jornal do baixo guadiana - edição janeiro 2011

32
Director: Carlos Luis Figueira Propriedade da Associação ODIANA Fundado pela Associação Alcance em 2000 Jornal Mensal Ano 10 - Nº128 PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS Autorizado a circular em invólucro fechado de plástico ou papel Pode abrir-se para verificação postal JANEIRO 2011 PREÇO: 0,85 EUROS Guadiana Baixo Baixo Guadiana JORNAL DO ALCOUTIM Estão a ser feitas análises clínicas ao domicílio. Uma clínica privada em parceria com autarquia apoia famílias na serra e até os resultados são levados a casa. > P 11 CASTRO MARIM A freguesia de Odeleite vai ter um «Centro de Intervenção, Desenvolvimento e Apoio». As obras do CIDAFO deverão arrancar ainda em 2011. VRSA A iniciativa «VRSA a Sorrir» ajudou já 115 pessoas. A Saúde oral custa 300 mil euros anuais e o «Pingo Doce» contribuiu com 150 mil. > P 22 > P 10 PUB

Upload: associacao-odiana

Post on 28-Mar-2016

298 views

Category:

Documents


66 download

DESCRIPTION

Edição Janeiro 2011 Balanço 2010, Previsões 2011

TRANSCRIPT

Page 1: Jornal do Baixo Guadiana - Edição Janeiro 2011

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JANEIRO 2011 | 1

Director: Carlos Luis FigueiraPropriedade da Associação ODIANA Fundado pela Associação Alcance em 2000

Jornal Mensal

Ano 10 - Nº128PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS

Autorizado a circular em invólucrofechado de plástico ou papel

Pode abrir-se para verificação postal

JANEIRO 2011

PREÇO: 0,85 EUROS

GuadianaBaixoBaixo

Guadiana

JORNALDO

ALCOUTIMEstão a ser feitas análises clínicas ao domicílio. Uma clínica privada em parceria com autarquia apoia famílias na serra e até os resultados são levados a casa.

> P 11

CASTRO MARIMA freguesia de Odeleite vai ter um «Centro de Intervenção, Desenvolvimento e Apoio». As obras do CIDAFO deverão arrancar ainda em 2011.

VRSAA iniciativa «VRSA a Sorrir» ajudou já 115 pessoas. A Saúde oral custa 300 mil euros anuais e o «Pingo Doce» contribuiu com 150 mil.

> P 22

> P 10

pub

Page 2: Jornal do Baixo Guadiana - Edição Janeiro 2011

2 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JANEIRO 2011

Em Tempo de Balanço

R: Isto não vai haver melhoras. Esta crise é mais complicada porque não há dinheiro a circular. Fui criado na ditadura, mas tinhamos para comer. Desde que surgiu o Euro que o dinheiro perdeu o valor.

Director:Carlos Luis Figueira

Sub-Director:Vítor Madeira

Chefe de Redacção:Susana de Sousa

Redacção:Antónia-Maria,Carlos brito,Joana Germano,Victoria Cassinello

Colaboradores da Edição:Ana brásAna Lúcia GonçalvesEusébio CostaHumberto FernandesJoão RaimundoOsório SantosRui RosaSusana CorreiaAssociação AlcanceAssociação Guadie Associação Odiana

Departamento Comercial:[email protected]

Sede:Rua 25 de Abril, N.º 1Apartado 21 8950-909Castro MarimTel: 281 531 171Fax: 281 531 080

Redacção:Rua 25 de Abril, N.º 1Apartado 21,8950-909 CASTRO MARIM281 531 171966 902 [email protected]

Propriedade:Associação OdianaRua 25 de Abril, N.º 1Apartado 21,8950-909 CASTRO MARIMTel: 281 531 171Fax: 281 531 [email protected]

Pessoa Colectiva:504 408 755

Direcção Executiva:Associação Odiana

Design:Daniela VazLaura Silva Rui Rosa

Paginação:Daniela VazRui Rosa

Impressão:postal do Algarve, LdaRua Dr. Silvestre Falcão,nº 13 C8800-412 TAVIRATel: 281 320 900

Tiragem desta edição:4.000 exemplares

Registo no ICS:n.º 123554

Depósito legal:n.º 150617/00

O sentimento de incerteza quanto ao que nos pode oferecer este ano 2011, ou os próximos, é talvez aquele que mais generalizada-mente é sentido pela maioria dos portugueses. Há múltiplas razões para que tal aconteça. O ano que findou não deixou gratas recorda-ções. Foram bastantes os que per-deram emprego e viram de supetão degradar-se as condições de vida. A economia não arrancou como se esperava e se não andámos para trás também não se assinalam sinais significativos de progresso sustentado. E, sendo certo que a crise é global, permanece a sen-sação que fizemos pouco para nos defendermos do apertado cerco que nos impõem. Pressente-se que não há rumo a não ser para pena-lizar os mais fracos.

No Algarve, região irresponsa-velmente retirada de zona priori-tária, com todas as consequências negativas que de tal decisão já sen-timos, designadamente quanto ao acesso a fontes mais alargadas de fundos comunitários, no ano que passou, marcámos passo. Com o sector imobiliário em recessão e quebras na operação turística, assistimos ao encerramento tempo-rário de hotéis, num percurso que se imaginava não poder repetir-se. A operação de promoção externa dos recursos turísticos sofre nova alteração num processo cujo rumo não se entende, com a ERTA (Entidade Regional de Turismo do Algarve) a figurar como um fan-tasma no seio de uma tempestade que pulveriza recursos e atomiza estruturas.

As obras públicas assinaladas como prioritárias não arrancaram. Casos, entre outros, da remodela-

ção da EN 125, da construção do novo hospital central ou do desas-soreamento da barra do Guadiana.. A desertificação do Interior acen-tua-se e não se vislumbra que novo paradigma se pretende criar para inverter tal situação. Avoluma-se a divida publica ao sector empresa-rial, colocando pequenas e médias empresas numa situação perto da insolvência. O recurso ao crédito (a não ser para estimular a compra do supérfluo) é mais caro e de difícil acesso. A abrupta quebra das receitas fiscais cobradas pelos municípios conduziu à inevitabi-lidade de refazer orçamentos, a condicionar o ritmo de execução de obra já planeada, optando-se em muitas circunstâncias, antes demais, por garantir recursos para responder às crescentes necessi-dades que se assinalam no apoio social.

O associativismo inter-municipal não tem expressão institucional e as estruturas associativas patronais não demonstram capacidade para ir mais longe do que reivindicar subsídios ao Estado e reclamar alterações nas leis laborais de forma a obterem maiores vanta-gens. Os organismos desconcentra-dos do poder central sobrevivem no marasmo a que o reforço do centralismo os obrigou.

Alargou-se o número de desem-pregados a valores que competem com regiões onde os efeitos da crise se faziam sentir de forma mais aguda. Cresceu o número daqueles que procuram ajuda junto das diversas estruturas de apoio social para garantirem um mínimo de sobrevivência.

Estamos de facto a atravessar tempos dos mais difíceis das últi-

mas décadas. Complexa situação esta na qual a ausência de uma alargada e mais interveniente movimentação social, a par da magreza de propostas que se apre-sentam para enfrentar os proble-mas que temos, deixa nesse vazio, campo para o protesto irreflectido ou para a violência. Os exemplos que nos chegam de fora (Ingla-terra, Grécia e mesmo Itália ) são bem elucidativos quanto a tais con-sequências. O aumento de casos de criminalidade violenta na nossa região não está separado das difi-culdades que a situação presente nos tem imposto.

Há um sentimento de incerteza e pessimismo que atravessa a sociedade, traduzida num baixar de braços, atitude que facilmente conduz à desistência. Não é cami-nho que se possa fazer porque a nada conduz. Temos também de saber olhar para onde se manifes-tam sinais de resistência, traduzi-dos em formas diversas, em torno

de novos projectos, de recompo-sição de economias e modelos de vida, sinalizando possibilidades para as quais é necessário colher-mos exemplos do que é possível fazer para resistir.

É neste complexo contexto que no dealbar do novo ano o povo português vai em breve ser cha-mado a pronunciar-se sobre quem deve ocupar o lugar na Presidência da República. Na expressão livre de cada um, quanto à simpatia que pode nutrir por qualquer dos candidatos que a tal cargo se apre-sentam a sufrágio, importante será que os portugueses respondam votando em massa, num exercí-cio de cidadania que nos cumpre exercer a bem da nossa demo-cracia, porque só em liberdade se encontrarão outras portas de saída para o impasse a que fomos conduzidos.

Carlos Luis [email protected]

JBGJornal do Baixo Guadiana

EDITORIAL

O que espera do ano de 2011 acabadinho de começar?

Vox Pop

R: Desejo um ano bom, com menos crise, e que isso signifique mais emprego. Estou a finalizar o curso no 12.º ano e espero arranjar trabalho para ajudar a pagar os meus estudos, senão de outra forma é mais difícil ingressar na Universidade. Está difícil para todos...

Nome: Virgina ReisProfissão: Finalista Animação Socio-Cultural

Nome: Joaquim ManuelProfissão: Reformado

R: Já passei por muitas crises. Lembro-me aos 10 anos de ir para a escola descalço e em jejum... Acredito que Portugal este ano vai melhorar um pouco, mas que para melhorar ainda temos de passar muito porque é uma crise muito complexa.

Nome: Severo MartinsProfissão: Reformado

R: 2011 vai ser pior que 2010. Não espero outra coisa. Em 2009 ainda foi mais-ou-menos, mas as coisas só têm vindo a piorar. Para aguentar a crise temos de ter força, preserve-rança, mas não podemos fazer mais do que já fazemos.

Nome: Sandra PintoProfissão: Empresária Restauração

Page 3: Jornal do Baixo Guadiana - Edição Janeiro 2011

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JANEIRO 2011 | 3

O Nordeste Algarvio, em particular o concelho de Alcoutim e o interior de Castro Marim, foram, desde sempre, considerados espaços deprimidos, com solos xistosos onde, maioritariamente, predomina uma agricultura de subsis-tência, situação que se tem mantido até quase aos dias de hoje, resultando daí, consequências muito gravosas para a desertificação e despovoamento desta parcela do território.

Apesar dos investimentos realizados pelo poder local, no sentido de garantir melhores condições de vida às pessoas que aqui habitam, a grande transfor-mação da paisagem do Baixo Guadiana deu-se com a construção do Sistema Hidráulico Odeleite/Beliche.

A construção destas duas albufeiras surge da necessidade de aproveitar as águas superficiais, fundamental-mente para a rega e abastecimento urbano. Inicialmente, nos anos 80, foi construída a barragem de Beliche e mais tarde, já em 1996, é concluída a de Odeleite, sendo que este sistema hidráulico tem disponibilidade para garantir um fornecimento a habitantes em média 44.000.000 m3/ano, abaste-cendo actualmente os concelhos mais populosos do Algarve.

Depois de mais de uma década após a construção do Sistema Hidráulico Odeleite/Beliche, importa perceber quais as transformações ocorridas no concelho de Castro Marim e quais as políticas integradas de protecção e promoção das freguesias do Azinhal e, particularmente, da freguesia de Odeleite.

Formulada a pergunta, a resposta é esta: infelizmente, quase nenhumas. Incrédulo, o leitor perguntará como foi possível que uma terra como Ode-leite, estando a paredes meias com o maior lago artificial do Sotavento, não tivesse água nas torneiras? Quando meio Algarve já estava a ser abastecido a partir daquela freguesia do concelho de Castro Marim, quando as pessoas de Odeleite foram expropriadas dos melhores terrenos agrícolas!

Incúria e má fé dos políticos locais e regionais, que consentiram que tal maldade fosse infringida às gentes daquela terra. Vá-se lá saber porquê? Só em 2001, e depois de uma luta tenaz, a Câmara Municipal conseguiu que a «Águas do Algarve», empresa que faz a distribuição em alta, fizesse chegar água à população de Ode-leite, acabando com a peregrinação dos auto-tanques do município, que levavam água àquela terra.

Quanto ao regadio, e porque esta-mos em presença de solos com grande aptidão para a agricultura, quer em Odeleite quer no Beliche, os que ainda resistem em continuar a cultivar, ficam à mercê das descargas que são feitas nestas albufeiras para poder regar. Este dado é bem revelador do des-respeito e da desconsideração como o Governo e a Direcção Regional de

Agricultura tratam os agricultores desta sub-região. Se não quisermos acabar em definitivo com a agricultura nestas terras, é urgente tomar medidas para o surgimento de um plano de regadio com “pés e cabeça”, que vá ao encontro do potencial agrícola de que este concelho dispõe.

Por último, e se existir vontade polí-tica para que a albufeira de Odeleite se afirme como um factor de desenvolvi-mento sustentado do Nordeste Algarvio, é essencial que o Plano de Ordenamento da Albufeira de Odeleite saia rapida-mente do papel e seja executado. Só assim será possível materializar uma dinamização da freguesia, com pro-jectos na área do turismo de Natureza, que contemplem a construção de alguns equipamentos como a instalação de uma praia fluvial, incluindo os des-portos náuticos, a criação de passeios pedestres, de bicicleta e a cavalo, pesca e caça, tudo isto assente num modelo de turismo que seja compatível com a defesa intransigente dos valores ambien-tais em presença.

Acredito que com todo o potencial turístico emergente no nosso território, a somar ao valioso património humano de que dispomos, podemos constituir-nos como âncora de um turismo de grande qualidade; aquele que o Algarve per-segue.

Tem sido habitual dizer em relação aos últimos anos que passaram sem deixar saudades. Mas 2010 exage-rou.

Mais do que o «Ano Crise», como já lhe chamaram, parece mais adequado chamar-lhe o «Ano de todas as crises». Não há um só domínio da vida em sociedade que não esteja posto em causa.

De repente, demo-nos conta, como se saíssemos de um sonho, que a vida nacional e internacional está cons truída sobre bases muito pouco con-sistentes.

Percebemos como grandes conquistas civilizacionais, que pareciam adquiri-das para todo o sempre, podem, afinal, regredir para estádios inimagináveis. Nem o direito à vida está suficiente-mente protegido. Contudo, o mais fra-gilizado de todos os grandes direitos é o direito ao trabalho, precisamente aquele em que se afirma em toda a dimensão a dignidade humana.

O mais inquietante não é apenas a assustadora massa de desempregados que passou a caracterizar o mundo ocidental e que atinge no nosso país os máximos raramente registados; é sobretudo a ideia que os centros do poder fazem circular de que essa deve ser considerada a situação normal no futuro.

É difícil imaginar mais clara con-

fissão do colapso do sistema capita-lista!

Em Portugal as regressões que nos ameaçam nesta viragem do ano atin-gem outros direitos nas áreas funda-mentais da saúde, da segurança social, da escola pública, a par dos pacotes de austeridade com que se pretende provocar o empobrecimento forçado e rápido do nosso povo.

Há, no ponto crítico a que chegá-mos, responsabilidades indeclináveis das políticas e dos políticos que nos têm governado nas últimas décadas. Há as pressões e imposições comuni-tárias e da agiotagem internacional. Mas há também as culpas de todos nós, do nosso próprio alheamento em relação à política.

Felizmente o «Ano Novo» começa com uma campanha eleitoral que cul-minará com a eleição para a Presidên-cia da República, a 23 de Janeiro. É uma oportunidade soberana para que todos participem activamente e pro-curem contribuir para mudar o rumo que as coisas levam.

É preciso repelir os apelos à absten-ção e ao voto em branco que visam marginalizar o povo da política e só favorecem as maquinações das cúpulas dos negócios.

Só a mobilização popular pode evitar que o Ano Novo de 2011 continue e agrave o pior de 2010. Essa mobiliza-ção, a par de outras demonstrações, deve ter uma grande afirmação a 23 de Janeiro. Aí poderá começar o renascer da esperança e da determinação para vencer a crise.

Será passível de se ter como futuro próximo uma Nação que exorta os mais notáveis feitos na conquista daquilo a que hoje apelidamos de «Globaliza-ção» e que, continuamente, submerge no marasmo e na incapacidade de se demarcar de políticas típicas de regi-mes terceiro mundistas? A verdade é que o futuro está a ser traçado nesse sentido!

Daqui a cinco décadas estarão os alunos das disciplinas de História e Sociologia a estudar a História de Portugal contemporâneo, politico-institucional e económico-social e os

logia na execução dos cargos politicos; ausência de verdade na condução das directivas políticas; escândalos suces-sivos, decorrentes de gestão danosa e aproveitamento do status social adquirido; proliferação de politicas de inverdade; descrédito do povo na vida politica e consequente abstenção eleitoral; permissividade e promiscui-dade (inexistência de supervisão) com a gestão da banca, denunciada apenas com o crash dos mercados internacio-nais; corrida às subvenções vitalícias,

temas gerais não vão fugir ao que a seguir se apresenta:

Aspectos da vida política: usurpação dos poderes confiados pelo sufrágio; manipulação do eleitorado que em grande número desconhece o acto eleitoral - o núcleo duro dos partidos políticos, faz-se eleger para a assembleia representativa, por cír-culos eleitorais diversos-; permissão para concorrer simultaneamente a diferentes cargos de representação politica; desaparecimento de deonto-

brilhantemente criadas por políticos e para políticos.

Aspectos da vida institucio-nal: nomeações duvidosas para os diferentes cargos institucionais; apa-recimento sucessivo de institutos e departamentos que ninguém percebe para que servem; envolvimento de diri-gentes de diferentes instituições em escândalos sociais e em matérias de crime económico; desacreditação total da população na justiça, que teima em ser excessivamente burocrática, a par da desconfiança dos portugueses na forma como as leis se constituem demagógicas, permitindo interpreta-ções sucessivas, gerando permanente impasse e demora na resolução das contendas;

Aspectos da vida económica e social: flutuações permanentes nos mercados internacionais; especula-ção dos mercados; endividamento do Estado; incapacidade do Estado no controlo da dívida pública; investi-mentos sem capacidade estruturante; esmagamento da classe média, fruto dos sucessivos aumentos de impos-

tos directos e indirectos; aumento da pobreza e consequente exclusão social; descrédito nas instituições pila-res do Estado.

Com um cenário desta tipologia importa apontar responsabilidades. O que é a responsabilidade política, inúmeras vezes evocada? Onde pára a ética? Quem fala verdade? Será a política apenas um mundo de retó-rica que pouco ou nada contribui para a resolução efectiva dos problemas sociais? Quem acredita em altruísmo e sentido do dever?

Com uma conjuntura tremenda-mente difícil, em que o descrédito é a nota dominante, quem poderá salvar esta nobre nação? É altura de devolver a democracia conquistada pelos militares! É altura de atribuir responsabilidades! Está na hora de incutir o espírito de dever. É tempo de olhar para dentro, é tempo de refor-mar efectivamente um Estado nobre, que se afirma continuamente como um Estado de direito, mas que tende a navegar rumo ao colapso!!! Até a natureza se revolta e repreende!

Vítor Madeira

Osório Santos

Carlos Brito

O insubmisso

Albufeiras de Beliche e Ode-leite – factor de desenvolvimento do Baixo Guadiana

Portugal, o que se

espera de ti?

O ano de todas as

crises e o Novo Ano

CRÓNICAS

Page 4: Jornal do Baixo Guadiana - Edição Janeiro 2011

4 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JANEIRO 2011

O 1º ciclo do Agrupamento de Escolas de Castro Marim voltou mais uma vez a comemorar o «Dia do Não-Fumador». A novidade foi a actividade experimental «Os Perigos do Tabaco».

O Parlamento já decidiu. O Novo Acordo Ortográfico será adoptado de forma permanente a partir de 1 de Janeiro de 2012. Quanto às escolas é mais cedo; já no próximo ano lectivo de 2011/2012.

EDUCAÇÃO

Já começaram desde o passado dia 1 a ser lançadas campanhas de sensibilização e informação para os cidadãos e outras específicas para os funcionários públicos, com o objectivo de esclarecer as impli-

Mais novos comemoraram «Dia do Não-Fumador»

Acordo Ortográfico nas escolas aplicado já este ano

cações do novo Acordo Ortográ-fico. Além disso, a resolução do Conselho de Ministros adopta o novo Vocabulário Ortográfico do Português derivado do acordo, e o conversor Lince [um software específico de conversão de texto desenvolvido pela Fundação da Ciência e Tecnologia e disponi-bilizado gratuitamente]; ambos acessíveis gratuitamente em www.portaldalinguaportuguesa.org.

Recorde-se que o Acordo Orto-gráfico, que será adoptado pelos oito Estados da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, foi aprovado pelo Parlamento portu-guês em 2008. Entrou em vigor em Janeiro de 2010, no entanto foi definido um período transitório de seis anos para a sua adaptação e aplicação progressiva. Segundo o Governo o Acordo “visa contri-buir para a expansão e afirmação da língua portuguesa, através da consolidação do seu papel como meio de comunicação e difusão do conhecimento, como suporte de discurso científico, como expres-são literária, cultural e artística e, ainda, para o estreitamento dos laços culturais”.

O que mudou?!Na imprensa, desde o início de 2010, que se tornou visível a adopção do novo acordo ortográ-fico, mas para muitos continua a ser uma mudança polémica, tendo sido afirmado até que “se passará a escrever mal”. Vamos então conhecer as alterações mais significativas:

- O alfabeto passa a ter 26 letras ao invés das convencionais 23, com acrés-cimo do «k», «w» e o «y». Exemplos: km (quilometro) e kg (quilograma).

-Minúsculas: nome dos dias da semana, meses e pontos cardeais passam a escrever-se com minúscula.

-Nomes que designam domínios do saber, cursos e disciplinas escolares não necessitam ser com maiúsculas, pode-se optar também pelas minúsculas (por exemplo matemática).

-O que não se pronuncia não se escreve; desaparecem as consoantes mudas integrantes de: cc (colecionador), cç (ação), ct (ato), pc (dececionante – com excepção em núpcias), pç (adoção, com excepção em opção), pt (batismo, com excepção em adepto). Existem no entanto admissões de dupla grafia em «carácter» ou «caráter».

-Supressão dos acentos gráficos: nos verbos da 2ª conjugação, 3ª pessoa plural do presente do indicativo ou do conjun-tivo «creem» ou «deem»; nas palavras com ditongo «oi», como heroico; do acento grave em palavras homógrafas: para (verbo parar) e para (preposição).

-Supressão do hífen: antirreligioso e autoestrada; excepções: micro-ondas e feijão-verde.

Saiba mais em: http://aeiou.visao.pt/guia-pratico-para-perceber-o-acordo-ortografico

De acordo com a resolução do Conselho de Ministros de 9 de Dezembro de 2010, a adopção do acordo nas escolas entra em vigor no próximo ano lectivo, ou seja, em Setembro de 2011. Também

Este ano não houve necessidade de recorrer ao «Plano B», ou seja, realização de actividades despor-tivas no Pavilhão Municipal de Castro Marim, no entanto a habi-tual marcha-passeio prevista pela zona envolvente de Castro Marim, não se realizou em virtude das más condições climatéricas.

Das inúmeras actividades desen-volvidas no âmbito das comemo-rações do dia contra o tabagismo, a destacar a actividade experimen-tal «Perigos do Tabaco», realizada na E.B1/JI de Altura e de Castro Marim, pelo Departamento de Mate-mática e Ciências Experimentais.

três meses mais tarde, ou seja, a partir de 1 de Janeiro de 2012, as novas regras ortográficas serão também aplicadas a toda a activi-dade do Governo e serviços que dele dependem.

Actividades desenvolvidas pelos mais novos alertaram para os perigos do tabaco

O acordo da língua portuguesa entra em vigor nas escolas apartir de 2011

Colaboração do projecto «Escola Activa» de Castro Marim

A cargo estiveram os professores Alexandre Ferreira e Maria Teresa Guilherme e os alunos da turma do 9ºA da E.B.2,3 de Castro Marim.

Todas as actividades práticas desenvolvidas contaram com a cola-boração do Projecto «Escola Activa» de Castro Marim. Além disso, houve também a participação da Equipa de Cinotécnia da GNR, com uma demonstração de exercícios de obe-diência. As actividades decorreram durante o período da manhã perante o entusiasmo de cerca de duzentas e cinquenta crianças. “O dia terminou com um lanche saudável oferecido pela autarquia e pelo Supermercado Corvo”, agradece a organização.

Esta actividade contou também com a colaboração de várias entida-des, nomeadamente da Direcção do Agrupamento de Escolas de Castro Marim, da GNR da turma do 6º A que colaborou na organização das activida-des para os colegas do 1º ciclo.

Page 5: Jornal do Baixo Guadiana - Edição Janeiro 2011

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JANEIRO 2011 | 5

A IPSS «Mão Amiga», de Vila Real de Santo António, foi a instituição de solidariedade social a receber o apoio do projecto «Geração Solidária» dos «Jotas» laranja.

O corpo do «Programa Integrado de Polícia de Proximidade» (PIPP) de Vila Real de Santo António levou até ao Centro de Acolhimento Temporário (CAT) da Santa Casa da Misericórdia de VRSA uma tarde natalícia especial para as crianças e jovens.

«Gente Pequena» conta com a amizade da PSP

200 euros, brinquedos e roupas para «Mão Amiga»

da generosidade dos cidadãos que ade-riram à «Geração Solidária». A verba angariada tem como fim a compra de bens alimentares.

Não houve abundância “pois nunca é demais e porque há muita falta”, como salientou em jeito de agradeci-mento Lídia Machado, presidente da «Mão Amiga».

«As jotas não servem para criar monstrinhos»

André Oliveira fez questão de dizer aos jornalistas que o trabalho dos «Jotas» não passa apenas pela mili-tância de partidos políticos. “Há muito trabalho para fazer em prol de uma cidadania activa”.

A Juventude Social Democrata pro-mete ir para a rua. “Aliás já o fizemos

diversas vezes, nomeadamente através dos conselhos de opinião”. Ao frisar a importância do papel de uma cida-dania activa André Oliveira deixa a garantia que o trabalho da JSD que dirige vai focar-se nas bases da respon-sabilização social, informação e sensi-bilização para uma vida saudável.

Na prática estes jovens militantes do Partido Social Democrata acredi-tam que podem oferecer boas práticas junto da comunidade juvenil, “sem que haja um discurso partidário”. Acredi-tando que há espaço de manobra por explorar prometem batalhar também por uma juventude mais esclarecida e bem formada. “Temos de mostrar que as jotas não servem para criar monstrinhos”, referiu, reconhecendo a actual cepticidade dos jovens no que concerne à política.

A JSD promete estar atenta à comunidade envolvente “e próxima dela para conhecer os seus reais pro-blemas”.

A CPCJ (Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em risco)

de Alcoutim definiu, em reunião de 13 de Dezembro, o plano de

actividades para 2011. Criada em 2008, constituindo

a 11ª Comissão de Protecção de Crianças e Jovens do Algarve, a CPCJ de Alcoutim tem como

pilar a promoção e protecção dos direitos das crianças e jovens do

concelho até aos 21 anos. No plano de actividades para

2011, destacam-se a formação dos técnicos da CPCJ, na área da protecção de menores, a realiza-

ção de palestras e conferências sobre temáticas como maus-tratos

infantis e consumo de drogas, a promoção de sessões formativas

com pais e filhos e a organização de uma semana de actividades, no período das férias de Verão,

que vai proporcionar às crianças a interacção com outras realidade e

novas experiências. Para além do referido, a CPCJ

vai continuar a efectuar o levan-tamento das problemáticas no

concelho e a acompanhá-las e a sensibilizar a comunidade local

para o trabalho desenvolvido pela comissão.

A Juventude Social Democrata (JSD) de Vila Real de Santo António está a cumprir o programa eleitoral, no qual a responsabilização social “merece des-taque”, como faz questão de salientar o líder dos jovens sociais-democratas vilarealenses André Oliveira. Levaram a cabo o projecto «Geração Solidária» que teve como grande objectivo anga-riar dinheiro, brinquedos e roupa para a Instituição Particular de Solidarie-dade Social (IPSS) «Mão Amiga». O saldo “superou as melhores expectati-vas”, afirmou em balanço o responsá-vel. A iniciativa prolongou-se por um fim-de-semana com recolha de roupas e brinquedos pelas três freguesias do concelho e por um jantar de benefici-ência. Neste jantar foram angariados 200 euros que se juntaram a muitos brinquedos e roupas que resultaram

Vila Real de Santo António uma tarde de Natal muito festiva. As 20 crianças, então no CAT, receberam uma prenda personalizada e a efu-sividade foi enorme.

A tarde que antecedeu o Natal contou com vários participantes,

entre eles o “Pai Natal” da companhia de teatro «Fech’Ó Pano» e a magia de Ambrósio. Muita animação num momento que se tornou especial para toda aquela casa que dia-a-dia traba-lha para dar “a melhor qualidade de vida às crianças e jovens”, como nos disse à margem da festa o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Vila Real de Santo António.

Este responsável lembrou que “a PSP não passa só multas, não nos proporciona só segurança, dá também aconchego às nossas crian-ças e aos nossos idosos”, referindo-se também a uma tarde de fados que a PSP tinha organizado na semana anterior no lar daquela instituição. São iniciativas que se revestem de um enorme valor para quem as recebe numa sociedade que tantas vezes é retratada de uma forma fria. Calor humano, amizade e aconchego foram oferecidos também para além dos prendas bem ao gosto das crian-

ças e jovens daquele centro.

Proximidade ao cidadão

Todos os anos nas épocas festivas a PSP leva avante os dois objectivos crassos: diminuir a sinistralidade e reduzir os furtos na cidade. Mas em 2010 esse momento contou com um objectivo adicional que passou pela solidariedade para com crianças e jovens carenciadas e/ou maltrata-das. Para o sub-comissário da PSP de VRSA “o programa de proxi-midade que é levado a cabo é isto mesmo; estar perto e ajudar o pró-ximo”. A recolha dos presentes foi feita através de parcerias com os comerciantes, chegando até alguns elementos da PSP a adquirir pes- soalmente as prendas para oferecer. Apesar da crise a adesão “foi óptima” e “a PSP está grata”.

No que toca a segurança “VRSA é uma cidade calma e pacata”, disse o sub-comissário, apesar de na altura da entrevista ser confrontado com um assalto em plena baixa comer-cial da cidade, no espaço comercial «Madeira», no entanto “não há caso para alarme», garantiu.

Já no ano passado, mas há bem pouco tempo, a Polícia de Proximi-dade da PSP de Vila Real de Santo António proporcionou às crianças e jovens do Centro de Acolhimento Temporário (CAT) «Gente Pequena» da Santa Casa da Misericórdia de

JUVENTUDE

Agentes adquiriram prendas personalizadas para 20 crianças e jovens

30 caixas com brinquedos e roupas mais 200 euros tornaram o Natal da «Mão Amiga» mais quente

Angariação de «Geração Solidária» superou expectativas

Quadra natalícia foi mais feliz CPCJ de Alcoutim

lança plano de actividades

para 2011

Page 6: Jornal do Baixo Guadiana - Edição Janeiro 2011

6 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JANEIRO 2011

LOCAL | EL ANDEVALO SUR-OCCIDENTAL * ESPANHA

por Antónia-Maria

Lacimurga: la villa romana a orillas del Guadiana

Encinasola, pueblo fronterizo de la provincia de Huelva, situado en la Raya con Portugal, vivió aislado durante toda su historia del resto de Andalucía, teniendo mas vín-culos con sus vecinos extremeños y portugueses que con su propia provincia.

Su nombre proviene de una encina aislada donde se reunían los contrabandistas de la región Sus habitantes son llamados “marochos” por su particular forma de hablar. Se cree que procede del portugués

“maroto”ya que, por su proximidad a la frontera, su medio de vida fue tradicionalmente el contrabando.

La tradición también recoge que el caudilloViriato recorrió estos parajes.

El club de senderismo “Los Cabriles” de este pueblo realiza, regularmente, una actividad para los amantes de la Naturaleza, des-cubriendo los muchos encantos y antiguas rutas, trochas y veredas de la región entre las que se encuentra la “antigua ruta del contrabando”.

Esta ruta de un total de 19 Kms, une el pueblo español de Encina-sola con la localidad portuguesa de Barrancos.

Se inicia tomando el camino de la Contienda entre Encinasola y Aroche pasando por la fuentes de la Cobijá y continua por la del Pilar. Mas tarde se pasa por la ermita de Rocamador y, tras perderla de vista, se sigue por el barranco del Chorro, el puerto de los Señoritos para llegar al puente de los Cabriles, puente medieval - siglo XV- sobre la rivera del Múrtiga, que se ha conservado con todo su esplen-dor gracias al aislamiento de esta región. Én este lugar privilegiado hay que hacer parada obligatoria para poder observar en los cursos de agua las nutrias, las cigüeñas negras, garzas reales, el martín pescador… Vienen a seguir las agrestes tierras de la Contienda, entre los munici-pios de Encinasola, Aroche y Barran-cos- escenario de antiguas guerras y reyertas entre España y Portugal, se pasará por la casa del guarda de la Contienda y el antiguo cuartel de carabineros de las Flores en Picoroto- remodelado, actualmente, para un aula de la Naturaleza y, al final, de esta sugestiva ruta divisaremos, a lo lejos, el blanco caserío de Barrancos, en el país vecino dando por finali-zada esta pintoresca ruta.

En el cerro de Cogolludo en la orilla derecha del Guadiana, situada en el término municipal de Herrera del Duque, los romanos construyeron esta villa sobre un asentamiento celta ya existente.

Con una situación estratégica bien calculada, ya que domina los vados del Guadiana, permitiendo una fácil comunicación con la Meseta.

En sucesivas excavaciones resalta un edificio de baños públicos, donde se conservan las tres termas: agua fría, templada y caliente. También encontramos edificios de índole administrativos, hornos y necrópolis. Abundantes sistemas de canalización, y presas de agua que prueban la importancia de la villa y de su floreciente agricultura.

Estas fértiles vegas del Guadiana, ocupadas, actualmente, por el embalse de Orellana es una zona muy rica en yacimientos roma-nos. A pocos kilómetros distantes se encuentran: la villa romana de Santa María, la de la Sevillana, la de Peñaflor, la de Majada Fría…

En 1990 apareció un fragmento de inscripción catastral, en bronce, señalando los límites de esta villa de Lacimurga y Anas.

Los senderistas del club de Encinasola haciendo la ruta

Las ruinas de la ciudad romana de Lacimurga junto al Guadiana

En el mercadillo también participaron las Asociaciones de Animales

Poema para la Navidad

Mercadillo tradicional de Natal en Cacela

La ruta del contrabandista en la sierra noroeste de Huelva

En el mercadillo tradicional de Natal en Cacela también participaron las Asociaciones de Animales, de un lado y otro de la frontera, con una mesa informativa y productos de venta a favor de los animales.

Estos voluntarios y su abnegada labor nos recuerdan que, nuestros animales, también tienen derechos reconocidos que la sociedad en que vivimos, casi nunca respeta o ignora.

En Navidad nos acordamos de las personas de quien regularmentenos olvidamos durante todo el año y enviamos tarjetasde felicitación ahora bajo la forma de rápidos e-mails(algunos hasta con música) y de sucintos SMSen abreviaturas. Papa Noel llega con bastante antecedencia para montar el negocio con tiempo. Diseminadas por todos ladose ahí sus veneradas figuraciones como alpinista a escalarlos pisos agarrado a una cuerda ¿o será como un bombero? ¡O tal vez como asaltante! Estaría mas de acuerdo con la crisisy con el paisaje urbano. Confieso mi aldeana “saudade” por los belenes de mi infancia en que recreaba el mundo…

Antes poníamos el zapatitoen la noche de Navidad con el corazón a saltar pero teníamos que esperar por los regalos la noche entera porque sólo a la mañanasiguiente los podíamos ir a buscar. Era sobretodo la espera que los hacia preciosos. Ahora es todo dicho y hecho no hay tiempopara esperar.

Teresa Rita-Lopes

Page 7: Jornal do Baixo Guadiana - Edição Janeiro 2011

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JANEIRO 2011 | 7

LOCAL

Ponta da Areia terá Plano aprovado até Março

VRSA quer crescer com La Baule, a nova cidade-irmã

Importante zona fabril vai dar lugar a espaço para hotelaria e residência

O ponto alto do juramento de geminação foi a inauguração da «Avenida Ville de La Baule»

a ser levado a cabo vai ter como bases a protecção ambiental e paisagística.

Frente Ribeirinha em stand by

Toda a frente ribeirinha da cidade de VRSA [desde a DocaPesca até ao Pontão] vai ser alvo de um plano de intervenção, expectando-se que ali surja um conjunto de serviços e lazer “que prometem revolucionar o paradigma do turismo local”. O edil salienta que “os nossos melho-res activos; que consituem a beleza natural, ao serviço do turismo”, vão ser colocados ao serviço.

Apesar da restante zona ribei-rinha não necessitar de Plano de Pormenor está dependente de um acordo de gestão com o Instituto Portuário dos Transportes Maríti-mos (IPTM) do Sul.

Depois de “muita espera e paciência” parece que finalmente vai sair o Plano de Pormenor (PP) para a requalificação da zona da Ponta da Areia, na cidade de Vila Real de Santo António. O edil vilarealense, Luís Gomes garan-tiu que “até ao final do primeiro trimestre estará aprovado todo o plano”, recordando que “é um plano de extrema importância face a esta zona importante ao nível turístico”.

O executivo levanta a ponta do véu e explica que vão surgir hóteis e uma zona residencial, embora sem adiantar datas para o início das obras, uma vez que ainda não está definido como será levada a cabo a execução, “se na totalidade, se por fases”; vai ser lançado, pri-meiramente um concurso. “Esta-mos a chegar ao fim e, finalmente, VRSA pode estar preparada para um novo paradigma do turismo e do urbanismo também”. Luís Gomes garantiu que o projecto

mas ficou assente que o objectivo é ao longo dos doze meses reali-zarem-se intercâmbios para que a dinâmica de «cidades-irmãs» se evidencie.

«Nova» La Baule

“La Baulle também se está a modernizar: um novo mercado, um palácio de congressos reno-vado, um novo centro da cidade com 300 apartamentos e um pro-jecto de renovação de 7 km de avenida; tudo isto vai acontecer nos próximos 4 anos”, anunciou o presidente francês.

Para assinalar geminação a estrada da Ponta da Areia, em Vila Real de Santo António, rece-beu em dia de cerimónia o nome: «Avenida Ville de La Baule».

Presidente da câmara municipal garantiu que o Plano de Pormenor (PP) vai sair “após quatro anos de trabalho”.

Trata-se da mais recente geminação no Baixo Guadiana. La Baule poderá oferecer a VRSA muita sabedoria ao nível do turismo. Já estão previstos intercâmbios vários também ao nível do desporto e cultura.

“Numa Europa tão frágil, e dentro das incertezas financeiras, não nos podemos manter inactivos”, afir-mou o presidente da câmara de La Baule, Yves Métaireau. O jura-mento de geminação aconteceu ainda em Dezembro último numa cerimónia que teve lugar no salão nobre da câmara municipal de Vila Real de Santo António. Sendo esta a mais importante estância turística do norte de França, por cá o executivo municipal vilarealense espera conseguir atingir um nível de contacto que permita «importar» boas práticas de impulsionamento ao turismo. Luís Gomes, edil local, frisou mesmo que a geminação vai permitir “trocar experiências de gestão e de paradigmas de desenvolvimento” face aos cons-

trangimentos da crise económico-financeira actual.

Não há “mesquinhez”

“Há quem tenha uma ideia mes-quinha sobre as geminações, mas para Vila Real de Santo António é sinal de trabalho”, garantiu o edil.

Apesar do turismo ser o elo forte de ligação entre as duas cidades, para já, no que toca a esta, que é a mais recente geminação do Baixo Guadiana, outras matérias estão em cima da mesa. Desde intercâmbios ao nível do desporto, cultura e prática social. “A base é de trabalho e de iniciativas con-cretas, muito mais do que uma assinatura”. Os dois executivos vão encontrar-se uma vez por ano,

Vai ter hotéis e zona residencial

Ao fim de quatro anos oficializou-se geminação

Page 8: Jornal do Baixo Guadiana - Edição Janeiro 2011

8 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JANEIRO 2011

GRANDE REPORTAGEM

Balanço e Futuro

O ano de 2010 já passou e não deixa saudades. São muitos os lamentos. Para os governantes é mais difícil governar quando não há o dinheiro suficiente para cumprir objectivos. As câmaras municipais viram reduzidas as verbas da administração central, as Juntas de Freguesia viram reduzidos os orçamentos que já são modestos e, no limite, as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS’s), que são vistas cada vez mais como uma “tábua de salvação” para muitas famílias, não estão a salvo.Dizem as piores previsões - ou melhor, todas na generalidade - que o ano que agora se iniciou “será pior que 2010”. Com que «linhas nos poderemos coser»? No que nos podemos fiar? Estarão os nossos direitos e deveres devidamente assegurados? E como se sentem aqueles que lideram? Perante tamanha fragilidade há ideias seguras, alternativas definidas e, acima de tudo, vontade de continuar. Como?...

Com a saída do Algarve do «Objec-tivo 1» [regiões menos desenvol-vidas no quadro

da União Europeia], houve um grande rombo nos cofres das autarquias, sendo que deixou de beneficar do regime máximo

de apoios comunitários. Alcou-tim vai receber menos 600 mil euros que em 2010; “verbas que serviriam para obras muito importantes, claro”. Francisco Amaral, presidente da câmara municipal de Alcoutim, acredita que apesar das adversidades vai conseguir cumprir o «Plano de

Investimentos de 2011» com um orçamento que não ultrapassa os 15 milhões de euros. “Já apertáva-mos o cinto, agora vamos apertar ainda mais!”, garante “porque na serra a população nunca deixou de viver em crise”. Fazer face aos tempos difíceis é, no entanto, manter todos os apoios sociais

“porque as famílias não podem ser abandonadas”. Este ano o edil promete incrementar o apoio domiciliário pois quer que os seus “velhotes”, como diz carinhosa-mente, fiquem na comodidade da sua casa em segurança. Desta forma evita também o maior des-povoamento dos imensos montes

no concelho. Mas também vão surgir cortes.

O edil referiu em particular que-bras na ordem dos 20% a 25% no apoio às associações e clubes. Francisco Amaral não teme alar-mismos, chegando a reconhecer o lado negativo de “ser tudo à borla em Alcoutim”. Acima de tudo asse-gura que tudo fará para continuar a proeza de ser “a câmara de todo o Algarve que melhor paga aos for-necedores”.

Com os olhos postos no ano que agora começou releva algu-mas obras que acredita que vão ser uma realidade durante o ano de 2011. São elas: o Lar de Balur-cos; o alcatroamento da estrada de Martinlongo vai ser terminado; cais acostáveis em Guerreiros do Rio, Álamo e Laranjeiras; açudes em Bentos, Galachos, Várzea, Fer-nandilho e Alcaria Cova; Parque de Merendas e Caravanismo em Alcoutim; auditório para 200 luga-res em Alcoutim; novo edificio da GNR; ampliação da câmara muni-cipal; melhoramentos no castelo; ampliação de parque de estacio-namento da sede de concelho e sistemas de saneamento básico de Farelos e Clarines.

Frustrações de 2010

De 2010 lembra como frus-trações três momentos. O pri-meiro passou pela recusa da autarquia das camas turísticas atribuídas. “Quando foi feita a atribuição considerei que de facto era uma excelente notícia, mas o investimento que tem de ser feito é demasiado alto pelo que considero que agora os investidores, e em tempo de crise, estejam a anali-sar como as coisas evoluem antes de avançar”. O edil lamenta tais limitações e admite que apenas em Faro e Tavira se esteja a prosseguir com investimentos no âmbito do novo Plano Regional do Ordena-mento do Território [PROT]. “ Na próxima reunião da AMAL [Asso-ciação de Municípios do Algarve], vamos exigir que o presidente e vice-presidente da CCDR estejam presentes para se discutir uma matéria que é de tamanha impor-tância”, afirma.

A reprovação da candidatura do Lar de Martinlongo foi também uma frustração do ano de 2010. “Ainda por cima por causa da falta de um documento”, lembra, afirmando, no entanto, que a autarquia estará do lado da IPSS responsável pelo projecto caso esta queira avançar. O terceiro momento menos feliz do ano passado foram as decla-rações “insultuosas e treslouca-

Susana de Sousa

Page 9: Jornal do Baixo Guadiana - Edição Janeiro 2011

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JANEIRO 2011 | 9

GRANDE REPORTAGEM

vão crescer as verbas para os cartões sociais. No que respeita à habitação social a autarquia está a aguardar a resposta do Governo para aquisição de mais 100 casas; “está ser delineada uma parceria com uma instituição bancária para esse efeito”, garantiu o autarca que pede “paciência a todos para se chegar à solução dos problemas que há que enfrentar nos dias difí-ceis que correm”.

Luís Gomes afirma-se “um homem de concretizações, mais do que de grandes expectativas” e espera dos 12 próximos meses “tempos difí-ceis” de enfrentar. “Há investimen-tos privados”, adiantou sem querer revelar quais, e de Cuba vão surgir novidades. Enigmático quanto baste o autarca explica que “há muitas coisas que estão a ser preparadas, mas, porque ainda não estão finali-zadas não as adianta para não cair na demagogia”.

Menos obra e mais apoio social

A estratégia de 2010 “foi reti-rar o que era obra física e apenas terminar as que estavam em curso para canalizar os poucos recursos que tinham para a política social” e em 2011 não vai ser diferente. “Temos uma grande obra em que foram dados importantes passos do ponto de vista processual, como a requalificação da frente de mar de Monte Gordo; lançámos o con-curso, tivemos o visto do Tribunal de Contas e estamos a negociar as condições de financiamento do consórcio para se começar efectiva-mente a construção”, lembra.

Questionado se ainda durante a actual legislatura o país viver novas eleições, e tiver oportunidade de integrar um Governo laranja, Luís Gomes deixa o recado: “o meu pro-jecto é VRSA e é aos vilarealenses que eu me dedico, sobretudo nesta fase difícil. Há quem tenha saído de VRSA ao mínimo aceno e por um prato de lentilhas. Eu não saí de VRSA nunca, sempre fui fiel ao meu povo e à minha terra. Foi aqui que eu nasci, cresci, me fiz homem e estarei sempre com o meu povo nestas alturas difíceis. Não sacrfifico a relação com o meu povo em bene-fício de ambições pessoais”.

das de Miguel Freitas que disse que com a construção da Ponte de Alcoutim-Sanlucar os alcou-tenejos mudavam-se todos para Espanha…”.

“Agora é tempo de se avançar”, diz o edil alcoutenejo.

VRSA: 2011 vai ser ano de poupança

“2010 foi um ano completa-mente anacrónico e inesperado”. Luís Gomes, presidente da câmara municipal de Vila Real de Santo António já em 2010 iniciou uma gestão mais controlada da des-pesa. Poupar começou a ser pala-vra de ordem há um ano atrás; mas agora vai ter de poupar ainda mais. De entre as medidas torna-das públicas a fusão das empresas municipais foi das mais media-tizadas.

Entretanto, foi aprovada em Assembleia Municipal uma reor-ganização da câmara que previ-sionalmente aponta para uma redução anual de 150 mil euros de despesa. O objectivo é ser-se mais justo e dar um exemplo de poupança “a começar pelo presi-dente”, frisa o edil. O JBG ficou a saber que este «Plano B» prevê cortes na comunicação e na aqui-sição de serviços externos. “É um desafio para nós”, admite Luís Gomes que está “certo que VRSA vai seguir pelo melhor caminho”. Em 2011 tem um Orçamento para gerir na ordem dos 54 milhões de euros. O corte orçamental em relação a 2010 ascende aos 5%.

Quanto ao passivo de cerca de 110 milhões que o Partido Socialista de VRSA denun-ciou no final do ano passado o presidente da câmara nega peremptoriamente.”Não sei como num ano o passivo aumenta dos 50 milhões para os 111 milhões. Mas não perco tempo...”, garante, lamentando que “ao PS o que interessa é que a câmara entre em colapso financeiro”, acusando a secção concelhia socialista lide-rada por Jovita Ladeira de ser “profeta da desgraça”.

Pede “confiança no executivo” e avança que a câmara municipal de VRSA passou de um patrimó-nio de 9 milhões para 180 milhões de euros, “porque havia muito ter-reno que não estava registado, não havia política do património, havia muitos terrenos baldios”, explica.

Os cortes necessários

Também em VRSA vão haver cortes. Os protocolos com clubes, associações e juntas de fregue-sia estão ainda a ser celebrados em início de novo ano. Mas, em contrapartida, o apoio às famílias vai aumentar; nomeadamente,

É preciso dar resposta a mais pedidos de

ajudaA lista das famílias apoiadas pelas Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) está a engrossar. No Baixo Guadiana a Cruz Vermelha em VRSA, as Santas Casa da Misericórdia nos três concelhos e demais IPSS’s distribuídas pelo território, não têm mãos a medir para ajudar quem mais precisa. A verdade é que também elas estão a passar dificuldades. Fizemos um percurso desde Vila Real de Santo António até Castro Marim, passando pelo concelho de Alcoutim, e do contacto com as diversas IPSS’s registamos a entrevista de três destas, acreditando que, à parte das especificidades de cada uma, traduzem o retrato fiel do apoio que levam a cabo no quotidiano.

«Mão Amiga»

Lídia Machado, presidente da direcção executiva da Instituição Particular de Solidariedade Social «Mão Amiga» em Vila Real de Santo António, diz que o balanço mostra-lhe um 2010 que em média “não foi mau de todo”, no que toca à actuação da entidade. No entanto, “a partir de Outubro aumentou o número de pessoas a pedir ajuda”. A responsá-vel realça assim, um final de ano que acentuou as dificuldades das famílias. Depois do verão, em que vai havendo trabalho, o Inverno é rigoroso e a sazonalidade em tempos críticos mostra-se severa. “Não pode-mos esquecer que também os casos dos que viram terminar o acesso aos subsídios de desemprego, ou os que perderam com a alteração das regras do Rendimento Social de Insersão (RSI)”. Lídia Machado relata casos de cidadãos carenciados a receberem antes cerca de 200 euros e passaram a ter direito apenas a 20 euros men-sais atribuídos pela Segurança Social. “Para quem precisa faz muita dife-rença”, diz a responsável.

A «tábua de salvação» desta IPSS “é a câmara municipal”. Lídia Machado está convicta que da parte desta enti-dade não vai haver cortes”. “Conhe-cendo o senhor presidente e senhora veradora Conceição Cabrita como conheço, tenho a certeza que não vamos ser alvo de cortes alguns nos apoios anuais que nos dão”.

Também da Segurança Social não estão previstos cortes apesar de “o apoio ser pouco face às necessidades que temos”.

Se a actuação da «Mão Amiga» foi conseguindo contornar os maiores obstáculos, já no que diz respeito às dificuldades sociais o ano de 2010

“foi um ano muito negativo e 2011 não será melhor”.

Lídia Machado enaltece, porém, a atitude “altamente cívica” de quem se tem solidarizado com a IPSS que dirige. Frisa a recente inicia-tiva «Geração Solidária» da JSD de VRSA que angariou dinheiro, roupas e brinquedos para a instituição (ver peça pág.5) e também a iniciativa do «Pingo Doce» que passou a doar as refeições que sobram diariamente do Take Away do espaço comercial inau-gurado no final do ano passado.

Actualmente a «Mão Amiga» apoia cerca de 250 pessoas nas valências de refeitório social e apoio domici-liário.

ABESFA- Associação de Bem-Estar Social da Freguesia do Azinhal

No concelho de Castro Marim a ABESFA garante que “as dificulda-des são muitas” e que as têm conse-guido superar “graças ao empenho de todos os colaboradores que são muito voluntários”. Fernando Pereira, Presidente desta IPSS lamenta que no passado mês de Dezembro não tenha conseguido fazer valer todos os direitos dos trabalhadores, nome-adamente ao não pagar o 13.º mês. São 26 os trabalhadores que apesar disso “não se poupam em esforços para fazer o trabalho o melhor pos-sível”. Já os utentes são 80, de três das quatro freguesia do concelho (Azinhal, Odeleite e Castro Marim). “Com muita luta” vão avançando e ”não estão previstos despedimen-tos”.

O ano que agora começou traz muitas sombras mas, para esta

Associação será ao mesmo tempo um virar de página pois entre Janeiro e Fevereiro deverão iniciar-se as obras da Unidade de Cuidados Continua-dos (UCC) com capacidade para 30 camas. A obra deverá demorar ano e meio.

Associação Huma-nitária de Alcoutim

No concelho de Alcoutim a Asso-ciação Humanitária de Bombeiros local viu há dois meses atrás ser cor-tado, por parte da Segurança Social, o subsídio de ATL. Mesmo assim esta entidade continua a prestar o serviço. Dos pais recebem uma verba fixa de 6 euros mensais, com excepção das crianças que tomam refeição, sendo que estas pagam o dobro. “Mas não chega, claramente”. José Tiago Faus-tino, o presidente da instituição, é “uma pessoa optimista por natu-reza”, mas considera também que as incertezas são muitas. A consicência de “missão cumprida” existe e esta Associação humanitária chegou ao final do ano de 2010 com todos os pagamentos liquidados. “graças a uma boa gestão e por não termos entrado em correrias”, disse o respon-sável. Os 350 euros por utente que a Segurança Social paga “é pouco” e a instituição encabeça a gestão de um Lar com Centro de Dia, os Bombei-ros Voluntários, um Infantário, Apoio Domiciliário e dois pólos do Centro do Dia (Pereiro e Giões).

O orçamento para 2010 é de 1 milhão e 200 mil euros. A câmara municipal local é neste caso também uma grande ajuda.

Nota de redacção: Pedimos entre-vista com o edil de Castro Marim, mas até à data de fecho de edição não foi possível.

Tivemos também oportunidade de entrevistar presidentes de Junta de Freguesia no território, mas devido ao facto de haver autarquias que na altura de fecho de edição ainda não tinham definido protocolo, optamos por reportar essas entrevistas para a próxima edição.

Page 10: Jornal do Baixo Guadiana - Edição Janeiro 2011

10 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JANEIRO 2011

LOCAL

Convívio e Saúde promovidos em Alcoutim

A cadeia de supermercados «Pingo Doce» entregou em Dezembro um cheque no valor de 150 mil euros para apoio à iniciativa «VRSA a Sorrir». O protocolo de apoio já tinha sido assinado em Julho.

do programa do Serviço Nacional de Saúde, bem como para facultar o acesso a tratamentos de muní-cipes carenciados não abrangidos pelo mesmo.

Para Luís Gomes, Presidente da câmara municipal, “este tipo de iniciativas permite apoiar mais munícipes carenciados, sendo um exemplo de apoio e mecenato a seguir. “Podemos assim continuar a nossa aposta em melhorar a qua-lidade de vida dos vila-realenses através da disponibilização de cada vez mais e melhores cuida-dos de saúde para os que mais precisam”.

Pingo Doce cria 70 novos postos de trabalho

Em Vila Real de Santo António o

renovado «Pingo Doce» nesta nova fase de expansão deu lugar a 70 novos empregados.

No dia de inauguração da renovada e ampliada loja o «Pingo Doce», na localidade das Hortas, em Vila Real de Santo António, decidiu marcar o momento com a entrega de um cheque no valor de 150 mil euros que havia prometido em Julho pas-sado, ao assinar o protocolo com a câmara municipal de Vila Real de Santo António. A atribuição de verba para apoio ao financiamento do programa de medicina dentária ao abrigo do mecenato “surge em muito boa altura”, agradeceu Luís Gomes, presidente da câmara muni-cipal local que contabiliza já cerca de 115 municípes abrangidos pela

medida social de protecção da saúde oral.

A verba destina-se a ajudar os mais carenciados que estão em lista de espera na iniciativa «VRSA a Sorrir» em vigor há cerca de um ano, sendo esta a primeira vez que a cadeia de supermercados em causa apoia um projecto na área da saúde oral.

Seis clínicas aderentes

O projecto «VRSA a Sorrir» baseia-se num protocolo com seis clínicas dentárias e médicos dentistas do concelho, para alargamento do apoio concedido aos beneficiários

teve na altura oportunidade de agradecer a todos os colabora-dores; funcionários que dispuse-ram do feriado para colaborar na realização desta actividade; aos participantes a nível regional e à população local que realizou esta marcha-corrida “com muita moti-vação e sem receio de prováveis alterações climáticas”.

«VRSA a Sorrir» já ajudou saúde oral de 115 pessoas

«O Desporto faz bem à alma e ao coração: mexam-se pela vossa saúde»

Cadeia de supermercados juntou-se à iniciativa doando 150 mil euros

Decorreu em Alcoutim no fim do ano passado, uma das marchas-corrida integrada no calendário regional. Esta foi organizada pela Junta de Freguesia de Alcoutim e contou com o apoio de todos os funcionários, do Instituto de Desporto de Portugal – Delegação do Algarve, da câmara municipal de Alcoutim, da Guarda Nacional Republicana, da Associação Huma-

nitária de Bombeiros Voluntários e dos Escutas de Alcoutim.

A marcha-corrida teve início às 10h com cerca de 200 marchantes e terminou pelas 12h. Os percursos privilegiaram a paisagem natural da vila banhada pelo Rio Guadiana através dos quais os marchantes puderam desfrutar de ar puro e uma vista linda característica. A Junta de Freguesia de Alcoutim

Take Away dá comida a IPSS

Reservatório de água vai chegar ao Pessegueiro

Requalificação do cais de Guerreiros do Rio já começou

A Instituição Particular de Soli-dariedade Social (IPSS) «Mão Amiga», de Vila Real de Santo António, passou a receber diaria-mente comida para o refeitório social, onde são servidas cerca de 45 refeições. Comida essa que é transferida directamente do Take Away do Pingo Doce VRSA.

“Caso haja comida suficiente vamos também distribuir no nosso serviço ao domicílio”, adiantou ao «Jornal do Baixo Guadiana» Lídia Machado, directora-executiva da IPSS.

Recorde-se que actualmente são apoiadas pela «Mão Amiga» cerca de 250 pessoas, mas “são cada vez mais a pedir ajuda, todos os dias...”, salientou a responsável.

A localidade do Pessegueiro, fre-guesia de Martinlongo, vai ter um reservatório de água, que garan-tirá o abastecimento regular de água à aldeia. A construção do reservatório, com capacidade para 150m3, já teve início e os cerca de 140 habitantes do Pes-segueiro vão ver resolvida a irre-gularidade do abastecimento de água, decorrentes dos cortes de electricidade.

A obra vai custar à câmara municipal de Alcoutim cerca de 35 mil euros.

Já começou a obra de requalifica-ção do cais de Guerreiros do Rio, integrada no projecto de requali-ficação das margens do Guadiana em Alcoutim, que prevê ainda a intervenção nas zonas ribeirinhas do Álamo e Laranjeiras.

As obras, iniciadas em Guer-reiros do Rio, vão transformar o velho cais num espaço mais agra-dável, demonstrando a evolução e o crescimento que a localidade tem sofrido nos últimos anos, desde a abertura do Museu e do Hotel de Guerreiros do Rio. A infra-estrutura será comple-tamente integrada no espaço e na paisagem arquitectónica exis-tente.

Do novo espaço do cais vão constar um quiosque, instalações sanitárias, parque de merendas equipado com fogareiros, e uma bancada para a assistência de

Com pouco mais de um ano de existência

Reservatório regularizará abasteci-mento

O espaço requalificado vai contemplar serviços e lazer

eventuais eventos. A obra foi adjudicada por cerca

de 114 mil euros e deverá estar concluída até Março de 2011.

Page 11: Jornal do Baixo Guadiana - Edição Janeiro 2011

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JANEIRO 2011 | 11

LOCAL

Pólos de saúde de Azinhal e Odeleite restabelecidos

Colheita de Sangue em VRSA

Apesar de muita polémica em torno de um possível encerramento dos pólos de Azinhal e Odeleite a calma está novamente restabelecida em ambas as freguesias. Quanto à transição para o pólo de Altura por «conselho» dos médicos não é frequente, mas existem casos.

O Serviço de Imuno-Hemotera-pia do Hospital de Faro vai rea-lizar uma Colheita de Sangue no próximo dia 15 de Janeiro, Sábado, a partir das 09h e até às 14h. A colheita vai realizar-se na Sede da Delegação da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) de Vila Real de Santo António, que se situa na Ave-nida Ministro Duarte Pacheco.

Para mais informações está disponível o contacto da CVP de VRSA: 281541827 e o Serviço de Imuno-Hemoterapia do Hos-pital de Faro:289891275

Os utentes das freguesias de Ode-leite e Azinhal ficaram em sobressalto e estavam desprevenidos quando em Julho de 2010 a médica que servia ambos os pólos de saúde se aposen-tou. A polémica instalou-se e muito se tem falado de um possível encerra-mento dos pólos, no entanto também

Começou a funcionar em Dezem-bro em Alcoutim um serviço de análises clínicas ao domicílio. A iniciativa é do «Laboratório de Análises Clínicas Dr.ª Maria de Lurdes Rufino Ferreira, Lda»., que quer, desta forma, responder a uma necessidade da população alcouteneja, isolada nos montes e com dificuldades de deslocação até às aldeias.

A dirigir o projecto estão Maria e António André. Maria André é natural dos Castelhanos, da fre-guesia de Martim Longo. Depois de uma vida feita em Lisboa resolveu regressar à terra natal com o marido e, com 30 anos de experiência em análises clínicas e conhecimento

o Agrupamento dos Centros de Saúde (ACES) do Sotavento Algarvio estava desprevenido. Apesar do pedido da médica ter entrado em Dezembro de 2009 e o ACES do Sotavento ter conhecimento, a resposta da Caixa Geral de Aposentações só aconteceu em vésperas da entrada em vigor da

da realidade concelhia pretende contribuir para a melhoria de vida da população alcouteneja.

As colheitas ao domicílio são realizadas entre as 07.30h e as 11.00h, à segunda-feira, mediante marcação e sem qualquer custo acrescido. A entrega dos resulta-dos também é feita ao domicílio. A par deste serviço domiciliário, o laboratório trabalha com um posto em Martinlongo e uma extensão do mesmo em Alcoutim.

O presidente da câmara munici-pal de Alcoutim, Francisco Amaral, já louvou esta iniciativa que se integra na política de cuidados ao domicílio que o Município promove e estimula.

horas a mais”, frisou.

Transição para pólo de Altura

Apesar da conjuntura ser de acal-mia, há no entanto alguns relatos de transição para o pólo de Altura por sugestão dos profissionais de saúde. Manuel Gomes é residente em Odeleite, contudo ao invés de se estabelecer no pólo de saúde da freguesia optou pelo de Altura. “Em Odeleite há muita confusão e não há computador para ter acesso ao historial clínico dos utentes”, contou-nos, adiantando ainda que foi “acon-selhado” pelos profissionais de saúde a transitar para Altura onde diz ter encontrado maior organização. “Em Altura existe um melhor atendimento, maior organização e dentro das dificul-dades sentidas existe método”. Explica este utente que acusa, no entanto, a “visível sobrecarga” dos médicos que que trabalham em horas extra nestas extensões. Recorde-se que na edição de Setembro do JBG a directora do ACES, Lurdes Guerreiro negou qual-quer orientação para transição para o pólo de Altura. “Sei que existem famí-lias que transitaram para Altura, mas por decisão sua, ninguém os obrigou”, explicou a coordenadora que garantiu

aposentação. No espaço de algumas semanas o problema resolveu-se com a entrada de duas equipas multidis-ciplinares constituídas por médico, enfermeiro e administrativo, sendo que o sistema de contratação destes médicos fá-los trabalhar em horas extra nestas extensões.

Não há encerramentos

Actualmente a situação está calma. O JBG contactou as juntas de fre-guesia de Odeleite e Azinhal que esclareceu estarmos perante uma situação «completamente esclare-cida». “Tivemos uma reunião com o ACES Sotavento em que nos foi dito que não há qualquer intenção de encerramento, caso contrário seria-mos os primeiros a saber”, afiança Baltazar Martins, presidente da junta de freguesia do Azinhal. Também o médico João Paulo, Presidente do Conselho Clínico do ACES corrobo-rou a informação. “Não há qualquer intenção de encerrar esses pólos, sabemos das dificuldades e sabemos avaliar as necessidades das pessoas e se tal não fosse não teríamos a fazer o esforço de ter equipas a trabalhar

ser um cenário comum; “as pessoas por vezes preferem ir para pólos que tenham mais disponibilidade horá-ria”. Na opinião do director clínico do ACES a justificação para tal pode ser simples. “Talvez seja mais confortá-vel para os utentes serem atendidos por médicos que trabalham directa-mente em Altura ou Castro Marim”, defende.

Problemas na rede

Quanto a sistema informático ligado em rede até ao momento não existe; existem os computadores, porém não dispõem de uma ligação à rede para aceder ao historial clínico dos utentes; ou seja continua a não ser possível marcar uma consulta de especialidade para o Hospital de Faro através de ambos os pólos; o que vem contradi-zer a filosofia criada pelas Unidades de Saúde Familiar (USF’s). Para muitos utentes sem transporte isso significa transtorno já que têm de se deslocar a outros centros saúde para o efeito.

Mas, recorde-se que ainda em entre-vista na edição de Setembro ao JBG a directora deixou a garantia que “essa marcação é feita directamente pelos médicos”. No final do Verão a expecta-tiva para resolução do problema seria até final do ano, no entanto até à data o sistema de ligação à rede ainda não está a funcionar.

Análises clínicas ao domicílio em Alcoutim

Serviço Gratuito

Iniciativa começou a funcionar em Dezembro de 2010

A garantia está dada: pólos de saúde de Odeleite e Azinhal não vão encerrar

Não vai haver encerramentos

Page 12: Jornal do Baixo Guadiana - Edição Janeiro 2011

12 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JANEIRO 2011

PUBLICIDADE

Vila Real de Santo António, onde a arquitectura

pombalina convive harmoniosamente com

a natureza. Onde o manto verde da Mata

Nacional se funde no azul-turquesa das águas

quentes do Atlântico.

www.cm-vrsa.pt

o algarve começa aqui.

uma visita que marca...

68 fT dsd sf etj ejtjtjrt g

fsf3trt gfgsdgthtjtj

hfjtetjj4l3 grhht etjt

tjtjt tjtrettjj4-hg wrp rrh

68 fT dsd sf etj ejtjtjrt g

fsf3trt dg rg sg00 sgko 0gsdg gs ogfgsdgthtjtj

hfjtetjj4l3 grhht etjt

tjtjt tjtrettjj4-hg wrp rrh168 fT dsd sf etj ejtjtjrt g

fsf3trt dg rg sg00 sgko 0gsdg gs ogfgsdgthtjtj

hfjtetjj4l3 grhht etjt

tjtjt tjtrettjj4-hg wrp rrh

90.5

90.5 FM | www.radioguadianafm.com

Publicidade

Aluguer de equipamento de som e luz

Agenciamento de artistas

Mega Festas de Espuma

rádio guadiana

geral 281 512 337 | 281 513 861 | 281 541 767telemóvel 91 784 35 34 fax 281 512 338

directo estúdio 281 542 206e-mail [email protected]

[email protected]

Page 13: Jornal do Baixo Guadiana - Edição Janeiro 2011

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JANEIRO 2011 | 13

2011ACTA

Opus Gay

ExpectativasBalanço

No plano artístico, portanto, no que respeita às nossas capaci-dades e competências, o ano de 2010 correu-nos muitíssimo bem. Foi um ano em que conseguimos conjugar, quase na perfeição, o discurso da irreverência com o da maturidade. A nossa Compa-nhia, no seu conjunto, começa a respirar sabedoria. E isto é muito importante. Tenho a perfeita cons-ciência que este fenómeno não se encontra com frequência, o da unidade do discurso face à diver-sidade das problemáticas. Isto acontece porque temos um olhar

Pela 1ª vez se começou a ter consciência , embora vaga, da crise económica ,social finan-ceira, politica e cultural em que o país estava mergulhado, fruto também da mundialização sem se conseguir atinar com um rumo definitório.

Temos um país dividido entre oposições de bota abaixo, e um

científico sobre o nosso trabalho. Somos artistas mas ao mesmo tempo somos também investiga-dores da natureza humana e da sociedade. Portanto, por este lado sinto-me muito satisfeito com o que nos aconteceu em 2010 ( Já agora, recordemo-nos que foi o ano em que nos foi atribuído o mais prestigiado prémio nacional da área da Educação – o Prémio Gulbenkian). Em matéria prosaica, isto é, financeiramente, é que as coisas não podiam ter corrido pior. Pela primeira vez em 12 anos tive-mos deslizes temporais no paga-

Governo entediado em contradi-ções, com medo de falar verdade aos cidadãos, muito acusado, sem nada ter ficado provado, mas com visível desgaste, de estar envolvido em corrupção, uma das mais graves doenças da nossa sociedade.

As mudanças estruturais que o país precisa, para enfrentar a globalização, que é um desafio a todo o Ocidente, e que o Governo deve empreender, têm sido adia-das, ou amaciadas, por razões de conveniência eleitoral. Agora é

Luís Vicente, director artístico

António Serzedelo, presidente da associação «Opus Gay»

2010-Ano difícil para os Portugueses e para as Instituições representativas do Estado.

2010&

AMAL2010 foi o ano do acentuar da

crise económico-financeira que tem afectado a maior parte dos países europeus. Portugal tem sido fortemente atingido por este difícil contexto e a região do Algarve não é excepção. Houve um agravamento das condições de vida de muitos algarvios, sendo o aumento do desemprego o factor mais preocupante.

A conjuntura económica em que nos encontramos, implicou um grande trabalho, esforço e dedicação por parte dos autar-cas algarvios, com o objectivo de equilibrar as contas, cortar nas despesas e manter uma gestão rigorosa dos recursos que se tor-naram mais escassos.

No sentido de atenuar as difi-culdades sociais sentidas pela população, os Municípios refor-çaram e introduziram medidas na área da acção social.

José Macário Correia, presidente do Conselho Executivo

Um ano positivo para o Algarve

Sendo certo que se vive um con-texto de acentuada crise, da qual já resultou uma quebra nas recei-tas transferidas do Estado para os municípios, torna-se necessário, agora mais do que nunca, o reforço da união dos principais actores públicos e privados da região, no sentido de aumentar a capacidade de atracção de investimento, turis-tas e de desenvolvimento auto-sustentado da região.

É neste contexto que os Municí-pios do Algarve, através da AMAL,

vão agir, participar e contribuir para a realização de projectos estratégicos e actividades comuns, que vão ao encontro das necessi-dades da região do Algarve.

mento de honorários aos nossos trabalhadores superiores a 1 mês. Somos confrontados com grandes dificuldades: nossas, dos nossos parceiros e do público. Há uma retracção sintomática da degra-dação das condições sociais e do interesse pelas coisas do espírito. E, como é do geral conhecimento, espera-se que 2011 ainda seja pior. Mas enfim: vamos conti-nuar a dar o nosso melhor, sempre na expectativa de que o Poder comece a olhar para a Cultura com um outro olhar.

confrontado com exigências que vêm do exterior, BCE e FMI, e que as oposições aproveitam, em coligações negativas, com o fito exclusivo de aumentar o seu score eleitoral.

Nas autonomias regionais as motivações não são melhores Na Madeira, depois do desastre do temporal, a que o país acorreu soli-dário, Alberto Jardim, continua no seu despesismo populista, com ati-tudes ameaçadoras que lembram o ditador da Bielo-Rússia.

Os Açores mais comedidos, também são acusados de falta de solidariedade.

Um país com pouca participação cidadã, sem cultura nem instru-ção, com patronato e sindicatos desconfiados da modernidade está prestes a encerrar um ciclo em que a única alternativa, por ainda não se ter criado uma consciência à esquerda, tal como na Europa, são as soluções da direita, que não são as necessárias.

O problema vai ser colocado logo depois das presidências, com uma eventual moção de censura. Avizinha–se um 2011 muito duro, recessivo, com perigo de grandes rupturas e confrontações sociais.

O JBG agradece a disponibilidade de todos os que teceram as suas considerações neste «caderno de balanços e expectativas». Não conseguindo reunir mais vozes, pela falta de espaço, temos, porém, a certeza que o vamos fazer em próxima oportunidade.

Page 14: Jornal do Baixo Guadiana - Edição Janeiro 2011

14 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JANEIRO 2011

Canil&Gatil Centro de Recolha de Animais VRSA/CM

Governo Civil

AHETA ANJEAlgarve

A Direcção da Guadi- Centro de animais, actualmente responsável pela gestão do Centro de Recolha de Animais (denominação actua-lizada) dos concelhos de Vila Real de Santo António/Castro Marim, entendeu proceder à elaboração deste relatório

referente ao ano que agora termina, porque entende ser seu dever prestar alguns escla-recimentos às povoações destes concelhos e de forma muito par-ticular a todos os que de maneira directa apoiam os animais e

Posso considerar 2010 como um ano bastante positivo, sobretudo no que diz respeito à Segurança e à Protecção Civil, áreas que assumo como prioritárias desde o meu primeiro mandato.

Para além de uma diminuição da criminalidade geral, especial-mente a criminalidade violenta, a região contou com novo reforço de meios, de que é exemplo o programa Algarve Seguro, bem como com a melhoria e abertura de novas instalações destinadas às Forças de Segurança, aumen-tando assim a sua eficácia e capa-

A Associação dos Hoteleiros e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) está a ultimar a apre-sentação detalhada do balanço do ano de 2010 e perspectivas para 2011. No entanto, o presidente Elidérico Viegas, avançou ao nosso jornal no âmbito deste caderno especial de balanços que “2010 registou os piores resultados dos últimos 15 anos e os empresários do sector estimam que 2011 vá ter ainda piores resultados”.

Balanço de 2010?

A titulo de balanço poderei dizer que 2010 foi um ano terrível onde nada aconteceu e a Região e o Pais ficaram reféns da crise externa e da consequente crise e instabilidade interna.

Poderei ainda considerar que a pior coisa que aconteceu para a nossa região foi a decisão de colo-car portagem na via do infante . Coisas boas não aconteceram apenas poderei dizer que é um ano para recordar durante muitos anos para que se não voltem a

nomeadamente este Centro.Importa pois, saber que, neste

momento, temos 256 cães e 120 gatos sob a nossa protecção.

Como, infelizmente, a crise que se instalou no nosso país não perdoa nenhum sector da socie-dade, estamos obrigados a olhar para esta realidade com compre-ensão dado que não podem ser os animais a sofrer os nossos erros e muita vez o desamor com que os tratamos.

Os voluntários têm sido extra-ordinários no apoio e carinho

cidade de resposta operacional.Também na área da Protecção

Civil, o Algarve registou uma importante evolução, com a cria-ção de instrumentos como o Plano Especial de Emergência para o Risco Sísmico e de Tsunamis, o Plano Operacional de Protecção Civil e o Plano Distrital de Defesa da Floresta Contra Incêndios, con-tribuindo este último para reduzir de forma bastante significativa o número de ignições na área flores-tal. Este foi o melhor dos últimos dez anos no que diz respeito a esta problemática.

Elidérico Viegas, Presidente

Paulo Bernardo, Director - Executivo

Isilda Varges Gomes, Governadora Civil do distrito de Faro

que dedicam a estes nossos “amiguinhos”, os sócios e cola-boradores começam a fomentar actividades(feiras, rifas e pedi-tórios e com os seus donativos tentam atenuar algumas das muitas carências que temos.

Para o próximo ano iremos pro-ceder a uma campanha de este-rilização de animais, actividade que se insere numa medida a nível nacional.

Com muito esforço temos, em termos de instalações, procurado dar alguma dignidade ao Centro de Recolha de Animais, com melhoramentos nas instalações e nos espaços exteriores, ajardina-mento e aquisição de material de saúde, camas, trelas, etc.

Apesar das dificuldades, cons-cientes que a melhor solução para

estas animais é a adopção, temos tentado incentivar as pessoas a fazê-lo, e tem sido possível encon-trar lar para muitos deles.

Cabe, ainda, o reconhecimento pelo esforço económico da Câmara de Vila Real para que os nossos animais tenham um tecto e ali-mentação.

Na esperança que todos enten-dam que esta situação não é só um problema de alguns

Citamos um dos maiores filó-sofos e humanistas do Séc. XX - GANDI que disse” O

Homem só atingirá a verdadeira civilização quando respeitar os animais que com ele

compartem este planeta”

De salientar ainda que, apesar dos constrangimentos financeiros que afectam a economia mundial, também o turismo do Algarve registou um crescimento relati-vamente ao ano anterior, confir-mando assim a excelência de um sector que tem vindo a apostar fortemente numa oferta de alta qualidade.

Assegurar a continuidade do trabalho desenvolvido em 2010 e criar novas metas no sentido de garantir cada vez mais e melho-res condições para a afirmação do Algarve enquanto região de

excelência em todas as suas áreas estratégicas, constituem as pers-pectivas para o próximo ano, o qual, acredito, poderá ser um tempo de progresso.

Porque, apesar das dificulda-des, os cidadãos do Algarve dis-tinguem-se pela força e coragem, características próprias dos verda-deiros vencedores.

cometer os mesmos erros.

Perspectivas para 2011?

Ao contrario de todas as expec-tativas julgo que vai ser o ano de começar a ver alguma luz ao fundo do túnel. Pois que conse-guiu sobreviver até 2011 vai estar preparado para tudo.

2011ExpectativasBalanço 2010&

Page 15: Jornal do Baixo Guadiana - Edição Janeiro 2011

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JANEIRO 2011 | 15

´

~

Director: Carlos Luis FigueiraPropriedade da Associação ODIANA

JANEIRO 2011Suplemento Bimensal

Ano 1 - Nº4 Este suplemento não pode ser vendido separadamente

CASTRO MARIM«Sons Coloridos» cumpriu II Edição

VRSAAlunos juntaram-se num «Abraço» especial

ALCOUTIMEstudantes criam cocktails inovadores

No teu «Papel de Parede» fica a saber mais sobre «2011 – Ano Europeu do Voluntariado»

COM ApOIO DE:

Raparigas mais cautelosas

Estudo «Health Behaviour in School aged Children», da

Organização Mundial de Saúde (OMS), revela que em Portugal as

raparigas apresentam uma maior preocupação preventiva face

aos riscos associados à sexualidade, em contrapartida os rapazes

apresentam uma maior aceitação do risco.

Page 16: Jornal do Baixo Guadiana - Edição Janeiro 2011

16 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JANEIRO 2011

´~

Em Castro Marim foram muitas as actividades na comemoração do «Dia do Deficiente»

No dia 3 de Dezembro de 2010 comemorou-se o «Dia da Deficiência». Mais um pretexto para a sensibilização de miúdos e graúdos e um alerta para um mundo ainda egoísta e pouco informado relativamente às deficiências.

«Todos Diferentes, Todos Iguais»

VRSA reforça a intervenção terapêutica no concelho

Em VRSA a comemoração do dia da deficiência “faz-se todos os dias” através das inúmeras valên-cias que têm surgido nos últimos anos. O Agrupamento de Escolas de VRSA (Escola Secundária de VRSA e Escola Infante D. Fernando - Vila Nova de Cacela) acolhe alunos portadores de deficiência e com «Necessidades Educativas Especiais». De acordo com os técnicos envolvidos “o objectivo é a inclusão” e para tal exis-tem estruturas como os «Gabi-

Em Castro Marim mobilizou-se a comunidade para a problemática da deficiência com a participação de alunos do pré-escolar e 1º e 2º ciclos; o objectivo foi claro e assumido: sensibilizar para a máxima «Todos diferentes, no entanto, todos iguais ao nível dos direitos». A E.B.2.3 local albergou todo um conjunto de iniciativas que pretendeu a consciencializa-ção. A ideia surgiu do grupo de Educação Especial do concelho castromarinense, onde existe há quase 4 anos a «Sala de Ensino Estruturado» [também designada «Sala TEACCH»] para crianças e jovens com perturbações do espectro do autismo. “A ideia é sensibilizar para a questão da deficiência e porque as pessoas, nos dias que correm, são cada vez mais egoístas, não têm tempo para partilhar nada com o outro, este dia é mesmo isso; dar algo e apoiar uma pessoa diferente”, confirma a professora de Educação Especial, Anabela Martins, que pelo segundo ano consecutivo trabalha na Sala em causa.

O dia foi em cheio, desde workshops, histórias, exposição de trabalhos e fotografias, atelier de pinturas e um teatro de fanto-ches. Neste dia especial ficou famoso o «Elmer» - a história do elefante que não era cinzento como os outros; era sim às cores e a sua importância para o grupo era tamanha a ponto de ter sido implementado o dia em que todos os animais se vestiriam às cores em homenagem ao simpático «Elmer». A história foi contada por professores e alunos e repre-sentada através de fantoches. A história pretendeu consciencializar “e é muito importante começar-mos pelos mais pequenos que têm uma mente muito mais aberta; já no que diz respeito aos adultos é mais difícil”, lamenta a professora que acusa a sociedade de viver “muito para si e de ser ainda muito discriminatória”. Neste dia especial houve também lugar para o workshop dos sentidos, onde foram despertos os cinco senti-dos de cada um - toque, olfacto, audição, visão e paladar. Também patente esteve uma exposição relativa à mobilidade condicio-

nada que consistiu numa visita a Castro Marim com alunos do 1º e 2 º ciclos de modo a analisar as acessibilidades da vila. “É impor-tante sensibilizá-los e ver como é que uma pessoa portadora de deficiência motora, e tenha nome-adamente de andar de cadeira de rodas, se consegue deslocar em Castro Marim”, explicou a respon-sável que alertou que a zona mais nova da vila denota preocupação a este nível; já a zona antiga nem tanto. “No centro histórico depa-ramo-nos com mais problemas, desde passeios estreitos, altos e alguns sítios inacessíveis”, alerta.

Neste dia tão especial esteve presente a recém-formada delega-ção de Castro Marim da Associação «Pais em Rede» . “Esta é uma exce-lente iniciativa e há que começar pelas escolas para educar para uma mentalidade mais aberta e justa para com estas crianças, bem como a sua envolvência na socie-dade”, enalteceu um dos membros da associação. O JBG encontrou também Julieta, a avó de Jaime, um menino autista que se encontra na «Sala de Ensino Estruturado» em Castro Marim. “Isto é muito importante e até devia ser lá fora, para que toda a comunidade tivesse conhecimento”, diz esta dedicada avó, emocionada ao mesmo tempo que salienta haver muito desconhecimento sobre as problemáticas da deficiência. “As pessoas ainda continuam a discriminar e sinto isso com o meu neto em especial”, diz, confessando alguma desmotivação face aos reduzidos apoios existentes nas escolas e, sobretudo, ao nível de comparticipação de terapias.

pombalina em 2008 a «Sala de Desenvolvimento», uma iniciativa na altura pioneira no Algarve onde se alargou a intervenção terapêutica junto das crianças escolarizadas através do apoio de profissionais de psicologia, terapia ocupacional e terapia da fala. Pos-teriormente, em 2009, e também com o apoio da câmara municipal, o mesmo agrupamento criou a «Sala de Ensino Estruturado»; um espaço destinado a crianças do ensino pré-escolar e 1º ciclo que sofrem de perturbações do espec-tro do Autismo.

A autarquia, em declarações ao JBG, garantiu que durante

este mês de Janeiro de 2011 o alarga-mento a todo o concelho

da intervenção nesta área. O

projecto de apoio

Num dia especial para crianças especiais

A Sala de Desenvolvimento de VRSA pretende alargar a intervenção terapêutica junto das crianças com necessidades educativas especiais

netes de Apoio ao Aluno» em arti-culação com a Equipa de Saúde Escolar do Centro de Saúde local, contando com técnicos das áreas de enfermagem, higiene oral, dietética, terapia da fala e ainda o apoio de psicólogos clínicos. Já no Agrupamento de Escolas D. José I foi criada pela autarquia

concelhio tem sede na antiga E.B.I S. Cristóvão e o objectivo é reforçar e alargar a intervenção terapêutica no concelho para todas as crianças em idade pré-escolar e 1º ciclo com alterações no desen-volvimento infantil (dificuldades de aprendizagem, alterações no comportamento, alterações globais

no desenvolvimento, perturbações na fala/linguagem, dificuldades na aprendizagem da leitura e escrita). Esta, a par de outras medidas, como o transporte para alunos por-tadores de deficiência que frequen-tam instituições, os protocolos no âmbito da terapia da fala e sessões de hidroterapia para crianças porta-doras de deficiência mental, motora ou doença crónica, constituem um leque de apoios que a câmara pre-tende reforçar continuamente.

Alcoutim quer formar profes-sores para as necessidades educativas especiais

No concelho de Alcoutim exis-tem quatro alunos portadores de deficiência nas EBI de Alcoutim e Martinlongo que usufruem de apoio directo, e indirecto, com uma docente de educação espe-cial. Porém, e de forma a colmatar um défice ao nível dos recursos e psicologia nas escolas do conce-lho, foi celebrado entre estas e a autarquia um «Acordo de Cola-boração para implementação do Serviço de Apoio Psicossocial». “Este serviço vai ao encontro das competências dos Serviços de Psicologia e Orientação do Ministé-rio da Educação, pressupondo um apoio psicopedagógico a alunos, docentes, técnicos, encarregados de educação, a promoção de acções de Orientação Escolar e Profissional e o encaminhamento para os Ser-viços de Acção Social da câmara, em situações que o requeiram”, diz Sofia Matilde, psicóloga da câmara que relembra que o acordo foi formalizado no passado ano lectivo, no entanto o serviço tem vindo a ser desenvolvido desde 2004.

Em Alcoutim uma profissional de psicologia desloca-se semanal-mente às escolas para avaliação e acompanhamento de alunos com necessidades educativas especiais e dificuldades de aprendizagem. Na educação especial existe uma equipa especializada que integra uma psicóloga, uma professora de ensino especial e técnicos do centro de saúde. Em Alcoutim a experiên-cia é ainda reduzida, visto que é o 3º ano lectivo em que é colocado um professor de educação especial no concelho. Também aqui existe um protocolo celebrado com a Fundação Irene Rolo na frequência de cursos de formação profissional e na intervenção precoce (até aos 6 anos de idade). Em 2009 na escola de Martinlongo o serviço de apoio psicossocial foi enquadrado no âmbito do «Gabinete de Apoio à Família e ao Aluno». E foi também esta escola que se candidatou a um Projecto de Educação especial da Fundação Calouste Gulbenkian. O objectivo é a formação de profes-sores no âmbito da diferenciação pedagógica e aquisição de material específico. “A meta é contribuir não só para uma intervenção junto dos alunos com necessidades educativas especiais, mas também daqueles com dificuldades de aprendizagem”, refere a escola.

Page 17: Jornal do Baixo Guadiana - Edição Janeiro 2011

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JANEIRO 2011 | 17

´~

Alunos de Curso Profissional em Alcoutim criam cocktail «Almareado»

Festa «Sons Coloridos II»

Alunos num «Abraço de Natal»

taurante/Bar, da Escola Básica Integrada de Alcoutim.

O curso, de três anos, com equivalência ao 12º ano e com qualificação profissional de nível III, apresentou à comuni-dade alcouteneja o seu trabalho

Decorreu na noite de 16 de Dezembro, na E.B. 2,3 de Castro Marim, a festa «Sons Coloridos II». Uma festa aberta a toda a comunidade que assinalou o final do primeiro período e o início da época natalícia. Para além da festa, a biblioteca escolar abriu as suas portas com a feira do livro e a exposição da Liga dos Amigos da Galeria Manuel Cabanas.

Nos «Sons Coloridos» todas as turmas de Educação Musical apresentaram canções (ao todo foram vinte e três apresentações). Durante as pausas musicais foram entregues prémios dos concursos organizados na escola durante o primeiro período: Conto Fantás-tico (ganho por Cândida Correia, do 5ºC); Poema de Natal (ganho por Mariana Santos, do 7ºA) e Carta de Natal (ganho por Alexan-dre Jerónimo, do 3ºD, e Cristiana Silva, do 7ºA). O Agrupamento de Escolas de Castro Marim também

Não há Natal sem um «Abraço de Natal». Em Vila Real de Santo António, mais propriamente no Centro Cultural António Aleixo a

Decorreu a 14 de Dezembro, na Casa dos Condes de Alcou-tim, o lançamento de quatro cocktails inspirados no conce-lho. Os protagonistas do evento foram os cinco alunos do curso de Restauração, variante Res-

homenageou alunos que se desta-caram no ano lectivo anterior em concursos nacionais. Esses alunos promoveram o nome da escola e do concelho com vitórias e luga-res de honra no Entre Palavras, Olimpíadas da Química, Concurso Nacional de Leitura, Mostra de Teatro Escolar, Concurso Literário da DREALG, Concurso Literá-rio Ellos e Concurso Europa no Mundo. Houve ainda espaço para a declamação de poemas de Natal, por alunos do 7ºB, e para a estreia do Clube de Dança.

O espaço onde se realizou a festa esteve lotado, numa noite onde alunos, professores, funcio-nários, familiares e/ou amigos marcaram presença. Perante esta adesão tão grande da comuni-dade e de tantas apresentações realizadas, os responsáveis desta actividade já pensam na festa «Sons Coloridos II» para o Natal de 2011.

O «Almareado» acabou por se destacar. Feito com mel, laranja, aguardente de figo e amarguinha

Ao todo foram vinte e três apresentações dos alunos

A comunidade escolar de Monte Gordo juntou-se num abraço especial

Evento marcou demonstração anual de Natal dos alunos da escola E.B. 2,3 de Monte Gordo.

final, deixando aos comercian-tes locais a sugestão de rentabi-lizar as novas bebidas, do ponto de vista turístico.

Foram quatro os cocktails, todos confeccionados a partir de produtos locais e regio-

Eu inscrevi-me na «TeaTroTeca», grupo de teatro escolar, quando estava no 6º ano. A minha primeira apresentação foi «Bruna e Sam», baseada no livro «O rapaz do pijama às riscas».

A «TeaTroTeca» tem mais de 30 alunos inscritos, divididos por vários grupos, e ensaiamos todas as sextas--feiras no auditório da nossa escola, na biblioteca escolar ou no auditório da biblioteca municipal de Castro Marim, depende do tipo de ensaio que vamos fazer.

Em Março vamos apresentar «Auto da Curandeira e a República», uma adaptação inspirada na obra de António Aleixo «Auto do Curan-deiro».

Nesta peça a personagem que vou fazer é uma jornalista. Quando represento sinto que sou outra pessoa. Esqueço, durante um pouco, os meus problemas. É também uma forma de alimentar a minha curio-sidade.

Gosto de estar em palco e de representar. Vejo como é o mundo. Entro na pele de outra pessoa. É verdade que no início de cada actuação sinto-me nervosa. Depois passa e no fim já está tudo na «des-contra». Às vezes até tenho a sensa-ção que me vou enganar!

O teatro escolar também é impor-tante para desenvolver a união entre todos. Quando apresentamos um trabalho todos temos que ser res-ponsáveis, porque se um falha todos falhamos.

Vanessa Pereira, 7ºA, Agrupamento de Escolas

de Castro Marim

As mensagens dos nossos leitores devem ser enviadas para: [email protected]

nais – «Almareado», «Pazes de Alcoutim», “Alcoutenejo” e «Algarviano». O «Almareado» acabou por se destacar. Feito com mel, laranja, aguardente de figo e amarguinha, e vai começar a ser confeccionado nos cafés e bares do concelho e associado à «marca» Alcoutim.

O edil local, Francisco Amaral, sublinhou a importância deste cursos e referiu, a propósito da formação profissional, que “é o caminho para contrariar o despovoamento do concelho; ensina aos nossos jovens novas formas de investir e rentabilizar os nossos produtos”.

O lançamento destes quatro cocktails passa por dar a conhe-cer à comunidade o trabalho desenvolvido no curso e, sobre-tudo, sugerir aos comerciantes locais que rentabilizem turistica-mente as novas bebidas, criadas a partir de produtos locais e regionais.

Este curso foi proposto pela EBI de Alcoutim e aprovado pela Direcção Regional de Edu-cação do Algarve (DREAlg).

tradição já tem três anos e marca mais um momento especial para os alunos da escola E.B. 2,3 de Monte Gordo.

No final do ano o «Abraço de Natal», que já vai na terceira edição, os alunos tiveram a opor-tunidade de demonstrar os seus talentos.

Muita música e animação abri-lhantaram a festa que contou com a prática musical, a representação e o canto.

Page 18: Jornal do Baixo Guadiana - Edição Janeiro 2011

18 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JANEIRO 2011

2011 é o «Ano Europeu do Voluntariado». O objectivo passa por incentivar e apoiar os esforços desenvolvidos pela Comunidade, pelos Estados-Membros e pelas autoridades locais e regionais nacriação de condições na sociedade civil propícias ao voluntariado. Pretende-se também aumentar a visibilidade das actividades de voluntariado nesta

comunidade, para além de incrementart os meios para aumentar o voluntariado.Cada Estado-Membro designou o organismo responsável pela organi-zação da sua participação no Ano Europeu, sendo o Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado (CNPV) o designado para Portugal.

Alcoutim

Castro Marim

VRSA

2011

Audição do Conservatório Local

Aulas de Hip-Hop da UTL

Tertúlia «Alimentação Saudável» com JBG+ no facebook

Page 19: Jornal do Baixo Guadiana - Edição Janeiro 2011

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JANEIRO 2011 | 19

2011

Bombeiros Voluntários de VRSA

IDT

CLAII VRSA

Em termos operacionais, creio que o Corpo de Bombeiros esteve à sua altura, dando resposta adequada não só na sua área de actuação, como também nos diversos locais da Região, sempre que foram solicitados a intervir, demonstrando claramente que está preparado para responder adequadamente em todas as áreas.

Fomos palco de um grande evento a nível nacional, aliás o

Em termos operacionais, creio que Lei Orgânica do Instituto da Droga e da Toxicodependên-cia, I.P (IDT, IP), Decreto-Lei nº 221/2007, de 29 de Maio, estabelece-lhe como Missão “Pro-mover a redução do consumo de drogas lícitas e ilícitas, bem como a diminuição das toxicodepen-dências”.

Durante o ano de 2011, pretende-se continuar a ope-racionalizar as orientações polí-tico-governamentais em matéria

O Centro Local de Apoio à Inte-gração de Imigrantes, valência da Delegação da Cruz Vermelha Por-tuguesa de VRSA, faz um balanço bastante positivo no que concerne ao acolhimento e integração dos imigrantes.

Desde a sua abertura, a filosofia do CLAII tem sido procurar inte-grar os imigrantes na comunidade vilarealense, através das activida-des sócio-culturais que tem vindo a realizar, nomeadamente: Festa Entreculturas, que já decorre há 3 anos; Festa de Ano Novo Das Crianças Imigrantes, que decorre a 30 de Dezembro, também já pela vez; o Convívio Intercultural que pela primeira vez se irá realizar no Dia das Migrações, a 18 de Dezembro; a acção de formação em Acompanhamento de Crianças e as sessões de orientação profis-

primeiro do género, estou a falar do Iº Encontro Nacional de Infan-tes e Cadetes, que se realizou nesta cidade e que teve o êxito e objectivos pretendidos.

Levou-se a cabo uma Escola de Estagiários, futuros Bombeiros, que se irá concluir com a pro-moção dos mesmos no dia 15 de Janeiro de 2011, durante o ani-versário do Corpo de Bombeiros, prevendo-se que concluam com êxito, 12 novos Bombeiros.

de drogas, álcool e toxicodepen-dências, veiculadas quer em termos do que se encontra preco-nizado nos objectivos estratégicos do Plano Nacional Contra a Droga e as Toxicodependências (PNCDT) – 2005-2012, no correspondente Plano de Acção 2009-2012 (PA 2009-2012) e no Plano Nacional para a Redução dos Problemas Ligados ao Álcool (PNRPLA), quer em termos do Quadro de Avalia-ção e Responsabilização (QUAR) de 2011.

sional e de incentivo à criação de micro-empresas, que se realiza-ram com o apoio do Centro de Emprego de VRSA; o encaminha-mento, a orientação profissional bem como o apoio à inserção no mercado de trabalho, através de outra das nossas valências, o Gabi-nete de Inserção Profissional; o Programa de rádio Viver Aqui, a participação da comunidade imi-grante noutros convívios e festas regionais e acções de sensibiliza-ção nas escolas sobre a temática da imigração, entre outras acti-vidades.

Enquanto coordenadora do CLAII, avalio o ano de 2010 como tendo sido um ano difícil para a comunidade imigrante, dado que é a primeira a ser afectada com a crise económica. O aumento do desemprego e a consequente

Comandante Paulo Simões

Paula Marujo, delegada Regional do Algarve do IDT (Instituto da Droga e da Toxicodependência)

Rita Prieto, Coordenadora do Centro Local de Apoio à Integração de Imigrantes de VRSA (CLAII), valência Delegação da CVP de VRSA.

Balanço 2010 e Perspectivas para 2011

Face às circunstâncias e apesar de tudo, será um ano de intenso trabalho e com grandes projectos a serem executados ao longo do ano, sendo que um dos principais objectivos serão:

- Avaliação contínua e anual de todos os Bombeiros Voluntários do Corpo de Bombeiros, para progres-são na carreira de Bombeiro;

- Restruturação de todos os sec-tores do Corpo de Bombeiros;

- Aprerfeiçoamento técnico,

através de formação exterior, de todos os Bombeiros;

- Aquisição de meios para reforço e substituição de alguns com alguns anos de vida, quer em veículos quer em material de protecção individual dos Bombei-ros, através dos fundos comuni-tários do QREN, com o apoio de todas as Autarquias da Região do Algarve.

Em 2011 continuaremos a apostar no desenvolvimento dos projectos iniciados em anos anteriores, procurando sempre a consolidação e certificação da qualidade da actividade do IDT, IP e a obtenção de ganhos em saúde. Destaca-se a aposta na continuação da implementação do PNRPLA, com vista a reduzir de forma significativa o consumo nocivo do álcool entre a população e diminuir os seus efeitos pernicio-sos, em termos sociais e de saúde, numa perspectiva integradora das diversas áreas de intervenção do IDT, IP e de outros organismos. Neste âmbito, releva-se a ope-racionalização, conjuntamente

com a Administração Regional da Saúde do Algarve, da rede de referenciação para o tratamento dos problemas ligados ao álcool.

A nossa missão é um desafio per-manente, especialmente se consi-derarmos que estamos sempre a ser confrontados com novos con-sumidores, novos padrões de con-sumo e novas substâncias. O nosso principal objectivo para 2011 é continuar a proporcionar uma res-posta célere e adequada aos nossos utentes e manter um conjunto de respostas integradas, em articula-ção com os nossos parceiros, que sejam abrangentes, coerentes e simultaneamente capazes de lidar com a complexidade e transversa-lidade da problemática das drogas e toxicodependências.

falta de poder económico, fez com que muitos imigrantes tenham procurado outros países, nome-adamente a França e a Bélgica. Verifica-se já, em alguns casos desta comunidade, situações de pobreza envergonhada. No que se refere ao número de atendimen-tos registados no Centro Local de Apoio à Integração de Imigrantes, verifica-se uma situação bastante semelhante há do ano anterior, em que se registam maior número de incidência de casos. São situações de regularização de documenta-ção e de apoio social e pedidos de apoio para a aquisição da nacio-nalidade portuguesa.

Gostaria, por último, de salien-tar que tem sido possível realizar todas as actividades graças ao apoio incondicional de parceiros como a Autarquia de VRSA, o Pro-

grama Feinpt-ACIDI, o Centro de Emprego de VRSA, a Escola Secun-dária de VRSA, a Companhia de Teatro Fech’ó Pano, a Companhia de Dança Splash, o grupo Coração da Cidade, os Cafés Delta, a Edi-tora Guadiana, a Rádio Guadiana, a Junta de Freguesia de VRSA, o Jornal do Baixo Guadiana, o Jornal do Algarve, associações de imigrantes regionais e toda a comunidade imigrante que tem participado nas acções. Para todos, os nossos agradecimentos.

Penso que, dada a situação económica que o país atravessa, a comunidade imigrante irá encontrar no ano de 2011, gran-des obstáculos e desafios. Julgo que a saída de imigrantes para outros países europeus irá aumen-tar, dado os inúmeros pedidos de apoio à aquisição da nacionali-dade portuguesa. Será um ano em que todos nós iremos sentir a verdadeira crise que o país está a atravessar e o CLAII, certamente, irá receber mais pedidos de apoio social.

ExpectativasBalanço 2010&

Delega

ção R

egion

al

Page 20: Jornal do Baixo Guadiana - Edição Janeiro 2011

20 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JANEIRO 2011

O movimento «Pais em Rede»

NERA

Em matéria de Regionalização, o ano político de 2010 tinha alguns ingredientes para alimentar esperan-ças de progresso. Veio a revelar-se um quase nada, com sabor a pouco e a desilusão, levada na enxurrada das crises, na instabilidade política e neste alerta de tsunami social com que se anuncia a vinda do novo ano. Efectivamente, pela primeira vez na Terceira República, todos os partidos com representação no parlamento, assumiram nas eleições de Setembro de 2009 compromissos com o processo

«Pais em Rede» é um movimento nacional de famílias e amigos das pes-soas com deficiência, que se uniram para serem a voz activa dos seus filhos, visando a sua inclusão na sociedade e ajudando-os a construir o seu projecto de vida.

No dia 12 de Dezembro, os Pais em Rede do Distrito do Algarve reuniram-se numa pequena festinha de Natal, onde partilharam experiências, troca-ram presentes, cantaram e houve até um contador de histórias, que mara-vilhou os mais pequeninos. Aproveita-ram ainda, para fazer o lançamento da

Em primeiro lugar porque não há opiniões dissociadas de visões políticas, culturais e ideológicas, ou de interes-ses de diversa natureza. É assim que podemos entender que para alguns, 2010 em Portugal, no Algarve ou na nossa aldeia, apesar de ter sido «mau», foi melhor que noutros lugares; que tudo o que se passou veio de fora e foi, sobretudo, da responsabilidade da «crise financeira internacional». Ou que para outros, ao contrário, as dificuldades resultam sobretudo das responsabilidades do governo.

de regionalização. Desde a esquerda, no seu conjunto, ao PSD que pugnou pela realização de um novo referendo, até ao CDS-PP, que admitiu discutir a questão, num quadro global de reforma da administração pública em geral, e das autarquias locais em particular, todas as forças políticas deixaram uma porta aberta para a recolocação deste tema na mesa do debate político da nova legislatura. O Movimento Cívico “Regiões, Sim!” bateu-se por isso, quando promo-veu uma Petição com cerca de 8 mil

«AGENDA Pais em Rede» 2011.Recuando ao dia 30 de Janeiro de

2010, abertura do Núcleo Distrital do Algarve, muito se avançou em termos de contactos com diversas Instituições: Governo Civil, Presidente da Câmara Municipal de Faro, Presidente da Câmara Municipal de Loulé (estando a coordenação a trabalhar com a Rede Social de Faro e de Loulé), Presidentes das Juntas de Freguesia, Centros de Saúde, Escolas, Associações e Fun-dações, no sentido de estabelecerem várias parcerias.

Os «Pais em Rede» estiveram ainda

E aqui impõe-se uma primeira nota: o nosso país continua nos últimos lugares de importantes rankings eco-nómicos e sociais na União Europeia, apesar de ter melhorado muito nos últimos anos. Um segundo dado é que Portugal tem uma crise estrutu-ral profunda que deriva do modelo de desenvolvimento errado das últimas décadas que destruiu importantes áreas produtivas (agricultura, pescas, etc.) e privilegiou sobretudo as activi-dades não exportadoras (construção, obras públicas,) em vez de apoiar com continuidade actividades produtoras de bens e serviços exportáveis (como o Turismo) e capazes de responder também às exigências do mercado interno, evitando importações. É daqui que resultam todos os nossos défices.

Coordenação dos «Pais em Rede» do Distrito do Algarve

Mendes Bota, Presidente do Movimento Cívico «Regiões, Sim!»

Vítor Neto, Presidente do Nera

Regionalização: entre o pouco e o talvez

subscritores, solicitando aos partidos políticos esse compromisso perante os portugueses. Tornou-se mais clara a intenção de cada qual. Infelizmente, o balanço de 2010 veio a saldar-se num quase nada, com sabor a pouco, mas, apesar de tudo, com alguns sinais ténues de esperança de que o assunto possa retomar alguma luminosidade em 2011, como vela acesa no meio de um vendaval. É necessário ser realista. Um novo referendo à Regionalização só terá hipóteses de sucesso, se tiver um largo consenso político na sua

base, com o PS e o PSD à cabeça. Será a condição necessária. E o progresso registado no maior partido da oposi-ção, com a proposta que apresentou, abrindo a porta à implementação faseada, através da instituição “de uma ou mais regiões-piloto”, foi um dado novo, positivo, que se espera não venha a ser liquidado primariamente na Comissão de Revisão Constitucional. Mas existe uma condição suficiente. E essa é a de fazer a demonstração cabal, perante o povo português, de que a Regionalização reduzirá efec-tivamente as despesas do Estado e o número de cargos políticos. Neste sentido, defendemos, ainda no final de 2009, a criação de uma comissão parlamentar eventual para a análise integrada das soluções inerentes ao processo de regionalização adminis-trativa. Depois das presidenciais, e se não houver crise política logo a seguir, talvez se faça o segundo livro branco da Regionalização, com o máximo denominador de consensualidade. Mas, convenhamos, é um talvez do tamanho do buraco de uma agulha.

presentes em vários eventos, como feiras de stocks, mercadinho de Outono e bibliotecas municipais. Procuraram transmitir uma nova atitude face à deficiência, trabalhando em equipa, envolvendo todos os parceiros na discussão dos graves problemas exis-tentes, nomeadamente na interven-ção precoce, na escola inclusiva e na vida activa dos dos deficientes, que ao saírem da escola e dos cursos de for-mação, voltam para casa, regredindo de novo e entrando a maior parte das vezes em depressões profundas, o que obriga muitos familiares a deixar de trabalhar, para poderem auxiliar os seus filhos, uma vez que não existem locais preparados para receberem estes jovens, nem cooperação de empresas públicas e privadas, no sentido de os fazerem sentir úteis à Sociedade.

O desgaste e isolamento destes pais é enorme, mas só com a união e envolvimento destas famílias se podem mudar mentalidades, para termos visi-

Mais: o desemprego, o encerramento de empresas e a falta de perspectivas para os jovens.

O meu «ponto de vista» sobre o que se passou em 2010, também subjectivo e «interessado», é claro: Portugal, o Algarve e as outras regiões do país, têm graves problemas estruturais que vêm de trás; Estado, empresas e famí-lias endividaram-se de mais; a crise financeira internacional, que deu os primeiros sinais em 2007… e que não se quis ver, só os veio pôr a nu e fazer explodir de forma dramática!

Assim, para 2011, o meu «ponto de vista» é também responsavelmente assumido: se nada mudar vamos oscilar, dia sim dia não, entre um optimismo superficial de um qualquer dado positivo da Comissão Europeia

bilidade e tomarmos consciência da nossa força.

Contando já com o Núcleo de Castro Marim, que tem feito um tra-balho extraordinário na elaboração de diagnósticos, apoio a famílias isoladas, com idades muito avançadas (60/90 anos) e ainda a tomar conta de filhos com graves deficiências (40/ 50 anos), pois não existem Instituições para o fazerem, a Coordenação Distrital pre-tende abrir em 2011 novos Núcleos em Portimão, Silves, Albufeira e efec-tuar protocolos com Universidades e Autarquias, apostando fortemente nas «Oficinas de Pais», fortalecendo deste modo a Cidadania Activa na co-responsabilização de todos.

Pais e familiares, consciencializem-se de que são a voz activa dos vossos filhos. Todos juntos lutaremos por uma Sociedade mais justa e aberta e a PLENA INCLUSÃO DOS NOSSOS FILHOS SERÁ UMA REALIDADE!

Um enorme bem hajam.

e o pessimismo da FMI ou do BCE, ou de uma qualquer agência e rating! Isto é, mais do mesmo num país mais pobre. Vivendo o dia a dia, como dá jeito aos interesses políticos e econó-micos instalados, sem perspectiva de caminhar na direcção certa com segu-rança, lançando Portugal e o Algarve na via do crescimento sustentado capaz de melhorar a vida dos portugueses.

Que fazer, então?Continuar a lutar com optimismo

sereno contra a demagogia e o opor-tunismo. Pela transparência. Com dignidade.

Apresentar para o país e para o Algarve, propostas alternativas, progra-mas sérios, lideranças desinteressadas e coerentes que ganhem a confiança dos cidadãos.

2011ExpectativasBalanço 2010&

Page 21: Jornal do Baixo Guadiana - Edição Janeiro 2011

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JANEIRO 2011 | 21

Fomentar o gosto pela fotogra-fia é um dos objectivos da ALFA que começou a reunir cada vez mais os amantes por esta arte. Foi esta a razão que levou a que 2010 fosse mais um ano dourado para esta associação sem fins lucrativos que reuniu inúmeras vezes as duas centenas de sócios que participaram em diversas ini-ciativas.

O mercado de Portimão foi uma das primeiras actividades de 2010 em que os alfistas puderam realizar o seu gosto de premir o botão e prender aqueles momen-tos que espelham o nosso povo e a nossa forma de viver. São momentos como este que nos dão vontade de partilhar com as outras pessoas o fruto do nosso trabalho que tem sido recolhido por toda a região.

O balanço turístico do ano que terminou é francamente positivo e superou as expecta-tivas iniciais. Neste momento são conhecidos resultados das dormidas e receitas hoteleiras até Outubro de 2010 e ambos os indicadores apresentam números animadores para o Algarve. As dormidas aumentaram 3,2 por cento e as receitas globais subi-ram 5,8 por cento. A tendência estende-se ao movimento de pas-sageiros no aeroporto de Faro, que até Novembro chegou perto

Já voltando à capital algarvia, em Maio foi possível fotografar modelos que se expuseram às objectivas dos fotógrafos que desta forma realizaram um sonho para muitos de nós que ainda não tinham tido a oportunidade de experimentar capturar a beleza dos manequins.

Iniciativas deste tipo acontece-ram diversas vezes pelo Algarve podendo apontar a cobertura de eventos como a Concentração de Motos, em Faro, o Festival do Marisco, em Olhão, Dias Medie-vais de Castro Marim e outros mais pontuais como o espectá-culo musical e artístico, La Fura Dels Baus, peça de teatro experi-mental, em Lagos que juntaram sempre grupos de dezenas de fotógrafos da ALFA.

Ao mesmo tempo que decor-

dos 5, 2 milhões de passageiros e avançou seis por cento. O tráfego low-cost continuou a suportar estes resultados positivos, que têm certamente em conta a inau-guração da base da Ryanair em Faro. Merece igual destaque a boa resposta dada pelo mercado interno no Verão passado, que espero venha a manter-se em 2011.

Quanto ao ano que agora começa, creio que trará os maiores desafios à actuação do Turismo do Algarve. Pelo

ALFA – Associação Livre de Fotógrafos do Algarve

Entidade Regional de Turimo do Algarve

Raul Coelho

Nuno Aires, Presidente da ERTA

riam estes passeios fotográfi-cos foram também realizados encontros que deram formação aos fotógrafos iniciantes. Exem-plo disso decorreu em Julho, na Biblioteca Municipal de Tavira que desta forma aprofundou os conhecimentos dos que partici-param.

Rumando ao futuro, 2011 será um ano especial pois está prevista a abertura da sede da ALFA, a partir de Março na Cidade Velha de Faro onde irão decorrer diver-sas actividades desde tertúlias, workshops, exposições e passeios fotográficos que desta forma sim-bolizarão aquele espaço.

O Pictures Style / Estilos de Cor será a primeira iniciativa, em meados de Janeiro na Socie-dade Recreativa Olhanense, a que se seguirá a descoberta dos

Vinhos do Algarve no âmbito do Ano Internacional da Química, depois as Cooking Sessions _ Aprender, Fotografar e Degus-tar e uma exposição dedicada ao Banco Alimentar, em Março. Fotografar os bastidores de cor-rida no Autódromo Internacional do Algarve e uma Sessão sobre Direitos de autor e Imagem em Portimão, são os momentos altos, em Maio.

Esta é uma breve ideia geral das actividades da ALFA que se tem enriquecido desde a sua fun-dação em 2008 brilhando cada vez mais com os seus flashes que fotografam os dias algarvios.

Por último, convém recordar que para se associar na ALFA basta ter uma câmara conven-cional, compacta ou SLR digital, dispor de algum tempo livre ao fim de semana e estar disposto a pagar a quota mensal no valor de euro por mês.

momento económico, que se afigura desfavorável à activi-dade turística, sendo expectável alguma retracção por parte dos principais mercados emissores para a região. Mas também pelo comportamento do mercado interno, que perante o clima de incerteza poderá voltar a ser decisivo, reforçando a importân-cia das competências de actua-ção do Turismo do Algarve neste espaço geográfico. Ou ainda pelas componentes de valori-zação da oferta turística e de

estruturação de novos produ-tos, atribuições assumidas pelo Turismo do Algarve e que se revestem de particular importân-cia quando se pretendem criar elementos diferenciadores no produto turístico.

Numa tentativa de responder afirmativamente a este repto, 2011 marcará a continuidade na parceria estratégica com a Associação Turismo do Algarve (ATA); o Allgarve brilhará na agenda de animação da região; a comunicação do destino será pontuada pela campanha «Algarve: o segredo mais famoso da Europa»; o merchandising e as vendas realizadas nos postos de turismo ganharão novo impulso; e será desenvolvida uma plata-forma digital de Costumer Rela-tionship Management (CRM) para conhecer as preferências e o perfil dos clientes.

Porém, a actividade do Turismo do Algarve em 2011 não se esgo-tará nestas acções e conto, ao longo do ano, comunicar boas notícias do maior destino de férias nacional!

2011ExpectativasBalanço 2010&

Page 22: Jornal do Baixo Guadiana - Edição Janeiro 2011

22 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JANEIRO 2011

LOCAL

ção urbana prevista prevê a revitali-zação e regeneração urbana integral do Núcleo Pombalino, bem como uma melhoria significativa do nível de infra-estruturação e da qualidade urbanística.

De acordo com Luis Gomes, Presi-dente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, este projecto “para além das melhorias a nível estético que acarreta, é mais um passo dado na reabilitação urba-nística do concelho, que permitirá melhorar significativamente as con-dições de habitabilidade de muitos munícipes e, consequentemente, a sua qualidade de vida. Gostaria ainda de realçar a importância deste processo do ponto de vista da requalificação do património urba-nístico do núcleo pombalino, dando continuidade às acções que, neste domínio, têm vindo a ser levadas a efeito.”

Este «Centro de Intervenção, Desen-volvimento e Apoio» que vai nascer em Odeleite está já a avançar e estima-se que as obras se iniciem “durante este ano”. A iniciativa, que à cabeça tem como promotora a Associação Social da Freguesia de Odeleite, tem como principais objectivos: prestar apoio social e outros aos munícipes da Freguesia de Odeleite; desenvolver acções de apoio e desenvolvimento social; acompanhar e intervir na resolução de problemas sociais; esta-belecer parcerias de colaboração no combate a problemas sociais; comba-ter a desertificação e despovoamento da Freguesia; apoiar os idosos, crian-ças e famílias da Freguesia e apoiar a educação, segurança e saúde dos munícipes da freguesia.

Maior proximidade

Este equipamento social vai permi-tir desenvolver mecanismos de acção social mais activa e próxima da popu-lação da Freguesia de Odeleite.

“Através de uma intervenção dinâ-mica, activa e continuada, o CIDAFO irá prestar essencialmente um serviço de apoio e desenvolvimento social à população da freguesia de Odeleite, através de implementação de um con-junto diversificado de acções mate-

riais e imateriais, que no seu conjunto possibilitaram uma resposta social mais coordenada e eficaz no combate aos problemas sociais identificados na freguesia”, lê-se na memória des-critiva do projecto a que o JBG teve acesso.

Financiamento

A candidatura do projecto vai ser feita ao PRODER, Programa de Desenvolvimento Rural, e deverá ser submetido entre Março e Abril de 2011. Num valor de execução na ordem dos 220 mil euros a promo-tora vai contar com apoio financeiro

também da edilidade e junta de fre-guesia local. O CIDAFO vai nascer em frente à Igreja de Odeleite, na «Casa da Paróquia», que foi cedida por con-trato de comodato por 15 anos. “Se tudo correr dentro dos objectivos tra-çados a obra deverá ter início ainda em 2011”, estima a instituição.

A parceira ODIANA vai apoiar este projecto na execução da candidatura para obtenção de apoios; na colabo-ração no processo de implementação e gestão da loja social e na troca de informação e de bens entre a loja social de Castro Marim (gerida pela Odiana) e a loja social de Odeleite.

Ao que o JBG conseguiu apurar as previsões para a execução do Resort «Verdelago», na Praia Verde, conce-lho de Castro Marim, mantêm-se e a obra deverá estar concluída em 2012, mantendo-se também a pre-visão da sua abertura em Abril de 2013. Recorde-se que se trata de um resort integrado, com um hotel de cinco estrelas e um aldeamento turístico com apartamentos, tow-nhouses e villas. Vão surgir desde SPA, piscina interior, centro de con-gressos e reuniões, Campo de Golfe, Clube de Golf, Driving Range, Aldeia das Crianças, Piscinas, Ginásio, Res-taurantes, Lojas. A Verdelago fala de “uma localização privilegiada, a dois passos da praia, enquadrado na natureza, entre parques naturais”.

O «Verdelago» é um Projecto de Interesse Nacional [PIN] e repre-senta um investimento na ordem dos 250 milhões de euros.

Odeleite vai ter «Centro de Intervenção, Desenvolvimento e Apoio»

A Câmara Municipal de Vila Real de Santo António recebeu um parecer favorável do Instituto da Habitação e da Reabilitação (IHRU) relativa-mente à delimitação de uma Área de Reabilitação Urbana e ao respectivo Programa Estratégico de Reabilita-ção Urbana.

O núcleo histórico pombalino da cidade de Vila Real de Santo António, é assim a primeira Área de Reabilitação Urbana sistemática (abrange todo o conjunto urbanís-tico), a merecer o parecer favorável do IHRU.

Sendo uma das primeiras Áreas de Reabilitação Urbana constituídas em Portugal ao abrigo da nova lei da Reabilitação Urbana, a gestão do projecto estará a cargo da empresa municipal SGU – Sociedade de Gestão Urbana.

Constituída por três unidades de intervenção, a operação de interven-

Este projecto impulsionado pela Junta de Freguesia de Odeleite vai ser gerido pela Associação Social da Freguesia de Odeleite e os outros parceiros são: Paróquia da Igreja de Nossa Senhora da Visitação, Associação Odiana e Câmara Municipal de Castro Marim.

Já este ano de 2011

Reabilitação da “Casa da Paróquia” de Odeleite, localizada em frente à Igreja • Matriz, para instalação do CIDAFO (será mantida a traça arquitectónica existente);Criação e instalação de uma loja Social, nas instalações do CIDAFO;• Criação e instilação de um balcão de atendimento, informação e apoio social • nas instalações do CIDAFO; Identificação e registo dos problemas e necessidades da Freguesia de • Odeleite; Criação de uma sala polivalente nas instalações do CIDAFO, para realização • de convívios, exposições, reuniões, encontros temáticos e outras iniciativas de âmbito sócio-cultural; Apoio de obras de adaptação de acessos a habitações de pessoas com mobi-• lidade reduzida e apoio na aquisição de equipamentos tais como: Cadeiras de rodas, andarilhos, canadianas, etcColaboração no Programa de “Melhoria das condições habitacionais de • Munícipes Economicamente Carenciados” já implementado pela Câmara Municipal de castro Marim;Comparticipações Especiais para Apoio na Deficiência;• Realização de eventos no âmbito das comemorações do dia Mundial do • idoso, da família, da criança, da juventude, etc.Realização de Passeios e Convívios para Beneficiários de 3.ª Idade a fim de • promover o relacionamento interpessoal e o convívio entre os munícipes da Freguesia de Odeleite;Animação sócio-cultural junto dos principais núcleos urbanos da Freguesia; • Realização de excursões e apoio às excursões realizadas pela Câmara Muni-• cipal de Castro Marim;Desenvolvimento de Acções de Formação e de ocupação de tempos livres;• Realização de acções de prevenção e sensibilização nas áreas da Saúde, • Segurança e Educação;Apoio à educação e família: • Continuação da Medida de apoio “Enxoval do Bebé” (medida de apoio e • incentivo à taxa de natalidade na freguesia); Comparticipações Escolares (manuais escolares e material escolar); • Aquisição de material didáctico; • Apoio psico-social.•

Qual vai ser a actuação prática do «CIDAFO»?

Verdelago avança

O projecto de arquitectura do CIDAFO já está em elaboração

IRHU favorável ao Centro Histórico de VRSA

Segurança da cidade é tema de debate público

poderão ter sido responsáveis por assaltos recentes tanto na cidade de Vila Real de Santo António como na localidade turística de Monte Gordo. Confrontada com últimos assaltos PSP diz que “são casos pon-tuais e não há razão para alarme”, e salienta a actuação que deteve os quatro «amigos do alheio».

Entretanto, o PS de VRSA já exigiu que o município “coloque em prática o «Contrato Local de Segurança». Luís Gomes à data de fecho de edição não se pronunciou sobre a matéria.

José Lança, gestor da Associa-ção de Desenvolvimento da Baixa de VRSA elogia “excelente traba-lho da Polícia de Proximidade”, mas alerta que “é preciso aumentar o patrulhamento nocturno” para res-tabelecer o sentimento de segurança dos comerciantes.

Na última semana do ano de 2010, mais precisamente a 27 de Dezem-bro, foram recuperados 10 televi-sores roubados da Loja «Manuel Domingos Cavaco & Filhos Lda», no coração da cidade de Vila Real de Santo António. O alarme da loja soou na esquadra da PSP de VRSA por volta das 03h40 da manhã e os quatro assaltantes oriundos do leste da Europa foram apanhados durante a fuga, à entrada da A22. Ao que tudo indica, e segundo fonte da PSP, os quatro homens, com idades entre os 20 e os 30 anos, seguiriam para Espanha e deslocavam-se numa viatura com matrícula espanhola.

Foram interceptados por uma viatura da PSP que já tinha sido alertada para a fuga. O material rou-bado ascendia aos 10 mil euros.

Face ao modus operandi utilizado no assalto, e ainda de acordo com fonte policial,este quatro homens

Page 23: Jornal do Baixo Guadiana - Edição Janeiro 2011

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JANEIRO 2011 | 23

DESENVOLVIMENTO

como chefe de Fila a Odiana e incide na promoção territorial do Baixo Guadiana com um investi-mento na ordem dos dois milhões de euros. Entretanto o site já está on line no endereço www.pidetrans.com .

No âmbito do projecto PIDETRANS (Plano Integral para o Desenvol-vimento Empresarial Transfron-teiriço), Portugal e Espanha, vão apresentar um «Documento Estraté-gico» para a região transfronteiriça Baixo Guadiana-Huelva. Um estudo que surge devido à necessidade de uma análise actual do território e de uma estratégia conjunta de intervenção que beneficie ambas as regiões, nomeadamente no cresci-mento das economias locais.

O estudo pretende definir os actores chave para o desenvolvi-mento do território nos sectores do turismo-comércio-serviços, identi-ficar actividades estratégicas e de intervenção para a região e delinear oportunidades de desenvolvimento no território e apoios /programas de financiamento existentes em ambos os lados da fronteira. A apresentação oficial do documento será em Espanha, nomeadamente em Sevilha, na «Conferência de Desenvolvimento Local», no qual vai ser também apresentado o site do projecto PIDETRANS, no mês de Janeiro ainda em data a designar.

Recorde-se que o projecto tem

O turismo activo é um sector em expansão e com enormes potencia-lidades, tanto em Espanha como Portugal, e neste sentido, no âmbito do projecto TAG (Turismo Activo no Guadiana), desenvolvido por enti-dades portuguesas e espanholas, foi elaborado um programa no dia 2 de Dezembro a pensar nos mais aventureiros; desde apresentações de empresas no ramo até uma expo-sição de actividades e circuitos de aventura.

Na primeira parte de um aven-tureiro dia chamaram-se ao palco exemplos de promotores de um turismo activo no território, cons-tando casos de grande sucesso como a «Aragon Aventura», uma empresa no norte de Espanha pio-neira e especializada em turismo de montanha. Aqui ficaram bem patente as potencialidades deste sector. “O fundamental é ter espí-

Projectos de Energias Renováveis vão ser importados para o território do Baixo Guadiana

Sai favorecido o desenvolvimento empresarial entre países vizinhos

Actividades Outdoor trouxeram curiosos e aventureiros a Ayamonte

Documento Estratégico para desenvolvimento empresarial

«Turismo Activo» impulsiona relação transfronteiriça

nativas viáveis e sustentáveis à electricidade.

O projecto RURALAND (INTER-REG IVC integrado nos fundos estruturais para o período de 2007-2013) incide no desenvol-vimento rural europeu no qual participam dez regiões de países como Portugal, Espanha, França, Itália, Bélgica, Bulgária, Roménia e também o norte da Europa repre-sentada pela Suécia e Finlândia. O objectivo principal é o reforço da eficácia e inovação das políti-cas regionais de desenvolvimento regional através da cooperação regional europeia. Para conhecer o projecto consulte: www.ruraland.eu

A Associação Odiana é parceira no RURALAND, um programa euro-peu no qual vai fazer importações de projectos na área das energias renováveis. A associação de desen-volvimento do território do Baixo Guadiana seleccionou duas boas práticas relativamente à Inclusão das novas tecnologias e fontes de energias renováveis nas Pequenas e Médias Empresas rurais. Entre os projectos a trazer para Portugal constam a sensibilização e cursos de gestores energéticos de Andalu-zia e o sistema córsego de produ-ção de Biomassa. Os mesmos vêm no seguimento da imensa poten-cialidade do Algarve ao nível das energias renováveis, como alter-

Agenda Digital: Plano de acção para a administração pública electrónica vai facilitar o acesso aos serviços públicos em toda a UE

A Comissão Europeia delineou um programa ambicioso de trabalho com as autoridades públicas dos Estados-Membros para expandir e melhorar os serviços que estes oferecem através da Internet. O novo plano de acção para a administração pública em linha prevê a adopção de 40 medidas específicas nos próximos cinco anos para que os cidadãos e as empresas possam utilizar recursos em linha a fim de, por exem-plo, registarem uma empresa, apre-sentarem pedidos e beneficiarem dos serviços de segurança social e de saúde, efectuarem a sua inscrição numa uni-versidade ou apresentarem propostas de bens e serviços no âmbito de concur-sos públicos. A promoção da adminis-tração pública em linha pode contribuir para o aumento da competitividade da Europa e permitir que as autoridades públicas ofereçam serviços melhores e mais económicos, num período de restrições orçamentais. Por estes moti-vos, a administração pública em linha é uma componente fundamental da Agenda Digital para a Europa, que visa aumentar, até 2015, a utilização dos serviços públicos em linha pelos cida-dãos para 50% e pelas empresas para 80%. O novo plano de acção baseia-se na experiência adquirida com o plano de acção europeu para a administração pública em linha de 2006.

Acesso e utilização da inter-net em 2010: na UE, 80% dos jovens internautas utilizam as redes sociais e a percentagem de famílias com ligação à banda larga duplicou desde 2006

Na UE, 70% das famílias tinham acesso à internet no primeiro trimestre de 2010 em comparação com 49% no primeiro trimestre de 2006. A percenta-gem de famílias com ligação à internet de banda larga duplicou, passando de 30% em 2006 para 61% em 2010. O presente estudo do Eurostat abrange igualmente outros indicadores como as compras on-line os serviços públicos on-line, a segurança na internet e os serviços avançados de comunicação e informação.

«Perto da

Europa»

Centro de Informação Europe Direct do AlgarveComissão de Coordenação e Desenvolvimento

Regional - CCDR Algarve Rua do Lethes nº 32, 8000-387 Faro tel: (+351) 289 895 272 fax: (+351) 289 895 279 [email protected]

www.ccdr-alg.pt/europedirect

Identificar estratégias para o desenvolvimento empresarial transfronteiriço é o objectivo primordial.

Mergulho, montanhismo e bunjing jumping foram algumas das actividades abordadas num dia de turismo activo em Ayamonte.

Odiana abraça energias renováveis

No projecto PIDETRANS

Parceira em projectos internacionais

rito de iniciativa, gostar de aven-tura e ter uma equipa especializada que possa providenciar aos clientes todas as experiências que procuram de forma segura e diversificada”, refere Javier Garrido Velasco, pro-motor da «Aragon Aventura» que adiantou, “é vital não esquecer que há que complementar as iniciativas com actividades dinâmicas que nos permitam cativar e fidelizar grandes grupos de clientes”. De acordo com dados de 2009 a «Aragon» já detém uma carteira de 7.500 clientes, sobretudo na área de actividades outdoor e montanhismo.

Exposição de empresas e actividades de aventura

Terminada a apresentação das empresas modelo no sector seguiu-se a parte prática da grande jornada; as actividades aventura. Para além de uma exposição de empresas de passeios e turismo activo, no qual Portugal esteve representado com a «Inland» e a «Mega Sport», as aten-ções recaíram para as actividades mais radicais. Desde um globo aeros-tático, parede de escalada, slide, tiro com arco, matraquilhos humanos e ciclokarts, entre outras.

A reter da organização ficou a potencialidade e a cada vez mais forte afirmação económica das acti-vidades turísticas como um forte meio de desenvolvimento do sector turístico e de maior diversidade de público-alvo.

Page 24: Jornal do Baixo Guadiana - Edição Janeiro 2011

24 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JANEIRO 2011

DESENVOLVIMENTO

Governo falha promessa de salário mínimo e traça mais austeridade

Criado mecanismo

de ajuda permanente

na Europa

«Fundação do Gil» procura voluntários «Encontro de Consumo»

em Castro Marim e Alcoutim

Deverão ser fixados tectos máximos nas indemnizações

Os chefes de Estado e de Governo chegaram a acordo para criar

um mecanismo permanente que garanta a estabilidade do euro.

Esse mecanismo, que substituirá a partir de Janeiro de 2013 o actual

Fundo Europeu de Estabilização Financeira, exigiu uma alteração

ao texto do Tratado de Lisboa. A Bloomberg avançou a notícia, citando fonte europeia, que os

governantes reunidos em Conselho Europeu já chegaram a acordo e

que o novo parágrafo a ser acres-centado ao Tratado é o seguinte:

“Os Estados Membros cuja divisa é o euro estabelecem um mecanismo

de estabilização a ser activado no caso de ser indispensável para sal-vaguardar a estabilidade da zona

euro como um todo.”

A fundação lança o apelo «Se queres contar histórias, se tocas algum ins-trumento musical, se queres dar um pouco de ti, junta-te a esta onda mágica!». Todos os interessados em fazer parte deste projecto participa-rão numa acção de formação agen-dada para o dia 29 de Janeiro de 2011, das 10h às 20h em Faro.

A «Fundação do Gil» chegou ao Algarve há cerca de um ano e cami-nha, desde então, semanalmente para as pediatrias dos hospitais de Faro e Portimão, com a Hora do Conto, a Hora da Música e a Hora da Descoberta. O Dia do Gil é o nome deste projecto que abre semanal-mente aos meninos internados uma janela para o mundo exterior. Neste momento a Fundação está à procura de voluntários que se disponibilizem

Alcoutim e Castro Marim recebe-ram a meados do mês de Dezem-bro um «Encontro de Consumo» da DECO (Defesa do Consumidor). Susana Correia, jurista, explica que são sessões de consumo cujo o objectivo passa pela sensibilização da população para conceitos especí-ficos relacionados com a gestão do orçamento familiar. Dar dicas e ensi-nar as famílias como se devem fazer essa gestão é a grande missão.

A responsável garante que no Baixo Guadiana encontrou grupos motivados e interessados. “Há conceitos que são dados e que não são praticados e a poupança começa com ospequenos gestos do dia-a-dia”, lembrou. A maio-ria das pessoas saem destes encontros

O Governo aprovou o aumento do salário mínimo para 500 euros até final do ano, tal como foi deter-minado em reunião de Concertação Social, mas que contradisse uma promessa de Sócrates que vislum-brava esse aumento já para este início de ano.

O decreto-lei aprovado actua-liza o valor da Retribuição Mínima Nacional Garantida (RMMG), para o ano de 2011, de forma faseada desde já em 485 euros, com efeitos a 1 de Janeiro de 2011.

Vão depois ocorrer duas fases de avaliação, nos meses de Maio e de Setembro, com o objectivo de ser atingido o montante de 500 euros após o segundo momento de ava-liação, sendo que “o Governo legis-lará nesse sentido imediatamente a seguir”.

O salário mínimo vai assim aumentar 33,4%, em termos nominais, face ao valor registado em 2005, o que representa uma

de. Os critérios da atribuição das indemnizações também deverão ser revistos, acrescentou. A minis-tra assegurou que estas “medidas não implicam alterações à lei dos despedimentos”.

Simplex para exportações

O Governo anunciou também a criação de um programa Simplex para as exportações fora da União Europeia e a criação de uma «Via Rápida» para pequenos investimen-tos, recuperando a matriz dos Pro-jetos de Interesse Nacional (PIN).

A criação de um Progama Taxa Zero para a Inovação foi outra das medidas apresentadas pelo governante, que vão ser aplicadas a “empresas de novos empreen-dedores com forte potencial ino-vador”.

Teixeira dos Santos, ministro das Finanças afirmou que os dirigentes de serviços públicos que entrem em

subida de 125 euros no espaço de seis anos.

“Desta forma, o Governo pros-segue a melhoria das condições remuneratórias dos trabalhado-res portugueses adequando-a à situação da nossa economia e às perspectivas do desenvolvimento do emprego em Portugal”, referiu em vésperas de Natal a nota do Conselho de Ministros.

Redução de indmeniza-ções

O Governo quer reduzir os tectos, ou seja, os máximos, às compensa-ções e indemnizações em caso de cessação de contrato para os traba-lhadores que entrem no mercado do trabalho.

“Queremos fixar tectos máxi-mos relativamente ao valor das compensações e indemnizações aos trabalhadores”, disse Helena André após a reunião do conselho

Para pediatrias de Faro e Portimão Organizado pelo CLDS

para assegurar algumas das sessões. Cada voluntário dará o máximo de uma hora por mês, de dois em dois mese, ou até mesmo uma vez por ano, conforme disponibilidade.

A «Fundação do Gil» é uma insti-tuição de solidariedade social e tem como fins principais contribuir para o bem-estar, a valorização pessoal e a plena integração social das crian-ças e dos jovens que, por razões de natureza diversa, se encontrem inter-nados, por períodos prolongados, em unidades hospitalares, prisionais ou outras.

Todos os interessados em associar-se a esta causa poderão solicitar mais informações através dos contactos 968203814/916907471 ou consul-tar o website: www.fundacaodogil.pt.

a dizer que vão põr em prática o que aprenderam.

Razões para o sobreendivida-mento

Há um crescimento do sobreendi-vidamento das famílias em Portugal. A DECO identifica três tipos de situ-ações que são causa: o desemprego, a doença e o divórcio. “Mas às vezes a deficiente gestão orçamental é também uma causa preponderante”, afirma Susana Correia. Uma das quei-xas dos participantes nestas sessões é a dificuldade em lidar com a moeda actual, sendo que ainda se encontra uma “grande reportação do Escudo para o Euro”.

incumprimento das metas de redu-ção da despesa poderão ser alvo de processos disciplinares e de cortes ao nível das transferências do Estado.

medidas apresentadas pelo governante, que vão ser aplicadas

A jurista Susana Correia deu dicas de poupança

a “empresas de novos empreendedo-nível das transferências do Estado.

Page 25: Jornal do Baixo Guadiana - Edição Janeiro 2011

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JANEIRO 2011 | 25

CULTURA

Festival Internacional de Teatro enfrenta cortes de 2011

A companhia profissional de teatro «Fech’Ó Pano», de Vila Real de Santo António, vai levar a cabo o «Festival da Crise!». Quem o garante é Pedro Santos, director artístico da compa-nhia que, entretanto, apresentou no final do ano a quase totalidade do elenco para a próxima produção «Cabaret».

Ficou a garantia de que a com-panhia não vai travar aquela orga-nização “que tem levado ao teatro milhares de pessoas a apreciar pro-duções locais, nacionais e interna-cionais”. Mas, em tempo de cortes, e não sabendo o que os espera, a companhia está “expectante”, sempre com os olhos postos na criatividade para colocar a organização a mexer “sem perder a qualidade”. Os cortes “serão justos”, acredita o responsá-vel que faz a leitura da crise, mas acredita também que o trabalho da companhia “vai ser analisado com bom senso”.

«Cabaret» no Festival

Este ano, mais precisamente em Março (há a hipótese de ser no Fes-tival de teatro), vai estrear a produ-ção «Cabaret». A equipa tem vindo a crescer e pretende-se que o produto final seja “grande”. Está quase garan-tida a produção de Paulo Martins, sendo que este espectáculo vai ter “uma intensiva produção televisiva”, garante Pedro Santos.

A tourné está já a ser definida e o

Parte da equipa pousou para a fotografia numa antevisão do «Cabaret»

O Grupo Kosatchka, de Faro marcaram presença nesta festa

Apesar de à data de fecho da edição do JBG ainda não se saber qual o impacto da redução de verbas do contrato-programa com a «Fech’Ó Pano» o director artístico garantia «Festival da crise!».

«Dia das Migrações» juntou culturas

está em curso um casting aberto a todos os interessados para se chegar à «voz» deste espectáculo.

3000 horas de formação

Em 2010 a companhia chegou mais perto de cerca de 14 mil pes-soas, “sem contabilizar os espectácu-los de rua”. Desses 14 mil cerca de um terço são relativos à formação, na companhia ou até nas escolas. Na questão do ensino a companhia orgulha-se de ter levado a cabo no ano passado de 2010 perto de 30 mil horas de formação.

A Formação é necessária, alerta o director-artístico perante uma sociedade onde reconhece muito amadorismo. “Há por vezes quem se auto-intitule actor e é actante, outros encenadores quando não passam de curiosos que gostam de meter textos mexidos em cima de um palco; são coisas diferentes”. A crítica, que pre-tende ser construtiva, serve também de mote para Pedro Santos frisar que a formação de artistas e de públicos “é para continuar até porque o surgi-mento desta companhia aconteceu-dentro desta perspectiva”.

No passado dia 22 de Dezembro de 2010, pelas 21h30m, realizou-se um Concerto de Natal na Igreja Matriz de Alcoutim (Igreja de S. Salvador) que contou com a pre-sença do Coral Ideias do Levante (Lagoa, Algarve) dirigido pelo Professor Francisco Brazão.

Este concerto iniciou-se com uma breve homenagem póstuma ao conhecido residente britânico em Alcoutim, Mr. Peter, que um ano antes assistira ao Concerto de Natal, decorrido na mesma Igreja. A homenagem contou com palavras de Maria Luísa Fran-cisco e com uma interpretação do tema «Joy to the World» de George F. Handel, numa adaptação e arranjo, para coro, de Lowell Manson.

O concerto teve este ano a parti-cularidade de contar com o acom-panhamento, ao piano, de Silvia Smeman, pianista holandesa, que tornou as cinco últimas músicas do concerto verdadeiramente apote-óticas para além de um Maestro que também foi intérprete, em algumas músicas, com a sua sur-preendente voz de barítono.

O Presidente da Direcção da Associação Cultural de Lagoa - Ideias do Levante no final dirigiu-se ao público agradecendo o acolhimento feito ao Coral e entregou uma lembrança a Carlos Brito, Vice-Presidente da Associa-ção ATAS, organizadora do evento e deixou também uma lembrança para o Presidente da Câmara de Alcoutim.

No final todos (público e grupo coral) reuniram-se, apesar do frio, no adro da Igreja em pleno espí-rito natalício com a presença de Padre Atalívio, pároco de Alcou-tim, para tomar um vinho espe-cial e saborear Bolo-Rei e filhós tradicionais de Alcoutim.

A Delegação da Cruz Vermelha Portuguesa de VRSA, no passado mês de Dezembro de 2010, orga-nizou na sede da Companhia de Teatro «Fech’ó Pano» um conví-vio intercultural que teve como objectivo comemorar o «Dia das Migrações». Esta festa contou com a presença da companhia de dança «Splash», do grupo de alunas do curso de animação sócio-cultural da Escola secundária de VRSA, do grupo «Kosatchka» de Faro e do Músico Igor. A Delegação da Cruz Vermelha Portuguesa agradeceu “a todos os grupos de música e dança que participaram, à Escola Secundária de VRSA e à Compa-nhia de Teatro Fech’ó pano que nos cedeu o espaço para realizarmos a festa”.

«Cabaret» vai ser levado, pelos con-tactos que estão a ser feitos, até às comunidades portuguesas em França, Brasil, Coimbra, «Teatro Municipal de

São João» no Porto e a Aveiro. Mas a produção vai também correr casinos em Portugal, “porque este espectá-culo pede isso mesmo”. Entretanto,

Do orçamento autárquico

Concerto de Natal em Alcoutim começa a ganhar tradição

“Vicente Campinas

- O Homem e o Escritor - 100

anos”

Vai estar patente até ao próximo dia 31 de Janeiro na Biblioteca

Municipal Vicente Campinas, em VRSA, a exposição "Vicente

Campinas - O Homem e o Escritor - 100 anos". Trata-se de

uma homenagem ao homem que marca a história do concelho

pelo seu saber e por uma perso-nalidade pragmática.

A exposição pode ser visitada de segunda a sexta das 09h30 às

18h30 e aos sábados das 14h às 18h30.

Page 26: Jornal do Baixo Guadiana - Edição Janeiro 2011

26 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JANEIRO 2011

CULTURA & TRADIÇÃO

POR CÁ ACONTECE A G E N D A C U LT U R A L

Noite de Reis5 JaneiroSanlúcar de GuadianaOrg. CM Alcoutim

Exposição «Alcoutim, Terra de FronteiraExposição exterior no centro de AlcoutimOrg: Rede Museus Algarve e CM Alcoutim

Apresentação de livro «No país das Porcas – Saras» de Fernando Évora28 Janeiro, 14h30 29 de Janeiro, 16h30Biblioteca Municipal Vicente Campinas

Exposição «Vicente Campinas – O Homem e o Escritor – 100 Anos» Até 31 Janeiro Biblioteca Municipal Vicente Campinas

Guia «Um dia na Biblioteca»Criação Guia em BD da BibliotecaJaneiro e FevereiroBiblioteca Castro Marim

Cantares de Janeiras 9 Janeiro, 16hCentro Multiusos AzinhalOrg. JF Azinhal e CM Castro Marim

Exposição «Castro Marim Baluarte Defensivo do Algarve»Exposição exterior: Castelo, Forte, Revelim, Cerca Seiscentista, Bateria de RegistoOrg: Rede Museus Algarve e CM Castro Marim

Alcoutim

E V E N T O S

Castro Marim

VRSA

Exposição dos trabalhos do Concurso de PresépiosAté 06 JaneiroCasa dos Condes

Presépio Aldeia OdeleiteAté 6 JaneiroExposição ExteriorOrg. Ass. Social Freg. e JF Odeleite

Bailes Populares8, 22 e 29 JaneiroCampesino Recreativo Futebol ClubeMonte Francisco

Presépio em CerâmicaAté 9 Janeiro, 10h às 18hCentro Multiusos AzinhalOrg. Rancho Folclórico Azinhal

«Os Sapatinhos Vermelhos» -Teatro/Dança6 Janeiro, 10h às 14h: alunos 4º ano7 de Janeiro, 21h: público em geralCentro Cultural António Aleixo

Clube de Leitura «Livros Mexidos»Tema da sessão: «Literatura a Oriente»7 Janeiro, 21h30Biblioteca Municipal Vicente Campinas | VRSA

Comemoração do Centenário do Nascimento de António Vicente Campinas8 Janeiro, 16hBiblioteca Municipal Vicente Campinas

V Concurso de Fado Amador1.ª Eliminatória - Dia 22 -21h30Centro Cultural António Aleixo2.ª Eliminatória - Dia 29 -21h30Casa do Avô de Monte Gordo3.ª Eliminatória – Dia 5 de Fevereiro -21h30Sociedade Recreativa Cacelense -Vila Nova de CacelaFINAL –12 de Fevereiro , 21h30Centro Cultural António AleixoOrg. CM VRSA

«Sábados na Biblioteca» - CriançasDe 1 a 31 de JaneiroSábado às 15hCriações plásticas; História Virtual; História em Power Point; Filme

Presépio GiganteAté 6 Janeiro Centro Cultural António Aleixo

Exposição de Aguarelas «A Perdiz» de Carlos Luz06 a 29 JaneiroCasa dos CondesOrg. CM Alcoutim

VATe «Vamos Apanhar o Teatro»17 Janeiro, Martinlongo18 Janeiro, Alcoutim

Até ao passar dos Reis é Natal! E é o momento oportuno para se falar de presépios. Na região do Baixo Guadiana a variedade é muito ele-vada e cada vez mais rica. A tradição recupera-se através de um pretexto que reúne a comunidade; une quer na sua elaboração, quer outros na admiração do trabalho. A verdade é que são cada vez mais os que se tornam adeptos de uma visita ao presépio, e se for comunitário tanto melhor.

Ficam aqui (apesar de a preto-e-branco), algumas imagens dos pre-sépios espalhados desde Alcoutim até Vila Real de Santo António.

Tradição entrou por«Janeiro-a-dentro» ...

1

3

2

4

5

1.Presépio Gigante de VRSA é promovido pela autarquia2.Presépio em cerâmica do Azinhal promovido pela Junta de Freguesia3.Presépio em Odeleite promovido pela CCDR e executado pela Junta de Freguesia4.Presépio de Castro Marim promovido pela Junta de Freguesia5.Presépio em Alcoutim promovido pela autarquia

Page 27: Jornal do Baixo Guadiana - Edição Janeiro 2011

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JANEIRO 2011 | 27

CULTURA

A câmara municipal de Vila Real de Santo António implementou no concelho o «Walking Poetry». Trata-se de uma nova forma de descobrir o património e a histó-ria de Vila Real de Santo António e de Cacela Velha, porém de uma forma inovadora.

Tal como o próprio nome indica, «Walking Poetry» consiste em per-cursos culturais que conjugam a descrição de pontos de interesse, neste caso em Vila Real de Santo António e Cacela Velha, ligados à sua história e património, com textos literários e poéticos, recor-rendo a um mapa e a um leitor MP4.

Os conteúdos podem ser descar-regados directamente da Internet para os equipamentos dos utiliza-dores (MP3, MP4 ou telemóveis), permitindo uma utilização ainda mais autónoma.

Os percursos disponíveis incluem cerca de uma dezena de pontos de Descobrir o património é agora mais fácil através do «Walking Poetry»

Depois de Alcoutim, surgem agora novos alunos em Balurcos, Pereiro e Giões

Walking Poetry em Vila Real de Santo António e Cacela Velha

Expressão Dramática e Teatro espalham-se em Alcoutim

paragem que podem ser percorri-dos ao ritmo de cada participante, desfrutando em simultâneo do conhecimento transmitido pelos textos históricos e literários esco-lhidos; estão disponíveis em três línguas (português, castelhano e inglês).

Para fazer esta viagem, os inte-ressados podem dirigir-se, em Vila Real de Santo António, à câmara municipal, ao Centro Cultural Antó-nio Aleixo ou ao Puro Café, e em Cacela Velha na sede da ADRIP.

“Esta iniciativa responde aos interesses dos visitantes pelo património histórico-cultural do concelho, apresentando-se como uma oferta inovadora no âmbito do turismo cultural. Para a comu-nidade local será certamente uma forma diferente de percorrer as ruas de todos os dias e reconhe-cer o seu património, ligando-o ao universo da literatura e poesia”, diz a autarquia em comunicado.

A formação em Expressão Dramática e Teatro, ministrada pelo actor/ence-nador Francisco Brás em Alcoutim, criou interesse e gosto pela área em mais povoações do concelho. Agora mais três novos cursos foram abertos em Balurcos, Pereiro e Giões.

Já se inscreveram nos novos cursos inscreveram-se cerca de trinta for-mandos. As formações, com dura-ção de 90 horas devem terminar em Junho, altura em que cada grupo vai apresentar uma estreia.

A iniciativa é da câmara muni-cipal de Alcoutim que, apostando na formação, garante a dinamiza-ção da vida cultural do concelho e minora o isolamento da população dos montes mais isolados.

Em Vila Real de Santo António, o percurso tem início, em termos temporais, em pleno século das Luzes – o século XVIII – propondo a descodificação do urbanismo iluminista da cidade, com pontos de paragem em lugares como a Praça, o Obelisco, a Igreja, a Casa da Câmara, a Alfândega, o Centro Cultural António Aleixo, os largos Lutegarda Guimarães de Caires e António Aleixo. De períodos mais recentes, o percurso passa pelo Hotel Guadiana, o cais da Alfan-dega e a estação de caminhos-de-ferro.

No final de cada ponto, os uti-lizadores ouvem textos poéticos e literários de Carlos Brito, Álvaro de Campos, Vicente Campinas, Lutegarda Caires, Tóssan, Gastão Cruz, António Aleixo, Teresa Rita Lopes e Nuno Júdice.

Em Cacela Velha, o percurso mergulha nas suas origens islâmi-cas, passando pela Fortaleza, pela Igreja, pela Casa do Pároco, pelas casas da câmara e pelo cemitério antigo. Neste percurso pode ser apreciada a obra de poetas que escreveram sobre Cacela Velha ou aí viveram: Ibn Darraj, Abû al-‘Abdarî, Sophia de Mello Breyner Andresen, Eugénio de Andrade, Teresa Rita Lopes e Adolfo C. Gago.

Percursos Disponíveis

Nova forma de descobrir o património

Passou a estar disponível na Inter-net em http://www.guadianadigi-tal.com um novo site que alberga o magazine «Em Linha» (on-line) Baixo de Obril. Este nome é o do mais famoso banco geográfico da barra do Guadiana. O objectivo deste site é colocar à disposição do público em geral e dos órgãos de comunicação, em espe-cial, um repositório de documen-tos que fazem parte da história das instituições de Vila Real de Santo António, muitos, do Algarve e do País, alguns. Estes documentos foram recolhi-dos pelo jornalista e escritor vilare-alense José Estêvão Cruz ao longo dos anos, pela sua “paixão ao jor-nalismo e à escrita, contando que seriam sempre úteis à comunidade onde vivo”. Estão já disponíveis alguns deles e o trabalho de digitalização prossegue agora em ritmo diário, de acordo com as disponibilidades do autor do site. Em complemento, respigará algu-

mas notícias de produção pessoal ou recolhidas de fontes em língua estrangeira e ainda outras com incidência na área (Local, Algarve e Andaluzia), “de acordo com um critério próprio de selecção, mas sempre de forma abrangente e plural, no devido respeito pelas fontes”. Este site, dedicouo seu primeiro destaque a António Vicente Campi-nas, cujo centenário de nascimento começou a ser celebrado no passado dia 28 de Dezembro com a abertura de uma exposição itinerante da sua obra, na Biblioteca Municipal de Vila Real de Santo António. “Trata-se de uma iniciativa pessoal, a expensas próprias, na qual procu-rarei colocar todo o conhecimento que me foi possível arrecadar e que dedico a todos os meus amigos e jornalistas com quem privei ao longo da vida”, diz José Cruz que escla-rece que “a publicidade angariada destina-se a amortizar os custos de produção deste site, que não tem quaisquer fins lucrativos.

Magazine «Em Linha»

Page 28: Jornal do Baixo Guadiana - Edição Janeiro 2011

28 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JANEIRO 2011

COLABORADORES

A amazona do marEm frente Altura,À beira-mar;Mulher maduraQue nos faz sonhar!

Quando desce até à praiaSem o traje de montarA dama aconchega a saiaNão vá o mar abusar.

Cavaleira experimentadaNa arte de cavalgar,Cavalga qualquer montadaEsta amazona do mar.

Diante do mar bravioEla sorri, acha graça,Aceita o desafioE monta a onda que passa.

Monta o cavalo zangadoE sobre a cela atarraxada,Faz-se ao mar encapelado,Mete esporas à montada.

Os pesadelos tristonhos,Despreza-os, para seu regalo,Leva um alforge de sonhosNa garupa do cavalo.

Acossado pelo ventoSeu cavalo aparelhado,Investe mar adentro,Leito de morte talhado.

As forças da naturezaUniram-se enfurecidas,E fazem desta grandezaUm cemitério de vidas.

Pela borrasca apanhado,Este fogoso animal,Fica no mar sepultado,Não resiste ao temporal.

Está só, e à derivaLutando para se salvar,Exausta, mas ainda vivaNaquele inferno do mar.

A lua cheia arredondaE dá o agoirento sinal;Cavalga a crista da onda,Desmonta no areal.

Esse mar que a areia malha,Desfez-se em espuma, amainou,Seu cavalo de batalha,Que tantas vezes montou!

Manuel Palma

Catequese e Aulas de Educação Moral e Religiosa Católica

A Catequese é o ensino da Religião a todo e qualquer baptizado. Normalmente associa-mos «catequese» com infância, partindo do pressuposto que as crianças são baptizadas com semanas de vida e que os pais querem dar-lhe algo mais.

Mas também se dá o caso das crianças não serem baptizadas tão cedo, por motivos que vão desde a falta de fé, até outros motivos invocados para tamanho desleixo: falta de dinheiro para comprar a roupa luxuosa e para a boda, espera de uma pessoa de família que é emigrante e querem esperar que regresse definitivamente para assistir à ceri-mónia, falta de instabilidade doméstica, quando mãe e pai trabalham fora do lugar de residência e quase não há tempo para se organizarem, porque muitas vezes as férias são desencontradas, etc.

Alguns destes argumentos são válidos e compreensíveis, mas nada que se devia sobre-por ao desejo de fazer dos filhos, os Filhos de Deus.

O que infelizmente acontece com muita frequência é que as crianças andam na Cate-quese até fazer a Primeira Comunhão, que para muitas é a última, e depois ficam-se por aí, como analfabetas no domínio religioso. E isto quando a Catequese é bem dada, pois há casos, cada vez menos, graças a Deus, em que quem ministra a Catequese, precisava de ser catequisado/a.

Esta Catequese costuma equivaler à entrada no Primeiro Ciclo do Ensino e a atenção dos pais para esta vertente profana, mas indispensável, costuma ser mais forte que a que dedicam ao ensino religioso. A Catequese deve continuar e acompanhar as fases do crescimento, para não acontecer o que aconteceu a um professor universitário a quem perguntaram em que ano nasceu Santo Agostinho e ele depois de pensar um pouco, res-pondeu: século XVII ou XVIII!

Mas também há bons exemplos. Um menino chinês vai ao catecismo dado na Missão, não sabendo que o Sacerdote tinha sido preso pelos comunistas. Uns agentes fizeram-no parar e perguntaram: Onde vais? À Catequese. Não há Catequese. Então vou visitar o Senhor Padre. Não há Padre. Então vou à igreja. Não há igreja. Então o menino indignado responde: Eu sou baptizado… Eu sou Igreja.Este menino tinha aproveitado bem o que lhe ensinaram.

Entrando as crianças no Primeiro Ciclo do Ensino, é-lhe dada a possibilidade de fre-quentar, sem abandonar a catequese ligada à paróquia, as aulas e EMRC. Mas para isso é preciso pedir, porque a disciplina é de opção. E então, para “facilitar” mais a frequência dessas aulas, há quem, ao fazer os horários, as ponha no início dos tempos lectivos (convidando a ficar mais uma hora na cama), ou no fim do tempo lectivo (convidando a arranjar licença para sair uma hora mais cedo), isto partindo do prin-cípio que os Encarregados de Educação perante tal cenário optem por não querer matricular os filhos.

E assim vamos caminhando alegremente para uma descristianização, nós que já fomos um povo de missionários.

Maria Fernanda Barroca

CARO ASSINANTEFoi efectuada uma transferência para validação de assinatura

anual do Jornal do baixo Guadiana cujo jornal desconhece a iden-

tidade do assinante.

Agradecemos ao visado que contacte o JbG de modo a proceder à

actualização e facturação da respectiva assinatura.

Transferência Bancária 25 Dezembro 2010 [TRANSF IB 003502010000010444504 - 20,00€, em nome de Regina Santos]

[email protected]

281 531 171

Page 29: Jornal do Baixo Guadiana - Edição Janeiro 2011

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JANEIRO 2011 | 29

PASSATEMPOS & LAZER

1) Casacos 2) Camisas3) Blusas4) Camisolas

5) Calças6) Meias7) Gravatas8) Saias9) Gabardinas10) Cachecol11) Luvas12) Cintos

13) Pulseiras14) Anéis15) Malas16) Sapatos17) Sandálias18) Lenços19) Chinelos20) Sobretudos

Quadratim - n.º79

Auto

r: Jo

ão R

aim

undo

Jogo da Paciência n.º 85

“Vestuário e acessórios”

Há cerca de 5 anos, da vontade de algumas pessoas preocupadas em defender e ajudar os ani-mais abandonados ou

maltratados no nosso concelho, nasceu a GUADI, Asso-ciação, sem fins lucrativos, legalmente constituída em Dezembro de 2005, com o NIF 507534328.

Necessidades:- Mantas, cobertores, tudo o que sirva para mante-los

quentinhos.- Camas- Comedouros- Casotas- Ração, tanto para gato como para cão- Leite de amamentação- Material de limpeza, (lixívia, vassouras, pás, baldes,

esfregonas, etc,)- Materiais de construção, (redes para vedações,

cimento, tinta, tijolos)- Material cirúrgico, (compressas esterilizadas, luvas

esterilizadas, adesivo castanho, seringas, agulhas), bem como alopurinol, álcool, betadine espuma, água oxige-nada e pomadas oftalmológicas.

Quer associar-se a esta causa!Não temos quota fixa, por isso esteja à vontade em

escolher a sua dentro das possibilidades.Ficha de Inscrição:http://viewer.zoho.com/docs/aFKdeÉ só copiar o link acima, fazer o download e imprimir,

e enviar para:Associação Guadi Rua D. Pedro V, nº 38, 2º8900 - 283 Vila Real de Santo AntónioPara ajudas monetárias:NIB: 0035 0234 0000 6692 13002

Contactos:Email: [email protected]úlia: 964773101Sr. Lúcio: 968079025Faça parte desta Causa!Ajude a Ajuda-los!

Actualmente são cada vez mais os con-sumidores que utilizam o serviço telefónico ou o netbanking para ace-derem às suas contas bancárias.

Regra geral, estes serviços são mais rápidos e permitem, muitas vezes, preços mais vantajosos em ordens de Bolsa, transferências ou até taxas de juro mais elevadas em depósitos.

O uso do netbanking é seguro, desde que o consumidor tenha alguns cuidados:

- alterar com frequência a palavra-chave; - ter um programa de antivírus actualizado; - não aceder ao sítio do banco através de links enviados em e-mails; - não enviar por e-mail o nome de utilizador ou código de acesso;- utilizar um computador cujo acesso e utilização seja restrito para

aceder a informação reservada.No entanto, estes serviços online têm sido alvo de phishing, ou seja,

têm sido alvo de acções fraudulentas, as quais recorrem ao uso de men-sagens de e-mail que aparentam ter origem no banco, para conseguir dados confidenciais.

Por exemplo, alguém envia um e-mail, fazendo-se passar pelo banco onde está domiciliada a conta bancária a informar que ocorreu um pro-blema. O consumidor é assim impelido a clicar sobre o endereço for-necido e acede a uma página parecida com a do seu banco, mas falsa. Posteriormente pedem ao consumidor para introduzir os seus dados, que serão depois utilizados para fazer transferências ou compras em seu nome.

Assim, o consumidor deve desconfiar se receber um e-mail deste tipo, uma vez que estes meios de comunicação não fazem parte do procedi-mento usual de um banco.

Por fim, aconselhamos os consumidores a terem alguma precaução perante produtos de investimento com taxas de juro bastante altas que sejam publicitados na Internet.

Quando as ofertas apresentam juros bastante altos, podemos estar perante publicidade enganosa ou, pior, uma fraude. Por isso, se o consu-midor pretender contratar um produto comercializado na Internet, deve testar os meios de contacto indicados e pedir uma descrição detalhada dos serviços e documentação escrita antes de investir o seu dinheiro.

a DECO informa

a GUADI apela

u m a s l i n h a s p a r a a a l m a . . .

Soluções Jogo da Paciência - n.º84

Susana Correiajurista

T

H C GR A B AA N I

R IH C S U

L O C E

PL US A

A C S

B

D

A

I T Q S C

B N P U

O

E

S L E N

SR I

I

B O N E

I N CS B CQ S O A T O

BT MX G XR T

U A V S

C

L R

R I V A

T S U BC R T N V S

S J U V

A VO L X M V U

A Z R TS T V W I M

L AX W

A SV U

O SR S F I

B O N R

P T

U V A Z P US C

S HR T A T A S B L

I LC O O VR B

A M

A R

E A T U

P TT I S M X M

O R P IA A I E I C

U DR W

X AE S

A SD A M S

U L B Q

O V

J I N Y I TS O

T EO V I A Y O Z E

T MN O T PB L

K Z

L R

O D U X

A XS N M S N I

V Y R OL T M I K A

T SM S

P BI W

A PA S C H

J A A O

S X

E U P R U PS X

M TA S M O N T I A

A RA M E NU P

S A

S V

C U E C

A OR O R N T O

P

T N VS U A XR R E

O DS I T A

M P S A

AL MI N

E M A

O

F

P

X C E V O

A A U D

C

O

R D E P

SA M

O

H O L D

A B SR E DO S T A A E

VZ GO L NA S

S R P V

P

A T

I U M N

P X A IO V A R X M

E O X A

T TR C S E T V

R O Y RF I L T R E

A OC O

I CK R

A TS C R B

O A C O

T P

E R X W O SI A

R LS L T A M P D M

B EA N E TT G

A O

O P

D E A B

X IE F M S N A

Q R R DH M O P S O

E AS T

M VI V

P PE U V L

E D T E

C N

N R V X W DR J

A BC A M I A J S O

E RD F O XM P

K K

M A

T O C A

N VR A T N T E

I Y V UN C T O K T

U IO R

C XV Z

T EM A Z M

O W L B

U S

O M X V T AO T

H AS A U B O B A F

U CA U T OA T

I N

N D

A P A R

U RV I A S C O

CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO MARIMA CARGO DA NOTÁRIA

MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃO

Nos termos do art.° 100, n.° 1, do Código do Notariado, certifico que no dia dez de Dezembro de dois mil e dez foi lavrada neste Cartório, de folhas oitenta e três a folhas oitenta e quatro verso do Livro de Notas para Escrituras Diversas número Catorze - A, uma escritura de justificação, na qual compareceram: Manuel Joaquim Romeira Pereira e mulher, Emília Martins Teixeira, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, ele da freguesia de Vaqueiros, concelho de Alcoutim, ela da freguesia de Infesta, concelho de Celorico de Basto, residentes em Cabaços, Vaqueiros, Alcoutim, portadores dos bilhetes de identidade números 7912760 e 7262915, ambos emitidos a 1 de Fevereiro de 2006, pêlos Serviços de Identi-ficação Civil de Faro, contribuintes fiscais números 156 737 884 e 212 679 031, e pelo outorgante marido foi dito, ser dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrem, do prédio urbano sito em Cabaços de Cima, na freguesia de Vaqueiros, concelho de Alcoutim, não descrito na Conservatória do Re-gisto Predial daquele concelho, que é composto por edifício térreo, destinado a habitação, com vários compartimentos e logradouro, com a área de cento e quinze metros quadrados, dos quais oitenta são de área coberta, a confrontar a Norte com Custódio Pereira, a Sul e Nascente com via pública e a Poente com caminho, matriz sob o artigo 855, com o valor patrimonial tributável de cento e quarenta e cinco euros e três cêntimos, igual ao atribuído.Que o referido prédio lhe pertence, por o ter adquirido por compra verbal e nunca reduzida a escrito, no estado de solteiro, maior, em data imprecisa do ano de mil novecentos e oitenta e seis, feita a Igualdina Rita, solteira, maior, residente que foi na Rua Dr. José Neves Júnior, Lote 12, 2° frente, em Faro, actualmente já falecida. E que, sem qualquer interrupção no tempo, desde então, portanto há mais de vinte anos, tem estado o justificante na posse do referido prédio, cuidando da sua manutenção, en-fim usufruindo-o no gozo pleno de todas as utilidades por ele proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorar lesar di-reito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que o justificante adquiriu o referido prédio por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, títulos extrajudiciais normais capazes de provar o seu direito. Está conforme o original.Castro Marim, 10 de Dezembro de 2010.

A Colaboradora,(Ana Rita Guerreiro Rodrigues)

Colaboradora administrativa deste Cartório, no uso dos poderes de delegação conferidos nos termos do n°1 do artigo 8.° do Decreto de

Lei n.° 26/2004 de 4 de Fevereiro

CONTA REGISTADA SOB O Nº 20/12FACTURA / RECIBO Nº 1823

JORNAL DO BAIxO GUADIANA, 01 JANEIRO 2011

“Utilizo frequentemente os serviços online do meu banco. Que cuidados devo ter e o que é o phishing?”

PUB

O salário mínimo nacional é de apenas 475 euros, na moeda antiga apenas 95.000 escudos mensais ilíquidos. Em sede de concertação social foi decidido que em Janeiro de 2011 este valor seria de 500 euros (em escudos, 100.000) um pequeno bolo de 25 euros, ou seja, 83 cêntimos diários. Uns parcos óbolos que não podem ser considerados aumentos de ordenados devido ao seu reduzido valor que agora os empresários contestam. Esquecem-se que a economia só pode florescer com a «compra/venda», mas para isso é preciso produção, competitividade e uma boa gestão de marketing na prospecção de mercados para a colocação dos produtos; mas também é necessário haver melhoria no valor remuneratório de quem trabalha para que a economia cresça e não é com salários reduzidos que se permite o crescimento da economia. É necessário estimular e motivar os trabalhadores – os produtores de riqueza e da economia, e estes com os empresários são um binómio que tem de funcionar estimulando uma união saudável para solucionar o estado de precariedade do emprego e da subsistência das famílias. Não são 25 euros, mais os encargos sociais, que vão reduzir a sustentabilidade das empresas. Há empresas que podem suportar este pequeno óbolo, Mas e os que não puderem? Só terá de haver diálogo construtivo entre trabalhadores e empresários, e com tal binómio todos ficam a ganhar: o país, os trabalhadores, os empresários, a economia.

Pelo caminho correcto do Quadratim vá ao encontro dos 500 euros!

Page 30: Jornal do Baixo Guadiana - Edição Janeiro 2011

30 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JANEIRO 2011

PUBLICIDADE

CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO MARIMA CARGO DA NOTÁRIA

MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃO

Nos termos do art.º 100, n.º 1, do Código do Notariado, certifico que no dia vinte e três de Novembro de dois mil e dez foi lavrada neste Cartório, de folhas cinquenta e sete a folhas cinquenta e oito do Livro de Notas para Escrituras Diversas número Catorze - A, uma escritura de justificação, na qual compareceu: Maria Benedita da Conceição, solteira, maior, natural de Moçambique, residente na Rua da Princesa, Edifício Avenida, Bloco B, 1º A, na cidade, freguesia e concelho de Vila Real de Santo António, portadora do bilhete de identidade número 1022595, emitido vitaliciamente a 24 de Maio de 2001, pelos Serviços de Identificação Civil de Lisboa, contribuinte fiscal número 102 066 280, e pela outorgante foi dito, ser dona e legítima possuidora, com exclusão de outrem, do prédio urbano sito nas Laranjeiras, na freguesia e concelho de Alcoutim, composto por edifício térreo destinado a arre-cadação e arrumos, com uma divisão e logradouro, com a área total de cinquenta e dois metros quadrados, dos quais catorze são de área coberta, a confrontar a Norte com Custódia Maria, a Sul com Maria José Basílio, a Nascente com António Afonso Frederico e a Poente com Via Pública, não descrito na competente Conservatória do Registo Predial, inscrito na respectiva matriz predial sob o artigo 1903, com o valor com o valor patrimonial tributável de seiscentos e trinta euros, igual ao atribuído.Que o referido prédio lhe pertence, por a primeira outorgante o ter adquirido por doação verbal, e nunca reduzida a escrito, em data imprecisa do ano de mil novecentos e cinquenta e um, feita por seu pai Vítor Manuel da Costa, viúvo, residente que foi no Sítio das Laranjeiras, freguesia e concelho de Alcoutim, já falecido.E que, sem qualquer interrupção no tempo, desde então, portanto há mais de vinte anos, tem estado a justificante na posse e fruição do referido prédio, cuidando da sua manutenção, pagando contribuições e impostos, suportando os encargos de obras de conservação, enfim usufruindo-o no gozo pleno de todas as utilidades por ele proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que a primeira outorgante adquiriu o prédio por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, títulos extrajudiciais normais capazes de provar o seu direito.Está conforme o original. Castro Marim, 23 de Novembro de 2010.

(Ana Rita Guerreiro Rodrigues)Colaboradora administrativa deste Cartório, no uso dos poderes de delegação conferidos nos

termos do nº1 do artigo 8.º do Decreto de Lei n.º 26/2004 de 4 de Fevereiro

Conta registada sob o n.º 65/11Factura / Recibo n.º 1797

JORNAL DO BAIxO GUADIANA, 01 JANEIRO 2011

CARTÓRIO NOTARIAL DE VILA REAL DE SANTO ANTÓNIOA CARGO DA LIC. MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃO, NOTÁRIA

EM SUBSTITUIÇÃO DESIGNADA POR DESPACHO DA ORDEM DOSNOTÁRIOS, POR A RESPECTIVA LICENÇA SE ENCONTRAR VAGA

Nos termos do art.° 100, n.° 1, do Código do Notariado, certifico que no dia vinte e seis de Novembro de dois mil e dez foi lavrada neste Cartório, de folhas cinquenta a folhas cinquenta e um verso do Livro de Notas para Escrituras Diversas número três uma escritura de justificação, na qual compareceram:Idália Manuela Guerreiro Cortegaça da Costa e marido, Pedro António Ramos Cortegaça da Costa, casados sob o regime da comunhão de bens adquiridos, ela natural da freguesia de Tavíra (Santiago), concelho de Tavira, ele natural da freguesia e concelho do Barreiro, residentes na Rua Santa Bárbara, número 4, em Aljustrel, contribuintes fiscais números 196 843 898 e 208 587 310. Pela primeira outorgante mulher foi dito:Que é dona e legítima possuidora, com exclusão de outrem, do prédio urbano sito nas Sesmarias, na freguesia de Vila Nova de Caceia, concelho de Vila Real de Santo António, composto por arrecadação e arrumos, com a área total de duzentos e quarenta e oito vírgula cinquenta metros quadrados, dos quais cento e sessenta e oito vírgula cinquenta são de área coberta, a confrontar a Norte, Sul, Nascente e Poente com herdeiros de Manuel Fernandes Neto, não descrito na Conservatória do Registo Predial deste concelho, inscrito na respectiva matriz urbana sob o artigo 7655, com o valor patrimonial tributável e atribuído de oito mil quatrocentos e oitenta euros. Que o referido prédio entrou na sua posse, ainda no estado de solteira, maior, por partilha verbal, nunca reduzida a escrito, em data imprecisa do mês de Outubro de mil novecentos e noventa, efectuada com os demais interessados, por óbito de seu avô, Custódio André, em representação de seu pai, pré-falecido Vítor Manuel Ma-deira André, residente que foi nas Sesmarias, na já referida freguesia de Vila Nova de Caceia, casado que foi com Cremilde da Encarnação Madeira, sob o regime da comunhão geral de bens.E que, sem qualquer interrupção no tempo, desde então, portanto há mais de vinte anos, tem estado a justificante na posse do referido prédio, cuidando da sua manuten-ção, pagando contribuições e impostos, enfim usufruindo-o no gozo pleno de todas as utilidades por ele proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que a justificante adquiriu o referido prédio por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, título extrajudicial normal capaz de provar o seu direito. Pelo primeiro outorgante marido foi dito:Que confirma as declarações de sua mulher, integrando o referido bem a classe de bens próprios de sua cônjuge.Está conforme o original.Vila Real de Santo António, 26 de Novembro de 2010.

A Notária,[Lic. Maria do Carmo Correia Conceição]

Conta Registada sob o nº 97/11Factura/Recibo nº 620

JORNAL DO BAIxO GUADIANA, 01 JANEIRO 2011

CARTÓRIO NOTARIAL DE VILA REAL DE SANTO ANTÓNIOA CARGO DA LIC. MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃO, NOTÁRIA

EM SUBSTITUIÇÃO DESIGNADA POR DESPACHO DA ORDEM DOSNOTÁRIOS, POR A RESPECTIVA LICENÇA SE ENCONTRAR VAGA

Nos termos do art.° 100, n.°1, do Código do Notariado, certifico que no dia catorze de Dezembro de dois mil e dez foi lavrada neste Cartório, de folhas setenta e cinco a folhas setenta e seis verso do Livro de Notas para Escrituras Diversas número três uma escritura de justificação, na qual compareceram:a) Maria Catarina Neves da Conceição e marido, António Alberto Rosa Rufino, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ambos natu-rais da freguesia de Vila Nova de Caceia, concelho de Vila Real de Santo António, residentes na Rua Eça de Queirós, número 10, 2° direito, Póvoa de Santa Iria, portadores dos cartões de cidadão respectivamente núme-ros 01086994, válido até 29 de Setembro de 2015 e 01114754, válido até 29 de Janeiro de 2014, ambos emitidos pela República Portuguesa, contribuintes fiscais números 129 622 478 e 129 622 206;b) Maria da Encarnação Neves e marido, Joaquim Pedro, casados sob o regime da comunhão geral de bens, ambos naturais de Castro Marim, ele da freguesia de Altura, ela da freguesia de Castro Marim, residentes na Travessa dos Pedros, Rua da Alagoa, número 59, na Altura, portadores dos cartões de cidadão respectivamente números 02209800, válido até 15 de Dezembro de 2014 e 02213048, válido até 12 de Janeiro de 2015, ambos emitidos pela República Portuguesa, contribuintes fiscais números 113 452 705 e 162 870 396, e; c) Idalina da Encarnação Neves Laurindo, viúva, natural da freguesia e concelho de Castro Marim, residente na Rua da Alagoa, número 73, em Altura, portadora do bilhete de identidade número 2143230, emitido a 28 de Junho de 2007, pelos Serviços de Identificação Civil de Faro, contribuinte fiscal número 140 278 613. Pelos primeiros outorgantes foi dito:Que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, na proporção de metade para os identificados em a), um quarto a favor dos identificados em b) e o restante quarto a favor da identificada em c), do prédio rústico sito na Cerca do Rato, na freguesia e concelho de Castro Marim, composto por alfarrobeiras, amendoeiras, cultura arvense de sequeiro, figueiras, oliveiras e mato, com a área de vinte e cinco mil cento e vinte metros quadrados, a confrontar a Norte com António Carlos da Silva, a Sul com José Teixeira Neves e João Pereira Brás, a Nascente com António Carlos da Silva e Ake Cristim Witterneengne e a Poente com José de Sousa Neves, não descrito na Conservatória do Registo Predial daquele concelho, inscrito na respectiva matriz rústica sob o artigo 20 da secção AJ com o valor patrimonial tributável, calculado para efeitos de Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis e de Imposto do Selo, de quatrocentos e noventa e seis euros e oito cênti-mos, igual ao atribuído. Que o referido prédio entrou na posse dos primeiros outorgantes por doação verbal, nunca reduzida a escrito, feita em data imprecisa do ano de mil novecentos e oitenta e três, efectuada António Neves Teixeira, solteiro, maior, residente que foi no Sítio do Ribeiro Pisa Barro Cima, na freguesia e concelho de Castro Marim, entretanto já falecido. E que, sem qualquer interrupção no tempo, desde então, portanto há mais de vinte anos, têm estado os justificantes na posse do referido prédio, cuidando da sua manutenção, pagando contribuições e impostos, enfim usufruindo-o no gozo pleno de todas as utilidades por ele proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que os justificantes adquiriram o referido prédio por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, título extrajudicial normal capaz de provar o seu direito. Está conforme o original. Vila Real de Santo António, 14 de Dezembro de 2010.

A colaboradora da Notária, devidamente autorizada[Joana Isabel da Silva de Gouveia e Sousa]

Conta registada sob o n.° 35/127Factura/Recibo n.° 667

JORNAL DO BAIxO GUADIANA, 01 JANEIRO 2011

CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO MARIMA CARGO DA NOTÁRIA

MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃO

Nos termos do art.° 100, n.° 1, do Código do Notariado, certifico que no dia catorze de Dezembro de dois mil e dez foi lavrada neste Cartório, de folhas oitenta e cinco a folhas oitenta e seis verso do Livro de Notas para Escrituras Diversas número catorze - A, uma escritura de justificação, na qual compareceu: Ana Maria Parente Vaz, viúva, natural da freguesia de Odeleite, concelho de Castro Martim, onde reside, no Vale do Pereiro, portadora do bilhete de identidade núme-ro 8283412, emitido vitaliciamente a 24 de Novembro de 1993, pêlos Serviços de Identificação Civil de Lisboa, contribuinte fiscal número 138 905 738, declarou ser dona e legítima possuidora, com exclusão de outrem, do prédio urbano sito no Vale do Pereiro, na freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, composto por edifício térreo destinado a habitação, com três divisões, com a área total e de implantação de cinquenta e quatro vírgula setenta metros quadrados, a confrontar a Norte com rua, a Sul e Poente com José Silvestre e a Nascente com Ana Maria Parente Vaz, não descrito na Conservatória do Registo Predial deste concelho, inscrito na respectiva matriz predial sob o artigo 712, com o valor com o valor patrimonial tributável de quatro mil quinhentos e quarenta euros, igual ao atribuído.Que o referido prédio lhe pertence, por a outorgante o ter adquirido por doação verbal, e nunca reduzida a escrito, em data imprecisa do ano de mil novecentos e quarenta e um, no estado de solteira, menor, feita por seus avós Joaquim Vaz e Maria Francisca, casados que foram sob o regime da comunhão geral de bens, residente que foram no Vale do Pereiro, freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, ambos já falecidos. E que, sem qualquer interrupção no tempo, desde então, portanto há mais de vinte anos, tem estado a justificante na posse e fruição do referido prédio, cuidando da sua manutenção, pagando contribuições e impostos, suportando os encargos de obras de conservação, enfim usufruindo-o no gozo pleno de todas as utilidades por ele propor-cionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que a primeira outorgante adquiriu o prédio por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, títulos extrajudiciais normais capazes de provar o seu direito.Está conforme o original.Castro Marim, 14 de Dezembro de 2010.

A Colaboradora,(Ana Rita Guerreiro Rodrigues)

Colaboradora administrativa deste Cartório, no uso dos poderes de delegação conferidos nos termos do n°1 do artigo 8.° do Decreto de Lei n.° 26/2004 de 4 de Fevereiro

Conta registada sob o n.° 23/12Factura / Recibo n.° 1825

JORNAL DO BAIxO GUADIANA, 01 JANEIRO 2011

CARTÓRIO NOTARIAL DE SÃO BRÁS DE ALPORTELDE AMÉLIA DE BRITO MOURA DA SILVA

CERTIFICA, para efeitos de publicação, nos termos do disposto do artigo cem, número um do Código do Notariado, que no dia dezassete de Dezembro de dois mil e dez, a folhas quarenta e cinco e seguintes do livro de notas para escrituras diversas número quinze deste Cartório, foi lavrada uma escritura de Justificação Notarial, em que MANUEL MADEIRA CONSTÂNCIO e mulher ANAIR MARIA ANTUNES DAS NEVES MADEIRA CONSTÂNCIO, casados sob o regime da comunhão geral, naturais, ele da freguesia de Martim Longo e ela da freguesia de Vaqueiros, ambos do concelho de Alcoutim, onde residem no sítio de Barrada, contribuintes fiscais números 166.757.691 e 182.067.971 declararam que são donos e legítimos possuidores com exclusão de outrem, do prédio rústico, sito em Vaqueiros, freguesia de Vaqueiros, concelho de Alcoutim, composto por terra de cultura com árvores, com a área de cento e sessenta metros quadrados, que confronta do norte com Rua São Pedro, do sul com Fátima Gago, do nascente com Rua da Ti Mestra e do poente com Joaquim Gato, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 59, Secção 038, com o valor patrimonial para efeitos de l.M.T. de doze euros e dezoito cênti-mos, que é o atribuído, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Alcoutim. Que o mesmo prédio veio à sua posse em data imprecisa do ano de mil novecentos e oitenta e quatro, por partilha meramente verbal feita com os demais interessados por óbito de Lino Antunes das Neves e mulher Custódia Maria, pais da outorgante mulher, casados sob o regime da comunhão geral, residentes que foram no dito sítio de Vaqueiros, compra essa que não lhes foi nem é agora possível titular por escritura pública. Que desde essa data e sem qualquer interrupção, entraram na posse do referido prédio, pessoalmente e em nome próprio, tendo vindo desde então a gozar todas as utilidades por eles proporcionadas, nele praticando os actos materiais de fruição e conservação correspondentes ao exercício do direito de propriedade, nomeadamente cultivando e colhendo os frutos, pagando os impostos, procedendo assim, como seus donos e senhores, à vista e com o conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pelo que exerce-ram uma posse pacífica, contínua e pública e isto, como se disse, por prazo superior a vinte anos. Que, dadas as enunciadas características de tal posse, adquiriram o dito prédio por USUCAPIÃO, título esse que, por sua natureza, não é susceptível de ser comprovado pêlos meios extrajudiciais normais. Está conforme o original na parte transcrita. São Brás de Alportel, dezassete de Dezembro de dois mil e dez.

A Notária,(Amélia de Brito Moura da Silva)

Conta registada sob o n. ° PAO 1378/ 2010

JORNAL DO BAIxO GUADIANA, 01 JANEIRO 2011

CARTÓRIO NOTARIAL DE VILA REAL DE SANTO ANTÓNIOA CARGO DA LIC. MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃO, NOTÁRIA

EM SUBSTITUIÇÃO DESIGNADA POR DESPACHO DA ORDEM DOSNOTÁRIOS, POR A RESPECTIVA LICENÇA SE ENCONTRAR VAGA

Nos termos do art.° 100, n.° 1, do Código do Notariado, certifico que no dia vinte e seis de Novembro de dois mii e dez foi lavrada neste Cartório, de folhas quarenta e oito a folhas quarenta e nove verso do Livro de Notas para Escrituras Diversas número três uma escritura de justificação, na qual compareceram: Ezequiel Madeira André e mulher, Noémia Maria Gonçalves Guerreiro André, casados sob o regime da comunhão de bens adquiridos, ele natural da freguesia de Vila Nova de Caceia, concelho de Vila Real de Santo António, ela natural da freguesia de Conceição, concelho de Tavira, residentes em Sesmarias, Vila Nova de Caceia, Vila Real de Santo António, contribuintes fiscais números 133 792 340 e 112 346 588, que declararam que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio urbano destinado a habitação, sito nas Sesmarias, na freguesia de Vila Nova de Caceia, concelho de Vila Real de Santo António, composto por três quartos, sala, cozinha, uma casa de banho e uma arrecadação, e logradouro, com a área total de duzentos e vinte e cinco metros quadrados, dos quais cento e dezassete vírgula cinquenta são de área coberta, a confrontar a Norte, Sul, Nascente e Poente com herdeiros de Manuel Fernandes Neto, não descrito na Conservatória do Registo Predial deste concelho, inscrito na respectiva matriz urbana sob o artigo 7656, com o valor patrimonial tributável e atri-buído de nove mil duzentos e setenta euros. Que o referido prédio entrou na posse dos primeiros outorgantes por partilha verbal, nunca reduzida a escrito, em data imprecisa do ano de mil novecen-tos e oitenta e cinco, efectuada pelo primeiro outorgante marido, com os demais interessados, por óbito de seu pai, Custódio André, residente que foi em Sesmarias, na já referida freguesia de Vila Nova de Caceia, concelho de Vila Real de Santo António, casado que foi com Cremilde da Encarnação Madeira, sob o regime da comunhão geral de bens.E que, sem qualquer interrupção no tempo, desde então, portanto há mais de vinte anos, têm estado os justificantes na posse do referido prédio, cuidando da sua manutenção, pagando contribuições e impostos, enfim usufruindo-o no gozo pleno de todas as utilidades por ele proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que os justificantes adquiriram o referido prédio por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, título extrajudicial normal capaz de provar o seu direito. Está conforme o original. Vila Real de Santo António, 26 de Novembro de 2010.

A Notária,[Lic. Maria do Carmo Correia Conceição]

Conta Registada sob o nº 95/11

Factura/Recibo nº 619

JORNAL DO BAIxO GUADIANA, 01 JANEIRO 2011

CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO MARIM A CARGO DA NOTÁRIA MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃO

Nos termos do art.° 100, n.° 1, do Código do Notariado, certifico que no dia vinte de Dezembro de dois mil e dez foi lavrada neste Cartório, de folhas cento e cinco a folhas cento e seis do livro de notas para escrituras diversas número catorze-A, uma escritura de justificação, na qual Domingos Anastácio Cavaco e mulher, Maria Rita Viegas Afonso Cavaco, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ambos naturais da freguesia de Pereiro, concelho de Alcoutim, residentes em Tacões, Pereiro, contribuintes fiscais números 106 378 180 e 155 216 236, declararam ser donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio rústico sito no Penedo Branco, na freguesia de Pereiro, concelho de Alcoutim, composto por cultura arvense de sequeiro e mato, com a área de catorze mil e oitenta metros quadrados, a confrontar a Norte com Gualdino Ribeiro, a Sul com António Manuel José Rodrigues, a Nascente com Manuel Dias e a Poente com Manuel Afonso, não descrito na respectiva Conservatória do Registo Predial, inscrito na matriz sob o artigo 91, da secção 056.Que o referido prédio entrou na posse dos justificantes por compra verbal, e nunca reduzida a escrito, em data imprecisa do ano de mil novecentos e oitenta e sete, feita a José Joaquim Dias e mulher, Joaquina Dias Romba, residentes que foram na Fonte Zambujo, na dita freguesia de Pereiro, concelho de Alcoutim, ele actualmente já falecido.E que, sem qualquer interrupção no tempo, desde então, portanto há mais de vinte anos, têm estado os justificantes na posse do referido prédio, cuidando da sua manutenção, colhendo os seus frutos, enfim usufruindo-o no gozo pleno de todas as utilidades por ele proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que os justificantes adquiriram o referido prédio por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, títulos extrajudiciais normais capazes de provar o seu direito. Está conforme o original. Castro Marim, aos 20 de Dezembro de 2010.

A Notária,[Lic. Maria do Carmo Correia Conceição]

Conta registada sob o n.° 65/12Factura/Recibo n.° 1844

JORNAL DO BAIxO GUADIANA, 01 JANEIRO 2011

Page 31: Jornal do Baixo Guadiana - Edição Janeiro 2011

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | JANEIRO 2011 | 31

DESPORTO

Balanço e antevisão da época

“Os Iniciados estão de parabéns!” Sub-14

do JBC campeãs pelo terceiro ano

natural da Manta Rota, Samuel Cal-deira, também mostrou ser especia-lista nas provas a rolar ou de pouca montanha; ganhou este ano o «GP Costa Azul» e alguns dos circuitos pós Volta, conquistando a presença no Campeonato do Mundo realizado em Outubro na Austrália.

Quanto a Amaro Antunes, o jovem residente nas Hortas, em Vila Real de Santo António, teve uma época agridoce; imprevistos afastaram-no de bons resultados em provas impor-tantes ao serviço da sua equipa e da Selecção Nacional, com a qual fez o Tour de l’Avenir também conhecida como «Volta a França do Futuro». Já Solezio Fernandes teve uma época mais discreta, aproveitou para ganhar experiencia naquela que é a sua segunda época no escalão de sub-23.

Com a nova época velocipédica à porta, os quatro ciclistas já tem o seu futuro quase assegurado. Ricardo Mestre e Samuel Caldeira mantêm--se ambos na formação tavirense, podendo vir a ter Solezio Fernandes como colega de equipa (seja para a equipa sub-23 ou na profissional). A equipa tavirense que este ano acusou a crise económica, tendo inú-

meras dificuldades para encontrar um patrocinador principal com as dimensões de anos anteriores, o que levou a que tivessem de reestruturar todo o seu projecto onde Mestre e Caldeira assumem papéis de líderes. “Sinto-me preparado para encarar este desafio e assumir os comandos da equipa, já o fiz noutras situações e penso que dei conta do recado” con-fessou-nos Ricardo Mestre. “Este ano vai ser um ano muito importante na minha carreira; o Cândido Barbosa em princípio já não está na equipa, por isso nas chegadas ao sprint terei de ser eu a dar a cara pela equipa e espero estar a altura” confessou Samuel Caldeira ao JBG. Solezio Fernandes, o jovem residente da Ribeira da Gafa, que até então corria pela formação amadora tavirense, vai em 2011 vestir as cores da formação Louletana de sub-23, fazendo parte assim de um novo projecto, numa colaboração entre a equipa tavirense e a equipa louletana. Por sua vez também Amaro Antunes conseguiu dar um salto importante na sua car-reira, passando da formação amadora de Santa Maria da Feira para a equipa profissional «A Rota dos Móveis», aqui com uma oportunidade para mostrar o valor que realçou nas cate-gorias de formação. “Espero que a época de 2011 me traga grandes momentos no ciclismo alcançados com muito trabalho e com a sorte de que todos necessitamos!”, confessou Amaro Antunes.

Para trás ficou mais uma época de ciclismo onde competiram, Ricardo Mestre, Samuel Caldeira, Amaro Antunes e Solezio Fernandes.

Ricardo Mestre e Samuel Cal-deira, ambos ciclistas profissionais da formação «Palmeiras Resort/Prio/

Tavira», em termos colectivos tive-ram uma época em grande, tendo como ponto alto a vitória na «Volta a Portugal» através de David Blanco, prova onde ambos estiveram presen-tes. A nível pessoal Ricardo Mestre afirmou-se como um dos melhores ciclistas nacionais a actuar em Portu-gal, tendo ganho provas tão impor-tantes como a «Volta ao Minho». Já o

o aproveitamento ofensivo (base-ado no contra ataque directo e ataque rápido). Este esquema tác-tico obrigou o adversário a cons-tantes adaptações, obrigando-o a recorrer aos remates exteriores e a cometer diversas falhas téc-nicas. Assim sendo, o resultado foi-se avolumando, sendo no final de 46-29. A equipa opositora deu uma grande réplica, equilibrando a contenda durante a primeira parte, onde o Náutico saiu para o intervalo somente a ganhar por cinco golos de diferença (19-14). Com esta vitória, os pupilos garantiram desde já o primeiro lugar neste grupo, permi-tindo gerir o plantel no último jogo. A equipa de VRSA começa agora a preparar a segunda fase deste cam-peonato, que dá acesso à 1ª Divisão Nacional.

Santos, Margarida Araújo e Sara Carreiras. A jogadora Sónia Santos foi ainda eleita a melhor jogadora do torneio. Segue-se em Janeiro o nacional de Sub 14.

O Juventude agradeceu todo apoio possível prestado pela Câmara Municipal de VRSA aos seus atletas e treinadores e a todos os pais, colaboradores e amigos pela sua dedicação e colaboração para com a equipa. Recorde-se que o clube vive momentos de incerteza face a baixa de apoio municipal e que actualmente está à procura de patrocinadores.

A edição deste mês do JbG foi ao encontro dos quatro ciclistas que representam o baixo Guadiana e fez com eles um balanço da época que passou e uma antevisão da nova que em Fevereiro se inicia.

Os quatro atletas do Baixo Guadiana prevêem uma boa época no ciclismo

Futebolândia

Olá a todos e bem-vindos a mais um «Futebolândia»!

Aproveito para desejar um bom ano novo e que Sócrates saia do Governo para que se concretize o meu pedido!

Nesta edição gostava de abordar o tema do tratador da águia Vitória, Juan Bernabé, que foi barrado na entrada do estádio do Benfica e tem sido uma novela mexicana tudo o que envolve a situação... Até a águia foi proibida de voar no “espaço aéreo” do estádio da Luz; por ali só aviões da Rya-nair, (disse da Ryanair porque é de low cost e eu gosto de viajar barato!).

Juan Bernabé diz que tem contrato até 2013 para tratar da águia e que tem bens pes-soais dentro do estádio, ele alega que o responsável pela segurança do Benfica lhe tem feito a vida negra - secalhar é um daqueles seguranças de porta de discoteca; às vezes não é fácil lidar com eles porque estão a “fazer peito” e abrir os braços e o campo de visão fica de tal maneira redu-zido que não conseguem ver com quem estão a falar - talvez esteja a confundir o tratador com outra pessoa.

Na minha opinião os sócios, e aqueles que ainda têm cora-gem de ir ao estádio ver o Benfica, é que saem a perder, porque muitas vezes o ponto alto da noite é o voo da águia, muito mais emotivo que o pró-prio jogo, diga-se, em abono da verdade.

Isto do futebol tem muito que se lhe diga, já nem deixam voar a águia, onde isto chegou...

Até á próxima e um bom ano!

Eusébio Costa, radialista e estudante de ciências da comunicação

[email protected]

crónica

Ciclismo em destaque

Andebol - Clube Náutico do Guadiana

Humberto Fernandes

No dia 4 de Dezembro realizou-se no Pavilhão Municipal de Vila Real de Santo António, o quinto jogo (penúltimo da 1ª fase), do Clube Náutico do Guadiana na catego-ria de Iniciados Masculinos, que participa na Época Desportiva de 2010/2011 no Campeonato Nacio-nal da 2ª Divisão (Zona 9). Foi também a quinta vitória consecutiva dos jovens, contra a equipa do A.C. Lacobrigense de Lagos.

Este jogo, foi um desafio bem disputado continuando os atletas a mostrar um grande empenho e “garra” em cada lance. Tratou-se de uma disputa equilibrada em alguns momentos do jogo, onde os índices técnicos foram novamente bastante elevados e decisivos, como o comportamento defensivo (3:3 que passava a 4:2/5:1 dinâmico) e

O Juventude Basquetebol Clube (JBC) sagrou-se, por terceiro ano consecutivo, campeão do Algarve na categoria de Sub 14 Femini-nos, na Final Four disputada a 18 e 19 de Dezembro no Pavilhão da Escola Secundária de Vale de Pedras, em Albufeira. A equipa ganhou todos os jogos por grande margem, tendo inclusive ganho na final por 101 a 35 à equipa do Imortal de Albufeira.

Na entrega da Taça foi ainda escolhido o «cinco ideal» do tor-neio. Da equipa do JBC foram escolhidas três jogadoras, Sónia

Page 32: Jornal do Baixo Guadiana - Edição Janeiro 2011

32 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |JANEIRO 2011

Uma torneira a pingar durante 24 horas, de 5 em 5 segundos, perde 3 litros de água, o que cor-responde a mais 1000 litros de água por ano. Verifique as tornei-ras e repare as fugas de água. Para poupar água, não lave a loiça com água corrente, encha o lava-loiça. Quanto à máquina de lavar loiça ou roupa utilize-as apenas quando estiverem cheias ou se possuírem programas de meia-carga.

Para quem nunca participou esta iniciativa terá passado até agora «ao lado», no entanto, está a destacar-se em Alcoutim e a apaixonar os vizinhos de San Lúcar, mas não só. A «Palavra Sexta à Noite» está a merecer o destaque na cultura alcouteneja porque reúne a literatura, os seus amantes e a vontade de recuperar temas que completam a história local. São tertúlias que em média durante 2010 contaram com a parcticipação de 50 pessoas por cada encontro, sendo que, como pede o momento, conta com a intervenção da maioria.

O ano terminou em cheio com a participação de um número bem redondo de cerca de 70 participantes onde as tradições de Natal estiveram em destaque. «Vamos cantar o Natal...» e cantou-se. Comemorou-se com bolo-rei e desejou-se uma quadra festiva com saúde e alegria.

Nas anteriores sextas-feiras os temas variaram entre a tra-dição de São Martinho, os Maios, a Poesia, e muitos outros que juntaram a comunidade.

A população imigrante residente em Alcoutim e San-Lúcar é uma das adeptas destes encontros e brindam os encontros com a sua cultura.

A iniciativa é organizada pela «Casa dos Condes», a biblio-teca municipal local, e conta com o apoio da câmara municipal de Alcoutim. Cristina Arhens e Carlos Barão são a cara deste evento. Da sua imaginação se projectam os temas e pela cria-tividade surge a decoração dos momentos. «Palavra Sexta à Noite» traduz-se num “convívio saudável e muito importante de Alcoutim”, afirmam despretenciosamente.

Através de 281 540 500 conheça os próximos encontros deste ano de 2011.

«Palavra Sexta à Noite» ganha adesão em Alcoutim

CartoonECOdica

Sotavento Algarvio

PUB

SolidariedadeA solidariedade está a ganhar cada vez mais forma. Várias entidades estão a promover o movimento. 2011 é «Ano Europeu do Voluntariado»

Afinal o Governo não vai cumprir o acordo que fixaria o salário mínimo em 500 € já a partir de Janeiro de 2011. Mas vai adiantando que até ao final do ano a meta será atingida...

As sub-14 do JBC de VRSA estão de parabéns. Pelo terceiro ano consecutivosão campeãs regionais.Façanha conseguida em momentos difíceis do clube