revista móveis de valor - edição 101

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Revista Móveis de Valor - Edição 101

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REDAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO

Rua Dep. Estefano Mikilita, 125

Centro Empresarial Paradiso, 3o andar

CEP 81070-430 – Portão | Curitiba – PR – Brasil

Fone/Fax (41) 3025-8829

www.moveisdevalor.com.br

[email protected]

DIRETORES

Ari Bruno Lorandi

[email protected]

Inalva Corsi

[email protected]

Sandro Rudnick

[email protected]

GERENTES REGIONAIS

Paraná e Santa Catarina

Fernando Raasch (41) 3025-8829 / 9654-0202

[email protected]

São Paulo

Sérgio Palma (11) 2673-0435 / (41) 9671-6139

[email protected]

Minas Gerais

Cyntia Giusti (41) 9919-4085

[email protected]

ADMINISTRAÇÃO/FINANÇAS

fi [email protected]

REDAÇÃO

Meri Rocha

[email protected]

Patrícia Pavloski

[email protected]

DIAGRAMAÇÃO E DIREÇÃO DE ARTE

Juliana Deslandes

artefi [email protected]

André De Nadai

[email protected]

ASSINATURAS / CIRCULAÇÃO

0800 600 8829

[email protected]

IMPRESSÃO: Gráfi ca Capital

Ano 9 Nº 101–Outubro de 2010

Móveis de Valor é uma publicação mensal do

Intelligence Group do Brasil

Carta do Editor

O ano está na reta fi nal e já deixamos para trás grande parte dos acontecimentos do setor. Em agosto encerramos o calendário de feiras

nacionais, com uma maratona de três eventos em pólos distintos: Espírito Santo, Maranhão e Santa Catarina. Nossas equipes acompa-nharam os três acontecimentos e você confere a cobertura completa nas páginas desta edição. Aliás, a Movelnorte, realizada em Imperatriz, no Maranhão, rendeu um caderno especial com mais de 40 páginas. Esta feira pode ser defi nida com uma das mais animadas do calendário.

Ainda falando em feiras, fi zemos o levantamento dos eventos de 2011 e a maratona será grande novamente, embora menor do que em 2010. Uma das pendências no calendário é a realização do Salão Abimóvel. Programada para ocorrer em agosto do ano que vem, ainda não se sabe quem vai organizar a feira, embora a Movergs tenha se candidatado.

Nesta edição, também mostramos os movimentos de idas e vindas do varejo: enquanto a catarinense Berlanda avança na meta de abrir uma loja em cada um dos municípios do Estado, a gaúcha Obino entra em processo de recuperação judicial.

Já na indústria a preocupação gira em torno da certifi cação para berços, que em breve será obrigatória. E o futuro das empresas familiares também é tema con-templado nesta edição, através da análise de diversos especialistas no assunto. Aliás, outro especialista, o diretor de marketing do Intelligence Group, Ari Bruno Lorandi, analisa o setor e conclui que num País movido a política, o moveleiro não tem força por não contar com parlamentares que representem diretamente o setor.

Estes e outros temas você encontra nas páginas da Móveis de Valor.

Boa leitura

Inalva Corsi | Publisher

NOSSA CAPAIlustra capa desta edição colchão Essencial, da

Serpil Móveis, de Pinhalzinho (SC)

Fone (49) 3366-6300

www.serpil.com.br

Criação da capa:

D+C Design e ComunicaçãoFone (41) 3025-8829

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Sumário04 CARTA DO EDITOR

06 CÁ ENTRE NÓS

10 MAPA DA MINA

12 PELO MUNDO

14 PANORAMA DO VAREJO

16 PANORAMA ELETRO

18 ECONOMIA

60 GESTÃO

64 OBSERVATÓRIO DO VAREJO

72 MARKETING

74 DNA DA VENDA

92 FEIRAS NACIONAIS

96 CALENDÁRIO

102 SUSTENTABILIDADE

106 OBSERVATÓRIO DA INDÚSTRIA

108 PANORAMA DA INDÚSTRIA

112 LANÇAMENTOS E NOVIDADES

114 MENSAGEM FINAL

Mercomóveis: Feira catarinense mostra produtos diferencia-dos, que agradam o mercado

Indústria: Em breve processo de certifi -cação para berços será compulsória 98

76

Design: Schattdecor Brasil comemo-ra 10 anos no País com evento sobre design e inovação

104

Economia......................................... 18Num País movido a política, setor moveleiro não tem força por não contar com parlamentares que o represente

Gestão............................................ 60Especialistas debatem o futuro das empresas familiares no Brasil e dão sugestões sobre o que devem fazer

Observatório do Varejo......................... 64Enquanto a catarinense Berlanda expande, a gaúcha Obino entra em processo de recuperação judicial

Marketing........................................... 72Rumo à liderança no segmento de bicicletas, Houston desenvolve ação inédita de marketing

Feiras Nacionais............................... 92Encerrado o calendário de 2010 é hora de planejar as feiras do próximo ano. E serão muitas novamente

Sustentabilidade................................ 102Pesquisa revela que clientes tem feito empresários alteraremprodutos e processos em prol da sustentabilidade

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Cá entre nós

APO

IO:

Diretor de Marketing Intelligence Group

[email protected]

Divulgação

ARI BRUNO LORANDI

IMPORTAÇÕES CONTINUAM SUBINDO MAISDe janeiro a julho as exportações de móveis totalizaram 421,4 milhões de dólares contra 374,7 milhões de dólares nos primeiros sete meses de 2009. Mas o crescimento de 12,4% é infi nitamente menor do que o índice de 56,3% registrado nas importações de móveis de janeiro a julho. O total importado chegou a 225,6 milhões de dólares. Deste total, 50,5 milhões procedentes da China. Por sinal, as importações chinesas cresceram no período 60,2% em relação a 2009 e representam 22,4% do total de móveis importados de janeiro a julho. No lado das exportações, a maior expansão ocorreu para a Argentina (85,6%) subindo de US$ 29,7 milhões de janeiro a julho de 2009 para US$ 55,1 milhões este ano. Este volume representa 13% do to-tal das exportações brasileiras no mesmo período.

IPCA DE MÓVEIS TAMBÉM SOBE MAISEm agosto, segundo o IBGE, o Índice de Preços ao Consu-midor Amplo (IPCA) fi cou estável, mas o item mobiliário teve alta de 0,6% com destaque para mobiliário de quarto que subiu 2,1%. No terreno negativo fi cou o segmento de cozinhas com -0,6%. No acumulado do ano, enquanto o IPCA geral fi cou em 3,1% o de mobiliário foi de 4,3% e nos 12 meses o geral fi cou em 4,5% e o de mobiliário em 6,8% com destaque para mobiliário de quarto com 8,7%. A me-nor alta no período foi do item cozinha com alta de 1,1% em 12 meses.

PIB PER CAPITA DO BRASIL CRESCE 21,7%No período de 14 anos, o PIB (Produto Interno Bruto) per ca-pita brasileiro cresceu 21,7%, passando de R$ 4.441, regis-trados em 1995, para R$ 5.405 em 2009, segundo o estudo Indicadores de Desenvolvimento Sustentável – Brasil 2010, divulgado pelo IBGE.De acordo com a pesquisa, ao longo do período, houve alter-nância nas taxas de crescimento, com as maiores altas nos anos fi nais da série, com exceção de 2009, devido à crise fi -nanceira internacional.

REGIÕES E ESTADOSÉ entre as Regiões Norte, Centro-Oeste e Sul que tem se con-centrado a ocorrência de taxas de crescimento do PIB esta-dual superiores à média nacional. No entanto, é também no Norte e Centro-Oeste que têm sido registrados os maiores in-crementos populacionais. Isso vem determinando alterações na posição relativa dos estados e uma crescente interioriza-ção da atividade econômica do País.

MOVELEIROS OU CONSTRUTORES?Se a gente observar com mais cuidado as indústrias de móveis, podemos erroneamente concluir que os movelei-ros são na verdade empreendedores da construção civil, tamanha disposição de construir ‘puxadinhos’ de forma quase permanente. O pior é que não existem razões que justifi quem tal procedimento já que os índices de ocu-pação da capacidade instalada andam sempre abaixo de 80% , isso considerando um turno ou, quando muito, dois.

MAIS PARA CELULAR, MENOS PARA MÓVEISExistem no Brasil 187 milhões de celulares. Na média, o bra-sileiro desembolsa R$ 26,19 por mês para quitar a conta do celu-lar. Signifi ca mais de R$ 58 bilhões/ano. Tra-duzindo: para comprar móveis gasta 1,9% do total disponível para consumo. Já para a con-ta do celular usa 2,9%.

BRASILEIRO DEVE POUCOMuito se questiona sobre o grau de endividamento do bra-sileiro, mas os levantamentos realizados recentemente mos-tram que não existem razões para preocupação (veja quadro). Em média o brasileiro deve 515 dias, ou seja, a dívida é de curto prazo: não chega a um ano e meio.

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AS REGRAS DA GARAGEM Criada em um fundo de quintal com um capital de 568 dólares, a Hewlett-Packard se tornou uma das maiores empresas de computação no mundo. Tamanho o simbolismo, essa garagem foi tombada como patrimônio histórico da Califórnia e hoje con-têm uma placa de bronze que indica que ali nasceu o Vale do Silício. O setor moveleiro no Brasil tem muito em comum com a HP, pois a maioria delas nasceu num “puxadinho” no terreno. Então, as famosas “Regras de Garagem” compila-das pela CEO da HP em 1999, Carly Fiorina, se aplicam tam-bém aos moveleiros brasileiros.

São essas as onze regras da garagem: - Acredite que você pode mudar o mundo;

- Trabalhe rápido, mantenha as ferramentas a mão, trabalhe a

qualquer hora, em qualquer lugar;

- Saiba quando trabalhar sozinho e quando trabalhar em grupo;

- Compartilhe ferramentas e ideias. Confi e nos colegas;

- Sem política. Sem burocracia (coisas ridículas em uma garagem);

- É o cliente quem defi ne se um trabalho foi bem feito;

- Ideias radicais não são más ideias;

- Invente diferentes maneiras de trabalhar;

- Faça uma contribuição todo o dia. O que não adiciona valor(não

tem qualidade), não sai da Garagem;

- Acredite que juntos podemos fazer qualquer coisa;

- Invente.

FAMÍLIAS GASTAM R$ 1,07 TRILHÃOCom a renda aumentando vigorosamente e a estabilidade no emprego encorajando fi nanciamentos de longo prazo, o consumidor tornou-se vital para o crescimento econômico. Apenas nos primeiros seis meses do ano, as famílias gasta-ram R$ 1,07 trilhão e a perspectiva é de, no mínimo, dobrar esse montante até dezembro. O Produto Interno Bruto se be-nefi ciou do forte impacto provocado por essa nova socieda-de consumista. No segundo trimestre, a demanda dos lares brasileiros registrou crescimento pela 27ª vez consecutiva. São milhões de famílias em uma busca desenfreada por gela-deiras novas, televisores de LCD, internet de alta velocidade, casa própria e móveis — tudo patrocinado pela oferta maciça de crédito e pela expressiva expansão da renda. No segun-do trimestre comparado com igual período do ano passado, a massa salarial avançou 7,3%, ritmo que supera a infl ação em quase duas vezes. O crédito para pessoa física também registrou incremento signifi cativo no período, de 17,1%.

PERGUNTAR NÃO OFENDE

Por que os desig-ners brasileiros mais consagra-dos no mundo não atendem in-dústrias de mó-veis brasileiras?

RETOMADA DA INDÚSTRIA É DIFERENCIADADos quatro países dos BRICs, a indústria mais afetada pela crise foi a da Rússia. A produção industrial russa de junho de 2010 ainda está 32,1% abaixo do nível pré-crise (setembro de 2008). No caso do Brasil, a indústria está quase no mesmo nível de antes da crise: 2,5% inferior à setembro de 2008. Já a indústria da China (principalmente) e da Índia mal foram afe-tadas (veja quadro). A produção industrial chinesa e indiana de junho de 2010 cresceu 24,3% e 14,7%, respectivamente, na comparação com o nível de setembro de 2008.

Irmãos Campana

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Mapa da Mina

APO

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CONECTIVIDADE VIA TWITTERA E.Life, empresa brasileira líder na América Latina em inteligência de mercado e gestão do relacio-namento 2.0 nas redes sociais, acaba de lançar o Twee.li: um comunicador instantâneo ba-seado na plataforma do Twitter. Criado pela equipe de desenvol-vimento da E.Life, o aplicativo

é uma ferramenta importante para ser utilizada na gestão de relacionamento entre empresas e consumidores usuários do microblog. A E.life também planeja usar o aplicativo para rea-lização de pesquisas on-line com usuários do Twitter. O Twee.li é muito fácil de usar: basta fazer o download do aplicativo no link http://twee.li/. Ao se conectar, com o mesmo login e senha do Twitter, é possível participar de chats reservados com os contatos que cada usuário segue e é seguido mutuamente. Por ser baseado na plataforma do Twitter, o aplicativo permite ainda acompanhar os comentários postados, tuitar, retuitar e responder tweets sem precisar estar conectado na rede social.

CONSUMIDOR MENOS PREVISÍVELMuito tem se falado da geração Y, formada por jovens entre 20 e 30 anos, porém a preocupação do momento é como lidar com sua sucessora, as crianças e adolescentes de até 17 anos, per-tencentes a Z. Da geração X, que nasceu em uma época de forte instabilidade fi nanceira, até a Y, que presenciou grande avanço tecnológico, muita coisa aconteceu, fi cando cada vez mais claro que ao lidar com esse público, as empresas precisam estar atentas aos seus anseios e necessidades, pois além de serem de gerações diferentes, possuem expectativas e valores que vão além da idade.

O PERFIL NAS REDES SOCIAIS O interesse pelos hábitos e gos-tos de outras pessoas não parte só daqueles que buscam novas amizades na rede. Hoje, muitas empresas procuram um modo mais dinâmico e detalhado de encontrar profi ssionais capaci-tados dentro do perfi l procurado. E as mídias sociais têm sido o grande destaque dos últimos anos. Segundo a pesquisa de uma consultora em recrutamento, o Brasil lidera o ranking dos países em que as empresas mais utilizam essas mídias para fazer uma primeira avaliação. Algumas plataformas de social media são, inclusive, voltadas ao contato profi ssional na web. Os usuários do “linkedin” formam uma rede com dados disponíveis que de-talham a formação, línguas que dominam, cursos ou quaisquer experiências pessoais que possam agregar valor como profi ssional.

PERFIL DE CONSUMO DA CLASSE CPesquisa do Instituto Data Popular mostra que existem mais crianças da classe C matriculadas em colégios particulares do que da classe A. Entre os mais abastados jovens brasi-leiros, 10% estudaram mais do que os pais. Já na classe C, esta porcentagem sobe para 68% e mostra que o jovem de baixa renda tem mais infl uência nas decisões de casa. A mudança na pirâmide do consumo afeta também o com-portamento de quem compra. Na classe C, a compra não é apenas a troca de dinheiro por um produto ou serviço. “Trata-se da inclusão. Uma compra representa sair das res-trições, ter a oportunidade, suprir uma necessidade e obter prazer”, aponta Renato Meirelles, diretor do Data Popular. O aumento do crédito para as classes menos favorecidas ativa o consumo, mas também liga o alerta para o endividamento dos consumidores. No primeiro semestre deste ano, o índice de endividados no país chegou a 45%. Apesar de alto este número apresenta retração se comparado ao mesmo perío-do nos dois anos anteriores. Em 2009 era 48% e, em 2008, 50% dos brasileiros tinham dívidas a pagar.

MÚSICA PODE INTERFERIR DIRETAMENTE NAS VENDAS

A música ambiente de um estabelecimento comercial é um fator que deve ser levado em consideração e merece atenção especial do empresário. Trata-se de um cuidado que contri-bui diretamente para o tempo de permanência do cliente no local e para o seu estado de espírito, o que pode levá-lo a consumir mais, ou menos. Algumas marcas, como a ameri-cana Abercrombie & Fitch, loja de menswear, por exemplo, utilizam a música em suas lojas como principal estratégia de venda. A trilha sonora cuidadosamente escolhida cria um clima de “balada”, o que anima os clientes e os leva a con-sumir mais e com mais disposição. Entretanto, é preciso ter cuidado no momento de implementar uma estratégia como a usada pela Abercrombie & Fitch. A mesma música pode não ter o mesmo efeito, benéfi co, em uma loja de roupas esportivas, em um restaurante japonês ou em uma loja de carpetes, por exemplo. Alessandro de Paula, proprietário da AMP Music, consultoria especializada em desenvolver trilhas sonoras, serviço chamado de sound branding, explica: “a música ambiente de uma loja, além de fortalecer a identi-dade da marca, cria um vínculo e uma identifi cação com o cliente, e por isso é preciso estudar cuidadosamente qual será essa trilha e se ela tem a cara do consumidor da marca”.

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CINCO DICAS PARA FAZER A VERBA DE DIVULGAÇÃO DA SUA EMPRESA RENDER MAIS

1 - Escolha a dedo o público-alvo de suas campanhas. "Quem atira para todos os lados dilui recursos e perde efi cácia na ação", afi rma Tiezzi. Por isso, é importante focar esforços na clientela mais rentável. Para identifi cá-la, o es-pecialista recomenda peneirar os clientes mais frequentes, os mais recentes, aqueles com maiores gastos e os que compram produtos variados.

2 - Acerte nos brindes Para evitar que bonés e camisetas distribuídos acabem esquecidos numa gaveta, Cunha sugere que, junto com seu logo, sejam escritas frases bem-humoradas. Uma opção mais séria e convencional, mas bastante efi ciente, é defender uma causa que tenha apelo ao público do negócio - e na qual você realmente acredite.

3 - Apareça em publicações especializadas Outra forma de ganhar visibilidade e credibilidade para seu negócio é escrever artigos para publicações dirigidas a seu público-alvo. Tente também se oferecer como fonte de informações para reportagens sobre seu setor. Com a estratégia, você pode ganhar status de autoridade na área de atuação da empresa.

4 - Ouça antigos clientes Sempre que possível, procure seus clientes para agradecer a compra e pedir opinião sobre produtos ou serviços. Com a medida, além de ganhar informações para o aprimora-mento do negócio, você sinaliza que está atento ao que os compradores têm a dizer. O trabalho não termina aí. Mantenha os compradores informados sobre as sugestões implementadas.

5 - Acrescente um slogan na sua assinatura de e-mail Uma pequena frase acrescentada de um logo ajuda a con-solidar a marca entre os leitores de seus e-mails. Cuidado, porém, para não exagerar na dose com textos longos e imagens pesadas.

(Fonte: PEGN)

DICAS SOBRE TÉCNICAS DE VENDApor Lee Ann Obringer - traduzido por HowStuffWorks Brasil

Os fundamentos das modernas técnicas de vendas são classifi cados em 5 estágios de ação:1. Atenção: é preciso conseguir a atenção dos seus clientes em potencial através de alguma propaganda ou método de prospecção; 2. Interesse: construir o interesse deles usando um apelo emocional. Por exemplo: como serão vistos pelos chefes quando fecharem um negócio que dará um grande lucro para a empresa; 3. Desejo: construir o desejo por um produto mostrando aos clientes suas vantagens e oferecendo a eles uma amostra ou um teste antes da compra ser realizada; 4. Convencimento: aumentar o desejo pelo seu produto através de estatísticas que comprovem o valor que se tem. Compare-os aos dos concorrentes e, se possível, use depoi-mentos de clientes satisfeitos; 5. Ação: encorajar o futuro cliente a comprar o produto. Este é o momento do fechamento. Direcione-o para ele fazer o pe-dido. Se ele se opuser, tente fazer com que mude de opinião.

Existe uma grande quantidade de técnicas de fechamento de vendas que abrangem desde as vendas mais complicadas até as vendas mais fáceis. Eis algumas:• Abordagem direta: perguntar pelo pedido se você tem certeza que seu cliente já se decidiu pela compra; • Negociação/desconto: o uso desta técnica dá ao cliente a sensação de que ele fez uma escolha inteligente e econo-mizou dinheiro. Use frases como “compre hoje e leve esse outro produto com um desconto de 10%”; • Conclusão de negócio baseado em prazo : essa técnica fun-ciona bem com frases como “os preços vão subir na próxima semana, você deveria aproveitar e comprar hoje mesmo”; • Oferta experimental: deixar o cliente usar o produto sem compromisso por um período experimental. Isso funciona se você vende produtos que facilitam a vida das pessoas. Os clientes não vão querer devolver o produto se realmente economizarem tempo e trabalho durante o período de teste. Por outro lado, se não aceitarem esse tempo de teste com o produto, você poderá alertá-los de que não terão outra chance depois.

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Pelo Mundo

APO

IO:

MÓVEL MODULARO designer inglês especialista em sus-tentabilidade, James Howlett, criou uma mobília que parece simples, mas a estru-tura de madeira tem diferentes utilidades e

pode ser usada em qualquer cômodo. Trata-se do Restyle, que consiste em um conjunto de blocos de madeira multi-funcionais, onde as peças podem ser usadas em conjunto ou espalhadas, com funções distintas. Além de moderna, a mobília se torna muito efi ciente.

MÓVEL MODULAR IIE o interessante também é que a mobília foi pensada para não prejudicar o meio-ambiente. O designer usou ape-nas madeira com certifi cação FSC, papel reciclado e óleo natural de semen-tes espremidas. Os parafusos tradicionais deram lugar a imãs, que podem ser facilmente retirados quando a mo-bília deixar de ser usada e encaminhados à reciclagem. O artista também cuidou para que a matéria-prima, usada na criação fosse adquirida no local onde é feita e a partir de um único fornecedor, assim ele pode ter certeza da proce-dência dos materiais.

MOBILIÁRIO PARA GIGANTESOutra ideia bem interes-sante partiu do artista plástico norte america-no, Robert Therrien, que criou a exposição inti-tulada “mobiliário para gigantes”. O seu mais recente projeto consiste

em uma interessante e inusitada instalação com o objetivo de transpor para o campo do visual os mo-biliários comuns em escala super redimensionada. Os móveis despertam interesse nos observadores. A ideia é refl etir sobre a magnitude da importância do espaço físico e nossa interação com este meio.

ESTANTE COLMÉIAAs prateleiras são compa-nheiras inseparáveis dos amantes da leitura, pois é o local adequado para armazenar livros e revis-tas sem ocupar muito es-paço. Pensando nisso, a CB2, que possui lojas nos EUA e Canadá, projetou estas prateleiras chama-das Hive, similares à forma de uma colméia. Feitas de madeira e com um aca-bamento muito elegante, esta estante é composta por três formas hexago-

nais que podem ser empilhadas de maneiras diferentes.

MOBILIÁRIO INOVADOR E DIVERTIDOA empresa Canadense “Straight Line Designs” cria móveis completa-mente diferentes de tudo que você já se viu. Os designers brincam com formas clássicas de mó-veis e colocam detalhes incríveis, como alguns gaveteiros que parecem estar derre-tendo ou então sendo rasgados, e um relógio que mais se parece com uma pessoa fazendo pose, com direito a bra-ços na cintura. Outros móveis têm o tema de bichos de es-timação, como uma mesa com complexo de cachorro que parece estar fazendo xixi no tapete.

BANCO INUSITADOA empresa japonesa Duende projetou o móvel perfeito para escritórios que estão constantemente lidando com compu-tadores. O banco em forma de tecla é inusitado, moderno e chama a atenção pela criatividade. Além do design, que é a razão óbvia por que alguém iria comprá-lo, esse mó-vel também têm a vantagem de ser adequado tanto para interiores quanto exteriores, po-dendo ser colo-cado no salão ou no terraço, além de serem fáceis de mover de um lado para outro.

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13 MÓVEIS DE VALOR 101 • OUTUBRO 2010

DESIGN MODERNOEste móvel é super versátil e tem um impac-to visual que quebra a monotonia. Assim são os móveis do jovem designer holandês, Erik Griffi oen, que apresentou seu trabalho na feira de móveis Salone Del Mobile em

Milão, Itália, em maio deste ano. A proposta do artista é a de que a forma deve vir sempre em primeiro lugar, para só depois pensar no material que será utilizado. O móvel, que pode ser observado por todos os ângulos, serve tanto como banco quan-to como mesa de centro.

OS BONS VENTOS DA IKEAA maior rede varejista de móveis do mundo, que em 2009 faturou US$ 31 bilhões, comprou seis fazendas de energia eólica, na Alemanha, para se tornar uma das companhias mais verdes do mundo. Estas fazendas se jun-tam a mais quatro que a Ikea já possuía na França. Motivo: ela quer se tornar inteiramente ver-de. Só com as turbinas eólicas,

a companhia vai gerar 93 MW, o sufi ciente para atender 10% de sua necessidade e o bastante para abastecer uma cidade com mais de 300 mil pessoas.

MESA PAINELEsta mesa, projetada pelo designer Wiesner Hager, é um móvel funcional e indicado para quem tra-balha em escritório. Ins-pirado especialmente no trabalho das secretárias, o designer aproveitou a parte frontal do produto para incluir um painel para anotações.

MÓVEIS EM CARTÃOQuando se fala em mobília a matéria prima que nos vem a cabeça é a madeira. Ainda que derive das árvores, o cartão não costuma ser utilizado na fabri-cação de móveis. O que não é o caso dos produtos projetados pelo designer francês Ludovic Lestable. O artesão cria a peça que o cliente desejar, usando apenas cartão, papel, cola e verniz. Mas para quem pen-sa que esta mobília é frágil e pode se desmontar, a boa notícia é que são resistentes e sólidos. Depois de forra-dos, são impermeabilizados com verniz a base de água para não deixar passar qualquer tipo de líquidos e permi-

tir uma limpeza rápida com es-ponja. O artista, que atualmente mora em Portugal, é o precursor deste conceito.

FEIRA DE DESIGNA FORM 2010, realizada no mês de agosto, em St. Louis, no estado de Missouri, foi a primeira mostra da feira anu-al de mobiliário contemporâ-neo, objeto arquitetônico e de design funcional que reúne alguns dos melhores arqui-tetos e designers da região. Apresentado pela The Luminary Center for the Arts, a mos-tra visa promover a interação com o design contemporâneo, designers independentes e sensibilizar a comunidade das tendências de vanguarda no campo do design. A renda do evento irá diretamente para os designers e para a aquisição de novos equipamentos para a Luminary. DESIGN ESPANHOL

Estão abertas até 20 de setembro as inscrições para a “10th Andreu World International Design Competition”. O concurso é aberto a profi ssionais e estudantes, sem restri-ção de idade, e tem como objetivo o design de uma cadeira e/ou mesa. Os projetos serão analisados segundo critérios de custos de produção, cumprimento de sua fi nalidade e ergonomia, além de características inovadoras e viabilida-de para produção em massa. O produto deverá prever o uso de madeiras específi cas (carvalho, faia ou nogueira) e ser original e inédito. A premiação será realizada dia 28 deste mês, no estande da Andreu World na feira Habitat Valencia, na Espanha. http://concurso.andreuworld.com

PROIBIDA PARA MAIORESAs crianças provavelmente adorariam ter um móvel deste para brincar. Trata-se de um es-paço onde elas podem se divertir e interagir. Os furos pre-sentes no tam-

po, além de funcionar como porta-lápis deixam a mesa esti-lizada e divertida. Interessante proposta, não?

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14 MÓVEIS DE VALOR 101 • OUTUBRO 2010

Panorama do Varejo

ALTA DO COMÉRCIO

De acordo com o indicador Serasa, divulgado na pri-meira quinzena de setembro, a atividade do comér-cio avançou 0,3% no mês de agosto em comparação com o mês imediatamente anterior. Esta foi a quarta alta mensal consecutiva do varejo, indicando que o consumo voltou a crescer no terceiro trimestre após um período mais fraco. O resultado positivo do mês de agosto foi puxado pela alta de 1,0% no movimen-to do setor de material de construção, seguido pela elevação de 0,6% observada no segmento de mó-veis, eletroeletrônicos e informática.

NATAL PRÓSPERO PARA O VAREJOA expectativa é que os brasileiros gastem R$ 5,2 bilhões a mais neste Natal. A comparação é feita com relação ao ano passado, sendo este o maior número registrado em dezembro, podendo chegar a R$ 98 bilhões, segundo projeções da consultoria MB Asso-ciados. Para atender ao aumento das vendas, indústrias que usam in-

sumos importados e redes varejistas que também se abas-tecem no exterior ampliaram em até 60 % as encomendas desses itens em relação a 2009. O aumento da renda, do emprego formal e do crédito sustenta o otimismo da indús-tria e do comércio em relação ao consumo neste fi m de ano. Nos cálculos, foi levado em conta o crescimento real das vendas do varejo ampliado, que inclui roupas, eletrodomés-ticos e eletroeletrônicos, veículos, motos, partes e peças e materiais de construção. O crescimento é real e desconta a infl ação projetada para o período.

E-COMMERCE GERA PREOCUPAÇÃOO e-commerce, comércio de produtos via internet, comemora ótima fase no Brasil, mas com o aumen-to nas vendas, veio a preo-cupação dos empresários. O modelo de negócios de-pendente extremamente de logística, gera insegurança no que diz respeito à falta de preparação das transportadoras para atender o aumento da demanda. A preocupação também é que o setor venha a enfrentar problemas no Natal, época em que as compras batem recordes. A avaliação foi feita pelo gerente-geral de operações e e-commerce do Magazine Luiza, Ronaldo Ma-galhães, em congresso promovido pela associação nacio-nal de jornais. De acordo com ele, a logística no Brasil não está preparada para atender a demanda. Ele afi rma ainda que a maioria das transportadoras são pequenas e pouco profi ssionalizadas.

E-COMMERCE GERA PREOCUPAÇÃO IIPara o professor Ruy Quintaes, da Faculdade de Economia e Finanças, do Rio de Janeiro (RJ), o problema ocorre porque o setor de transporte de cargas é pouco atrativo no Brasil. Segundo ele, não é incompetência nem falta de vontade de investir, mas as transportadoras enfrentam problemas de violência e de infraestrutura. O professor ressalta que essa falta de segurança e infraestrutura trazem outro problema: o alto preço dos seguros.

LOJAS COLOMBO PROJETA CRESCIMENTOA rede de Lojas Colombo projeta um crescimento da ordem de 20% nas vendas da linha de móveis duran-te o mês de setembro, em decorrência da promoção ‘Móveis Direto de Fábrica’. A partir de uma negociação estratégica feita pela rede com grandes fornecedores, pro-dutos de várias linhas chegam ao consumidor com preços até 30% mais baixos do que os normalmente praticados pelo mercado. Esta promoção inclui ofertas de dormitórios, cozinhas, estofados, racks e estantes. A campanha ‘Móveis Direto de Fábrica’ é válida em todas as lojas da rede e inclui condições de pagamento diferenciadas, em até 10 vezes sem acréscimo. A montagem dos móveis é gratuita, com agendamento de data e hora na própria loja em que a com-pra for realizada.

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15 MÓVEIS DE VALOR 101 • OUTUBRO 2010

“EU POSSO VIAJAR” A recente novidade das varejistas é uma parceria inédita com as companhias aéreas, que estão buscando passageiros da classe C. O Magazine Luiza, logo após ter anunciado a compra da rede nordestina Lojas Maia, criou o Luiza Viagens. Trata-se de uma parceria que a proprietária da empresa, Luiza Trajano, fez com a Azul Linhas Aéreas para vender pacotes turísticos para os consumidores da classe C. De acordo com o portal IG, o projeto é chamado de “eu posso viajar”.

VENDAS ANUAISEmbora os segmentos como Móveis e eletrodomésticos (-0,5%) e Equipamentos e material para escritório, informáti-ca e comunicação (-4,4%) tenham registrado quedas em suas vendas mensais, na comparação anual o resultado é comple-tamente diferente. Nesta base comparativa, por exemplo, a atividade de Móveis e eletrodomésticos, com alta de 12,2% no volume de vendas anuais, foi responsável pela segunda maior contribuição à taxa global do varejo, de 18%. Veja, na tabela, o desempenho de julho, na comparação com o mesmo mês do ano passado, de todas as atividades do comércio:

MARCA PONTO FRIO SERÁ REPOSICIONADA O GPA (Grupo Pão de Açúcar) quer tornar o Ponto Frio a me-lhor opção de compra de eletros para o público das classes A e B. Para isso, já iniciou trabalho de reposicionamento da marca, com foco na experiência de compra.Nas unida-des localizadas em shopping centers, a ambientação será reformulada de modo a tornar o ambiente mais aconche-gante. Uma das alterações visa integrar as diferentes linhas de produtos, para que o cliente, ao entrar na loja, tenha uma visão geral de todo o sortimento que o espera. Além do público A e B, o Ponto Frio também quer atender a classe C, principalmente em suas lojas de rua, que também passa-rão por reformulações na fachada e na comunicação visual. Com o novo posicionamento, o GPA também quer que a bandeira se torne uma aspiração para quem pertence hoje às classes de menor poder aquisitivo.

FOCO NA CONVERSÃO DE LOJASO plano apresentado pela Nova Casas Bahia, varejista re-sultante da fusão dos negócios da Casas Bahia, Ponto Frio e do grupo Pão de Açúcar no varejo de eletrônicos e móveis, não prevê uma forte expansão. O foco será a reforma e a conversão das lojas existentes. Para 2011 estão previstas apenas 15 inaugurações, 10 com a marca Casas Bahia e 5 com a bandeira Ponto Frio, o que deve consumir investi-mentos de R$ 33 milhões. Juntas, as redes hoje possuem 1.022 lojas, em 12 Estados. A estimativa é de que a nova varejista fature R$ 20 bilhões em 2011.

Atividade Volume Receita

Combustíveis e lubrifi cantes 7,7% 8,4%

Hiper. e supermercados, prod. alimentícios e bebidas

11% 13,2%

Tecidos, vestuário e calçados 12,5% 18,4%

Móveis e eletrodomésticos 12,2% 15,7%

Artigos farmacêuticos, medici-nais e perfumaria

8,4% 11,6%

Equip. e material para escritório e informática

20,3% 11,6%

Livros, jornais, revistas e pape-laria

7,4% 10,9%

Outros artigos de uso pessoal e doméstico

9,4% 15,2%

Comércio Varejista 10,9% 13,5%

BAHIA CANCELA MEGALOJA DE FIM DE ANO As Casas Bahia decidiram cancelar a realização do evento Super Casas Bahia, megaestrutura montada para as vendas de fi m de ano da

empresa. O evento vinha sendo realizado em São Paulo e no Rio de Janeiro. Segundo a assessoria de imprensa das Casas Bahia, esta foi uma decisão estratégica tomada pelo grupo que, neste momento, está no meio de um processo de fusão e de integração de atividades. Ainda de acordo com a área de comunicação, este não seria o momento de fazer um evento com uma única marca, uma vez que, após a fusão com o Gru-po Pão de Açúcar, a companhia agora detém outras marcas.

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16 MÓVEIS DE VALOR 101 • OUTUBRO 2010

Panorama Eletro

BRASILEIRO PREFERE TV DE LCD/PLASMA

Apesar de recente no país, a tele-visão 3D já é familiar aos brasilei-ros, que já se acostumaram com a tecnologia que permite visualizar imagens em três dimensões com o auxílio de óculos. Dados de uma pesquisa realizada pela GFK revelam que 62% dos brasileiros conhecem ou pelo menos já ouvi-ram falar de TV 3D. Mas o objeto de desejo de 49% dos brasileiros é a TV de LCD/Plasma, seguida da 3D, 27%, e LED, com apenas 15%.

SUA CASA COM MAIS ATITUDEPara consumidores que gostam de ousar, o Split Brastemp My Mood oferece a combinação irresistível de temperatura, cores e aromas, exclu-siva novidade no segmento.A função inovadora de iluminação gera efeitos luminosos baseados em transição de cores, especialmente escolhidas para acompanhar o momento do seu dia, de acordo com o seu humor. A função ‘Odorização’ aromatiza o ambiente, com a opção de sachets que oferecem quatro fragrâncias e junto com a função iluminação ou de forma independente. Além de tudo isso, renova o ar do ambiente com a utilização do ar externo.

EXCLUSIVA FUNÇÃO“USO FÁCIL”

Agora o consumidor não precisa mais se preocupar com o tempo e a potência ideal para cozinhar os alimentos: o novo micro-ondas Consul Facilite traz o exclusivo Pote Uso Fácil, que indica a função pré-programada de acordo com a quantidade e o tipo de alimento. O micro-ondas Consul Facilite foi desenvolvido para facilitar a vida das pessoas, tornando o momento de cozinhar mais simples, rápido e agradável. Capacidade: 20 litros.

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17 MÓVEIS DE VALOR 101 • OUTUBRO 2010

MODERNO E PORTÁTIL

Aliando custo/benefício, a Sony aca-ba de lançar sua linha de projetores para uso doméstico e corporativo. O VPL-EW7, que começou a ser vendido no país recentemente, traz fácil usa-bilidade, diversas possibilidades de utilização e aplicações. Por meio da tecnologia HDMI e da projeção em 3 LCDs é possível reproduzir imagens em alta defi nição. A lente faz com que as imagens sejam exibidas a uma cur-ta distância, excluindo a necessidade de uma instalação especial para ser utilizado.

ELECTROLUX NA BIENAL BRASILEIRA DE DESIGN 2010

De 14 de setembro a 31 de outubro, a Electrolux compartilha sua experiên-cia em Design de Produtos com univer-sitários, profi ssionais e interessados, durante a Bienal Brasileira de Design 2010, em Curitiba (PR). Com participa-ção especial na 3ª edição do evento, a empresa traz ao Brasil o especialista no assunto Henrik Otto e promove o Electrolux Design Experience. A Bie-nal de Design ainda terá a exposição de produtos Electrolux, selecionados pela curadora do evento, Adélia Bor-ges, como ícones de design.

APPLE E BLACKBERRY ENCARAM CONCORRÊNCIAApós uma pesquisa realizada nos EUA, fi cou constatado que os sistemas Android e Sym-bian irão dominar o mercado mundial de celulares, deixan-do as gigantes do segmento, BlackBerry e iOs, em terceiro e quarto lugar. O alto volume de vendas de aparelhos da Nokia garantirá a Symbian no topo da disputa, enquanto a quan-tidade de novos aparelhos da Android vendidos a baixo cus-to fará com que o sistema do Google ultrapasse os da RIM e Apple.

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18 MÓVEIS DE VALOR 101 • OUTUBRO 2010

Se o setor moveleiro tem a seu favor o fato de estar con-centrado em pequenas cidades e cada uma das 24 mil empre-sas gera mais de 11 empregos diretos (veja quadro), em arre-cadação de impostos sua parti-cipação é muito baixa: apenas 0,9% do total da indústria de transformação. Em números, o IPI rendeu ao governo em 2009 pouco mais de US$ 108 mi-lhões de dólares (veja quadro). Mas é importante reconhecer que ano passado apresentou aumento de 0,3% enquanto a indústria de transformação re-cuou -31,5%.

De todo modo, o setor mo-veleiro não é prioridade para o governo federal. E isso pode ser observado no desembol-so do BNDES, principal agente fi nanciador de capital para as empresas (veja quadro). Os US$ 108 milhões tomados pelo se-tor representam apenas 0,34%

O setor sob análise

Num país movido a política, o setor moveleiro não tem força

Economia

Por Ari Bruno Lorandi, de Curitiba (PR)

do total que o banco desembolsou em 2009. Uma queda de 21,1% em relação a 2008. É claro que isso também carrega uma boa dose de incertezas dos empresários do setor, que puxaram o freio dos investimentos.

Mas é inegável a falta de políticas de incentivos ao setor moveleiro. Apenas para citar um exemplo, foi o último a ser contemplado com a redução do IPI, e por apenas quatro me-ses (começou no dia 28 de novembro de 2009 e terminou em 31 de março de 2010). Por sua vez o setor de eletrodomés-ticos (linha branca) teve o IPI reduzido entre 17 de abril de 2009 e só terminou dia 31 de janeiro de 2010 (durou 9 meses e meio). O mal fi cou menor com a redução permanente do IPI sobre alguns tipos de móveis que pagavam 10% e foram ali-nhados em 5% como os demais.

Num país movido a política, o setor moveleiro não tem força por não contar com parlamentares que representem di-retamente o setor.

Pelo lado dos fi nanciamentos por parte de bancos ofi ciais, a Caixa Econômica Federal, que fi nancia materiais de constru-ção em até 54 meses pelo Construcard só disponibiliza estes recursos para os chamados móveis defi nitivos, ou seja, mó-veis planejados que permanecem no imóvel (cozinhas, ba-nheiros, áreas de serviço e closets ou armários embutidos).

Em relação às exportações, os estímulos parecem insufi -cientes para elevar a demanda que insiste em fi car abaixo do bilhão de dólares, isto é, menos de 1% do comércio mundial de móveis. E as empresas lutam pela liberação dos créditos de IPI sobre exportações, restringidas pela voracidade arre-cadatória dos Estados. Estima-se que os exportadores em geral têm uma bolada de cerca de R$ 32 bilhões a receber dos governos federal e estaduais em créditos tributários não compensados. Como um país não pode exportar tributos, as empresas que vendem para o exterior têm direito a receber PIS/Cofi ns e IPI embutidos nos preços. Atualmente o governo demora até 5 anos para devolver aos exportadores o crédito acumulado. Ao lançar o pacote, o governo comprometeu-se a restituir 50% dos créditos futuros em até 30 dias. A outra metade continuará a ser paga no prazo tradicional.

No âmbito dos Estados a luta das indústrias de móveis é para alinhar as políticas estaduais em relação a ICMS. Por exemplo, as empresas gaúchas pedem ao governo a suspen-são de ICMS na compra de insumos e matérias-primas de for-necedores do próprio Estado destinadas à produção de bens para a exportação, para as empresas que exportam acima de 40% do seu faturamento e/ou para aquelas que estejam ope-rando regime especial de drawback, isentando estes proces-sos do ICMS (acompanhando a decisão federal). O Estado de Santa Catarina já possui legislação neste sentido.

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Carta do Editor

Esta é a terceira vez que vou ao Maranhão, mais especifi camente à Impe-ratriz, para acompanhar a Movelnorte – feira realizada a cada dois anos. E não paro de me surpreender com a evolução, tanto da feira, quanto dos

empresários e do mercado da região. Além dos números expressivos de potencial de consumo de móveis nos esta-

dos atendidos pela feira, em especial Tocantins, Pará, Piauí e Maranhão, chama a atenção os inúmeros exemplos de superação dos empresários do Norte e Nor-deste. Desta vez, além de conhecer grandes varejistas – muitos visitando uma feira de móveis pela primeira vez – ainda tive contato com histórias de sucesso como a do transportador de móveis que virou lojista e que em 11 meses já conta com oito pontos de venda. E o mais interessante é que encontrou a oportunidade a partir de um problema: as avarias provocadas nos móveis transportados por ele. Conheci mais também a história do Feirão dos Móveis, rede maranhense que está completando 25 anos. De origem nos móveis usados, a rede conta hoje com 40 lojas e mais de 400 mil clientes cadastrados.

Como estes, são muitos os exemplos de sucesso, tanto no varejo como na indústria da região. Mas, além da oportunidade natural do mercado local, outro fator que parece impulsionar os negócios destas pessoas é a simpatia e a amiza-de que destinam a todos: clientes e fornecedores.

Eles fazem negócios, fazendo amizade ou fazem amizade fazendo negócios. A questão central é que o clima de otimismo que envolve a feira não tem prece-dente.

Portanto, a cada dois anos eu vou ao Maranhão para fazer negócios e acabo fazendo também muito amigos. Seguramente é o que se chama de ‘venda de relacionamento’.

Inalva Corsi | Publisher

NOSSA CAPAIlustra capa desta edição estofado Bosnia, da

Trovatto, de Imperatriz (MA) Fone (99) 3523-2443

www.trovatto.com

Criação da capa:

D+C Design e ComunicaçãoFone (41) 3025-8829

REDAÇÃO E ADMINISTRAÇÃORua Dep. Estefano Mikilita, 125 Centro Empresarial Paradiso, 3o andarCEP 81070-430 – Portão | Curitiba – PR – BrasilFone/Fax (41) 3025-8829www.moveisdevalor.com.brmoveisdevalor@moveisdevalor.com.br

DIRETORESAri Bruno [email protected] [email protected] [email protected]

REDAÇÃOInalva [email protected]

COMERCIALAnderson [email protected]

DIAGRAMAÇÃO E DIREÇÃO DE ARTEJuliana Deslandesartefi [email protected]é De [email protected]

ASSINATURAS / CIRCULAÇÃO0800 600 [email protected]

IMPRESSÃO: Gráfi ca Capital

Especial Movelnorte é um suplemento encartado

na revista Móveis de Valor, edição 101, ano 9 -

Outubro de 2010. Com tiragem independente

nas regiões Norte e Nordeste

O QUE VOCÊ VAI VER

Em clima de otimismo

Oásis de oportunidades

Em ritmo de festa

Topázio Colchões recebe ampliação

Plumatex faz acordo com Sealy

Feirão dos Móveis completa 25 anos

TubForm reúne equipe da Liliane

Quando o problema é oportunidade

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Realizada de 17 a 20 de agosto a 3ª Movelnorte – Feira de Móveis de Imperatriz (MA), pode ser defi nida como a feira cercada de mais otimismo no ano. Apesar de pequena, cerca de 40 expositores, a Movelnorte é efi ciente e, portanto, agrada expositores e compradores.

Alessandro de Oliveira Guar-nieri, diretor da Estofados Lima, de Votuporanga (SP), participa da Movelnorte desde a primeira edição e garante que sempre teve bons resultados no evento. Segundo ele, a participação da empresa (que fabrica também colchões) nas regiões Norte e Nordeste é expressiva, ”tanto que inauguramos recentemente uma fi lial em Marabá”, afi rma, acrescentando que com isso a empresa vai fi car mais próxima do mercado local, além de obter ganhos na logística.

Cristiano Movizzo, dire-tor da Capri Camping, de São Paulo, considerou a participa-ção na Movelnorte como uma experiência interessante. “É nossa primeira vez aqui e, como queremos dobrar a participação

Movelnorte 2010 MOVELNORTE 2010

Por Inalva Corsi, de Imperatriz (MA)

Feira do Maranhão confirma sua eficiência como porta de entrada para mercados regionais

Em clima de otimismo

nas regiões Norte e Nordeste, que atualmente respondem por 10% do faturamento, é uma estratégia interessante”, afi rma. Com 37 anos no mercado, a Capri vende seus produtos em todo o Brasil e na América Latina. “Somos líderes nas regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste do País, com grandes clientes na área de bazar, como Carrefour, Wall Mart e Extra. Por isso acredito que possamos dobrar as vendas nas demais regiões”, enfatiza Movizzo, acrescentando que aproveitou a Movelnorte também para identifi car novos profi ssionais de vendas para a região. “Diversifi car o mix de produtos é uma ótima estratégia também aos pequenos varejistas de móveis, que se garantem em períodos de sazonalidade do seu negó-cio principal”, acredita o diretor da Capri. E foi exatamente por apostar nesta diversifi cação de mix que a Capri aproveitou a Movelnorte para lançar a Bellani Brasil, empresa que atua na linha de beleza feminina, com secadores de cabelo, chapi-nhas e outros. “Estamos trazendo para o Brasil produtos com tecnologia de ponta neste segmento, alguns inclusive ainda inéditos por aqui”, afi rma Movizzo, lembrando que este tipo de produto, além de complementar o mix da loja, ainda tem a vantagem de ocupar pouquíssimo espaço.

Promovida pelo Sindimir – Sindicato das Indústrias de Móveis de Imperatriz e Região, a Movelnorte tem contribuído especialmente para projetar as empresas do pólo, entre elas Simol, Tocantins, Atala Colchões, Estofados Topazio e D6. Na avaliação de José Raimundo Sarmento, presidente do Sindi-mir e da Movelnorte, estas três edições da feira mostraram ganhos a todos. “Há sempre uma boa troca de experiências entre os industriais daqui e de outras regiões, assim como há trocas entre os próprios lojistas que visitam a feira”. Segundo Sarmento, esta edição recebeu cerca de 6 mil visitantes e deve fomentar bons negócios no curto e médio prazos.

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27 MÓVEIS DE VALOR 101 • OUTUBRO 2010

MOVELNORTECOM A PALAVRA

LOJISTAS

O casal Raimundo Antonio e Jolinda Borges, são diretores da

Lojas Nordestina, rede com 10 lojas na baixada Maranhense

e que vende móveis e eletros. A matriz foi fundada há 29 anos

na cidade de Viana (MA), mas esta é a primeira vez que o

casal visita uma feira de móveis. “ Ficamos encantados com a

Movelnorte e pretendemos nunca mais deixar de visitar feiras

do setor”, afi rma Raimundo acrescentando que adquiriu

conhecimento, reviu amigos e abriu novos fornecedores.

Para Jolinda, a receptividade dos expositores foi o ponto

alto da experiência.

Marizaude Coelho e Evanilde Prado, são diretores da Móveis

Centro, com 8 lojas no Sul do Pará e matriz em Conceição do

Araguaia. Visitaram as três edições da Movelnorte e este ano

também estiveram na Movelsul. Para eles, a Movelnorte está

cada vez melhor, mas deveria ter mais espaço para abrigar

novos fornecedores. Além de ver os lançamentos os e con-

versar com os expositores, Marizaude e Evanilde destacam a

oportunidade de encontrar colegas lojistas de várias regiões

do País e poder trocar experiências com eles.

Alex Fabiano é diretor das lojas Bello Sonno Colchões e Pró-

Sonno Colchões, ambas em Imperatriz (MA). Por estar na cida-

de onde se realiza a Movelnorte, acredita ser uma obrigação

vir a feira. “Estive nas três edições e venho praticamente todos

os dias”, afi rma, destacando que a Movelnorte está melhor a

cada edição. “Neste ano gostei muito dos lançamentos e fi z

bons negócios, inclusive abri novos fornecedores”, enfatiza

Fabiano que vende produtos para o quarto em suas duas

lojas, mas tem nos colchões de mola seu carro-chefe com

quase 90% do faturamento.

Genésio Pedrosa é representante há 17 anos e participa da

Movelnorte desde o início. “Sempre incentivei as empresas

que represento a expor e os clientes a visitarem a Movelnorte,

por entender que a feira serve para estreitar a relação entre

fornecedores e lojistas. Na verdade, considero que a feira é um

palco preparado para as estrelas que são os clientes”, enfatiza.

Para ele, esta edição da Movelnorte superou as demais em

organização, visitação e negócios.

Robson Gomes (representante), Jolinda Borges, da Lojas Nor-destina, José Raimundo Sarmento, Raimundo Antônio, também da Lojas Nordestina, e Carlos José Lima Rodrigues

Marizaude Coelho e Evanilde Prado

Alex Fabiano com o representante

Álvaro Romagnoli, diretor da Poliman, e Genésio Pedrosa

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28 MÓVEIS DE VALOR 101 • OUTUBRO 2010

Movelnorte 2010 MOVELNORTE 2010

A população brasileira em 2010 está estimada em 193,2 milhões de habitantes e desse total, 15,5 milhões estão na

região Norte (8,1%) e 54 milhões no Nordeste (28%) ou seja, mais de 1/3 da população brasi-leira está nessas duas re-giões, o que soma 69,6 milhões de pessoas. E nestes 16 estados, em apenas 3 a população masculina é maioria (AC, RO e TO).

Em potencial de con-sumo de mobiliário, são R$ 42 bilhões, 2% do total estimado de gastos e despesas do brasileiro para este ano, que é de pouco mais de R$ 2 trilhões. E do total de potencial de consumo de mobiliário, 46,1% pertencem a classe so-cial B (B1+B2).

NORTEA região Norte tem

população estimada em

Oásis de oportunidades

Regiões Norte e Nordeste mostram bom potencial de consumo de móveis, especialmente na classe C

15,5 milhões de pessoas, sendo o Pará o estado mais populoso da região, com 7,5 milhões de pessoas, seguido do Amazonas (3,4 milhões), Rondônia (1,5), Tocantins (1,3), Acre (701 mil), Amapá (640 mil) e Roraima (430 mil).

O potencial de consumo de mobiliário da região Norte é de R$ 2,2 bilhões (mesmo valor do estado da Bahia) 5,2% do total nacional. O estado mais representativo nessa região é o Pará, com R$ 1,1 bilhão, em seguida vem o Amazonas com R$ 416 milhões e em terceiro lugar está Rondônia (243,9 milhões).

NORDESTEA região Nordeste tem uma população estimada em 54

milhões de pessoas, sendo a Bahia o estado mais popu-loso da região, com 14,7 milhões de pessoas, seguido de Pernambuco com 8,9 milhões e em terceiro vem o Ceará com 8,6. O Maranhão ocupa a quarta posição, com 6,4 milhões de habitantes.

O potencial de consumo de mobiliário da região Nor-deste do Brasil é de R$ 7,8 bilhões (18,6% do total do país) e entre os 9 estados da região, o mais representativo é a Bahia, com R$ 2,2 bilhões (5,3% do total nacional), seguido de Pernambuco (R$ 1,5 bilhões) e Ceará (R$ 1,2 bilhões). Maranhão ocupa a 4ª posição no ranking, com R$ 715,2 milhões em potencial de consumo de mobiliário em 2010. No Nordeste, a classe social mais representativa é a C (C1+C2) com 43,5%.

Em potencial de consumo de mobiliário por domicílios, no Maranhão houve evolução de 139% de 2001 para 2010, passando de R$ 179,50 em 2001 para R$ 429,00/ano em 2010.

EVOL. % DO PC MOB. TOTAL DE 2009 PARA 2010

(REGIÕES NORTE E NORDESTE)

BAHIA 11,6

PERNAMBUCO 7,2

CEARÁ 11

MARANHÃO 8

PARAIBA 2,1

RIO GRANDE DO NORTE 9,9

ALAGOAS 11,1

PIAUÍ 3,5

SERGIPE 4,7

PARÁ 5,6

AMAZONAS 18,7

RONDONIA 9,1

TOCANTINS 8,1

AMAPÁ 1,6

ACRE 6

RORAIMA 18,4

TOTAL BRASIL 17,7

Fonte: Pró-Mercado

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29 MÓVEIS DE VALOR 101 • OUTUBRO 2010

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30 MÓVEIS DE VALOR 101 • OUTUBRO 2010

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31 MÓVEIS DE VALOR 101 • OUTUBRO 2010

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32 MÓVEIS DE VALOR 101 • OUTUBRO 2010

Francisco Rodrigues recebe Everton Silva, diretor da Lar Brasil (PA), no estande da Trovatto (MA)

Raimundo Nonato Braga, da Lar Brasil (PA), Raimundo Nonato e Girlene Souza Gomes, da Grande lar (PA), com Patricia Costa, da Trovatto

Cesar Lima, da Cesar Representações, Klenio Gustavo, do Grupo Eletrolar (MA), com Agnaldo Giolo, diretor da Giobel (SP)

Antonio Cruz, da Socic (PI) – ao centro, com Messias Sarmento e José Raimundo Sarmento, diretores da Simol (MA)

Ozamir Pereira da Silva, da Osmik Representações, Adonato da Silva, da Eletro Silva, e Francisco Espírito Santo, da LorenSid (SP)

Agnaldo Giolo, diretor da Giobel (SP), Antonio José Silva, da Lar Brasil (PA) e

Carlos Veronese, represen-tante da Giobel

Equipe da Renovar (MA) é recebida pelo representante Robson (primeiro à direita) e por Christian Brum, no estande da Estrela de Minas (MG)

Benner, da Benner Representações, Klenio Gustavo, do Grupo Eletrolar (MA), e os diretores da Jometal (SE): Joseilson Tavares e Débora Mello Joseilson Tavares e Debora Melo, com Juracy e Alves, da A Renovar

Movelnorte 2010 MOVELNORTE 2010

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33 MÓVEIS DE VALOR 101 • OUTUBRO 2010

Handerson Alves, da F. Alves (PA), Valdonei Soares, da Eletro Soares, Francisco Rodrigues e José Arley e Jerlane

Inalva Corsi, com José Raimundo Sarmento, Antonio Sampaio, da Casa Sampaio (MA) e Messias Sarmento, da Simol

Equipe de recepcionistas da MovelnorteJosé Maria Caetano, da Lojas Facillar (MA) é recebido pela equipe da Simol

Mazinho e Carlos Geisel Barbosa (ao centro) recebem Heron da Silva e Silva, e José Ribamar, da Heron Móveis (MA) no estande da Topázio

Raimundo Carvalho, diretor da Audiolar, negocia com Agnaldo e Francisco, da Giobel

Carlos Veroneze, da Giobel, recebe Osvaldo Pereira e Edvaldo Bena-vides, da Loja Opção (PA)

Gonzaga e Suenne, da Loja Tavares (MA) são recebidos por Robson Gomes no estande da Simol

MOVELNORTE

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34 MÓVEIS DE VALOR 101 • OUTUBRO 2010

Equipe da Capri Camping e Bellani Brasil: Paulo Moraes, Cris-tiano Movizzo e Fabio Anastasi

Christian Brum recebe Gonzaga e Suenne, da Lojas Tavares e Vinicio Araújo, da Unillar (MA)

Equipe da Loja Centro (PA) é recebida no estande da Estrela de Minas

Viviane, Dilso (Armazém Paraíba), Catejane e Mauro, da A Reno-var, e Vilmar Rosignoli, no estande da Tocantins

Iran Carlos, representante da Átala Colchões, Marcelo e José Rai-mundo (Lojas Centro), Jaime Eletrolar, Edson, da Átala Colchões e Cristiano, representante da Átala

Empresários Maranhenses no estande da Plumatex

Equipe da Casa Sampaio em visita ao estande da Estrela de Minas

Diretores da Tocantins: Vera, Jair e Vilmar recebe Domingos Vas-concelos e Marilene Cardoso, da Comercial Vasconcelos (AP)

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Os diretores da Estofados Lima (SP): Alessandro de Oliveira Guarnieri (1º à esquerda) e José Silva Lima (1º à direita), com os diretores da Leolar(PA): Iris Gurgel e Andrey Rocha

Equipe da Unilar (TO): Flavia Alencar, Enezildo de Sá e Cleudemir Araujo, com José Raimundo Sarmento

Equipe da Fortelar (MA): Jorge Augusto, Helena Alves, Leonardo Pereira, Valdirene e Everaldo Queiroz, com Robson Gomes, no estande da Simol

Elson Camara e Hilton Mateus, do Armazém Mateus (MA), em visita ao estande da Estrela de Minas

Andrey Rocha e Iris Gurgel no estande da Estrela de Minas Momento de descontração no estande da Tocantins

José Raimundo, da Lojas Centro, ao lado da esposa Carlos Geisel e Angela Barbosa, diretores da Topázio

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Anderson Ferreira e Inalva Corsi, da Móveis de Valor, com Angela e Raimundo Sarmento, da Simol

Equipe da Loja Solares (MA): Antonio Soares, Maria Emilia, Anto-nia de Araújo, Edilson Araujo, são recebidos por Christian Brum, Sergio e Suzane Reis no estande da Estrela de Minas (MG)

Gustavo Luiz da Silva, Dimas Luiz da Silva. Ana Luiza Silva Rosignoli, Simone dos Martires Silva e Dimas Filho, recebem Fran-cisco José Monteiro, gerente da Socimol e Alves e Juracy, diretores da A Renovar (MA)

Genesio Pedrosa, da Genesis Representações, e Dimas Filho com o lojista Pethion Fernandes, da Espaço Conforto (MA).

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O almoço no Yate Clube de Imperatriz já se tornou uma tradição na Movel-norte e nesta edição da feira não foi diferente. Expositores e lojistas apro-veitaram o clima descontraído para estreitar relacionamento que se pro-longaram depois no estande de cada empresa no Centro de Convenções. Confi ra alguns momentos da festa.

Em ritmo de festa

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Movelnorte 2010 MOVELNORTE 2010Topázio Colchões recebe ampliação

Depois de dois anos da inauguração da fábrica, empresa ganha show-room e refeitório

Na Movelnorte de 2008 a Topazio inaugurou a unidade fabril de colchões no Distrito Industrial de Imperatriz. Neste ano a empresa aproveitou a feira para apresentar aos clientes o show-room e o refeitório.

Fundada em 1996 por Manoel Alves Barbosa e Carlos Geisel A. Barbosa, a Topázio fabrica estofados e colchões e foi a primeira empresa do setor de móveis a se instalar no distrito industrial. Com instalações modernas e equipamentos com tecnologia de ponta, faltava à empresa um espaço onde pudesse expor sua linha e receber os clientes. “Agora te-mos”, comemora o diretor Carlos Geisel. A empresa também investiu num refeitório com conforto para os colaboradores.

Para apresentação destas novidades, os diretores da Topazio receberam os clientes para um jantar no período da Movelnorte, regado a boa música e ótima comida. Nós estivemos lá e registramos o evento.

Show room com amplo espaço para expor os colchões e estofados da marca

Convidados durante jantar de inauguração do show room e refeitório

Diretores da Topázio recebem Alves, da A Renovar

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Depois de quase seis meses de negociação foi fechado em agosto acordo entre a Plumatex, com matriz em Goiás, e a Sealy Technology, a maior fabricante de colchões de mola do mundo, com sede no estado americano da Carolina do Norte e atuação em mais de 40 países. Segundo Rodrigo de Melo, diretor exe-cutivo da Plumatex, o acordo prevê o licenciamento da marca internacional para produção nas unidades fabris da Bahia, Paraí-ba, Rio de Janeiro e na matriz em Goiás. “Com esta parceria, vamos atingir o segmento Premium de colchões no mercado doméstico e de hotelaria”, afi rma Rodrigo de Melo, acrescentando que a partir de outubro a Plumatex começa a distribuir os produtos com a marca Sealy. “Nosso acordo é ex-clusivo para o mercado nacional e estamos avaliando entre mais de 200 modelos os que melhor se adaptam ao mercado nacional”.

Segundo o diretor executivo da Plumatex, o acordo foi assina-do pelo CEO da Sealy, Lawrence Rogers, e o processo foi condu-zido pela Sealy do Brasil, que também vai acompanhar toda a operacionalização.

Movelnorte 2010 MOVELNORTE 2010Plumatex faz acordo com Sealy

Empresa brasileira vai produzir colchões com a marca americana

PlumatexCom mais de 25 anos de atua-

ção, a Plumatex fabrica conjuntos box, colchões de mola, colchões de espuma, lâminas de espumas industriais, camas box, colchões e camas hospitalares, em cinco unidades industriais: Candeias (BA), Simões Filho (BA), Bayeux (PB), Três Rio (RJ) e a matriz em Anápolis (GO). Seus produtos são fabricados em conformida-de com a NBR 13579:2006, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e são certifi cados pelo Bureau Veritas, certifi cadora autorizada pelo Inmetro. A Plu-matex também mantém um laboratório com equipamentos de alta precisão e profi ssionais qualifi cados que realizam testes para verifi car as propriedades físico/mecânica das espumas.

Suas cinco unidades produzem atualmente XX mil unida-des/mês e, com o licenciamento, a empresa vai passar a atuar no segmento Premium de colchões.

Sealy

Com matriz na Carolina no Norte, 49 fábricas nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Itália, Austrália, China, Porto Rico, México, Brasil e Argentina, atuação em 46 países e faturamento anual de US$ 1,4 bilhão, a Sealy é a maior fabri-cante mundial de colchões de mola. O grupo chegou ao Brasil em 1996, com produtos importados. Os resultados foram tão promissores que, em 2000, a empresa investiu US$ 10 milhões para montar a unidade de Sorocaba, que possui hoje um quadro de 140 funcionários.

Rodrigo de Melo, diretor executivo da Plumatex: “Vamos atingir o segmento premium de colchões”

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25 anos de muito sucesso

De origem nos móveis usados, rede maranhense chega a um quarto de século com mais de 40 lojas e 400 mil clientes cadastrados

Não são raros os exemplos de superação e ousadia en-tre os nordestinos. Mas alguns chamam mais atenção pela magnitude que alcançam. Este é o caso da rede Feirão dos Móveis, que está completando 25 anos de história. E que história... Em 1985, Elio Dias da Cruz e sua esposa Maria das Graças iniciaram no comércio de móveis e eletrodo-mésticos usados em Imperatriz (MA). O comércio, chama-do Usevendas, atraia os clientes pela forma diferenciada no atendimento. E, desta forma, foi prosperando na venda de usados e também de móveis e eletros novos. Até que, em 1995, passou a usar o nome Feirão dos Móveis. De lá pra cá muita coisa mudou. O grupo conta atualmente com mais de 40 lojas nos estados do Maranhão, Pará e Tocan-tins, entre lojas do Feirão dos Móveis, Graceli Móveis e Lo-jas Sorriso. Além de móveis e eletros, também comercializa utilidades domésticas e produtos de tecnologia. Este ano a rede atingiu a marca de 600 funcionários e mais de 400 mil clientes cadastrados.

Além das lojas físicas, o Feirão dos Móveis também faz vendas externas e conta com um Centro de Distribui-ção com 5 mil metros quadrados de área. Segundo Elio da Cruz, a prioridade sempre foi o bom atendimento. “Tanto que investimos muito na qualifi cação da equipe”, afi rma, acrescentando que o departamento de desenvolvimento humano organiza o Programa de Desenviolvimento de Lí-deres (Prodeli), que tem po objetivo capacitar os gerentes, através de cursos intensivos.

Outro destaque da rede é a atuação familiar: Elio e Ma-ria das Graças já começam a ceder espaço aos fi lhos e o ne-gócio não para de prosperar. “Crescemos 35% no primeiro semestre”, comemorar Django Barros, fi lho mais velho do casal e hoje à frente do marketing do grupo.

E para comemorar os 25 anos do grupo, Django prepa-rou a Campanha Aniversário Premiado, que iniciou neste mês de setembro e vai sortear carros, motos e TVs.

Família Cruz: Django, Cristiane, Elio, Maria das Graças, Haab Deyanne e Diego Hellison

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Em pouco mais de 15 anos o empresário Edvane Matias transformou uma pequena empresa num dos maiores grupos de produção e comercialização de móveis e eletros do Brasil. Mas poucos vendedores e mesmo gestores de redes varejis-tas conhecem esta história a fundo. Apesar de venderem os produtos da marca TubForm e Madeform e em breve a Liz Elec-tric, o pouco contato que tem com os produtos é gerado atra-vés das equipes de venda e da participação em feira. Durante a 3ª edição da Movelnorte, além de expor seus produtos num dos maiores estandes da feira, o diretor do Grupo Tubform, Edvane Matias proferiu uma palestra à equipe da rede Liliane, com matriz em Imperatriz (MA) e mais de 40 unidades comer-ciais distribuídas no Maranhão, Piaui, Ceará, Pará e Tocantins. Na oportunidade, gestores, gerentes, vendedores e montado-res da rede ouviram sobre o Grupo TubForm com ênfase para a Fundação Edvane Matias. “Queremos que as pessoas que vendem nossos produtos saibam onde e como são fabrica-dos. Mas queremos, principalmente, que conheçam nossos valores e nossas práticas em relação ao meio ambiente e à comunidade”, enfatiza Matias.

TubForm reúne equipe da Liliane

Aproveitando a Movelnorte, diretor do Grupo TubForm reúne equipe da rede Liliane para troca de informações

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Luiz Mesquita Filho é um destes nordestinos “porreta”: nunca viu problema que não pudesse transpor. Desde muito cedo enfrentou com otimismo as privações da vida. Nasceu pobre numa família com muitos fi lhos em São Mateus, interior do Maranhão. Em sua casa tinha muito pouco, mas Mesquita sonhava com uma vida melhor. “Quando era menino, com 10 anos de idade, vendia milho na rua pra ajudar no sustento da família e sonhava em ter uma bicicleta”, lembra ele, enfatizan-do que sempre quis vencer na sua terra. “Ficava triste quando via os jovens irem pra São Paulo em busca de oportunidades. Eu sempre acreditei que era possí-vel vencer aqui”.

Mas pra encurtar a história, hoje Mesquita está com 40 anos e é dono da Transmesquita, pos-

Quando o problema é oportunidade

Transportador de móveis vira lojista para dar destino à peças com avarias

sui mais de 20 carretas transportando móveis no Maranhão e Piaui e conta com fi lial em São Paulo. O negócio iniciou há 13 anos e Mesquita faz questão de lembrar que o primeiro cliente da transportadora foi a também maranhanse A Renovar, rede com 40 lojas no Maranhão e Pará.

O sucesso não aconteceu por acaso. Mesquita atribui à dedicação dele e da esposa Zilza, que além de comandar a área fi nanceira, o apóia em tudo. “Temos uma família unida”, destaca ao falar da esposa e dos cinco fi lhos. Outro fator que impulsionou os negócios foi a busca por conhecimento. Recen-temente Mesquita e Zilza se formaram em Administração de Empresas e já fazem planos para iniciar a faculdade de Direito. Mesquita acredita que um bom empresário precisa ser completo e ter conhecimento em diferentes áreas.

Do limão a limonadaMas o que mais chama atenção neste empresário nordes-

tino é o seu senso de oportunidade. Todo mundo sabe que o transporte de móveis gera avarias, especialmente em regiões com estradas precárias. Quando acontece este problema em sua transportadora Mesquita prefere resolver logo a questão. “Por conta disso, comecei a acumular peças de móveis no depósito”, lembra ele, que um belo dia colocou tudo num caminhão e saiu pra vender em cidades da região. E foi desta forma que nasceu, em setembro do ano passado, a Mesquita Eletros. Menos de um ano depois, a promissora rede já conta com oito pontos de venda na região da Baixada Maranhense.

E lembra do sonho de ter uma bicicleta? Pois é, hoje Mes-quita também vende bicicletas em sua loja. E sobre a crença de vencer em sua terra? Mesquita não apenas venceu, como ajuda muitas pessoas a se manterem em São Mateus. Suas empresas geram mais de 100 empregos diretos. Apesar de já ter alcançado boa parte dos seus objetivos, Mesquita avisa que não vai parar por aqui.

Mesquita encontrou num problema a oportunidade de um novo negócio

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Trovatto lançacoleção 2010

MOVELNORTE

Focada na produção de estofados de alta qualidade, a Trovatto é a mais nova empresa do pólo do Maranhão: uma parceria entre os empresários Carlos Geisel Barbosa e Francisco Rodrigues.

Além da qualidade, os estofados Trovatto se destacam pelo design e beleza, atributos que agradam e conquistam os clientes mais exigentes. Francisco Rodrigues faz questão de destacar que a empresa conta com uma equipe treina-da e sempre pronta para atender cada cliente de maneira especial.

Depois de muitos anos sendo abastecido por indústrias do Sul e Sudeste, o mercado do Nordeste começa a desen-volver seu próprio parque industrial, tanto em mobiliário popular quanto em móveis de linha mais alta. É o caso específi co da Trovatto.

Os mercados do Norte e Nordeste, que estão mais próxi-mos das indústrias de Imperatriz, têm experimentado altos índices de expansão. No caso das classes A e B, públicos da Trovatto, nos últimos 10 anos os estados do Norte e Nordeste aumentaram 403% o potencial de consumo de móveis para sala de estar, onde se incluem os estofados. Para 2010 o volume disponível alcança R$ 8,2 bilhões.

No belo estande montado na Movelnorte, a Trovatto re-cebeu diversos clientes e, além dos lançamentos, ofereceu aos visitantes shows do mágico Vitor Hugo.

A movimentação no estande da Trovatto foi grande: além dos lança-mentos, show de mágica atraiu os visitantes

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Empresários do setor de móveis discutiram dia 24 de agosto, em Curitiba, propostas que vão contribuir para a orga-nização do 2º Congresso Move-leiro Paranaense, que será rea-lizado em 2011. A intenção do Conselho Setorial da Indústria Moveleira da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), promotor do evento, é obter o máximo possível de su-gestões sobre temas e ativida-des que possam colaborar para a mobilização dos empresários do segmento. Em setembro, debates semelhantes serão re-alizados em Arapongas, Fran-cisco Beltrão e Umuarama.

O coordenador do Conse-lho Setorial da Fiep, Constan-tino Bezeruska, explica que os workshops têm por objetivo ajudar na busca por um for-mato de Congresso que seja ideal para os empresários. “No 1º Congresso, realizado em abril deste ano, tivemos mais de mil pessoas nas atividades em Curitiba e Arapongas, mas percebemos que arquitetos, designers e outros profi ssio-nais ligados ao setor tiveram mais participação do que em-presários”, afi rma. “Agora, co-

Proposta para Congresso Moveleiro

Evento

Encontro em Curitiba reuniu industriais para troca de informações que ajudarão a formatar o evento do próximo ano

meçamos a ouvir os empresários para saber o que eles esperam do evento. Vamos reunir todas as ideias e, com elas, formatar o Congresso do ano que vem”, acrescenta.

Entre as sugestões do encontro desta terça, destaca-ram-se temas como apresentação de tendências para a indústria de móveis, cases de sucesso, design, susten-tabilidade, gestão de resíduos, logística reversa, qualifi -cação de mão de obra e novas matérias primas. Algumas propostas pediam também a realização de rodadas de negócios durante o Congresso, além da apresentação de nichos de mercado que podem ser exploradas pelo setor moveleiro. A realização de minicursos em paralelo com a programação de palestras foi outra solicitação.

Para Aurélio Sant’Anna, presidente do Sindicato da Indústria do Mobiliário e Marcenaria do Paraná (Simov), com sede em Curitiba, os workshops para colher propos-tas para o Congresso serão fundamentais para a formata-ção de um evento que atraia a atenção dos empresários do setor. Sant’Anna afi rma ainda que um grande desafi o para a organização do evento é conseguir tirar o empre-sário de sua rotina diária para que busque atualização e novas oportunidades. “A maioria das empresas do nosso setor são pequenas. Se você imaginar uma empresa em que trabalhem dez pessoas, quando o empresário sai para participar de um evento, já representa 10% do pes-soal, o que é bastante signifi cativo. Isso deve ser levado em conta”, diz.

O desafi o de atrair mais empresários do setor para eventos também é sentida em Arapongas, principal polo moveleiro do Paraná. Para Marcos Aurélio Tudino, dire-tor do Sindicato das Indústrias de Móveis de Arapongas (Sima), a forte presença de público nas atividades do Con-gresso realizadas na cidade foi bastante satisfatória em alguns aspectos. “Foi importante levar muitos estudantes de design e arquitetura para o evento, porque pudemos mostrar que o nosso polo também se está preocupado com essas áreas. Mas ainda precisamos ter uma partici-pação mais ativa dos nossos empresários”, declara.

HistóricoCriado em 2006 como um seminário de oportunida-

des para a indústria moveleira, após três versões o even-to que leva atualização para o setor ganhou este ano o status de congresso. Na primeira edição, realizada em abril, com programação em Curitiba e Arapongas, mais de mil pessoas acompanharam as atividades nas duas cidades. O destaque foi a palestra do designer Marcelo Rosenbaum, que entre outros temas abordou o design voltado para as classes C e D como nicho de mercado para a indústria de móveis.

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Empresas familiares

Especialistas no assunto debatem o futuro dessas organizações no Brasil e apontam os que as empresas precisam realizar

Gestão

Por Meri Rocha, de Curitiba (PR)

As empresas familiares devem ser independentes das famílias. É o que defen-de o especialista René Wer-ner, diretor da Werner & As-sociados Desenvolvimento Societário. “Para serem bem sucedidas, as empresas fa-miliares precisam debater

a capacidade das pessoas antes de contratá-las”, apon-ta. “Não contratar alguém baseado no grau de paren-tesco.” Segundo ele, é indis-pensável que os membros da família se profi ssionalizem para assumirem cargos no negócio familiar. Além dessa defesa, diversos especialis-tas apontaram outras opini-

ões em encontro organizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fe-comercio), sobre o futuro dessas organizações no Brasil, ajustes que essas empresas precisam realizar em suas es-truturas se desejam continuar existindo e como evitar que questões sucessórias acabem com o patrimônio já consti-tuído.

Telmo Schoeler, presidente da Strategos Strategy & Management Schoeler, ressaltou no debate que, “70% das empresas familiares não chega à segunda geração. Somen-te 20% chegam à terceira”. Para o coordenador do Grupo de Estudos de Empresas Familiares (GEEF) do GVlaw, Edu-ardo Capobianco, o motivo para estes números é o que ele chama de “Marca de Cain”. “São brigas entre irmãos e ou-tras intrigas familiares que atrapalham o desenvolvimento da empresa”, explica. Ele ensina que: “O segredo para o sucesso é fi car atento aos sinais e restaurar a harmonia logo no começo”.

Erros e acertos - Segundo o sócio-diretor da Ochman, Real e Amadeo Advogados Associados, Renato Ochman, erros ocorrem muitas vezes pelo inesperado, porém o

Peter Edward Wilson: “Muitos empreendedores só aprendem a

separar a pessoa física da jurídica quando acontece o pior”

Eduardo Capobianco: “o segredo para o sucesso é fi car atento aos sinais e restaurar a

harmonia logo no começo”

Renato Ochman: “o fundador deveria criar uma regra sucessória logo no

começo da empresa”

maior e mais comum é a falta de diálogo e boa comunicação entre a família. “Tomar iniciativa antes que os problemas surjam seria o ideal”. Em sua opinião, os principais ajustes que essas empresas precisam realizar em suas estruturas se desejam continuar existindo “devem ser de natureza le-gal, de orientação e aprimoramento econômico-fi nanceiro e propósitos comuns dos membros da família”. O diagnóstico dele em relação à tendência das empresas familiares no Bra-sil é positiva, “pois visa aprimorar sua estrutura societária, e de seus mecanismos legais de sucessão, de forma a se or-ganizarem profi ssionalizadas, organizadas e com regras de

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participação dos herdeiros na gestão, se for o caso”. Outro problema apontado pelos especialistas como co-

mum nas empresas familiares, surge da incapacidade que muitos empresários têm em separar o que é patrimônio da companhia e o que é pessoal. “Infelizmente, muitos empre-endedores só aprendem a separar a pessoa física da jurídica quando acontece o pior e o banco toma os bens da empresa, ou seja, a casa e o carro da família”, enfatiza Peter Edward Wil-son, diretor-presidente da Managrow Consultoria. Segundo Wilson, nessas horas é importante pensar em ciclos e encarar o fracasso como uma grande possibilidade de aprendizado. Para o gerente executivo do fórum mundial de empresas fa-miliares, a Family Business Network (FBN), Marcos Siqueira, é interessante que as diversas companhias deste tipo possam aprender e se desenvolver aproveitando umas das experiên-cias das outras. “Cada empreendedor tem uma experiência única, que pode ser muito enriquecedora para outras empre-sas”, comenta Siqueira. “O FBN existe, justamente, para pos-sibilitar que essas experiências sejam trocadas, o que pode auxiliar na resolução de problemas característicos dessas instituições.”

Sucessão

No debate entre os especialistas, fi cou claro que a maior preocupação das empresas familiares é com a conti-nuidade, e, conseqüentemente, com a questão sucessória.

Segundo Renato Ochman, os processos de sucessão cos-tumam ser uma das maiores barreiras para a continuidade da empresa porque, enquanto os empasses legais não se resolvem, a empresa fi ca sem liderança e assiste a depre-ciação de seus bens. “Para evitar isto, o fundador deveria criar uma regra sucessória logo no começo da empresa”, pondera. Passar princípios e formar uma base sólida para a empresa, no entanto, não é tarefa fácil. De acordo com o especialista, uma boa conversa preliminar com todos, en-tender os pontos em comum e os divergentes, traçar um plano mínimo para aprovação dos membros e colocar em

execução, tendo sempre os membros da família próximos e envolvidos com o projeto pode ser o caminho.

Telmo Schoeler, presidente da Strategos Strategy & Management, argumenta que a continuidade das empre-sas familiares está ligada a conseguir manter um equilíbrio entre capital, gestão e valores. Como em um tripé que não se sustenta sem uma das pernas. Contudo, Schoeler ad-verte que o ponto de balanço deste tripé precisa estar nos valores da empresa. “Em 50 anos, a estrutura de capital e a forma de gerir a empresa terão mudado completamente. Os princípios e valores podem ser os mesmos”, justifi ca.

René Werner: “não contratar alguém baseado no grau de parentesco”

Telmo Schoeler: “70% das empresas familiares não chega à segunda geração”

Marcos Siqueira: “cada empreendedor tem uma experiência única, que pode ser muito

enriquecedora para outras empresas”

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Fundada em abril de 1950 e atualmente com 46 lojas no Rio Grande do Sul, a Obino vive hoje sob pro-cesso de recuperação judi-cial. O valor total da dívida no plano de recuperação judicial: R$ 67,5 milhões, sendo que R$ 32,4 milhões são referente a fornecedo-res (incluindo móveis, ele-trodomésticos, eletroele-trônicos, informática).

Em entrevista a repor-tagem da Móveis de Valor, Vinícius Alves, da empresa global de reestruturação Alvarez & Marsal, respon-sável pelo diagnóstico e co-gestão da varejista há pouco mais de dois meses, conta qual é a situação e quais são os próximos pas-sos para sua recuperação: “Costumamos comparar os nossos clientes a uma pessoa que passa por um problema de saúde e está em tratamento. Em relação à Obino posso dizer que ela foi atropelada, sofreu uma forte pancada na ca-beça e foi encaminhada para a UTI. Quando chega-mos para gerir os negócios,

Em recuperação judicial

Obino trabalha para reverter o difícil estado de sua saúde financeira. Há dois anos a empresa vem registrando queda drástica no faturamento

Por Meri Rocha, de Curitiba (PR)

Observatório de Varejo

o diagnóstico foi a ausência de geração de caixa, isto é, entrava menos recurso do que saía, e o alto grau de endividamento”.

O caminho adotado pela consultoria, além das me-didas na reestruturação administrativa, foi o pedido de recuperação judicial, que concede aos gestores do ne-gócio180 dias de tranqüilidade na arrumação da casa e no pagamento dos credores. O pedido foi feito no dia 16

EMPRESA GLOBAL DE REESTRUTURAÇÃOA Alvarez & Marsal (A & M) foi fundada, em 1983, por Tony Alvarez II e Bryan Marsal. Atualmente a A & M é uma das maiores consultorias do mundo, especializada em gestão fi nanceira, fusões e aqui-sições e, em reestruturação de empresas. Com um time de profi ssionais experientes, a A & M está presente na América do Norte, Europa, Ásia e Amé-rica Latina e possui uma equipe com mais de mil profi ssionais, que prestam serviços de consultoria em fusões e aquisições, melhoria de performance, consultoria em impostos e aos credores, disputas, análises e investigações, co-gestão, gestão de cri-ses e consultoria em Real Estate e Consultoria em Educação. Na América Latina, a A & M está sediada em São Paulo, desde 2002, e prestando serviços para empresas e bancos com trabalhos recentes na Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, México e Uruguai. Recentemente, a Alvarez & Marsal foi contratada para reestruturar a Varig.

Lojas Obino reduz número de pontos de venda, corta pessoal, entre outras medidas para enfrentar crise

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agosto e deferido no dia seguinte pelo juiz da 1ª Vara Cível da Comarca de Bagé (RS). De acordo com Alves, no momento está sendo preparado o plano de recu-peração judicial previsto para ser apresentado entre o fi nal de outubro e início de novembro em assembléia aos credores, dos quais depende a aprovação. Caso o plano não seja aprovado, a Obino tem a oportunidade de refazê-lo com a permissão dos credores. Existem duas situações: a primeira é que com a aprovação do plano, a empresa volta a vida normal e começa a pagar seus credores; a segunda, se não chegar a um denominador comum com seus credores, convale em falência.

RetomadaSegundo o consultor da Alvarez & Marsal, nos úl-

timos dois anos houve uma queda drástica no fatu-ramento da empresa. Em 2008 a Obino faturou apro-ximadamente R$ 250 milhões, em 2009 registrou R$ 140 milhões e em 2010 a expectativa é chegar ao patamar de R$ 100 milhões. Além da queda no fatu-ramento, Vinícius Alves destaca que o custo fi xo era alto. Entre as medidas para reduzir esse custo, foi fei-to corte de pessoal e hoje a empresa conta com um pouco mais de 650 funcionários diretos e 2 mil indi-retos. “Até o momento conseguimos reduzir o custo fi xo mensal da empresa de R$ 11 milhões para R$ 6,5 milhões. O faturamento de agosto fi cou em R$ 6,6 mi-lhões. Não houve lucro, mas já empatamos”, ressalta.

Nesse processo de resgate da empresa, ele conta também que foi realizado o levantamento das lojas que davam prejuízo há mais de dois anos, e dos 67 pontos de vendas 21 foram fechados, fi cando 46 lo-jas. Em média, esses pontos de vendas têm 700 me-tros quadrados de área. “Pegamos o estoque dessas lojas fechadas e redistribuímos entre as demais e só agora em agosto fi zemos novas compras. Observan-do um mix de produtos adequado, ou seja, com alto giro e margem razoável”, explica. Segundo ele, a em-presa tem em torno de 300 fornecedores do Sul e Su-deste e está fazendo compras parte à vista e parte a prazo. A lei da recuperação judicial assegura ao forne-cedor participante do processo prioridade em relação aos demais credores caso ele continue fornecendo à empresa. “Estamos trabalhando para a retomada de credibilidade e recomposição dos fornecedores. Es-tabelecendo um canal de comunicação aberto, que sempre informa os próximos passos, fatos relevan-tes, prazos, entre outras informações de interesse dos nossos credores”. Conforme o consultor, apesar da situação, a Obino é uma empresa viável. “Todas as atitudes que tomamos até agora para sua reestrutura-ção deram retorno”.

O QUE É RECUPERAÇÃO JUDICIAL?É uma medida legal destinada a evitar a falência,

proporcionando ao empresário devedor a possibilidade de apresentar, em juízo, aos seus credores, formas para quitação do débito. Esse recurso é praticamente uma nova “roupagem” da concordata, prevista na Nova Lei de Falências (Lei nº 11.101/2005) em substituição à antiga (Decreto-lei nº 7.661). Uma das principais alterações está justamente na mudança da concordata – que antes poderia ser preventiva ou suspensiva – para a recuperação judicial. Um exemplo: antes, quando um credor entrava na Justiça contra a empresa, ela tinha 24 horas para quitar a dívida. Do contrário, já podia ser iniciado processo de falência. Agora, tem cinco dias para apresentar a defesa ou o pedido de recuperação.

A recuperação judicial pode ser utilizada por empresas de qualquer porte, desde microempresas até multinacio-nais. Na prática, uma empresa de grande porte precisa contratar advogado e consultoria para entrar com processo na Justiça e fazer um plano de reestruturação a ser entre-gue em 60 dias. O micro e pequeno empresário necessita apenas do advogado, por não precisar de projeto. Para esse segmento, a lei permite o pagamento do débito da empresa em 36 parcelas mensais consecutivas com carência de 180 dias. Nesse período, as ações judiciais são suspensas.

A principal vantagem da recuperação judicial é propor-cionar ao devedor a chance de envolver todos os credores (e não apenas os credores sem garantia, como ocorria na concordata) e apresentar um plano de recuperação que, efetivamente, possa ser cumprido e evite sua falência.

Fonte: UAI

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Expansão centralizada em SC

Berlanda planeja abrir uma loja em cada município catarinense até 2015. Outros estados e demais regiões do País por enquanto não fazem parte dos planos da rede

Observatório de Varejo

Por Meri Rocha, de Curitiba (PR)

Com mais de 130 lojas espalhadas entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul, sendo apenas oito no estado gaúcho, a rede de móveis e eletros Berlanda precisa chegar em 170 municípios catarinenses para atingir a meta. Isto signifi ca que daqui praticamente cinco anos, ela terá mais do que dobrado sua participação no estado catarinense. Em entre-vista à reportagem da Móveis de Valor, o gerente comercial da empresa, Gilson Bogo, afi rma categoricamente que o plano de expansão contempla apenas Santa Catarina, descartando Rio Grande do Sul, Paraná e demais regiões do País. “Este é o objetivo da Berlanda porque com uma loja em cada município todo cliente permanecerá em sua cidade para compras de móveis e eletro. O que evita o deslocamento até outra cidade. Além disso, fará com que cada município cresça com o retorno do ICMS”, salienta. Até o fi nal deste ano, ele adianta que a rede totalizará 137 lojas e há planos para construção de um centro de distribuição em Porto Belo (SC) com 10 mil metros quadrados, localizado às margens da BR-101. A empresa já tem um centro de distribuição em Curitibanos (SC), que está sendo ampliado. Entre ativos e inativos, hoje a rede tem 900 mil clientes e emprega 1,7 mil funcionários diretos e indiretos. O tamanho das lojas Berlanda varia de 250 metros quadrados até 2,1 mil metros quadrados.

PlanosQuestionado a respeito de aquisições, fusões e asso-

ciações, Gilson Bogo responde que: “No momento não faz parte dos planos da Berlanda se aliar a outra rede varejista. A expansão se dará por oportunidades de pontos comer-ciais em diversas cidades do estado de Santa Catarina”. Em relação à concentração do varejo de móveis e eletros, caminho adotado por algumas grandes redes nacionais que

BERLANDAMatriz: Curitibanos (SC)

Atuação: há 19 anos atuando no varejo de móveis e eletros

Número de lojas: 137* (8 no RS e demais em SC)

Faturamento: R$ 300 milhões*

Funcionários: 1,7 mil

Clientes: 900 mil cliente entre ativos e inativos

Tamanho médio das lojas: varia de 250 m2 a 2,1 mil m2

Centros de distribuição: 2 (Curitibanos e Porto Belo**)

*Previsão até o fi nal do ano

** Projeto para construção

Até o fi nal do ano a rede Berlanda totalizará 137 pontos de vendas

Gilson Bogo, Berlanda: “No momento não faz parte

dos planos se aliar a outra rede varejista. A expansão se dará por oportunidades

de pontos comerciais em Santa Catarina”

Fotos: Divulgação/Berlanda

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se transformaram recentemente em megas redes, Bogo diz que não representam ame-aça a Berlanda. Em sua análise as empresas familiares e com presença regional acabam se fortalecendo com essa tendência. “Conhe-cemos o nosso público e a cultura de cada local e o consumidor sente-se mais seguro e melhor atendido. Redes de pequeno e médio porte têm representatividade na sua região e identifi cação com o consumidor. São empre-sas que conquistaram o seu público e muitas vezes vencem a concorrência das nacionais onde atuam. A Berlanda não foi afetada pelas últimas fusões e continua com a sua expansão em Santa Catarina”, ressalta.

Segundo Gilson Bogo, o crescimento geral das vendas da Berlanda em 2009 foi de 30% se comparado a 2008. Em relação ao mobiliá-rio o avanço atingiu 32%. “Em 2010 pretende-mos repetir o crescimento das vendas gerais de 30%, para alcançar R$ 300 milhões de faturamento. E para móveis, a previsão é tam-bém manter o mesmo porcentual”, antecipa. “Consideramos que a representação de 32% para móveis é um bom número em relação ao nosso faturamento, mas ainda podemos vender mais na medida em que conseguirmos vender produtos sob encomenda, ou seja, direto de fábrica”, salienta.

InauguraçõesConfi ra um pouco da maratona de inaugurações da rede

Berlanda. Em ritmo de expansão, a rede iniciou na segunda quinzena de junho pela cidade de Garopaba uma série de inaugurações por Santa Catarina. As demais fi liais abertas foram em Orleans, Itajaí e em Abelardo Luz, na região oeste do estado. De acordo com Gilson Bogo serão gerados mais 42 empregos diretos com a expansão. “Estas novas unida-des já estão prontas e em processo de abastecimento de produtos”, completa.

Com um investimento total de R$ 2,1 milhões, a rede Berlanda continuou sua expansão por Santa Catarina no mês de agosto inaugurando três unidades nas cidades de Jaguaruna, Siderópolis e São Miguel do Oeste, a abertura da loja em São Miguel signifi ca o aumentou de sua parti-cipação no extremo-oeste catarinense. Segundo o gerente comercial, a unidade de Jaguaruna tem 740 metros quadra-dos, gerou dez novos empregos e teve um investimento de R$ 800 mil para a inauguração. Em Siderópolis, são 600 metros quadrados, com seis funcionários e R$ 500 mil investidos; e em São Miguel do Oeste foram gerados dez empregos, sendo gastos R$ 800 mil, e o ponto de venda

LAÇOS COM A POLÍTICAO diretor-presidente da rede Berlanda, Nilson Berlan-da, concorre nessas eleições ao cargo de deputado estadual pelo DEM (Democratas). Motivo pelo qual está impedido de dar entrevistas sobre outros assun-tos a não ser a respeito de temas relacionados a sua candidatura. O empresário sempre esteve envolvido no campo político, já atuou como secretário de de-senvolvimento regional de Curitibanos, foi presidente da Confederação dos Dirigentes Lojistas também de Curitibanos e pleiteou as eleições de 2006 como can-didato a deputado federal pelo PMDB.

Mobiliário representa 32% das vendas da rede catarinense

tem 450 metros quadrados. Para setembro e outubro serão inauguradas fi liais em Laurentino, no Alto Vale do Itajaí; Mas-saranduba e Canoinhas (segunda loja), no norte; Meleiro e Sombrio, no sul; e Seara, no meio-oeste.

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Com apenas 10 anos de mer-cado, a Houston contempla uma projeção acelerada de seus negó-cios. Especialista na fabricação e venda de bicicletas, a marca prevê um crescimento em faturamento de 40% em 2010, quando também comemora o recorde de 5 milhões de bikes comercializadas desde sua fundação. A empresa também oferece ao mercado uma linha fi t-ness e outra de ventiladores. “2010 é um ano muito importante para a Houston. Planejamos bater todos os recordes e buscar, defi nitivamente, a liderança neste mercado”, diz João

Fortes pedaladas

Rumo à liderança do segmento de bicicletas, a Houston, do grupo Claudino, desenvolve ação inédita de marketing

Por Inalva Corsi, de Teresina (PI)

Marketing

Claudino Júnior, presidente da Houston e presidente do conselho de administração do Grupo Claudino.

Para atingir a liderança do segmento, a Houston não tem medido esforços e nem investimentos. Foram aplicados mais de R$ 8 milhões ao longo desse ano na fábrica em Teresina. Com isso, a Houston vai ampliar sua capacidade em 23%, o que signifi ca que a partir de 2011, a empresa conseguirá produzir 1,1 milhão de

GRUPO CLAUDINO E SOCICA Houston pertence aos grupos Claudino e SO-CIC, dois dos maiores conglomerados de empre-sas do Nordeste, que inclui a rede de varejo Ar-mazém Paraíba (com atuação em vários estados do norte-nordeste); Guadalajara S/A (fabrica o jeans Onix e várias marcas que são vendidas nas lojas do Grupo: Kids&Kids, Emepê, Vizzual, Op-cion); Socimol (indústria de colchões de molas, móveis e estofados); Construtora Sucesso; Frigo-rífi co Frigotil; Colon (indústria de carrocerias, ca-çambas, graneleiros, reboques, semi-reboques) Teresina Shopping (Piauí); São Luís Shopping e Colonial Shopping (Maranhão); Sucesso Publi-cidade (agência de comunicação, promoção e propaganda); Halley S/A (Gráfi ca e Editora); Cre-di Shop (administradora de cartão de crédito); Transportadora Rápido London; Onix S/A (indús-tria de colchões de espuma); Remanso (Tecno-logia de informação e projetos). Empresas que, juntas, geram mais de 80 mil empregos, entre diretos e indiretos.

Mais de 1.700 lojistas de todo o Brasil já visitaram as instalações da Houston

Inalva Corsi com João Claudino Júnior e João Claudino: Este é o quarto ano que a Móveis de Valor acompanha os eventos da Houston

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bicicletas por ano. Para dar uma idéia, a cada seis segundos uma bike fi ca pronta na linha de montagem da empresa. Seja uma utilitária para atender à necessidade de transporte e locomoção; uma de passeio para satisfazer ao hobby dos apaixonados pelo ciclismo; de velocidade ou aventura para quem tem espírito esportivo e ousado; e juvenil ou infantil para quem quer dar as primeiras pedaladas. “Dessa forma, fabricamos nossos produtos para atender todas as faixas etá-rias e todos os gostos. Em nosso portifólio, há modelos que se enquadram ao estilo de cada brasileiro”, explica Claudino.

Genuinamente piauiense, a Houston é um fenômeno no Brasil. Traz entre seus diferenciais competitivos a alta performance em desenvolver produtos com qualidade, além de investir em pesquisas anuais para apresentar ao mercado bicicletas que estejam em sintonia com as tendências mun-diais e que agradem ao consumidor brasileiro.

A Houston tem hoje a mais moderna e verticalizada fábri-ca de bicicletas das Américas. É a única empresa brasileira a produzir no mesmo parque industrial a maior parte dos itens de uma bicicleta. São mais de 40 componentes do produto, entre eles: o quadro, garfo, aros de alumínio e de aço, rodas plásticas para bicicletas aro 16 e 20, canote, cobre-corrente, bagageiro, pára-lamas, raios e outras peças plásticas.

O parque industrial de Teresina tem uma área total de 110 mil metros quadrados, sendo 41 mil metros quadrados de área construída. Toda a capacidade produtiva gera quase 4 mil empregos diretos e indiretos.

Case de marketingMais a agressividade não está apenas nos investimentos

na fábrica. As ações de posicionamento da marca, por exem-plo, contam com estratégias inéditas, como o merchandising na novela Passione, da Rede Globo, que não tem preceden-tes. A direção da Houston tem participado, inclusive, do desenvolvimento do roteiro da novela. O valor do investi-mento nesta ação não é revelado pela direção da empresa,

MERCADO DAS PEDALADAS O mercado brasileiro é estimado em aproxima-

damente 6 milhões de bicicletas para o ano de 2010 e o país está em quinto lugar no ranking mundial. A China tem o maior mercado consumidor de bikes do mundo e é seguida pelos Estados Unidos. A Houston tem hoje 12% de participação no cenário nacional e a estimativa é de chegar a 15% até o fi nal do ano, quando planeja atingir a liderança do segmento.

mas que os resultados já estão aparecendo eles não negam. Modelos como a Skinny Top - bicicleta mais famosa da marca lançada na novela global, e o modelo Passione, licencia-da pela Globo Marcas, tem altas expectativas de vendas. Porém esta não é a primeira ação agressiva de marketing da Houston. Em 2001, a empresa iniciou as ações em ponto de vendas e criou a equipe Houston Bike Show. E em 2003 abriu suas portas para receber varejistas de todo o Brasil e, até hoje, mais de 1.700 clientes já visitaram a fábrica. Foi neste ano que a Houston também iniciou sua participação em feiras e em programas populares na TV. Desde então não parou mais de investir em inovação, logística e especial-mente em marketing. Mas foi em 2010 que

fechou a maior parceria de todos os tempos com a Rede Globo, na novela Passione. E, além de comemorar os dez anos da empresa, se prepara para conquistar a liderança do mercado nacional de bicicletas, com um vasto calendário de ações e lançamentos para o consumidor brasileiro. Também se conectou às redes sociais e lançou o portal euvoudebike.com, além de investir na difusão da bike convocando toda a nação brasileira a sair da rotina e rodar com uma Houston.

Alguém dúvida de que as metas da Houston serão al-cançadas?

q p j g ç g

Jornalistas dos principais veículos de comunicação brasileiros registraram as atividades que marcaram os 10 anos da Houston

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74 MÓVEIS DE VALOR 101 • OUTUBRO 2010

Máquina de

DNA da Venda

Moacir Moura é palestrante, consultor especializado em gestão de pessoas, pós-gra-duado em gestão de varejo

moacirmoura@terra.com.brwww.mouramoacir.blogspot.comwww.ogerente.com.br

SONHOSJogar o desafi ante jogo do mercado está cada vez mais complexo em todos os segmentos de

serviços, produtos ou sistemas. Difícil se encontrar um setor que não esteja em grau avançado de competição e inserido no contexto da globalização, pelo menos no que se refere ao nível de gestão do negocio. As razões são inúmeras, mas para facilitar nossa conversa aqui, destacamos três das principais:

Consumidores mais exigentesConcorrentes profi ssionalizados

Colaboradores mais talentosos e irrequietos.

A velocidade das mudanças tira o sono de empresários, executivos e gestores em geral. O fato é que precisamos rever nossos paradigmas e entender que não estamos vivendo uma era de mudanças simplesmente. Na verdade, estamos no centro de um caldeirão de mudança de eras onde os velhos parâmetros de gestão perderam seu valor. O paternalismo foi sepultado e a meritocracia fl oresce com todo o gás e energia para revolucionar o mundo corporativo do Século XXI. Novo modelo de gestão em curso.

E a nova era é a era dos paradoxos. Da convergência de mídias, dos múlti anseios e desejos. O consumidor quer alguma coisa, mas muitas vezes não sabe exatamente o que quer. E quando tem sua escolha defi nida, geralmente quer mais de que uma coisa. Uma só não basta. Qualidade, preço e bom atendimento, isso ele já desfrutava na era anterior, lembra-se? Portanto, descobrir e realizar os sonhos dos clientes são os desafi os que a gestão estratégica deve saber enfrentar e vencer. Ou perder terreno.

Interpretar e atender os anseios dos consumidores.Mas ganha a corrida quem souber se antecipar a eles.

As mudanças da máquina de transformar sonhos em realidade devem começar dentro de casa. Para entrar no imaginário dos consumidores é necessário fazer a lição de casa, melhorando o tratamento dispensado à equipe e criando um bom lugar para as pessoas trabalharem. Sonhos

internos devidamente concretizados (embora uma equipe esteja sempre em construção), daí sim você pode começar a realizar os sonhos externos,

proporcionando experiências memoráveis para seus clientes.

Os indicadores podem expressar excelente performan-ce, produção, vendas, atendimento, entrega, produtividade,

resultados na última coluna do balanço. Maravilha, você e sua equipe são bons gestores, podem encomendar uma roda de pizza

e comemorar. Mas já parou para pensar que esses números refl etem o desempenho histórico dos últimos meses (retrovisor), sem comparar

com outras empresas concorrentes? Eles dizem que sua empresa é produtiva, mas em relação a ela mesma. E a explosão de

demanda que está havendo por aí?

Analise, sai da toca e do comodismo das quatro paredes e vá ao mercado sentir o

cheiro do progresso acelerado. Cui-dado, você pode descobrir que

está liderando o pelotão dos retardatários, quatro voltas

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atrás na Grande Corrida da Globalização do Século XXI, cujos competidores estão cada vez mais preparados com gente, tecnologia, modelo de negócio, nível de serviço e grau de profi ssionalização.

Fazer bem feito as coisas por longo tempo (síndrome de Gabriela) leva a empresa para um estado letárgico, semelhante a um sono profundo que demora muito tempo para reagir às mudanças. O mundo dos negócios é dinâmico, muda com uma velocidade impressionante. Portanto, para assegurar o sucesso empresarial é preciso variar as jogadas e fazer novas coisas de forma diferente e inovadora. As pessoas (consumidores e colaboradores) não conseguem mais conviver com a mesmice.

Paixão, empolgação e cumplicidade, ou então nada feito. Esses são os parâmetros nos vínculos duradouros em todos os tipos de relacionamento como trabalho, consumo, social e amoroso. Os insumos que alimentam essa química são con-fi ança, respeito, informação, conhecimento, reconhecimento e a sensação de segurança. Bom lugar para trabalhar, ótimo lugar para comprar.

Excelente lugar para aprender, evoluir e crescer profi s-sional e espiritualmente. Não havendo essas expectativas/perspectivas as pessoas fi cam pouco tempo trabalhando na sua empresa. Elas vão embora procurar até encontrar lugares assim, ou pelo menos que assemelhem a isso. E você vai fi car aí jogando futebol de botões, brincando de empresa do passa-do e se embebedando de mediocridade? Quer reter talentos, quebre paradigmas e abra as portas para a modernidade. Antes que seja tarde.

Calma, não fi que triste. Se continuar agindo sempre dessa forma, sua empresa não vai desaparecer tão cedo. Ela e você só não vão crescer. Daqui a cinco ou dez anos será a mesma lojinha da esquina. Isso é bom para você?

Que tal inovar e fazer a loja dos sonhos das pessoas?

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Quem visitou a 7ª edição da Mercomóveis, realizada de 23 a 27 de agosto, em Chapecó (SC), pode perceber a evolução da feira pela mo-vimentação nos corredores do Parque de Exposições Tan-credo Neves e pelo volume de lançamentos, novidades, no-vas tecnologias e tendências apresentadas. A movimenta-ção foi grande nos cinco dias do evento e a expectativa de negócios foi atendida, segun-do os organizadores.

A solenidade de abertura marcou ofi cialmente o início

Mercomóveis 2010 MERCOMÓVEISUma feira em ascensão

Fechando o calendário nacional, feira catarinense reuniu cerca de 150 expositores

Por Patrícia Pavloski, de Chapecó (SC)

da Mercomóveis e contou com a presença de autoridades regionais e estaduais, expositores, lojistas e convidados. Para o presidente da feira, Adir Kist, a cerimônia é muito importante no sentido de prestigiar os patrocinadores, parceiros e apoiadores na ocasião. “Esta cerimônia é fun-damental”, acrescenta.

Entre as novidades desta edição, destacou-se a ques-tão da sustentabilidade, com a realização de duas ações voltadas à responsabilidade ambiental, e a 1ª Mostra de Máquinas Moveleiras, compondo a série de quatro eventos paralelos. A feira aconteceu em um espaço de 8,3 mil metros quadrados, divididos em quatro pavilhões, que permitiu aos visitantes-compradores certa tranquilidade na hora de es-colher qual visitar primeiro, pois foi possível conferir o setor moveleiro e, separadamente, as Rodadas de Negócios, os Encontros Empresariais, o IV Salão de Design e a 1ª Mostra de Máquinas Moveleiras que, inclusive, aconteceu em um pavilhão anexo aos demais.

Saldo positivo

A 7ª. edição da Mercomóveis terminou no dia 27 de agosto, após uma semana de superação e bons negócios. A expectativa de receber 15 mil visitantes-compradores foi atingida, assim como o volume de negócios fechados ou prospectados atingiu a marca de R$ 150 milhões. Mais im-portante do que esse saldo positivo, é a garantia da próxima edição, com a confi rmação de diversos expositores para a feira que acontece novamente em 2012.

O vice-presidente da Mercomóveis 2010, Nivaldo Lazaron Junior, reforça o retorno positivo dos expositores. “A intenção de renovação de contrato para a feira de 2012

O presidente da Mercomóveis, Adir Kist, discursa na presença de autoridades e convidados

Angélica Tartas / UQ Design

Momento que sim-bolizou a abertura ofi cial da feira

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MERCOMÓVEIS

passa de 90% e isso nos deixa muito confi antes para dar início à comercialização da 8ª edição da Mercomóveis”, comemora.

Para o presidente das entidades promotoras da feira, Amo-esc/Simovale, Osni Verona, os resultados são positivos em to-dos os aspectos. “Fizemos uma feira grandiosa. Quem esteve na Mercomóveis 2010 saiu contente tanto pelas oportunidades de negócios quanto pela beleza dos estandes, pelos diferenciais que apresentamos”, considera o presidente das entidades.

Mostra de Máquinas Pela primeira vez, a Mercomóveis contou com um espaço

destinado exclusivamente aos fabricantes de máquinas para o segmento de móveis, que reuniu empresas importantes do setor, em uma área de 774 metros quadrados. O intuito foi demonstrar todo o potencial da região, considerada um expres-sivo polo moveleiro do Oeste Catarinense, além de conceder às indústrias moveleiras a oportunidade de conhecerem novas tecnologias.

A Egurko, de São José dos Pinhais (PR), aproveitou para consolidar o sucesso da furadeira fl exível TC-8, lançada durante a Formóbile, em São Paulo.

Já a CVL Máquinas, empresa que desenvolve e produz mais de trinta modelos de máquinas voltadas aos setores moveleiro

e madeireiro, apresentou a nova coladeira de bordas. O equi-pamento é confi gurado com tupias de entrada, grupo coleiro e destopador, refi lador e polidor. Outros dispositivos são contro-lados por um CLP (controle lógico de programação), que realiza todo o comando da máquina em operação.

Salão de DesignO 4º Salão de Design foi realizado em parceria pelo Senai

e Unoesc, e consistiu numa mostra de produtos inéditos no mercado, assinado por designers das empresas expositoras e também por estudantes de design, outra novidade desta edição. Para o empresário e presidente da feira, Adir Kist, o salão é uma oportunidade de divulgar a criatividade do design catarinense. “Além de fortalecer a área da pesquisa, desen-volvimento e criação, a mostra também proporciona a troca de experiências entre os envolvidos no evento”, destaca Kist.

Entre os móveis expostos, destaque para a Cozinha Prática, indicada para otimizar espaços sem perder a funcionalidade. O diferencial do produto fi ca por conta da mesa, que pode ser guardada quando não estiver sendo utilizada, garantindo pra-ticidade e aproveitamento do espaço. O produto foi projetado pela SM Móveis e Aberturas, com a autoria de Carlos Miguel Schmatz e Valdenir Jose Schmatz. Segundo Franciela Salete Santin, da Coordenação Núcleo de Relações com o Mercado, do Senai – SC, o produto foi o que mais chamou a atenção durante o evento.

Com a feira pautada na questão da responsabilidade am-biental, não podia faltar um móvel que abordasse o tema da

A CVL Máquinas apresentou a nova coladeira de bordas

Todos os equipamentos da Egurko apresentam tecnologia inovadora. Destaque para a Furadeira TC-8, sucesso entre os fabricantes

A mini cozinha completa é ideal

para ambientes pequenos

O conjunto foi o mais comentado du-

rante o IV Salão de Design

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sustentabilidade, como a mesa construída através da reciclagem de material descartado na natureza. A empresa responsável pela criação é a Móveis Dal Piva, com autoria da arquiteta Mayara Santin em parceria com a Dal Piva.

Encontros empresariais Promovidos pelo Sebrae, os Encontros Empresariais acontece-

ram durante os cinco dias da Mercomóveis, com uma programa-ção diária. O evento é destinado a empreendimentos com mais de dois anos de mercado e que já tenham superado questões básicas de gestão nas áreas de recursos humanos, processos, marketing e fi nanças.

Para o diretor técnico do Sebrae-SC, Anacleto Ortigara, a ideia é estimular os empresários a trocar experiências, além de compartilhar erros e acertos. Com os depoimentos dos presen-tes, afi rma Ortigara, “é possível contribuir para a melhoria ou transformações nos negócios”. A iniciativa permitiu ainda que os presentes se atualizassem com informações que resultem em modifi cações na gestão e formato dos negócios. Os temas abordados foram focados no incentivo ao interesse pela partici-pação dos empresários, estimulando a curiosidade, despertando questionamentos e refl exões.

Rodada de Negócios

Outro evento paralelo à Mercomóveis foi a Rodada Internacio-nal de Negócios, que aconte-ceu nos dia 24 e 25 de agosto e foi organizado por três insti-tuições: Abimóvel, Sebrae e Fiesc. O evento contou com a participação de seis im-portadores (Estados Unidos, França, Argentina, Inglaterra e Espanha), 18 moveleiros e oportunizou a realização de 100 contatos para negócios. “Foram realizadas vendas de 500 mil euros e a estimativa de negócios é da ordem de 5 milhões de euros nos pró-ximos 12 meses”, revela o

analista técnico do Sebrae-SC, Arildo Jacóbus.A rodada da Fiesc, através do projeto Al Invest, apoiada

pelo Sebrae/SC, oportunizou a participação de 10 impor-tadores (Itália, França, Suécia, Paraguai e Chile) e 30 indús-trias. “A rodada é um evento empresarial que possibilita o encontro entre empresas ofertantes e compradoras em um local especialmente preparado com vistas à realização de negócios e parcerias”, explica o presidente da Mercomóveis 2010, Adir Kist.

O Sebrae/SC também foi responsável pela organização de uma rodada nacional de negócios, que aproximou lojistas e industriais do setor moveleiro, concretizando contatos e viabilizando negócios entre empresas da região. Participaram 13 lojistas compradores e 23 fornecedores, o que oportunizou 52 contatos para negócios. “A estimativa é de que a rodada gere negócios na ordem de R$ 500 mil ainda neste ano”, destaca o analista técnico.

O objetivo das rodadas nacionais, segundo a consultora do projeto de varejo do Sebrae-SC, Ana Paula Vivian, é aproxi-mar os lojistas do Oeste das indústrias do polo moveleiro da região, além de signifi car uma oportunidade de apresentar os produtos. A rodada é uma das ações previstas neste projeto, que visa apoiar e capacitar o pequeno e micro varejista a fi m de fortalecer suas ações comerciais.

Setor em debate Dia 26 de agosto, quarto dia da feira, aconteceu o evento

“Os Painéis”, promovido pela Câmara de Desenvolvimento da Indústria do Mobiliário da FIESC. Novas tendências mun-diais em design e as perspectivas do mercado brasileiro para o segmento moveleiro foram os temas abordados, entre eles, a palestra “O mercado brasileiro: necessidades e de-sejos das classes sociais, como as indústrias devem atender esses mercados e perspectivas futuras”, ministrada pelo consultor e diretor de marketing do Intelligence Group, Ari Bruno Lorandi. Segundo Lorandi, “nos últimos anos o setor moveleiro vem perdendo participação no bolo de dinheiro disponível para consumo”. Para ele, o setor precisa compre-ender melhor o novo consumidor e desenvolver produtos que atendam suas necessidades, tanto no quesito design quanto no uso. “A forma de uso dos móveis é estática e não interage com os anseios de quem adquire um novo produto,

Mercomóveis 2010 MERCOMÓVEISCom a feira pautada na

questão da sustentabili-dade, a inspiração da

Mesa Raiz surgiu deste conceito

Os empresários puderam se atualizar e trocar experiências de negócios

Arildo Jacóbus, do Sebrae-SC, com o vice-presidente da Mercomóveis, Anacleto Ortigara

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deixando a desejar no que diz respeito às necessidades do cliente”, ressalta. Para Lorandi, apesar de toda a tecnologia disponível, pouco tem sido aplicado no setor mobiliário.

Evento VerdeCom o slogan “Mercomóveis a caminho da sustenta-

bilidade”, a feira promoveu duas ações em prol do meio ambiente. As ações contemplaram a neutralização do car-bono emitido e o gerenciamento do destino adequado dos resíduos produzidos antes, durante e após a Mercomóveis. Cerca de 300 lixeiras de papelão foram distribuídas para o lixo reciclável que foi destinado à Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Chapecó (ACMARC). Só no perío-do de montagem da feira, foram recolhidos 2 containeres de papelão e cerca de 8 com outros resíduos. O lixo orgânico e sanitário foi encaminhado para o aterro sanitário.

Depois de contabilizado o volume de carbono emitido durante a realização da feira, árvores nativas serão plantadas no antigo lixão de Chapecó (SC). Os expositores também foram instruídos sobre a possibilidade de compensação ambiental pela presença de cada indústria na Mercomóveis. Neste caso, o número de árvores é defi nido por cálculo do espaço em metros quadrados ocupados pelo estande na feira.

COM A PALAVRALOJISTAS

“O evento foi muito bem feito e

a organização está fantástica.

Parabéns a toda equipe res-

ponsável pela Mercomóveis.

Além da variedade de móveis,

muitas novidades interessan-

tes. A feira é um sucesso!”.

Sérgio Luis Deitos, integran-te da Bell Móveis, de Hori-zontina (RS)

“Já estive em outras edições

da Mercomóveis e esta, sem

dúvidas, é a melhor de todas.

Cada vez mais expositores e

novidades podem ser confe-

ridos nos stands. Destaco o

perfi l das linhas disponíveis,

que vai da mais baixa até

as mais caras. É o mix de

produtos que me traz mais

uma vez à feira”.

Alexandre José da Silva, integrante da Lojas Unilar, de Florianópolis (SC)

“A Mercomóveis vem ao

encontro do que a Vitrine

precisa, pois expõe móveis

de alta qualidade, ótimo

acabamento e preço justo.

Fiquei surpreendido com

a qualidade desta edição.

Aproveito a oportunidade

para parabenizar a revista

Móveis de Valor pela centé-

sima edição. Trata-se de um

veículo de comunicação que

traz informação de qualida-

de e fornece subsídios aos leitores. É uma publicação que

afeta o dia-a-dia de quem atua no setor moveleiro”.

Iris Gelbcke, proprietário da Vitrine Móveis Eletro e Colchões, de Itaiópolis (SC)

O consultor do Intelligence Group, Ari Bruno Lorandi, no momento da sua palestra no evento Os Painéis

Os resíduos recicláveis gerados durante a feira serão destinados a ações sociais

Mercomóveis 2010 MERCOMÓVEIS

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Milena Carmen Baldissera, diretora da Imobal, de São Miguel do Oeste (SC), entre seu irmão e sócio, Airton Baldissera (à sua esquerda) e Fernando Raasch, gerente regional da Móveis de Valor

Equipe do departamento comercial da Poquema, com sede em Arapongas (PR)

Fernando Raasch, da Móveis de Valor, com os proprietários da Vitrine Móveis Eletro e Colchões, de Itaiopólis (SC), Íris Gelbcke e Elizane Bueno Gelbcke

Equipe da Verona, de Chapecó (SC)

Os representantes Jorge Luiz Vieira, Verardi Pellicioli, Rosane Zanella e Jederson Zanella, ao lado do gerente de vendas, Geraldo Pazda, da Rudnick, de São Bento do Sul (SC)

Ricardo Ferdinandi e Rob-son Fernando Bontchak, da equipe de vendas da Colibri Móveis do Brasil, de Arapongas (PR), em visita ao estande da Móveis de Valor

Equipe da Somopar Móveis e Estofados, de Arapongas (PR)

Equipe da Cristalfl ex, de Chapecó (SC), reunida no estande da empresa durante a Mercomóveis 2010

Soraia Henn, Leandro Cristófoli e Daiana Nardi, da Henn, de Mondaí (SC)

Mercomóveis 2010 MERCOMÓVEIS

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No segmento de planejados, a Imobal, com sede em São Miguel do Oeste (SC), surpreendeu com o lançamento de dois novos padrões: Teca e Montana. Os novos acabamentos estão dispo-níveis em todas as frentes de cozinhas e dormitórios e também em painéis lineares. Outro lançamento é o Terrarum, disponível em tamburato e painel, que pode ser aplicado como detalhe em gavetas articuladas e portas de correr de dormitórios. A pro-prietária da empresa, Milena Baldissera, destaca as mudanças que ocorreram este ano, quando a empresa passou a fabricar dormitórios, ampliando a linha e oferecendo uma gama ainda maior de produtos aos clientes. “Podemos dizer que a Imobal, a partir de agora, deixa de ser Cozinhas Projetadas e passa a ser chamada de Móveis Planejados”, comemora.

A Henn, de Mondaí (SC), fabricante de móveis para quarto, sala e escritório, apresentou entre as novidades que levou à feira, o dormitório Oliva. A linha, composta por seis produtos, apresenta a combinação com a textura Lino, padrão desen-volvido exclusivamente pela Henn. É formada por roupeiro, cama com criado acoplado, cômoda com cinco gavetas e ainda cabeceira. “Buscamos inovação e diferenciação nos nossos produtos, levando sempre algo novo aos consumidores”, afi rma o diretor geral da empresa, Bruno Henn.

A Serpil, de Pinhalzinho (SC), esteve na Mercomóveis 2010 com um estande muito bem montado e atrativo. Seguindo a tendência já adotada por outros fabricantes, a empresa acaba de incorporar ao design dos armários de dormitórios, espelhos nas portas. Fabricada em MDF, a Linha Life foi o destaque da empresa nesta edição da feira. O produto está disponível nas cores preto com branco, preto com castagno, castagno com branco, todo castagno e preto com teca. É formado por armário, cômoda, cama e criado. As medidas do roupeiro são 2250 milímetros de altura, 2400 milímetros de largura e 550 milímetros de profundidade. Em 2011, a empresa comemora 25 anos de atuação e promete mais novidades.

Divulgação/Imobal

Divulgação/Schattdecor

Divulgação/Squadroni

Um dos destaques da Rudnick, de São Bento do Sul (SC), é o Accustic Rudnick. Trata-se de um móvel com sistema de som integrado, inaugurando uma nova cate-goria: o eletromóvel. O produto apresenta uma potência de som de 600 Watts (150 RMS) e diversos recursos tec-nológicos, o que o classifi ca como um excelente sistema acústico para qualquer ambiente. Outro diferencial é o design moderno, sofi sticado e funcional, garantindo um novo conceito na hora de assistir TV. Possui amplifi cador 3 canais, três entradas de sinal, controles frontais e traseiro e alto falantes. Oferece também simplicidade ao ligar os equipamentos, com a fi ação não aparente, e duas gavetas com corrediças metálicas.

Div

ulg

ação

/Ru

dn

ick

Mercomóveis 2010 MERCOMÓVEIS

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A empresa paranaense, Somopar, trouxe novidades tanto na linha de produtos – estofados, racks, estantes e tubulares – quanto na estruura comercial da empresa. O grupo, que se encontra em expansão, dividiu seus representantes em duas regionais: Sul - Arapongas (PR) e Nordeste - Bonito (PE). Dessa forma, a empresa pretende fortalecer ainda mais o atendimento ao varejo. “Em função disso, buscamos um posicionamento de mercado. Nossa meta é participar de todas as feiras possíveis e estar nos principais veículos de comunicação”, afi rma o gerente comercial, Geraldo Scarcelli.

O estande da Daico, de Nova Erechim (SC), durante a Mercomóveis 2010, chamou a atenção pela variedade de produtos que apresentava. A ideia foi recriar um apar-tamento com todos os cômodos, onde o lojista pôde ter uma noção exata dos produtos montados. Os móveis do catálogo de planejados 2010 da empresa recriavam os ambientes de uma casa completa e atraíram muitos visitantes. O destaque fi ca por conta do Home Theater em MDF, disponível nas cores carvalho/branco, rovere bianco/rovere escuro, amêndoa, western e vintage.

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ação

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Divulgação/Daico

MERCOMÓVEIS

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Realizada de 24 a 27 de agosto, no pavilhão de Expo-sições de Carapina, em Serra (ES), a I ES Móvel Show reuniu cerca de 100 expositores de diversas regiões do Brasil, que apresentaram seus produtos com 200 lançamentos, entre dormitórios, racks, estantes, salas de jantar, cozinhas e áreas de serviços, além de colchões e eletrodomésticos, expostos em uma área de 14.200 m2.

Segundo Ademilse Gui-dini, presidente do Sindicato das Indústrias da Madeira e do Mobiliário de Linhares e Região Norte do Espírito Santo (Sindimol), a expectativa de negócios da ordem de R$ 68 milhões deve ser atingida no médio prazo. Segundo cálcu-los dos organizadores, cerca de 10 mil pessoas de todo o País entre lojistas, arquitetos, decoradores e demais profi s-sionais ligados ao setor move-leiro visitaram a feira.

Dos mais de 10 mil visitan-tes, 71% foram formados por um publico qualifi cado (lojis-tas, compradores, arquitetos, decoradores e demais profi s-sionais ligados ao setor). Na opinião de 98% dos exposito-

ES Móvel Show 2010 ES MÓVEL SHOWFeira atinge expectativas

A estreante ES Móvel Show agrada expositores e visitantes e amplia o leque de feiras regionais

res, a organização da feira foi ótima ou boa e a visitação dos estantes teve 92% entre ótimo e bom.

Feliz com o resultado do evento, o presidente do Sindi-mol, Ademilse Guidini, afi rma que a feira veio para fi car e se consolidar como um dos principais canais de divulgação dos móveis capixabas. “O balanço da feira foi muito positivo. To-dos se entusiasmaram com os resultados. Os representantes se surpreenderam com o grande número de clientes presente. Observamos que os lojistas prestigiaram. Tivemos a presença de representantes das principais redes nacional do varejo e de lojistas de todo país”, disse Guidini. Segundo ele, estiveram presentes na ES Móvel Show, lojistas de todo o Nordeste, Mi-nas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Os lojistas do Espírito Santo estiveram em peso mostrando que gostaram e apóiam o evento.

Diante do sucesso alcançado na primeira edição, Guidini afi rma: “A próxima ES Móvel Show será realizada em 2012 e vai contar com mais expositores e muitas novidades para atrair nossos clientes”.

Lançamentos Entre as empresas que fi zeram lançamos na ES Móvel

Show destaque para a Kiplac, de Ubá (MG), que aproveitou o evento para apresentar a Kiplac Bebê, composta por berço, roupeiro, cômoda e trocador.

Com nove anos atuando em todo o território nacional, a Kiplac Móveis projetou seus produtos de acordo com o de-terminado pelas normas da Associação Brasileira de Normas Técnica (ABNT) e testou todos os produtos no Laboratório de Ensaios em Madeira Móveis e Tintas do Senai, pertencente ao Sistema FIEMG (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais).

A executiva comercial da Móveis de Valor, Cyntia Giusti, com o presi-dente do Sindimol, Admilse Guidini

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Os berços são lixados e moldados para não haver quinas, as grades são móveis com sistema de trava de segurança, evi-tando acidentes. A pintura é feita com tinta não tóxica e para a matéria prima são usados, MDF e madeira. Os produtos são disponibilizados nas cores azul, rosa e branco. Os roupeiros variam de duas a quatro portas.

Para marcar a entrada no nicho de móveis infantis, adotou o slogan “Ame de Verdade”. O catálogo da linha foi todo de-senvolvido dentro do conceito “Amor de Mãe”, apresentando as diversas formas de amor que uma mãe pode manifestar ao seu fi lho.

“Amor Incondicional”, “Amor Perfeito”, “Amor sem Fim” e “Amor de Mãe”, são ambientes sugeridos pela empresa, para apresentar os berços, Bons Sonhos, Durma Bem, Carinhoso e Sonhador, além dos roupeiros e cômodas Ternura, Doçura, Fofura e Dedicação.

A campanha foi desenvolvida porque a Kiplac Móveis acredita que o “Amor de Mãe” começa no berço, independen-te se a manifestação de tal sentimento vem do pai, da mãe, de algum tio, avós ou de um responsável.

Para a empresa, o conforto da criança refl ete diretamente na tranquilidade dos pais. Portanto, os colaboradores, antes de iniciarem a produção da nova linha, passaram por um trei-namento e capacitação para fabricarem os produtos com toda atenção e amor que, até então, só os pais poderiam oferecer.

Tathiana Couto, diretora da Kiplac, e Cyntia Giusti durante a ES Móvel Show, comemorando o lançamentp da linha Kiplac Bebê

ES Móvel Show 2010 ES MÓVEL SHOW

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Por Meri Rocha, de Curitiba (PR)

Em 2011 serão realizadas feiras de móveis e fornecedores do Sul ao Nordeste do País, prepara-se!

Quem estréia o calendá-rio 2011 é a Abimad Verão, programada para acontecer de 16 a 19 de fevereiro, em São Paulo capital. A feira de alta decoração tem crescido a cada edição. Este ano, por exemplo, a Abimad registrou crescimento das vendas aci-ma de 20% em relação ao ano anterior. As expectativas para o próximo ano não são diferentes. Saindo da capital paulista, o visitante vai ao in-

terior do Paraná conferir as novidades na tradicional Movel-par – Feira de Móveis do Estado do Paraná, que acontece entre 14 e 18 de março, no Expoara – Centro de Eventos, em Arapongas (PR). A feira paranaense completa 14 anos em 2011, somando oito edições bienais realizadas em Arapongas, um dos mais importantes pólos moveleiros do País, que concentra mais de 500 empresas.

Um dos destaques da Movelpar é o Prêmio Design Mo-velpar, que chega a sua quinta edição e já está recebendo consultas e inscrições de profi ssionais e estudantes de todo o País para participação na próxima edição. Em 2011 o prêmio traz um novo desafi o aos participantes que é o de desenvolver móveis conceitos para uma moradia de 80 metros quadrados sob o tema “Desenvolvimento de pro-dutos para a classe C”. Cada apartamento terá de 12 a 20 itens de mobiliário distribuídos entre sala, quarto casal e solteiro, infantil, cozinha, home offi ce e decoração. As três categorias participantes – estudantes, profi ssionais e in-dustriais – terão seis apartamentos para mobiliar, sendo dois para cada categoria. As inscrições encerram em 31 de outubro. Além deste evento paralelo, a feira terá o tradicio-nal Projeto Comprador Internacional, que é uma rodada de negócios entre expositores do evento e lojistas e também o Projeto Loja Conceito, que irá apresentar, em um espaço diferenciado, aos visitantes do segmento varejista uma loja conceito do setor de móveis.

Feiras Nacionais

Jornada pelo Brasil

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93 MÓVEIS DE VALOR 101 • OUTUBRO 2010

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FornecedoresEm meio a inúmeras feiras de móveis, a agenda de 2011

tem confi rmada duas feiras de fornecedores direcionadas ao setor moveleiro. Trata-se da décima edição da gaúcha Fimma Brasil, programada para acontecer de 21 a 25 de março, no pólo moveleiro de Bento Gonçalves (RS). De acordo com Ju-arez José Piva, presidente da Fimma 2011, que completa 20 anos, “a história e a evolução da Fimma se confundem com o avanço do setor moveleiro não só de Bento Gonçalves, mas de todo o País. Uma série de diferenciais construídos no decorrer desses 20 anos permitiram a feira chegar à posição que hoje ocupa: um dos seis maiores encontros mundiais no segmento. Ao olharmos para o retrospecto da Fimma temos duas certezas – uma delas é que evoluímos muito, sempre em benefício do expositor, do visitante, do público que faz a feira acontecer. A outra, é que temos um vasto caminho pela frente, rico em oportunidades de fazermos ainda mais, e cada vez melhor, em prol do setor”. Na edição anterior, a feira teve a participação de 462 expositores nacionais e 185 internacionais.

No segundo semestre de 2011, de 13 a 16 de setembro, acontecerá a Femade – Feira Internacional da Indústria da Ma-deira, Móveis e Setor Florestal, no ExpoTrade, em Pinhais (PR), região metropolitana de Curitiba. Por conta de ajuste de calen-dário, a feira aconteceu em 2010 e acontecerá novamente no próximo ano. A Femade é uma realização da Abimaq- Associa-ção Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos e da Hannover Fairs Sulamérica Ltda, empresa do grupo Deustche Messe AG. A empresa alemã é a mesma que organiza a LIGNA Hannover – uma das principais feiras para a indústria fl orestal e madeireira do mundo. A Femade 2011 completa onze anos de existência.

NordesteEm 2011 o Nordeste será palco de duas feiras. A primei-

ra, é a consolidada Movexpo – Feira Nacional de Móveis para Região Nordeste, programada para acontecer entre 10 e 13 de maio, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olin-da, e que chega no próximo ano a sua quarta edição. Con-forme seus organizadores, a Movexpo surgiu para atender a crescente demanda do mercado nordestino, onde concentra um grande potencial de consumo de móveis. Sua localização é estratégica, pois Recife oferece facilidades de acesso para visitação de lojistas principalmente para as regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste.

A novidade para o próximo ano, será a primeira edição re-gional da feira de hotelaria e gastronomia Equipotel Nordeste, que acontecerá de 25 a 27 de maio, no Recife (PE). Segundo os organizadores, Recife foi a cidade escolhida para sediar o encontro, graças à posição estratégica nas regiões que o Gru-po Equipotel visa atingir. Esta decisão atende à demanda dos mercados do Nordeste e Norte. A feira será realizada no pavi-lhão de exposições do Cecon – Centro de Convenções de Per-nambuco, que possui 23 mil metros quadrados. “Queremos

proporcionar acesso aos empresários de hotelaria e gastro-nomia do Nordeste e Norte. Temos este projeto há anos, mas por respeito à grandeza da marca Equipotel tivemos a decisão consciente de defi nir a realização do evento num momento em que estas regiões estivessem economicamente consolida-das em termos de investimentos, indústrias, crescimento.”, destaca a diretora-superintendente do grupo Equipotel, Katia Castro.

Mais feirasAinda no mês de maio vale destacar a Móvel Brasil – Fei-

ra de Móveis e Decoração, que será realizada de 17 a 20, no pólo moveleiro de São Bento do Sul (SC), no Centro de Even-tos da Promosul. No próximo dia 30 de setembro deste ano, em São Bento do Sul, será feito o lançamento ofi cial da Móvel Brasil 2011. Com foco voltado ao mercado interno, a Móvel Brasil mostrará toda a capacidade do setor e produtos dife-renciados, com design contemporâneo e visão ambiental. A edição 2011 da feira deverá reunir mais de 150 expositores, distribuídos em 7,7 mil metros quadrados. “As empresas es-tão investindo forte em design, tecnologia, estrutura comer-cial e ações mercadológicas para ganhar maior relevância no mercado brasileiro”, destaca o presidente da Móvel Brasil, Márcio Froehner. Em junho acontecerá pela primeira vez a Expo Rio Móbile, de 14 a 17, no Rio Centro, zona oeste do Rio de Janeiro (RJ). De acordo com os organizadores, é a primeira feira de grande porte volta-da para o setor de móveis e alta decoração realizada no Rio de Janeiro. Ela terá móveis residenciais e profi ssionais.

Chegando em julho, o segmento de alta decoração terá a Abimad Inverno, planejada para 27 a 30, em São Paulo capi-tal. No mês seguinte, é a vez da Casa Brasil, de 2 a 6 de agos-to, no Parque de Eventos, em Bento Gonçalves (RS). A Casa Brasil destaca em suas edições atenção à cultura do design e à cultura material desse tempo, em uma visão mais ampla. Conforme seus organizadores, “as mostras apresentam des-de sua primeira edição se constituem em um prazer para o olhar e em um aprofundamento histórico. Em 2009 as mos-tras foram “O Brasil na África”, “Cultura Popular Brasileira” e “Museu da Cadeira” na Coleção Richard Valansi.

Márcio Froehner: “Empresas catarinenses estão investindo para ganhar mercado local”

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95 MÓVEIS DE VALOR 101 • OUTUBRO 2010

Movergs pode assumir Salão Abimóvel

Feiras Nacionais

A segunda edição do Salão Abimóvel está programado para acontecer entre os dias 9 e 12 de agosto de 2011 no Anhembi, em São Paulo. O que ainda não está certo é quem realizará o even-to. As últimas notícias indicam a Movergs

como a entidade mais cotada para a realização, já que no dia 8 de setembro os associados da Associação das Indús-trias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul estiveram reunidos, na sede da entidade, para tratar da realização do Salão Abimóvel, uma promoção atual da Associação Bra-sileira da Indústria do Mobiliário - Abimóvel. No encontro, foi aprovado, por unanimidade, primeiro item do edital: “assumir e realizar ou não a feira”. Contudo, os associados determinaram que a efetivação do primeiro item do edital está atrelada ao segundo: “analisar a viabilidade fi nancei-

ra e suas conseqüências jurídicas de realizá-la”. Assim, fi -cou decidido pela assembléia geral extraordinária que há interesse da Movergs em assumir a organização do even-to. No entanto, essa decisão dependerá do resultado da avaliação que a equipe jurídica e contábil da entidade fará no sentido de verifi car a viabilidade fi nanceira e jurídica desta realização. Esse estudo terá início ainda no mês de setembro. Concluída a análise, a Movergs convocará uma nova assembléia, na qual será apresentado o estudo ju-rídico-fi nanceiro.O presidente da Abimóvel, José Luiz Diaz Fernandez, em entrevista à Revista Móveis de Valor en-fatiza que essa possibilidade contribuíria para uma união maior entre os pólos moveleiros. “Resultaria no engrande-cimento do setor”, ressalta. Segundo ele, a Movergs tem toda a bagagem para realizar a próxima edição do Salão tendo em vista a realização da Movelsul e Fimma. “Temos muitos parceiros que com certeza contribuirão para a orga-nização do Salão Abimóvel, mas por enquanto não temos nada defi nido. A defi nição de quem fará a comercialização, montagem, organização, entre outras ações, teremos em breve”, enfatizou.

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NACIONAIS 2011

16/02 a 19/02

ABIMAD VERÃO Local: São Paulo (SP) www.abimad.com.br

14/03 a 18/03

MOVELPAR Local: Arapongas (PR) www.movelpar.com.br

21/03 a 25/03

FIMMA BRASIL Local: Bento Gonçalves (RS)www.fi mma.com.br

10/05 a 13/05

MOVEXPOLocal: Recife (PE)www.movexpo.com.br

17/05 a 20/05

MOVEL BRASIL Local: São Bento do Sul (SC)www.movelbrasil.com.br

25/05 a 27/05

EQUIPOTEL NORDESTELocal: Recife (PE)www.novaequipotel.com.br

14/06 a 17/06

EXPO RIO MÓBILERio de Janeiro (RJ) www.exporiomobile.com.br

27/07 a 30/07

ABIMAD INVERNO Local: São Paulo (SP) www.abimad.com.br

02/08 a 06/08

CASA BRASILLocal: Bento Gonçalves (RS) www.casabrasil.com.br

Calendário feiras

INTERNACIONAIS 2010

16/09 a 19/09

ZOW TURQUIALocal: Istanbul (Turquia)www.zow.com.tr/tr

28/09 a 30/09

ZOW ESPANHALocal: Madri (Espanha)www.zow.es/es

13/10 a 16/10

ZOW ITÁLIALocal: Veronawww.zow.it/it

08/11 a 11/11

INDEX DUBAILocal: Dubai (Emirados Árabes)www.indexexhibition.com

18/01 a 23/01

IMM COLOGNELocal: Colonia (Alemanha) www.imm-cologne.com

14/02 a 17/02

ZOW ALEMANHA Local: Bad Salzufl en (Alemanha)www.zow.de

27/03 a 30/03

CIFFLocal: Guangzhou (China)www.ciff-gz.com

03/04 a 07/04

HIGH POINT MARKETLocal: Carolina do Norte (EUA)www.ihfc.com

12/04 a 17/04

ISALONI Local: Milão (Itália) www.isaloni.it

INTERNACIONAIS 2011

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97 MÓVEIS DE VALOR 101 • OUTUBRO 2010

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O Regulamento de Avalia-ção de Conformidade (RAC) para berços está sendo ela-borado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) e ainda em setembro deve ser disponibilizado para consulta pública por um período de 60 dias. Após a consulta e aprova-ção do documento, o Inmetro vai publicar a portaria que regu-lamentará a certifi cação do pro-duto. O RAC de berços infantis estabelecerá os requisitos mí-nimos de desempenho no que diz respeito à segurança, resis-tência e durabilidade do produ-to. De acordo com Ivo Cansan, presidente da Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Mover-gs), que faz parte da comissão técnica, o principal ponto em discussão é a segurança dos bebês. “A partir daí entra a qualidade das matérias-primas e os testes junto aos órgãos credenciados. Assim, podere-mos ter a certeza que todos

Certifi cação compulsória

Indústria

Em breve o processo de certificação para berço será obrigatório para todas as empresas do segmento

Por Meri Rocha, de Curitiba (PR)

terão as mesmas solu-ções para a produção. A maior discussão é a questão das distâncias entre as grades e da resistência dos mate-riais utilizados”, conta. Na opinião do empre-sário, “a certifi cação compulsória dos ber-ços vai ajudar a acertar o mercado de forma que, a partir deste processo, as empresas passem a competir por igual, tendo as mes-mas oportunidades dentro de um idêntico contexto de competição. O de-safi o passará a ser a capacidade de criação para po-der diferenciar os produtos concorrentes”. Segundo ele, a maior preocupação dos fabricantes é o custo, já que todos visualizam aumento dos preços. “Por outro lado, muitos empresários percebem a grande oportu-nidade de poder comercializar produtos com selo de garantia, satisfazendo, assim, os consumidores”.

FabricantesMesmo antes da publicação do regulamento, A Ki-

plac, localizada no pólo moveleiro de Ubá (MG), desen-volveu sua primeira linha infantil, Kiplac Bebê, lançada em agosto, de acordo com o determinado pelas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e testou todos os produtos no Laboratório de Ensaios em Madeira Móveis e Tintas do Senai (MG). Conforme Tha-tiana Couto, gerente de marketing da empresa, os ber-ços são lixados e moldados para não haver quinas, as grades são móveis com sistema de trava de segurança, têm medidas adequadas para o estrado. A pintura é fei-ta com tinta não tóxica e para a matéria prima são usa-dos MDF e madeira. “A certifi cação trará garantias ao consumidor, certeza de que o móvel é seguro. Para nós da Kiplac só vem somar”, avalia. Vale ressaltar ainda que os colaboradores da empresa, antes de iniciarem a produção da nova linha, passaram por treinamento e capacitação para fabricarem os produtos.

Para Euclides Longhi, diretor comercial da Multimó-veis, localizada no pólo moveleiro de Bento Gonçalves

Ivo Cansan, da Movergs: “a maior discussão é sobre as distâncias entre as grades e a resistência dos materiais utilizados”

Euclides Longhi, da Multi-móveis: “o processo está ocorrendo de maneira rápida e profi ssional”

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(RS), a certifi cação compulsória será um desafi o a todas as empresas do seg-mento. “Hoje em dia qualquer empresa moveleira pode fabricar berços, desde que estes estejam nas normas da ABNT. Com a nova certifi cação somente as empresas especializadas terão oportunidade de fabricar esses berços com tais especifi cações e segurança”. O principal impacto no varejo, em sua análise, será na mudança de valores, já que o mercado não exigirá mais somente preço, mas sim segurança e qualidade nos produtos. “O mercado hoje possui uma infi nidade de berços, cada um com especifi cações diferentes e fabricados com os mais diversos materiais. Hoje existem empresas profi ssionais, que utilizam excelentes matérias primas e mão de obra especializada disputando espaço de mercado com empresas que não visam à segurança e qualidade dos produtos. Com a normatização, estas empresas ou se adaptam ou estarão fora do mer-cado”, enfatiza.

De acordo com ele, a Multimóveis sempre se preocupou em cumprir as normas. “Hoje, a Multimóveis já está se adaptando as novas normas”. Longhi informa que pessoas da empresa estão ligadas a esse processo, acompanhan-do de perto essa certifi cação. “O processo está ocorrendo de maneira rápida, profi ssional e auxiliando as empresas nessa adequação”.

Certifi caçãoOs processos de certifi cação de berços deverão ser realizados por Or-

ganismos Certifi cadores de Produto (OCP´s) acreditados junto ao Inmetro. Conforme Luana Bombassaro, coordenadora do Senai-RS Certifi cação, da Divisão Mobiliário (Dimob), as empresas fabricantes de berços que dese-jam continuar comercializando o produto devem se preocupar em agilizar o processo de certifi cação assim que a portaria for publicada. “O processo de certifi cação requer certo tempo, pois demanda a avaliação de documen-tação, do sistema de gestão da empresa, e do produto através de ensaios”, ressalta. Ela explica que o Senai-RS Certifi cação é um Organismo Certifi -cador de Produtos que atuará na certifi cação de berços. Segundo Luana, quando acontecer a publicação do RAC para consulta pública será organi-zado um evento convidando os fabricantes de berços para apresentação do RAC e orientações de como proceder ao envio de sugestões.

Conforme a coordenadora, não há uma data defi nida para publicação da portaria, porém o Inmetro está trabalhando para que nos próximos dias disponibilize o RAC de berços para consulta pública. “Após a consulta pú-blica, a entidade aprova o documento e emite uma portaria que formaliza a obrigatoriedade do cumprimento das regras estabelecidas. Na portaria constam os prazos para adequação dos produtos por parte da indústria e do comércio”, detalha.

Testes feitos em berço da Kiplac no Laboratório de Ensaios em Madeira Móveis e Tintas do Senai (MG)

Luana Bombassaro, do Senai-RS: “o processo de certifi ca-ção requer certo tempo”

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APO

IO:

Por Meri Rocha, de Curitiba (PR)

Sustentabilidade

O cliente é quem manda

Pesquisa revela que clientes têm feito empresários alterarem produtos e processos de produção em prol da sustentabilidade Especialistas afi rmam

que essa interferência só tende a crescer. De acor-do com a pesquisa “A Cadeia da Sustentabili-dade”, um estudo sobre visões e práticas que impactam o futuro do planeta, reali-zado pela Deloitte em diversos segmentos, inclusive o va-rejo, 40% dessas empresas já alteraram produtos e proces-sos de produção por pressão de clientes e consumidores e passaram a exigir o mesmo de seus fornecedores. Além

CONHEÇA O CONCEITO GREENHOME

Um exemplo de sustentabi-lidade no setor de móveis que merece destaque é o da indústria catarinense Ar-tefama, localizada no pólo moveleiro de São Bento do Sul. Lançado no primeiro semestre deste ano, trata-se do selo GreenHome, um

conceito que vincula ações sustentáveis ao processo produtivo. De acordo Angelo Luiz Duvoisin, arquiteto e gerente comercial da empresa, “na Artefama a escolha ambiental está sempre vinculada à utilização de mate-riais e tecnologias naturais”. Segundo ele, as madeiras são provenientes de fl orestas sustentáveis e os trata-mentos e acabamentos não são nocivos à saúde. O pro-cesso produtivo da empresa, conforme o arquiteto, está de acordo com as leis do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e do Fatma (Fundação do Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina). “Enfi m, é o que chamamos de produ-ção limpa. São este os princípios em que baseamos a fi losofi a de preservação do meio ambiente e da saúde

das pessoas. Por isso, antes de comprar um móvel de madeira, certifi que-se de que não seja feito com maté-ria-prima sem garantia de procedência”, enfatiza. Du-voisin diz que o retorno do mercado está sendo muito positivo. “É impressionante como os vendedores estão entusiasmados em transmitir informações de um pro-duto ecológico aos clientes”. E o mais relevante, des-taca o gerente comercial, é que não se trata apenas de matéria-prima sustentável, mas de todo o processo.

Marcelo Vianna, da Deloitte: “A sustentabilidade tem

passado a fazer parte dos negócios das empresas”

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dessa conclusão, a pesquisa mostra que o atual cenário econômico não impactou negativamente as decisões de in-vestimento da maior parte da empresas em relação às suas ações de sustentabilidade; de que há espaço para as em-presas explorarem, neste momento, os hábitos do consu-midor e ganharem market share, além de fi delizá-los; e que as práticas de reciclagem e preservação do meio ambiente vêm ao encontro de uma busca natural das empresas neste momento: a redução de custos.

Como prova de que as empresas estão adotando cada vez mais práticas relacionadas à sustentabilidade, o estu-do revela que 78% dos entrevistados adotam ações sus-tentáveis, 18% não desenvolvem nenhuma ação, mas pre-tendem adotar, e apenas 4% não realizam nenhuma ação nesse sentido e não planejam realizar. A pesquisa ainda mostra que o impacto da adoção de medidas sustentáveis sobre as atividades da empresa é forte. Segundo os empresários entrevistados, em grau de impor-tância, os principais impactos podem ser observados na imagem da companhia, conquista de mercado, produtividade, parcerias estratégicas, competitivi-dade, atratividade perante inves-tidores, escolha de fornecedores, taxas de crescimento e crédito com condições especiais.

AnáliseDe acordo com Marcelo Vianna,

sócio da Deloitte para área de Serviços em Sustentabilidade e Responsabilidade

Principais medidas ou políticas que os consumidores consideram mais importantes segundo as empresas

Preservação do meio ambiente 97%

Reciclagem 94%

Uso de energias renováveis 83%

Respeito aos direitos humanos 75%

Programas de efi ciência energética 74%

Proteção à saúde humana 73%

Gerenciamento de resíduos 73%

Tratamento de água e saneamento básico 64%

Respeito aos direitos dos consumidores 63%

Informação e educação 63%

Mudanças nos padrões de consumo 57%

Fonte: Pesquisa “A Cadeia da Sustentabilidade”

O que as empresas estão fazendo na prática

Racionalização do uso de recursos naturais

Programas de responsabilidade social para funcionários

Programas de gerenciamento de resíduos

Programas de responsabilidade social para comunidade

Diagnósticos de riscos ambientais e sociais

Programas de efi ciência energética

Investimento em tecnologias limpas

Otimização da cadeia de suprimentos

Parcerias com empresas privadas, ONGs ou Governo

Pesquisa e desenvolvimento ligados a sustentabilidade

Adequação à certifi cação ISO 14001

Auditoria dos relatórios de sustentabilidade

Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – MDL

Investimentos em fundos de desenvolvimento ambientalFonte: Pesquisa “A Cadeia da Sustentabilidade”

Social Corporativa, os principais avanços observados nesta pes-quisa e também em outros levan-

tamentos e análises mais recentes, é que a conscientização ambiental

e de sustentabilidade, tanto do con-sumidor como do setor empresarial, tem

aumentado signifi cativamente. “A sustentabi-lidade tem passado a fazer parte dos negócios das empresas. Elas estão orientadas em aten-der a legislação ambiental vigente, a desenvol-ver programas de reciclagem e reutilização de resíduos e produtos, como também ouvir as preocupações dos clientes e consumidores com relação a esses aspectos”. Ele salienta que as questões que ainda necessitam melhorar estão relacionadas a programas de conscientização e educação dos consumidores; melhoria nos pa-drões de consumo sustentável; melhoria da efi -ciência do uso e consumo de energia e água nos processos de fabricação e consumo, entre ou-tras. Conforme Marcelo Viana, é possível obser-var avanços por meio dos programas de susten-tabilidade de grandes redes de supermercados; nas linhas de produtos e serviços de empresas de cosméticos e limpeza, nas atividades das mi-neradoras e empresas de manufatura, energia, óleo e gás.

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Dia 14 de setembro, a Schattdecor do Brasil promo-veu na fábrica em São José dos Pinhais (PR), um workshop para apresentação dos novos produtos aos principais for-necedores e fabricantes da indústria moveleira do Brasil. Os três produtos destacadas são: "Smart Foil", papel pré-impregnado, "Eco Foil", papel de baixa gramatura, e o "Post Foil", papel decorativo. Textura e efeitos em três dimensões são os destaques dos revesti-mentos. A proposta está em-

Inovação e Design 360o

Este foi o tema central do evento da Schattdecor do Brasil em comemoração aos 25 anos do grupo no mundo e aos 10 anos no País

Design

basada na tendência europeia do consumidor poder ver, tocar e sentir o mobiliário. As palavras em inglês"see, touch, feel" formam o slogan da linha.

Segundo Flávio Nunes, diretor-executivo da Schattdecor do Brasil, a proposta da empresa é ajudar o mercado move-leiro do Brasil a ser mais moderno e contribuir para uma for-mação futura, com design inovador para os consumidores de todas as classes.

Para Claudia Küchen, chefe de Design do Grupo Schattde-cor, que junto com Peter Weidenschlager, gerente de contas da indústria responsável pelo Grupo Ikea, e Zuzanna Skalska, trendwatcher da empresa VanBerlo, da Holanda, foram os pa-lestrantes, a natureza é a principal infl uência das criações da empresa, buscando simplicidade e leveza. "É muito importan-te hoje em dia sentir e tocar, além de ver. O consumidor quer se sentir bem. E a natureza estimula os sentidos", ressaltou.

A trendwatcher Suzanna Skalska, apontou tendências que estão em alta e podem ser aplicadas no mobiliário. Entre elas o “design dos gêneros”, que é focado em desenvolver produ-tos considerando as especifi cidades de cada sexo. Já Peter Weidenschlager espera que o Brasil, a exemplo da Europa, passe a consumir mais produto com acabamento foil.

Novas coleções As coleções da Schattdecor para 2010/2011 estão divi-

didas em "For All", "For Us" e "For Me" e apresentam padrões de revestimentos para diferentes situações, para diferentes sentimentos e emoções, cada uma trabalha o bem-estar in-dividual e coletivo de formas diferenciadas. A coleção “For All” é marcada principalmente pelos revestimentos de to-nalidade branca, voltado para criação de um ambiente co-letivo, com amigos e família. A segunda, “For Us”, destaca o ambiente para relaxamento e recolhimento, mas também com amigos e família. A cor bege é o destaque desta cole-ção. Por último, a “For Me”, que destaca ambientes calmos, individuais e de relaxamento. As cores mais escuras são os destaques dos padrões.

Cerca de 120 convidados assistiram as palestras na Schattdecor

Durante o evento também foi inaugurado o novo show room da Schattdecor, que tem como inovação a mostra dos acabamentos apli-cados em produtos

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Observatório da Indústria

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A catarinense Serpil, que atua no segmento de móveis e estofados de alta linha, se destaca no oeste do estado

Uma empresa consolidada

EMPRESA:

Serpil Móveis LTDA

FUNDAÇÃO

1987

LOCALIZAÇÃO:

Pinhalzinho (SC)

ÁREA:

Área construída: 14.500m²

FUNCIONÁRIOS:

240

PRODUTOS:

Estofados, móveis (madeira e chapas), espumas industriais,

colchões e seus derivados

Fundada em 1987, em Pi-nhalzinho (SC), a Serpil iniciou suas atividades fabricando es-tofados a partir do reaproveita-mento da madeira não utilizada pela serraria do mesmo grupo. Com o passar dos anos, o bar-racão que antes tinha 250m², não comportou o aumento da produção e foi transferido para outro maior, o que acarretou no aumento da produtividade e levou a empresa a atuar em outros segmentos. Atualmente, a Serpil fabrica, além de estofa-dos, móveis (madeira e chapas), espumas industriais, colchões e seus derivados, o que tem con-solidado o nome da empresa no Brasil e no exterior.

Outro fator marcante para a evolução do grupo está no seu quadro de funcionários bem treinados, que junto aos clientes, fortalecem as ações empresariais da Serpil. É uma empresa familiar, administra-da pela família Schmitz, e com uma estrutura organizacional composta por diretor, gerentes administrativos, comercial, fi -nanceiro e a linha de produção. Com uma frota de caminhões própria, a Serpil é responsá-vel por aproximadamente 70% das entregas de seus produtos, o que impulsiona a empresa a buscar cada vez mais exce-

lência e crescimento. Além do acompanhamento de consultorias externas nas áreas administrativas e de produção, bem como o constante treinamento de seus líderes, gerentes e demais colaboradores, o grupo re-aliza investimentos em tecnologias (máquinas e equi-pamentos), visando mais competitividade e satisfação dos clientes, assim como melhores condições de tra-balho a seus funcionários.

Pensando nisso, a Serpil acaba de criar o “Projeto Criar Serpil”, com o objetivo de incentivar o potencial criativo de seus colaboradores, buscando melhorias no processo produtivo, na qualidade do ambiente de trabalho, na segurança, na redução de custos e outros aspectos organizacionais. O projeto busca incentivar o colaborador a expor suas ideias, assim como abre espaço para sugestões em favor da melhoria da em-presa.

Mercomóveis 2010A Serpil foi destaque da 7ª edição da Mercomó-

veis, feira de móveis de Chapecó, que aconteceu de 23 a 27 de agosto. A empresa apresentou diversos lança-mentos e novidades, além de ter chamado a atenção pelo bonito estande. O gerente comercial, Claudio Pas-torini, ressalta que os resultados pós-feira são visíveis e a Mercomóveis não sairá do calendário de eventos da empresa tão cedo. “A feira é estratégica para a re-gião”, acrescenta. Pastorini, que espera estreitar laços comerciais com empresas do Norte e Nordeste, já que as regiões Sul e Sudeste são clientes antigos. Outro objetivo é apresentar aos visitantes os lançamentos do segundo semestre: nova linha de estofados e ar-mários; colchões com inovação no sistema de molejo, além da nova modelagem e a linha de móveis rústicos que, segundo Pastorini, é uma tendência que crescerá muito até o fi nal do ano.

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Panorama da Indústria

HÄFELE BUSCA FORNECEDORESA Häfele, multi-nacional alemã especializada na

fabricação de ferragens, está em busca de fornecedores de aço e alumínio para a nova fábrica que será instalada em Curitiba (PR), ano que vem. O presidente da empresa no Brasil, Tomas Drunkenmölle, afi rma que as negociações estão abertas. Segundo ele, a matéria-prima vai viabilizar a produção da planta que deverá atender 30% da produção local para fornecimento a empresas que já são clientes da Häfele, como a Etna, Dell Ano, Todeschini, Kitchens, SCA, Ornare e Florense, entre outras. O restante, 70% dos pedi-dos, continuarão sendo importados da Alemanha. Quando estiver funcionando com sua plena capacidade, a expecta-tiva é que a produção local responda por 50% dos produ-tos da Häfele comercializados no país.

MUDANÇAS NA ITATIAIA Recentemente, o executivo Beto Rigoni (foto) deixou a di-retoria de Móveis e Eletroportá-teis do Ponto Frio para assumir o cargo de diretor-executivo da Itatiaia Móveis. Pela primeira vez, o nome da empresa mi-neira apareceu entre as 1000 maiores do País, segundo o guia produzido pela revista Exame. Na posição 761º, a Ita-tiaia Móveis registrou um crescimento de 12,7% em 2009.

CONFIANÇA ELEVADA A confi ança do empresário industrial permanece praticamen-te inalterada em agosto: crescimento de 0,6 pontos na com-paração com julho. O ICEI alcança 64,0 pontos, valor inferior a todo o primeiro semestre de 2010, mas superior ao regis-trado antes da crise econômica de 2008/2009. Possivelmen-

te, a estabilidade do indicador refl ete o crescimento econômico mais moderado após a intensa atividade econômica do início de 2010. O setor moveleiro, um dos 26 pesquisados pela Confe-deração Nacional da Indústria, aumentou um pouco mais sua confi ança que em julho estava em 63,1 e agora subiu para 63,2 pontos. Mas ainda está 0,8 pon-tos abaixo da média industrial.

CRESCE COMÉRCIO DE MÓVEIS ENTRE BRASIL E ARGENTINA

O crescimento de 60% no co-mércio bilateral entre Brasil e Argentina nos sete primeiros meses de 2010 foi destacado pelo secretário de Comércio Exterior do Ministério do De-senvolvimento (MDIC), Wel-ber Barral, como uma das consequências diretas do me-lhor entrosamento entre os governos dos dois países, após um período conturbado durante a crise. Após participar da abertura do seminário “Integração Produtiva no Mercosul: construindo uma agenda positiva para o Mercosul”, do qual participam autoridades dos quatro países do bloco, o secretário destacou que as iniciativas de integração produ-tiva entre os dois maiores parceiros do Mercosul já come-çam a funcionar nos setores automobilístico e moveleiro. No caso específi co do setor moveleiro, destacou os países têm avançado na padronização de matérias-primas com garantias de fornecimento, além da simplifi cação de lau-dos. As exportações de móveis para a Argentina cresceram 85,6% nos primeiros sete meses deste ano em relação a igual período do ano passando, subindo de US$ 29,7 mi-lhões para 55,1 milhões de dólares.

STAR PLAST EM EXPANSÃOEspecializada na fabricação de puxadores e peças técnicas para móveis, a Star Plast, com sede em Arapongas (PR) , acaba de anun-ciar uma novidade com relação ao quadro de funcionários. Em seus 20 anos de atuação no segmento, a empresa terá pela primeira vez a fi gura do gerente comercial, possi-bilitando ao proprietário, Wanderley Vaz de Lima, até então responsável por exercer a função, mais tranquilidade para lidar com os de-mais compromissos empresariais que possui. O nome do recém contratado é Cleudemir Dantas, que já conhecia o trabalho da Star Plast por trabalhar em uma agência prestadora de serviços como consultor de marketing. Cleudemir atendia diversas empresas da região, inclusive a Star Plast. “Com uma expe-riência de dez anos no setor moveleiro, trago todo meu conhecimento para enfrentar este novo desa-fi o”, enfatiza o novo gerente comercial.

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PRÊMIO DESIGN MOVELPAR

A 5ª edição do Prêmio Design Movelpar – feira que será realizada de 14 a 18 de março de 2011 no Expoara, em Arapongas (PR) - já está recebendo consultas e inscrições de profi ssionais e estudantes de todo o país. Neste ano, o Prêmio traz um novo desafi o aos participantes que é o de desenvolver móveis conceitos para uma moradia de 80 metros quadrados sob o tema “Desenvolvimento de pro-dutos para a classe C”. As três categorias participantes - estudantes, profi ssionais e industriais - terão seis apar-tamentos para serem mobiliados, sendo dois para cada categoria. As inscrições vão até 31 de outubro de 2010 e deve ser feitas por meio de formulário disponível no site www.movelpar.com.br/premiodesign. Os projetos selecio-nados para a segunda etapa serão divulgados no dia 20 de novembro de 2010 no site do Prêmio.

ADOÇÃO DO PONTO ELETRÔNICO TEM PRAZO AMPLIADO

O Ministério do Trabalho e Emprego publicou no dia 19 de agosto, no Diário Ofi cial da União, a portaria 1.987 que amplia para o dia 1º de março de 2011 o prazo para as empresas se adaptarem a nova regulamenta-ção do Registro de Ponto Eletrônico. A data inicial de vigência estava prevista para o fi nal do mês passado, mas estudo da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) mostrou que poderia haver falta de equipamen-tos necessários para atender à nova regulamentação. A nova portaria modifi ca apenas a data de entrada em vigência, que seria no dia 26 de agosto, para o dia 1º de março. O novo equipamento de ponto eletrônico terá que imprimir um comprovante ao trabalhador toda vez que houver registro de entrada e saída, possi-bilitando, desta forma, maior controle do trabalhador no fi nal do mês sobre suas horas trabalhadas.

NATAL AUMENTA PRODUÇÃO MOVELEIRAA indústria e lojistas devem estar an-siosos com a chegada do Natal, pois a expectativa de vendas é excelente. O setor moveleiro não poderia fi car de fora, pois o fi m de ano é a época preferida pelos consumidores para a renovação da casa. Itens como sofá, mesa, armários da cozinha e até dos quartos, são adquiridos neste perío-do. Em 2008, as vendas já foram boas,

mas a meta é vender 20% a mais neste ano. De acordo com o gerente da Eletrocity, Denílson Queiroz, no mês de setembro, eles já começaram a trabalhar com carga máxima para aten-der a toda a demanda do mercado no fi nal do ano. Em junho e julho, as fábricas de móveis localizadas em Linhares (ES) já fi zeram contratações para aumentar a produção.

NOVO CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO DA MASISAA Masisa, empresa especializada na fabricação de painéis de madeira para móveis e arquitetura de interiores, acaba de inaugurar um novo Centro de Distribuição. Localiza-do em Londrina (PR), o novo CD traz vantagens logísticas principalmente aos fabricantes de móveis de Arapongas e região. A nova estrutura conta com uma área de 5.000m2 e permitirá à Masisa maior agilidade na entrega de seu mais novo produto, o MDPremium, às empresas do prin-cipal polo moveleiro do Estado. A expectativa da Masisa é de que o transporte dos painéis da fábrica, no Rio Grande do Sul, até o CD, seja feita 100% pelo modal ferroviário. A utilização do modal ferroviário é uma prioridade da Masisa desde a entrada em operação de sua primeira fábrica no Brasil, em abril de 2001. O novo CD da Masisa em Londrina iguala-se, em tamanho, ao inaugurado em 2006 em Ba-rueri, na grande São Paulo, e complementa uma estrutura logística que inclui também os centros de distribuição que a empresa opera em suas duas fábricas, em Ponta Grossa (PR) e Montenegro.

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Lançamentos e Novidades

A grande novidade da DJ Móveis, de Arapongas (PR), é o padrão Vulkano OAK, modelo que segue as tendências dos principais centros de design do mundo. Com tons acin-zentados e veios bem marcantes, o padrão Vulkano OAK destaca-se pela intensidade do brilho e pela sensação vi-sual que proporciona. O novo padrão está disponível nos produtos: Home Theater Cinema (foto), Rack Quaddro, Rack Alúminum e Rack Flash.

A Tuboarte, de Jaguaribe (CE), que desde 1993 fabrica copas tubulares, apresenta a Copa Veneza, produto que foi desta-que na Top Móvel, feira que aconteceu em Fortaleza (CE), no mês de maio. O produto vem fazendo sucesso por apresentar maior durabilidade, melhor acabamento e um design inova-dor, sendo referência no mercado moveleiro. Considerado o principal lançamento da Tuboarte, o conjunto em corino fl oral (foto) é o líder de vendas da empresa. Os tubos podem ser na cor branca ou bege, e ainda há a opção de escolher as co-res do tecido, disponível em azul, verde, laranja e branco. Os tampos são em MDF, nas cores maple, verde, laranja e branco, além de duas opções de tampos em pedra: mármore e grani-to. O acabamento é alto brilho.

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VERA LÚCIA

Assista ao programa “De Bem com a Vida”, com Vera Lúcia, na MVTV todas às quintas-feiras: www.moveisdevalor.com.br

Mensagem final

O Valor da Conversa

Cantora e compositora, criou uma ampla obra de mensagens e músicas antiestresse

[email protected]

As portas se abrem quando nos tornamos agradáveis aos outros, quando cultivamos a boa conversa, quando temos em nosso caráter, características de altruísmo e polidez. Quem ouve o cliente, vende mais. Uma loja de departamentos bati-zou o sábado de Dia do Bate-Papo. A proposta era simples: os vendedores seriam incentivados a conversar com o máximo de clientes possível. O resultado foi um aumento de 9% nas vendas. Vemos que a amabilidade favorece não só o sucesso de vendas.

Quem conheceu Theodore Roosevelt, o presidente ameri-cano, se admirava com sua habilidade para conversar.

Fosse um vaqueiro, domador de cavalos, político ou di-plomata, Roosevelt antes de algum encontro, se informava sobre o assunto que sabia interessar particularmente aquela pessoa. Ele sabia que a estrada para o coração de um homem é lhe falar sobre as coisas que ele mais estima.

O grande empresário Adriano Rens, conta que depois de três anos do falecimento de seu pai, sua mãe informou que no próximo domingo iria apresentar ao fi lho, seu namorado. Adriano então com sete anos de idade, ao ouvir isso, correu para seu quarto gritando que jamais alguém tomaria o lugar de seu pai. Sua mãe foi ao seu encontro com um abraço carinhoso e afi rmou que ninguém jamais tomaria o lugar de seu pai.

Adriano narra a seguinte experiência: -“Na noite de domingo, eu estava na casa de minha tia com minha mãe quando chegou um homem que, depois de uma polida troca de gentilezas, concentrou sua atenção em mim.

Naquele tempo, eu andava muito entusiasmado com bar-cos e o visitante discutiu o assunto de tal modo que me deu a impressão de estar particularmente interessado no mesmo.

Depois que ele saiu, falei vibrante: - Que cara legal! Ma-mãe, este você poderia namorar!

Eles se casaram e formamos uma família feliz. Só muito mais tarde eu soube que era ele o namorado que

mamãe queria me apresentar. Que ele não entendia coisa alguma sobre barcos, nem tinha o menor interesse no assunto até então. Mas ele sabia da importância de ser amável, da conversa, que este era o caminho para conquistar a simpatia daquele menino.”

O médico Stewart Wolf, especialista em estômago e digestão, em 1961 fez um estudo minucioso sobre a cidade americana de Roseto, cidade com esse nome, porque quase todos os seus moradores eram procedentes da mesma aldeia na Itália. O que o despertou para este estudo foi que espantosamente a taxa de mortalidade naquela cidade era 30 a 35% menor do que o estimado. Ali não havia suicídios, alcoolismo nem vício de drogas. O número de crimes era mínimo. Ninguém dependia da previdência social. Não tinham casos de úlceras pépticas... Ali as pessoas morriam de velhice, nada mais.

Wolf com sua equipe rastreou e analisou tudo, sem encontrar explicação, até que tomaram conhecimento da estrutura social do lugar. Caminhando pelas ruas viram que as pessoas interagiam, conversavam, cozinhavam umas para as outras nos quintais. Em muitas casas três gerações moravam sob o mesmo teto e todos dedicavam grande respeito aos avós. A missa na igreja e o efeito unifi cador e calmante daquele ambiente. O caráter igualitário da comunidade... Aquelas pessoas criaram uma estrutura social altamente protetora que era capaz de isolá-las das pressões do mundo moderno. Elas eram saudáveis por causa do mundo que criaram para si mesmas.

Wolf e sua equipe tiveram que convencer a área médica dos benefícios de parar para conversar, dos efeitos positivos de familiares de três gerações viverem sob o mesmo teto... Em pensar na saúde e nas doenças cardíacas de um modo totalmente diferente. Em olhar além do indivíduo. Conhecer a cultura da qual ele faz parte, seus amigos, sua família... De que os valores do mundo e as pessoas que nos cercam exercem grande efeito em quem nós somos.

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