edição nº 63

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www.jornalcapital.jor.br | ANO 3 N° 63 | CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA | DE 05 A 11 DE JULHO DE 2011 | NAS BANCAS RS 1,00 Oi fere o Código do Consumidor PÁG. 2 Indicadores* Indicadores* Câmbio* Câmbio* MOEDAS COTADAS EM DOLAR (USA) MOEDAS COTADAS EM DOLAR (USA) (*) FECHAMENTO: 4 DE JULHO DE 2011 (*) FECHAMENTO: 4 DE JULHO DE 2011 Exportações no mês de junho alcançaram recorde histórico Itamar Franco (1930-2011) Vendas da indústria cresceram 8,9 % Receita Federal melhora a arrecadação com apreensão Banda larga anunciada pelo governo vai limitar downloads Baixada pode receber centro para tratar usuários de crack Governadores discutem a divisão de ‘royalties’ A ANUNCIADA FUSÃO entre as redes de hipermercados Carrefour e Pão de Açúcar encontra adversários ferrenhos. Além da Firjan, que reflete a preocupação das indústrias, órgãos de defesa do consumidor também a questionam. Até o Senado já se manifesta. O ministro do Desenvolvi- mento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, porém, disse que o BNDES tem autonomia para decidir se participa da fusão PÁGINA 4 A ELEIÇÃO SUPLEMENTAR, que estava marcada para o dia 17, havia sido suspensa atreavés de pedido de liminar feito pelo presidente da Câmara, Leonardo da Vila e defe- rida pela ministra do TSE , Nancy Andrighi. Agora, foi remarcada para o dia 31. Seis candidatos estão inscritos e confirmados pelo TRE para disputar a Prefeitura. PÁGINA 3 O BOM DESEMPENHO das exportações, que cresceram 31,6% no primeiro semestre (so- bre igual período do ano passado), em especial por causa do resultado mais robusto dos dois últimos meses, pode determinar mais uma correção, para cima, das expectativas de vendas externas em 2011. Tendência nesse sentido foi manifestada pelo secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Alessandro Teixei- ra, no dia 1º, ao analisar os números da balança comercial no mês de junho PÁGINA 8 AS VENDAS reais da in- dústria do Rio avançaram 8,9% em maio frente a abril, na série que desconta os efeitos sazonais. Houve novo crescimento em pes- soal ocupado (1.100 pos- tos de trabalho a mais), o segundo consecutivo des- de a pequena acomodação de março. Os dados fazem parte de pesquisa divulga- da pela Federação das In- dústrias. PÁGINA 8 A RECEITA federal divulgou que apreen- deu mercadorias no to- tal de R$ 618 milhões nos quatro primeiros meses do ano, como resultado do combate sistemático ao contra- bando, descaminho e outros ilícitos adua- neiros. Houve um au- mento de 51,11% em relação às apreensões no mesmo período de 2010. PÁGINA 2 A PROPOSTA foi fei- ta durante audiência na ALERJ, pela presidente da Comissão de Assuntos da Criança, Adolescente e Idoso da Assembleia Le- gislativa do Rio, deputada Claise Maria Zito. PÁGINA 5 Ministra do TSE revoga liminar e marca eleição suplementar em Magé para o dia 31 PÁGINA 6 PÁGINA 3 DIVULGAÇÃO ABR/JOSE CRUZ BANCO DE IMAGENS BANCO DE IMAGENS PÁGINA 7 Fusão ganha mais adversários Moeda Compra (R$) Venda (R$) Variação % Dolar Comercial 1,551 1,553 0,32 Dólar Paralelo 1,590 1,730 0,00 Dólar Turismo 1,500 1,660 0,00 (U$) (U$) % Coroa Dinamarca 5,129 5,133 0,14 Dólar Austrália 1,073 1,073 0,43 Dólar Canadá 0,960 0,960 0,19 Euro 1,453 1,454 0,10 Franco Suíça 0,847 0,848 0,00 Iene Japão 80.720 80,810 0,09 Libra Esterlina Inglaterra 1,608 1,608 0,06 Peso Chile 465,450 465,850 0,45 Peso Colômbia 1.760,000 1.762,000 0,00 Peso Livre Argentina 4,100 4,140 0,00 Peso MÉXICO 11,581 11,588 0,24 Peso Uruguai 18,250 18,450 0,00 Índice Valor Variação % Ibovespa 63.891,31 0,78 IBX 21.129,28 0,58 Dow Jones 12,582,77 0,00 Nasdaq 2.816,03 1,53 Merval 3.418,11 0,65 Poupança 05/07 0,608 Poupança p/ 1 Mês 04/07 0,624 TR 04/07 0,120 Juros Selic meta ao ano 12,25 Salário Mínimo (Federal) R$ 545,00 Salário Mínimo (RJ) R$ 581,88

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Jornal Capital - Edição nº 63

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Page 1: Edição Nº 63

1CAPITAL5 a 11 de Julho de 2011

www.jornalcapital.jor.br | ANO 3 � N° 63 | CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA | DE 05 A 11 DE JULHO DE 2011 | NAS BANCAS � RS 1,00

Oi fere o Código do

ConsumidorPÁG. 2

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(*) FECHAMENTO: 4 DE JULHO DE 2011(*) FECHAMENTO: 4 DE JULHO DE 2011

Exportações no mês de junho alcançaram recorde histórico

Itamar Franco(1930-2011)

Vendas da indústria cresceram

8,9 %

Receita Federalmelhora a

arrecadação com apreensão

Banda largaanunciada

pelo governo vai limitar downloads

Baixada pode receber centro para tratar usuários de crack

Governadores discutem a divisão de ‘royalties’

A ANUNCIADA FUSÃO entre as redes de hipermercados Carrefour e Pão de Açúcar encontra adversários ferrenhos. Além da Firjan, que refl ete a preocupação das indústrias, órgãos de defesa do consumidor também a questionam. Até o Senado já se manifesta. O ministro do Desenvolvi-mento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, porém, disse que o BNDES tem autonomia para decidir se participa da fusão PÁGINA 4

A ELEIÇÃO SUPLEMENTAR, que estava marcada para o dia 17, havia sido suspensa atreavés de pedido de liminar feito pelo presidente da Câmara, Leonardo da Vila e defe-rida pela ministra do TSE , Nancy Andrighi. Agora, foi remarcada para o dia 31. Seis candidatos estão inscritos e confi rmados pelo TRE para disputar a Prefeitura. PÁGINA 3

O BOM DESEMPENHO das exportações, que cresceram 31,6% no primeiro semestre (so-bre igual período do ano passado), em especial por causa do resultado mais robusto dos dois últimos meses, pode determinar mais uma correção, para cima, das expectativas de vendas externas em 2011. Tendência nesse sentido foi manifestada pelo secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Alessandro Teixei-ra, no dia 1º, ao analisar os números da balança comercial no mês de junho PÁGINA 8

AS VENDAS reais da in-dústria do Rio avançaram 8,9% em maio frente a abril, na série que desconta os efeitos sazonais. Houve novo crescimento em pes-soal ocupado (1.100 pos-tos de trabalho a mais), o segundo consecutivo des-de a pequena acomodação de março. Os dados fazem parte de pesquisa divulga-da pela Federação das In-dústrias. PÁGINA 8

A RECEITA federal divulgou que apreen-deu mercadorias no to-tal de R$ 618 milhões nos quatro primeiros meses do ano, como resultado do combate sistemático ao contra-bando, descaminho e outros ilícitos adua-neiros. Houve um au-mento de 51,11% em relação às apreensões no mesmo período de 2010. PÁGINA 2

A PROPOSTA foi fei-ta durante audiência na ALERJ, pela presidente da Comissão de Assuntos da Criança, Adolescente e Idoso da Assembleia Le-gislativa do Rio, deputada Claise Maria Zito.

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Ministra do TSE revoga liminar e marcaeleição suplementar em Magé para o dia 31

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Fusão ganha mais adversários

Moeda Compra (R$)

Venda(R$)

Variação %

Dolar Comercial 1,551 1,553 0,32Dólar Paralelo 1,590 1,730 0,00Dólar Turismo 1,500 1,660 0,00

(U$) (U$) %Coroa Dinamarca 5,129 5,133 0,14Dólar Austrália 1,073 1,073 0,43Dólar Canadá 0,960 0,960 0,19Euro 1,453 1,454 0,10Franco Suíça 0,847 0,848 0,00Iene Japão 80.720 80,810 0,09Libra Esterlina Inglaterra 1,608 1,608 0,06Peso Chile 465,450 465,850 0,45Peso Colômbia 1.760,000 1.762,000 0,00Peso Livre Argentina 4,100 4,140 0,00Peso MÉXICO 11,581 11,588 0,24Peso Uruguai 18,250 18,450 0,00

Índice Valor Variação %

Ibovespa 63.891,31 0,78IBX 21.129,28 0,58Dow Jones 12,582,77 0,00Nasdaq 2.816,03 1,53Merval 3.418,11 0,65

Poupança 05/07 0,608Poupança p/ 1 Mês 04/07 0,624TR 04/07 0,120

Juros Selic meta ao ano 12,25

Salário Mínimo (Federal) R$ 545,00Salário Mínimo (RJ) R$ 581,88

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CAPITAL 5 a 11 de Julho de 201122

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Colaboradores: Alberto Marques, Arthur Salomão, Karla Ferreira,Geiza Rocha, Nestor Vidal, Priscilla Ricarte e Roberto Daiub

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Na internet: www.jornalcapital.jor.brNa internet: www.jornalcapital.jor.br

Ponto de ObservaçãoPonto de ObservaçãoALBERTO MARQUES

Dobrou o número de mulheres na cadeia

Educação e futuro

GEIZA ROCHA é jornalista e secretária-geral do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro Jornalista Roberto Marinho. www.querodiscutiromeuestado.rj.gov.br

EM 2000, ERA DE 4,3% o percentual de mulheres na população carcerária bra-sileira. Em 2010, o índice quase dobrou: 7,4%. No mesmo período, a porcen-tagem de homens presos caiu de 95,7% para 92,6%. Os dados foram apresenta-dos por Geder Luiz Rocha Gomes, promotor de Jus-tiça da Bahia e presidente do Conselho Nacional de Política Criminal e Peni-tenciária do Ministério da Justiça (CNPCP/MJ), du-rante o Encontro Nacional sobre o Encarceramento Feminino, realizado pelo Conselho Nacional de Jus-tiça na última quarta-feira (29), em Brasília.

- O responsável por esse fenômeno é o tráfico de drogas, que cada vez mais vem recrutando as mulhe-res - disse o promotor, que também apresentou dados para mostrar que, nos úl-timos anos, a maior parte dos investimentos do Fun-do Penitenciário Nacional (Funpen) foi destinada a projetos de reforma e am-pliação de vagas em uni-dades prisionais no país, em detrimento da aplica-ção de políticas voltadas à reinserção social dos detentos, sejam homens ou mulheres. Segundo ele, entre 1994 e 2007 os

investimentos do Funpen foram de R$ 1,40 bilhão, dos quais R$ 1,37 para obras de infraestrutura.

Esses dados são assus-tadores, na medida em que boa parte das famílias brasileiras hoje tem como chefe uma mulher. Se ela é presa, quem cuidará dos seus fi lhos, uma vez que o preconceito machista diz que a educação e a criação dos fi lhos é papel exclusivo da mulher. Vale acrescentar ainda que a mulher, quando adere ao tráfi co, faz por desespero, por falta de opção ou de emprego, que lhe permita sustentar a família. Boa parte das presas são nova-tas no ramo, não tendo a mesma manha para fugir do indiciamento e conde-nação, como ocorre com os homens que atuam no tráfi co.

- O Brasil é campeão mundial na ampliação de vagas em unidades prisio-nais. Entre 1990 e 2009, houve um aumento de 221% - informou, obser-vando que, em razão da ausência de políticas de ressocialização, a necessi-dade de vagas continuará aumentando, por causa da reincidência criminal. Hoje a população carce-rária brasileira é de cerca

de 500 mil detentos, dos quais 34 mil são mulhe-res. Mesmo com todo o investimento do Funpen em construção e reforma, ainda há um grande défi cit de vagas no superlotado sistema carcerário brasi-leiro.

A entrada em vigor, nesta segunda-feira, da nova legislação sobre prisão preventiva ou provisória, que poderá mandar para as ruas de criminosos por estarem sujeitos a penas inferiores a 4 anos, é um perigoso remenda, pois, ao invés de investir em pro-gramas de ressocialização, o Governo, com apoio da sua maioria no Congresso, prefere mandar os crimino-sos para as ruas a pretexto de economia, pois cada preso custaria em torno de R$ 1,8 mil por mês. Quanto custaria tratar das vítimas dos bandidos, as que escapam com vida? E as pensões pagas às famílias das vítimas que morrem durante assaltos ou seqüestros?

O encontro promovido pelo Conselho Nacional de Justiça em Brasília teve a participação da chilena Olga Espinoza, coordena-dora da Área de Estudos Penitenciários do Instituto de Assuntos Públicos da

Universidade do Chile. Em sua palestra, ela fa-lou sobre as regras de Bangkok, um conjunto de normas editadas pelas Nações Unidas em 2010 com o reconhecimento da especifi cidade feminina e uma série de recomenda-ções, que incluem o acom-panhamento das detentas por médico ginecologista (em vez de médico genera-lista), aproximação com os fi lhos e demais membros da família, visitas íntimas e capacitação dos profi ssio-nais do sistema carcerário.

Embora as regras de Bangkok sejam recentes, Olga Espinoza está oti-mista com a possibilidade de mudança do quadro atual do encarceramen-to feminino em todo o mundo. “É um avanço positivo, mas depende somente de nós a trans-formação desse conjunto de normas em realidade”, disse a especialista. Para a juíza Kenarik Boujikian Felippe, de São Paulo, o encontro realizado pelo CNJ foi um “marco na história do Poder Judi-ciário e do Brasil, já que é a primeira vez que um órgão do Judiciário pro-move um debate sobre as condições de encarcera-mento de mulheres”.

ESTAMOS NO AUGE DE UMA ERA de crescimento em que a Educação e o Conhecimento poderão nos catapultar ou nos frear. Dizem que governar é fazer escolhas. No sistema representativo, geralmente de-legamos as escolhas a outras pessoas. Porém, com a evolução da participação, podemos rever estas escolhas e orientá-las utilizando nossa voz e voto.

Quando uma cartilha - patrocinada pelo Ministério da Educação e distribuída a todas as escolas da rede pública do País - diz que a fala usual esquecida das concordâncias não é errada, eu me pergunto: que es-tratégia é essa? Onde se pretende chegar?

Dizer num livro didático que se pode cometer er-ros de português na fala e na escrita não melhora o nosso futuro. Tenho certeza que se perguntarmos aos especialistas em Linguística qual o registro culto e a distinção entre o culto e o popular, todos responderão com desenvoltura. Porém, se pedirmos aos estudantes que receberão este livro que formulem uma frase utili-zando a norma culta talvez só encontremos o silêncio.

Uma política de estado deve ter como pressuposto o impulso de dar às pessoas a chance de melhorar de vida e não mantê-las no patamar em que se encontram. Falamos tanto em ascensão social, mas na prática esta-mos apenas aumentando temporariamente a renda das pessoas. Ao lhes negar Educação de qualidade desde os primeiros anos de vida e ao oferecer-lhes uma Saúde precária, que chances elas tem de ascender pelos seus próprios méritos, escolher seus próprios caminhos?

Num processo democrático e cidadão que se preze, deveríamos estar indo às escolas de nosso bairro ver o que nossos estudantes recebem como lição, interagir com eles, criticar os livros que lêem, exigir bibliotecas. Já que não fazemos isso, que pelo menos nos manifes-temos quando se opta por nivelar por baixo o ensino.

Pergunte a um recrutador qual seria a sua escolha diante de um candidato que utiliza o registro popular e um que fala corretamente. É para o trabalho e para a vida que formamos as pessoas. A escola é um local transitório. Se não somos capazes de elevar a qualidade do que oferecemos durante o tempo em que nossas crianças estão em sala de aula, não será mudando as regras que vamos melhorar a vida delas.

ANALISTAS do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) reduziram a expectativa para o crescimento da eco-nomia neste ano pela se-gunda semana seguida. A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todas as ri-quezas produzidas no país, caiu levemente de 3,95% para 3,94%. Para 2012, a projeção permanece em 4,10%. A expectativa para

o crescimento da produ-ção industrial, neste ano, também caiu, passando de 3,44% para 3,34%. Em 2012, a estimativa conti-nua em 4,50%. A projeção para a relação entre a dívi-da líquida do setor público e o PIB foi ajustada de 39,18% para 39,26%, em 2011, e mantida em 38%, em 2012.

A expectativa para a cotação do dólar continua em R$ 1,60, ao final de

2011, e caiu de R$ 1,70 para R$ 1,69, ao fim do próximo ano. A previsão para o superávit comer-cial (saldo positivo de exportações menos im-portações) foi ajustada de US$ 20,05 bilhões para US$ 20 bilhões, neste ano, e segue em US$ 10,1 bilhões, em 2012.

Para o défi cit em tran-sações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e

serviços do Brasil com o exterior), a estimativa foi alterada de US$ 60 bilhões para US$ 59,75 bilhões, em 2011, e permanece em US$ 70 bilhões, no próxi-mo ano. A expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) foi ajustada de US$ 51,85 bilhões para US$ 52 bilhões, neste ano, e pas-sou de US$ 46 bilhões para US$ 45 bilhões, em 2012.

Analistas voltam a reduzir aestimativa de expansão da economia

A RECEITA FEDERAL do Brasil (RFB) divul-gou dia 30 que apre-endeu mercadorias no total de R$ 618 milhões nos quatro primeiros meses deste ano, como resultado do combate sistemático ao contra-bando, descaminho e outros ilícitos aduanei-ros. Houve um aumento de 51,11% em relação às apreensões no mesmo período do ano passado, e o valor corresponde a quase metade dos R$ 1,274 bilhão contabi-lizados em todo o ano de 2010. Os números

foram anunciados pelo subsecretário de Aduana e Relações Internacio-nais da RFB, Ernani Checcucci, e revelam um crescimento acentu-ado na apreensão de três itens, especificamen-te, de janeiro a abril, comparado ao mesmo quadrimestre de 2010: 386,22% no contraban-do de relógios, 345,47% na entrada irregular de munições e 323,39% nas apreensões de bolsas e acessórios.

Em volume de recur-s o s , o s r e c o l h i m e n -tos mais s igni f ica t i -

vos foram de relógios (R$ 47,847 milhões), ve ículos (R$ 39,305 m i l h õ e s ) , c i g a r r o s (R$ 35,590 milhões), eletroeletrônicos (R$ 34,732 milhões), ves-tuários (R$ 29,260 mi-lhões) e de bolsas e acessórios (R$ 26,281 milhões). Há registros volumosos também de contrabando e desca-minho de brinquedos, medicamentos, bebidas alcoólicas, mídias para gravação de CD e de DVD, além de inseti-cidas, fungicidas, her-bicidas e desinfetantes.

A Receita não revela v a l o r e s n e m m o s t r a quadro comparat ivo, mas relaciona apreen-sões importantes tam-bém de drogas, como resul tado das opera-ções de comba te ao comércio irregular, re-alizadas nos quatro pri-meiros meses do ano, em portos, aeroportos e pos tos de f ron te i -ra. Foram apreendidos 342,49 quilos (kg) de cocaína, 1.388 kg de maconha, 64 mil com-primidos de ecs tasy, 19 ,9 kg de haxixe e 13,96 kg de crack.

Receita arrecadou 51% a mais com apreensões de janeiro a abril

UMA PRÁTICA abusiva está se tornando rotineira pela operadora de celular Oi, que está enviando chips para consumidores que não fizeram a aquisição do ser-viço. O abuso vem se repe-tindo tanto que o promotor Rodrigo Terra, da Promoto-ria de Defesa do Consumi-dor do Ministério Público, anunciou a abertura de in-quérito para apurar o caso. Para quem recebe o tal chip, se livrar dele virou uma via crucis. Ao tentar através do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC), por telefone, a pessoa, depois

de perder alguns minutos, é aconselhada a ir a uma loja da empresa.

A orientação de entidades de Defesa do Consumidor é tentar cancelar o pedido no próprio SAC. Caso não consiga, anotar o número do protocolo, nome do atendente, o dia e a hora da ligação. Se não resolver dessa maneira, procurar a Anatel e fazer a reclamação. “Mandar um serviço que não foi pedi-do é prática abusiva, proibida pelo artigo 39 do Código de Defesa do Consumidor”, diz a advogada Veridiana Alimonti, do Instituto Brasileiro de De-fesa do Consumidor (Idec).

Oi contraria Códigodo Consumidor

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33CAPITAL5 a 11 de Julho de 2011

PRISCILLA RICARTE, jornalista, é correspondente do Capital em Brasília

Grupo de deputados apresenta projeto para crimes on-lineO INÍCIO DE UM acordo

sobre a divisão dos royal-ties do petróleo começou a ser desenhado na semana passada, por representantes de estados produtores e não produtores. O governador Sérgio Cabral participou de um almoço, em Brasília, em que houve um recuo por parte dos estados não produtores, que aceitaram uma distribuição diferencia-da dos lucros. Já os estados produtores concordaram que haja um repasse ime-diato de verbas aos estados que não produzem petróleo.

No encontro, estavam presentes os governadores de Pernambuco, Eduardo Campos, e o de Sergipe, Marcelo Deda, represen-tando os estados não pro-dutores. Eles explicaram que os recursos oriundos da exploração do petróleo são importantes para o desen-volvimento das regiões e se comprometeram a levar as ideias debatidas na reunião para os governadores dos outros estados na mesma

situação. Segundo Eduardo Campos, houve um avanço importante nas negociações.

Durante a reunião ficou acordado que técnicos dos estados vão trabalhar ao longo da próxima semana para definir uma proposta concreta já com valores esta-belecidos. O governador Sér-gio Cabral, durante o encon-tro, destacou a importância do debate. “Anteriormente, não houve um debate sobre essa questão. Todos querem

que o Norte, o Nordeste e o Centro-Oeste do país se desenvolvam e é por isso que temos que encontrar uma solução”, disse Cabral. O go-vernador do Espírito Santo, Renato Casagrande, ressal-tou que um entendimento é a melhor opção para todos. “A posição de partilha sem tratamento diferenciado foi uma posição radical. Todos entendemos aqui que quem produz deve receber mais do que quem não produz. Ago-

ra, vamos trabalhar para ter uma proposta concreta para ser apresentada”, anunciou Casagrande.

Também participaram da reunião o vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pe-zão, o secretário de Estado da Casa Civil, Regis Ficht-ner, o secretário de Desen-volvimento Econômico, Julio Bueno, o secretário de Fazenda, Renato Vilella, além do governador do Pa-raná, Beto Riche.

Governadores começam a discutir divisão dos royalties

ACERJ/MARINO AZEVEDO

O CONSÓRCIO Petro-bras, Repsol Sinopec e Sta-toil anunciam a descoberta de dois níveis de petróleo de boa qualidade no poço exploratório 1-REPF-11A-RJS, informalmente co-nhecido como Gávea. O poço, localizado a 190 qui-lômetros da costa do Rio de Janeiro, foi perfurado pelo navio sonda de última geração Stena Drillmax I, em águas de 2.708 metros e atingiu a profundidade fi nal de 6.851 metros. O consórcio está analisando os resultados obtidos no

poço, antes de continuar com o processo de explo-ração e avaliação da área. A Repsol Sinopec é a ope-radora do consórcio, com 35% de participação, tendo como parceiras a Statoil, com 35% e a Petrobras, com 30%. A companhia e suas parceiras informaram às autoridades brasileiras a existência de indícios de hidrocarbonetos no poço exploratório Gávea em março de 2011, para o primeiro nível, e em abril do mesmo ano, para o se-gundo nível.

Nova descoberta no pré-sal da Bacia de Campos

DE AUTORIA DOS deputados Paulo Tei-xeira (PT-SP), Luiza Erundina (PSB-SP) , M a n u e l a D ’ á v i l a (PCdoB-RS), João Ar-ruda (PMDB-PR), Bri-zola Neto (PDT-RJ) e Emiliano José (PT-BA), está aberto ao público, através do portal e-De-mocracia, uma proposta alternativa para punir crimes cometidos na internet.

A proposta, segundo Paulo Teixeira, é abrir espaço para os cidadãos darem suas sugestões, já que o projeto de lei 84/99 - em tramitação há 12 anos na Casa - tem causado polêmicas entre os parlamenta-res. “Os tipos penais propostos são muito abrangentes e permi-tem criminalizar qual-quer prática, como por exemplo, baixar música na internet”, destacou o deputado.

A proposta em consul-ta pública modifica o

Código Penal (Decreto-Lei 2.848/40), preven-do os seguintes crimes:

- Invasão de rede de computadores, disposi-tivo de comunicação ou sistema informatizado sem autorização do seu titular, com o fim de obter vantagem ilícita;

- Utilização, altera-ção ou destruição de informações obtidas ao causar dano ao sistema informatizado;

- Inserção ou difusão de código malicioso, intencionalmente, em dispositivo de comu-nicação, rede de com-putadores ou sistema informatizado, sem a autorização de seu le-gítimo titular.

As penas previs tas vão de reclusão de seis meses a três anos, de-pendendo do c r ime, mais multa. O Ministé-rio da Justiça prevê que o projeto seja encami-nhado à Câmara Federal até o fim desta semana.

A MINISTRA do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Nancy Andrighi, reconsi-derou a decisão anterior que suspendia a realização de eleições suplementa-res para a Prefeitura de Magé. Com a autorização da ministra, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio decidiu remarcar a data das novas eleições, que vão ocorrer no dia 31 de julho. No último dia 22, a ministra havia concedido uma liminar no Mandado de Segurança impetrado pela Câmara Municipal de Magé para impedir que os eleitores do município voltassem às urnas no dia 17 de julho para a escolha dos novos prefeito e vice da cidade. Cassados pelo TRE-RJ, a ex-prefeita Nú-

bia Cozzolino (PMDB) e seu vice Rozan Gomes da Silva (PSL) estão impedi-dos de participar do pleito suplementar.

Somente na quinta-feira (30), o vereador Anderson Cozzolino (PMDB), o Di-nho, irmão de Núbia, foi empossado prefeito, após ocupar o cargo interinamen-te. Ele deverá permanecer no cargo até o fi m das eleições. Seis candidatos, entre eles três vereadores, disputam o cargo de prefeito. São eles Álvaro Alencar (PT), Ezaquiel Siqueira (PC do B), Genivaldo Gomes, o Batata (PPS), Nestor Vi-dal (PMDB), Octaciano Gomes, o Piano (PSOL), e Werner Saraiva (PT do B). A campanha foi retomada no último sábado.

TSE autoriza novas eleições em Magé

A ministra Nancy Andrighi reconsiderou sua decisão

TSE/ASICS

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CAPITAL 5 a 11 de Julho de 201144

A OPOSIÇÃO NO Senado criticou a participação do Banco Nacional de Desen-volvimento Econômico e Social (BNDES) no pro-cesso de fusão das redes de supermercado Carrefour e Pão de Açúcar. A base do governo considera normal a operação e disse que ele poderá contribuir para tor-nar o Pão de Açúcar uma empresa internacional. Para o líder do PSDB, senador Álvaro Dias (PR), a polí-

tica que vem orientando as ações do banco desvirtua a função social para a qual ele foi criado. “Achamos um absurdo. É preciso que pelo menos retirem o S do BNDES. Essa orientação na aplicação dos recursos ex-clui a hipótese de um banco social. O que há é um banco privilegiando megaempre-sários no país com recursos públicos”, disse Dias.

O líder do governo no Se-nado, Romero Jucá (PMDB-

RR), defendeu participação do banco no negócio. Segun-do ele, essa é uma operação comum de mercado na qual o BNDES entrará como sócio. “É uma operação de merca-do, sem recursos públicos, sem recursos subsidiados. O BNDES seria sócio dessa empresa com objetivo de lucro.”

Em comunicado divul-gado no último dia 28, o BNDES confirmou que começou a analisar o pedido

de fi nanciamento para inter-nacionalização do Grupo Pão de Açúcar. A operação de internacionalização, no valor de até 2 bilhões de euros, permitirá ao grupo assumir posição estratégica no supermercado Carrefour, considerado um dos maiores varejistas mundiais. Segun-do o BNDES, a transação poderá abrir “caminho para maior inserção de produtos brasileiros no mercado in-ternacional”.

Mais polêmica na fusão do Pãode Açúcar com o Carrefour

PESQUISA FEITA pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) mostra que 30% da indústria nacional de todos os segmentos consideram que a eventual fusão entre os grupos Pão de Açúcar e Carrefour vai ter impacto negativo sobre o mercado. O resultado da pesquisa já mostra um impacto muito grande na cadeia produtiva, disse o presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, no dia 1º. Segun-do ele, os consumidores também sairão perdendo. “Vai diminuir a opção de compras. O vendedor e pro-dutor de mercadorias para supermercados serão pre-judicados. Na outra ponta, o consumidor também será prejudicado”.

Para Gouvêa Vieira, o

argumento de que a fusão ampliará as exportações do Brasil não faz sentido. “Senão, essas empresas já estariam exportando. E não há razão para exportar

apenas porque uma em-presa brasileira terá 11% do capital de uma empresa estrangeira”. O presidente da Firjan admite que ocorra concentração econômica na

indústria, com objetivo de ganhos em termos de com-petitividade. “No comércio, é exatamente o inverso. No comércio, quanto mais pul-verizado, melhor.”

Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan

BANCO DE IMAGENS

Órgãos de defesa do consumidor também contrários à fusão

� A EVENTUAL fusão precisa ser muito bem defi nida para que os con-sumidores não sofram prejuízos, segundo a As-sociação Brasileira de De-fesa do Consumidor (Pro-teste). “Principalmente quando você está falando de um mesmo segmento, porque está tendo aí um grande percentual de con-centração”, disse à Agên-cia Brasil a coordenadora institucional do Proteste, Maria Inês Dolci. Ela ci-tou como exemplo a fusão entre os frigorífi cos Sadia e Perdigão, do setor de alimentos. “Quando você tem uma concentração grande e redução de mer-cado, há menos opções para o consumidor e nem sempre o preço é bené-fi co”, acrescentou Maria Inês. Segundo ele, a redu-ção da concorrência torna o consumidor, às vezes, refém das empresas que têm um ganho grande em termos de escala, isto é, têm um poder de compra melhor e nem sempre re-passam os benefícios aos clientes. Maria Inês Dolci mostrou preocupação com a possibilidade de uma di-minuição da concorrência resultar em alteração de preços que não benefi-cie o consumidor. “Sem contar que ele não vai ter qualquer opção ou forma de escolher no mercado e de trazer concorrência para aquele setor, para ter

melhoria na qualidade, investimentos em tecno-logia. Esse é o ponto que preocupa a Proteste.”

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) também manifes-tou temor com relação à elevação dos preços. Segundo o gerente de In-formação do Idec, Carlos Thadeu de Oliveira, “a concentração no varejo pode levar a uma elevação dos preços, já que diminui a concorrência e as mar-gens de negociação entre fabricantes e comércio fi cam mais estreitas”. Na avaliação do professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE/UFRJ), Frederico Rocha, a fusão entre as redes supermercadistas Pão de Açúcar e Carrefour “im-plica uma concentração de mercado substantiva”. Segundo ele, o primeiro problema que a fusão pode trazer é o aumento dos preços, “porque as empresas ganham maior poder de monopólio”. Essa deve ser, enfatizou, a preocupação principal das autoridades da área de de-fesa da concorrência. Para ele, essa concentração pode signifi car a redução de capacidade produtiva no Brasil. “Acho que vai reduzir o número de lojas e, por isso, pode haver impactos negativos sobre o emprego”.

Discussão já chegou ao Senado Federal

AS AÇÕES DO GRUPO Pão de Açúcar operam em queda na segunda-feira (4), em meio às disputas sobre a possível fusão do grupo com o francês Carrefour. Por volta das 13h, as ações preferenciais da empre-sa recuavam 3,45% na Bolsa de Valores de São Paulo. Na França, as ações do Carrefour tam-

bém registravam baixa, de 1,68%. Já os papeis do grupo varejista Casi-no, que é sócio do Pão de Açúcar e rival do Carre-four na França, subiam 1,5%.

O conselho de admi-nistração do Carrefour se declarou favorável à fusão com o grupo brasi leiro. O projeto, que não é aceito pelo

Casino, prevê a fusão dos ativos brasileiros do Carrefour com os da Companhia Brasileira de Distribuição (CBD). A proposta foi apresentada dia 27 pela Gama, que pertence ao fundo BTG Pactual, do investidor André Esteves, com o apoio financeiro do Ban-co Nacional de Desen-volvimento Econômico

e Social (BNDES). Após o Carrefour ter

comun icado que seu conselho administrativo aprovou a proposta de fusão, o Casino, que tem 43% de participação no grupo brasileiro, criti-cou a decisão. “Baseado no comunicado para a imprensa emitido pelo Carrefour, o grupo Casi-no considera que o Car-

refour e os membros do seu conselho podem ser responsabilizados por aceitar, apesar de repe-tidos alertas, uma tran-sação hostil, resultado de negociações ilegais”, disse o grupo francês.

O Casino informou tam-bém que abriu na última sexta-feira (1º) um se-gundo pedido de arbi-tragem na Câmara de

Comércio Internacional (ICC, na sigla em inglês) contra seu sócio brasi-leiro Abílio Diniz. Por meio de comunicado, o Casino afi rmou que abriu o pedido “para garantir o respeito dos procedimen-tos estabelecidos pelo acordo de acionistas de 27 de novembro de 2006” na Companhia Brasileira de Distribuição (CBD).

Ações do Pão de Açúcar recuam em meio a dúvidas sobre fusão

O MINISTRO DO De-senvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, disse segunda-feira (4) que o Banco Nacional de Desenvol-vimento Econômico e Social (BNDES) tem au-tonomia para decidir se participa da fusão entre as redes de hipermer-cados Pão de Açúcar e

Carrefour. Ele preferiu não dar mais detalhes sobre a operação, dizendo que não quer atrapalhar as conversas em anda-mento. “O BNDES tem autonomia para fazer essa operação”, disse o mi-nistro, ao sair do velório do ex-presidente Itamar Franco, em Belo Hori-zonte. “Qualquer coisa

que eu fale agora pode atrapalhar as negociações em curso.”

A fusão de operações en-tre os dois grupos do mer-cado varejista foi anuncia-da na semana passada. A oposição considera ilegal a participação do BNDES na operação. O banco ana-lisa a possibilidade de investir cerca de R$ 4,5

bilhões no negócio. No Senado, o PSDB decidiu apresentar convite para que o presidente do BN-DES, Luciano Coutinho, esclareça as condições da participação. O partido também quer chamar o presidente do grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, e o ex-presidente do BNDES Luiz Carlos Mendonça de

Barros, crítico da entrada do banco na operação, para falar sobre o assunto.

Na semana passada, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, defendeu a operação . Segundo ela, o banco par-ticipará da operação por intermédio do “braço fi-nanceiro” da instituição, o BNDES-Par.

Para ministro, BNDES tem autonomia para participar da fusão

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Síndrome de Down (Trissomia do Cromossomo 21) (fi nal)

ROBERTO DAIUB ALEXANDRE é médico cardiologista concursado da Prefeitura de Duque de Caxias, médico-chefe do Centro de Terapia Intensiva do Hospital de Clínicas de Teresópolis (Unifeso) e médico plantonista da emergência do Hospital das Clínicas Mario Lioni, em Duque de Caxias

DIVULGAÇÃO

DEFICIÊNCIAS DE HORMÔNIOS tireoideanos são mais comuns em crianças com síndrome de Down do que em crianças normais. É importante identifi car as crianças com síndrome de Down que têm problemas de tireóide, uma vez que isso pode comprometer o funcionamento normal do sistema nervoso central. Problemas ortopédicos também são vistos com uma freqüência mais alta. Entre eles incluem-se a subluxa-ção da rótula (deslocamento incompleto ou parcial), luxação de quadril e instabilidade de atlanto-axial. Esta última condição, em alguns casos mais graves, há necessidade de tratamento cirúrgico para correção.

Outros aspectos médicos importantes na síndrome de Down incluem problemas imunológicos, leucemia, doença de Alzheimer, convulsões, apnéia do sono e problemas de pele. Todos estes podem requerer a aten-ção de especialistas. O dia internacional da síndrome de Down é comemorado no dia 21 de março (21/3 ou seja três partes do cromossoma 21), e já faz parte do calendário de eventos do governo federal.

E lembre-se: “Ser diferente é normal”. ENZO GABRIEL, fi lho deste colunista, tem 6 anos e é uma criança muito alegre, orgulho dos pais. Ele estuda o Jardim II em horário integral em uma escola convencional de Teresópolis, com aulas de artes, música, informática, inglês, natação e judô. E ele faz tudo isso com prazer. Também adora passear com o cachorro de estimação Otto e é torcedor do Botafogo. Enzo faz consulta regular com psicomotricista, fonoaudiólogo, além de equoterapia (equitação) uma vez por semana.

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A BAIXADA Fluminense pode ganhar um centro de referência para o tratamento de crianças e adolescentes usuários de crack, o primeiro do Estado. A proposta foi apresentada pela presidente da Comissão de Assuntos da Criança, Adolescente e Idoso da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), deputada Claise Maria Zito (PSDB), ao secre-tário Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Rodrigo Neves, durante au-diência realizada dia 30. No evento, o colegiado recebeu os secretários da área de assistência social da região para discutir a ação unifi-cada contra o crack que vai acontecer dia 13 de agosto.

O secretário elogiou a pro-posta da deputada e declarou que vai se empenhar junto ao Governo para a constru-ção do centro. “A proposta do centro de tratamento de dependência química é ex-traordinária. Assumo aqui hoje o compromisso de me esforçar junto ao governador para que possamos ter este equipamento na Baixada”, declarou Neves.

O secretário disse que pre-tende discutir a ideia para que seja possível iniciar a construção em janeiro. “Vou encaminhar pessoalmente esta questão”, completou ele, depois de garantir o apoio do Estado para a ação na Baixada dia 13. Propôs

ainda a criação do Dia Esta-dual de Combate ao Crack, no dia 5 de novembro, data que coincide com a Semana Estadual de Combate às Drogas. “Precisamos levar esta ação coordenada e unifi cada para todos os 92 municípios”, pontuou. Atu-al presidente da Alerj, o de-putado Paulo Melo (PMDB) tomou conhecimento da proposta e já declarou total apoio à ação.

A deputada Claise come-morou o apoio recebido, tanto para a realização da ação unifi cada quanto para a construção do centro de tratamento. “Já havia feito uma indicação ao governador Sérgio Cabral, pedindo este

centro de tratamento, para que a criança ou adolescente possa ser reintegrado à socie-dade. Foi muito bom receber o apoio do secretário”, afi r-mou. “A ideia é que o centro seja um consórcio, com a defi nição de um município para a sede à qual todos os outros terão acesso, dividindo responsabilidades”, sugeriu. Claise também se compro-meteu a visitar todos os 92 municípios do Estado, para divulgar o Dia Estadual de Combate ao Crack. “É muito importante esta ação unifi ca-da, pois o que acontece hoje são ações isoladas que estão provocando a migração dos usuários de um município para o outro”, afi rmou.

Baixada pode receber centropara tratar usuários de crack

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Atualidade

O MUSEU DO Duque de Caxias, localizado na Taquara, 3° distrito do município, foi palco de uma concorrida expo-sição de carros antigos, promovida pela Secreta-ria de Cultura e Turismo em parceria com o Fã Clube Auto Caxiense, no dia 26. Dezenas de modelos raros de veícu-los chamaram a atenção dos visitantes de várias idades. No fi nal da tar-de, o público assistiu às apresentações musicais do cantor e composi-tor Canthídio, da banda Bárbaros do Blues e do grupo Casaca, este últi-mo vindo especialmente do Espírito Santo.

O público pôde con-tar ainda com barracas de lanches rápidos e as crianças participaram de

recreação e assistiram palestras educativas e encenação teatral com a peça “Banho é muito bom”, com estimulado-res do CAICC de Xerém. Moradores da região e visitantes de outros bair-ros e cidades próximas puderam desfrutar dos jardins do Museu e ver de perto alguns objetos da antiga fazenda e de uso pessoal do Duque de Caxias.

O Museu funciona nas terras da antiga Fazenda São Paulo, onde nasceu o Duque de Caxias. O local fazia a ligação de duas importantes vilas portuárias: Pilar e Es-trela. A região tinha rico cultivo de milho, cana-de-açúcar, mandioca, feijão, frutas, legumes e café.

Adultos e crianças prestigiamexposição de carros no Museu

O Chevrolet 1939 com pintura camaleão(4 cores) chamava a atenção do público

JOSUE CARDOSO

AS DÍVIDAS tributárias do cidadão comum (pes-soa física) vão poder ser renegociadas entre os dias 10 e 31 de agosto, como parte do Programa de Re-cuperação Fiscal (Refi s), de acordo com resolu-ção da Receita Federal. A Receita tinha fi xado o período de agosto a no-vembro de 2009 para que os contribuintes fi zessem o parcelamento, dentro do chamado Refi s da Cri-se. O prazo foi depois estendido para o último

dia 30 de junho, o que agora foi reconsiderado. As empresas que não fi ze-ram a renegociação até o último dia 30, no entanto, perderam a oportunidade de contar com benefícios para o parcelamento. Das 150 mil empresas que de-veriam fazer a negociação, apenas 59 mil acessaram, no prazo, a página da re-ceita com esse objetivo, equivalente a 38% das devedoras.

O Refis da Crise foi criado durante a crise eco-

nômica, em 2009. O pro-grama permitiu o parcela-mento, em até 180 meses, de quase todas as dívidas com a Receita referentes a impostos atrasados, e com a Procuradoria-Ge-ral da Fazenda Nacional (PGFN) sobre débitos inscritos na dívida ativa da União, com desconto na multa e nos encargos. Essa renegociação não abrangeu débitos venci-dos após 30 de novembro de 2008 ou incluídos no Simples Nacional. Quem

optou pelo pagamento à vista teve perdão de 100% das multas e dos encargos sobre a dívida original.

Além disso, a Receita Federal prorrogou, excep-cionalmente, para o quinto dia útil de fevereiro de 2012, a apresentação da Escrituração Fiscal Digital do PIS/Pasep e da Cofi ns – EFD-PIS/Cofi ns referentes ao ano-calendário de 2011. Estão incluídas as pessoas jurídicas sujeitas a acom-panhamento econômico-tributário diferenciado.

Contribuinte poderá negociar dívidas pelo Refi s em agosto

PARA QUEM QUER se qualificar para buscar um emprego, o segundo semestre começa com ampla oferta de vagas nos cursos gratuitos pro-fi ssionalizantes e de qua-lifi cação da Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio de Ja-neiro (Faetec), unidade ligada à Secretaria Esta-

dual de Ciência e Tecno-logia. As inscrições estão abertas para cerca de 70 mil vagas em cursos oferecidos pelos Centros Vocacionais Tecnológi-cos (CVTs) e Centros de Educação Tecnológica e Profissionalizante (Ce-teps) de todas as regiões do Estado, além de ou-tras unidades da Faetec.

Esse total inclui também 2.860 vagas para cursos a distância (EAD).

A novidade desta ro-dada de vagas está na inscrição dos candida-tos, que só poderá ser feita pela internet, no site da Faetec (www.faetec.rj.gov.br). Para isso, basta acessar o link “Cursos Profissionali-

zantes - FIC/Inscrições Online”. As inscrições vão até o dia 16 de ju-lho. O sorteio das vagas, aberto ao público, ocor-rerá no dia 18. A lista-gem será divulgada no site da Faetec no mesmo dia. A matrícula, para os candidatos sorteados, será realizada de 18 a 22 de julho.

70 mil vagas para qualifi cação

FINALMENTE O GOVERNO e as operadoras assinaram o acordo que leva a ideia de im-plementar a banda larga popular em todo o Brasil adiante. Oi, Telefônica, CTBC e Sercomtel se comprometeram a oferecer conexão de 1 Mbps por R$ 35 mensais, sem obrigar o consumidor a contratar tele-fonia fixa ou qualquer outro serviço.

Na prática, a banda larga popular ainda deixa a desejar em alguns aspectos. Um deles é o limite de tráfego mensal ao qual o consumidor terá direito. Uma vez que o serviço esteja funcionando, o assinante de banda larga popular por conexão fixa (ou cabeada) terá direito 300 MB em downloads durante o mês. A fran-quia é muito baixa, e o pior: faltam

informações sobre o que vai acontecer quando o limite for atingido.

Pelo acordo assinado, as empresas de telefonia que aderem ao PNBL deverão garantir 30% da velocidade contratada nos horários de pico e

50% nos horários considerados usu-ais. Daqui a um ano, esse “padrão de

qualidade” vai aumentar: serão exigidos 50% e 70% respectivamente. As quatro

operadoras que participam do PNBL devem iniciar a oferta da banda larga popular em 90 dias.

O preço fixado é de R$ 35, mas vai cair para R$ 29,80 nos estados em que

houve redução do ICMS para o serviço. Ou seja, cada dia de conexão custaria o equi-

valente a menos de R$ 1.

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“SOLIDARIEDADE IN Concert”. Este é o evento que acontecerá sexta-feira (8), às 9:30h, no Colégio-Curso Tamandaré de Nova Iguaçu. Trata-se de apre-sentação única da Global Missions Orchestra, de Dallas, regida pelo ma-estro Camp Kirkland, de notável carreira como arrnjador e orquestra-dor de música gospel, reconhecido como um

dos melhores dos Esta-dos Unidos. Os ingressos serão trocados por do-nativos para as vítimas das enchentes na Região Serrana. O repertório será variado, desde “Garota de Ipanema”, passando pelo jazz, blues e spirituals, até a música gospel america-na. O evento contará com a participação especial do Coral dos alunos do Colégio.

Orquestra dos EUA em N. Iguaçu

CRIANÇAS, adolescen-tes e até adultos da Vila São Luiz e bairros adja-centes já podem come-morar, com a inauguração da Fábrica de Sonhos, com cursos na área de beleza, panificação, in-formática, entre outros, além de Centro Social com assistência em várias especialidades médicas e incentivo a futuros atletas com a prática de esporte, através do Projeto Ami-go. Ao falar na solenidade de inauguração, dia 2, o vereador Mazinho fez uma retrospectiva de sua trajetória política. O en-contro reuniu lideranças

comunitárias da região. E l e a g r a d e c e u a o s

“ a m i g o s e m p r e s á r i o s que juntos, proporciona-ram esta realidade à toda população dos bairros da Chacrinha, Vila São Luiz e Jacatirão, entre outros”. Durante a so-l en idade , a s c r i anças puderam se divertir no “Parquinho do Tio Ma-zinho”. E os que se ins-creveram para os cursos participaram de sorteios de bicicletas, televisão de LCD, sanduicheira e outros prêmios, animan-do ainda mais o evento, apesar do frio daquele sábado.

Inaugurada na Vila SãoLuiz a ‘fábrica de sonhos’

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País

Internacional

A NOVA LEI da Prisão Preventiva, que entrou em vigor nesta segunda-feira (4), deve resultar na liberação, em todo o país, de milhares de presos que ainda não foram julgados. Deverão ser benefi ciados presos não reincidentes que co-meteram crimes leves, puníveis com menos de quatro anos de reclusão. Em tais casos, a prisão poderá ser substituída por medidas como pa-gamento de fi ança e mo-nitoramento eletrônico. A população carcerária do país, hoje, está em torno de 496 mil pessoas, segundo dados do Minis-tério da Justiça. Em 37% dos casos - ou seja, para 183 mil presos – ainda não houve julgamento e não se pode garantir que sejam culpados.

Com as alterações, nove possibilidades en-tram em vigor - o pa-

gamento de fi ança, que poderá ser estipulada pelo delegado de polícia e não apenas pelo juiz; o monitoramento ele-trônico; o recolhimento domiciliar no período noturno; a proibição de viajar, frequentar alguns lugares e de ter conta-to com determinadas pessoas; e a suspensão do exercício de função pública ou da atividade econômica.

A legislação brasileira considera leves crimes como o furto simples, porte ilegal de armas e homicídio culposo no trânsito (quando não há intenção de matar), além da formação de quadri-lha, apropriação indevi-da, do dano a bem públi-co, contrabando, cárcere privado, da coação de testemunha durante an-damento de processo e do falso testemunho, entre outros.

Nova Lei da Prisão Preventivadeve soltar milhares de presosO CORPO DO ex-pre-

sidente Itamar Franco (1992-1994), de 81 anos, foi cremado segunda-feira (4) em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Antes, foi realizada uma cerimônia para velar o corpo do po-lítico e prestar as últimas homenagens. A cerimônia de cremação atende a um pedido do ex-presidente, e as cinzas serão deposi-tadas no jazigo da família, no Cemitério Municipal de Juiz de Fora (MG). No fim da tarde de domin-go (3), foi celebrado um culto ecumênico, com a presença das duas fi lhas de Itamar, Georgiana e Fa-biana, parentes e amigos. O velório se estendeu pela noite e a madrugada. As portas da Câmara de Ve-readores fi caram abertas.

Ainda no domingo, aproximadamente 30 mil pessoas passaram pelo velório em Juiz de Fora. Uma longa fi la se formou em frente à Câmara de Vereadores da cidade. A maioria das pessoas que esteve no velório mora em Juiz de Fora, onde Itamar começou sua carreira po-

lítica como prefeito. “Eu conhecia ele há muitos anos. A cidade perdeu um político excepcional, honesto”, disse a aposen-tada Maria de Lourdes Almeida. “Perdemos uma grande pessoa, que traba-lhou muito pela cidade e por todo o país. Era uma pessoa humilde, que para-va na rua para conversar com a gente”, destacou Francisco de Assis.

Dezenas de autoridades estiveram no velório em

Juiz de Fora, como os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Collor, José Sarney e Fernando Henrique Car-doso; o vice-presidente Michel Temer e o gover-nador de Minas Gerais, Antonio Anastasia. Uma comitiva de senadores e deputados federais tam-bém compareceu veló-rio. A presidente Dilma Rousseff e vários mi-nistros acompanharam o velório de Itamar em

Belo Horizonte.Itamar Franco morreu

sexta-feira (2), no Hos-pital Albert Einstein, em São Paulo , onde estava internado desde o dia 21 de maio. O ex-presidente teve um acidente vascular cere-bral (AVC), entrou em coma e não resistiu. Ele havia sido internado por causa de uma pneumo-nia adquirida durante o tratamento para a cura de leucemina.

Corpo de Itamar Franco cremado em ContagemFO

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DEPOIS DE 24 DIAS internado em Cuba para o tratamento de um cân-cer, o presidente da Ve-nezuela, Hugo Chávez, voltou segunda-feira (4) de madrugada a Caracas, capital venezuelana. Ele foi recebido pelo vice-presidente da República, Elias Jaua, por aliados e admiradores no aeroporto e de lá seguiu para casa. As informações são da Agência Venezuelana de Notícias. O retorno

ocorre no momento que Chávez era pressionado a se licenciar do poder para poder fi car fora da Vene-zuela. Os simpatizantes do presidente prepararam um ato público em apoio a ele, em frente ao Palá-cio de Mirafl ores, sede do governo venezuelano.

- É o começo do retor-no. É a volta”, disse Jaua, no desembarque em Ca-racas. Em casa, Chávez enviou uma mensagem pela rede social Twitter

informando que passava bem. “Aqui estou, por-tanto, em casa e muito feliz! Bom dia minha amada Venezuela! Olá queridos! Graças a Deus! É o começo de retorno”, disse. “Eu saúdo o povo venezuelano com todo meu coração, um mi-lhão de beijos e abraços.” Os aliados conseguiram aprovar, no Parlamento, moção de apoio a Chá-vez, que governou de Havana.

O GOVERNO japonês deu início DIA 1º a uma medida que restringe o consumo de empresas que utilizam energia elétrica em larga es-cala. O intuito é evitar a escassez de energia no verão e diminuir a probabilidade de apa-gões. Os grandes con-sumidores localizados nas áreas servidas pela Tokyo Electric Power Co. (Tepco) e Tohoku Electric Power Co. se-rão obrigados a reduzir o consumo de energia em 15% em relação ao

verão do ano passado. A limitação é no horá-rio comercial, das 9h às 20h, de segunda a sexta-feira, e vai até meados de setembro. Quem violar a restrição intencionalmente terá de pagar multas que passam de R$ 20 mil.

A decisão é consequ-ência dos danos causa-dos às usinas nucleares instaladas na região noroeste do arquipé-lago pelo terremoto seguido de t sunami do dia 11 de março. O duplo desastre afetou

seriamente a produção de energia elétrica no país, onde 35 dos 54 reatores nucleares do Japão estão parados desde a t ragédia . O governo quer também que a população e as pequenas empresas co-laborem e economizem energia elétrica. Esta é a primeira vez que o governo do Japão im-põe restrições ao con-sumo de energia para as grandes empresas desde a crise do petró-leo, em 1974.

Chávez volta para a Venezuela após cirurgia em Cuba

Japão raciona energia para evitar apagão

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CAPITAL 5 a 11 de Julho de 201188

O BOM DESEMPENHO das exportações brasileiras, que cresceram 31,6% no primeiro semestre (sobre igual período do ano passa-do), em especial por causa do resultado mais robusto dos dois últimos meses, pode determinar mais uma correção, para cima, das expectativas de vendas ex-ternas em 2011, atualmente estimadas em US$ 231 bilhões. Tendência nesse sentido foi manifestada pelo secretário executivo do Ministério do Desenvolvi-mento, Indústria e Comér-cio Exterior (MDIC), Ales-sandro Teixeira, no dia 1º, ao analisar os números da balança comercial no mês de junho e no acumulado do primeiro semestre, quando as exportações superaram o aumento de 28,5% das im-portações. Não mencionou, porém, quando a correção deve acontecer.

No mês de junho, a perfor-mance do comércio externo foi ainda melhor. As vendas externas, no valor de US$ 23,692 bilhões, foram as mais altas da história, com aumento de 38,6% em re-

lação a junho de 2010 e de 2,08% sobre o resultado de maio. As importações, no total de US$ 19,262 bilhões, cresceram 29,9% sobre junho do ano passado e caíram 2,14% em relação a maio, que teve um dia útil a mais que junho (22 e 21, respectivamente).MELHOR SUPERÁVIT - Em decorrência do bom desempenho comercial, o saldo da balança comercial foi US$ 4,43 bilhões em junho, o melhor superávit mensal do ano. Aumentou 95,4% na comparação com junho de 2010 e 31,6% em relação a maio, que contabi-lizara o melhor saldo men-sal de 2011 até então, no valor de US$ 3,527 bilhões. No ano, o saldo comercial soma US$ 12,985 bilhões, ou 64,7% a mais que os US$ 7,886 bilhões obtidos em igual período do ano passado.

De acordo com a secre-tária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Lacerda Prazeres, “o bom momen-to” do Brasil no comércio internacional é resultado do crescimento recorde de

vendas nas três categorias de produtos. Os embarques de produtos básicos (miné-rio de ferro, café em grão, petróleo em bruto, soja em grão e carnes, dentre outros) cresceram 44% no semes-tre; os semimanufaturados de ouro e ferro, soja, açúcar,

couros e peles, principal-mente, aumentaram 29,7%; enquanto as exportações de industrializados (óleos combustíveis, polímeros plásticos, veículos e outros) cresceram 19,1%.

A América Latina e o Ca-ribe compraram 24% a mais

de produtos brasileiros no semestre, no total de US$ 26,661 bilhões; e os países da União Europeia importa-ram 31,4% a mais, no valor de 25,546 bilhões, além de ampliações em menor volu-me para a África (37,3%), Europa Oriental (39,2%)

e Oriente Médio (23,7%). Por países, os maiores com-pradores, depois da China, foram os Estados Unidos (US$ 11,753 bilhões, ou 29,4% a mais na compara-ção semestral) e a Argentina (US$ 10,439 bilhões, ou 32,6% mais).

Exportações em junho batem recorde históricoBANCO DE IMAGENS

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AS VENDAS REAIS da indústria do Rio avan-çaram 8,9% em maio frente a abril, na série que desconta os efeitos sazonais. Houve novo crescimento em pesso-al ocupado (1.100 pos-tos de trabalho a mais), o segundo consecutivo desde a pequena acomo-dação de março. Massa salarial (2,59%) e horas trabalhadas (0,79%) se-guiram a tendência posi-tiva. A utilização média da capacidade instalada chegou a 82,7%, com

alguns setores superando os 90%, caso da indústria automotiva. Os dados são da pesquisa Indicadores Industriais do Sistema FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro).

Na comparação com maio de 2010, as vendas reais da indústria flumi-nense cresceram 13,93%. A expansão mais signifi -cativa ocorreu nos setores de Material eletrônico e comunicação (+110,92%), Outros equipamentos de transporte (+75,44%), Má-

quinas, aparelhos e ma-terial elétrico (+63,97%), Veículos automotores (+26,45%) e Edição e im-pressão (+16,21%), alguns deles devido à conclu-são de encomendas de grande porte. As maiores quedas aconteceram em Máquinas e equipamen-tos (-21,86%), Minerais não metálicos (-18,80%) e Têxteis (-15,04%). Na comparação do acumulado de 2011 com o de 2010, houve aumento de 8,92% das vendas reais.

Em pessoal ocupado, a

indústria do Rio avançou 6,17% na comparação com maio de 2010, resultado puxado por Máquinas, aparelhos e material elétri-co (+70.07%), Veículos au-tomotores (+27,50%), Me-talurgia básica (+15,77%) e Outros equipamentos de transporte (+10,73%). Nesse indicador, apenas seis dos 16 setores da pes-quisa reduziram quadros. No acumulado dos primei-ros cinco meses de 2011, o número está 7,61% acima do observado no mesmo período em 2010.

Vendas da indústria do Rio de Janeiro avançaram 8,9%

A FEDERAÇÃO NACIONAL de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) reviu para cima a projeção de vendas de veículos para este ano. Pela previsão inicial da federação, o total de vendas de veículos, incluindo auto-

móveis, veículos comerciais leves, caminhões, ônibus, motos e máquinas agrícolas, cresceria este ano 5,20%, mas a estimativa foi revista para 8,38%. A venda de automóveis e veículos comerciais leves, antes estimada em 4,20%,

deverá atingir 5,90%. “Revi-samos um pouquinho. Era em torno de 4,5% e revisamos com 1% a mais, em torno de 5,5% a 5,9% de cresci-mento”, disse o presidente da Fenabrave, Sérgio Reze. Segundo balanço divulgado

pela Fenabrave segunda-feira (4), 477.933 veículos foram vendidos em junho, o que representou crescimento de 15,97% em comparação com o mesmo mês do ano passado, quando foram comercializadas 411.289 unidades.

Fenabrave eleva projeção de vendas de veículos para este ano