissão Instaladora é “congre-gar na associação o maior número possível de representantes de todas as actividades ligadas ao mar, com a expectativa de que esta associação de interesses e saberes possa contribuir para o desenvolvimento de políticas, medidas e acções mais assertivas, efi-cientes e geradoras de riqueza”.

Primeiros passos remontam a 2006

A constituição da plataforma teve início em meados de Julho, a apre-sentação oficial em Agosto, mas a ver-dade é que toda a construção desta entidade remonta a 2006 na

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve (CCDR) criou um gabinete e colocou técnicos a trabalhar na ideia. Para a

xarém com conquilhas (Algarve). Já no «peixe», as opções são baca-

lhau à Gomes de Sá (Entre Douro e Minho), polvo assado no forno (Açores) ou a popular sardinha assada (Lisboa e Setúbal). Na cate-goria «carne», os pratos colocados a votação são chanfana (Beira Litoral), leitão da Bairrada (Beira Litoral) e tripas à moda do Porto (Entre Douro e Minho). Para «caça», os 21 espe-cialistas convidados pela organiza-ção do evento, escolheram coelho à caçador (Beira Litoral), coelho à Porto Santo à caçador (Madeira) e perdiz de escabeche de Alpedrinha (Beira Interior). Para culminar, os «doces» seleccionados foram pastel de Belém (Lisboa e Setúbal), pastel de Tentúgal (Beira Litoral) e pudim Abade Priscos (Entre Douro e Minho).

A selecção dos 21 finalistas culmina um processo iniciado a 7 de Fevereiro último e que passou pela apresenta-ção de candidaturas (433 ao todo) e um primeiro processo de selecção, por um painel de 70 especialistas, cujo resultado (70 pré finalistas) foi anunciado a 07 de Abril. Os 21 pratos seleccionados foram

sua fundação contribuiu ainda a conferência internacional «Maral-garve: um oceano de oportunidades» (2006), a que se seguiu a elaboração da «Agenda Regional do Mar – Con-tributos para o Plano de Acção para o Cluster Mar Algarve», trabalho que chegou a contar com a participação do entretanto falecido professor Hernâni Lopes, especialista em assun-tos ligados à economia do mar.

Desse trabalho, resultou igual-mente a constituição do sítio www.maralgarve.com, que, ao longo dos anos, tem vindo a compilar notícias nacionais e regionais sobre temas ligados ao mar, nomeadamente sobre pescas, conservação dos recur-

apresentados em Santarém, cidade escolhida como anfitriã da iniciativa. De recordar que o Algarve encontra-se representado nesta fase por um único prato, «xarém com conquilhas».

Os interessados podem votar por telefone, SMS ou via Inter-net, neste caso no site do evento [www.7maravilhas.pt] ou atra-vés do Facebook [www.facebook.com/7MGastronomia], usando os códigos relativos ao prato da sua preferência.

Paulo Macedo reconheceu, durante uma visita ao Algarve, em Agosto, que a necessidade da nova unidade hospitalar é “elevadíssima” e acres-centou que o projecto está no topo dos investimentos. Ainda assim, o ministro realçou que será preciso reavaliar o modelo financeiro que poderá fazer a obra avançar.

Paulo Macedo admite, contudo, ser “extremamente difícil” efectuar um investimento desta dimensão quando está em curso um pro-grama muito apertado que visa a redução da despesa na área da saúde.

No final do ano passado, o PS afirmava que o projecto do Hospital Central estava em fase final de con-curso e que a adjudicação seria feita no início deste ano, estando a sua conclusão prevista para 2013.

sos marinhos, investigação científica ou turismo.

De acordo com o gabinete de comu-nicação da CCDR Algarve, o ponto de partida está dado e estará agora na mão dos privados a alavancagem da entidade com a gestão e estratégias de dinamização. Uma das grandes metas é desburocratizar os assuntos que se prendem com o domínio hídrico e a inserção da entidade em redes nacio-nais e internacionais. A estrutura agora formada adopta uma lógica de cluster, aproveitando de forma sinérgica as competências dos diversos parceiros para fazer emergir projectos sólidos e englobantes na área do mar.

Universidade, privados e câmaras são fundadores

Universidade, câmaras e privados pretendem desburocratizar o domínio hídrico e rentabilizar o mar do Algarve

«Xarém com Conquilhas» é o prato que representa a região algarvia no concurso

Comissão Europeia designa 2013 «Ano Europeu dos Cidadãos» A cidadania da União e os direitos que lhe são ineren-tes constituem um dos principais pilares da União Europeia. Com a celebração do vigésimo aniversá-rio da introdução da cidadania da União pelo Tratado de Maastricht, a 1 de Novembro de 1993, a Comis-são Europeia propôs hoje que 2013 fosse designado «Ano Europeu dos Cidadãos». 20 anos após a criação da cidadania da União, regista-ram-se progressos concretos que afectam directamente a vida de milhões de pessoas. Para citar apenas um exemplo: hoje em dia ir ao estrangeiro implica custos de viagem mais baixos, sem complica-ções na passagem das fronteiras, viagens organizadas com garan-tia, acesso aos sistemas de saúde e chamadas telefónicas para casa mais baratas. Trata-se apenas de alguns dos benefícios que decor-rem da cidadania europeia. A Comissão pretende que sejam eli-minados os obstáculos com que as pessoas ainda se deparam quando exercem os seus direitos no estran-geiro. Crianças da UE têm os seus nomes no espaço!

Luta contra epidemias: UE financia novo projecto de investigaçãoA Comission Europeia decidiu con-sagrar mais 12 milhões de euros do programa-quadro de investigação da UE para reforçar a capacidade da Europa para combater os agen-tes patogénicos como a virulenta bactéria Escherichia coli (E.coli), que recentemente intoxicou cerca de 4 000 pessoas na Europa, tendo provocado a morte de 46.Investiga-ção: astrónomos vêem mais longe com a ajuda da UE.

«Perto da

Europa»

Centro de Informação Europe Direct do AlgarveComissão de Coordenação e Desenvolvimento

Regional - CCDR Algarve Rua do Lethes nº 32, 8000-387 Faro tel: (+351) 289 895 272 fax: (+351) 289 895 279 [email protected]

www.ccdr-alg.pt/europedirect

Visita ao Algarve

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | SETEMBRO 2011| 23

DESENVOLVIMENTO

Estratégia Orçamental prevê aumento de impostos e redução de funcionários públicos

Não há data nem preços para Portagens

A Estratégia Orçamental prevê o agravamento temporário do IRS aos contribuintes com rendimentos mais elevados. Trata-se da «taxa adicional de solidariedade».

Estava prevista sair até final de Julho a Resolução do Conselho de Ministros a definir os preços e data das portagens, mas até ao momento nada se sabe. Entretanto, meia centena de pessoas marchou a pé na EN 125 contra a cobrança.

O movimento que levou quase 300 mil pessoas a manifestarem-se contra a precariedade no dia 12 de Março, volta a mexer. Novo protesto para 15 de Outubro coincide estrategicamente com a data limite para entrega do Orçamento de Estado.

«Geração à Rasca» volta às ruas em protesto

Vítor Gaspar, ministro das finanças, explicou a 31 de Agosto que se trata de uma “contributo adicional de 2,5% sobre a parcela do ren-dimento colectável que excede o limite que define o último escalão de IRS”. Esta taxa incidirá assim nos rendimentos superiores a 153,3 mil euros anuais, que estão hoje sujei-tos a IRS de 46,5%.No que respeita ao IVA, “reduzem-se as isenções e racionaliza-se a estrutura das taxas de IVA com transferência de cate-gorias de bens e serviços entre as diferentes taxas”.”Em sede do IRC procede-se à eliminação de taxas reduzidas, à revogação de isenções subjectivas, restrição de benefícios fiscais e ao agravamento temporá-rio da tributação das empresas com lucros tributáveis mais elevados em

No dia 15 de Agosto, feriado nacio-nal, houve mais uma manifestação contra a introdução de portagens na antiga Via do Infante (A22), no troço de ligação entre S. João da Venda e o Patacão, em Faro. A Organização garante que a luta continua após a introdução de portagens e argumenta que a medida vai agravar a crise na região e «voltará a dar razões para que a EN 125 volte a ser uma estrada da morte».

A adesão não correspondeu às expectativas. “Se fosse uma marcha lenta com viaturas estaria tudo blo-queado, mas não fomos por aí e mesmo assim temos aqui umas deze-nas largas de pessoas. É o início de um conjunto de acções que iremos desenvolver contra as portagens”, assegura João Vasconcelos, um dos elementos da comissão que atesta ainda que “mesmo com a introdu-ção de portagens vamos continuar com a luta porque vamos ter muita

derrama estadual (taxa adicional de solidariedade)”, pode ler-se na estratégia orçamental. Este contri-buto especial será de 3% sobre os lucros tributáveis a partir de 1,5 milhões de euros. Recorde-se que actualmente os lucros superiores a dois milhões de euros estão sujeitos a uma taxa adicional de 2,5%, pelo que a medida hoje anunciada reduz o valor dos lucros que passam a ser sujeitos a esta contribuição “extra-ordinária” e sobe o imposto em 0,5 pontos percentuais

Despedimentos na Função Pública

O ministro-adjunto do primeiro-ministro, Miguel Relvas, avançou também a 31 de Agosto com a

contestação, vai haver muito conges-tionamento e a 125 irá novamente transformar-se na estrada da morte e aí sim, estamos convencidos que o protesto irá aumentar”. O protesto contra a cobrança de portagens na auto-estrada SCUT (sem custos para o utilizador) foi organizado pela Comis-são de Utentes da via do Infante, pelo Movimento Facebook Portagens na A22 Não!, pelo Movimento «Com Faro no Coração» e pelo Moto Clube de Faro.

Portagens para quando?

No mês de Julho, fonte ligada às negociações da cobrança no interior do país disse à agência Lusa que as porta-gens deveriam avançar em Setembro. A perspectiva inicial seria até final do mês de Julho fossem publicados em Diário da República os preços a praticar nas quatro SCUT e que serão afixados nos placares que antecedem

possibilidade de reduzir o número de vereadores e adiantou que o Governo irá apresentar legislação

cada pórtico; depois da publicação as concessionárias deverão ter um mês para implementar a cobrança». Os utentes até ao momento desconhe-cem a data de entrada em vigor, tal como as modalidades de pagamento, visto que ainda não saiu a Resolução do Conselho de Ministros, a definirem os preços das portagens. Recorde-se que em causa estão portagens nas SCUT do Algarve (A22), Beiras Lito-ral e Alta (A25), Beira Interior (A23) e Interior Norte (A24).

Os organizadores do protesto «Geração à Rasca» marcaram nova manifestação para dia 15 de Outu-bro, data limite para a entrega do Orçamento de Estado. O grande objectivo é manifestar a oposição às medidas de austeridade do governo; contra o aumento do IVA no gás e electricidade e o programa de cortes do Governo. O protesto enquadra-se ainda na manifestação mundial convocada pela plataforma espanhola «Demo-cracia Real, Já!», responsável pelo pro-testo de 15 de Maio em várias cidades no país vizinho. O endurecimento recente das medidas de austeridade, os cortes nos apoios sociais e a falta de oportunidade para participar neste tipo de decisões levaram os organiza-dores do protesto «Geração à Rasca», em conjunto com outras associações, a marcar nova manifestação, desta vez para dia 15 de Outubro.

Recorde-se que o movimento ficou conhecido por no dia 12 de Março ter conseguido juntar nas ruas de Lisboa cerca de 200 mil pessoas – e mais 100 mil em todo o país – numa manifestação contra a

precariedade laboral e vários outros assuntos relacionados com a crise internacional.

para colocar limites ao número de dirigentes superiores e intermé-dios autárquicos. “O Governo irá

desenvolver todos os seus esforços junto dos partidos parlamentares para que seja possível aprovar uma nova Lei Eleitoral Autárquica, alte-rando o método de eleição, redu-zindo o número de vereadores e reforçando os poderes de fiscali-zação das assembleia municipais”. O Governo pretende executar até Junho de 2012, o ministro-adjunto do primeiro-ministro sublinhou igualmente a necessidade dos muni-cípios acompanharem o “esforço de racionalização ao nível da sua orga-nização interna”, recordando que no actual modelo de poder autárquico existem 2.078 eleitos, entre presi-dentes e vereadores, e quase três mil dirigentes na administração local, sublinhando que se trata de “notó-rio excesso de funcionários para a dimensão do território”.

Ministro das Finanças apresentou novas medidas a 31 de Agosto

Utentes aguardam Resolução do Conselho de Ministros

O ano passado Largo de S. Francisco em Faro juntou mais de 6 mil pessoas em protesto

Visita ao Algarve

24 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |SETEMBRO 2011

Balsa foi uma cidade do Império Romano, situada na província da Lusitânia, mais precisamente na freguesia da Luz (concelho de Tavira), nos terrenos actualmente designados por Torre d’Aires, Antas e Arroio. A história da Balsa romana inicia-se no séc. I a. C. e termina no séc. V ou VI da nossa era. Teve o seu apogeu no século II e terá sido uma das maiores cidades da Lusitânia. A cidade é citada pelas fontes clássicas como Pompónio Mela, Plínio-o-Velho, Ptolomeu, e ainda pelos Itinerários de Antonino.

A decadência de Balsa foi pautada por crises, recuperações e destruições violentas. O grupo social influente, ligado ao tráfico marítimo, foi perdendo força devido às incursões da pirataria magrebina e desaparece no século III, à medida que o império começava também a decair.

Em 276 é atacada pelos Francos e sofre grande destruição no grande sismo de 382 d. C. É prová-vel que no séc. V já não existisse vida urbana no local, que se transformou num campo de ruínas virtualmente abandonado. A memória do sítio de Balsa perdeu-se até no séc. XVI, quando André de Resende localiza-a em Tavira. O local exacto da cidade só viria a ser descoberto na década de 60 do séc. XIX, por Estácio da Veiga e Augusto Teixeira de Aragão, numa altura em antiga cidade ainda preservava os seus alicerces quase intactos. O nível arqueológico enterrado manteve-se rela-tivamente intacto até finais da década de 70 do séc. XX. Maria Luísa Affonso dos Santos, na sua obra Arqueologia Romana do Algarve, escrevia em 1971 a respeito de Balsa: “ Desta cidade já quase nada resta à vista. Quem hoje for à Torre de Ares ficará decepcionado (…) Abandonados no terreno jazem alguns fustes, uma ou outra pedra e inúmeros alicerces emergem à superfície. Eis o que perdura in loco da famosa Balsa”.

Desde então que Balsa tem vindo a sofrer uma brutal destruição que dura até hoje, sendo a actual situação absolutamente deplorável. Os fustes e os alicerces referidos por Maria Luísa Affonso dos Santos desapareceram ou foram deliberadamente destruídos pelos proprietários dos terrenos onde jaziam as ruínas.

De modo geral, até 1977, grande parte da cidade permanecia ainda intacta. Desde 1978 até à actua-lidade, Balsa tem vindo a ser deliberadamente arra-sada! Em apenas 30 anos desapareceram a maior parte das estruturas enterradas na Torre d’Aires. Esta destruição teve episódios mais selvagens em 1980 e 1996 e continua esporadicamente ainda hoje, embora o essencial já tenha sido eliminado. Grande parte da antiga cidade foi destruída por trabalhos agrícolas e extensas áreas de ruínas enter-radas têm sido sistematicamente arrasadas para a construção de moradias e infra-estruturas.

O pouco que resta está em perigo de ter o mesmo destino devido aos apetites que a sua localização geográfica desperta, embora se encontre em zona arqueológica classificada e no Parque Natural da Ria Formosa! É caso para perguntar: quem deve ser responsabilizado por este atentado contra o património histórico/cultural que é de todos nós? É uma questão que deixo no ar…

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Fernando Pessanha Músico / CEPHA

Balsa, cidade romana no sudeste algarvio

Associação do iluminismo quer mais sócios europeus e

latino-americanos

O Secretário-Geral da AICEI, Javier Varela, realizou uma reunião de traba-lho na cidade de Sevilha com o secre-tário da VIII Reunião de Vila Real de Santo Antonio, Carlos Luis Figueira e com José Carlos Barros, presidente da AICEI. Durante a reunião, e para tratar de questões relacionadas com a organização do «VIII Congresso de Cidades e Entidades do Iluminismo», que se vai realizar em Outubro, aquele responsável manifestou a vontade de integrar na associação mais sócios europeus e latino-americanos.

Poderá realizar-se, neste âmbito, uma reunião que dará pelo nome de «Cidade das Luzes» para a qual serão convidados representantes de cidades como Edim-burgo, Paris ou São Petersburgo; o objec-tivo é apresentar a associação e convidar estas cidades a associarem-se.

O secretário-geral expressou também interesse em expandir a rede de associa-ções com outras cidades latino e ibero-americanas.

Sinalização Rodoviária promove Iluminismo

Certamente já muitos repararam na sinalização rodoviária que foi colocada na A22 e também no IC 27, ainda antes da vila de Castro Marim, em que a cidade de Vila Real de Santo António é identifi-cada como «Cidade do Iluminismo».

A Sinalização Rodoviária “Vila Real

de Santo António Cidade do Ilumi-nismo” pretende ser um dos instru-mentos para a concretização duma política de salvaguarda e valorização do património local, o qual deve fun-cionar como elemento de aferição e referência para a gestão deste territó-rio, criando condições essenciais para a sua qualificação.

A sinalização rodoviária situa-se na A22 ao quilómetro 127.5 (sen-tido poente/nascente); ao quilóme-tro 130.8 (sentido nascente/poente) e no IC27 ao quilómetro 1.2 (sentido norte/sul).

Vila Real de Santo António é iden-tificada como o contínuo mais repre-sentativo, melhor conservado e o mais emblemático das cidades do Iluminismo em Portugal. A cidade constitui um tes-temunho histórico importante devido ao facto de ter sido construída de raíz em apenas dois anos, segundo o padrão iluminista do século XVIII; caracterizado pela planimetria, altimetria e volume-tria.

Recorde-se que Vila Real de Santo António vai realizar o «VIII Congresso Internacional das Cidades e Entida-des do Iluminismo», entre 6 e 8 de Outubro. O encontro realiza-se no Centro Cultural António Aleixo e as inscrições estão abertas. Saiba mais em www.cm-vrsa.pt ou através do 281510000

O Iluminismo nasceu na Idade Moderna

As transformações económicas e sociais da Idade Moderna, princi-palmente a Revolução Industrial e os progressos científicos, provo-caram mudanças na maneira de pensar e de sentir dos europeus.

A Revolução Inglesa do século XVII e a Revolução Industrial do século XVIII foram conduzidas pela burguesia inglesa. O objec-tivo desses movimentos revolucio-nários era destruir as estruturas económicas, sociais e políticas que sustentavam o Antigo Regime, tais como o direito divino dos reis, a política económica mercantilista e o poder político da Igreja Cató-lica.

A crise do Antigo Regime foi acompanhada por um conjunto de novas ideias filosóficas e econó-micas que defendiam a liberdade de pensamento e a igualdade de todos os homens perante as leis. As ideias económicas defendiam a prática da livre iniciativa. Esse movimento cultural, político e filosófico que aconteceu entre 1680 e 1780, em toda a Europa, sobretudo na França, no século XVIII, ficou conhecido como «Ilu-minismo, Ilustração ou Século das Luzes».

Os iluministas caracterizavam-se pela importância que davam à Razão. Somente por meio da Razão, afirmavam ser possível compreender perfeitamente os fenómenos naturais e sociais. Essas ideias baseavam-se no racionalismo. Defendiam a demo-cracia, o liberalismo económico e a liberdade de culto e pensamento. Na verdade, o Iluminismo foi um processo longo do qual as trans-formações culturais iniciadas no Renascimento prosseguiram e se estenderam pelos séculos XVII e século XVIII. As ideias iluministas influenciaram movimentos como a Independência dos Estados Unidos, a Inconfidencia Mineira e a Revolução Francesa.

O Iluminismo iniciou-se na Ingla-terra, mais foi em França que atin-giu o seu maior desenvolvimento, pois foi onde viveram os maiores pensadores iluministas, Voltaire, Montesquieu, Rousseau, Diderot e D´Alembert.

O secretário-geral da Associação Internacional de Cidades e Entidades do Iluminismo afirmou, numa reunião em

Sevilha, a necessidade de crescer o número de sócios europeus e latino-americanos na entidade.

Reunião em Sevilha, em vésperas de Congresso Internacional, marcada por apelo de Javier Varela

CULTURA

Secretário-Geral apelou em Sevilha

AICEI

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | SETEMBRO 2011| 25

CULTURA

OS GRANDES NAVIOS DE VELA DE BANDEIRA PORTUGUESA – assim se intitula o novo livro de José Veloso, apresentado ao público no passado dia 22 de Julho em Lagos.

A apresentação não podia ter encontrado ambiente mais ade-quado, pois decorreu na «caravela portuguesa» fundeada na marina daquela cidade.

O livro é assumidamente uma homenagem ao barco à vela. Cons-titui, além disso, e no seu sentido mais profundo, uma celebração da paixão do mar, que o autor prosseguiu ao apresentá-lo e que foi compartilhada pelos muitos amigos que com ele se juntaram nesse acto.

Logo na primeira página, Veloso declara:

«para as gentes do mar, o barco à vela é uma das mais belas criações do génio humano».

Ao explicar mais à frente as determinações que o levaram a fazer esta obra, salienta também a necessidade de partilhar «essa indefinível magia que é o apelo do mar».Com esse objectivo, refere:

«venho mostrar fotografias, com alguma contextualização, de registo do imaginário náutico, os grandes navios de vela, utilizando como fio condutor da mostra, os seus tipos e usos».

Segue-se um belíssimo álbum de fotografias de famosos veleiros, ordenados nas categorias seguin-tes: 1) Navios da Armada Portu-guesa; 2) navios-escola; 3) navios célebres que também arvoraram a bandeira portuguesa; 4) outros navios, lugres, barcas e outros.

Lá encontramos o espectacular D. Fernando II e Glória, entre os primeiros; o magnífico navio-escola Sagres III, entre os segundos; o fogoso clipper Cutty Sark, entre os terceiros; e vários maravilho-sos lugres bacalhoeiros, entre os quartos.

A terminar, Veloso observa que os grandes navios de vela, que deram novos mundos ao mundo, «não seduziram apenas nobres e saudáveis intenções», foram veí-culos de dominação de povos, da pirataria, do tráfico de escravos, mas conclui: «embora nada disto destrua o maravilhoso do homem livre no barco à vela, lidando sem intermediários, com os elementos da natureza, o mar e o vento.»

O livro foi editado por Tony Simmonds, impresso na Gráfica Comercial, Loulé e tem o patrocí-nio da AMP, Lda., Lagos.

José Veloso- a paixão do mar

«Livros Mexidos» junta 15 fiéis seguidores

Nasceu «Clube de adeptos do

Acordeão»Em Agosto o autor em destaque foi Gabriel Garcia Marquez, Nobel da Literatura, autor, entre outras, da obra-prima «100 anos de solidão». Para o mês de Setembro o grupo já escolheu quem se segue nas preferências e par-tilhas; Isabel Allende.

São meses, uns a seguir aos outros, que se compõem por uma “grande vontade de ler e falar sobre o que lê”, conta-nos Miguel Godinho do Centro de Investigação e Informação do Património de Cacela (CIIPC). Este Centro, a ADRIP e a câmara municipal de VRSA constituem a organização conjunta de uma iniciativa que nasceu “de um grupo de amigos que gostava de ler e partilhar as leituras”. Miguel Godinho também nos lembra que os «Livros Mexidos» aconteciam à mesa, no espaço «Casa Azul» e que ali se foi desenrolando um encontro que mais tarde viria a passar para o auditório da biblioteca municipal de VRSA. “Por várias razões, desde logo porque faz todo o sentido o espaço e porque aqui há maior acesso às obras”. O técnico do CIIPC adianta que há cerca de dois anos que esta iniciativa existe e que actualmente conta já com cerca de 15 seguidores fiéis, a que se vão juntando nos vários meses outros amantes da leitura.

Outro dos pontos importantes a saber é que este grupo mistura dois países: Portugal e Espanha, aqui tão perto. “Nunca levámos para os nossos encontros um escritor espanhol, mas poderá acontecer, tal como os portu-gueses são partilhados”. Miguel Godi-nho garante que esta é uma iniciativa para continuar e que vive da paixão de ler e partilhar.

Saiba que a entrada é livre e basta querer para poder aceder a este grupo informal de leitores em Vila Real de Santo António. O encontro à volta de Isabel Allende acontece a 22 de Setem-bro, pelas 18h. “A sugestão dos livros e autores surge em cada encontro”. Uma escolha que vai de encontro aos gostos de um grupo cada vez mais coeso e

A Divisão de Cultura da câmara muni-cipal de Alcoutim criou o «Clube de adeptos dos bailes de acordeão». A autarquia tem estimulado a realiza-ção destes bailes em vários montes e aldeias do concelho, por “proporciona-rem sempre convívios sociais activos, momentos de animação, descontração e relaxamento psicológico, assim como a realização de exercício físico”, asse-gura o presidente da câmara muni-cipal, Francisco Amaral. Médico e autarca, Francisco Amaral, vê nesta iniciativa uma forma de quebrar o isolamento e os estados depressivos das populações e, simultaneamente, promover o seu bem-estar físico e psi-cológico. Recentemente, no programa «Serviço de Saúde» de Maria Elisa, o presidente referiu à ex-Ministra da Saúde os benefícios desta iniciativa. “Não conheço nada que faça tão bem à saúde das pessoas, saúde física, psico-lógica e social, como ir à horta e bailes de acordeão”. Este Clube, depois de serem inventariados todos os membros

do concelho e concelhos limítrofes, vai informar os seus elementos acerca das múltiplas realizações culturais e de animação do município.No Clube serão estimulados encontros periódicos entre os adeptos e pretende-se ainda implementar aulas de danças de salão a todos os interessados.

que esperemos que vá crescendo, diz-nos Miguel Godinho.

Isabel AllendeEscritora chilena, Isabel Allende nasceu a 2 de Agosto de 1942. Em 1973 foi forçada a abandonar o Chile na sequência do golpe militar em que Salvador Allende, primo do seu pai, foi assassinado ou levado ao suicídio. Trabalhou como jornalista no Chile e, posteriormente, em Caracas (Vene-zuela), onde viveu até 1984. Depois disso, passou a viver nos EUA, onde ensina literatura. Foi uma defensora acérrima dos direitos das mulheres.

Segundo a autora, a sua experiência como jornalista foi-lhe útil na medida em que não só a ensinou a usar a lin-guagem de forma eficaz ,mas também a fez adquirir uma facilidade de comu-nicação que a ajuda a aproximar-se de qualquer pessoa com uma história a contar. Para ela, o primeiro objectivo da literatura é a expansão da consci-ência da realidade através da narração de histórias particulares capazes de se entrelaçarem na história colectiva e explorarem os mistérios da vida.

Os seus livros estão traduzidos em mais de 30 idiomas e constituem um caso ímpar de sucesso. Muitos deles já foram adaptados ao cinema, teatro, ópera e ballet, conferindo-lhe uma brilhante trajectória literária que com os anos não deixou de aumentar o seu prestígio.

Publicou A Casa dos Espíritos (1982), De Amor e de Sombra (1984), Eva Luna (1989), Contos de Eva Luna (1989), O Plano Infi-nito (1991), Paula (1994), Afrodite (1997), A Cidade dos Deuses Sel-vagens (2002), O Meu País Inven-tado (2003), O Reino do Dragão de Ouro (2003), O Bosque dos Pigmeus (2004), Zorro, O Começo da Lenda (2005), Inés da Minha Alma (2006) e A Ilha Debaixo do Mar (2009).

A partilha é a principal motivação que junta já cerca de 15 fiéis seguidores de um grupo que todos os meses lê uma obra, um autor e as suas emoções.

Grupo informal de leitores reúne-se na biblioteca municipal Vicente Campi-nas uma vez por mês. Isabel Allende em destaque em Setembro

Clube apoia tradição e alivia stress

L I V R O Spor Carlos Brito

Clube de Leitura

português em Huelva

A biblioteca pública de Huelva está a procurar alguém de

nacionalidade portuguesa para dirigir um clube de lectura para o próximo curso. Trata-se de um intercâmbio que esta biblioteca

pretende incrementar com o povo português.

Aos interessados fica o contacto antonioa.gomez@juntadeandalu-

cia.es

26 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |SETEMBRO 2011

Procissão transfronteiriça realizou-se no dia 15 de Agosto

A 15 de Agosto, realizou-se mais uma vez a procissão fluvial de Nossa Senhora do Carmo, Virgem dos Marinheiros. A procissão teve início em Sanlúcar de Guadiana, descendo as inclinadas ruas da vila espanhola, para seguir até à embarcação que traria o andor de Nossa Senhora até Alcoutim.

A imagem da Virgem dos Mari-nheiros foi acompanhada até Alcoutim, por várias embarcações engalanadas com variadas bandei-ras. Depois, em procissão, seguiu até à Capela de Santo António, onde se juntaram as duas comuni-dades e os respectivos presidentes, Francisco Amaral e José Manuel Ponce Ojeda. A festividade reli-giosa continuou com orações, com breves palavras do sacerdote espa-nhol e ao som de cânticos maria-nos, este ano interpretados pelo Grupo de Cantares dos Balurcos

Nos dois primeiros fins-de-semana de Setembro, Vila Real de Santo António e Monte Gordo honram as suas padroeiras, com as tradi-cionais festas. As festas de Nossa Senhora de Encarnação, padro-eira de Vila Real de Santo Antó-nio, decorrem nos dias 2, 3 e 4 de Setembro, com espectáculos de música e dança, na Praça Mar-quês de Pombal. A procissão em honra da Nossa Senhora sai à rua, no domingo, pelas 18h00, e irá percorrer algumas das principais artérias da cidade.

Já nos dias 8, 9, 10, 11 e 15 de Setembro é a vez de Monte Gordo realizar os seus festejos em honra da Nossa Senhora das Dores, padroeira dos pescadores. O ponto alto das festas em honra de Nossa Senhora das Dores é a procissão religiosa, no dia 11, às 18h00. Percorre o areal da praia de Monte Gordo, acompanhada não só por centenas de fiéis e curiosos, mas também pelos barcos de pesca que, com as suas buzinas e com o lançamento de foguetes, anunciam a passagem do cortejo religioso.

(Alcoutim).De regresso ao rio, foram deitadas

ao Guadiana duas coroas de flores, a partir da embarcação onde seguia a imagem de Nossa Senhora e as enti-dades oficiais. Pelas ruas de San-lúcar o andor foi transportado por devotos espanhóis e portugueses tendo a procissão culminado com a bênção do Sacerdote e com uma oração apelando à devoção a Nossa Senhora do Carmo.

A Semana Cultural de Sanlúcar, terminou em convívio com a actu-ação do Grupo de Cantares dos Balurcos, uma vez que no âmbito da Semana Cultural, este último dia é considerado o «Dia de Por-tugal». A participação portuguesa foi apreciada e foram referidas algumas palavras de estímulo à Associação ATAS que colaborou na organização deste evento reli-gioso-cultural.

CULTURA E TRADIÇÃO

POR CÁ ACONTECE A G E N D A C U LT U R A L

Festa Tradicional de Martinlongo03, 04 e 05 SetembroLargo da Igreja

Exposição Fotografia Património Alcoutim 05 a 30 SetembroCasa dos Condes

Mercado de Vaqueiros 09 Setembro

Festa de Alcoutim09, 10 e 11 Setembro(Artesanato, Animação, Bailes, Concertos, Discoteca, actividades)Cais da Vila

Feira de Alcoutim10, 11 e 12 Setembro

Feira Nova17 SetembroPereiro

Alcoutim

E V E N T O S

Festa Nossa Sra. Visitação03 Setembro(Jogos tradicionais, animação, procissão e humorista Serafim)Odeleite

Serões do Acordeão03 Setembro S. Bartolomeu do Sul10 Setembro Vale do Pereiro17 Setembro Portela Alta de Baixo24 Setembro Funchosa de Cima

Música no Campesino RFC10 Set. Baile «Grupo+2»17 Set. Baile «Ângelo e Jaime21 Set. Rock «Grab it Band»24 Set. Blues «Cat Fish»30 Set. Pop/Rock «The Sun»Mte. Francisco (Entrada Livre)

Excursão Santuário Fátima11 e 12 Setembro – Freguesias de Azinhal e Altura17 e 18 Setembro – Freguesias Odeleite e Castro Marim

Exposição de fotografias de VRSA - Associação ¼ Escuro1 a 30 SetembroPraça Marquês de Pombal e Av. República

Festas em Honra de Nossa Senhora da Encarnação2,3 e 4 SetembroVRSA

Ciclo de cinema «Sob as estrelas em Cacela Velha»6, 8, 13 e 15 Setembro, 22hCemitério Antigo de Cacela Velha

Festas em Honra de Nossa Senhora das Dores8, 9, 10, 11 e 15 SetembroMonte Gordo

Exposição “De Sur a Sul” - Colectiva de Pintura 15 a 30 SetembroCentro Cultural António Aleixo

«ARTE |CM VRSA»Exposição colectiva de artistas da CM VRSA e Empresa Municipal15 Setembro a 29 OutubroBiblioteca Municipal

Tertúlia «Vicente Campinas - a memória»15 Setembro, 18hBiblioteca Municipal

Clube de leitura «Livros Mexidos»Tema - «Autores contemporâneos: Isabel Allende»22 Setembro, 18hBiblioteca Municipal

I Encontro de Pais e Bebés em VRSA - «Aguarela de Afectos»23 Setembro, 10hBiblioteca Municipal

«Fábrica das Estrelas» – Espectáculo de dança24 Setembro, 21h30Centro Cultural António Aleixo

Seminário «Protecção e Promoção da Infância: Políticas Públicas Nacionais, Regionais e Locais»30 Setembro, 09h às 17hCentro Cultural António Aleixo

Exposição «Al Hilo del Guadiana»Fotografias de Javier Hernándes GallardoAté 30 de SetembroArquivo Histórico Municipal

Sábados na BibliotecaHora: 15h00

Castro Marim

VRSA

Serões do Acordeão

No âmbito da sua agenda cultural, o município castromarinense promove

os últimos serões de acordeão da estação estival. As sessões passaram durante todo o verão por inúmeras

localidades do concelho onde o acor-deão é muito apreciado.

Residentes e turistas têm a oportu-nidade de visitar o concelho e poder ouvir e dançar grandes peças musi-

cais, algumas delas, responsáveis pela internacionalização deste instrumento

musical genuinamente português.Os acordeonistas João e Miguel

Pereira redescobrem a magia e gosto dos antigos tocadores que encantaram sucessivas gerações com músicas que,

na actualidade, continuam a fazer as delícias de novos e menos novos, dançando as modinhas. Esta última

temporada parte no dia 3 de S. Barto-lomeu do Sul, passa no Vale do Pereiro dia 10, continua caminho pela Portela de Baixo a 17 e culmina no dia 24 de

Setembro na Funchosa. O objectivo é animar, culturalmente, as aldeias

típicas e lugares do concelho.

Procissão no Rio Guadiana

Farra Fanfarra

VRSA e Monte Gordo preparam festas em honra das padroeiras

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | SETEMBRO 2011| 27

Os munícipes vilarealenses tiveram oportunidade de em Agosto reclamar, questionarem, sugerirem ou elogiarem a limpeza urbana de Vila Real de Santo António. As respostas estão a ser analisadas.

Entidade assegura não realizar qualquer tipo de peditório

Empresa municipal vilarealense garante tentar encontrar soluções para os problemas diagnosticados na limpeza urbana concelhia

AMBIENTE & SAÚDE

ARS Algarve alerta para falsos peditórios

Opinião de munícipes sobre limpeza urbana conta

A Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve lançou um alerta à população para falsos peditórios que estão a decorrer em nome do Centro de Aconselhamento e Detec-ção e Precoce da Infecção do VIH/SIDA (CAD) de Faro

Segundo a ARS Algarve, existem “indivíduos que na via pública, e de «porta a porta», em zonas urbanas e rurais da região, estão a efectuar um peditório em nome do CAD de Faro”.

A entidade esclarece que “não faz qualquer tipo de peditório e que todo o material informativo produzido é distribuído gratuitamente à popu-lação, a instituições e associações com o objectivo de se promover a prevenção e detecção precoce da infecção VIH/Sida e sem quaisquer fins lucrativos”.

A ARS Algarve apela ainda que as pessoas abordadas por algum destes indivíduos participem os falsos pedi-tórios às autoridades policiais.

«Está contente com a limpeza da sua rua? Precisa de mais papelei-ras à porta de casa?». O enunciado do inquérito deu oportunidade aos munícipes de Vila Real de Santo António de darem a sua opinião sobre a limpeza urbana do con-celho pombalino. O objectivo da câmara municipal foi avaliar qual o grau de satisfação dos munícipes relativamente aos serviços de lim-peza urbana contratualizados com a empresa municipal Sociedade de Gestão Urbana (SGU).

A câmara municipal de Vila Real de Santo António lançou em Agosto um inquérito à população, em que a

consulta pública foi feita em Vila Real de Santo António e Monte Gordo, tendo sido os inquéritos deposita-dos nas caixas postais dos morado-res. Os comerciantes – considerados os principais utilizadores do espaço público – também foram ouvidos, e a autarquia garante que vão ser “parte integrante das soluções que vierem a ser implementadas”. O prazo de res-posta ao questionário decorreu até 31 de Agosto

SGU trata respostas

Todas as opiniões recolhidas vão ser alvo de tratamento por parte

quais os serviços contratualizados com a SGU, no âmbito da limpeza urbana, e informá-la sobre os veículos mais rápidos para a apresentação de reclamações ou sugestões para a sua área de residência.

da SGU, que se compromete a dar resposta e a encontrar soluções para os problemas diagnosticados. O balanço dos inquéritos será dado a conhecer na segunda quinzena de Setembro e divulgado através dos canais de comunicação da autar-quia.

Com base nos resultados obti-dos, a SGU “poderá reorganizar as equipas de funcionários presentes nas ruas ou reforçar a limpeza nos locais que eventualmente vierem a ser assinalados”, avança a entidade que explica que a escolha de Agosto para a realização do inquérito foi “propositada, uma vez que este é o mês em que o concelho é visitado por um maior número de pessoas e onde as exigências colocadas aos serviços de limpeza urbana são maiores”.

Para além de aferir a opinião dos munícipes, a iniciativa pretende igual-mente dar a conhecer à população

Em comunicado a SGU adianta que medidas como estas vão ser para “repetir periodicamente e baseia-se na filosofia do Sistema Integrado de Gestão e Avaliação do Desem-penho na Administração Pública (SIADAP)”. Ao optar pela auscul-tação dos munícipes, a autarquia pretende envolver a população no processo de avaliação individual do desempenho de cada funcionário e fomentar as práticas de participação pública.

Inquérito

A Câmara Municpal de Alcoutim, no Ano Lectivo de 2011/2012, atribui 30 Bolsas de Estudo, no valor de 100€ / Mês, durante dez meses, para o Ensino Superior, de harmonia com a deliber-ação tomada pela Câmara Municipal na reunião de 13 de Julho de 2011.

Local para entrega das candidaturas: Câmara Municipal de Alcoutim – Gabinete de Acção Social, Saúde e EducaçãoRua do Munícipio, nº 12 – 8970 - 066 ALCOUTIM

Prazo para entrega das candidaturas:06 a 28 de Outubro de 2011

REQUISITOS PARA A CANDIDATURA:a) Frequência de curso de nível superior.b) Residência no Concelho de Alcoutim.

CONDIÇÕES DE CANDIDATURAA candidatura a bolseiro é feita mediante o preenchimento de Boletim fornecido pela Câmara Munici-pal, o qual deverá ser entregue na Câmara Municipal devidamente preenchido e conjuntamente com os seguintes documentos:• Atestado de residência, atestando que reside no concelho de Alcoutim, há pelo menos um ano.• Atestado comprovativo do agregado familiar.• Certidão de matrícula, passada pelo Estabelecimento de Ensino Superior.• Certidão de aproveitamento escolar do ano anterior, com indicação da média obtida, excepto nos casos em que o aluno irá frequentar o 1º ano de ensino superior.• Plano curricular onde se encontra inscrito.• Declaração do IRS do ano anterior.

Alcoutim, 16 de Agosto de 2011

O Presidente da Câmara

Dr. Francisco Augusto Caimoto Amaral

BOLSAS DE ESTUDO PARA O ENSINO SUPERIORALUNOS DO CONCELHO DE ALCOUTIM

Município de AlcoutimCâmara Municipal

AVISO

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28 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |SETEMBRO 2011

PASSATEMPOS & LAZER

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Jogo da Paciência n.º 93

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As crianças são uma parte grande da nossa alegria, mas atenção, nunca as deixe sozinhas. Esse sempre de vigilância sobre elas; perto da água do mar, dentro da banheira com água. Tenha sempre vazios baldes, alguidares e banheiras. Cuidado com o acesso a locais com água: piscinas, tanques ou poços, vede uns e/ou tape outros. Vá sempre para praias e outros locais que sejam vigiados.Usar no corpo protector solar várias vezes ao dia e chapéu para proteger do sol.

Pelo caminho correcto do Quadratim vá para junto das «CRIANÇAS»!

O pão comprado na padaria é feito basicamente com farinha, fermento, água e sal. Não precisa de mais nada, ou seja, não tem gordura. É uma fonte de energia que faz parte de uma alimen-tação saudável e deve ser consumida por todos. Já os pães de longa duração, embalados, têm uma série de outros ingredientes, como as gor-duras vegetais (hidrogenadas), com cerca de 5g por 100g de pão, isto sem falar da quanti-dade de aditivos que têm que conter. O pão não engorda, o que engorda é o que se coloca no pão, como a manteiga, o fiambre, o queijo, os patés e os chouriços; estes sim podem ser os maiores responsáveis pelo excesso de calorias. Tenha cuidado com o que põe no pão! Prefira queijos frescos e magros ou fiambre de aves, para obter uma sandes saborosa e rica em proteínas. Prefira o pão mais escuro, não tem que ser inte-gral, pode ser de cereais ou de mistura e fresco. A quantidade de pão ingerida deve corresponder ao tamanho da sua palma da mão.

O Pão

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u m a s l i n h a s p a r a a a l m a . . .

Soluções Jogo da Paciência - n.º92

Ana Brásdietista

A Guadi esteve presente nos mercados de artesanato de Monte Gordo e Vila Real, durante o mês de Agosto, onde realizou pinturas faciais como meio de sensibi-lização para o não abandono e mau trato de animais, servindo ainda esta iniciativa para angariar fundos, rever-tendo a verba das pinturas

na integra para os animais abandonados. Foi uma espécie de 2 em 1, pois alegrava-se o rosto ajudando um animal.

Recolha de 6 e 7 de Agosto ajudou a GUADI

A nossa associação agradece a todos os que colaboraram na 2ª Campanha de Recolha de Alimentos para Cães e Gatos abandonados do concelho de VRSA, que decorreu no fim-de-semana de 6 e 7 de Agosto no supermercado Pingo Doce.

Obrigada aos voluntários e a todos os que contribuiram. Um especial agradecimento à população de VRSA.

GUADI Centro de Animais Rua D. Pedro V, Nº 38 – 2º andar 8900 – 283

Vila Real de Santo António Contribuinte Nº 507 534 328

Contactos: 964773101 e [email protected] / facebook

No ano 2000 foi criado o regime de serviços mínimos ban-cários com o objectivo de combater a exclusão financeira de cidadãos com menos rendimentos. Este regime foi recente-mente alargado a todos os cidadãos que o solicitem.

Para aceder a estes serviços, os cidadãos só podem possuir uma conta. Qualquer cidadão pode solicitar ao banco que con-verta a conta já existente e transferir o respectivo saldo sem qualquer custo, ou solicitar uma conta nova, no caso de não ser cliente bancário.

A adesão por parte dos bancos aos serviços mínimos ban-cários não é obrigatória, apenas é obrigatória a divulgação destes serviços pelos aderentes e pela Segurança Social.

Os bancos que aderirem voluntariamente ao sistema não podem cobrar custos, taxas, encargos ou despesas que, anual-mente e em conjunto representem um valor superior ao equi-valente a 1% do salário mínimo nacional (ou seja, 4,85€ em 2011).

Os serviços mínimos bancários englobam a constituição, manutenção, gestão e titularidade da conta de depósito à ordem, titularidade do cartão de débito, movimentação atra-vés de caixas automáticas, homebanking e balcões. Estão autorizadas operações de depósitos, levantamentos, paga-mentos de bens e serviços, débitos directos e transferências interbancárias nacionais. Excluem-se assim as operações com produtos a crédito.

Este serviço disponibiliza também extractos trimestrais, em papel se solicitado, discriminativos dos movimentos de conta nesse período ou caderneta para o mesmo efeito.

Entre os bancos aderentes constam o Banco Comercial Por-tuguês, Caixa Geral de Depósitos, Banco Espírito Santo, Banco Santander Totta, Banco BPI, Crédito Agrícola e Caixa Econó-mica Montepio Geral.

Esta é uma boa solução para os Consumidores que ten-cionem cortar nas despesas de manutenção que os bancos cobram, pois os custos associados aos serviços mínimos são muito inferiores.

a GUADI pintou as caras para ajudar os animais

Susana Correiajurista

a DECO informa

“Tenho verificado que o meu banco tem vindo a cobrar imenso dinheiro de manutenção de conta, haverá alguma conta onde não existam estes custos?”

1) Bolivar (Venezuela)2) Dong (Vietname)3) Rublo (Rússia)4) Dinar (Iraque)5) Ren-Min-Bi Yuan (China)

6) Colón (Costa Rica)7) Lek (Albânia)8) Libra (Reino Unido)9) Sucre (Equador)10) Birr (Etiópia)11) Quetzal (Guatemala)12) Kwanza (Angola)

13) Dobra (S. Tomé e Príncipe)14) Rupa (Índia )15) Rial (Irão)16) Real (Brasil)17) Dinar (Líbia)18) Lempira (Honduras)19) Peso (México)20) Kwacha (Zambia)

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | SETEMBRO 2011| 29

u m a s l i n h a s p a r a a a l m a . . .

COLABORADORES

PortugalHá contas de somar

Há contas de subtrairHá contas de multiplicar

E ainda as de dividir

INo mundo em que vivemosNo estrangeiro ou PortugalPara todos é igualAs nossas contas fazemosSeja qual a vida que temosHá que as efectuarPara a vida governarSempre no futuro pensandoE para que vá aumentandoHá contas de somar

IIAlguns, para contas prestarNão têm sinceridadeFogem à realidadeNunca pensam em pagarDesculpas estão sempre a darPara à verdade fugirNão querem contribuirSão maus pagadoresE para esses senhoresHá contas de subtrair

IIIPara quem está ilegalAlguma lei não cumpriuQue a ela resistiuO mesmo assim anda malEm qualquer tribunalContas tem que prestarPelos crimes que praticarDeve sair da injustiçaPara ele na justiçaHá contas de multiplicar

IVPara o comercianteOs seus negócios fazerAlgo tem que perceberSeja fixo ou viajantePara não ser erranteConhecimentos deve adquirirE franqueza possuirNas compras e vendas efectuadasHá as contas já indicadasE ainda as de dividir.

Vitorino Cavaco

Os cornos da lua

Um sorriso como o sol a nascer

Giões minha terra natal!

A lua no quarto minguante,em armas se vai levantar,e mostra à Terra distante

a sua força lunar.

Passava por mim na rua,à esposa amada abraçado,punha-a nos cornos da lua,era um homem apaixonado.

Mas, fica parado na vidaa ver a vida passar:

a esposa é mais atrevidae tem pernas, quer andar.

Detesta a mediocridadee os livros vai abraçar;

as portas da Universidadeabrem-se-lhe de par em par.

Estudou, fez-se doutora,ascende a outro estatuto;

não é mais a “Chica Loura”,mulher do “Zé Conduto”.

Ao seu nível elevadoe de porte austero, elegante,

colega, moço aprumado,faz dele o seu amante.

E agora, como dizerao marido atraiçoado,

que nada mais há a fazer num casamento falhado?

O assunto é delicadomas nada há a temer;

a noite, pertence ao passadoe nova aurora vai romper.

Já desliza nos carrisa nupcial carruagem;nela, um casal feliz,

faz a sonhada viagem.

Só, o triste atravessa a praçacarpindo a desgraça sua;já nem levanta a cabeça,malditos cornos da lua!

Manuel Palma

Minha mulher meu amorOs olhos dela são a minha companhiaTenho o carinho dela não me amargou

Vejo todos os dias, mas com alegriaA voz dela quero sempre ouvir

Quero junto dela sorrirEmbora seja a grande dor de sofrer

Mas com ela sou na vida feliz

Viver com ela dia a diaSem ela não podia viver

Com todas as horas a trabalharO que um dia, aqueles vão dizer

Saudades pelo amor quem há-de Apagar no meu coração a sua luz

São como os sinais de sangueQue Cristo derramou na cruz

António V. Severo Martins

Vivo longe do marNasci e criei-me na serraEscrevo poesia popularFui feliz na minha terra!

Uma aldeia pequeninaTodos gostam de a visitarÉ serra mas sou AlgarviaGosto muito de lá estar!

É terra muito queridaTantas vezes por ela passei

Giões muito lembradaDe ela filha quero ser!

Tenho muitas saudadesDa minha querida IgrejinhaNossa Senhora da AssunçãoTanto bem me fez na vida!

Lembro os meus afilhadosRezo muito por eles

Para que Deus os abençoeE não os esquecerei!

Vivo em Castro Marim Também gosto de cá estarMas sempre com saudades

Da minha terra Natal!

Hilarina Esperança Lopes

Nasci enérgico e idealista.

Era pequeno eu sei.

Mas sempre pronto à conquista.

Por uma independência, lutei.

Entre batalhas, ao Algarve cheguei.

Queria crescer, mas uma barreira havia.

O mar! Esse é o mar que desbravei.

Não foi falso, nem fantasia.

O Cabo da Boa Esperança, dobrei.

Fui sensível, social e sentimental.

Que lindas terras conquistei.

A outras raças, disse: Sou Portugal.

Onde está a minha independência? Que sou?

Preciso de idealismo e rigor.

Fujam monstros da impureza; encerrou!...

Não quero ser enganado, tenho valor.

Será que me querem asilar?

Não, eu não quero, sou do meu povo.

Por vezes sinto vontade de gritar.

Com interioridade vou ser grande de novo.

A vida é associação e responsabilidade.

É grande o meu historial.

Lembro como comecei, fui uma realidade.

Estou com determinação. Sou Portugal.

Manual Tomaz

Contas

SonhandoDeitei-me a pensar em tiTive sonhos cor-de-rosa,Quando acordei percebiQue toda a noite vivi,Uma farsa mentirosa…

Mas acordei bem-dispostoSenhor da realidade,O sonho não paga imposto,Também não causa desgostoNem tudo que se sonha, é verdade…

Cada sonho tem a sua históriaPor vezes difícil de contarDepende daquilo que se imaginou…

Mas que fica retido na memóriaPara no dia seguinte recordarO que na noite anterior se sonhou…

Relógio

30 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |SETEMBRO 2011

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CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO MARIMA CARGO DA NOTÁRIA

MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃONos termos do art.º 100, n.º 1, do Código do Notariado, certifico que no dia três de Agosto de dois mil e onze foi lavrada neste Cartório, de folhas setenta e nove a folhas oitenta e três verso do Livro de Notas para Escrituras Diversas número Dezasseis - A, uma escritura de justificação, na qual compareceram: Maria Odete Rosa Gonçalves e marido, Alfredo da Rosa Gonçalves, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ambos naturais da freguesia de Vaqueiros, con-celho de Alcoutim, residentes em Camachos, em Castro Marim, contribuintes fiscais números 105 534 560 e 141 568 836, e pelos outorgantes foi dito que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, dos seguintes bens, todos localizados na freguesia de Vaqueiros, concelho de Alcoutim, e não descritos na Conservatória do Registo Predial daquele concelho:a) Prédio rústico sito no Corgo da Mendonça, composto por amendoeiras, cultura arvense de sequeiro e figueiras, com a área de mil quatrocentos e quarenta metros quadrados, a confrontar a Norte com José Bárbara Costa, a Sul com Francisco Guerreiro, a Nascente com Avelino Pereira e a Poente com José Alexandre Guerreiro, inscrito na respectiva matriz rústica sob o artigo 160, da secção 137, com o valor patrimonial tributável de noventa e dois euros e trinta e quatro cêntimos;b) Prédio rústico sito no Corgo da Mendonça, composto por cultura arvense de sequeiro, sobreiros e figueiras, com a área de três mil trezentos e sessenta metros quadrados, a confrontar a Norte com Avelino Pereira, a Sul com Francisco Pereira, a Nascente com Manuel António e a Poente com José Alexandre Guerreiro, inscrito na respectiva matriz rústica sob o artigo 131, da secção 137, com o valor patrimonial tributável de setenta e dois euros e cinquenta e sete cêntimos;c) Prédio rústico sito na Várzea Longa, composto por mato e cultura arvense, com a área de três mil e oitenta metros quadrados, a confrontar a Norte com Maria Rita, a Sul com José Alexandre Guerreiro, a Nascente com Marquelino José Agostinho e a Poente com António Guerreiro, inscrito na respectiva matriz rústica sob o artigo 59, da secção 110, com o valor patrimonial tributável de quarenta e dois euros e cinquenta e cinco cêntimos;d) Prédio rústico sito em Guinhos, composto por cultura arvense e mato, com a área de mil novecentos e cinquenta metros quadrados, a confrontar a Norte com José Alexandre Guerreiro, a Sul com António Teixeira Maria, a Nascente com Linha de água e a Poente com António Guerreiro, inscrito na respectiva matriz rústica sob o artigo 163, da secção 099, com o valor patrimonial tributável de vinte e três euros e trinta e um cêntimos;e) Prédio rústico sito na Horta Velha, composto por cultura arvense de sequeiro e oli-veiras, com a área de quatrocentos e quarenta metros quadrados, a confrontar a Norte com José Alexandre Guerreiro, a Sul com Francisco Pereira, a Nascente com António Guerreiro e a Poente com Florentino António Pereira, inscrito na respectiva matriz rús-tica sob o artigo 316, da secção 110, com o valor patrimonial tributável de trinta e um euros e oito cêntimos;f) Prédio rústico sito no Pombal da Eira, composto por amendoal, com a área de seis-centos e dez metros quadrados, a confrontar a Norte, a Sul e a Nascente com Manuel Guerreiro e a Poente com Via Pública, inscrito na respectiva matriz rústica sob o artigo 124, da secção 110, com o valor patrimonial tributável de quarenta e cinco euros e trinta e oito cêntimos;g) Prédio rústico sito nas Eirinhas de Baixo, composto por mato, citrinos, horta, amendoal, cultura arvense e leitos de curso de água com a área de quatro mil quatrocentos e vinte metros quadrados, a confrontar a Norte com José Alexandre Guerreiro, a Sul com Manuel Guerreiro, a Nascente com José António e a Poente com Manuel José Teixeira, inscrito na respectiva matriz rústica sob o artigo 245, da secção 099, com o valor patrimonial tributável de duzentos e setenta e dois euros e dez cêntimos;h) Prédio rústico sito na Várzea da Vinha, composto por cultura arvense, sobreiros e leitos de curso de água com a área de duzentos e noventa metros quadrados, a confrontar a Norte com Ribeira, a Sul com Via Pública, a Nascente com José António e a Poente com Manuel Jacinto Teixeira, inscrito na respectiva matriz rústica sob o artigo 40, da secção 097, com o valor patrimonial tributável de vinte e três euros e sessenta e seis cêntimos;i) Prédio rústico sito em Guinhos, composto por cultura arvense, com a área de dois mil trezentos e sessenta metros quadrados, a confrontar a Norte e a Nascente com Linha de água, a Sul com Virgílio António Teixeira e a Poente com Marquelino José Agostinho, inscrito na respectiva matriz rústica sob o artigo 33, da secção 109, com o valor patrimonial tributável de trinta e quatro euros e sete cêntimos;j) Prédio rústico sito na Soalheira dos Cansados, composto por cultura arvense e mato, com a área de dois mil e oitocentos metros quadrados, a confrontar a Norte com Virgílio António Teixeira, a Sul com Manuel Domingos Neto, a Nascente com António Francisco Martinho e a Poente com José António Martins, inscrito na respectiva matriz rústica sob o artigo 111, da secção 100, com o valor patrimonial tributável de vinte e quatro euros e cinquenta e cinco cêntimos;k) Prédio rústico sito na Corga das Oliveiras, composto por amendoeiras, cultura arven-se, figueiras e oliveiras, com a área de mil e sessenta metros quadrados, a confrontar a Norte com José Alexandre Guerreiro, a Sul com Manuel Gonçalves João, a Nascente com José Pereira e a Poente com Manuel Guerreiro, inscrito na respectiva matriz rústica sob o artigo 130, da secção 110, com o valor patrimonial tributável de quarenta e cinco euros e noventa e um cêntimos;l) Prédio rústico sito nas Eirinhas de Baixo, composto por amendoeiras e cultura arvense, com a área de dois mil novecentos e sessenta metros quadrados, a confrontar a Norte e Nascente com José Alexandre Guerreiro, a Sul com Marquelino José Agostinho e a Poente com Maria Rita, inscrito na respectiva matriz rústica sob o artigo 27, da secção 110, com o valor patrimonial tributável de oitenta e um euros e quarenta cêntimos;m) Prédio rústico sito no Serro da Eira, composto por cultura arvense, com a área de dois mil quinhentos e sessenta metros quadrados, a confrontar a Norte com José António Guerreiro, a Sul com Manuel José, a Nascente com José Albino Domingos e a Poente com Albino Domingos, inscrito na respectiva matriz rústica sob o artigo 251 da secção 110, com o valor patrimonial tributável de trinta e sete euros e oito cêntimos;n) Prédio rústico sito na Horta da Ribeira, composto por mato, citrinos, horta, cultura arvense, oliveiras e leitos de curso de água, com a área de duzentos e dez metros quadra-dos, a confrontar a Norte com Ribeira, a Sul com Via Pública, a Nascente com Henrique Martins Teixeira e a Poente com João António Pereira, inscrito na respectiva matriz rústica sob o artigo 28 da secção 095, com o valor patrimonial tributável de cinquenta e três euros e cinquenta e um cêntimos;o) Prédio rústico sito no Serro da Fonte Velha, composto por cultura arvense e figueiras, com a área de três mil seiscentos e sessenta metros quadrados, a confrontar a Norte com Joaquim Pereira, a Sul com Laurinda Maria Teixeira, a Nascente com José Alexandre Guerreiro e a Poente com Custódio Lourenço, inscrito na respectiva matriz rústica sob o artigo 145 da secção 110, com o valor patrimonial tributável de sessenta e um euros e sessenta e três cêntimos;p) Prédio rústico sito no Vale Grande, composto por cultura arvense de sequeiro e oli-veiras, com a área de quatrocentos e quarenta metros quadrados, a confrontar a Norte com Gualdino Pereira, a Sul com José Domingos, a Nascente com Manuel Joaquim e a Poente com Linha de água, inscrito na respectiva matriz rústica sob o artigo 78 da secção 113, com o valor patrimonial tributável de cinquenta e cinco euros e setenta e nove cêntimos;q) Prédio rústico sito na Estrada Velha, composto por mato e cultura arvense, com a área de dois mil e quatrocentos metros quadrados, a confrontar a Norte e a Nascente com José Gonçalves, a Sul com Manuel António e a Poente com José Anica Marta, inscrito na respectiva matriz rústica sob o artigo 181 da secção 112, com o valor patrimonial tributável de trinta e dois euros e trinta e dois cêntimos;r) Prédio rústico sito na Fonte Velha, composto por amendoeiras e cultura arvense de sequeiro, com a área de duzentos e oitenta metros quadrados, a confrontar a Norte com Francisco Guerreiro, a Sul com José Manuel Conceição, a Nascente com Manuel Martins e a Poente com José Albino Domingos, inscrito na respectiva matriz rústica sob o artigo 72 da secção 135, com o valor patrimonial tributável de quarenta e dois euros e trinta e sete cêntimos;s) Prédio rústico sito em Galego, composto por amendoeiras, cultura arvense e amendoal, com a área de duzentos metros quadrados, a confrontar a Norte com Via Pública, a Sul com Nuno Filipe Afonso Rosa, a Nascente com Jacinto Mestre Teixeira Rodrigues e a Poente com Manuel José Justo, inscrito na respectiva matriz rústica sob o artigo 98 da secção 097, com o valor patrimonial tributável de trinta e nove euros e vinte e um cêntimos;t) Prédio rústico sito no Barranco da Barradinha, composto por vinha, mato, amendoeiras, cultura arvense, oliveiras e leitos de curso de água, com a área de sete mil trezentos e sessenta metros quadrados, a confrontar a Norte com Barranco, a Sul com Manuel Jacinto Teixeira, a Nascente com Linha de água e a Poente com Manuel Custódio, inscrito na respectiva matriz rústica sob o artigo 134 da secção 097, com o valor patrimonial tributável de cento e sessenta e oito euros e sessenta e três cêntimos;u) Prédio rústico sito em Galego, composto por cultura arvense, oliveiras e mato, com a área de dois mil quinhentos e sessenta metros quadrados, a confrontar a Norte com Manuel Francisco Teixeira, a Sul com Manuel António Marta, a Nascente com Nuno Filipe Afonso Rosa e a Poente com Manuel António, inscrito na respectiva matriz rústica sob o artigo 88 da secção 097, com o valor patrimonial tributável de cinquenta e nove euros e oitenta e seis cêntimos;v) Prédio rústico sito em Malhadis Galego, composto por alfarrobeiras, amendoeiras,

cultura arvense, citrinos e oliveiras, com a área de trezentos e sessenta metros quadra-dos, a confrontar a Norte com Manuel António, a Sul com Manuel Teixeira, a Nascente com Barranco e a Poente com Maria Catarina, inscrito na respectiva matriz rústica sob o artigo 146 da secção 097, com o valor patrimonial tributável de duzentos e onze euros e setenta e um cêntimos;w) Prédio rústico sito no Barranco da Barradinha, composto por cultura arvense, mato, vinha, citrinos, horta e leitos de curso de água, com a área de mil e oitocentos metros quadrados, a confrontar a Norte com Maria Inácia Justo, a Sul com Deolinda Horta Silva Pereira, a Nascente com Barranco e a Poente com João António Martins Justo, inscrito na respectiva matriz rústica sob o artigo 128 da secção 097, com o valor patrimonial tributável de cento e noventa e dois euros e sessenta e cinco cêntimos;x) Prédio urbano sito em Alcarias, composto por edifício térreo, com três divisões e logra-douro, destinado a habitação, com a área total de cento e trinta e cinco vírgula oitenta e sete metros quadrados, dos quais noventa e quatro vírgula cinquenta e cinco são de área coberta, a confrontar a Norte e Nascente com Via Pública, a Sul com Florentino António Pereira a Poente com José Alexandre Guerreiro, inscrito na respectiva matriz urbana sob o artigo 1659, com o valor patrimonial tributável de dois mil seiscentos e sessenta e quatro euros e vinte e cinco euros.y) Prédio rústico sito em Galego, composto por alfarrobeiras, amendoeiras, cultura arvense e oliveiras, com a área de mil seiscentos e oitenta metros quadrados, a confrontar a Norte com Via Pública, a Sul com Virgílio António Teixeira, a Nascente com Manuel José Justo e a Poente com Francisco Guerreiro António, inscrito na respectiva matriz rústica sob o artigo 90 da secção 097, com o valor patrimonial tributável de trezentos e sessenta e cinco euros e quinze cêntimos;z) Prédio rústico sito na Horta Velha, composto por cultura arvense, com a área de cento e sessenta metros quadrados, a confrontar a Norte com Gracinda Inácia Justo, a Sul com Manuel Custódio, a Nascente com Henrique Martins Teixeira e a Poente com Manuel José da Conceição, inscrito na respectiva matriz rústica sob o artigo 130 da secção 097, com o valor patrimonial tributável de dois euros e trinta cêntimos;aa) Prédio rústico sito em João Cavalo, composto por mato, vinha e cultura arvense, com a área de doze mil e oitocentos metros quadrados, a confrontar a Norte com Manuel Ja-cinto, a Sul e Nascente com Henrique Martins Teixeira e a Poente com Manuel José Justo, inscrito na respectiva matriz rústica sob o artigo 37 da secção 098, com o valor patrimonial tributável de trezentos e catorze euros e sessenta e cinco cêntimos;Que atribuem aos prédios acima referidos os respectivos valores patrimoniais, calculados para efeitos de IMT e de Imposto do Selo, pelo que somam os mesmos o valor global de cinco mil e noventa euros e três cêntimos.Que os referidos prédios lhes pertencem, por os terem adquirido por doação verbal, nunca reduzida a escrito, feita à primeira outorgante mulher, já no estado de casada, em data imprecisa do ano de mil novecentos e noventa, por seus pais, Ramiro António e mulher, Maria Custódia, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes em Alcarias, freguesia de Vaqueiros, concelho de Alcoutim, actualmente já falecida.E que, sem qualquer interrupção no tempo, desde então, portanto há mais de vinte anos, têm estado os justificantes na posse dos referidos prédios, cuidando da sua manutenção, arando suas terras, colhendo os seus frutos, pagando contribuições e impostos, enfim usufruindo-os no gozo pleno de todas as utilidades por eles proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que os justificantes adquiriram os prédios por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, títulos extrajudiciais normais capazes de provar o seu direito.Está conforme o original. Castro Marim, aos 3 de Agosto de 2011.

A Colaboradora,

(Ana Rita Guerreiro Rodrigues)(Colaboradora inscrita sob o n.º 400/1, conforme despacho de autorização da Notária Maria do Carmo Correia Conceição, publicado a 01.02.2011, no portal da Ordem dos Notários, nos termos do disposto no artigo 8º do Estatuto do Notariado e da Portaria n.º 55/2011, de 28 de

Janeiro)

Conta registada sob o n.º 11/08 Factura / Recibo n.º 2226

Jornal do Baixo Guadiana, 01 Setembro 2011

CARTÓRIO NOTARIALNOTÁRIA

MARIA LÚCIA GONÇALVES LOPESNos termos do Art°, nº1 do Código do Notariado aprovado pelo Decreto Lei 207/95 de 14 de Agosto, faço saber que no dia 1 de Agosto do corrente, foi lavrada uma Escritura de Justificação a folhas cento e vinte e quatro do Livro de Notas número Cento e Cinquenta e Dois, na qual António Martins, natural da freguesia de Martim Longo, concelho de Alcoutim, casão com Maria da Luz Silva Pereira Moreno Martins sob o regime da comunhão de adquiridos, residente no sítio dos Caliços, caixa postal 907-Z, Conceição, 8005-446 Faro, contribuinte número 107 418 886, justifica ser

dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrém de:

um PRÉDIO URBANO, composto de um piso com várias divisões, destinado a habitação, com a área de sessenta e sete vírgula sessenta metros quadrados,

sito em Lotão, freguesia de Martim Longo, concelho de Alcoutim,a confrontar do norte com Bartolomeu Filipe, do sul com Arménio Pereira Guerreiro,

do nascente e poente com rua, inscrito na respectiva matriz em nome do justificante marido sob o artigo 2867, com

o valor patrimonial actual de 6.070,00 euros, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Alcoutim,

ao qual atribui o valor de seis mil e setenta euros. Que o referido prédio veio à sua posse por doação verbal feita por seus pais Martinho José e Lucinda Maria Martins, já falecidos, residentes que foram no referido sítio do Lotão, em data que não pode precisar do ano de mil novecentos e setenta e oito,

então solteiro, maior, não tendo a doação sido reduzida a escritura pública.Que desde aquela data, ele justificante, entrou na posse do referido prédio, sem a menor oposição de quem quer que fosse desde o seu início, posse que sempre exerceu sem interrupção e ostensivamente, com conhecimento de toda a gente, cuidando da manutenção do prédio, habitando-o, pagando os respectivos impostos, sendo por isso uma posse pública, pacífica e contínua e por durar há mais de vinte

anos adquiriu o prédio por usucapião.

ESTÁ CONFORME O ORIGINAL NA PARTE TRANSCRITA

Cartório Notarial de Faro da Notária Maria Lúcia Gonçalves Lopes, um de Agosto de dois mil e onze.

A Colaboradora(Florbela Baranito Faísca)

(Florbela Baranito Faísca, inscrita na Ordem dos Notários com o nº 97/1, autorizada pela Notária Maria Lúcia Gonçalves Lopes nos termos do nº1 do artº 8º do Decreto-Lei nº 26/2004 de 4 de Fevereiro e Portaria nº 55/2011 de 28 de Janeiro, autorização

publicitada no sítio da Ordem dos Notários em 31 de Janeiro de 2011).

Jornal do Baixo Guadiana, 01 Setembro 2011

CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO MARIMA CARGO DA NOTÁRIA

MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃONos termos do artigo 100º, número 1, do Código do Notariado, certifico que no dia dezassete de Agosto de dois mil e onze foi lavrada neste Cartório, de folhas cento e um a folhas cento e três do livro de notas para escrituras diversas número dezasseis-A, uma escritura de justificação, na qual Carlos Alberto Guerreiro Pereira e mulher, Maria de Fátima Cardoso Alves Pereira, casados sob o regime de comu-nhão de adquiridos, naturais, ele da freguesia e concelho de São Brás de Alportel, ela da freguesia de Padrela, concelho de Valepaços, residentes em 96 King Street, Toronto, Ontário, M9N-1, L 3, Canadá, contribuintes fiscais números 186 477 600 e 212 753 568, Diamantino Mateus dos Santos e mulher, Maria da Conceição Lourenço Mateus dos Santos, casados sob o regime de comunhão de adquiridos, naturais ele da freguesia de Cumeeira, concelho de Penela, ela da freguesia de Torre, concelho de Ansião, residentes na Rua Luz Soriano, número 12, 2º direito, em Linda-a-Velha, contribuintes fiscais números 117 604 518 e 117 604 500, e Maria Margarida Justo Pereira e marido, Mário dos Santos Parra da Silva, casados sob o regime de comunhão de adquiridos, naturais, ela da freguesia de São Cristóvão e São Lourenço, concelho de Lisboa, ele da freguesia e concelho de Vila Real de Santo António, residentes na Rua Andrade Corvo, número 33, 6º andar, em Lisboa, contribuintes fiscais números 112 247 725 e 112 247 733, declararam ser donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, na proporção de um terço para cada um dos referidos casais, com exclusão de outrem, do prédio urbano sito na Manta Rota, na freguesia de Vila Nova de Cacela, concelho de Vila Real de Santo António, composto por parcela de terreno com nora, com a área quarenta e cinco vírgula dez metros quadrados, a confrontar a Norte e a Poente com caminho/serventia, a Sul e a Nascente com Elídio Guerreiro Pereira, não descrito na Conservatória do Registo Predial daquele concelho, inscrito na respectiva matriz urbana sob o artigo 7962, com o valor patrimonial tributável de 4.630,00 euros.Que o direito a um terço do referido prédio entrou na posse dos primeiros outorgan-tes por doação verbal, nunca reduzida a escrito, em data imprecisa do ano de mil novecentos e oitenta e nove, feita pelos pais do outorgante marido, Elídio Guerreiro Pereira e mulher, Maria Ester Guerreiro Pereira, casados sob o regime da comunhão geral, residentes em 96 King Street, Toronto, Ontário, Canadá;Que o direito a um terço do referido prédio entrou na posse dos segundos outor-gantes por compra verbal, nunca reduzida a escrito, em data imprecisa do ano de mil novecentos e oitenta e nove, feita a José Augusto e mulher, Emília da Conceição Augusto, casados sob o regime da comunhão geral, residentes na Manta Rota, Vila Nova de Cacela, já falecidos.Que por sua vez, o direito à restante parte do dito prédio entrou na posse dos terceiros outorgantes por partilha verbal, nunca reduzida a escrito, em data imprecisa do ano de mil novecentos e oitenta e três, efectuada com os demais interessados, por óbito do pai da outorgante mulher, João Aníbal Pereira, casado que foi com Augusta da Conceição Natália Justo Pereira sob o regime da comunhão geral, residente que foi na Rua Carlos Mardel, nº113, 3º direito, em Lisboa.E que, sem qualquer interrupção no tempo, desde então, portanto há mais de vinte anos, têm estado os justificantes na posse do referido prédio, na proporção dos referidos direitos, colhendo os seus frutos, capturando suas águas, cuidando da sua manutenção, oagando contribuições e impostos, enfim usufruindo-o no gozo pleno de todas as utilidades por ele proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que os justificantes adquiriram o referido prédio por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, títulos extrajudiciais normais capazes de provar o seu direito.Está conforme o original.

Castro Marim, aos dezassete de Agosto de dois mil e onze.A Notária,

[Lic. Maria do Carmo Correia Conceição]

Conta registada sob o número: 51/08

Jornal do Baixo Guadiana, 01 Setembro 2011

CARTÓRIO NOTARIAL DE OLHÃORua Patrão Joaquim Casaca, lote 1, r/c,

Notário Lic. António Jorge Miquelino da SilvaCertifico narrativamente para efeito de publicação que por escritura de 10 de Agosto de 2011, exarada a folhas 146 do livro de notas deste Cartório número 82-A, MANUEL JOAQUIM GONÇALVES e mulher GUIDA MARIA GASPAR DA PALMA GONÇALVES, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ele natural da freguesia de Vaqueiros, ela natural da freguesia de Martinlongo, ambas do concelho de Alcoutim, residentes em Mar e Guerra, Cx. Postal 208-Z, freguesia de São Pedro, concelho de Faro, contribuintes fiscais números 159 946 000 e 181 894 700, declaram que o justificante marido é dono e legitimo possuidor, com exclusão de outrém, dos seguintes prédios urbanos, sitos na freguesia de Vaqueiros, concelho de Alcoutim e não descritos na Conservatória do Registo Predial de Alcoutim:Verba UmPrédio sito em Zambujal, composto por habitação com vários compartimentos e logradouro, com a área coberta de cento e trinta e oito metros quadrados e descoberta cento e sessenta e dois metros quadrados, a confrontar do Norte com Herdeiros de José Rosa, via pública e outros, do Sul com Herdeiros de Manuel Joaquim e António Jerónimo, do Nascente com Herdeiros de António Rosa e outros e do Poente com Herdeiros de António de Palma e outros, inscrito na matriz, em nome de António Colaço (cabeça de casal), sob o artigo 473, a qual se encontra pendente de actualizações, com o valor patrimonial tributável de quatrocentos e cinquenta e dois euros e sessenta cêntimos, a que se atribuem igual valor;

Verba DoisPrédio sito em Zambujal, composto por arrumos e logradouro, com a área coberta de dezasseis metros quadrados e descoberta de quatro metros quadrados, a confrontar do Norte e do Nascente com via pública, do Sul com Manuel Cavaco e do Poente com Manuel Francisco Pinto, inscrito na matriz em nome de António Colaço (cabeça de casal), sob o artigo 483, a qual se encontra pendente de actualização, com o valor patrimonial tributável de oitenta e um euros e vinte e seis cêntimos, a que se atribuem igual valor;

Verba TrêsPrédio sito em Mesquita, composto por arrumos e logradouro, com a área desco-berta de duzentos e vinte e dois metros quadrados e coberta vinte e seis metros quadrados, a confrontar do Norte com Herdeiros de Manuel Claudino Horta e via pública, do Sul com Herdeiros de Manuel Claudino Horta e outros, do Nascente com Herdeiros de João Teixeira e do Poente com via pública e outros, inscrito na matriz em nome de José Joaquim (cabeça de casal), sob o artigo 231, a qual se encontra pendente de actualização, com o valor patrimonial tributável de oitenta e um euros e vinte e seis cêntimos, a que atribuem igual valor.Que o justificante marido entrou na posse dos referidos prédios, no estado de solteiro, ainda menor, os das verbas um) e dois) por doação meramente verbal e nunca reduzida a escritura, em data imprecisa do ano de mil novecentos e sessenta e dois, feita por seu bisavô, António Colaço, viúvo, residente que foi no sítio de Zambujal. Freguesia de Vaqueiros, concelho de Alcoutim, já falecido, e o da verba três) por doação meramente verbal e nunca reduzida a escritura, em data imprecisa do ano de mil novecentos e sessenta, feita por seu bisavô, José Joaquim Iria, viúvo, residente que foi no sítio da Mesquita, freguesia de Vaqueiros, concelho de Alcoutim e já falecido; e que sem qualquer interrupção no tempo, desde então, portanto há mais de vinte anos, tem estado ele, justificante, na posse dos mencionados prédios, cuidando da sua manutenção, habitando-os e utilizando-os, enfim, extraindo todas as utilidades por eles proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que adquiriu os mencionados prédios por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, título extrajudicial normal capaz de provar o seu direito.Está conforme:Cartório Notarial de Olhão sito na Rua Patrão Joaquim Casaca, lote 1, r/c, aos 10 de Agosto de 2011.

Por delegação do Notário, artº 8/2 DL 26/2004, de 04/02,A Colaboradora autorizada aos 01.02.2011

(Natália Estêvão Gonçalves Cachaço Rocha – ON nº 222/2Conta Registada sob o nº 1599

Jornal do Baixo Guadiana, 01 Setembro 2011

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | SETEMBRO 2011| 31

DESPORTO

Futebolândia

Sejam bem-vindos a mais um Futebolândia!

Início de campeonato e tudo na mesma. Porto líder, Benfica logo na primeira jornada saiu de Barcelos com um galo (sorte não ter sido nas Caldas da Rainha), e Sporting «na mesma como a lesma»; nem deviam jogar com balizas!

Godinho Lopes, presidente do Sporting ficou logo chateado na primeira jornada com a arbitragem frente ao Olhanense... Tadinho, veio a público mostrar a dor que lhe ia na alma; resultado: colocaram um árbitro dos distritais de Aveiro a apitar o jogo (diga-se, em abono da verdade, que deu uma lição a Proenças e Benquerenças e afins). A próxima vez que se queixar acre-dito que quem vai apitar será um árbitro de ténis de mesa; já não há consideração...!

Zoro, antigo jogador do Benfica disse, e passo a citar: «o Benfica é grande mas é liderado por gente pequena». Será que está a dirigir-se ao Chalana? É o mais pequeno que lá vejo., mas o Chalana não pertence à direcção. Disse também que o presi-dente do Benfica lhe tinha dito para perder peso porque estava gordo;. Acho, que deveria era aprender a jogar futebol. Nem sei como joga-dores destes chegam aos «grandes» do futebol português, vindos não sei de onde. Tendo cá jogadores como os da selecção de sub-20 que fica-ram em segundo lugar no mundial da categoria.... Já tentei e não consigo entender...

Por fim, gostaria de dar os para-béns ao Ricardo Mestre, ciclista de Castro Marim, que venceu a edição deste ano da «Volta a Portugal»., perdão a «Volta ao Norte», porque se não há etapas no Alentejo e no Algarve não se pode considerar volta a Portugal... Mas colocando isso de lado, foi uma grande vitória para o ciclismo algarvio. Deve ser difícil engolir lá para os lados da capital, que a equipa de Tavira vença a volta por equipas e que Ricardo Mestre, mais um algarvio, vença uma prova que nem vem ao Algarve. Secalhar é mais importante trazer a cantar ao Algarve a Norma Winstone ou o Gyula Szilágyi - que a maioria dos portugueses nem sabe quem são - do que uma ou duas etapas da «Volta a Portugal» em bicicleta.

Enfim é este Portugal que temos.

Como diria o Batatinha: “beijos, abraços e muitos palhaços!”

Eusébio Costa, radialista e licenciado em ciências da comunicação

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crónica

Secção de Atletismo do Glória assinalou aniversário

Subida e Descida do Guadiana contou com 100 embarcações

A 19 de Junho o Glória comemo-rou 92 anos de vida e Júlio Brito, presidente deste clube, assinala ao JBG o primeiro ano de vida da secção de Atletismo. Referindo que “é importante festejar a longevi-dade”, mencionando ainda que “há que estar de braços bem abertos para acolher novas modalidades que fazem renascer o nosso clube”. “Satisfeito” com a dinâmica que o atletismo tem tido no clube, garante que em média participam

Decorreu entre 20 e 21 de Agosto 27.ª edição da «Subida e Descida Interna-cional do Guadiana», em vela. Este ano foram cerca de 100 embarcações a invadir o Guadiana internacional e, apesar do tempo não ter sido ameno - pela primeira vez na história desta corrida contou com chuva – a festa da vela fez-se.A prova, disputada entre Ayamonte, Vila Real de Santo António e Alcoutim, é organizada pela Associação Naval do Guadiana e pelo Club Nautico Isla Canela (de Ayamonte, Espanha). Este ano, a classe Optimist foi a que contou com uma maior participação, com os jovens velejadores, dos 7 aos 14 anos a serem a principal animação do evento.Esta prova representa um misto de com-petição, diversão, animação e intercâm-bio cultural. A componente de animação esteve a cargo da câmara municipal de Alcoutim, que organizou o jantar, servido na Estalagem do Guadiana, seguido de

em duas provas por mês, desta-cando Júlio Brito a participação na famosa «X Milhas do Guadiana» em que o Glória se fez represen-tar por 12 atletas, “tendo o nosso mais veterano, Gualdino Lourenço, com 71 anos, concluído a prova com um excelente tempo”, frisa o responsável.

Subida ao pódio

Apesar de ser uma secção jovem

tem atletas que já tiveram a oportuni-dade de conhecer o sabor do pódio. Com destaque para a «Carrera da Praia de Mazágon-Huelva em Julho» deste ano em que o Glória obteve o primeiro lugar nos escalões 40-44 e 45-49 e o terceiro lugar no escalão 50-99 com um atleta de 70 anos.

Os veteranos estão a dar que falar pelos melhores motivos na secção de atletismo do Glória Futebol Clube, mas Júlio Brito faz questão de afir-mar que “começaram a integrar a equipa alguns atletas mais jovens que trouxeram mais alegria e camaradagem ao nosso grupo”.

um concerto na Praça do Município e da festa da espuma no cais da vila.

Classificação:Optimist1.º – Tiago Serra (CVL)2.º – Jack Cookson (CVL)3.º – Francisco Pedro (ANG)Laser 4.71.º – João Rodrigues (CVL)2.º – Armando Carrasco (CNRP)3.º – Miguel Cabrera (CNIC)Laser Radial1.º – Tiago Borba (CVL)2.º – Filipe Pedro (ANG)3.º – Inês Sobral (ANG)Clubes1.º – CVL2.º – ANG3.º – CNIC

Secção de Atletismo já atingiu o pódio com os veteranos

Festa da vela juntou participantes de Portugal e Espanha

Depois de um início em Agosto de 2010 a secção de atletismo do Glória Futebol Clube comemorou no mês passado um ano de existência. Em média tem participado em duas provas por mês.

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32 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |SETEMBRO 2011

Em casa, quando ferver água, utilize pre-ferencialmente uma chaleira ou coloque sempre a tampa se utilizar uma panela, isto de forma a não gastar e desperdiçar energia desnecessariamente. Não esqueça; quando estiver a aquecer um qualquer alimento, coloque a tampa para poupar energia e para cozinhar/aquecer com maior celeridade.

Apesar de Alcoutim ser dos concelhos do país onde os fornecedores vêem saldadas as suas facturas em tempo recorde; onde a crise não estrangula as finanças do município e onde “o passo é dado à medida da perna”, tal como afirmou já por diversas vezes Francisco Amaral, presidente da câmara municipal, as famosas festas de Alcoutim têm este ano duração e orçamento reduzidos. “Porque é preciso poupar”, sublinha F. Amaral e porque acredita “que em tempo de crise é preciso dar o exemplo”.

Em Setembro, de 9 a 11, Alcoutim vai rece-ber os seus três dias de festa, o feriado munici-pal e muita animação. A tradição da discoteca até ao amanhecer e o cacau quente à beira rio pelas 8 horas da manhã vão marcar presença e o edil alcoutenejo diz até que “nessa altura não há animação que resista à festividade que se vive em Alcoutim”.

A pacata vila à beira-Guadiana vai ser inun-dada de forasteiros que nesses dias festejam em grande as festas locas. Já os filhos da terra prometem dar o que têm de melhor a quem os visita.

Festa de Alcoutim passa de 5 para 3 dias

Cartoon ECOdica

Sotavento Algarvio

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Viagem Solidária terminou em VRSA. José Figueiredo percorreu 1700 km de bicicleta para sensibilizar para a necessidade de uma ala pediátrica.

Entre cortes, adiamento de Hospital Central e introdução das portagens surge a informação que o Algarve tem a crise mais profunda. Que mais sacrifícios vão ainda ser impostos?!

Ricardo Mestre levou longe o nome da Cortelha e de Castro Marim. Venceu a «Volta a Portugal» e deixou orgulhosos todos os amigos, familiares e admiradores do ciclismo.

Crise obriga à redução da duração das afamadas festas da vila. Festejos decorrem de 9 a 11 de Setembro.

C M ALCOuTIM