ediÇÃo 22, outubro de 2015

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ALIANÇA MARLOS-ROMÁRIO MUDA POLÍTICA EM SG D5 CAMPANHA COMEÇOU NA OAB COM 4 CHAPAS D4 MORADORES DE NEVES IRRITADOS COM PMSG D6 RENATO CARDOSO ESTREIA COLUNA D14 0,50 R$ Saiba como participar em nosso site. Em destaque as origens da violência com J. Sobrinho, “Os Três Mosqueteiros” da Câmara e um artigo duro sobre Eduardo Cunha. Páginas D8 e D9 TENDÊNCIAS DEBATES & 2604-9000 Conheça a história do SK8, movimen- to de skate em SG. Página 16 QUE NOTÍCIA VOCÊ QUERIA OUVIR DE SG? Responda e concorra a 5 livros de autores gonçalenses. Tel.: (21) 2601-7393 Pedido de Impeachment contra Neilton Mulim foi protocolado na Câmara de Vereadores no dia 19. Documentos sustentam improbidade administrativa do prefeito e já estão em poder do Ministério Público. Página D3 VEREADOR ABRAÇA CAUSA DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA Alexandre Gomes prepa- ra projetos para atender pais, responsáveis e instituições. Pág. D5 SKATE RESISTE, OCUPA GALPÃO E COBRA PODER PÚBLICO

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Edição de outubro de 2015 que traz matéria sobre entrada de pedido de impeachment do prefeito Neilton Mulim

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Page 1: EDIÇÃO 22, OUTUBRO DE 2015

São Gonçalo Rio de Janeiro Ano 4 Nº XXII - Outubro de 2015 [email protected]

ALIANÇA MARLOS-ROMÁRIO MUDA POLÍTICA EM SG D5

CAMPANHA COMEÇOU NA OAB COM 4 CHAPAS D4

MORADORES DE NEVES IRRITADOS COM PMSG D6

RENATO CARDOSO ESTREIA COLUNA D14

0,50R$

Saiba como participar em nosso site.

Em destaque as origens da violência com J. Sobrinho, “Os Três Mosqueteiros” da Câmara e um artigo duro sobre Eduardo Cunha. Páginas D8 e D9

TENDÊNCIASDEBATES&

2604-9000

Conheça a história do SK8, movimen-to de skate em SG. Página 16

QUE NOTÍCIA VOCÊ QUERIA OUVIR DE SG?Responda e concorra a 5 livros de autores gonçalenses.

Tel.: (21) 2601-7393

Pedido de Impeachment contra Neilton Mulim foi protocolado na Câmara de Vereadores no dia 19. Documentos sustentam improbidade administrativa do prefeito e já estão em poder do Ministério Público.

Página D3

VEREADOR ABRAÇA CAUSA DAS PESSOASCOM DEFICIÊNCIA

Alexandre Gomes prepa-ra projetos para atender pais, responsáveis e instituições. Pág. D5

SKATE RESISTE,OCUPA GALPÃOE COBRA PODER PÚBLICO

Page 2: EDIÇÃO 22, OUTUBRO DE 2015

JORNAL DAKI a notícia que te interessa ANO IV Nº XXII OUTUBRO DE 2015 SÃO GONÇALO - RIO DE JANEIROD2

Uma publicação Editora Apologia Brasil Ltda. Travessa Lafaiete Silva, 463, Porto Velho - SG. Telefones: 9.6748-5204 Editor-Chefe: Helcio Albano Fotos: Agência AB e Divulgação - Conselho Gestor: Marcelo Barbosa, Mauricio Mendes, Cristiana Souza Estágio: Marcos Moura

Ano 4 Nº 22 OUTUBRO de 2015 Distribuição Dirigida na Cidade de São Gonçalo FACEBOOK: www.facebook.com/jornaldaki <> SITE: dakidegonca.wix.com/jornaldaki

CULPA O PREGOEIRO...

Notícias quentes na hora da pausa

Inadimplência irá decidir eleição na OAB

Café com Política

BAIXAS FURA OLHO Política O vereador novato Dudu do Catarina (SDD) está incomodando alguns medalhões da política no Catarina. Foi montada uma verdadeira operação para desmoralizar o ex-gordinho...

CIUMEIRAAlém da baixa do vereador Marlos Costa, o diretório municipal do PT irá perder outro parla-mentar, o Professor Paulo, que também irá para debaixo das asas do PSB.

O Vereador Gilson do Cefen convocou, à revelia, audiência pública sobre Saúde e irritou o seu colega Lecinho, presidente da Comissão. Cefen, constrangido, voltou atrá[email protected]

A 8ª Subseção da OAB tem aproximadamente 2.100 inscritos, destes, apenas 1.200 estão aptos a votar no dia 16 de novembro. Este ano estão concorrendo qua-tro chapas, duas delas são dissidências da Nova OAB que está no comando da entidade há 9 anos.

Dificilmente a Nova OAB deve emplacar uma nova di-retoria para o próximo triênio. Divergências internas entre o atual presidente e a advogada Rosilene Alonso deixaram marcas profundas. Alonso e outros integran-tes saíram para criar chapa “Juntos Somos Mais Fortes”.

A outrora toda-poderosa Chapa Colmeia não é nem sombra do que foi no passado, e no balcão de apostas dos advogados, quem deve levar esse ano é a cha-pa NOVA OAB INDEPENDENTE, comandada pela Dra. Adriana Brandão.

Mas para um advogado experiente, quem melhor ex-plorar o mapa dos inadimplentes leva a eleição.

POR DENTRO

O leitor Daki agora tem esse jornal e nossas mídias na internet para ficar bem informado. Através do blog, do facebook e do Youtube você tem à disposição 24 horas por dia nossos conteúdos.

Por Rodrigo Melo

Queridos leitores e leitoras Daki. O governo do prefeito Neilton Mulim não está nada bem e isso, com toda a sin-ceridade, me entristece muito como cidadão morador do Barro Vermelho. Antes de ser político e vereador, sou cidadão que passa pelos mesmos problemas que toda a população gonçalense.

Todos esses problemas visíveis do lixo, da educação de baixa qualidade, dos tranportes deficitários e da saúde sucateada chegaram a esse ponto e não foi por falta de aviso. Estou vereador por delegação da sociedade antes para fiscalizar e sugerir com o máximo de urbanidade possível melhorias na administração.

Desde o ano passado, já antevendo a situação econô-mica grave que o país atravessaria, eu e outros colegas da Câmara solicitamos ao prefeito e ao seu secretariado informações acerca principalmente das contas públicas

em cada área. Chegou a ser formada uma comissão com integrantes do parlamento e secretários de ajuda mútua, coleta de informações e elaboração de um plano de re-adequação orçamentário para 2015. Nada aconteceu, infelizmente.

Em junho alertei meus colegas vereadores e à sociedade para um quadro preoucupante de aperto financeiro nas contas públicas do município que refletiria nos contratos com empresas prestadoras de serviços e até dificuldades em honrar os pagamentos aos servidores. O resultado está aí, e o colapso dos serviços de coleta e tratamento do lixo é só o começo.

Nesse momento, apostar no “quanto pior melhor”, seria um acinte à população deste município já bastante sofri-do. Tenho uma só posição, nem que tenha que fazer, nes-se momento, oposição. Mas oposição responsável.

POR MARCO RODRIGUES, VEREADOR

Tribuna ParlamentarOposição sim, mas responsável

Entrevistamos o vereador Lecinho Breda

+site

No site, o vereador, que é líder do governo na Câmara, defendeu, cla-ro, o prefeito Neilton Mulim mas reconheceu falha em várias secre-tarias que, segundo ele, estão muito aquém dos serviços que deveriam prestar à população. Essa é segunda entrevista da série.

Audiência sobre o Plano Municipal de Cultura aponta soluçõesFoi realizado no dia 14 de setembro audiência pública que discutiu os próximos passos na área de Cultura após o ajustamento do Plano Municipal de Cultura para finalmente ir ao Plenário da Câmara e aprovado.

Batemos um papo com o novo conselheiro tutelar Arthur Poubel, que irá focar a sua atuação para crianças e adolescentes com deficiência.

Acesse:www.dakidegonca.wix/jornaldaki

facebook/jornaldaki

Foto: Marcos Moura

Foto: Mayra Carvalho

Page 3: EDIÇÃO 22, OUTUBRO DE 2015

Impeachment nas mãos de vereadores e MP

D3ANO IV Nº XXII OUTUBRO DE 2015 SÃO GONÇALO - RIO DE JANEIROJORNAL DAKI a notícia que te interessa

MULIM NA BERLINDA

Um assunto de gran-de importância, pois a cena passa muitas vezes despercebida, e é conhe-cido em nossa socieda-de como síndrome de alienação parental ou implantação de falsas memórias, reconhecida-mente uma verdadeira campanha para desmo-ralizar o (a) genitor (a), sendo o menor utilizado como instrumento da agressividade direciona-da ao parceiro (a).

A lei permite a punição

daquele que, compro-vadamente dificultar o acesso físico ou emocio-nal à criança, e as sanções variam de acordo com o caso e vão de simples ad-vertências judiciais até a revisão no direito de guar-da do menor.

A mulher moderna

passou a trabalhar fora, passando o parceiro a assumir tarefas domés-ticas e a participar mais efetivamente do cuida-do com os filhos, e para que pudesse ter maior contato com os menores, quando da separação, o pai passou a reivindicar a guarda, a guarda com-partilhada e a intensifica-ção das visitas.

Desta forma, quando da

separação, passou a ha-ver entre o ex-casal, uma disputa pela guarda dos filhos, antes a obrigação de ficar com os filhos era da mãe, e ao pai, restava o direito de visitas em dias predeterminados.

Muitas vezes, a ruptura

da vida conjugal gera na mãe/pai uma intenção de

A alienação parental e a guarda compartilhada

vingança, quando uma das partes não consegue aceitar a separação, de-sencadeando um longo processo de destruição, de desmoralização, de descrédito, e, ao invés de preservar a convivência com o filho, quer vingar--se, afastando o(a) geni-tor(a).

Restando órfão do ge-

nitor alienado, identifi-cando-se com o genitor patológico, passa a acei-tar como verdadeiro, tudo que lhe é informa-do, levada(o) a afastar-se de que também ama, gerando contradição de sentimentos e destruição do vínculos.

O detentor da guarda, ao destruir a relação dos filhos, assume o controle total, tornando-se inse-paráveis. A outra parte passa a ser considerado(a) um invasor(a), intruso(a), a ser afastado a qualquer preço, conferindo o alie-nador, manobras em sua trajetória de destruição...

Com a disputa quem sai

perdendo é o menor, que tem seu direito subtraído, não sendo garantido o direito da criança ao con-vívio com os pais, sendo igualmente respeitado, gerando um equilíbrio.

Talvez um caminho

fosse a guarda compar-tilhada, quando os pais conservam o direito de responsabilidades, evi-tando assim, que os filhos fiquem confusos, e não aceitem como verdadei-ro o que lhe é informado, criando sua versão dos fatos.

Olhar JurídicoPOR ADRIANA BRANDÃO

+site

Iniciativa foi do Sindicato dos Servidores que reuniu provas sustentando crime de responsabilidade do prefeito Neilton Mulim

Foto: Divulgação

A presidente do Sindspef, Rosangela Coelho, foi pessoalmente entregar o pedido na Câmara. Ministério Público também recebeu o documento

O Sindicato dos Servido-res Efetivos de São Gonçalo (SINDSPEF-SG) protocolou na Câmara dos Vereado-res, no dia 19 de outubro, pedido de impeachment do prefeito Neilton Mulim por improbidade adminis-trativa, nomeações fraudu-lentas de cargos comissio-nados e desrespeito à lei de responsabilidade fiscal (LRF). O sindicato tornou pública a ação e o docu-mento em audiência reali-zada no mesmo dia na Casa Legislativa.

O pedido será analisado

primeiro pela Procurado-ria Jurídica da Câmara que emitirá parecer à presidên-cia para avaliação do plená-rio que decidirá por maioria simples se o processo se-gue ou não em tramitação. “Sei que vai ser muito difí-cil porque o governo tem maioria na Câmara. Mas vamos pressionar, são mui-tas evidências que deixam clara a improbidade come-tida”, disse Rosangela Coe-lho, presidente do Sindspef. O mesmo documento tam-bém foi encaminhado ao Ministério Público Estadual (MPE).

Se depender apenas

de pareceres técnicos e não políticos, Mulim está enrascado. Vereadores confirmam que só neste quadrimestre o prefeito já implodiu o teto da LRF com gasto de pessoal: “O prefeito ultrapassou o li-mite de 54% de gasto em folha para mais de 56%. E a principal causa disso são as nomeações sem critérios

SE LIGA!É uma farra. Segundo informações do Sindspef e do Ministério Público, o número de cargos comissionados é cotidianamente fraudado. Estima-se que hoje mais de 6 mil pessoas na folha de pagamento clandestinamente.

promovidas pelo prefeito e o seu secretariado”, assegu-rou o vereador Marlos Cos-ta (PSB).

A promotora Renata

Neme, sem esconder a sua irritação, exigiu da pre-feitura o cumprimento da lei: “Fizemos um termo de ajustamento de conduta paulatino com a prefeitu-ra para evitar exonerações em massa com risco de grande impacto social. Mas pouco se avançou. O que continuamos a ver são no-meações de forma vil, imo-ral e politiqueira. Isso é uma vergonha e tem que ser combatido”, disse Neme.

Ainda segundo a pro-

motora, a prefeitura burla o controle do MP com as nomeações: “Enviam ofício

com exonerações mas no dia seguinte renomeam. Sabemos disso porque acompanhamos todos os dias o Diário Oficial”, conti-nuou. Renata Neme reve-lou que o MP entrará com ação para que o prefeito pague multa pessoal por desrespeito à decisão da Justiça.

Segundo o MP, a ma-

nutenção de cargos co-missionados em excesso traz enorme dano à ad-ministração e ao erário público de São Gonçalo. Desde 2009 a instituição tenta equacionar o proble-ma mas sem resultados. Caso o prefeito Neilton Mulim seja condenado a pagar multas por má ges-tão em ação promovida pelo MP, será a segunda

punição em menos de 1 ano. O Tribunal de Contas (TCE) já condenou o chefe do executivo a pagamen-to de multas que hoje já ultrapassam R$ 1 milhão devido a não realização de licitação do serviço de lixo que opera desde 2013 em regime emergencial. Estima-se que em 3 anos o município tenha perdi-do mais de R$ 60 milhões com esse tipo de contrato.

Processos de impea-chment não são triviais e necessitam de provas consistentes para terem prosseguimento. Caso o plenário da Câmara não aceite a denúncia e decida pelo arquivamento, ainda cabe ao Judiciário decidir em definitivo pelo impedi-mento do prefeito.

Por Helcio Albano

Page 4: EDIÇÃO 22, OUTUBRO DE 2015

JORNAL DAKI a notícia que te interessa ANO IV Nº XXII OUTUBRO DE 2015 SÃO GONÇALO - RIO DE JANEIROD4

Os príncipios básicos de uma gestão pública são le-galidade, moralidade, im-pessoalidade ou finalidade, razoabilidade ou proporcio-nalidade, publicidade, efi-ciência, segurança jurídica, motivação, ampla defesa e contraditório, interesse pú-blico ou supremacia do in-terrese público.

Será que esses princípios

são respeitados em nossa cidade?

Há diferença entre Servi-

dor Público Efetivo, pessoa aprovada e investida em concurso público, e Servi-dor Público Comissionado, pessoa de livre nomeação e exoneração. Juridicamente todos respondem por serem Servidores Públicos.

O que diferencia é que para

se exonerar um Servidor concursado, é necessário um PAD (Processo Adminis-trativo), que também tem a sua Ampla Defesa.

Quanto a transferência de

secretaria, também é neces-sário motivação, sem isso, fica configurado abuso de poder. Se existir alguma dú-vida quanto a isso, procure o Sindspef-SG.

Vamos dar um basta a In-

competência desta Gestão Pública. Estamos carentes de todos os princípios legais. Reajuste é palavra morta na mesa de negociação, a Fina-lidade é de continuar com o número excessivo de cargos comissionados. E isso nós não podemos permitir.

Não temos gestão

PORROSANGELA

COELHO, SINDSPEF-SG

COLUNA DO SERVIDOR

Cidade terá centro de castração de animais

Neves: moradores estão na bronca

OAB: 4 chapas na disputa em SG

Diz o ditado popular: “promes-sa feita, promessa cumprida”. Infelizmente, para os moradores de Neves, na região do Paiva, essa máxima não se concretizou. Em abril, segundo relatos, o se-cretário de obras do município, Francisco Rangel, caminhou pe-las ruas do bairro, participou de reunião com os moradores, fez uma série de promessas quanto à realização de serviços públi-cos, de melhorias no local.

“No início do ano o secretário

de obras do município veio aqui, caminhou pelas ruas do bairro e prometeu asfaltar e colocar manilhas para não inundar mais aqui em dias de chuva. O prazo que ele deu foi final de junho, mas até agora nada foi feito”, disse Fábio da Silva, empresário. Ainda de acordo com o mora-dor, a iluminação pública no lo-cal também é precária. À noite, o breu que domina a região fa-

Eles se dizem lesados e sofrem com descaso da prefeitu-ra que prometeu consertos no bairro e até hoje nada

Pela primeira vez advogados de São Gonçalo terão quatro opções de escolha para diretoria da 8ª Subseção

vorece episódios de violência e a presença de usuário de drogas.

O descaso atinge diversas áreas

sob responsabilidade da pre-feitura, como a substituição de manilhas por galerias, que per-mitam o escoamento das águas da chuva evitando as enchentes corriqueiras, asfaltamento, ilu-minação pública, dentre outros. Na Rua Olinto Pereira, a massa asfáltica está completamente danificada, repleta de buracos e desníveis, colocando a vida das pessoas em perigo.

Junho foi o prazo estipulado

para que as intervenções fos-sem realizadas, mas como nada foi feito até o momento, os con-tribuintes indignados cobram seus direitos! Os problemas e as promessas não cumpridas se estendem pelas das Ruas Olinto Pereira, José Ramos de Oliveira e José Joaquim de Oliveira.

Foi dada oficialmente a largada para a campanha de sedução eleitoral dos mais de 2 mil advo-gados inscritos na 8ª Subseção da OAB em São Gonçalo. Este ano quatro chapas se inscreve-ram e estão aptas a concorrerem à eleição no dia 16 de novembro para o triênio 2016/2018.

A Nova OAB, que está na dire-toria há 9 anos e agora encabe-çada pelo advogado veterano Wilson Castro, vem enfraqueci-da após uma dissidência entre os seus integrantes no início deste ano. Dessa dissidência sur-giu um novo grupo que montou a chapa “Juntos Somos Mais For-tes”, liderada pela advogada tra-balhista Rosilene Alonso.

As “abelhinhas” da Colmeia, que durante décadas domina-ram a OAB na cidade, apostam

Até janeiro, São Gonçalo terá o primeiro Centro de Controle de Proteção Animal do municí-pio. Foi o que garantiu a Secre-taria de Saúde, durante audiên-cia pública realizada na Câmara

as suas fichas no grupo formado pelo advogado Eliano Enzo, que tem o desafio de, senão superar, manter os tradicionais 1/3 de vo-tos obtidos nas últimas eleições.

Para fechar o quarteto eleitoral, finalmente a chapa NOVA OAB INDEPENDENTE, encabeçada pela advogada Adriana Bran-dão, que fez um sofisiticado ar-ranjo político entre advogados da Nova OAB, descontentes da Colmeia e setores da sociedade civil que dão sustentação à can-didatura. “Hoje é seguramente a candidatura mais consistente. A Nova OAB que já vinha de um processo de desgaste natural se inviabilizou de vez com a for-mação de outra chapa de sua costela. E a Colmeia até hoje não conseguiu se recompor”, disse um importante advogado que preferiu o anonimato. Moradores de pelo menos três ruas se reuniram para protestar

Adriana, Wilson, Enzo e Rosilene encabeçam chapas

Foto: Divulgação

Foto: Jornal Daki

de Vereadores no dia 14 de ou-tubro. O espaço vai oferecer castração gratuita de animais para população de baixa renda com o objetivo de reduzir a re-produção indesejada.

A estrutura será no Barro Vermelho. Quatro contêineres acoplados vão abrigar o centro cirúrgico e as salas de pré e pós operatório. A instalação será possível devido a uma Portaria do Ministério da Saúde, publi-cada em outubro de 2014, que permite o uso de verbas da saúde para controle da popula-ção animal. “É necessária uma

Foto: Divulgação

cultura de proteção animal. Te-mos diversas instituições que atuam no recolhimento de ani-mais abandonados, porém eli-minar este problema é possível somente através da educação”, destacou Zamir Martins, dire-tor do Departamento de Con-trole de Zoonoses e Vigilância Sanitária de São Gonçalo.

Informações com o OSG.

Page 5: EDIÇÃO 22, OUTUBRO DE 2015

D5ANO IV Nº XXII OUTUBRO DE 2015 SÃO GONÇALO - RIO DE JANEIROJORNAL DAKI a notícia que te interessa

SÃO GONÇALO VOCÊ ENCONTRA AQUI

www.tvpontodevista.com.br

O vereador Alexandre Gomes abraçou de vez a causa das pessoas com deficiência. O parlamentar está percorrendo diversas instituições na cidade, con-versando com pais e res-ponsáveis e profissionais da área para levantar a real situação do atendimento a esse grupo de pessoas de grande vulnerabilidade so-cial.

Com essas informações, o vereador, junto com as instituições, pretende criar uma série de mecanismos que garanta a inclusão das pessoas com deficiência aos serviços públicos e con-veniados. “Temos muito que avançar nessa área e é urgente que façamos isso” disse Alexandre Gomes.

Pezão sugeriu a união de municípios para sair da crise

FOCOELEIÇÕES 2016

Engajamento

Municípios debatem crise em Congresso no Rio de Janeiro

No início de outubro foi realiza-do no Hotel Othon, em Copaca-bana, o 5º Congresso Fluminense de Municípios onde o principal assunto foi a crise financeira que

abala o país e principalmente os municípios. O tom do encontro foi a repactuação do federalismo brasileiro para uma distribuição de recursos mais condizente

com a nova realidade de gestão que obriga os municípios a as-sumirem responsabilidades que estrangulam seus orçamentos.

o governador Luís Fernando Pe-zão lembrou do seu histórico de luta pelo municipalismo e exor-tou aos prefeitos presentes mais união e cobrança de recursos em Brasília: “Os problemas são resol-vidos quando reivindicamos jun-

tos, é na associação que a gente cresce”, disse. Estima-se que só a Petrobras deixou de repassar 50% de royalties ao estado e aos municípios.

Além de propostas como retor-no da CPMF e flexibilização da lei de responsabilidade fiscal, no en-contro foi divulgada a criação do mapa estadual das pessoas com deficiência.

Foto: Divulgação

Parlamentar agora monta base de apoio à candidatura para prefeitura

Foram meses tensos, angus-tiantes para o vereador Marlos Costa até finalmente conseguir abrigo no PSB em meados de setembro. E o convite veio do senador Romário Farias, nosso eterno Baixinho que tantas ale-grias nos deu nas quatro linhas e que na política tem se reve-lado um verdadeiro craque desde quando era deputado federal: “O Romário é um ser humano espetacular e um po-lítico que vem demonstrando grande habilidade e sensibili-dade social. Fico muito feliz em poder construir com ele e os outros companheiros do PSB um projeto de desenvolvimen-to real para o estado e princi-palmente para São Gonçalo”, disse Marlos.

A ida de Marlos para o PSB mexe com as placas tectônicas da política na cidade e dá ao parlamentar tranquilidade para costurar os acordos políticos que sustentarão sua candidatu-ra à prefeitura em 2016: “Agora vamos conversar com as forças

Feliz no PSB, Marlos se firma como maior novidade em 2016

políticas desta cidade, com os movimentos sociais, intelectu-ais, com a população em geral para construirmos juntos um projeto de desenvolvimento de médio e longo prazos focando na proteção social, crescimento econômico e mobilidade urba-

+site

Foto: Divulgação

Filiação sela uma parceria é dá novo gás ao PSB na cidade

na”, continuou.

Segundo pesquisa da empresa Análise Consultoria, consegui-da com exclusividade pelo Jor-nal Daki, o gonçalense tende a escolher um projeto político novo: “Pelos levantamentos

concluímos que o gonçalen-se não tem medo de mudar, e tudo indica que no ano que vem vencerá uma candidatura que represente essa mudança não alcançada pelo atual pre-feito”, disse um representante da Análise Consultoria.

Page 6: EDIÇÃO 22, OUTUBRO DE 2015

ITABORAÍ Por falta de pagamento da prefeitura, empresas terceirizadas não estão pagando os funcionários. Atra-sos já passam de três meses.

PORTO VELHO Já foi noticiado aqui algumas vezes, mas não cansamos de repetir: alô prefeitura, quando a Rua Manuel Duarte receberá atenção?

JORNAL DAKI a notícia que te interessa ANO IV Nº XXII OUTUBRO DE 2015 SÃO GONÇALO - RIO DE JANEIROD6

Nos [email protected]

Agora é pra valer: Cedae já admite racionamento

Foco na adolescência

Não choveu no Estado do Rio praticamente por todo o mês de outubro e a es-tiagem está diminuindo os níveis de água nos rios que abastecem Niterói e São Gonçalo. A Cedae reconhe-ce a redução nos rios Gua-piaçu e Macacu. De acordo com a empresa, a vazão destes rios caiu drastica-mente, obrigando a execu-ção de manobras operacio-nais excepcionais.

Foi necessário diminuir a produção de água no sistema Imunana-Laranjal, reduzindo consequente-mente o fornecimento de

E o que era apenas um temor, virou realidade. Racionamento já começou e bairros sofrem

água à população destes municípios. E o remanejo da água já trouxe graves consequências para dive-ros bairros em São Gonça-lo. No Rocha, foram 6 dias sem água com fluxo sufi-ciente para encher os re-servatórios das residências. O jeito foi o velho balde na cabeça.

Técnicos afirmam a ne-cessidade de se construir barragens e de reflorestar as margens do Rio. Se as previsões metereológicas se confirmarem, este será o pior verão de todos os tempos.

Esta imagem pode ficar cada vez mais comum

Foto: Divulgação

Pacheco oferece projeto de jiu-jitsu pra garotada

A Conferência Vicenti-na Nossa Senhora das Graças promove no bairro do Pacheco um projeto social de Jiu-Jit-su para crianças e ado-lescentes que, além de incentivar a prática de esportes, visa a perma-nência e o aproveita-mento escolar e a con-vivência harmoniosa dos assistidos no seio de suas famílias.

Coordenado pelos vi-centinos da comunida-de do Pacheco, o proje-to conta com as aulas do professor Winicios Rosa: “Esse projeto sur-giu de uma enorme necessidade de como

Iniciativa é de vicentinos do bairro e atende crian-ças a partir dos quatro anos de idade

cidadão e vicentino colaborar com a comu-nidade”, disse Cosme Oliveira, um dos coor-denadores e responsá-vel local pelo programa Mudanças de Estruturas, da Sociedade São Vi-cente de Paulo (SSVP), com presença em todo o território nacional.

O projeto conta hoje com 18 crianças, mas o objetivo, óbvio, é crescer: “Trabalhamos com recursos próprios, mas lentamente vamos avançando e benefi-ciando mais crianças”, finaliza Oliveira. Para maiores informações, ligue: 96454 5308.

Praticar esportes e estar bem na escola

O conhecimento na vida do adolescente pode ser uma evolução ou um motivador na educação, na saúde, na inclusão social, entre outros fins. Atualmen-te, muitas crianças se relacionam através das redes sociais por ser mais cômodo e um tanto misterioso, porém a falta de atividades sociais e culturais pode le-vá-los ao sedentarismo. A energia própria desta fase da vida deve ser gasta em atividades que produzam desenvolvimento intelectual e físico.

Como exemplo de movimento jovem sadio, “O Pro-jeto Cultural Eu sou+ 1”, sem nenhuma ajuda por par-te de órgãos oficiais municipal ou estadual, promove no Gradim, aulas de violino e canto, onde crianças e jovens abandonam a ociosidade, e se reúnem aos sábados, a partir das 09 horas, para aprenderem e se divertirem, construindo assim um cidadão consciente.

A adolescência é uma preparação para assumir o papel de adulto saudável, equilibrado, consciente de seus direitos. Mas como isso pode acontecer em um município que pouco oferece? Devemos criar situa-ções específicas que permitam resgatar a auto-estima de nossos jovens e nortear um futuro promissor. O Grupo Eu sou + 1 tem isso como finalidade.

Devemos lutar por uma melhor educação para nos-sos filhos, pois deles é o futuro deste município. E será através deste bairro e município melhores, que as crianças e adolescentes poderão se tornar cidadãos preocupados não só com seus direitos individuais, mas também coletivos. Eis a minha preocupação, mi-nha cidade, meu bairro, minha rua. Deus é maravilho-so! Um grande abraço a todos!!

DIREÇÃO ROSEMARY FRUCTUOSO

COLABORE: 9.9241-6791 ou 9.8282-2185 FAÇA-NOS UMA VISITA: 21-2712-1040 / 2712-0750

Meu bairro, minha rua

POR MARCELO BARBOSA

Page 7: EDIÇÃO 22, OUTUBRO DE 2015

D7ANO IV Nº XXII OUTUBRO DE 2015 SÃO GONÇALO - RIO DE JANEIROJORNAL DAKI a notícia que te interessa

Foto: Divulgação

Economia só deve se recuperar em 2017

O fim da I9 e os impactos para São Gonçalo

A instabilidade política em Brasília, as dúvidas e a demo-ra de como fazer os ajustes necessários na economia devem empurrar a recupera-ção brasileira apenas para o segundo semestre de 2017. Para especialistas, o ano de 2015 ficou preso à camisa de força dos embates entre governo e oposição, que não aceitou o resultado das urnas e tenta de todas as maneiras derrubar o governo reeleito em 2014.Já é consenso que o PIB na-

cional deve recuar entre 1,5 e 2 pontos, forçando queda abrupta na arrecadação fe-deral colocando em risco uma série de programas pú-blicos como o Bolsa Família e repasses para o SUS. O de-semprego deve alcançar ain-da este ano 9% da popula-ção economicamente ativa.

Pelos menos para os antigos donos da Boate I9 a venda por R$ 30 milhões foi um ótimo negócio, mas péssi-mo para a cidade. Única casa de shows de grande porte de todo o leste fluminense, suas atrações atraíam gente de todas as partes da região metropolitana e faziam girar a economia de todo o seu entorno. Suas atividades encerraram

em 18 de outubro para dar lugar a uma igreja.

MP da Suíça pega o Cunha. Deu ruim...Só em 4 contas secretas em banco da Suíça foram bloquea-dos 5 milhões de dólares de origem de propina na Petrobras

A casa caiu para o deputado carioca Eduardo Cunha que ofi-cialmente passa a ser um dos maiores corruptos da história da política. Graças aos desdobra-mentos da Operação Lava Jato, que já havia revelado a caracte-rística achacadora do parlamen-tar, o Ministério Público da Suíça abriu investigação e encontrou 4 contas secretas no Banco Julio Bauer tendo como beneficiários o deputado, sua mulher, a jorna-lista Claudia Cruz, ex TV Globo, e sua filha. O total das contas che-ga a 5 milhões de dólares, ou 20 milhões de reais.

A situação ficou insustentável

A Rússia entrou com força na guerra síria. A questão talvez mais importante da política internacional nestes últimos anos sofrerá transformações profundas. O equilíbrio de forças no Oriente Médio e no mundo está sendo refeito. Não é mais apenas Estados Unidos e Europa que darão as cartas. Com a entrada da Rússia, os carnicei-ros do Estado Islâmico (EI) sofreram duro baque.

para Cunha que é o presidente da Câmara dos Deputados e um dos principais artífices do im-peachment da presidenta Dilma Rousseff junto com o PSDB e o DEM. No primeiro semestre, na CPI da Petrobras, Cunha afirmou não possuir contas no estran-geiro. Agora com a confirmação das contas, o deputado cai em contradição e pode ser cassado por falta de decoro parlamentar, além de processado por evasão de divisas e lavagem de dinhei-ro. O STF aceitou a denúncia da Procuradoria Geral da República contra Eduardo Cunha e abriu duas investigações. Se cassado, pode ser preso imediatamente.

O sabotador da República conta as horas para cair

GIRO PELO MUNDO I A Rússia na Síria

SEU BOLSO

em qualificar os jovens pelo Sistema S ( Senac/Senai) en-tre outros e sem a perspec-tiva da construção de um cidadão pensante e atuante dentro de uma sociedade elitista e burguesa.

Distanciando-se de uma posição reprodutivista, o importante filósofo Mészá-ros advoga que não basta simplesmente reformar o sistema escolar formal esta-belecido, porque isso tradu-ziria apenas uma mudança institucional isolada. “O que precisa ser confrontado é todo o sistema de internali-zação, com todas as suas di-mensões, visíveis e ocultas”.

Devemos portanto, desa-fiar as formas atualmente dominantes de internaliza-ção existentes no sistema educacional formal, pôr em execução urgentemente uma atividade coerente e sustentada na direção da criação de uma alternativa ao que já existe.

Temos que ter coragem para reconstruir a realidade hoje posta nas escolas, lutar pela valorização e universa-lização do ensino público, pois acredito nas transfor-mações das quais somos ca-pazes em conseguir.

SOCIALIZANDO I Cristiana Souza

A escola é o local de educa-ção, ensino e aprendizagem. A educação sendo reconhe-cida como direito humano e universal é fundamental para que de forma contí-nua e progressiva possamos construir uma sociedade justa e igualitária.

A contribuição do Serviço Social na área da educação, especificamente na escola onde existe uma grande de-manda em atender os desa-fios vividos nos dias atuais, e sendo o assistente social um profissional que traba-lha no sentido educativo de revolucionar consciên-cias, de proporcionar novas discussões, de trabalhar as relações interpessoais e grupais se torna necessára a sua atuação no espaço edu-cacional.

As reformulações que pos-sam acontecer na educa-ção são inconcebíveis sem a transformação também no quadro social. Não cabe apenas apontar o que está errado, mas também de maneira propositiva apon-tar caminhos que nos leve a uma política de educação emancipatória e a supera-ção da alienação da qual fo-mos “moldados” para aten-der ao sistema capitalista do trabalho.

A universalização da edu-cação e a universalização do trabalho são peças funda-mentais, sem as quais não pode haver solução para a autoalienação do trabalho.

Para que possamos com-prender a educação presen-te é fundamental que se en-tenda como historicamente esta foi sendo construída, no contexto da Revolução Industrial, da necessidade

A escola como espaço social

Distanciando-se de uma posição reproduti-vista, o importante filó-sofo Mészáros advoga que não basta simples-mente reformar o siste-ma escolar formal esta-belecido

Page 8: EDIÇÃO 22, OUTUBRO DE 2015

São Gonçalo e os seus três mosqueteiros em ação

Quando o francês Alexandre Dumas escreveu um dos maiores clássicos da literatura mundial no longínquo (?) século XIX (19) ele não poderia supor que um lema impres-so nas páginas de sua obra se tornaria a tônica da arena política de São Gonçalo.

Quase 200 anos após a publicação de Os Três Mosquetei-ros, em pleno século XX (20), o lema “um por todos e todos por um” foi adotado como hábil estratégia pela tríade opo-sicionista na Câmara.

Formado pelos vereadores Marco Rodrigues (PSD), Mar-los Costa (PSB) e Alexandre Gomes (PRTB), a incorpora-ção e execução do lema têm gerado momentos épicos à gonçalense. “Nunca antes da história da Câmara” houve tamanha articulação e energia para confrontar o governo e sua base.

O capítulo mais recente dessa intrincada trama entre situ-ação e oposição foi apresentado ao público no último dia sete de outubro. Primeiro a discursar do alto da tribuna, o vereador Alexandre Gomes (PRTB) partiu para o ataque.“-No mandato anterior pagava-se 50 milhões, hoje paga-se 70 milhões, e mesmo assim a cidade está tomada de lixo. As empresas não estão recebendo e consequentemente

não estão prestando os serviços”.

Na sequência foi à vez do neo-socialista Marlos Costa desembainhar sua verve crítica. “Foi publicado no Diário Oficial um decreto que encerra o exercício financeiro da prefeitura. Será que o governo vai pagar o 13º do funcio-nalismo? Será que os fornecedores conseguiram receber?”.

Último assomar à tribuna, Marco Rodrigues desferiu um golpe certeiro. “Não sou a favor do quanto pior melhor, não tenho nada contra a pessoa do prefeito. Recentemente fo-ram divulgados os resultados do segundo quadrimestre, o município já estourou o limite máximo prudencial de gas-tos. A saúde financeira do município está comprometida.”

O roteiro gonçalense está em aberto, afinal, os mosque-teiros não eram três, mas sim quatro, D’artaghan comple-tava o mainstream de personagens. Como na literatura dos espadachins, há também na realidade local espaço para parceiros, novos personagens políticos dispostos a perfilar em torno da mesma causa.

Até o momento, sem contar com uma proeminente figu-ra análoga ao Cardeal Richelieu, ao executivo, nesse enre-do, ao que tudo indica não restará um final feliz.

DIOGO VIERIA, Professor e Jornalista

JORNAL DAKI a notícia que te interessa ANO IV Nº XXII OUTUBRO DE 2015 SÃO GONÇALO - RIO DE JANEIROD8

Teremos um prefeito honesto?

Neilton Mulim e a prefeita anterior, Aparecida Panisset, têm muito em comum: ambos colecio-nam multas aplicadas pelo Tribunal de Contas do Estado e receberam processo criminal por im-probidade administrativa. Quando São Gonçalo terá um prefeito honesto, que faça seu trabalho com dignidade?

Mulim atrasou o quanto pôde a licitação da co-leta de lixo – emporcalhando as ruas da cidade – e favoreceu a empresa Marquise com contratos de emergência milionários, o que levou o Minis-tério Público a abrir processo contra ele. Panisset também se aproveitou do dinheiro do gonçalen-se e sustentou ilegalmente a instituição religiosa Casa do Saber, que sequer comprovou serviços prestados ao município.

Por 8 anos Panisset entregou São Gonçalo ao fanatismo religioso, que destruiu patrimônios históricos e culturais, como a Praça Chico Men-des e a casa onde nasceu a Umbanda; não satis-feita com os danos causados, ela cedeu a única praça de Alcântara, segundo maior bairro da ci-dade, à cobiça dos empresários construtores de shoppings.

O prefeito atual, que governará a cidade até o fim de 2016, igualmente despreza a cultura po-pular – recentemente, por pura ignorância, o maior evento musical gonçalense foi cancelado pela Prefeitura. Mulim ainda insiste em outra prática torpe, a recusa em pagar ao professor municipal o piso salarial estabelecido na Cons-tituição Federal.

É hábito comum entre os políticos da mesma laia prometer aos quatro ventos reverter as bes-teiras do seu antecessor (ou antecessora), sem cumprir absolutamente nenhuma das promes-sas. Há meses Mulim prometeu licitar a revitali-zação da praça Chico Mendes e a urbanização do Alcântara, mas ambos continuam duas pro-vas da absurda desonestidade dos últimos pre-feitos gonçalenses.

São Gonçalo possui grande extensão territorial, e baixíssimo nível de urbanização. Enorme po-pulação, com reduzido grau de instrução. Graves problemas de gestão, mas baixa capacitação técnica e pouca vontade política. Sendo uma cidade de extremos, ela merece um prefeito que pelo menos não seja multado pela Justiça, não incorra em improbidades administrativas, não corte suas árvores para pendurar propaganda política, não permita que comerciantes joguem lixo na calçada e, finalmente, não a trate como se fosse seu bordel particular.

POR MÁRIO LIMA JR. Analista Político e Social

Havia escrito aqui, neste mesmo “Tendências e De-bates” há alguns meses, o quão daninha e perigosa era a presença do deputado Eduardo Cunha na Câ-mara e, pior ainda, presidindo a Casa.

Esse elemento - sim, uso o jargão consagrado pela polícia ao se referir aos marginais nesses odiosos programas de tv vespertinos - que vem delinquindo e saqueando os cofres públicos há décadas, e sobre o qual curiosamente jamais pesou a mão da Justiça, finalmente foi desmascarado; flagrado, como se diz, com o batom na cueca.

E novamente um delinquente gordo, sabujo contu-maz em se locupletar com o roubo à riqueza do povo brasileiro, nao foi pego pelos super juízes, procura-dores fanfarrões ou policiais chegados a operações espetaculares sob encomenda para o Jornal Nacio-nal. Não. Assim como José Maria Marín, foi a Justiça Suíça, mas precisamente o Ministério Público de lá, que pegou o Cunha, o achacador-mor da República, como bem diz o ex-governador Ciro Gomes.

Então chegamos a uma situação que me lembra

o realismo fantástico do escritor colombiano Jor-ge Luis Borges: esse mesmo senhor com a ajuda de gente igual a ele, porque pior só mesmo o Al Capone, conspira para derrubar um governo legitimamente eleito, de uma presidenta sem uma mácula sequer em sua vida. Conspiração essa que há muito deixou de ter motivações políticas para se tornar banditismo em estado puro e cristalino.

Mesmo a imprensa graúda, hoje agências de con-trainformação a serviço de seus interesses e privilé-gios dos seus assemelhados, é incapaz de abafar a verdade que grita, que berra, mesmo que aos nossos ouvidos cheguem apenas sussurros. Sussurros que dizem que essa gente do Cunha quer tomar o Estado de assalto e torná-lo de vez uma Clepto-Plutocracia, um governo de ladrões, formalmente instituído e para eles serví-lo, sem verniz. E ao povo, tiro porrada e bomba.

No outro artigo, clamei: Senhor, livrai-nos de Eduar-do Cunha. Ele agiu, ei-lo nu. Agora, como na fábula de Christian Andersen, cabe aos inocentes apontar--lhe as genitálias.

HELCIO ALBANO, Jornalista

Eis que o Todo Poderoso atendeu às nossas preces

Page 9: EDIÇÃO 22, OUTUBRO DE 2015

te. Diante das dificuldades e sem perspectivas de melhores condições de sobrevivência, o ser humano tenta se superar na tentativa de dar rumo ao seu caminho.

A transformação do país em

favelas é uma das causas desses desajustes sociais. Isso também gera violência e causa revolta. E quando falamos em favelas, não quer dizer que estamos dis-criminando moradores dessas áreas, em absoluto.

Mas o fato é que grande par-

te desta população não ganha muito mais do que dois salá-rios mínimos, além de paga-mento de impostos os mais absurdos e ainda tem que con-viver com inflação alta e total-mente desumana. Se a política neste país fosse levada a sério e não transformada em politi-calha; se alguns políticos deste país tratassem a política como ciência e não procurassem complicar as coisas; o Brasil não estaria no atoleiro em que se encontra.

Como acreditar num governo

em que os crimes de corrupção e lesa pátria se transformaram

D9ANO IV Nº XXII OUTUBRO DE 2015 SÃO GONÇALO - RIO DE JANEIROJORNAL DAKI a notícia que te interessa

A violência e suas causasPOR DENTRO DOS FATOS

COM J. SOBRINHO

Costumo ser muito simples em minhas análises; até porque não vejo muita necessidade de fugirmos do óbvio. Daí exem-plificar sempre que, nada acon-tece por acaso. Tudo requer es-tudo, preparo e, mais adiante, a execução, propriamente dita. O cuidado com a criança não foge à regra; o trabalho social claramente tem que se fazer presente, tem que estar em pri-meiro lugar. Afinal, querendo ou não, a violência no Brasil é de cunho altamente político e social, embora muitos não queiram enxergar.

Na verdade, fica muito difícil acreditar num governo que, antes de tudo, prioriza a su-peresmola - com cunho me-

ramente político - ao invés de buscar erradicar a miséria e propiciar educação de quali-dade à população mais caren-

em coisa corriqueira e a justiça finge que não vê os desman-dos que vão acontecendo de ponta a ponta do nosso ter-ritório? Quando o povo vai às ruas reivindicar melhores condições de trabalho e de salários, ainda tem que atu-rar baderneiros - muitas vezes

comandados por supostos partidos políticos, que surgem simplesmente com intuito de tumultuar uma situação lícita.

Jorge Bengochea, em seu li-

vro Ordem e Liberdade, A Re-volução da Cidadania, afirma que todo estado precisa de um

TENDÊNCIASDEBATES&

ordenamento jurídico para governar e manter o país num clima de paz e tranquilidade política. O ordenamento fun-damenta-se no poder de coa-ção que determina direitos e deveres.

J. Sobrinho é Jornalista

A transformação do país em favelas é uma das causas desses de-sajustes sociais. Isso também gera violência e causa revolta

Page 10: EDIÇÃO 22, OUTUBRO DE 2015

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O celular dá vários si-nais de que está “velhi-nho”, por isso vale ficar de olho em indícios de que esses eletrônicos estão chegando ao fim da vida. Travamentos frequentes, lentidão e botões frouxos são al-guns deles.

“Em média, um smart-phone pode durar cerca de dois anos”, diz Rafael Serafim, executivo de negócios da Qbex, fa-bricante nacional que acaba de lançar sua pri-meira linha de telefones. Ainda de acordo com o executivo, esse tempo pode sofrer variações consideráveis de acordo com o aparelho.

Fim da linha

“Um smartphone é um aparelho extrema-mente complexo, por isso não se pode falar de modo genérico em sinais que alertam para a necessidade de troca”, destaca Tani. Segundo ele, em alguns casos, o simples ato de desligar e ligar novamente o aparelho pode resolver uma série de proble-mas.

Mas o fim da vida útil do aparelho pode estar ligado a sinais mecâni-cos e técnicos básicos que indicarão a neces-

sidade de substituição. “Um dos indícios mais evidentes é quando a bateria começa a apre-sentar duração inferior enquanto utiliza apli-cações que sempre usou”, destaca Serafim. Travamentos, lentidão e falhas frequentes tam-bém são características que podem estimular a troca.

Já a obsolescência pode ser assunto mais sério, coisa que nem uma visita à assistência técnica pode resolver. Um aparelho obsole-to é aquele que não consegue fazer atua-lizações de apps ou sistemas operacionais porque não tem espe-cificações de hardware suficientes. Isso pode impedir que o dispo-sitivo realize algumas funções.

Segundo Tani, vários outros fatores podem indicar uma troca imi-nente, inclusive a ne-cessidade de uma tela maior, câmera melhor, mais memória, não ne-cessariamente proble-mas técnicos. “Não exis-te um ponto genérico a destacar, a obsolescên-cia do smartphone está intrinsecamente liga-da ao perfil de uso do aparelho e do usuário”, conclui.

Smartphone, adeus! Dicas Daki

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Page 11: EDIÇÃO 22, OUTUBRO DE 2015

guia

SUPLEMENTO OUT 2015

2ANUNCIE AQUI. Muito mais que mercadorias.Pra gente, nada é mais importanteque a pessoa, a humanidade

[email protected]

Antes de iniciar este texto, não poderia deixar de agradecer a Dra. Adriana Brandão, pelo seu apoio ao comparecer ao condomínio Joaquim de oliveira I, a sua presença está sendo vista como uma espe-rança, de colocar ordem, trazendo um esclareci-mento jurídico ao problema deste condomínio.

Neste ponto mostro como é importante a parti-cipação das instituições ou de profissionais liberais em apoio, a estas pequenas cidades. Bato na tecla da descentralização de “poder”, cada bloco tem que ter seu CNPJ, cada bloco tem que gerir seus recursos, e a administração geral gerir a parte ex-terna, e administrar os recursos pertinentes às des-pesas de sua área, controle de entrada e saída de pessoas. Esta é a forma de gestão mais democrá-tica e eficaz.

A concentração de recursos traz um poder que alguns gestores se acham acima do “bem e do mal”, não cumprem determinações judiciais, manipu-lam os que fazem parte da administração. E chega a não representar mais o interesse dos moradores, mas não saem nem com ordem judicial, camuflam ou não divulgam informações.

Temos que ter muito cuidado. Mas nada é eterno, saibamos que uma assembleia com o quórum faz valer a justiça e a vontade dos moradores.

Mas, rapidamente, chamo a atenção para uma “classe “ destes feudos, os JOVENS, como estão tratando ou vendo a participação destes futuros síndicos ou moradores, quais as atitudes para de-senvolver a juventude. Será que eles têm voz, será que têm espaço nestas cidades ou ficam à mercê de caírem em algum abismo social. Acredito que todo local que tem uma concentração de jovem tem que ter um programa de ajuda, de apoio para ouvi-los.

Descobri que onde moro existe uma comunidade na rede social com mais de mil adeptos. Temos que apoiar e dar mais espaços para incentivá-los.

Vamos olhar para os nossos jovens, os acolhendo

em todos os locais, os escutando. Jovens partici-pem mais nas comunidades.

Os pequenos feudos IV

Por Micheline Melo,Administradora

OS JOVENS

Tel. (21) 3247-5645

Page 12: EDIÇÃO 22, OUTUBRO DE 2015

Primeira camada: 2 latas de milho verde, 2 colheres de sopa de farinha de trigo, 2 copos americanos de de leite, 1 lata de creme de leite, Sal a gosto. Segunda camada: 5 batatas médias, Terceira camada: 2 peitos de frango cozido e desfiado com molho de tomate, sal a gosto, 1 copo de requeijão cremoso. Quarta camada: Presunto, Mussarela, Queijo ralado, Batata palha.

JORNAL DAKI a notícia que te interessa ANO IV Nº XXII OUTUBRO DE 2015 SÃO GONÇALO - RIO DE JANEIROD12

Papo Reto

tos diários, ensurdecedores; vozes que ecoam de nossos corações e mentes; ruídos do inconsciente; estrépitos de nossas almas, que soam como trovões... Mas nós não ouvimos. Não atentamos a nossa própria voz, enquanto estamos ocupados em ouvir a tevê. Não podemos olhar para nós mesmos, porque estamos assoberbados com a “selfie” do “look do dia” no espelho; espelho este que reflete a aparência, muitas vezes, ou quase sempre, bem distante da nossa essência.

A solidão não é um mons-

tro. Praticá-la pode ser um belo exercício de autoconhe-cimento. Reservar uma hora

do dia para ler, meditar ou fazer uma caminhada pode revelar grandes surpresas sobre nós mesmos. Ficar em casa, abrir o seu vinho prefe-rido e saboreá-lo na presença de si mesmo é uma delícia, principalmente sem a interfe-rência externa, que, algumas vezes, contamina o sabor da bebida, com conversas, risos, que nos roubam a merecida atenção da uva.

Experimente ir ao cinema

sozinho. Discuta consigo mesmo a fotografia do filme, o roteiro ou a atuação dos atores. Viaje sozinho, sem medo. Quanta coisa apren-demos com nós mesmos! E quantos sonhos, medos, ver-dades, desejos, ideias estão dentro de nós, guardados, à espera apenas de um minuto de nossa atenção.

Estranho pensar como al-gumas pessoas não conse-guem ficar sozinhas. Rádio, televisão, internet, vizinhos, trabalho, família, tudo ocupa o tempo e a mente. Muita gente anda totalmente li-gada, conectada, numa an-gústia incessante de driblar a solidão. Há uma frase do poeta Fernando Pessoa, no “Livro do Desassossego”, que diz: “A liberdade é a possibili-dade do isolamento. Se te é impossível viver só, nasceste escravo”.

Qual seria o problema de

algumas horas por semana ficarmos a sós, “eu e mim”? Que medo as pessoas têm do silêncio, tão aterrorizante,

para aqueles que, mal che-gam em casa, ligam a tevê ou o rádio, para terem a impres-são de estar em companhia de alguém?

Atualmente, até as igrejas

deixaram de ser lugares si-lenciosos. Qualquer ofício religioso que se preze, hoje em dia, tem que ter música (e bem alta!), instrumentos nada acústicos, como gui-tarra, gritos, palmas e, não raro, danças. Não faço aqui nenhum julgamento da fé de ninguém, mas creio ser difícil, no meio desta confusão so-nora, ter uma conversa ínti-ma com Deus.

Não somos escravos, aque-

les “escravos” do Pessoa. O silêncio e a solidão promo-vem, antes de tudo, a escuta interior. Dentro de nós há gri-

CRUZADAS

Receita Rápida l Torta Salgada Prende Marido

Não somos escravos Por Flavia Abreu, Professora e Blogueira

Modo de Preparo

Primeira camada: Coloque o milho no liquidificador junte o leite e a farinha de trigo com o sal, Bata até ficar homogêneo transfira para uma panela e leve ao fogo sem pa-rar de mexer até engrossar, Retire do fogo e acrescente o creme de leite, Misture bem e despeje em um refratário fundo.Segunda camada: Cozinhe as 5 batatinhas médias e faça um purê normal, Coloque em cima do creme de milho.Terceira camada: Espalhe o frango cozido com o molho sobre o purê, depois coloque o requeijão cremoso com a ajuda de uma colher sobre o frango cozido.Quarta camada: Faça agora uma camada de presunto e outra de mussarela e salpique com queijo ralado, Leve ao forno médio pré-aquecido por mais ou menos 20 minutos e polvilhe com batata palha, Sirva com um belo arroz de forno. Dica Essa torta pode fazer de véspera, apenas aqueça e polvilhe com a batata palha ao servir.

Ingredientes20 min

8 porções

Page 13: EDIÇÃO 22, OUTUBRO DE 2015

meiro trabalho autoral intitu-lado Formas Simples, focado na New Mpb.

Como reconhecimento da qualidade de seu trabalho, Thiago Dias fez sua primei-ra turnê internacional em de 2011, na qual lançou o seu disco em New Jersey (EUA), no Encontro de Brasileiros Empreendedores no Exte-rior.

No ano seguinte, recebeu um novo convite da empresária Suely Dibra para shows em

D13ANO IV Nº XXII OUTUBRO DE 2015 SÃO GONÇALO - RIO DE JANEIRO JORNAL DAKI a notícia que te interessa

DE CULTURA

O músico já estabeleceu im-portantes parcerias na criação de diversas canções com artis-tas já consagrados do cenário musical do país, como Aleh Ferreira, na canção “A Brasi-leira”, e Macau, na música “Ba-lanço da Felicidade”.

Serviço:Lançamento do EP O Hori-

zonte, de Thiago DiasData: 23/10/2015.Horário: 20h.Local: Sesc São Gonçalo - Av.

Pres. Kennedy, 755, Estrela do Norte / São Gonçalo.

Boston (EUA). Um deles no Brazilian EXPO-USA, uma grande feira de negócios reali-zada anualmente nos Estados Unidos.

Já de volta ao Brasil, Thiago Dias fez shows em São Paulo e focou no crescimento pro-fissional no estado do Rio de Janeiro, fazendo inclusive apresentações em diversos projetos em São Gonçalo, como o “BPM: Bate-papo musical”. Essa nova fase cul-minou na criação do EP O Horizonte.

O cantor, compositor e mú-sico Thiago Dias lançará, no dia 23 de outubro, às 20h, no SESC de São Gonçalo, o novo trabalho de sua carreira: o EP intitulado O Horizonte. Ao seu lado, sobem ao palco nomes ilustres da música brasileira, como Altay Veloso, Aleh Fer-reira e Macau.

Com seis canções gravadas em formato acústico, o EP fomenta tudo que o artista vem desenvolvendo nesses dez anos de carreira. A opção pelo modelo “voz e violão” veio ao perceber que sua agen-da contemplava cerca de oito apresentações por semana nessa configuração. “O con-tato diário com o violão e voz me aproximou do público, me possibilitando maior sensibili-dade nas canções executadas na noite. Logo em seguida comecei a compor com o Ra-fael Massoto, que pra mim é um grande compositor desse novo cenário. Fui muito feliz em tê-lo como parceiro em to-das as canções do EP”, explica Thiago.

No repertório, canções como “Tão atrevida”, “O horizon-te”, “Vacilamos na pista” – já conhecidas do público que acompanha o trabalho, mas

que pela primeira vez estão reunidas em coletânea – são garantidas ao lado de “Assim será”, “Amanheci tão bem” e “A paixão”. Canções do primei-ro álbum de Thiago, Formas Simples e improvisações com os convidados completam a noite, que será inesquecível para os presentes.

Sobre o artista

Nascido no dia 05 de feve-reiro de 1983 na cidade de Niterói, o músico Thiago Dias teve seu primeiro contato com a música aos 13 anos de idade.

Com o objetivo de se apri-morar, estudou em duas gran-des instituições: Conservató-rio de Música de Niterói e a Escola de Música Vila Lobos. Os estudos contribuíram para alicerçar a sua formação mu-sical, aliados às influências do som de Gilberto Gil, Djavan, Luiz Gonzaga, Milton Nas-cimento, Jorge Ben Jor, Luiz Melodia e Cartola.

Aos 18 anos começou a pri-meira etapa do seu caminho na Música Popular Brasileira, caindo na estrada e fazendo dos seus trabalhos da noite, sua base. Em dezembro de 2010 Thiago lançou seu pri-

Thiago Dias no SESC só com gente bamba

Foto: Divulgação

Músico sobe ao palco com feras como Altay Veloso, Aleh Ferreira e Macau para lançar seu novo álbum O Horizonte

Fábio No-Comply toca o SK8-SG, movi-mento que busca revitalizar a cultura do skate em São Gonça. Página 16

O Skate Vive!

Foto: Rennan Rebello

Page 14: EDIÇÃO 22, OUTUBRO DE 2015

português colonizador. E para sair de lá, ela acaba com a crista deformada de tanto que puxaram.

Ao se encontrar di-ferente das outras ga-linhas d’Angola, ela é excluída do bando e ri-dicularizada por todos porquê agora está fora do padrão estabeleci-do por sua sociedade. Indo se isolar em uma floresta, onde terá que enfrentar alguns ani-mais como a raposa, a serpente e o leopardo.

A Galinha d’Angola es-treou em novembro de 2014 no projeto “OMÚ” apresentado pelo SES-C-RJ nas unidades de Petrópolis, Teresópo-lis, Nova Iguaçu, Barra Mansa e Eng. de Dentro--RJ. Em novembro a peça está no SESC São Gonça-lo nos dias 08 e 15 ás 17h. O espetáculo tem produ-ção de Sidcley Batista.

enriquecedora. Afinal, serão São Gonçalo e os alunos da rede pública do estado do Rio de Ja-neiro representados pelo O Alienista”, disse Mattos. O espetáculo foi o único selecionado do Rio de Janeiro.

O FETO, que é reali-zado pelo Ministério da Cultura (MinC) com patrocínio da Petrobras e do governo de Minas, aposta no intercâmbio artísitico-cultural como forma de enriquecer as experiências entre os participantes. Além das apresentações teatrais, o festival também promo-ve oficinas ministradas por profissionais da área, desde interpretação, pas-sando por figurino e ilu-minação.

O Alienista viaja para BH com apoio do go-verno do estado do RJ, Secretaria de Turismo e Cultura de São Gonçalo, Fasg e Federação de Tea-tro do Rio de Janeiro.

JORNAL DAKI a notícia que te interessa ANO IV Nº XXII OUTUBRO DE 2015 DE 2015 SÃO GONÇALO - RIO DE JANEIROD14

“O Alienista” vai a festival em Minas

Galinha d’Angola versus Pintadinha

O espetáculo “O Alie-nista”, produzido pelo grupo Expressarte Ver-balizando do Colégio Walter Orlandini, no Pa-tronato, foi selecionado para o 15º Festival Estu-dantil de Teatro (FETO) que ocorrerá entre os dias 22 e 30 de outubro em Belo Horizonte, Mi-nas Gerais.

Este ano serão 14 espe-táculos de vários estados do Brasil, que se apresen-tarão nas categorias Es-cola de Teatro e Teatro na Escola, este último volta-do para o teatro amador, encenado por estudantes de cursos livres e do en-sino médio não voltados para a profissionalização em artes cênicas.

Fernando Mattos, co-ordenador do Expres-sarte, que é professor e teatrólogo, acredita que, mais uma vez, esta será uma experiência singular para estudantes e a esco-la: “Estar neste Festival será uma experiência

Esta é a primeira peça da Cia. Teatral Pequeno Otelo, que surge da von-tade de Sidcley Batista e Erika Ferreira de produ-zir peças para o públi-co infantil, tratando do tema da valorização e dos conflitos dos negros.

A peça “A Galinha d’Angola”, nasce portan-to deste interesse, mas precisamente em con-trapartida ao sucesso de “A Galinha Pintadinha”, quando a verdadeira galinha pintadinha é preta e não azul. A partir daí, o autor buscou usar como pano de fundo o processo de coloniza-ção, quando os africanos começaram a povoar o nosso país e enriquecer nossa cultura.

Na peça, Dandariê,

uma galinha d’Angola cai em um buraco fundo en-quanto foge junto á suas amigas de um ataque do

É e x t r e m a -mente triste ver o cami-nho que a cultura bra-

sileira está tomando. Toda vez que olhamos para o passado, vemos grandes nomes, que fi-zeram a diferença. Ar-tistas que abriram os caminhos e nos mos-traram o quanto é di-fícil fazer cultura num país onde a mesma é relegada a planos ine-xistentes.

A cultura não é incen-tivada pelo poder pú-blico, e quando é, fica nas mãos de poucos (grupos determinados que detém um certa in-fluência no meio políti-co e da mídia). Como ativista cultural, tenho certa aversão a debates para melhoria de um cenário de abandono, pois na concepção atu-al não nos leva a nada “debater”.

Não há o interesse de fato que isso melhore. Debates dão certa visi-bilidade a pessoas que só querem visibilidade. Sou a favor do fazer, mas fazer por querer desenvolver a cultura, sem vaidades e egos.

Pego-me a pensar até mesmo no conceito de cultura, o que hoje está muito amplo, e, talvez, perdido. Uma vez me

falaram na universida-de que cultura é quando alguma manifestação artística é aceita por um grande grupo de pessoas. Discordo! Tem grandes aceitações que não podem ser consi-deradas como cultura, muito menos como manifestações. Nem ao certo sei se o que faze-mos pode ser conside-rado como cultura na definição genuína da palavra.

A cultura brasileira só será desenvolvida se existir desapego, no sentido da não vaidade. Esperar do poder públi-co verba para os movi-mentos culturais é que-rer se enganar demais. Não vou pregar união de grupos, até porque é impossível.

Mas o dia em que to-dos entenderem o po-der que tem nas mãos, e a influência que podem exercer na sociedade, talvez existirá, não uma união, mas um mes-mo discurso. Estamos longe, infelizmente, de acharmos uma saída, que dirá um desenvol-vimento. Enquanto isso, vamos fazendo! E quem sabe um dia... Bom, isso fica para outro dia!!! Até!

Renato Cardoso é poe-ta e coordenador do Di-ário da Poesia.

Salvema Cultura!Por Renato Cardoso

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Racismo, preconceito e colonização no SESC-SG

SE LIGA!Blogueiras de São Gonçalo se reuniram no dia 10 de outubro pela primeira vez para trocar experiências e orientar aquelas que querem se iniciar na arte de escrever e disseminar conhecimento. O evento, no Lavourão, também contou com workshops, apresentação de dança e stand up comedy com a comediante Joana Darc.

Foto: Divulgação

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D15ANO IV Nº XXII OUTUBRO DE 2015 DE 2015 SÃO GONÇALO - RIO DE JANEIRO JORNAL DAKI a notícia que te interessa

Falta teatro, sobra talento Por Mário Lima Jr.

Estive naquilo que a Prefeitura de São Gon-çalo chama de teatro municipal para assistir a peça “Dentro de mim, a cidade”, montada pelo Coletivo Mundé. Vi que o Teatro Carequi-nha não está à altura de George Savalla Gomes, nem chega aos pés da qualidade artística gon-çalense, cuja manifesta-ção, felizmente, superou todos os problemas de infraestrutura.

Os problemas encon-trados no Carequinha, sexta-feira (09/10), fo-ram fios elétricos espa-lhados perigosamente pelo chão, na frente do palco, bancos medío-cres, ar-condicionado inoperante e apenas um ventilador de teto fun-cionando. É ultrajante uma das principais cida-des do Brasil, em diver-sos períodos da História, depender de um auditó-rio escolar improvisado, onde o artista tem que se virar, vender ingres-sos na bilheteria, pedir equipamento empresta-do, atuar na sonoplastia e dividir seu esforço com atividades secundárias para apresentar seu tra-balho.

Trabalho que é um ver-dadeiro serviço à beleza e cidadania. “Dentro de

AGENDA

Reinaldo Dutra encenou o monólogo que narra um pouco da história da cidade a partir de suas experiências

“Uma peça de teatro produzida com carinho por gonçalenses, para gonçalenses, sobre São Gonçalo, a um preço acessível, agrega um valor inestimável à vida, para sempre.” Produção foi do Coletivo Mundé

mim, a cidade” ensi-na sobre São Gonçalo, em aproximadamente 60 minutos, mais do que todas as ações cul-turais implementadas desde o início do go-verno Mulim, há quase 3 anos atrás. O público presente, pequeno, foi privilegiado. Creio que todos se emocionaram quando o ator Reinaldo Dutra expôs no mo-nólogo a dor de teste-munhar uma cidade

acolhedora, feliz, aban-donar hábitos como o bate-papo noturno na esquina entre amigos, devido ao aumento da violência urbana.

Poucos assistiram a peça porque novamente a Prefeitura se manteve distante da legítima arte municipal. Ela pendura placas descontrolada-mente sobre coisas que não faz, sobre reformas de praças sem previsão

de começar, mas não pendurou nenhuma pla-quinha sobre o evento. Mulim, a Fundação de Artes, a Prefeitura, nin-guém publicou sequer um post em seus perfis nas redes sociais, divul-gação que não custaria nada.

Uma peça de teatro produzida com carinho por gonçalenses, para gonçalenses, sobre São Gonçalo, a um preço

acessível, agrega um va-lor inestimável à vida, para sempre. O Coletivo Mundé é um daqueles tesouros raros, são tan-tos talentos reunidos que as demais possibilidades de boas combinações se esgotam. Cada cidade do mundo tem no má-ximo um grupo assim, seja um polo criativo como Berlim, ou uma cidade pouco desenvol-vida como a nossa, que nem teatro tem.

Exposição sobre Carequinha vai até 31/10

Feira literária em Alcântara segue firme

E as festividades em ho-menagem ao centenário do mestre Carequinha con-tinuam. O Sesc oferece ao público em geral a difusão da linguagem circense, va-lorização dos profissionais da área e descobrir novos talentos na localidade. O projeto inclui exposição, intervenção, espetáculo, oficinas e narração de his-tórias sobre o circo brasi-leiro, além de palestra com Sthafane Savalla. Dias 25 e 31 de outubro,

das 09 às 17 horas. Entra-da franca

A feira de livros, iniciati-va da Associação Brasi-leira de Livros (ABL) com apoio cultural da secreta-ria municipal de Turismo e Cultura, acontece até o dia 30/10. Com preços a partir de R$ 2,00, a feira oferece exemplares com temáticas variadas, que vão desde os infantis, passando pelos roman-ces e até mesmo os pro-fissionalizantes.A feira ocorre desde o

início do mês de outubro e conta com uma tenda que vende exclusivamen-te obras dos escritores de São Gonçalo com obras que vão desde his-tória, contos, romances e poesia. Taí uma grande oportunidade do leitor conhecer seus escrito-res. Aparece lá.

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sobretudo, nas periferias. Aqui em São Gonçalo o esporte se desenvolve mais na região do grande Alcântara onde, mais tarde, seria construída uma rampa na Praça Chico Men-des. Rampa essa criminosa-mente destruída para dar lu-gar ao projeto megalomaníaco da Praça da Biblia por obra e graça da ex-prefeita Aparecida Panisset em 2011.

Esse ato tresloucado da ex-pre-feita gerou reações e formação inédita de uma consciência coletiva entre os praticantes do esporte liderados pelo skatista veterano Fábio No-Comply, hoje com 38 anos. “Chega-mos a organizar duas grandes manifestações em 2012 e em

JORNAL DAKI a notícia que te interessa ANO IV Nº XXII OUTUBRO DE 2015 SÃO GONÇALO - RIO DE JANEIRO

Com certeza o mo-rador ou quem anda pelas ruas da cidade já esbarrou com algum prati-

cante de skate. Eles estão aí, aos milhares, espalhados por todos os quadrantes de São Gonçalo. Mas estão órfãos e sem espaço adequado para praticar este que é o espor-te urbano por excelência e o mais desenvolvido em todo o mundo.

O skate nasceu na Califórnia (EUA) como uma extensão da prática do surf nos anos de 1960. Chega ao Brasil no final da década seguinte e a partir de meados de 1980 se populariza de vez nas grandes cidades e,

2013 no aniversário da cida-de”, lembra No-Comply. Essa experiência coletiva inspirou a criação do movimento SK-8-SG que, além de organizar eventos de lazer próprios do skate, estimula encontrar solu-ções urbanísitcas para a cida-de. “Um dos maiores proble-mas, no nosso entendimento, é a mobilidade urbana em São Gonçalo, caro e insuficiente. Criamos um projeto de cons-trução de ciclovias interligan-do pelo menos 12 praças em diversos bairros. Seriam vias tanto para ciclistas, quanto para praticantes do skate. Ci-clovias ‘skatáveis”, emenda Fá-bio, lembrando que o projeto está disponível na página do facebook do SK8-SG.

Para divulgar este e outros projetos, o SK8-SG ocupou um galpão abandonado no centro da cidade e ali instalou uma rampa construída pelo próprio movimento onde é utilizada para o lazer e dispu-tadas competições que atraem até 350 participantes por eta-pa: “Essa rampa nós mesmos construímos e mesmo assim custou R$ 5 mil bancados pe-los nossos parceiros, o Colégio Odete São Paio e as lojas Front Side SK8 Shop, Roques Skate Shop e Cultures. Hoje o que precisamos é de infraestrutura básica como água e luz elétri-ca”, continuou Fábio.

Após repercussão do video produzido pelo Coletivo Moi-

nhos de Vento, o SK8 foi pro-curado pelo secretário de Turismo e Cultura, Michel Portugal, que se dispôs a in-termediar uma locução com o poder público: “Foi uma con-versa construtiva e esperamos que, além de não nos expul-sarem do espaço, que a gente possa juntos transformá-lo num ponto de Cultura, Espor-te e Lazer para o gonçalense já tão carente dessas iniciativas”, disse Fábio

Gravita em torno do skate uma densa e rica cultura com-portamental tipicamente ur-bana e despojada, apropiada pela música e pela moda, por exemplo, que podem, por que não, encontrar espaço cativo no galpão recém ocupado: “A galera do rock e do hip-hop sempre marcam presença no galpão, mas falta grana e infra pra molecada se apresentar”, revela No-Comply.

O pano de fundo do movi-mento é fortalecer a cultura do skate em São Gonçalo que sempre foi muito forte e perde espaço a cada dia para a cida-de vizinha, Niterói: “Estamos perdendo a galera para Nite-rói, que construiu duas super rampas em São Francisco e no Horto. Por dois motivos: falta aqui equipamentos e pela mo-bilidade. O cara do Colubandê prefere ir para Niterói que vir para cá, no Centro”, finaliza Fábio No Comply, que é um estudioso do assunto e tem 4 livros para serem lançados.

EU SÓ QUERO É SER FELIZ...

andar de skatena cidade onde eu nasci Movimento SK8-SG ocupa galpão no Centro da

cidade para a prática do Skate e busca revitalizar o esporte em São Gonçalo

Área ocupada pelos skatistas foi construída para abrigar os camelôs e hoje está abandonada. Ideia é trans-formar o espaço num centro cultural