jornal do baixo guadiana

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Director: Carlos Luis Figueira Propriedade da Associação ODIANA Fundado pela Associação Alcance em 2000 Jornal Mensal Ano 12 - Nº139 DEZEMBRO 2011 PREÇO: 0,85 EUROS Guadiana Baixo Baixo Guadiana JORNAL DO PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADO DE PLÁSTICO OU PAPEL PODE ABRIR-SE PARA VERIFICAÇÃO POSTAL DE 01132011 SNS/GSCS TAXA PAGA PORTUGAL CEM NORTE pag. 15-18 No Baixo Guadiana

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No Baixo Guadiana PRODER apoia projectos no valor de 3 milhões de euros. Histórias de Vida com Ti Hortense dos Cestinhos

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  • Director: Carlos Luis FigueiraPropriedade da Associao ODIANA Fundado pela Associao Alcance em 2000

    Jornal Mensal

    Ano 12 - N139

    DEZEMBRO 2011

    PREO: 0,85 EUROS

    GuadianaBaixoBaixo

    Guadiana

    JORNALDO

    PUBLICAES PERIDICAS

    AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVLUCRO FECHADODE PLSTICO OU PAPELPODE ABRIR-SE PARAVERIFICAO POSTALDE 01132011 SNS/GSCS

    TAXA PAGAPORTUGALCEM NORTE

    pag. 15-18

    No Baixo Guadiana

  • 2 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |DEZEMBRO 2011

    JBGJornal do Baixo Guadiana

    EDITORIAL

    Como encarou a ltima Greve Geral de 24 de Novembro?

    Vox Pop

    R: Achei normal, face aos problemas que o pais atravessa.Participei e consi-dero importante. Ajudar o desenvolvi-mento do actual panorama no ajuda, mas a unica forma de parte significativa da populao mostrar o seu desagrado com a conduta dos polticos que nos tm guiado nos ltimos 30 anos.

    Nome: Pedro GonalvesProfisso: Tcnico Informtico

    R: Entendo que foi uma manifestao de indignao de toda a populao que resiste s novas medidas impostas (seja por quem for). Algumas dessas medidas fizeram parte da histria na luta contra as desigualdades sociais e agora servem de instrumento para o pagamento de dvidas pblicas (algumas duvidosas) e fruto da gesto precipitada de muitos polticos. A greve um instrumento de manifestao colectiva e que surge num momento de instabilidade econmica e social!

    Nome: Renata MeloProfisso: Tcnica Aco Social

    R: Eu, para j, no trabalho, mas o que eu penso que a greve no teve a fora que se pretendia. Alis, como a situaao do pas est, acho que parar no ajuda. Muitos no aderiram por isso mesmo... no esto para arriscar a sua posio no trabalho.

    Nome: Pedro Horta Profisso: Estudante

    Director:Carlos Luis Figueira

    Sub-Director:Vtor Madeira

    Chefe de Redaco:Susana de Sousa

    Redaco:Antnia-Maria,Carlos Brito,Joana Germano,Jos CruzVictoria Cassinello

    Colaboradores da Edio:Ana BrsAna DiasAna Lcia GonalvesEusbio CostaFernando PessanhaHumberto FernandesJoo RaimundoJos Carlos ForteRui RosaVitor BarrosAssociao AlcanceAssociao GUADIDECOEurope Direct Algarve - CCDRAlge Associao Odiana

    Departamento Comercial:[email protected]@gmail.com

    Sede:Rua 25 de Abril, N. 1Apartado 21 8950-909Castro MarimTel: 281 531 171Fax: 281 531 080

    Redaco:Rua 25 de Abril, N. 1Apartado 21,8950-909 CASTRO MARIM281 531 171966 902 [email protected]

    Propriedade:Associao OdianaRua 25 de Abril, N. 1Apartado 21,8950-909 CASTRO MARIMTel: 281 531 171Fax: 281 531 [email protected]

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    Direco Executiva:Associao Odiana

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    Impresso:Postal do Algarve, LdaRua Dr. Silvestre Falco,n 13 C8800-412 TAVIRATel: 281 320 900

    Tiragem desta edio:4.000 exemplares

    Registo no ICS:n. 123554

    Depsito legal:n. 150617/00

    JBG online:http://issuu.com/jornalbai-xoguadiana e Facebook

    Ano de M Memria

    Entramos na recta final de um ano que no deixa saudades maioria dos portugueses, com a agravante da perspectiva que se desenha para o prximo no anunciar sinais de bonana. O que temos pela frente o anncio de maiores dificuldades e sacrifcios que vo atingir, particularmente, funcionrios pblicos e pensio-nistas, e de uma forma geral o mundo do trabalho. Estamos, assim, perante uma das crises mais graves que o Pas enfrentou e da qual no se vislumbram sadas.

    Somos como que arrastados para um sentimento de impotncia, porque nos procuram convencer de inevitabilidades que temos de suportar, como se estivssemos

    condenados a um empobrecimento contnuo, julgados por termos consumido demais ou gasto o que no tnhamos, quando aos que hoje se lhes impem os maiores sacrifcios, se limitaram a usufruir de uma vida um pouco melhor, no quadro de um Pas que apresenta dos mais baixos salrios e condies de vida, de entre os demais parceiros europeus. At que ponto o Pas vai resistir s consequncias do agiotismo, da especulao financeira que nos sangra, em nome dessa figura sinistra, sem rosto, a que chamam de mercados, e da contnua e arrastada recesso que se verifica na nossa economia? uma inter-rogao que fica.

    De facto so muitas as incertezas que se nos deparam neste fim e incio de um novo ano. Teremos capacidade para nos mantermos na zona euro? E tal manuteno pode ser-nos favorvel? O prolongar da crise que hoje j bate porta de Pases como a Italia, uma das dez economias mais importantes, vai por contgio atingir outros, igualmente poderosos, num movi-mento que pode colocar em causa a prpria existncia da Unio Europeia? suportvel por muito mais tempo que os destinos da UE estejam dependentes de decises tomadas por Merkel e Sarkozy ao arrepio de todas as estruturas que regem a Unio e perante o silncio dos restantes Pases que a compem? Voltamos situao de uma Europa de nacionalismos exa-cerbados que deu origem a duas guerras mundiais? So perguntas sem resposta fcil, mas constituem preocupaes que esto presentes e seguramente o seu desenlace ou clarificao marcaro igualmente o prximo ano.

    De um outro ngulo espera-nos, pelas consequncias dos sacrif-cios e perda de direitos que se anunciam, um ano de acentuada conflitualidade social e nesse sentido a Greve Geral de 24 de Novembro, independentemente da j conhecida guerra dos nmeros,

    quanto expresso da sua adeso, pode ter marcado um sinal de vira-gem, aumentando a base social e a disponibilidade para novas aces de protesto, para as quais no Algarve no faltaro razes. Das portagens na Via do Infante, cujo incio de pagamento est marcado para os primeiros dias deste ms, e seguramente pelo emprego, numa regio na qual se perspectiva, pelas caractersticas em que assenta a sua economia, um aumento signifi-cativo dos j elevados indicadores de desemprego.

    Mas num quadro denso de preocupaes e dvidas ainda houve lugar para boas notcias. Em particular os trs milhes do Sub-Programa 3 do PRODER que do origem a iniciativas empre-sariais que ajudam criao de emprego e diversificao da base da economia em todo o Baixo Guadiana.

    E a deciso da UNESCO ao consagrar o Fado como Patrimnio Imaterial da Humanidade, abrindo assim mais vastos horizontes sua divulga-o. Oxal saibamos tirar partido em benefcio do Pas, mas tambm dos nossos cantores, poetas e msicos,desta universalidade.

    [email protected] Luis Figueira

    R: o primeiro grande sintoma duma grande incomodidade que a sociedade que trabalha em Portugal est a sentir. No entendendo que aqueles que menos culpa tm na crise sero aqueles que mais vo sofrer as consequncias. Que para alm de injusto vai ser condio para que hajam fracturas muito graves na sociedade portuguesa que podero ter at mani-festaes de violncia que escondero grandes dramas.

    Nome: Joo ViegasProfisso: Docente

    Rectificao:O Jornal do Baixo Guadiana na sua anterior edio, em Novembro, referiu, por gralha, que o Iluminismo aconteceu no sculo VIII quando deveria ter escrito sculo XVIII e na crnica de Carlos Brito o ttulo do livro de Telma Verssimo Sagres, o comeo e no Sagres como apresentmos. Ao nosso cronista, artista e aos leitores as nossas desculpas.

  • JORNAL DO BAIXO GUADIANA | DEZEMBRO 2011 | 3

    CRNICAS

    Vtor Madeira

    O insubmisso

    Na sequncia da minha primeira abordagem, que versou a temtica do posicionamento, proponho agora, para reflexo, o tema da urgncia e necessidade, de se trabalhar um conceito de marca.

    Por fora da exiguidade do espao, aflorarei apenas alguns dos aspec-tos que considero mais relevantes, nomeadamente as razes que sus-tentam e justificam a necessidade

    de criar uma marca.As metodologias de implementa-

    o duma estratgia de marketing local, integram vrias etapas, nas quais se incluem, a criao e sub-sequente desenvolvimento dum conceito de marca. Nesse sentido, uma estratgica de desenvolvimento local para o Baixo Guadiana, passar incontornavelmente, pela criao de uma ou vrias marcas prprias.

    A existncia duma marca, insere-se sempre, numa lgica de diferenciao da oferta. O reconhecimento duma marca, transmite um sentimento de confiana e de segurana, certifica a

    autenticidade dos produtos e garante a qualidade dos mesmos. A marca suprime a incerteza, reduz o risco, atesta e estabiliza a qualidade da oferta.

    A importncia da marca, envolve uma multiplicidade de aspectos e curiosamente muitas vezes, os aspectos emocionais, sobrepem-se s questes mais racionais, muitas vezes, o consumidor decide mais pela relao afectiva ou pelo sentimento que tem em relao marca, do que por questes puramente objectivas. Refiro esta questo, na medida em que temos um exemplo muito feliz,

    que pe em evidncia esta caracte-rstica: Os Dias Medievais de Castro Marim: a deciso de aceder ao evento, no estritamente cognitiva, h uma desejo de entrar, participar e viver num universo fantstico, sensorial e mtico. Aqui, est impl-cita uma deciso substantivamente emocional.

    A marca, permite identificar o produto, revelar a sua identidade e o sistema de valores a que est asso-ciada. portanto a uma combinao de atributos, tangveis e intangveis, podendo estes, ser de ordem fun-cional, simblica ou experimental.

    Uma ferramenta, ser um produto eminentemente funcional, um tele-mvel ter uma funo acentua-damente simblica, enquanto que, um produto gastronmico satisfaz uma necessidade experimental; Esta distino importante porque o Baixo Guadiana, tem condies para explorar muito bem, a questo das necessidades funcionais.

    O aparecimento da marca ALL-garve, um caso paradigmtico da criao e construo de uma marca local.

    Assim, sistematizar as ofertas do Baixo Guadiana, quando inseridas numa lgica de marca, outorgar confiana a estas, potenciando o crescimento e o desenvolvimento econmico de toda a bacia do Baixo Guadiana.

    Vtor Emanuel Barros

    Baixo Guadiana: Criar uma marca

    A crise do centro capitalista agrava-se rapidamente. Todos os dias h novos e importantes acontecimentos. Na Unio Europeia (UE), os planos da troika cumprem a sua misso: salvar o grande capital financeiro, ajud-lo a pilhar os recursos e riquezas dos pases vtimas, aumentar a explora-o dos trabalhadores europeus. Mas, tal como alguns polticos de esquerda sempre advertiram, no s lanam os povos na misria, como agravam toda a situao econmica e mesmo finan-ceira das suas vtimas. Todos sabem

    das Finanas ingls, Osborne, afirma que a zona euro o epicentro dos problemas globais o que, no dei-xando de ser verdade, esconde o facto de o Reino de Sua Majestade ser (per capita) o pas mais endividado do planeta. J para o Independent, na sua edio de 24 de Setembro, s nos salvamos com uma interveno divina: O mundo reza por um mila-gre econmico.

    Este alarmismo reflecte a reali-dade criada pelas prprias classes dirigentes.

    Mas serve tambm para promover uma gigantesca operao ideolgica e poltica que, partindo do reconheci-mento e da dramatizao meditica da situao, tenta globalizar a teoria das inevitabilidades, a resignao e o

    medo, prosseguindo assim a estrat-gia do capitalismo de regresso social e civilizacional em nome do suposto combate crise.

    Por exemplo, em Portugal (e tambm na esmagadora maioria dos pases da UE) as ideias domi-nantes so as da classe dominante e a ideologia econmica dominante a do neoliberalismo, vulgarizada nos grandes meios de comunicao social e nas universidades por jorna-listas, comentadores, economistas, socilogos, politlogos e filsofos. E todos estes sbios repetem mil vezes que no h alternativa! O conhecido acrnimo thatcheriano Tina (There is no alternative) a resposta do pensamento nico e dos que so responsveis pela situ-

    ao em que nos encontramos. No h alternativa ao capitalismo, no h alternativa ao neoliberalismo, no h alternativa ao cumprimento da troika...

    A verdade que o capitalismo no tem sada para a sua crise sistemtica. E o espectro de um colapso refora as suas tendncias mais extremistas e agressivas. Como confirma a realidade dos nossos dias. A manobra poltica e ideolgica operada na Grcia em torno da unidade nacional para impor fora ao povo grego novas medidas de austeridade e para conter o for-talecimento da luta social e de massas, bem como as ameaas de Israel, EUA e Gr-Bretanha relativamente possi-bilidade de uma nova aventura mili-tar contra a Sria e o Iro, so dois exemplos bem elucidativos de que a aparente ineficcia das declaraes proferidas nas diversas cimeiras (da UE, do G20 ou do G2) no fundo mais uma expresso da violenta fuga em frente de um sistema mergulhado numa profundssima crise.

    (mesmo que no o confessem) que a Grcia nunca ser capaz de pagar a sua cada vez maior dvida, com a sua cada vez mais pequena e saqueada economia. Portugal para l caminha. A realidade comea a impor-se, com toda a sua brutal crueza.

    Sucedem-se as declaraes alar-mistas dos centros de comando do grande capital. A Reserva Federal dos EUA fala em riscos significati-vos para a economia daquele pas. A nova chefe do FMI, Lagarde, fala num colapso da procura global e como se o FMI no tivesse nada a ver com a situao alerta para o facto de a UE, os EUA e o Japo se encontrarem numa nova e peri-gosa fase da crise, com um crculo vicioso a ganhar mpeto. O ministro

    Jos Carlos Forte

    Vertigem

    Bombeiros Uma misso humanista e solidria

    A Autoridade Florestal Nacional (AFN) acaba de divulgar o relat-rio de incndios florestais de 2011, que indica uma reduo de metade da rea ardida em relao a 2010, de 132.988 para 62.795 hectares, embora se tenha registado um aumento de incndios de 15%, sobretudo devido ao carcter at-pico deste Outubro.

    neste quadro que gostaria de reflectir sobre a misso abnegada e empenhada dos bombeiros do nosso

    mente, de grande profissionalismo no exerccio da sua misso, mesmo quando em situaes de alto risco para a sua prpria vida.

    Na histria mais recente das cats-trofes e tragdias em Portugal, como as grandes cheias de 1967 s portas de Lisboa, o desastre ferrovirio de Moimenta-Alcafache em 1985, o incndio do Chiado em 1989, o acidente no aeroporto de Faro com

    um avio da Martinaire em 1992 ou a queda da Ponte Entre-os-Rios em 2001, os homens e as mulheres bombeiros evidenciaram uma bra-vura e um herosmo inolvidveis no socorro s vtimas e na proteco aos bens, impedindo que os danos causados fossem ainda de piores consequncias.

    Neste mar crispado de austeri-dade e de dificuldades econmicas

    em que o pas est mergulhado, os corpos de bombeiros de Norte a Sul debatem-se com srios problemas ao nvel do financiamento e da sua sus-tentabilidade, com a perda de postos de trabalho dos seus assalariados e, ainda, a possibilidade do Ministrio da Sade prescindir dos bombeiros para o transporte dos doentes, o que a breve prazo poder pr em causa o desempenho da sua misso.

    Atendendo s responsabilidades que a proteco civil encerra, tor-na-se necessrio que o Governo e a Liga dos Bombeiros Portugueses estabeleam um compromisso de entendimento, definindo polticas que permitam melhorar e raciona-lizar os meios e os equipamentos de que os bombeiros precisam para o reforo e a consolidao do Sistema de Proteco e Socorro, que todos queremos mais operativo.

    S assim os bombeiros podero continuar a manter a sua identidade e o respeito conquistado como marca de misso humanista e solidria que os distingue.

    Pas, quer voluntrios, sapadores, municipais e privativos, na protec-o de vidas humanas e bens em perigo, na extino de incndios e no socorro de feridos.

    Qualquer um de ns, nalgum momento da vida, j pediu ajuda aos bombeiros, seja no socorro a um aci-dente, no combate a um incndio ou no socorro a nufragos, e a resposta dos soldados da paz , invariavel-

  • 4 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |DEZEMBRO 2011

    EDUCAO

    Director Regional de Educao do Algarve participou na homenagem ao Professor

    A Escola Bsica de Martinlongo foi batizada com o nome do professor Joaquim Moreira, seu patrono, oito anos depois do seu falecimento. Nesta homenagem estiveram pre-sentes vrias entidades locais e regio-nais, onde se destacavam o Diretor Regional de Educao do Algarve, Alberto Almeida, o Presidente da Cmara Municipal de Alcoutim, Francisco Amaral e o Diretor do Agru-pamento de Escolas do Concelho de Alcoutim, Professor Antnio Amorim. No pblico destacavam-se vrios fami-liares do Professor Moreira, comovi-dos com este tributo, que perpetua o trabalho do docente em prol do desen-volvimento da educao no conce-lho. Depois da missa em memria do professor, seguiu-se o descerramento

    da placa de homenagem e a visita exposio biogrfica. Na sesso de tes-temunhos, o director do Agrupamento de Escolas de Alcoutim enfatizou a justia deste acto, referindo-se justa homenagem realizada agora pela autarquia. Ser professor tambm, e essencialmente, uma questo de f, afirmava Joo Pedro Moreira, filho do professor, nas senti-das palavras que deixou em memria do pai, sublinhando o carcter dema-siado humano do educador.

    Mentor da telescola em Alcoutim

    O presidente da cmara muni-cipal de Alcoutim realou o papel fundamental do professor no

    Escola de Martinlongo ganha nome de Professor Joaquim Moreira

    Homenagem

    ensino do concelho de Alcoutim, quando, por exemplo, criou a Telescola em Martinlongo. Foi o ento padre Moreira que, com a sua vontade, tenacidade e per-sistncia, conseguiu que largas dezenas de alcoutenejos fossem mais alm e conclussem aqui o antigo 2 ano, realava. Francisco Amaral aproveitou ainda a ocasio e a presena do Director Regional de Educao para lamentar que os anteriores governantes no tives-sem tido um dia, uma hora, para inaugurar a Escola de Martinlongo, que foi financiada pela Cmara, frisando que esta escola foi deci-dida fazer com muitos murros na mesa, foi tirada a ferros rema-tou.

    Lngua e cultura portuguesas no ensino da Andaluzia Em 2010 teve incio na vizinha Andaluzia um projecto-piloto ambicioso que tem como objectivo a difuso da lngua e cultura portuguesas entre os alunos do ensino bsico com idades compreendidas entre os 11 e os 13 anos.

    Num mundo to globalizado como o que vivemos hoje, o conhecimento de mais de um idioma tornou-se praticamente imprescindvel, sobre-tudo, quando nos encontramos perante uma imensa movimenta-o das sociedades actuais cujas fronteiras parecem no ter limites. No campo estrito do ensino, est claramente generalizada a convic-o de que a aprendizagem de uma segunda lngua aporta, desde logo, vrias vantagens no s ao nvel do desenvolvimento cognitivo das nossas crianas como, tambm, na educao e preparao de jovens e adultos para uma melhor interaco num mundo mais globalizado. Quer dizer que, actualmente, vivemos num mundo em que as fronteiras se diluem e as nicas barreiras que se levantam so a nvel lingustico, da comunicao.

    Impor a aquisio de uma lngua, seja qual seja, no surte, em termos prticos grandes resultados, isto , a cultura que incentiva e pro-porciona a sua aprendizagem. Foi neste sentido que surgiu o projecto de ensino escolar da Lngua Portu-guesa como lngua estrangeira na vizinha Andaluzia. Um projecto-piloto ambicioso que se iniciou em 2010, abrangendo desde logo seis escolas, situadas nas localidades de Isla Cristina, Lepe e Ayamonte (dois centros em cada povoao), na pro-vncia de Huelva. Actualmente, este projecto conta com a colaborao de seis professores de nacionalidade espanhola sobre a coordenao de Juan Luis Surez, que dividem entre

    atravs de projectos multilaterais ou bilaterais entre Portugal e Espanha, como o programa Comenius. Existe actualmente escolas em Andaluzia que utilizam este programa de coo-perao educativa entre pases. O centro escolar La Arboleda, em Lepe, participa actualmente no pro-jecto Comenius Multilateral com o Agrupamento Escolar Fernando Casimiro Pereira da Silva, em Rio Maior. Esta instituio, atravs do programa Comenius Bilateral, manteve contacto durante vrios anos com a Escola Secundria de Vila Real de Santo Antnio um projecto que persiste nos dias de hoje em datas especiais.

    A lngua uma das maiores rique-zas identitrias de qualquer socie-dade, um repositrio de memrias e tradies, da o desejo de se difundir, de se partilhar com outras socieda-

    si 12 turmas com um nmero ainda pequeno de alunos. Apesar do nmero reduzido de estudantes, a convico e optimismo deposi-tados no sucesso deste projecto so bastante positivas e, por isso, est j previsto o ensino escolar do portugus, lngua estrangeira, at ao ensino secundrio.

    Difuso da lngua e cultura portuguesas

    Dois dos vrios objectivos a que se prope este projecto educativo so: a difuso da lngua e cultura portuguesas entre os alunos do ensino bsico com idades com-preendidas entre os 11 e os 13 anos. Uma das aces que visa auxiliar a concretizao dos objec-tivos propostos anteriormente a incorporao de auxiliares de con-versao portugueses nos centros escolares. Eles so parte de um programa que j se encontra em marcha h vrios anos e que conta, actualmente, com mais de 1300 auxiliares divididos por oito pro-vncias andaluzas. Contar com um ou vrios auxiliares de conversao de diversos idiomas (portugus, francs, alemo, ingls) pressupe desde logo um grande enriqueci-mento lingustico e intercultural nas escolas, proporcionando aos alunos/professores um clima de imerso lingustica quase total. nesta direco que trabalhamos os dois assistentes portugueses nos nossos respectivos centros edu-cativos; uma verdadeira permuta lingustica e cultural bilateral.

    Contudo, e apesar de toda a valorizao que as sociedades demonstram para com este tema,

    des. Assim, se justifica que Portugal e Espanha coordenem esforos no sentido de que, quer o espanhol quer o portugus, sejam lnguas que tenham um acesso fcil por parte das nossas crianas, jovens ou adul-tos. neste sentido que o projecto de ensino/aprendizagem do por-tugus em Andaluzia se encontra; um projecto coeso e coerente capaz de vingar num mundo globalizado. Como afirma Filipa Paula Soares, no seu artigo O ensino do portu-gus: estratgias de ensino e aco cultural (2010, p.24) Em pases linguisticamente e culturalmente prximos, como Portugal e Espanha, preciso investir numa programa-o cultural contnua, no pontual, para que as sementes germinem sazonalmente, e se transformem num extenso referencial da prpria vida cultural das cidades..

    continua a existir uma certa ati-tude contraditria na hora de aprender um novo idioma. No existe uma cultura de comunica-o, um hbito de comunicar-se numa lngua estrangeira e de con-sider-la como parte integrante da sua formao cultural. Neste sen-tido, torna-se bastante elucidativo a grande quantidade de dobragens de filmes e msica em Espanha, ainda que se lhes reconhea o elevado nvel de qualidade que alcanam. A tudo isto podamos adicionar um forte complexo pes-soal na hora de falar uma lngua estrangeira, isto , ou se fala um lngua de forma perfeita ou nin-gum se atreve a proferir uma s palavra excepto perante uma situ-ao dificuldade iminente. Neste sentido, podemos dizer que nos encontramos perante uma relao de amor/dio, esta que os espa-nhis tm em relao ao estudo de uma lngua estrangeira.

    Ensinar o portugus: desafio para docentes

    Nesta senda, podemos dizer que o ensino do portugus como lngua estrangeira torna-se num desafio para os docentes, sobretudo, devido similitude de ambos os sistemas lingusticos. E, apesar de transpare-cer vantagens na hora de aprender, a verdade que faz com que seja praticamente impossvel o dom-nio fluente do idioma de ambas as partes. No entanto, so cada vez mais as solues para tornar esta aprendizagem mais segura, moti-vadora e eficaz como a utilizao dos auxiliares de conversao de lngua portuguesa nas escolas ou

    Armindo de Sousa(Auxiliar de conversao)

    Ensinar a lngua e a cultura portuguesas um desafio para os docentes

    * Escrito sob novo acordo ortogrfico

  • JORNAL DO BAIXO GUADIANA | DEZEMBRO 2011 | 5

    O concelho possui agora um Gabinete de Aconselhamento e Prescrio de Exerccio Fsico, destinado ao combate da obesidade.

    Em Castro Marim aumenta combate obesidadeA possibilidade de criar um gabi-nete que preste aconselhamento e prescreva o exerccio fsico para combater a obesidade surge de um protocolo entre o Municpio de Castro Marim e a Administra-o Regional de Sade do Algarve (ARS). O Gabinete est instalado na Unidade de Sade do Guadiana, em Castro Marim, e funciona em articulao com o mdico de famlia, Gabinete de Sade Familiar, Gabinete de Sade Escolar e uma nutricionista.

    A aco dirigida a toda a populao, em especial a pessoas que se encontrem em risco de

    pr-obesidade e obesidade. O o exerccio fsico ser prescrito de acordo com as caractersticas do indivduo.

    Atendimento duas vezes por semana

    Semanalmente, realizam-se duas sesses de aconselhamento s quintas e sextas-feiras, cuja monitorizao est a cargo de um tcnico de educao fsica da cmara municipal. Esta aco, inte-grada no programa de Luta Contra a Obesidade no Algarve, visa com-bater a obesidade, a epidemia do sculo XXI, despertando os

    castromarinenses para os benefcios da prtica de actividade fsica, do enrique-cimento da auto-estima, do combate ao sedentarismo e do incremento da sade e bem-estar, assentes no exer-ccio fsico.

    A criao do Gabinete de Aconse-lhamento e Prescrio de Exerccio Fsico um passo significativo na consolidao da poltica desportiva para o concelho que, assim, operacio-naliza as suas actividades na busca de mais qualidade, melhores contedos e maior aderncia actividade fsica, com ganhos positivos para a vida dos cidados, diz a edilidade em comu-nicado.

    EDUCAO & JUVENTUDE

    Gabinete de prescrio de exerccio fsico existe para casos de pr-obesidade e obesidade

    Tertlia partilhou debate sobre o futuro

    Tertlia JBG

    Jovens querem mais atitude

    A tertlia dedicada aos mais jovens, que decorreu no passado dia 25 de Novembro, na biblioteca municipal Vicente Campinas, em Vila Real de Santo Antnio, contou com poucos jovens, num reflexo francamente negativo da adeso, e que se regista muitas vezes por parte da comuni-dade em geral.

    Sendo poucos jovens a tertlia permitiu uma partilha mais intimista da questo sobre o que os jovens pensam do seu futuro. Assim encon-trmos jovens com garra que apesar das dificuldades esto preparados a enfrentar os tempos difceis que a vm.

    Lamentam tambm a pouca adeso a encontros para reflexo, acreditando que se trata de uma questo cultural; que gostariam, no entanto, de ver alterada para uma atitude mais cvica e participativa da parte dos mais novos.

    Alunos do Realmadrid vo ter de ganhar equipamentoA equipa tcnica do Realmadrid a operar em Vila Real de Santo Antnio decidiu levar a cabo reunies prvias com os encarregados de educao dos alunos para dar a conhecer as regras das aulas que prometem, acima de tudo, preparar melhores cidados para o dia de amanh.

    A primeira escola sociodesportiva da Fundao Realmadrid em Por-tugal tem ncleos desportivos nos concelhos de Castro Marim e Vila Real de Santo Antnio. O JBG foi convocado para assistir a uma reunio promovida na biblioteca municipal Vicente Campinas, na cidade pombalina, onde cerca de 50 pais de alunos inscritos tiveram oportunidade de ver esclarecidas dvidas acerca dos objectivos da escola scio-desportiva da funda-o madrilenha.

    Alunos vo suar por equipamento

    Dos alunos espera-se que cresam com equilbrio, despertos para as regras e boas normas de comportamento, numa altura em que muitos deles so estimulados por desvios vrios, lembra a vere-adora. Uma das formas encontradas para estimular os jovens foi faz-los merecer o equipamento da Funda-o Realmadrid. Vo ganhando o equipamento, pea a pea, com a assimilao de prtica das regras, esclarece a vereadora que enu-mera regras como a pontualidade, respeito mtuo, esprito colectivo, entre outros. A vereadora deposita na equipa tcnica uma grande esperana para conseguir levar a bom porto este projecto.

    Recorde-se que a escola da Fun-dao Realmadrid direccionada para crianas entre os 6 e os 12 anos de idade, de ambos os sexos, sendo dada prioridade a crianas com alguma fragilidade social.

    A vereadora do pelouro da educao, Conceio Cabrita, e responsvel pela equipa tcnica em Vila Real de Santo Antnio, fez questo de explicar aos pais que esta escola no tem por objectivo captar talentos para o clube onde jogam Ronaldo e Pepe, mas antes formar melhores cidados. Ou seja, os alunos atravs da pr-tica do desporto, nomeadamente futebol e basquetebol, recebe-ro regras de comportamento. A vereadora reconhece que cabe

    comunidade ajudar no crescimento das crianas, aos vrios nveis, lem-brando que o desporto uma exce-lente via para educar.

    Em relao aos pais, a verea-dora encontrou pessoas muito interessadas que procuram apoio neste projecto, referindo que as aulas em VRSA vo ter lugar nas trs freguesias do concelho e que por isso a equipa tcnica optou para se deslocar a cada freguesia para aferir a disponibilidade dos pais para este projecto de carcter social.

    Escola Scio-desportiva

    Autarquia, tcnicos, pais e filhos esto em sintonia quanto aos objectivos da escola scio-desportiva madrilenha

    Mais exerccio fsico

  • 6 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |DEZEMBRO 2011

    LOCAL | EL ANDEVALO SUR-OCCIDENTAL * ESPANHA

    por Antnia-Maria

    In memoriam del cineasta Fernando Ruiz Vergara

    Otoo en el Andvalo

    en Lisboa y del Centro de Inter-vencin Cultural, CIC donde exhiba ciclos de cine de contenido poltico, enfocado a un determinado publico de toda la regin fronteriza: la Raya.

    Siempre inquieto e interesado por los cambios de la sociedad, ya el en periodo de transicin demo-crtica, volvi a su tierra natal y rod en 1977 un documental lla-

    mado Roco donde nos dio una visin histrica y antropolgica de esta famosa romera que se celebra en regin occidental de Huelva

    Despus de su exhibicin, fue objeto de ataques por los sectores mas reaccionarios de la sociedad de esta regin siendo, finalmente, secuestrado, el documental, por orden judicial.

    Mas tarde, fue presentado en 1980 en el I Festival de Cine Internacional de Sevilla quedando como finalista. Tambin, con alguna censura e incompleto fue visto en Madrid y otras ciudades espao-las.

    En Lisboa, aparte de su trabajo de editor, realiz algunos films y documentales como Otelo a pre-sidente con vista a la presiden-cia de esta figura poltica.

    Fernando nos dijo adis en su casa de Escalos de Baixo, feligre-sa de Castelo Branco, rodeado de sus amigos portugueses, a los que tanto estim.

    Prximamente su memoria sera recuperada gracias a un documental del cineasta Jose Lus Tirado para saldar la deuda que tiene pendiente con l, el mundo de la cultura.

    Mientras los turistas de la Costa nos abandonan, poco a poco, los colo-res del Otoo, van llegando, lenta-mente, a la regin del Andvalo; las hojas de los castaos, de los nogales y de las higueras van cambiando del verde al dorado rojizo o marrn.

    Pronto, despus de las prime-ras lluvias de Otoo, aparecen los codiciados gurumeloso grumelos (Amanita Ponderosa), que crecen espontneamente por toda esta regin.

    Los griegos y romanos ya la conocan y la comercializaban, y el historiador Plnio las conside-raba hijas de los truenos porque su produccin era mas abundante mientras mas tormentoso y lluvioso era el Otoo.

    La turma o trufa blanca es otra variedad de hongo con forma de tubrculo carnoso que crece bajo tierra en perfecta simbiosis con algunas variedades de plantas a cuyas races de conectan a travs de delgados filamentos por la que se nutre de agua y sales minerales que le dan un inconfundible aroma.

    En la regin italiana de Piamonte, esta misma variedad de hongo, es reconocida internacionalmente y en gastronoma es llamada el dia-mante de la cocina, alcanzando un elevado precio en el mercado

    Por ello los municipios del Ande-valo se empean en dar a conocer su riqueza micolgica - tan excepcional como la italiana - organizando ferias y muestras gastronmicas por todo el territorio.

    En el pueblo de Calaas, forma parte de su cultura tradicional, y lo preparan en culinaria de nume-rosas formas: gurumelos revueltos con huevo, tortilla de gurumelos, potaje de gurumelos, picadillos de gurumelos, gurumelos asados

    En el pueblo de Paymogo se orga-niza anualmente la Fiesta del Guru-melo con numerosa afluencia de toda la provincia.

    El sector micolgico se ha conver-tido en una fuente de ingresos para esta regin, situada geogrficamente entre la costa y los relieves de la sierra; el volumen de negocio puede superar los 12 millones de euros. En la provincia de Huelva existen unas 1200 especies.

    El cineasta Fernando Ruiz Vergara nacido en la ciudad de Huelva, falleci a causa de una alargada enfermedad a principios del mes de Octubre en la vecina Portugal, lugar que eligi para vivir desde los inicios de la revolucin de los claveles y, con la que mantuvo a lo largo de su vida una intensa relacin sentimental y cultural.

    Fundador de la librera Iberlibro

    En Villanueva de Castillejos, pobla-cin de la Mancomunidad Beturia, el Ayuntamiento ha iniciado un curso de portugus, segundo nivel, para personas adultas. El curso empez en el mes de Octubre, al igual que en el pasado ao, como medio de mejorar la integracin socio econ-mica con el vecino pas de Portugal dada su proximidad fsica.

    Los alumnos, ademas de Villa-nueva de Castillejos, proceden de otros municipios prximos como El Almendro o Puebla de Guzmn.

    Qu hermosos son mis granados!En Abril las llamadas

    de sus labios rojosme hacen sonrojar.Pero en Octubre se

    abren a mis deseosy, por pudor, les vuelvo

    la espalda.

    Francisco Das da Costa.

    Abogado, escritor y poeta

    Sobre la figura de D. Paio Prez Correia

    Aulas de portugues en Villanueva Decastillejos

    Quera subrayar al estimado cola-borador del JBG, Antnio Leite que, efectivamente, la figura de este personaje histrico se pierde entre las brumas de la realidad y la leyenda, pero, en la regin de Extremadura, su memoria est muy viva an y, son bastantes los investigadores e historiadores extremeos que se han ocupado de l a lo largo del tiempo.

    Tenemos a D. Manuel Lpez Fernndez, militar y acadmico que, en su obra Sobre la muerte y enterramientos de un maestre santiaguista, editado por la Dipu-tacin de Badajoz, da fechas docu-mentadas de su enterramiento en Alcal de Henares, primero, y el traslado de sus restos al Monas-terio de Tentudia, por orden de Fernando el Catlico.

    La teora de que sus restossigilosamente fueran tras-ladados a la ciudad de Tavira, le parece inverosmil ya que en los libros del Monasterio no apa-rece ningn registro sobre un hecho que sera tan notorio en la poca

    Por otro lado, el profesor e histo-riador D. Manuel Domnguez, dice en su tesis sobre esta figura que su vinculacin a la regin extremea fue muy importante: llamado el Cid extremeo tal fue que, el da de su nombramiento como Maestre, se puso bajo la protec-cin y junto al sepulcro de Santa

    Eulalia de Mrida, velando las seas, armas y estandartes.

    Al final, estamos en las mismas

    Fernando Ruiz Vergara nacido en Huelva, falleci a causa de una alargada enfermedad a principios del mes de Octubre

    En Paymogo se organiza anualmente la Fiesta del Gurumelo con nume-rosa afluencia de toda la provincia.

    En la regin de Extremadura, la memoria de D. Paio est muy viva Ayuntamiento ha iniciado un curso de portugus, segundo nivel

    Mis Granados

  • JORNAL DO BAIXO GUADIANA | DEZEMBRO 2011 | 7

    LOCAL

    Alcoutim mais informado sobre depresso e suicdio

    No avana Unidade de Cuidados Continuados em VRSA

    Estar atento doena importante

    Saber mais sobre a doena e estar mais atento, foram os conselhos que deixou ao pblico presente, acrescen-tando, relativamente aos suicdios, que h sempre sinais, ns que andamos distrados. O papel da crise econ-mica como factor desencadeador da doena, tambm foi sublinhado pelo mdico psiquiatra, Francisco Ferreira. A depresso o segundo problema psiquitrico mais frequente no mundo, o primeiro so as fobias, declarou acrescentando ainda que nem todas as depresses procuram ajuda e que as fobias so claramente de mais fcil diagnstico e tratamento. O mdico alertou para a necessidade de se encarar a depresso como uma doena sria, em que as pessoas no se esto a vitimizar ou a exagerar, elas realmente sentem aquilo. Factor de risco independente para determinadas doenas, como as cardiovasculares, no tratar a depresso muito mais caro do que tratar com tudo o que seria preciso, rematou o psiquiatra. No final da palestra foi aberto um espao a per-guntas, onde se puderam desmistificar algumas ideias ligadas depresso e psiquiatria em geral. O pblico saiu da palestra mais informado e melhor preparado para identificar os sinais e os sintomas da depresso e intervir a tempo de evitar o suicdio.

    A depresso foi tema de debate em Martinlongo, no passado dia 2 de Novembro. A cmara municipal de Alcoutim, preocupada em prevenir situaes de risco ligadas a estados depressivos, organizou uma pales-tra proferida por Francisco Ferreira, psiquiatra no Hospital de Faro. Na mesa estavam tambm o presidente da cmara municipal de Alcoutim, Francisco Amaral, o proco das fre-guesias de Martinlongo, Vaqueiros e Cachopo e o mdico de clnica

    Os socialistas lembram que em Julho de 2009, em plena campanha eleitoral autrquica, Lus Gomes com pompa e circunstncia, e todo o mediatismo que lhe conhecido, anunciou para VRSA a construo da maior Unidade de Cuidados Continuados do Algarve, mas a obra no avanou.

    Perante isso, a lder da concelhia rosa em VRSA diz que os princpios de utilizao/interesse pblico que justificaram a cedncia no onerosa do terreno alteraram-se em razo do marasmo da Empresa VillaLiving no cumprimento do protocolo, propondo que a cmara municipal de VRSA denuncie o acordo com a VillaLiving, proceda reverso do Terreno e que desenvolva os contactos necessrios para encontrar empresas/organiza-es idneas capazes de alavancar o projecto.

    Executivo de VRSA reage a socialistas

    O executivo de Lus Gomes j

    geral, scar Oliveira. O mdico e autarca, Francisco Amaral, abriu a palestra com uma chamada de aten-o para a crise econmica e social que Portugal atravessa, declarando que as depresses vo aumentar e o nmero de suicdios tambm. O mdico alertou ainda para o difcil diagnstico da doena. Anda a muita gente a passear depresses sem saber, h uma grande dificul-dade em identificar os sintomas e relacion-los com a doena.

    reagiu a este comunicado, con-firmando que a maior UCC do Algarve, com capacidade para 100 camas, prevista para VRSA no vai avanar porque o pro-jecto ficou inviabilizado depois de o municpio ter recebido uma carta da Administrao Regional de Sade (ARS) do Algarve. Aqui referido que a construo da unidade de cuidados continu-ados iria ser suspensa por falta de financiamento. E explica que neste momento, uma parte do terreno j est inclusivamente sob o domnio municipal, visto que o artigo se encontrava divi-dido em duas partes. Lus Gomes critica os socialistas dizendo que as crticas agora emitidas pela senhora vereadora Jovita Ladeira so infundadas, tanto mais que a responsabilidade pelo no avano da unidade no cabe autarquia, mas sim empresa VillaLiving, com a qual foi firmado um con-trato.

    Trata-se de uma conjungao de esforos que conseguiram num tempo recorde pr de p este projecto, lem-brou J. Estevens que recorda que as as obras costumam ser uma dor de cabea. que Castro Marim tem um histrico de ms execues de obras, como o caso dos projectos Casa de Odeleite, Biblioteca Municipal, Reve-lim de Santo Antnio e Centro Inter-pretativo de Sal este ltimo ainda por terminar.

    30 postos de trabalho para o Azinhal

    Estima-se que a Unidade de Cuida-dos Continuados de Longa Durao do Azinhal crie cerca de 30 postos de trabalho e vai servir cerca de 31 utentes. Localizada numa freguesia de Interior este equipamento poder ajudar a travar o processo de despo-voamento que esta freguesia tem vindo

    A depresso foi tema de debate em Martinlongo no dia 2 de Novembro

    A obra de construo da Unidade de Cuidados Continuados de longa dura-o est a revelar-se uma agradvel surpresa para a entidade promotora a Associao de Bem Estar Social da Freguesia do Azinhal e para a entidade que a subsidia em grande parte a Cmara Municipal de Castro Marim. que ao ritmo que as obras vo este equipamento dever estar pronto dentro de seis meses, ou seja, meio ano antes do previsto.

    Jos Estevens, edil castromarin-sense, elogiou, numa visita s obras da Unidade, a conjugao de actos posi-tivos que at ao momento tm sido difceis de encontrar noutros casos, referiu visivelmente satisfeito.

    a sentir, frisou o edil aos jornalistas que acompanharam a visita.

    O municpio cedeu o lote de terreno para a construo e subsidia cerca de dois teros dos custos da obra, que, entre estrutura e recheio, ficar em cerca de dois milhes de euros sendo o restante comparticipado pelo projecto Modelar, do Ministrio da Sade.

    A arquitectura de Jos Alegria, revelando um projecto de cariz tpico do lugar e tem uma rea de cerca de 9.000 m2. Prev a existncia de espa-os de convvio e dois ptios de influ-ncia arquitectnica mediterrnica, nos quais vo ser construdas trs alas de quartos: dez quartos individuais de internamento, dez quartos duplos de internamento, um quarto individual de isolamento e um quarto de pessoal de servio.

    O piso inferior do edifcio com-posto por uma zona de servios (cozi-nha, refeitrio, lavandaria, instalaes sanitrias e instalaes tcnicas).

    A cmara municipal de Alcoutim est preocupada com o ritmo a que a crise est a assolar a vida dos portugueses. A depresso e estados de nimo tm de ser travados em Alcoutim.

    O Partido Socialista de Vila Real de Santo Antnio quer que o terreno cedido gratuitamente para a Construo da Unidade de Cuidados Continuados prevista para VRSA seja alvo de reverso e exige que se encontre novo parceiro capaz de alavancar o projecto.

    Unidade de Cuidados Continuados no Azinhal pode ficar pronta mais cedoNa visita obra da Unidade de Cuidados Continuados do Azinhal o presidente da ABESFA e o presidente da Cmara Municipal de Castro Marim elogiaram execuo de empreitada que pode ficar pronta em Abril.

    Edil castromarinense, Jos Estevens, visitou recentemente a obra

    Seis meses antes

    Iniciativa em Martinlongo 100 camas

  • 8 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |DEZEMBRO 2011

    GRANDE REPORTAGEM

    Apesar de estarmos em tempos muito crticos da sociedade por-tuguesa, mas tambm ao nvel europeu, h verbas aprovadas que perfazem um conjunto de projectos para a dinamizao do territrio mais a sotavento do Algarve e at ao extremo sul do Alentejo. O Gabinete de Aco Local da Associao Terras do Baixo Guadiana sediada em Alcoutim j deu a conhecer ao Jornal do Baixo Guadiana os pro-jectos aprovados para o territrio. Ricardo Bernardino, coordena-dor daquela Associao refere, antes de mais, que se trata de um conjunto bastante diversificado de projectos. Explica-nos que o concurso que esteve aberto entre 22 Novembro de 2010 e 7 de Janeiro de 2011 contem-plou trs aces da Medida 3.1 Diversificao da Economia e a Criao de Emprego. A anlise tcnica das candidaturas decorreu

    No total destes trs agroturis-mos foram criados pelo menos seis postos de trabalho. Cada posto de trabalho tem uma dotao de 10%, podendo atingir o apoio ao projecto um valor de 60%. Por norma esta aco a que tem, por tradio, menos candidaturas.

    A verba remanescente nesta aco foi distribuda equitativa-mente pelas restantes duas, per-mitindo que muitos mais projectos tenham sido aprovados pela dis-ponibilidade financeira.

    Turismo em Espao Rural atinge maturao

    Segundo Ricardo Bernardino o Turismo em Espao Rural, nomeadamente a Casa de Campo e o Agro-Turismo, so uma ten-dncia no PRODER. No antigo Leader + j tinham surgido dois Turismos Rurais, nomeadamente os nicos no concelho de Alcou-tim foram apoiados no Leader, lembra o responsvel que diz que de outra forma os promotores no teriam capacidade para levar a cabo estes projectos por serem caros; muitos atingem valores a roar o limite de elegibilidade, ou seja, os 300 mil euros, con-textualiza.

    Por esta realidade que j salta vista pelos projectos erguidos e dos que se esto a erguer, pas-sou-se de um cenrio onde no havia nada ao nvel deste nicho de turismo para um nmero j considervel que com mais seis projectos que j temos em carteira sero suficientes para o territ-rio, defende.

    Um boom que se deu em cerca de uma dcada de LEADER neste territrio. H qualidade nestes projectos, mas o territrio j est a atingir a capacidade mxima a este nvel, diz Ricardo Bernar-dino, alertando que deveria surgir uma rede de turismo rural. Juntos teriam a vantagem de trabalhar em parceria; aumentando a capa-cidade de alojamento na globa-lidade, j que so unidades que tm entre 4 e 10 quartos e teriam, concerteza, maior capacidade de negociao com os agentes turs-ticos, avalia.

    No est em carteira qualquer ideia neste sentido, que passe pela

    entre Janeiro e Agosto de 2011, tendo sido a 9 de Agosto, reu-nido o rgo de gesto e foram aprovados projectos.

    Tal como o nome indica esta medida passa por promover o desenvolvimento do tecido eco-nmico e a criao de mais postos de trabalho. Por isso mesmo, a anlise tcnica majora os projec-tos de acordo com o nmero de postos de trabalho que cria.

    Para sermos rigorosos temos de explicar que o montante aprovado em sede de reunio de rgo de gesto ascendendo 2 milhes 876 mil e 616 euros, sendo que o apoio representa 1 milho 633 mil e 582 euros.

    Diversificao de actividades na explorao agrcola

    Na aco 3.1.1. os apoios seguiram para a diversificao de actividades na explorao agrcola onde foram apoiados todos os projectos que entra-ram, num total de cinco. Eram bons projectos e todos tiveram lugar por o montante no ultra-passar o disponvel na medida, diz Ricardo Bernardino que

    criao de uma rede on line, mas Ricardo Bernardino lembra que este comea a ser um produto de destaque no territrio do Baixo Guadiana, desafiando a recm-criada associao empresarial do Baixo Guadiana Udi Ana a tomar pulso a esta lacuna no tecido empresarial.

    A articulao de produtos endgenos ou em crescimento

    Ricardo Bernardino recorda que o Turismo Rural pode e deve ser articulado com outros projectos j existentes no territrio, nome-adamente, ao nvel do birdwa-tching, lembrando que quanto a esta actividade h j um roteiro e pontos de observao de aves no territrio. O mercado ornito-lgico minimamente articulado, unido ao Turismo Rural ser uma boa aposta, arrisca. Mas infeliz-mente nem todos tm o esprito de parceria necessrio, muitos ainda se continuam a fechar sobre o seu negcio, lamenta.

    A controversa proposta de Estratgia Turstica para o Algarve

    O coordenador da Associa-o Terras do Baixo Guadiana lamenta que o Turismo de Por-tugal encare o Algarve ainda apenas como um produto de sol, mar e golfe, desvalorizando-se, assim, os investimentos que tm sido feitos ao nvel do turismo de natureza. O territrio do Baixo Guadiana tem uma potenciali-dade particular para o turismo de natureza; e o turismo de sol e praia e golfe comea a estar um pouco esgotado, afirma, frisando a importncia da criao da Via Algarviana que ponto de coeso para o turismo de natureza.

    Em contra-ciclo em relao proposta de estratgia para a promoo do Algarve, elaborada pelo Turismo de Portugal, o GAL do Baixo Guadiana tem com os dois restantes GAL do Algarve (geridos pelas associaes In Loco e Vicentina), vrios pro-jectos no sentido de valorizarem o turismo de natureza. Ricardo Bernardino avana ao JBG que

    Susana de Sousa

    explica, ainda, que foi a aco onde entraram menos projectos. A dotao oramental ao nvel da despesa pblica era de 840 mil euros e entraram projectos que, depois de anlise tcnica somaram o montante de 370 mil euros, sobrando um saldo rema-nescente de mais de metade da verba disponvel. Tratam-se de projectos que dizem respeito a actividades no agrcolas dentro da explorao agrcola. No topo da classificao nesta aco ficou um projecto de agro-turismo. Este um exemplo claro de actividade virada para o turismo dentro da explorao agrcola, no sendo actividade agrcola por si s, exemplifica Ricardo Bernardino.

    Nesta aco foram apoiados trs agroturismos e duas queija-rias. Dois dos projectos so novos e um outro uma remodelao de um projecto j existente.

    De referir que os agroturismos fazem parte de uma tendncia crescente de investimento no Baixo Guadiana e foi possvel neste concurso os promotores candidatarem-se, mesmo j tendo sido contemplados com apoios anteriores.

    PRODER apoia projectos que ascendem aos 3 milhes de eurosJ se conhecem as novas aprovaes no mbito do Sub-Programa 3 do Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER) no territrio do Baixo Guadiana, num concurso que esteve aberto entre 22 Novembro de 2010 a 7 de Janeiro de 2011.Para o territrio de interveno da Associao Terras do Baixo Guadiana parte dos concelhos de Tavira, Mrtola e Vila Real de Santo Antnio e a totalidade dos concelhos de Castro Marim e Alcoutim foram aprovados projectos com dotao financeira num total de cerca de 3 milhes de euros.

    Ricardo Bernardino, coordenador da Associao Terras do Baixo Guadiana, reala diversidade dos projectos

  • JORNAL DO BAIXO GUADIANA | DEZEMBRO 2011 | 9

    GRANDE REPORTAGEM

    em 2013 vai ser realizada uma Bienal dedicada ao turismo de natureza, numa iniciativa con-junta dos GAL algarvios e um Gal de Mlaga, em Espanha. A bienal vai realizar-se na Costa Vicentina, revelando a importncia que estas entidades que gerem e aprovam projectos no Interior do Algarve do ao turismo de natureza e aos produtos tradicionais da regio. Vo ser tambm criadas rotas temticas no mbito de um outro projecto comum, designado Um outro Algarve O potencial do Interior.

    Espero que o Turismo de Por-tugal no avance com a proposta de promoo do nosso Algarve baseando-se apenas no turismo de sol, praia e golfe e olhe para as potencialidades relacionadas com o turismo de natureza e bem-estar que esto a ser alvo de cada vez maior investimento e adeso de nichos tursticos, apela Ricardo Bernardino.

    Entretanto, os trs GAL do Algarve j contestaram o Turismo de Portugal quanto Estratgia de Promoo Regional, e Ricardo Bernardino considera que se trata de uma estratgia que pode colo-

    PRODER apoia projectos que ascendem aos 3 milhes de euros

    car em causa milhes de euros aprovados no Algarve rural.

    Apoio s microempresas

    A medida 3.1.2 serve de apoio s micro-empresas no territrio abrangido pela ATBG. Se no houvesse reforo de verbas da 3.1.1 s podiam ter apoiado seis projectos, mas assim foi possvel apoiar 10, explica o coordenador. Projectos variados, desde casas de ch, lojas de promoo e venda dos produtos locais, plataforma on line de promoo de recursos do Baixo Guadiana, produo salineira, doaria tradicional, escritrio de contabilidade e res-taurao dedicada gastronomia local. Trata-se de um investimento total de 742 mil e 998 euros, a que corresponde um apoio de 407 mil e 185 euros.

    H uma boa adeso a esta medida. Ricardo Bernardino indica que por falta de verba ficaram de fora cinco projectos; nomeadamente um mini-mer-cado, uma pastelaria, uma tasca tpica, e um projecto de formao e comrcio on line. So projec-

    tos que passaram para concurso seguinte.

    Crise retrai investimento autnomo

    Apesar de nem todos os promo-tores verem os seus projectos apro-vados, h quem mesmo assim leve para a frente a concretizao de negcios. Cada vez so menos, diz-nos Ricardo Bernardino que lembra que a crise tem colocado um grande travo na economia local. Na generalidade os pro-motores apenas avanam com a garantia de apoio e quanto taxa de sucesso deste PRODER ascende a muito perto dos 100%. As nicas duas desistncias aconte-ceram logo no incio do projecto, sem que tenham beneficiado de qualquer verba prevista em sede de contratualizao.

    O Desenvolvimento de Actividades Tursticas e de Lazer

    Caso esta aco no beneficiasse de valor remanescente da medida 3.1.1 no veria aprovados mais do que trs projectos. Graas a essa

    verba o GAL conseguiu aprovar nove no total.

    Quanto aos investimentos, mais uma vez em destaque temos os Turismos Rurais num total de quatro novos projectos, distribudos pelo territrio. Foram tambm contemplados dois projectos de animao turs-tica virada para os passeios no Guadiana, dois projectos de apoio cinegtica e um circuito de kartcross para turismo de aven-tura. Ao GAL interessa apoiar em qualidade e em diversidade de tipologia de investimento, ressalva o responsvel.

    So nove projectos para um investimento total de 1 milho e 516 mil euros e uma despesa pblica de 855mil 768 euros.

    Empresrios jovens

    investem mais

    Neste concurso foi aprovado um total de 2 milhes 876 mil 616 euros. Ao nvel de apoio atingiu 1 milho 633 mil 582 euros. Este valor em tempo de crise pode ser sintomtico da vontade de empresrios, alguns consolidados e outros recm-formados, dinamizarem a economia.

    Assistimos a uma tentativa de se encontrar sada para o desemprego galopante. Ricardo Bernardino fala-nos em empre-srios jovens; com idades com-preendidas entre os 30 e os 45 anos. Este coordenador acredita que se est a verificar o efeito multiplicador do programa; as pessoas comeam a perceber que vale a pena, acrescentando que graas a estes empresrios a eco-nomia do territrio cada vez mais diversificada, no se dei-xando de apoiar os negcios liga-dos aos produtos tradicionais.

    Ricardo Bernardino rejeita quaisquer crticas quanto falta de divulgao do programa, adiantando que so feitas ses-ses diversas nas vrias fregue-sias do territrio, h divulgao nas pginas oficiais ao nvel da Internet, so publicados avisos de abertura nos jornais e so veicu-ladas notcias nos media, discri-mina. Este responsvel lamenta que a adeso da populao seja reduzida quando se tratam das sesses de esclarecimento nas vrias freguesias, rejeitando, por isso, que depois surja quem se queixe de falta de informa-o. O facto de surgirem cada vez mais candidaturas uma prova que s no sabe destes apoios quem no quer, remata

    Aos que arriscaram investir no mbito do PRODER, e que tm projectos em execuo ou em vias de o fazer, o responsvel alerta para a austeridade que se vive em Portugal, apelando aos promo-tores que apresentem o mximo de despesa possvel at meados de Dezembro porque este ano h verbas asseguradas para o PRODER atravs de compartici-pao PIDDAC, mas para o ano de 2012 estas verbas podem estar mais comprometidas e os pedidos de pagamento podero vir a ser reembolsados mais tardiamente.

    O PRODER apoia um total de cinco concelhos (Tavira, VRSA, Castro Marim, Alcoutim e Mr-tola). Em VRSA apoia a freguesia de Vila Nova de Cacela, em Tavira trs freguesias e em Mrtola cinco.

    No incio de 2012 est prevista abertura de novos concursos, cujas aces vo ser em breve aprovadas pelo rgo de gesto.

    Nova tendncia

  • 10 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |DEZEMBRO 2011

    LOCAL

    O equipamento dispe de uma estrutura Multi-Actividades, constituda por um sistema de pontes suspensas com meios para escalada e slides.

    O presidente da cmara municipal de Vila Real de Santo Antnio, Lus Gomes, recebeu a 10 de Novembro, na Casa da Cmara, o Embaixador de Frana em Portugal, Pascal Teixeira da Silva.

    Na ocasio, o autarca e o diplomata avaliaram e debateram as melhores formas de Vila Real de Santo Antnio ampliar o protocolo de geminao j estabelecido com o municpio francs de La Baule, nomeadamente ao nvel do turismo e desporto.

    O encontro serviu ainda para abordar a actual situao europeia, nomeadamente o quadro poltico-

    econmico suscitado pela crise das dvidas soberanas, e respectivos impactos na gesto autrquica e no poder local.

    No final da cerimnia, ficou esti-pulado manter e reforar os laos de proximidade entre a cidade pomba-lina e Frana, atravs da promoo de intercmbios escolares com os alunos do plo de VRSA da Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve.

    Recorde-se que desde Dezembro de 2010, a cidade francesa de La Baule j d nome antiga estrada da Ponta da Areia, que se chama agora Avenida Ville de La Baule.

    Ao abrigo do Programa de Coo-perao Transfronteiria Espanha Portugal e do projecto Baixo Guadiana Desporto, fruto de uma parceria entre vrias entidades, a Cmara Municipal de Castro Marim tem em fase de concluso a instalao do Parque Aventura em Odeleite, junto ao Moinho das Pernadas.

    Num custo total de 140 mil euros, 75% dos quais financiados pelo Fundo Europeu de Desen-volvimento Regional - FEDER, este equipamento dispe de uma estrutura Multi-Actividades, cons-tituda por um sistema de pontes suspensas com meios para esca-lada e slides. A estrutura vai per-mitir desenvolver o arborismo, uma actividade direccionada para o turismo de aventura, baseada nos desportos radicais com as componentes do lazer e recrea-o.

    Igualmente, integram o Parque

    Aventura de Odeleite, um con-junto de outros elementos que iro potenciar o desenvolvimento de outras modalidades desporti-vas tais como o Tiro com Arco, a Canoagem, o Btt, o Paintball e a Orientao.

    Eixo de desenvolvimento econmico

    O Parque Aventura de Odeleite assume-se como um eixo estra-tgico na poltica de desenvolvi-mento econmico, preconizada pela autarquia, para aquela fre-guesia do interior do concelho.

    A estratgia delineada consubs-tancia o envolvimento da aldeia de Odeleite, o aproveitamento da albufeira da barragem e as excepcionais condies naturais do local, surgindo como um plo dinamizador para as actividades fsicas e desportivas relacionadas com um turismo activo e de con-tacto com a natureza.

    A cmara municipal de Alcoutim realizou em Novembro um novo rastreio de cancro de pele e tratamentos em Alcoutim, conduzidos pela mdica derma-tologista Manuela Aguiar, que, voluntariamente, tem colaborado nas aes de sade da autarquia. Nos rastreios anteriores foram examinadas mais de duas mil pessoas e descobertos trs dezenas de cancros de pele; encaminhados urgentemente para o Hospital de Faro, e mais de trs centenas de leses pr-cancergenas (querato-ses actnicas), que foram tratadas pela mdica, com equipamento adquirido pela autarquia de Alcoutim. Neste novo rastreio, a dermatologista observou todos os doentes sinalizados nas aes ante-riores e concluiu que os problemas detetados estavam resolvidos. O presidente da cmara municipal de Alcoutim, Francisco Amaral, declara-se satisfeito com os resul-tados. Foram combatidas com sucesso as vrias doenas de pele detetadas. O que surgir agora ser novo, ns resolvemos tudo o que foi sinalizado. Cerca de 300 pes-soas foram atendidas at ao ltimo dia do rastreio. O transporte para esta ao foi disponibilizado pela autarquia alcouteneja, consciente dos problemas de mobilidade da populao.

    A obra de abastecimento de gua e saneamento bsico em Farelos e Clarines est a funcionar desde o passado dia 12 de Novembro. A populao dos referidos montes organizou uma comemorao, com a presena do presidente da cmara municipal de Alcoutim, Francisco Amaral, para festejar esta obra, que vai beneficiar a qualidade de vida nas localidades. O presidente da autarquia alcouteneja lamentou s ter conseguido agora prover as popu-laes destes servios, mas acrescen-tou que tenciona, em breve, proceder

    ligao das povoaes ao Sistema de guas do Algarve, atravs do ramal da aldeia de Gies. O autarca aproveitou ainda para informar a populao sobre os ltimos dados do Instituto Nacional de Estatstica (INE), que revelam que o concelho de Alcoutim j no o mais pobre da regio e j no est entre os mais pobres do pas. A empreitada custou 917.041,63 euros, sendo 733.633,30 euros financiados pelo POVT (Pro-grama Operacional de Valorizao do Territrio) e o restante pela autar-quia alcouteneja.

    Freguesia de Odeleite tem um Parque Aventura

    O custo total deste Parque Aventura foi de 140 mil euros

    Responsveis avaliaram e debateram geminao de VRSA com o municpio francs de La Baule

    Abastecimento est a funcionar desde 12 de NovembroMdica observou doentes j sinalizados

    Embaixador de Frana em Portugal visitou Vila Real de Santo Antnio

    Alcoutim sem doenas de pele

    Farelos e Clarines festejam gua e saneamento bsico

    Projecto BG Desporto

    Novo rastreio

    * Escrito sob novo acordo ortogrfico

    * Escrito sob novo acordo ortogrfico

  • JORNAL DO BAIXO GUADIANA | DEZEMBRO 2011 | 11

    LOCAL

    A cmara municipal de Vila Real Santo Antnio quer maior rigor na atribuio dos apoios sociais. O executivo liderado por Lus Gomes v-se agora, perante as dificuldades financeiras que a autarquia atravessa, obrigado a apertar o cerco a quem de forma fraudulenta acede a apoios sociais no municpio pombalino. Em comunicado de imprensa a autarquia esclarece tambm que no se trata apenas de combater a fraude, mas tambm de promover maior justia e equidade sociais.

    Assim surge o Regulamento Munici-pal para Atribuio de Apoios a Agre-gados Familiares Desfavorecidos que promove o acesso dos estratos sociais desfavorecidos do concelho de VRSA

    - com rendimento per capita seja igual ou inferior a 50% do salrio mnimo nacional - a bens e servios essenciais. Vai actuar ao nvel da deficincia, da toxicodependncia, da subsistncia e da teleassistncia.

    J o projecto de Regulamento Muni-cipal para Apoios a Estratos Sociais Desfavorecidos no mbito da promo-o da sade e combate doena, em consulta pblica, destina-se a promo-ver o acesso das famlias do concelho de VRSA aos cuidados de sade nos casos em que se verifiquem dificul-dades econmicas ou nos casos em que o Servio Nacional de Sade no disponha de uma resposta eficaz.

    Vo surgir alteraes tambm ao nvel do Regulamento Municipal para

    Depois de todo o trabalho feito no queremos que tudo v por gua abaixo, mas a verdade que vivemos ms a ms. Declaraes em forma de alerta proferidas por uma respon-svel que lembra que so cada vez mais as famlias que procuram ajuda nesta instituio. Ao nvel alimen-tar do apoio a 470 famlias, sendo que h mais 30 famlias que esto em lista de espera. J no Banco de Roupa so 200 famlias carenciadas que recebem ajuda. O que rece-bemos do Banco Alimentar j no suficiente, explica a presidente, afirmando que seria catastrfico fechar as portas.

    Ora o oramento municipal de que esta IPSS dispe no chega para todas as dificuldades e h

    Cruz Vermelha em VRSA teme encerramentoA situao financeira da Cruz Vermlha de Vila Real de Santo Antnio muito crtica. Quem o afirma a presidente da delegao local, Maria Judite de Sousa, que est frente desta instituio de solidariedade desde 2003.

    O municpio de Vila Real de Santo Antnio reviu a regulamentao para a atribuio de apoios sociais porque em tempo de dificuldades financeiras o dinheiro no chega para tudo. Lus Gomes salienta que se trata de promover maior justia e equidade sociais.

    servios que esto, inclusivamente, a ser cortados. o caso do Gabinete de Insero Profissional de apoio ao Imigrante, que fecha no final do ano por corte de verba do ACIDI. Para j no falar de que a maior parte dos scios desta instituio no paga as suas cotas, tal como afirma Maria Judite de Sousa.

    Apoio a 600 famlias

    De forma precria esta IPSS vai mantendo as portas abertas sem se saber at quando vai aguentar, valendo-se bastante do apoio dos voluntrios que apoiam nas difentes reas. Actualmente presta servios de apoio aos imigrantes, a cerca de 600 famlias que recebem comida e

    Crise no apoio aos necessitados

    Apoio ao Arrendamento Habitacional de VRSA, para uma atribuio mais equitativa e com maior abrangncia de beneficirios, explica o munic-pio. Sendo que os beneficirios deste apoio ficam obrigados a cumprir um plano de insero scio-profissional delineado pela autarquia, sendo o seu incumprimento motivo para a cessao do apoio.

    Foi aprovada, ainda, uma proposta de alterao do Regulamento para Apoio Habitao Degradada para Estratos Sociais Desfavorecidos no municpio de VRSA que prev que no presente ano civil, excepcionalmente, no seja criado nenhum perodo para apresentao de candidaturas ao referido apoio, tendo em conta

    Nova regulamentao aperta cerco s fraudes no apoio social

    roupa, apoiam vtimas de violncia, esto nas praias com centro mdico durante a poca balnear, transpor-tam utentes para consultas hospita-lares e outras deslocaes. Auxiliam ainda pessoas com deficincia atravs de um gabinete do Centro Nacional de Apoio ao Deficiente (CNAD) e tambm esto em diver-sos eventos organizados no conce-lho. Contudo, as receitas so muito poucas e da segurana social nunca esta instituio conseguiu viabilizar qualquer ideia para a construo de um equipamento social. Disseram-nos sempre que no teria qualquer viabilidade social, conta desgos-tosa Maria Judite de Sousa que tem salrios para pagar mensalmente a quatro funcionrias.

    Pedimos apoio EDP para nos reduzir a tarifa de electricidade, mas no nos deram esse apoio, lamenta tambm, referindo que mensalmente s em luz a instituio paga cerca de 150 euros das arcas para a manuteno da comida para as famlias carenciadas.

    Sem dvida que por aqui vivem-se momentos de muito sufoco e o grito da responsvel da institui-o de alerta para o drama que se poderia instalar em VRSA caso a instituio fechasse as portas. Recentemente esta delegao da CVP abriu uma conta no BPI para receber donativos. O NIB : 0010 0000 3774 4540 001 82.

    que pretenso da autarquia anali-sar todos os processos pendentes na Diviso de Aco Social.

    De referir que estas medidas surgem no mbito de austeridade do municpio, integrando as mais de 100 medidas de conteno finan-ceira que o executivo planificou e j comeou a aplicar para fazer face s dificuldades da crise econmico-financeira.

    Iniciativas quealm de combate-rem eventuais situaes de fraude (...) estipulam, de uma forma clara, as condies em que as famlias carenciadas do concelho podem beneficiar das valncias prestadas pela Diviso de Aco Social, escla-rece a autarquia.

    Os reformados da Associao de Reformados, Pensionistas e Idosos (ARPI) de Vila Real de Santo Antnio realizaram uma concentrao porta da cmara municipal de Vila Real de Santo Antnio (VRSA) no passado dia 18 de Novembro a exigir ao exe-cutivo, liderado por Lus Gomes, que regularizasse o contrato-pro-grama em falta desde 2010, bem como cumprisse a promessa de atribuir uma sede associao.

    Depois dessa concentrao os membros da direco da ARPI foram recebidos por dois tcni-cos da cmara municipal uma senhora da aco social e o res-ponsvel das finanas da cmara que explicaram as dificuldades que a autarquia atravessa. Francisco Camarada, tesoureiro da direco, explicou ao JBG que dessa reunio ficou a garantia de que o que a cmara deve vai ser pago, espaadamente, sendo a primeira tranche transferida at ao incio do ms de Dezembro. De acordo com este responsvel a cmara municipal deve cerca de 31 mil euros a esta associao de reformados. Francisco Camarada lembra que sem esta verba fica inviabilizada toda a nossa acti-vidade e o bem-estar dos nossos reformados.

    Quanto futura sede nada foi adiantado porque esse um assunto que s pode ser esclare-cido pelo senhor presidente Lus Gomes e ele no tem tempo para nos receber, lamenta Francisco Camarada que continua, dizendo que antes tnhamos uma sede nas traseiras da cmara, mas com as obras fomos transferidos para um pequeno espao que no serve as nossas actividades, garantindo que o presidente deu a sua palavra de que depois das obras iramos voltar para o nosso espao, mas a verdade que no quis assinar nenhum protocolo nesse sentido e no honrou a sua palavra, critica o tesoureiro da ARPI que h dois anos envia cartas para a cmara, mas sem resposta.

    De referir que esta associao realiza s quartas-feiras rastreios de colesterol e diabetes, e no seu plano de actividades constam iniciativas como: bailes; comemo-rao do dia do Reformado, Festa das Papas de Milhos (ameaada se a verba no chegar entretanto) e a Festa do Natal que iremos rea-lizar, mesmo que tenhamos que recorrer aos idosos para pagarem a sua parte de modo a fazermos este convvio que to impor-tante para eles, remata Francisco Camarada.

    A ARPI existe desde 1978 e filiada da MURPI - Movimento Unitrio de Reformados de Pen-sionistas e Idosos.

    Reformadosexigemmaiordignidade

    O concelho de Vila Real de Santo Antnio tem, at data de fecho de nossa edio, duas festas solidrias programadas por grupos juvenis para os prximos dias. De organizaes diferenciadas e com publicos-alvo variados, estas festas tm em comum o facto de procurar recolher o maior nmero de ali-mentos possvel para distribuir pela populao carenciada no concelho.A primeira festa vai acontecer a 9 de Dezembro das 22h30 s 02h00. uma House Party organizada por Fernando Cardoso, do Curso EFA, da Turma TH da Escola Secundria de VRSA. Vai contar com popup Foto-grfico, Animao e Bar. A msica vai estar a cargo de Dj Alvin e Dj Gustavo Vera. O consumo mnimo de trs alimentos que devero ser entregues porta. A festa vai beneficiar a populao de terceira idade desfavorecida e vai acontecer no espao da companhia de teatro Fech Pano. O contacto para mais informaes : 967202846.A outra festa vai ser levada a cabo pelo ncleo Gerao Solidria da JSD de Vila Real de Santo Antnio. A 10 de dezembro, no Glria. Ser um espectculo de variedades com msica, teatro, dana e magia.Vai comear s 21h30 e prolonga-se por duas horas.Vai beneficiar a Santa Casa da Misericrdia de VRSA, sobretudo o Centro de Acolhimento Gente Pequena. No existe consumo mnimo, pelo que durante o dia da festa os participantes devero trocar o seu bilhete por alimentos no Glria. Tambm podero levar em bom estado brinquedos para as crianas. A troca das doaces pelos alimentos vai acontecer entre as 10h e as 21h30. Para qualquer dvida os contactos so: 917943642/[email protected]

    Festas solidrias

    Equipa da Cruz Vermelha no consegue fazer face s dificuldades

  • 12 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |DEZEMBRO 2011

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  • JORNAL DO BAIXO GUADIANA | DEZEMBRO 2011 | 13

    LOCAL

    Odiana promoveu Emprego e Imigrao

    No passado dia 22 de Novembro a Associao Odiana levou a cabo o seminrio Gesto da Imigrao e do Emprego em Tempo de Crise. Um Encontro que reuniu entidades e tc-nicos portugueses para a partilha de boas prticas na rea da integrao dos imigrantes, dando especial destaque ao sector laboral em tempo de crise. Este seminrio surge no mbito do Projecto INTEMIC EUR-258, per-tencente Iniciativa Comunitria Euro- Emprego, liderado pela Fun-dacin de Trabajadores Extranjeros de la Provincia de Huelva (FUTEH) e do qual a Odiana parceiro. O projecto INTEMIC tem como objec-tivo melhorar as polticas activas

    de emprego, atravs do intercmbio e da cooperao transnacional. O projecto foi delineado com base nas experincias sobre fluxos migratrios, obtidas no Projecto Aeneas-Cartaya, sobre as quais vo assentar as bases de trabalho sobre migrao circular. Actualmente o projecto est a desen-volver a Fase 2: Boas Prticas nos quais participam entidades pblicas e privadas que apresentaro as suas experincias; que sero depois compi-ladas num nico documento conjunto, afim de poderem ser aplicadas pelos vrios scios do Projecto. No seminrio esteve presente, igualmente, a equipa da FUTEH.

    Ao longo do dia foram realizadas

    diversas comunicaes numa jornada de trabalho que se prolongou entre as 09h e as 19h. Para a partilha de boas prticas o Seminrio contou com con-tributos diferenciados desde o Servio de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Alto Comissariado para a Integrao e Di-logo Intercultural (ACIDI), Instituto de Emprego e Formao Profissional de Vila Real de Santo Antnio, Programa Nacional Escolhas, Centro Local de Apoio Integrao de Imigrantes de VRSA, Grupo Hubel, Associao Moinho da Juventude, Associao DOINA, Agrupamento Escolas Castro Marim e vrios Casos de Sucesso de Integrao de Imigrantes no Baixo Guadiana.

    Baixo Guadiana foi ao centro da UE

    O objectivo foi a apresentao de um conjunto de recomendaes redigidas pela parceria do pro-jecto, baseadas em boas prticas ao nvel do mundo rural. As mesmas foram por sua vez auscultadas por alguns membros da Comisso e Parlamento Europeu e vo ser apresentadas de forma oficial at Fevereiro de 2012.

    A parceria RURALAND (Espanha, Frana, Itlia, Portugal, Finlndia, Romnia, Blgica, Sucia, Bulg-ria), partilha uma viso comum de oportunidades e necessidades das reas rurais europeias, tendo forte potencial ao nvel do ambiente, gastronomia, sade, segurana, cultura, preservao da identidade e tradies. Inclui sectores estrat-gicos para o futuro, como as ener-gias renovveis, novas formas de produo e relao entre cidados. No entanto, para desbloquear este potencial foi elaborado um docu-mento que aponta as necessidades de crescimento sustentvel, inclu-sivo e estratgico.

    Considerando a riqueza desta cooperao, mas tambm os pro-blemas recorrentes das reas rurais, as recomendaes elaboradas fun-cionam como uma ferramenta da maior utilidade no caminho para o desenvolvimento sustentvel, nomeadamente entidades que se candidatam a fundos europeus e a programas para sustentabilidade rural que encontram frequente-mente entraves na implementao de aces estruturantes; desde a excessiva burocracia, ilegibili-dade de aces e equipamentos relevantes, o reforo da coopera-o entre regies e sobretudo entre as autoridades administrativas e os actores locais.

    O RURALAND surge no mbito do Programa INTERREG IV-C integrado nos fundos estruturais 2007-2013. O objectivo princi-pal reforar a eficcia e ino-vao das polticas regionais de desenvolvimento rural, atravs da cooperao regional e entre as regies da Europa.

    A Associao Odiana deslocou-se Blgica no dia 22 de Novembro para a apresentao de um conjunto de recomendaes polticas no mbito do projecto RURALAND. O documento vai ser apresentado j em 2012.

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    Presidente da FUTEH e Director Executivo da Associao Odiana na Mesa de Abertura

  • 14 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |DEZEMBRO 2011

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    Vila Real de Santo Antnio, onde a arquitectura

    pombalina convive harmoniosamente com

    a natureza. Onde o manto verde da Mata

    Nacional se funde no azul-turquesa das guas

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  • Esta banda desenhada foi feita por Rafael Gmez Daz - 1A IES Sebastin Fernandes

    O Suplemento Cartoon reflecte a promoo de igualdade de oportunidades entre os sexos feminino e masculino, aqui vista numa perspectiva de sensibilizao pelos mais novos.

    Abordar a igualdade de gnero e o combate excluso social foram os pontos fulcrais do concurso de Banda Desenhada. O concurso teve lugar nas escolas do territrio luso e castelhano do Baixo Guadiana e foi dedicado aos alunos do 2 ciclo dos agrupamentos escolares do Algarve, Alentejo e Andaluzia.

    Foram recebidos cerca de uma centena de trabalhos sendo que so quatro os premiados (dois em Portugal e dois em Espanha) e que so agora publicados neste suplemento.

    A sensibilizao pela igualdade de gnero foi uma aco de promoo de igualdade de oportunidades realizada no mbito do projecto BG DESPORTO Baixo Guadiana: Zona Desportiva por Excelncia e uma iniciativa de cooperao entre o Algarve Alentejo Andaluzia e financiado pelo Programa de Cooperao Transfronteiria Portugal Espanha [POCTEP], 2007-2013 e co-financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional [FEDER]; com o apoio da Unio Europeia.

    S u p l emen t o C a r t o o n

  • Esta banda desenhada foi feita por Ricardo Ricardo - 7B n. 23 Esc. Sec. Vila Real S. Antnio

  • Esta banda desenhada foi feita por Ana Afonso - 7B n.1 Esc. Sec. Vila Real S. Antnio

    Esta banda desenhada foi feita por Ainoa Franco 1 de ISO IES Sebastin Fernandes El Boxeo

  • 18 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |DEZEMBRO 2011

  • JORNAL DO BAIXO GUADIANA | DEZEMBRO 2011 | 19

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  • 20 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |DEZEMBRO 2011

    Ti Hortense uma exmia executante de cestaria em miniatura que lhe tem dado fama no Baixo Guadiana, e no s. H cerca de 30 anos que se conhece a fazer cestos em miniaturas e lembra que antes os cestos eram dos utenslios mais utilizados para o transporte de mercadorias. Quando era altura da apanha de amndoa, em Agosto, era muito habitual ver homens junto a esses ribeiros a fazerem cestos, conta-nos. Dos cestos normais s miniaturas foi um pequeno passo. Eram muito procurados pelos turistas e ns vendamos os cestinhos ao Vicente Macaco, do Azinhal. Na altura todas fazamos no pense que era s eu, esclarece. E quantos mais fizessem mais vendiam. As famosas miniaturas da cestaria saam bem para toda a regio e para clientes da capital - estvamos na dcada de 80 do sculo passado- e cada miniatura custava cerca de 10 tostes. Ti Hortense fazia 20 miniaturas. Agora a nica em Alta Mora que mantm a produo desta arte e, por isso, participa em vrios cer-tames com artesanato. Evoluiu dos cestinhos, para os chapus, chegando at s famosas rendas de bilros, que, de resto, so as que tm maior sada, confidencia-nos. Antes de cada feira leva-se cerca de trs dias a fazer as miniaturas e no se pode queixar do escoa-mento. Uma arte que conseguiu passar para a famlia, nomeadamente para um filho e sobri-nha. Entretanto, uma das suas netas criou um

    blog na Internet onde aproveita para expor a arte da av. E internet tambm pode agra-decer o sucesso de vendas; graas exposio ciberntica tem conseguido boas encomendas e visibilidade juntos de familiares, amigos e amantes da sua arte.

    Vida de trabalho

    Hoje, com esta idade, j no deveria tra-balhar tanto, mas a verdade que trabalha e assim ter de ser para manter o seu sustento e poder continuar a ajudar a famlia como tanto gosto lhe d. No total so seis filhos e nove netos. Todos bem na vida, felizmente, ressalva orgulhosa esta mulher que diz que antigamente era mais fcil criar os filhos, no reconhecendo nos dias que correm a entrea-juda que havia entre os irmos que passavam de uns para os outros os sapatos, as roupas e tudo o que fizesse falta. Explica que antes a crise era tamanha que os irmos mais velhos ajudavam a criar os mais novos.

    Ainda jovem, com apenas 21 anos, sofreu um grande desgosto. Me de dois filhos viu-se abandonada pelo ento marido que resolveu partir para uma nova vida em Lisboa. Sofri muito; pela perda, por ficar com dois filhos sem um pai e pela vergonha junto da famlia, amigos e vizinhos, claro. Conseguiu recom-pr-se com um novo casamento ao fim de quase dez anos e encontrou um companheiro muito respeitador, pacfico e bom homem. Juntos criaram uma vida baseada no compa-

    nheirismo e que dura at aos dias de hoje.O marido tambm a acompanha s aulas de

    artes decorativas que se realizam na antiga escola primria de Alta Mora, hoje sede da Associao local, s sextas-feiras noite. Um matrimnio que j dura h 40 anos. H que saber manter o casamento, diz-nos Ti Hortense que lamenta as relaes atri-buladas de hoje. De certa forma percebe que o casal tem rotinas muito diferentes de outros tempos e que isso leva a outros hbitos, mas igualmente defende que a vontade e a sabe-doria que mantm os casais unidos. Confessa que em casa sempre comandou, mas frisa que discordando o marido de alguma coisa cabia-lhe a ela, a mulher, aceder aos seus pedidos. Se assim no fosse logo se gerava uma guerra, e para qu?.

    Para quem mora no campo o dia comea cedo. A alvorada de Ti Hortense acontece s seis da manh, quer seja vero ou inverno. Cuida da horta, dos animais, toma o pequeno-almoo, prepara a marmita para o almoo e sai para a apanha da azeitona. tempo dela, conta. De oliveira em oliveira percorre os serros. Muitas das vezes acompanhada do filho mais velho. Por volta do meio-dia param para almoar. Na cesta levam po caseiro, fruta e uma chouria para assar. So dias muito cansativos, mas reconhece que este tambm um bom momento para estar com um dos seus filhos. Por volta das 17 horas esto de regresso s suas casas. Ti Hortense, antes que anoitea, vai dar de comer aos

    Ti Hortense, uma histria que conta com a arte ilustre da cestaria em miniatura no mundo rural da Alta Mora. Susana de Sousa

    Ti Hortense e o marido juntam-se ao grupo de habitantes de Alta Mora para conviver e desenvolver trabalho de artes decorativas Cestinhos simples e decorados, rendas de bilro em miniatura da artes

  • JORNAL DO BAIXO GUADIANA | DEZEMBRO 2011 | 21

    animais. Tem um burro, trs porcos e galinhas.Entre as 19h e as 20h hora de jantar l em casa.

    Ti Hortense ainda preserva muitas das tradies gastronmicas. Por aqui ainda se faz muita Sopa com batata, revelando-nos, prontamente, da receita. Na caoila mete azeite, alho, louro batatas. Deixam-se cozer as batatas e deitam-se os ovos e depois o peixe. No prato pomos o po caseiro que depois recebe a sopa por cima. Para alm de ser apetitoso este prato uma tradio do Baixo Guadiana que persiste nesta e noutras casas de pessoas mais antigas. Na sua maioria so pratos confeccionados base de produtos da horta de cada habitante destas zonas serranas. o caso dos tambm to tpicos cozidos de gro e feijo.

    O passar dos anos mostra que as tradies vo-se perdendo e as pessoas tambm O passar dos anos mostra que as tradies vo-se perdendo e as pessoas tambm. Antes na Alta Mora havia muitas e agora no h ningum, diz-nos entriste-cida Ti Hortense.Conta-nos que quando tinha os seus 12 anos chegavam a ser cerca de oito raparigas da sua idade e outras tantas entre os 20 e os 30 anos. Na estrada, antes de apenas terra, e hoje alcatroada, danavam as jovens numa poca muito diferente, em que os laos de vizinhana eram significativos. No Vero, por altura dos Mastros dos Santos Populares, as meninas casadoiras depois de virem do pastoreio, amarravam as vacas na ramada, almoavam e at por volta das trs da tarde faziam o mastro para engalanar os bailes. Depois era hora de seguir, de novo, em grupo, para o campo com os animais.Naqueles tempos as populaes da serra viviam, sobretudo, das actividades agrcola e pecuria. E Ti Hortense recupera a memria colectiva quando lembra que por altura da Festa de So Bartolomeu, em Setembro, o pai tinha a possibilidade de vender dois borregos. Conta que cada animal tinha o valor de 16 escudos (hoje oito cntimos!). Efectivamente dava para pouco, mas naquele tempo era assim, apenas se comprava o que fazia falta e quando se podia, alude.Lamenta que hoje os terrenos por essa serra estejam todos abandonados, assim como as casas nos montes. Mas apesar da intensa desertificao, vai havendo quem recupere as suas casas so poucas as pessoas, mas j se vai vendo aos fins-de-semana, conta-nos. Tambm os seus filhos e neto costumam ir at Alta Mora aos Sbados e Domingos e, inclusivamente, aproveitam para ajudar no campo. bom t-los aqui, diz-nos contente. Por vontade dos filhos, que querem ter os seus velhotes por perto j no estaria com o marido a viver em Alta Mora. Mas este casal septuagenrio no faz intenes, para j, de deixar a sua casa, a terra e os animais. Ficaro enquanto houver sade.

    Alta Mora noite no mostra a beleza dos serros, das habitaes. No nos deixa ouvir o cantar do galo, o ladrar dos ces e a azfama dos gatos a fugir na estrada. Mas ouvimos os grilos, os mochos e j comea a cheirar lenha queimada que aquece as casas dos que vo resistindo desertificao daquela localidade serrana no concelho de Castro Marim. Porm, foi noite que conseguimos encontrar uma comuni-dade de vizinhos a lembrar os hbitos de outros tempos; em que juntos, em casa, abrigados do tempo invernoso partilha-vam as preocupaes, as convices e l labutavam afazeres que hoje so raridades; como o caso das rendas, as ls e da costura.s sextas-feiras, entre as 19h e as 22h esto juntos para aprender novos ofcios, pelo prazer de passar o tempo de uma forma diferente. Patrcia de Brito, uma jovem formadora, tem tambm o prazer de se deslocar desde o litoral at serra para ensinar artes decorativas a pessoas maravilhosas com quem tambm se aprende muito. E assim no custam nada a percorrer os cerca de 60 km que faz.As senhoras e o senhor com quem tivemos oportunidade de conversar no escondem a felicidade daquelas trs horas sem-anais no curso da Universidade do Tempo Livre (UTL) de Castro Marim. Aqui passamos momentos diferentes, declaram, mostrando os belos trabalhos que j vo conseguindo fazer. Artes decorativas que caem que nem uma luva para estas pes-soas que anualmente recuperam a tradio do Mastro dos Santos populares. Alis, so responsveis pelo maior nmero de trofus do concurso concelhio, que este ano no sorriu para alm de um terceiro lugar. E quem faz um mastro campeo tem apetncia, concerteza, para aprender com as tcnicas decora-tivas para tentar para o ano um mastro que recupere o primeiro lugar do pdio. Quem no quer ganhar!?...

    Restam 30 residentes

    Estes formandos do curso de artes decorativas tm em comum o facto de estarem sempre disponveis para participar na dinmica que a Associao Recreativa e Cultural dos Amigos da Alta Mora (ARCDAA). Esto sempre na linha da frente quando se trata de participar nos Mastros, nos passeios pedestres, de BTT ou de Lua cheia que a associao organiza. Se no fosse esta associao a Alta Mora j tinha morrido, garante Ti Hortense que espera conseguir este ano convencer o ncleo de vizinhos a levar a cabo mais uma edio das Janeiras. Comemos o ano passado e seria muito bom con-tinuar. Esta nossa protagonista do Histrias de Vida conta que no ano passado contaram com a preciosa ajuda do j falecido Z Pereira, do Cabao, que forneceu algumas quadras tpicas da Janeiras. Esta era tambm uma tradio perdida. Em 2011 Alta Mora fez-se representar por essa serra por cinco casais. Este ano muitas casas estaro, concerteza, espera dos Cantares das Janeiras.

    Comunidade activa

    Cestinhos simples e decorados, rendas de bilro em miniatura da artes

    s sextas-feiras noite esto juntos para aprender novos ofcios

  • 22 | JORNAL DO BAIXO GUADIANA |DEZEMBRO 2011

    Euro regio comercial

    DESENVOLVIMENTO

    Na Assembleia da Repblica desconhecem o pas real

    Francisco Amaral fala como autarca, em exerccio h cerca de duas dcadas, mas, sobretudo, como ex-deputado eleito pelo crculo do Algarve para a Assembleia da Repblica cargo que exer-ceu apenas durante dois meses. Garante-nos em tom crtico e severo que j naquela altura os senhores deputados de nada queriam saber do pas real, rejeitando o papel de misso para o qual tinham sido eleitos. com sabor amargo que

    se insurge contra a dcalage entre a politiquice e as necessidades de um pas muito diferente daquele que os senhores deputados projec-tam a partir de Lisboa. Francisco Amaral apenas se manteve dois meses enquanto deputado porque, afirma, no teve estmago para aguentar tanta intriga poltica e tanto teatro. Referindo-se falta de polticas concretas, correctas e falta de Democracia de um sistema que cada vez mais agudiza o fosso

    entre Lisboa e o resto pas, e entre o litoral e o Interior. O Presidente do municpio de Alcoutim diz que basta de tantas polticas erradas e de tanto apadrinhamento, lan-ando duras acusaes aos depu-tados que criaram uma lei para limitar os mandatos dos autarcas, mas esqueceram-se que muitos deles es