jornal do baixo guadiana outubro

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Director: Carlos Luis Figueira Propriedade da Associação ODIANA Fundado pela Associação Alcance em 2000 Jornal Mensal Ano 12 - Nº137 OUTUBRO 2011 PREÇO: 0,85 EUROS Guadiana Baixo Baixo Guadiana JORNAL DO PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADO DE PLÁSTICO OU PAPEL PODE ABRIR-SE PARA VERIFICAÇÃO POSTAL DE 01132011 SNS/GSCS TAXA PAGA PORTUGAL Apesar da crise Desde Alcoutim, passando por Castro Marim e Vila Real de Santo António existem cerca de 3.300 empresas. A esmagadora maioria – na ordem dos 95% - emprega menos de 10 pessoas. Cerca de 30% do volume de negócios das empresas de Castro Marim e Alcoutim pertence às quatro maiores empresas de cada um dos concelhos. Este número desce para 12,9% em Vila Real de Santo António, onde há mais empresas dispersas por mais sectores. Entrevistámos os responsáveis de três empresas de dimensão considerável no Baixo Guadiana e encontrámos empresários em dificuldades, mas que estão a dar a volta à crise com mais investimento e mais inovação. PUB CEM NORTE

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Em destaque os 20 anos da Ponte do Guadiana e os empresários que enfrentam a crise

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Page 1: Jornal do Baixo Guadiana Outubro

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | OUTUBRO 2011 | 1

Director: Carlos Luis FigueiraPropriedade da Associação ODIANA Fundado pela Associação Alcance em 2000

Jornal Mensal

Ano 12 - Nº137

OUTUBRO 2011

PREÇO: 0,85 EUROS

GuadianaBaixoBaixo

Guadiana

JORNALDO

PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS

AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADODE PLÁSTICO OU PAPELPODE ABRIR-SE PARAVERIFICAÇÃO POSTALDE 01132011 SNS/GSCS

TAXA PAGAPORTUGAL

Apesar da crise

Desde Alcoutim, passando por Castro Marim e Vila Real de Santo António existem cerca de 3.300 empresas. A esmagadora maioria – na ordem dos 95% - emprega menos de 10 pessoas. Cerca de 30% do volume de negócios das empresas de Castro Marim e Alcoutim pertence às quatro maiores empresas de cada um dos concelhos. Este número desce para 12,9% em Vila Real de Santo António, onde há mais empresas dispersas por mais sectores. Entrevistámos os responsáveis de três empresas de dimensão considerável no Baixo Guadiana e encontrámos empresários em dificuldades, mas que estão a dar a volta à crise com mais investimento e mais inovação.

pub

CEM NORTE

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2 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |OUTUBRO 2011

JBGJornal do Baixo Guadiana

EDITORIAL

participa na próxima manifestação contra a portagens a 8 de Outubro?

Vox Pop

R: Se não trabalhar vou de certeza. Acho que estas portagens não fazem sentido nenhum. Além de terem sido construídas com fundos comunitários, são a única estrada com o mínimo de condições que ligam o Algarve de uma ponta à outra.

Nome: Sérgio ViegasProfissão: Operador de Aviões

em Escala

R: Não estou por cá. Acho que não têm direito de cobrar algo que foi finan-ciado com dinheiro comunitários abdi-cados de outros projectos para uma via essencial para o desenvolvimento da região. Se os Presidentes de Câmara tivessem decidido aplicar essas verbas noutros projecto não haveria estrada para portajar. Mais uma vez se paga os “erros” (SCUTs) dos governantes e seus amigos (empresas de obras públicas e exploração de estradas).

R: Não vou participar por falta de disponibilidade. Não concordo com as portagens na Via do Infante, mas não acredito que não avancem pois eles querem arranjar dinheiro de qualquer maneira.

Nome: Maria Lourdes Costa Rocha

Profissão: NR

Nome: Pedro Miguel DuarteProfissão: Jornalista

R: Não sei se vou poder ir, mas não concordo com as portagens. Vão prejudicar a economia; as pessoas vão deixar de se deslocar tanto e vão deixar de consumir, os nossos vizinhos espanhóis vão deixar de nos visitar com tanta regularidade. Além disso a A22 é mais segura do q a EN125.

Nome: Catarina AzevedoProfissão: Estudante

Director:Carlos Luis Figueira

Sub-Director:Vítor Madeira

Chefe de Redacção:Susana de Sousa

Redacção:Antónia-Maria,Carlos brito,Joana Germano,José CruzVictoria Cassinello

Colaboradores da Edição:Ana brásAna DiasAna Lúcia GonçalvesEusébio CostaFernando pessanhaHumberto FernandesJoão RaimundoRui RosaVitor barrosAssociação AlcanceAssociação GuADIDECOEurope Direct Algarve - CCDRAlge Associação Odiana

Departamento Comercial:[email protected]@gmail.com

Sede:Rua 25 de Abril, N.º 1Apartado 21 8950-909Castro MarimTel: 281 531 171Fax: 281 531 080

Redacção:Rua 25 de Abril, N.º 1Apartado 21,8950-909 CASTRO MARIM281 531 171966 902 [email protected]

Propriedade:Associação OdianaRua 25 de Abril, N.º 1Apartado 21,8950-909 CASTRO MARIMTel: 281 531 171Fax: 281 531 [email protected]

Pessoa Colectiva:504 408 755

Direcção Executiva:Associação Odiana

Design e Paginação:Daniela VazRui Rosa

Impressão:postal do Algarve, LdaRua Dr. Silvestre Falcão,nº 13 C8800-412 TAVIRATel: 281 320 900

Tiragem desta edição:3.000 exemplares

Registo no ICS:n.º 123554

Depósito legal:n.º 150617/00

JbG online:http://issuu.com/jornalbai-xoguadiana e Facebook

Os Sinais das ReformasDo pouco que ainda se conhece sobre o Livro Verde, da responsa-bilidade do actual governo e no qual constarão as propostas de alteração à estrutura e funciona-mento da administração publica - central, regional e local - algu-mas das já anunciadas mudanças causam perplexidades e não poucas inquietações sobre o modelo que irá ser seguido. Sendo discutível o papel que desempenhavam algu-mas das estruturas desconcentra-das da administração central em cada região, caso das várias direc-ções regionais, a sua extinção sem modelo alternativo que as integre e com o anunciado abandono da criação das Regiões Administrati-vas, resultam num processo que conduz à maior centralização do Estado; concepção, aliás, muito próxima da ideologia neo-liberal.

O País seria seguramente outro, para pior, se não tivesse tido uma organização do poder local como a que foi consagrada na Constituição, cujas características fundamentais se mantiveram até aos dias de hoje. Registaram-se ao longo destes 36 anos exemplos de más gestões dos dinheiros públicos, assentes, entre outros aspectos, em opções duvidosas no planeamento e desen-volvimento dos territórios sob sua administração. Seguramente! Mas o que de positivo resultou para o País na obra realizada, supera

largamente os tais desvios. As autarquias ao longo de anos têm a crédito, em vários domínios, uma obra publica notável no novo País que hoje somos. São responsáveis por uma intervenção social que está longe de se esgotar na cons-trução de equipamentos. Criaram condições de emprego qualificado, absorvendo jovens quadros que, se assim não fosse, não encontra-vam no mercado de trabalho lugar compatível com a sua formação. A esmagadora maioria destas estru-turas transformaram-se ao longo do tempo nos maiores empregado-res dos seus concelhos, absorvendo socialmente o que a economia não gerava, minimizando consequên-cias, sendo chamados a agir, parti-cularmente em momentos agudos de crise como os que estamos a passar, para dar respostas aos agudos problemas sociais que no seu quotidiano são confrontados.

Em tal contexto, alterar formas de gestão, fundir estruturas, rede-senhar um novo mapa para a admi-nistração local é um processo que se aceita à luz de toda a experiên-cia adquirida, mas como já aqui tive oportunidade de sublinhar, tem de ser realizado com mode-ração, bom senso e a uma outra luz que não seja a ditada por cortes que se podem revelar cegos demais para o País que temos. Admito como viável a fusão de freguesias

ou em algumas circunstâncias o redesenhar das áreas que admi-nistram. Antevejo como benéfico a constituição de executivos mono-colores, com redução ponderada de eleitos, desde que acompanhada de claro reforço dos poderes das Assembleias Municipais, incluindo os da destituição do órgão execu-tivo. Já se me afigura um tanto esdrúxulo, que em nome da redu-ção de custos se possa imaginar como boa reforma, promover o desmantelamento orgânico em que assenta tecnicamente o fun-cionamento das autarquias, porque daí podem vir a resultar, numa pri-meira linha de análise e ao invés do que se sustenta, maiores encargos

e menor eficiência dos respectivos órgãos.

Vila Real de Santo António vai ser, na primeira semana de Outu-bro, nos dias 6 e 7, palco do VIII Congresso Internacional de Cida-des e Entidades do Iluminismo. Em debate estarão importantes temas relacionados com a manutenção, recuperação, rentabilização dos Centros Históricos. Que caminhos e oportunidades se podem abrir entre a obrigatoriedade de preser-var a memória histórica e a trans-formação de tal património num factor acrescido de atractividade e desenvolvimento.

[email protected] Luis Figueira

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | OUTUBRO 2011 | 3

CRÓNICAS

Paradoxalmente, com o país a atravessar uma das maiores crises económicas e financeiras da sua his-tória, consequência maioritária da des-bunda e do desvario da governação do Partido Socialista, o líder do XIX Governo Constitucional, Pedro Passos Coelho assumiu, destemidamente, e seguindo as imposições da Troika, travar o ciclo das reformas estruturais que há muito Portugal reclamava.

Vem isto a propósito do Documento Verde da Reforma da Administração Local que o Governo acabou de apro-

var, com o qual se propõe realizar a reforma do Poder Local, que radica na proximidade com os cidadãos, promo-vendo a descentralização administra-tiva e optimizando recursos púbicos, tendo como horizonte o desenvolvi-mento sustentável dos municípios que constituem as várias regiões do país.

Pela leitura sumária que fiz do Documento da Reforma da Adminis-tração Local, e como observador do Poder Autárquico, não posso estar mais em desacordo com aquilo que é proposto.

Alcandorado na necessidade de melhorar o serviço público, aumen-

tando a eficiência e reduzindo custos, o Governo propõe um corte substan-tivo das freguesias urbanas, o encer-ramento das empresas municipais que não tenham viabilidade económica e uma redução drástica dos executivos das câmaras municipais.

Quanto às soluções preconizadas para as freguesias e empresas munici-pais, considero-as razoáveis e correctas. Num tempo de grandes dificuldades, ninguém entende que haja freguesias nas sedes de concelho, que mais não são do que instrumentos políticos das câmaras municipais. Tal como não faz sentido a existência de empresas muni-

cipais que nalguns casos acumulam prejuízos atrás de prejuízos.

Relativamente à redução dos exe-cutivos municipais e à fusão de muni-cípios, tendo como base a identidade e a continuidade territoriais, é um choque reformista despido de sentido e sem qualquer coerência. Veja-se até onde vai a bizarria da questão. Tome-mos como exemplo: Municípios com 10.000 ou menos eleitores: 2 verea-dores (dos quais 1 a tempo inteiro) e 2 chefes de divisão. Municípios com mais de 50.000 e menos de 100.000 eleitores: 6 vereadores dos quais 3 a tempo inteiro) e 3 chefes de divisão.

Com esta proposta jacobina e insultuosa aos milhares de autarcas que, de Norte a Sul, se esforçam para que as populações tenham qualidade de vida e níveis de conforto aceitáveis, não vamos conseguir fazer a reorga-nização administrativa do País. Não é possível alterar o modelo de gover-nação autárquica, promover a coesão territorial, muito menos melhorar a vida dos cidadãos, quando o Governo, sistematicamente, subtrai os meios e os recursos financeiros às autarquias, como pretende fazer com esta reforma asfixiante.

É preciso que a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) tenha uma atitude intransigente na defesa do Poder Local, dizendo ao Governo que os autarcas não são um bando de malfeitores ou os artífices da corrupção, e que as dívidas das câma-ras municipais são uma gota de água na dívida acumulada das empresas do Estado.

Vítor Madeira

O insubmisso

Todos vivemos em dois mundos. No real, em que a vida passa a correr, entre mil obrigações e pouco tempo para nós; e no mundo dos sonhos em que a vida é perfeita e sem a mais pequena das falhas.

O mundo real é feito das corre-rias diárias para não chegar tarde ao trabalho; feito dos gritos dos miúdos a lutar pela nintendo enquanto espa-lham migalhas de bolo pelo banco de trás do carro; é composto pelas críticas dos pais e a incompreensão dos filhos; o mundo real são contas para pagar e férias adiadas; é a falta de compa-nhia por parte da nossa cara metade e são os sonhos que deixámos para trás porque havia sempre algo ou alguém a

precisar mais de nós do que nós. Mas o mundo dos sonhos também

existe, vindo à luz a cada momento em que, depois de gastarmos o corpo e o espírito com tudo o que nos rodeia, nos permitimos um momento para nós, em que voamos para aquela ilha deserta com a nossa paixão, longe de pais intrometidos e filhos ladrões de tempo. Partimos para longe do trabalho já sem graça, das consultas do dentista e de tudo o que há sempre para fazer numa casa. Nesse momento só nosso, pen-samos como seria se o sonho tivesse nascido: se o cantor que há em nós tivesse ficado famoso ou se o livro que não escrevemos fosse argumento de um filme. Perguntamos onde está o par com que sonhámos, que faria de nós o mais amado dos seres. E, sonhando mais um pouco, imaginamos a vida diferente, sem trânsito nem jantar para fazer enquanto ajudamos as crias com

os trabalhos de casa… e imaginamos a mesa posta e com velas, numa varanda junto ao mar, ouvindo uma doce melo-dia a acompanhar a louca paixão que sentimos. Vemo-nos com uma carreira de sucesso, felizes com o que fazemos, tendo o tempo e o dinheiro para rea-lizar outros sonhos…

Mas esse momento acaba porque a guerra pelo comando da tv voltou e é preciso deitar os miúdos e desconge-lar os bifes para o jantar de amanhã enquando respondemos a duas cha-madas de trabalho. Sentimos que o momento se foi, com um amargo na boca porque a vida nos traiu: porque os filhos e a cara metade não são bem os poços de virtude que esperávamos que fossem; porque sentimos a culpa de um casamento que não funcionou ou porque o trabalho que temos nada mais é que a garantia do nosso sus-tento.

Mas a verdade é só uma: não há

impossíveis. Enquanto acreditarmos em nós mesmos e nas nossas capa-cidades, podemos tudo! Podemos realmente tudo! E não são só os exemplos de velhinhos a atirarem-se de pára-quedas, ou mulheres de meia idade a catapultarem-se para a fama em concursos de tv que nos devem inspirar! Afinal cada um de nós tem mais capacidades do que alguma vez sonhou ter: basta recordarmos todas as situações em que nos superámos e nos surpreendemos com a força que não sabíamos possuir…

Como pudemos, então, fugir dos nossos sonhos? Quando é que isso aconteceu? Que autoridade temos para nos julgar a nós próprios, dizendo que não somos capazes; pensando que o nosso tempo já passou? Porque razão não acreditamos que podemos tudo quando a nossa realidade é feita da prova de que conseguimos muito mais do que tudo?

É preciso recuperar os sonhos, os nossos mais ambiciosos sonhos, para a secção das possibilidades. Podemos começar por fazer o jantar a ouvir a nossas músicas preferidas no mp3, isolando-nos dos selvagens seres a

quem tanto amamos, e partir na (re)descoberta dos nossos sonhos mais loucos. Podemos avançar um pouco mais e faltar uma tarde ao emprego só para olhar para o mar e sonhar um pouco mais. Até que nos acaba por chegar a luz da concretização; até que o sonho começa a ganhar vida própria e a tornar-se real no nosso interior. Chegando aí, meio caminho está per-corrido. É fundamental acreditar!

E é possível usar os maus momen-tos para dar nova vida aos sonhos; ver um divórcio ou um despedimento, não como o fim de uma etapa, mas como novas portas a abrirem-se no horizonte das nossas expectativas.

Temos que acreditar que somos capazes; que temos em nós tudo o que é preciso para lutar pelo que sonhá-mos e que chegará o dia de apreciar-mos o doce sabor da nossa (grande ou pequena) conquista. E temos que perceber que o dia de hoje é uma altura tão oportuna como qualquer outra para começarmos a devolver a nós próprios o sonho impossível. É a altura certa para começar a traçar um plano; para começar a acreditar. Porque enquanto acreditarmos, não há mesmo impossíveis!

Ana Dias

Acreditar no impossível

Proponho neste espaço, uma reflexão sobre «posicionamento estratégico»; um conceito muito caro aosmarketeers e a sua importância, para que se consigam obter vantagens com-petitivas, na bacia do BaixoGuadiana.

Posicionamento estratégico ou de mercado, consiste em fazer com que uma produto, serviço ou marca se diferencie positivamente, ocupando um lugar claro e distinto na mente dos

competição entre regiões é incontor-nável e é aqui que encaixa o «Sofisma da Composição».

Uma das questões metodológicas que “atormentam” os economistas, é a questão dos paradoxos, em que as Ciências Sociais e nomeadamente a Economia, são pródigas.

Para os teóricos da Lógica o seguinte raciocínio estará aparentemente cor-recto. “O que é verdade para uma parte, é, só por esse motivo, também

considerado verdadeiro para o todo”. Para os economistas, estaremos perante o “emérito” Sofisma da Composição.

A realidade contradiz esse raciocí-nio e uma forma clara de ilustrar esse facto, será a seguinte; suponhamos que alguém está no passeio duma avenida, a tentar ver uma parada ou um desfile de carnaval, mas tem á sua frente uma ou duas filas de pessoas que lhe dificul-tam a visão, se essa pessoa se puser em bicos dos pés verá certamente melhor,

mas se todos se puseram em bicos dos pés o seu problema manter-se-à.

Esta caricatura traduz, o seguinte; o que é válido para uma entidade, ou uma parte, pode não ser válido para o todo, ou para o conjunto.

Urge, então, reflectir sobre a dicoto-mia entre Posicionamento Estratégico e o Sofisma da Composição. Ou seja, limitar-nos-emos a copiar as iniciativas dos congéneres, ou adoptamos uma lógica de posicionamento e criamos um modelo de desenvolvimento, assente no conceito de diferenciação positiva?!

Do ponto de vista conceptual acre-dito que este seja o caminho: Posi-cionamento Estratégico, definindo variáveis, processos e dinâmica da diferenciação.

consumidores, consubstanciando-se numa proposta mais vendável.

No que concerne ao Baixo Guadiana e apesar das afinidades culturais, da proximidade física, do espírito de soli-dariedade, das boas relações institu-cionais; enfim de tudo aquilo que nos une e aproxima, os nossos vizinhos (das zonas confinantes com o Baixo Guadiana), são também inquestiona-velmente nossos concorrentes.

Esta questão, da concorrência e da

Vitor Emanuel Barros

Baixo Guadiana: Posicionamento Estratégico e o Sofisma da Composição

Documento Verde - A Reforma da Administração Local ou a asfixia do Poder Local

Page 4: Jornal do Baixo Guadiana Outubro

4 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |OUTUBRO 2011

Foi inaugurada a 28 de Setembro a creche de Santo António, na localidade das Hortas. Integrada num complexo educativo cuja primeira fase – pré-escolar e primeiro ciclo – foi inaugurada em Maio. O investimento na creche ascendeu aos 800 mil euros.

Realmadrid já abriu escola sócio-desportiva em VRSA

EDUCAÇÃO

Vila Real de Santo António e nos pólos de Castro Marim e Monte Gordo.

A Fundação Realmadrid abriu oficialmente a escola sócio-des-portiva de VRSA e Castro Marim no passado dia 28 de Setembro, apesar da formação dos formado-res se ter iniciado um dia antes. O primeiro momento inaugural foi o hastear da bandeira da funda-ção no complexo desportivo de VRSA, onde funcionará a sede da escola.

Os técnicos madrileños estive-ram cerca de três dias em VRSA a ensinar o programa da Fundação numa formação em que partici-param cerca de 20 técnicos, não apenas de Vila Real de Santo Antó-nio e Castro Marim, mas também das outras três cidades em que a Fundação de Florentino Peres vai instalar escolas sócio-desportivas: Gaia, Funchal e Lisboa. Outubro marca o arranque das aulas de basquetebol e futebol na sede em

Rosa Roncal, Luís Gomes, José Estevens e Conceição Cabrita no início da for-mação da escola sócio-desportiva VRSA/Castro Marim com o selo da fundação Realmadrid

Secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social inaugurou creche

Gomes diz que na conjuntura actual “as autarquias procuram a sobrevivên-cia”, mas garantiu que “ é importante haver sentido de responsabilidade que obriga a olhar para o momento em que estamos a viver e construir um futuro para todos”.

O autarca respondeu “com o inves-timento nesta nova creche à pergunta que fazem sobre as dívidas, sobre as contas da câmara...”, explicando que se tratou de um financiamento exclusivo da câmara municipal, tendo representado “um esforço grande”, realçando “o quadro de parceria com a Santa Casa da Misericórdia de VRSA.

A creche de Santo António está a funcionar desde o início do ano lectivo 2011/2012 para crianças entre os 0 e os 2 anos. Dispõe de 155 lugares; 30 em idade berçário, 50 idade de um ano e 75 para os dois anos. Com cinco berçários e dez salas de atividades, a creche integra-se no edifício da Escola Básica e Jardim-de-Infância de Santo António, centro escolar que custou cerca de 2,7 milhões de euros.

Creche junta-se a restantes valências da Santa Casa

Por sua vez, o Provedor da Santa

Com este equipamento a funcionar foram eliminadas as listas de espera nas creches e no pré-escolar do con-celho vilarealense e Luís Gomes, edil local, congratulou-se com o facto.

“Significa que a câmara municipal de Vila Real de Santo António quer valorizar a qualidade de vida dos seus cidadãos e construir um futuro para as crianças neste concelho”. Luís

Casa da Misericórdia de Vila Real de Santo António congratulou-se pela presença do secretário de Estado na inauguração da creche de Santo António que se junta às valências de Lar, Centro de Dia, Centro Infantil, Centro de Acolhi-mento Temporário, Unidade de Cuidados Continuados, Unidade de VIH/SIDA e à Casa Mortuária. Esta Santa Casa apoia cerca de 700 utentes.

Joaquim António Aguiã, garante que os apoios que a Santa Casa recebe da câmara municipal atra-vés do contrato-programa “são retribuídos com o trabalho do dia-a-dia”, lembrando que Vila Real de Santo António “não é um país rico, pelo contrário, e que precisa muito do nosso trabalho no apoio aos cidadãos”. Rematou, dizendo aos presentes que “não tenham vergonha de dar porque a Santa Casa não tem vergonha de receber”.

Secretário de Estado defende parceria social

Marco António Costa, secretá-rio de Estado da Solidariedade e Segurança Social, defendeu no seu discurso de inauguração

da creche de Santo António a cooperação entre os vários agen-tes da sociedade, lembrando que a parceria entre a câmara municipal de VRSA e a Santa Casa é “exem-plo inovador” de parceria social, em detrimento da lógica público-privada. O governante garante que com a parceria social “as contas batem sempre certo, em que as gerações futuras saem sempre a ganhar, não sendo os resultados para ganho individual, mas para permitir uma massificação dos ganhos sociais de todos”.

100 dias de governação, 102 medidas

O secretário de Estado lem-brou que em 100 dias de Governo “foram tomadas mais de 102 medidas importantes para o país”. Garantiu, ainda, que este Governo “vai mais para além da Troika,nomeadamente no aumento do apoio social”, enumerando as medidas de ajuda que passam pelo apoio social a cerca de 700 mil portugueses no pagamento das facturas do gás e da electricidade e o descongelamento das pensões mínimas.

marcaram presença num discurso inaugural ao lado de Rosa Roncal, Relações Públicas da Fundação Realmadrid. Os autarcas foram unânimes ao congratularem-se com a primeira escola daquela Fundação no território do Baixo Guadiana e lembraram objectivo social a que se propõe esta insti-tuição. “Formar mais e melhor as crianças e jovens para que sejam melhores cidadãos amanhã”, frisou Luís Gomes.

158 escolas em todo o mundo

Existem 158 escolas da Fun-dação Realmadrid espalhadas por todo o mundo. Rosa Roncal, Relações Internacionais da Fun-dação, à margem da conferência de inauguração, disse ao JBG que depois de VRSA e Castro Marim a

próxima escola vai abrir no Fun-chal, no arquipélago da Madeira.Mais tarde em Vila Nova de Gaia e em breve também em Mani-que, em Lisboa. As oportunida-des para a abertura das escolas desta Fundação espanhola “são as mais diversas”, assegurou-nos a relações internacionais, con-gratulando-se, neste caso, com o empenho da associação sem fins lucrativos ODIANA - para o desen-volvimento de Alcoutim, Castro Marim e VRSA - e dos municípios locais que há cerca de um ano iniciaram as negociações para a abertura desta escola.

O programa de formação da escola sócio-desportiva Fundação Realmadrid, que já está a funcio-nar em VRSA e Castro Marim, dá pelo nome «Eles correm, nós for-mamos» e vai envolver 120 crian-ças entre os 6 e os 12 anos.

Tal como manda a Fundação, é dada prioridade às crianças e jovens com carências sociais. Assim, o desporto é utilizado para incutir valores de formação pessoal que permita um futuro melhor, desenhe um bom projecto de vida, “tornando-os melhores cidadãos”, insiste Rosa Roncal.

José Estevens e Luís Gomes estiveram acompanhados por Rosa Roncal, relações internacionais da Fundação Realmadrid, na cerimónia oficial de abertura da escola sócio-desportiva. A sede é em VRSA e os pólos distribuem-se por Monte Gordo e Castro Marim.

Luís Gomes e José Estevens , presidentes de câmara de VRSA e Castro Marim, respectivamente,

Inaugurada creche de Santo António para 155 crianças

VRSA

120 crianças abrangidas

Page 5: Jornal do Baixo Guadiana Outubro

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | OUTUBRO 2011 | 5

Filipa Matos teve oportunidade de estagiar em Julho passado em La Baule, cidade francesa geminada com Vila Real de Santo António. Ali aprendeu mais sobre a língua e cultura francesas e representou Portugal e a cidade pombalina que a viu nascer.

Tertúlia vai dedicar-se à obesidade Infantil

Jovem estagiou um mês na cidade geminada de La Baule

semelhanças. “São muitas os ele-mentos em comum; não apenas o clima, mas também a geografia da cidade e o turismo como grande sector de actividade”, conta-nos.

50 alunos de todo o mundo

Para trocar experiências e conhe-cer novas culturas juntaram-se 50

jovens de todo o mundo para o está-gio em que Filipa, a única portu-guesa, participou. “A experiência foi extraordinária pelo facto de conhe-cer melhor a cultura francesa, mas sobretudo para conhecer melhor o mundo”, testemunha-nos. No está-gio não se limitou apenas a apren-der mais sobre a língua e a cultura francesa, tendo tido oportunidade de realizar actividades dedicadas ao

tema «O Homem e o Animal», que foi o tema fio-condutor do estágio. Também tiveram oportunidade de visitar várias cidades onde foram acolhidos por famílias francesas.

Estágio gratuito com valor de 3 mil euros

É Cristina Felício, ex-professora de Filipa M. quem elogia a dinâmica do estágio e o patrocínio do Lions Club de La Baule. “Por norma estes estágio são de 15 dias e limitam-se a aulas”, conta, salientando que este foi diferente. “Passearam por várias cidades, em Paris e na Bre-tanha, realizaram diveras activi-dades relacionadas com a música, aprenderam em francês e fizeram uma apresentação muito criativa dos seus países”, enumera, dizendo que pela experiência que tem no acompanhameto de estagiários em França “este estágio apresenta-se mais rico em duração e em conteuúdo”. A docente garante que experiências destas vêm dar um grande impulso à performance linguística dos alunos e à abertura para as várias culturas e elogia o patrocinio do «Lions» de La Baule.

“Por norma estágios com esta dura-ção têm um custo de cerca de 3 mil euros”, diz-nos, explicando que “foi também muito significativo o apoio dado pela município francês”.

Representar VRSA

Filipa Matos não desperdiçou a oportunidade que lhe deram de representar VRSA em La Baule. Com o apoio da Associação Cultural vila-realense vestiu-se a rigor com um traje do rancho folclórico local e falou do seu país e, especificamente, do concelho pombalino.

Realizou ainda alguns trabalhos teóricos para os quais contou com a supervisão à distância da docente Cristina Felício

Amigos no mundo

No balanço deste estágio Filipa testemunha que passou a “ver o mundo de forma diferente”, real-çando que hoje olha para “Portugal como um país cheio de potencialida-des que compete com os melhores do mundo”. Uma experiência que lhe mudou, efectivamente, a visão do mundo que quer conhecer melhor.

Esta jovem vilarealense e futura farmacêutica deixou pelo mundo novos amigos com quem quer reencontrar-se. A muitas mãos Filipa e outros jovens estagiários escreve-ram um diário que hoje permite recordar os dias que passou em La Baule. Recebe novidades dos seus novos amigos via internet, mas também através do correio tradi-cional. Cartas que lhe chegam da China ou da Síria, lembrando-nos que ainda há quem no mundo viva à margem do desenvolvimento deste mundo globalizado.

da problemática da obesidade infantil levou a Administração

No próximo dia 21 de Outubro o Jornal do Baixo Guadiana retoma, após o interregno de Verão, às tertúlias mensais. De regresso à Biblioteca Municipal Vicente Campinas, em Vila Real de Santo António, as tardes de encontro e conversa trazem desta vez o tema «Escola Activa no Combate à Obesidade Infantil». Uma forma diferente de apresentar e fazer o balanço deste projecto que surgiu em 2009 para educar as crianças desde tenra idade para uma ali-mentação saudável e para a acti-vidade física. Recorde-se que o sedentarismo apresenta-se como uma pandemia do século XXI e os valores de obesidade infantil registados no país em 2004 ron-davam os 11,3% (31,6% excesso de peso). O consenso em torno

Aos 21 anos a estudar Cências Far-macêuticas em Coimbra pouco, ou mesmo nada, faria prever que Filipa Matos tivesse oportunidade de em 2011 seguir para um estágio gra-tuito ao longo de um mês no país de Napoleão Bonaparte.

Mas “a vida é assim mesmo, feita de coincidências” conta-nos, desde logo, a professora Cristina Felício que lançou o desafio à sua antiga aluna da disciplina de francês. Num encontro na biblioteca da escola D. José I, em Vila Real de Santo António, surgiu a oportunidade do convite da parte da professora a que Filipa não conseguiu resis-tir. Aceitou, e até embarcar a sua rotina encheu-se de pressas para terminar os exames da faculdade e seguir rumo a França. “Ela sempre foi uma aluna com um bom nível em Francês”, testemunha-nos a profes-sora que viu nesta jovem “bastante apeteência para seguir a caminho de um estágio em La Baule”.

Antes da viagem Filipa desconhe-cia o facto de que daquela cidade francesa é cidade-irmã de VRSA, mas hoje, depois de uma “intensa experiência”, reconhece bem as

JUVENTUDE

A entrada é livre e aberta à comunidade em geral

Filipa Matos garante que este estágio mudou-lhe a visão do mundo

Escola Superior de Educação e Comunicação da Universidade do Algarve a conceberem o Programa de Combate à Obesidade Infantil no Algarve e o Projecto «Escola Activa».

A «Escola Activa» começa a sua implementação na Direcção Regional de Educação do Algarve [DREA] com a coordenação regional do Professor Eduardo Fernandes, tendo actualmente a sua intervenção desde o ensino pré-escolar até ao 3º ciclo.

No Baixo Guadiana a tarefa de coordenador da Escola Activa cabe a Hélder Silva, professor de Educação Física que lecciona no Agrupamento de Escolas de Castro Marim; a ele cabe a coordenação do projecto nas escolas do sota-vento.

A DREA coordena regionalmente o projecto enviando ferramentas de trabalho aos diversos coorde-nadores escolares, que, por sua vez, enviam-nas para as escolas e respectivos professores titulares de turma. A meta é envolver toda a comunidade escolar, e mais que isso é educar os alunos e chegar até aos encarregados de educa-ção.

No Baixo Guadiana cerca de 30% das crianças estão a ser acompanhadas por problemas de Obesidade. Por isso, o JBG quer envolver toda a comunidade nesta tertúlia que vai contar com a pre-sença do projecto «Escola Activa», alunos, encarregados de educação, docentes, técnicos de saúde, com a Unidade de Cuidados na Comu-nidade Santo António de Arenilha, e comunidade em geral. A entrada é livre. Mais informações através [email protected] ou 966902856.

Em Outubro o Jornal do Baixo Guadiana vai dedicar-se à problemática da Obsesidade Infantil, e com o apoio do projecto «Escola Activa» quer concretizar uma tertúlia bastante esclarecedora sobre o combate a este mal do século XXI.

Regional de Saúde do Algarve, a Escola Superior de Saúde e a

Entrada livre: 21 de Outubro

Estágio em França

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6 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |OUTUBRO 2011

LOCAL | EL ANDEVALO SUR-OCCIDENTAL * ESPANHA

por Antónia-Maria

Al hilo del GuadianaHistórico Municipal de Vila-Real de Sto-Antonio.

Su autor, Javier Hernández Gallardo, es un gran fotógrafo especializado en temas paisajísti-cos y posee numerosos galardones como ser finalista en el concurso europeo de Fotografía de la Natu-raleza.. También fue ganador de la 51 Edición del afamado Concurso Nacional de Fotografía “Abeja de Oro”.

Sus proyectos realizados por encargo de organismos, como la Consejería de Cultura, con el fin de servir como guías digitales son, entre otros: los Espacios Naturales como Doñana, Sierra de Aracena, Sierra Nevada, Despeñaperros, Andújar…donde podemos apre-ciar la enorme belleza de estos lugares.

Otras guías de gran interés son los Cortijos y Haciendas en Anda-lucía o la Ruta de los Teatros roma-nos.

retrocedan hasta el limite marcado; lo que está causando una gran polé-mica y enfrentamientos por existir 4000 negocios, autorizados por la antigua legislación, que recaudan 500 millones de euros al año y dan empleo a mas de 40.000 personas.

Por otro lado están los emprendi-mientos turísticos autorizados, en su día, por la Junta de Andalucía y que con la actual Ley son ilegales, tal como el hotel “El Algarrrobico” un complejo de 22 plantas y 411 habi-taciones, en pleno parque natural del Cabo de Gata, que continua a ser la imagen mas desoladora de la destrucción del medio ambiente en esta costa andaluza.

Pese a los esfuerzos de los Ecolo-gistas, que han paralizado casi medio centenar de planes urbanísticos, este litoral andaluz ha sido el mas degradado de toda la Península en los últimos 10 años

La junta de Andalucía, dentro del programa de Cooperación Transfronteriza España-Portugal, Algarve, Andalucía Alentejo, editó un libro sobre el Bajo - Guadiana donde se recogen fotos aéreas del curso del río a su paso por las zonas fronterizas.

Esta obra está financiada por el FEDER a través del proyecto ANDALBAGUA.

La Eurorregión nace con la voca-ción de ser un espacio vivo y un motor para el desarrollo de la cola-boración dentro de este marco y, este libro, contribuye a acercarnos a nuestro medio y conocerlo a través de un vuelo fotográfico sobre él.

Dicha exposición estuvo expuesta durante el mes de Mayo en los cursos de verano de la Rábida, Huelva, y en el patio central del Ayuntamiento de Ayamonte siendo muy concurrida su asistencia.

Hasta final de Septiembre, la podremos disfrutar en el Archivo

El litoral andaluz abarca mas de 800Km de litoral que incluyen mari-nas y estuarios de al región mas meri-dional de la Península Ibérica

Entre los objetivos generales del Plan de Medio Ambiente de Anda-lucía correspondiente al periodo 1977-2002, estaba mejorar la cali-dad del litoral, recuperando las zonas degradadas durante largo tiempo por practicas indebidas, por la ausencia de una legislación adecuada.

Todas las actuaciones, hasta ahora, se han orientado hacia la corrección de vertidos urbanos, industriales y la mejora de infraestructuras y equi-pamientos en las playas.

En principio, las casas de playa construidas dentro de la demarca-ción de esta nueva ley se les amplia la concesión para disfrute hasta 60 años, como máximo, para ser, pasado ese tiempo, demolidas.

Los bares y restaurantes situados en la arena de la playa, se exige que

Su autor, Javier Hernández Gallardo, es un gran fotógrafo especializado en temas paisajísticos

El Centro Cultural Lusófono de Sevilla CCL fue fundado por un grupo de personas vinculadas a la cultura de los países de lengua portuguesa, bien por ascendencia, estudios o simpatía a país vecino, con el objetivo de promover acti-vidades culturales y recreativas todas orientadas a su conocimiento y expansión.La Asociación no tiene animo de lucro y su afiliación esta abierta a

cuantas personas se identifiquen con sus fines y quieran participar en sus proyectos.

Sus objetivos; mantener las raíces lusas mediante el conocimiento y la difusión de la lengua portuguesa, así como la cultura de los países que la hablan.Para que este objetivo se cumpla el CCL ofrece actividades como:

Cartel de las Fiestas de las Angustias de Ayamonte 2011, realizado por el artista local Enrique Lopez Nieves “ENRI”. El autor quiere expresar su admiración por la mujer de su tierra pintando a una familia ayamontina, momentos antes de asistir a la Ofrenda de Flores a la Patrona de la Ciudad, en su día.La joven madre prepara a sus pequeños para vivir este momento de las Fiestas.La obra refleja un típico patio andaluz con su pozo e imagen de la Patrona, tan usual aún en el barrio antiguo de la Villa.

El Centro cultural lusófono de Sevilla

La ley de costas en Andalucía

Fiestas de las Angustias de Ayamonte 2011

-Conferencias, coloquios, exposiciones…-Actividades teatrales, literarias y musicales-Biblioteca y videoteca de autores -Excursiones de interés histórico -cultural-Actuaciones y aprendizaje de folklore y música de los países lusófonos -Encuentros gastronómicos -Jornadas de convivencias -Y actividades de otra índole que podamos organizar …

Dirección: Centro Cultural Lusófono. Pabellón de Portugal Avenida del Cid. Apartado 229-41004. Sevilla

Sus objetivos son mantener las raíces lusas mediante el conocimiento y la difusión de la lengua portuguesa, así como la cultura de los países que la hablan

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | OUTUBRO 2011 | 7

LOCAL

Apoio na recuperação habitacionalde idosos “precisava ser 10 vezes maior”

Um dos factores que leva à ins-tituicionalização dos idosos é a falta de condições das suas habi-tações. Por isso o Governo está a estabelecer protocolos com os municípios para melhorar ou recu-perar as casas dos mais idosos, aumentando a sua qualidade de vida. O Município de Alcoutim celebrou já o seu protocolo com o Instituto de Segurança Social, no passado dia 4 de setembro; que foi assinado pelo presidente da Câmara Municipal, Francisco Amaral, e pelo Diretor do Centro Distrital de Faro, Arnaldo José Tainha de Oliveira. Está, assim, implementado o «Programa Con-forto Habitacional para Pessoas Idosas» no concelho alcoutenejo. O Instituto de Segurança Social compromete-se a financiar a quali-ficação de habitações no concelho de Alcoutim num total de 28 mil

O presidente da câmara municipal de Castro Marim, José Estevens, está “preocupado” com o «Livro Verde da Reforma da Adminis-tração Pública». Durante uma jornada de trabalhos do Partido Social Democrata distrital, numa organização da concelhia cas-tromarinense, o edil mostrou-se receoso que perante os cortes pre-vistos nas chefias “a exigência da qualificação dos serviços da admi-nistração local morra na praia”,

euros. Entretanto, o presidente da

câmara municipal de Alcoutim reuniu-se com o Secretário de Estado da Segurança Social, Marco António, para que esse financia-mento seja alargado, explicando que foi assinalado um “grande número de idosos” do concelho a viver em situações precárias.

Contactado pelo JBG Francisco Amaral explicou que a verba para já disponibilizada “apenas dá para a recuperação de oito casas”, e acrescenta que, a equipa de Acção Social da autarquia que está no terreno terá já sinalizado cerca de 80 casos de habitações “em muito más condições”, ou seja, dez vezes mais do que aquilo que é apoiado pelo Giverno.

Para além de pedir mais dinheiro para este programa o edil alcou-tenejo apelou ao secretário de Estado apoios do Estado para um Lar e um Centro de Noite em Martinlongo, e uma Unidade de Cuidados Continuados em Alcou-tim, garantindo que “são três equi-pamentos que estão parados por falta de verbas”.

e mandou recado pelo secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social que foi o convi-dado especial da sessão. “Castro Marim passará a ter um presidente de câmara e um vereador”, afir-mou, lembrando que actualmente “tem sete unidades orgânicas com seis chefes de divisão e passará a ter dois chefes de divisão”, ilus-trou o autarca, criticando cortes que acredita que iriam “passar a gordura e atingir o osso”.

“trabalhar para que os recursos vão para aqueles que são os mais necessitados”, pedindo rigor a todos os responsáveis. “Estamos perto de assinalar os 100 dias de Governação e já foram tomadas 102 medidas importan-tes - 60 concretizadas e 42 em execução”, lembrou, dizendo que este Governo “em dois meses fez o que o anterior não fez em quatro anos”, destacando “um acordo na área da educação que permi-tiu que o ano lectivo arrancasse com normalidade e devolvesse paz social nas escolas”.“Em 100 dias conseguimos cortar cerca de 1700 chefias na admi-nistração pública. Extinguimos a figura dos directores distritais adjuntos na Segurança Social e vamos cortar 352 chefias de topo e intermédias. Podemos ir muito mais longe; esta é uma primeira fase de abordagem”, afirmou, lembrando, ainda, a extinção dos Governos Civis.“ Não é cortar por cortar”, frisou, justificando que o objectivo é de “100 milhões de euros de corte na máquina do Estado”, explicando ao auditório cheio da biblioteca municipal de Castro Marim que

Para Alcoutim estão previstos 28 mil euros para a recuperação habitacional dos idosos

Governo prepara relatório sobre falta de vagas de lar

O secretário de Estado Marco Costa confirmou ao JBG que acolheu as preocupações do presidente da câmara munici-pal de Alcoutim, fazendo ques-tão de lembrar que “o Governo está em funções há apenas três meses”. Lembrou também que no programa Pares I, II e III foram apoiados mais de 36 mil vagas de equipamentos sociais, “mas é preciso arranjar 200 milhões de euros desse investimento que ficaram por pagar por parte das instituições que estão com enor-mes dificuldades em conseguir saldar a dívida”.

O Governo espera ter em Novembro dados que permitam perceber o que está a obstaculizar as vagas em lar.

* Texto escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico

A resposta do secretário de Estado foi pronta, dizendo este gover-nante que “todos nós temos de nos conformar com uma reali-dade diferente”, lembrando que “há muitas dificuldades e todos os sectores da nossa sociedade vão ser atingidos”. Marco António Costa está convicto, no entanto, que esta “mudança de paradigma muito grande vem no timming certo porque no final de 2013 vai haver muitas mudanças no poder local e vai surgir uma nova gera-ção que terá que aceitar as novas dificuldades que o novo ciclo vai trazer”, lembrou, frisando que “não podemos discutir se vamos estar preparados”.

Balanço de 100 dias de governação

As jornadas de trabalho do PSD do Algarve trouxeram até Castro Marim Marco António Costa que fez o balanço de 100 dias de governação. Com a pasta da secre-taria de Estado da Solidariedade e da Segurança Social deixou a garantia que o esforço passará por

este valor corresponde ao valor necessário para “a actualização das pensões mínimas em Portugal e para o apoio social extraordiná-rio decorrente da actualização da taxa do IVA para o gás e a elec-tricidade. Tem de se poupar de um lado para se garantir apoio do outro”, rematou, afirmando que o Governo “tem de cumprir um compromisso com a Troika que deve obter resultados de retoma de crescimento económico e de crescimento social”.

Regiões-piloto não vão avançar

Do auditório houve quem ques-tionasse sobre o avanço da regio-nalização. Apesar de se afirmar “um regionalista convicto e do PSD ter colocado no Programa de Governo a criação de regiões-piloto” o secretário de Estado defendeu que a regionalização não é uma prioridade porque há que “perceber o que é essencial e o que se pode tornar acessório” numa altura de um compromisso “com cronograma e valores definidos” pela Troika. “Não há tempo, nem momento, nem oportunidade para abrir um debate sobre a regiona-lização”, afiançou.

Foi já implementado em Alcoutim o «Programa Conforto Habitacional para Pessoas Idosas». Uma iniciativa do Governo com o objetivo de prevenir a dependência e institucionalização dos idosos, mas que “fica aquém das necessidades”, reivindicou já o edil Francisco Amaral.

Estevens envia recado pelo secretário de Estado contra «Livro Verde»José Estevens, presidente da câmara municipal de Castro Marim, aproveitou a visita do secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social para criticar «Livro Verde da Reforma da Administração Pública».

Edil de Castro Marim não vê com bons olhos a redução do executivo e do número de quadros superiores

Sessão PSD Algarve em Castro Marim

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GRANDE REPORTAGEM

Uma das boas notícias da Serral-garve, é que a empresa do famoso pão de Martinlongo está a traba-lhar com o grupo Jerónimo Mar-tins. Representa mais distribuição pelo país, mais postos de trabalho na serra algarvia e um investi-mento viável para um crescimento da empresa em tempos muito conturbados na conjuntura eco-nómica. “Uma oportunidade que não podemos deixar fugir”, diz-nos José Rosa Pereira que conta também que este passo é dado à medida da perna e que representa “um salto” da empresa; a maior do concelho de Alcoutim.

Para cumprir com os novos com-promissos a Serralgarve investiu mais 50 mil euros em duas via-turas, três postos de trabalho, e houve um aumento de 5% da produção.

“Era uma ambição da nossa empresa vir a trabalhar com grupo Jerónimo Martins”, confessa-nos José Rosa Pereira, que trabalha há alguns anos com os grupos Auchan e Sonae. A Serralgarve é também o segundo maior empregador do concelho de Alcoutim; com cerca

Carla Corvo testemunha que os clientes dos «supermercados corvo» procuram o que é nacional”, o que não deixa de ser um bom indicador de consumo interno numa altura em que se apela cada vez mais à produção e consumo do que é por-tuguês para o equilíbrio da balança comercial.

Em Castro Marim os clientes vão à procura de preços mais baratos; “faz parte da cultura local que é mais humilde e mais pequena”. Para res-ponder a essa procura, a empresa tem adoptado a venda de marcas mais em conta, “mas que dão a res-posta à exigência de qualidade”.

No total empregam 45 pessoas e além dos supermercados têm pada-ria e pastelaria em Altura, conce-lho de Castro Marim; produção caseira que fornece o supermecado, incluindo espaço de cafetaria. Em 2010 quatro milhões de euros repre-sentam o volume de negócios desta empresa familiar onde Carla Corvo divide responsabilidades com a irmã Nídia Corvo e com o pai, mentor de todo o projecto, Marçal Corvo. “O meu pai tem 71 anos e muita experiência na área dos negócios; cabe a nós dar-lhe conta das novas necessidades e ajudar à adaptação da oferta à procura”.

de 44 postos de trabalho.Sofreu uma quebra de receitas na ordem dos 50%, sendo que a despesa triplicou. Esta empresa atravessa a maior crise de sempre, mas apesar disso o espírito empreen-dedor não abandonou José Rosa Pereira. Diríamos que até pelo contrário, já que este Verão fez um ano que abriu a primeira loja do pão de Martinlolngo fora de Alcoutim, mais propriamente na localidade de Olhos de Água, no concelho de Albufeira, e que tem sido “um sucesso” . Os principais consumidores são os turistas que chegam no Verão e que no resto do ano compram em Lisboa este que é dos pães mais famosos do país. É, de resto, para Lisboa, Baixo Alentejo e todo o Algarve que a Serralgarveescoa o «Pão de Martinlongo». Em 2011 abriu duas lojas em Faro.

Em 2010 a facturação foi de um milhão de euros, com a produção diária de cinco mil pães.

«Corvo & Corvo» não se ressente da crise

A empresa «Corvo&Corvo» mais conhecida pelos «Supermercados Corvo» não se ressente da crise.

Também muita da produção agrí-cola que o pai possui é vendida nos supermercados.

Carla Corvo confessa que os tempos estão difíceis para pensar em mais investimento. “Existem muitas ideias e vontade”, mas prefere não assumir novos compromissos nesta altura. Admite que “dar emprego a 45 pessoas não é fácil” e no Verão nos dois supermercados reforça a equipa em mais 10 pessoas. Esta empresária defende que “deveria ser ministrada mais formação por parte do Instituto de Emprego e Formação Profissional para os ser-viços de atendimento ao público”, já que testemunha que “às vezes há muitos candidatos que chegam sem qualquer qualificação para atender o público e numa região turística isso representa uma grande lacuna”, remata.

«Frusoal» aposta forte na internacionalização

Anualmente a «Frusoal»produz 25 milhões de quilos de citrinos. É uma das maiores e mais moder-nas empresas do sector, bem como das maiores produtoras de citrinos nacionais. Em 2010 o volume de negócios atingiu os 13 milhões de

Susana de Sousa Carla Corvo uma das gerentes garante que “não houve baixa de qualidade” para superar a crise até porque a bitola por que esta empresa se rege é precisamente “a da qualidade”, garante.

«Corvo&Corvo» é uma empresa familiar proprietária de dois super-mercados. O primeiro surgiu em 1977, em Vila Real de Santo Antó-nio, tendo sido muito inovador, para a época, no território e ainda hoje se tenta diferenciar dos hipermer-cados existentes “oferecendo produ-ção própria, de qualidade e muito apreciada não só pelos portugueses, mas também pelos espanhóis que são grandes clientes”. Em 2008 a segunda aposta desta empresa no ramo recaiu sobre a vizinha vila medieval de Castro Marim. “Apesar de muitas pessoas, inclusivamente fornecedores, nos terem alertado que esta não seria uma boa aposta pela dimensão da vila, a realidade veio mostrar o contrário e não nos podemos queixar das vendas”, afirma Carla Corvo.

Os clientes deste supermercado procuram, preferencialmente, a fru-taria, que na sua maioria é de pro-dução própria, e procuram também o talho que dispõe de carnes de produção nacional.

Desde Alcoutim, passando por Castro Marim e Vila Real de Santo António existem cerca de 3.300 empresas. A esmagadora maioria – na ordem dos 95% - emprega menos de 10 pessoas. Cerca de 30% do volume de negócios das empresas de Castro Marim e Alcoutim pertence às quatro maiores empresas de cada um dos concelhos. Este número desce para 12,9% em Vila Real de Santo António, onde há mais empresas dispersas por mais sectores. Entrevistámos os responsáveis de três empresas de dimensão considerável no Baixo Guadiana e encontrámos empresários em dificuldades, mas que estão a dar a volta à crise com mais investimento e mais inovação.Em próxima edição vamos estar à conversa com empresários da hotelaria e restauração para conhecermos o balanço do Verão e sabermos como estão preparados para enfrentar a época baixa.

A crise não pára o investimento e a inovação de empresários no Baixo Guadiana

FRUSOAL, uma das maiores produtoras de citrinos, e estálocalizado em Vila Nova de Cacela, em VRSA

SERRALGARVE, de Martinlongo, concelho de Alcoutim, entrou recentemente no grupo Jerónimo Martins

«CORVO&CORVO» abriu em VRSA supermercado inovador em 1977 e 30 anos ganhou aposta no sector em Castro Marim

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | OUTUBRO 2011 | 9

GRANDE REPORTAGEM

penso que os eventuais efeitos positivos serão ainda menores e os negativos talvez maiores. Trata-se de matéria que está em discussão entre os parceiros sociais com o Governo, e que o NERA está a acompanhar através da CIP-CEP de cuja direcção o seu Presidente faz parte.

O disparo do número de insolvências de empresas?Os números são preocupantes também no Algarve. Reflectem a péssima conjuntura da nossa economia e as dificuldades cres-centes das empresas: quebra de actividade, quebra de rentabili-dade, incapacidade de responder às responsabilidades e agrava-mento da situação financeira. São empresas que desaparecem mas também empregos que são destruídos. Percebe-se porque é que o Algarve tem a maior taxa de desemprego do país. Muitas empresas não estavam prepa-radas para enfrentar esta crise e aí os responsáveis políticos tiveram responsabilidades ao não dizer a verdade aos portu-gueses a tempo. E era seu dever fazê-lo! As versões optimistas alimentadas nos últimos anos foram um erro gravíssimo que as empresas, os trabalhadores e o país vão pagar duramente. Que fazer agora? Em primeiro lugar é preciso assumir a «verdade» da economia do Algarve… revelar os erros e as ilusões. Por um lado o «cansaço» do modelo de cres-cimento do turismo – navegar à vista… - de uma tendência que levou ao exagero na imobiliária e na construção – sectores em que está grande parte das insolvên-

cias e do desemprego. Claro, nin-guém quer reflectir sobre isso… não dá jeito mesmo a nível local e regional… mas, na minha opi-nião, quanto mais tarde pior! Finalmente, como empresários não podemos perder a coragem e devemos lutar junto dos res-ponsáveis para que se criem condições para responder àquele que é hoje o maior problema das empresas: faltam mecanismos de apoio financeiro. Caso contrário muitas empresas vão desapare-cer e o desemprego continuará a aumentar.

A redução dos valores da indemnização laboral? A missão das empresas não é des-pedir, é criar riqueza e valor, con-tribuir para o desenvolvimento e para gerar emprego. Mas é evi-dente que as empresas têm de ter o seu equilíbrio entre os capitais que possuem, o valor que acres-centam com a sua actividade e os seus custos fixos e variáveis. É aqui que entra o factor trabalho e a relação empresa/ trabalhador. O problema das indemnizações por despedimento insere-se nesse contexto e a questão central não está no valor de uma indemniza-ção, mas na criação de condições que, sem dramatismos e injusti-ças sociais, permitam às empresas manter a sua rentabilidade e a capacidade de gerar o emprego adequado à sua sobrevivência e continuidade. É matéria que está em discussão em sede de concertação social, e espero que se chegue a um acordo justo e equilibrado.

euros.Nascida em 1990, foi 14 anos

depois que sofreu o «boom» graças à inovação tecnológica; à reestrutu-ração total da central, à renovação da imagem e a abertura a novos mercados.

Pedro Madeira, sócio-gerente, fundador e director-executivo da Frusoal, empresa localizada em Vila Nova de Cacela, no concelho de Vila Real de Santo António, fala de um “padrão de qualidade que se quer melhorar sempre”, referindo-se ao fomento da inovação na produ-ção agrícola, o respeito pelo meio ambiente e a promoção da eficiência de todos os processos da organiza-ção. Os principais clientes da Fru-soal estão na área de distribuição grossista e no sector das grandes superficies em Portugal, Espanha, França, Polónia, Ucrânia, República Checa e Itália. Em Outubro deverá iniciar exportação para a Alemanha, depois de já ter entrado, entretanto, no mercado inglês.O mercado da exportação representa 20 a 25% da laboração da Frusoal. A médio prazo Pedro Madeira gostaria de passar para 50% a 60%, sem que isso represente a redução do mer-cado interno.

“Para ser bem sucedido no ponto de venda é necessário ser-se bem sucedido nos campos de cultivo”, garante Pedo Madeira.No total esta empresa conta com 90 sócios, sendo que cerca de 40 são produtores. A Frusoal faz a condução de 80% a 90% dos pomares dos sócios.

“Caso não existisse a Frusoal muitos dos produtores teriam as suas terras abandonadas”, garante Pedro Madeira que conta na maioria – cerca de 60% - com a produção de pequenos e médios agricultores; ou seja, com cultivos abaixo dos 20 hectares.

Como empresário não está preo-cupado com a crise, mas enquanto produtor sim. “Quem impõe os preços são as grandes superfícies”, frisa, dizendo que “actualmente por cada quilo de citrinos o agricultor não recebe mais do que 14 a 15 cên-timos”. São valores com os quais a Frusoal consegue competir, mas que reconhece que são muito difíceis para um pequeno agricultor. “

A Frusoal continua a investir na área da produção e é detentora do maior pomar de citrinos do país com 225 hectares na Zambujeira do Mar.

Em 2009 abriu com 75% do capi-tal a «Tavifruta», na Luz de Tavira.

95% das empresas do Baixo Guadiana emprega menos de 10 pessoas

No território do Baixo Guadiana existem cerca de 3300 empresas. A maioria dedica-se ao comércio por grosso e a retalho, reparação de veículos automóveis e motoci-clos, seguindo-se a construção e depois o alojamento, restauração e similares. A esmagadora maioria das empresas emprega menos de 10 pessoas - 97,5% em Alcoutim, 95,9% em Castro Marim e 96,2% em VRSA. Ultrapassam os 70% as empresas individuais - 78,15% Alcoutim, 74, 16% Castro Marim e 71,01% VRSA .

Em Alcoutim e Castro Marim cerca de 30% do volume de negó-cios das empresas pertencem às quatro maiores empresas do conce-lho - 29,8% em Alcoutim e 31,9% em Castro Marim. Já em VRSA este valor desce para os 12,9%.

No que diz respeito ao Volume de Negócios Alcoutim atinge 13.628 milhões de euros, Castro Marim 85.792 milhões de euros e VRSA 320.163 milhões de euros.

A crise não pára o investimento e a inovação de empresários no Baixo Guadiana

A redução da Taxa Social Única e a sua compensação com o aumento das receitas do IVA?Essa medida incluída no memo-rando assinado com a Troika pretende aumentar a competiti-vidade das empresas. Mas hoje as opiniões dividem-se, não só entre os economistas mais renomados e mesmo entre os empresários e as suas associações como, ao que se diz, dentro do próprio Governo. Há quem defenda que deveria ser apenas para as empresas expor-tadoras de bens (foram apenas 18.000 em 2010), havendo quem inclua nelas também a Hotelaria e o Turismo. Outros defendem que deveria ser para todas as empresas (mais de 400.000), até porque a UE não aceitaria a exclusão de empresas. Trata-se de uma matéria muito complexa em primeiro lugar pelo impacto imprevisível que poderia ter numa economia abalada e em recessão como a nossa, e depois pelo impacto no consumo com um aumento das taxas do IVA para compensar a redução da TSU. Impacto que seria diferente se estivéssemos a falar numa diminuição da TSU de 2p.p., de 4 p.p. ou até de 8p.p. Perante este quadro, e pensando sobretudo na maioria das nossas empresas, as PME’s, considero que podem ser mais pesadas as consequências negativas de um aumento brutal de IVA, de produtos e de esca-lões, nomeadamente nos bens de largo consumo e em especial na Restauração e no Turismo - o que seria péssimo para o Algarve - do que as eventuais e incertas van-tagens de uma baixa da TSU. Se a baixa da TSU se processar em dois anos, como também se diz,

“Muitas empresas nãoestavam preparadas para enfrentar esta crise”

* Este dados foram cedidos pelo

NERA , remetendo as últimas esta-

tísticas neste âmbito do Instituto

Nacional de Estatística (INE)

Vitor Neto, Presidente doNERA – AssociaçãoEmpresarial da RegiãoAlgarve

O que tem a dizer sobre...

Trata-se de uma empresa mais pequena que só faz a recepção de fruta de produtores. Entre Setembro e Dezembro fazem tratamento de Diospiro e de Damasco.

Com 100 postos de trabalho directos e outros tantos indirectos, e apesar das dificuldades Pedro Madeira orgulha-se de em 21 anos nunca se ter atrasado um dia nos ordenados e de todos os anos actualizar os rendimentos dos seus funcionários. “Faz-se o que se pode; é importante motivar os trabalhado-res que tanto sacrifício fazem por esta empresa”, reconhece, rejeitando cenários de despedimento ou revisão em baixa de salários na Frusoal.

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LOCAL

As «Festas de Alcoutim» este ano comemoram 60 anos de vida. Uma data assinalada de forma especial. A destacar a organização da sessão solene, que foi levada a cabo por três jovens técnicos da autarquia, e, por outro lado, três cidadãos, septuagenários, anunciaram a criação do grupo «Pr’ó Futuro de Alcoutim».

A sessão solene que aconteceu no dia do município, a 9 de Setembro, ficou marcada por uma viagem ao passado das primeiras festas de Alcoutim que nasceram “na altura graças a um enorme esforço de todos os alcoutene-jos”, lembrou no seu discurso Francisco Amaral, presidente da câmara muni-cipal de Alcoutim. Nessa retrospectiva histórica homenagearam-se todos os que contribuíram para fazer nascer e crescer a Festa de Alcoutim, que é actualmente uma das mais conhecidas festividades algarvias. Para partilhar o nascimento desta festa Gaspar Santos e José Serafim lembraram como era organizar o evento nas décadas de 50 e 60 do século passado. Momentos de muita aventura e dificuldades, como relataram, mas que estiveram sempre associados a muita força de vontade, afirmaram nos seus discursos.

Entre vários testemunhos históri-cos envolvidos em muita emoção e nostalgia - mas também em orgulho pelas festas se terem transformado no evento que são hoje - surgiu Carlos Brito, conceituado cidadão alcou-tenejo que anunciou que foi criado por si, pelo escritor Mário Zambujal e pela professora e escritora Teresa Rita-Lopes um movimento descrito como um “verdadeiro lobby”. Trata-se do movimento «Pr’ó Futuro de Alcoutim». Um grupo de reflexão sobre o futuro e as potencialidades do concelho, actuando como uma voz de Alcoutim junto de empresas,

comunicação social e outras enti-dades. Carlos Brito apelou a toda a comunidade que se juntasse à aspira-ção deste grupo; nomeadamente os mais jovens, aproveitando a ocasião para elogiar “o excelente trabalho” feito pelos mais novos na organiza-ção desta festa que comemorou em 2011 este ano 60 anos de vida. O escritor Mário Zambujal, que lembrou que “foram as razões do amor” que o levaramu para Alcoutim, diz-se há 50 anos um apaixonado pelo conce-lho e critica os “fundamentalismos ambientais que travam o desenvol-vimento de Alcoutim, reivindicando que “a proteção ambiental não pode ser inimiga do Desenvolvimento”.

Ilustres alcoutenejos figuram em toponímia

O presidente da Câmara Municipal de Alcoutim encerrou a sessão solene numa sentida homenagem a todos os que contribuíram para o desen-volvimento das Festas de Alcoutim e em particular aos três nomes per-petuados nesse dia na toponímia da vila - José Maria Mendes Amaral, “de quem tive a honra e o orgulho de ser filho” [professor primário e presidente da Câmara Municipal em Alcoutim], Manuel Serafim [comerciante e benemérito, que procurava ajudar a todos nas dificuldades burocráticas da época, tendo também desempe-nhado funções autárquicas] e Fer-

nando Lopes Dias [sócio fundador do Grupo Desportivo de Alcoutim, grande mobilizador da juventude alcouteneja na sua época e 1º presi-dente de Câmara de Alcoutim depois do 25 de Abril de 1974].

«Recordar é Viver» em exposição, desfile e livro

Na Praça da República foi inau-gurada exposição de rua «Festas de Alcoutim – Recordar é Viver», onde

está toda a resenha histórica das Festas de Alcoutim. Depois teve lugar um desfile etnográfico, com membros do Teatro Experimental de Alcoutim (TEA), Grupo Etnográfico do Pereiro e Rancho Folclórico de Martim Longo, que animou o centro da vila, em memó-ria dos primórdios da Festa de Alcou-tim. A Câmara Municipal de Alcoutim apresentou ainda neste dia a publicação «As Grandiosas Festas de Alcoutim – 60 Anos», onde está compilada a história desta comemoração.

Alcoutim revitaliza-seaos 60 anos de Festa

Francisco Amaral homenageou três alcoutenejos ilustres, tendo atribuído nova toponímia na vila com seus nomes

Novidades em dia de sessão solene

Carlos Brito e Mário Zambujal criaram, com Teresa Rita-Lopes, o movimento «Pr’ó Futuro de Alcoutim»

Este ano a sessão solene das «Festas» foram organizadas por três jovens técnicos da edilidade: Fernando Dias (na foto), Jorge Palma e Nélia Vicente

Município de Alcoutim ajuda os trabalhadores da câmaraO Município de Alcoutim esta-beleceu a 28 de Setembro um protocolo com o Centro de Apoio aos Trabalhadores da Câmara Municipal de Alcoutim (CAT), para auxiliar funcionários com dificuldades socioeconómicas, que neste período de dificulda-des que o período atravessa estão mais acentuadas.

Para além de um subsídio anual de 12 mil euros, para garantir o funcionamento do CAT e a con-cretização dos objetivos defi-nidos, a Câmara Municipal de Alcoutim compromete-se a dar um “grande apoio logístico” (uso de telefones, material de pape-laria, utilização de viaturas e espaços físicos) e a facilitar dis-pensas de serviço aos membros do Centro para realização de reuniões e/ou eventos.

“O CAT responsabiliza-se por redobrar a sua atenção com os funcionários que possam surgir com casos sociais preocupantes e continuar com as atividades que têm contribuído para o prestí-gio e dignidade do Município de Alcoutim e dos seus trabalha-dores. O protocolo vigorará por tempo indeterminado, podendo ser revogado ou modificado a qualquer momento mediante acordo expresso entre as partes”, adianta a autarquia em comu-nicado.

Ao que o JBG apurou, até início deste mês de Outubro o CAT não tinha ainda em mãos nenhum caso preocupante, mas uma fonte ligada ao projecto acredita que não tardarão a surgir situações, como já houve anteriormente, que necessitem de um apoio especial face ao aumento do custo de vida e á diminuição do poder de compra.

12 mil euros

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | OUTUBRO 2011 | 11

LOCAL

O partido socialista acusa o exe-cutivo da câmara municipal de Vila Real de Santo António de “uma política de venda ao des-barato do património do municí-pio”, referfindo-se à venda “de uma assentada o que ainda resta com algum valor: o Parque de Campismo, o terreno frente ao Hotel Vasco da Gama e a Escola da Manta Rota tudo num valor total de 32,4 Milhões de euros”. Acusam os socialistas que “a venda ao desbarato é uma evidên-cia, já que a avaliação feita por empresas credenciadas para este conjunto de terrenos perfaz 49 Milhões de euros e a proposta de venda apresentada pela Câmara para venda destes terrenos é na sua globalidade de 32.4 Milhões de euros”, e continua, dizendo que “16.6 Milhões de euros, valor que o Município de Vila Real de Santo António desbarata neste negócio”.

A isto o PS chama “anos de irres-ponsabilidade política na gestão financeira da câmara de VRSA a

qual foi modelo de governação, governar na despesa e governar na contracção de dívida, inevita-velmente conduziu a Câmara de Vila Real de Santo António para o abismo”.

A concelhia do Partido Social Democrata (PSD) de Vila Real de Santo António já condenou a posição do Partido Socialista (PS) em opor-se às alienações de um terreno situado frente ao Hotel Vasco da Gama (Monte Gordo), do parque de campismo e da antiga escola primária da Manta Rota.

A esta posição o PSD chama de “atitude arrogante”, dizendo que “o PS limita-se a fomentar o desemprego e a contribuir para o aperto do cinto dos vilarrea-lenses, colocando entraves a uma operação financeira que permitirá aliviar as contas da autarquia”. E continua dizendo que “tal facto é mais estranho quando a oposi-ção socialista se faz representar politicamente na Câmara pela subdelegada regional do Instituto do Emprego e Formação Profis-

A primeira feira aconteceu entre 28 de Setembro e 2 de Outubro no «Salão de Turismo e Ócio» em Cartaya. As próximas já estão

marcadas para Jaén, entre 7 e 9 de Outubro na Feira de Turismo de Interior de Andaluzia, uma das mais importantes feiras de

Turismo de Andaluzia. Depois entre 24 e 27 de Novembro segue-se a INTUR – Feira Internacional del Turismo de Interior, com rea-lização anual em Valladolid.

É através deste percurso que a associação para o desenvol-vimento do Baixo Guadiana vai concretizar parte de uma estra-tégia turística conjunta para uma oferta estruturada a nível do património, cultura e ambiente na região transfronteiriça do Baixo Guadiana (Algarve, Baixo Alentejo e Andaluzia). A presença nestas feiras está abrangida pelo projecto GUADITER, integrado no Programa de financiamento POCTEP, dos fundos estruturais 2007-2013, co-financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvi-mento Regional (FEDER).

No âmbito do referido projecto foram definidos dois Itinerários transfronteiriços - Itinerário Cul-tural e Patrimonial do Baixo Gua-

ODIANA promove Baixo Guadiana em Espanha

A primeira feira aconteceu entre 28 de Setembro e 2 de Outubro no «Salão de Turismo e Ócio» em Cartaya

Desde Setembro e até finais de Novembro a associação Odiana está a promover o Baixo Guadiana do lado espanhol. Uma participação em três feiras de turismo para a promoção e dinamização turística do território.

diana e Itinerário Ambiental do Baixo Guadiana - e várias rotas/percursos complementares, com o objectivo de divulgar e potenciar o património histórico, cultural e ambiental do Baixo Guadiana Transfronteiriço.

O projecto GUADITER para além da definição dos referidos itinerários, rotas e percursos, contempla outras actividades, tais como: constituição de cen-tros de interpretação /pontos de informação sobre o património ao longo dos itinerários, realização de intervenções de requalifica-ção em alguns elementos patri-moniais existentes ao longo dos Itinerários, realização de eventos e agenda cultural transfronteiriça e realização de acções de promo-ção e dinamização Turística da região.

A «Actividade 3 – Promoção e Dinamização Turística da Região», entre as acções previstas, tem como o objectivo de divulgar e promover todo trabalho desen-volvido no projecto e a riqueza patrimonial deste território, sendo neste contexto que estão previs-tas as participações da Odiana em

Feiras de Turismo. Para a direcção da Odiana esta

iniciativa “é fundamental” já que representa acções de promoção e divulgação do Território do Baixo Guadiana, junto do mercado Espanhol, nomeadamente ao nível do mercado Andaluz. Ao mesmo tempo que valoriza esta inicia-tiva a Direcção da associação, encabeçada por José Estevens, critica que “a ATA – Associação de Turismo do Algarve e a ERTA – Entidade Regional de Turismo do Algarve, nos últimos anos, pra-ticamente não tenha desenvolvido qualquer acção promocional da região Algarvia”

Valter Matias, director-execu-tivo da Odiana garante, por sua vez, que as feiras de turismo onde a Odiana está a ser representada “são de conceituado nome e de dimensão considerável e que reúnem os requisitos desejáveis e essenciais para levar a cabo uma boa promoção e divulgação do Território do Baixo Guadiana, nomeadamente em matéria de turismo de interior e de natu-reza”.

Em causa três negócios

Projecto GUADITER

sional”.O PSD afirma que “as receitas

autárquicas existentes não permi-tem muito mais do que fazer face às despesas de salários dos traba-lhadores do município”, acusando o PS de “dificultar operações financeiramente vantajosas para a Câmara e prefere colocar a factura do lado da população do concelho de Vila Real de Santo António”. Para o executivo “a alienação de terrenos que outrora foram úteis à Câmara - mas que hoje, face aos novos projectos já aprovados, não fazem sentido estarem sob a alçada municipal - se afigura como a melhor alternativa para equilibrar as contas e pagar aos fornecedores do município”.

O PSD reafirma que a sua estra-tégia local para o actual contexto social e económico é a de manter, a todo o custo, os serviços sociais prestados à população, não des-pedir ninguém por incapacidade de pagar salários e, sobretudo, não criar novas taxas e impostos municipais, intoleráveis no actual

cenário. “Sabemos que, por este motivo, teremos bancos, alguns fornecedores e o PS contra nós, todos eles com algo em comum - zelo pelos seus interesses pró-prios -, o que se para os bancos e fornecedores é compreensível, já no caso do PS não o será, pois a sua motivação deverá ser o inte-resse geral e não o particular”, remata o PSD.

PS contra demolição da Escola Primária da Manta Rota

O PS em reunião da Assembleia Municipal de VRSA, realizada a 29 de Setembro, votou contra a proposta apresentada pelo execu-tivo PSD liderado por Luís Gomes, para a venda da Escola Primária da Manta Rota e parques envol-ventes. O PS opôs-se à venda e posterior demolição daquele equi-pamento “pelo facto do que repre-senta enquanto património de várias gerações e considera que o espaço deveria ser requalificado e revitali-zado enquanto equipamento social de apoio a crianças, jovens e restante população da Manta Rota” e acres-centa em comunicado de imprensa que compreende “as dificuldades financeiras do Município, mas em circunstância alguma pode-se destruir o património que é histórico, que é afectivo e que representa uma época que marcou muitas gerações de pais e alunos”, declaram os socialistas.

PSD rejeita acusação socialista de “venda ao desbarato”

Guadiana é preocupação do Governo

A secretaria de Estado do Ambiente e do Ordenamento do Território emitiu parecer favorá-vel ao projecto de melhoria das condições de navegabilidade do Guadiana, entre a Foz e o Poma-rão.

A Tutela refere num comuni-cado enviado às redacções que o projecto será submetido a Avaliação de Impacte Ambiental (AIA), na medida em que este é um rio internaconal, partilhado com Espanha, e o regime inter-nacional vizinho prevê este AIA em sede de projecto de execução; em fase posterior.

Para a Comisão que está encarregue dessa avaliação os impactes negativos poderão ser minimizados caso sejam adopta-das medidas de reformulação do canal de navegação a montante de Alcoutim.

De referir que a melhoria da navegabilidade do Guadiana consubstancia-se num valor acrescentado que poderá incre-mentar o desenvolvimento eco-nómico do território através do do turismo.

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«Uádi Ana» já elegeu corpos gerente

No passado dia 22 de Setembro tomaram posse os corpos sociais da Associação Empresarial Turística do Baixo Guadiana «Uádi Ana» que está representada pelos quatro concelhos do Baixo Guadiana alentejano e algar-vio (Mértola, Alcoutim, Castro Marim e Vila Real de Santo António). Esta associação de cariz empresarial tem como prioridades defender os inte-resses e o desenvolvimento empre-sarial turístico adjacente ao Baixo Guadiana, através da concertação da oferta turística, da criação de uma plataforma de Cooperação Empre-sarial Transfronteiriça nos diversos sectores da actividade entre Portugal e Espanha.

“O turismo em si move todos os sectores empresariais, por isso irão estar presentes no Plano de Acção desta entidade todos os que sejam representativos da região, entre eles

os produtos tradicionais, produ-tos agro-alimentares, indústrias de construção e equipamento doméstico, energias renováveis, a valorização da

agricultura e principalmente criar directrizes muito concretas para a criação de emprego evitando o êxodo das famílias mais jovens e cativando

outras a fixarem-se nesta região. A intervenção junto do executivo dos Municípios será outra das acções desta associação, levando os receios e ansiedades dos empresários”, refere em comunicado o Presidente Luís Costa

Por seu turno, João Rolha, direc-tor-geral para o turismo, garante que “esta entidade para além das suas mais-valias irá dar um apoio mais próximo aos operadores turís-ticos locais no sentido de existir uma proximidade empresarial, alargando deste modo a oferta turística do Baixo Guadiana”.

Sendo o Rio Guadiana encarado como um dos eixos estratégicos ao desenvolvimento socio-económico, esta entidade entende que os empre-sários têm aqui a oportunidade de alargar as suas intenções e projectos. Os contactos da Direcção são Luís Costa : 922 20 21 24 e João Rolha : 96 860 680 3

A Associação, de cariz empresarial, tem como prioridades defender os interesses e o desenvolvimento empresarial turístico adjacente ao Baixo Guadiana, através da concertação da oferta turística, da criação de uma plataforma de Cooperação Empresarial Transfronteiriça nos diversos sectores da actividade entre Portugal e Espanha.

LOCAL

Luís Costa assumiu a presidência da direcção da associação empresarial

*Texto escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico

«Coopêssego» cria campo experimental de figo-da-índia Martinlongo acolheu em Setembro o 1º Concurso Nacional «Aromas e Sabores com Figo-da-Índia», numa iniciativa da Cooperativa Agrícola de Rega do Pessegueiro – Coopêssego em colaboração com a Associação Sociocultural e de Desenvolvimento de Tacões (ASCT), a ADECMAR (Associação de Desenvolvimento Etnográfico e Cultural de Martinlongo), a Junta de Freguesia de Martinlongo e o Município de Alcoutim. Foram mais de 40 receitas a con-curso, com mais de 30 candidatos a vencedores. José Marques, da ASCT, garante que “o concurso excedeu as expectativas em todos os domínios”, referindo-se ao número de concorrentes e receitas, à grande adesão do público e à originalidade e qualidade dos tra-balhos apresentados. O concurso abrangia três modalidades - Doces, Bolos e Bebidas – e a confecção dos produtos integrava sempre uma percentagem igual ou superior a 30% de figo-da-índia. O Snack-Bar “Poço Novo”, de Giões, ganhou o 1º lugar na categoria dos “Bolos” e Adriana Pereira, das Preguiças, conquistou o 1º prémio das duas categorias restantes. Alcançado o objetivo do concurso, que era despertar a população para a importância estratégica dos produtos endógenos (o figo-da-índia, o mel, a amêndoa, a bolota, a alfarroba, entre outros) no desen-volvimento da região, as entidades organizadores pretendem conti-nuar a desenvolver iniciativas neste sentido, que possam estimular o empreendedorismo no aproveita-mento do figo-da-índia. Noutros países, este fruto é já comerciali-zado e rentabilizado nos sectores farmacêutico e cosmético. Com o apoio da autarquia de Alcoutim, a Coopêssego criou um campo experimental de figo-da-índia junto à povoação do Pesse-gueiro e espera que este projeto abra novos caminhos ao desenvol-vimento do concelho de Alcoutim.

Baixo Guadiana

Associação Empresarial Turística do Baixo Guadiana

As duas entidades municipais lançaram neste Verão uma «acção de charme» denominada «Sal de Castro Marim, o melhor Sal do

Mundo», destinada à promoção do Sal e Flor de Sal nos estabele-cimentos de restauração e bebidas do concelho e restaurantes desta

sub-região. Nesta acção têm vindo a ser convidados os profissionais da restauração a colocar à dispo-sição dos seus clientes o saleiro Sal de Castro Marim – Flor de Sal, em substituição dos saleiros existentes, levando à mesa este produto.

Com a colocação de saleiros nas mesas dos restaurantes do Baixo Guadiana, “pretende-se valorizar o Sal e a Flor de Sal de extracção manual levada a cabo nas sali-nas de Castro Marim e, ao mesmo tempo, potenciar esta marca dis-tintiva do concelho nos mercados consumidores, incentivando a sua prova e consumo a residentes e visitantes”, diz a autarquia em comunicado.

Integrada numa política de desenvolvimento económico e valorização dos produtos agro-alimentares de qualidade do Baixo Guadiana, esta acção significa que estão a ser dados “passos seguros para a introdução de um produto de qualidade superior de produ-

ção local, como é o Sal de Castro Marim, nos principais circuitos da restauração e hotelaria”, afirma José Estevens, edil castromari-nense e presidente do conselho de administração da NovBaesuris.

“Quanto ao Sal tradicional, é conhecido o empreendedorismo da Câmara Municipal no processo de certificação deste produto agro-alimentar que agora con-quista novos mercados nacionais e estrangeiros, afirmando a marca Castro Marim”, assegura o edil.

“É com particular orgulho que o Município verifica o crescente entusiasmo dos vários restauran-tes do Baixo Guadiana em parti-ciparem activamente na acção de charme «Sal de Castro Marim, o melhor Sal do Mundo», que con-tribui grandemente para a afir-mação dos patrimónios de Castro Marim”, remata José Estevens em comunicado.

Já aderiram à iniciativa cerca de 40 restaurantes e hotéis entre VRSA, Castro Marim e Alcou-tim.

Câmara Municipal e Empresa Municipal de Castro Marim estão a desenvolver uma «operação de charme» para promover o Sal de Castro Marim, considerado por muitos “o melhor sal do mundo”.

Hotéis e restaurantes já foram seduzidos pelo “melhor Sal do Mundo”

A colocação de saleiros nas mesas dos restaurantes do Baixo Guadiana,pretende valorizar o Sal e a Flor de Sal de extracção manual

Plano Local de Emprego

Já aconteceu a segunda reunião do o Plano Local de Emprego em VRSA, tendo juntado diversas enti-dades locais e regionais, com vista ao desenvolvimento da actividade e apoio por parte da autarquia e do IEFP aos desempregados do conce-lho. O objectivo primordial é ajudar quem se encontra em situação de desemprego a criar formas de facili-tar a procura e posterior integração no mercado de trabalho.A oposição socialista já se congra-tulou publicamente com a inicia-tiva, lembrando que “foi o PS que apresentou em Fevereiro a proposta para o surgimento deste plano”.

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | OUTUBRO 2011 | 13

A Ponte Internacional do Guadiana foi inau-gurada há 20 anos, no dia 22 de Agosto de 1991. Chegava ao fim uma reivindicaçãopopular em todo o Baixo Guadiana e na vizinha Andaluzia: ver as duas margens do grande rio ibérico unidas por forma a não ter horários a passagem da fronteira. Inicialmente pre-vista para ser construída entre Vila Real de Santo António e Ayamonte, razões técnicas e de política de transportes fizeram com que, afinal, a ponte subisse para montante, até ao concelho de Castro Marim. Aqui se assinala a efeméride, para lembrar que aquilo que se tem, e aparentemente parece ter existido sempre, é uma das 100 mais notáveis obras de engen-haria civil construídas no século XX em Por-tugal. A ponte ficou a constituir o símbolo da delegação de Faro da Ordem dos Engenheiros.HÁ

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14 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |OUTUBRO 2011

José Cruz

O primeiro passo foi dado em 1970, quando os governos de Portugal e Espanha assinam um convénio para a construção da ponte. O sonho come-çou a tomar forma, mas não deixava de ser, ainda, uma miragem.

Só em 1981, 11 anos depois, foi deci-dida a localização definitiva. Durante este período de tempo foram equacio-nadas várias hipóteses, entre as quais a ligação a sul das duas localidades — Vila Real de Santo António e Aya-monte — ou imediatamente a norte desta. Esta localização coincidia com as salinas e a reserva natural. Ou seja, quer por questões técnicas ou ambien-tais, estas alternativas foram sendo postas de parte. Neste mesmo ano os dois governos estabelecem que a ponte se localizaria a norte do Parador de Ayamonte, frente à localidade portu-guesa de Monte Francisco, no concelho de Castro Marim.

A miragem ia-se transformando em realidade – mesmo para os mais incré-dulos – e, ao mesmo tempo, morria o sonho de unir diretamente Vila Real de Santo António e Ayamonte, hoje trans-formado num quimérico teleférico.

No início de 1989 começavam as obras. Dois anos e meio depois, a 22 de agosto de 1991 a ponte era aberta ao trânsito.

Até à localização definitiva, a maior preocupação residia nas empresas que faziam o transporte de viaturas e passa-geiros entre as duas margens. Temiam o futuro com a construção da ponte. Hoje o movimento de barcos man-tém-se; transportam-se automóveis, mas os horários são mais espaçados e o número de passageiros nada tem a ver com o passado.

Vila Real de Santo António temeu

com a passagem ao largo do trânsito, em especial o seu próspero comércio de têxteis, mas não foi a ponte a ter influência no declínio desta atividade para níveis mais modestos, mas sim a liberalização comercial, o fim do escudo deslizante, que se seguiu à entrada de Portugal na hoje União Europeia.

No primeiro momento foi exigida a continuação da ligação por barco, a melhoria das acessibilidades à cidade, nomeadamente, a melhoria da EN-122 e a construção de uma passagem superior à linha de caminho de ferro, junto da ribeira da Carrasqueira, para evitar as esperas na passagem de nível à entrada. O problema foi resolvido com a construção da atual estrada a norte da linha de caminho de ferro, que causou grande controvérsia entre os ecologistas, unindo a EN122 e a Avenida da República.

Após a construção da ponte foi inaugurada a autoestrada «Huelva-Sevilha», tanto mais que o ano seguinte era o da «Expo’92». Desta forma se unia o Algarve à capi-tal da Andaluzia e às restantes capitais espanholas. Antes, durante o verão, devido ao intenso tráfego e às longas filas localizadas essencialmente nos semáforos de Lepe e Cartaya, a demora era de mais de uma hora e meia para percorrer, pela estrada nacional - os 60 km que separam a ponte da cidade de Huelva.

Pouco tempo depois, chegou o pri-meiro troço do IC-27, concluído em 2002, entre Monte Francisco e Ode-leite, com 12,8km, e, mais tarde o segundo troço, entre Odeleite e Alcou-tim (cerca de 19 km).

O terceiro não se fez quando não

havia crise, protelado por outras obras que o governo considerou mais priori-tárias. Ficará a aguardar melhores dias o troço entre Alcoutim e Albernoa, no distrito de Beja.

Antes da construção da ponte, ir a Espanha era um desafio enfiar um automóvel nos barcos; depois da espera em interminável fila, para passar na alfândega.

Há já outra ponte internacional do Guadiana, entre o Granado e o Poma-rão, também muito importante para o Baixo Guadiana. Esta ponte veio suprir uma lacuna no relacionamento das populações ribeirinhas do Guadiana, prejudicada com a construção da bar-ragem do Chança, uma vez que no coroamento da barragem não foi pre-visto o trânsito automóvel.

O ano da inauguração da Ponte

O ano da inauguração da Ponte Internacional do Guadiana começou com a reeleição de Mário Soares para Presidente da República. Foram outros candidatos Basílio Horta, Carlos Car-valhas, e Carlos Marques.

Logo no início do ano, o governo de Cavaco Silva aprovou o PROTAL. Valente de Oliveira, ministro do Planeamento e Ordenamento do Ter-ritório deslocou-se ao Algarve para entregar a derradeira versão do docu-mento aos presidentes das Câmaras Municipais, aos quais ficaram acome-tidas responsabilidades de fiscalizarem a sua execução.

Na II Reunião do Grupo Parlamen-tar de Amizade Espanha-Portugal, o deputado do PSD António Vairinhos,

pediu a criação de uma linha aérea entre Faro e Sevilha, a construção de uma auto-estrada ente Huelva e Aya-monte e deu-se relevo à apresentação em Bruxelas de um Plano de Desen-volvimento Transfronteiriço.

Sendo ano de legislativas, as listas para deputados começaram a mexer logo no mês de Março, quando se anunciava um crescimento no sector do turismo de 13,6% no mês de Fevereiro e a procura da Baía de Monte Gordo por suecos e finlandeses.

Nas jornadas parlamentares do PS, António Guterres afirmou que a Região Administrativa do Algarve podia ser criada já em 1992, desde que existisse uma maioria socialista. Os deputados do PS visitaram as obras da Ponte Inter-nacional do Guadiana.

Nesse mesmo mês, Mário Fernan-des, presidente da Junta Autónoma das Estradas, perante a Comissão Parlamentar do Equipamento Social da Assembleia da República, anuncia a abertura da ponte para o mês de Agosto de 1991, com um atraso de 14 a 15 meses, atribuindo o atraso à descoberta de formações geológicas diferentes das detectadas durante as sondagens efetuadas para a elaboração do projeto. Durante a construção, a ponte conheceu uma pequena fissura e um acidente mortal.

A primeira grande crítica sobre o atraso na definição dos acessos foi feita pelo deputado socialista José Apolinário que causticou o Governo pela deficiência dos acessos a Castro Marim, Vila Real de Santo António e Alcoutim, em vésperas da inauguração da ponte.

No ano da ponte foi constituída a Associação de Municípios do Sotavento

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | OUTUBRO 2011 | 15

Algarvio (AMSA) que desempenhou um importantíssimo papel no abaste-cimento de água a partir do sistema Odeleite-Beliche, aos concelhos da sub-região.

Em maio, as cidades de Ayamonte e Vila Real de Santo António realizaram na Escola Secundária de Vila Real de Santo António um colóquio a propósito do impacto da Ponte Internacional do Guadiana, onde cada uma expôs o seu sonho: Ayamonte, a construção do pro-jeto de Isla Canela; Vila Real de Santo António o da Ponta da Areia, ambos a prever a construção de marinas e campos de golfe, protestando contra as burocracias de Faro e Huelva que travavam o lançamento.

A Câmara Municipal de Castro Marim protestou contra o atraso na construção das instalações da fronteira, quatro meses antes da abertura, mas a Junta Autónoma das Estradas minimi-zou o problema, afirmando que não se tratava de uma fronteira normal e que iria ser exercido apenas um controlo mínimo.

No final de Junho os empresários de Vila Real de Santo António e Monte Gordo manifestavam a sua apreensão pelo facto da ponte ter a inauguração prevista para 15 de agosto e os acessos se encontrarem bastante atrasados.

Em julho soube-se que a fronteira fluvial continuaria aberta ao tráfego de passageiros, após a inauguração da ponte, ficando desfeitos boatos que davam como próximo o encerra-mento, tendo a empresa espanhola, em reunião havida na câmara muni-cipal de Vila Real de Santo António, anunciado que encerraria por falta de rendibilidade económica. Perto do final do mês estalou a controvérsia, tendo o

governo recuado na data da inaugura-ção, cedendo a pressões que tinham a ver com o atraso nas obras dos acessos a Vila Real de Santo António e Castro Marim.

A ACRAL, em conferência de imprensa, afirmou que a abertura da ponte só se deveria fazer quando os acessos a Vila Real de Santo António estivessem garantidos. E, traçando um quadro de catástrofe, anunciou que, se tais arranjos não ficassem prontos na data de inauguração da ponte, a cidade ficaria isolada “à margem do desenvolvimento e do progresso” que a ponte traria, sendo de esperar, nestas circunstâncias, falências em cadeia das empresas do comércio e serviços com o consequente desemprego de boa parte da população. Os comerciantes mandaram então ao primeiro-ministro Cavaco Silva uma carta a solicitar o adiamento da inauguração.

No dia 11 de agosto tinham acabado os ensaios. Dezoito veículos longos de 38 toneladas passaram ao mesmo tempo sobre a ponte e, cada vez que um desses camiões estava a sair do tabuleiro, «saltava» com arranques e travagens bruscas.

A ponte abriu ao tráfego em 22 de agosto, de forma discreta, sem pompa e circunstância. A CP, num gesto de boa vontade, anunciou a automatização da passagem de nível, enquanto se apon-tava na altura para a construção de uma passagem elevada junto ao Bairro do Matadouro.

Os primeiros dias da abertura da ponte vieram a contrariar as afirmações catastróficas, trazendo a Vila Real de Santo António centenas de espanhóis que se deslocaram nos seus carros para compras e deram mais vida a cafés e

restaurantes, o mesmo acontecendo em Ayamonte e Isla Cristina com os portugueses, só comparável aos dias da feira de Outubro. O otimismo voltou rapidamente ao comércio vila-realense e alguns começaram, desde logo, a afirmar que a abertura da ponte só pecava por tardia. O ambiente era de festa e euforia de um e do outro lado do Guadiana, embora ainda restasse a contrariedade do mau acesso e do controlo fronteiriço.

Em setembro eram já os comer-ciantes de Faro a manifestarem a sua satisfação pelos resultados positivos da abertura da Ponte do Guadiana como factor de dinamização da capital algar-via, com os espanhóis a afluírem em maior número e de uma forma mais constante.

Em outubro realizaram-se eleições legislativas, com a particularidade do PSD ter vencido em todos os concelhos do Algarve, PSD 50,5%, 5 deputados, PS 31,4%, 3 deputados, CDU 7,3 %.

Em dezembro a Comissão Regional de Turismo do Algarve considerou que, com a inauguração da Ponte do Gua-diana tinha nascido uma nova compo-nente no «impot» turístico e, com ele, um certo alargamento do tal conceito de qualidade turística.

A estrutura da ponte

A Ponte Internacional do Guadiana é de tirantes múltiplos, com um vão total de 666 metros, subdividido em cinco. Um central de 324m (de torre a torre), o segundo maior do país a seguir ao da Ponte sobre o Tejo, em Lisboa, dois laterais com 135 metros (também suspensos), e outros dois de

36m.As fundações das duas torres (100

metros de altura cada uma) são cons-tituídas por dois maciços de betão pré-esforçado (com 16,5 metros, por 16,5 metros, por 5 metros). Para a edifica-ção destes maciços da torre localizada no leito do rio, os técnicos recorreram à construção de uma ilha envolvida por um recinto, formado pelas denomina-das estacas-prancha (com 20 metros por 50). O solo que envolve esta ilha foi tratado por vibro substituição, numa área com 100 metros por 130, para impedir a liquefação das areias, no caso de ocorrer um sismo. Os 128 tirantes que sustentam o tabuleiro são consti-tuídos por cordões de aço galvanizado de alta resistência, protegidos individu-almente por uma bainha de polietileno e cera no preenchimento dos espaços. Assim, é possível a sua substituição, cordão a cordão, sem interferência com o tráfego na ponte.

Devido a razões de natureza técnica e ambiental, no lado português foi ainda construído um viaduto de acesso. Ao contrário da construção do tabuleiro, em que foram usadas aduelas betona-das no local, este viaduto (com 360 metros), que faz o prolongamento da ponte em direção à chamada zona de fronteira, é constituído por vigas pré-fabricadas com 30m cada.

A Ponte Internacional do Guadiana e o seu complexo rodoviário – que ligam o IP1 (Valença/Castro Marim) à Carretera Nacional 431, em Espanha, incluindo-se na Estrada Europeia E-01 (Larne/Sevilha) – constituem o princi-pal ponto de passagem entre Portugal e Espanha na região sul do país.

*Texto escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | OUTUBRO 2011 | 17

DESENVOLVIMENTO

A Rede para a Promoção das Cidades Médias da União Euro-peia (Ciumed), presidida pelo município de Vila Real de Santo António, organizou, nos dias 21 e 22 de Setembro, em Mérida (Espanha), o seu quarto congresso, dedicado à «Mobilidade Susten-tável em Cidades Médias». Na mesma ocasião, a direcção da rede Ciumed, no âmbito dos trabalhos que foram desenvolvidos no con-gresso, promoveu a constituição de uma associação sem fins lucra-tivos denominada «Rede Ibero-americana de Cidades Médias» (RIACIM), ultrapassando, desta forma, as fronteiras europeias. O âmbito territorial da RIACIM são os países da Península Ibérica e da América Latina, a saber: Portugal, Espanha, Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, México, Nica-rágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.

Com vista à promoção, competiti-vidade e desenvolvimento empre-sarial do território, nomeadamente a subregião do Baixo Guadiana, a ODIANA – Associação de Desenvol-vimento do Baixo Guadiana, orga-niza a Feira Empresarial de 26 a 27 de Outubro no Centro Cultural António Aleixo, em VRSA. De recordar que a «Feira Empresa-rial» decorre no âmbito do projecto PIDETRANS – Plano Integral para o Desenvolvimento Empresarial Transfronteiriço, é uma iniciativa de cooperação entre o Algarve – Alentejo – Andaluzia, financiado pelo Programa de Cooperação Transfronteiriça Portugal – Espa-nha [POCTEP], integrada nos fundos estruturais 2007-2013 e co-financiado pelo Fundo Euro-peu de Desenvolvimento Regional [FEDER]; com o apoio da União Europeia.O objectivo é promover um cer-tame que instigue objectivos como a competitividade, e o desenvol-vimento empresarial no território transfronteiriço do Baixo Gua-diana. Pretende-se abordar diver-sas temáticas como os desafios e oportunidades da internaciona-lização de empresas, o empre-endedorismo, potencialidades e constrangimentos do território, bem como o impacto do cenário económico actual nos investimen-tos na região.

A Câmara Municipal de Vila Real de Santo António entregou a 26 de Setembro coletes de salvação a todos os armadores do concelho, “aliviando os homens do mar de uma despesa que teriam de con-cretizar por imposição da portaria 64/2011, que estipula a obrigato-riedade do uso deste equipamento para todos os pescadores”, pode ler-se num comunicado enviado às redacções. Foram cerca de 150 coletes numa compra feita através de uma candidatura ao Programa Operacional Pesca 2007-2013 (Promar), liderada pela autarquia vilarealense com o valor de ascen-deu aos 6777 euros. A comparti-cipação comunitária foi de 90%, sendo o restante valor suportado pela Câmara Municipal.

A entrega de coletes de salva-ção aos armadores de Vila Real de Santo António foi mediada pela Associação de Armadores e Pescadores do Porto de Pesca de VRSA, enquanto os armadores de Monte Gordo e Manta Rota foram representados pela Associação de Pescadores da Pesca Artesanal da Baía de Monto de Gordo. Para o presidente da colectividade de pes-

cadores de VRSA José Romão, a ajuda é “bem vinda” em tempo de crise, sobretudo porque os antigos coletes eram “demasiado pesados”, impedindo a mobilidade de quem andava no mar. Por seu turno, o presidente da associação de pes-

cadores de Monte Gordo, Adriano Rosa, diz-se igualmente “solidário” com a iniciativa e destaca que a verba necessária para comprar os coletes era, neste momento, “incomportável” para os associa-dos que representa.

Rede Ibero-americana de Cidades Médias

Feira Empresarial do Baixo Guadiana

Pescadores receberam coletes salva-vidas gratuitos

A entrega dos coletes teve como objectivo aliviar os pescadores da aquisição dos mesmos imposta por portaria legal

VRSA

«A Luta Continua Sempre» contra as portagens

A marcha lenta, envolvendo diver-sos tipos de viaturas (carros ligei-ros, motas e veículos pesados) acontecerá a 8 de Outubro, no dia do aniversário da primeira marcha lenta, entre as 14h00 e as 20h00, numa extensão de 120 quilómetros, envolvendo a EN-125 e a Via do Infante. Haverá quatro pontos principais de partida. Altura (Castro Marim), junto à rotunda do restaurante «O Infante», na EN-125, pelas 14h00. Portimão, no Parque das Feiras, pelas 14h30. Tavira, rotunda dos Moinhos (acesso à Via do Infante), pelas 15h00. E Albufeira, em Valparaíso, pelas 15h00.

Todo este movimento irá con-fluir para o Parque das Cidades (Estádio do Algarve), partindo deste local às 16h00, a caminho

de Faro, passando pelo Patacão, rotunda do aeroporto, rotunda do Fórum Algarve e rotunda do Teatro Municipal. Está prevista uma grande concentração final do protesto frente ao Fórum, entre as 17h00 e as 18h00.

Também estão previstas reuniões com associações e diver-sas entidades, distribuição de folhetos e cartazes, colocação de faixas e divulgação da acção com recurso às redes sociais.

Os promotores explicaram que se encontram-se em contacto perma-nente com os espanhóis de Anda-luzia, nomeadamente associações empresariais e principais partidos políticos, para a sua participação na referida marcha lenta.

Esta acção é organizada pela Comissão de Utentes da Via do

Infante, pelo grupo «Algarve – Portagens na A22 Não» (criado no Facebook), pelo movimento Com Faro no Coração (CFC) e pelo Moto Clube de Faro.

Espanhóis aumentam pressão contra portagens no Algarve

O grupo parlamentar Esquerda Unida (IU), da região da Andaluzia está contra a introdução de porta-gens na Via do Infante, no Algarve, e quer avançar com uma queixa na União Europeia para bloquear a cobrança. Também o Presidente da Junta de Andaluzia, José António Griñan, está a fazer pressão junto das instituições portuguesas para tentar travar a medida.

Numa carta enviada ao

homólogo da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, João Faria-Griñan alerta que a introdução de portagens na Via do Infante (A22) pode ter “repercussões negativas” nas relações trans-fronteiriças. Citado pelo jornal «El País», o responsável mostra-se “preocupado” com o impacto que a medida pode ter e considerou

que afectará a entrada no Algarve a partir da Andaluzia e “as tradicio-nais relações económicas e sociais que unem” as duas “regiões irmãs”. O grupo parlamentar alerta para os graves impactos económicos nas economias do Algarve, Alentejo e Huelva e promete avançar com uma queixa no Tribunal de Justiça da União Europeia, para que os por-tugueses repensem a medida.

São quarto as organizações promotoras da próxima marcha lenta contra as portagens na Via do Infante. «A Luta Continua Sempre» sai para a rua no próximo dia 8 de Outubro. Governo deverá introduzir portagens na A22 até meados de Outubro.

A próxima manifestação contra as portagens está marcada para 8 de Outubro

Manifestação: 8 de Outubro

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DESENVOLVIMENTO

A antecipar o seminário, que acon-teceu no dia 30 de Setembro, o Jornal do Baixo Guadiana esteve à conversa com Sílvia Cardoso, presi-dente da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ )de VRSA que disse que apesar de ser difícil quantificar o número absoluto de crianças e jovens acompanhados pela comissão vilarealense ao longo da última década – pela evolução das metodologias de contagem impostas pela lei que regula as CPCJ’s - “ já foram muitas as famí-lias” que receberam o apoio desta Comissão que em Agosto comemo-rou, assim, o número redondo de 10 anos de vida.“Mais ou menos vai-se mantendo a média de número de casos”, diz-nos a responsável que ressalva o fenómeno social de “as pessoas estarem mais sensíveis para a Comissão e da comunidade também estar mais disponível para as sinalizações”, acrescentando que a situação sai favorecida pelo incremento da obrigatoriedade de comunicação em determinados casos como a violência doméstica e violência na escola.

“CPCJ não é o fim da linha”

A montante das CPCJ’s estão

cabo uma homenagem às Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria. A viver em Martinlongo desde 1983, as Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria chegaram com a missão de ajudar a popula-

como fisioterapia, medicina den-tária, dermatologia, oftalmologia, consultas de cessação tabágica e brevemente consultas gratuitas de reumatologia. É bom que não esqueçamos o que se passava há mais de 20 anos e saibamos reco-nhecer e dar valor a quem, de uma forma desprendida e por amor ao próximo, nos soube ajudar, como as Irmãs Franciscanas de Maria”. Como homenagem à missão das Irmãs, a população local mandou preparar uma placa toponímica, colocada na casa onde viveram durante estes 28 anos e descer-rada neste dia de despedida. Foi ainda produzida uma brochura, oferecida às Irmãs, que perpetua, com fotografias e poemas, bons momentos destes quase 30 anos de missão. As paróquias de Cachopo, Martinlongo e Vaqueiros agrade-ceram todo o trabalho pastoral desenvolvido pelas Missionárias Franciscanas de Maria e assu-mem agora a missão de “manter a chama acesa e legar às gerações vindouras toda a recordação do bem que nos fizeram”.

*Texto escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico

várias instituições locais como é o caso de, entre outras, a câmara, a escola, os serviços de saúde e as autoridades policiais, a quem cabe trabalhar para que as situações não cheguem às Comissões. “Conseguem trabalhar, dando respostas às famí-lias para evitar que as situações che-guem até às comissões e essa é uma função da maior importância”, con-textualiza a responsável. “A CPCJ não é o fim da linha”, alerta Sílvia

Cardoso que lembra que “na moda-lidade restrita acompanham-se os processos sempre com o consenti-mento das famílias para desenvolver estratégias de protecção” e caso a família não coopere quem intervém é o Tribunal. Por isso mesmo, a CPCJ serve para resolver problemas na comunidade local, sendo uma estru-tutra intermédia entre as institui-ções e o tribunal. O Tribunal de Família de Faro “tem dado resposta rápida às situações para a promo-ção da protecção”, garante-nos a responsável.

A proximidade que a Comissão Alargada proporciona

A CPCJ de VRSA também tem apostado na modalidade de Comis-são Alargada para trabalhar mais a proximidade na comunidade. Foi neste âmbito que lançou o projecto de «Competências Parentais», aco-lhendo um repto do programa social local «Escolhas Vivas». Famílias com carências sociais receberam forma-ção desde as regras da educação, emoções, cuidados básicos de vida e alimentação. “Partilharam-se muitas experiências e foi muito importante também para nós CPCJ porque ajudou os nossos técnicos a

reorientar a acção de intervenção nas famílias”, adianta Sílvia Cardoso que admite que “muitas das vezes as famílias têm necessidades que não são apenas económicas e para as quais é preciso estarmos mais sensibilizados”. No total o projecto de «Competências Parentais» apoiou cerca de sete famílias, estando já a ser preparado um segundo projecto neste âmbito.

A Comissão Alargada da CPCJ de VRSA deu origem a dois grupos de trabalho que incidem sobre as maiores problemáticas no concelho: Violência Doméstica e Abandono, Absentismo e Insucesso Escolar. “É preciso criar uma forma siste-matizada para levar a cabo moni-torização destas situações” remata Sílvia Cardoso que admite que “dois terços do tempo deveria ser investido na àrea da prevenção e na proximidade”, lamentando a falta de recursos para tal.

Estas e outras questões estiveram em destaque no Seminário «Protec-ção e Promoção da Infância: Políti-cas Públicas Nacionais, Regionais e Locais» que contou com a presença do Presidente da Comissão nacional, Armando Leandro.

Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de VRSA celebrou 10 anos

Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria homenageadas na despedida

Sílvia Cardoso preside a CPCJ de VRSA

As paróquias de Cachopo, Martinlongo e Vaqueiros agradeceram todo o trabalho pastoral desenvolvido pelas Missionárias Franciscanas de Maria

O seminário «Protecção e Promoção da Infância: Políticas Públicas Nacionais, Regionais e Locais» marcou o 10.º aniversário da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) de VRSA. Contou com a participação do Presidente Nacional, Armando Leadro.

Ao serviço da comunidade

Foi no dia 24 de setembro, em Martinlongo, com a presença do representante do Bispo e da representante da Provincial que as populações das freguesias de Cachopo (Tavira), Martinlongo e Vaqueiros (Alcoutim) levaram a

ção local no combate às dificulda-des que os tempos lhes impunham. Há 28 anos atrás, o concelho de Alcoutim carecia de muitos cui-dados básicos, nomeadamente de saúde. Em homenagem ao traba-lho das Franciscanas Missionárias de Maria, o presidente da Câmara Municipal de Alcoutim, presente na despedida, sublinhou a neces-sidade de “não nos esquecermos do que era o concelho de Alcoutim há 28 anos atrás. Eu exercia medi-cina nas freguesias de Vaqueiros e Martinlongo. Nem sequer havia enfermeiros. E foi precisamente esta comunidade que trouxe a primeira enfermeira, na altura a Irmã Rosa e mais tarde a Irmã Isilda. Hoje há várias enfermei-ras no concelho, apoiadas pela autarquia, há transportes cama-rários de doentes para Faro, há a Unidade Móvel de Saúde, que percorre todos os montes do con-celho, há apoio de enfermagem domiciliário. Hoje até há consul-tas de especialidade gratuitas,

Serviços audiovisuais em linha: relatório da Comissão aponta neces-sidade de mais medidas para proteger as crianças

Num relatório hoje apresentado, a Comis-são Europeia avalia o modo como os países membros estão a aplicar as recomendações da UE que pretendem garantir que as crian-ças tirem proveito do mundo digital com confiança e segurança. Os países membros e a indústria têm redobrado os seus esforços para aplicar as recomendações da UE de 1998 e 2006 sobre a protecção dos menores que utilizam os serviços audiovisuais em linha. Mas as medidas tomadas têm sido, de um modo geral, insuficientes.

Investigação e inovação: Comissão apela à formação de parcerias para enfrentar desafios da sociedade

A Comissão Europeia lançou um convite aos agentes públicos e privados para congre-garem esforços a nível europeu no sentido de aplicarem as soluções obtidas nos domí-nios da investigação e inovação aos grandes desafios com que se defronta a sociedade. A Comunicação da Comissão apresentada baseia-se numa primeira experiência obtida em projectos-piloto e descreve medidas que permitirão parcerias público privadas mais numerosas e eficazes e sugere que, quando é identificada a necessidade e utilidade de parcerias a nível da UE, importa estabelecer modalidades administrativas mais simples e mais flexíveis.

Comissão Europeia promove volun-tariado transfronteiriço

A Comissão Europeia anunciou a intenção de continuar a melhorar o reconhecimento e a promoção do voluntariado na UE. No contexto do Ano Europeu do Voluntariado 2011, a Comunicação da Comissão sobre as políticas da UE e o voluntariado refere uma série de medidas que contribuirão para promover as actividades de voluntariado na UE, incluindo a criação de um Corpo Europeu de Voluntários para a Ajuda Humanitária e o desenvolvimento de um «passaporte europeu de competências». É significativo que seja a primeira vez que a Comissão Europeia adopta um documento de orientação exclusivamente dedicado ao voluntariado

«Perto da

Europa»

Centro de Informação Europe Direct do AlgarveComissão de Coordenação e Desenvolvimento

Regional - CCDR Algarve Rua do Lethes nº 32, 8000-387 Faro tel: (+351) 289 895 272 fax: (+351) 289 895 279 [email protected]

www.ccdr-alg.pt/europedirect

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | OUTUBRO 2011 | 19

CULTURA

A Câmara Municipal de Alcoutim celebrou a 5 de Setembro um pro-tocolo com a família do Dr. João Francisco Dias, médico benemérito de Alcoutim. A família do Dr. João Dias compromete-se a proceder à doação do espólio do bem feitor e a autarquia alcouteneja a honrar o nome e os feitos do médico e cirurgião, promovendo a criação do núcleo museológico «Dr. João Dias».

O Dr. João Dias nasceu na Tenên-cia, freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, mas fixou-se em Alcoutim e aqui exerceu a sua pro-fissão, depois de se licenciar em Coimbra, no ano de 1927. Faleceu em 1955, com apenas 57 anos, mas a sua memória perpetua-se até aos dias de hoje, como bom médico e cirurgião extraordinário. Gente de terras bem distantes vinha a Alcoutim em busca deste afamado doutor.

Depois da sua morte, a população de Alcoutim homenageou-o man-dando erguer um busto à entrada da vila, mas agora a autarquia alcouteneja acredita que o núcleo museológico vai fazer mais para avivar a memória do reconhecido médico. O núcleo vai ser instalado nas antigas dependências do Hos-pital da Misericórdia e, segundo Victoria Cassinello, nora do fale-cido Dr. João Dias, vai contar com a biblioteca privada do médico, mate-rial do consultório, instrumentos de

medicina e material cirúrgico, obje-tos pessoais, algumas fotografias e jornais da época com referências à sua figura benemérita.

Na cerimónia de assinatura do protocolo, Victoria Cassinello lembrou as palavras de Ramón e Cajal, Prémio Nobel da Medicina Espanhola, «É certo que grandes

coisas se têm feito com insuficien-tes recursos e ambientes desfavo-ráveis. O génio paira acima destas circunstâncias», sublinhando a importância da musealização do consultório para a identidade social do território.

O presidente da Câmara Munici-pal de Alcoutim, Francisco Amaral,

comprometeu-se a tornar o espaço museológico num local vivo, numa justa homenagem ao benemérito Dr. João Dias.

*Texto escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico

Avança Núcleo Museológico Dr. João Dias

Auditório com 200 lugares pronto em 2013

Dia do Idoso juntou 300 pessoas em Alcoutim

Protocolo com família de Dr. João Francisco Dias

Família do Dr. João Dias compromete-se a proceder à doação do espólio do bem feitor e a autarquia alcouteneja a honrar o nome e os feitos do médico e cirurgião

Mão amiga fez-me chegar o livro do «I Encontro Internacional Álvaro de Campos», realizado em Tavira nos dias 15 e 16 de Outubro de 2010, em que, com muita pena minha, não pude par-ticipar. O livro é uma edição da «Casa Álvaro de Campos», que lhe deu o título sugestivo «Álvaro de Campos» o engenheiro de Tavira. Reúne uma dezena e meia de comunicações, na maior parte de investigadoras doInstituto de Estudos sobre o Moder-nismo (IEMO), além da apresenta-ção da autoria do Presidente da Casa Álvaro de Campos, Carlos Lopes.

Não tenho dúvidas que este livro passa a ser uma peça incontornável para quem quiser tomar conhecimento ou aprofundar o conhecimento da «figura» e da grande poesia do heteró-nimo que Fernando Pessoa fez «nascer» na cidade do Gilão.

Ao abrir os trabalhos, no 120º ani-versário do «nascimento» do autor da «Ode Marítima» , Teresa Rita Lopes, que dirigiu o Encontro, lançou aos par-ticipantes, o desafio de “olhar Campos de um novo ângulo”.

A leitura das comunicações mostra que este desafio foi bem sucedido, a começar pelos textos da desafiadora.

Fixou, naturalmente, matéria conhecida, mas indispensável, como o «vivo» retrato de Álvaro de Campos: mais novo (dois anos), mais alto (dois centímetros), mais elegante, desen-volto, endinheirado, vivido e viajado do que o seu criador. Numa palavra, o «retrato melhorado» de Fernando Pessoa.

Merece, contudo, especial realce o que nos diz sobre o papel de Álvaro de Campos no universo pessoano, ou no «drama em gente», na palavra de Pessoa, a partir dos novos poemas conhecidos em 1990 e que ela própria trouxe a público.

Neste espaço reduzido, cite-mos apenas para seduzir o leitor a sua esplêndida síntese sobre a «imorredoura ficção» do autor de Mensagem, que é afinal Álvaro de Campos:

«Campos assume dramaticamente as duas vidas de Pessoa, a vivida e a sonhada. Representa ser o judeu errante no interior de si próprio, o impenitente solitário, o génio meio louco que Pessoa sofria ser, mas também o viajante cosmopolita com o dinheiro que Pessoa não tinha, escre-vendo os seus poemas nos terraços dos hotéis ou a bordo dos grandes transa-tlânticos».

É este «algarvio» chamado Álvaro de Campos, a quem a Associação que leva o seu nome já tinha arranjado casa em Tavira, que regressou em força à sua terra natal, faz agora um ano, com a realização do primeiro Encontro Inter-nacional sobre a sua genial poesia, que assim será ainda mais projectada no nosso país e no mundo.

Álvaro de Campos- o regresso a Tavira

L I V R O Spor Carlos Brito

Iiniciativa levada a cabo pelo Contrato Local de Desenvolvimento Social «+ Inclusão» numa parceria da ABESFA e Santa Casa de Alcoutim.

Francisco Amaral, edil alcoute-nejo, adiantou ao JBG que deverá iniciar-se em inícios de 2012 a construção de um auditório que também servirá fins culturais no concelho. “Estamos a falar de um auditório com capacidade para 200 pessoas e onde vão acontecer manifestações de teatro, dança, música, mas também conferências e reuniões de trabalho, por exem-plo”, explica o autarca.

Um investimento para uma estrututra que vai nascer junto ao largo do cemitério e que faz parte de uma dinâmica de desenvolvi-mento, nomeadamente ao nível da cultura concelhia, que “não é uma dinâmica cara e que por isso não se tem ressentido da crise”, afirma Francisco Amaral que defende “o impulsionamento dos artistas da terra”. Francisco Amaral diz que se trata de “mitos urbanos” quando se diz que “em Alcoutim não há cultura”. O presidente da câmara munici-pal de Alcoutim refuta ideias como esta e lembra que quando chegou à presidência da câmara

“havia as Festas de Alcoutim e de vez em quando uma festa em Mar-tinlongo”.O edil garante que está empenhado em proporcionar mais e melhor cultura naquele concelho do nor-deste do Algarve e que apesar de este ser um dos concelhos mais desertificados do país tem ganho “uma grande dinâmica cultural que permite que entre Maio e Setem-bro não haja um fim-de-semana sem animação em Alcoutim. “São os bailaricos, as exposições , o teatro...”, enumera, lembrando que “em várias povoações foram nascendo grupos culturais de diversa natureza impulsionados por gente da terra e com o apoio da câmara municipal”.

Dos investimentos culturais o edil destaca a avença que proto-colou com o encenador e actor pro-fissional Francisco Braz, natural co concelho, e que fundou o Teatro Experimental de Alcoutim e que com ele tem arrastado amantes do palco e da plateia, tendo criado, inclusive já diversos grupos no concelho.

O «Dia do Idoso» foi comemorado em Alcoutim, juntando 300 pessoas. Idosos de Alcoutim e de Castro Marim que conviveram numa ini-ciativa levada a cabo pelo Contrato Local de Desenvolvimento Social (CLDS) «+ Inclusão» numa parceria da Associação de Bem-Estar Social da Freguesia do Azinhal (ABESFA)

e Santa Casa da Misericórdia de Alcoutim.

O dia começou na Praia Fluvial de Alcoutim com rastreios de tensão arterial e colesterol, exercício físico e uma caminhada.

O almoço foi servido no cais da vila, seguido de baile, espectáculo de fado e um concerto de guitarras.

Em Alcoutim

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CULTURA & LAZER

VRSA

na actualidade, um bom exemplo da arquitectura e do urbanismo do século XVIII - trata-se de uma cidade fábrica, fundada nos ideais iluministas -, cuja importância está identificada e preservada no Plano de Salvaguarda do Núcleo Pomba-lino de VRSA.

O VIII Congresso das Cidades e Entidades do Iluminismo, que dá pelo nome «Ruptura (s) e Continui-dade (s) – Recuperação, Obstácu-los e Novas Oportunidades tem a Comissão de Honra presidida pelo Presidente da República, Cavaco Silva e conta com a o Secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas; o Presidente da Câmara de Vila Real de Santo António, Luis Gomes; António Mendes Baptista, Presidente do Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU ); João Varejão Faria, que preside à Comis-são de Coordenação e Desenvolvi-

O VII Congresso Internacional de Saúde, Cultura e Sociedade vai decorrer de 21 a 22 de Outubro, reunindo temáticas que vão desde Hábitos e Práticas Socioculturais, Educação e Promoção para a Saúde/ Saúde Mental e Modernidade, Vivências de Doença e Inclusão através de Políticas e Práticas Sociais” com participantes de Por-tugal, Espanha, Brasil e México.

A sessão de abertura vai contar com as participações de Francisco Amaral, Médico e Presidente da Câmara Municipal de Alcoutim, Carlos Brito, Ex-Deputado e Vice-Presidente da Associação Transfron-teiriça Alcoutim Sanlúcar (ATAS) e Fernando Cruz, Presidente da Direção da AGIR – Associação para a Investigação e Desenvol-vimento Sócio-cultural. Ao longo dia dia 21 vão haver diversas comu-nicações neste encontro desde

mento Regional do Algarve; Dália Paulo, da Direcção Regional da Cul-tura do Algarve ; João Guerreiro, Reitor da Universidade do Algarve e Don Javier Varela, Secretário Geral da AICEI – Associação Internacional de Cidades e Entidades do Ilumi-nismo.

Vão apresentar as suas comuni-cações ao longo dos dias 6 e 7 téc-nicos de vários cidades nacionais e internacionais. Entre elas: Lisboa, Madrid, São Luís do Maranhão /Brasil, Es Castell /Menorca, Barce-lona, Cádiz, Real Sítio de San Ilde-fonso /Segóvia, Valência, Havana, Ferrol /Corunha,Tarragona.

Paris, Edimburgo, S. Petersburgo e Lisboa são algumas das metrópoles que, em breve, se deverão juntar à AiCEi.

O JBG é media partner deste con-gresso. Confira o programa defini-tivo na nossa página do facebook.

«Envelhecimento em meio rural – o Concelho de Alcoutim», «As cida-des temáticas e o lazer», «Mudança de paradigma: a percepção dos estudantes do 1º ano do Curso de Licenciatura em Enfermagem sobre o Processo de Bolonha», «A perspec-tiva dos idosos com resposta social sobre a sua saúde», «Fibromialgia: os regimes justificativos de acção presentes na controvérsia», entre muitos outros. No final do dia 21, pelas 19h, vai haver lugar para uma mesa-redonda subordinada ao tema «Promover a Inclusão através de Políticas e Práticas Sociais». O dia 22 vai ser dedicado a um passeio de barco no Guadiana com almoço no Pomarão. A inscrição é obriga-tória.

Para mais informações e inscri-ções neste congresso está dispo-nível o contacto: [email protected]. O JBG é media partner deste congresso. Confira o programa definitivo na nossa página do facebook.

Vila Real de Santo António recebe, nos dias 6, 7 e 8 de Outubro, no Centro Cultural António Aleixo, o VIII Congresso Internacional de Cidades e Entidades do Iluminismo. Vila Real de Santo António, que assume actualmente a presidên-cia desta associação, está por isso apostada em promover um debate amplo sobre os novos desafios que se colocam à regeneração urbana, tendo em vista o desenvolvimento sustentável, a coesão territorial e o actual situação económico-finan-ceira mundial. O congresso pretende ainda ser um espaço de reflexão sobre as novas oportunidades eco-nómicas, culturais e habitacionais que hoje se colocam às práticas de rentabilização e recuperação dos centros históricos e à inserção destes espaços na economia de cada cidade ou país. O Centro Histórico de Vila Real de Santo António constitui,

Congresso Internacional do Iluminismo entre 6 e 8 de Outubro

POR CÁ ACONTECE A G E N D A C U LT U R A L

E V E N T O S

Castro Marim

Excursão Cádiz – Centro Histórico02 Outubro - Freguesias Azinhal e Castro Marim16 Outubro – Freguesias Odeleite e Altura

VRSA

Exposição «VRSA – Um olhar»Exposição de fotografias de VRSA - Associação ¼ EscuroAté 31 OutubroPraça Marquês Pombal e Av. da Repú-blica

«ARTE |CM VRSA»Exposição colectiva de artistas que trabalham na CM VRSA e Empresa MunicipalAté 31 OutubroBiblioteca Municipal

Exposição «Kira – In Memoriam Manuel Cabanas»De 10 a 28 OutubroArquivo Histórico

VIII Congresso Internacio-nal de Cidades e Entidades do Iluminismo6, 7 e 8 Outubro

«Com o Fado na Alma» - Sara Gonçalves & Os AlmaEspectáculo de Fado7 Outubro, 22hCentro Cultural António Aleixo

«La Porteña – Tango» – Espectáculo de Tango Argentino14 Outubro, 22hCentro Cultural António Aleixo

VI Festival Internacional de Teatro de VRSA - ARPA15 a 23 Outubro, 22hCentro Cultural António Aleixo

«Dia Mundial da Alimentação»Workshop alimentação saudável18 Outubro, 16hUTL VRSA

Clube de leitura «Livros Mexidos»Tema - «Autores contemporâneos: Agatha Christie»20 Outubro, 18hBiblioteca Municipal

Tertúlia no Baixo Guadiana: «A obesidade infantil», pelo JBG21 Outubro, 17h30Biblioteca Municipal

VII Encontro de Academias de Baile Espanhol29 Outubro, 21h30Centro Cultural António Aleixo

Feira de Velharias e Numismá-tica 8 e 22 Outubro, 10h às 17hPraça Marquês de Pombal (Dia 8)Junto ao Posto de Turismo de Monte Gordo (Dia 22)

Feira da Praia10 a 15 OutubroPraça Marquês Pombal e Av. República

Mercadinho de Outono 23 Outubro, 10h às 17hCacela Velha

Sábados na BibliotecaHora: 15h00

Alcoutim

Dia do Idoso 01 OutubroAlcoutim Concerto de Guitarras do Algarve 01 OutubroAlcoutim

Exposição de Fotografia do Patri-mónio do concelho Alcoutim01 a 14 OutubroCasa dos Condes

Mercado de Vaqueiros 13 Outubro

Feira da Perdiz 15 e 16 OutubroPavilhão José Rosa Pereira em Martinlongo

Exposição de trabalhos do curso de Monitores de Animação Ambiental 17 a 31 OutubroCasa dos Condes

VII Congresso Internacional de Saúde, Cultura e Sociedade 21 OutubroAuditório do Castelo de Alcoutim

Mercado do Pereiro 23 Outubro

Abertas as inscrições para as Trocas & Bald-rocas no Mercadinho

de Outono em Cacela Velha

A ADRIP e o CIIPC/ CMVRSA organi-zam mais um Mercadinho em Cacela

Velha no dia 23 de Outubro, Domingo, das 10h00 às 17h00.

Neste Mercadinho de Outono voltamos a contar com um espaço para Trocas & Baldrocas destinado a artigos em

segunda mão. Se andou a fazer limpe-zas em casa e não sabe o que fazer a

todas aquelas coisas que tem em caixas, porque não vir vendê-las e dar-lhes uma

nova vida?! Todos podem participar na área de

Trocas & Baldrocas, basta inscrever-se, trazer uma manta e vender os mais

diversos produtos: malas, roupas, aces-sórios, livros, CD’s, DV’s, quadros,...

As inscrições terão de ser efectuadas até dia 19 de Outubro. A organização reserva-se o direito de seleccionar os

participantes.Neste mercadinho contaremos também

com um espaço de artesanato com materiais reciclados, malas, bijutaria...; Artesanato tradicional como empreita em palma, trapologia, rendas, pintura, brinquedos em madeira e em cana...;

Produtos alimentares como o pão caseiro, mel, frutos secos, doces de

figo e amêndoa, licores, aguardentes, compotas, chouriços, queijos, vinhos

algarvios; e Plantas.

VII Congresso Internacional de Saúde, Cultura e Sociedade em Alcoutim

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | OUTUBRO 2011 | 21

CULTURA

O anterior número do Jornal do Baixo Guadiana, nº136 de Setembro de 2011, fez destaque, na pág.6, ao mosteiro de Nuestra Señora de Tendtulia, no limite natural entre a Extremadura e a Andaluzia. Segundo o artigo, o primitivo templo terá sido fundado na segunda metade do séc. XIII, em memória de uma batalha contra os muçulmanos que terá tido lugar por aquelas paragens. Com efeito, sabemos que após as conquistas cristãs, houve a preocupação na sagração de igrejas que assegurassem o culto cristão nos territó-rios recém-conquistados, muitas vezes reaproveitando as estruturas de antigas mesquitas, como ocorreu em Tavira, Faro, Loulé e Silves, ou então construindo tem-plos cristãos de raiz. Ainda segundo o artigo, terá sido o rei de Castela Fernando III, o santo, que incumbiu o mestre da Ordem de Santiago, D. Paio Peres Correia, de atacar o exército muçulmano naquelas agrestes serras estremenhas. Ora, sabemos, através da Crónica da Conquista do Algarve, da frutuosa empresa militar de D. Paio Peres Correia na conquista dos territórios sob domí-nio muçulmano; logo em 1238 (dois anos depois de Fernando III de Castela ter conquistado Córdova), a Ordem de Santiago instala o seu convento em Mértola. Com a conquista de Estômbar e Alvor pela Ordem de Santiago, prontamente os mouros propuseram a troca destas praças por Cacela, situada “açerqua de Guadiana” e perto de Tavira. A conquista deste hisn islâmico parecia adivinhar-se e, em 11 de Junho de 1242, cai perante a ofensiva das forças de D. Paio Peres Correia. Na antiga mesquita da cidade é consagrado o novo templo cristão, a actual Igreja de Santa Maria do Castelo. Como podemos constatar na capela-mor da dita igreja, encontram-se duas inscrições lapidares correspondentes aos túmulos dos heróis que se desta-caram na conquista de Tavira: “Aqui jazem os ossos de D. Paio Peres Correia, Grão-mestre da Ordem de Santiago, que tomou esta cidade aos mouros. Faleceu em 10 de Fevereiro de 1275. Meteram-se aqui no ano de 1751”. Ora segundo o já citado artigo a propósito do mosteiro de Nuestra Señora de Tenduia, os restos mortais de D. Paio Peres Correia foram translada-dos de Talavera de la Reina para aquele mosteiro e, encontram-se “al lado derecho del altar”. Ora, parece que temos dois diferentes templos cristãos, um em Espanha e outro em Portugal, reclamando a última morada de D. Paio Peres Correia. Segundo o cronista Rui de Pina, na sua Crónica de D. Afonso III (capítulo XV), os restos mortais de D. Paio Peres Correia terão sido trazidos para Tavira, por dis-posição testamentária do mesmo. Com efeito, nas obras feitas em Santa Maria do Castelo, em1724, foram descobertas umas ossadas que se atribuíram ao Grão-mestre da ordem de Santiago, pelo que foi colocada a já referida lápide em 1751. Contudo, nada garante que as ossadas encontradas em Santa Maria do Castelo pertençam efectivamente a D. Paio Peres Correia, da mesma maneira que nada nos garante que as ossadas transladadas de Talavera de la Reina para o mosteiro de Nuestra Señora de Tenduia fossem realmente as do Grão-mestre da Ordem de Santiago… Posto o problema, onde se encontram afinal os restos mortais de D. Paio Peres Correia? Para os interes-sados, aconselha-se ainda a leitura de A Igreja de Santa Maria do Castelo de Tavira, de Carla Varela Fernandes, publicado pela editora Cotovia.

Fernando Pessanha

D. Paio Peres Correia -Enterrado em Nuestra Señora de Tentuia ou em Santa Maria do Castelo?

Formador «História Local»/CEPHA

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No passado dia 24 de Setembro a tradição singular das chaminés e pla-tibandas algarvias foram recuperadas pelo olhar fotográfico de uma corrida da arte da objectiva. Foi a Corrida foto-gráfica no concelho de VRSA: «Chami-nés e platibandas». Tendo em conta a realidade ímpar, que marcou e conti-nua a marcar hoje a nossa realidade arquitectónica, aquilo que o Centro de Investigação e Informação do Patri-mónio de Cacela (CIIPC) propôs foi “um olhar mais atento sobre os ele-mentos mais característicos do con-celho de Vila Real de Santo António: em espaço rural ou urbano, de cariz mais erudito ou vernáculo, tradicional ou moderno”.

Ao longo de um percurso por várias zonas do concelho com potencial iden-tificadas num mapa pretendeu-se partir à descoberta e registar fotogra-ficamente as tão conhecidas chaminés de balão; em grelha horizontal, cons-tituídas por sucessões de ladrilhos ou de elementos trabalhados em massa; e de tipo vertical, geralmente animadas; tal como as platibandas decoradas por

No VI Festival de Teatro de Vila Real de Santo António está prometida varie-dade. Pedro Santos, director da com-panhia de teatro vilarealense «Fech’Ó Pano», organizadora do evento, diz-nos que “o âmbito do festival é o mesmo, apesar da crise”, garantindo que “a crise não se vai reflectir na qualidade”.

O VI Festival de Teatro vai ter lugar no Centro Cultural António Aleixo e no espaço da companhia organiza-dora. “Os espectáculos vão acontecer no Centro Cultural António Aleixo enquanto que os workshops vão ter lugar no nosso espaço”, explica Pedro Santos.

A destacar do cartaz um espactáculo de Pedro Górgia que nos traz «O Bom Ladrão» e a presença de manifestações teatrais da Roménia e Moldávia.

De 15 a 23 de Outubro vai haver lugar também para artes de circo, teatro de marionetas e noite de poetas. “Este ano estamos a depositar mais energia para dar espaço neste festival às escolas”, conta-nos o director artís-tico que tem enlencado um conjunto de workshop’s e espectáculos para a

intrincados jogos geométricos, angu-losos e rendilhados.

A história do «Algarve Típico»

A partir dos anos 50 e 60, com o desenvolvimento do turismo e a ins-tituição dos valores de um «Algarve típico», as chaminés e as platibandas ornamentadas, viriam a tornar-se nos elementos mais característicos da arquitectura popular algarvia. Expres-sões evidentes do domínio de técnicas ancestrais do trabalho da massa e, no caso concreto das platibandas, do «jogo» do ladrilho e/ou da telha, estes elementos pretendiam, pelo menos desde o século XVIII e mais expressi-vamente nos finais do século XIX e ao longo de toda a primeira metade do século XX, através das por vezes com-plexas gramáticas formais e decorativas e para lá do seu propósito funcional, mostrar a criatividade do mestre cons-trutor e/ou o gosto do proprietário do imóvel onde se integravam.

infância.De resto, a formação das escolas é

uma aposta transversal desta compa-nhia que em 2010 ministrou três mil horas de formação de teatro junto dos mais novos.

A companhia de teatro vai apresen-tar o monólogo «Solidão das Horas» com Oksana Besanova que nos traz a problemática da integração dos imi-grantes.

O JBG é parceiro deste Festival e está a oferecer bilhetes aos nossos leitores. Saiba mais na capa desta edição.

Corrida fotográfica: «Chaminés e platibandas»

Festival de Teatro de VRSA regressa este mês

O VI Festival de Teatro de Vila Real de Santo António vai acontecer de 15 a 23 de Outubro. Um festival das artes do palco na sua mais variada expressão.

O mês de Setembro ficou mar-cado pelos segundo aniversário da biblioteca municipal Vicente Cam-pinas. As comemorações acontece-ram a 15 do passado mês com a inauguração da exposição colectiva «ARTE-CM VRSA». Os artistas que deram corpo e alma a esta expo-sição têm em comum o facto de trabalharem na Câmara Municipal, empresa municipal ou serem parte do executivo camarário. Depois de inaugurada a exposição teve lugar a tertúlia «Vicente Campi-nas – A memória», onde familia-res e amigos de Vicente Campinas, patrono da Biblioteca Municipal, partilharam as suas memórias sobre o homem e o escritor, no ano em que se assinala o centenário do seu nascimento.

Biblioteca Municipal «Vicente Campinas» comemorou 2.º aniversário

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SAÚDE&AMBIENTE

I Encontro de Pais e Bebés em VRSA «Aguarela de Afectos»

ALGAR campeã no envio de embalagens para reciclagem

«Via Algarviana II» foi apresentada oficialmente

Realizou-se no passado dia 23 de Setembro, na Biblioteca Municipal Vicente Campinas, o I Encontro de Pais e Bebés em Vila Real de Santo António, organizado pela Unidade de Cuidados na Comunidade Santo António de Arenilha, unidade fun-cional do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Sotavento, em par-ceria com a Autarquia, com o objec-tivo de sensibilizar a comunidade para a importância da aquisição de competências parentais, facili-tadoras de um adequado processo de vinculação ao recém-chegado elemento da família: o bebé.

Sob o lema «Aguarela de Afectos»,

A ALGAR, empresa responsável pela recolha e tratamento de resíduos urbanos dos 16 municípios algar-vios, atingiu novamente em 2010 os melhores resultados per capita de resíduos de embalagem envia-dos para reciclagem em Portugal Continental.

Os dados da Sociedade Ponto Verde (SPV) indicam que no ano passado a ALGAR enviou para reci-clagem 24 883 toneladas de resí-duos de embalagem provenientes de recolha selectiva, o que representa cerca de 78 toneladas por dia.

Durante o ano de 2010, a ALGAR enviou para reciclagem uma capi-tação de 21,3 kg/hab de papel/ cartão; 29,3 kg/hab de vidro (o melhor resultado nacional) e 4,47

esta iniciativa, promovida no âmbi-todo projecto do Curso de Prepara-ção para a Parentalidade da UCC Santo António da Arenilha, dirigida à comunidade em geral e sobretudo aos pais, educadores e profissionais de saúde, decorreu entre as 10h00 e as 14h30, incluindo três Workshop’s dedicados à «Massagem Infantil», à «Comunicação Intra-uterina: a música como instrumento de vin-culação» e sobre o «porta-bebés», seguindo –se um Momento Musical e de Leitura com a participação de Joana Neiva, animadora da Biblio-teca Municipal Vicente Campinas e do Conservatório de Música de Vila

kg/hab de plástico, perfazendo um total «per capita» de 56,4 kg/hab.

A ALGAR superou as médias nacionais em todos os materiais-alvo de recolha selectiva. Os valores gerais de capitação de retoma são, pelo segundo ano consecutivo, os melhores apresentados por todos os sistemas aderentes à SPV em Portugal continental, e o segundo melhor a nível geral.

No total foram encaminhadas para reciclagem 12 332 toneladas de Vidro, 9 164 de toneladas de Papel/Cartão e 2 108 toneladas de Plástico. Foram ainda encaminha-das 383 toneladas de metal e 896 de madeira.

Foi acima de tudo graças à par-ticipação activa, empenhada e

No dia 6 de Setembro teve lugar a cerimónia de apresentação ofi-cial do projecto Via Algarviana II, no auditório da CCDR Algarve – Comissão de Coordenação e Desen-volvimento Regional, em Faro.

No referido evento foi apre-sentada a estrutura da 2ª Fase do projecto, bem como, todas as acções previstas no âmbito desta candidatura e seus intervenientes. A liderança da Via Algarviana II fica a cargo da Associação Almar-gem, que tem como parceiros onze Municípios (Alcoutim, Alje-zur, Castro Marim, Lagos, Loulé, Monchique, Portimão, S. Brás de

Real de Santo António. No final decorreu um passeio de

carrinhos de bebé até à Praça Mar-quês de Pombal.

De destacar que no decorrer destas actividades estiveram presen-tes vários parceiros da comunidade ligados a esta temática, entre eles, as «Barrigas de Gesso», «Barrigas de Trapos», o Centro de Histocom-patibilidade do Norte e a Policia de Segurança Pública através do projecto «Escola Segura».

A participação no encontro foi livre a todas as Grávidas e puér-peras, casais e respectivos bebés e seus irmãos.

consciente da população algarvia, que estes resultados puderam ser obtidos. Verificou-se assim que as diversas campanhas de sensibili-zação promovidas pela ALGAR, no sentido de consciencializar os algar-vios para uma separação correcta, deram resultados.

Para estes resultados também contribuiu a aposta da ALGAR na modernização e melhoria constante dos seus equipamentos de recolha e infra-estruturas. A ALGAR con-tinuará a apostar numa proximi-dade crescente com os munícipes algarvios, através de campanhas de educação ambiental mas também no âmbito da solidariedade social para com as comunidades locais.

A Algar é responsável pela recep-ção, transferência, tratamento e valorização dos resíduos produ-zidos nos Municípios de Albu-feira, Alcoutim, Aljezur, Castro Marim, Faro, Lagoa, Lagos, Loulé, Monchique, Olhão, Por-timão, São Brás de Alportel, Silves, Tavira, Vila do Bispo e Vila Real de Santo António, e faz parte do universo empresarial do Grupo Águas de Portugal, desig-nadamente da sub-holding para a área dos resíduos EGF, onde se processa anualmente cerca de 3,6 milhões de toneladas de resíduos urbanos (RU) produzi-das em 165 Municípios, servindo cerca de 63% da população de Portugal Continental.

Alportel, Silves, Tavira e Vila do Bispo) sendo que várias outras acções ao nível da promoção e divulgação da Via Algarviana e do Ecoturismo no Algarve serão direc-tamente executadas pela ERTA e pela ATA. Além destas entidades, o projecto conta com a parceria institucional do ICNB.

O Via Algarviana II tem 1,4 milhões de euros e beneficia do co-financiamento de 950 mil euros do PO Algarve 21, os fundos euro-peus do QREN. A comparticipação Nacional será de 512 mil euros repartidos pela Almargem, Autar-quias, ATA e ERTA.

A iniciativa foi da Unidade de Cuidados na Comunidade Santo António de Arenilha

Em 2010 a ALGAR enviou para reciclagem 24 883 toneladas de resíduos O Via Algarviana II tem 1,4 milhões de euros

A ALGAR

Pela «UCC Santo António de Arenilha»

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | OUTUBRO 2011 | 23

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NOTARIADO PORTUGUÊSJOAQUIM AUGUSTO LUCAS DA SILVA

NOTÁRIO em TAVIRANos termos do Art.º 100, nº1, do Código do Notariado, na redacção que lhe foi dada pelo Dec-Lei nº 207/95, de 14 d Agosto, faço saber que no dia dois de Setembro de dois mil e onze, de folhas trinta e nove a folha quarenta, do livro de notas para escrituras diversas número cento e cinquenta e quatro – A, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, na qual:

MANUEL JOSÉ EMÍDIO, NIF 106.378.287 e mulher ALME-RINDA MARIA BELCHIOR EMÍDIO, NIF 106.378.295, ambos naturais de freguesia de Vaqueiros, concelho de Alcoutim, casados sob o regime da comunhão geral de bem, residentes em Cabaços, Vaqueiros, Alcoutim, declararam:

Que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do prédio misto, a parte rústica composta por cultura arvense, figueiras e oliveiras e a parte urbana com-posta por edifício térreo, com várias divisões e logradouro, destinado à sua habitação própria e permanente, a confrontar do norte com Manuel José Emídio, do sul com E.N. quinhen-tos e oito, do nascente com Maria Almerinda Pereira e do poente com E.N. quinhentos e oito e Manuel José Emídio, sito em Portela das Corgas, Cabaços, freguesia de Vaqueiros, concelho de Alcoutim, com a área de dois mil e seiscentos metros quadrados, inscrito na matriz, a parte rústica sob o artigo 85 da secção 123, com o valor patrimonial tributário e igual ao atribuído de setenta e oito euros e noventa e três cêntimos e a parte urbana sob o artigo 1.936, com o valor patrimonial tributário de dezasseis mil novecentos e noventa euros, não descritos na Conservatória do Registo Predial de Alcoutim e ao qual atribuem o valor de dezassete mil e cem euros.

Que adquiriram o prédio, por lhes ter sido adjudicado em data imprecisa de ano de mil novecentos e setenta e nove, por partilha amigável e verbal, nunca reduzida a escritura pública, feita com os demais interessados, na herança aberta por óbito dos pais do justificante marido, José Emídio e Maria Antónia, casados que foram sob o regime da comunhão geral de bens, residentes que foram no dito sítio de Cabaços.

Que desde esse ano possuem o prédio em nome próprio, usufruindo do mesmo, cuidando e cultivando a terra, fazendo as respectivas sementeiras, colhendo os frutos, fazendo obras de beneficiação e reparação necessárias no prédio urbano, pagando contribuições e impostos devidos, sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensiva-mente, com o conhecimento de toda a gente, sendo por isso uma posse pacífica, contínua e pública, pelo que adquiriram o prédio por usucapião.

Que este tem a natureza de bem comum do casal.Vai conforme o original.

Tavira, aos 02 de Setembro de 2011-09-19

A funcionária por delegação de poderes;

(Ana Margarida Silvestre Francisco – Inscrita na O.N. sob o n.º 87/1)Conta registada sob o nº. PAO1290/2011

Factura nº. 01303Jornal do Baixo Guadiana, 01 Outubro 2011

CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO MARIMA CARGO DA NOTÁRIA

MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃO

Nos termos do art.º 100, n.º 1, do Código do Notariado, certifico que no dia dezasseis de Setembro de dois mil e onze foi lavrada neste Cartório, de folhas trinta e quatro a folhas trinta e seis do Livro de Notas para Escrituras Diversas número Dezassete - A, uma escritura de justificação, na qual compareceu: Fernando Jacinto Rosa Campos, solteiro, maior, natural da freguesia de Vila Nova de Cacela, concelho de Vila Real de Santo António, onde reside, na Corte António Martins, Caixa Postal 717-Z, contribuinte fiscal número 118 687 514, e pelo outorgante foi dito, ser dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrem, do prédio rústico sito no Monte das Casas, na freguesia de Vila Nova de Cacela, concelho de Vila Real de Santo António, composto por cultura arvense de sequeiro, figueiras e oliveiras, a confrontar a norte, sul e a nascente com António Domingos Rodrigues, e a poente com Rolf Tetzener, com a área de quatrocentos e cinquenta metros quadrados, não descrito na Conservatória do Registo Predial daquele concelho, inscrito na matriz sob o artigo 3, da secção L, com o valor patrimonial tributável, para efeitos de IMT e de Imposto do Selo, de setenta e sete euros e sessenta e dois cêntimos, igual ao atribuído.

Que o referido prédio lhe pertence, por o ter adquirido por partilha verbal, nunca reduzida a escrito, em data imprecisa do ano de mil novecentos e oitenta e sete, feita com os de-mais interessados, por óbito de seus avós paternos, Jacinto Emídio Campos e mulher, Mariana Domingos, casados que foram sob o regime da comunhão geral de bens, residentes que foram na Corte António Martins, na freguesia de Vila Nova de Cacela, concelho de Vila Real de Santo António.

E que, sem qualquer interrupção no tempo, desde então, portanto há mais de vinte anos, tem estado o justificante na posse do referido prédio, cuidando da sua manutenção, pagando contribuições e impostos, colhendo os seus frutos, enfim usufruindo-o no gozo pleno de todas as utilidades por ele proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conheci-mento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que o justificante adquiriu o prédio por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, títulos extrajudiciais normais capazes de provar o seu direito.

Está conforme o original. Castro Marim, aos 16 de Setembro de 2011.

A Colaboradora, (Ana Rita Guerreiro Rodrigues)

(Colaboradora inscrita sob o n.º 400/1, conforme despacho de autorização da Notária Maria do Carmo Correia Conceição, publicado a 01.02.2011, no portal da Ordem dos Notários, nos termos do disposto no artigo 8º do Estatuto do Notariado e da Portaria n.º 55/2011, de 28 de

Janeiro)

Conta registada sob o n.º 99/09

Factura / Recibo n.º 2338Jornal do Baixo Guadiana, 01 Outubro 2011

CARTÓRIO NOTARIAL DE OLHÃORua Patrão Joaquim Casaca, lote 1, r/c,

Notário Lic. António Jorge Miquelino da Silva

Certifico narrativamente para efeito de publicação que por escritura de 01 de Agosto de 2011, exarada a folhas 106 do livro de notas deste Cartório número 82-A, Ricar-do Cavaco Rodrigues e mulher Maria Custódia Romba Rodrigues, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ele natural da freguesia e concelho de Alcoutim, e ela natural da freguesia do Pereiro, concelho de Alcoutim, residentes em Balurcos de Baixo, em Alcoutim, contribuintes fiscais números 145 131 530 e 145 131 548, declaram-se donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrém, dos seguintes prédios, todos localizados na freguesia e concelho de Alcoutim.

Verba UmRústico, sito em Cerca do Balurco de Baixo, composto por cultura arvense, com

a área de quinhentos e sessenta metros quadrados, que confronta do Norte, do Nascente e do Poente com via pública e do Sul com Manuel Simão, inscrito na matriz sob o artigo 312, secção 083, com o valor patrimonial tributável de vinte e um euros e cinquenta e quatro cêntimos.

Verba DoisRústico, no sítio do Ronção, composto por cultura arvense e mato, com a área de

catorze mil metros quadrados, que confronta do Norte com José Rodrigues e outros, do Sul com António Nobre Rodrigues, do Nascente com Joaquim Cavaco Rodrigues e do poente com José Rodrigues, inscrito na matriz sob o artigo 11, secção 067, com o valor patrimonial tributável de cento e vinte e três euros e sessenta cêntimos.

Verba TrêsRústico, sito em Cerro dos Pereiros, composto por cultura arvense, com a área de

quinze mil setecentos e sessenta metros quadrados, que confronta do Norte e do nascente com Joaquim Cavaco Rodrigues, do Sul com Manuel Cavaco Rodrigues e do Poente com António Nobre Rodrigues, inscrito na matriz sob o artigo 13, secção 067, com o valor patrimonial tributável de duzentos e vinte e oito euros e trinta e um cêntimos.

Verba QuatroRústico, sito em Cerca da Corcha, composto por cultura arvense, com a área de

trezentos e sessenta metros quadrados, que confronta do Norte com Rosinda Hen-rique Pinheiro, do Sul com António João Pinheiro e linha de água, do Nascente com Gregório Simão e outro e do Poente com António João Pinheiro, inscrito na matriz sob o artigo 66, secção 081, com o valor patrimonial tributável de treze euros e noventa e cinco cêntimos.

Verba CincoRústico, sito em Chada, composto por amendoeiras e cultura arvense, com a

área de cinco mil quatrocentos e oitenta e sete metros quadrados, que confronta do Norte com Joaquim Belchior, do Sul com Manuel Cavaco Rodrigues, do Nascente com Álvaro Gomes e do Poente com António Pereira Belchior, inscrito na matriz sob o artigo 289, secção 083, com o valor patrimonial tributável de duzentos e trinta e dois euros e cinquenta e quatro cêntimos.

Verba SeisRústico, sito em Barranco da Nora, composto por cultura arvense, com a área

de dois mil oitocentos e quarenta metros quadrados, que confronta do Norte com herdeiros de António Rodrigues Lourenço, do Sul com Barranco, do Nascente com Manuel Afonso Martins e do Poente com António Cavaco Faustino, inscrito na matriz sob o artigo 29, secção 104, com o valor patrimonial tributável de quarenta e um euros e treze cêntimos.

Verba SeteRústico, sito em Portela dos Mortais, composto por cultura arvense, mato e oliveiras,

com a área de quarenta e dois mil quatrocentos e oitenta metros quadrados, que confronta do norte com Joaquim Gomes Galrito e outros, do Sul com António Vicente e outros, do Nascente com José Afonso Pereira e outro e do Poente com Isabel Maria dos Santos e outro, inscrito na matriz sob o artigo 151, secção 090, com o valor patrimonial tributável de mil quinhentos e um euros e noventa e três cêntimos.

Verba OitoRústico, sito em Eira da Porca, composto por alfarrobeiras, amendoeiras, cultura

arvense e oliveiras, com a área de cinco mil metros quadrados, que confronta do Norte com Manuel Faustino, do Sul com António Cavaco Faustino, do Nascente com António Afonso e do Poente com Maria Isabel Afonso Ventura, inscrito na matriz sob o artigo 67, secção 092, com o valor patrimonial tributável de quinhentos e cinquenta euros e cinquenta e seis cêntimos.

Verba NoveRústico, sito em Rabo do Lobo, composto por cultura arvense e mato, com a área

de cinco mil setecentos e sessenta metros quadrados, que confronta do Norte com António Cavaco Faustino e outro, do Sul, com José Manuel Martins Ribeiros, do Nas-cente com Florinda Maria Rodrigues e do Poente com herdeiros de António Cavaco Faustino, inscrito na matriz sob o artigo 24, secção 093, com o valor patrimonial tributável de setenta euros e vinte e sete cêntimos.

Verba DezRústico, sito em Cera da Serra, composto por cultura arvense, figueiras, oliveiras

e citrinos, com a área de mil duzentos e oitenta metros quadrados, que confronta do Norte com José Dionísio, do Sul com António Afonso Dias, do Nascente com Maria Florência Gião e do Poente com Manuel Inácio, inscrito na matriz sob o artigo 93, secção 090, com o valor patrimonial tributável de cento e dezassete euros e vinte e quatro cêntimos.

Verba OnzeRústico, sito em Portela dos Mortais, composto por cultura arvense, com a área

de oito mil novecentos e sessenta metros quadrados, que confronta do Norte com Joaquim Cavaco Rodrigues, do Sul com José Ribeiro Vaz e outro, Nascente com Ricardo Cavaco Rodrigues e do Poente com Maria Rita Lourenço, inscrito na matriz sob o artigo número 81, secção 090, com o valor patrimonial tributável de duzentos e sessenta e um euros e sessenta e oito cêntimos.

Verba DozeRústico, sito em Portela dos Mortais, composto por alfarrobeiras, amendoeiras,

cultura arvense, oliveiras e sobreiros, com a área de quatro mil e quatrocentos metros quadrados, que confronta do Norte com José Ribeiro Vaz e outro, do Sul e do Poente com via pública e do Nascente com herdeiros de Alberto Rodrigues, inscrito na matriz sob o artigo número 77, secção 090, com o valor patrimonial tributável de duzentos e sessenta e nove euros e nove cêntimos.

Que os prédios de um a dez se encontram inscritos na respectiva matriz em nome do justificante marido, e que os prédios onze e doze se encontram inscritos na matriz em nome da antepossuidora Isabel Maria dos Santos, e que nenhum deles se encontra descrito na competente Conservatória do Registo Predial.

Que entraram na posse dos prédios das verbas de um a dez, já no estado de casa-dos, por partilha meramente verbal e nunca reduzida a escritura, feita com os demais interessados, em data imprecisa do ano de mil novecentos e oitenta, por óbito do pai do justificante marido Ricardo dos Santos Rodrigues, falecido no estado de viúvo de Maria Claudina, residente que foi em Balurcos de Baixo, freguesia e concelho de Alcoutim, e que entraram na posse dos prédios das verbas onze e doze, já no estado de casados, por doação meramente verbal e nunca reduzida a escrito, feita em data imprecisa do ano de mil novecentos e noventa, por sua, respectivamente, irmã e cunhada, Isabel Maria dos Santos, viúva de Manuel António Patrício, residente que foi em Balurcos de Baixo, já falecida; e que sem qualquer interrupção no tempo desde então, portanto há mais de vinte anos, têm estado, eles, justificantes, na posse dos referidos pré-dios, amanhando as terras e colhendo os frutos, pagando contribuições e impostos, enfim, usufruindo-os no gozo pleno de todas as utilidades por eles proporcionadas, sempre com ânimo de quem exercita direito próprio, posse essa exercida de boa-fé por ignorarem lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que adquiriram os prédios por usucapião, não tendo todavia dado o modo de aquisição, título extrajudicial normal capaz de provar o seu direito.

Está conforme:Cartório Notarial de Olhão sito na Rua Patrão Joaquim Casaca, lote 1, r/c, aos 01

de Agosto de 2011.

Por delegação do Notário, art° 8/2 DL 26/2004, de 04/02,A Colaboradora autorizada aos 01.02.2011

(Natália Estêvão Gonçalves Cachaço Rocha – ON Nº 222/2)

Conta registada sob o nº 1512/2011

Jornal do Baixo Guadiana, 01 Outubro 2011

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24 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |OUTUBRO 2011

PASSATEMPOS

1) Pintos2) Galinhas3) Coelhos4) Patos 5) Cabras6) Ovelhas

7) Vacas8) Cães9) Gatos10) Suínos11) Burros12) Cavalos13) Mulas

Quadratim - n.º88

Auto

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Jogo da Paciência n.º 94

“ANIMAIS”Portugal e os portugueses vivem com sérias dificuldades de subsistência. Encerram fábricas, a agricultura, as pescas e deri-vados não se desenvolvem e o comércio tradicional vai desaparecendo, assim como direitos e regalias dos cidadãos.Pelo caminho correcto do Quadratim vá até a «Esperança» em que Portugal será um melhor país, com melhor esforço e união de todos os residentes e visitantes.

Iniciou mais um ano lec-tivo. A preocupação em relação à alimentação para os pais é grande, principalmente se envolve

mudança: “sozinho, sem a mãe e o pai, será que vai comer?”, “será que a comida é boa, será que vai estranhar? “O meu que não gosta de nada, como é que vai comer na escola?”, e “o que mandar para os lanches?” Vamos por partes:Instituir o Pequeno-Almoço!Por mais difícil que seja, não deixe o seu filho sair de casa sem tomar o pequeno-almoço. Um copo de leite e meio-pão, pelo menos! Como sabe, as crianças que não tomam o pequeno-almoço apresentam menor rentabilidade escolar, maior irrita-bilidade, cansaço e dores de cabeça.Lanches nutritivos e saudáveis!Levar o lanche de casa constitui a melhor opção, a menos que a escola forneça refeições intermédias equilibradas. resista a enviar batatas fritas, bolos, aperitivos (tiras de milho, rolos de queijo…), refrigerantes, bolicao. Enfim, alimentos cheios de gordura e açúcares, sem qualquer interesse nutricional e que para além disso, contribuem para a falta de apetite ao almoço. A meio da manhã, um pacote de leite sem chocolate, um iogurte, uma peça de fruta ou uma fatia de pão de mistura com queijo é suficiente. Ao lanche, escolha duas destas opções.Informe-se sobre o refeitório escolar!Informe-se junto da escola acerca do funcionamento do refeitó-rio. Fale com os responsáveis, pergunte sobre as ementas, que tipo de alimentação é fornecida, quem é que elabora as ementas e se pode conhecer previamente a ementa semanal.

Regresso à Escola! Conselhos para Pais!

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Soluções Jogo da Paciência - n.º93

Ana Brásdietista

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14) Perus15) Javali16) Lince17) Lobos18) Raposa19) Rãs20) Sapo

Final Feliz A Jade é uma

cadela caniche com cerca de 2 anos que foi encontrada no dia 2-09-2011 na mata de VRSA completamente

desorientada. Pesava apenas 2 kilos e encontrava-se em muito mau estado. Actualmente encontra-se numa família de acolhimento temporária a recuperar e já tem novos donos, que vão visitando-a para poste-riormente levá-la para a sua nova casa.

GUADI Centro de Animais Rua D. Pedro V, Nº 38 – 2º andar 8900 – 283

Vila Real de Santo António Contribuinte Nº 507 534 328

Contactos: 964773101 e [email protected]/

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Geralmente, os preços dos bens e serviços não se mantêm estáveis. A sua tendência normal é para subirem, fenómeno a que se chama inflação. Ou seja o termo inflação utiliza-se para designar as subidas sustentadas e generalizadas do nível dos preços. Não se aplica, portanto, às subidas meramente oca-sionais nem às que atingem um só produto.

Para o ano de 2011, a inflação prevista pelo Banco de Portugal, do preço dos bens e serviços é de 3,4%.

É importante ter em conta a inflação quando estamos a aplicar o nosso dinheiro num depósito a prazo, assim devemos analisar a taxa de juro real, que corresponde à taxa de juro nominal menos a inflação. O objectivo deste cálculo é avaliar o poder de compra do dinheiro.

O capital depositado cresce à taxa nominal, enquanto os preços daquilo que pode comprar aumentam, em termo médios, à taxa de inflação. Por exemplo, com uma taxa anual nominal de 1,8% e com inflação de 2%, o aforrador perde 0,2% em termos reais.

Em suma, procure um depósito a prazo que, pelo menos, cubra a taxa de inflação. Assim vai sempre conseguir manter o seu poder de compra intocável. Para isso, analise a TANL (taxa anual nominal líquida), ou seja a taxa livre de impostos, pois os depósitos a prazo estão sujeitos a retenção na fonte (IRS) no valor de 21,5%, e compare com a inflação.

a DECO informa

a GUADI apela

Susana Correiajurista

“Depósitos a prazo abaixo da inflação”“Tenho verificado que os juros resultantes dos depósitos a prazo estão abaixo da taxa de inflação, que cuidados devo ter para me certificar que não estou a perder dinheiro?”

Adopção NIB da Guadi para donativos - 0035 0234 0000 6692

1300 2 Caixa Geral Depósitos

antes

depois

Page 25: Jornal do Baixo Guadiana Outubro

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | OUTUBRO 2011 | 25

COLABORADORES

Quem semeia a maldadeÉ de sua livre vontadeAquilo que vai fazerCriando assim uma guerraDeita as sementes à terraPara depois nada colher

A humanidade está perdidaNuma ambição desmedidaOlhando só ao dinheiroÉ importante pensarAté se chega a matarUm amigo verdadeiro

Se os homens tivesse sensoE da forma como eu pensoTudo seria diferenteO ser humano dividiaParte da sua alegriaCom o triste e o doente

Pessoas de boa vontadeDignas da sociedadeDevem abrir a sua mãoPorque há infelizmenteNeste mundo tanta genteQue não pode ganhar o pão.

Henrique Roberto

Abençoado seja...Quem compreende as minhas mãos que trememO meu caminhar sem força... Abençoado seja...Quem fala em voz altaPara evitar a humilhação da minha surdez Abençoado seja...Quem me oferece um sorrisoUma palavra carinhosa, um pouco do seu tempo Abençoado seja...Quem me ajuda a viver as lindas recordações do tempo passado Abençoado seja...Quem me ajuda, sobretudo quando não peço Abençoado seja...Todos os que batem à porta da minha solidão,Me trazem uma flor e o per-fume da caridade sincera.

Isabel M.

É fácil fazer poesiaPara quem tem vocação

Mas não é em qualquer diaQue mostram aquilo que são

I O poeta popularNasce com essa habilidadeNão é por necessidadeNem por a procurarQue ele a vai acharE com a sua sabedoriaCoisas interessantes criaA mesma faz-se com gostoQuando está bem-dispostoÉ fácil fazer poesia

IIHá dias maravilhososA fazê-la é um regaloSem qualquer intervaloSeus trabalhos são vistososE normalmente rigorososVêm à imaginaçãoPara sua satisfaçãoAté a sonhar a fazNessa altura tudo é capazPara quem tem vocação

IIIPorém, o mesmo artistaNoutros dias quer prosseguirMas tem que desistirMesmo com temas em vistaNão alcança a conquistaNem apanha o que queriaA escrita lhe dá agoniaAquilo que faz é desgraçaEmbora bons trabalhos façaMas não é em qualquer dia

IVOs que a ela se dedicamNa sua feitura têm prazerAcreditem podem crerTodos orgulhosos ficamQuando seus trabalhos enricamÉ enorme a satisfaçãoPara não dizer presunçãoMas digo-vos que seus intentos Não é em certos momentosQue mostram aquilo que são.

Vitorino Cavaco

António Victor Severo Martins vem por este meio agrade-cer a forma como foi tratado no Hospital de Faro, pelos médicos e enfermeiras e restante pessoal hospitalar quando esteve internado por duas vezes, bem assim como a todas as pessoas que se interessaram pelo seu estado de saúde.Subscrevo-me respeitosamente e muito obrigado.

Castro Marim, 23 de Setembro de 2011.

António Victor Severo Martins

A Falsidade

Benção para quem valoriza e respeita a velhice

É fácil fazer Poesia

Agradecimento

NOTARIADO PORTUGUÊSJOAQUIM AUGUSTO LUCAS DA SILVA

NOTÁRIO em TAVIRANos termos do Artº. 100, nº.1, do Código do Notariado, na redacção que lhe foi dada pelo Dec-Lei nº. 207/95, de 14 de Agosto, faço saber que no dia vinte e três de Setembro de dois mil e onze, de folhas oitenta e oito a folhas noventa, do livro de notas para escrituras diversas número cento e cinquenta e quatro – A, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, na qual:

CARLOS MANUEL CORREIA, NIF 148.211.453 e mulher FLORIPES LUÍSA FRANCISCA CORREIA, NIF 150.142.064, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais da freguesia de Martim Longo, concelho de Alcoutim, freguesia onde residem em Santa Justa, declararam:

Que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores dos seguintes prédios, todos sitos na freguesia de Martim Longo, concelho de Alcoutim, inscritos na matriz em nome do justificante marido, não descritos na Conservatória do Registo Predial de Alcoutim:

a) Rústico, sito em Barrocas, composto de cultura arvense, horta, oliveiras e vinha, com a área de vinte e um mil setecentos e sessenta metros quadrados, a confrontar do norte com Conceição Maria Rosa Garcia, do sul com Boaventura Lourenço Cavaco, do nascente com herdeiros de José Custódio Martins e do poente com Maria Alves Afonso Cavaco, inscrito na matriz sob o artigo 124 da Secção 49, com o valor patrimonial tributário de 296,98 €, igual ao atribuído;

b) Rústico, sito em Horta das Meias, composto de cultura arvense e amendoeiras, com a área de oitocentos e oitenta metros quadrados, a confrontar do norte e nascente com Manuel Domingos Lopes, do sul com António Augusto Cristóvão e do poente com Maria Dores, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Alcoutim, inscrito na matriz sob o artigo 172 da Secção 73, com o valor patrimonial tributário de 23,14 €, igual ao atribuído;

c) Rústico, sito em Santa Justa, composto de horta e citrinos, com a área de mil tre-zentos e vinte metros quadrados, a confrontar de todos os lados com via pública, inscrito na matriz sob o artigo 143 da Secção 73, com o valor patrimonial tributário de 127,59 €, igual ao atribuído.

Que adquiriram os prédios indicados nas alíneas a) e b) por meio de compra verbal e nunca reduzida a escritura pública, feita a Francisco Sebastião Teixeira, solteiro, maior, residente que foi em Santa Justa, no ano de mil novecentos e oitenta, em data que não é possível precisar; e o prédio indicado na alínea c) por meio de compra verbal e nunca reduzida a escritura pública feita a Artur Francisco Palma e mulher Maria José Afonso, residentes que foram em Santa Justa, no ano de mil novecentos e oitenta e quatro, em data que não é possível precisar.

Que estes prédios têm a natureza de bens comuns dos primeiros outorgantes.Que desde esse ano possuem os prédio em nome próprio, cuidando e cultivando a

terra, fazendo as respectivas sementeiras, colhendo os frutos, pagando as contribuições e os impostos devidos, sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento de toda a gente, sendo por isso uma posse pacífica, contínua e pública, pelo que adquiriram os prédios por usucapião.

E pela outorgante mulher, foi dito: Que, com exclusão de outrem, é dona e legítima possuidora do prédio rústico, sito em

Moinho do Meio, freguesia de Martim Longo, concelho de Alcoutim, composto de cultura arvense e oliveiras, com a área de mil oitocentos e oitenta metros quadrados, a confrontar do norte e nascente com “Montechoro – Empresa de Investimentos Turísticos, S.A.”, do sul com Manuel Francisco e do poente com Eduardo Pereira, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Alcoutim, inscrito na matriz sob o artº 253 da Secção 49, com o valor patrimonial tributário de 140,66 €, igual ao atribuído.

Que adquiriu este prédio por partilha meramente verbal efectuada por óbito do seu pai, Manuel Francisco, no estado de casado sob o regime da comunhão geral de bens com Mariana Luísa, já falecido, residente que foi em Santa Justa referida, no ano de mil novecentos e noventa e nove, em data que não pode precisar.

Que este prédio tem a natureza de bem próprio da outorgante mulher. Que desde esse ano possui o prédio em nome próprio, cuidando e cultivando a terra,

fazendo as respectivas sementeiras, colhendo os frutos, pagando as contribuições e os impostos devidos, sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse que sempre exerceu sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento de toda a gente, sendo por isso uma posse pacífica, contínua e pública, pelo que adquiriu o prédio por usucapião.

Vai conforme o original.Tavira, aos 23 de Setembro de 2011

A funcionária por delegação de poderes;

(Ana Margarida Silvestre Francisco – Inscrita na O.N. sob o n.º 87/1)Conta registada sob o nº. PAO 1412/2011 Factura nº. 01427

Jornal do Baixo Guadiana, 01 Outubro 2011

CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO MARIMA CARGO DA NOTÁRIA

MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃONos termos do art.º 100, n.º 1, do Código do Notariado, certifico que no dia vinte e oito de Setembro de dois mil e onze foi lavrada neste Cartório, de folhas sessenta e oito a folhas sessenta e nove verso do Livro de Notas para Escrituras Diversas número dezassete - A, uma escritura de justificação, na qual compareceram:

Eduardo José Francisco Guilherme e mulher, Isilda Maria Madeira Martins Guilherme, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais ambos da freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, residentes na Avenida Ministro Duarte Pacheco, n.º 72, 2º direito, na cidade, freguesia e concelho de Vila Real de Santo António, contribuintes fiscais números 221 046 810 e 224 968 300, e pelos outorgantes foi dito serem donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio urbano sito na Soalheira, Alta Mora, na freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, composto por edifício térreo, com uma divisão e logradouro, destinado a habitação, com a área total de oitenta e cinco metros quadrados, dos quais trinta são de área coberta, a confrontar a Norte e Nascente com Nicolau Manuel Gonçal-ves, a Sul e Poente com caminho, não descrito na Conservatória do Registo Predial deste concelho, inscrito na respectiva matriz urbana sob o artigo 2663, com o valor patrimonial tributável e atribuído de dois mil duzentos e dez euros.

Que o referido prédio lhes pertence, por o primeiro outorgante marido o ter ad-quirido, já no estado de casado, por doação verbal, e nunca reduzida a escrito, em data imprecisa do ano de mil novecentos e oitenta e seis, feita por seus pais António Francisco e mulher, Maria Bárbara, casados que foram sob o regime da comunhão geral de bens, residentes que foram em Alta Mora, na freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, ambos já falecidos.

E que, sem qualquer interrupção no tempo, desde então, portanto há mais de vinte anos, têm estado os justificantes na posse e fruição do referido prédio, cuidando da sua manutenção, pagando contribuições e impostos, suportando os encargos de obras de conservação, enfim usufruindo-o no gozo pleno de todas as utilidades por ele proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que os primeiros outorgantes adquiriram o prédio por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, títulos extrajudiciais normais capazes de provar o seu direito.

Está conforme o original. Castro Marim, aos 28 de Setembro de 2011.

A Colaboradora, (Ana Rita Guerreiro Rodrigues)

(Colaboradora inscrita sob o n.º 400/1, conforme despacho de autorização da Notária Maria do Carmo Correia Conceição, publicado a 01.02.2011, no portal da Ordem dos Notários, nos termos do

disposto no artigo 8º do Estatuto do Notariado e da Portaria n.º 55/2011, de 28 de Janeiro)

Conta registada sob o n.º 143/09 Factura / Recibo n.º 2365

Jornal do Baixo Guadiana, 01 Outubro 2011

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Page 26: Jornal do Baixo Guadiana Outubro

26 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |OUTUBRO 2011

DESPORTO

Baixo Guadiana sobre rodasSelecção Nacional já marca posição

Humberto Fernandescrónicas

e o segundo lugar da geral. Este ano voltou a estar a um nível de excelên-cia, mas sempre guardando forças para um mundial que se avizinhava uma semana após o término desta corrida. Assim sendo, Mestre esteve sempre na discussão da corrida búlgara, sendo um dos ciclistas mais respeitados e marcados do pelotão que fez parte desta prova dis-putada em estradas do leste da Europa, entre os dias 11 e 18 de Setembro. No passado dia 25 de Setembro foi a vez de encarar os 266 km que compunham o Campeonato do Mundo de estrada num

Após um triunfo histórico para a Região do Baixo Guadiana, na 73ª Volta a Por-tugal em bicicleta, Ricardo Mestre, o ciclista filho da terra de Castro Marim, marcou presença na «Volta à Bulgária» e foi um dos seis eleitos do selecciona-dor nacional de Ciclismo José Poeira para representar o nosso país nos cam- peonatos do mundo de Copenhaga, Dinamarca.

Na «Volta à Bulgária» no ano passado Ricardo Mestre teve uma prestação de alto nível, ganhando uma etapa e con-quistado a camisola das metas volantes

circuito de 17 voltas em redor da cidade de Copenhaga, onde alinharam à par-tida 210 ciclistas em representação das respectivas selecções nacionais e onde marcava presença o natural do monte da Cortelha. Do grupo de ciclistas por-tugueses em representação da Selecção Nacional a melhor prestação foi para Rui Costa, vencedor de uma etapa no Tour de França deste ano, sendo o 15º.Quanto a Mestre, que mesmo apesar de o percurso da prova não o bene-ficiar em nada - por ser muito plano - fez o que estava ao seu alcance para colocar o sprinter nacional, Manuel Car-doso e Rui Costa, nas melhores condições

possíveis para a chegada; o que acabou por acontecer. Ainda conseguiu um honroso 59.º posto, deixando atrás de si ciclistas tão prestigiados como Tony Martin (campeão do mundo de contra relógio 2011 e vencedor da «Volta ao Algarve 2011»), Thor Hushovd (Cam-peão do mundo de estrada 2010) ou mesmo o campeão Luxemburguês Fränk Schleck (terceiro classificado da ultima edição do Tour de França). Quanto à vertente do BTT, o Baixo Gua-diana contou com vários representantes na 4º prova a contar para a Taça do Algarve de maratonas – XCM disputada em Silves a 18 de Setembro, ganha por David Rosa (BTT Loulé), e tendo sido o melhor lugar obtido pelo natural de Vila Nova de Cacela Hugo Conceição que à geral foi 21.º e 9.º da sua categoria - Veteranos A. Por equipas a formação do núcleo Sportinguista Vila Real Santo António foi a 9.ª classificada.

Inter-Vivos elegeu nova direção,mas Futsal Sénior fica pelo caminho

Desde o passado dia 17 de Setembro que foi eleita nova direcção da Associação Inter-Vivos. Trata-se da Associação de Jovens do Nordeste Algarvio que já marcou muitos pontos na àrea do desporto, nomeadamente

no Futsal. Agora na direção está Manuel João Custódio, como presidente, e Jorge Ferreiro, como vice-presidente. A Assem-bleia Geral é presidida por Vitor Teixeira e o Conselho Fiscal por Maria Paula Car-

rusca. Os Inter-Vivos são uma associação desportiva, cultural e recreativa, dire-cionada às camadas populacionais mais jovens. Entre as atividades que realizam ao longo do ano, destacam-se o Passeio Todo-o-Terreno (TT Trilhos Inter-Vivos), o passeio BTT (BTTrilhos) e o Festival Gerações.

Segundo a nova direcção, o grande objetivo agora é “envolver todos os sócios no trabalho da associação”. A ideia é criar departamentos que se responsabilizem pela realização bem-sucedida de cada atividade, evitando que sejam sempre os mesmos a desenvolvê-las”. O futsal, o TT e o BTT, bem como as atividades cultu-rais e recreativas que têm desenvolvido, continuam a fazer parte do calendário anual da associação.

Recorde-se que a demissão da ante-rior direcção, a saída do treinador e de alguns jogadores fez com que a equipa de futsal sénior não tivesse continuidade em 2011/2012. Resta à nova direcção arre-gaçar as mangas para devolver o futsal do nordeste algarvio para as luzes da ribalta.

A equipa de iniciados vai disputar o campeonato distrital. Uma equipa para os que nasceram em 1997, 1998 ou 1999.

Futebolândia

Olá! Sejam bem-vindos a mais uma «Futebolândia»! Hoje os temas são, Cristiano Ronaldo, Benfica e Spor-ting.O «Ronaldinho da Madeira» conseguiu arranjar mais uns “admiradores” ao dizer e passo a citar “têm inveja de mim porque sou bonito e rico”. É por estas e por outras que dificilmente chegará ao patamar de Eusébio, Figo, Paulo Futre e Rui Costa (só para citar alguns). No futebol e na vida não basta ser bonito e rico, é necessário ser humilde.O Benfica conseguiu um facto inédito ao empatar no Dragão (coisa rara) frente ao F.C. do Porto do Pinto Nuni-nho da Costa para depois borrar a pin-tura toda com o Otelul Galati (parece nome de sobremesa grega). É certo que ganhou por 1-0, mas a exibição foi má demais para ser verdade, até parecia um jogo de solteiros e casa-dos, se é para isso mais vale não ir às competições europeias, já não basta darmos “barraca” como as da Madeira e a do governo português. Qualquer dia só somos reconhecidos pelas coisas más.No Sporting acabou a crise, a “treta” da equipa em construção para justificar o não saber jogar futebol já está ultra-passada, agora são todos bons rapazes e até sabem jogar à bola, e eu a pensar que levava mais tempo a construir a equipa do Sporting que a Muralha da China. Erro meu.Façam-me um favor sejam bonitos e ricos! Até à próxima.

Eusébio Costa, radialista e licenciado em ciências da comunicação

[email protected]

crónica

A nova direcção foi eleita em Setembro e tem como objectivo “envolver todos os sócios notrabalho da associação

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Page 27: Jornal do Baixo Guadiana Outubro

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | OUTUBRO 2011 | 27

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do Jornal do Baixo Guadiana cujo jornal desconhece a identidade do remetente/assinante.

Agradecemos ao visado que contacte o Jornal do Baixo Guadiana de modo a proceder à actualização e facturação da respectiva

assinatura.

Transf. Bancária – 20 € [25-12-2010, Regina Santos]

Transf. Bancária - 30 € [17-06-2011, Dr. M. Pinto Santos]

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- Agradecemos que os assinantes cuja assinatura esteja em atraso há mais de 6 meses efectuem o paga-mento, o quanto antes, sob risco de anulação da assinatura.

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Page 28: Jornal do Baixo Guadiana Outubro

28 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |OUTUBRO 2011

Antes de mais só compre aquilo que realmente necessita! Faça uma lista antes de ir ao mercado e apenas compre produtos que constem da lista. Atenção às quantidades, isto para que os alimentos não se estra-guem antes de serem consumidos, tanto para produtos não alimentí-cios, como roupas e electrónicos – pense bem antes de escolher, pois produtos parados são caros para o meio ambiente!

A Câmara de Vila Real de Santo António foi dis-tinguida pelo «incentivo da utilização da bici-cleta como forma de mobilidade alternativa», na categoria «autarquias», no âmbito do Prémio Nacional «Mobilidade em Bicicleta».A Câmara vilarealense partilhou o galardão com a edilidade da Moita, por estar “empenhada na construção de ciclovias e em desenvolver uma mobilidade sustentável”. Esta é já a VI edição do Prémio Nacional da Mobilidade em Bicicleta, criado pela Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta. A provar esta aposta na utilização das duas rodas, a Câmara de VRSA esteve no Dia Europeu sem Carros, a 22 de Setembro, a pro-mover a utilização da bicicleta, convidando, para o efeito, Jorge Aquilino, um castromarinense que tem desenvolvido protótipos de bicicletas não convencionais, adaptadas e transformadas. As várias bicicletas estiveram em exposição durante todo o dia, na Avenida da República, e poderam ser experimentadas de forma gratuita.

«Mobilidade em Bicicleta» dá premio a VRSA

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As Festas de Alcoutim comemoraram 60 anos de vida. Este ano o evento contou com maior envolvimento dos jovens e três ilustres septuagenários criaram o grupo «Pr’ó Futuro de Alcoutim»

A Ponte Internacional do Guadiana comemorou 20 anos de vida. Uma infraestrutura que mudou a vida no Baixo Guadiana, revolucionando a vida das gentes da raia

São muitos os apupos previstos para o próximo dia 8 de Outubro durante mais uma marcha de protesto contra as portagens na Via do Infante

Sotavento Algarvio