amol magazine 22 - outubro 2011

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A magazine about architecture, cinema, fashion, music, photography and theatre.

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comLili Lopes

Conheci a Lili quando se candidatou a New Face e fizemos a primeira sessão fotográfica.Veio bem preparada, com um bom guarda-roupa e a sessão correu bem.

A Lili revelava algum à-vontade, boa disposição e cumprimos os objectivos da sessão: fotografar a New Face que veio a sair na revista de Abril.

Mantivemos contacto e, nas nossas conversas no Msn, fomos pensando na possibilidade de fazer uma nova sessão… Só que as nossas “agendas” foram obrigando a adiamentos sucessivos.

Já decorria o concurso lançado pela Amol para trazer uma New Face para a capa, quando conseguimos voltar a fotografar. A Lili ainda não tinha ganho, mas já se destacava das outras concorrentes e, salvaguardando a possibilidade de uma surpresa, tudo indicava que seria a vencedora.

Foi uma óptima sessão. E, durante a sessão, acordámos que, caso a Lili fosse a vencedora, tentaríamos fazer ainda outra sessão antes de nos juntarmos para fotografar a capa, de modo a potenciar o trabalho conjunto e tornar as coisas mais fáceis para a produção final. E esta terceira sessão decorreu duas semanas antes da que deu origem à nossa capa e às fotos agora publicadas na entrevista da Lili.

de new face para a capa

Texto e fotos de Pedro Cabral

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apoios:

A Lili foi pontual, como sempre. Apesar de ter de se deslo-car de Fafe para o Porto, foi a quarta vez que trabalhámos em conjunto e nunca se atrasou.Chegou bem-disposta, descontraída. Alguma ansiedade para ver as roupas que a Florisa confeccionou especial-mente para esta sessão, e podemos dizer que ficou agra-davelmente surpreendida com a qualidade e os porme-nores de todo o trabalho da Florisa: quatro conjuntos de roupas, com todos os acessórios e descrição detalhada de como os utilizar (a Florisa não podia estar presente).

De seguida, entregou-se à Clarisse… que a penteou e maquilhou. Mais um trabalho espantoso da Clarisse que, na ausência (por motivos profissionais) da Marta, fez tam-bém o make-up.

Seguiu-se a sessão fotográfica.E, aqui, a Lili foi surpreendente. Conseguimos trabalhar em sintonia perfeita (resultado das sessões anteriores?) e nem a presença da equipa da mvmTV a desconcentrou. Penso que foi a sessão Capa mais rápida que já realizei e… os resultados foram surpreendentes.

Para finalizar, tenho de salientar a atitude da Lili que nunca escondeu o desejo de ser capa, mas também não receou aparecer como New Face e soube agarrar a oportunidade que a Amol abriu com este concurso. De salientar ainda a atitude de todas as outras concorrentes que se envolveram neste concurso e foram um óptimo exemplo de compa-nheirismo e fair play… todas vencedoras! |a

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Ficha técnica

Direcção: Equipa AmolResponsável informático: Tiago SilvaDesign: Miguel MeiraRelações Públicas: Maria João LimaColaboradores editoriais: Cátia Fernandes, Daniela Reis, Luís Trigo,Maria João Lima, Mariana Lambertini, Miguel Meira, Nuno Pinheiro e Pedro CabralFotógrafo: Pedro Cabral

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Já podes ter a tua revista em versão impressa.Envia um mail [email protected] ou [email protected] nome, morada e número de contribuinte - não te esqueças de dizer que pretendes a versão impressa da Amol magazine n.º 22 -, seguido do número de exemplares.Ao mesmo tempo, informa que efectuaste o pagamento portransferência bancária para o NIB 0032-0114-00200523873-56 com a data da transferência e o nome do teu banco emissor. Após confirma-ção, será feito o envio da revista.

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De New Face para a Capa

Editorial

Portfólio: MA Photography

Música

Arquitectura

Moda

Capa: Lili Lopes

Teatro:Entrevista com Diana Alves Costa

Música:Entrevista com Dona Lu

Cinema:Reportagem no MotelX 2011

Fotos dos nossos leitores

Espaço

New Faces/New Models

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E D I T O R I A L

Cá estamos a cumprir a promessa de tra-zer uma New Face, escolhida pelos nossos leitores, para a capa da Amol magazine. Esperamos que a foto que escolhemos satis-faça os leitores que aguardam, com alguma ansiedade, para ver a “menina de Fafe” na capa. E recordamos que, para além da capa, e das nossas páginas interiores, vão poder vê-la, durante a primeira semana de Outubro, na mvmTV... Uma reportagem a não perder!

Assinalamos, também, a chegada de mais um elemento à nossa equipa: a Helena Oliveira passa a assegurar a entrevista da secção de Música. Esperamos que fique muito tempo connosco!

Este mês, tivemos de tomar uma opção algo difícil. O crescimento de 8 páginas (de 64 para 72) que aconteceu em Setembro fez disparar o preço da Amol impressa de 5 para 9 eu-ros... Um custo que consideramos despro-porcionado para o aumento de páginas que efectuámos. E, apesar da nossa vocação ser de revista online, sabemos que alguns dos nossos leitores gostam de ter a revista impres-sa. Para evitar o aumento, tivemos de voltar a emagrecer a revista (e deixar alguns artigos de fora). Estamos atentos a esta situação e vamos pesar as vantagens e desvantagens de deixar a revista crescer.

E é tudo. Esperamos continuar a ser a vossa revista!

A equipa Amol1 de Outubro de 2011

sumário

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MA photographyTemos dedicado estas páginas à apresentação de portfólios individuais de fotógrafos portugueses com trabalhos que consideramos de interesse.Pela primeira vez, abrimos esta secção a uma equipa. Com um trabalho a não perder.

portfólio

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MA photographyTemos dedicado estas páginas à apresentação de portfólios individuais de fotógrafos portugueses com trabalhos que consideramos de interesse.Pela primeira vez, abrimos esta secção a uma equipa. Com um trabalho a não perder.

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Quem são os MA photography?

A sigla MA photography vem dos nossos pri-meiros nomes, Maria e Alex, ambos fotógrafos deste projecto, sendo o Alexander também maquilhador.

Vocês são 100% profissionais ou têm outras formas de garantir a vossa sustentabilidade?

Nós queremos fazer da Fotografia a nossa vida. Talvez um dia. Mas, por enquanto, es-tudamos na Faculdade: o Alex em Fotografia e a Maria João em Design de Comunicação, ambos no Porto.

MA Photography, um jovem casal que se dedica à Fotografia.Este projecto começou a ser divulgado em Fevereiro de 2011, através de uma simples página do Facebook. Hoje, arrecada mais de 20 mil seguidores.

MA photography

O público tem sido a nossa maior recompensa

portfólio

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Como é que Fotografia apareceu na vossa vida?

Muito antes de nos conhecermos e começar-mos a namorar, tínhamos esta paixão inexpli-cável pela Fotografia. À medida que nos fomos conhecendo e trocando ideias, explorámos mais ainda a Fotografia, fazendo trabalhos em conjunto.

Estão satisfeitos com o vosso trabalho? Sentem que o público reconhece o valor do que fazem?

Nunca pensámos que o feedback fosse tão posi-tivo. Como fotógrafos amadores, não sabíamos o que esperar. O público tem sido a nossa maior recompensa pelos nossos trabalhos e agradece-mos-lhe todo o apoio que nos tem dado.

Quais são as principais dificuldades com que se deparam?

Não penso que possamos chamar-lhes dificul-dades. Temos, sim, metas a atingir e obstáculos mais complicados, mas com dedicação e em-penho temos ultrapassado isso e vemos aquilo a que muitos chamam dificuldades como uma meta. Hoje em dia nada é fácil, mas também não devemos ver as coisas como dificuldades.

vemos aquilo a que muitos chamam dificuldades como metas a atingir

MA photographyportfólio

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Como vêem a Fotografia em Portugal?

Apesar de ser muito complicado singrar em Portugal apenas como fotógrafo, Portugal está repleto de fotógrafos. Aliás, há cada vez mais profissionais e amadores e existe cada vez mais uma disputa entre estes dois ramos. Pensamos que, acima de tudo, deve haver respeito pela Fotografia, porque apesar de ser um mundo já muito explorado é infinito.

Quais são as vantagens de trabalhar em equipa?

No nosso projecto, o trabalho de equipa é fundamental e indispensável, não só na ide-alização de projectos e trocas de ideias, mas também na realização dos mesmos. Ter quatro olhos em cima do projecto é sempre melhor do que dois.

apesar da disputa entre profissionais e amadores,pensamos que deve estar o respeito pela Fotografia acima de tudo

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O que mais gostam de fotografar?

Moda, sem dúvida.

O que é que não fotografam (porque não gostam)?

Não fotografamos nu artístico, por exemplo, não porque não gostamos. Como ainda não temos bases e noções suficientes para explo-

rar esse ramo, ainda não arriscámos.

MA photographyportfólio

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Ao longo da vossa experiência como equi-pa, o que mais tem evoluído?

Sentimos uma evolução enorme nos resul-tados fotográficos, isto porque olhamos para fotografias iniciais, para fotografias recentes e para nós e sentimos uma evolução enor-me, quer na produção quer no tratamento das imagens.

Quais são as vossas referências fotográficas?

Sobretudo, trabalhos de Moda e retratos.

Há fotógrafos que vos inspiram?

Annie Leibovitz, Erez Sabag, Signe Vilstrup, entre outros.

Quem gostariam de fotografar? Onde?

O quem, para nós, não está muito em ques-tão. Gostamos de usar caras novas para criar novas visões e trabalhos. Barcelona é um dos sítios onde gostaríamos de realizar um trabalho.

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Qual é a proposta de sonho que estão à espera que alguém vos faça?

Uma espécie de maratona fotográfica, uma proposta para viajar pelo Mundo e fotografar modelos em ambientes completamente diferentes. Algo do género: nós e uma câmara a dar a volta ao Mundo. O resultado iria ser engraçado!

MA photographyportfólio

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O que mais é importante dizer sobre vós? Aproveitem este espaço para dar aos nos-sos leitores a oportunidade de vos conhe-cer melhor.

O mais importante sobre MA Photography é que começámos como fotógrafos amadores com uma visão própria acerca do mundo foto-gráfico e, aos poucos, estamos a desenvolver o nosso mundo, a chegar a cada vez mais pes-soas e a estudar profissionalmente para isto. O que começou por ser um sonho para nós, torna-se agora realidade. Qualquer pessoa merece ser fotografada e ter uma oportunidade de ter uma experiência diferente!

Obrigado pelo vosso tempo. |a

MA photographyportfólio

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It’s all true é o quarto álbum dos Junior Boys, uma dupla canadiana que se move nos ca-minhos do Electropop, Synthpop, Indie pop

e do R&B. A voz sexy e hipnótica arrasta-se por entre melodias que, se fossem mais gri-tadas e munidas de guitarras rasgadas, até podiam ser Indie rock.Iguais a si próprios, os Junior Boys apresen-tam grooves electrónicos de meter respeito a qualquer produtor de R&B ou Nu-soul, conse-guindo manter uma aura extremamente sóbria

e obscura que lhes permite ter o respeito dos ouvintes mais esquisitinhos.Pensem em pós-Punk, em Disco, em Dub-step. Tentem imaginar um disco frio e quente ao mesmo tempo. Em lento, muito lento. E em bonito, muito bonito.Se, no fim destes três parágrafos, ficarem com-plemente confusos em relação à catrefada de estilos presentes neste disco, então é porque perceberam exactamente do que estamos aqui a tratar. É questão de ouvir. |a

música

Junior Boys - It’s All TrueTexto de Nuno Pinheiro

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Não, não se trata de uma pergunta. Os mais fundamentalistas anti-automóvel certamente considerá-la-iam retórica.

Mas é precisamente para evitar esse funda-mentalismo que abro com este texto um pe-queno espaço de reflexão, procurando expor as vantagens e desvantagens da questão aci-ma exposta – que se pretende, no fim, ser a favor da diminuição de automóveis.Em primeiro lugar, definir centro. No Porto (local de onde vos escrevo), esta é uma defini-ção relativamente consensual. Relativamente, porque na generalidade compreende-se o cen-tro confinado a um determinado território. No entanto, no acto da aproximação geográfica, quando se trata de identificar exactamente que ruas/praças deverão ser incluídas nesta defini-

ção, a coisa pode tornar-se um pouco menos consensual. Porque não é do Centro Histórico que apenas se fala, mas sim do centro patrimo-nial e direccional, que também envolve as fre-guesias da Baixa do Porto. Segundo lugar: ao aplicar políticas de desincentivação do uso do automóvel no centro, importa ter em conta que se trata de um hábito enraizado(díssimo!) e que deve ser tratado cuidadosa e gradualmente. Impedir que de repente os carros circulassem numa grande porção do território central só iria matá-lo, tornando-o inóspito inclusive para moradores, com consequências económicas graves para toda a cidade. Importa, pois, uma abordagem gradual, de experimentação e sensibilização e, sobretudo, uma diversificação das acessibilidades, para que o abandono do

arquitectura

Porque devem os centros ter poucos carrosTexto de Miguel MeiraFotografia de Mariana Lambertini

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automóvel possa ser colmatado com formas alternativas de deslocação, como a bicicleta, os transportes públicos e, em última instância, para percursos mais curtos, os próprios pas-seios – leia-se, a pé.

Benefícios. Sem querer parecer provinciano, re-correndo constantemente aos exemplos do exte-rior, passo a enumerar, sem recurso a qualquer exemplo prático, algumas das vantagens que a priori me parecem justificar estas políticas:a) Redução do ruído urbano. Um óptimo convite à fixação de residentes e diferentes tipos de ne-gócio que exijam maior silêncio envolvente;b) Libertação do espaço público, permitindo apropriações diversas por pessoas e negó-cios, não só de rua, como pela extensão dos interiores até à rua;c) Potenciamento do turismo. Nenhum turista

gosta de almoçar ou passear entre o fumo dos automóveis;d) Financiamento dos transportes públicos. Mais gente nos transportes, mais dinheiro nos cofres destas empresas;e) Melhor saúde física. A menor utilização do automóvel propicia uma maior exercitação do corpo nos percursos a fazer.f) Menor degradação do património edificado e do espaço público urbano;g) Etc.

Como o espaço é curto, fico-me por aqui. Aproveito para dizer que este texto serve como prólogo àquela que será provavelmente a me-lhor notícia de Setembro na cidade do Porto: no final do mês, a Ribeira fechará definiti-vamente ao trânsito. Àqueles que puderem, façam bom proveito! Eu serei um deles. |a

Rua de Santa Catarina, Porto

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No dia 8 de Setembro, Lisboa deu, pela segunda vez, as boas-vindas à Vogue Fashion’s Night Out (FNO).

Nesta noite, as lojas contrariaram o horário que cumprem no resto do ano e mantiveram-se abertas para o serão de compras mais me-morável de 2011. Este projecto existe a nível mundial, pelo que Lisboa não comemorou a solo. Várias outras capitais aderiram a esta iniciativa e, na sua maioria, no mesmo dia, à mesma hora, todas as lojas prolongaram o horário transformando serões de compras em verdadeiras noites de festa. Pretende-se com este evento fomentar o comércio e promoção da cidade, contando com isso com a presen-ça de celebridades, profissionais de Moda e seguidores.O evento é de tal forma um sucesso, que este ano já viu o circuito de lojas e ruas aumen-tado, pelo que das 19h às 23h não faltaram

áreas e lojas a visitar, fossem estas últimas de beleza, Moda ou lifestyle, mas o must mesmo foi que não se ficaram pelo horário acrescido, presenteando os clientes e transeuntes com promoções, descontos, festejos, decorações especiais, tudo o que uma festa – como o FNO – merece.A vossa colaboradora não deixou de se passear por lá, e absorver todos os detalhes maravi-lhosos de uma festa que não sabia daquela dimensão… Deixo-vos um cheirinho (acreditem é só mesmo um cheirinho) do que viveram (ou perderam, e espero que não seja este o caso) e a curiosidade que alimente a vontade para não perderem a próxima edição, que está longe ain-da, mas que todos querem que volte rápido.E esta reportagem não podia acabar de outra forma que não com o slogan do espectacular evento: “Vão mesmo ficar em casa”? (numa próxima vez, porque esta já lá vai…) |a

moda

Fashion’s Night Out:A noite mais happy e after hours do anoTexto de Daniela ReisFotografia de João Paulo

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Se queres consultar com frequência mais publicações de moda, além das que faço na Amol magazine, acompanha o meu blog em http://theclosetvoice.blogspot.com.Dúvidas e questões para [email protected]

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Lili LopesLiliana Lopes, funcionária administrativa, elemento de uma banda, modelo. Tem 22 anos e reside em Fafe. New Face na revista de Abril, vencedora do nosso concurso para trazer uma New face à capa. A primeira capa da Amol magazine anunciada com antecedência.Fotografia: Pedro Cabral | Make Up & Hairstylist: Clarisse Fernandes | Guarda-roupa: Royal Corsetry

capa

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Lili Lopes

Olá, Lili. Provavelmente, muitos dos nossos leitores já te conhecem. Chegas à nossa capa com o seu

apoio entusiasta. De qualquer modo, quem és tu? Fala-nos um pouco de ti.

A Lili Lopes é uma menina, mulher meni-na… Que luta, e sempre lutou, por aquilo em que acredita. Não se fica só pelos so-nhos. Tenta, acima de tudo, alcançá-los. Sou uma apaixonada pela vida, adoro vi-ver e sobretudo saber viver. A minha maior virtude é ser amiga, o meu maior defeito é ser orgulhosa. Defino-me numa só palavra: Lutadora!

Como apareces no mundo da Moda e da Fotografia?

Comecei a trabalhar em Moda logo após ter terminado o meu curso de Moda e TV numa agência em Lisboa. O meu maior salto foi talvez com a participação que fiz num videoclipe.

Mantendo-nos focados na Moda: o que se-ria para ti uma proposta de sonho?

Penso que qualquer trabalho para uma marca conceituada, algo onde o meu trabalho pudes-se vir a ser ainda mais reconhecido.

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Tens muitos cuidados para manter a for-ma? É difícil estar pronta para trabalhar em Moda e Fotografia?

Confesso que não. Não tenho tempo para frequentar ginásios, por exemplo… O único cuidado que tenho é com a alimentação, isso sim. E, para quem ama a Moda, não é difícil estar pronta para a realização de trabalhos: é pegar na mala e... Siga!

Em que pensas quando fotografas ou desfilas?

Não penso. Ou melhor, penso na máquina fo-tográfica que está à minha frente. Essa sim, é o meu ponto de interesse!

Sabemos que também fazes parte de uma banda. Queres falar-nos disso?

Sim, sou bailarina, não só de uma banda. Iniciei-me na área da Música há cerca de 7 anos. É algo que amo, também. É diferente da Moda.

Moda ou Música? Qual a área que mais te interessa?

É difícil escolher uma, pois tenho uma enorme paixão pelas duas áreas. E, tanto na Música como na Moda, tu vestes uma personagem por momentos… Mas penso que optaria pela Moda.

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Lili Lopesamol magazine | 29

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E os teus tempos livres?Como os ocupas?

Adoro estar com os meus amigos. Adoro con-vívio... Sou muito sociável e, qualquer tem-po livre que tenha, dedico-o aos amigos e família.

Onde te encontramos nas tuas saídas?

Pode ser em qualquer sítio. Num café, num bar, na noite, num concerto… Eu pertenço ao mundo (risos)!

Quais os teus projectos para futuro?

Projectos tenho muitos, sonhos ainda mais! E lutar pelos meus objectivos é um dever meu. Lutarmos por aquilo que queremos deveria ser uma obrigação! O futuro só a Deus pertence… Mas, como se costuma dizer, “o melhor, há que guardá-lo para nós”.

O que pensas do projecto Amol?

O projecto Amol é magnífico. Não só pelos temas abordados, não só pela visibilidade que dá às modelos e fotógrafos, mas também pela excelente equipa que dele faz parte. Trabalhar com a Amol é um gosto.

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New Face em Abril, Capa em Outubro. Como te sentes?

É um sentimento inexplicável, a realização de mais uma etapa no meu percurso de vida. Desde já, aproveito para agradecer a todos os meus familiares, amigos, colegas e conhecidos pelo apoio que me transmitem, pelas palavras amigas, pelo jantar realizado em comemora-ção da Capa de Outubro… Tudo mesmo. Não tenho palavras para lhes agradecer.

Foi difícil trabalhar connosco?

Difícil? Nada disso. Felizmente, tive a oportu-nidade de trabalhar com excelentes pessoas - pessoas essas a quem deixo aqui o meu mais sincero obrigado. Pessoas amáveis, queridas, que fazem com que não seja somente mais um trabalho, mas que seja sim “o” trabalho.

Obrigado, Lili. |a

ser Capa da Amol é um sentimento inexplicável,é a realização de mais uma etapa no meu percurso de vida

capa

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Diana Alves CostaDiana Alves Costa, actriz profissional, é a nossa entrevistada de Teatro do mês de Outubro. Entrevista de Luís Trigo | Fotografias cedidas por Diana Alves Costa

Olá Diana. Desde já, obrigado por aceitares a entrevista. Para primei-ra pergunta, nada como começar

com: “Quem é a Diana Alves Costa”?

Olá, Luís. A Diana é actriz desde 2006 e foi na escola de Teatro que definiu a sua personali-dade. Sou divertida, não tenho muitos amigos, mas gosto muito dos que tenho. A minha maior qualidade é, sem dúvida, ser boa colega.

Com que idade percebeste que o Teatro era uma estrada para o teu futuro?

Foi só na escola de Teatro. Entrei na escola em 2003 com a ideia de fazer dobragens e, algures no meio do curso, descobri outras vo-cações... E nunca fiz dobragens e não sinto falta.

teatro

levei muito do Teatropara a Educação

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Então, porque decidiste fazer um curso (Balleteatro – escola profissional), quando poderias tão somente dirigires-te a um es-túdio e fazer uma audição?

Eu acho que a formação é muito importante. Tenho noção de que basta uma audição para que se entre num determinado projecto, mas eu, sem a mínima noção do que era a minha voz, preferi aprender e ainda hoje aprendo. A formação serve para isso mesmo. Falta-me tanto aprender agora, quanto mais na altura.

Estreaste-te profissionalmente quando?

Com William Gavião, no Teatro Reactor, em 2007, num projecto que ainda hoje existe cha-mado Salve a Língua de Camões, leituras encenadas de textos de língua lusófona.

Antes de continuarmos com a parte do Teatro, falemos num aspecto curioso. Tiraste o curso superior de Educação porquê? Não seria melhor tirar um curso superior em Teatro?

Foi por acidente. Quando acabei o Balleteatro, fiz audições para um curso superior de Teatro e Educação em Coimbra, e entrei. Fiquei lá uma semana até perceber que todos os meus cole-gas não tinham formação de Teatro. Repara: entras num curso superior e ninguém sabe quem é Brecht ou Beckett. Isso fazia-me con-fusão, porque via colegas do curso profissional que já estavam a trabalhar e bem. Portanto, decidi fazer um curso superior, mas que me completasse. Sempre tive ideia de dar aulas a crianças e achei que o curso superior de Educação poderia ajudar a complementar o curso profissional de Teatro.

E ajudou?

Ajudou a complementar o meu curriculum. Não sei se levei muitas coisas de Educação para o Teatro, mas sei que levei muito do Teatro para a Educação. Era e sou uma activista da educação pela Arte.

Voltemos ao Teatro. Depois de te estreares em 2007 e até agora, qual é a tua opinião do públi-co português? É um público preguiçoso?

Acho que sim. Sobretudo no Inverno ou quando está a chover, nota-se que o público adere menos ao Teatro. É preciso apostar mais na publicidade nessas alturas. Contudo, é nesses momentos que sabe melhor ter público, porque sabes que está um tempo mau lá fora, mas aquelas pessoas estão ali para te ver. Saíram do seu conforto para poder ter um pouco de Cultura. Por outro lado, o público é muito preguiçoso se tiver de ver uma peça, um filme que os faça pensar muito. Se calhar, pela conjuntura actual, mas a verdade é que, quando têm de pensar muito não o fazem, preferindo peças ou telenovelas supérfluas.

Depois do público, podemos agora falar de algo que eu já referi num artigo. Achas que a carteira profissional deveria existir nos profissionais da Representação? Porquê?

Sim, mas só se valer a pena. Se houver carteira profissional, mas as grandes produtoras não forem obrigadas a usar certo número de actores profissio-nais, a carteira profissional não passará de um sta-tus. Considero importante, porque é um documento necessário que valoriza a nossa profissão, tão me-nosprezada. Dou-te um exemplo: muitas vezes, quando digo “Sou actriz”, logo a seguir perguntam-me “Ai que giro, mas a sua profissão qual é?”.

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Então consideras que a profissão de Actor, em Portugal não é valorizada?

Não é valorizada logo pelo ministério da Cultura (que já nem existe), porque se não tens sub-sidio não és considerado profissional. Nós, que nos viramos ao contrário para fazer o que gostamos, não somos considerados profissio-nais. Se o nosso Estado trata assim os artistas, porque é que o público há-de fazê-lo? Ainda há pouco tempo, numa entrevista de empre-go para um infantário, insinuaram que por ser actriz era boémia!

Como te compreendo... Agora, falemos do teu percurso teatral. Como constróis as tuas personagens?

Primeiro, leio o texto muitas vezes. Tento fazer o percurso da personagem, percebendo a sua evolução na história e a sua dimensão psico-lógica, para poder brincar com ela. Depois, nos ensaios, que é a parte mais importante do processo criativo, experimento vários cami-nhos para descobrir a personagem. O facto de andar em transportes públicos ajuda, porque procuro e encontro qualquer tipo de persona-gem que queira. Se quiser fazer uma perso-nagem amargurada, coisa que felizmente não sou, procuro e naturalmente encontro alguém assim que me dá ferramentas para poder ser o mais verosímil possível.

o público prefere peçasou telenovelas supérfluasa algo que faça pensar

Acção: Reacção!

O que mais gostas:Comédia

O que detestas:Maus colegas

Alguém inspirador:Eunice Muñoz

Quem tem de trabalhar um dia contigo:Herman José

Futuro:Está em branco, não fico presa a nada

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Então, quando se diz que Teatro é Vida, é por-que o Teatro é inspirado na Vida?

Em princípio, o Teatro anda à volta disso, servin-do para educar, para chamar a atenção, pondo pessoas a pensar. Portanto, se pensarmos assim, o Teatro é Vida. Se uma pessoa vê algo numa peça que a faça repensar as suas atitudes e a mude enquanto pessoa, então o Teatro faz parte da Vida.

Todos nós, pessoas, somos portanto actores na Sociedade? Temos várias capas sobre a nossa identidade?

Todos nós temos o Bem e o Mal dentro de nós e temos de canalizar essas camadas para fazer o melhor que nós conseguimos. Todos somos actores em sociedade, mas só em sociedade. É o interessante do Ser Humano. Alguém que aparentemente não faça mal a ninguém pode ser o maior assassino e, no entanto, a sua capa não mostra isso. É um exemplo um pouco dark, mas é isto que tem interesse estudar. Uma pessoa linear, que não tem dimensão psicológica, é bá-sica e sem interesse. Tal como uma personagem básica em Teatro.

Dentro dos vários géneros teatrais, qual gos-tas mais de fazer?

Teatro Contemporâneo, pelas possibilidades que tem. No Teatro Contemporâneo, podes trabalhar as personagens de maneira diferente. Facilmente, encontras uma peça contemporânea sem perso-nagens definidas. Por exemplo, em Martin Crimp (autor), as personagens não têm nome, não tem sexo, não sabes se são muitas personagens ou poucas... Deixa-nos livres e isso é o que me agra-da mais no Teatro.

Se realmente o Teatro Contemporâneo é o que te agrada, qual o porquê de teres feito Teatro de Revista?

Trata-se de uma experiência como outra qual-quer... Mas eu fui para a Revista por causa das plumas (risos). Agora a sério, o primeiro contacto que tive com Teatro, em pequena, foi com o Teatro de Revista. Via A grande noite e todas as peças que ainda davam na RTP. Notei que, na escola, era um género descredibilizado ou chamado gé-nero menor, mas quis experimentar e gostei. E farei outra vez, caso surja a oportunidade, mesmo não tendo plumas (risos).

Soube que dás formação. Agrada-te ensinar o que sabes?

Neste momento, estou a dirigir o Sabor a Teatro, que é um grupo de Teatro amador, em Ermesinde. Agrada, embora sendo pequenina e não poden-do ensinar muito, mas agrada sobretudo porque tenho o cuidado de saber o que estou a dizer. Mais do que transmitir conhecimento (seja lá isso o que for), agrada-me o facto de poder estudar mais e crescer ao aprender certos aspectos que ajudarão no desenvolvimento dentro da minha profissão.

Projectos futuros ou actuais?

Quero dar aulas a pequeninos, quero experimen-tar fazer uma série. Mais do que novelas, as sé-ries é algo que me agrada. Actualmente, estou a trabalhar numa editora com um projecto voltado para o Teatro, na companhia 3 Pancadas, e quero é que dê certo. Estou focada nisto para dar cer-to, depois explorarei outros horizontes. Pretendo também continuar a formar-me e fazer o refresh do que aprendi até agora. |a

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Deixo aqui este e-mail: [email protected], para sugestões,críticas ou, quem quiser, divulgar o seu trabalho de Teatro e Representação.Estejam à vontade, somos uma revista democrática!

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Como surgiu o nome Dona Lu?

Escolher um nome para um projecto é sem-pre complicado. Depois de várias propostas, numa noite após termos ido ver um concerto, pensámos mais a sério nesse assunto e então o Ricardo (vocalista) deu a ideia de Dona Lu. E pronto, assim ficou. É um nome vulgar e que nos faz ficar mais perto das pessoas. É vulgar chamar a alguém Dona Lu ou ouvirmos alguém chamar Dona Lu, portanto achámos que era um bom nome, que iria entrar rapida-mente na cabeça das pessoas.

Como se formaram?

Nós já nos tínhamos encontrado em al-guns festivais de música e éramos adver-sários. Então, fomo-nos conhecendo uns aos outros até que surgiu oportunidade de entrarmos num desses concursos juntos... E funcionou bastante bem! Começámos a encontrar-nos para brincar um pouco na Música e para nos divertirmos, por prazer, até que decidimos, por brincadeira, publicar uma música na net. E aí tudo mudou, para melhor claro.

Postaram uma música nas redes sociais e, em menos de meia hora, ficaram surpreendidos com o número de visualizações que chegou quase ao milhar. Os detentores da proeza são os Dona Lu, naturais de Guimarães, e que se uniram no mesmo projecto. Depois de Longe, vie-ram as Palavras e os Dona Lu não mais pararam. Entrevista de Helena Oliveira

música

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Palavras atingiu o top das rádios ao ser disponibilizado na net. Foi, de facto, algo inesperado?

Sim, sem dúvida. Nós tínhamos postado um ví-deo anteriormente com a música Longe, tendo sido esta a primeira, que foi uma experiência e que teve bastantes visualizações. Então, decidimos colocar outra que rapidamente teve centenas de visitas, em poucas horas, e apare-ciam rádios interessadas em passar a música. De repente, começou a entrar nos tops, não só em Portugal, mas também lá fora, o que foi de facto algo que não esperávamos nunca que acontecesse. Foi um ponto de viragem para os Dona Lu.

Em menos de uma hora, tiveram quase um milhar de visualizações. Como foi verem esses números?

Foi muito bom. Tentámos fazer um pouco de marketing nas redes sociais, fazendo uma con-tagem decrescente para algo que ia acontecer, para os nossos amigos verem. Colocámos o vídeo à meia-noite do último dia de Dezembro e publicitámos no Facebook, no Myspace e num blogue que criámos propositadamente para isso. De repente, passadas 2/3 horas, o vídeo já tinha perto de 1000 visualizações e, na manhã do dia 1 de Janeiro, já tinham mais de 1500. Portanto, foi uma surpresa... Um vídeo feito para amigos que se espalhou muito rapidamente. Tanto que, no dia 3 de Janeiro, fomos contactados para uma entrevista numa rádio para falarmos do projecto.

Estavam à espera deste feedback?

É claro que não, até porque, na altura, não passava de uma brincadeira de amigos e para amigos, e, com a quantidade de música que há no Youtube e que havia a passar nas redes sociais, não esperávamos que isso aconteces-se. Foi uma boa surpresa para nós, que nos fez olhar para este projecto com outros olhos: bem mais a sério.

As redes sociais são cada vez mais uma forma de divulgação?

Com certeza. Se não fossem as redes sociais, provavelmente não haveria Dona Lu, ou então ainda estaríamos a fazer música para nós na sala de ensaio, para nos divertirmos um pouco. As redes sociais foram a nossa porta de en-trada para que as pessoas nos conhecessem. Através delas, conseguimos mostrar aquilo que fazíamos para nós e que as pessoas acabaram por gostar de ouvir.

É portanto necessário também saber tirar partido destas redes sociais?

Sim, é verdade. Nós tentámos usar uma estraté-gia, criar um certo suspense, uma surpresa em torno do que tínhamos para mostrar. Isto deixou várias pessoas curiosas em saber o que iria acon-tecer no 1 de Janeiro de 2011. Depois, foi gerir tudo isso, tentar publicitar ao máximo a música e fazer com que as pessoas partilhassem para que outras pudessem conhecer. No início, massacrá-mos um pouco, mas foi isso que nos deu alguma visibilidade também. Agora, limitamo-nos a colocar as nossas notícias e novidades de concertos ou entrevistas, entre outras coisas, para que as pes-soas possam acompanhar o nosso percurso.

é um nome vulgar que nos faz ficar mais perto das pessoas

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A primeira música, o primeiro vídeo...Porquê?

A primeira música não foi difícil, porque tínha-mos várias... Não ainda totalmente prontas, mas que estavam já mais ou menos criadas. O vídeo surgiu porque o César, um elemento dos Dona Lu, trabalha em Fotografia e Vídeo e disse que tinha uma máquina nova, que queria fazer umas experiências. Então, num dos ensaios, decidimos trabalhar bem uma música e fazer um vídeo. Achámos que era muito bom para que as pessoas se interes-sassem mais pela nossa música. Seria mais fácil com imagens a acompanhar a música que suscitasse a vontade de ver o vídeo e ouvir a música, para não termos um pano de fundo preto nos suportes audiovisuais. Resultou muito bem.

São uma fusão de géneros e estilos porque retiram o melhor de cada um dos quatro elementos?

Sim, claro. Somos os quatros diferentes, ou-vimos todo o tipo de música e acima de tudo somos apaixonados pela Música. Isso faz com que as músicas tenham um pouco de cada um de nós. Cada um dá o seu toque pessoal à música e isso faz com que no final tenha uma identidade. Pensamos que conseguimos fazer música boa, mas, ao mesmo tempo, música simples que qualquer pessoa, seja de onde for e que idade tiver, consegue e gosta de ouvir. Optámos também pelo Português nas letras, porque é a nossa língua, e porque queríamos provar que também há muito boa música e projectos portugueses, a cantar em Português. Isso aproxima-nos das pessoas. O Português embeleza as nossas músicas.

música

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as nossas músicas têm um pouco de cada um de nós

Rejeitam o título de banda por não serem apenas mais uma.

O mundo da música é um mundo complicado e em Portugal, que é um país pequeno e com grandes e bons músicos, é difícil sin-grar neste meio. Há projectos que aparecem muito rapidamente e que, de repente, desa-parecem apesar de serem bons projectos. Há imensos músicos, imensas bandas... Nós queríamos algo diferente, ou seja, vamos convidando pessoas diferentes para tocar ou participar em algumas das nossas músicas e concertos.

Como foi estarem nomeados na catego-ria Musical da Gala Bigger Magazine?

Foi obviamente muito bom e surpreendente, porque os Dona Lu têm 8 meses. Além de que, aqui na zona Norte, existem centenas de bandas e projectos com mais historial do que nós. Portanto, foi uma surpresa para nós. Crescemos bastante e somos bastante ouvidos pelas pessoas aqui no Norte (Minho). Nós ainda não temos bem a noção da quantidade de pessoas que nos ouvem, porque de repente parecia que já todos nos conheciam. Agradecemos muito à Bigger Magazine o facto de termos sido nomeados.

Quais são as vossas principais influências?

Como já referimos, ouvimos muita música. É um pouco complicado dizer com quem nos identificamos exactamente... Temos um pouco de Pop rock, Blues, numa onda acústica também. No entanto, não temos nenhuma banda como referência.

O que vos inspira a escrever músicas?

É uma pergunta complicada. Como músi-cos, gostamos de criar. É algo que está sempre ligado a nós. Tentamos fazer músi-cas que toquem as pessoas, que lhes diga algo, sobre sentimentos, sobre o dia-a-dia. Optamos por músicas bem-dispostas, ale-gres na sua maioria, mas também temos músicas mais calmas. Temos um pouco de tudo.

Quem escreve?

Normalmente, é o Miguel. A maior parte das músicas foram escritas por ele, mas te-mos a Palavras que resultou de uma busca nuns textos de uma amiga (Ângela Amorim). Fizemos uma montagem de partes desses textos e o refrão foi escrito por nós. Já a Balada da Ironia foi escrita pelo Cristiano, pelo Ricardo e também por um amigo, o Carlos Lima.

Como conciliam a actividade profissional de cada um de vocês com a Música?

Normalmente, essa parte é a mais compli-cada. É difícil conciliar os horários de traba-lho de toda a gente, mas tentamos sempre arranjar um tempo para trabalharmos nas músicas e para as promoções dos Dona Lu. Tentamos ser flexíveis e, até ao mo-mento, temos conseguido arranjar tempo para tudo.

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Como foi a primeira vez que os Dona Lu pisaram o palco?

Fizemos um show case num bar em Guimarães, no dia 2 de Abril. Tocámos seis temas numa festa de aniversário de uma empresa de eventos, a MaisquEventos, e ficámos surpreendidos quando chegámos e vimos que a casa estava comple-tamente cheia e todos cantavam as músicas que já estavam nas redes sociais. No dia 20 de Maio, fizemos o primeiro concerto dos Dona Lu no Auditório Municipal de Vieira do Minho, que também encheu. Foi uma sensação maravilhosa. Apresentámos todos os nossos 16 originais.

Como é a receptividade do público?

Até agora tem sido fantástica e estamos mui-to, muito gratos. Sempre que tocamos, temos casas completamente cheias. As pessoas can-tam as músicas, participam muito nos temas. Tentamos também construir alguns temas para que o público possa interagir connosco, o que tem resultado muito bem. Vamos estar no dia 28 Setembro em Braga no Ynot bar, num con-certo intimista. Vai ser muito bom.

Qual seria o palco a que gostavam de subir?

A todos os que existem em Portugal e no resto do mundo. É uma pergunta complicada, porque queremos tocar em todo o lado e levar a nossa música ao maior número de pessoas possível. Temos muita ambição e muita vontade, mas, por vezes, isso só não chega. Estamos, neste momento, a trabalhar para encontrar um agen-te ou promotor para o nosso projecto, para nos levar para todos os palcos... Mas os festivais de Verão e o Pavilhão Atlântico seria bom! De facto, ainda não pensamos bem nisso. Temos os pés assentes na terra!

Como vêem o actual panorama da Música Nacional?

Têm aparecido projectos novos muito bons e em Português, o que é muito bom. Apesar de Portugal ser um país pequeno, está cheio de talentos e de criatividade. Consideramos que está no bom caminho no que respeita à Música... O problema é em termos de público, que nem sempre corresponde ao pretendido. Também é complicado ser músico no Norte, porque a maior parte das oportunidades sur-gem mais no Centro: há mais variedade e mais procura em vários aspectos, desde estúdios, promotores, público, entre outras coisas. Mas os Dona Lu, até ao momento, têm tido um pú-blico fantástico em todos os lugares que têm visitado.

Acham que é possível viver só da Música em Portugal?

Ainda é um pouco complicado. Pelo menos até agora, não achamos que seja possível. Se assim fosse, vivíamos só para os Dona Lu... Mas é muito complicado. Para viver da Música, é preciso ter já um estatuto nacional ou internacional. Portugal ainda está aquém de alguns países que apostam muito na Música e nos músicos. Ainda assim, estamos a trabalhar para isso... Quem sabe um dia.

Para quando um álbum?

Já faltou mais tempo! Para breve, para breve...

estamos muito gratospela receptividade

fantástica do público

música

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Onde esperam chegar com os Dona Lu?

Nós vamos continuar a trabalhar para con-quistar o público português e, se possível, pelo mundo fora. Sabemos que é complica-do e que não depende só de nós. É preciso ter sempre as pessoas certas para pôr a máquina a funcionar, para que a nossa mú-

sica chegue mais longe e a mais público. Até ao momento, os Dona Lu têm músicos que nos tem ajudado na parte musical e que participam em concertos connosco, que acrescentam muita qualidade aos Dona Lu. Portanto, da nossa parte, esperamos e te-mos condições para chegar longe. O céu é o limite. |a

A partir deste mês, a Amol maga-zine conta com mais uma colab-oradora, Helena Oliveira, que se apresenta, em discurso directo:

“Sou a Helena Oliveira, jornalis-ta, e formada em Ciências da Comunicação pela Universidade Fernando Pessoa. Actualmente, integro um projecto televisivo na área da Música. E, a partir de agora, colaboro também com a revista Amol Magazine.”

Dona Lu: Cristiano Martins, César Ribeiros, Miguel Faria, Ricardo Castrowww.youtube.com/donalumusic | www.facebook.com/donalumusic | www.donalumusic.com

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Reportagem in loco

dia

1dia 2

Cheguei cedo ao cinema S. Jorge. Passado um ano, estava de volta ao festival! Mais uma vez, fui recebida de braços abertos

pela organização que me deu todos os detalhes sobre como esta semana se iria desenrolar.Às 21h, já uma multidão formava fila para ver o tão aclamado filme norueguês Troll Hunter, que seria o filme escolhido para a sessão de aber-tura do festival! E, claro, eu estava lá! À medida que a sala se ia preenchendo, não pude deixar de observar a paixão do público pelo Cinema de Terror! Ali estava a prova! Uma sala cheia! Porém, antes de Troll Hunter, tivemos uma surpresa na-cional: o episódio-piloto da série Capitão Falcão, que teve uma ovação no final. Estive à conversa com Gonçalo Waddington na festa de abertura do festival, onde me falou um pouco desta aventura: “Foi um projecto onde me diverti imenso! Espero que alguém aposte nesta série! Pela reacção que tivemos há pouco na sala, deu para percebermos que o público apreciou! Agora, é ver se consegui-mos levar à TV portuguesa!”.A festa correu de forma calma e recheada de amantes do Cinema! Desde antigos fãs a um grupo de meninas de idades entre os 14 e os 16 anos, todos estavam ali para apreciar o bom Cinema! Estive com David Charles Jourdan, char-gé d’affaires da Embaixada da Noruega, que me falou da qualidade das escolas de Cinema e que me perguntou, claro, se tinha gostado do filme!

Às 15h, já me encontrava a subir as escadas para a primeira, de muitas, doses de cafeí-na. Em poucos minutos, iria entrevistar Glenn Tosterud, actor de Troll Hunter.O filme que escolhi para ver neste dia perten-cia a uma das sessões retro do festival que, desta vez, foi dedicado ao cineasta japonês Sian Sono. A minha escolha foi Strange Circus de 2005, mas também tínhamos o Suicide Club de 2001 e Exte: Hair Extentions de 2007. Porém, foi o seu mais recente Cold Fish que esgotou a plateia da sala principal.Assim que terminou o filme, fiz uma pausa antes de entrar de novo na sala, desta vez para ver uma das curtas portuguesas a con-curso, Banana Motherfucker, onde mais tarde iria entrevistar um dos responsáveis por mais um êxito no MotelX! Esta curta foi a escolhida para servir de aperitivo para Hostel, um dos filmes do convidado de honra deste festival e uma pessoa difícil de apanhar para entrevis-tar. Nada mais nada menos do que Eli Roth! Mas não me dei por vencida! Eu iria conseguir, nem que fosse umas palavrinhas para a nossa (vossa) revista!

Por Maria João Lima

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dia

3 Hoje, o dia começou mais tarde! Apenas chego às 17h ao S.Jorge e aproveito para prepa-rar a minha entrevista com João Alves! Vou buscar os meus bilhetes para as sessões do dia em que destaco o Hostel II. Porém, não é este o filme que irei ver, mas sim a curta-metragem que passará antes, The United Monsters Talent Agency realizado pelo make-up director da aclamada série de zombies, The Walking Dead, que irá passar em formato de maratona neste festival! Assim que terminou a curta, saí da sala e sentei-me num dos sofás da entrada a preparar a minha crítica. Então, eis que Eli Roth sai da sala e eu, claro, não perdi a oportunidade para lhe fazer umas per-guntinhas! Foi bastante acessível e simpático e estivemos a conversar por muito tempo! Um dia ganho sem dúvida!

dias 4 e 5

Os últimos dois dias no MotelX foram mais cur-tinhos devido à nossa reportagem de Dança. Porém, não deixei de aparecer e contar-vos o melhor da última noite deste festival.Consegui chegar a tempo para assistir à Master Class de Eli Roth, onde todos os presentes pude-ram colocar questões, incluindo eu! Eli falou do Terror que nasceu no pós-11 de Setembro, dos conselhos que David Lynch e Quentin Tarantino lhe deram e que os seus medos variam com a idade. Uma tarde muito bem passada!A sessão de encerramento do festival começou com a atribuição do Prémio MotelX – Melhor Curta de Terror Portuguesa! O prémio foi para O Conto do Vento de Cláudio Jordão e Nélson Martins, uma animação que nos conta a his-tória da relação de uma menina com o vento e as consequências que isso irá trazer para a pequena aldeia onde esta habita. A Menção Honrosa foi para Banana Motherfucker, um filme de Terror nonsense muito bem consegui-do pela equipa que já nos tinha presenteado com Papá Wresling! E assim me despedi de mais um MotelX com muitas saudades! Fica agora a curiosidade do que este festival nos vai trazer para o ano, por-que mais uma vez não iremos faltar! Obrigada à organização pela atenção e cuidado, a todos os entrevistados e a todos os amigos que fiz e reencontrei neste festival! |a

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Glenn TosterudOlá, Glenn! É com enorme prazer que

faço esta entrevista depois de ver o Troll Hunter ontem à noite! Este foi

o primeiro grande papel que tiveste?Só tinha feito pequenos papéis, este é o meu primeiro como actor principal.

O que te levou a aceitar este desafio? E como foste escolhido para o papel?Bom, só o facto de ter Trolls era o suficiente (risos)! O processo foi bastante simples. Fiz uma audição e fiquei com o papel. Muito sim-ples (risos).

Achas que Troll Hunter vai abrir portas para mais filmes deste género na Noruega e na Europa?Penso que sim! Na Noruega, já há uma onda deste género com filmes como Death Snow.

Estás a gostar da tua passagem por Portugal? E do MotelX? Algum filme que queiras muito ver?Estou a divertir-me imenso! Gosto muito de Portugal e hoje provei um bitoque (risos)! Há muitos filmes que quero ver no festival, mas o que mais me interessa é o The Woman.

Já alguma vez estiveste num festival de Terror?Sim! Em Fevereiro, em França!

O que é que te assusta?Sem ser Trolls (risos)? Eu gosto mais de Terror psicológico! Esse género assusta-me muito mais!

Como foi a experiência de contracenar com criaturas que não estavam lá [os Trolls fo-ram feitos em CGI]?Foi mais difícil, sem dúvida! Mas eu sou um actor e tenho de usar a minha imaginação! No entanto, houve alturas em que o realizador andava atrás de nós a grunhir como um Troll (risos), o que também ajudou! Usei alguns medos meus na personagem!

Planos para o futuro?Sim! Irei realizar a minha primeira longa-me-tragem. Já fiz uma curta, onde dirigia e repre-sentava, mas eu prefiro trabalhar num lado de cada vez (risos). |a

usei alguns medos meusna personagem

Entrevista de Maria João Lima

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Fernando

AlleEntrevista de Maria João Lima

Como surgiu a ideia para o Banana Motherfucker?A ideia surgiu a partir do meu colega

Pedro Florenço, que pensou no título e tinha uma morte com uma banana no rabo em men-te ( risos). Depois, foi tentar fazer uma longa-metragem em apenas quinze minutos! Temos um body count de 79 mortes humanas e 2 animais! Todo o filme foi feito em tom de impro-viso, íamos fazendo à medida que o filme se ia desenvolvendo! Tivemos apenas dois actores profissionais, o resto foi tudo amigos!

És fã de Cinema de Terror? Quais são as tuas inspirações?Claro! Adoro! A minha maior influência será Peter Jackson! Mas, por exemplo, um dos meus filmes favoritos é o Serenata à chuva (risos). Não vais colocar na entrevista, pois não? [Ups...]

Depois de fazeres Terror, pensas em apos-tar noutros géneros?Sinto-me confortável no Terror, mas não ponho de lado a hipótese de fazer outro género!

O Papá Wrestling causou muita polémica. Quando o fizeste, pensaste que iria ser tão controverso?Tinha essa noção sim, até porque, na es-cola, nem queriam aceitar o projecto... Mas levei a ideia até ao fim e fui-lhe fiel. Quando apresentámos o film,e a reacção do público foi fantástica! Claro que é violento, mas tem aquele nonsense. Tentámos mais fazer rir do que assustar (risos).

Queres falar-nos um pouco da vossa pro-dutora, Clones?Começou com um grupo de cinco amigos numa escola! Fazíamos vídeos, mas foi com o Papá Wrestling que nos unimos. Não fazíamos filmes a full time, sempre gravámos tudo nas férias. O nosso budget é nosso, apenas! Apenas temos apoio com material. Por exemplo, o Banana Motherfucker foi feito com um budget de 700€... Mas não há limites para a imaginação! |a

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EliRothEntrevista de Maria João Lima

Desde quando tens essa paixão pelo Cinema de Terror?Desde os oito anos de idade que sem-

pre quis fazer filmes de Terror!

Li recentemente que estás a preparar um filme de ficção científica! Podes contar/nos um pouco sobre isso?Sim, estou, mas ainda não posso revelar... Ainda estou a escrever o guião!

Apareces em vários filmes como actor. O mais conhecido e aplaudido foi como o Urso Judeu no Inglourious Basterds do realizador Quentin Tarantino. Gostas tanto de representar como gostas de realizar?Eu adoro realizar! E cada vez gosto mais! Fiz papéis engraçados, mas quando o Tarantino me chamou não dava para recusar! Além dis-so, aprende-se imenso com ele!

O que achas de filmes tão controversos como A Serbian Movie?Sim, foi bastante controverso, mas era ficção e as pessoas têm de o ver como tal! O que quero dizer é que não há limites! E não podemos pensar na reacção das pessoas, porque ela difere de país para país!

Porque achas que o sexo e o Terror andam de mão dada no cinema?(risos) Bom, porque achas que levamos uma rapariga a ver um filme de Terror? Porque sa-bemos que, a qualquer momento, ela vai agar-rar-se a nós! (risos) É uma ligação natural!

Vais querer fazer sempre filmes de Terror?Claro! Ainda tenho tantas ideias para concretizar!

O que é que realmente te assusta?(risos) Os meus medos variam à medida que vou ficando mais velho. |a

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João AlvesEntrevista de Maria João Lima

Olá, João. Estás de volta à Amol Magazine. Muitas novidades desde então?

Novidades... Fui ao Fright Fest, em Londres onde a minha curta Bats in the Belfry (BITB) esteve em exibição!

Como correu?Foi muito bom. Só a sala principal tem 1300 lu-gares! E eu não tinha a noção até estar mesmo dentro da sala! Aquilo é enorme! Com imensa segurança à entrada. E todo o ambiente é ópti-mo, as pessoas vinham-me cumprimentar nos intervalos e comentar que tinham gostado.

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Como é que o BITB está a ser recebido nestes festivais? Soube que vai estar no Brasil.Sim, e foi por convite! Não enviei a curta para lá! Normalmente, procuro o festival, faço um embrulho, envio e espero... Mas, desta vez, foram eles que me procuraram e perguntaram se eu estava interessado. E eu: “Claro que sim” (risos). Em Portugal, vai estar no Braga Cine, também a convite!

Recentemente, ganhaste um concurso da Zon Digital! Queres contar-nos um pouco sobre isso?Era um concurso para dez animadores. Enviávamos o portfólio e uma carta de apre-sentação e eu fui um dos dez animadores se-

leccionados para uma estadia de dois meses nos Estados Unidos e na Universidade do Texas. Foi espectacular! Só o facto de estar lá já é completamente diferente porque o am-biente artístico é outro. Por exemplo, lá tens bares abertos todos os dias e alguns passam filmes. O cinema lá tem salas onde passam filmes normais e depois há salas onde fazem sessões especiais. Por exemplo: às quarta-feiras, só passam filmes de Terror dos anos 80; às terças-feiras, são só filmes musicais onde passam as letras no ecrã e toda a sala canta as músicas; aos domingos, passam filmes maus, aqueles filmes que adoramos odiar. Lá não podemos falar na sala, mas podemos comer e quando digo comer digo que eles servem mesmo jantar na sala!

E a faculdade? Que diferenças vês entre a americana e a portuguesa?Eu nunca estudei Cinema cá, por isso não pos-so comparar directamente... Mas posso dizer que lá o acesso às coisas é muito melhor e maior! Precisamos de câmaras para gravar de-baixo de água? É na boa! Tudo o que precisava estava disponível, apenas tinha de preencher um papelinho e já estava. Havia um prédio que era só de estúdios! Condições fabulosas!

Encontraste lá profissionais do Cinema?Encontrei do Cinema e dos vídeo-jogos. Estive em sítios que já foram cenários para filmes como o Texas Chili Parlor, que aparece no filme Death Proof de Quentin Tarantino. No fundo, as pessoas que, nós aqui, achamos que são muito bons e que são inacessíveis na verdade são humildes e deixam-nos trabalhar com o equipamento! Mas lá toda a gente é assim! Na rua, no autocarro (risos)...

Algum projecto novo em vista?Sim, a parceria com o Filipe Melo para fazer o trailer das novas aventuras de Dog Mendonça e Pizza Boy Vol.2. Vai sair em breve! |a

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FOTO DO MÊS

Categoria: Moda/GlamourTítulo: My Blue AutumnAutor: Sílvia Dias

fotos dos nossos leitores

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Categoria: RetratosTítulo: Partir para ficar

Autor: Renato Ferro

Categoria: RetratosTítulo: Summer’s first rain

Autor: Sílvia Dias

Categoria: Moda/GlamourTítulo: Cíntia Malveira

Autor: Rita Ramos

Categoria: RetratosTítulo: Te mostro meu rosto!

Autor: Jorge Alminhas

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Entrevistas mvmMUSICAdoram fazer-te feliz... e sobem a tudo para o conseguirem, desde PALCOS a CABINES... Uns são DJ’S, outros CANTORES, uns gostam de HIP HOP, outros de POP ROCK, uns são EXTRAVANGANTES, outros bastante TÍMIDOS! Passaram cá pelos estúdios para nos dar um beijinho e um convite duplo... Não resistimos e filmamos tudo! Queres ver? Entrevistas mvmMUSIC, descobre como os ARTISTAS da MÚSICA tomam o pequeno almoço!Episódio Semanal com a duração de 20 minutos.Entrevista.Entrevista original, diferente e exclusiva aos talentosos protagonistas nacionais da área da música, desde Dj’s, Cantores, dançarinos e coreografos de hip hop, música alternativa, pop rock, produtores de música, etc. As perguntas que todos querem colocar e as respos-tas mais surpreendentes.

Entrevistas mvmSPORTUns são ÍCONES, outros já SE SAGRARAM PRÓS, uns TREINAM às 6 horas da manhã, outros às 10 horas da noite, uns COMEÇARAM em CRIANÇAS, outros já eram ADULTOS... Todas as semanas convidámos um a vir conhecer os nossos estúdios... Como quem não quer a coisa, oferecemos um café e uma água e mostramos a CADEIRA encarnada! Confortávelmente insta-lados NÃO RESISTEM e começam a CONTAR-NOS TUDO! Entrevistas mvmSPORT, o que NUNCA tinhas OUVIDO sobre ELES, agora na mvmTV,contado na primeira pessoa só para TI!Episódio Semanal com a duração de 20 minutos.Entrevista.Entrevista original, diferente e exclusiva aos talentosos desportistas nacionais, comreconhecimento e mérito nas suas distintas áreas, desde Surfistas, Pilotos, Futebolistas, joga-dores de Rubgy, passando pela Vela, Kite surf ou mesmo Atletismo... As perguntas que todos querem colocar e as respostas mais surpreendentes, os truques revelados, as supersistições...

NOME:Resumo:

Formato:Género:

Objectivo:

NOME:Resumo:

Formato:Género:

Objectivo:

Entrevistas mvmFASHIONDe Loiras a Morenos, Altas ou Baixos, todos prometem contar TUDO O QUE SABEM FAZER DE MEL-HOR... Das SESSÕES FOTOGRÁFICAS atrás dos derradeiros DESFILES às sessões de AUTÓGRA-FOS... dos papeis nas telenovelas às presenças nas Party Night... Do desenho à agulha... O outro lado do quotidiano deles que TU queres CONHECER... Alguns já têm uma vasta CARREIRA... Outros estão ainda a começar... Dos NOVOS aos VELHOS TALENTOS... Tudo o que queres saber sobre o “Fashion World” em primeira mão ELES VÃO PARTILHAR CONTIGO somente aqui na mvmTV.Episódio Semanal com a duração de 20 minutos.Entrevista.Entrevista original, diferente e exclusiva, a personalidades do mundo da Moda, os velhos e osnovos talentos, dos modelos aos manequins, os actores, os fotógrafos e os bookers, os directores de agências e de castings, os estilistas e o grandes costureiros, os maquilhadores e os cabeleireiros... Eles vão revelar-te todos os segredos e responder àquelas perguntas que só tu gostarias de as colocar...

NOME:Resumo:

Formato:Género:

Objectivo:

Entrevistas mvmARTSMuitos dão que FALAR... Outros põem-nos a PENSAR... TALENTO não lhes falta... Uns ENSAIAM horas seguidas... Outros ESCREVEM nos locais mais bizarros que nem con-segues imaginar... Alguns descobriram em CRIANÇA... Outros só na ADOLESCÊNCIA... E há aqueles que só em ADULTOS chegaram lá... DAS ARTES ÀS LETRAS... Das insta-lações aos livros... A cadeira vermelha é o ponto de partida para que nos contem TUDO sobre eles... Aquilo que não sabes mas que gostavas de saber, só aqui na tua mvmTV.Episódio Semanal com a duração de 20 minutos.Entrevista.Única e original, uma entrevista exclusiva, aos talentos portugueses, artistas das várias áreas, escritores, actores, encenadores, realizadores de cinema, pintores e escultores... Tudo aquilo que gostavas de saber e que só a tua mvmTV tem coragem de lhes pergun-tar.

NOME:Resumo:

Formato:Género:

Objectivo:

PRODUÇÕES mvmTV

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Sílvia Magalhãesoutubro 2011

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fichapessoal

Nome Sílvia Magalhães

Data de Nascimento:20 de Outubro de 1991

Cidade de Residência: Porto

OlhosCastanhos

CabeloCastanho

Altura175 cm

Peso60 Kg

Peito90 cm

Cintura67 cm Ancas90 cm

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SílviaMagalhães

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Retrato

Gamour

Bikini

Lingerie

Semi-nu

Nu

Erótico

Adulto

Tipos detrabalho

Condições

Trabalho pago.Poderá aceitar TPF se considerar relevante para o portfólio.

Contactos

http://www.amolagency.net/

Sílvia Magalhães

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Page 63: AMOL Magazine 22 - Outubro 2011

A Moulin Rose (V. Nova de Gaia) oferece às New Faces um mês de frequência gratuita das aulas de dança do ventre ou de pole dance.

Tu também podes ser a próxima New Face!Envia-nos as tuas fotos + a autorização do fotógrafo

ou envia-nos um mail e pede a marcação de uma sessão fotográfica!

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