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Beleza, riqueza, sucesso. A velha boneca, que ainda representa tudo isso, foi convidada a celebrar 15 anos em Caxias para ajudar a rejuvenecer uma tradição

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Capina química, uma ideia que a Codeca não consegue eliminar

Paese narra a semana mais tensa de seu mandato

No debut moderno, as adolescentes não largam as bonecas

Dedé Santana não se importa em ser escada

5 coisas para odiar em Caxias

Vai faltar madeira no mercado

Uma história realista demais na HQCX

O lado chique de Galópolis tem sua própria passarela

65 motivos para sair de casa

TJ decide o futuro da greve dos médicos

Fotos: 18: Foto Iália, Divulgação/O Caxiense | 29 e 8: Maurício Concatto/O Caxiense

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É isso mesmo: somos maiores do que pensavam. O formato definitivo da revista O CAXIENSE é este que você tem em mãos. A estreia é que teve que ser em tamanho menor, por causa de um erro da gráfica que não pôde ser corrigido a tempo – não quisemos estragar nossa festa de lançamento nem adiar a surpresa para os leitores.

O formato foi, de fato, o que mais causou estranheza aos leitores. “@ocaxiense tomou Nanicolina”, brincou Roger Busetti Torres. “Me decepcionei quanto ao tamanho do exemplar”, avisou Matheus Teodoro, que elogiou o conteúdo: “As reporta-gens estão ótimas. Li 40 minutos sem parar!”. E houve quem gostou do tama-nho pequeno mesmo. Mariana Duarte comparou: “Que amorzinho @ocaxiense revista! Me lembrou um gibi, só que genial e inteligente ;)”. Entre elogios, Cátia Laner e Alexandre Vanin deixaram críticas e sugestões. Cátia achou a reportagem de capa muito longa e pediu mais espaço para os colunistas de política e economia. Alexandre sentiu falta de um colunis-ta esportivo – assim como Matheus. Deixamos de publicar a coluna Dupla CA-JU, mas continuamos com os clu-bes da cidade no coração. Eles ganha-rão matérias isoladas e seguirão sendo destacados na seção Arquibancada.

“Terminei agora de ler a matéria de capa do novo @ocaxiense, texto emocionante da mamãe @paulasperb. Eu, minhas irmãs gêmeas e meu irmão nascemos pelas mãos do Dr. Marco

Túlio. Há 40 anos, de parto normal, claro!!! Mas nós, hoje mães, não cogitamos em nenhum momento em ter nossos filhos ao natural. Optamos pela cesárea. E foi fantástico também!”, comentou Fabiana de Lucena, mãe de Henrique, em uma sequência de tweets. “Querida Paula Sperb, quere-mos registrar nossa admiração pela sua pessoa! Sua matéria está maravilhosa! Sensível, soube retratar em palavras a emoção e os sentimentos de uma mulher na hora do parto”, escreveu o pessoal da Núcleo Comunicação no Facebook. Aline Corso, mãe de Sofia, mandou e-mail para dizer à editora-chefe que se identificou com todo o texto, “principalmente naquela parte que você fala que os hospitais não estão preparados para atender parto normal”, e concluiu: “Parabéns pela coragem em falar do tema, tão polêmico e tratado como tabu”. Também por e-mail, uma leitora contou que planeja ser mãe em breve e que, depois de ler a reporta-gem, consolidou sua decisão: terá o primeiro filho de parto normal.

Carlos Nunes cobrou, por e-mail, a opinião dos nossos jornalistas sobre o que deve ser feito com o vereador Moi-sés Paese (leia mais na pg. 8). Carlos, não existe uma opinião de O CAXIEN-SE, mas diversas, de cada jornalista da equipe. Dou-lhe a minha: em que pese seu problema de saúde ser real, o vere-ador cometeu falta gravíssima, que só assumiu depois. Merece a punição mais rigorosa: cassação de mandato.

Felipe Boff, editor-chefe

Diretor administrativo

Luiz Antônio Boff

REDACAOEditores-chefes

Felipe Boff Paula Sperb

Editores

Marcelo AramisJaisson Valim

Colunistas

Renato HenrichsRoberto Hunoff

Reporteres

Camila Cardoso BoffCarol De BarbaJosé Eduardo CoutelleRobin Siteneski

Estagiarios

Gesiele LordesVagner Espeiorin

Fotografo

Maurício Concatto

Designer

Luciana Lain

COMERCIALExecutivas de contas

Pita Loss

ASSINATURASAtendimento

Tatyany Rodrigues

Assinatura trimestral: R$ 30Assinatura semestral: R$ 60Assinatura anual: R$ 120

Redes sociaisTwitter: @ocaxienseFacebook: O Caxiense Revista

Foto de capaMaurício Concatto/O Caxiense, com vestido feito por Michelle Granzotto da Costa (9989-1379).

Rua Os 18 do Forte, 422\1, bairro Lourdes, Caxias do Sul (RS) |

95020-471 | Fone: (54) 3027-5538www.ocaxiense.com.br

DIGA!Forma & conteúdo | repercussão pós-parto | opinião política

Parte da equipe, no lançamento da revistaFotos: Maurício Concatto/O Caxiense

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A Anvisa proíbe, a Fepam proíbe (ou proibia) e até uma lei municipal proíbe. Adianta? Não. A Codeca insiste com o glifosato, produto bom para matar ervas daninhas, mas não só ervas daninhas. No estudo de alternativas à capina mecânica, aquela com roçadeiras, pelo qual está pagando cerca de R$ 200 mil à UCS, a empresa responsável por deixar as ruas da cidade limpas está testando, sim, a chamada capina química. Ao todo, são seis técnicas sendo pesquisadas, entre elas a aplicação do glifosato, mais conhecido pelo nome comercial Roundup.

O engenheiro químico João Osório Martins, consultor técnico contratado pela Codeca para acompanhar o trabalho da UCS, conta que já foram realizadas 2 das 6 baterias de testes. “A gente não está priorizando (o glifosato) por tudo aquilo que aconteceu naquele momento que a gente tentou introduzir (“tudo aqui-lo” = reação de ambientalistas e órgãos responsáveis). Estamos fazendo porque pagamos para fazer, e também porque a gente tem que esclarecer para a comuni-dade caxiense, principalmente o pessoal do campo, se é bom ou não e quais os danos que pode causar ao ser humano e à natureza”, afirma o engenheiro, para completar temerariamente:

“Para matar o mato, só o glifosato. Qualquer uma das outras técnicas inibe o crescimento. O extrato vegetal inibe por até 3 meses, enquanto a capina conven-cional dura apenas 15 dias”.

Os testes são realizados no Loteamento Moinhos de Vento, que fica, ironicamen-te, no bairro Nossa Senhora da... Saúde.

No panfleto distribuído aos moradores das áreas vizinhas onde a pesquisa vem sendo feita, porém, não consta o uso do glifosato na relação de técnicas aplicadas.

Em agosto, em audiência com a secre-tária estadual do Meio Ambiente, Jussara Cony (PC do B), a Codeca apresentou o estudo já em andamento. A titular da pasta deve indicar técnicos da secretaria, da Fundação Estadual de Proteção Am-biental e da Fundação Zoobotânica para acompanhar os trabalhos. Conforme o chefe da divisão agrossilvipastoril da Fe-pam, Juarez Jeffman, a comissão técnica que acompanhará o trabalho ainda não foi comunicada oficialmente. Por conta deste futuro acompanhamento, entretan-to, a Fepam avisa que não irá notificar a Codeca pelo uso do agrotóxico.

Questionada pela revista O CAXIEN-SE, a Anvisa reafirma, em nota, que o uso de agrotóxicos para capina química é proibido em todo Brasil. Conforme a agência, a aplicação desses produtos em áreas urbanas expõe a população ao risco de intoxicação, além de contaminar a fau-na e a flora local. E é justamente por isso que a prática não é permitida. Por falta de “segurança toxicológica”, desde 2003 a agência proíbe a utilização de herbicidas em ambientes urbanos.

Em junho, o grupo ambientalista Greenpeace publicou um relatório que atribui problemas de saúde ao uso do glifosato. Na Argentina, onde o glifosato é usado largamente em plantações trans-gênicas de soja e arroz, foram registrados 4 vezes mais casos de má formação congênita entre 2000 e 2009.

“Para matar o mato, só o glifosato.” Parece slogan, mas não é...

Interrupção da produção de hormônios reproduti-vos vitais, como progeste-rona e estrogênio.

Incidência de linfo-ma Não-Hodgkin, que afeta o sangue, e

outros tipos de câncer.

Doenças do sistema nervoso e

Mal de Parkinson.

Conforme o Greenpeace, a exposição do ser humano ao glifosato pode causar:

O glifosato e os equipamentos para utilizá-lo | Maicon Damasceno, Arquivo/O Caxiense

OLHA O PERIGO!

BASTIDORESpaese narra a semana do escândalo | dedé diz que é diFícil ser escada | o tamanho da pilha de processos no Fórum

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“Para matar o mato, só o glifosato.” Parece slogan, mas não é...

“Fiquei mais de meia hora esperan-do a bagagem”Augusto Oliveira, de 29 anos, usuário frequente

“A infraestrutura está abaixo dos outros”Cléber Araújo, de 32 anos, estreante no aeroporto

As previsões indicam que a primeira aterrissagem da Azul em Caxias do Sul, esperada para a próxima quinta-feira (10), será em condições mais favoráveis. Em andamento desde janeiro de 2010, a reforma do aeroporto Hugo Cantergiani só ficará pronta no início do ano que vem, mas a direção promete a conclusão da sala de embarque até o voo inaugural da compa-nhia aérea. O novo espaço terá capacidade para 250 pessoas – quatro vezes mais do que a atual.

Se depender da opinião de passageiros, o aeroporto precisará melhorar muito mais para contentá-los. O local em obras ainda terá banheiros, uma sala comercial e três balcões de check-in.

Os governos estadual e federal inicia-ram as discussões com diretores do Senai e do Senac para dar resposta a uma das mais agudas reivindicações dos empresá-rios caxienses. Com intenção de qualifi-car a mão de obra local, os representantes

estudam a construção de uma nova esco-la técnica. O colégio ofereceria os cursos de Turismo, Hotelaria e Têxtil.

Mas, antes de comprar os foguetes para comemorar, recomenda-se precaução. O debate sobre o modelo e o responsável

pela administração ainda levará meses. Menos demorado, por enquanto, só mes-mo a entrega de R$ 256 mil em equipa-mentos à Escola Estadual Técnica a partir da reforma dos laboratórios, prevista para o início do próximo ano letivo.

Céu nem tão azul no aeroporto

Nova esperança para uma carência antiga

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Mesmo sem ser mais presidente da Câmara de Vereadores, cargo que ocupou em 2010, Harty Moisés Paese (PDT) esteve (e ainda está) no centro de duas das maiores polêmicas da Casa neste ano. A primeira delas, o aumento no número de cadeiras no Legislativo, que o pedetista foi contra apesar de ter tocado as obras de ampliação do prédio durante sua presidência. A mais recente começou no dia 25 de outubro. A Câmara descobriu que, para justificar ausências, o vereador apresentara atestados médicos falsos. Acompanhe os primeiros momentos do escândalo que pode mudar o futuro po-lítico de Paese, narrados por ele mesmo, do momento em que estourou até as suas primeiras declarações à imprensa.

Terça-feira, 25 de outubro de 2011“Mas o que é que é isso?”, pensei quando vi a matéria de capa do jornal Pioneiro. Dois atestados médicos falsos foram apresentados em meu nome para jus-tificar faltas na Câmara. Que absurdo,

já tive faltas descontadas. E, se eu fosse malandro, teria conseguido os atestados com um amigo, que pudesse comprovar. O telefone e o e-mail funcional estão desativados. Peço que minha família não revele que estou em Caxias ou que me passe ligações.

Quarta-feira, 26 de outubro de 2011Existe uma maneira de saber quem foi: preciso descobrir quem juntou os atestados no meu pedido de justificati-va. Não que existam muitos suspeitos – tenho dois funcionários contratados pela Casa e dois que banco com recursos próprios. Com algumas ligações, consigo contato com ela (minha funcionária), que promete passar no meu escritório de advocacia à tarde. Aí veio a vitimização dela, dizendo que tinha estragado todo um trabalho. Disse a ela que cada um tem que assumir a sua parcela de culpa. Eu vou assumir a minha.

Quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O Alceu (deputado estadual Alceu Barbo-sa Velho) quer falar comigo até hoje. No meio da tarde, combinamos um encontro no escritório dele, a poucos metros do meu, para horas depois. Ele começa me dizendo: “ou tu é louco, o que sei não ser verdade, ou está doente”. Depois de pegar minha filha na escolinha e passar no supermercado, a primeira entrevista é marcada para a manhã seguinte.

Sexta-feira, 28 de outubro de 2011Os repórteres querem saber de detalhes desnecessários da minha adicção, como o tipo de droga que eu usava. Se ela ou a minha doença (Hepatite C) não estives-sem intervindo na minha função pública, não seria da conta de ninguém. Não revelo o nome da funcionária. Se eu não tivesse sumido durante meu tratamento, nada disso teria acontecido. Mas agora, o que vão pensar ou deixar de pensar não importa. Isso está resolvido para mim. No final do dia, volto a Porto Alegre para uma consulta psicológica.

…um vereador queapresentou atestados falsos

Harty Moisés Paese (PDT) | Maurício Concatto/O Caxiense

4 DIAS NA vIDA DE...

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BOAGENTE

Advogado atuante em Direito Empresarial e Ci-vil, Patrick Mezzomo, novo presidente do Depar-tamento Jovem da CIC Caxias do Sul, diz que é e sempre será um empreendedor. “A importância que uma empresa tem na sociedade é absurda”, defende. Há apenas dois anos, ele faz parte do de-partamento e, desde o dia 26, é o 11° presidente da CIC Jovem. “Aonde eu vou, me envolvo”, revela. A agenda de Patrick comprova a declaração. Sócio de um escritório de advogacia, ele faz parte da Co-missão de Previdência Social na subseção de Ca-xias da OAB e ainda escreve sobre negócios, quan-do encontra tempo, para o blog da Pepsi Club.

Tão apaixonado pelo empreendedorismo como pelo Direito, Patrick diz que advoga pela função social do ofício. Para ele, na hora de resolver con-flitos, o advogado está mais próximo da comuni-dade do que juízes, por exemplo. Satisfeito com a profissão aos 25 anos, nem sempre teve tanta cer-teza sobre o que gostaria de fazer. Tentou vestibu-lar 2 vezes para Medicina. “Quando fiz a cadeira de Medicina Legal em Direito, tive certeza de que não queria ser médico”, conta, lembrando das visitas ao DML. O gosto pela advocacia, ao contrário, apare-ceu com rapidez, apesar de ele ter ingressado no curso pensando em ser juiz. “Tive certeza que que-ria advogar logo na primeira audiência”, lembra.

Líder polivalente

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Quase uma hora atrasado, vindo de outro show em Bento Gonçalves, e visi-velmente cansado – não dormira na noite anterior, gravando As Aventuras do Didi. Foi assim que o eterno trapalhão Dedé Santana, de 75 anos, desembarcou em Caxias, no circo Orlando Orfei, no último dia 27. Com o ajudante Bub Razz, fez um número curto. Mas, apesar dos pesares, encontrou uma plateia que segurou todas as petecas: não se importou muito com o atraso, nem com o péssimo sistema de som do circo. “A gente é obrigado a dar o melhor ao público”, avaliou, antes de gastar o restinho de fôlego para conceder esta entrevista à revista O CAXIENSE.

O que você achou da piada que o Rafinha Bastos (ex-CQC, da Band) fez com a cantora Wanessa Camargo?

Sinceramente, estou por fora disso. Eu soube assim, por alto, alguma coisa, mas não sei nem o que foi exatamente. Eu sou fã do Pânico, mas quando pegam um ar-tista para avacalhar, como eu vi uma vez o Tarcísio Meira e principalmente outras atrizes mais velhas, acho de muito mau gosto. Porque jornalismo e até humor não é fazer chacota com colegas, amigos. Hoje, humor na televisão que me segura é o Zorra Total, aquela parte do metrô. Tem até um colega meu, que fez As Aventuras do Didi. Mas um programa que eu gravo quando vou viajar, não perco mesmo, é o Tapas & Beijos. É fora de série, tem um humor rápido. Eles conseguem apresen-tar um monte de coisa em pouquinho tempo. A direção é muito boa.

Como foi ter seu próprio programa (Dedé e o Comandante Maluco, no SBT) e depois voltar a trabalhar com o Didi?

Eu estava bem lá no programa, gos-tava muito. O papel que fazia estava de acordo com a minha idade e tudo. Era um general bobo, metido a engraçado e conquistador, um coroa no meio da rapaziada. E ele ficava danado porque toda vez que ele sonhava aparecia como mulher. Mas então faleceu o meu amigo Beto Carrero (o programa era uma parceria entre a emissora e o empresário). Eu já tinha passado pela experiência de perder dois amigos e foi muito triste. Aí o Renato Aragão, que é um cara muito sensível, ligou me consolando e propôs que eu fosse trabalhar com ele. Foi uma alegria só, um presente de Natal. E assim eu vi uma coisa que nunca tinha visto. No primeiro dia de gravação de As Aventuras do Didi, vi repórter, repórter! (enfatiza), chorando na hora que viram o Dedé e o Didi se abraçando e trabalhando juntos. Foi uma experiência muito forte, tanto para mim quanto para o Renato.

Foi quando vocês fizeram as pazes?Pazes não, porque nunca brigamos. A

gente sempre se falou. Mas quando volta-mos de Portugal e meu contrato lá tinha acabado, fui para a Record e em seguida o Beto me chamou. Dou graças a Deus por ainda estar trabalhando nessa idade, e não quero parar. Se parar, eu fico velho.

É verdade que nos Trapalhões o Didi era poupado nas piadas?

Não. Quando começou Os Trapalhões, nós dois escrevíamos os roteiros. Na verdade, Os Trapalhões começaram com a dupla Didi e Dedé, depois vieram os outros. E o Renato nunca teve medo de enfrentar outros comediantes. Quando eu trouxe o Mussum, ele encarou. Depois,

ele trouxe o Zacarias. Se tivesse receio de alguém ser melhor, não trabalharia com eles. O Renato tem um humor próprio, eu morro de rir com ele até hoje.

Você sempre foi escada para os outros. Nunca quis ser o comediante principal?

Sempre fui ajudante de palhaço. Eu me mirei muito em duas pessoas. A principal foi o Lúcio Mauro. Eu via o Lúcio ser escada e achava muito difícil. E ele me dizia que eu era o maior escada do Brasil, porque ser escada para um comediante já era dificílimo, imagina para três, como eu fazia. E por incrível que pareça, se eu fizesse a mesma piada do mesmo jeito com o Mussum, o Zacarias e o Didi, não funcionava. No Comandante Maluco eu era o comediante. Mas nunca liguei para isso, porque fui palhaço de circo por muito tempo, desde os 7 anos, e acho mais difícil a escada do que a comicida-de. Todo bom palhaço é bom escada. O Jorge Dória foi o outro espelho para mim. Muitas coisas que faço que são parecidas com as dele, no estilo daquele bordão “Onde foi que eu errei?”, quando ele fazia o quadro do filho gay.

Depois de ter feito tantos programas diferentes, você não cansa de responder perguntas sobre Os Trapalhões?

Nunca. Os Trapalhões foram minha vida, tudo. Com essa doença (foi interna-do com sangramento estomacal devido a uma doença diverticular) senti que a coisa mais importante para Os Trapalhões era o público. Porque você vê a fidelidade deles até hoje, quando põe qualquer coisa dos Trapalhões em As Aventuras do Didi a audiência dispara, sobe na hora.

“Se parar, eu fico velho”, diz o coadjuvante trapalhão

Dedé Santana | Fotos: Naty Tôrres, Divulgação/O Caxiense

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Coisas que eu odeio em CaxiasA aposentadoria da UCS não fez com que a historiadora Loraine Slomp Giron deixasse de

ser uma das vozes mais críticas, e respeitadas, das mazelas da cidade. “Se eu não a amasse, não estaria reclamando”, explica. Mas, a seguir, Loraine relaciona o que mais odeia em Caxias.

“A cidade está envolta em sujeira”A limpeza ou o sistema de coleta seletiva não são exemplares.

O uso de contêineres também não é moderno, como alardeado. Na realidade, não há nada de moderno em Caxias. A falta de latas de lixo no Centro e a falta de educação das pessoas são um problema. Minutos depois da limpeza da calçada, as pessoas voltam a sujá-la. É uma das cidades mais sujas do mundo.

“Construtivismo enlouquecido”A derrubada de prédios anti-gos faz com que a cidade possa pertencer a qualquer lugar. Essa

mania de construção acaba com a identi-dade e a beleza de Caxias. Tínhamos um Centro com construções lindas.

“Amor pelo lucro”Não somente pelo lucro, mas por ganhar algo em cima dos outros. As pessoas só têm interesse, sem amor por si mesmas

ou por nada. É cultural – e é uma pena.

FisiologismoFalta posição política aos habitantes. Eles mudam de opinião de acordo com o amor pelos interesses pessoais. E a nossa

classe política é resultado desse fisiologismo, com vereadores que estão aí só para conseguir lucro.

ImprevidênciaCaxias não sabe olhar para o futuro e ver como as coisas poderiam ser melhoradas. Não temos noção de patrimônio, vemos a

cidade de forma utilitarista. Por que Paris é Paris? Porque os parisienses são previdentes. Os 5 itens estão ligados à falta de cidadania dos caxienses.

TOP5

Loraine Slomp Giron | André Susin, Arquivo/O Caxiense

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Para agilizar o julgamento dos milhares de processos que circulam em pequenas pastas azuis pelas dependências do Fórum, a Comarca de Caxias do Sul contará, até o início de 2014, com um novo prédio de 11 mil m². O espaço deverá inaugurar uma Central de Conciliação e Mediação e um Juizado Especial da Fazenda Pública. O ingresso de mais um magistrado promete diminuir o número de processos por juiz e, com isso, melhorar o ritmo dos trabalhos. Mas pouca coisa deve mudar de fato. Com o atual efetivo, se desconsiderarmos as novas cau-sas que seguirão entrando diariamente, seriam necessários 18 meses para zerar o número de processos existentes.

Novo lar para a montanha de processos

O desempenho do Fórum no ano passado

“Entrei em uma fase de realmente acreditar que a morte estava próxima” Harty Moisés Paese (PDT),expondo o drama de sua dependência química, em meio ao estresse e à depressão, no site de O CAXIENSE

CAMPUS Realizado há 19 anos, o Encontro de

Jovens Pesquisadores da UCS reúne aqueles bons alunos que vão além do ensino em sala de aula. Os que se de-dicam às atividades de iniciação cien-tífica e tecnológica terão espaço para apresentar e discutir os resultados das pesquisas empreendidas. Serão apre-sentados 387 trabalhos. Este ano ocor-re também a 1ª Mostra Acadêmica de Inovação e Tecnologia.

De segunda (7) a quinta (10), com atividades das 8:30 às 18:00, no Bloco J da Cidade Universitária.

Paisagens Clínicas: cartografando uma escuta do sensívelSEX. 19:30. FSG.A palestra será com os psicólogos Francis Londero e Luciana Barone, no auditório da faculdade. Evento gratuito e aberto à comu-nidade.

Oficina Resumo, Resenha e ArtigoSÁB. 9:00 – 12:00. FTSGMinistrada pela professora Sandra Oliveira, a oficina é voltada aos estudantes da facul-dade, que devem se inscrever no Serviço de Relacionamento da instituição. CineDesign, PsicoCine eBiomediCineSÁB. 13:00 – 17:00. FSG.Os cursos de Design, Psicologia e Biomedi-cina realizam debate sobre o livro Perfume, do romancista alemão Patrick Süskind. Após a exibição do filme homônimo será realizada a apresentação de conteúdos relacionados ao tema Sentidos. O debate será comandado pelos professores Rodrigo Pissetti, Gustavo Pozza, Marcio Braga, Paulo Klafke, Queli Va-rela e Camila Lang. Evento gratuito e aberto à comunidade.

Semana Acadêmica de ArquiteturaSEG. TER e QUI. 19:30. FSG.Entre palestras e oficinas, os destaques dos primeiros dias da atividade são as aborda-gens de sustentabilidade, na terça, e Pho-toshop, na quinta, aplicadas à arquitetura e decoração. A semana acadêmica segue até sábado, com o passeio Caminhos da Memó-ria, guiado pelo arquiteto Roberto Filippini, às 8:30. Evento gratuito e aberto à comuni-dade. Direito, Guerra e Rock - 2ª Edição TER. 18:00. FSG.Com o tema Welcome to the jungle: Entre ar-mas e rosas na urbanização da Juventude, os professores do curso de Direito Fernando Pedro Meinero, João Heitor Macedo, Ger-mano Schwartz e Otaviano Kury conduzirão o assunto, no auditório da faculdade. Evento gratuito e aberto à comunidade.

UCS: FRANCISCO GETÚLIO VARGAS, 1.130. 3218-2118 | FSG: OS 18 DO FORTE, 2.366. 2101-6000 | FACULDADE DE TEC-NOLOGIA DA SERRA GAÚCHA: MARE-CHAL FLORIANO, 889. 3022-8700

Reunião debons alunos

+ EVENTOS

Tempo necessário para zerar o número de processos, desconsiderando a entrada de novas causas

542 dias, 13 horas e 42 minutosTempo necessário para zerar o número de proces-sos, considerando o ritmo de julgamento de 2010

13 anos e 9 meses

O Fórum encerrou o ano com 1 processopara cada 4 caxienses

O Fórum possui 20 juizados.

180,8

9

202,7

10,1

Média de entrada de processos por dia *Média de processos encerrados por dia *

Média diária de entrada de processos, por juizMédia diária de processos concluídos, por juiz

66 mil

118 mil

74 mil

110 mil

Novos processos

Iniciou o ano com

Processos encerrados

Encerrou o ano com

* O cálculo considera feriados e finais de semana.

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Lajeado Grande encontra-se a pouco mais de 50 quilô-metros do centro de Caxias do Sul e a cerca de 74 qui-lômetros de São Francisco de Paula, município ao qual pertence. Somente essa dis-tância já tem sido argumento suficiente para os moradores buscarem a anexação da loca-lidade a Caxias.

De acordo com essa lógica, Criúva vai querer anexar-se a São Marcos, do qual dista apenas 18 quilômetros. O dis-trito caxiense está a 60 quilô-metros da sede do município.

O prefeito de Bento Gon-çalves, Roberto Lunelli, pretende oferecer a área do Campus Universitário da Re-gião dos Vinhedos (Carvi) da UCS, que muitos ainda teimam em chamar de Fervi, para garantir a instalação na-quele município do núcleo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Difícil que aconteça: a área do Carvi foi cedida à Univer-sidade de Caxias do Sul por 30 anos, por força de convê-nio assinado em 1993, com aval do MEC.

A comissão organizadora da Festa do Vinho Novo de Forqueta, presidida pelo ex-vereador Felipe Slomp Giron, realiza neste sábado a festa de escolha da rainha e princesas do evento, tido como uma espécie de prévia da Festa da Uva.

A nota dos jurados não será divulgada.

Somente nesta quarta (9), o Tribunal de Justiça vai analisar o mérito da greve dos médicos da rede pública de Caxias do Sul.

A administração municipal – em especial a procuradoria jurídica do Município – aposta todas as fichas na decisão do TJ para impedir que a mobilização médica complete, no dia 11, 7 meses de duração.

Até lá, as relações entre o prefeito Sartori e o presidente do Sindicato dos Médicos, Marlonei Silveira dos Santos (foto acima), continuarão sendo um pote de mágoas.

Os médicos apresentaram uma nova proposta à prefeitura que dá praticamente na mesma: R$ 4 mil de salário-base para 10 horas sema-nais de trabalho e atendimento a 15 pacientes por dia.

Antes, os profissionais da saúde queriam um salário de R$ 9,1 mil para 20 horas semanais, conforme estabelece a Federação Nacional dos Médicos.

A eleição municipal do ano que vem vai ser briga de deputados.

No sábado passado, o deputado federal Assis Melo foi indicado como pré-can-didato do PCdoB à prefeitura de Caxias do Sul. No próximo dia 19, tudo indica que será a vez de outro parlamentar, o petista Gilberto Pepe Vargas, ser confir-mado pelo diretório do partido também como pré-candidato à sucessão de José Ivo Sartori pela oposição. Pela situação, a candidatura do deputado estadual Alceu Barbosa Velho (PDT) já está colocada há tempos. Falta apenas o nome de seu vice.

Exceção a essa regra, por enquanto, é o atual presidente da CIC, Milton Corlatti, que concorrerá pelo DEM.

Palestra do presidente da Fiergs, Heitor Müller, esta semana na CIC, mostrou pontos de contato com re-cente fala, na mesma enti-dade, do empresário José Fernandes Martins, do Conselho de Administra-ção da Marcopolo.

Martins é o único inte-grante de Caxias do Sul na diretoria de Müller. Ambos fizeram questão de ressal-tar feitos governamentais com a consequente movi-mentação que ocorre na economia.

Justiça decide

Distância

Um campus para a Ufrgs

Vinho novo

Pela metade

Briga parlamentar Afinados

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PLENARIO

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Menos temporários

Pelos indicadores da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Caxias do Sul, a inadimplência de setembro apresentou alta de 60% na comparação com igual mês do ano passado. Em valo-res, quase R$ 2,3 milhões dei-xaram de ser pagos. Já o valor recuperado, de pouco mais de R$ 1,2 milhão, foi somente 2% acima de setembro de 2010.

Como forma de qualificar a concessão de crédito, a entidade associou-se à Serasa Experian, aumentando para 84% as possi-bilidades de consulta cadastral de pessoas físicas e jurídicas em todo o Brasil. A nova estrutura será o tema central do Cardá-pio do Comércio, na terça (8), a partir das 19h30, no Salão dos Capuchinhos.

O Centro de Ensino Empresa-rial (CEEM) de Caxias do Sul é a primeira instituição brasileira conveniada à Fundação Getúlio Vargas a ter o Sistema de Ges-tão da Qualidade certificado na norma ISO 9001:2008 em todos os seus processos. Com 15 anos de atuação, o CEEM tem ainda unidades em Pelotas, Santa Ma-ria e Santa Cruz do Sul.

Com alta de 20% no ano, tota-lizando US$ 444 milhões até se-tembro, quase 52% das impor-tações caxienses concentram-se em três países: pela ordem, China, Itália e Estados Unidos, responsáveis, principalmente, por envios de equipamentos para indústrias moveleira e metalúrgica. Já as exportações cresceram 23,5%, somando US$ 757 milhões. Do total, 43% da receita externa têm origem na Argentina, Chile e Estados Unidos. Segundo os dados da CIC, as vendas externas repre-sentam 6,9% do faturamento da indústria local, quase 40% abai-xo de outubro de 2010, que foi de 11%.

Eliminar a perda de grãos no transporte é um dos principais desafios para a indústria fabrican-te de implementos rodoviários. Avanços tecnológicos já garanti-ram sensível redução, mas a busca do marco zero continua. Além de grãos existe outro grande desper-dício no transporte de alimentos. O diretor comercial da Randon Implementos Rodoviários, Vanei Geremia, estima em 20% a per-da de alimentos perecíveis, como carnes e frutas, dentre outros, pelo transporte em equipamentos inadequados. Esta carga, segundo o executivo, precisa ser transpor-

tada em carretas frigorificadas, mas nem sempre é assim. Como as exigências sanitárias ainda são brandas nessa área, muitas to-neladas de alimentos são postas fora, situação que também se re-flete na inflação. É uma bandeira interessante para a classe política. Nesta semana a Randon anunciou a compra da Folle, empresa de Chapecó, especializada em carre-tas frigorificadas. Com a aquisi-ção, a Randon busca atingir 40% do mercado nacional, que tem volume anual médio de 1,7 mil equipamentos. Sua participação anterior era de 32%.

O número de contratações temporárias pelo comércio neste final de ano deve ficar bem abai-xo do que foi consolidado em 2010. A expectativa inicial era a de repetir as 800 admissões, mas o diretor do SPC e ex-presidente da CDL de Caxias do Sul, Luiz Antônio Kuyava, reavalia que não

serão mais de 500. Além da reco-nhecida falta de mão de obra, os empresários aperfeiçoaram a ges-tão do negócio ao longo do ano e identificaram que não há necessi-dade de tantas contratações como no passado. Kuyava usa o termo “oxigenação” para definir o novo momento do setor.

Sem nenhuma muda de pinus ou eucalipto plantada nos últimos 2 anos, em razão da burocracia ambiental do governo do Estado, o Rio Grande do Sul corre sério risco de não ter matéria-prima florestal na virada desta década. O alerta partiu do presidente do Sindicato Estadual da Indústria da Madeira, Serafim Quissini, que também recordou perdas de investimentos no setor. Estudo da Federação das Indústrias aponta

que US$ 3,2 bilhões de aportes foram perdidos para outros esta-dos ou estão trancados em órgãos ambientais do governo. Quem agradece é o Mato Grosso, para onde as empresas estão destinan-do seus recursos. O Sindimadei-ra, em conjunto com a Fiergs, realizará neste mês audiência para tratar do tema e convidará o secretário do meio ambiente do Mato Grosso para expor a política florestal de lá.

Apagão florestal

Rigor no crédito

Desperdício de alimentos

Certificação

Parceiros

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Parceiros

Uma sentença perseguia o sapateiro Rosolimbo José Cóssio nas ruas em-poeiradas ou enlameadas da cidade. Eram só sete palavras, mas tinham for-ça suficiente para desmobilizar qual-quer pessoa menos persistente. Só que Rosolimbo não era qualquer pessoa. Rosolimbo era o homem que ousaria desafiar a hegemonia católica caracte-rística de Caxias do Sul. Rosolimbo foi o primeiro pastor no município da As-sembleia de Deus, doutrina de origem sueca, seguidora da reforma de Mar-tinho Lutero contra dogmas da Igreja católica.

Estamos no fim da década de 20, iní-cio da década de 30. Se as palavras de um padre ou um bispo ainda têm hoje influência marcante na comunidade,

imagine há 80 anos. Era esse o cenário em que o sapateiro aceitou ceder sua moradia – a poucos metros de onde está instalada hoje a igreja dos Capu-chinhos, na Avenida Rio Branco – para os primeiros cultos da nova doutrina. A resistência chegou de forma imedia-ta e tomou a voz dos intolerantes, que passaram a insultá-lo quando cruza-vam por ele durante as caminhadas.

“Homem que troca de religião não presta”, ouvia o ex-católico.

Rosolimbo não precisava pôr os pés nas ruas para sentir as consequências da conversão. Atrás do balcão da sapa-taria, descobriu que a sociedade con-servadora começou a classificar seus clientes de “maus católicos”. O leiteiro recebeu a ordem de cessar as entregas

à família. Comentou-se até que al-guém teria envenenado a água do poço da casa do sapateiro.

A perseguição chegou às três filhas. Professoras, elas não conseguiam em-prego “porque eram protestantes”. Trabalharam em casa até receberem a nomeação para escolas mantidas pelo governo do Estado.

O sapateiro enveredou pelo difícil caminho da Assembleia de Deus gra-ças à visita de um parente, em 1928. Crente da igreja em Porto Alegre, ele subiu a Serra com uma conveniente companhia: Gustavo Nordlund, o mis-sionário sueco responsável por pregar a mensagem da doutrina pelo Estado. Os primeiros cultos no Brasil,

PenosobatismoUm grupo ousou montar uma igreja protestante em plena Caxias dos anos 30 e desafiar a hegemonia católica. Enfrentou um calvário, com insultos, boicotes e tentativas de proibir celebrações

Assembleia de Deus, Divulgação/O Caxiense

por Camila Cardoso Boff

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Anos iniciais foram tão

difíceis que fiéis preferem

esquecê-los

Primeira geração de membros da igreja | Assembleia de Deus, Divulgação/O Caxiense

em Belém (PA), já tinham quase duas décadas. Era chegado o momento de conquistar novos adeptos no inte-rior gaúcho.

As visitas se sucederam, as pregações continuaram na moradia dos Cóssio, e três anos depois um grupo de cren-tes se consolidou com uma estratégia adotada até hoje. “O objetivo da As-sembleia de Deus é ganhar almas para o Reino dos Céus. A criação das sedes das congregações é uma consequência disso, não um objetivo”, enfatiza o pas-tor Daniel Cavalcanti, presidente em exercício da igreja em Caxias.

A Assembleia de Deus – que cria-

ria seu primeiro templo na Avenida Júlio de Castilhos, próximo à Capela do Santo Sepulcro – nascia em Caxias do Sul em 20 de outubro de 1931. Oito décadas depois, quando comemorou o aniversário com um fim de semana de orações nos Pavilhões da Festa da Uva e homenagem na Câmara de Vereado-res, a igreja estima reunir, em 54 con-gregações, cerca de 6 mil fiéis.

É um número bem maior do que aquele do batismo em junho de 1943, um dos momentos mais tensos da his-tória da Assembleia de Deus em Ca-xias. Doze fiéis mergulhariam não em

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Pastor Rosolimbo Cóssio | Assembleia de Deus, Div./O Caxiense

confortáveis tanques batismais, como hoje, mas em um arroio que deu lugar à Avenida São Leopoldo, entre a Colô-nia do Tronco e a Madeireira Travi. O inverno esfriava a água. Mas isso não era o que mais incomodava o pastor Rosolimbo. Para enfrentá-lo, bastaria jogar latas de água quente no arroio – e ele, como ficaria mais tempo imerso, teria também de usar panos aquecidos. A mobilização de um grupo de cató-licos, incomodados com a visibilidade que a igreja conquistava, havia se tor-nado a principal inquietação do reli-gioso. A solução foi chamar o inspetor de polícia para proteger a cerimônia, evitando transtornos.

“Não faltaram ameaças, que foram suplantadas pela alegria e pelas provi-dências do senhor”, conta a pesquisa-dora Marília Aparecida Rocha de Cas-tro, 67 anos.

Natural de Vacaria, formada em Letras pela Universidade de Caxias do Sul (UCS) e convertida desde os 12 anos, Marília se debruçou durante mais de 24 meses sobre as atas da As-sembleia de Deus. Juntou o estudo às

conversas com os precursores – mui-tos deles que já dormem com o Senhor ou que permanecem na Glória (eufe-mismos usados pelos crentes para a morte) – e elaborou, em máquina de escrever, o livro sobre os primeiros 65 anos de história da igreja no municí-pio, publicado em 1998.

Apesar de tanta dedicação, Marília faz raras referências às perseguições aos pioneiros. “Existe muitas histórias de perseguição, que eram verdadeiras, mas eu fui fiel àquilo que foi registrado nas atas”, justifica.

O pastor Daniel também se mostra reticente quando convidado a relem-brar a repressão caxiense à nova reli-gião. “Com a chegada de uma deno-minação nova, houve algumas reações. Mas, com o trabalho e a seriedade, logo o povo caxiense pôde concluir que não estava tratando com mercenários, mas com pessoas dispostas a ajudar a de-senvolver a cidade. Nós esquecemos esses problemas”, encerra.

Como bons cristãos, os integrantes da Assembleia de Deus não guardam ressentimentos.

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18 Fotos: Foto Itália, Divulgação/O Caxiense

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Bonecas da alta

sociedadeDepois de ficar sem um dos eventos mais

tradicionais de seu calendário – e justo no ano do centenário do clube –, o aristocrático

Juvenil rejuvenesceu. Adaptou à nova geração da elite caxiense a festa criada para agradar a velha e convidou um ícone de ambas: Barbie

celebrou 15 anos em Caxias

por Marcelo Aramis

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e foi soterrado por uma pilha de roupas e bolsas Vitor Hugo e Louis Vuitton. Sob os casacos das meninas, vestidos de mulher. Para se identificar como donas da festa, as Barbies da Ba-lada dos 15, o debut moderno do Juve-nil, amarraram uma fita rosa na cabeça e um pequeno avental (?!) na cintura, mais comprido do que alguns vestidos.

Faltava ainda uma semana para o baile de gala da nova geração da elite caxiense. A noite fria do fim de agosto era cenário para a Balada dos 15 Pre-view: mais balada, menos glamour. Pela experiência das outras edições da festa, que ocorre um final de semana antes do debut juvenilista, Daniele Lo-catelli Massignani, a mais recatada das 23, já se sentia apta a fazer previsões para o final da noite. “Ainda nem fo-mos apresentadas para a sociedade e já estão soltas, ‘ficando’, bebendo, caídas no chão”, sentenciava a garota, que re-crimina o comportamento Paris Hil-

ton, mas não pensa em trabalhar tão cedo e sonha ser dona de uma “rede chique de hotéis”. Daniele exagerou. Os garotos mais populares da escola passeavam com as debutantes como se exibissem um troféu, mas ninguém bebeu até cair.

À primeira vista, Daniele é uma ra-ridade entre as adolescentes. “Sou san-ta. Sou ‘BV’, digamos assim”, assumia a “boca virgem” durante o bate-papo com a psicóloga Mirelle Guerra – um dos 20 eventos do pré-debut. “Que bacana. Ainda existe...”, surpreendeu-se Mirelle, admirando a franqueza da única BV do grupo, bem mais tímido quando a pauta migrou para a vir-gindade sexual. “Para os pais é difícil aceitar, por exemplo, as festas de vocês, que vão sei lá até que horas”, prosse-guiu a psicóloga. “Até as 6:00”, precisou Greice Rangel, que sai à noite desde os 10 anos. “Eu ia pro Nova (Nova Gera-ção, a festa teen do Recreio da Juventu-

de). Na época, a Wave (Juvenew Wave, a equivalente do Juvenil), noooossa... Era a melhor festa do mundo!”, re-lembrava Greice, como se resgatasse histórias antiquíssimas. Abismada com a experiência de ver uma garota “ficar” com 42 meninos em uma festa, Daniele adotou um discurso que dei-xaria qualquer mãe dormir tranquila. “Eu não vou perder o meu BV com qualquer um só porque todas estão perdendo. Tu tem que aproveitar cada fase da vida. E agora a gente tá na es-cola, e é época de estudar.” “Ahhhhh... Tipo, ok, é época de estudar sim, mas não só, né?!”, respondeu uma debutan-te, juntando um coro de sorrisinhos atrevidos.

Daniele é uma adolescente típica: cheia espinhas e controvérsias. A ga-rota que nunca beijou na boca – pelo menos até aquela data – declara no catálogo especial da Balada dos 15: “perco a linha quando... vejo um ga-

Elas chegaram de casacos longos. Sob uma chuva fina dessas de estragar chapinha, saíram do carro em frente ao Clube Juvenil, a 6 metros da entrada da festa – a maior distância que os pais das meninas aristocráticas costumam deixar as filhas. No sa-guão, um tumulto se instaurava. “Mãe, volta!”, desesperou-se uma delas, retornando à calçada com um gritinho típico da idade. A mulher estacionou. “Leve os casacos! A chapelaria está fechada”, disse a garota sobre o motivo do caos, algo capaz de acabar com a balada de qualquer uma. Logo alguém providenciou a chave, abriu a chapelaria

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tinho”. Ao falar de imagem, a maior preocupação dessas gurias, ela revela outras semelhanças com as meninas da sua idade. Foi Greice quem melhor definiu o tamanho do dilema da fase da transformação.“Tu olha as fotos de criança: ‘Nossa, eu era tão fofinha...’ Olha no espelho hoje: ‘Nossa, que monstro’.” Em outro nível de aceitação, Daniele fez sua primeira piadinha: “Tu tem dois caminhos na vida: ser magra ou ser feliz. Eu escolhi ser feliz”, disse Daniele-bem-resolvida, para em se-guida a Daniele-adolescente-comum derrubar toda essa segurança: “Mas também não sou uma baleia. Fui para Nova York, vi umas coisas terríveis (tipo, muuuuito gordas) e percebi que não tenho do que reclamar. Eu tento pensar em quem é pior do que eu. Daí fico melhor”. “Daí tu vê alguém mais magra e quer ficar igual a ela”, alguém tratou de encerrar o assunto.

“Se o debut fosse manter as mes-mas funções da origem, talvez devesse acontecer aos 13”, me disse a psicólo-ga Mirelle, após a palestra, sobre as adolescentes de hoje, cada vez mais precoces – Carolina Marques Guerra, a Barbie Oscar, tem 13. O debut que marcava a real estreia na vida social, a passagem para a fase adulta e a apre-sentação a possíveis pretendentes é da época das mães das atuais debutantes, mas já morreu de velhice. A cerimônia sobrevive com um protocolo clássico, para contentar aos pais, e, para atrair as filhas, uma maratona de atividades – durante os três meses que antecedem o baile – e formato de balada. “Para essas meninas terem interesse em de-

butar tem que ter uma festa muito di-ferente”, conta Renan Ribeiro Mendes, presidente do Clube Juvenil. Quando ele entrou para a diretoria, em 2005, a festa mais importante do calendário juvenilista estava defasada para as jo-vens, “mais autênticas e com mais per-sonalidade”. Participar obrigada pela família, moda nos anos dourados do debut, também já tinha caído em de-suso. Aquele era o ano do centenário do Juvenil, e a tradicional noite de gala deixou de ocorrer pela primeira vez. Por falta de interessadas.

Então o clube contratou o promoter Julius Rigotto e transformou o baile adulto, animado por valsas e apresen-tação de orquestra, em uma balada jovem e tecnológica. O protocolo for-mal, ponto alto da noite, se manteve e ganhou ainda mais sofisticação. As gurias curtiram e os pais cederam aos caprichos modernos em troca da par-cela conservadora do evento: o útil e o agradável voltavam a movimentar o clube cor-de-rosa. “Ainda é um mo-mento de apresentação. É o pai condu-zindo a menina pela mão e mostrando: ‘Essa aqui é a minha filha’”, conta So-lange Lima, que coordena a Balada dos 15 desde 2006. Durante o baile, junto comigo na mesa, a colunista Odinha Peregrina fazia uma segunda narração depois que os mestres de cerimônia anunciavam o nome das debutantes e o nome dos pais. E todas eram filhas ou netas de alguém importante ou dono de alguma coisa. “Uma vez tu sabias quem era filho de quem. Hoje as meninas só querem saber o nome, não importa filho de quem. Os sobrenomes interessam aos pais”, explica Solange.

“Hoje as meninas só querem saber

o nome, não importa filho

de quem. Os sobrenomes interessam aos pais”, entrega Solange Lima, coordenadora

do debut

Do Preview para o debut, o vestido cresce e muda o comportamento |

Fotos: Foto Itália, Div./O Caxiense

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Isso é o suficiente para os pais. O res-to do pacote, o que atrai as debutantes, é muito mais trabalhoso. “O Juvenil tem essa vantagem em relação aos ou-tros clubes: um convívio familiar do pré-debut, que se deve muito ao traba-lho e ao carisma da Sola”, elogia Renan.

Maternidade. É isso que Solange, mãe da rainha Pauline, que passou a coroa na noite de gala, exerce du-rante os três meses de pré-debut. “Eu questiono. Vocês acham legal sair da festa contando com quantos ficaram? Acham legal se arrumar, gastar na roupa, cabelo e maquiagem para, no fim da festa, o vestido ter virado blu-sa e o sapato estar na mão? Elas não acham legal”, relata a diretora social, que não impede as meninas de beber, desde que saibam o limite. Para quem não obedece ou ultrapassa a linha da elegância, ela recorre às famílias origi-nais. “Podem beber, podem cair. Pri-meiro eu cuido, até limpo, se precisar. Depois ligo para os pais e mando vir buscar a filha que deu vexame”, dizia a elegante Solange, agitando as pulseiras douradas, as unhas feitas, mãos impro-váveis para a limpeza de vômito. “Tu tem que entrar na festa linda e sair do mesmo jeito que entrou”, repetia, ento-ando o mantra da aristocracia.

Foi esse ambiente familiar que cha-mou a atenção de Nádia Sandrin Manfroi, mãe de Bárbara. Ela quer que a filha faça “boas amizades” e fre-quente “bailes seguros e saudáveis”. Em Bento Gonçalves, onde elas mo-ram, o debut está perdendo a força e há poucas opções para Bárbara sair à noite.“Ela nunca tinha saído antes. O debut foi mesmo um marco”, conta a mãe, que integrou a organização do Clube Aliança para realizar o sonho da filha e conseguiu, “com muito cus-to”, 10 meninas para o debut de Bento. “Queríamos que ela aproveitasse os 15 ao máximo.”

E Bárbara levou a sério o “ao má-ximo”. Antes do Juvenil, a Rainha do Clube Aliança foi apresentada às so-ciedades de Bento, Farroupilha e Ve-ranópolis. “Esse é o último. Acho que não vai dar mais pra convencer o pai”, conformou-se a garota, que ainda pre-tendia debutar em Nova Prata. Não foi um lamento, ela tinha motivos demais para comemorar: Barbie é o diminuti-vo de Bárbara (“adorei”); o formato do baile do Juvenil permitiu que ela tives-se uma madrinha (a melhor amiga); e,

pela primeira vez, o par foi o namora-do. Inevitavelmente, o baile preferido. Na noite da festa, o namoradinho – “inho” pelo físico e pelos modos, não pela maturidade do relacionamento – abraçava a debutante sem amassar o vestido e a beijava na testa para não estragar a maquiagem. Recentemente, quando eles começaram a namorar, o pai de Bárbara ficou surpreso pela pre-cocidade, mas aceitou. “Só pediu que houvesse respeito. Eles só querem me ver feliz”, acrescentou a menina.

E o quanto custa a felicidade de Bár-bara? Nem tanto. “Acabamos econo-mizando no vestido. A Solaine Piccoli, que é excelente, tinha um pronto que ficou perfeito na Bárbara”, conta Nádia – ela pede para não divulgar o valor do traje assinado por “uma das melhores estilistas de Porto Alegre”. A bagatela financiaria pelo menos cinco anos do meu guarda-roupa. Mas nem tudo é extravagância. Bárbara usou o mesmo vestido nas quatro noites. Sem choro. De presente, viajou para Londres e Pa-ris com os pais e a irmã. A mais nova, longe dos 15, já decidiu a viagem e Bárbara deve acompanhá-la também: Grécia e Dubai. “Elas têm gostos bem exóticos”, define a mãe.

As outras 22 não têm gostos tão exóticos para viagens – quem ainda não foi pra a Disney já tem a viagem marcada –, mas são similares em po-der aquisitivo. “Não dá pra dizer que não é uma festa elitizada, mas é bem menos do que muita gente pensa. Competimos com a festa de 15 anos, com a Disney... Em muitos casos, elas têm que escolher”, diz Renan. Quando perguntam a Solange quanto custa o debut, ela passa as taxas do clube – R$ 3 mil para não sócias, R$ 2.200 para sócias e mesas para o baile ente R$ 240 e R$ 350, mais um investimento de 1 mil reais com outros custos (maquia-gem, fotos e firulas). O cálculo não in-clui o vestido, que costuma ser a maior despesa. Os do estilista porto-alegren-se Marco Tarragô, o queridinho das debutantes, custam de R$ 5 mil a R$ 11 mil. A rainha Pauline usou dois desses: um ‘estilo sereia’ bordô, para passar a coroa, e um rosa curto, no Chá com a Rainha, quando o dress code era “estilo boneca”.

Antes do preço, a propaganda. Para Solange, as amizades construídas nos passeios e o conhecimento adquirido

Barbie decorativa no baile | Foto Itália, Divulgação/O Caxiense

Cupcakes: decoração comestível | Foto Itália, Divulgação/O Caxiense

Barbies no salão intermediário | Foto Itália, Divulgação/O Caxiense

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A então soberana Pauline, no Chá com a Rainha | Foto Itália, Div./O Caxiense

Passeio a Gramado, no pré-debut | Foto Itália, Div./O Caxiense

nas palestras (autoconhecimento, ma-quiagem, etiqueta...) justificam cada centavo. Em um dos eventos do pré-debut, o preferido da coordenadora, as meninas passaram um dia com as crianças do Abrigo Sol Nascente. Presentearam a casa com um video-game, distribuíram doces e cada uma ficou responsável por uma criança no passeio ao zoológico da UCS e ao McDonald’s. “Elas adoraram. Se emo-cionaram. As crianças as chamavam de tias. Tu precisava ver elas limpando o nariz das crianças...”, lembra Solan-ge.

Maria Eduarda Deon Cecatto, que escolheu ser a Barbie DJ na exposição fotográfica das debutantes, coleciona Barbies e viagens internacionais. As 62 Barbies “sentadinhas” (porque não são capazes de ficar de pé) na prate-leira do quarto, paixão dividida com a mãe e o tema da Balada dos 15, con-venceram a família a realizar o debut, depois de uma festa de 15 particular para 400 pessoas no Juvenil. “Fisica-mente, Barbie é uma mulher que não existe: totalmente magra, muito busto, bunda e cabelo perfeitos. Às vezes se

refere a uma menina muito fresca”, diz Maria Eduarda, que detesta futilidade. Na festa dos 15, ela trocou o sapatinho por tênis, a valsa pelo hip hop. “A Bar-bie é linda e tal. Mas nem precisaria... Gosto dela por causa disso: a Barbie pode ser qualquer coisa. Ser Barbie é poder ser o que tu quiser”, filosofa a garota.

Menos crente na possibilidade de um debut sem futilidade, a madri-nha de uma debutante – e da mesma idade que ela – acha que o baile pode ser fundamental para a carreira da afi-lhada. “Ela quer ser médica, precisa estar em um nível mais alto da socie-dade. Eu quero ser jornalista, não vou ter tempo para vida social”, analisou, justificando a intelectualidade confe-rida pelo óculos e pelo vestido preto comportado. “Tu vê meninas fofinhas, com namorados fofinhos... É bem o que elas são: bonitinhas e fofinhas. E provavelmente se aceitem como Bar-bies”, completou, ácida. Para ela, o importante do debut não é, necessa-riamente, a apresentação na coluna social, que “as pessoas olham, dizem ‘que bonita!’, ‘que feia’, e puf!, viram

“A Barbie é linda e tal. Mas nem

precisaria... Gos-to dela por causa

disso: a Barbie pode ser qualquer coisa. Ser Barbie é poder ser o que tu quiser”, diz Maria Eduarda, a maior

fã da boneca

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a página”. O fundamental é o círculo social. “Elas sonham ser ricas, já são ricas e querem continuar sendo ricas. É isso”. Igualmente recém-chegada aos 15 anos, a madrinha achou desneces-sário debutar ou ter festa especial. E abdicou de uma viagem em troca de uma desnecessária plástica no nariz.

No grande dia, as mães, de pentea-do feito e calça jeans, novamente dei-xam as filhas na porta do clube, agora de vestidos longos, às 19:00, 4 horas antes do protocolo. Aguardadas por 4 fotógrafos, que dispararam quase 4 mil flashes naquela noite, elas fazem pose desde a calçada, onde começa o tapete vermelho. Perto das 22:00, os convida-dos começam a chegar. O traje de gala que, conforme Solange, “muda a pos-tura das pessoas”, os destaca dos popu-lares que passam na Avenida Júlio de Castilhos e espiam o movimento dos vestidos brancos. Na entrada do salão principal, flores de plástico que pare-ciam de verdade e Barbies de verdade que pareciam de plástico completavam a decoração cor-de-rosa da festa. Não teve jantar nem coquetel. Petiscos e fri-turas eram vendidos a la carte. Pouco depois das 23:00 iniciou o protocolo, que chamava as gurias de “meninas-moças”. Elas surgiram de trás de um

telão móvel, com a trilha que escolhe-ram para o momento.“Eu adoraria um trio de violinos para a entrada das de-butantes. Mas para elas não faria o me-nor sentido. Tem que se adaptar. Elas querem Katy Perry? Tocaremos Katy Perry. O baile é delas”, aceita Solange. As jovens são conduzidas pelo par até os pais e desfilam pela pista de leds. Cumprimentam a família, a madrinha e a sister – debutante do ano anterior – e recebem uma joia do casal presidente (neste ano, uma corrente de ouro com um pingente que reproduzia o perfil da Barbie). Saem de cena e retornam para a coreografia de Teenage Dream, de Katy Perry.

Os adultos têm mais 5 minutos de fama: tempo suficiente para homens da família dançarem a valsa com a debutante. Apagam-se as luzes. O DJ toca Love is in the air e I Will Survive para o público da pista. Em uma mesa, um grupo tenta adivinhar a próxima: ensaia a coreografia de YMCA. Acer-tam em cheio. A geração dos avós é eliminada. Em seguida, Village People é interrompido por uma batida forte e um rápido silêncio. I gotta feeling..., cantam The Black Eyed Peas. “Uhhh-Uhhh”, respondem os jovens das mesas antes de invadir a pista. É o fim do bai-le. O começo da balada.

Coreografia de Cláudia Bergmann | Foto Itália, Div./O Caxiense

“Elas sonham ser ricas, já são

ricas e querem continuar sendo

ricas”, diz amadrinha de uma

debutante sobre as meninas

“fofinhas, com namorados

fofinhos” que“se aceitam como

Barbies”

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“Gente, vamos começar! Avisa todos, Ma-rilisa”, grita Vera Roso Vial, uma das inte-grantes da comissão que organiza a 3ª Sema-na de Galópolis, fazendo acender as luzes da passarela do também terceiro desfile de mo-das do comércio local. As palavras de Vera são proferidas bem na entrada do ginásio do bairro, ponto estratégico de comunicação entre os camarins, montados no prédio ane-xo, e a passarela, formada por um tapete ver-melho avançando da lateral e outro cruzado sobre o círculo central.

Na noite de sexta-feira (28), a mesma qua-dra que trocou as tabelas de madeira por tabelas em vidro, conforme as normas da Federação Internacional de Basquete (Fiba), no tempo em que o extinto programa UCS Olimpíadas anunciava Galópolis como o “polo do Basquete Feminino Gaúcho”, virou polo de moda. Às 20:24, hora exata do anún-cio de Vera, quase um quinto da população

Galópolis FashionWeekModelos de todas as idades e todos os pesos fazem desfile sem o glamour internacional, mas com algo que não se vê nem em Paris: aqui ninguém tem o nariz empinado

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por Carol De Barba

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Crianças na passarela | Maurício Concatto/O Caxiense

do bairro – conforme o último Cen-so, o total é de 2.377 habitantes – já está concentrado naquele quarteirão há pelo menos uma hora e meia. Mais de uma centena só nos bastidores, pre-parando o show que faria as arquiban-cadas vibrarem como nos tempos do basquete.

Quatro lojas participaram do des-file, “as mesmas de sempre”, segundo Vera, que tradicionalmente – há três anos – colaboram para abrilhantar a Semana de Galópolis com acessórios e peças de vestuário feminino e masculi-no, infantil e adulto: a Boutique Fafalu (das irmãs Lóris e Loren), a Ousadia (cuja proprietária é uma bela mulher de meia-idade com cabelos negros, compridos e lisos como os da cantora Perla), a Nostra Vita (“que tem roupa, cama, mesa, banho, chinelo, flor e um mercadinho no subsolo”, explica Vera) e a Dandai (administrada por mãe e filha).

Apesar de não vender roupas, a quinta participante foi a Cootegal – Cooperativa Têxtil Galópolis, uma das fábricas de tecidos mais antigas do Estado e em torno da qual surgiu todo bairro, em 1891 –, que encerrou o evento com amostras de panos da co-leção de inverno 2012 trabalhados na

técnica moulagem (direto no mane-quim). O desfile da Cootegal é coorde-nado pela estilista da empresa – e “do bairro”, completa a anfitriã Vera para ressaltar que tudo ali é da comunida-de, acrescentando ser ela a criadora do trajes das soberanas de Galópolis. O da rainha, Mariana Brustolin Calza, é o único com temática: Amy Winehouse. “Começa mais colorido e vai ficando escuro, pesado, como o vício dela. É para servir como um alerta contra as drogas”, descreve Mariana, tirando as peças de uma grande caixa de papelão.

Para que o desfile não fosse longo demais, cada pessoa jurídica teve di-reito a 10 entradas na passarela, tota-lizando 50, quase todas com bem mais que duas pessoas físicas – o que já é bastante se levarmos em conta que a Dolce & Gabbana penou para não en-joar o público da Semana de Moda de Milão com 76 entradas individuais. No prédio anexo ao ginásio, uma espécie de salão de igreja, mesas e cadeiras de madeira e palha foram empilha-das e cobertas com grandes panos (as toalhas das mesas, no caso) para se transformar em camarins. Apesar do cheiro de comida e das crianças cor-rendo com refrigerante e salgadinhos nas mãos – perigo constante para os

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looks –, foi ali que 100 clientes, paren-tes e amigos viraram modelos depois de vestidos, maquiados e penteados com a ajuda, é claro, dos profissionais do bairro. “Aqui tem de todas as idades e todos os pesos”, conta Vera.

O show começa com uma entrada das soberanas da localidade e segue com a trilha de abertura da novela Fina Estampa. A plateia se emociona com cada entrada, especialmente com os pequenos, que, quanto mais desajei-tados, mais fofos. Entre os mais velhos, ninguém com cara de comeu e não gostou, ou pior, de fome, como se vê em tantas passarelas internacionais. As senhoras, ainda que tímidas, exibiam com gosto visuais milimetricamente elaborados pelas equipes das lojas. O encerramento de um dos desfiles teve até fogos, como os da performance de Paul McCartney em Live and Let Die, guardadas as devidas proporções. En-tre público e participantes, a opinião é consensual: todos amaram ver ou ser “artistas” por uma noite. Não foi ne-nhuma Fashion Week, mas deveria ser programa obrigatório para os narizes empinados metidos a fashionistas.

Bastidores do desfile | Maurício Concatto/O Caxiense

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PLATEIAPLATEIAa moradia dos pesadelos a FaNtÁstica FÁbrica de Fazer mÚsica | teatro sem segredo

Velcy Soutier da Rosa, Divulgação/O Caxiense

por Vagner Espeiorin

A principal função de um desfi le de moda é apresentar tendências e novos produtos. Não raro, junta-se aos lan-çamentos, elementos experimentais. É assim, com jeito de coleção de moda, que a Curadoria Independente e a Ga-leria Arte Quadros lançam a exposi-ção Primavera Verão, uma mistura de clássicos e estreantes. Diferentemente das passarelas, a mostra não pretende se guiar pela harmonia do conjunto, mas se inspira na moda para estimu-lar o consumo. “Juntamos uma galera, porque queremos mesmo criar uma variedade de opções às pessoas”, diz a curadora Mona Carvalho, que preten-de lançar a moda de comprar arte.

Extravagância não é pecado no con-sumo de arte. Pecado seria nem sequer apreciar as 150 obras dos 32 artistas da exposição, revelações como Simone Sgorla, Daniela Antunes e Cristiane Marcante e ícones como Antonio Gia-comin, Jane De Bhoni, Velcy Soutier da Rosa e Vasco Machado.

Vitor Hugo Porto, de 57 anos, que pertence à classe dos ícones, também cede ao experimentalismo. Sem perder a característica cubista da sua obra, o artista aborda uma temática um tanto realista, deixa o acrílico e colore as te-las a óleo. Vitor vai expor duas obras, entre elas Dona Júlia. “O processo é inspirativo. Pensei em fazer um retrato de um mulher da periferia. Dei idade a ela. Imaginei que tivesse fi lhos. Cha-

mei de Júlia”, diz o artista sobre a per-sonagem que não teria espaço nas pas-sarelas de moda, mas é top na galeria.

O uruguaio Mario Cladera, que tem uma obras pouco comerciais, também está entre os grandes nomes da expo-sição. Mostra cinco esculturas. Pro-duzidas ao longo de um ano, entre as ofi cinas de arte e as imersões no ateliê, entre Porto Alegre e Caxias, as obras fazem referência à natureza e já passa-ram por outras mostras locais. A visi-tação é gratuita e as peças têm preços de grife e de liquidação: custam entre R$ 250 e R$ 5 mil.

ARTE QUADROSSEG-SEX.09:00-12:00 13:30-19:00.

SÁB 09:00-15:00. A PARTIR DE 11. NOV.

Arte prêt-à-porter

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CINE

Um editor de livros muda-se de Nova York com a esposa e as duas fi lhas para uma bucóli-ca cidadezinha em busca de paz – que, obviamente, não consegue: descobre que a nova casa foi palco do brutal assassinato de uma família. Atenção para o “quase”: o único sobrevivente, o pai, é o principal suspeito do crime. Mas #tenso mesmo é o que houve entre o oscarizado diretor irlandês Jim Sheridan (Em Nome do Pai) e os produtores. Não fi cou o fi lme dos sonhos de Sheridan, que pediu para retirar seu nome dos créditos – e não levou. As interpre-tações de Daniel Craig e Rachel Weisz tentam salvar o que restou. Estreia.

GNC 14:00-16:15-19:00-21:30 14 1:32

A CASA DOS SONHOS

Daniel CRAIG. Rachel WEISZ. Naomi WATTS. De Jim SHERIDAN

Sara PAXTON. Dustin MILLIGAN. De David R. ELLIS

TERROR NA áGUAUm tubarão que ataca amigos durante as férias

em um lago. Dos mesmos produtores de O Alber-gue e O Massacre da Serra Elétrica. O o mesmo diretor de Premonição. Enlatado como sardinha.Estreia.

GNC 14:15-16:40 (3D) 19:30-21:50 (3D)

14 1:48

A áRVORE DA VIDAEspinhosa e existencialista, a oposição entre a

racionalidade e a emoção domina o drama de uma família texana. A mãe acredita no poder da graça. O pai é a representação da força e da autoridade. O fi lho precisa achar seu caminho. A árvore pode ser bela, mas guarda a dureza do caule. 2ª semana.

★ ★ ★ ★ ★ ORDOVÁS. SEX. 19:30. SÁB.-DOM. 20:00

12 2:18

O PALHAçOO nome do Circo é Esperança, mas o sentimen-

to nem sempre dá as caras no fi lme. Poucos espe-rariam tanta melancolia em uma obra com esse nome. Numa crise existencial, Pangaré ocupa o picadeiro com suas tristezas e angústias. Às vezes, faz graça, mas no estilo humor negro. 2ª semana.

★ ★ ★ ★ ★ GNC 13:40-15:45-18:45-21:00

10 1:30

CONTáGIONão se mexa. Não toque. Não mantenha conta-

to. É um fi lme sobre vírus, mas poderia ser uma obra sobre a difi culdade de relacionamento na atualidade. A catastrófi ca ameaça de um vírus é um argumento batido, mas Soderbergh “brinca” com ela de forma original. 2ª semana.

GNC 14:30-19:20-21:40 12 1:36

O RETORNO DE JOHNNY ENGLISHNão é para ser levado a sério. Rowan Atkinson

(o Mr. Bean) é o protagonista. 2ª semana.

GNC 13:50-16:30-19:10-21:20 10 1:41

ATIVIDADE PARANORMAL 3Espíritos que assustam criancinhas e os gritos

das criancinhas assustam os adultos. 3ª semana.

GNC 16:00-18:00-20:00-22:00 14 1:34

CSI: Las VegasQuem tem TV

por assinatura já viu todas as temporadas e versões (Miami, NY, Las Vegas...), mas, na falta de programação mais interessante, sempre vale recorrer ao legista Gil Gris-som, à ex-dançarina Catherine Willows e ao restante da equipe que investiga cenas criminais por meio da ciência forense.

RECORD SEX. 21:15

14 1:00 3 ★

+ TV

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPODER JUDICIÁRIO

EDITAL DE INTERDIçãO1ª Vara de Família - Comarca de Caxias do Sul.

Natureza: Interdição Processo: 010/1.11.0015427-2 (CNJ:.0028490-60.2011.8.21.0010). Requerente: Nelson José Caberlon. Requerido: Caterina Dal Pos Caberlon. Objeto: Ciência a quem interessar possa de que foi decretada a INTERDIçãO do REQUERIDO(A): Caterina Dal Pos Caberlon, por sentença pro-ferida em 30/08/2011. LIMITES DA INTERDIçãO: Sem limites. CAUSA DA INTERDIçãO: Incapacidade para reger sua pessoa e administrar seus bens . PRAZO DA INTERDIçãO: Indeterminado. CURADOR(A) NOMEADO(A): NELSON JOSÉ CABERLON . O prazo deste edital é o do art. 1.184 do CPC.

Caxias do Sul, 27 de setembro de 2011. SERVIDOR: Maria Cristina Chiele Bernardi JUIZ: Maria Olivier.

AVERGS – Associação Vêneta do RS Rua Bento Gonçalves, 1283 salas 03 e 04 - Centro

Caxias do Sul – Fone (54) 3223 5083

EDITAL DE CONVOCAçãOConvocamos os Srs. Associados, quites com a tesouraria, para uma Assembléia geral que será realizada no dia 23 de novem-bro ( quarta-feira) as 19:00, conforme determina o estatuto, tendo como local sua sede social cita no endereço acima, para aprecia-rem o seguinte:

A) Alteração do estatuto social;B) Assuntos em geral;

Caxias do Sul, 04 de novembro de 2011.Tito Armando Rossi – Presidente

Clive OWEN. Catherine KEENER. De David SCHWIMMERCONFIAR

O diretor David Schwimmer (o Ross, da série Friends) deixou a comédia de lado para falar de coisa séria. Pedofilia na internet. Uma jovem se envolve com um garoto pela rede, mas descobre que ele não é tão novo assim. O relacionamento abala a confiança da família. Para acentuar o drama, um dilema: o pai da vítima é um publicitário que, em suas campanhas, trabalha com a erotização dos adolescentes.

ORDOVÁS QUI. 19:30 14 1:46

AMIzADE COLORIDA ★ ★ ★ ★ ★ “Bonitinho, ordinário, sem graça.” Mila Kunis e Justin Timberlake vivem uma experiência em que a amizade é fachada e o sexo é subterfúgio. E eles gostaram do subterfúgio.

UCS. 18:00 14 1:45

PREMONIçãO 5 A história de sempre: grupo de amigos tentando fugir da morte até sóbrar só um, para dar sequência a história.

UCS. 20:00 16 1:35

OS SMURFS Depois de uma longa espera, eles voltaram e esqueceram de ir embora. O pú-blico gosta mesmo dos smurfs. Resultado: 14ª semana.

UCS. 16:00 L 1:43

SIMPLESMENTE AMOR O velho quebra-cabeças do coração, com paixões entrelaçadas e desencontra-das, mas com direito a ponta de galã brasileiro: Rodrigo Santoro.

ORDOVÁS QUI. 15:00 14 1:43

GIGANTES DE AçONum futuro não muito distante, em 2020, mas numa realidade a perder de

vista, robôs substituem lutadores em ringues. 5ª semana.

GNC. 13:30-16:50 10 2:07

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Tire 5 dias para ver desenhoFaz tempo que ver desenho animado não é só

programa de criança. A 1ª edição do Anima Ca-xias atende bem o público infantil, mas vai muito além disso. Somando 2 mil inscrições, os partici-pantes vão respirar desenho por 5 dias. Além das mostras competitiva e paralela, com filmes locais, nacionais e internacionais, o evento terá oficinas, workshops e palestras sobre as diversas técnicas de animação, do stop motion ao 3D. Mestres da área, como Fabio Yamaji, estarão por aqui. E ser-virão de incentivo à produção caxiense. “Caxias tem muitos animadores, mas poucos filmes”, ex-plica o organizador, Maurício Sabbi. Veja a pro-gramação completa www.animacaxias.com.br.

SEG.-SEX. 8:30-22:00. Ordovás L

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MUSICA

+ SHOWS

Os integrantes eram baixinhos. Sugeriram dar o nome à banda de Umpa Lumpas. Eles não chegaram a gostar. Optaram por Willie Wonka. Mais nobre. Ainda que o nome seja de destaque, a banda precisa virar gente grande no lotado cenário musi-cal de Caxias. No sábado, eles tocam composições próprias e alguns covers nos Macaquinhos. O show faz parte do Rock Parque. Ainda tem Metalica Cover, Lustrando os Trastes, Fighter e OLTZ. Nwão chega a ser uma fantás-tica fábrica de talentos, mas já ajuda a mostrar o trabalho dos caras.

SÁB. 15:30. Parque dos Macaquinhos

The Headcutters, de Itajaí (SC), é considerada uma das boas representan-tes do blues do Brasil. O quarteto é fiel à estética dos anos 40 e 50 e à linha das lendárias gravadoras de blues de Chicago dessa época, desde o timbre, o visual dos integrantes e os instrumentos até a identidade no MySpace. A ins-piração dos performáticos Joe Marhofer (harmônica e vocal), Ricardo Maca (guitarra e vocal), Arthur “Catuto” Garcia (contrabaixo acústico) e Leandro Cavera (bateria) vem de mestres como Muddy Waters, Little Walter e Jimmi Rogers.

★ ★ ★ ★ ★ SÁB. 22:00. R$ 10 (F) e R$ 15 (M). Mississippi

Da garagem ao parque

Blues de Chicago, Santa Catarina

SEXTA

Disco 22:00. R$ 10 e R$ 20. Portal Bowling Volux 22:00. R$ 10. Bier Haus Bar Pátria e querência 22:00. R$ 6 e R$ 8. Paiol Julian e Juliano 23:00. R$ 20 e R$ 30. Arena Marcelo Duani e DJ Marcelo Heck 23:30. R$ 10 e R$ 20. Boteco 13 Puracazuah 23:00. R$ 20 e R$ 25. HavanaThe Hawks Country Band 22:00. R$ 10 e R$ 15. Mississippi Sunny Music 23:00. R$ 10 e R$ 12. Vagão Bar Corrente Sangüínea Lustrando os Trastes, Stripper Jack e Toni Trapaça 23:00. R$ 10 e R$ 12. Vagão Classic DJ Luciano Lancini e DJ Nóia 23:00. R$ 20 e R$ 40. XerifeSexta Cultural 21:00. Zarabatana

SáBADO

H5N1 22:00. R$ 10 e R$ 20. Portal Bowling Izzi e Louise 22:00. R$ 10. Bier Haus Bar Barbaquá 22:00. R$ 6 e R$ 8. Paiol DJ Felipe Guerra 23:00. R$ 30. Nox Versus Goiabada Cascão 23:30. R$ 10 e R$ 20. Boteco 13 Killer on the dancefloor 23:00. R$ 25 e R$ 40. Havana The Headcutters 22:00. R$ 10 e R$ 15. Mississippi Guff 23:00. R$ 12 e R$ 15. Vagão Bar

04.NOV.2011

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A fórmula do jazz e o quarto elemento

A voz da brasilidade

+ SHOWS

SáBADO

Oltz 22:00. R$ 12 e R$ 15. Vagão Classic DJ Cuca 23:00. R$ 20 e R$ 40. Pepsi

DOMINGO

Gaspanic e Lonely Hearts Club Band 18:00. R$ 12. Leeds Domingueira 17h. Livre. Zarabatana

TERçA

Sopros e Acordes 22:00. R$ 10. Bier Haus Bar Débora Menegon e André Viegas 22:00. R$ 8 e R$ 10. Mississippi Giovanni Marquezeli 20:30. R$ 25 e R$ 15. Teatro São Carlos

QUARTA

Tríplice 22:00. R$ 10. Bier Haus Bar Maurício e Daniel 21:00. Paiol Rafa Gubert e Tita Sachet 22:00. R$ 8 e R$ 10. Mississippi

QUINTA

Sandra e Leonarda 22:00. R$ 10 e R$ 20. Portal Bowling Fabrício Beck 22:00. R$ 10. Bier Haus Bar Macuco 22:00. R$ 6 e R$ 8. Paiol Rafa Schuler Trio 22:00. R$ 10 e R$ 15. MississippiProjeto Caiubi20:00. Zarabatana

Receita para uma bela noitada de jazz: junte uma boa dose de Fernando Aver, guitarrista, violonista, compositor e arranjador, entre outros, com 20 anos car-reira; uma pitada de Marcos Petta no baixo; outra de Rodrigo Zorzi na bateria; e finalize com a potente voz de Mirtinha Gómez – que vai de MPB a Billie Holiday em um só repertório – a gosto. Misture bem e aprecie sem moderação.

★ ★ ★ ★ ★SÁB. 23:00. R$ 10. Leeds

“Muitos do ritmos em cena podem parecer estrangeiros”, avisa a diretora mu-sical do espetáculo Cantos da Nossa Terra e Outros Cantos Cristiane Ferro-nato. Mas não são. No palco, 29 pessoas cantam e dançam músicas com essên-cia brasileira. Encabeçado pelo grupo Zingado e com a participação do Coro Infanto-juvenil de Veranópolis, o projeto quer colocar sobre o palco o trabalho preparado desde fevereiro. Envolto na pesquisa histórica, a apresentação popu-lar tem grande chances de se mostrar um bom espetáculo experimental.

SÁB. DOM. 20:30. R$ 10. Ordovás

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PALCO

Estudantil acadêmico

Sem prisão de ventre

+ ESPETACULOS Mostra Tem Gente Teatrando 2011

Depois de uma tem-porada com Memórias de uma Solteirona, a Casa de Teatro Tem Gente Teatrando sedia mais um evento em família. A mostra de teatro da companhia acontece pela 13ª vez e abre com espetácu-los infanto-juvenis. Em Escravos de Jó e A Galera da Rua 13, os alunos sobem ao palco para mostrar o traba-lho ao longo do ano. “Acho que esse é o nos-so diferencial. Fazer com que os alunos re-alizem um produto fi-nal”, avalia a atriz Zica Stockmans, a diretora da casa.

SÁB. DOM. 16:00. R$ 20 e R$ 10. Casa

de Teatro

O diretor Eriam Schoenardie concebeu a peça O Segredo de Salete ao participar com os colegas de uma oficina do drama-turgo Valter Sobreiro. Não, isso não foi foi há muito tempo. Eriam tem apenas 19 anos, cursa Licenciatura em Teatro na UFRGS, em Porto Alegre, e os outros sete atores do grupo Teatro de Nômades – inclusive sua parceira no roteiro, Letícia Tonolli – ainda estão no ensino médio do Colégio Imigrante. Baseado no poema O Caso do Vestido, de Carlos Drummond de Andrade, o espetáculo até parece obra de gente grande: tem trilha sonora ao vivo, mistura passado e presente em palco, e usa de elementos simbolistas para repre-sentar vidas marcadas por amores frus-trados.

SEX. 20:00. 1Kg de alimento não perecível. Teatro do Sesc

1:00

Para comemorar o aniversário de 10 anos, a Hayet Escola de Danças vai co-locar 75 pessoas no palco no espetáculo Belly Fusion. E vai misturar dança do ventre, especialidade da casam com hip-hop, dança cigana e efeitos pirotécnicos. Eu tenho medo.

DOM. 19:30. R$ 18. Teatro São Carlos. 1:30

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Consórcios Contemplados de Imóvel

(54) 3419 4662 │Email: [email protected]

CRÉDITO

200.000,00100.000,00100.000,0092.600,00

ENTRADA + SALDO

Entrada + 68 x 3.682,00Entrada + 106 x 1.130,00Entrada + 145 x 858,00Entrada + 69 x 1.285,00

34 04.NOV.2011

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Estudantil acadêmico

Sem prisão de ventre

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+ EXPOSICOESVI Mostra Real da Maçonaria da Serra Gaúcha Coletiva SEG.-SEX. 9:00–19:00. SÁB. 15:00–19:00. Ordovás.

Êxodos Sebastião Salgado (reproduções). SEG.-SEX. 9:00-19:00. Câmara de Vereadores

Frames da Dança 2 ★Coletiva. SEG.-SÁB. 8:00–20:00. Sesc

Moúsai: à luz do luar, entre sombras, o patrimônio se revela Coletiva. TER.-SÁB. 9:00–17:00. Museu Municipal

O Bairro faz Coletiva. SEG.-SEX. 8:00-18:00. SÁB. 8:30-12:30. Farmácia do IPAM

O ventre e o Leite 5 ★ Bruno Segalla. SEG.-SEX. 9:00–12:00. 14:00–7:00. Instituto Bruno Segalla

Retratos 3 ★Vitor Hugo Senger. SEG.-DOM. 10:00–22:00. San Pelegrino

Somos iguais. Preconceito não Coletiva. SEG.-SEX. 8:00–22:30. ATÉ 10.NOV. BLOCO M.-UCS

ARTE CAMARIM

Depois de 6 meses fechado para reformas, o Teatro Pedro Parenti retoma a agenda. As principais mu-danças ocorram na cabine de ilu-minação, que passou do mezanino para o térreo e nas adequações de segurança, como o alargamento de corredores e saídas de emergência. A capacidade do teatro foi reduzida de 412 para 349 lugares.

No dia 11, deve ser realizada uma solenidade de reinauguração. No dia 13, Carlos Simioni, do Teatro Lume (SP) apresenta o espetáculo Sopro.O teatro/dança revela as re-lações do homem com o tempo, o espaço, o sexo e as emoções. Entre o nascimento, “folha em branco do ser” e a morte, “folha em branco, do não ser”, a ligação entre os extre-mos: o sopro. Os ingressos devem custar R$ 5. Bons ventos para a nova fase do teatro municipal.

A Revista Zunido, lançada em fevereiro deste ano, prepara a sua segunda edição. Projeto de Patrícia Heuser e Lidia Ribeiro, da Arquivo Design, a revista sai no início de de-zembro. Lidia conta que as pautas de cultura, comportamento e moda serão mantidas, mas com um apelo mais jovem. E mais verão. Conquis-ta suada.O New Jazz Festival, reali-zado em outubro do ano passado, com a mesma equipe na organiza-ção e grandes talentos no palco do Aristos, não terá a mesma sorte da revista. Volta no ano que vem? Lidia não garante. Ficaremos na torcida.

Novos ares noTeatro Municipal

Chegadas e partidas

marcelo aramis

Em 2004, Paulo Scott convi-dou Fábio Zimbres para ilus-trar seus textos. Os cartazes em preto e branco, metade ilustra-ção, metade texto – uma pe-quena ficção – foram expostos em livrarias, cafés e bares em todo o Brasil. O projeto cres-ceu e novos escritores e ilus-tradores foram convidados: ao todo, 90, o mesmo número de obras na exposição Na Tábua. Entre os convidados, os escri-tores Charles Kiefer e Reinal-do Moraes e da filósofa Márcia Tiburi.

A partir de 9.NOV.SEG.-SEX. 9:00-19:00.

SÁB. 15:00-19:00. Ordovás

Histórias emolduradas

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A grife de bijuterias Maria Santa lança este mês uma coleção pocket de Alto Verão inspirada em Frida Kahlo. Símbolo de feminismo e de libertação, a pintora mexicana era detentora de um estilo único de pin-tar e viver. A “Filha da Revolução” deu status cult ao kitsch, primando pela arte do excesso tanto em suas telas quanto no visual. As peças da Maria Santa misturam cores, textu-ras e materiais, apostando em uma tendência que sempre dá certo no calor: o tropicalismo.

Quem gosta de garimpar peças bacanas por precinhos camaradas já pode marcar na agenda: sábado (5) e domingo (6), a partir das 15h, tem brechó Magnifique très Chic, no Café Giardino (ao lado do Par-que dos Macaquinhos). Idealizado por Carolina Merolillo e Sabrine Zanotto Tosi, o bazar terá roupas de marcas como Guess, Triton, Con-verse, Zoomp, Vide Bula, Favela Hype e King 55, além de peças de decoração, quadros, acessórios, cal-çados, livros e discos. Tudo ao sabor de deliciosos fofos (os pãezinhos especiais do café) e ao som de Bea-tles – com Rafael Poletto, no sábado – e blues – com Uncle Cleeds e J.A. Harper, no domingo.

Viva la bijou

Moda y otras cositas más

carol de barba

CINEmAS:GNC - RSC 453 - kM 3,5 - SHOPPING IGUATEMI | 3289-9292. SEG.qUA.qUI: R$ 14 (INTEIRA), R$ 11 (MOVIE CLUB) R$ 7 (MEIA). TER: R$ 6,50. SEx. SAb.DOm.FER.R$ 16 (INTEIRA). R$ 13 (MOVIE CLUB) R$ 8 (MEIA). SALA3D: R$ 22 (INTEIRA). R$ 11 (MEIA) R$ 19 (MOVIE CLUB) | UCS. FRANCISCO GETÚLIO VARGAS, 1130, PETRó-POLIS. 3218.2100. | ORDOVÁS. LUIZ ANTUNES, 312. PANAZZOLO. 3901-1316. R$ 5 (INTEIRA). R$ 2 (MEIA).

mÚSICA:ARENA. PERIMETRAL BRUNO SEGALLA, 11.366. SãO LEOPOLDO. 3021-3145. | bIER HAUS. TRONCA, 3.068. RIO BRANCO. 3221-6769 | bOTECO 13. AUGUSTO PESTANA. MOINHO DA ESTAçãO. 3221-4513 | HAVANA CAFÉ. AUGUSTO PESTA-NA, 145. MOINHO DA ESTAçãO. 3215-6619 | LEEDS. 18 DO FORTE, 314. LOUR-DES | PAIOL. FLORA MAGNABOSCO, 306. SãO LEOPOLDO. 3213-1774 | mISSISSI-PPI. CORONEL FLORES, 810, SãO PELEGRINO. MOINHO DA ESTAçãO. 3028-6149 | NOx VERSUS. DARCy ZAPAROLLI, 111. VILLAGGIO. 3027-1351 | PEPSI CLUb. VEREADOR MáRIO PEZZI, 1.450. LOURDES. 3419-0900 | Portal Bowling‎. RST 453, kM 02, 4.140. DESVIO RIZZO. 3220-5758 | THE KING: TRONCA, 2802. RIO BRANCO. 3021-7973 | VAGãO. CORONEL FLORES, 789. SãO PELEGRINO. MOI-NHO DA ESTAçãO. 3223-0007 | VAGãO CLASSIC. JÚLIO DE CASTILHOS, 1.343. CENTRO. 3223-0616 | xERIFE. HILáRIO PASQUALI, 34. UNIVERSITáRIO. 3025-4971 | ZARAbATANA. LUIZ ANTUNES, 312. PANAZZOLO. 3228-9046

TEATROS:TEATRO SãO CARLOS. FEIJó JÚNIOR, 778. SãO PELEGRINO. 3221-6387 | SESC. MOREIRA CÉSAR, 2462. PIO X. 3221-5233 | ORDOVÁS. LUIZ ANTUNES, 312. PA-NAZZOLO. 3228-9046 | CASA DE TEATRO. OLAVO BILAC, 300, SãO PELEGRINO

GALERIAS:CâmARA mUNICIPAL. ALFREDO CHAVES, 1.323. EXPOSIçãO. 3218-1600 | CAm-PUS 8. RS-122, S/N°, kM 69. FORQUETA. 3289.9000 | CATNA CAFÉ. JÚLIO DE CASTILHOS, 2546. CENTRO. 3221-5059 | INSTITUTO bRUNO SEGALLA. 3027-6243 | ANDRADE NEVES, 603,CENTRO | mUSEU mUNICIPAL. VISCONDE DE PELOTAS, 586, CENTRO. 3221-2423 | ORDOVÁS. LUIZ ANTUNES, 312. PANA-ZZOLO. 3228-9046 | SALãO DE bELEZA IZA. OS 18 DO FORTE 1420. SãO PE-LEGRINO. 3223.8135 | SAN PELEGRINO. RIO BRANCO, 425. SãO PELEGRINO. 3022-6700 | SESC. MOREIRA CÉSAR, 2462, PIO X. 3221-5233 | FARmÁCIA DO IPAm. DOM JOSÉ BAREA, 2202, EXPOSIçãO. 4009.3150

LEGENdA

ENdERECOS

Duração Classificação Avaliação ★ 5 ★ Cinema e TeatroDublado/Original em português Legendado Animação Ação Aventura Comédia Drama Infantil Policial Romance Suspense Terror Ficção Científica

MúsicaBlues Coral Eletrônica Erudita MPB Jazz Pop Reggae Rock Samba Sertanejo Tradicionalista Pagode

DançaClássico Dança do Ventre Folclórica Hip hop

ArtesDesenho Diversas Escultura Fotografia Pintura

A

Dai

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Cax

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3704.NOV.2011

ARQUIBANCADAFutebol vai a Novo Hamburgo| basquete vai bem mais loNge | gurizada bate bola No muNicipal | tem bolão Nos capucHiNHos

QUASE NA FINAL

+ ESPORTE

Bruno Salvador marcou nos 3 a 0 do Jaconi | Edgar Vaz, EC Juventude, Div./O Caxiense

Parece que nem tudo está perdi-do em 2011. No primeiro jogo das semifinais da Copa Laci Ughini, no Jaconi, o Ju fez sua parte, e com sobra. Empilhou 3 a 0 no Novo Hamburgo e pôs na mala uma bela vantagem para decidir fora de casa, neste sábado, uma vaga na fi-nal da Copinha.

O alviverde pode perder por 2

gols ou, se marcar algum, por 3. Se levar o troco com o mesmo placar, a disputa vai para os pênaltis. Na outra semifinal, Lajeadense e Grê-mio B decidem a vaga no Olímpi-co – na primeira partida, em Laje-ado, o time da casa fez 4 a 2.

SÁB. 16:00. De R$ 5 a R$ 10, Es-tádio do Vale, Novo Hamburgo

Jogatina beneficente

Cortando o Estado

O grupo Poker das Quintas quer dar uma mão para entidades as-sistenciais de Caxias do Sul. Está com inscrições abertas para o 1º Torneio Beneficente de Poker, que ocorrerá no próximo dia 19, um

sábado, às 13:00, na sede da Aco-mac (Rua Santo Bortolini, 1.270, Bela Vista). Inscrições – a R$ 50 + 2 kg de alimento – e informações no local ou pelo telefone 9959-3353.

No basquete, um segundo em quadra pode definir o vencedor. Na estrada, o tempo significa des-gaste e tédio. E são longas 10 horas de trânsito que o Caxias Basquete enfrentará até Uruguaiana para disputar a penúltima partida da fase de grupos do Estadual. Na 2ª

colocação, a equipe de Rodrigo Barbosa não deve ter dificuldades para vencer o time da casa, que, além de lanterna, perdeu todas.

DOM. 19:00. Ginásio do Uru-guaiana. Marechal Deodoro, 1.920, Uruguaiana

TÊNIS: Circuito da Serra Gaúcha de Tênis SEX. 18:00. SÁB. e DOM. 9:00. Recreio da Juventude

CORRIDA: 2ª Rústica Girassol 2011SÁB. 9:00. UBS Santa Fé

GOLFE: Torneio PresidenteSÁB. 8:00. DOM. 9:30. Caxias Golf Club

FUTEBOL: Campeonato Municipal Sub-13 e Sub-15SÁB. Das 14:00-16:30. Estádio Municipal

FUTEBOL: Jogos EscolaresSÁB. Das 8:30-13:00. Estádio Municipal

FUTSAL: Copa IpamSÁB. 19:00-20:00-21:00. Colégio Santa Catarina

VÔLEI: Campeonato Aberto de Voleibol Cel-so Silva SchaidhauerDOM. 8:30-17:30 (Enxutão) 9:30-14:15 (Arena)

BASQUETE: Campeonato CitadinoDOM. 15:00 e 16:30. UCS

BOLãO: Jogos AbertosUnidos x Caipora: SEX. 19:15. Salão Paroquial dos CapuchinhosEsperança x União: SEX. 19:15. Salão Paroquial da Igreja Santo AntônioVirakopus x União: QUA. 19:15. Salão Paroquial da Igreja Santo AntônioUnidos x Esperança: QUA. 19:15. Salão Paroquial dos Capuchinhos

RECREIO DA JUVENTUDE: ATÍLIO ANDREAZZA, 3.525, SAGRADA FAMÍLIA | UbS SANTA FÉ: AV. SAN-TA FÉ, 349, SANTA FÉ | ENxUTãO: LUIZ COVOLAN, 1.560, STA. CATARINA | ARENA: GUERINO LIMA, 746, STA. CATARINA | CAxIAS GOLF CLUb: ESTRA-DA DO GOLFE, 111, FAZENDA SOUZA | ESTÁDIO DO VALE: SANTA TEREZA, 420, NOVO HAMBUR-GO (RS) | COLÉGIO SANTA CATARINA: MATHEO GIANELLA, 1.160, SANTA CATARINA | UCS: FRAN-CISCO GETÚLIO VARGAS, 1.130, PETRóPOLIS | ESTÁDIO mUNICIPAL: AV. PEDRO MOCELIN, CIN-QUENTENáRIO | SALãO PAROqUIAL DOS CAPU-CHINHOS: GENERAL SAMPAIO, 161, RIO BRANCO | SALãO PAROqUIAL DA IGREJA SANTO ANTÔNIO: PADRE VICENTE BERTONI, 1.390, FORQUETA.

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