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Edição 26 - Outubro 2011

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Vargem Grande do Sul e Região - Outubro de 2011 - Ano III - Nº 26 - Distribuição Gratuita

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EDITORIAL

EXPEDIENTEO Jornal do Produtor é uma publicaçãomensal, editado à rua Antônio Rodriguesdo Prado, 48, Bairro N. Sra. Aparecida,Vargem Grande do Sul - SP. E-mail:[email protected] - Fone: (19)3641-1392

Jornalista ResponsávelBruno de Souza - MTb 46.896Diagramação, Fotos e ArtesRicardo Falcão - Angelino Jr.

PublicidadesFernando W. Franco - (19) 9310-5700

Circulação: Vargem Grande do Sul -Aguaí - Águas da Prata - Caconde -

Casa Branca – Campinas( Ceasa) - Divinolândia - Espírito

Santo do Pinhal - Itobi – Itapetininga -Mococa - Santa Cruz das Palmeiras -Santo Antônio do Jardim - São João

da Boa Vista - São José do Rio Pardo- São Sebastião da Grama - Tambaú -Tapiratiba – Porto Ferreira - RibeirãoPreto - São José do Rio Preto. EmMinas Gerais Sacramento e Araxá.

Dia Nacionalda Pecuária

ASSINE O JORNAL DO PRODUTORPara assinar é fácil. Quem quiser receber os exemplares no conforto desua casa ou mesmo em sua empresa, basta entrar em contato com a dire-ção através do e-mail [email protected] parase cadastrar em nosso banco de assinantes e pagar uma taxa anual deR$ 50,00 referente apenas a despesas de correio.Vale destacar que o Jornal do Produtor é uma publicação mensal, sendodistribuido gratuitamente nas associações, cooperativas, sindicadose demais estabelecimentos ligados ao meio rural da região.

Em 14 de outubro celebra-se oDia Nacional da Pecuária. A criaçãode rebanhos é uma atividade de ex-trema importância para economiabrasileira. Diversas espécies animaiscontribuem para a obtenção de pro-dutos como leite, lã, mel, ovos e ain-da, para o fornecimento de carne ecouro.

A exigência do consumidor so-bre os produtos de origem animaltem se tornado maior a cada dia,tanto no Brasil, como no exterior. Àmedida que cresce essa exigência,cresce também o aperfeiçoamen-to do conhecimento e do controleda produção.

Para conquistar os mercados eu-ropeu e americano, a pecuária naci-onal tem adotado medidas rígidas,sobretudo no que diz respeito aerradicação e controle da febreaftosa. Outra medida que pode tor-nar o a pecuária brasileira mais com-petitiva, é a adoção e consolidaçãoda rastreabilidade – controle do ani-mal desde sua origem.

Atualmente a pecuária de corteno Brasil chama atenção. Seus nú-meros não param de crescer. Dadosapontam que hoje o mercado brasi-leiro possui o maior rebanho comer-cial do mundo, com mais de 200milhões de cabeças de gado. Anual-mente o brasileiro consome 39 qui-los de carne bovina e somos o ter-ceiro maior consumidor do mundo,perdendo apenas para os EstadosUnidos e China (primeiro e segundolugar respectivamente).

Especialistas acreditam que omundo crescerá de 7 para 9 bilhõesde pessoas no mundo em 40 anos –no Brasil a população sairá dos 190para 215 milhões de pessoas. Comisso, a oferta de carne precisa acom-panhar o crescimento populacional,passando de 290 para 500 milhõesde toneladas.

Daí a importância dos pecuaristasbrasileiros entenderem os aconteci-mentos ligados a cadeia de carne, vi-sando construir um cenário para ospróximos anos, com novos desafiose oportunidades.

Aprovado projeto que cria ProgramaPaulista da Agricultura de Interesse SocialMedida obriga governo paulista a comprar alimentos da agricultura familiar

A Assembleia Legislativa aprovouno dia 13 de setembro o projeto delei nº 688/2011, que cria o ProgramaPaulista da Agricultura de InteresseSocial (PPAIS). Esta proposta prevêque no mínimo 30% do valor gastopelo Estado de São Paulo com alimen-tos in natura, sejam destinados àcompra direta de produtos da agricul-tura familiar, procurando assim, in-centivar essa forma de produção. Osalimentos serão adquiridos para en-tidades governamentais como esco-las, penitenciárias, hospitais, entreoutros.

O projeto ainda depende de re-

gulamentação, que será propostapelo Conselho Gestor, e sanção do go-vernador Geraldo Alckmin, com pu-blicação de decreto no Diário Oficial.O Conselho Gestor é composto porvários órgãos estaduais, como a Se-cretaria de Agricultura e Abasteci-mento e a Secretaria da Justiça e daDefesa da Cidadania.

Para José Luiz Fontes, coordena-dor da Coordenadoria de AssistênciaTécnica Integral (CATI), a criação doPPAIS é um estímulo para os peque-nos e médios agricultores do Estado.“Além de contribuir para o desenvol-vimento do agronegócio paulista,

esse projeto vai incentivar a organi-zação e o empreendedorismo dosprodutores e ampliar o mercado con-sumidor”, comentou.

José Carlos Rossetti é novo coordenador da CATITomou posse no dia 28 de

setembro, como novo coorde-nador da CATI, José CarlosRossetti. O engenheiro agrôno-mo já havia coordenado a ins-tituição no período de 2001 aoinício de 2007, tendo amplaexperiência e conhecimento naadministração e nos trabalhosdas Casas da Agricultura, ondepor vários anos atuou na regiãode Jales, como técnico no mu-nicípio de Marinópolis e, tam-bém, como diretor da Regional.

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Programa de Aquisição de Alimentos beneficiapopulação carente de Divinolândia

O Programa de Aquisição de Ali-mentos (PAA) tem colhido excelentesfrutos em Divinolândia. Este projetodo Governo Federal visa comprar fru-tas, verduras e legumes dos peque-nos produtores do município e entre-gar a entidades filantrópicas. O pro-grama é desenvolvido pela Casa daAgricultura e conta com o apoio daprefeitura local.

Devido ao enorme sucesso alcan-çado pelo PAA, todas as terças-feiras,os alimentos adquiridos são encami-nhados para várias entidades, comoo hospital, a creche, o asilo, além deescolas e igrejas que repassam os pro-dutos para as famílias carentes domunicípio.

Bastante satisfeito com o resulta-do positivo deste programa, o prefei-to Ico esteve acompanhando a entre-ga dos alimentos na Igreja Assembleiade Deus - Ministério Meriti. “Este éum programa do qual me orgulhomuito, pois os mais necessitados es-tão tendo a oportunidade de ter uma

Todas as terças-feiras, os alimentos adquiridos são encaminhados para várias entidades do municípioalimentaçãomais saudável.Muitos não te-riam condiçõesfinanceiras deestarem con-sumindo fru-tas, verduras elegumes todasas semanas”,ressaltou oprefeito deDivinolândia.

O diretor deobras, Márcio,que acompa-nha semanal-mente o anda-mento do programa, também desta-cou a importância da parceira com asentidades. “As igrejas estão muitopróximas das famílias, portanto, co-nhecem a reais necessidades delas.Temos a certeza que quem mais pre-cisa dos alimentos está sendo bene-ficiado”, concluiu.

O programaCriado em 2003, o Programa de

Aquisição de Alimentos (PAA) é umadas ações do Fome Zero e tem comoobjetivo garantir o acesso a alimentosem quantidade e regularidade neces-sárias às populações em situação deinsegurança alimentar e nutricional.

Visa também contribuir para forma-ção de estoques estratégicos e permi-tir aos agricultores familiares que ar-mazenem seus produtos para que se-jam comercializados a preços mais jus-tos, além de promover a inclusão so-cial no campo.

O PAA é desenvolvido com recur-sos dos Ministérios do Desenvolvimen-to Social e Combate à Fome (MDS) edo Desenvolvimento Agrário (MDA).As diretrizes do PAA são definidas porum Grupo Gestor coordenado peloMDS e composto por mais cinco Mi-nistérios.

O programa é implementado pormeio de cinco modalidades, em parce-rias com a Companhia Nacional deAbastecimento (Conab), governos es-taduais e municipais. Para participar, oprodutor deve ser identificado comoagricultor familiar, enquadrando-se noPrograma Nacional de Fortalecimentoda Agricultura Familiar (Pronaf). A iden-tificação é feita por meio de uma De-claração de Aptidão ao Pronaf (Dap).

O prefeito Ico juntamente com o pastor Daniel e esposa fizeram aentrega dos alimentos adquiridos através do PAA

Rua Quinzinho Otávio, 421, Centro - Vargem Grande do Sul - SP

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Vem aí a 34ª Festa Nacional do Café

Na noite de segunda-feira, dia 26 desetembro, aconteceu o lançamento da34ª Festa Nacional do Café. O eventofoi realizado no Teatro Avenida, em Es-pírito Santo do Pinhal.

Na ocasião, a diretora de CulturaCecília Martini Del Guerra Borges deuas boas vindas a todos e frisou que pre-tende junto da prefeita Marilza Robertoda Costa fazer com que o evento sejacada vez mais reconhecido no cenárionacional.

Logo após, os produtores FranciscoFilho e Rodrigo Sandoval se pronuncia-ram, afirmando que estão se empe-nhando ao máximo para que o alto ní-

Evento será entre os dias 26 a 30 de outubro no Estádio Municipal“José Costa”, em Espírito Santo do Pinhal

vel da festa seja o diferen-cial desta edição. “As trêsempresas envolvidas na or-ganização formam hojeuma única empresa cha-mada ‘34ª Festa Nacionaldo Café’”, disseram.

Em seguida, o diretor deAgricultura Islê Ferreira fa-lou sobre a importância docafé na região e a prefeitaMarilza destacou que orga-nização e qualidade da fes-

tividade serão os principais atributosdesta edição do evento.

AtraçõesA 34ª Festa Nacional do Café está

programada para ocorrer entre os dias26 a 30 de outubro no Estádio Munici-pal “José Costa”, em Espírito Santo doPinhal.

A abertura da festividade será no dia26, com o show da dupla Milionário eJosé Rico. Já no dia 27, está programa-da a apresentação da Banda Eva. No dia28 será a vez de João Bosco e Viníciusagitarem o evento, enquanto que a du-pla Fernando e Sorocaba será a atração

do dia 29. O encerramento do evento édia 30 e será marcado com o show deMunhoz e Mariano. Além disso, haveráum palco alternativo, onde grupos mu-sicais da cidade terão oportunidade dese apresentar e mostrar seus talentos.

De acordo com a organização, se-rão comercializados 3 mil passaportesdivididos em dois lotes, sendo que o pri-meiro custará R$ 60,00 e o segundo R$70,00. Eles já estão à venda e serãocomercializados pelas entidadesassistenciais e pelo Departamento deCultura e Turismo.

Já os camarotes dão direito ao in-gresso de dez pessoas no recinto e es-tão sendo comercializados ao valor deR$ 1.500,00.

O show de abertura com a duplaMilionário e José Rico terá caráter to-talmente beneficente, pois o ingressoserá um quilo de alimento não perecí-vel ou o valor de R$ 5,00.

AtendimentoPara saber mais informações sobre

a 34ª Festa Nacional do Café, bastacontatar o Departamento de Cultura eTurismo pelo telefone (19) 3651-2970.

Eventos agropecuáriosprogramados para novembro

Dias 5 e 6 - 21ª Furusato Matsuri -Mogi das Cruzes.Informações:Prefeitura e Associação dosAgricultores do CocueraDia 11 a 20 - 37ª Faisa (FeiraAgropecuária e Industrial de SantoAnastácio) - Santo Anastácio.Informações: Prefeitura - (18) 3263-942210ª Festa da Uva e do Pêssego -Atibaia. Informações: Prefeitura - (11)4414-2200 / Associação CentroComunitário Bairro Boa Vista - (11)9913-861912ª Festa da Melancia - Avencas /Marília. Informações: Associação dosProdutores e Secretaria Municipal deAgricultura / Prefeitura Municipal - (14)3415-36982ª Festa do Café - Garça. Informações:Prefeitura, CMDR e Casa da Agricultura- (14) 3471-03233ª Festa do Shiitake - Cunha.Informações: Prefeitura e Casa daAgricultura13ª Festa do Eucalipto e 4ª Feira doEucalipto - Salesópolis. Informações:Prefeitura - (11) 4696-841523ª Exposição Nacional deOrquídeas - Botucatu. Informações:Centro Orquidófilo Botucatuense - (14)9718-8188Obs: Antes de ir a qualquer um desseseventos, procure sempre contatar aorganização para saber mais detalhes

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No dia 16 de setembro, aCooperbatata (Cooperativados Bataticultores da Regiãode Vargem Grande do Sulpromoveu um treinamentosobre os princípios de incên-dio. O curso ocorreu no siloda cooperativa e teve o apoiodo bombeiro Pompéia.

O treinamento foi voltadoaos funcionários e porteiros,bem como ao técnico de se-gurança do trabalho Sérgio, aenfermeira do trabalhoSheila Beatriz e ao gerente dosilo João Luis.

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Problemas na importação batata-semente foram debatidos com ministro Mendes Ribeiro FilhoCadeia produtiva de batata reivindica mudanças em legislação

Representantes da cadeia produ-tiva de batata estiveram em Brasíliapara tratar das dificuldades enfren-tadas pelo setor na hora de importarbatata-semente e buscar o apoio doMinistério da Agricultura Pecuária eAbastecimento (MAPA) para a produ-ção nacional. A reunião ocorreu naterça-feira, dia 20 de setembro, nogabinete do ministro Mendes Ribei-ro Filho e foi acompanhada pelo de-putado federal Mauro Mariani.

Durante o encontro, estiverampresentes representantes da ABBA(Associação Brasileira da Batata),ABVGS (Associação dos Bataticultoresda Região de Vargem Grande do Sul),ANABA (Associação Nacional da Ba-tata) e APROSESC (Associação dosProdutores de Sementes e Mudas doEstado de Santa Catarina).

Na ocasião, eles destacaram quea produção nacional – mercado fres-co, indústria chips e pré-fritas conge-ladas – depende 100% de variedadesdesenvolvidas no exterior. Além dis-so, está cada vez mais difícil a produ-

Bruno de Souza

ção nacional de batata-semente de-vido a sérios problemasfitossanitários como a murchadeira(Ralstonia solanacearum) e possivel-mente a mosca-branca, que tudo in-dica está transmitindo geminivírus.

Reunião: integrantes da cadeia produtiva de batata se encontraram com o ministro Mendes Ribeiro Filho para debater mudanças na lei

De acordo com os representantesda cadeia produtiva, alguns agricul-tores que utilizam de baixa tecnologiautiliza batata consumo (“parte baixa”– tubérculos com diâmetros de 30 a40 mm) como semente. Com isso,

eles consequentemente obtém bai-xas produtividades e disseminam pra-gas e doenças. Já os produtores dealta tecnologia, apesar de produziremsementes para uso próprio, necessi-tam importar mais batata-semente,principalmente para as indústrias deprocessamento de chips (atlantic) epré fritas (asterix e markies).

Diante deste panorama, os re-presentantes da cadeia produtivaexplicaram que até a promulgaçãoda nova Lei de Sementes em 2006,decisões corretas e exequíveiseram discutidas e definidas na Co-missão Técnica de Batata Semen-te (CTBS), grupo coordenado peloMAPA, formado por representan-tes de produtores, empresas im-portadoras e instituições que tra-balham diretamente com batata-semente e órgãos governamentais.Segundo eles, antes da mudançana legislatura, a produção nacionalde batata-semente, assim como asimportações eram atividades roti-neiras e funcionais.

Batata é um dos alimentos mais consumidos no Brasil

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Mudança na lei deixou a situaçãodifícil para cadeia produtiva de batata

Com a mudança na lei, os repre-sentantes da cadeia produtiva debatata relataram que a situação setornou insustentável. De acordocom o grupo, as atuais legislaçõesinerentes a batata-semente estãodesatualizadas e mudanças estãosendo implementadas através dedecisões tomadas em reuniões fe-chadas por pessoas que não conhe-cem o suficiente sobre a realidadedeste caso. “As importações de ba-tata semente estão enfrentando inú-meras restrições nunca antesexigida. Centenas de lotes causaraminjustamente imensos prejuízos aosprodutores devido à falta deantisoros e da alegação de excessode presença de terra aderidas. Noentanto, lotes similares são impor-tados a mais de cinco décadas”, ale-garam. “A produção nacional nuncaesteve tão complicada. Enquanto emalguns Estados é possível legalizar aprodução de batata-semente, emoutros, isto é impossível, apesar dalegislação ser valida em todo o terri-tório nacional. Como consequência

Plantio anual envolve sete Estados, ocupando uma área de 100 mil hectares e gerando milhares de empregos

desta situação a produção nacionalde batata-semente praticamentedesapareceu ou se tornou informal”,mencionaram.

Preocupados com esta situação,os representantes da cadeia produ-tiva alertaram o ministro MendesRibeiro Filho sobre as consequênciadestes problemas, pois podem ge-rar Imensos prejuízos econômicos,além da disseminação generalizadade problemas fitossanitários, odesabastecimento das indústrias dechips e palito, assim como o desin-teresse de empresas em ofertar no-vas variedades, o que acarretaria nadecadência ou mesmo a falência dosegmento de batata-semente. “Amodernização e prosperidade dacadeia brasileira da batata não de-vem ser impedidas, pois prejudicarámilhões de brasileiros, desde produ-tores, trabalhadores, empresas pri-vadas e publicas e o mais importan-te, os consumidores, pois somos ca-pazes de produzir batatas de exce-lente qualidade durante 365 dias porano”, destacaram.

NúmerosEm 2010, a batata se consolidou

como o terceiro alimento mais con-sumido no mundo. No Brasil, além deser um dos alimentos mais consumi-dos pela população, seu plantio anu-al envolve os Estados do Rio Grande

do Sul, Santa Catarina, Paraná, SãoPaulo, Minas Gerais, Goiás e Bahia,ocupando uma área de 100 mil hec-tares. São mais de 5 mil produtoresde aproximadamente 150 municípi-os que cultivam batata, o que empre-ga milhares de trabalhadores.

Plantio de batata no país envolve mais de 5 mil produtores

Falcão Foto & Arte

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Arrancadeira de Batata

Diagnóstico precoce evita bacteriose do Maracujá

Um pequeno pedaço da folha domaracujá, fruto refrescante e saboro-so do qual derivam produtos comes-tíveis e cosméticos, é suficiente parase proceder ao diagnóstico precoceda presença da bactériaXanthomonas axonopodis pv.passiflorae, responsável por uma do-ença que ataca os maracujazeiros etraz prejuízos aos produtores. A pes-quisa foi realizada na Escola Superiorde Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ) pela bióloga e doutorandaCarla de Freitas Munhoz, no Progra-ma de Pós-Graduação em Genética eMelhoramento de Plantas. Foi avali-ada a diversidade genética de isola-dos da bactéria patogênica do mara-cujazeiro e desenvolveu-se um pro-tocolo para a identificação e o diag-nóstico desse patógeno.

O Brasil é o maior produtor e con-sumidor mundial do fruto, porém acultura tem registrado significativasperdas pela bacteriose, doença de di-fícil controle e de ocorrência genera-lizada. “O patógeno causa a manchaoleosa ou bacteriose do maracujazei-ro, doença que além de acarretar abaixa produção de frutos, pode cau-sar a morte das plantas”, revela a pes-quisadora.

Assim, a pesquisa orientada porMaria Lúcia Carneiro Vieira, do De-

Método desenvolvido na ESALQ pode ser útil aos proprietários de viveiros para que façam umatriagem em suas mudas antes de distribuí-las aos produtores, evitando a disseminação da doença

partamento de Genética(LGN), teve esforços con-centrados para o desenvol-vimento de um kit de diag-nóstico que indica a pre-sença da bactéria ainda emestágio inicial da doença epode evitar a dissemina-ção do patógeno e o avan-ço dos sintomas.

MetodologiaA diversidade genética

de uma coleção de 87 iso-lados bacterianos,coletados em 22 cidades de São Pau-lo, Minas Gerais, Paraná e Distrito Fe-deral, foi analisada utilizando-se per-fis moleculares gerados pela técnicadenominada AFLP. Nove isolados queatacam outras lavouras (uva, alho,mandioca e feijão, por exemplo) foramincluídos nas análises genéticas, mos-trando perfis moleculares distintos dopatovar passiflorae. Nos pomares deBauru, Lençóis Paulista, Piratininga,Avaí, Fernão e Limeira, as plantas es-tavam doentes, possibilitando a cole-ta do patógeno. Nos pomares de Lins,Guaimbê, Analândia e Corumbataí nãohavia incidência da doença. No Valedo Ribeira, percebeu-se que lá nãohavia incidência da doença, o quepode ser explicado pelo clima da re-

gião que, apesar de úmido, não apre-senta temperaturas muito elevadas,favoráveis ao patógeno.

Foram detectadas diferenças gené-ticas, associadas à região geográficaaonde o isolado bacteriano foi coleta-do. “Parte do genoma daXanthomonas do maracujá foi analisa-da, comparando-se com os demaispatovares e notou-se que existia umabase nucleotídica que diferenciava osisolados que atacam os maracujás dosdemais das outras lavouras”, explicaMaria Lúcia. “O protocolo moleculardesenvolvido para a detecção da bac-téria se mostrou eficiente, ou seja, éespecífico para a detecção da bactériado maracujá”, ressalta a orientadora.O protocolo é fundamentado na rea-

ção em cadeia da polimerase (PCR),que amplifica uma sequência especí-fica do DNA do patógeno, permitindose desenvolver um kit que diagnosticaa presença da bactéria. “Isso é impor-tante para os produtores e viveiristas,ou seja, dispor de uma metodologiarápida de diagnóstico do patógenoantes do aparecimento dos sintomas.O conjunto de primers (Xapas), dese-nhado a partir da sequênciaintergênica 16S-23S rRNA, se mostrouespecífico para o patovar passiflorae,que foi detectado em toda a nossacoleção”, afirma Carla.

Enfim, as pesquisadoras concluemque o protocolo desenvolvido para odiagnóstico do patógeno é útil aosproprietários de viveiros que podemfazer uma triagem em suas mudas an-tes de distribuí-las aos produtores,evitando a disseminação da doença.Também, pode ser útil aos pesquisa-dores que trabalham com abacteriose do maracujá para certifi-carem-se ou da presença (ou não) dopatógeno em seus ensaios ou ao co-letarem plantas assintomáticas.

O trabalho realizado na ESALQ,com financiamento da FAPESP, tam-bém teve a participação de pesqui-sadores do Instituto Agronômico deCampinas (IAC) e da Universidade Es-tadual de Londrina (UEL).

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Prefeitura de São José do Rio Pardorealiza manutenção de estradas rurais

A prefeitura de São José doRio Pardo continua investindoem obras de melhorias nas viasrurais do município. Desta vez,está sendo acumulado entulhona estrada de Paula Lima, queserá utilizado na elevação doleito para evitar as constantesenxurradas e alagamentos queocorrem na área.

O entulho de construçãoserá compactado com terra.Também está previsto a aber-tura de sangrias para escoamento daágua das chuvas. De acordo com aprefeitura, trata-se da solução defini-tiva para um problema de muitosanos que prejudica a vida de pelo me-nos 300 famílias que moram naquelaregião. Os trabalhos serão realizadosem pelo menos um quilômetro deestrada, começando da ponte sobreo Rio Fartura, próximo ao antigo Ma-tadouro Municipal, seguindo até aOlaria do Salotti.

A Secretaria de Agricultura MeioAmbiente vem conduzindo um traba-lho diferenciando nas estradas muni-cipais. “Na medida do possível, faze-mos inicialmente o alargamento das

estradas, com a máquina pácarregadeira retirando a vegetação,tentando dar à via a largura permiti-da por lei, ou seja, 6 metros de leitocarroçável e mais 1,50 metro de cadalado”, comentou. “Feito isso, nós en-tramos com a motoniveladora, quefaz o acabamento, tapando os bura-cos com terra ou cascalho. Por fim, aretroescavadeira faz as sangrias e cai-xas de contenção necessárias paraevitar que as águas das chuvas des-truam as estradas”, explicou o secre-tário Felipe Quessada.

De acordo com ele, em algumasvicinais a prefeitura já conta com aparceria de proprietários rurais, que

fazem as curvas de nível de suaspropriedades viradas ao contrá-rio de onde passa a estrada.“Com isso, acreditamos quepara as próximas chuvas mui-tas estradas do nosso municí-pio não serão prejudicadas,com exceção daquelas em quenão houve essa participação ecolaboração do produtor. Essetrabalho de conscientizaçãojunto aos proprietários ruraisiniciou-se este ano, ou seja, eles

recebem e ficam com as águas daschuvas, não jogando nas estradas”,comentou. “Para o próximo exercício,daremos sequência a esse projeto,que com certeza irá melhorar consi-deravelmente boa parte das nossasestradas. Quem mais ganhará comisso, serão os proprietários rurais, queevitarão quebras constantes de seusveículos e terão um escoamento me-lhor de seus produtos. Também sebeneficiarão os alunos transportadosdiariamente da zona rural para a ur-bana e a Prefeitura que, com certe-za, irá economizar e muito com mão-de-obra, maquinas e combustível”, fi-nalizou Quesada.

Divinolândiaconserva vias

rurais

A prefeitura deDivinolândia tem dado umaatenção especial às estradasrurais do município. Segundoo prefeito Ico, a conservaçãodas vicinais se faz necessáriajá que a agricultura é a princi-pal fonte de renda da cidade edepende da boa escoação.

Recentemente, as máqui-nas trabalharam na adequa-ção da estrada da Serra da Sa-mambaia. De acordo com oprefeito Ico, várias estradas jáforam adequadas para o perí-odo das chuvas e outras maisserão arrumadas.

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6º Concurso de Qualidade de Café Santa Luzia premiou produtores

Evento realizado em Espírito Santo do Pinhal contou com a participação de vários produtores

Aconteceu no dia 23 de setem-bro a premiação da 6ª edição doConcurso de Qualidade de CaféSanta Luzia, em Espírito Santo doPinhal. O evento contou com apresença da prefeita Mari lzaRoberto da Costa, além de várioscafeicultores. Na ocasião, forampremiados os três melhores pro-dutores de café da região nas ca-tegorias Café Natural e Café Ce-reja Descascada.

De acordo com a organização,os três melhores de cada catego-ria serão inscritos no ConcursoEstadual do Café Prêmio “AldirAlves Pereira - 2011”, evento or-ganizado pela Câmara Setorial deCafé da Secretaria de Agriculturado Estado de São Paulo. Alémdisso, os ganhadores receberamprêmios como insumos, defensi-vos, máquinas e fertilizantes.Após o anúncio dos vencedores,um coquetel foi servido aos con-vidados.

Categoria Café Natural1º lugar: Ronaldo Galvani (Galvani Agropecuária Ltda - São João da Boa Vista)2º lugar: Maurílio Belli (Sítio Santa Luzia - Espírito Santo do Pinhal)3º lugar: Paulo Batista Belli (Sítio Morro Azul - Espírito Santo do Pinhal)4º lugar: Jonas Tadeu Ragazzo (Sítio Santa Lúcia - Espírito Santo do Pinhal)5º lugar: Mauro Belli (Sítio Rancho Alegre - Espírito Santo do Pinhal)6º lugar: Paulo Moretto (Fazenda Mamonal - São João da Boa Vista)

Categoria Cereja Descascado1º lugar: Felipe Eduardo Moreau (Fazenda Rancho Grande - Espírito Sto. do Pinhal)2º lugar: Arnaldo Franco Moraes (Sítio São João - Espírito Santo do Pinhal)3º lugar: Guilherme C. Porto (Fazenda São João - Itapira)4º lugar: Joaquim F. Monteiro (Fazenda Santana - Santo Antônio do Jardim)5º lugar: Humberto Pascuini (Sítio Recreio Nossa Sra, do Carmo - Espírito Sto. do Pinhal)6º lugar: Ronaldo Galvani (Galvani Agropecuária Ltda - São João da Boa Vista)

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Aparelho garante comunicação rápida e eficaz no campo

A agilidade na comunicação éfundamental, principalmente paraquem trabalha ou mora no cam-po. Diante desta necessidade, omonocanal telefônico é uma alter-nativa eficaz e econômica para oagricultor.

Este aparelho foi especialmen-te projetado para realizar umaperfeita extensão da linha telefô-nica, sem fios e sem postes. Oequipamento permite ao usuáriocontar com um telefone aonde ne-cessitar, vinculando-o de formaradioelétrica com uma central te-lefônica – pública ou privada – oucomo uma extensão de linha te-lefônica particular.

O equipamento é composto deduas unidades compactas e robus-tas: a “Base Rural” (que vaiconectada a uma linha telefônica)e a “Base Assinante” (a qual seconecta um telefone comum, fax,computador, telefone sem fio,etc).

Desta maneira os serviços detelefonia poderão estender deforma remota a todo lugar ondeseja necessário (casa, oficina, fá-

Monocanal telefônico é uma alternativa econômica para o agricultor. Equipamento foi projetado para realizaruma perfeita extensão da linha telefônica, sem fios e sem postes

brica ou zona rural) e não existapossibilidade de instalação diretada rede telefônica, ou onde oscustos de implantação de linha fí-sica são elevados.

Além disso, existem vantagensdo monocanal em relação a tele-

fonia celular. Seu custo de utiliza-ção – tarifa telefônica – é igual deuma linha telefônica convencio-nal. Outro ponto positivo é o bai-xo valor da manutenção e o fun-cionamento bom em locais precá-rios.

TecnologiaO Rádio Monocanal NetVoicer

Slim full duplex, comporta um ca-nal telefônico para transmissão devoz, e está apto para conexão comcentrais telefônicas automáticas adois fios (Serviço STFC).

O NetVoicer Slim foi especial-mente projetado pela ETELJ paraatender as necessidades de tele-fonia no setor rural. O aparelhopossibilita a ligação via rádio, dotelefone de uma base assinante àcentral telefônica da cidade (STFC)mais próxima onde se encontrainstalado a base central. Vale des-tacar que o aparelho atende to-das as especificações e normas detelecomunicações nacional.

InformaçõesPara saber mais sobre o

monocanal telefônico, bastacontatar a empresa Master Segu-rança e Telecomunicações, repre-sentante da Etelj na região.

O atendimento pode ser fei-t o a t r a v é s d o t e l e f o n e ( 1 9 )3 6 2 3 - 5 3 9 0 o u p e l o s i t ewww.mastersegtel.com.br.

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Novos produtos são lançados parao manejo fitossanitário em hortifruti

A Unidade de Proteção de Cultivos daBASF inova mais uma vez e disponibilizamais duas soluções para o manejofitossanitário em hortifruti: o biofungicidaSerenade e o feromônio de confusão se-xual Cetro.

Inicialmente, Serenade poderá ser uti-lizado nas culturas de cebola, maçã e mo-rango. “O biofungicida oferece aos produ-tores vantagens e benefícios no controlede importantes doenças e terá papel im-portante em estratégias de programas in-teligentes de controle de doenças daBASF”, explica o coordenador de Pesquisae Desenvolvimento de Produtos Biológi-cos da BASF para América Latina, FabrizioCarbone Romano.

Seu princípio ativo é uma bactéria gran-positiva Bacillus subtilis. Trata-se de umagente biológico não patogênico, comumno solo e na água. O produto tem comocaracterística principal inibir o desenvolvi-mento de outros agentes biológicos noci-vos às plantas e presentes na natureza.

Indicado para o manejo de resistênciade fungos e possibilitando flexibilidade deaplicação em intervalos mais curtos de pré-colheita e de reentrada no campo,Serenade, além do excelente controle de

Biofungicida Serenade e o feromônio sintético Cetro são novas opções apresentadas pela BASFdoenças, ajuda a pro-porcionar elevadaprodutividade e me-lhor qualidade das la-vouras, além de me-lhor gerenciamentodos limites máximosde resíduos. O produ-to já demonstrou seuamplo espectro decontrole em mais de50 culturas ao longode seus mais de 6.000testes de campo re-alizados pelo mun-do. “O biofungicida adequa-se perfeita-mente aos programas direcionados à ca-deia de valor alimentar, desenvolvidos pelaBASF. Com ele, reafirmamos nossoposicionamento como empresa líder eminovação e com foco no cliente, trazendosoluções para os produtores e consumi-dores” comenta o gerente de Marketingpara Hortifruti da BASF, Eduardo Eugênio.

A comercialização do Serenade no Bra-sil é resultado da parceria entre a BASF e aempresa AgraQuest. O acordo prevê licen-ça, fornecimento e distribuição dobiofungicida para aplicações foliares e

drench (colo da planta) em cultivos agrí-colas de inúmeros países da Europa, Áfri-ca, Oriente Médio, Ásia e América Latina.Os direitos incluem a distribuição exclusi-va em países não cobertos pelas atuais par-cerias da AgraQuest.

Ferômonio sintéticoJá Cetro é um ferômonio sintético com

tecnologia desenvolvida pela BASF para ocontrole populacional da mariposa orientalou broca-dos-ponteiros (Grapholita moles-ta). O produto age causando desorienta-ção ou confusão sexual dos machos inter-

rompendo o seu ciclo e evitando a repro-dução da praga. Seu uso é recomendadoem pomares de maçã, pêssego, nectarina,ameixa, pêra entre outras frutas nas quaisincide esta importante praga.

Cetro reproduz o efeito do feromôniosexual produzido pela fêmea de Grapholitamolesta na natureza. Acondicionado emdispensers, permite uma homogênea dis-tribuição no campo e a liberação controla-da e uniforme do feromônio por toda aárea. Com a confusão sexual dos machosestabelecida pelo feromônio nos poma-res, a cópula não ocorre, interrompendoa reprodução, reduzindo a população dapraga e, consequentemente, os prejuízospara o produtor. Esta é uma forma de pro-porcionar o aumento de rentabilidade,pois seu efeito duradouro mantém a po-pulação da praga sob controle até a faseda colheita.

Dentre as vantagens de Cetro vale res-saltar que o produto não gera resistênciada praga, é de fácil aplicação e não causaefeitos negativos nos inimigos naturais.Outra vantagem está no fato do produtoajudar a proporcionar uma colheita de fru-tos mais sadios, que atendem às normasde tolerância de exportação.

Maçã tratada com nova tecnologia da BASF

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Radar Técnico

“O que engorda o gado é o olho do dono”Desde os

tempos anterio-res ao períodode minha facul-dade, escuto acélebre frase:“O que engordao gado é o olhodo dono”. Sem-

pre fiquei pensando nisto. Acho quepara toda a atividade, seja comércioou produção, o proprietário neces-sita estar presente e se fazer pre-sente. Isto torna o negócio rentávelou não, pois às vezes o sucesso dedeterminada técnica empregada napropriedade tem seu sucesso ou fra-casso nesta peça importante que éo “proprietário”, “patrão”, “dono”ou como o queiram chamar.

Vou dar um exemplo: o uso dainseminação artificial no Brasil atra-vessa décadas de existência. Seu usoé amplamente divulgado e conheci-do, milhões de doses de sêmen pro-duzidas, animais provados para gan-ho de peso e produção de leite, po-rém, só uma pequena parte das pro-priedades consegue gerenciar estaatividade! Por quê?

O raio-x da questão é que os pro-prietários mandaram o funcionáriofazer o curso de inseminação artifi-cial, fez o investimento, adquiriu osmateriais necessários, calculou ospossíveis rendimentos, mas ele mes-mo não aprendeu a técnica. Com

isso, em um curto prazo de tempo,ele percebeu o prejuízo, pois osnascimentos dos bezerros nãoatingiram o percentual esperado,aumentaram os gastos e ele (pro-prietário) não viu. Com isso, seuinvestimento foi ruim e a culpa se

creditou a técnica empregada.A mão-de-obra é parte essen-

cial e crucial da atividade. E estapode ser melhorada com treina-mento que repassa conhecimen-to, porém, há a necessidade desupervisão. O supervisor é o queprecisa saber mais, que precisa tero “olho” treinado na atividade,conseguindo assim ser o observa-dor que fará a diferença, enxergan-do os pontos a serem corrigidos enão creditar a culpa na “coitada”da técnica que foi empregada.

O que quero destacar é quetoda atividade para ser bem suce-dida necessita de conhecimento eexperiência. E esta última se ad-quire com o tempo. Por isso sem-pre achei que por mais distanteque o proprietário esteja de seunegócio, ele deve ter boas noçõessobre as técnicas empregadas. Ca-minhamos para um horizontedentro da agropecuária onde nãose permitirá falhar e dominar seunegócio pode fazer toda a diferen-ça, para tanto ponha o olho emcima do seu gado se não ele nãoengorda.

Alessandro de Souza Médico Veterinário

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Brasil pode produzir mais carne bovina comtecnologias de pecuária de corte

O diretor-executivo da BigmaConsultoria, Maurício Palma No-gueira, apresentou no dia 5 de se-tembro, em São Paulo, estimati-vas que apontam que a demandamundial por carne bovina devecrescer do volume atual de 64 mi-lhões de toneladas para 73 mi-lhões de toneladas em 2020. Du-rante o painel “Pecuária de BaixoCarbono: um novo paradigma pro-dutivo para o Brasil”, realizadodurante o FEED 2011, organizadopela Confederação da Agriculturae Pecuária do Brasil (CNA), o pre-sidente do Fórum Nacional Per-manente da Pecuária de Corte daCNA, Antenor Nogueira, afirmouque o Brasil tem condições de pro-duzir mais, de forma sustentável,para atender à demanda adicionalprevista para os próximos anos.

Segundo o representante daBigma Consultoria, o Brasil tem202 milhões de cabeças que pro-duzem 9 milhões de toneladas decarne. Os Estados Unidos têm re-banho de 97 milhões de cabeçase produzem 2 milhões de tonela-

Pecuária de Baixo Carbono foi tema de debate no FEED 2011, realizado em São Paulo

das de carcaças de carne bovina.“Do ponto de vista zootécnico,nós temos que melhorar muito,considerando aspectos como nu-trição, sanidade e qualidade doanimal”, afirmou. Para AntenorNogueira, diferentes sistemas deengorda, inclusive com o uso deaditivos, permitem que os ameri-canos produzam mais na compa-

ração com o Brasil. “Se tivéssemosas mesmas condições, teríamoscondições de produzir mais. A pro-dução brasileira é muito competi-tiva”, afirmou.

Nogueira lembrou que, no Bra-sil, os animais são kabatidos compeso médio de 18 arrobas. Nos Es-tados Unidos, os animais vão parao frigorífico com 22 ou 23 arrobas.

O professor do Departamento deZootecnia da Escola Superior deAgricultura Luiz de Queiroz(Esalq), da Universidade de SãoPaulo (USP), Dante Pazzanese,acrescentou que, na Europa, osanimais são abatidos com 22arrobas, peso que é impossível deser atingido em países como o Bra-sil, que criam o animal no sistemaa pasto.

Palma Nogueira também ava-liou que a produção brasileirapode crescer em função da ado-ção de tecnologias voltadas paraa pecuária de corte. Essa não é,segundo ele, uma realidade paraoutros países, como os da África.“Pode haver crescimento na China,mas eles consomem tudo o queproduzem”, afirmou. O gerente desustentabilidade da divisão de bo-vinos do Marfrig, Mathias Almeida,lembrou que a sustentabilidade éuma preocupação também das in-dústrias. No caso do Marfrig, oreuso de água e o aproveitamentode resíduos são duas práticas cons-tantes. (CNA)

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Produtores se destacaram no 8º Concurso de Qualidade de CafésConsiderado um dos mais importantes do gênero na região, evento objetiva a seleção de lotes de café de alta qualidade

O bom paladar esteve em altadurante o 8º Concurso de Quali-dade de Cafés promovido pela

Associação dos Cafeicultoresdo Vale da Grama. Consideradoum dos mais importantes do gê-nero na região, o evento foi rea-lizado em setembro em São Se-bastião da Grama. O encerra-mento e a premiação ocorreramno dia 17, no Clube Literário eRecreativo Gramense (C.L.R.G.).

O concurso objetiva a seleçãode lotes de café de alta qualida-de. Nesta edição houve um totalde 30 amostras inscritas, sendo16 da categoria café natural (viaseca), além de 11 da modalida-de café cereja descascado (viaúmida) e três microlotes prepa-rados em qualquer forma. Todosos lotes de café foram colocadosem padrão e codificação.

Durante a aval iação foramchamados os provadores de caféFábio Martins Ruellas, LucianoVargas Sampaio e Th iagoCandido de Oliveira Costa (repre-sentando a Associação dos Cafei-cu l tores do Va le da Grama) ,

Mauro Benedett i (SMC), JackRobson Silva e Joel Shuler (am-bos da Syngenta).

Após as avaliações, a próximaetapa do concurso foi a realiza-ção da cerimônia de premiaçãoe a entrega dos troféus aos ga-nhadores e dos certificados aosparticipantes. Durante o evento,a mesa de autoridades foi com-posta pelo prefeito Emilio BizonNeto; o presidente da Associa-ção dos Cafeicultores do Vale daGrama, Sebastião Carlos do Nas-cimento; o presidente do Sindi-cato Rural de São Sebastião daGrama, João Batista de Andrade,o diretor do escritório regionalda Coordenadoria de AssistênciaTécnica Integral (CATI), o enge-nheiro agrônomo João BatistaV ivarelli; além dos representan-tes dos patrocinadores MauroBenedetti e Jack Robson Silva.

Após as formal idades , fo iprestada uma homenagem a Cel-so Augusto Leornard i deAndrade, tesoureiro da Associa-ção dos Cafeicultores do Vale daGrama.

RankingCategoria Cereja Descascado1º lugar - Lúcia Maria da Silva Dias (Fazenda Santa Alina)2º lugar - José dos Santos Cecílio Filho (Fazenda BelaVista da Grama)3º lugar - Homero Teixeira de Macedo (Fazenda Re-creio)4º lugar - Eliane de Andrade C. Nogueira (Fazenda ÁguaLimpa)

Categoria Natural1º lugar - Idalina Maria de Andrade Ferreira (FazendaSão Geraldo)2º lugar - Aparecido Elizeu do Nascimento (Sítio SãoFrancisco)3º lugar - Lúcia Maria da Silva Dias (Fazenda Santa Alina)4º lugar - Arnaldo Alves Vieira (Fazenda Baoba)

Categoria Micro Lote1º lugar - Maria Aparecida do Nascimento (Sítio Sa-mambaia)2º lugar - Fioravanti Malagutti (Sítio São Paulo)