edição 239 - outubro 2014

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PLANETA ROCK - Estrutura de som e luz de primeira qualidade impressiona bandas de rock iniciantes e consagradas | ILUMINAÇÃO - PRÉ-PROGRAMAÇÃO EM 3D - Uma nova tendência em shows ao vivo - EQUIPAMENTOS - SUBWOOFER JFL118 EAW - Equipamento de peso leve e alta potência é ótima opção para ambientes pequenos e médios | DIGICO SD7 - Recursos I/O e novos padõres de processamento digital com a tecnolodia super FPGA | TECNOLOGIA - O sample TANK3 traz um novo mundo de possibilidades sonoras | ESTÚDIO - Como gravar baixo elétrico via Direct Box | MIXAGEM EM MONO - Saiba porque esse processo é tão importante na gravação | GIGPLACE: Conheça a profissão de técnico de espetáculos teatrais com Gabriel Bocutti

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SOM NAS IGREJAS

SumárioSumárioAno. 21 - outubro/ 2014 - Nº 239

14 Vitrine

Novidades com os transmissorese receptores da Lyco e o K-Array KH15 para médias egrandes aplicações como salõesde cultos e eventos corporativos.

18 Rápidas e Rasteiras

A SSL disponibiliza softwarepara download gratuito para osconsoles SSL Live e a d&bAudiotechnik apresenta a

tecnologia OCA para os usuáriosdos amplificadores D80.

30 Gustavo Victorino

Confira as notícias maisquentes dos bastidores do

mercado.

32 GigplaceGabriel Bocutti fala sobre aprofissão de técnico emespetáculos teatrais.

38 Digico SD7Com recursos I/O incríveis, omodelo estabelece novospadrões de processamento

digital de alta densidade com atecnologia Super FPGA.

42 Novidade no monitorCom os modelos da série KH, a Neu-mann oferece monitores em três clas-ses de tamanho para fluxos de traba-lhos totalmente digitais.

58 Novo jeito de fazer negócio

Alheios às feiras do setores, alguns

empresários já enxergam um modelode negócios que se encaixa melhorao perfil dos seus clientes.

76 Mixagem em monoEmbora seja usada somente em algunsprojetos experimentais, a mixagem em

mono ainda deve ser levada em contanas produções.

96 Vida de ArtistaDando continuidade à série sobre a histó-

ria dos discos de sua carreira, Luiz CarlosSá chega ao seu décimo-segundo tra-balho, o Ao Vivo - Com a Sinfônica de

Americana.

NESTA EDIÇÃO

O estádio e o estúdioSurge uma nova modalidade de estúdios que une duas paixões bra-

sileiras: música e futebol. Construído dentro do Estádio doMorumbi, o Audio Arena é dedicado a gravações.4848

4444

Imaginar um festival derock em terras em que

predomina o sertanejoparece miragem, mas a

terceira edição do PlanetaRock mostrou que é

possível, sim, derrubarbarreiras e preconceitos.

Desde a qualidade técnicada produção, som e

iluminação e bandasconcorrentes até a

preocupação em ofereceruma contrapartida social à

comunidade local, ofestival mostrou que tem

tudo para ficar.

CADERNO TECNOLOGIA

82 Vitrine

A Star Lighting Division

apresenta o novo moving LEDQuad Beam, com controleindividual de cada LED.

CADERNO ILUMINAÇÃO84 Iluminação cênica

A evolução nas técnicas de controle

dos equipamentos, antes uma tarefamais limitada e manual no início dailuminação cênica, ganhou mais

possibilidades a partir dos consolescom microprocessadores.

60 Tecnologia

Com um ambiente ope-

racional totalmente re-desenhado, o SampleTank3 chega ao mercadooferecendo qualidade ediversidade sonora aliadas à

facilidade de uso.

64 Logic Pro

Ideias e dicas que podem

deixar o trabalho mais fácil e

trazer todo o potencial do

Logic Pro X para um uso

efetivo nas suas produções.

Expediente

DiretorNelson [email protected] administrativaStella [email protected]@backstage.com.brCoordenadora de redaçãoDanielli [email protected]ãoHeloisa BrumTraduçãoFernando CastroColunistasCezar Galhart, Cristiano Moura, GustavoVictorino, Jorge Pescara, Lika Meinberg,Luciano Freitas, Luiz Carlos Sá, MarcelloDalla, Ricardo Mendes e Vera MedinaEdição de Arte / DiagramaçãoLeandro J. Nazá[email protected] Gráfico / CapaLeandro J. NazárioFoto: Ricardo Boni / Divulgação

Publicidade / AnúnciosPABX: (21) [email protected]

Webdesigner / MultimídiaLeonardo C. [email protected] AlvesPABX: (21) [email protected] de CirculaçãoErnani [email protected] de CirculaçãoAdilson SantiagoCrí[email protected]

Backstage é uma publicação da editoraH.Sheldon Serviços de Marketing Ltda.

Rua Iriquitiá, 392 - Taquara - JacarepaguáRio de Janeiro -RJ - CEP: 22730-150Tel./fax:(21) 3627-7945 / 2440-4549CNPJ. 29.418.852/0001-85

Distribuída pela DINAP Ltda.Distribuidora Nacional de Publicações,

Rua Dr. Kenkiti Shimomoto, 1678Cep. 06045-390 - São Paulo - SPTel.: (11) 3789-1628CNPJ. 03.555.225/0001-00

Os artigos e matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. Épermitida a reprodução desde que seja citada a fonte e que nos seja enviadacópia do material. A revista não se responsabiliza pelo conteúdo dosanúncios veiculados.

Iluminação - Muito antes do showNa edição 2014 do Samba Brasília os lighting desingers contaram

com o recurso de pré-programação da iluminação dos shows.Antes mesmo das apresentações acontecerem, era possível saber

exatamente como ficaria a luz no palco.

68 Pro Tools

A automação começou a atrapalhar

o seu trabalho? Selecionamosalgumas soluções a partir de proble-mas mais comuns.

72 Ableton Live

Uma das habilidades do Ableton é a

de importar e manipular grandevariedade de mídias, como videos eimagens.

78 Gravando Baixo

Com a grande quantidade de

gravações realizadas em home

studio, o uso do Direct Box (DI)

pode captar o som real do baixo.

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siga: twitter.com/BackstageBr

CARTA AO LEITOR | www.backstage.com.br

ientistas descobriram que uma iluminação a base de LEDs é

capaz de melhorar a qualidade nutricional de verduras e legu-mes e que essa tecnologia poderá ser aplicada em estufas para re-

forçar os nutrientes dos vegetais no período pré-colheita. Outrobenefício constatado em pesquisas é que, com a influência da luz

de LED, os alimentos cultivados se desenvolvem em um mais cur-to espaço de tempo. A tecnologia também reduz as perdas agríco-

las e ainda despendem baixo custo na energia gerada, benefíciosque corroboram a nova era da indústria agrícola, a que une alta

eficiência e práticas sustentáveis.Assim como ajudar a cumprir o compromisso de alimentar bi-

lhões de pessoas no mundo, outras pesquisas e projetos vêm sendodesenvolvidos para auxiliar empresas que exercem atividades al-

tamente impactantes a caminharem rumo à sustentabilidade. Noentanto, essa responsabilidade pode e deve ser estendida a todos

os setores da sociedade, incluindo os de serviço.Algumas iniciativas já começaram a despontar e foram adotadas

em festivais de música, como coleta de resíduos recicláveis e incen-tivo à redução de CO2. Mas o ciclo só se completa quando estão

incluídos também público e empresas parceiras. Garantir que todosestejam engajados no processo sustentável vai além da implantação

de tendas de recolhimento de lixo não biodegradável nos locais dosfestivais. A exigência de políticas de sustentabilidade das empresas

parceiras envolvidas, por exemplo, é de suma importância para aproposta sustentável do evento ser levada a sério.

Poucas empresas já adotaram esse compromisso com a sociedade,uma vez que é preciso rever uma série de ações, algumas até estru-

turais, como o investimento em novos equipamentos. A explora-ção e a extração de recursos com mais eficiência e com a garantia

da possibilidade de recuperação das áreas degradadas do entorno,o preenchimento das necessidades humanas com recursos natu-

rais e a garantia da continuidade da biodiversidade local, manu-tenção e melhora da qualidade de vida das comunidades que habi-

tam as áreas de extração desses recursos, são apenas alguns dosprincípios da prática sustentável de uma empresa. Fácil de cum-

prir? Não. Mas quem disse que seria fácil?

Boa Leitura.

Danielli Marinho

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A verdadeira

sustentabilidadenão dá lucro a curto prazo

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K-ARRAY KH15www.gobos.com.br

Leve, bonito e de alto desempenho, o K-

Array KH15 é um line array amplificado, de 2vias, com cabine em alumínio e madeira. O

equipamento oferece uma reserva incrível depotência que garante elevados níveis de pres-

são sonora, com ampla e consistente cober-tura horizontal (120°). Adequado para médi-

as e grandes aplicações em cinemas, salas deconcerto, salões de culto, shows ao vivo e

eventos corporativos, o produto é ideal paraPA ou torres de delay. O KH15 também se

integra facilmente com outros produtos K-array, como o KH4 e KS4, tornando-se uma

opção para preenchimentos de grandes for-matos line array. Com dois falantes de 8’’

com bobina de 3’’ (graves e médios), e doisdrivers de 1.75’’ (altas frequências), monta-

dos em um guia de ondas constante, o equipa-mento confere cobertura vertical de 15°.

TRANSMISSORES E RECEPTORES UHXPROwww.lyco.com.br

A Lyco está inovando mais uma vez. Os transmissores e

receptores do sistema LYCO UHXPRO-02MHLI possuem100 frequências disponíveis em cada microfone, fazendo

com que a operação fique mais estável e confiável. Contacom recepção PLL multicanal, frequência UHF, qualidade

sonora perfeita e busca automática de canal. Fácil sincro-nização por infravermelho, apenas alinhando o sensor do

transmissor com o do receptor e efetuando um click. Exce-lente relação custo-benefício.

LA 8-250www.oversound.com.br

O LA 8-250 é um alto falante de qualidade elevada atuando nas faixas de médio grave, ideal para sistemas de LineArray, possui bobina de 2” com fios em CCAW, cone em celulose especial e um poderoso conjunto magnético

garantindo assim alto nível de SPL.

DE 110www.bcspeakers.com

A B&C apresenta ao mercado o novo mini driver de alta

frequência DE110. Em apenas 60 milímetros de diâmetro,este driver é indicado para aplicações onde o espaço é um

problema. A saída de 1" do DE110 apresenta um diafragmade polímero de 36mm resistente a altas temperaturas com

uma faixa exclusiva que atenua a resposta de frequência aci-ma de 8.000Hz, resultando em uma curva de resposta bem

linear de 2.000-18.000Hz. Mesmo com essa aparência pe-quena, o DE110 suporta respeitáveis 50 watts de potência

programada, 25% a mais do que a geração anterior da B&C.

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Y-SERIESwww.dbaudio.com

A nova Y-Series oferece soluções flexíveis econfiguráveis para qualquer empresa de peque-

no e de médio porte, seja qual for o estilo de apli-cação. Enquanto as caixas Y7P e Y10P traba-

lham como fontes pontuais (Point Source) -com o B6-SUB fornecendo resposta estendida

de frequência, usando duas fontes lineares efuncionando como um subwoofer cardióide -, os

lines arrays ficam a cargo dos modelos Y8, Y12 eY-SUB. Enquanto as caixas Y são projetadas para

fornecer soluções flexíveis e móveis, as versõesespecíficas de instalação Yi são projetadas para

aplicações permanentes, diferindo apenas naconstrução do gabinete e hardware de monta-

gem. O Y-Series utiliza o mesmo fluxo de traba-lho de todos os sistemas d&b, que inclui o

software de simulação ArrayCalc, o software decontrole remoto R1 e amplificadores d&b. Uma

série de módulos de line array e point source,por exemplo, podem ser combinadas dentro do

ArrayCalc, proporcionando uma representação gráfica que detalha os aspectos de cobertura, dequeda e de níveis de segurança da configuração do sistema em um determinado espaço. A função

de exportação R1 transfere todas as configurações e definições desta simulação em um arquivode projeto R1 com controle remoto, tendo em conta qualquer sistema de funções específicas.

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C15www.twaudio.com

A empresa alemã apresenta o mais novo modelo de

caixa para monitor de palco, a C15. Construída emsistema de duas vias, o modelo tem drivers de

frequências médias de 3", cornetas médias de 1.4polegadas e angulo de dispersão nominal de 55-70°,

que pode ser readaptado para 90°. A frequência pas-siva dos crossovers assegura precisão e coerência

nas fases nas médias e baixas frequências, dandouma amplitude à frequência de resposta perto dos

3dB de tolerância de banda. O equipamento é reco-mendado para situações em que seja necessário

economia de espaço.

SR-H3L SLIM LINE ARRAYhttp://toacorp.com.br/

O TOA SR-H3L Line Array Speaker forma uma fonte sonora linear

através das unidades de alto-falantes internas, arranjadas vertical-mente e bem próximas umas das outras. O equipamento também

pode ser utilizado em aplicações de linha de alta impedância com ainstalação do transformador (opcional) MT-S0301. O uso de Slim

line array TOA é indicado para diversas aplicações, incluindo igrejas,teatros, além de grandes áreas abertas em shoppings centers e aero-

portos. Completam as características do equipamento gabinete Bass-reflex, potência de 360W, resposta de frequência de 110-18.000 Hz

(quando um processador digital opcional está em uso), alto falante de7cm (2.8") e ângulo de diretividade de 90° horizontal.

PRISTINE STXwww.proshows.com.br

Com um alto padrão de qualidade, a Pristine STX da

Benson Custom Series foi construída em corpo Ash eatende tanto ao Rock quanto ao Jazz, Blues e outros

estilos musicais mais suaves. Pode ser usada comtranquilidade em shows e em gravações em estúdio,pois proporciona desde um som grave e cheio até agu-

dos cintilantes para dar destaque aos solos, graças aofamoso conjunto de conceituados captadores JB e 59,

ligados a dois potenciômetros Wilkinson com Push/Pull. Uma combinação perfeita que proporcionará

ótimas variações de timbres para as mais ricas harmo-nias e solos ardentes. Dentre as características do ins-

trumento, se destacam braço Neck-Through 5 piecesMaple/Nyatoh, escala Rosewood, tarraxas Die-Cast

com trava, captadores Seymour Duncan: JB (ponte)’59 (braço) e trastes 24 Medium.

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SHOW ROOM DE MICROFONES NOVA SÉRIE NEXT-PROAUDIO CHEGA AOMERCADOApós um extenso trabalho de enge-nharia, a nova série PFA já está pron-ta para o mercado. A série é compos-ta de caixas passivas, desenhadaspara entregar alta performance desaída e dinâmicas. Linearidade extre-ma e fidelidade com excelente custo-benefício fazem desse novo produtouma ótima opção para o mercado.Recomendada para uso tanto em ins-talações fixas quanto móveis, aPFA12 e a PFA15 podem ambas atu-ar tanto como monitor como um com-pacto sistema de FOH. Totalmentefeita em Portugal, a série PFA utilizaqualidade ímpar nos componentes.O coração dessa série de falantes éum poderoso 1650 Wrms (3300 Wde pico), leve e altamente eficienteamplificador de potência Classe D.

Para mostrar toda linha de microfones, Ear e Headphones, a TSI mon-tou um show room no salão de convenções em um hotel no centro de

São Paulo para atender os seus clientes e lojistas.

Ao contrário do que publicamos na edição 238, página 30, a USA Profis-

sional do Brasil e a empresa brasileira Compacto Group, que desenvolvemuma gama de produtos para efeitos especiais e entretenimento, oferecem a

linha de produtos Stage & Studio - “Low Fog”, e não Rosco Stage &Studio, como publicado.

Errata

Com distribuição exclusiva da Sonotec Music &

Sound e Musimax, chega ao Brasil a primeira bateriaGretsch assinada por um brasileiro. A nova Gretsch

Catalina Ash Signature Alexandre Aposan é umitem de grande destaque em meio às diversas linhas

de baterias Gretsch. Possui um visual diferenciado,com predominância de cores fortes, cascos em Satin

(verniz fosco e fino), que possibilita visualizar e sen-tir o veio da madeira de cada uma das seis peças que

compõem o instrumento. A Gretsch Signature Ale-xandre Aposan é uma bateria profissional, com to-

das as características e exigências que um músicodeseja. Configuração: Bumbo 22x18”/ Tons 10x07” /

12x8” / Surdos 16x14” / 18x16” e Caixa 14x5”. Fer-ragens Gibraltar 5600. Acesse: www.sonotec.com.br

GRETSCH ALEXANDRE APOSAN

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CHAUVET NO TOYOTA SHOW

Foram 12 equipamentos Nexus,da Chauvet, no rig do Today Show

Toyota Summer Concert Series. Olighting designer Greenbaum,

vencedor do Illumination By De-

sign, usou dois painéis Nexus

abaixo do palco durante o showdo Neon Trees e posicionou ou-

tros seis painéis em frente aomeio do palco, completando a

parte superior com quatro unida-des do Nexus.

A importadora carioca AH Lights expôs pela primeira vez, na Expomusic2014, toda a sua linha de produtos para iluminação profissional.

Primeira participação

NOVO PROTOCOLO DECONTROLE PARA O D80Os usuários dos amplificadoresD80, da d&b audiotechnik, contamagora com uma nova tecnologia afim de melhorar a performance doproduto. O Open Control Archi-tecture (OCA) é um protocolo quesubstitui o CAN-Bus, usado pelad&b desde 1990, e que, apesar deser eficiente e de baixo custo, ficoudefasado e mais lento para os pa-drões de bandas usados hoje. Como OCA é possível ter um sistemamais robusto e estável, compatívelcom a nova tecnologia inserida noD80, uma vez que o amplificador ne-cessita prover informação remotacom rapidez, especialmente quan-do está ajustando EQs em múltiploscanais em situações ao vivo. A ver-são do d&b R1 Remote control soft-ware V2.2.1, que incorpora o proto-colo OCA para comunicação sobreEthernet com os amplificadoresD80, está disponível para downloadno: www.dbaudio.com

CHITÃOZINHO & XORORÓSÃO INDICADOS AOGRAMMY LATINOA dupla Chitãozinho & Xororó rece-beu indicação ao Grammy Latino nacategoria melhor álbum de músicasertaneja, com Do Tamanho do Nos-

so Amor (Universal Music). O discoao vivo traz composições inéditas esucessos da carreira em novas rou-pagens. Gravado em São Paulo, oprojeto contou com as participaçõesde Fernando & Sorocaba, do rapperC4abal, Lucas Lima e Dexterz (proje-to de música eletrônica compostopelo baterista Junior Lima, pelo DJJulio Torres e pelo violinista AmonLima). A 15ª edição da premiaçãoocorre no dia 20 de novembro, emLas Vegas, nos Estados Unidos.

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Nesta primeira participação na Expomusic a loja Paulista Ninja Som le-vou os produtos da RCF e Microfones RODE.

Novato na Expomusic 2014

20 ANOS DEEXPOMUSICNeste ano, LucileneBorges completou 20anos de excelentesserviços prestados noestande da Backsta-ge nas feiras: CD Ex-po, Expomusic, AESBrasil, Expocristã, en-tre outras.

CAFÉ DA MANHÃ

Como nos anos anteriores, a loja paulista Vitória Som oferece um café da manhã no seu show room pararecepcionar os PAzeiros e os técnicos de áudio.

TECNOLOGIAS DEILUMINAÇÃO EM LEDA TELEM demonstrou, durante a SETExpo 2014, como um estúdio debroadcast pode integrar as váriastecnologias de iluminação no merca-do, com luminárias de LED, soluçõesde ETC e Dedolight em destaque. Ocenário, um atelier de brinquedos, erailuminado por equipamentos como osda família DLED, da Dedolight, alémdas linhas Selador e Desire, da ETC. Oespaço contava com uma janela, quemostrava a noite com uma lua, outroefeito realizado por meio de luz – nocaso, uma projeção feita com umSource Four LED. O set estava sendocontrolado por uma mesa ETC Ion. Osvisitantes também puderam ter contatocom a ampla luz dos Panaura 5 e 7 e oskits da Dedolight - incluindo o Felloni,que agora oferece acessórios paracontrole e modelagem da luz -, além dever de perto a evolução da famíliaDLED. Da ETC, estavam disponíveis noestande as práticas e portáteis DesireD22 e Source Four Mini LED. Tambémera possível fazer comparações entreo Source Four tradicional e sua versãoLED, bem como conhecer o SourceFour LED CYC e o dongle NOMAD,uma solução que transforma com-putadores comuns em mesas de con-trole de iluminação. Os equipamentosda linha Source Four montados no Bra-sil pela TELEM e a mesa Gio tambémestavam à disposição.

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CORO GUANABARAO coral apresenta a Missa da Coroação de Mozart nos dias 3 e 12 de outubro, no Rio de Janeiro, com as Solistas Nelí Mures,Soprano; Sonia Cordeiro, Contralto; Gilberto Silva, Tenor e Sergio Villela, Barítono; sob regência de João Genuncio e acom-panhamento da pianista Cláudia Feitosa. No dia 3 de outubro, às 20h, será na Igreja Nossa Senhora do Desterro, em CampoGrande, e no dia 12, às 18h, na Igreja Cristã de Ipanema. Os eventos têm entrada franca.

CONHEÇA MELHOR A HISTÓRIA DO GRUPO VENDAS RAPIDASQuem são as cabeças pensantes

do grupo?

Paulo Benini, trabalha desde os 17anos na Santa Efigênia e começoucomo vendedor em grandes lojasaté conhecer Nelson Florio Jr., for-mado em engenharia eletrônica queiniciou a loja virtual de áudio profissi-onal pelo Mercado Livre que depoisse transformou no site VendasRapidas.comComo surgiu a ideia de uma loja

virtual para venda de produtos de

áudio profissional?

Nasceu da união da paixão dePaulo Benini pelo mundo das ven-das na Santa Efigênia e da visãode Nelson Florio Jr., que enxergou

uma grande oportunidade no negóciode e-commerce de Áudio Profissionalainda quando esta prática dava seusprimeiros passos no Brasil.Porque resolveram abrir uma loja física?

A primeira loja física surgiu da neces-sidade que o e-commerce demanda-va em ter um espaço para que o clien-te que quisesse ter uma experiênciaalém do virtual com o produto pudes-se fazê-lo com um atendimento dife-renciado e especializado, com profis-sionais profundamente conhecedoresdos produtos vendidos pela VendasRapidas.comComo é lidar com as duas lojas (físi-

ca e virtual)? Quais são as diferenças

e semelhanças?

Para nós é muito natural, por ternascido primeiro no mundo virtual,a filosofia do negócio acompanhaas tendências mundiais ditadas pe-las maiores redes varejistas de e-commerce, não é a toa que já sãoquatro lojas físicas.Na sua opinião, qual será a participa-

ção da loja física em relação à virtual?

A loja física em nossa visão é umaextensão da loja virtual...Há previsão da loja física se tornar

mais lucrativa do que a virtual?

Sinceramente, essa não é a nossapreocupação, como dito anterior-mente, tratamos as lojas físicascomo complemento do site vendas-rapidas.com

A nova loja VR Som Profissional foi inaugurada no início de setembro e está localizada na Rua Santa Ifigênia, 386. O local está preparado para atendercom as melhores marcas todo tipo de sonorização.

Ricardo (Marketing) e Igor Andreis (Gerente da loja)

Do virtual para o físicoCaminho inverso

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TAGIMA DREAM TEAM 2014 - MÚSICA, PARCERIA E VENDAS

Com um histórico de oito eventos de sucesso, o Grupo Tagima e seus parceiros promoveram a nona edição do TDT (TagimaDream Team), que neste ano aconteceu no Novohotel Center Norte. Com a participação de mais de 300 lojistas, o evento,focado no atendimento individualizado aos convidados, foi considerado o de maior resultado desde o seu surgimento, em 2006.Neste ano foram sorteados um carro e uma moto.

EQUIPE TÉCNICAGrupo Tagima

Ney T. Nakamura - PresidenteMarco Vignoli - Gerente ComercialKaren Nakandakare - Super. de MarketingBruna Tandello - Assistente de MarketingDivulgação

Agência de One PixelCelso Wolfe e Daniela MayoneProdutora do evento

SMASH ProduçõesGuilherme Gomes - Sócio DiretorJoão Paulo Magno - Produtor ExecutivoAlexsandra Morelli - produtoraJuliana Borges- atendimento

EXPOSITORESBasso - Casio - Custom Guitars - LL Audio -

Luen Percussion - N.Zaganin - Nagano Drums

NIG/Rouxinol - Orion Cymbals - Quanta - Santo

Angelo - Solid Sound - Tagima

Cesar Laerte de AquinoCasa Musical - Matão - SP

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EXPOMUSIC INum ano notadamente fraco, a Expo-music suscita novas discussões sobre oseu futuro e os necessários reparos e cor-reções de rumo do maior evento do gê-nero no país. A política de preços queorbita o encontro anual é certamente aprimeira que precisa de uma urgente re-visão. Desde o valor extorsivo do estaci-onamento, passando pelo alto custo doespaço e chegando aos serviços e logís-tica interna, tudo precisa ser reavaliado.Uma notória retração se acentuou nasúltimas edições e isso deve ser assimiladosem preconceitos e com muita reflexão.

EXPOMUSIC IIA Kurzweil mudou outra vez de mãos noBrasil. Confesso não entender as difi-culdades que algumas marcas mundiaisencontram para se expandir por aqui.Assim como a Kurzweil, a Pearl, Kawai eWashburn são apenas algumas das em-presas reconhecidas e admiradas mun-do a fora e com potencial para, inclusi-ve, liderar segmentos do mercado, masque no Brasil patinam na conquista deespaço. Algumas trocaram tanto demãos que perderam até sua identidadecomercial. Mudar isso exige paciência einvestimentos, afinal, o mercado nãopune... se vinga.

EXPOMUSIC IIIOs chineses voltaram a marcar presen-ça no evento de 2014. Pelo menos meiadúzia de stands eram habitados por

técnicos que, mesmo não falando portu-guês, se mostravam solícitos na demons-tração de produtos interessantes, sejapelo preço ou pela novidade. Num de-les, a engenheira Shopie Su, da Unilu-min, apresentou um painel de LEDscom a tecnologia 4K que impressionavapelos dois motivos: preço e novidade.

EXPOMUSIC IVNo stand da Lyco, a nova linha de aces-sórios de áudio chamou a atenção pelavariedade e praticidade. Do earphoneaos microfones de múltiplos formatos,as opções mostradas eram tantas que aajuda de um técnico passou a ser a me-lhor forma de escolher o produto ade-quado a cada situação.

EXPOMUSIC VA indústria de violões Caimbé foi outraempresa que se destacou. O pequenostand foi motivo de muita visitação paraver os novos violões com interface MIDIe captação hexafônica. A empresa sedia-da em Bragança Paulista é 100% nacio-nal e oferece suporte vitalício para osseus instrumentos construídos com ma-deiras brasileiras e hardware da GraphTech. Pela qualidade, vai dar o que falar...

EXPOMUSIC VINa Meteoro, o show dos valvuladosmais uma vez foi a atração. A variedadede modelos apresentados nos últimosanos pela empresa removeu definitiva-mente do imaginário do consumidor opreconceito de que esse tipo de amplifi-cador é caro e frágil. A maior indústriabrasileira do segmento é líder exata-mente por quebrar alguns desses tabus.

EXPOMUSIC VIIPela primeira vez expondo no evento, ocraque Augusto Pedrone não escondiasua surpresa com a admiração dos ex-perts pelo seu trabalho no desenvolvi-mento de amplificadores valvuladospara guitarra. Modesto e competente,

O Projeto de Lei no6.635/13 apresentado

pelo deputado StepanNercessian (PPS/RJ)

está provocando muitapolêmica no segmento.

A proposta isenta deimpostos de

importação osinstrumentos musicais

e acessórios adquiridospor músicos

profissionaisdevidamente

registrados na OMB.De um lado, os

importadores estãoesfregando as mãos defelicidade; de outro, a

indústria nacionalestá querendo

estrangular o nobreparlamentar.

GUSTAVO VICTORINO | [email protected]

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Pedrone curtiu de perto a babaçãogeral pelos seus produtos. Tanto ocriador quanto suas criaturas fo-ram algumas das melhores novida-des da Expomusic desse ano. Masse você pensa em comprar um dosespetaculares amplificadores vin-

tage assinados por ele, relaxe e en-tre na fila.

EXPOMUSIC VIIIO sucesso dos eventos paralelos oupré Expomusic vem chamando aatenção. Enquanto algumas em-presas querem apenas fugir dos al-tos custos, outras precisam de maisespaço para explorar o business

meeting. O principal deles promo-vido pela Tagima cresce a cada anoe mostra uma força que entusiasmao seu CEO, Nei Nakamura.

EXPOMUSIC IXA nova linha de teclados da Rolandveio para atender um dos principaisanseios dos músicos “normais” queencontram sempre o preço comoprincipal obstáculo para adquirir oteclado dos seus sonhos. A linha deentrada é acessível e traz a qualida-de da marca como fator decisivopara a boa compra. Ter um Rolandna sua casa, estúdio ou palco não émais um sonho distante.

EXPOMUSIC XCompetência sempre se reflete emresultados. Criada há alguns anos,a marca Waldman já ameaça assu-mir a liderança em vários segmen-tos do mercado. Ter produtos comqualidade associado a preços justosalavancou a marca, que rapida-mente se consolidou como umadas mais cortejadas pelos lojistas.

RIO DAS OSTRAS IÉ inacreditável a capacidade que omaior festival de jazz e blues da

América Latina tem de se recriar.Quando você imagina que ele nãotem mais para onde crescer ou ino-var, surgem novidades musicais,logísticas e econômicas que des-mentem esse pensamento. Comum formato diferente por conta daCopa do Mundo de 2014, o Rio dasOstras Jazz & Blues desse ano mos-trou uma capacidade de renovaçãoe intensidade que foge a qualquerprevisão. Público, atrações e agitomarcaram os dois finais de semanaque outra vez sacudiram o litoralnorte fluminense.

RIO DAS OSTRAS IIA preocupação de 2014 tinha co-mo foco a mudança no calendá-rio e formato do evento. O públi-co aceitaria? A economia da re-gião responderia com os mesmosnúmeros? No segundo dia essasperguntas estavam respondidasno sorriso do diretor geral doevento, o incansável Stenio Mat-tos. O sucesso foi tamanho que onovo formato pode até ganharares definitivos. Típico “bomproblema” criado por um eventoque provou estar acima de datas econveniências. Pela sua gran-diosidade e sucesso, o Festival vi-rou um fim em si mesmo.

RIO DAS OSTRAS IIIDezenas de shows do mais alto ní-vel musical provocam situaçõesinusitadas. Das muitas, algumasvalem registro. O impagável e re-chonchudo Popa Chubby admitiuter montado um show específicopara o evento e incluiu clássicoscomo Over the Raimbow (trilha domágico de Oz, de Harold Arlen) eAllelujah, de Leonard Cohen. Pilo-tando uma iconoclasta guitarraFender Stratocaster 64, o guitar-rista criou versões pesadas, essas

que acabaram sendo as cançõesmais aplaudidas do seu show.

RIO DAS OSTRAS IVO genial Al Jarreau também deuseu toque pessoal à clássica Your

Song, de Elton John, e confesso quebalancei. A lágrima que correu nocanto do meu olho foi um misto deadmiração e aplauso da alma à ca-pacidade que o talento tem de co-mover as pessoas. E não estava so-zinho. Na plateia, centenas de pes-soas também “coçaram discreta-mente os olhos”.

RIO DAS OSTRAS VA brasileira Badi Assad é um fenô-meno. No país das bundas e dosMCs, a violonista e cantora conse-guiu um silêncio ensurdecedor dequase 15 mil pessoas para ouvir suasnuances vocais e a sutileza classudado seu violão. De volta ao Brasil, aartista habita regularmente as edi-ções das maiores publicações domundo do jazz. E como era previsto,arrasou em Rio das Ostras. Mas cer-tamente jamais será chamada paraparticipar dos nossos medíocresprogramas de entretenimento dasgrandes redes de TV aberta. Paraesse lixo, talento é palavrão.

FESTA NACIONALDA MÚSICA 2014Com a chegada da Toyota, o even-to passa agora a agregar também opeso de uma das mais importantesmarcas do mundo e maior fabri-cante de automóveis do planeta.Criadora do Corola, o automóvelmais vendido das últimas três dé-cadas, a Toyota leva a Canela tam-bém o carro híbrido Prius, líder devendas no Japão e já disponível nomercado brasileiro. Andei no car-ro e afirmo que, assim como eu,muito artista vai babar...

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32 abriel, falando sobre você, nos

diga qual a sua formação, onde e oque você estudou. Em que trabalhavaantes e como você parou no mercadodo show business?Minha formação é curso superior in-completo em Engenharia Elétrica noMackenzie de São Paulo. Sou tambémformado pelo IAV de São Paulo em

G

[email protected]

Fotos: Carla de Conti / Arquivo pessoal / Divulgação

Profissões do

backstage’backstage‘

G A B R I E L B O C U T T I

E S P E T Á C U L O S T E A T R A I S

áudio e foi através desse curso que ini-ciei minha carreira profissional e comoentrei para o mercado do show business,já que, quando acabei o curso de áudio,fui indicado pela escola para trabalharpara a Loudness (grande empresa de lo-cação de equipamentos de som). Acabeitendo contato com teatro, casas deshows, turnês e eventos corporativos.

Saindo um poucodos bastidores dos

shows, vamosvasculhar o

backstage dasproduções e

descobrirprofissionais

trabalhando emáreas que geralmente

muitos de nósmesmos do ramosequer sonhamos

que existem.A profissão do mês é

a de Técnico emEspetáculos Teatrais

e o entrevistado é oGabriel Bocutti.

A Madrinha Embriagada

33

Você é filho de músico/luthier.Em que momento você optou pelacarreira no áudio?Quando terminei o ensino médio,cheguei à fase de optar pelo quegostaria de fazer da vida e por qualcarreira seguir. Como sempre tivea influência do meu pai, músico eum grande admirador de boa músi-ca, acabei optando por ter uma car-reira totalmente ligada à música. Eo que me fez entrar para o ramo doáudio foi o fato de querer fazer umcurso de Pro Tools para poder gra-var os meus próprios sons de gui-tarra e para criar minhas própriasmúsicas. Acabei procurando nainternet por esse curso e descobrique não poderia fazer um curso dePro Tools sem ter algum tipo deconhecimento básico de áudio.Acabei indo atrás de um curso bá-sico para começar e foi onde en-contrei o IAV (Instituto de Áudioe Vídeo) em São Paulo.

Conte como foi a sua experiênciatrabalhando em locadora e comoisso, de certa forma, é um diferenci-al em seu dia a dia como técnico?Eu realmente me considero umapessoa de sorte por ter tido a oportu-nidade de trabalhar em uma locado-ra de grande porte logo no início daminha carreira, pois apesar do traba-lho ser bastante puxado no dia a dia,os contatos que fiz, a quantidade deconhecimento que adquiri e as ami-zades que construí, com toda a certe-za, me lapidaram como o profissio-nal que sou hoje em dia. Até hojesempre que estou com algum pro-blema no trabalho, acabo recorren-do a esse pessoal para que me ajudem.

Como foi seu primeiro contatocom o teatro e com os musicais, equais cursos ou treinamentos vocêfrequentou para se especializarnessa nova função?Quando entrei na Loudness, fuicolocado pela empresa para ficar

como responsável técnico do Tea-tro TUCA, em São Paulo. Lá tive aoportunidade de operar o som daminha primeira peça de teatro, queera um espetáculo do Marcelo Tas.Depois de um tempo acabei sendoapresentado para algumas pessoasque já trabalhavam com TeatroMusical. A minha escola dentrodo teatro se baseia totalmente noconhecimento prático que essas

pessoas mais experientes me pas-saram no início. Após essa fase ini-cial, também acabei aprendendomuito sobre Teatro Musical com osgringos que vêm até o Brasil pararealizarem alguns projetos, e pos-suem um know how absurdo, já quesão os criadores desse gênero.

Os leitores desta coluna normal-mente sabem como funciona os bas-

tidores de um show; então conte-nos as diferenças e peculiaridadesde um musical ou peça de teatro.Em minha opinião, o que caracteri-za e o que mais diferencia o teatromusical dos outros segmentos doshow business é o fato de que umespetáculo musical fica muito tem-po em cartaz. Às vezes, uma tempo-rada regular dura um ou dois anosseguidos, totalizando cerca de 500 a

600 apresentações. Então é uma ro-tina completamente diferente detudo. As pessoas acabam se tornan-do familiares, já que o tempo dentrodo teatro é maior do que o tempoem que passamos nas nossas casas.Outra questão que difere dos outrossegmentos é a dos volumes utiliza-dos no teatro musical. As pessoasque estão acostumadas com altosíndices de pressão sonora dos shows

Equipe de Som Crazy For You

Eu realmente me considero uma

pessoa de sorte por ter tido a oportunidade de

trabalhar em uma locadora de grande porte

logo no início da minha carreira.

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34 acabam estranhando muito os níveis de

som do teatro, onde geralmente o volu-me utilizado é bem menor.

O Brasil tem recebido espetáculos depadrão internacional como Rei Leão,A Bela e a Fera, Cats etc. Existe o“padrão Broadway”. O que isto signi-fica para o áudio e para os atores?O “padrão Broadway” é praticamenteum protocolo que tem que ser seguido àrisca (ou pelo menos deveria ser). Poisesse padrão foi idealizado pelos criado-res do teatro musical e eles, mais do queninguém, sabem como tudo deve acon-tecer, o que funciona e o que não funci-ona. Com toda a certeza, eles já fizeramtodos os testes práticos possíveis, já queestão fazendo isso há muito tempo epossuem resposta para praticamentequalquer pergunta. No caso do áudio, euposso garantir por experiência própria:se esse padrão for seguido de formacompleta, a quantidade de problemasque você vai ter durante uma tempora-da é praticamente nula. Com relaçãoaos atores, uma coisa legal que aconteceé que eles também são obrigados a seadaptar a esse padrão em todos os seg-mentos de um musical. Seja em umatroca de cena, quando eles têm que aju-

dar na mudança do cenário, na rigidezdos horários impostos pela produção, ouem qualquer outra função designadas aeles. No fundo, tanto a equipe, quantomúsicos da orquestra ou elenco se adap-tam e tudo transcorre muito bem.

Quais os espetáculos dos quais você par-ticipou e o que fez em cada um deles?Ao todo eu já estive em 12 produções.Entre produções menores e maiores, fuiresponsável por operar o áudio de musi-cais como A Bela e a Fera, Cats!, Mamma

Mia, A Madrinha Embriagada, Cabaret,Crazy For You, entre outros.

Atualmente você está trabalhando noespetáculo Crazy For You com a Clau-dia Raia. Poderia nos detalhar quaisequipamentos e rotinas de trabalho deum espetáculo desse porte?Possuímos um kit fixo que viaja co-nosco locado pela Gabisom e que basi-camente consiste nos seguintes equi-pamentos: 01 DiGiCo SD7 com 02racks (96 canais); 01 sistema de P.A.Meyer Sound MICA com 16 elementos+ 04 700HP; Lapelas e sistema detransmissão Sennheiser, além de ou-tros microfones para a orquestra comoAKG, Neumann, entre outros.

Operação espetáculo Cabaret 2012

O “padrãoBroadway” é

praticamente umprotocolo que temque ser seguido à

risca (ou pelomenos deveria ser).

Pois esse padrão foiidealizado pelos

criadores do teatromusical e eles, mais

do que ninguém,sabem como tudodeve acontecer, oque funciona e o

que não funciona.

35

A rotina é basicamente a mesma to-dos os dias com os espetáculos acon-tecendo nos fins de semana. A equi-pe técnica chega geralmente trêshoras antes de o espetáculo começar,para a realização de presets e testes, esão esses testes que garantem que oespetáculo transcorra normalmentesem nenhum problema.

Na última edição, notamos quena iluminação existem as funçõesde Lighting Designer, Programa-dor e Operador. Nos espetáculosde teatro, como funciona na partede áudio?No caso do áudio, geralmente exis-tem 4 pessoas em uma equipe. Umadelas é a função do Sound Designer,que projeta todo o sistema de som doespetáculo e das turnês. Ele é o res-ponsável pela escolha e pelo posi-cionamento dos equipamentos, e faz

parte da equipe criativa, colaboran-do com a criação do espetáculo noperíodo que antecede a estreia.Logo abaixo desse cargo, vem o car-go de operador de som, que é o meucargo, e que é quem dá as diretrizesda equipe durante a temporada,além de ser responsável pela opera-ção do áudio de todo o espetáculono dia a dia. E, por fim, geralmentetemos dois microfonistas, que sãoos responsáveis pela manutençãodos microfones de lapela e são aspessoas que correm para resolver al-gum eventual problema no sistemade som durante o show.

Uma curiosidade, o SATED sem-pre foi mais voltado para os pro-fissionais do teatro, então como éa atuação dele nas relações detrabalho entre os técnicos e ascompanhias de teatro?

Sinceramente não posso responderessa pergunta pois nunca tive con-tato nenhum com o SATED. Tam-bém possuo uma opinião com rela-ção aos sindicatos no nosso país eprefiro nem entrar nessa questão.

Sempre pergunto quais pessoas emomentos fizeram a diferença nacarreira do entrevistado até omomento. Quem foram essas pes-soas para você?Acho muito legal a oportunidadede agradecer quem já me ajudou.Na minha carreira posso conside-rar 3 pessoas como fundamentaisno meu desenvolvimento profissi-onal: Tocko Michelazzo, meu mes-tre e uma pessoa com quem traba-lho junto há muito tempo, e queme deu várias oportunidades pro-fissionais; Fernando Fortes portambém ter me ensinado muito

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Este espaço é de responsabilidadeda Comunidade Gigplace. Enviecríticas ou sugestões para [email protected] ou [email protected]. E visite osite: http://gigplace.com.br.

desde que iniciei na área, além de terdado a minha primeira oportunidadeem musical; e Claudio Fujimori, que in-felizmente nos deixou nesse ano, masque foi um cara que sempre fez questãode me levar junto com ele pra cima e prabaixo para me passar aquilo que ele faziatão bem e com tanta propriedade.

O que falta ainda a você para que setorne um profissional ainda melhor?Eu acredito que uma pessoa nunca podedeixar de aprender, independente dequal patamar ela já tenha alcançado emsua carreira. Então, eu estou sempre embusca daquilo que é novo, e meu objeti-vo é aprender cada vez mais e estar sem-pre atualizado, pois trabalhamos comelementos e equipamentos que mudame se atualizam a cada dia; então não temcomo ficar estagnado achando que já sa-bemos tudo.

Quais os seus planos para o futuro, oque pretende estar fazendo daqui a 10anos, nos planos profissional e pessoal?No plano profissional, eu pretendoabrir um estúdio de gravação e edição,pois é um outro ramo do áudio que tam-bém gosto muito. Como também estou

iniciando minha carreira como produ-tor musical com alguns artistas, acredi-to que vou unir essas duas coisas e entrarde cabeça nesse outro caminho.

O que você teria a dizer para as pesso-as que estão iniciando ou interessadasno mercado de espetáculos teatrais?O teatro é um lugar muito legal de se tra-balhar, pois geralmente as pessoas saemmaravilhadas com aquilo que assistem. Eé bastante gratificante saber que vocêtambém é responsável por essa satisfaçãocausada aos espectadores. E elas saemcom esse sentimento, pois as pessoas quefazem isso acontecer gostam muito doque fazem e se dedicam plenamente aisso. Além de tudo, existe uma demandagrande para profissionais qualificados noteatro, então eu dou total apoio para aspessoas que gostariam de entrar nessemercado, bastando apenas essa pessoaquerer e se dedicar para isso.

Crazy For You 2014

O teatro é um lugarmuito legal de se

trabalhar, poisgeralmente aspessoas saem

maravilhadas comaquilo que assistem.

E é bastantegratificante saber

que você também éresponsável por essa

satisfação causadaaos espectadores.

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DIGICO SDDIGICO SDma combinação de tecnologias tem

integrado perfeitamente a superfí-cie de trabalho da SD7 para atender às

necessidades diárias de qualquer enge-nheiro de som. A SD7 disponibiliza, em

três telas de 15" interativas sensíveis aotoque e de alta resolução, um banco de

12 faders para fornecer ao usuário a pla-taforma perfeita. Para tornar a navega-

ção ainda mais fácil, foram adicionadospontes interativas e botões multico-

loridos e interruptores; e para uma mai-or funcionalidade e flexibilidade, 16

faders designáveis (um banco de 12, umbanco de quatro), colocados nitida-

mente abaixo da tela principal no cen-tro do console, levando a SD7 a oferecer

consideráveis 52 faders.Para aumentar mais ainda a contagem

de faders, uma unidade Fader ExpansãoEX-007 está disponível. Dois EX-007s

podem ser conectados através de um

U

[email protected]

Fotos: Divulgação

conector Cat5e simples para controleremoto ou simplesmente para aumentar

o fader até 100. E se conhecimento real-mente é poder, o SD7 pode ser conside-

rado um Einstein: ele possui 256 vias deprocessamento em 48 kHz/96 kHz (ou

128 a 192 kHz).Processamento do canal padrão, entra-

das ou saídas, inclui Channel Delay, Di-GiTube e Multi Channel Presets, pontos

de inserção dupla, Hi-Lo e filtros passa-@ 24dB/oitava, equalizador paramétrico

de quatro bandas (oito em saídas), comcurva de banda seleção e Dynamic EQ

em cada faixa, pontos de inserção dupla,da DiGiCo DYN 1 (Compressor, de-

esser ou multi Channel Compressor) eDYN 2 (gate, Compressor ou Ducker). A

seção master incorpora 32 equalizadoresde 32 bandas gráficas, 48 efeitos estéreo e

36 grupos de controle (VCAs). Isso sig-nifica que agora os engenheiros podem

O SD7 oferecerecursos de I/O

incríveis eestabelece novos

padrões emprocessamentodigital de altadensidade por

meio datecnologia

Super FPGA.

7

39

alternar entre configurações com-pletas em qualquer ambiente ao

vivo, seja nas passagens de som, du-rante a configuração do sistema, ou

até mesmo no show.Além disso, foram incluídos 128

buses, todos atribuíveis como gru-pos mono/estéreo ou buses auxilia-

res. Além desses buses, a fim de darmais configurabilidade ao processo,

é fornecida uma matriz de saída32x32, buses individuais duplos e

um bus master. Praticamente osusuários têm o equivalente a 160

buses de DSP à sua disposição.Ao contrário de outros consoles di-

gitais, não há perda de Aux ou Gru-po de buses ao usar a matriz como

elas são, incluindo o bus master.

I/O

O SD7 I/O local inclui 12 entradas

analógicas, 12 saídas analógicas e 12AES I/O (mono). Quando combina-

da com um segundo motor, com qua-

tro portas MADI redundantes pormotor, é possível instalar um segun-

do. Isso equivale a 1.392 conexões I/O em um loop óptico único, com

uma superfície de trabalho.Além disso, existe um módulo

DiGiCo SoundGrid opcional quepode ser montado de ambos os

motores para redundância com-pleta quando ligado a dois servido-

res externos, tais como PC ouSoundGrids DiGiGrids. Isso ofere-

ce ao usuário acesso instantâneo amulti Racks 32 com Waves total-

mente integradas de baixa latência

estéreo, cada um com a capacidadede ter até oito plug-ins por rack.

Isto é, 128 I/O. Todos os plug-inssão compatíveis e pré-carregados,

e como este é integrante do conso-le, você tem a vantagem adicional

de controle da tela de toque. Dessaforma, todos os snapshots e arqui-

vos de sessão são guardados dentrodo console.

www.digico.biz/docs/products/SD7.shtml

Para saber online

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40

s subwoofers JFL118 podem ser

empilhados ou montados comoparte de um sistema JFL210 ou JFL213.

A incorporação dos princípios de linhade curvatura na matriz constante faz

com que os módulos JFL210 sejam facil-mente configurados em matrizes com

saída e coerência muito previsíveis,dando cobertura horizontal simétrica e

consistente para tiros curtos e longos.Acompanhado de um aparelhamentopróprio, é possível suspender até seis

elementos de qualquer combinação deJFL118 e JFL210 ou JFL213.

O bar fly FB221 opcional inclui váriospontos de suspensão que permitem aos

usuários configurar facilmente o ângulode inclinação. O JFL118 também inclui

pontos de suspensão M10 com roscaque permitem aos usuários implantar

matrizes em aplicativos instalados deforma permanente e a um baixo custo.

O

[email protected]

Fotos: Divulgação

Outra característica do JFL118 é o seucopo de metal que permite até duas

JFL210 ou JFL213 montadas em cima doJFL118 como canais principais de falan-

tes. Outra alternativa é empilhar os fa-lantes JFL210 ou JFL213 diretamente

sobre o JFL118. Neste caso, todos os ga-binetes são presos em conjunto, utili-

zando o seu aparelhamento integral.Dois woofers de 10" (2,5" bobina) con-

ferem um excelente desempenho debaixa frequência, enquanto o driver de

compressão alinhado com a corneta for-necem diretividade precisa. Esses com-

ponentes de alta performance contribu-em para uma potência máxima de picode mais de 130 dB SPL, permitindo a

JFL210 preencher confortavelmentevastos espaços. O desempenho pode

ser otimizado ainda mais precisamentecom um processador digital EAW

UX8800 (4 entradas por 8 saídas) que

EAW JFL118EAW JFL118PESO SÓ MESMO NO SOM

O subwooferJFL118 é um

equipamento depeso leve, de altapotência, o que otorna o único sub

de 18 polegadasque acompanha a

baixa resposta dascolunas lineares

modelos JFL210 ouJFL213, em uma

gama completa defrequência. Por serleve e compacto, éuma ótima opção

para ambientespequenos a médios

e ideal paramúltiplas

aplicações comoigrejas.

41

Configuraçãofunciona como um excelente ge-renciador do sistema, proces-

sador e controlador, enquanto oseu alinhamento e driver de pro-

cessamento de algoritmos Gun-ness FocusingTM melhora dras-

ticamente o desempenho do linearray JFL210.

Os subwoofers JFL118 utilizam osconectores Neutrik Speakon STX

Series, que são em metal extrema-mente robusto e apresentam uma

junta interna na proteção quantoao tempo para o IP54, quando uti-

lizado em companhia dos cabosconectores em linha NLT4FX. A

parte de trás de cada JFL118 possuitrês conectores NL4. Dois são usa-

dos para subwoofer e entrada de si-nal transmitido as altas, enquan-

to que o terceiro é utilizado comouma saída para o circuito de sinal

de alta, para fazer o loop dos sinaisde alta frequência para as JFL210

www.eaw.com

Para saber online

Transdutor: SUB 1x 18 in. cone

Canais de amplificação: Single-amp LF

Sinal externo de processamento: DSP

w/1-way filter

Gama de operação (-10 dB, Hz): 30 – 150

Máximo de saída de pico (dB SPL)

Sub (whole space): 129

Os subwoofers JFL118

utilizam os conectores Neutrik

Speakon STX Series, que são em

metal extremamente robusto

e JFL213, ou outras colunas. OJFL118 é a solução em equipamen-

to simples de usar, pois permite aosusuários construir vetores tanto em

fly como empilhadas com facilidade.Construído de acordo com as normas

de construção de MDE, o equipa-mento tem gabinete robusto, aca-

bamento resistente e grade de açoreforçado para enfrentar a vida na

estrada. A empresa ainda dá seismeses de garantia.

LEIT

URA

DINÂ

MIC

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Neumann está expandindo a linhaKH e apresenta ao mercado seu

primeiro monitor midfield. O KH 420possui sistema de 3 vias ativas (de 10

polegadas / 3 polegadas / 1 polegada) e éideal para grandes configurações e dis-

tâncias de escuta de até 11 metros.Com uma frequência de canto de 52Hz, o

monitor nearfield KH 120, por exemplo,estabeleceu novos padrões na sua classe

pelo desempenho das frequências. Os en-genheiros da Neumann conseguiram ele-

var o do KH 420 também. Sua frequênciade canto de 26Hz não é só menor do que

outros monitores midfield; mas tambémuma oitava inteira inferior ao KH 120.

A

[email protected]

Fotos: Divulgação

Qualquer um que exija ainda mais bai-

xa reprodução de graves em sistemassurround com um canal LFE dedicado

pode adicionar o sub KH 870 para es-tender a resposta para 18Hz.

Drivers otimizados por computador, aconstrução de modelos matemáticos de

dispersão Waveguide (MMD ™), con-troles acústicos para combinar os alto-

falantes para a sala de escuta, uma seçãode entrada altamente flexível e uma

vasta gama de acessórios de montagemfazem do KH 420 uma ferramenta de

monitoramento versátil para o áudioprofissional. O KH 420 foi concebido

para proporcionar a ótima dispersão, in-

NEUMANNNEUMANNLANÇA NOVOS MODELOS DE MONITOR

Com o KH 120D, o KH 310 D

e o KH 420,com móduloopcional de

DIM 1, aNeumann

agora oferecemonitores emtrês classes de

tamanhodistintos para

suportar fluxosde trabalhototalmente

digitais.

Neumann KH310A

43

dependentemente da orientação dogabinete. Isto é possível graças à seção

de guia de onda rotativo que contémos drivers tanto de alta frequência

quanto de médio porte.Um módulo de entrada digital opcio-

nal (DIM 1) está disponível para oKH 420, que fornece o monitor com

AES3 digital e entradas de S / P-DIF efunção de delay. Esse recurso, que está

disponível em ambas as entradas di-gitais e analógicas, pode ser utilizado

para sincronização de áudio e vídeo epara compensar a colocação das colu-

nas não equidistante. O tempo máxi-mo de delay é de 409,5 milissegundos,

com uma resolução mínima de 0,1milissegundo.

ADEUS LIMITAÇÃODE ESPAÇOO KH 420 fornece ainda uma imagem

precisa das nuances tonais da gravaçãooriginal, a fim de proporcionar uma

imagem estéreo perfeita, já que o equi-pamento empurra os limites do que é

possível em termos de linearidade, de-sempenho e tolerâncias de produção.

Uma das 3 vias mais compactas de mo-

nitores em sua classe, o KH 310 é a es-colha perfeita para situações onde o es-

paço é limitado. Além de entradas digi-tais adicionais, esta nova versão digital

vem com todas as características dedelay do módulo DIM 1 descrito acima.

PREÇO E DISPONIBILIDADEAmbos os monitores estarão disponí-veis a partir de outubro e o preço sugeri-

do pelo fabricante varia de • 3.837 para oKH 420 a • 2229 para o KH 310 D.

Neumann KH120

www.neumann-kh-line.com

Para saber online

Neumann KH420

REPO

RTAG

EM|

www

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magine poder assistir a uma bandaao vivo de frente para o gramado do

Estádio do Morumbi durante uma par-tida de futebol. Essa é uma das propos-tas do estúdio de gravação Audio Are-na, construído nas dependências doestádio paulistano. Além de funcionarcomo estúdio de gravação fora dos jo-gos, se transforma em camarote duran-te os jogos realizados por lá.A ideia surgiu de dois apaixonados pelamúsica que queriam ter um negócio queenvolvesse essa paixão. “A ideia do es-

I

[email protected]

Fotos: Divulgação

túdio profissional de gravação já era an-tiga, mas queríamos algum tipo de dife-rencial. Algo que realmente fizesse onosso estúdio único.Quando tivemos a ideia de montá-lodentro do Morumbi, percebemos aoportunidade e o potencial do negócio.Não estávamos mais falando de apenasuma paixão, agora eram duas: a músicae o futebol”, ressalta Daniel ChalfonO potencial a que se refere Daniel é ofato de o estúdio também ser um ca-marote para jogos e shows, e ainda um

O primeiroestúdio de

gravação dentrode um estádio. O

Audio Arena,construído dentro

do Estádio doMorumbi, reúne

duas paixõesbrasileiras:

música e futebol.

UM ESTÁDIOUM ESTÁDIO

45

espaço para eventos, algo inédito no mundo. “Fo-mos procurar a diretoria do SPFC e eles também seencantaram pela ideia. Assim nasceu o Audio Are-na”, comemora.Dentre os diversos destaques em termos de equipa-mentos, Chalfon chama a atenção para a SSL AWS948, a coleção de amplificadores de guitarra e bai-xo, que conta com Mesa Boogie Mark V, MarshallJVM 410, Fender Twin Reverb, Vox AC30 HW,Ampeg B15, entre outros, o s istema de mo -nitoração Genelec, o PA Bose, os outboards Neve,API, Distressors, Fatsos etc. “O Audio Arena temum arsenal de equipamentos que atende aos músi-

DENTRO DO ESTÚDIODENTRO DO ESTÚDIO

Mesa de som

REPO

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cos mais exigentes com a máximaqualidade e modernidade”, comemo-ra. “Procuramos fazer uma seleção dosmelhores equipamentos disponíveishoje no mercado internacional, paraatender às mais diferentes necessidades.Além de todos os equipamentos que osmúsicos terão à sua disposição, temoscerteza que a experiência de gravar com avisão de um estádio de futebol será únicae diferenciada”, complementa.

Equipamentos da técnica

Mesa de som

Equipamentos da técnica

O ambiente todofoi dividido emsala principal,

onde os músicostocam nas

gravações etambém onde

funciona o lounge/camarote nos

jogos; e a técnica,que fica suspensa

em um mezanino econta também com

um depósito paraos microfones e

equipamentosmais especiais.

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ACÚSTICAO projeto de tratamento acústico foi desenvolvidopelo “mestre” Carlos Duttweller, que aproveitou as ca-racterísticas próprias do local, como as diferenças dealtura da sala principal. “Dessa forma temos regiõescom maior pé direito e, portanto, com mais ambiência,em contrapartida a outras áreas com menos altura emais “isolantes”.

Além de uma sonoridade excelente, o ambiente ficou ex-tremamente bonito, confortável e agradável”, avalia. O ambiente todo foi dividido em sala principal, ondeos músicos tocam nas gravações e também onde funci-ona o lounge/camarote nos jogos; e a técnica, que ficasuspensa em um mezanino e conta também com umdepósito para os microfones e equipamentos mais es-peciais. Alem disso, o estúdio ainda possui um cama-rim para que os músicos fiquem à vontade e tenhamprivacidade durante os eventos uma cozinha industri-al para a preparação de tudo que é servido nos dias emque funciona o camarote, uma área externa com as ca-deiras para assistir aos jogos e shows e uma área separa-da de serviços.A inauguração, no dia 19 de julho, foi pelo camarotepara as pessoas começarem a conhecer o Audio Arena eentenderem a proposta e o projeto. “Queremos traba-lhar com um amplo número de gravações e tipos de cli-entes. Gravações profissionais dentro dos mais altospadrões de qualidade e também amadoras, com pacotesde horas que vão desde o necessário para a produção deum CD profissional, até gravações ao vivo realizadas emfinais de semana, onde o artista entra sábado no AudioArena e sai domingo com seu CD mixado e masteri-zado”, teoriza.

Lounge que se transforma em camarote nos dias de jogo

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dealizado por André Fachinetti, dire-tor da Fama Produções, o Planeta

Rock chegou para ficar. A terceira edi-ção do festival que abriga um concurso

[email protected]

Fotos: Ricardo Boni / Divulgação

de bandas e apresentação de artistas derenome do cenário do rock nacional feza cidade de São José do Rio Preto (SP)estremecer ao som estridente e distorci-

I

O ROCKO ROCKNÃO MORREU

Imaginar umfestival de rock em

terras em quepredomina o

gênero sertanejoparece sonho ou

miragem, aprincípio, mas a

terceira edição doPlaneta Rockmostrou que épossível, sim,

derrubarbarreiras.

Qualidade técnicatanto das bandas

concorrentesquanto da

produção foramum dos quesitos

que maisimpressionaram.

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do do bom e velho rock

and roll. Durante quatronoites, bandas inician-tes vindas de diversosestados do Brasil toca-ram no mesmo palco dosjá consagrados Detonau-tas, Raimundos, Ira! e Ul-traje a Rigor. E a festa aindateve uma pitada de solidari-edade: o ingresso era umquilo de alimento não pere-cível, doado ao Banco de Ali-mentos da cidade paulista.Segundo Fachinetti, o concur-so tem como objetivo dar oportu-nidade para novas bandas se apre-sentarem em uma estrutura de pal-co profissional, para um grandepúblico, além de incentivar e di-

vulgar todos os esti-los do rock. “Ter recebido inscri-ções de 13 estados brasileiros mos-tra que o nosso concurso está ga-nhando cada vez mais espaço, seconsolidando como um dos me-lhores do país”, comenta.

“O grande diferencial desse even-to é realmente as bandas do con-curso se apresentarem no mesmopalco, na mesma estrutura dos ar-tistas de renome”, avalia ViníciusRocha, diretor de produção doPlaneta Rock. Segundo ele, o fes-tival proporcionou mais experi-ência às bandas locais, principal-mente àquelas que já haviam par-ticipado das duas edições anterio-res. “Acredito que tivemos umaevolução local proporcionada pe-lo festival, porque a gente tem ou-tros festivais de rock, mas em for-matos menores, com outra logís-tica, então hoje eles já chegamcom os instrumentos prontos, afi-nados”, observa Vinícius.

A cidade tam-bém já vê o festival de ou-

tra forma. Um dos termômetros foia qualidade das bandas inscritas.“No começo tínhamos bandas degaragem, e agora já temos bandasque já têm um trabalho e têm o ob-jetivo de realmente competir noconcurso, colocar a sua música”.Vinícius se refere também às ban-

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das que vieram de fora, a maioria compropostas definidas, trabalho já grava-do, e alguns até com produtora.A banda Canto Cego, 1ª colocada nofestival - categoria composição - com amúsica autoral Nuvem Negra, é umexemplo. Com quatro anos de estrada, abanda formada por Roberta (vocal),Ruth Rosa (bateria), Magrão e RodrigoSolidade (guitarra), já havia participadode outros festivais e aberto show para osDetonautas, no Rio de Janeiro. “Paramim, é um sinal de que o rock está vol-tando em termo nacional e um eventode rock tem público e pode acontecerno Brasil”, afirma Roberta.Outras, além do prêmio nas mãos, já saí-ram com trabalho garantido. A GangBang, 1ª colocada na categoria interpre-tação, conquistou os jurados do festival etambém futuras apresentações no pub lo-cal Vila Dionísio. Interpretando a músicaStand Up and Shout, da banda fictícia SteelDragon, do filme Rock Star, os integrantesRafael (baixo), André (vocal), Claudio(bateria), Leandro e Gustavo (guitarras)apostaram no visual da década de 80 parasubir ao palco. “A gente se espelha noSteel Dragon e resgata o visual. Foi umaexperiência nova, porque a gente ga-nhou visibilidade”, afirmou Rafael.

De acordo com André Fachinetti, para a3ª edição houve mudanças como a cria-ção de duas categorias: interpretação ecomposição. “Acredito que temos mui-tos talentos escondidos, então a oportu-nidade é essa”, afirmou. Isso significaque a estrutura foi bem diferente em re-lação aos anos anteriores. “Eu prezo opúblico e o artista principal, mas a me-nina dos meus olhos são as bandas, en-tão o motivo de estar fazendo um festi-val na terra do sertanejo é acreditar pri-meiro na cultura. Eu faço cultura, minhaempresa é de cultura, e eu acredito emtodos os segmentos que têm cultura.Esse é um dos maiores motivos de o Pla-neta Rock ter nascido”, completa.

PARCERIASO Planeta Rock é realizado por meio doPrograma de Ação Cultural do Estadode São Paulo (PROAC). “Você apresen-ta o projeto, pois existe uma comissãoque faz essa análise e entende se o proje-to é bom ou não. E a comissão entendeuque o Planeta Rock era bom. Depois deaprovado, é a vez de passar a esses parcei-ros; fomos buscar parcerias para mostraro projeto. No primeiro teve uma certatimidez, mas no outro ano, pela qualida-de do projeto, das bandas concorrentes e

Bandas iniciantes se apresentaram em quatro dias de festival

Para mim, é umsinal de que o rock

está voltando emtermo nacional e

um evento de rocktem público e pode

acontecerno Brasil (Roberta,

vocalista daCanto Cego).

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bandas principais, teve um cresci-mento do projeto e mais visibilida-de. Estamos trazendo quatro showsde peso este ano, e o ingresso é umquilo de alimento”, analisa.Ainda segundo Fachinetti, a edi-ção de 2014 contou com novosparceiros e outra novidade: a ven-da de ingressos para os camarotes.“A minha grande preocupaçãocomo realizador do evento é fazerque essa ponte crie braços. Sabe-mos que precisamos ter artistaprincipal e que o público se inte-ressa, mas ter bandas de qualidadefaz com que o público se interessetambém e aqui não está sendo dife-rente. O público está chegando an-tes para ver as bandas do concurso.É sinal que o festival está ganhando

maiores proporções. Os própriosartistas principais estão dizendoisso”, complementa.Para Marquinho, guitarrista dosRaimundos, os festivais são umaótima vitrine, mas o cenário dorock nacional tem que ter mais di-versidade de bandas. E os festivaiscomo esse podem até ser a salvaçãodo cenário do rock e uma saída

para que as pessoas aceitem mais avariedade, em vez de ficar presas àsmodinhas. “As pessoas não gostamdo novo, só do velho”, lamentou.

STAGE MANAGERINGFazer com que bandas ainda ini-ciantes dividam a estrutura de pal-co com bandas de renome é um es-forço a mais na logística. “A gentetem que trabalhar com tudo separa-do. Mesas separadas, backline sepa-rado, para a gente poder usar o mes-mo set sem atrapalhar nem umacoisa nem outra”, explica Vinícius.As bandas que participam do con-curso, por exemplo, recebem umalista com o backline básico, maselas têm algumas opções de peçasque podem levar. “A gente faz umcheck de som para todas as bandas,deixa presetado, então as bandas nãopassam som antes, e é por isso queelas tocam a primeira música, que éde livre escolha, para ter a passagemde som, além de ser um aquecimen-to. Somando montagem, a primeiramúsica de passagem e a música va-lendo dá uma média de 20 minutoscada banda “, enumera o produtor.Outro cuidado é deixar todos osparticipantes a par do regulamen-to e da organização do evento. Noperíodo de seleção das bandas, porexemplo, a produção envia um co-municado destacando todos os cri-térios do regulamento, contato daprodução e elaboração do rider dasbandas. “Como é rock a gente tempoucas variações e acaba sendo umfacilitador. O que fazemos paraevitar complicação é não deixarmexer na posição do backline, naposição da bateria, se tem um casoextremo de um baterista canhoto,por exemplo, a gente se antecipa eavisa antes. Mas a gente tenta tra-balhar com uma troca bem rápidapor conta desse preset que já estápronto”, avalia Vinícius.Por mais que o nível do concursotenha crescido, não é fácil escapar

Estrutura do palco contou com extenso backline e cinco roadies em cima do palco

Área abrigou palco e camarotes Concurso contou com bandas covers

Mapa de luz desenhado para atender a todos

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do nervosismo de iniciantes. A maiorianunca havia tido a oportunidade de seapresentar em uma estrutura média depalco. Então, o que é simples, pode setornar complexo, como o simples esque-cimento de plugar o cabo na pedaleira.Para evitar isso, a produção já deixava 5roadies em cima do palco para auxiliá-los, dois na bateria, um em cada guitarra,e um fazendo baixo, ou vocal, ou teclado.

SOM E LUZDividir o palco em dois eventos distintos,digamos assim, foi bastante desafiador na

questão técnica. Para Rogério Dias More-no, coordenador técnico geral da DicksomEntretenimento, responsável pela sono-rização e iluminação do evento, emboranão tenha havido dificuldades em sono-rizar a área, que era extensa, a empresadisponibilizou quantidade suficiente decaixas, mais as torres de delays, somadas aoprojetos de vídeo com 2 telões em cadatorre. “Utilizamos o software de alinha-mento Mecanco, da própria Attack, paraacertarmos os ângulos do PA e o RTA doprocessador DBX para o alinhamento dosistema”, explica Rogério.

Equipe Dicksom no Planeta Rock 2014

Rogerio Moreno

Coordenador Geral

Alberto Moreno

Técnico de P.A. para os Shows

Sidney Giraldi

Técnico de P.A. para o Festival

Adriano Gomes

Técnico de monitor para os Shows

Denílson Souza

Técnico de monitor Festival

Jorge Manchini

Auxiliar de Palco

Carlos Fernando

Auxiliar de Palco

Paulo Cordeiro

Técnico de iluminação

O corpo de juradosficava a um metro

atrás e mais altona FOH. Tínhamos

a missão de levaruma mix padrão

para todas asbandas do festival,

sendo elasprofissionais ou

amadoras(Rogério, da

DicksomEntretenimentos)

Marco Aurélio

Auxiliar de iluminação

Wagner Muccillo

Operador de Iluminação Festival

André Pereira

Operador de Iluminação Platéia

Jonatan Lopes

Operador de Seguidor

Mateus Xavier

Operador de Seguidor

David Junior

Auxiliar de vídeo

Odenival Castro

Logistica e transporte

Carlos Benetti

Logistica e transporte

Sonorização ficou sob responsabilidade da Dicksom

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Na configuração do sistema foramusadas uma coluna por lado com12 caixas VRD 112A, Attack, esubs EAW modelo SB850, porlado. Já as duas torres de delay fo-ram configuradas com 4 caixasEAW KF650, cada torre. De acor-do com Rogério, era possível me-dir picos de até 130dB na curva Cna house mix. Outra característi-ca foi a diferença de volume entreos shows de encerramento e asapresentações das bandas concor-rentes, que ficou na ordem de 3 dBa menos. “O corpo de jurados fica-va a um metro atrás e mais alto naFOH. Tínhamos a missão de le-var uma mix padrão para todas asbandas do festival, sendo elasprofissionais ou amadoras. Haviaapenas uma música de passagemde som e a outra valendo. Algu-mas das bandas, seria a primeiravez que se apresentavam para ta-manho público. Sendo assim, comum “safety mode” de alguns de-cibéis à menos, conseguimos umexcelente resultado de homo-geneidade entre as bandas do fes-tival”, ponderou Rogério.Em um festival deste porte, obriga-toriamente é necessário usar back-line, patch e captação completa-mente distintas para os shows em

relação ao festival e tudo compraticáveis com rodízio, de modoque ao final da passagem de somdas atrações principais, nada fossemudado até o início do show.“Montávamos então um novopalco para o início do festival comequipamentos de mesma qualida-de”, afirmou Rogério.Atender a 4 shows distintos e 30concorrentes em um festival, éum trabalho relativamente com-

plexo, pois, sim, existe limite finan-ceiro. Então a solução foi montarum rider único para poder atenderde forma adequada à todos. Algu-mas particularidades, claro, surgi-ram como o amplificador de guitar-ra do Scandurra (Ira!), que tinhaque ser um Fender Hot Rod DeVillee o amplificador do Mingau (Ul-

traje) que não poderia ser um Am-peg SVT-3 PRO (foi providencia-do um Hartke System 5000). Para comandar, Rogério conta queforam disponibilizadas 01 AVIDSC28 no PA, que ficou como mas-ter, além de 01 Yamaha PM5D e 02Yamaha LS9. “A SC48 e a PM5D,foram usadas como consoles princi-pais (P.A. e monitor respectiva-mente) para as atrações de cadanoite, exceto no show do Ira!, que

adicionamos uma PM5D no PA, eno show do Ultraje, que utilizouuma Digico SD11 para o monitor.Para o festival (concurso de ban-das), utilizamos 02 LS9”, enumera.Atender bandas iniciantes e as jáconsagradas num mesmo palco foium dos desafios por se tratar de si-tuações completamente distintas.

Em um festival deste porte,

obrigatoriamente é necessário usar

backline, patch e captação completamente

distintas para os shows

Iluminação cuidadosa similar aquelas encontradas em shows de rock de bandas consagradas

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As bandas já consagradas, apesar de te-rem em seus riders exigências de equi-pamentos de altíssima qualidade e pou-ca flexibilidade de equivalência, sem-pre vêm acompanhadas de grandesprofissionais gabaritados, o que facilitao check sound e, consequentemente, oandamento do show. Em contrapartida,as bandas iniciantes, apesar de não se-rem tão exigentes tecnicamente, ne-cessitam e muito do empenho profis-sional da equipe técnica, desde a re-gulagem de um amplificador de gui-tarra à mix de monitor e PA. A iluminação foi outro show à parte.Pouquíssimos festivais de bandas ini-ciantes podem se dar ao luxo de contarcom uma iluminação cuidadosa, comose viu no Planeta Rock. “Apesar do somser imprescindível em um show, as lem-branças que ficam, são iluminadas e emcores. Além de ser uma exigência daFAMA Pro, sempre tivemos um cuida-do especial desde o Planeta Rock de2013, no som e na luz do festival, paraque as bandas tivessem a sensação deum show mesmo”, afirma Rogério.O desafio era parecido com o do som.Fazer a iluminação tanto para as ban-das de encerramento, que trouxeramseus técnicos de iluminação e mapasde iluminação, quanto para as bandasiniciantes, cujo mapa de luz foi proje-tado pelos técnicos da Dicksom. De

acordo com Rogério, o objetivo eraseguir o mais fielmente possível omapa de luz de cada show, acrescen-tando alguns movings ou algumasPAR LED para complemento da luzdo festival. “Após a programação daluz feita pelo iluminador de cadashow, fazíamos uma programação in-dependente para o festival. Nossomaior colaborador nesta parte foi oWagninho (Wagner Muccillo) queem algumas noites, com apenas al-guns minutos que lhe restou de tem-po para programar algumas chases, fezrealmente um trabalho excepcio-nal”, elogia.Foram usados Beam 300, Beam 230e Spot 575 para contra-luz; StrobosAtomic 3000 para efeitos; Wash108 LED e ParLED3WRGB paraWash de palco; PAR64 foco 5 paraluz de frente; Elipsoidal para fo-cos e Brute para luz de plateia. Ain-da na plateia, foram posicionadosalguns Mac250 da Martin e refleto-res RGB de LED. Para comandar,uma Régia 2010 para luz principal euma Régia Tiger para luz de plateia.“O tempo foi o total desafiador, finali-závamos um show às 4 horas da manhãe às 10 horas voltávamos para trocartodo o mapa de luz e assim ficar prontoàs 13 horas para receber a atração dodia”, completa.

No palco, foram usadas duas consoles LS9

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Grupo Renaer - formado pelas em-presas Staner, Sonotec, Musimax e

Eros - realizou no último mês de agostoo Áudio & Música Brasil, o primeiroencontro de business partner do seg-mento no país.O evento aconteceu na cidade de Ca-nela, no Rio Grande do Sul, e reuniumais de 700 convidados entre lojistas,representantes, técnicos e executivosinternacionais e também do mercadobrasileiro de áudio, instrumentos musi-cais e acessórios. No encontro, as em-presas parceiras tiveram como objetivoproporcionar uma nova experiência euma forma bem particular de apresen-tar as novidades dos seus catálogos aosparceiros. A ideia foi revestida de suces-so porque criou a oportunidade para oslojistas de conhecerem as novas tecno-logias e os principais lançamentos douniverso de instrumentos musicais,áudio e sistemas de som para todos os

O

Gustavo Victorino

[email protected]

Fotos: Divulgação

fins. Durante 5 dias, as rodadas de nego-ciações mostraram desde logo que o en-contro mudaria o perfil do mercado etraria um novo horizonte para o comér-cio atacadista brasileiro.Mesmo com números entusiasmantesque chamaram a atenção do mercado, ofator apontado por todos como decisi-vo para o sucesso foi a interação entreos anseios dos compradores e a condi-ção especial de venda adequada ao per-fil de cada cliente.Com vastos catálogos, atendimentopersonalizado e disponibilidade mate-rial e logística, as empresas do GrupoRenaer criaram um ambiente de refle-xão na projeção de bons negócios paratodas as partes envolvidas.Num clima de absoluta informali-dade, o Áudio & Música Brasil entre-gou ainda vários prêmios em sorteiosrealizados com a presença de cente-nas de participantes.

O FUTUROO FUTURODO BUSINESS

Um novotempo chegaao comércio

de áudio einstrumentosmusicais no

Brasil.

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Lojistas dos estados do Ceará e de Roraima foram osagraciados pela sorte. De quebra, os representantes re-gionais nesses estados ganharam também uma viagempara duas pessoas a Buenos Aires com todas as despe-sas pagas.Com um intervalo de 48 horas, a atração foi o ator Os-car Filho, do CQC, que apresentou o seu show Putss

Grill, levando bom humor e diversão ao encontro.Os vinhos gaúchos e a boa culinária dos pampas com-pletaram o evento que contabilizou números surpre-endentes até para os mais otimistas.

Ao microfone, o Presidente e Fundador do Grupo Re-naer, Renato Silva, agradeceu a presença de todos e bre-vemente resumiu a história do conglomerado quenasceu há mais de quatro décadas com a marcaStaner e se transformou no gigante que é hoje. Ale-xandre Seabra, diretor do Grupo Renaer e criadordo encontro, também comemorou o sucesso lem-brando a dedicação das equipes internas de trabalhopara que tudo funcionasse perfeitamente em face dacomplexidade logística e grandiosidade do evento.O Áudio & Música Brasil teve o suporte da VF Pro-moções, liderada por Fernando Vieira, criador e di-retor da Festa Nacional da Música e que aconteceem outubro no mesmo local. E também tem a parce-ria da Sonotec.

Ao final do evento, os números finais indicaram osucesso do encontro. Mesmo sem totalização finan-ceira ainda apurada, o Grupo Renaer confirmou maisde 30.000 instrumentos vendidos.No segmento de eletrônicos e sonorização foram maisde 25.000 unidades.Já a Eros comemorou aproximadamente 100.000 alto-falantes faturados.Definitivamente, o divisor de águas foi criado e o co-mércio de segmento ganhou novos parâmetros.E o Grupo Renaer tem papel decisivo nisso...

O gerente comercial da Sonotec, Nenrod Adiel recebendo lojistas

Business Hall

Os diretores da Takamine, Daesuke Uegaki e Makoto, entre AlexandreSeabra e Renato Silva

Técnicos mostram a extensa linha de produtos do Grupo Renaer

Luiz Roberto Fernandes, Alexandre Seabra, Oscar Filho, RenatoSilva, Renata e Raul Deltrejo

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sucesso foi imediato e levou a em-presa a lançar já em 2003 sua pri-

meira grande atualização do programa, oSampleTank 2. Com um novo algoritmode manipulação do tempo das amostrasde áudio (samplers) capaz de preservar aformante dos sons (batizado de Sample-

Tank Time REsynthesis TeCHnology, ou

O

DE POSSIBILIDADES SONORAS

UM NOVO MUNDO

SAMPLE TANK

Luciano Freitas é técnico

de áudio da Pro Studio

americana com forma-

ção em ‘full mastering’

33

No início de 2001, a IK Multimedia apresentavaao mercado o SampleTank, um novo conceito de

workstation de sons em formato de software que trazia,além de uma ótima coleção de timbres nativos, um

programa utilitário, o ST Converter. Esse permitia aomúsico carregar nele, após convertidas para a extensãoproprietária, bibliotecas de timbres nos formatos AKAI

S1000/S3000, ampliando consideravelmente suaspossibilidades de expansão.

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simplesmente STRETCH) , o progra-ma conquistou seu espaço entre osmúsicos mais exigentes e se manteveentre os melhores da categoria pormais de uma década seguida (algopouco comum, dado o constante lan-çamento de novos produtos).Resultado de pouco mais de dez anosde muitas pesquisas, a IK Multimediareescreve novamente a história com oSampleTank 3, abrindo um novo mun-do de possibilidades sonoras aliadas àsimplificação dos processos opera-cionais, de modo a possibilitar a qual-quer mortal obter resultados profissio-nais de maneira rápida e objetiva.

SAMPLE TANK 3

Com um ambiente operacional to-talmente redesenhado, baseado emtrês páginas principais (Play, Mix eEdit), o SampleTank 3 chega ao mer-cado oferecendo qualidade e diversi-dade sonora aliadas à facilidade deuso, o que permite ao músico atingirrapidamente resultados profissionaisnas suas produções.Sua biblioteca de timbres conta commais de 4 mil novos sons alocados em33 gigabytes de amostras, tudo organi-

zado em 21 categorias que con-templam toda a diversidade deinstrumentos musicais acústicos,elétricos e eletrônicos conhecidosatualmente. Além dessa vasta co-leção de timbres, o usuário contatambém com 2.500 grooves de ba-teria e percussão executados porrenomados músicos, arquivos quepodem ter seu andamento facil-mente ajustados às necessidadesda composição graças ao poderosoalgoritmo de “áudio elástico” dis-ponível no produto (algoritmoPitch Shift/Time Stretch).Na primeira página do programa(Play), além de conseguir carregartimbres e grooves em cada uma dassuas 16 partes multitimbrais, ten-do acesso visual a uma estruturade sons hierarquicamente organi-zada, o usuário conseguirá ajustarseus parâmetros primários como ovolume, a posição do panorâmico,selecionar o canal MIDI endereça-do a cada uma das partes entre ou-tros componentes básicos da mi-xagem. Nesta página, o músicotambém terá acesso a duas novida-des trazidas por esta versão do

ST3 - Página Play

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programa: a função Live, que permitecriar grupos de timbres (objetos chama-dos de Songs) que ficam pré-carregadosna memória RAM do computador e por

isso possibilitam o acesso praticamenteinstantâneo (função indispensável nasapresentações “ao vivo”), e a funçãoPattern, que permite carregar em cada

ST3 - Home Recording Kit

ST3 - Página Mix

Já na páginaMix, o usuárioencontrará um

ambiente similarao encontrado

nas telas demixagem das

principaisDAW’s

disponíveis nomercado.

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uma das suas partes multitimbraisaté 128 padrões rítmicos diferentes(arquivos MIDI) dentre os mais de 2mil disponíveis (arquivos que tam-bém podem ser importados direta-mente no software sequenciadorpreferido pelo usuário, a fim de rea-lizar edições mais aprofundadasneste conteúdo).Já na página Mix, o usuário encon-trará um ambiente similar ao en-contrado nas telas de mixagem dasprincipais DAW’s disponíveis nomercado. Em cada um dos seus 16

canais de instrumentos estão dis-poníveis controladores de volu-me, posição de panorâmico, 5 slots

para a inserção de processadoresde efeitos virtuais (roteados emsérie) e 4 mandadas para canaisauxiliares que podem comparti-lhar efeitos globais (como reverb edelays), ou servirem de contro-lador de um determinado grupode instrumentos. Somam-se a es-tes canais de instrumentos os 4canais auxiliares estéreo e um ca-nal Master (também aceitam a in-serção de 5 processadores de efei-tos simultâneos).

Completando o ambiente opera-cional temos a página Edit, a qualnos traz todos os parâmetros demodelagem sonora comumenteencontrados em um bom sinteti-zador. Organizada em uma estrutu-ra de blocos (Part, Sample, Filter,Velocity, LFO e Key), o usuárioconseguirá nesta tela ajustar, paracada timbre carregado, sua região(zona) e sua sensibilidade de dispa-ro, a alocação da sua polifonia má-xima, escolher um entre os dez di-ferentes tipos de filtros disponí-

veis (1 a 4 polos), ajustar os parâ-metros do Oscilador de BaixasFrequências – LFO e dos dois con-troladores de Envelopes (um parao volume e o outro para o filtro e aafinação), além de promover vári-os outros ajustes que lhe permitemlapidar os sons conforme o gostopessoal. Um importante recursoencontrado nesta página é o Round

Robin, o qual intercala o disparo dediferentes amostras capturadas deum instrumento cada vez que umamesma tecla é repetida na mesmaregião de sensibilidade, proporcio-nando o máximo de realismo nos

instrumentos altamente expressi-vos como guitarras, cordas, percus-são, metais entre outros.Nestas três páginas principais, ousuário terá acesso direto às fun-ções FX e “Macro”. Acessando afunção “FX” encontrará os parâ-metros de edição de cada um dosprocessadores de efeitos ativos,com um ambiente visual que re-mete aos equipamentos originaisque o programa se propõe a recriarvirtualmente, além de contro-ladores que permitem habilitar edesabilitar (switch) esses efeitos.Nesta seção, vale também ressaltarque os 55 algoritmos de efeitos tra-zidos pelo programa possuem amesma tecnologia de simulaçãoencontrada em outros produtos desucesso do fabricante, entre eles oT-RackS (equalizadores, compres-sores e limiters), o Amplitube(efeitos clássicos e amplificadoresde guitarra e contrabaixo) e oClassik Studio Reverb – CSR (re-

verbs digitais e por convolução).Já a função Macro permite ao usu-ário ajustar complexos encadea-mentos dos mais relevantes pa-râmetros de edição dos sons pormeio de oito controladores, per-mitindo até mesmo aos iniciantesna arte da programação atingiremresultados profissionais de modosimples e prático.O SampleTank 3 funciona comosoftware autônomo e como plug-in

nos formatos AAX, VST e AU.Compatível com sistemas ope-racionais que operam em 64 bits(plataforma Mac e Windows), oproduto oferece total compatibili-dade com os arquivos criados nassuas versões anteriores, bem comocom as bibliotecas de expansão detimbres (Xpansion Tank) desen-volvidas em parceria com a empre-sa Sonic Reality.

Para saber online

[email protected]

ST3 - Página Edit

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Para quem quer utilizar os plug-insem 32 bits no Logic Pro X, há várias op-ções de programas que possibilitam estaconversão, mas o que melhor funcionouno meu caso foi o 32 lives da SoundRadix (www.soundradix.com). Vocêpode baixar uma versão demo e testarcom seus plug-ins preferidos. Se tudoder certo, aí é só comprar uma licença.No meu caso, consegui acessar os plug-ins e instrumentos virtuais que aindanão têm ou não vão ter versão 64 bits.

DICA 2

Nas versões anteriores do Logic era pos-sível utilizar um set GM (General MIDI)diretamente do Environment do Logic.Vamos ver como podemos ainda ter aces-so a um set de instrumentos MIDI, utili-zando o Apple Quicktime Synth.1) Inicie um projeto novo consideran-do apenas uma track de Software Ins-trument. (Figura 1);

D 2) Escolha o instrumento virtual AU

Instruments>Apple>DLSMusic-

Device>Stereo Output;

3) Você terá acesso ao Quick TimeMusic Synthesizer (Figura 2);

4) Abra o Environment MIDI atravésdo menu Window. Escolha Open MIDIEnvironment, ou utilize o atalho Com-mand+8. (Figura 3);5) Escolha em Layer a opção Mixer (Fig. 4);6) No menu New do Environment, esco-lha a opção Multi-instrument (Figura 5);7) No campo onde está escrito (Multi-Instrument) você pode inserir algumtipo de identificador que serão sons GM.No caso coloquei GM Device (Figura 6);8) A seguir, selecione os 16 canais MIDIcomo ativos, ou seja, basta clicar sobre onúmero do canal que se abre uma listade opções. (Figura 7);

UTILIZANDO TODO O POTENCIAL DOUTILIZANDO TODO O POTENCIAL DO

XLOGIC PROVera Medina é produtora, cantora,

compositora e professora de canto e

produção de áudio

Este mês a ideia éapresentar algumas

dicas que podemdeixar o seu

trabalho mais fácile também trazer

todo o potencial doLogic Pro X para

um uso efetivo nassuas produções.Você está tendodificuldade em

trabalhar com oLogic Pro X, pois

tem algum plug-inou sintetizador

virtual que sótrabalha em 32

bits? Não encontrauma forma parafazer uso de um

synth GM no LogicPro X? Apesar de

utilizar os plug-insnativos, gostaria de

adicionar algumtoque criativo nas

suas produções? Aíestão as respostasque você procura.

Figura 1

Figura 2

65

9) Clique sob a seta do GM Devicee a arraste até o mixer onde se loca-liza o canal DLSMusicDevice. Apa-recerá uma mensagem “Cable &Port are setting. Do you want to re-move the channel port setting?”.Clique em Remove. (Figura 8);

10) Volte ao Environment e cliquesobre o GM Device para marcá-lo.Vá até o menu do Environment eescolha Edit>Copy. (Figura 9);

Figura 3

Figura 4

Figura 5

11) Adicione ao projeto uma novatrilha como “External MIDI Ins-trument” (Figura 10);12) Clique sobre a trilha existenteanteriormente. (Figura 11);

13) Vá ao menu Edit > Paste (Fig. 12);

14) Em seguida aparecerá a men-sagem “Create new tracks for en-vironment objects?”, clique emCreate. (Figura 13);

15) Pronto, você agora tem 16 ca-nais MIDI configurados no LogicPro X. (Figura 14).

Figura 6

Figura 7

Figura 8

Figura 9

Figura 10

Figura 11

Figura 12

Figura 13

Figura 14

TECN

OLOG

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LOG

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Para saber online

[email protected]

www.veramedina.com.br

DICA 3

Abaixo alguns plug-insgratuitos que funcionamcom o Logic Pro X e po-dem adicionar muita cria-

tividade no modo como você produz.Hysteresis da Glitch Machines (Fig.15)(http://www.glitchmachines.com/down-loads/hysteresis/) é um plug-in de delayde falhas voltado para a criação de artefa-

tos robóticos e texturasmusicais abstratas. Apre-senta efeito stutter, filtropassa-baixa e efeitos demodulação aplicados nocaminho do sinal de feed-back. Além de ser capaz decriar mutações de sinal ex-

tremamente diferentes do normal, tam-bém pode ser utilizado para gerar efeitosde delay clássico.MSEd da Voxengo (Figura 16)(http://www.voxengo.com/product/msed/)é um plugin AU e VST codificador-deco-dificador de áudio profissional para pro-cessamento mid-side que é capaz de codifi-car (split) o sinal estéreo de entrada emdois componentes: par mid-side, e vice-versa: decodificar par de sinal mid-sideem sinal estéreo. O MSEd também é capazde trabalhar no modo “in line” com a capa-cidade de ajustar ganho dos canais mid eside e fazer pan, sem a necessidade de usardois plug-ins em sequência. Também podeser usado para inverter a fase dos canaismid e side em 180 graus, trocar os canaisestéreo e para extrair os canais mid ou side.Stereo Touch da Voxengo (Figura 17)(http://www.voxengo.com/product/stereotouch) Este plugin AU e VSTprofissional implementa uma técnicaclássica de transformar uma faixa mo-nofônica em pista estereofônica espaci-al por meio de técnica de codificaçãomid/side. Ele é mais eficaz em sonsmonofônicos sem transientes excessi-vamente fortes: funciona muito bemtanto para guitarras acústica/elétrica,pads e até mesmo vocais. Por meio desteplug-in, você pode facilmente obter pis-tas com espacialidade e até mesmo “sur-round”. Basicamente, o plug-in trata um

sinal de entrada mono e gera um sinal desaída estéreo. Ele também pode trabalharcom sinal de entrada multi-canal, mas,neste caso, todos os canais são processa-dos independentemente uns dos outroscomo se fossem sinais de entrada monoseparados, e, em seguida, todos os arqui-vos estéreo resultantes são mixados emconjunto para produzir um sinal de saídaestéreo único.

TAL - NoiseMaker (NOIzE M4K3R) daTogu Audio Line (Figura 18) (http://kunz.corrupt.ch/products/tal-noise-maker). É uma versão aprimorada dosintetizador virtual TAL-Elek7r. Destaforma é um instrumento versátil dentrode um contexto de sintetizadores de mo-delagem análoga tradicional. Possui óti-mos presets, sendo que 80 deles foram ela-borados por Frank “Xenox” Neumann /Particular - Sound. Espero que estas dicassejam úteis para turbinar sua produção.Até a próxima edição!

Figura 15

Figura 16

Figura 17

Figura 18

O MSEd tambémé capaz de

trabalhar nomodo “in line”

com a capacidadede ajustar ganhodos canais mid eside e fazer pan,

sem a necessidadede usar doisplug-ins em

sequência

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REPARANDO AUTOMAÇÃODE PLUG-INS

Um caso bem comum ao tentar habili-

tar um parâmetro para automação é en-contrarmos uma lista enorme deles

pela janela “auto” (fig. 1). Muitas vezesisso dificulta a associação e atrasa nos-

P sos trabalhos. Então é muito bem-vindo

aprender um atalho para armar um parâ-metro para automação diretamente. Para

isso, basta pressionar as teclas Con-trol+Option+Command (Mac) e clicar

no parâmetro desejado. No Windows, asteclas são CRTL+Start+Alt.

NO PRO TOOLSAUTOMAÇÃO

NO PRO TOOLSQUEM NUNCA FICOU “BRIGANDO” COM UMA?

PARTE 2

Cristiano Moura é produtor, en-

genheiro de som e ministra cur-

sos na ProClass-RJ

No mês passado,falamos sobre os

aspectos básicos dosistema de

automação do ProTools. Nesta

segunda parte,vamos ver algunscasos recorrentes,

quando aautomação começaa atrapalhar nossotrabalho e quais assoluções possíveis.

Figura 01 - diversos parâmetros para habilitar

69

Os mesmos comandos podem serusados para desabilitar. Basta cli-

car com as mesmas teclas modi-ficadoras pressionadas. Vale ressal-

tar, esta dica também serve paraautomatizar o botão Bypass, que

fica na barra superior, acima dainterface do plug-in.

Para deixar a dica completa, sai-

bam que também é possível habili-tar todos os parâmetros de uma só

vez. Para isso, use novamente asmesmas teclas modificadoras e

clique no botão “auto” (fig. 2).

DESATIVANDOA AUTOMAÇÃOTEMPORARIAMENTEO modo de automação mais subva-

lorizado é logicamente o modo“off”, mas pode ser de grande utili-

dade em muitos momentos. Elepermite que a automação de certo

canal seja desligada temporaria-mente, liberando o usuário a expe-

rimentar outras possibilidades an-

tes de gravar de fato. Para estendereste comando, entra em ação a ja-

nela Automation Window, encon-trada no menu Window.

Repare que a primeira opção cha-ma-se “suspend”, e de fato, sus-

pende todas as automações de umasó vez. Outra maneira de atingir o

mesmo resultado é escolhendo omodo “off” num canal com o Alt/

option pressionado.O problema começa a ficar mais

sério a partir do momento em queo usuário quer ter a liberdade de

desligar apenas um parâmetro daautomação de um canal. Por exem-

plo, você pode querer manter asautomações de pan e send de efei-

tos, mas desativar temporaria-mente a automação de volume

para testar o encaixe de um instru-

mento na mix de outras formas.Para este caso, também há solução.

Pela Edit Window, basta primeiro ha-bilitar a visualização da automação

que se quer desativar e no Track ViewSelector, clicar com o Command/

CTRL pressionado (fig.3).

DESARMANDO O MODOLATCH DURANTE OPLAYBACKVimos também no artigo do mês pas-

sado que a diferença entre o modoLatch e o modo Touch é que o Latch

continua gravando automação mes-mo que o usuário tire a mão da mesa

de som ou do botão do mouse.Mas conforme a prática da escrita

da automação durante o playbackvai se tornando mais natural, fa-

talmente o usuário vai ficar mais àvontade em escrever automação

em várias pistas ao mesmo tempo.Isso ainda é mais latente se estiver

numa superfície de controle.Nestes casos, escrever em Latch

começa a ser mais adequado do que

em Touch, senão vão faltar dedospara manter as automações gra-

vando. E também não nos interes-sa ter que ficar apertando o Stop.

Pelo contrário, a ideia é deixar amúsica fluindo o maior tempo pos-

sível e manter a concentração.Neste caso, vamos aprender a de-

sarmar quando gravando no modoLatch. Basta clicar no Automation

Mode Selector com o Command/CTRL selecionado (fig. 4).

EDITANDO PARA OSOUVIDOS E NÃO PARAOS OLHOSA tentação por escrever curvas deautomação com o lápis é grande. E

Figura 02 - atalho para habilitar automação

Figura 03 - automação de volume desativado

O problema começa a ficar mais sério a

partir do momento em que o usuário quer ter a

liberdade de desligar apenas um parâmetro da

automação de um canal.

Fig. 04 - desarmando o latch durante o playback

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com isso temos um problema. Acabamos

por ficar mais preocupados com a “bele-za” e simetria da curva do que com o som

de fato. O feedback visual que temos nasferramentas de áudio é, ao mesmo tem-

po, um grande aliado e um inimigo.São incontáveis as vezes que vivi sessões

dispersando completamente por causade um cliente que cismou que uma linha

não estava tão reta quanto a outra.Se você escolheu trabalhar com som, já

sabe bem que ataque, intenção, timbre,mascaramento, cancelamento e outros di-

versos fatores contribuem para a percepçãoda intensidade sonora. Então, cuidado com

o lápis, para este não levá-lo a um buraconegro onde apenas arquitetos sobrevivem.

Outro problema com o lápis é que ele fazdiversos pontos de automação, que podem

afetar o processamento do seu sistema.Ao invés do lápis, recomendo a utiliza-

ção do Grabber. Com ele, você pode cri-ar apenas os pontos necessários e deixar

a curva logarítmica do nosso ouvido fa-zer o resto do trabalho. Ele é um “tudo

em um”, permitindo que pontos deautomação sejam criados, movidos ou

deletados (com o Alt/Option) (fig. 5).

MOVENDO CURVASDE AUTOMAÇÃOUm recurso muito eficiente do Pro Toolsé o Nudge, que permite mover clips por

incrementos pré-determinados.

Saiba que a função também funcionacom pontos de automação. Basta seleci-

onar e pressionar o (+) ou (-) no tecla-do numérico.

Um exemplo muito comum é auto-matizar o Send de um Reverb ou Delay

no final de uma frase, seja um solo, umavoz, ou qualquer outra melodia. Se você

tentou fazer durante o playback ou commouse usando o Grabber, mas reparou

que a automação começou cedo ou tardedemais, o Nudge é o recurso ideal para

correções sem dor de cabeça.No próximo mês, vamos para a terceira

parte deste assunto e abordar, além de al-guns recursos do ProTools convencional,

outros vistos apenas no ProTools HD.Abraços e até a próxima!

Para saber online

[email protected]

http://cristianomoura.com

Figura 05 - resultados sonoros semelhantes apesar do visual

Se você escolheutrabalhar com som,

já sabe bem queataque, intenção,

timbre,mascaramento,cancelamento eoutros diversos

fatores contribuempara a percepção daintensidade sonora.

Então, cuidado como lápis, para este não

levá-lo a um buraconegro onde apenas

arquitetossobrevivem.

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m Performance Improvisation, um ar-tista tem que ter planejamento e o

termo “Improvisation” aqui se refere àflexibilização organizada, e melhor ain-da, se você puder ter tudo isso em umaplataforma só, integrando inspiração etrabalho, sobra mais tempo para o pro-

E cesso criativo. Manipular vídeos é umahabilidade importante na plataforma doAbleton Live. Muitos programas jáabrem vídeo e têm uma janela dedicadahá algum tempo, o que para nós produto-res de música para cinema e afins foi mui-to conveniente, pois pudemos compor

ABLETON LIVEABLETON LIVEVIDEO TOOLS PARA

VDJs, DJs e VDs

Lika Meinberg é produtor, orquestrador, arranjador, compositor,

sound designer, pianista/tecladista. Estudou direção de

Orquestra, música para cinema e sound design na Berklee

College of Music em Boston.

Ableton Live é umaferramenta de

produçãofascinante, e uma

de suas facetas quemais me seduziram

foi a suahabilidade de

importar emanipular uma

grande variedadede “mídias”. E é

claro que nessemomento me refiro

a videoclipes eimagens!

Figura 01 - Importando vídeo

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nossas trilhas musicais diretamente sincronizadas como filme, sem a utilização dos antigos aparatos de sincro-nização, como VCRs, SMPTE, MTC etc. etc.Mas o que o Ableton Live faz é diferente! Você podeabrir um vídeo, fazer loop, editar, copiar, ordenarvárias pistas de vídeo com imagens e pasmem, apli-car *“WARP”!!, que permite sincronizar um vídeocom as nuances rítmicas de uma trilha (e não só ocaminho inverso: sincronizar a música ao vídeo).Claro, existem limitações se compararmos comprogramas dedicados de edição de video linear, po-rém mais e mais plug-ins vêm aparecendo para com-pletar os recursos até então possíveis. (* tutorial de

matéria anterior).

Vamos começar com soluções simples. Lembre-se:vídeo demanda muita memória Ram!Abra o Ableton Live como de costume.

Abra o browser no canto superior esquerdo (ícone-tri-ângulo cinza, caso não esteja aberto) e encontre suasimagens e vídeos (.mov, .Avi, .Mpej, Jpeg, Gif etc.). Ar-raste com o mouse um arquivo de video para um “Track”(áudio ou MIDI) e ... Uppss!! “Vídeo somente pode serinterpretado como vídeoclipes na outra janela do pro-grama, ‘Arrangement View’. Em ‘Session View’ o pro-grama interpretará como audio file”!(?) Pois é, faláva-mos de algumas limitações, e essa é uma delas!

NO PROBLEM!

Clique na tecla “TAB” para alternar para o “Arran-

gement View”!

Ok. Agora importe algum material de vídeo e repareque imediatamente uma janela com o vídeo aparece eo arquivo estará aberto em um “Audio Track” exata-mente do mesmo modo como fazemos com áudio.Bem simples!Também à esquerda (embaixo), o Clip View mostra aspropriedades do clip. Você pode usar Warp, criar Loope modificar comprimento, alterar BPM e outras pro-priedades. Explore!Para dar sentido ao nosso projeto, vamos importar umáudio e faremos uma pequena sincronização também(James Brown – I Got you (I feel good)). Vamos usar algu-mas imagens onomatopeicas que achei na net. UnsEaahs, Pows, Sbrawns, aquelas coisas do Batman original.

Aqui já dá para entender visualmente como eu alinheios tracks de vídeo e imagens, logo abaixo do áudio doJames Brown. Procurei usar um vídeo como file master

(esse em verde) e imagens (stills) pontuando os even-tos marcantes da música. Bem previsível, só para se-guirem o processo, afinal não temos o feedback dovídeo, né?Outro cuidado a ser tomado, devido à limitação nomomento, é que o Ableton Live opera com um só“canal” de vídeo. Portanto, não é possível fazerOvelappings ou Alpha Channel. Significa que imagense vídeos se comportam de maneira hierárquica, comonos velhos tempos de discrete tracks dos primeiros pro-gramas com áudio digital (Digital Performer).Ou seja, você pode executar muitos arquivos ao mesmotempo, mas a imagem que vem por último, na frente dasoutras é que aparece (a hierarquia aqui funciona de bai-xo para cima, como indicado pela seta azul). Nesse caso,eu evitei sobrepor imagens e coloquei sempre em espa-ços abertos como mostram as setas em verde (preser-vando memória Ram e processamento da CPU!!).Observe que o vídeo em verde (Dance Clip Track - cor vi-nho) não tem nenhum file arquivo tocando ao mesmotempo que ele, como mostra a seta e a grade em amarelo.Dando um zoom no projeto, veja que os transientes deáudio (os picos) estão alinhados com as imagens (emverde) e o vídeo linear (em lilás) ocupa uma área cen-tral sem interposição. Isso significa que o vídeo é toca-do sem interrupções. Do lado esquerdo (em amarelo)dá para entender bem como imagens e vídeos devemser organizados para não sofrerem interferência unsdos outros devido à limitação de “um só canal devídeo para operar”. É lógico que essa limitação serácorrigida em breve. Já sugerimos isso à Ableton!Para terem uma ideia aproximada (sem o vídeo, cla-ro!), vejam o storyboard do projeto.Tentem criar algo aproximado para ver como o progra-ma se comporta. Esses números do lado de cada Take sereferem ao Display Position do Ableton Live. O Live

Figura 02 - Upps!!

Figura 03 - Importe em Arrangement View

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não mostra SMPTE, mas existem algunsplug-ins que fazem isso! Do lado direitoembaixo, A,B,C... são os Cues com a letrada música, muito usado como referênciatambém. Claro, isso é só um tutorial para es-timular vocês no processo criativo e nos fun-damentos do Live. Cositas muito mais com-plexas e belas podem ser conquistadas aqui.Bom gosto à parte, “o céu é o limite”.

Eu recomendo, principalmente aos en-volvido com Performance, a darem ummergulho profundo nas possibilidadesdesse recurso do Ableton Live.Boa sorte a todos e espero que tenha fi-cado claro o bastante essa missão “qua-se impossível”!

Figura 04 - Importando áudio

Figura 05 - Coisa feita

Figura 06 - Hierarquia das imagens

Figura 07 - Alinhamento

Figura 08 - Storyboard

Outro cuidado aser tomado,

devido à limitaçãono momento,

é que o AbletonLive opera com

um só “canal”de vídeo.

Portanto, não épossível fazer

Ovelappings ouAlpha Channel.

Para saber online

Facebook - Lika Meinberg

www.myspace.com/lmeinberg

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PROD

UÇÃO

MUS

ICAL

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CONCEITOS

s técnicas de checagem de compa-tibilidade mono-estéreo já foram

descritas anteriormente. Vamos paraum próximo e arrojado passo: mixar emmono. Isso mesmo. Mixar toda umamúsica em mono. Mas e se a música nãofor ser lançada em mono? Faz sentidomixar em mono? A princípio não, po-rém há um ‘pulo do gato’ aí.Uma mixagem em mono é muito maisdifícil de se fazer do que uma mixagemem estéreo. Em uma mixagem estéreoexiste muito mais espaço para se posi-cionar os instrumentos. Sempre quehouver um instrumento com sonorida-de similar, ou tocando algo mais ou me-nos parecido, a solução mais fácil, práti-ca e usada é colocar um para cada lado.Dessa maneira eles estão separados enão irão competir um com o outro. Noentanto essa facilidade toda pode nos

A

EQUILIBRANDOUMA MIXAGEM

Ricardo Mendes é produtor,

professor e autor de ‘Guitarra:

harmonia, técnica e improvisação’

PARTE 4

CONCEITOS

fazer tomar uma decisão errada na equa-lização. Ao começar a posicionar todosos elementos de uma mixagem em mo-no, todos estarão competindo entre si.E a única maneira de conseguir separá-los melhor é através de equalização,compressão e volume.O fator panorâmico está excluído emuma mixagem em mono. Desta forma,seremos forçados a utilizar a técnica de“carving EQ” (que consiste em dimi-nuir certas frequências em um canal eaumentar as mesmas freqüências emoutro de modo que estes canais se com-pletem no espectro de freqüência) demaneira mais precisa. Talvez o exemplomais típico de todos é no caso de guitar-ras ou violões dobrados. Normalmentetendemos a equalizar de maneira pare-cida cada um dos canais e virar um paracada lado. Isso irá soar bem em estéreo,

M I X A G E M E M M O N O

Mixagem emmono? Isso ainda

existe hoje em dia?Bem, sim e não.

Salvo projetos maisexperimentais,

dificilmenteveremos algo

mixado em mono.Se quase nenhum

material é lançadoem mono, por que

ainda nospreocuparmos tantocom a mixagem em

mono? Simples.Porque o único

lugar onde existe oestéreo verdadeiro é

no headphone.Sempre que

escutarmos em umpar de caixas de

som, alguma partedo sinal será

convertida emmono, queiramos

ou não.

77

mas em mono já não irá soar tãobem assim, com as duas fontes ten-dendo a embolar entre si. Já dá paraimaginar o trabalhão que vai sertimbrar duas guitarras ou dois vio-lões de modo que você possa dis-tinguir cada um deles no meio damúsica, porém com os dois tocan-do juntos no centro com todos osoutros instrumentos.

O fato é que se você conseguirtimbrar de maneira que fique claroem mono, quando colocá-los emestéreo, eles ficarão ainda mais cla-ros do que se você tivesse timbradoparecido e virado logo um para cadalado. O mesmo raciocínio vale parabacking vocals, teclados, sopros,cordas etc. Talvez a exceção sejam asmicrofonações em técnicas estéreo,em especial nos overheads de bate-ria. Não faz muito sentido timbrarde maneira diferente os lados deuma captação em estéreo, porémpara o caso de dobras, faz total sen-tido equalizar diferente.O equilíbrio também muda sensi-velmente e tem que ser muito maispreciso em mono, pois a chance dealgo encobrir o resto, ou então serencoberto pelo resto é muito gran-de. Isso também vale para efeitos,reverbs, delays etc. Tudo se tornamais difícil, mais preciso e a mar-

gem de erro diminui muito. Umavez que uma mixagem estiver so-ando bem em mono, ao se abriresta mixagem em estéreo, ela iráestar soando muito bem, ao passode que uma mixagem que esteja so-ando bem em estéreo, não necessa-riamente irá soar bem quando co-locada em mono. Ou em outras pa-lavras: ao se acertar uma mixagem

em mono, não há possibilidadede erro ao colocá-la em estéreo.A recíproca não é verdadeira.

Existe a possibilidade de umamixagem em estéreo que estejasoando bem e não soe de maneirasatisfatória quando convertidapara mono.Grandes mixagens da história damúsica foram feitas em mono,como Frank Sinatra, Elvis Presley,

Ella Fitzgerald, Luis Gonzaga, en-tre um número incontável de ar-tistas de primeira linha. Uma boapesquisa que você pode fazer é pro-curar gravações de antes de 1960.Praticamente todas as gravaçõesantes dessa data são em mono.Isso irá fazer você entender comodeve ser uma mixagem em mono.Depois faça outra experiência:

pegue um disco atualque você goste muito,importe para dentro dasua DAW, abra o arquivoestéreo em dois canaismono e coloque o pandos dois canais no cen-tro. Desta forma vocêestará escutando essamixagem também emmono.Compare estas mixa-gens com a sua mixa-gem em mono e vejaonde você pode me-lhorar para deixar oselementos mais defini-dos e separados utilizan-

do somente equalização, compres-são e volume. Uma vez que você ti-ver conseguido melhorar a sua mi-

xagem em mono, abra os canais cor-respondentes para estéreo e veja, oumelhor, ouça um novo mundo sedescortinar à sua frente. A sua mi-xagem irá soar bem melhor.

Para saber mais

[email protected]

Não faz muito sentido timbrar de maneira

diferente os lados de uma captação em estéreo,

porém para o caso de dobras, faz total sentido

equalizar diferente.

BAIX

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ara os neófitos, o Direct Box (dora-vante DI), em uma forma simplista

de exposição, consiste de um pequenoaparelho conversor, ou melhor, ‘ca-sador’ de impedâncias. Como o sinalemitido pelos pickups (captadores) dobaixo elétrico (e também da guitarra ouinstrumentos com pickups) é incompa-tível com a entrada das mesas de grava-

P ção, assim como também não se obtémnenhum som quando plugamos osheadphones diretamente ao jack de saí-da do instrumento, um DI é usado paracontornar este pequeno empecilho e,assim, ajustar o sinal de áudio. Com aaltíssima impedância dos pickups mag-néticos, sem o uso dos DIs a sonoridadedo instrumento perderia os agudos ma-

GRAVAÇÃODE BAIXO ELÉTRICO

Jorge Pescara é baixista, artista da

Jazz Station e autor do ‘Dicionário

brasileiro de contrabaixo elétrico’

VIA DIRECT BOX

Como o número degravações em home studio

cresce a cada dia, oassunto desta edição é o

uso do Direct Box (oassim chamado DI)

durante a gravação debaixo elétrico. Ao invés de

microfonar um amp(como visto em edição

anterior), podemos ter acaptação da sonoridadeum pouco mais ‘realista’

do instrumento quandoplugados diretamente àmesa de gravação. Quer

saber como? Então...

79

Tony Levin gravando

RADIAL+RDL+JDI-2

RADIAL+RDL+PRODI-2

tando o timbre final! Com um DI pode-se capturar a realsonoridade do baixo, com todos os seus transientes, prove-nientes de várias técnicas, tais como slap, palheta, tappingetc., realizando uma gravação repleta de médio agudos eataques que a microfonação do amp, pura, não consegue.Do DI endereça-se o sinal de áudio XLR balanceado dire-tamente para a console ou software (DAW) de gravação.Assim, a primeira questão é escolher entre os DIs ativos eos passivos. Sendo os passivos os mais comuns, possuemmenos controles e chaves de ajustes, plugamos a saída doinstrumento nele e dele endereçamos para a console degravação. Deste ponto podemos ter variantes bastanteagradáveis, tais como a divisão de sinal na saída do DI envi-ando um lado para a console ou DAW e a outra ponta quese pode optar entre um amplificador que será microfonado,ou mesmo o envio para um preamp dedicado, para

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Tony Levin

timbragem específica; passar por um si-mulador/modelador de amp, caixas eefeitos; ou quem sabe uma reampli-ficação do sinal. Por vezes o DI é seguidode um compressor já na entrada de sinal,mas isto é totalmente opcional. Quandoo baixo possui pickups/preamps ativos(usando baterias de 9V), o DI deve serajustado para a função baixa impedância.Como diz um conhecido produtor ame-ricano, o sinal direto proporciona umaarticulação sonora com muita presençanos médios agudos. Não se consegue otop end exigido em alguns estilos musi-cais usando apenas o amp microfonado,mesmo com os melhores aparelhos dis-poníveis; assim, os DI são a forma deatingir este objetivo. Usando um DirectBox não se tem a intrusão do elementoacústico durante a captação de áudio,pois não há microfonação de falantes.Toda a articulação de frequências agu-das e médio agudas transporta os tran-sientes existentes diretamente para aconsole ou DAW. A tendência, destaforma, é poder concentrar-se no ataquedos graves através do DI.

A informação através deles é inalteradae incolor, a não ser que: usemos um DIcom preamp embutido.Desenvolvido em 1989 pela Tech21, oSansAmp Direct Module combina afunção do DI tradicional, com circuitoanalógico que proporciona um timbrecom características de amplificador sema necessidade de usar tal equipamento.Como isto revolucionou o mercado degravação, fazendo parte do arsenal deestúdios e home studios (ou mesmo par-te do setup de músicos em palco), foiamplamente copiado e hoje temos umavasta cartela de opções deste tipo de DI.Para usar qualquer um deles, basta ajus-tar a equalização geral conforme o estilopretendido, logo após escolher as op-ções corretas de fase, impedância (altaou baixa) e afins.Seja por um ou por outro tipo de DI, umadica, como dito anteriormente, é usar umcompressor como ponte entre a saída doDI e a entrada da mesa de gravação. Co-mece por ‘presetar’ o ratio em 4:1 com orelease em torno de ¼ de segundo. Comum compressor com auto attack e releasepode se ter resultados felizes, principal-mente onde há músicas com muitas mu-danças entre as partes. Porém, com oattack ajustável prefira iniciar entre 10 a50 ms, reduzindo também o ganho em6dB nos graves.Importante notar que o uso dos ouvidosdeve sempre estar em primeiro plano nadecisão de quanta compressão deveráser utilizada.No mais, ótima gravação pra todos!Paz Profunda .:.

Quando o baixopossui pickups/preamps ativos

(usando bateriasde 9V), o DI

deve ser ajustadopara a

função baixaimpedância

Para saber online

[email protected]

http://jorgepescara.com.br

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CADERNO ILUMINAÇÃOVI

TRIN

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Q-7www.hotmachine.ind.br

A Q-7 é discreta e possui um wash compactoRGBW, blind e strobo. Contendo 2 mil potentesLEDs RGBW, é um poderoso dispositivo elétricomultiuso e ajustável, com um ângulo de propagaçãode 110°. Juntamente com a classificação IP-65, comuma alta produção de 28.000 lúmens e possuindoum pequeno espaço físico, a Q-7 é um dispositivoideal para uso ao ar livre, para iluminar edifícios, fa-chadas, estruturas arquitetônicas e atrações. A Q-7também é adequada para aplicações em interiores,tais como estúdios de TV, teatros e outras aplica-ções onde uma grande inundação de luz coloridasem cintilação é solicitada, entretanto fornece osprojetos de entretenimento com um efeito strobode cor brilhante piscando.

ION SERIESwww.macaio.com.ar

A marca Tecshow, by American Pro, apresenta suanova ION SERIES. Os novos movings heads ION 132Be ION 230B possuem ângulo de feixe fechado otimi-zando a luminosidade. Equipado com a potente lâmpa-da a gás Osram Sirius HRI 230W, o ION 230B ofereceângulo de 2.5°, 8 gobos + aberto, 14 cores + branco eprisma rotativo de 8 faces + filtro frost. Para aplicaçõesmenores, o ION 132B está equipado com uma lâmpadagás Osram Sirius HRI 132W, proporcionando ângulo de2°, 17 gobos fixos intercambiáveis + aberto.

MOVING LED QUAD BEAMwww.star.ind.br

A Star Lighting Division apresenta o MovingLED Quad Beam, um moving inovador para criarinfinitas possibilidades de efeitos. O aparelhopossui 25 LED’s Beam de 12W RGBW com aber-tura de 3-5°. Conta com controle individual decada LED, Tilt e Pan Contínuo, ampliando assimas possibilidades dos efeitos. Todos esses atribu-tos controlados por 16, 20 ou 116 Canais DMX.

TALHA ELÉTRICA PL200www.gobos.com.br

Uma talha elétrica com-pacta, discreta e leve que

utiliza cabo de aço no lugar dastradicionais correntes. Com ca-pacidade para suportar 200kg, aPL-200 transforma a pesada ta-refa de elevar cargas em uma

operação fácil, rápida, silenciosae segura. Pode ser conectada a uma

simples tomada e operada pelo mó-dulo de controle. Utiliza 30 metros decabo de aço inoxidável com 5 milíme-tros de espessura. Ideal para elevação decargas de médio e pequeno porte.Fornecida com duas algemas de seguran-ça para engate em tubo padrão de duaspolegadas. Chassis de alta resistência epintura eletrostática preta. Duplo siste-

ma de travamento combina a frenagem dinâmica emecânica, garantindo parada imediata com segurança.Possui módulo de controle manual equipado com 3botões: emergência, para cortar o AC, Up e Down, epara subir ou descer.

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ssim, surge este termo mágico quepermeou a evolução histórica e

conceitual e que se configura em pres-suposto básico de sustentação de umprojeto: controle.No fim do século XIX, com a incorpora-ção da eletricidade como fonte alimen-tadora dos recursos de iluminação arti-ficial na infraestrutura dos teatros e ca-sas de espetáculos, iniciou-se um novocapítulo à fascinante e surpreendentehistória da iluminação cênica. Comessa nova tecnologia de produção e dis-tribuição também se iniciaram as pes-quisas na busca de novas maneiras epossibilidades para o controle de todosos recursos envolvidos – fluxo de cor-rente elétrica e, consequentemente,intensidade luminosa. De dispositivoseletromecânicos (placas de metal mer-gulhadas em água salgada ao uso de dis-

A cos com filamentos de cobre e autotrans-formadores) aos primeiros componenteseletrônicos (SCRs), foi somente no fimda década de 1950 que Joel S. Spira in-ventou o dimmer de estado sólido, quepermitia a comutação de corrente emsistema de liga/desliga em até 120 vezespor segundo, reduzindo o consumo deenergia elétrica e permitindo que odimmer fosse instalado em gabinetes ouquadros de distribuição elétrica (instala-dos em paredes). Assim, com os dimmers,todo o controle de iluminação tornava-se mais estável e preciso.Mas, o necessário controle ainda preci-saria de mais tempo para que os dimmers

fossem inseridos definitivamente nailuminação cênica. Ao mesmo tempoem que surgiam as primeiras mesas decontrole com o uso de dimmers integra-dos e relativamente compactos, a maio-

Cezar Galhart é técnico em eletrônica, produtor de even-

tos, baixista e professor dos Cursos de Eventos, Design

de Interiores e Design Gráfico do Unicuritiba. Pesquisa-

dor em Iluminação Cênica, atualmente cursa Pós-Gra-

duação em Iluminação e Design de Interiores no IPOG.

CÊNICACÊNICAILUMINAÇÃOILUMINAÇÃO

TUDO SOB CONTROLE

A iluminaçãocênica também

pressupõe arranjose combinações de

instrumentos deiluminação,

equipamentos,dispositivos,periféricos e

estruturascomplementares, de

forma a propiciarcomposições de

cores, sensações,efeitos, entre

diversas funções efinalidades. Mas,

principalmente,todos esses recursos

têm como objetivoprimordial revelar

os principaiselementos cênicos,

dinâmicos ouestáticos, mas

sempreapresentados de

maneiraorganizada e‘controlada’.

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ria dos lighting designers ainda não ti-nha esses recursos à disposição – pe-los custos e ainda dificuldades de ins-talação e transporte (além do tama-nho, esses equipamentos eram muitofrágeis). Como exemplo, no fim dadécada de 1960, Michael Tait (notá-vel e genial lighting designer, visionárioempreendedor da empresa estadu-nidense Tait Towers Inc.), nos pri-mórdios de seus trabalhos com a ban-da Yes, comutava os refletores instala-dos nos bares londrinos com a al-ternância dos interruptores de aciona-mento fixados nas paredes.Ainda na década de 1960, mesmopara os shows e festivais, ou mesmonos teatros mais sofisticados, a evolu-ção ocorria, ainda que gradativa-mente. Em 1967 era comercialmenteproduzida pela empresa inglesa StrandLighting (adquirida pela holandesaPhilips, em 2008) a IDM/MSR, a pri-

meira mesa que permitia o registro ougravação dos ajustes e parâmetros de-finidos para um ou mais instrumen-tos de iluminação cênica por meio deum dispositivo de memória interna.

No Brasil, a realidade era ainda maisprecária, pois havia uma severa restri-ção de importação de equipamentos ecomponentes eletrônicos – em geral,a importação era totalmente proibi-da. Os primeiros equipamentos decontrole efetivo de iluminação cêni-ca nos teatros brasileiros remontam àdécada de 1960, importados e encon-trados somente nos grandes teatros.Somente na década de 1970 iniciou-se a produção nacional desses equipa-mentos (inclusive, recomendo a ex-celente matéria A evolução das mesas

de iluminação publicada na edição n.º151 da Revista Backstage, e que trazimpressionantes depoimentos de ge-niais Lighting Designers brasileiros).Mas, em se tratando de controle deiluminação, é impossível relacioná-loapenas aos parâmetros ou caracterís-ticas dos instrumentos de iluminaçãocênica – e mesmo, somente aos equi-pamentos e dispositivos. Instalaçõescom dimmers interligados a instru-mentos de iluminação e outros dispo-sitivos e periféricos podem ser, efeti-vamente, operadas de duas maneiras:manualmente, com a manipulaçãodos recursos utilizados para a altera-ção dos parâmetros dos dimmers, reali-zada diretamente nas mesas ou con-soles; ou programada, de forma apredeterminar ações e combinações,sequenciadas e operadas por meio desoftwares desenvolvidos especifica-mente para essa finalidade.À operação manual, confere-se amais elementar condição de controle

Figura 1: Diagrama simplificado de um dimmer com controle realizado com um potenciômetro.

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Figura 2: Console IDM/MSR da Strand Lighting –

mesa precursora na gravação de ajustes.

Fonte

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da iluminação cênica. Desde as estrutu-ras mais primordiais, com acionamento“chaveado” (com o uso de dispositivosdistintos para cada instrumento de ilu-minação), todo o desenvolvimentoposterior ocorreu com a intervençãooperacional realizada única e exclusiva-mente pelos operadores, técnicos/enge-nheiros e lighting designers.E isso não é algo do passado. Atualmen-te, muitas operações de espetáculos eapresentações artísticas ainda funcio-nam com a instrumentação manual dasestruturas disponíveis – e muitas, defi-nitivamente, são essencialmente reali-zadas desta maneira (por exemplo, o usode canhões seguidores).Tecnicamente, esta conduta operacio-nal manual também se apoia em umacombinação de elementos que com-põem placas e circuitos isolados, e quepodem controlar um conjunto de ins-trumentos, ou somente um, separada-mente. Nesse contexto, um controleindividual compreende diversos recur-sos, organizados e configurados para aobtenção de um determinado desempe-nho – e sempre será analisado comouma combinação de componentes ele-trônicos. Sendo assim, a primeira refe-rência de controle está relacionada àcapacidade de fornecimento de tensão/corrente elétrica aos dispositivos decontrole (em outras palavras, o contro-

le se inicia no correto e adequado forne-cimento de energia elétrica aos compo-nentes que, configurados em placas,permitirão o controle de todos os ou-tros elementos e instrumentos).Independente da infraestrutura queconecta os dimmers aos instrumentos deiluminação (diretamente ligados em“racks” – em uma conexão, digamos,“analógica”, ou com o uso de outrosequipamentos intermediários – que con-ferem uma conexão, digamos, “digital”),as configurações mais básicas de contro-le podem ser associadas a um grupo deelementos composto por uma unidadecontroladora. A ela, componentes ele-trônicos, tais como potenciômetrosdeslizantes (que são resistências variá-veis) e knobs (botões) que formam os“faders” (em tradução livre, “atenua-dores”; cada ‘fader’ é um dispositivo quepermite a variação gradual de um sinalelétrico, por exemplo, reduzindo-o atéum limite mínimo). Assim, de maneirabem simplificada, um controle individu-al elementar (ou básico) compreenderiaum conjunto mínimo de componentespara a comutação de um sinal elétrico, deforma a permitir o acionamento de uminstrumento de iluminação de sua con-dição natural de funcionamento (inten-sidade máxima), reduzindo-a à uma ope-ração mínima (luminosidade mais baixa,mesmo que ligada).

Figura 3: Controle manual no ajuste/teste de iluminação – console MA Lighting grandMA2.

Fonte

: TheR

efe

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Div

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ação

Atualmente, muitasoperações deespetáculos e

apresentaçõesartísticas ainda

funcionam com ainstrumentação

manual dasestruturas

disponíveis – emuitas,

definitivamente,são essencialmente

realizadas destamaneira (por

exemplo, o uso decanhões

seguidores).

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Com esse princípio, surgiram outros,permitindo o desenvolvimento de mé-todos e técnicas de controle, a partir dascaracterísticas dos instrumentos de ilu-minação e das condições (ou recursosnecessários) ao devido controle.Desta maneira, um “fader” pode,atualmente, compreender diversasfunções, mesmo para as mais simpli-ficadas mesas (ou consoles). Ummesmo dispositivo desses pode teruma função específica e, com oacionamento de outros, proporcio-nar a criação de pacotes de informa-ções com definições prévias parauso posterior. São os chamados“presets”, que são, antes de tudo,ajustes pré-definidos, a partir de in-dicadores, valores ou níveis quecontrolam a operação de um instru-mento ou dispositivo, registradosou gravados antes da sua utilização.Com o princípio de um “fader”, e ainclusão de outros recursos, aciona-dos por “botões” ou teclas, multipli-caram-se as possibilidades dos con-soles de iluminação cênica, que pas-saram a trabalhar não mais somentecom o controle, puramente e isola-damente. Novas tarefas permitiramaos lighting designers uma maior di-

versificação de artifícios para a cria-ção, registro e repetição, além dosincronismo com outros elementos eprocessos. Surge então a segunda ma-neira de operação: com a programa-ção da mesa de controle.No fim da década de 1970, surgiam osprimeiros consoles com microproces-sadores, que expandiam ainda mais asperspectivas de registro e conexão.Neste contexto, a empresa israelenseCompulite produziu a primeira me-sa com esse dispositivo, em 1978.Também, essa empresa viria a ser pi-oneira na produção de um dos pri-meiros consoles a utilizar o proto-colo DMX 512 – a mesa CompuliteAnimator, em 1990. Sobre esse pro-tocolo, uma abordagem já foi realiza-da nesse mesmo espaço na edição n.º219, do mês de fevereiro de 2013, daRevista Backstage.Com os consoles de iluminação cêni-ca desenvolvidos com microproces-sadores, iniciava-se um novo capítu-lo que merece uma conversa mais de-talhada, em breve. Abraços e até apróxima conversa!!!

Para saber mais

[email protected]

Figura 4: Faders – e outros dispositivos – em um console de iluminação Licon FX

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SAMBAs salas de pré-programação de ilu-minação durante os shows parecem

cada vez mais fazer parte do dia a dia doslighting designers, que contam com

infraestrutura de ponta para acertar to-dos os detalhes antes dos shows. No

Samba Brasília não foi diferente. Equi-pada com 2 Avolites Tiger Touch, 1

Avolites Titan Mobile e 2 softwaresLight Converse, os iluminadores pude-

ram ter uma ideia com antecedência doque aconteceria no palco.

“Para nós, lighting designers e progra-madores, a sala de 3D vai um pouco além

de ser apenas um preview, e acaba se tor-nando uma grande escola, pois lá troca-

A

[email protected]

Fotos: Divulgação

SAMBAmos ideias. O interessante é que esse ano

até os artistas tiveram curiosidade de irconhecer como funciona uma sala de

programação”, afirmou Lucas Gallardo,que forneceu suporte da Avolites duran-

te o festival, além de ter auxiliado na cor-reção de detalhes dos palcos.

Uma das preocupações do Grupo Marc,empresa de som e luz do Samba Brasília,

era criar uma atmosfera de confortopara os LDs das bandas que passaram

pelo festival. E com a sala de programa-ção em 3D era possível pré-programar

todo o show e ganhar tempo. “Cada LDpodia programar a sua luz durante a pas-

sagem de som e durante o show da banda

BRASÍLIA

Projetar ailuminação

algumas horasantes do show

acontecer e coma participação

de todos osenvolvidos.

Pareceimpossível ouutópico, mas

não é. Foi assimque o projeto de

luz do SambaBrasília, queaconteceu no

dia 23 deagosto, foiconcebido.

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anterior, porém com a sala conse-

guimos triplicar o tempo dele napré e diminuir no palco. E, ao invés

de ficar no sol escaldante, ele fica-va no ar-condicionado sentado.

Todos os LDs ganharam tempo enós conseguimos diminuir o nosso

tempo em cima do palco”, explicaLucas. Em números, isso significa

que, em vez de o iluminador ter emtorno de 1 hora na passagem de som

e mais 1 durante a troca de palco,ele passou a ter duas horas ou mais

de programação antes do show,além do tempo da troca de palco.

Dinho Ventura, diretor de foto-

grafia e designer do festival, ex-plica que a partir dessa interação

com os técnicos de iluminaçãona sala 3D, ele criou um mapa de

luz que pudesse atender a todosos iluminadores das bandas a fim

de facilitar a programação. “Omais interessante é que esse ma-

pa foi praticamente criado no lo-cal do evento com a ajuda de to-

dos da equipe de montagem deluz da Marc Eventos. Fomos de-

senvolvendo em conjunto e as-sim chegamos a algo simples, po-

rém funcional; todos puderamdar sua opinião baseando-se na-

quilo que eu tinha previamentedesenhado”, conta.

Técnicos puderam programar antes de entrar no palco otimizando o tempo na troca de bandas

Festival teve dois palcos identicosLDs programaram usando o Light Converse

Todos os LDs ganharam tempo e

nós conseguimos diminuir o nosso tempo

em cima do palco. (Lucas, sobre a sala de

pré-programação)

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Lista de equipamentos

Por palco

12 Robe Colorspot 1200 AT

8 Robe Wash LED 600

20 Elation 5R

7 Atomic 3000 Martin

20 Par LED RGBWAUV

15 Mini brut 2 lâmpadas

24 Lâmpadas PAR 64 foco 5

10 Fresnel ETC

4 seguidores

2 Avolites Tiger Touch

2 Smoke machine

Equipamentos sala de programação:

2 Avolites Tiger Touch

1 Avolites Titan Mobile

2 Light Converse - versão media

PRÉ-PROGRAMAÇÃOUma das maiores dificuldades em todos os

festivais com sala de programação é a fide-lidade com que o 3D está em relação ao

palco. E quando o festival tem sala de pré-programação e é ao vivo, isso se torna um

desafio um pouco maior. São diversos fa-tores para serem observados como a tem-

peratura de cor para as câmeras, que temque estar perfeita sempre; o showfile, as-

sim que sai da sala de pré programação,tem que estar o mais próximo da perfeição

possível. “Mas creio que conseguimoseste ano mais uma vez. O Dinho Ventura,

que ficou como diretor de fotografia, con-trolou tudo com uma perfeição incrível”,

elogia Lucas.Como muitos iluminadores chega-

vam cedo e com a claridade, era prati-camente impossível acertar alguma

posição ou criar presets de cor. Foi aíque o uso do Light Converse se tor-

nou crucial para ganhar tempo. Com osoftware foi possível medir e mapear o

palco no 3D e depois tornar essa reali-dade virtual, real. “Feito isso, tínha-

mos o controle do dia em nossas mãos,independente se estivesse calor, frio,

dia ou noite, pois era possível criarpresets a qualquer hora com bastante

perfeição”, avalia Lucas. “O Light Con-verse é um programa que consegue ter

todas as funcionalidade que precisa-mos, sem contar no suporte que a

Electra Light nos oferece sempre.Hoje em dia não temos nenhum outro

programa tão versátil que poderia nospermitir criar um aparelho em cima da

hora ou mudar quase tudo em 30 mi-nutos”, acrescenta Lucas.

Para Thiago Adwie, lighting designerdo cantor Péricles, um dos pontos que

chamou sua atenção foi a estruturamontada para o festival. “Claro que

Da esquerda para a direita: André Pupe, Lucas Gallardo e Dinho Ventura

Claro que umaplanta de luz bem

desenhada peloDinho Ventura

ajudou muito parao melhor

desempenho detodos durante o

festival. E a sala deprogramação, mais

uma vez, tenhocerteza que foi umsucesso. Pudemos

chegar horas antese programar, cadaum, seu show com

calma, paciência econforto.

(Thiago Adwin)

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REPO

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uma planta de luz bem desenhadapelo Dinho Ventura ajudou muito

para o melhor desempenho de todosdurante o festival. E a sala de pro-

gramação, mais uma vez, tenho cer-

teza que foi um sucesso. Pudemoschegar horas antes e programar,

cada um, seu show com calma, paci-ência e conforto. E, claro além da

super atenção do Lucas Gallardo,dando todo o suporte necessário

durante a programação e execuçãode cada show”, afirmou.

LUZ E EQUIPAMENTOSPor ser um evento transmitido aovivo pelo canal Multishow, foi preci-

so ter alguns cuidados tanto na esco-lha dos equipamentos, quanto no

efeito final obtido. Como luz defrente, por exemplo, Dinho optou

por usar os aparelhos Robe Wash 600com o objetivo de criar uma tempe-

ratura de cor mais perfeita para ascâmeras, que também foi outro deta-

lhe muito importante, em função datransmissão.

“Nós já tínhamos uma ideia em men-te. Escolhemos usar Avolites, tínha-

mos 4 Tiger Touch e, além disso, tí-nhamos 2 mobile como backup, por

diversos motivos. O mais comum épelo fato de todo LD já ter usado uma

um dia”, observa Lucas.Quanto aos movings, além dos 8

Robe Wash LED 600, foram usadosos Robe 1200 e alguns Beam 5R, da

Elation. “Optamos por usar os mo-vings Robe por nos passar uma gran-

de confiança e qualidade incrível. Eos Beam 5R usamos para criar uma

luz mais pra cima e com mais efei-tos”, diz Lucas.

Como foi um evento ao vivo e um

festival desse porte requer um cui-dado muito grande - afinal foram 12

bandas em apenas uma noite que seapresentaram em dois palcos -, a

equipe liderada por Antonio Fran-cisco também tinha que estar afina-

da nos mínimos detalhes: sinais,buffer etc. “Poderíamos nomear um

por um, mas a equipe ao todo foi deuma perfeição incrível que acaba

sendo impossível nomear cada um ecada função. O apoio do Andre

Pupe, por exemplo, que viabilizoutudo para nós em Brasília, em todo o

festival também foi incrível”, com-pleta Lucas.

Sala de pré-programação teve consoles Avolites

Nós já tínhamos uma ideia em

mente. Escolhemos usar Avolites, tínhamos

4 Tiger Touch e, além disso, tínhamos 2

mobile como backup... (Lucas)

93

Porão do Rock

Uma semana depois de acontecer o Samba

Brasília, a equipe da Marc Systems ficou com

a responsabilidade de fazer acontecer mais

uma edição do Festival Porão do Rock, que

contou com a estrutura de palco semelhante

ao evento de samba, realizado na semana an-

terior. Durante dois dias, 35 bandas passaram

pelos dois palcos Uniceub e Chilli Beams, mais

o palco Budweiser, que contou com uma es-

trutura diferente dos demais.

A equipe de som e iluminação também foi a

mesma, mas, como era de se esperar, os efei-

tos bem diferentes daqueles vistos nos shows

de pagode. “(O mapa de iluminação) foi defi-

nido a partir de ideias conjuntas entre os

lighting designers da Marc Systems, que sou

eu e o Sandro Veloso, e os LDs Dinho Ventura

e Lucas Gallardo. Elaboramos uma estrutura

bastante diferente, com formas diagonais, que

foi a ideia central para a concepção de luz do

festival”, explica Antônio Francisco da Silva.

De acordo com Antônio, o objetivo era

priorizar a forma da estrutura, além de fazer

algo diferente do que é visto atualmente em

festivais de rock. “Nesse caso, o mapa facili-

tou as programações de iluminação, já que

a distribuição dos equipamentos foi acerta-

da”, aponta. As únicas dificuldades enfren-

tadas pela equipe foram relacionadas aos

pontos de rigger, tendo em vista que em al-

guns locais não havia possibilidade de fixar o

motor. “Mas isso foi resolvido pela equipe

técnica em ideias conjuntas”, completa.

Luz para o rock and roll

No entanto, diferentemente do Samba

Brasília, os profissionais de iluminação,

tanto os que acompanhavam as bandas,

quanto os técnicos da empresa de loca-

ção, não puderam contar com a sala de

programação 3D. “Com certeza, se esti-

véssemos com uma sala de programação

3D seria melhor para todos, pois não ha-

veria a correria de reprogramar algumas

coisas na troca de bandas. A sala de pro-

gramação economiza tempo, equipa-

mento e profissionaliza todo o processo

utilizado no espetáculo”, avaliou Antônio.

De acordo com André Pupe, responsável

técnico da Marc Systems, a sala de pro-

gramação 3D também agrega valor ao

evento, com consequências altamente

positivas e impactantes.

Dentre os equipamentos, a equipe optou

por usar os Robe Color Spot 1200, Robe

Color Wash 1200, Robin LED Wash 600 e

Elation Platinum Beam 5R, comandados pe-

las Avolites Tiger Touch e Pearl 2010, mais o

Titan Mobile. “Esses aparelhos foram sele-

cionados por serem equipamentos de pon-

ta não só no Brasil como no mundo inteiro,

além de serem capacitados para atende-

rem determinadas demandas que o festival

exigia”, afirma Antônio.

Segundo Lucas Gallardo, a opção pelos

equipamentos era poder conceber uma luz

de ponta com muito efeito, porém sem tirar

os Spots. “Hoje em dia, muitas bandas es-

tão usando 99% do Rider Beam 5R, mas

isso acaba tirando um pouco do visual. A

ideia foi manter um pouco dos Spots para

poder criar um cenário mais completo e di-

versificado”, completa.

Mapa de luz teve estrutura diferente do que geralmente é visto em festivais de rock

Com certeza, seestivéssemos com

uma sala deprogramação 3D

seria melhor paratodos, pois não

haveria a correriade reprogramar

algumas coisas natroca de bandas.

(Antônio)

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“AO VIVO - COM A SINFÔNICA DE AMERICANA”“AO VIVO - COM A SINFÔNICA DE AMERICANA”

Rio-Bahia, que considero um de nossos três me-lhores discos, simplesmente não aconteceu. Era

brasileiro e acústico demais para a época, acho... Res-tou-nos pegar a banda e sair rodando mais uma vezBrasil afora. Ao desmaiar do século XX lá estávamosnós sem gravadora outra vez, visto que a Som Livre – econsequentemente a nossa RGE, sua subsidiária – re-solveram desfazer-se do seu cast fixo. Recebemos en-tão um convite para nos apresentarmos num espetá-culo com a Orquestra Sinfônica de Americana, com-posta em grande parte por músicos da Sinfônica deCampinas e muito bem regida pelo jovem maestroCarlos Lima.Líber Gadelha, à época chefiando o Artístico da IndieRecords, interessou-se pelo projeto e presto! Lá estáva-mos nós de novo no mercado e desta vez a bordo deuma sinfônica inteira. Em conversas telefônicas com omaestro fomos combinando os detalhes. Levaríamos

O nossa banda (Roberto Lazzarini, teclados; BettoMartins, guitarra; Pedrão Baldanza, baixo; EdsonGhillardi, bateria; e Edu Contreras, percussão) fa-zendo uma base “popular” para contrastar com o“erudito” da Sinfônica, com algumas orquestraçõesfeitas pelos próprios músicos da orquestra e outraspelo nosso Lazzarini, que já havia feito um ótimo tra-balho no Rio-Bahia.O espetáculo seria no Teatro Municipal de America-na, ressurgido das cinzas do velho Cine Brasil. Em1988, quando da inauguração do recém-reformadoTeatro, o palco viera abaixo com orquestra e tudo,quase transformando a festa em tragédia. Esse bizar-ro acontecimento pode ser visto no YouTube, linkhttp://www.youtube.com/watch?v=sTjKuLhFbVg.Parece incrível que ninguém tenha morrido ali, masnós, com nossa quedinha pelo humor negro, entramosno primeiro ensaio dando pulinhos, tipo experimen-

Os discos da minha vida...

Como os leitores habituais da coluna já sabem, venho contando em sequência a história dosdiscos da minha carreira. Depois de Passado, Presente, Futuro e do Terra - ambos do trio Sá,

Rodrix & Guarabyra - e dos onze primeiros da dupla, gravamos, eu e Guarabyra, nosso décimo-segundo disco, e desta vez...

AO VIVO - COM A SINFÔNICA DE AMERICANA

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[email protected] | LUIZCARLOSSA.BLOGSPOT.COM

tando a firmeza. O sorriso amarelo de alguns compo-nentes da orquestra nos convenceu do pouco sucessodo nosso “perco o amigo mas não perco a piada”...Tivemos apenas dois ensaios com a Sinfônica antesdos espetáculos. Com tudo escrito, era só ler, mas mes-mo assim tivemosum pouco de traba-lho para ajustar o ri-gor da orquestra ànatural – e saudável– tendência da ban-da de base a seguir anossa dinâmica. Issosempre acontece emtrabalhos do gênero,quando junta-se o“popular” ao “erudi-to”, termos que man-tenho entre aspas por achar que tudo vem a ser música,áreas mantidas distantes apenas por preconceito, vistoque o “erudito” de hoje era “popular” no século passa-do e o “popular” de hoje pode ser “erudito” no próxi-mo século. Tudo é uma questão de enfoque: o músicode sinfônica é por necessidade de ofício mais discipli-nado, o que traz tantas vantagens quantas aquelastrazidas pela aparente indisciplina do músico popular.A boa vontade de ambos em invadir ou ser invadidopelo terreno alheio só agrega valor ao que é feito, assimcomo a mistura das raças fortalece a Humanidade.Assim como em centenas de outros registros similares,isso ficou patente nesse disco. Embora tecnicamenteimperfeito pela exiguidade de tempo, o CD deixatransparecer a emoção com que foi construído: tocar ecantar com uma Sinfônica de base é outro barato. E opúblico, claro, sentiu isso. O povo de Americana com-pareceu em peso ao teatro e participou intensamente doque acontecia no palco. É gostoso, por exemplo, escutarDona com uma intensa troca de solos entre o sax “erudi-to” da orquestra e a guitarra roqueira de Betto Martins.Ou ver um xote como Sobradinho pegar uma cara bem di-ferente com o esforço da orquestra pra suingar junto... Ébelo fazer surgir a ordem no caos, né não?Pronto o disco, depois de uma primorosa finalizaçãonos estúdios Mega – que eram “state of the art” naépoca - Guarabyra foi se tratar de sérios problemas desaúde que o haviam acometido desde antes. Ficamosentão impossibilitados de tocar em frente o trabalhode mídia que normalmente cercaria o lançamento.Mesmo assim o CD superou de cara 50 mil cópias ven-didas e foi em frente, só não chegando ao Disco deOuro por nossas restrições de trabalho. Poucos mesesdepois do lançamento, reencontrei o Liber Gadelha,

que chamou o disco de “coisa de sonho” por ter quaseatingido as cem mil cópias sem nenhum trabalho demídia. Mesmo com minhas argumentações, ele achouque os problemas de saúde de Guarabyra eram exagera-dos. Fazer o quê? Meu parceiro ainda penou quase um

ano depois disso até finalmente conseguir de volta suasaúde plena.Enfim, Sá & Guarabyra ao vivo com a Sinfônica de

Americana foi um sucesso de vendas, apesar da cor-reria, dos problemas e das limitações. Tem regis-tros únicos, como meu solo para Capitão Meia Noi-

te, o de Guarabyra para A Longa Noite, o Dupra-tiano arranjo de Lazzarini para Desenhos no Jornal eoutras tantas versões inéditas por natureza, já queacompanhadas por uma Sinfônica. Teve pelo me-nos dois relançamentos pela Indie e suas herdeiras.E até hoje me pergunto por onde andarão osmasters dessas gravações...Pelo menos restam os registros de vídeo, que resolvibancar pessoalmente com a direção do meu amigoOdorico Mendes. E vejam só o que é a natureza! Ontemmesmo recebi um e-mail de Odorico me perguntandose não queríamos jogar essas imagens no YouTube...A parte ruim da parada apareceu depois do lança-mento. Os músicos da Sinfônica ficaram – com ra-zão – furiosos com a omissão dos seus nomes nacontracapa do CD. Só os arranjadores e o maestro ti-veram seus nomes citados, enquanto nossa equipede produção estava inteira lá. Como não tivemosmuito acesso à parte gráfica do CD, éramos relativa-mente inocentes, o que explica, mas não justifica.Enfim, carregamos até hoje esse problema na cons-ciência, já que a Indie, ao que me conste, desapare-ceu do mapa. Resta-me pedir aqui um perdão públi-co em nome de um pecado que não tive. Mas o discoé muito bonito, e em grandissíssima parte graças avocês, músicos da Orquestra Sinfônica de America-na, que escreveram esse importante capítulo denossa carreira junto com a gente.

Enfim, Sá & Guarabyra ao vivo com a

Sinfônica de Americana foi um sucesso de

vendas, apesar da correria, dos problemas e

das limitações.

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Empresa ......................... Telefone ............... Home Page/e-mail .................................................... Pág

AH Lights ...................................... (21) 2242-0456 .............. www.ahlights.com.br ................................................................................. 81

Amerco Brasil ................................ (41) 3337-1331 .............. www.amercobrasil.com.br ......................................................................... 47

Arena Áudio Eventos ..................... (71) 3346 -1717 ............ www.arenaaudio.com.br ............................................................................ 12

Augusto Menezes .......................... (71) 3371-7368 .............. [email protected] .................................................................. 61

Bass Player .................................... (11) 3721-9554 .............. www.bassplayerbrasil.com.br .................................................................... 85

CSR ............................................... (11) 2711-3244 .............. www.csr.com.br ......................................................................................... 27

Decomac ...................................... (11) 3333-3174 .............. www.decomac.com.br ................................................. 07, 13, 21, 75 e 94

EAS América ................................. (11) 98046-6679 ........... www.easamerica.com ................................................................................ 37

Ecad .............................................. (21) 2544-3400 .............. www.ecad.org.br .............................................................................. 04 e 05

Equipo ........................................... (11) 2199-2999 .............. www.equipo.com.br .................................................................................. 17

Festa Nacional da Música ....................................................... www.festanacionaldamusica.com.br .......................................................... 08

Gigplace ................................................................................. www.gigplace.com.br ................................................................................ 61

Gobos do Brasil ............................. (11) 4368-8291 .............. www.gobos.com.br ........................................................... 3ª capa, 35 e 79

Guitar Player ................................. (11) 3721-9554 .............. www.guitarplayer.com.br ........................................................................... 24

Harman .................................................................................. www.harman.com ..................................................................................... 19

Hot Machine ................................. (11) 2909-7844 .............. www.hotmachine.ind.br ............................................................................ 91

João Américo Sonorização ............ (71) 3394-1510 .............. www.joao-americo.com.br ........................................................................ 56

Lyco .............................................. (11) 3675-2335 .............. www.lyco.com.br ....................................................................... 2ª capa e 03

Modern Drummer ......................... (11) 3721-9554 .............. www.moderndrummer.com.br .................................................................. 87

Mr. Mix ......................................... (21) 3375-1063 .............. www.mistermix.com.br ............................................................................. 06

Ninja Som ..................................... (11) 3550-9999 .............. www.ninjasom.com.br ............................................................................... 57

Oneal ............................................. (43) 3420-7800 .............. www.oneal.com.br ..................................................................................... 25

Pazini ............................................. (62) 3265-6100 .............. www.pazini.com.br ............................................................................ 4ª capa

Powerclick ..................................... (21) 2722-7908 .............. www.powerclick.com.br ............................................................................ 39

Projet Gobos ................................ (11) 3675-9447 .............. www.projetgobos.com.br .......................................................................... 43

Pro Shows ..................................... (51) 3589 -1303 ............ www.proshows.com.br ............................................................................. 67

Robe ....................................................................................... www.robe.cz .............................................................................................. 23

Sonex / OWA ................................ (11) 4072-8200 .............. www.owa.com.br ...................................................................................... 41

Sonotec ......................................... (18) 3941-2022 .............. www.sonotec.com.br ................................................................................ 09

Star Lighting .................................. (19) 3864-1007 .............. www.star.ind.br .......................................................................................... 83

SPL Alto-Falantes ......................... (47) 3562-0209 .............. www.splaltofalantes.com.br ....................................................................... 29

Tagima .................................................................................... www.tagima.com.br .................................................................................. 51

Taigar ............................................ (49) 3536-0209 .............. www.taigar.com.br .................................................................................... 15

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