jornal do baixo guadiana setembro 2014

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Director: Carlos Luis Figueira Propriedade da Associação ODIANA Fundado pela Associação Alcance em 2000 Jornal Mensal Ano 14 - Nº171 SETEMBRO 2014 PREÇO: 0,85 EUROS Guadiana Baixo Baixo Guadiana JORNAL DO PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADO DE PLÁSTICO OU PAPEL PODE ABRIR-SE PARA VERIFICAÇÃO POSTAL DE 01132011 SNS/GSCS TAXA PAGA PORTUGAL CEM NORTE PUB Dias Medievais em Castro Marim ADRIP conta duas décadas de vida em prol de Cacela Velha Adesão a Orçamento Participativo ultrapassa expectativas Edifício Multifuncional em conclusão População do Interior rastreada ao abrigo do programa «Cuidar» 11 17 17

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Jornal do Baixo Guadiana com notícias mensais de Alcoutim, Castro Marim e Vila Real de Santo António

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Page 1: Jornal do baixo guadiana setembro 2014

JORNAL DO BAIXO GUADIANA | SETEMBRO 2014 | 1

Director: Carlos Luis FigueiraPropriedade da Associação ODIANA Fundado pela Associação Alcance em 2000

Jornal Mensal

Ano 14 - Nº171

SETEMBRO 2014

PREÇO: 0,85 EUROS

GuadianaBaixoBaixo

Guadiana

JORNALDO

PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS

AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADODE PLÁSTICO OU PAPELPODE ABRIR-SE PARAVERIFICAÇÃO POSTALDE 01132011 SNS/GSCS

TAXA PAGAPORTUGALCEM NORTE

Pub

Dias Medievais em Castro Marim

ADRIP conta duas décadas de vida em prol de Cacela Velha

Adesão a Orçamento Participativo ultrapassa

expectativas

Edifício Multifuncional em conclusão

População do Interior rastreada ao abrigo do

programa «Cuidar»11

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2 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |SETEMBRO 2014

JBGJornal do Baixo Guadiana

Editorial

O Algarve começa lentamente a despovoar-se. A claridade branca dos dias, os finais de sépia que nos iluminam o entardecer e nos conduzem às noites marcadas pelo Suão, quente e sôfrego, desafiando corpos e sentidos; esse tempo em todos os exercí-cios são permitidos. Aproxima-se do final de todos os incómodos que Agosto e a sua avalanche de gente, de corpos meio des-pidos, de trânsito insuportável, de enfados, nos pode quantas vezes indispor.

É ciclo que se repete e se pode assemelhar às aves de arribação. Partem uns e regressam outros, humanos, ou aves raras, que aqui repousam, o tempo justo, que a natureza lhes impõe para início de novas viagens de sobre-vivência e reprodução. Como se destino irrevogável se tratasse quer às aves, quer aos huma-nos, necessitam todos desse ciclo, porque quando o mesmo se interrompe, ou ficam numa pobreza infinita, ou prisioneiros de uma doença que os conduz à morte ou, no mesmo sentido, por perda de referências, quanto ao lugar de chegada.

Existe, portanto, algo de nos-talgia e de trágico neste ciclo. Para os que partem, num repouso curto, valeu a oportunidade de usufruir pela reposição de algum dinheiro que a Constituição obri-gava que assim fosse e porque ignorando tal ordem lhes tinha sido retirado sem nenhum res-peito por gente sem referência nem passado.

Neste movimento que acom-panha o despovoamento é habi-tual que se discuta o mais ou o menos, do que ficou da multidão e dos enfados, em tais momentos e nas circunstâncias em que se produzem em todos esses balan-ços se pode chegar à conclusão de que de uma maneira ou de outra todos têm razão pelo mero facto de não haver uma ideia de conjunto. Existem por tal os que exprimem a ideia de ter havido uma maior afluência e outros que não a notaram. Todavia, o que os une é o facto do mês de Agosto ser uma espécie de salvo conduto para o resto de um ano que, com alguma ansiedade, os espera. No presente, como nou-tros momentos, beneficiamos de factores externos : instabilidade no Norte de Africa, segurança, maior presença de turismo interno, baixa de preços, entre outros factores . Trata-se agora de fazer contas num ciclo que se repete, tal como as aves de arribação. A diferença dos huma-nos é que tais contas não depen-dem do ciclo da natureza mas

das inquietantes condições que todos, no deve e haver , nos que aqui acolhemos e nos que aqui ficaram, têm que enfrentar em mais um ciclo de vida.

O Algarve tem vindo a conso-lidar ao longo da última vintena de anos uma série de eventos que hoje, consolidados que estão, constituem pontos de interesse e se transformaram para cente-nas de milhares, em produtos turísticos. A meu ver estão nesse plano : o «Festival de Marisco em Olhão»; o «Festival da Sar-dinha» em Portimão; o «Festi-val MED» em Loulé; a «Feira de Lagoa» e os «Dias Medievais de Castro Marim». A estes certa-mes podemos associar múltiplas iniciativas de lazer e diversão cada vez com maior qualidade e continuidade que se espraiam e organizam por vários concelhos do Algarve. Qualquer deles atrai dezenas de milhares de pessoas, dinamizando economias locais e promovendo o destino Algarve como centro maior da economia do turismo nacional.

Aqui chegados é necessário ter presente que todos eles resultam da iniciativa do poder local, das Câmaras Municipais que para eles arrancaram com audácia e sem apoios, enfrentando pre-conceitos, arrogância, inveja, desprezo do poder central e da imprensa em múltiplos caso , servindo como camara de eco tais pacóvias como incompeten-tes manifestações. Para nós que

cá continuamos esse tempo de festivais e de múltiplas festas já fazem parte do encerramento de um ciclo. A nós, resta-nos espe-rar pelas feiras de Outono.

Mas a crise também desper-tou consciências e ajudou a quebrar rotinas. Tornou mais claro que sem a contribuição do poder local a vida das pessoas se tornava mais penosa, mesmo atendendo à magreza de recur-sos que os municípios hoje pos-suem. Contudo, mesmo assim, é possível que a autarquia de VRSA esteja a realizar um rasteio oftalmológico à população iso-lada da serra do seu município e Alcoutim desperte os cidadãos para discutirem e votarem deci-sões orçamentais do seu conce-lho. O movimento é lento, mas a roda, mesmo que devagar, vai rodando; creio mesmo que no sentido dos ponteiros do reló-gio.

Carlos Luis [email protected]

ABERTURA * O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

Diretor:Carlos Luis Figueira

Sub-Diretor:Vítor Madeira

Chefe de Redação:Susana Helena de Sousa CPJ 9621

Redação:Antónia-Maria,Carlos Brito,Joana Germano,José CruzVictoria Cassinello

Colaboradores da Edição:Eusébio CostaFernando PessanhaHumberto FernandesJoão ConceiçãoJoão RaimundoJosé Carlos BarrosJosé CruzPedro PiresRui RosaAssociação AlcanceAssociação GUADIAssociação RodactivaCruz Vermelha Portuguesa VRSADECONEIPEurope Direct Algarve - CCDRAlge Associação Odiana

Departamento Comercial:[email protected]/[email protected]

Sede e Redação:Rua 25 de Abril, N.º 1Apartado 21 8950-909Castro MarimTel: 281 531 171966 902 856Fax: 281 531 [email protected]

Propriedade:Associação OdianaRua 25 de Abril, N.º 1Apartado 21,8950-909 CASTRO MARIMTel: 281 531 171Fax: 281 531 [email protected]

Pessoa Colectiva: 504 408 755

Direção Executiva:Associação Odiana

Design e Paginação:Rui Rosa

Impressão:FIG - Indústrias GráficasRua Adriano Lucas,3020-265 Coimbra,Tel: 239 499 922

Tiragem desta edição:3.000 exemplares

Registo no ICS: 123554

Depósito legal: 150617/00

JbG ONLINEhttp://issuu.com/jornalbaixoguadianaeFacebook

NIB: 00350 234 0000 586 353 080 Caixa Geral de Depósitos

Vox Pop

R: Eu considero que este ano houve bas-tante mais gente de férias. De facto, a cidade [VRSA] estava repleta de turistas, havendo, mesmo, dificuldade para andar direito na rua...

Nome: Fábio PalmaProfissão: DJ

R: Não, sinceramente não vi mais pes-soas no Algarve este ano.

Nome: Valentim FilipeProfissão: Músico e Produtor Musical

R: Não considero que este ano o Algarve estivesse com mais gente que em anos anteriores. Quanto a mim há especulação quando as entidades oficiais afirmam que o Algarve este ano teve mais turistas.

Nome: Azahara MartinsProfissão: Bailarina

R: A minha percepção pessoal é que este ano tivemos mais turistas no Algarve! O que me agradou bastante como algarvia que sou, uma vez que o Verão é a época forte para a nossa economia.

Nome: Andreia AbrantesProfissão: Comercial

Considera que o Algarve esteve mais cheio este Verão?

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | SETEMBRO 2014 | 3

CRÓNICAS

Quando a taxa de desemprego em Portugal caiu, no mês de Julho, para os 14%, de acordo com o Eurostat o valor mais baixo desde Novembro de 2011, mês em que a taxa se fixou precisamente nos 14%, o Governo aprovou o segundo orçamento rectificativo para este ano, sem aumento de impostos, e o Partido Socialista trava uma luta intestina entre António José Seguro e António Costa pela liderança, gostaria de partilhar com os nossos leitores o arranque das obras da Estrada Regional 125. Após uma longa espera de 3 anos, que exasperou a paciência dos algarvios e enojou os milhares de turistas que visitam a região, o Governo de Pedro Passos Coelho retomou as obras

de reabilitação e requalificação da estafada e esburacada Estrada Regional 125 (antiga Estrada Nacional 125) que liga Lagos a Vila Real de Santo António. Há precisamente 1 ano, denunciei nas páginas do Jornal do Baixo Guadiana o estado de precaridade das condições de circulação nesta via, em especial no concelho de Castro Marim, no troço Casas da Audiência / Ribeira do Álamo, pondo em risco a segurança de pessoas e bens. No quadro das grandes dificuldades económicas e financeiras que o país está a atravessar ou não estivesse Portugal a viver uma das piores crises de sempre, o Governo PSD/CDS-PP teve responsavelmente a capacidade de renegociar com o concessionário

originário da obra uma poupança de 500 milhões de euros para os bolsos dos contribuintes, em face do valor da adjudicação inicial e só assim foi possível que os trabalhos de requalificação da Estrada Regional 125 já tenham recomeçado em Faro. O Governo assumiu igualmente o compromisso de libertar do concessionário da obra a ligação entre os concelhos de Olhão e Vila Real de Santo António, cuja intervenção será da responsabilidade da empresa Estradas de Portugal. S.A. Ao contrário do que seria expectável, alguns autarcas da região, designadamente do Partido Socialista, vieram demagogicamente à liça criticar o Governo pela solução encontrada para resolver um

problema grave existente e que não foi por si criado. Prevalecendo-me de uma frase batida “Não Apaguem A Memória !”, entendo que é preciso lembrar aos mais incautos que foi o Governo do Partido Socialista o responsável pelo negócio ruinoso para o Estado, na adjudicação da obra de requalificação da Estrada Regional 125.De resto, ainda estão bem vivos na memória dos algarvios os vários anúncios dos governos de José Sócrates, que custaram ao erário público centenas de milhares de euros, prometendo a requalificação desta estrada, cujo resultado não foi além da construção de umas rotundas na zona de Vila do Bispo. Com o arranque das obras de

reabilitação e requalificação da Estrada Regional 125, o Governo honra um compromisso feito aos algarvios em Junho de 2011, aquando das eleições legislativas. Se queremos continuar a acreditar no futuro da nossa região, que pode concorrer com os melhores destinos turísticos do mundo, então o Governo de Portugal não pode falhar na execução desta obra, tal como não pode empurrar para as “calendas gregas” a construção do novo hospital do Algarve.

Vítor Madeira

Há uma caricatura absurda que permite compreender e também criticar a esta-tística. Estão quatro desempregados numa taberna, onde bebem uns copos. Fazendo as contas ao rendimento, há nela quatro infelizes. Mas assim que o milionário Bill entrou para comprar um maço de tabaco, em termos estatísticos, ficaram cinco milionários. Fazendo as necessárias correções da análise, ainda assim, todos ficam muito ricos. Na folha de cálculo, claro.

Quem diz Bill Gates diz qualquer

Diz-se não haver um cronista que, obviamente por falta de assunto, não tenha escrito pelo menos uma vez sobre a falta de assunto. O drama da página em branco, associado à ditadura do prazo para a entrega da peça, é um clássico universal. Mas em Portugal existe uma variante: não havendo mesmo-mesmo assunto, encontrando-se hibernada a molécula da imaginação, o cronista tem sempre a alternativa de falar mal do Algarve ou dos algarvios. Claro que, de tantas vezes glosado (embora apenas no Verão, quase

fico, pois pode desencadear efeitos de boomerang.

Deste modo, as subidas que tem vindo a ser anunciadas pelo atual Governo como sucesso justificativo das políticas de austeridade, não têm em conta os fenómenos negativos deter-minados na sequência dos sucessivos cortes acumulados desde os PEC’s de José Sócrates às medidas da Troica de Passos Coelho que, sendo inconstitu-cionais, mesmo assim lá vigoram por períodos mais ou menos longos, à pala de uma crise da qual não tem culpa os amputados.

É necessário que se diga que a taxa

recurso suplementar a rodapés ou legendas, que o cronista batesse forte e feio no Algarve, elogiasse os Açores e o Nordeste Transmontano como destinos turísticos -- e depois, invariavelmente, escolhesse o Algarve para passar as férias próprias. Mas não é de crer que o masoquismo explique o processo -- atendendo à educação, aos comportamentos não propriamente desviantes e à polidez social do cronista-tipo levantofóbico. O mais certo é que tudo se deva, apenas, a uma mistura de preguiça e falta de assunto. E isso perdoa-se: o cronista está de férias no Algarve, a comer peixinho fresco no terraço de um restaurante da Manta Rota, e cede à tentação da facilidade: despacham-se quatro mil caracteres

de desemprego ficou mais reduzida porque 150.000 jovens abandonaram o país, deixando de contar para a esta-tística do desemprego. Saíram também desta estatística os 170.000 trabalhado-res que se encontram em estágios ou cursos de formação e sem perspetiva de futuro. Há ações de formação que ficam fora das estatísticas do emprego desde que os estagiários recebam “algum pagamento ou remuneração”. Não se nega que esta almofada social é útil para quem está nos limites da sobrevi-vência, mas é um abuso manipular os números como se as pessoas tivessem um emprego real.

a replicar, bem vistas as coisas, o que nós, os algarvios e os que vivemos no Algarve, fazemos como exercício frequente: falarmos mal do Algarve em Agosto, de todos e de nós mesmos, conhecendo bem os problemas, e as disfunções, e as roturas -- e sentindo-as na pele -- de uma Região tão procurada e visitada que entra em modo automático de disrupção a partir do momento em que a capacidade técnica de carga é ultrapassada em duzentos e vinte e cinco por cento (dois vírgula quatro por cento dos quais se devem à permanência, em férias, na Região, dos tais cronistas em título).As crónicas sazonais de escárnio e mal-dizer sobre o Algarve, pois, nem deviam merecer-nos réplica

A única estatística que deveria ser válida para se anunciar com segurança a redução do desemprego e o sucesso de uma política deveria ser a contabilizada após a criação de emprego real derivada do aumento da capacidade produtiva do País, da produção nacional de riqueza, essa sim que contribui para a diminuição estrutural do desemprego.

A não ser assim, estamos nos anais da propaganda destinada a sustentar artificialmente um Governo cuja política está a arrastar Portugal para o empobre-cimento e a distanciação dos ideais de bem-estar que a sua população deseja e merece.

ou exaltação: à preguiça, à falta de assunto, à tentação da facilidade -- devíamos apenas ser compreensivos. E desculpar, portanto. Até porque é de supor que temos mais que fazer do que deixar a irritação tomar-nos à mor de uma preguicite crónica -- nós que tanto adoramos a preguiça do sul, a crónica languidez do sol, o langor do sal misturado às águas.Também por isso, e outras razões que não vêm ao caso, esta crónica não devia ser escrita. Porque não pode deixar de ser entendido como falta de assunto, e facilidade, perder tempo a escrever crónicas a falar mal de quem, por falta de assunto, e facilidade, fala mal de nós.

outro milionário, por exemplo desses banqueiros que fizeram arrastão às contas dos contribuintes, perante o olho vesgo do regulador, e colocaram a banhos num qualquer offshore a res-petiva fortuna acumulada.

Quero dizer que, sendo a estatística um dos instrumentos indispensáveis para avaliar a marcha do desenvol-vimento, ela deve ser cada vez mais cuidadosa e menos manipulada, devido à complexidade das previsões de um mundo mais diversificado e interligado, cada vez mais parecido em variáveis com as imprevisibilidades do clima. Deve ser encarada com rigor cientí-

sempre em Agosto - pois trata-se de uma febre sazonal), o tema começa a enjoar ligeiramente. A começar ligeiramente a feder. Sobretudo quando a crónica vem impressa num jornal de referência e a gente sabe que o cronista está a ser bem pago para escrever sobre a falta de assunto; sobretudo quando a gente sabe que o cronista que acaba de publicar uma crónica a falar mal do Algarve, e a falar mal dos algarvios, vem de férias para o Algarve e, ano após ano, se expõe voluntariamente à elevada probabilidade estatística de se cruzar, estando no Algarve, com número não despiciendo de algarvios.Claro que a explicação de masoquismo seria a mais fácil: assim compreender-se-ia, sem

José Carlos Barros

José Cruz

O Insubmisso

A honestidade na estatística

O cronista em férias

* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

O arranque das obras de requalificação da Estrada Regional 125 é uma realidade

[email protected]

Page 4: Jornal do baixo guadiana setembro 2014

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Marta Baeta de férias em Altura falou-nos da sua causa maior

Arte Urbana ao serviço do Ambiente

Prisão até um ano para quem maltratar animais

EDUCAÇÃO

Foram colocados nas vias públicas de Castro Marim os oito vidrões recupera-dos e pintados no âmbito do projeto de educação ambiental «Reciclar o Olhar para Proteger o Mar», desenvolvido pela Câmara Municipal de Castro Marim em colaboração com o Agru-pamento de Escolas do concelho.

Este projeto, numa primeira fase, contou com o empenho e inspiração dos alunos do 2º ciclo do Agrupa-mento de Escolas de Castro Marim, tendo sido depois dada continuidade no programa das Férias Ativas do município, que decorrem durante o verão.

Através deste projeto quis-se passar a mensagem de redução da produção de resíduos e reutilização de materiais, designadamente reaproveitando os vidrões antigos, do tipo iglô. “Com

Foi aprovada a lei que prevê que quem infligir maus tratos físicos a um animal de companhia é punido com pena de prisão até um ano ou pena de multa até 120 dias, que se agrava para prisão até dois anos e multa até 240 dias caso a agressão resulte na morte ou na priva-ção de “importante órgão ou membro”

uma vertente de arte urbana, espera-se que esta ação capte mais atenções e cumpra o seu principal objetivo do pro-jeto, que é alertar e sensibilizar a popu-lação para a necessidade de proteger

do animal. O abandono de animais de companhia passa a ser punido com pena de prisão até seis meses ou pena de multa até 60 dias, de acordo com o diploma, apresentado em Julho pelo deputado do PSD Cristóvão Forte, no Parlamento. Em declarações aos jornalistas, o

os oceanos”, comunica a autarquia. Os “novos” vidrões foram agora quase todos colocados em Altura, onde, no Verão, tem lugar a maior afluência turística do concelho.

deputado do PSD Cristóvão Norte considerou que o diploma, ao prever a criminalização de condutas ante-riormente punidas como contra-ordenações, constitui um “grande passo civilizacional” na protecção “directa e reforçada” dos animais de companhia.

Marta Baeta está a viver o seu maior desafio enquanto voluntária na área do apoio social. Depois de uma experiên-cia como aquela que nos transmite é difícil imaginar desafios muito maiores a este nível.É que Marta B. está há dois anos a ajudar crianças e suas famílias a reabili-tarem a sua vida que em muito é dificil e aos olhos de quem segue da Europa é cheia de nada, com falta de tudo.«From Kibera with love» é o nome que esta jovem deu ao projeto. Essencial-mente, vive todos os dias a preparar o dia de amanhã de 55 meninos e meninas. Desde promover a educação, a economia familiar, até à promoção dos afetos e despertar consciência para um mundo melhor, muito diferente daquele que conhecem.Em Janeiro de 2013 conseguiu garantir que 16 crianças do grupo que acom-panha tivessem acesso à educação e a uma refeição por dia. “Graças a pessoas que acreditam em mim e no projeto e têm-no apoiado incondicionalmente”. Conta-nos que sente que a credibilidade para com a sua causa maior está ganha e que cada vez mais essa credibilidade é reforçada. “A promoção que tenho conseguido fazer demonstra que não se trata apenas de uma moda, mas sim que ajudar estas famílias a obterem o básico para as suas vidas é o meu obje-tivo essencial”.

Em Altura no Verão

A causa de Marta não passou des-percebida no Verão em pleno Baixo Guadiana.Habitual turista de Altura, concelho de Castro Marim, de há muitos anos a esta parte, Marta contou com o apoio

da Junta de Freguesia local para poder vender produtos variados nos merca-dinhos de fim -de-semana de modo a angariar verbas que são canalizadas para medicamentos e outros bens essenciais para os meninos que a aguar-dam em Kibera.“Foi uma ótima oportunidade porque em pleno mês de Agosto tive oportuni-dade de promover e trabalhar no meu projeto numa localidade tão turística como Altura”, disse a jovem em jeito de agradecimento.

Voluntariado: uma forma de vida

Em Outubro Marta conta regressar ao Quénia. Por lá ficará muito tempo. Ali já correu risco de vida por denun-ciar corrupção sentida na pele. Ali já regressou com determinação. “Houve um período conturbado por que passei devido ao facto de denunciar corrupção e outras coisas graves de que me fui apercebendo no decurso do meu pro-jeto, mas essa fase já passou e ganhei a confiança das famílias e de importantes interlocutores que me têm ajudado a prosseguir”. No futuro Marta B. acredita que o seu projeto será inte-grado numa Organização Não Gover-namental (ONG) a constituir. Até lá constrói um futuro melhor todos os dias. Pode contribuir para a causa da Marta através dos seguintes dados bancários:

Projeto «From Kibera with love»

NIB - 0065092400019590000075

IBAN PT50006509240019590000075

Marta baeta junto dos seus meninos no Quénia para onde começou a deslocar-se como voluntária há dois anos

No total foram reciclados oito vidrões

Aos 23 anos teve a oportunidade com que sonhava: ser voluntária em África. Desde então que a sua vida mudou de sentido. Há dois anos que ajuda 55 crianças da maior e mais perigosa favela do mundo: Kibera, no Quénia.

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | SETEMBRO 2014 | 5

Escuteiros de VRSA em dois anos passam de 12 para 50 elementos

VRSA tem canal de tv online juvenil

JUVENTUDE

Nesta família de escuteiros os mais novinhos têm seis anos. Chamam-se «Lobitos» e não «caçam» sozinhos. Depois temos Exploradores e Pioneiros. Todos mais crescidos e que obedecem aos chefes. Estes estudam para serem bons chefes no escutismo num espírito de solidariedade e respeito pelo próximo.

Para chefe Martins “criança rima com segurança” e poder “ajudar a crescer melhor tantas crianças, permitindo que façam as suas descobertas e estrutu-rem a sua personalidade em segurança é a maior alegria que poderia ter tido”. Depois de aposentado como agente policial resolveu dedicar-se aos escutei-ros de Portugal.

“Há dois anos atrás a oportu-nidade surgiu e era importante criar um núcleo dos escuteiros também em Vila Real de Santo António”. Esta razão levou o chefe Martins a criar este núcleo e ao fim dois anos o orgulho é bem visível. “Começámos com 12 ele-mentos e agora somos 50!...”. O responsável por este núcleo vila-realense lembra que o escutismo

Em Julho terá começado a ser desenvolvida a ideia e em pleno mês de Agosto tornou-se realidade. Vila Real de Santo António tem já um canal de televisão. Adaptado às circunstâncias, mas também às necessidades é possível assistir à sua emissão na Internet, mais pro-priamente no youtube. «Geração VRSA TV» é o nome deste canal que surgiu da “von-tade em criar um meio de comu-nicação social para os jovens”. Sandra Carmos, chefe de divisão da juventude da câmara municipal pombalina explicou ao JBG que “os jovens mostraram grande von-tade em criar uma plataforma de comunicação à sua imagem; ou seja, com informação de interesse para as suas idades e feitas por eles próprios num estilo comuni-cacional totalmente adaptado e assertivo”. Da ideia à concretização bastou a força de vontade dos jovens, as suas competências e a abertura da autarquia.“Há um intercâmbio dos jovens da eurocidade Guadiana que também

é o maior movimento juvenil do país, congregando, atualmente, cerca de 80 mil jovens.

O que os prende aqui

Maria sentia-se nervosa pelo facto de subir na carreira de Corpo Nacional de Escutas. No dia em que visitámos este agru-pamento estavam acampados no concelho vizinho de Castro Marim, nas Terras da Ordem. Maria o que mais gosta neste grupo em que se inseriu é dos jogos, da aprendizagem e das caminhadas. “Gosto de ir à missa, gosto de Deus e posso estar com os escuteiros em comunhão com Deus”, diz-nos.

“Os escuteiros não se subs-tituem nem a professores nem a pais, mas dão uma grande ajuda para tornar melhores estas mulheres e estes homens de amanhã”. Hoje comandados por chefes, no feminino e no masculino, que são voluntários. Fazem-no por um gosto superior, afiança o chefe Martins.

Sede já é pequena

despertou, aguçou, essa vontade. Os jovens querem transmitir ao máximo a as suas ideias, os seus projetos e esta televisão apa-rece também para permitir isso mesmo, sendo que permite uma comunicação também mais fácil entre os jovens dos três municí-pios da eurocidade”. Visivelmente orgulhosa pelo produto final, esta responsável clarifica que o jovem Tiago Monteiro, que foi aluno de

Atualmente, e face à evolu-ção notória deste agrupamento a sede dos escuteiros de VRSA é já pequena. Localizada no quintal da igreja da cidade pombalina acolhe reuniões e inú-meros encontros e atividades. No entanto, em fecho de edição o JBG soube que para breve poderá ser realidade uma nova sede para

ciências da comunicação e estagi-ário na autarquia é responsável pelos conteúdos e edições dos vários programas e que “foi muito graças a ele que este projeto fez sentido”.

No «Geração VRSA TV» encon-tra programas variados, sendo que todos falam para e por os jovens. À data de fecho do JBG este canal na plataforma youtube tinha já 5 mil visualizações.

este grupo, bem como um apoio financeiro. “A senhora vereadora Conceição Cabrita deu-nos essa garantia o que nos alegrou bas-tante”.

O responsável do agrupamento explica que por ano “cada criança e jovem paga 40 euros ; o que suporta a despesa de seguro indi-vidual. No entanto, há pais que

não podem suportar essa despesa e por várias vezes já fomos nós que facilitámos as saídas em acampamento de alguns meninos que de outra forma não o pode-riam fazer”. Assim depreende-se que “um apoio do município irá ajudar a colmatar algumas carên-cias que se vão registando” por aqui.

A adesão a este agrupamento foi grande desde a sua constituição em 2012

Tiago Monteiro (a esq.ª) é responsável pelos conteúdos e edição, mas também leva a cabo diversas entrevistas

Eusébio, antiga glória do Benfica, é patrono deste parque infantil

Chefe Martins assumiu o comando dos escuteiros em Vila Real de Santo António e diz-se “orgulhoso por ver a família escutista crescer a olhos vistos!”.

Homenagem a Eusébio da Silva Ferreira

No passado sábado, dia 16 de agosto de 2014, decorreu na aldeia de Giões, Alcoutim, a inauguração do novo Parque Infantil e uma home-nagem ao ilustre Eusébio da Silva Ferreira.

Após a sua presença, há cerca de vinte anos, na inauguração do Polidesportivo de Giões, o antigo craque de futebol marcou a popula-ção alcouteneja pela sua humildade

e simpatia. Assim, fruto da proposta de um conjunto de munícipes, Eusé-bio da Silva Ferreira foi elevado a patrono deste espaço desportivo. Para além, de vários populares, esteve também presente em repre-sentação da família, José Augusto, bicampeão europeu, e amigo de longa data do Pantera Negra.

A autarquia agradece a participa-ção de todos os presentes.

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EL ANDEVALO SUR-OCCIDENTAL * ESPANHA

Una muestra de lo último de Alex y de Galán

La exposicion de Virginia Saldaña en la azotea

El Barrio Alto de Ayamonte Tenis de Mesa en Ayamonte

En Ayamonte se podría ir saltando de sala en sala de exposiciones de pintura, sin tocar el suelo. De todos es sabida no solo la inquietud pictórica que invade la ciudad, sino la enorme calidad de muchos de los que se dedican o dedican su tiempo de ocio a esto de los pinceles. Obras de arte de una inconmensurable calidad, de un reconocimiento dentro de esto de la pintura y de un prestigio que sobrepasa la geografía nacional.

Haciendo un recorrido a vuela pluma, nos encontramos con exposi-ciones en Isla Canela, en el barrio de la Villa o en el Centro de Ayamonte. En locales privados o públicos. En espacios preparados para tal fin o adecuados circunstancialmente. En muestras indi-viduales, de a dos o de tres artistas a la vez. Pero todo ello con un denominador

Una eclosión de muestras de pintura de diversos autores, está provocando la sorpresa y admiración de los muchos aficionados, familiares y amigos de los artistas, al presenciar cada una de las estas exposiciones. En este caso la visita ha estado dirigida a la casa-estudio de la autora ayamontina Virginia Saldaña, ubicada en la zona más alta del típico barrio ayamontino de La Villa.

Virginia ha querido por un lado complacer a su madre y por otro hacer una muestra trabajosa pero muy origi-nal. Y es que desde hace algunos años Manuela, su madre, ha tenido metido entre ceja y ceja ver la obra de la niña expuesta entre esas paredes blancas de su azotea con esas vistas al rio y a la blancura de su pueblo, amén de

El barrio alto de Ayamonte, La Villa, llegadas estas fecha no solo engalana sus calles de farolas y banderas de todos los colores y tamaños, sino que cubre sus paredes blancas de macetas que le dan un toque de color y una sensación a clásica calle andaluza de pueblo bonito, lo mires por donde lo mires.

Y llegada la noche del sábado, la cita y la curiosidad están en su calle principal, la calle Galdámez. Durante la caída de la tarde hubo sus activida-des, sus encuentros y su divertimento para todas las edades. A la caída del sol, cuando las farolas se hacen presentes, las aceras se quedan pequeñas para dar cobijo a tanto entusiasta, curioso y entendido, porque de todo se escucha al llegar el momento, se convierte en el momento mágico.

En primer lugar desde la parte más baja de la arteria principal del barrio, se dá la salida a la carrera de bicicle-tas. Colorido que se aprecia incluso con la poca luz. Las bicis silenciosas preparadas para la gesta y el esfuerzo al máximo cuando suena la palabra que les dá la salida. En lo más alto de la calle el juez de meta tomando nota del orden de llegada. Las gentes aplau-diendo el esfuerzo y el apoyo de amigos

Podemos decir que los entrenamiento de tenis de mesa en Ayamonte han vuelto a dejarse sentir en las instalacio-nes municipales donde suelen hacerlo a lo largo de la temporada. Las sesio-nes de condición física, el trabajo de la técnica, de esa forma tan mecánica y repetitiva, la búsqueda de soluciones al juego del contrario o la coordinación en el juego de parejas, son algunas de las aspectos básicos en estas jornadas de trabajo.

Y lo sorprendente ha sido ver a una de las mejores jugadoras nacionales de tenis de mesa de todos los tiempos, Gloria Panadero, aprovechar su estan-cia en nuestras playas para desplazarse hasta nuestra ciudad y dar inicio a su trabajo de cara a la pretemporada pró-xima a comenzar. Si tenemos en cuenta que su juego es defensivo, ello le obliga a realizar un mayor esfuerzo tanto en calidad como en cantidad de trabajo, por lo que debe iniciar cuanto antes la toma de contacto con la paleta y la nueva pelota, dado que esta temporada se estrena una bola de características distintas y hay que comenzar a tomarle

común: arte a raudales.Y para esta ocasión me detengo de

nuevo en la Ermita de San Sebastián. Hace unas horas se ha descolgado una colectiva y ahora se inaugura una muestra de lo último de Alex y de Galán. Mucho público curioso por ver lo más reciente de estos dos artistas, lo que hace que la ermita acondicio-nada a galería, se nos muestre llene de gente, de enamorados de la obra de estos dos artistas.

Galán cuelga una veintena de obras, en dos formatos: el grande del espec-táculo y el colorido y el pequeño, el de la esencia, el detalle, la invitación a la fantasía. Nos trae de nuevo lo último que está haciendo, esas arquitectu-ras interiores y esos verdes en forma de palmeras o plantas cobijadas a

compartirla con esa ciudad de estrellas situadas algo encima.

Y a la caída de la tarde se abren las puertas de la casa-estudio y uno puede ir observando las obras que recuerdan otras exposiciones, colga-das en la frescura del patio o en los espacios amplios de la azotea. Cua-dros de paisajes que hacen confundir la realidad con el óleo o la imaginación con el entorno. Y al lado, enfrente o por los patios inferiores, esas figuras humanas reposando en el silencio y que se nos muestran como la nueva propuesta de Virginia. Es quizás como una vuelta sobre el pasado, la figura, pero ahora con mucho más color, más luminosidad, más figura si cabe.

“ Al descubierto” como ha titulado la exposición, o quizás al “relente”

y familiares ofreciendo líquido para sed y toalla para el sudor, todo producto del esfuerzo y la buena temperatura.

El momento álgido de la noche está a punto de producirse. Han estado muchos minutos calentando el espíritu y acariciando a las bestias. Han sido fotografiados y golpeados cariñosamente tanto en la cabeza como en lo ijares. Poco a poco se van a sus puestos de salida, en orden, pero con una enorme tensión producto de la mucha competitividad. La carrera de burros está próxima a dar comienzo. Más gente que nunca en el recorrido. Más curiosidad que otros años en las aceras.

Y de golpe y porrazo catorce asnos de distintas edades y tamaños, monta-dos por sus dueños o jinetes prestados, hacen que la calle se convierta en una carrera única en nuestros tiempos, la Carrera de Burros. Una pendiente similar a la del Tour Malet, un griterío superior y más aplausos y gritos de apoyo que en cualquier final de cual-quier deporte de masas. El sueño se ha cumplido. La tradición se mantiene y en el ambiente, el espíritu de nues-tro amigo, Curro de la Villa, velando porque su obra no sea efímera sino

imperecedera, como su recuerdo.Y llegada la noche, suena la música,

el tren de la bruja gira buscando nuevos viajeros. El carrusel se detiene de vez en cuando. Los chiringuitos rebosan vida. Una voz va nombrando a los ganadores de las pruebas celebradas. Los aplausos, las sonrisas y la música de la orquesta se hacen dueños de una noche donde el viento del norte, por esta vez, está siendo más considerado que nunca. La noche se hace larga para compensar que la vida se va haciendo corta y cada luna llena de agosto nos lo viene a recordar. El barrio de la Villa está de fiesta.

el pulso.Gloria Panadero, la mujer que ha

subido al pódium de los Campeonatos de España, en todas las categorías y que ha defendido la camiseta nacional no sabe cuantas veces, sigue siendo una de las mejores paletas defensivas. Su palmares y su trayectoria la llevaron a defender los colores del conjunto madrileño de San Sebastian de los Reyes en la temporada recien finali-zada, pero para la presente ha hecho la maleta y se ha venido a Andalucía, donde competirá muy posiblemente en Linares.

De momento nosotros hemos sido testigos de ese dominio del tiempo y el espacio, para adjudicar una trayec-toria y un efecto a la bola, que nadie como Gloria es capaz de hacer. Sus sparrings han sido los jugadores del club local y es que a la invitada le gusta enfrentarse a los hombres, por cuanto la obligan a emplearse más a fondo si cabe, buscando una constante mejora en su rendimiento. Un placer ver las evoluciones de esta mujer ante la mesa de juego.

la sombra de esos patios. Sus patios interiores vienen cargados de fuerza y simbolismo. Galán vuelve a mara-villarnos.

Junto a él, Alex, que nos muestra su colección taurina plas-mada en capote de grandes maestros. Capotes que estuvieron en Sevilla, en la Fallas de Valencia o en la Feria de Roquetas de Mar. Nombres como los de Espartaco, Morante de la Puebla, Enrique Ponce o Juilín de Ubrique. Alex y su vocación taurina se reflejan en cada capote, pero sin lugar a dudas el significado de la obra de Espartaco es por el que muestra mayor simpa-tía. EL Espartaco joven y pensativo, atraído por el toro y el Rocío lo ha sabido trasladar, quizás mejor que otro al capote.

al amparo de ese anochecer extraño de este mes de agosto, o a cuerpo descubierto en pos de una humedad impropia de estos días. Los cuerpos se lucen y se muestran tal cual en busca de la próxima luna de agosto. Pero también alguno de sus trabajos, los de mayor volumen, se cobijan dentro del estudio, reposando de otras cuestiones y abiertos a las nuevas miradas.

Esta nueva propuesta de Virgi-nia como ella misma define, “ es un retorno a la simplicidad natural de los placeres sencillos y una invitación al espectador a redescubrir la belleza oculta bajo el manto de lo cotidiano.” Una oportunidad para acercarse a esta sala trabajada especialmente por su familia, para colgar de las paredes y el viento, lo de ayer y lo de hoy, en esta

Pero los dos artistas, Galán y Alex, han sabido trasladar, una vez más, la grandeza de su trabajo al espectador a través de estas obras magistrales. Han sabido captar la atención del visitante

nueva versión de la pintora ayamon-tina de La Villa, Virginia Saldaña.

Hasta el 23 de agosto y tan solo a la caída de la tarde, el espectador

y arrancarle un gesto de admiración sin tener que hacer nada más. Hasta mediados de mes se podrá disfrutar de esta exposición en la ayamontina Ermita de San Sebastián.

puede ser visitante de honor de una muestra que camina a paso lento por las azoteas de las casas blancas que parecen colgar de un barranco.

Galán y Alex, han sabido trasladar, una vez más, la grandeza de su trabajo al espe-ctador a través de estas obras magistrales

Virginia ha querido por un lado complacer a su madre y por otro hacer una muestra trabajosa pero muy original

Catorce asnos montados por sus dueños

José Luis Rua

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | SETEMBRO 2014 | 7

EL ANDEVALO SUR-OCCIDENTAL * ESPANHA

La alcaldesa de Isla Cristina (Huelva), María Luisa Faneca (PSOE), visitó el pasado 19 de Agosto las instalaciones del Centro Tecnológico de la Pesca, el CT Garum, cuyas obras han finalizado

Con el objetivo de promocionar y dar a conocer la oferta enoturís-tica de la Ruta del Vino del Con-dado de Huelva, la Diputación onubense está desarrollando una campaña dirigida a los miles de turistas que eligen Huelva como destino para disfrutar de sus vacaciones.

El producto turístico Ruta del Vino y sus propuestas se están presentando durante julio y agosto en destacados hoteles de la Costa, tanto a través de un ‘stand’ informativo como de una serie de catas dirigidas en la que los clientes pueden conocer y degustar directamente los vinos del Condado, ha informado la Diputación en un comunicado.

Recientemente se ofreció una cata en el Hotel Meliá Isla Canela, en Punta del Moral, en Ayamonte, en la que se degustaron seis de los vinos que producen las Bodegas que forman parte del Club de Pro-ducto Ruta del Vino del Condado, y que han sido presentados por parte de la D.O. Vinos del Con-dado de Huelva.

La iniciativa está teniendo una excelente acogida por parte de los

La alcaldesa de Isla Cristina (Huelva), María Luisa Faneca (PSOE), visitó el pasado 19 de Agosto las instalaciones del Centro Tecnológico de la Pesca, el CT Garum, cuyas obras han finali-zado.

Con la finalización de la obra y a falta de la recepción de la misma por parte del Ayuntamiento, CT Garum, --calificado como agente del sistema andaluz del conocimiento dentro del Sistema Ciencia-Tecnología-Empresa--, pretende configurarse como un agente dinamizador y de conexión entre los subsectores (extractivo, transforma-dor y comercializador), organizaciones representativas, tejido empresarial y diferentes administraciones relaciona-das con el sector pesquero andaluz.

De este modo, CT Garum pre-tende ser un centro polivalente con la posibilidad de desarrollar diferentes proyectos de I+D+i en distintas áreas, que atiendan a las diversas necesidades de todos los subsectores de la pesca en Andalucía con el fin de obtener produc-tos de “alto valor añadido y aumentar la competitividad del sector pesquero andaluz”.

La alcaldesa expresó su agradeci-miento a todos lo agentes implicados en este proyecto “este esfuerzo” que,

veraneantes, que en muchos casos descubren la calidad de nuestros vinos a través de acciones como esta. La oferta enológica es un atrac-tivo más en la elección de Huelva como destino vacacional. Catar y saborear un vino del Condado es la mejor opción para comprobar la excelencia del producto y animarse a contratar alguna de las rutas de los vinos.

La campaña de promoción y catas dirigidas en hoteles de la costa se realiza colaboración con la Ofi-cina Huelva Empresa, el Patronato de Turismo, la Asociación Provin-cial de Hoteles y la Denominación de Origen Vinos del Condado de Huelva en los municipio de Isla Canela, Islantilla, El Rompido, Punta Umbría, Mazagón y Mata-lacañas.

Los días señalados para dicha actividad, se refuerza la presencia de imagen de la Ruta del Vino del Con-dado, mediante un espacio mayor con imagen, mostrador y vitrinas expositoras de vinos, además de imagen audiovisual que mostrará los distintos aspectos que ofrece esta ruta. Durante todo el día, se dispensa una información más

a su juicio, cobra especial sentido en este momento en el que se encuentra la pesca en Europa “al ser un centro adap-tado a estas exigencias y normativas que van surgiendo, por lo que servirá para prestar apoyo al sector extractivo, transformador y comercializador”.

María Luisa Faneca resaltó que este centro colaborará con la Univer-sidad de Huelva en todo el tema de la investigación”.

SEDE PARA CURSOS DEL IFAPA En concreto, la Alcaldesa avanzó

que además de poner en marcha nuevos proyectos y programas, el centro albergará, además de los dis-tintos laboratorios para todo lo rela-cionado con la investigación, un centro de Interpretación de la Pesca y ubicará el Grupo de Desarrollo Pesquero de la Costa Occidental de Huelva y será sede para los Cursos del Ifapa (Instituto de Formación Agraria y Pesquera de la Junta de Andalucía).

“La pesca, junto con el turismo, es el motor económico de los municipios costeros y en esta línea hemos estado trabajando estos años y por ello segui-remos apostando”, subrayó.

Por su parte, Juan Vázquez Malavé, presidente de la Fundación Garum declaró que el CT Garum se hace nece-

directa y detallada acerca de la Ruta con personal técnico del Centro del Vino del Condado, atendiendo personalmente cuantas cuestiones o información se demande al respecto y acompañado por una Venen-ciadora de la D.O. Vinos del Condado de Huelva que ofrece una degustación entre los asistentes.

Una vez realizada la Cata Dirigida, bien en el propio Salón del Hotel o bien en una zona apro-piada del establecimiento en el que se exponga, se lleva a cabo una zona expositiva de las bodegas que forman parte de la Ruta así como las agencias que comercializan el producto, al objeto de que puedan no solo exponer y degustar sus vinos sino también vender su producto directamente a los clientes que lo deseen

Las variedades de vid cultivadas en en el condado y autorizadas para la elaboración de vinos protegi-dos por las Denominaciones de Origen Condado de Huelva y Vinagre del Condado de Huelva son:

• Zalema• PalominoFino• ListándeHuelva• GarridoFino• MoscateldeAlejandría• PedroXiménez

Laprimeradeéstas,laZalema,eslaviníferaquepredomina en los viñedos de la zona, con un 86% del total plantado.

sario porque “el futuro de la pesca es ahora incierto, está sujeto a fuertes normativas europeas y tenemos que sacarle y darle valor añadido a nues-tros productos, desde que se pesca hasta que llega a la mesa”. “Tenemos que buscar nuevas formas de presen-tarlo, de transformarlo y de comer-cializarlo” y esto, según ha dicho, “es lo que pretendemos hacer, entre otras cosas, en el Garum”.

IMPULSO PARA LA PESCA

La alcaldesa de Isla Cristina señaló “El sector agroalimentario y pes-quero son importantes para el futuro económico de Andalucía y España y la industria pesquera necesitaba también de este impulso que dará el CT Garum y que ya tiene sectores como el cárnico, por ejemplo”.

Las instalaciones de CT Garum se distribuyen en dos plantas y cons-tan de oficinas para el personal de administración y personal técnico,

área de laboratorios de investigación para realizar proyectos que recojan las demandas de las empresas del sector, vivero para emprendedores que quieran poner en marcha nuevas iniciativas tecnológicas relaciona-das con el sector de la pesca, sala para albergar congresos y jornadas técnicas especializadas y una zona amplia multiusos que inicialmente albergará entre otras iniciativas un Museo del Mar

Ayamonte: los turistas del litoral onubense descubren y elogian la Ruta del Vino del Condado en sus propios hoteles

Las obras del centro tecnologico de la pesca en Isla Cristina finalizadas

José Luis Rua

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GRANDE PLANO

António Vicente tem uma cadên-cia intensa no discurso quando nos transporta pela história da ADRIP – associação a que per-tence desde 2008. Sendo a vida desta associação de mais de 20 anos, este interlocutor sabe-la de cor e mostra-se entusiasta de uma entidade “que no fundo tem sido guardiã de Cacela Velha”, diz-nos. António V. explica que “essencialmente, o que aqui [na ADRIP] é feito passa por preser-var o património natural, mas também o edificado e imaterial”. A preservação faz-se e muito] de reabilitação física, mas não somente, é feita de partilha de vontades, informações e de novos gestos que projetam no futuro tradições seculares e outras da Era moderna que a ADRIP não quer que figure apenas no pas-sado.

Talvez o exemplo mais pragmá-

tico sobre este aspeto seja a recu-peração da embarcação pesqueira «Golfinho». O JBG por diversas vezes já noticiou esta iniciativa que tem em vista recuperar esta lancha de madeira com mais de 20 anos e outrora usada na pesca de rede artesanal. Esta embarca-ção é oriunda de Monte Gordo e é representante da última geração deste tipo de embarcações.

Destinada à demolição foi doada à ADRIP para fins cultu-rais e está integrada no projeto «Museu Aberto da Ria» em Cacela Velha e que a ADRIP tem por fina-lidade dinamizar.

A dificuldade de reabilitar velhas embarcações tanto eco-nomica como tecnicamente levou a que todo este processo tivesse sido bastante lento . É que para a recuperação do «Golfinho»em estaleiro a ADRIP precisou anga-riar 5 mil euros. “Não foi de um

dia para o outro, evidentemente, mas satisfaz verificar a disponi-bilidade de várias pessoas que se envolveram na causa e a todas elas devemos gratidão”. Depois da entrevista a António Vicente, o JBG soube que, em finais de Agosto, a quantia necessária tinha sido angariada e agora o «Golfinho» pode ser reabilitado em pleno.

“Houve uma grande movimen-tação da parte das pessoas e este sonho de Fátima Afonso, membro da ADRIP, está prestes a tornar-se uma realidade”, revelou-nos António V.

A importância de defender a natureza

Quando questionado sobre a essência da ADRIP, ANtónio Vicente, membro da direção, é peremtório ao afirmar que “a

defesa do património natural é uma causa grande” em que estão envolvidos e que “ocupa muito do tempo e do tranalho de estudo que também é neces-sário fazer até porque a defesa de qualquer património tem de ter uma base de conhecimento muito grande”.

Criada oficialmente em Março de 1991 a ADRIP tem tido como principais objectivos a Defesa, Reabilitação, Investigação e Pro-moção do Património Natural e Cultural de Cacela. Ao longo das quase duas décadas de existên-cia já desenvolveu inúmeros e variados projectos em defesa de Cacela Velha, da população local e do seu património histórico-cultural e natural.

Numa leitura atenta às fontes de informação disponível podemos verificar que se têm envolvido em diversas causas, nomeadamente,

ambientais que têm conseguido levar a bom porto. “Tendo a Câmara Municipal de Vila Real de Santo António (CMVRSA) iniciado um processo de demo-lição dos galinheiros e pombais de Cacela, justificado pelo pro-jecto Castrum e posteriores esca-vações arqueológicas, entendeu a ADRIP que sendo os pombos e as galinhas uma presença ancestral na paisagem e cultura desta vila, haveria por certo uma solução que não fosse acabar com a pre-sença destes animais, visto que os seus proprietários não dispu-nham de terra própria para o rea-lojamento. Assim, a ADRIP levou a cabo um projecto de realoja-mento dos animais domésticos, aprovado pela CMVRSA e Parque Natural da Ria Formosa (PNRF) e financiado pela CMVRSA. O projecto elegeu o terreno cama-rário da várzea de Cacela, onde

ADRIP conta duas décadas de vida em prol de Cacela Velha

Susana H. de Sousa

Desde 1991 que a Associação de Defesa, Reabilitação, Investigação e Promoção do Património Natural de Cacela (ADRIP) desenvolve diversas iniciativas para preservar a autenticidade da localidade de Cacela Velha. São já mais de duas décadas de trabalho com uma intensidade de voluntariado que tem captado o interesse e motivação de pessoas de áreas muito distintas, mas com a vontade comum de manter a autenticidade de um lugar intensamente singular.

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GRANDE PLANO

foram instalados três edifícios de madeira e respectivo perímetro de apoio definido por uma cerca. Das três unidades, uma funciona como galinheiro e as outras como pombais. Os três edifícios pre-vistos no projecto destinaram-se a satisfazer as necessidades dos habitantes da vila. Atentos à memória do lugar, o projecto inscreveu-se cabalmente no seu território rural, procurando via-bilizar as condições concretas de permanência da paisagem humanizada sem contudo des-corar outros aspectos relevantes para a gestão e conservação da paisagem natural envolvente”. Como nos contextualiza António Vicente, estas são “muitas vezes iniciativas e projetos que não têm visibilidade, mas que determinam a essência da atividade da ADRIP que se orgulha de ser «guardiã de Cacela Velha».

É com orgulho que este respon-sável afirma “a autenticidade que este lugar tem mantido”. Realça também todo o trabalho reali-zado pelo município, de quem se assume parceiro em diversas causas e atividades. Aliás esta associação já esteve em regime diário e com o apoio da câmara municipal a trabalhar como espaço de receção ao visitante de Cacela Velha. Trabalho esse que mantêm hoje em dia, mas em regime de voluntariado e apenas da parte da noite. Até porque a autarquia criou um espaço que serve o objetivo de informação turística na antiga casa do pároco da aldeia [ver notícia pág. 11].

“Estamos cá para lutar pela preservaçaõ deste lugar e esta-remos sempre disponíveis para em rede desenvolver atividades que beneficiem Cacela Velha”, afiança António V.

ADRIP elaborou petição para proteger reserva natural

A ADRIP esteve, igualmente, no seio de uma petição aceite pela Comissão Parlamentar de Ambiente e dedicada à proteção da Ria Formosa, e que recomen-dou ao Governo a calendarização dos trabalhos de prevenção da erosão costeira nas ilhas bar-reira.

Neste âmbito, em que estive-ram envolvidas também a asso-ciação cívica «Somos Olhão», o «Movimento de Cidadania Ativa», foram recolhidas 1102 assinatu-ras na Internet e apresentaram o texto na Comissão de Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local.

Pretendia-se que “o Governo desencadeie os estudos, calen-darização e promoção dos traba-

lhos necessários à mitigação dos problemas de vária ordem que assolam a Ria Formosa”, nome-adamente os que se referem à erosão costeira e poluição. De acordo com o texto da petição, o objetivo é “que seja mandado desencadear os trabalhos de sustentação de areias nas Ilhas Barreira que compõem o Parque Natural da Ria Formosa, que se encontra protegido pela Rede Natura 2000 e pela convenção de Ramsar”.

Os signatários apontaram o núcleo do Farol, a praia de Faro, a ilha da Fuzeta e a barra de Cacela como pontos da Ria Formosa em que este procedimento deve ser adotado para “salvaguardar o futuro deste nobre e único ecos-sistema, sob risco de extinção, do Parque Natural da Ria For-mosa”. As obras deverão começar em 2014.

Outra das iniciativas a desta-car da ADRIP foram as diversas ações de limpeza da Ria Formosa “graças à qual, e através da ajuda dos voluntários, conseguimos recolher diversas toneladas de lixo”, lembra António V.

Diversos eventos

Para além das várias causas e parcerias na área do ambiente, a ADRIP tem também levado a cabo diversos eventos que têm de alguma forma dado maior visibilidade à associação e até a Cacela Velha. Mercado de Trocas, Mercadinhos de estação e diver-sos eventos, como as «Noites de Encanto», que em parceria com as autarquias locais e outras associações têm assegurado uma rede de trabalho e uma promoção desta aldeia com uma heránça árabe bem vincada.

ADRIP conta duas décadas de vida em prol de Cacela Velha

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LOCAL

Foram 100 anos assinalados com uma festa a que se juntou o município de Alcoutim. Manuel Rodrigues, alcoutenejo natural e residente da aldeia de Martinlongo, comemorou o seu centésimo aniversário a 26 de agosto de 2014.

Associando-se ao evento, o Município de Alcoutim convidou todos os familiares, amigos e população a participarem na cerimónia comemora-tiva, que teve lugar no salão do Centro Paroquial de Martim Longo.

Manuel Rodrigues lembra aos 100 anos de vida que hoje a sua terra “é um jardim, quando eu nasci não havia nada, estava tudo seco”.

Pai de uma única filha, avô de dois netos e bisavô de dois bisnetos, dedicou a sua vida às lides do campo. De sorriso fácil e contagiante, considera-se uma pessoa rica de saúde e afirma querer viver uns ani-nhos. “Deus é que me criou e tem sido muito meu amigo. É por Ele que ainda estou cá”, afirma.

Para a festa ser completa e bem animada numa efeméride assinalável teve lugar a atuação do Rancho Folclórico da freguesia de Martinlongo, seguindo-se um lanche elaborado com os saberes e sabores da Dieta Mediterrânica.

Depois da adesão crescente aos Cursos de Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos a Odiana prepara-se para receber uma terceira edição, mas não apenas. A novidade é a abertura do curso de agricultura biológica. As inscrições já estão abertas e as formações iniciam em Setembro novamente sob a tutela da empresa GABIVERDE.

A procura tem sido crescente, como tal já se encontra em preparação, para o mês de Setembro, o terceiro curso de «Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos», uma forma-ção na área da Produção Agrícola e Animal. O objetivo é capacitar os participantes para a manipulação e aplicação de produtos fitofarmacêuticos (PF), minimizando os riscos para o aplicador, o ambiente e o consumidor.

Também em Setembro inicia um novo curso, o de «Agri-cultura Biológica» tendo como meta a identificação da produção biológica, operações de manutenção e fertiliza-ção de solos, controlo e certificação, entre outras. Ambas as formações são dirigidas a agricultores, jardineiros e trabalhadores agrícolas e rurais e decorrem em horário pós laboral, sendo obrigatório um número mínimo de 14 participantes. A entidade promotora, e responsável pelas formações, é a GABIVERDE – Formação Profissional, Lda.. A participação da Odiana dá-se ao nível da cedência da sala multiusos e espaço para as formações, bem como apoio nas inscrições e sua divulgação. Para mais informação relativamente ao curso contacte a GABIVERDE para os seguintes contactos: E-mail: [email protected] ou através do telefone 219 820 984.

Senhor Manuel Rodrigues celebrou bonita idade de 100 anos

Concurso de aromas e sabores com Figo da Índia

Odiana volta a receber cursos na área agrícola

Martinlongo recebe, em setem-bro, a 4ª edição do concurso «Aromas e Sabores com Figo da Índia», visando a promoção dos produtos locais, a divulgação das tradições gastronómicas e a sus-tentabilidade social e económica do concelho de Alcoutim.

A organização do evento está a cabo da Câmara Municipal de Alcoutim, da Junta de Freguesia de Martinlongo, da APROFIP – Associação de Produtores de Figo da Índia Portugueses e da ADEC-MAR – Associação de Desenvol-vimento Etnográfico Cultural de Martim Longo lançaram o con-curso «Aromas e Sabores com Figo da Índia».

Tendo como mote principal a sensibilização das populações para a importância estratégica dos produtos endógenos, como o figo da Índia, o mel, a alfarroba, a amêndoa e a bolota, no contexto do desenvolvimento do Nordeste Algarvio.

O concurso pauta pelo incen-tivo à inovação e ao empreen-dedorismo de modo a aproveitar os produtos autóctones e a sus-tentabilidade local, valorizando os saberes milenares da Dieta Mediterrânica.

Cada concorrente poderá apresentar apenas uma receita original. Serão admitidas a con-curso as receitas que contenham na sua confeção o fruto figo da Índia numa percentagem igual ou superior a trinta por cento, que serão avaliados por um júri com-posto por chefs internacionais e representantes da Confraria dos Gastrónomos do Algarve.

No final, serão eleitas as três receitas que obtiverem as pontu-ações mais elevadas. O primeiro

classificado ganhará um jantar para duas pessoas, no restaurante S. Gabriel, na Quinta do Lago, em Almancil e um prémio pecuniário no valor de 250€. Ao segundo classificado cabe o prémio de um fim de semana para duas pessoas, no Hotel Hilton, em Vilamoura. O terceiro classificado receberá um fim de semana para duas pessoas, com pequeno-almoço incluído, no Hotel Apartamento do Golf, em Vilamoura (exceto os meses de junho, julho e agosto). Além destes, haverá o prémio inovação que oferece um fim de semana na Pousada da Juventude de Alcoutim e um passeio de barco no rio Guadiana.

Quem quiser participar poderá fazer a sua inscrição na Junta de Freguesia de Martinlongo, na Câmara Municipal de Alcoutim ou através da internet em www.figodaindia.blogspot.com ou em www.cm-alcoutim.pt.

Este é um concurso que pretende potenciar este produto tão típico de Alcoutim

Executivo municipal de Alcoutim levou a cabo uma festa de aniversário para celebrar importante efeméride

Formação

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LOCAL

Rastreio marca o início do programa «Cuidar» em locais mais remotos do concelho

O novo posto de informação foi inaugurado com a presença do bispo do Algarve

Todos os desempregados são habitantes do concelho

“A iniciativa é inovadora e está a percorrer, numa primeira a etapa, as zonas serranas do concelho de VRSA, apostando nos contactos de proximidade com a população. Envolve um médico oftalmologista e um conjunto de técnicos da Divisão de Ação Social que, posteriormente, encaminharão os munícipes para uma consulta”, recorda a autarquia em comunicado.

Assim, desta forma estão criadas as condições para que os cuidados de saúde cheguem aos locais mais remotos do concelho, alcançando, em especial, as populações mais idosas ou com maiores dificulda-des em se deslocarem que aqui

Foram selecionados 15 habitantes do concelho, todos em situação de desemprego e/ou desemprego com subsídio de inserção social, para a execução de trabalho socialmente necessário, na área dos serviços gerais. Os contratos celebrados têm a duração de doze meses e não garan-tem qualquer vínculo definitivo ao Município.

Esta medida do IEFP, I.P. visa a promoção da empregabilidade de pessoas desempregadas, de modo a preservar e a melhorar as suas com-petências socioprofissionais, através da manutenção do contacto com o mercado de trabalho. Junta-se a este, a estimulação do contacto dos desempregados com outros trabalha-dores e atividades, evitando, assim, o risco do seu isolamento, desmoti-vação e marginalização.

A Câmara Municipal de Vila Real de Santo António inaugurou em Cacela Velha, um Centro de Informação e Atendimento ao Visitante. O equipa-mento está sediado nas instalações da Casa do Pároco, edifício pertencente à paróquia local e alvo de uma profunda obra de requalificação.

Orientado para a interpretação do património histórico, cultural e ambien-tal de Cacela e de Vila Real de Santo António, o Centro de Informação da Casa do Pároco irá oferecer diver-sos materiais informativos, terá um pequeno auditório para a projeção e documentários e dispõe de uma área expositiva.

Sendo este um edifício muito impor-tante na história de Cacela, e na ausên-cia de um equipamento que pudesse fazer o acolhimento das centenas de pessoas que visitam esta localidade his-tórica, foi pensada a sua reabilitação para que ali passasse a funcionar, na parte nascente, um Centro de Infor-mação, continuando a parte poente a

residem.O projeto surge, assim, um mês

depois da criação do programa «Cuidar», uma partilha pioneira de recursos desenvolvida em parceria pelas Câmaras Municipais de VRSA e Olhão “e que permite dar uma resposta mais rápida e próxima aos problemas de saúde dos munícipes de ambos os concelhos algarvios”, frisa o comunicado camarário.

Para aumentar a abrangência do «Cuidar» o município de VRSA estendeu também o programa a todos os funcionários e colabora-dores da Câmara Municipal e da empresa municipal VRSA SGU, que terão acesso a consultas de oftalmo-

“O Município de Alcoutim tem assumido de forma concertada, estratégica e sustentável um con-junto de políticas de inserção na vida profissional, numa lógica de rede, em estreita colaboração com as Freguesias, instituições de natureza associativa e empresas locais, procu-rando potenciar a utilização racional dos diversos programas existentes no âmbito do emprego e da formação profissional e satisfazer os diversos tipos de público que demandam estas entidades na procura de opor-tunidades de trabalho, recorrendo ao financiamento das medidas de emprego executadas pelo IEFP, I.P”, diz o executivo liderado por Osvaldo Gonçalves em comunicado.

O presidente da câmara frisa também que “desde a tomada de posse do atual Executivo Municipal,

manter as suas funções habitacionais, reservadas à paróquia.

A estrutura será também o ponto de partida para as diversas possibili-dades de conhecimento e usufruto do território e da oferta cultural, onde se destacam as visitas acompanhadas a Cacela ou os roteiros culturais perio-dicamente organizados pelo Centro de Investigação e Informação do Patrimó-nio de Cacela.

A Casa do Pároco constitui uma construção térrea, de taipa, com pátio interior, cujo duplo beirado indica-nos a antiguidade da sua construção, muito provavelmente datada do séc. XVI,emboraprimeiramenteorientadanuma posição diferente, conforme nos mostra a documentação antiga.

Alterada ao longo dos anos, terá resistido ao terramoto de 1755, certa-mente ajudada pelos contrafortes que ainda hoje apresenta.

O Centro de Informação ao Visitante está aberto de terça-feira a sábado, das 11h00 às 18h00.

logia a um preço reduzido.A medida é igualmente aplicada

aos funcionários de todas as Institui-ções Particulares de Solidariedade Social do Concelho e Bombeiros Voluntários.

Para Luís Gomes, presidente da Câmara Municipal de VRSA, as pri-meiras semanas de programa apre-sentam “resultados francamente positivos, tendo sido já sido reali-zadas cerca de uma centena e meia de consultas, das quais 40 pacientes foram sinalizados para cirurgia”.

No futuro, «Cuidar» irá esten-der-se a outras especialidades, podendo vir a juntar mais concelhos a esta rede de cuidados de saúde.

estes mecanismos têm sido encarados como instrumentos potenciadores para os jovens recém-licenciados do concelho, permitindo oferecer-lhes oportunidades que (infelizmente) são raras face às características do tecido empresarial existente. Desta forma, contribui-se ativamente para a redução dos valores do desem-prego registados, quer em Alcou-tim, quer em outros concelhos do Algarve”.

Ao longo dos últimos três anos, as limitações impostas às Autarquias Locais, em matéria de redução do número de trabalhadores, reforça-das pelo Orçamento de Estado para 2014, têm impedido o Município de Alcoutim de contribuir para a criação de emprego, a nível local. Espera-se que a situação possa ser invertida nos próximos exercícios.

Para beneficiar do «Cuidar», os interessados deverão inscrever-se nas Divisões de Ação Social das autarquias de VRSA e de Olhão

ou consultar o enquadramento do programa disponível no sítio www.cm-vrsa.pt.

População do Interior rastreada ao abrigo do programa «Cuidar»

Câmara Municipal de Alcoutim integrou 15 desempregados

Inaugurado Centro de Informação ao Visitante emCacela VelhaA Câmara Municipal de Alcoutim integrou 15 habitantes do concelho ao

abrigo da Medida Emprego-Inserção, do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP, I.P.).

A Câmara Municipal de Vila Real de Santo António iniciou um rastreio oftalmológico à população idosa residente no interior do concelho.

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LOCAL

A vila de Castro Marim comemo-rou entre 14 a 17 de agosto,as Festas em Honra de Nossa dos Mártires. Com uma programa-ção atrativa e diversificada, esta edição das Festas uniram as mani-festações religiosas ao artesanato, à etnografia e à música, garan-tido casa cheia todos os dias.

As manifestações religiosas, no dia 15 de agosto, foram o ponto marcante das comemora-ções. Os sinos da torre da Igreja matriz ditaram, pelas 20h00, o início da procissão em Honra de Nossa Senhora dos Mártires. Milhares de devotos homenagea-ram a padroeira de Castro Marim em procissão pelas ruas da vila. No mesmo dia, esteve o palco o cantor Roberto Leal.

A Feira de Etnografia e Artesa-nato, que aconteceu todos os dias, foi também uma das principais atrações das Festas. Uma genuína mostra de saberes tradicionais, com artesãos a trabalhar ao vivo, aos quais se juntou, pela primeira vez, uma exposição de etnografia, que ofereceu aos mais velhos uma viagem às suas memórias e aos mais jovens novas aprendizagens sobre a cultura portuguesa.

A tradicional Procissão Fluvial de Nossa Senhora do Carmo, Virgem dos Marinheiros, decorreu entre as duas margens com o desfile de variadas embarcações que acompanharam a imagem. Marcaram presença das várias entidades oficiais de ambas as localidades e muitos participantes devotos de Nossa Senhora.

As tradicionais festas de Verão em honra de São João da Degola regres-saram à praia da Manta Rota, entre os dias 27 e 31 de agosto, com um programa de animação que inclui bailes, concertos, um concurso de fados, folclore e fogo-de-artifício.

O ponto alto das comemorações foi o já habitual «Banho Santo», no dia 29 de agosto, às 11h00, em pleno areal da Manta Rota.

O afamado banho de mar é um encontro que se realiza anual-mente a 29 de agosto, assinalando a data em que, segundo a tradição, São João Baptista foi degolado. Em anos idos, este era o dia em que as gentes oriundas da serra algarvia se deslocavam até à praia, acompa-nhadas dos seus animais de carga, para «dar banho».

Para não deixar morrer a tradi-

Priorizando a cultura e a tradição portuguesas, a Câmara Municipal de Castro Marim, organizadora das comemorações, dedicou a noite de sábado, dia 16 de agosto, ao folclore. Em palco estiveram o Rancho Folcló-rico do Azinhal, o Rancho Folclórico da Manta Rota e o Grupo Etnográ-fico “Amendoeiras em Flor”.

As Festas em Honra de Nossa

ção, a associação «A Manta» e a Câmara Municipal de VRSA apos-taram, mais um ano, na recriação histórica do evento, atraindo cen-tenas de curiosos à praia da Manta Rota para ver como as coisas se passavam noutros tempos.

Este ano em comunicado a associação promotora destes fes-tejos insurgiu-se contra “réplicas sem história” que consideram ter havido na freguesia vizinha de Altura, concelho de Castro Marim. Romano Justo não considera “cor-reto estarem a recriar um banho santo no areal de Altura quando a história conta que no Sotavento a única praia que recebia os serre-nhos ou montanheiros, como eram chamados na atura os que vinham do Interior, era a praia da Manta Rota”.

Senhora dos Mártires terminaram domingo, dia 17, com a 9ª edição do Palco do Acordeão, um espaço de divulgação da Escola de Acordeão de Castro Marim, marcada este ano pelas brilhantes atuações dos artis-tas internacionais Michel Sapateado, Dorin Chiforisin, N Miroslav e Tino Costa.

Festas em Honra de Nossa Senhora dos Mártires encheram Castro Marim

Procissão Fluvial entre SanLucar de Guadiana e Alcoutim

Banho Santo cumpre-se na Manta Rota

O banho Santo assinala a data em que São João foi degolado

Esta festa uniu manifestações religiosas e muita animação musical

Mais uma vez esta tradição uniu as duas margens do Guadiana

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Francisco Amaral, herdou um evento grandioso do seu antecessor José Estevens. Aliás, antes de mais nada, o que aquele autarca refere é isso mesmo: “em boa hora o dr. José Estevens criou este evento que deu nome a Castro Marim”. F. Amaral frisa “a grande qualidade do evento que traz até à vila medieval milhares de visitantes em apenas quatro dias”.

Em 2014 cumpriram-se 17 anos consecutivos de «Dias Medievais». E o presidente da câmara avança que em 2015 este evento “poderá ser alargado a uma semana”. Esta é uma reflexão a ser feita e com base “num debate em finais de Setembro dedicado apenas ao tema”. Em cima da mesa pode estar um alargamento para uma semana. “É importante para a economia local, faz mexer muito com o comércio local, é um cartão-de-visita para Castro Marim e convém valorizar os Dias Medievais cada vez mais, sendo essen-cial introduzir inovações”. São estas e outras questões que possam ser levantadas pelos participantes no debate que

poderão ser desenvolvidas. O autarca lembra o rigor histórico que este evento tem “e

que deve ser sempre acautelado e melhorado”. O envolvi-mento da comunidade é também realçado por F. Amaral que recorda que são “as associações do concelho, que exploram tasquinhas e outros postos de venda” e “têm também aí uma fonte de rendimento”.

Francisco Amaral considerou ainda que “qualquer evento que se realize nos meses de julho e agosto no litoral algarvio é garantia de sucesso” e o alargamento de quatro dias para uma semana permite “dinamizar ainda mais a economia local” porque “entra muito dinheiro no concelho durante esses dias”.

Sem avançar com um valor preciso investido neste evento o presidente de Castro Marim frisou que o evento gera também receitas, como as entradas que os visitantes pagam para acederem ao castelo (seis euros por pessoa a partir dos 12 anos e três euros por criança dos cinco aos 11), sendo

que o castelo é o principal palco do evento.

Boa divulgação em Espanha

A localização junto a Espanha é outros dos fatores que a autarquia pretende potenciar, atraindo mais visitantes do outro lado da fronteira através de “uma boa divulgação destes Dias Medievais”. Aliás, nestes dias o sotaque vindo de Espanha é bem sonantes nas ruas de Castro Marim. “Essa é uma aposta ganha porque os nossos vizinhos são uns grandes adeptos deste certame”.

Foram quatro dias medievaisOs Dias Medievais de Castro Marim começaram a 29 e

prolongaram-se até 31 de Agosto. A primeira cerimónia foi a receção aos convidados no adro da igreja matriz a que se seguiuo desfile medieval pelas ruas da vila. A festa prosse-guiu pelo castelo, onde pelas 20:30 teve início o banquete

ESPECIAL DIAS MEDIEVAIS

Texto: Susana H. de SousaFotografias: João Conceição

Câmara de Castro Marim quer alargar Dias Medievais a uma semana

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Foram cerca de 90 mil os visitantes da 17ª edição dos Dias Medievais de Castro Marim. Durante quatro dias, de 28 a 31 de agosto, a vila de Castro Marim recuou à época medieval, numa criativa e dinâmica recriação desta época. Foram dias de magia e de fantástico, estes últimos que se viveram em Castro Marim. O castelo e as ruas da vila encheram-se de personagens mitológicas e históricas, guerreiros, monstros, princesas, reis e rainhas. As classes sociais misturaram-se, clero, nobreza, burguesia e povo conviveram alegremente, divertidos pela animação de rua, que percorreu incansavelmente todos os palcos do evento. Além dos grupos de música e de dança, como os “Abanderados de Tortosa”, “Jograis del Rei” ou “Le Condor”, os Dias Medievais foram animados por cavaleiros, malabaristas, zaragateiros, cuspidores de fogo, contadores de histórias, gaiteiros, equilibristas, espadachins e contorcionistas, entre muitos outros. O desfile medieval pelas ruas da vila é um dos pontos altos do evento. Todos os anos milhares de pessoas participam no cortejo, trajadas a rigor, em representação das diferentes classes sociais que existiam na Idade Média. Outro dos momentos marcantes dos Dias Medievais foi o Banquete Medieval, confecionado nesta edição por uma equipa coordenada pelo chef Loius Anjos. Por noite, cerca de 200 pessoas puderam deliciar-se com os melhores pratos da época, acompanhados de vinho, cerveja preta e cidra.

A sublinhar ainda a participação das associações locais, que exploraram as tasquinhas no castelo com ementas repletas das iguarias de então, com especial destaque para os pratos de caça, e a colaboração de artesãos, que abrilhantaram o evento com demonstrações das antigas profissões da Idade Média, como cirieiro, tosador, ourives, canteiro, barbeiro, ferreiro, sapateiro, tanoeiro e peleiro.

A 17ª edição dos Dias Medievais de Castro Marim foi encerrada pelo concerto dos “Le Condor” e pelo majestoso espetáculo de pirotecnia no castelo de Castro Marim.

De referir que, como é habitual, presente no evento esteve também o presidente do lado francês da associação de geminação Castro Marim-Guérande acompanhado de sua esposa.

Durante o mês de setembro será agendada uma reunião,organizada pela Câmara Municipal de Castro Marim e aberta a toda a população, no sentido de debater e recolher todos os contributos relevantes para o crescimento daquele que é o maior evento do concelho de Castro Marim e uma das feiras medievais de maior relevo do país.

medieval, onde os visitantes poderam degustar mediante reserva, pelo preço de 30 euros por pessoa.

Torneios a cavalo, duelos, falcoaria e ofícios de época com mais de 40 artesãos que recriaram os ofícios de outros tempos, entre oleiros, ferreiros, telheiros, e muitos outros; o programa teve como principal palco o castelo, mas passou também pelo forte de São Sebastião e este ano pela Casa do Sal onde o se leram romanceiros da época.

Este ano abriu mais um espaço de comércio. A Taberna Medieval cumpriu a rigor decoração e manjares. Ao nível cultural a «Casa do Sal» foi palco de leitura de romanceiro pelo grupo local LEITURAndo, que se constituiu este ano exclusivamente para o efeito, mas que promete dar conti-nuidade ao grupo e recuperar tradições da história local.

O JBG dedica quatro páginas a este evento, sendo que é bem demonstrativa a festa e a adesão da comunidade local.

ESPECIAL DIAS MEDIEVAIS

Câmara de Castro Marim quer alargar Dias Medievais a uma semana

90 mil visitantes passaram por Castro Marim

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ESPECIAL DIAS MEDIEVAIS

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DESENVOLVIMENTO

O edifício está localizado no Centro Histórico de Castro Marim e pretende ser espaço impulsionador da iniciativa privada

Obra deverá estar terminada em Outubro

Construção de Edifício Multifuncional de Empresas de Castro Marim em fase final

Assinado contrato de ampliação do açude de Bentos na freguesia de Vaqueiros

Conferência «Estratégias que marcam» pretende motivar à Criação e Empreendedorismo

Castro Marim Golfe com ligação à rede de rega da Barragem do Beliche

A assinatura do contrato foi rea-lizada nas instalações da Câmara Municipal de Alcoutim, contando com a presença dos outorgantes, Osvaldo dos Santos Gonçalves, em representação do Município de Alcoutim, e José Manuel Oliveira Neves, representante legal da empresa Irmãos Cavaco, S.A.

Esta obra vai ser executada no âmbito da reconstrução dos açudes de Bentos e Fernandilho. A inter-

Miguel Valverde, diretor e progra-mador do festival Indie Lisboa, Carlos Martins, ex-diretor execu-tivo da Guimarães Capital Euro-peia da Cultura 2012 e fundador e diretor da Opium, Luís Ferreira, diretor do Festival Bons Sons (Cem Soldos, Santarém) e ainda Beau McClellan, artista e designer de iluminação, um dos atores do filme «The Right Juice», são os convi-dados da conferência “Estratégias que Marcam”, que terá lugar a 5 de Setembro, sexta-feira, a partir das 21h00, em Cacela Velha.

Na sequência de reuniões com a Câmara Municipal de Castro Marim, o empreendimento «Castro Marim Golfe & Country Club» con-seguiu resolver um dos principais problemas do empreendimento, que se prendia com a rega insu-ficiente e dispendiosa aos campos de golfe.

Para o efeito, com a aprovação da autarquia castromarinense, o

Está quase terminada a obra do Edifício Multifuncional de Empre-sas de Castro Marim. Localizado no centro histórico da vila de Castro Marim, este edifício destina-se a apoiar a constituição de empresas que pretendam iniciar ou dinamizar a sua atividade, tendo por objetivo a incrementação do tecido econó-mico local.

Dotado de autonomia funcional e orgânica, o Edifício Multifuncional de Empresas de Castro Marim vai intervir ao nível da promoção e con-solidação de novas empresas, com projetos viáveis do ponto de vista

venção na ribeira de Odeleite visa garantir as condições de estanqui-dade do açude existente, com a exe-cução do prolongamento da parede em cerca de 26,40 metros, para que o açude seja rematado lateralmente pelo maciço rochoso existente no local.

A obra tem um prazo de execu-ção previsto de 45 dias e o valor da empreitada é de cerca de 19 mil euros.

“Criar. Palavra poderosa que se assume como base de tudo. É em torno da criação cultural que vai girar a próxima edição do “Estra-tégias que Marcam” – um ciclo de seminários organizado por docentes de marketing da ESGHT – Escola Superior de Gestão, Hote-laria e Turismo da Universidade do Algarve – desta feita fora da Uni-versidade, rumando a um dos locais mais bonitos do Algarve: Cacela Velha”, explica a organização.

A conferência “Estratégias que Marcam” terá como moderadoras

aquele empreendimento construiu uma conduta de 3600 metros que faz a ligação da rede de rega da barragem do Beliche até ao empre-endimento. “Esta era uma obra há muita ansiada pelo empreendi-mento e que estava em processo camarário desde 2011, tendo tido um impulso essencial do presidente Francisco Amaral nos últimos 6 meses”, realça Ricardo Cipriano,

Alexandra Gonçalves Rodrigues, diretora regional de Cultura do Algarve, e Inês Pereira, jornalista da TVI e diretora da revista Heri-deal. A abertura será feita por Luís Gomes, presidente da Câmara de Vila Real de Santo António.

A inscrição é obrigatória, mas gratuita, e pode ser realizada cli-cando neste link.

A conferência é organizada pela Escola Superior de Gestão, Hote-laria e Turismo da Universidade do Algarve e pela Câmara Municipal de Vila Real de Santo António

diretor do «Castro Marim Golfe & Country Club».

O investimento total é de 240 mil euros, numa obra que foi terminada no princípio do mês de Agosto. Assim o empreendimento conseguiu garantir as necessidades de abaste-cimento de água de rega quase na sua totalidade. “Esta é uma obra estrutural para o empreendimento”, finaliza Ricardo Cipriano.

técnico, económico e financeiro e geradoras de desenvolvimento nas áreas social, económica e tecnoló-gica na sub-região do Baixo Gua-diana.

“Este edifício vai criar as condi-ções favoráveis para o crescimento da iniciativa privada. Os riscos habitualmente associados à criação e desenvolvimento de um projeto empresarial vão diminuir significati-vamente”, declara sobre a matéria o presidente da Câmara Municipal de Castro Marim, Francisco Amaral.

O edifício multifuncional de dois pisos, com espaço para 9 empresas,

distribuídos por uma área de 324 m2, cujo investimento ronda os quatrocentos mil euros, está a ser construído com materiais carac-terísticos da região, terá uma cobertura que respeita as técnicas milenares da arquitetura vernacu-lar do Gharb-al-Andalus e deverá estar concluído no final do mês de setembro.

A obra é cofinanciada pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), no âmbito do Programa de Cooperação Trans-fronteiriça Portugal – Espanha, Projeto PIDETRANS.

Edifício vai albergar novas empresas. O objetivo é incrementar a economia local através do impulso ao empreendedorismo.

Decorreu a 19 de agosto de 2014 a assinatura do contrato de empreitada da obra de ampliação do açude junto à população de Bentos, concelho de Alcoutim.

Cacela Velha 5 de Setembro

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DESENVOLVIMENTO

Renovação Comunista apresenta em Alcoutim moção contra cortes na Saúde

No jantar anual que a Renovação Comunista realiza há vários anos em Alcoutim este ano o tema da discussão foi «Vamos falar de socialismo».De a ocordo com um comuni-cado da Renovação “as conclu-sões salientaram a importância de romper com o silêncio que o chamado «pensamento único» procura fazer cair sobre os ideais que põe em causa o capitalismo apodrecido dos nossos dias e a perspectiva da sua substituição pelo socialismo”.Nesta reunião foi aprovada uma moção de solidariedade com a luta em defesa do Serviço Nacio-nal de Saúde, nomeadamente com

as decisões da Jornada Algarvia de 22 de Agosto. De acordo com a Renovação “o actual Governo tem acentuado os cortes no orça-mento do SNS”, referindo que “esta política economicista tem tido como reflexos: a redução do número de Profissionais, o que é completamente insuficiente para as necessidades, a falta de materiais e equipamentos essen-ciais para o funcionamento dos Serviços. Isto tem conduzido à degradação das condições de tra-balho dos Profissionais de Saúde, havendo situações de rutura na prestação de cuidados de Saúde à população”.Para os membros da associação

Renovação Comunista “as enti-dades responsáveis pela Saúde no Algarve, nomeadamente a ARS vem dizer que tem vindo a resolver o problema da falta de profissionais, como exemplo cita que este ano já contratou 22 Médicos e 40 Enfermeiros”, são números que esta associação considera ser “manifestamente pouco, quando as carências de Profissionais são na ordem das muitas centenas”.Solidários com os profissionais de saúde do Algarve a associação Renovação Comunista exige do Ministério da Saúde “a resolução urgente dos problemas da Saúde no Algarve”.

Presidente Osvaldo Gonçalves está satisfeito com a adesão

Será constituído um gabinete de apoio em cada município para levar efeito a medida

Luís Gomes refuta bastonário dos médicos por causa de contratação de clínicos cubanos

Adesão ao orçamento participativo ultrapassa as expetativas

Eurocidade do Guadiana quer apoiar quem tem hipotecas bancárias

Em Agosto o bastonário da Ordem dos Médicos reivindi-cava “as mesmas condições para os médicos portugueses como as que são dadas aos médicos cuba-nos”. Em reação a uma notícia do jornal nacional «I» o responsável declarou ao jornal «Público» que os sucessivos ministros da Saúde “nunca avançaram com os incen-tivos”, defendendo que “esta dis-criminação positiva” resolveria o problema da falta de médicos de família, que estima em “cerca de 600” em todo o país.

O bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, afir-

O lançamento da primeira fase do Orçamento Participativo do concelho de Alcoutim revelou-se “um verdadeiro sucesso”. É que após o término, em Julho, da divulgação e recolha de propostas, a autarquia tem 50 propostas em mão para analisar.

A próxima fase do programa decorre até 28 de setembro e corresponde à análise técnica das propostas entregues, onde será analisada a viabilidade das mesmas, de acordo com critérios, pre-viamente, estabelecidos.

As propostas consideradas viáveis passarão à etapa final que terá lugar entre 29 de setembro e 10 de outubro. Nesta os munícipes poderão exercer o seu direito de voto e eleger os projetos que, a seu ver, serão uma mais-valia para o concelho.

A eurocidade do Guadiana constituída pelos três municípios raianos – Castro Marim, Vila Real de Santo António e Ayamonte – pretende desenvolver esforços para apoiar as pessoas ou famílias que estejam envolvidas em problemas relacionados com hipotecas bancárias. A ajuda será uma realidade através de um gabinete em cada município para acompanhamento de quem enfrenta dificuldades devido a hipotecas e outras operações bancárias.

A novidade surgiu na última reunião de presidentes das autarquias, e que teve lugar em Vila Real de Santo António. O projeto será dividido em várias fases, mas onde desde início será garantido um tratamento personalizado.

mou que caso os clínicos portu-gueses ganhassem “4230 euros por mês, mais casa, água e luz” - o valor auferido pelos clínicos cuba-nos contratados pelo Governo para trabalharem em centros de saúde do Alentejo e Algarve -, “também estariam dispostos a ir para lá”.

Na sequência destas declara-ções, o presidente da câmara municipal de Vila Real de Santo António, Luís Gomes, responsável por um protocolo com as auto-ridades de saúde cubanas desde 2007 considera que “ bastonário da ordem dos médicos ignora

o resultado global da parceria dos médicos cubanos a exercer funções no Serviço Nacional de Saúde, bem como os benefícios que isso trouxe para a população portuguesa”. O autarca lembrou que “só em 2014, os médicos cubanos a exercer funções em Portugal efetuaram mais de 131 mil consultas. Se recorrermos ao histórico, desde 2009 foram efetu-adas pelos médicos cubanos mais de 1,5 milhões de consultas”. Luís Gomes estranha que “o Bastonário fale dos contratos efetuados com os serviços médicos cubanos e em momento algum os compare aos

contratos que o Estado mantém com as empresas que agenciam médicos a preços exorbitantes”. Em comunicado às redações, o edil afirma que as declarações do bastonário “revelam (…) um sindicalismo de vão de escada baseado em interesses ocultos que em nada têm a ver com o bem-estar da saúde da popula-ção portuguesa”.

Governo garante que médicos estrangeiros ganham menos

Feitas as contas, o Governo

garante que os médicos cuba-nos contratados para trabalhar no Serviço Nacional de Saúde (SNS) recebem menos do que os colegas portugueses com a mesma diferenciação técnica ou vínculo laboral. Em comu-nicado, os serviços do Ministé-rio da Saúde deixam ainda claro que o protocolo, em vigor desde 2009, é para manter e que já no próximo mês chegam mais 51 clínicos. Vão ocupar lugares vazios em centros de saúde nas regiões do Alentejo, Algarve e Lisboa e Vale do Tejo.

A associação Renovação Comunista levou a cabo mais um jantar anual. Desta vez teve lugar a 23 de Agosto, e como vem sendo habitual, o jantar aconteceu em Alcoutim. Os participantes manifestaram-se liminarmente contra os cortes na saúde por parte do atual Governo liderado por Pedro Passos Coelho.

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | SETEMBRO 2014 | 19

DESENVOLVIMENTO

Almargem defende estudo de impacte ambiental antes de exploração de hidrocarbonetos no Algarve

Captura de lingueirão ou navalha proibida até dezembro de 2015

A Associação Almargem decidiu enviar um requerimento oficial à Ministra do Ambiente, Ordena-mento do Território e Energia, “no sentido de ela dar cumprimento imediato ao estipulado na alínea c) do Artº 1º do Decreto-Lei n.º 151-B/2013 que veio transpor para a legislação portuguesa a Directiva 2011/92/EU relativa à avaliação dos efeitos de projectos públicos ou privados no ambiente”. Em comunicado às redações a asso-ciação defende publicamente um estudo prévio à eventual explora-ção de hidrocarbonetos no Algarve.

A captura, manutenção a bordo e descarga de longueirão, lingueirão ou navalha é proibida até dezembro de 2015, de acordo com uma portaria aprovada pelo Ministério da Agricul-tura e do Mar divulgada em Diário da República.Segundo a portaria n.º170-A/2014, publicada ao final da noite de quarta-feira, “o ‘stock’ de longueirão, linguei-rão ou navalha na zona sul [do país] foi considerado pelo IPMA [Instituto Por-tuguês do Mar e da Atmosfera] como sobreexplorado, o que recomenda uma interdição desta pescaria até que uma nova avaliação indique a recuperação dos bancos desta espécie”.

“A Associação Almargem tem-se mantido muito atenta aos desen-volvimentos relacionados com a prevista exploração de hidrocar-bonetos ao largo da costa algar-via. Em 2012, organizámos em Loulé, um primeiro debate público subordinado ao tema “Petróleo no Algarve: sim ou não?” e, nos últi-mos tempos, temos utilizado as páginas da nossa revista (Madres-silva) e da nossa newsletter perió-dica (BIA) para apresentar novos dados e reflexões em torno deste tema”, recorda a associação.A existência de concessões que,

nalguns pontos, se aproximam a menos de 10 km da costa algarvia, os riscos sísmicos e ambientais ine-rentes às operações de pesquisa, exploração e transporte de hidro-carbonetos, a eventual construção de um gasoduto entre o Algarve e Sines (recentemente referida pelo presidente da Repsol), “são assuntos demasiado graves para serem escamoteados da apreciação por parte do público”. Embora as operações de pesquisa de hidrocar-bonetos não sejam explicitamente referidas nessa legislação, ao con-trário das operações de extracção,

a Associação Almargem considera perfeitamente justificável e desejá-vel que seja efectuada uma análise do processo desde o seu início. “A Associação Almargem espera que o Governo seja sensível a estes e outros argumentos que têm posto em causa o avanço deste projecto sem uma discussão prévia alargada e com base em todos os elementos técnicos dis-poníveis para se fazer uma análise séria e preventiva dos riscos asso-ciados à prospecção e exploração de hidrocarbonetos no Algarve”, remata a associação.

Assim, «até ao final de dezembro de 2015» é proibida a “captura, manuten-ção a bordo e descarga de longueirão, lingueirão ou navalha (Ensis siliqua e Pharus legumen)”.Além disso, “tendo em conta que o aumento dos limites de descarga da amêijoa-branca e pé-de-burrinho cap-turada pelas frotas que pescam com ganchorra foi objeto de parecer favo-rável do IPMA, considerando que os mesmos não põem em causa a respe-tiva sustentabilidade, quer na zona sul, quer na zona ocidental norte, procede-se à alteração do atual regime de pesca no que diz respeito aos referidos limites, sem prejuízo

de qualquer ajuste que se venha a revelar prudente à luz da próxima avaliação do estado dos recursos”.Os limites máximos de captura por espécies e por embarcação passam

a ser de 250 quilos por dia de amê-ijoa-branca, o mesmo acontecendo para o pé-de-burrinho, enquanto o lingueirão ou navalha está inter-dita.

«SONHO CERTO» FILMADO NO ALGARVE – No próximo dia 18 de Setembro vai estrear nos cinemas do Algarve a lon-ga-metragem «Sonho Certo», filmado na nossa Região. A 2 de Outubro será apresentado o filme no resto do País.

A antestreia teve lugar no Teatro das Figuras em Faro, completamente lotado, em cerimónia com o figurino de Hollywood. Trata-se de uma comédia dramática falada especialmente em inglês com esporádicos afloramentos da língua portuguesa e dos regio-nalismos algarvios.

Mark Killene, ator partici-pante na «Guerra dos Tronos», série de ficção que tem apaixo-nado todo o mundo, em «300 – O início de um Império» e no filme «Street Fightee» é o ator principal deste «Sonho Certo».

Nesta coluna retém-se o facto de ter manifestado a sua admiração por não esta-rem a ser produzidos mais filmes no cenário do Algarve. Ele entende que a oferta pai-sagística é diversificada, que em pouco tempo se passa do mar ao deserto interior e que o Algarve tem uma luz natural fantástica.

LARA – SUMO PARA A EUROPA – Nos arredores de Silves, no meio dos laranjais encontra-se uma fábrica de sumo de laranja cuja produção é em 90% destinada à expor-tação. São 12 milhões de litros obtidos a partir de 28.000 toneladas de fruto. A casca vai para as rações animais.

A marca, pouco conhe-cida em Portugal, pode ser encontrada em algumas lojas e cadeias de distribuição, em bag in boxes de 3 litros. A fábrica embala contentores de 5 litros, destinados à hotelaria. O sumo sai do país em camiões isotérmicos de 25 toneladas em especial para a França e a Alemanha, durando a viagem entre 3 e 4 dias.

A fábrica pertence ao grupo brasileiro Cutrale, líder mun-dial na produção de sumo de laranja, tendo sido contruída nos anos 80 e agora moderni-zada.

MÉDICA AGREDIDA – Uma médica em serviço no Serviço de Urgência Básico de Albufeira foi insultada e alvo de tentativa de agressão. Tratou-se de um problema de segurança, segundo o Sindi-cato Independente dos Médi-cos que divulgou uma nota de imprensa a repudiar a situa-ção.

O sindicato considera que há desconsideração e desprezo pelos profissionais da saúde colocados nos SUB da região “por parte das entidades res-ponsáveis que se alheiam de criar as indispensáveis con-dições de trabalho e de segu-rança, para os profissionais e para os utentes.

NO ALGARVE

José Cruz

A existência de concessões que, nalguns pontos, se aproximam a menos de 10 km da costa algarvia, os riscos sísmicos e ambientais inerentes às operações de pesquisa, exploração e transporte de hidrocarbonetos, a eventual construção de um gasoduto entre o Algarve e Sines (recentemente referida pelo presidente da Repsol), “são assuntos demasiado graves para serem escamoteados da apreciação por parte do público”, dia a Almargem em comunicado.

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CULTURA

Etniarte trouxe músicas e artesanato do mundo a Monte Gordo

I Encontro Etnográfico Amendoeiras em Flor “foi um sucesso”

Banda Musical castromarinense surpreendeu banhistas

Alcoutim recebeu a exposição «NU/O ALTO»

A Avenida Marginal de Monte Gordo recebeu, entre os dias 19 e 22 de agosto, o Etniarte – Mercado Étnico & Músicas do Mundo. Com entrada livre, o evento divulgou e promove manifestações tradicio-nais populares como o artesanato, a gastronomia, e em particular, as músicas do mundo.

Ao longo de quatro dias, e sempre às 22h00, a vila turística de Monte Gordo recebeu quatro espetáculos musicais de países como Irlanda (LindaScanlon),Angola(ZéManelMartins), Cuba (Yliana Labrada) e Portugal (Inês Graça).

No que diz respeito ao artesa-

A 9 de Agosto centenas de pessoas juntaram-se em Altura, para assistirem ao «I Encontro Etnográfico Amendo-eiras», organizado pela Associação Cultural Amendoeiras em Flor, com a colaboração da Câmara Municipal de Castro Marim, Junta de Freguesia de Altura, Junta de Freguesia de Odeleite e Clube Recreativo Alturense. Depois de um desfile Etnográfico, que percorreu a rua mais movimentada de Altura – a Rua da Alagoa, começaram as atuações. Em palco estiveram dois ranchos folcló-ricos – Rancho Folclórico Etnográfico Infantil da Carregueira e Rancho Fol-

Numa ação inédita nas praias do concelho a Banda Musical Castromarinense surpreendeu os banhistas de Castro Marim ao longo do mês de Agosto. A ação foi promovida pela Câmara Municipal de Castro Marim e abrangeu as três praias do concelho – Praia da Alagoa/Altura, Praia do Cabeço e Praia Verde.

Os elementos da banda foram surgindo na praia, vindos de partes distintas. Juntaram-se perto do acesso principal das praia e tocaram para as centenas de pessoas que se foram aproximando. O sucesso desta ação definiu a sua continuidade até ao final do mês, com flash mobs em todas as praias de Castro Marim.

“Animar e sobretudo promover as praias do concelho, que são das melhores praias do país, as três com ban-deira azul, bandeira praia acessível e galardão qualidade de ouro”, afirma o presidente da Câmara Municipal de Castro Marim, Francisco Amaral, acrescentando que esta é também uma ótima forma de divulgar o trabalho meritório da Banda Musical Castromarinense, “que nos enche de orgulho”.

A Casa dos Condes, no seio da vila de Alcoutim, acolheu até 29 de agosto a exposição «NO/U ALTO», do escultor e pintor Henrique Silva.

Natural de Querença, Loulé, Henri-que coloca nas suas obras o mistério e a inquietude, aquilo que pretende dizer mas que não diz. “NO/U ALTO” apre-senta a ascensão da mulher na socie-dade e a representação da liberdade do Homem.

Com o objetivo de transmitir ao observador a mensagem da alma, da natureza, da figura e da beleza femi-nina, o escultor afirma que tem na pedra a sua melhor aliada, “a pedra é o material de ordem, que me preenche, que me satisfaz”.

No alto do mármore, revelam-se inú-meras figuras femininas com pensa-mentos próprios, formas, funções, cores e qualidades diferentes. Questionado sobre as suas fontes de inspiração, o escultor revela que é no dia-a-dia, na

clórico Regional dos Foros de Salvaterra – e três grupos etnográficos – Grupo Etnográfico Samora e o Passado, Grupo Etnográfico da Serra do Caldeirão (Cor-telha) e o anfitrião Grupo Etnográfico Amendoeiras em Flor, que se estreou em público nessa noite.

Animação, boa disposição e o sau-dosismo inerente ao folclore portu-guês, carregado de usos, costumes e tradições regionais, marcaram este encontro etnográfico em Altura, cujo êxito ditou a continuidade da iniciativa, sendo que a organização fala mesmo em “sucesso”

vida e na comunicação com os outros que se inspira.

Desta mostra, faz parte uma seleção de estatuetas que promete provocar

uma panóplia de sentimentos a quem a contempla. O escultor apela, “Visitem a exposição porque vale a pena. Não vão ficar indiferentes”.

nato, estiveram representados 40 artesãos provenientes de países como Brasil, Portugal, Espanha, Itália, Tunísia, Marrocos e Argé-lia.

Através desta partilha, o Etniarte assume-se como um evento onde artesãos e comerciantes de várias culturas e religiões convivem em harmonia e mostram ao público as suas artes e tradições.

O Etniarte esteve aberto todos os dias entre as 17h00 e as 24h00 e é uma organização conjunta da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António e da Ibérica – Even-tos e Espetáculos.

O autor desta exposição é o artista plástico Henrique Silva

A iniciativa inédita deu um arrojado palco à banda que encantou banhistas

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | SETEMBRO 2014 | 21

CULTURA

Município de Alcoutim prepara 63.ª edição da festa da vila

Concurso de Fado de VRSA está de volta

Orquestra Clássica do Sul convidou Gisela João para espetáculo em Altura

A Vila de Alcoutim prepara, pelo sexagésimo terceiro ano consecutivo, a tra-dicional Festa de Alcoutim, que vai ter lugar entre 12 e 14 de setembro.

“Para além de pretender valorizar e promover o interior algarvio, a orga-nização, a cargo do Município de Alcoutim, tem também como objetivo divulgar a gastronomia, o artesanato e os produtos típicos da região. Assim, neste âmbito, existirão várias barraquinhas que oferecerão aos visitantes uma panóplia de produtos regionais. Aliam-se a estes elementos as tradicionais atividades de animação diurnas e os variados espetáculos de música”, pode ler-se num comunicado à imprensa.

No dia 12 de setembro, sexta-feira, o evento arranca pelas 10h00 com as comemorações do Dia do Município. Pelas 22h00, subirá ao palco o grupo musical MJ, seguindo-se o concerto de José Malhoa, pelas 24h00. O espetáculo de fogo-de-artifício sobre o rio, ocorrerá nos três dias do evento, cerca da 01h15. Já a discoteca no Cais contará com os ritmos do DJ ROYAL PIRESS e do DJ NUNO MARTIM. Todos os dias haverá baile animado pelo grupo musical MJ e, ao nascer do sol, será distribuído o famoso cacau no rio, já uma tradição neste evento.

O Concurso de Fado Amador de Vila Real de Santo António, uma das iniciativas culturais melhor sucedidas do município, prossegue em 2014 e vai já na sua VII edição, mantendo o objetivo de divulgar novos talentos e de promover este estilo musical.

Ao longo das suas edições, o concurso tem esgotado as inscrições e reunido concorrentes de vários pontos do país. À semelhança do ano passado, e como forma de chegar a mais públicos, o concurso integra as suas eliminatórias nos programas das festas tradicionais do concelho, onde cada participante poderá inscrever-se com três fados.

Assim, a 1.ª eliminatória fez parte do cartaz das Festas de São João da Degola e decorreu no dia 27 de agosto, às 21h00, no Largo da Manta Rota.

A 2ª eliminatória acontece na Praça Marquês de Pombal, em VRSA, no dia 5 de setembro, às 21h00, e integra as Festas em Honra de Nossa Senhora da Encarnação.Jáa3.ªeliminatóriatemporpalcoaZonaPoentedoCasinodeMonteGordo,

no dia 10 de setembro, às 21h00, e faz parte da programação das Festas em Honra de Nossa Senhora das Dores.

Depois de ter percorrido as três freguesias do concelho, a final do concurso está marcada para o Centro Cultural António Aleixo, em VRSA, no dia 20 de setembro, a partir das 21h00.

Nas edições anteriores, grandes nomes do fado têm acompanhado este evento, como foram os casos de Alexandra, Raquel Tavares, António Pinto Basto, Teresa Tapadas, Al-Mouraria, Pedro Viola, Teresa Viola, Luís Manchita, Luís Saturnino ou Luís Moreno.

O VII Concurso de Fado Amador é organizado pela Câmara Municipal de Vila Real de Santo António e conta com a direção musical de Valentim Filipe.

A 23 de agosto a praia da Alagoa, em Altura recebeu um espetáculo que uniu a Orquestra Clássica do Sul (OCS) e fadista portuguesa Gisela João. A atuação integrou o Fes-tival Caixa a Sul, um evento promovido pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), que levu um conjunto de concertos a vários sítios das regiões do Algarve e Alentejo.

A OCS, herdeira da Orquestra do Algarve, comemora este ano o seu 1º aniversário, tendo atuando ao lado da artista revelação no Fado português, Gisela João. Em palco, com a conhecida fadista, estiveram 31 músicos, dirigidos pelo Maestro Cesário Costa.

O Festival Caixa a Sul foi ao encontro da principal missão da OCS que é a de oferecer uma programação diversificada e de elevada qualidade artística e promover a música erudita, assim como a cultura, que se produz nas regiões a Sul do Tejo.

O concerto teve entrada gratuita é foi uma organiza-ção da Caixa Geral de Depósitos com a colaboração da Câmara Municipal de Castro Marim.

Concurso de Fado Amador prolonga-se até 20 de Setembro, quando vai ter lugar a final no Centro Cultural António Aleixo

O espectáculo pretendeu também assinalar o primeiro aniversário da Orquestra Clássica do Sul

Castro Marim e Vila Real de Santo António durante a Guerra das Laranjas no Baixo Guadiana

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* O autor não escreve ao abrigo do acordo ortográfico

É sabido que foi no contexto da designada Guerra das Laranjas que Espanha - subserviente dos interesses franceses - arrebanhou Olivença, continuando, com o maior desplante, a ocupá-la sine iure até aos dias de hoje. Porém, e não obstante o marasmo e indolência das entidades políticas portuguesas face a esta irregularidade que viola descaradamente o Congresso de Viana de 1815 (onde Espanha reconhece a soberania lusa em Olivença, comprometendo-se a restituí-la a Portugal), outros episódios ocorridos durante a Guerra das Laranjas representam motivos de orgulho para os portugueses. Um desses episódios foi a acção bélica portuguesa quando Francisco de Melo da Cunha de Mendonça e Meneses, Governador e Capitão General do Algarve, defendeu a fronteira da foz do Guadiana. Foi na madrugada de 8 de Junho de 1801 que o exército da Andaluzia atacou as baterias da artilharia portuguesa situadas na desembocadura do Guadiana, ou seja: a Bateria da Ponta da Areia e a Bateria do Medo Alto, ambas em Vila Real de Santo António. O ataque espanhol foi depois dirigido para as Baterias da Carrasqueira e do Pinheiro, situadas entre a cidade pombalina e Castro Marim. Contudo, estas vilas raianas tinham previsto o ataque espanhol, razão pela qual as baterias de artilharia portuguesa já se encontravam devidamente reforçadas com os regimentos de milícias de Faro e de Tavira. A linha de defesa portuguesa contava ainda com dois batalhões de infantaria de Lagos e Tavira e um batalhão de artilharia, estacionados em São Bartolomeu do Sul, isto é: acampados num terreno que permitia o acesso estratégico a Castro Marim e a Vila Real de Santo António. Durante todo o dia houve intensa troca de fogo entre as duas margens do Guadiana. De um lado a Bateria do Registo e a Bateria da Carrasqueira, do outro lado a Bateria de artilharia das Angustias, em Ayamonte, e as lanchas canhoneiras espanholas. Foi neste sentido que a artilharia estacionada em São Bartolomeu acabou por resultar decisiva para a vitória portuguesa. Várias peças reforçaram as Baterias da Carrasqueira e do Pinheiro, até que o fogo destas vitimou o comandante da artilharia espanhola, D. José Posser. Face a esta vantagem, o Tenente-Coronel Paulo José Lopes, comandante da praça de Vila Real de Santo António, dirigiu o ataque para Ayamonte, que foi imediatamente evacuada pelos espanhóis. No dia seguinte chegavam as notícias do tratado de paz assinado em Badajoz, pelo que o general espanhol Iturrigay nem sequer teve hipótese de lançar um contra-ataque que limpasse um pouco a imagem da derrota espanhola neste combate pelo controlo da foz do Guadiana. De resto, a vitória portuguesa na defesa da linha da fronteira valeu ao já referido Francisco de Melo da Cunha de Mendonça e Meneses, Capitão General do Algarve, o título de Conde de Castro Marim. É caso para dizer: audaces fortuna juvat.

Fernando PessanhaHistoriador

O segundo dia da iniciativa, 13 de setembro, começa com o jogo de futebol internacional (Alcoutim-Sanlúcar), pelas 17h00. Ao longo da tarde, as ruas serão animadas pela La Banda de Brallan. Nesta noite, o concerto estará a cabo do grupo ANJOS, que atuará pelas 24h00. Pela noite dentro, a animação estará garantida pelos DJ FMeDJZOON,nadiscotecanoCais.

No dia de encerramento, 14 de setembro, ao longo da tarde, decorrerão as tradicionais atividades desportivas no Rio Gua-diana, designadamente a travessia a nado, a apanha do pato e o pau de sebo. A última noite tem como cabeça de cartaz a banda algarvia IRÍS, que subirá ao palco, pelas 23h00. No fim danoite,oDJNUNOMARTIMeoDJZOONmarcarãopresençana discoteca do Cais.

Este ano, na sexta-feira e sábado, a entrada na Festa de Alcou-tim terá um valor simbólico de 1 euro que reverterá a favor do TEA- Grupo de Teatro Experimental de Alcoutim.

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CULTURA&AGENDA

POR CÁ ACONTECE A G E N D A

Exposição de pintura5 a 30 de setembroPedro Solá Casa dos Condes (Biblioteca Municipal de Alcoutim)Horário: de segunda a sexta-feira, entre as 08h30 e as 17h30

Castro Marim

Animação de Verão pela Banda Musical Castro Marim3 de SetembroZona de Lazer de Altura22horas

III Jornadas de Valorização do Património Abaluartado da raia transfronteiriça26: 10h30 às 21h27: 09h30 às 17hBiblioteca Municipal de Castro Marim

VRSA

«Exposição - «40º Aniversário da Revolução 25 de Abril – Os valores de Abril no Futuro de Portugal»15 > 30 setembrosegunda a sexta - 9h15 > 19h45 | sábado - 14h00 > 19h45Biblioteca Municipal Vicente Campinas | VRSA

«O mar ao fundo»Espetáculo de Afonso Dias no âmbito da Comemoração do 5º aniversário da Biblioteca15 setembro - 21h30 Biblioteca Municipal Vicente Campinas | VRSA

Apresentação do e-Book «O pianista e a cantora»De Fernando Pessanha

18 setembro - 18h00Biblioteca Municipal Vicente Cam-pinas | VRSA

Lançamento do livro - V Tomo das «Obras escolhidas: 1974-1975» de Álvaro Cunhal editado pelas edi-ções Avante 19 setembro - 18h00Biblioteca Municipal Vicente Campinas | VRSA

Clube de LeituraRomance histórico25 setembro 18h00 Biblioteca Municipal Vicente Campinas| VRSA

Tertúlia no Baixo GuadianaData: 26 setembro17h30 - Biblioteca Municipal Vicente Campinas | VRSA

Herbário FóssilExposição de impressões vegetais em argilaaté 15 setembro9h00 > 13h00 | 14h00 > 17h00 Centro de Investigação e Informação do Patri-mónio de Cacela Santa Rita

Passos Contados «Afloramentos, rochas e fósseis. Uma aproximação às paisagens antigas em Cacela»*Ciclo de passeios pedestres de interpreta-ção da paisagem, com o geólogo Hélder Pereira - 21 setembro - 9h30Ponto de encontro: Cacela VelhaInscrição: 3€ p/pessoa

Pioneiros do Conhecimento Cien-tífico do AlgarveExposição itinerante 1 > 12 setembroterça a sábado > 11h00 > 18h00

Casa do Pároco - Centro de informação ao visitante de Cacela | Cacela VelhaData: 15 > 30 setembroHora: 9h00 > 17h00Local: Câmara Municipal | VRSA

Cinema Português em Movi-mento4 > 7 setembro - 21h30

Torneio início do Ano EscolarSub 14/18 em singulares e pares, femininos e masculinos13 e 14 setembro a partir das 9h00Clube de Ténis | Complexo Desportivo VRSA

III Batalha de Guarda-Redes14 setembro Complexo Desportivo VRSA

Festival Arte sem Fronteiras 2014 - Integrado na Eurocidade22 > 29 setembroVRSA |Castro Marim | Ayamonte

21 ª Regata Internacional do Gua-diana em Canoagem27 setembro - 12h00Sede da Associação Naval do Guadiana

Programa de Rádio Eurocidade do Guadiana - 107,70 FMsextas-feiras10h00 > 11h00Rádio Ayamonte | Ayamonte

Festas em honra de Nossa Senhora da Encarnação5 > 7 setembroVRSA

Festas em honra de Nossa Senhora

das DoresData: 10 > 14 setembroLocal: Marginal | Monte Gordo

Mostras de artesanato de Verão19h00 > 24h00Marginal | Monte Gordo2 setembroPraça Marquês de Pombal | Vila Real de Santo António4 setembro

VII Concurso Fado AmadorHora: 22h002ª Eliminatória > 5 setembro – Praça Marquês de Pombal: inserida nas festas em honra da Nossa Senhora da Encar-nação3ªEliminatória>10setembro–Zonapoente Monte Gordo: inserida nas festas em honra da Nossa Senhora das DoresFinal > 20 setembro – Centro Cultural António Aleixo

Poesia na RuaData: 14 setembro > atividades durante todo o dia - Cacela Velha

Exposição de pintura de Isabel RibeiroArtista plástica portuguesa expõe em EspanhaTeatro Municipal Isla CristinaGaleria Horacio NogueraInauguração 4 de Setembro (20h portuguesas)Permanente entre 4-18 Setembro (20h30 - 21h30)De segunda a sábado

Alcoutim

Feira Nova20 de setembro (sábado)Largo da Igreja - Pereiro

Visita ao Fluviário de Mora1 de setembro

Música na Praça 3 de setembroNoite de fadoPraça da República - Alcoutim22h00

4.º Concurso de figo da índia6 e 7 de setembroSalão da Junta de Freguesia de Martinlongo a partir das 09h00

63.ª Festa de Alcoutim12, 13 e 14 de Setembro (sexta, sábado e domingo)

Passeio ao Badoca Park 20 de setembro

DesportoAulas de ZumbaAtividade gratuita durante toda a época balnearpraia fluvial do Pego Fundo – Alcoutim / terças-feiras às 18h15 | quintas-feiras às 19h00

Aulas de Zumba, aeróbica, step, bodycombat, pilates, ginástica localizada - Atividade gratuitaGinásio da EBI de Martinlongoquartas-feiras às 19h00

Campeonato Municipal de Malha - 20 de setembroPessegueiro

Subida do Rio Guadiana em Canoa - 27 setembro - Rio Guadiana

Feira da Filhó na Cortelha promete atrair visitantes

“Estórias de Assombrar” atraíram caminhantes a Castro Marim

III Semana da Arquitetura promove visita guiada a Alcoutim

No próximo dia 6 de Setembro a aldeia da Cortelha, concelho de Castro Marim, volta a estar em festa com a realização da Festa da Filhó.

Todos os visitantes da aldeia da Cortelha poderão apreciar variados tipos de filhó assim como estará disponível no recinto uma zona para refeições.

Este evento terá inicio pelas 15h com a realiza-ção de um Torneio de Tiro ao Alvo. O baile Serrano que será abrilhantado por Bruno Neves iniciará às 18h00.

Pelas 22h entrará em palco o Grupo Etnográfico de Quelfes “ Dança dos Velhos” onde representa-rão de uma forma diferente as danças e cantares do Algarve.

Após esta mostra etnográfica do grupo de Quelfes continuará o baile serrano por a noite dentro.

De referir ainda que na tarde de Domingo, dia 7 de Setembro, irá realizar-se o Torneio da Sueca.

A festa da Filhó, têm entrada livre e é uma orga-nização da Associação dos Amigos da Cortelha, com o apoio da Câmara Municipal de Loulé, da Junta de Freguesia de Salir, da Região de Turismo do Algarve, do INATEL e da Algar.

Decorreu na noite de 10 de Agosto um passeio noturno pelas ruas e ruelas da zona histórica de Castro Marim. Ao mote «Estórias deAssombrar», que convidava os caminhantes a percorrerem Castro Marim “à hora das bruxas”, responderam mais de 80 pessoas. A iniciativa foi da empresa municipal Novbaesuris e teve como contador das estórias o técnico de património cultural, e colaborador do JBG, Pedro Pires.

Estórias de mouros, mourinhos, bruxas e aparições, foram contadas durante o percurso, numa verdadeira caminhada pela imaginação popular e cultura local, extremamente ricas em narrativas de mistério, fantástico e oculto. Com duração de cerca de hora e meia, o “Estórias de Assom-brar” teve início no Revelim de Santo António, junto à Ermida de Santo António, passando pelos locais de lendas e estranhos acontecimentos que subsistem até aos dias de hoje através da tradição oral.

O «Colegio Oficial de Arquitectos de Huelva» está a organizar a III Semana da Arquitetura. Este ano é dedicada à arquitetura defensiva e vai ter lugar de 3 a 10 de Outubro.

No dia 7 está prevista uma visita guiada aos municípios de Sanlúcar do Guadiana e Alcoutim. Aos interessados fica disponível os contactos [email protected]/00349595411

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PATRIMÓNIO&PSICOLOGIA

No Baixo Guadiana as figueiras cres-cem sobretudo em lugares baixos e frescos, como nas margens do Guadiana, onde atingem maiores dimensões. Mas também as podemos encontrar em muros de pedra ou até em barrancos, desde que expostos ao sol, já que os anos chuvosos são maus para o figo. De copa arredondada ou irregular, por acção dos ventos, a figueira adapta-se bem ao clima quente e terrenos secos do Algarve, assumindo-se como elemento fun-damental da economia e cultura da

população. Quando estão maduros, os

figos inclinam-se, denunciando o momento certo para serem colhi-dos. Para consumo em fresco, temos os figos lampos, brancos ou pretos. Por alturas do São João, inicia-se a época da apanha da primeira camada do figo lampo. Colhe-se à mão, logo pela manhã, e é embalado ainda no pomar, em caixas com uma só camada, para não danificar o fruto. A segunda camada, mais abundante, é colhida em meados de Agosto.

Para secagem, utilizam-se os figos côteos ou “coitos”, mais resistentes à queda da árvore para o solo. Já as “brebas”, de cor preta, podem ser consumidas frescas ou secas. Entre Agosto e Setembro, os figos “coitos” amadurecem e são cuida-dosamente varejados com canas, depois do sol eliminar a humidade

O figo e a figueira no Baixo Guadiana

RUBRICA DE PATRIMÓNIO

da noite. Até há algumas décadas, a apanha do figo era marcada pela deslocação de famílias inteiras para os figueirais, muitas vezes acompanhadas pelos porcos que comiam os figos de menor qualidade que ficavam no chão.

No processo de secagem, os figos eram estendidos ao sol no almanxar – uma esteira feita de cana, palha de centeio, junco ou funcho – na eira ou na açoteia da casa. Nalguns casos, eram secos ainda no campo, após a apanha. Eram depois ensacados e transpor-tados em bestas para o monte. Os figos também podiam ser fumados, em caniços de cana suspensos acima da chaminé. Depois de secos, eram separados consoante a qualidade e o tamanho. Os figos de pior qualidade guardavam-se em canastras e serviam para alimentação das bestas, gado e para a engorda dos porcos. Os maiores e de melhor qualidade, serviam para consumo doméstico, depois de enseirados pelas mulheres. Neste processo, primeiro, ferviam água com funcho em caldeiros de zinco, onde os figos, colocados em pequenos cestos chamados seiras, eram mergulhados sucessivamente. Os figos secos eram depois espalmados e colocados por camadas em arcas de castanho ou canastras, separados por

folhas de figueira, junto com funcho, ervas doces e aroeira – que dava cheiro e ajudava a conservar. Sobre a última fiada assentavam uma pedra pesada para que os figos ficassem bem acamados.

Quando seco, era colocada uma “machinha” de figos nas algibeiras ou no “taleigo” daqueles que iam trabalhar para o campo. Em muitos casos, os figos secos constituíam o único alimento para matar a fome durante a labuta diária. Ainda durante a ceifa, os figos secos serviam de acompanhamento às papas de milho. Para além disso, pode-se encher e fazer o figo cheio com amêndoa e açúcar, ou então abrir e, com amêndoas, confeccionar os chamados figos em estrela. A partir da sua destilação, fabrica-se ainda o licor ou aguardente de figo.

Pedro PiresTécnico de Património Cultural |

Membro do CEPAC/UAlg (Centro de Estudos de Património,

Ambiente e Construção da Universidade do Algarve)

O início de um novo ano escolar traz consigo um acumular de novas aprendizagens e experiências que fortalecem a construção do aluno não só como estudante mas também como cidadão.

Para atingir esse propósito, tal como está implementado no Decreto-lei nº. 18/2011, de 2 de Fevereiro deve-se seguir um dos objetivos impostos pela educação, a melhoria da autonomia da aprendizagem e acréscimo dos resultados escolares. Portanto, para além de um apoio aos alunos que mostrem dificuldades de aprendizagem relacionadas com carências nos métodos de trabalho e de estudo deve-se impor uma preparação para as exigências decorrentes da vida em sociedade, por isso o desafio concentra-se na urgência de se desenvolver um ensino contextualizado, centrado em métodos de aprendizagem que originem bons resultados, que capacitem os estudantes para os diferentes conflitos da vida, na escola e além desta.

Neste processo encontramos a necessidade do aluno, também, de usufruir de um bom suporte familiar, este apoio é, paralelamente à escola, um alicerce ao desenvolvimento dos processos evolutivos da pessoa. Uma boa relação com a família desempenha um papel fundamental no suporte a um conjunto de crenças e comportamentos dos estudan-tes que contribuem para o sucesso, tais como: um maior número de atitudes positivas acerca da escola; aumento do tempo dedicado à aprendizagem; aumento da atenção e da persistência na realização de tarefas; e aumento do sentido de responsabilidade pessoal para a obtenção de melhores resultados escolares.

Levanta-se a questão: como estudar? Se o principal obje-tivo for a obtenção de uma nota final num exame, não há fundamentos científicos que neguem que o “empinanço” não tem sucesso. Neste caso a informação pode manter-se algum tempo mas acaba por desaparecer. Para haver um desenvolvimento da aprendizagem do aluno deve-se promo-ver uma aprendizagem que se mantenha em “reserva”, para que numa futura necessidade o aluno tenha a informação e consiga aplicá-la e realizar com sucesso a tarefa pedida.

Para tal, é aconselhável que o leitor tenha em atenção o seguinte quadro, que nos exemplifica o que se deve e não se deve fazer para adquirir hábitos de estudo mais eficientes:

Hábitos de Estudo

NEIP (Núcleo de Estudos e Intervenção Psi-cológica) – Ana Ximenes, Catarina Clemente,

Dorisa Peres, Fabrícia Gonçalves, Inês Morais, Patrícia Santos, Pedro Costa, Sílvia

Cardoso. Colaboração: Jorge Hilário

www.facebook.com/[email protected]

“Encher um cérebro à pressa é como fazer depressa uma mala barata,

Aguenta a carga durante algum tempo mas depois acaba por cair tudo”

(“Esqueça tudo o que sabe sobre bons hábitos de estudo, 2010”)O que fazer!

Distribuir matérias em diferentes sessões de estudo!

Pratique, faça testes! A prática incrementa os níveis de memória a longo prazo e de domínio do estudo.

O local de estudo deve ser um ponto de bem-estar, com as condições adequadas a um bom estudo. Tenha a luminosidade adequada, espaço, seja arejado, e com poucas distrações por perto.

Autonomia do aluno! Deve organizar-se, decidir o que deve estudar, quando estudar e estruturar o seu estudo.

O aluno não deve estudar exclusivamente sozinho, pois ao estudar com colegas o aluno observa outras formas, maneiras de organizar a matéria, estratégias e práticas na abordagem da mesma.

Tirar notas, fazer os seus próprios apontamentos. Escrever uma certa ideia depois de a ouvir inteiramente, façam a sua própria versão e imponham a sua compreensão e construção do seu significado pessoal dos assuntos.

O que não fazer!

Estudar várias matérias numa prolongada sessão!

Centrar-se numa única disciplina por sessão de estudo, está comprovado que estudar mais do que um tema por sessão contribui para aprendizagens mais duradouras!

Não variar os seus locais de estudo! Deve encontrar o seu espaço dentro da sua casa, pois está comprovado que o seu próprio quarto é o local de maior aquisição de um estudo eficaz!

Ter uma perspetiva irrealista da dificuldade das tarefas. Pensar que a tarefa é muito difícil ou muito fácil vai mexer com a sua motivação, desmotivando o aluno, neste caso à partida ou após a realização da mesma.

Desprezar a importância das revisões da matéria, na véspera e durante as sessões de estudo. Não pensar em perguntas que pode-riam, fazer parte de um teste futuro.

Ter receio de colocar questões e dúvidas aos professores e familiares! Não pesquisar por si próprio!

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COLABORADORES

Se pretende um micro ondas apenas para aquecer e descongelar a comida, opte por um mais simples pois é a melhor opção. Entre os modelos simples que já testámos, encontra a Escolha Acertada por cerca de 50 euros. Mas se utiliza o equipamento também para cozinhar, grelhar e gratinar, prefira um micro-ondas com grill. A nossa Escolha Acertada custa a partir de 70 euros. Pode ainda optar pela Escolha Económica que, comparada com outros modelos testados com baixos resultados, permite poupar cerca de 75 euros.

No nosso comparador, pode ver os preços nas lojas físicas. Encontrá-mos o mesmo modelo com diferença de € 50, dependendo do local. Faça também uma pesquisa nas lojas online, mas não esqueça que, nesses casos, há custos de transporte.Economizar na compra

Algumas lojas oferecem descontos ao entregar o equipamento velho na compra de um novo. Se a loja for entregar o micro-ondas à sua casa, peça que levem o usado. As empresas são obrigadas a fazê-lo quando o pedido é realizado no ato da compra. Pode também colocar o equipamento antigo nos locais próprios para equipamentos em fim de vida.

Poupar no dia-a-dia

Evite aquecer água (ou outros líquidos) no micro-ondas, pois pode não ser seguro. Se a água ferver, há o risco de danificar o aparelho ou de quei-mar-se. Além disso, é uma opção mais cara: se aquecer um litro de água num jarro eléctrico, placa de indução ou vitrocerâmica (caso tenha) con-some metade da energia.

Tenha atenção ao modo stand-by: alguns micro-ondas consomem 14 kW/ano nessa opção, 30 vezes mais do que grande parte dos modelos, que se ficam pelos 0,55kW/ano.

Cubra sempre os alimentos. Isso permite uma distribuição uniforme do calor, evita que a comida resseque e mantém o aparelho limpo.

O aquecimento também é mais uniforme se usar sempre a função “prato giratório” e se for mexendo a comida. Cortar os alimentos do mesmo tama-nho ajuda, já que os bocados mais pequenos aquecem mais rapidamente do que os maiores.

Susana Correiajurista

“Que cuidados devo ter na compra de um micro ondas?”

Delegação Regional do Algarve

CONSULTÓRIO DO CONSUMIDOR / DECO

Quadratim - n.º122

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Jogo da Paciência n.º 128

«Vamos à Horta»

Como é que pode haver uma Organização de Nações Unidas (ONU) se são «inimigas», umas das outras - Rússia/Ucrânia, Reino Unido/Espanha (Gibraltar), Portugal/Espanha (Olivença), Estados Unidos/Iraque, Argentina/Reino Unido (Ilhas Falklands - Maldivas), Israel/Árabes, etc. etc. Vendem material bélico uns aos outros para atacarem os restantes e degladiam-se economicamente. Como é possível aceitar na ONU que cinco individualmente decidam sobre os restantes países, mesmo que estes tenham razão? O mesmo acontece na União Europeia (devia ser uma união mutualista), com tantos litígios regionais onde pode existir uma união e amizade livre de interesses? - Não existe. Existem benefícios para uns, contra os interesses e direitos de outros. Todos deviam de ser iguais - Ex: Terem a mesma moeda - o Euro e entreajudarem-se mutuamente, sem fins lucrativos (BCE e outros), o que não acontece actualmente e nem existirá. Há tantas cimeiras da Paz no Mundo e nunca a encontram (A Paz está bem escondida), nem a podem encontrar enquanto permitirem que haja agitadores de rebeliões e fábricas de material bélico. O símbolo da pomba branca e o raminho de oliveira deixou de ter qualquer significado por isso não estão presentes nas bandeiras da ONU e da União Europeia (UE). Não se provoquem guerras para encontrar a Paz. Esta existe, basta não haver guerras, nem provocações para tal. Não haja hipocrisia, nem egoísmo. Pelo caminho correcto do quadratim vá ao encontro de - HAJA PAZ SEMPRE.

Soluções Jogo da Paciência - n.º127

NOTA INFORMATIVA Nº6/2014NOVA MEDIDA ESTÍMULO EMPREGO - PORTARIA Nº 149-

A/2014 DE 24 DE JULHO

A Portaria nº 149-A/2014, de 24 de julho, implementa a Medida Estímulo Emprego, simplificando, harmonizando e agregando as Medidas Estímulo 2013 e Apoio à Contra-

tação via Reembolso da Taxa Social Única ( TSU) que são, assim, revogadas.Esta medida tem por objetivo apoiar a celebração de contrato de trabalho, a tempo

completo ou parcial, pelo período mínimo de 6 meses, dos desempregados destinatários da medida, por entidades empregadoras privadas.

São destinatários da medida, os candidatos desempregados inscritos no IEFP, I.P., respe-tivamente:

•Hápelomenosseismesesconsecutivos;•Beneficiáriosdeprestaçõesdedesemprego;

•BeneficiáriosdeRendimentoSocialdeInserção;•Cujoconjugueoupessoacomquemvivamemuniãodefactoseencontreigual-

mente em situação de desemprego, inscrito no IEFP, I.P.;•Hápelomenos60diasconsecutivos,noscasosdedesempregadoscomidade

inferior a 30 anos ou com idade mínima de 45 anos ou ainda outros desempregados que não tenham registo na segurança social como trabalhadores independentes nos últimos

12 meses que precedem a data da candidatura;•Queintegremfamíliamonoparental;•Vitimasdeviolênciadoméstica;•Comdeficiênciaeincapacidade;

•Ex-reclusoseaquelesquecumpramoutenhamcumpridopenasoumedidasjudi-ciais não privativas de liberdade em condições de se inserirem na vida ativa;

•Toxicodependentesemprocessoderecuperação.

O empregador que celebre contrato de trabalho ao abrigo da Medida tem direito a um apoio financeiro correspondente a:

a) No caso de contratos a termo certo, 80% do Indexante dos Apoios Sociais ( IAS= 419, 22 €)) multiplicado por metade do número inteiro de meses de duração do con-

trato, não podendo ultrapassar o valor de 80% do IAS vezes 6;b) O apoio financeiro referido na alínea a) é calculado com base em 100% do IAS,

quando se trate da contratação dos seguintes desempregados:•InscritosnoIEFP,I.P.,hápelomenos12mesesconsecutivos

•Beneficiáriosdeprestaçõesdedesemprego•Queintegramfamíliamonoparental

•Cujoconjugueoupessoacomquemvivamemuniãodefactoseencontreigual-mente em situação de desemprego, inscrito no IEFP, I.P.

•Vitimasdeviolênciadoméstica•Ex-reclusoseaquelesquecumpramoutenhamcumpridopenasoumedidasjudi-

ciais não privativas de liberdade em condições de se inserirem na vida ativa•Toxicodependentesemprocessoderecuperação•BeneficiáriosdeRendimentoSocialdeInserção.

c) No caso de contratos sem termo, 1,1 IAS vezes 12

PEDIDO DE DESCULPAS

Venho por este meio muito res-peitosamente apresentar o meu pedido de desculpas às Enfer-meiras na Unidade de Cuidados na Comunidade de Vila Real de Santo António, Enf.ª Fátima Frazão, Enf.ª Patrícia Jerónimo, Enf.ª Sílvia Rufino e Enf.ª Susana Faustino, à assistente Técnica Sandra Bandeira do Serviço de Urgência Básico de VRSA, ao Sr. José Eduardo e à Dona Ernestina pelo ocorrido no dia 25-06-2014 no Centro de Saúde de Vila Real de Santo António. Tendo sido um equívoco não tendo nenhuma destas pessoas aqui referi-das nada a ver com o assunto que estava para ser resolvido. Saliento ainda que estas profis-sionais tiveram um procedimento excelente comigo, desde já o meu muito obrigado e agradecimento a todas elas.

Como não podia deixar passar sem agradecer a duas pessoas muito importantes na minha vida, o meu grande e sempre presente apoio e força de viver os meus pais!

Na vida todos temos um segredo inconfessável, um arre-pendimento irreversível, um sonho inalcançável e um amor inesquecível…

Enxada1. Ancinho2. Regador3. Estaca4. Aromas5. Espinafres6. Beringelas7. Nabiças8. Nabos9. Pimentos10.

Cenouras11. Hortelã12. Coentros13. Salsa14. Batatas15. Cebolas16. Alhos17. (Couve) Portuguesa18. (Couve) Galega19. Alfaces20.

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | SETEMBRO 2014 | 25

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CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO MARIMA CARGO DA NOTÁRIA

MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃO

Nos termos do art.º 100, n.º 1, do Código do Notariado, certifico que, no dia seis de Agosto de dois mil e catorze, foi lavrada neste Cartório, de folhas vinte e um a folhas vinte e dois verso do Livro de Notas para Escrituras Diversas número vinte e nove - A, uma escritura de justificação, na qual compareceram:José Sabóias Vaz e mulher, Maria dos Anjos Martins Vaz, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, ele da freguesia e concelho de Castro Marim, ela da freguesia de Cernache de Bonjardim, concelho de Sertã, residentes na Junqueira, Castro Marim, contribuintes fiscais números 104 971 711 e 159 144 205.Que declararam ser donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio rústico sito no Vale da Palmeira, Junqueira, na freguesia e concelho de Castro Marim, composto por terra de cultura arvense de sequeiro e oliveiras, com a área total de dois mil e seiscentos metros quadrados, a confrontar a Norte com Fernando da Conceição Salvador, a Sul com caminho, a Nascente com António Manuel Marques, e a Poente com Graça Maria Vaz Palma Martins Teresa, não descrito na Conservatória do Registo Predial deste concelho, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 75, da secção M, com o valor patrimonial tributável, calculado para efeitos de Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis e de Imposto do Selo, de vinte e dois euros e quarenta cêntimos, igual ao atribuído.Que o referido prédio entrou na posse dos primeiros outorgantes, já no estado de casados, por divisão meramente verbal, nunca reduzida a escrito, feita com António Manuel Marques, casado com Maria Antonieta Marques sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes na Junqueira, Castro Marim, em data imprecisa do ano de mil novecentos e setenta e nove, os quais, juntamente com os justificantes, haviam adquirido o referido prédio por compra feita por escritura pública que não lograram localizar, a treze de Novembro de mil novecentos e setenta e oito, feita a Romana Salvador Vaz Palma, viúva, residente na Junqueira, Castro Marim, a Rita da Conceição Brito do Vale, casada com António do Brito do Vale sob o regime da comunhão geral, residente em Faro, a Manuel Salvador Vaz Palma, casado com Almerinda Cavaco Vaz Palma sob o regime da comunhão geral, residente em Vila Real de Santo António, a José Salvador Vaz Palma, casado com Dolores Alba Palma sob o regime da comunhão geral, residentes em Ayamonte, Huelva, Espanha, e a Virgílio Salvador Martins, casado com Maria Delcan Marques sob o regime da comunhão geral, residente em Ayamonte, Huelva, Espanha, todos já falecidos.E que, sem qualquer interrupção no tempo, desde então, portanto há mais de vinte anos, têm estado os justificantes na posse do referido prédio, cuidando da sua manutenção, arando suas terras, colhendo os seus frutos, pagando suas contribuições e impostos, enfim usufruindo-o no gozo pleno de todas as utilidades por ele proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa que, é exercida de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que os justificantes adquiriram o referido prédio por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, título extrajudicial normal capaz de provar o seu direito.Está conforme o original. Castro Marim, aos 6 de Agosto de 2014.

A Colaboradora,(Ana Rita Guerreiro Rodrigues)

(Colaboradora inscrita sob o n.º 400/3, conforme despacho de autorização da Notária Maria do Carmo Correia Conceição, publicado a 05.01.2012, no portal da Ordem dos Notários, nos termos do disposto no artigo 8º do Estatuto do

Notariado e da Portaria n.º 55/2011, de 28 de Janeiro)

Conta registada sob o n.º 19/08 Factura n.º 4392

Jornal do Baixo Guadiana1 de setembro de 2014

CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO MARIMA CARGO DA NOTÁRIA

MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃO

Nos termos do art.º 100, n.º 1, do Código do Notariado, certifico que, no dia vinte e um de Julho de dois mil e catorze, foi lavrada neste Cartório, de folhas cento e trinta a folhas cento e trinta e dois verso do Livro de Notas para Escrituras Diversas número vinte e oito - A, uma escritura de justificação, na qual compareceram:Domingos Anastácio Cavaco e mulher, Maria Rita Viegas Afonso Cavaco, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ambos naturais da freguesia de Pereiro, concelho de Alcoutim, onde residem em Tacões, Pereiro, contribuintes fiscais números 106 378 180 e 155 216 236.Que declararam ser donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, dos seguintes prédios, todos da União das Freguesias de Alcoutim e Pereiro, concelho de Alcoutim, não descritos na Conservatória daquele concelho:

VERBA UMPrédio rústico sito em Soalheira, composto por cultura arvense de sequeiro, com a área de quinhentos e vinte metros quadrados, a confrontar a Norte e Nascente com João Nobre, a Sul com Mário Lopes e a Poente com António Romeira Marques, inscrito na matriz sob o artigo 39, da secção A053, que teve origem no artigo 39, secção 053, da extinta freguesia do Pereiro, com o valor patrimonial tributável, para efeitos de IMT e de Imposto do Selo, de vinte euros e doze cêntimos, igual ao atribuído.

VERBA DOISPrédio rústico sito em Cerquinha Pequena, composto por mato e leitos de curso de água, com a área de quatro mil quinhentos e vinte metros quadrados, a confrontar a Norte com Manuel José Vicente, a Sul com Maria de Fátima Marques, a Nascente com António José Cavaco e a Poente com António Sebastião, inscrito na matriz sob o artigo 5, da secção A052, que teve origem no artigo 5, secção 052, da extinta freguesia do Pereiro, com o valor patrimonial tributável, para efeitos de IMT e de Imposto do

Selo, de treze euros e noventa e cinco cêntimos, igual ao atribuído.VERBA TRÊS

Prédio rústico sito em Umbria, composto por cultura arvense de sequeiro, com a área de oitocentos metros quadrados, a confrontar a Norte, a Sul e a Poente com José Rodrigues e a Nascente com Manuel José Vicente, inscrito na matriz sob o artigo 15, da secção A056, que teve origem no artigo 15, secção 056, da extinta freguesia do Pereiro, com o valor patrimonial tributável, para efeitos de IMT e de Imposto do Selo, de trinta euros e noventa cêntimos, igual ao atribuído.

VERBA QUATROPrédio rústico sito em Portela da Palmeira, composto por alfarrobeiras, amendoeiras, cultura arvense de sequeiro, citrinos e oliveiras, com a área de três mil setecentos e sessenta metros quadrados, a confrontar a Norte com Ilda Maria Mestre, a Sul com Manuel Francisco, a Nascente com Manuel José Vicente e a Poente com Domingos Anastácio Cavaco, inscrito na matriz sob o artigo 20, da secção A057, que teve origem no artigo 20, secção 057, da extinta freguesia do Pereiro, com o valor patrimonial tributável, para efeitos de IMT e de Imposto do Selo, de quatrocentos e cinquenta e três euros e noventa e sete cêntimos, igual ao atribuído.Que os referidos prédios lhes pertencem por os terem adquirido por compra verbal, já no estado de casados, e nunca reduzida a escrito, em data imprecisa do ano de mil novecentos e noventa e dois, feita a Maria Antónia Marques Ribeiro, viúva, residente em Tacões, na dita União das Freguesias de Alcoutim e Pereiro, concelho de Alcoutim.E que, sem qualquer interrupção no tempo, desde então, portanto há mais de vinte anos, têm estado os justificantes na posse dos referidos prédios, cuidando da sua manutenção, colhendo os seus frutos, arando suas terras, utilizando-os para pastoreio do seu gado, enfim usufruindo-os no gozo pleno de todas as utilidades por eles proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que os justificantes adquiriram os prédios por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, título extrajudicial normal capaz de provar o seu direito.Está conforme o original. Castro Marim, aos 21 de Julho de 2014.

A Colaboradora,(Ana Rita Guerreiro Rodrigues)

(Colaboradora inscrita sob o n.º 400/3, conforme despacho de autorização da Notária Maria do Carmo Correia Conceição, publicado a 05.01.2012, no portal da Ordem dos Notários, nos termos do disposto no artigo 8º do Estatuto do Notariado e da Portaria n.º 55/2011, de 28 de Janeiro)

Conta registada sob o n.º 56/7 Factura / Recibo n.º 4362

Jornal do Baixo Guadiana1 de setembro de 2014

CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO MARIMA CARGO DA NOTÁRIA

MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃO

Nos termos do art.º 100, n.º 1, do Código do Notariado, certifico que, no dia sete de Agosto de dois mil e catorze, foi lavrada neste Cartório, de folhas trinta e dois a folhas trinta e cinco do Livro de Notas para Escrituras Diversas número vinte e nove - A, uma escritura de justificação, na qual compareceram:Francisco Sebastião Ribeiros Mestre e mulher, Maria Luísa Sequeira Gonçalves Mestre, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais, ele da freguesia de Odeleite, ela da freguesia de Azinhal, ambos do concelho de Azinhal, residentes na Quinta da Cerca, Lote 107, em Castro Marim, contribuintes fiscais números 106 842 072 e 106 842 064.Que declararam ser donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, dos seguintes prédios rústicos, todos na freguesia de Azinhal, concelho de Castro Marim, e não descritos na Conservatória do Registo Predial deste concelho: a) Prédio rústico sito na Corte do Gago, composto por terra de cultura arvense, com a área total de quatrocentos e quarenta metros quadrados, a confrontar a Norte com António João Gonçalves, Nascente com José Francisco Dias, a Sul com António José Sequeira e Francisco Sebastião Ribeiros Mestre e a Poente com Francisco Sebastião Ribeiros Mestre, inscrito na respectiva matriz rústica sob o artigo 78, da secção AL, com o valor patrimonial tributável, calculado para efeitos de Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis e de Imposto do Selo, de seis euros e trinta e dois cêntimos, igual ao atribuído;b) Prédio rústico sito na Corte do Gago, composto por terra de cultura arvense, com a área total de trezentos e vinte metros quadrados, a confrontar a Norte e Poente com Francisco Sebastião Ribeiros Mestre, a Sul com Maria Maximina do Livramento, e a Nascente com José Francisco Dias, inscrito na respectiva matriz rústica sob o artigo 81, da secção AL, com o valor patrimonial tributável, calculado para efeitos de Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis e de Imposto do Selo, de seis euros e oitenta e um cêntimos, igual ao atribuído;c) Prédio rústico sito na Corte do Gago, composto por terra de cultura arvense, com a área de oitocentos metros quadrados, a confrontar a Norte com Alberto Gonçalves Conceição, a Sul com Maria Maximina do Livramento, a Nascente com Francisco Sebastião Ribeiros Mestre, e a Poente com José Carlos Gomes Afonso, inscrito na respectiva matriz rústica sob o artigo 83, da secção AL, com o valor patrimonial tributável, calculado para efeitos de Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis e de Imposto do Selo, de doze euros e sessenta e seis cêntimos, igual ao atribuído; ed) Prédio rústico sito na Horta do Vinagre, composto por terra de pomar de citrinos, com a área de trezentos e dez metros quadrados, a confrontar a Norte com Isabel Martins Anastácio, a Sul com José Carlos Gomes Afonso e Rogério Gonçalves Palma, a Nascente com Francisco Sebastião Ribeiros Mestre, e a Poente com José Manuel Pereira, inscrito na respectiva matriz rústica sob o artigo 31, da secção BJ, com o valor patrimonial tributável, calculado para efeitos de Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis e de Imposto do Selo, de noventa e um euros e setenta e sete cêntimos, igual ao atribuído.Que os referidos prédios entraram na posse dos justificantes, já no estado de casados, todos por compras verbais e nunca reduzidas a escrito, nos seguintes termos:i. o prédio identificado em a), foi em data imprecisa do mês de Agosto do ano de mil novecentos e noventa, feita a Manuel Custódio Gonçalves e mulher, Bárbara Maria Sequeira, residentes na Corte do Gago, na dita freguesia de Azinhal;ii. o prédio identificado em b), foi em data imprecisa do mês de Agosto de mil novecentos e noventa, feita a António Alberto da Conceição e mulher, Maria do Rosário Martins Guerreiro Conceição, residentes na Rua Ministro Duarte Pacheco, Lote 23, 1º esquerdo, em Vila Real de Santo António;iii. o prédio identificado em c), foi em data imprecisa do mês de Agosto de mil novecentos e noventa e um, feita a Eduardo Joaquim Gonçalves Sequeira e mulher, Almerinda Gonçalves Parreira, residentes na Rua 8 de Setembro, n.º 5-A, cave esquerdo, no Laranjeiro;iv. e o prédio identificado em d), foi em data imprecisa do mês de Agosto de mil novecentos e noventa e dois, feita a João Gonçalves Pereira e mulher, Maria Pereira Gonçalves, residentes na Corte do Gago, na referida freguesia de Azinhal. E que, sem qualquer interrupção no tempo, desde então, portanto há mais de vinte anos, têm estado os justificantes na posse dos referidos prédios, cuidando da sua manutenção, colhendo seus frutos, arando suas terras, enfim usufruindo-os no gozo pleno de todas as utilidades por eles proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que os justificantes adquiriram os referidos prédios por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, título extrajudicial normal capaz de provar o seu direito.

Está conforme o original. Castro Marim, aos 7 de Agosto de 2014.A Colaboradora,

(Ana Rita Guerreiro Rodrigues)(Colaboradora inscrita sob o n.º 400/3, conforme despacho de autorização da Notária Maria do Carmo Correia Conceição, publicado a 05.01.2012, no portal da Ordem dos

Notários, nos termos do disposto no artigo 8º do Estatuto do Notariado e da Portaria n.º 55/2011, de 28 de Janeiro)

Conta registada sob o n.º Factura n.º

CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO MARIMA CARGO DA NOTÁRIA

MARIA DO CARMO CORREIA CONCEIÇÃO

Nos termos do art.º 100, n.º 1, do Código do Notariado, certifico que, no dia sete de Agosto de dois mil e catorze, foi lavrada neste Cartório, de folhas vinte e cinco a folhas vinte e seis verso do Livro de Notas para Escrituras Diversas número vinte e nove - A, uma escritura de justificação, na qual compareceram:José Gonçalves Rodrigues e mulher, Maria Natália da Conceição Madeira Rodrigues, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ambos naturais da freguesia de Vila Nova de Cacela, concelho de Vila Real de Santo António, residentes na Ribeira da Gafa, em Vila Nova de Cacela, contribuintes fiscais números 109 892 674 e 109 892 666.Que declararam ser donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio urbano sito no Poço da Pena, na freguesia e concelho de Castro Marim, composto por edifício térreo de habitação, arrecadação e arrumos, com a área total e de implantação de trinta e três metros quadrados, a confrontar a Norte e Nascente com Vítor Gonçalves, a Sul com José Gonçalves Rodrigues e a Poente com caminho, não descrito na Conservatória do Registo Predial deste concelho, inscrito na respectiva matriz urbana sob o artigo 8081, com o valor patrimonial tributável de três mil duzentos e trinta e um euros e dezoito cêntimos, igual ao atribuído.Que o referido prédio entrou na posse dos justificantes, já no estado de casados, por doação verbal, nunca reduzida a escrito, em data imprecisa do ano de mil novecentos e oitenta e cinco, feita por António dos Santos, solteiro, maior, natural da freguesia e concelho de Castro Marim, e residente no Sítio do Poço da Pena, Pisa Barro de Cima, Castro Marim.E que, sem qualquer interrupção no tempo, desde então, portanto há mais de vinte anos, têm estado os justificantes na posse do referido prédio, utilizando-o para guarda de utensílios, ferramentas e frutos, cuidando da sua manutenção, fazendo obras de conservação e reparação, pagando suas contribuições e impostos, enfim usufruindo-o no gozo pleno de todas as utilidades por ele proporcionadas, sempre com ânimo de quem exerce direito próprio, posse essa exercida de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, de modo público, porque com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, pacífica, porque sem violência, e contínua, pelo que os justificantes adquiriram o referido prédio por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, título extrajudicial normal capaz de provar o seu direito.

Está conforme o original. Castro Marim, aos 7 de Agosto de 2014.

A Colaboradora,

_________________________________ (Ana Rita Guerreiro Rodrigues)

(Colaboradora inscrita sob o n.º 400/3, conforme despacho de autorização da Notária Maria do Carmo Correia Conceição, publicado a 05.01.2012, no portal da Ordem dos Notários, nos termos

do disposto no artigo 8º do Estatuto do Notariado e da Portaria n.º 55/2011, de 28 de Janeiro)

Conta registada sob o n.º 30/08 Factura n.º 4400

Jornal do Baixo Guadiana1 de setembro de 2014Jornal do Baixo Guadiana

1 de setembro de 2014

Page 26: Jornal do baixo guadiana setembro 2014

26 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |SETEMBRO 2014

DESPORTO

Futebolândia

E, finalmente, lá começaram as emoções do futebol! De destacar o regresso de Nani a Alvalade; o jogador português que estava mais esquecido no Manchester United que um deputado de «Os Verdes» no Parlamento, regressou ao clube que um dia o viu nascer para o futebol (esta parte ficou bonita, regressou ao clube que um dia o viu nascer para o futebol… gostei!). de resto, esta seria a notícia mais importante não fosse o anun-ciado regresso e a hipotética candidatura de António Guter-res a Belém - o homem que não faz a mínima ideia do que é o PIB! Depois de passar uns anos a correr mundo como o “Willie Fog”, quer ser presi-dente da República… Só falta agora o José Sócrates deixar de ser comentador e tornar-se político de verdade, isso é que era surrealismo.

Bruno de Carvalho, presi-dente do Sporting, deu um banho em pleno Estádio de Alvalade e tornou-se herói nas hostes sportinguistas. Since-ramente, para mim é o presi-dente mais multifacetado do futebol português. Dá banhos públicos, comenta arbitra-gens… Penso que, em vez do Nani, deveria ter sido ele a bater a grande penalidade frente ao Arouca; isto sim é um presidente!

Para os lados da segunda circular, em plena capital do país, a direção do Benfica está a ponderar a hipótese de levar os avançados do clube à Mul-tiópticas ou mandar alargar as balizas. É que é uma falta de pontaria nunca vista! … Igual só no tempo do Isaías que naquela altura ia sendo pro-cessado pela Sociedade Pro-tetora dos Animais por matar três gaivotas, dois falcões e três pardais.

As emoções estão ao rubro! António Costa está doido para ser primeiro-ministro, o homem que não sabe fazer as contas do PIB quer ser presi-dente da República, Cavaco Silva continua o seu processo de hibernação, Passos Coelho atira as culpas da má governa-ção ao Tribunal Constitucio-nal… Resumindo, está tudo na mesma.

www.facebook.com/futebo-landia

Eusébio Costa, técnico superior na área

da comunicação da junta de freguesia de VRSA

[email protected]

Podia ter saído de qualquer conto medieval ou história de guerreiros o que se viveu este ano na 76ª Edição da Volta a Portugal em Bicicleta! Mas as batalhas foram tra-vadas e vividas sobre o asfalto das estradas lusitanas.À partida em Fafe eram 138 os valentes guerreiros pron-tos para disputar os 1600 quilómetros que os levavam montanha abaixo e montanha acima até à consagração em Lisboa. Galego foi a língua que se ouviu gritar mais alto no pas-sado dia 10 de Agosto em Lisboa, no final desta Volta a Portugal. Foi Gustavo Veloso o nome do consagrado e OFM/ Quinta da Lixa/W52 o nome do esquadrão mais forte. Mais uma vez o Baixo Guadiana contou com os seus homens de ferro nesta batalha. Ricardo Mestre, entrou a liderar a equipa Efapel Glassdrive e também como um dos homens fortes assumidos desta Volta, com a histó-ria a coloca-lo como um dos “cavaleiros mor” depois de ganhar a Volta de 2011 e no ano passado representar uma equipa Protour.Amaro Antunes, natural de Vila Real de Santo António e a defender as cores da equipa tavirense, Banco Bic, também ele entrou como um dos líderes do seu bata-lhão, mas de uma forma discreta e sem responsabilidade na luta pela geral. Samuel Caldeira foi um “soldado veloz” da equipa OFM/Quinta da Lixa/W52, esquadrão que se apresentou para defender um título atribulado, liderado pelo “cavaleiro maior” Gustavo Veloso sendo este o principal opositor de Ricardo Mestre.Pois bem… contas feitas e prova terminada, Ricardo Mestre sai com o título de “enguiçado” da Volta, após

ter sofrido uma violenta queda na penúltima das bata-lhas, no contra relógio individual, que o enviou para o hospital onde foi submetido a uma sutura numa ferida localizada e o colocou fora desta edição da Volta a Por-tugal. Vencedor da Volta em 2011, Mestre em 2012 já tinha ficado fora da discussão da mesma por queda e mais um ano o enguiço continua…Uma das boas surpresas da Volta foi Amaro Antunes, teve uma prestação muito consistente, o que lhe garantiu um lugar no Top 10 da geral individual num excelente 9º lugar. O jovem corredor mostra assim que apesar da tenra idade, pode ser um ciclista a ter em conta nas futuras edições da prova, defendendo-se muito bem na montanha e no contra-relógio individual.Experiente e veloz, Samuel Caldeira ganha nesta edição o título de “homem talismã”. Caldeira que entrou nesta Volta com a lição completamente estudada, soube estar à frente nas etapas com chegada ao sprint e foi um gregário de luxo em prol dos seus companheiros de guerra. Mais uma Volta a Portugal terminada, mais um título para um colega seu. Somando seis participações em Voltas a Portugal são cinco os triunfos celebrados por Caldeira, apenas não ganhando em 2012, ano em que fazia parte da equipa de Ricardo Mestre onde este saiu azarado. Pode dizer-se então que equipa com Samuel Caldeira no plantel, equipa vencedora… Num balanço final pode-se dizer também que apesar do azar de Ricardo Mestre, o três atletas do Baixo Guadiana estiveram a um bom nível e que o futuro pode-nos trazer alegrias e orgulho nesta modalidade.

Humberto Fernandes«76ª Volta a Portugal em bicicleta - “uma Volta Galega com enguiço, surpresa e talismã”

No fecho de mais uma época os canoístas do Grupo Des-portivo de Alcoutim (GDA) subiram ao pódio colocan-do-se neste patamar por quatro vezes. Primeiramente no Nacional de Pista com cinco atletas Juniores e Séniores com que obteve seis medalhas, depois com os escalões mais novos conquistou 4 pódios ( 8 medalhas), estando em cerca de 20 finais onde muitas outras embarcações estiveram muito perto das mesma.

Esta foi a última prova da época 2013/2014 onde o GDA competiu, época essa que teve o melhor resultado coletivo de sempre numa competição nacional (4ºlugar), 2 titulos Regionais coletivos (Fundo e Maratona), 3 novos campeões Nacionais, 12 campeões regionais, cerca de 30 pódios Nacionais divididos por 17 atletas diferentes.

Pelo menos 28 atletas medalhados no Campeonato Europeu deAtletismo2014,realizadoemZurique,Suíça,entre12e17 de agosto, efetuaram estágios de preparação no Complexo Desportivo de VRSA na temporada 2013/2014, facto que evi-dencia, uma vez mais, as potencialidades deste equipamento no treino de alto rendimento.

Dos 28 medalhados, encontram-se grandes nomes do atle-tismo internacional como Yohann Diniz, em marcha; Pawel Fajdek, em lançamento do martelo; Mahiedine Mekhissi-Benabbad em 1500 metros; Olha Saladukha em triplo salto e Bohdan Bondarenko em salto em altura, atleta europeu do ano em 2013.

Atualmente, o Complexo Desportivo de VRSA constitui um centro de treino com grande capacidade de captação de prati-cantes estrangeiros e está identificado pela Federação Interna-cional de Atletismo (IAAF) como centro de excelência.

Encontra-se igualmente classificado como Centro de Pre-paração Olímpica desde 2004.

GD Alcoutim fecha época com mais 4 pódios

Medalhados europeus de atletismo escolhem Complexo Desportivo de VRSA

Na modalidade de Marcha o atleta Yohan Diniz bateu recorde mundial

Os novos e grandes resultados foram alcançados nos escalões júniores e séniores

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JORNAL DO BAIXO GUADIANA | SETEMBRO 2014 | 27

DESPORTO

Atleta do Sporting venceu na Praia da Alagoa Prova de Natação de Mar de Castro Marim

30 anos de subida e descida do rio Guadiana

Pedro Pinotes, nadador do Sporting Clube de Portugal, mostrou mais uma vez a sua elevada classe na prova de mar da praia da Alagoa-Altura, que se realizou dia 10 de agosto, organizada pelo Leões do Sul Futebol Clube, de S. Bartolomeu do Sul.OnadadorOlímpicovenceuaXIII

Prova de Natação de Mar da Vila de CastroMarim,inseridanoXXICir-cuito de Natação de Mar do Algarve e única prova desta competição que se realiza no Sotavento. Em segundo lugar classificou-se Tiago Campos, do Viver Santarém, e em terceiro, Gonçalo Carmo, do Clube de Nata-ção Vasco da Gama.

A prova principal, na distância de 1500 metros, contou com 128 nada-dores, aos quais se juntaram 63 na prova de divulgação, num total de

Decorreu a 30 e 31 de agosto, a tradicional Subida e Descida do Guadiana à vela. Prova que, já na sua 30º edição, é a 1ª e mais antiga organização des-portiva conjunta e transfrontei-riça da Península Ibérica, bem como a mais antiga do género na modalidade.

Numa organização conjunta

191 participantes, entre masculinos e femininos, repartidos por vários escalões, o que constitui um recorde do circuito na edição de 2014.

Na linha de partida, em frente do Eurotel Altura, os nadadores joga-ram-se à água e nadaram até à zona de animação/entrada principal desta praia de águas quentes e areias finas, brindada com a bandeira azul pelas suas excelentes condições naturais e de infraestruturas.

Alexandre Pereira, Bernardo Escada e Tiago Escada asseguraram, por esta ordem os três lugares do podium na prova de divulgação, na distância de 800 metros.

Até à praia da Alagoa Altura vieram atletas de mais de uma vin-tena de clubes e coletividades, tendo vencido a prova o Lagoa Académico Clube, seguido do CF Os Armace-

da Associação Naval do Gua-diana e do clube Náutico Isla Canela, com o apoio e patro-cínio do Patronato Municipal de Deportes de Ayamonte, do Ayuntamiento de Sanlucar del Guadiana e da Câmara Muni-cipal de Alcoutim, entidade a quem coube na presente edição, ser a anfitriã na noite e tarde

nenses e do Portinado.Kelly Jeffery levou a medalha

de ouro na prova principal esca-lão feminino, Bruna Riesenberger foi medalhada com a prata e Sofia Rolão com o bronze. Na prova de divulgação feminina, o primeiro lugar foi atribuído a Catarina Silva, o segundo a Carolina Escada e o ter-ceiro a Inês Freire.

O Leões do Sul Futebol Clube fez-se representar por 8 atletas, tendo Nuno Norberto recebido o troféu de melhor nadador do Conce-lho de Castro Marim e Nelson Palma Mestre sido o melhor nadador dos Leões do Sul.

Este evento teve o apoio do Muni-cípio de Castro Marim, Junta de Freguesia da Altura e diversas ins-tituições e várias empresas privadas da região.

de sábado, presenteando todos os participantes com um jantar servido na praia fluvial e pos-teriormente com a sempre desejada festa da espuma, no cais de Alcoutim, momento sempre marcante para o ele-vado número de jovens par-ticipantes, bem como para os habitantes de ambas as mar-

No total participaram nesta prova cerca de 200 pessoas

gens do Guadiana. Com vento fraco de sudoeste, as cerca de 120 embarcações largaram às 12h30 de sábado rumo a Alcoutim-Sanlúcar, tendo o 1º classificado cortado a linha de chegada cerca das 17h00. No domingo, pelas 9h00, deu-se a largada, com vento fraco de norte, tendo a prova sido encur-

tada, cerca da ponte interna-cional do Guadiana, devido á falta de vento.

A entrega de troféus, com a presença dos cerca de 250 participantes e várias entida-des locais, decorreu na sede da Associação Naval do Guadiana, pelas 17h00.

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Setembro é tempo de regresso às aulas. Ano letivo novo, vida nova. Encarregados de educação e alunos sigam o caminho para a escola de olhos postos na preservação de boas práticas para o ambiente. Adquiram sempre que possível materiais reciclados, reciclem outros que seja possível reciclar. Troquem e partilhem materiais sempre que possível. O ambiente também agradece!

Manuel Caldeira, ex-futebolista natural de Vila Real de Santo António, que se des-tacou como defesa-central no Lusitano de VRSA e no Sporting, faleceu aos 87 anos.Recorde-se que este jogador foi formado n Lusitano, na sua terra-natal, e represen-tou este clube nas três melhores épocas do seu historial, quando participou na I Divisão, tendo sido o segundo clube algar-vio a fazê-lo. Apesar da descida do clube vilarealense à II Divisão, Manuel Caldeira transferiu-se em 1950 para o Sporting, clube que viria a representar ao longo de nove épocas. No Sportig foi defesa-central da famosa equipa dos cinco vio-linos. Manuel Caldeira foi internacional português pela seleção principal em três ocasiões. Este jogador encerrou a sua car-reira no Portimonense e no Silves.

À família o JBG apresenta sentidas condolências.

Cartoon ECOdica

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Faleceu o antigo futebolista Manuel Caldeira