revista móveis de valor - edição 99 (patrimar)

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Revista Móveis de Valor - Edição 99 - Capa Patrimar

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REDAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO

Rua Dep. Estefano Mikilita, 125

Centro Empresarial Paradiso, 3o andar

CEP 81070-430 – Portão | Curitiba – PR – Brasil

Fone/Fax (41) 3025-8829

www.moveisdevalor.com.br

[email protected]

DIRETORES

Ari Bruno Lorandi

[email protected]

Inalva Corsi

[email protected]

Sandro Rudnick

[email protected]

GERENTES REGIONAIS

Paraná e Santa Catarina

Fernando Raasch (41) 3025-8829 / 9654-0202

[email protected]

São Paulo

Sérgio Palma (11) 2673-0435 / (41) 9671-6139

[email protected]

Minas Gerais

Ivi Monteiro (41) 9919-4085 / (32) 8420-2070

[email protected]

ADMINISTRAÇÃO/FINANÇAS

fi [email protected]

REDAÇÃO

Meri Rocha

[email protected]

Keila Marques

[email protected]

DIAGRAMAÇÃO E DIREÇÃO DE ARTE

Juliana Deslandes

artefi [email protected]

André De Nadai

[email protected]

ASSINATURAS / CIRCULAÇÃO

0800 600 8829

[email protected]

IMPRESSÃO: Gráfi ca Capital

Ano 9 Nº 99 –Agosto de 2010

Móveis de Valor é uma publicação mensal do

Intelligence Group do Brasil

Carta do Editor

Já entramos na segunda metade do ano e os números

comprovam que a economia está muito melhor que em

2009. O setor de móveis não lidera nenhum ranking,

mas apresenta dados interessantes. Vejamos: o potencial

de consumo de móveis este ano soma mais de R$ 42 bilhões, conforme dados do Pró-

Mercado, departamento de pesquisas do Intelligence Group, e elaborado a partir dos

dados primários da Target Marketing . Se não é muito (corresponde a apenas 1,9% de

todo o bolo destinado ao consumo) mostra crescimento de quase 18% sobre o potencial

apontado ano passado. Se os dados apresentados pela Abimóvel estiverem corretos, em

2009 o setor movimentou R$ 19 bilhões na indústria. Isso revela que há muito para crescer.

Fora isso, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), medido pelo IBGE, também

revela dados interessantes para o setor: crescimento de 3,4% nos primeiros seis meses

deste ano, com o segmento de salas liderando com quase 11% de aumento nos preços

na ponta. Mesmo sem justifi cativa este reajuste não prejudicou o movimento de vendas

que continua em ascensão. A Pesquisa Mensal de Mercado (PMC), do IBGE, mostra que

o setor de móveis e eletrodomésticos registrou aumento de 22,7% no volume de vendas

em junho na comparação com abril.

De olho nestes números todos, os grandes players de varejo continuam seus movimentos.

A Máquina de Vendas (fruto da união entre Insinuante e Ricardo Eletro) se associou a City

Lar e segue seus planos de se tornar a rede de maior cobertura territorial do Brasil. Ainda

falando sobre varejo, nesta edição você confere os detalhes do novo capítulo do acordo

entre Casas Bahia e Pão de Açúcar.

A reportagem especial da edição é sobre o Estado de São Paulo. Nesta série já mostramos

o Rio Grande do Sul, o Paraná, o Nordeste e o Espírito Santo. Entre diversos números da

reportagem, você confere que São Paulo continua liderando o potencial de consumo de

mobiliário, com quase 30% do total. Neste mês de julho o Estado também sedia duas

importantes feiras do setor: a Movinter e a Formóbile. Nós mostramos nas páginas a seguir

uma prévia do que você verá nestes dois eventos.

Mas não é só isso. Tem muito mais números e informações nesta edição.

Boa leitura

Inalva Corsi | Publisher

NOSSA CAPAEsta edição conta com dois merchandisings de capa:

O móvel da Patrimar Móveis, de Jaci (SP), fone (17)3283-1412, ilustra as

revistas que circulam para o varejo e a tiragem distribuída na Movinter

www.patrimarmoveis.com.br

Rodízio da Squadroni, de Mauá (SP), fone (11)4546-8555, ilustra a capa da tiragem

que vai para a indústria e os demais inte-grantes do mailling e também os

exemplares que circulam na Formóbile www.squadroni.com.br

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Sumário06 CARTA DO EDITOR

10 CÁ ENTRE NÓS

12 CARTAS

14 MAPA DA MINA

16 PELO MUNDO

18 PANORAMA DO VAREJO

22 PANORAMA ELETRO

30 OBSERVATÓRIO DO VAREJO

34 DNA DA VENDA

40 ARTIGO | MARKETING

58 FEIRAS NACIONAIS

64 CALENDÁRIO

68 SUSTENTABILIDADE

74 OBSERVATÓRIO DA INDÚSTRIA

84 PANORAMA IMOBILIÁRIO

86 PANORAMA DA INDÚSTRIA

100 MENSAGEM FINAL

Observatório do varejo: Máquina de Vendas incorpora City Lar e Casas Bahia e Pão de Açúcar entram em acordo

Design: Curitiba sedia Bienal Brasileira de Design, que propõe refl exão sobre o design sustentável

42

30

Feiras: ForMóbile 2010 está maior e pro-jeta aumento de negócios e visitantes58

Economia......................................... 24Os bons números de 2010 mostram que o volume destinado para compra de móveis aumentou quase 18% sobre 2009

Marketing............................................ 36Marketing olfativo se apresenta como uma ferramenta diferenciada para atrair e fi delizar clientes

Especial.............................................. 48São Paulo, que neste mês sedia duas importantes feiras do setor, ainda é o maior mercado do País

Sustentabilidade................................. 68Cada vez mais empresas brasileiras estão investindo em ações que visam o desenvolvimento sustentável

Artigo .................................................. 82Marcelo Mariaca destaca os novos paradigmas da geração Y

Mercado ............................................. 94Evento realizado pelo Sebrae, em Brasília, movimenta mais de R$ 5 milhões em negócios

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Diretor de Marketing Intelligence Group

[email protected]

Divulgação

ARI BRUNO LORANDI

Cá entre nós

APO

IO:

POR QUE FALTA MÃO-DE-OBRA? É cada vez mais co-mum as queixas de empresários sobre escassez de traba-lhadores. O que gera falta de mão-de-obra para determinados setores e, neste caso, vamos fi car no setor moveleiro?Em primeiro lugar, entidades como o Senai deveriam se preocupar em capa-citar quem está desempregado, mas a atuação ocorre apenas sob demanda das empresas, ou seja, a indústria precisa contra-tar e depois solicitar ao Senai a capacitação deste trabalhador. Em segundo lugar, os programas sociais do governo federal, que permitem um comparativo entre trabalhar oito horas por dia para ganhar pouco mais de um salário mínimo ou receber os ‘benefícios’ do bolsa família (que pode somar até R$ 200) e outros programas governamentais. Outro aspecto não menos importante: a remuneração. É comum outros setores ‘tirar’ fun-cionários das indústrias de móveis pagando um pouco mais. Soma-se ainda o fato de que a maior parte das indústrias está em pólos localizados em cidades de pequeno ou médio porte, sem estrutura para receber novas famílias. Isso faz com que algumas empresas recrutem pessoal em cidades vizinhas, mesmo com o ônus do transporte mais caro.

A MULHER DE ONTEM E DE HOJEA revista Veja fez comparações com dados de 1967, de 1994 e de hoje. Naquele ano 68% das mulheres afi rmavam que a mulher deveria trabalhar mesmo que não precisasse. Em 1994 esse número subiu para 86%, e agora cai para 84%. Enquanto 20% delas arrependiam-se de ter casado em 1967, em 2010 esse número subiu para 30%.

Outra constatação: a mulher estuda mais do que o homem, são mais aprovadas nos vestibulares, crescem em participa-ção no mercado de trabalho – de 20,8% em 1970 para 42,4% em 2007 – mas continuam ganhando menos que os homens. E, ruim para Dilma: a maioria das mulheres afi rma não votar na candidata do PT, mas elas decidirão as eleições em 2010 porque têm 51,8% dos votos.

OS GASTOS COM CELULAROs gastos das famílias brasileiras com celular variam entre R$ 5,84 a R$ 133, de acordo com os dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares, realizada pelo IBGE.Na média, o brasileiro desembolsa R$ 26,19 para quitar as contas com o telefone móvel. Este valor corresponde a 1,2% do total de despesas das famílias brasileiras. Signifi ca aproximadamente R$ 22,7 bilhões por ano.

EXPANSÃO DE CELULARESA expansão da telefonia móvel no mundo tem sido impres-sionante: em 30 anos, saltou de poucos milhares para os atuais 5 bilhões de celulares. Desde janeiro de 2009, alcança a média de 1,5 milhão de novos aparelhos por dia. Nenhum outro meio de comunicação tem crescido com a rapidez do celular em escala mundial. O computador, em 32 anos, não atingiu 1,9 bilhão de usuários. A televisão, em 63 anos, chega a apenas 1,8 bilhão. A internet, 1,8 bilhão em 20 anos.Trinta países já têm mais celulares do que habitantes. A Itália tem 178 acessos móveis por 100 habitantes. Portugal, 155. Os países escandinavos, mais de 130. A Argentina, 118. O Brasil deverá superar a densidade de 100% antes de novem-bro deste ano. E até dezembro, poderá quebrar a barreira dos 200 milhões de celulares em serviço.

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OS GASTOS COM MÓVEISOs gastos das famílias brasileiras com mobiliário variam entre R$ 46,46 a R$ 203,00 conforme a renda, de acordo com os dados da mesma pesquisa.Na média, o brasileiro desembolsa R$ 46,77 para comprar móveis. Este valor corresponde a 1,9% do total de despesas de consumo das famílias brasileiras. Signifi ca aproximadamente R$ 33,1 bilhões por ano (dados 2008/2009).

SANTA CATARINA COMPRA MAISOs dados do IBGE mostram que entre 2008 e 2009, os cata-rinenses lideram na média de compra de móveis por família, com R$ 82,48, ou seja, despendeu 76,3% mais do que a média do brasileiro, que foi de R$ 46,77. O pior comprador é o mara-nhense que gastou apenas R$ 25,23 por mês para compra de móveis, pouco mais da metade do Brasil (53,9%).

MENOS, POR FAVORSempre se discutiu se muita oferta confunde o consumi-dor. Sheena Iyengar (foto), professora da Universidade de Colúmbia (USA), em seu mais novo livro, alerta sobre os riscos das ofertas exces-sivas, face as limitações do ser humano em lidar com muitas alternativas. Sheena conduziu uma pesquisa com geléia. Dos consumidores que pararam quando havia

24 sabores de geléia expostos, apenas 3% compraram um vidro. Quando seis sabores foram expostos, 30% dos que pa-raram, compraram. “Escolher é mais difícil quando as opções aumentam”, garante ela. O psicólogo George Miller, já em 1956 concluiu que “pessoas são aptas a comparar e distinguir entre sete diferentes itens. Temos difi culdades em processar números abaixo e acima de sete”, garantia. Fonte: IBGE

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Cartas

R. Dep. Estefano Mikilita, 125, 3o andarCEP 81070-430, Curitiba-Paraná

Fax: (41) [email protected]

CARTAS DEVEM SER ENVIADAS PARA

CORREÇÕES

Na edição 98, o telefone da Tubform saiu errado no espaço Nossa Capa. O fone correto é: (88) 3581-1077.Também informamos incorretamente, na página 66, que o Grupo Tubform tem sua matriz em Marco (CE) e, na página 62, que a cozinha Dália é fabricada 100% em MDF. Na verdade, as fábricas do grupo estão localizadas em Iguatu (CE) e a cozinha é fabricada 100% em MDP.

BIOMÓVELHola, estoy escribiendo un repor-taje sobre Biomovel, deseo saber si tienen material grafico que puedan enviarme para ilustrar el reportaje. Mi nombre es Rafael Lozornio y escribo para la revista Moblaje, una revista especializada en mue-bles. Espero puedan apoyarme.

Rafael Lozornio | [email protected]

Rafael, enviamos para o seu e-mail o selo Biomóvel e algumas fotos de produtos que levam o selo.

Dias depois... Mil gracias me seran de mucha ayuda. Obrigado

Rafael Lozornio | [email protected]

PALESTRA MADEMOVEIS I Senhor Ari, meu nome é Tatiana, e eu estive na sua palestra sobre o Perfi l do Consumidor no dia 10/06 no evento Mademoveis em Brasília, e peguei seu cartão. O senhor tinha comentado que poderíamos enviar um e-mail pedindo sua apresentação e pesquisa. Eu gostei muito da palestra e queria então que me passasse o conteú-do, se não for incomodo claro.

Tatiana Coimbra | [email protected]

PALESTRA MADEMOVEIS II Ari, parabéns, sua palestra foi maravilhosa.... Gostaria de consegui-la, pode enviar-me por e-mail?

Ana Prata Girão | [email protected]

PALESTRA MADEMOVEIS III Caro Professor Ari Bruno, agradeço sua prestigiosa atenção me enviando a palestra que proferiu em Brasília. Mais uma vez quero parabenizá-lo por sua apresentação e dizer que foi a melhor que participei naquele evento. Muito obrigado.

Castilho - [email protected]

PALESTRA MADEMOVEIS VI Ari, muito obrigada pela atenção e mais uma vez parabéns pela pales-tra. São abordagens assim que nos dão ainda mais motivação para correr atrás da “picanha” que falta no mercado brasileiro.

Bianca Novais Queiroz - [email protected]

A TODOSDurante quase cinco anos dividi com vocês uma grande experiência profi ssional no Movimento Empresarial de Ubá, onde compartilhei muitas conquistas. Despeço-me desejando sucesso e grandes reali-zações. Fica meu profundo agradecimento por tudo o que dividimos nesses anos e principalmente a confi ança. Na vida muitas mudanças acontecem e nesse momento estou buscando novos horizontes para minha carreira profi ssional e, principalmente parat minha realização pessoal, então a partir de agora estarei trilhando um novo rumo na Móveis Apolo. Um grande abraço e boa sorte para todos.

Denise Oliveira | (32)8813-5006

MEUS AMIGOSFico feliz e ao mesmo tempo saudosa ao enviar essa mensagem para vocês! Sou grata à vida pelas oportunidades e experiências que ela me proporciona a cada dia e é por isso que eu fi co feliz e, por outro lado, já sinto saudades de todos. Agradeço a todos a caminhada, a jornada, as conquistas, os entendimentos, os desentendimentos, enfi m tudo que partilhamos juntos nesses últimos cinco anos no setor de madeira e móveis do Sebrae. Devo registrar que foi um aprendizado e tanto, muito bacana mesmo! Agradeço por tudo que aprendi com vocês.Agora, é hora de assumir novos desafi os. Estarei na carteira de têxtil e confecções do Sebrae Nacional, procurando colaborar e sempre que possível, empregar o que aprendi no setor madeira e móveis.

Edlamar Aparecida da Silva | [email protected]

SOBRE A PALESTRA NO MADEMÓVELAgradeço a todos pelos elogios ao nosso trabalho. Há mais de 25 anos dedicamos nosso esforço na busca por informações diferenciadas que possam contribuir com os empresários do setor para tomada de decisões. E um pouco disso mostramos em nossa palestra sobre o Perfi l do Novo Consumidor. Enviamos o conteúdo da palestra aos e-mails indicados.

Ari Bruno Lorandi | Diretor do Intelligence Group

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Mapa da Mina

APO

IO:

PESQUISA E-COMMERCE I A e-bit, empresa especializada em informações sobre o comér-cio eletrônico, realizou a pri-meira edição da pesquisa Cross Channel, com o objetivo de ana-

lisar o comportamento do e-consumidor e do consumidor do varejo tradicional. Segundo a pesquisa, enquanto 80% dos adeptos de compras virtuais encontram-se na faixa entre 25 e 59 anos, 66% dos consumidores do varejo tradi-cional representam a mesma faixa de idade. A renda média familiar do e-consumidor é maior do que o dobro da média brasileira que realiza suas compras off-line: R$ 3.500 ante R$ 1.400. Outro aspecto relevante é a diferença entre os meios de pagamento: os e-consumidores preferem utilizar o cartão de crédito em suas compras, tanto na web quanto no varejo físico. Já as pessoas que compram fora de casa utilizam mais o dinheiro.

PESQUISA E-COMMERCE IIOutra pesquisa realizada pela e-bit mostra que pela primeira vez desde que começou a ser apurado em 2009, o Índice de Confi ança do e-consumidor registrou exatamente o mesmo patamar em dois meses consecutivos. O estudo apurou a opinião de 113.948 pessoas que fi zeram compras em lojas virtuais brasileiras entre os dias 1 e 31 de maio. A principal constatação é que 86% delas estão satisfeitas com o de-sempenho do e-commerce no País. O patamar é igual ao

que havia sido revelado em abril.

MARCAS ABANDONADAS A pesquisa “O Consumo Popular e as marcas”, que se apresenta como “Construindo confiança para gerar valor” e que surgiu da parceria entre o Ibope Inteligência e a Troiano, teve como uma de suas principais conclusões que as marcas, quase na sua totalidade, ainda buscam alternativas para conquistar a confi ança do novo consumidor. Consulte os detalhes em (http://brandinsights.com.br/pagina/29) e verá que “das 64 marcas pesquisadas, apenas 3% estabeleceram relação duradoura e sustentável com o consumidor de baixa renda, ou seja, mais de 95% ainda estão buscando alternativas para conquistar a confi ança desse novo consumidor.” O estudo foi uma iniciativa do Grupo Meio & Mensagem e teve os resultados apresentados no evento Maxi-Mídia 2008. A análise contou com um amplo trabalho de campo, com 3.003 entrevistas e 20 vivências etnográfi cas.

MAIS INOVAÇÃO NAS EMPRESASQuanto mais metas e responsabilidades um gestor tiver além do que ele pode controlar diretamente, mais soluções inovadoras ele vai propor. Esta foi a conclusão de um estudo de campo de Robert Simons, pesquisador da Harvard Busi-ness School, nos Estados Unidos. Ele analisou 102 organiza-ções de vários setores para entender melhor o confl ito entre manter os resultados e a posição no mercado e, ao mesmo tempo, pensar em novos produtos e oportunidades inova-doras. Simons viu que as empresas podem priorizar esses objetivos de duas formas: alterando os recursos disponíveis ao gerente ou os parâmetros de avaliação do mesmo. Em 70% das empresas, os gestores foram orientados a cum-prir metas que ultrapassavam os recursos controlados por eles. Esse desequilíbrio foi proposital, para incentivar os gestores a criarem estratégias inovadoras. Para impulsionar a inovação em um banco de investimentos, por exemplo, os chefes dos grupos de trabalho fi caram responsáveis por dar continuidade aos seus próprios negócios, sendo livres para escolher como distribuir recursos e quando reduzir os gastos para aumentar os lucros. Essa mudança fez com que eles buscassem soluções inovadoras para cumprir as novas tarefas. Em outra empresa, ao contrário, os gestores queriam controlar mais as operações e limitar a inovação, para reduzir custos e ser mais efi ciente. Para cumprir esses objetivos, as áreas de responsabilidade dos gestores pas-saram a ser rigorosamente defi nidas, com normas claras de desempenho. O resultado foi menos inovação e mais precisão nos resultados. Fonte: Portal Exame

O EFEITO DOS BRINDESA Ipsos, empresa mul-tinacional francesa de pesquisa, por meio de sua área de Shopper & Retail, realizou um estu-do sobre a relevância das promoções. O estudo, que envolveu 15 merca-dos com shoppers com idade entre 20 e 59 anos, de ambos os sexos (26% homens e 74% mulheres), concluiu, entre outras constatações, o que o consumidor pensa sobre a marca que oferece o brinde: 55% sentem orgulho de usar a marca; 52% disseram que a marca se preocupa com a sua família; 50% dos entrevista-dos informaram que vale a pena pagar mais por essa marca e 47% informaram que aumentaram as compras da marca.

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MULTIPLICAÇÃO DE SENSORESAlém de conectar pessoas, a internet também vai ligar todo tipo de equipamento. Os usos possíveis são inúmeros, mas a multiplicação dos sensores vai começar pelas empresas. Cerca de 50 companhias do País já têm projetos em andamento. "Até o ano passado, não tínhamos nem metade disso", diz Roberto Matsubayashi, gerente da GS1, associação que apóia padrões e a melhoria da efi ciência das cadeias de suprimentos. Muitas aplicações ainda são invisíveis para os consumidores, mas começam a gerar benefícios concretos para as empresas. A Multilog, que opera na parte seca do porto de Itajaí, em Santa Catarina, investiu 500 mil reais na instalação de etiquetas in-teligentes e leitores para melhorar o gerenciamento dos cerca de 3 mil contêineres que movimenta por mês.

CONSUMIDORES EM QUESTÃOPesquisa “Estratégias para o varejo brasileiro – refl exões sobre os anseios do consumidor”, realizada pela Deloitte com 50 empresas de grande e médio porte, mostra que o consumidor brasileiro tem características peculiares e está muito bem infor-mado, sendo comum que ele chegue ao local já conhecendo características do produto ou serviço que está buscando. “Não adianta ter um produto de alto valor agregado se a clientela busca outra coisa, porque as pessoas já saem de casa dire-cionadas para o que querem comprar”, explica o responsável pela área da indústria de varejo e bens de consumo da Deloitte, Reynaldo Saad. De acordo com ele, o importante hoje é encontrar maneiras de oferecer os produtos e serviços que o consumidor está buscando, aliando a um atendimento de qualidade. “O consumidor tem mais dinheiro e fi cou mais exigente. Podendo comprar mais, ele deixou de se preocupar principalmente com o preço e fatores como praticidade e comodidade para encontrar o produto desejado passaram a ser essenciais”, avalia.

CONSUMIDOR MAIS PRÓXIMOEstar presente em redes so-ciais como Facebook, Orkut e Twitter se tornou uma obsessão para empresas de todo o mundo nos últimos tempos. Um levantamento recente da agência de comu-nicação Burson Marsteller revela que, das 100 maiores

companhias do mundo, 79 estão presentes em alguma dessas redes. Segundo um estudo recém-divulgado pela consultoria americana Altimeter Group, cinco empresas estão conseguindo ganhar esse jogo: Starbucks, Dell, eBay, Google e Microsoft. Para chegar a esse resultado, a consultoria analisou critérios como quantidade de sites em que a marca está presente, número de posts por dia e tipo de post colocado (se para responder dúvidas de clientes ou só divulgar eventos e promoções, por exemplo). “Diferentemente de outras marcas, elas entenderam que canais diferentes requerem atitudes diferentes”, diz Abel Reis, presiden-te da AgênciaClick. “Não adianta usar o Twitter só para despejar um monte de blá-blá-blá em cima do consumidor. É preciso criar uma sensação de que ele é parte importante da empresa.”Fonte: Portal Exame

MAIOR PRODUTIVIDADEA consultora em usabili-dade Adriana Betiol diz que personalizar o local de trabalho aumenta a produtividade, e ainda destaca que a nova tendência é valorizar o aspecto emocional no trabalho. “O aspecto emocional tem impacto no cognitivo. Aquele objeto pessoal, uma foto, uma lembranci-nha, causa uma reação positiva capaz de afetar a memória e o raciocínio”. Adriana Betiol explica que existem três aspectos funda-mentais a serem considerados no espaço de trabalho: funcionalidade, usabilidade e o aspecto emocional. Quando os três estão alinhados, o funcionário conse-gue produzir mais e melhor. Claro que a personalização do espaço de trabalho deve ser feita com bom senso. “Também não é para levar a casa inteira para o traba-lho, mas sim trazer elementos que conduzam a uma

sensação boa, agradável”, explica Adriana.

16 MÓVEIS DE VALOR 99 • AGOSTO 2010

Pelo Mundo

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aFEIRA DE MÓVEIS EM ANGOLAA segunda edição da Feira de Mobiliário, Iluminação e Utensílios Domésticos - Home Angola Export reuniu 80 empresas ango-lanas e portuguesas entre 24 e 27 de junho, durante a Feira Internacional de Luanda. Os expositores

apresentaram produtos inovadores, para residências e para o setor hoteleiro angolano em uma área de 2.800 metros qua-drados. Neste ano a feira reuniu 40 empresas a menos que na última edição, realizada em 2009, quando 94% dos participan-tes concordaram em repetir a participação na feira deste ano.

CADEIRA TRIDIMENSIONALA linha de cadeiras ON, produzida pela Wilkhahn, referência na criação de mobili-ário da Europa, chega ao Brasil com exclusividade pela fabricante Escriba. O diferencial da cadeira está na tecnologia tridimensional, que permite a possibilidade do movimento rotativo para frente, para trás ou para os lados. As peças possuem encosto com estrutura fl exível e resistente que se une naturalmente ao assento e ao mecanismo de sincro-ajuste. Por meio de dois botões, convenientemente localizados, pode-se ajustar a altura do assento e do encosto, a posição do apóia-braços e a tensão do mecanismo de inclinação, variável em função do peso do usuário. A peça é uma síntese do que representa o design alemão contemporâneo.

CANAL DE VENDASDa Argentina vem um bom exemplo. A Câmara Industrial de Madeireiras da cidade Esperança, em Santa Fé, aprovou a iniciativa do governo de reunir todos os empresários locais do setor em uma feira virtual permanente. O projeto prevê que as empresas associadas à câmara participem gratuitamente de um poderoso site, que vai permitir aos associados comercializar seus móveis no varejo ou no atacado. O site vai apresentar a história do setor, notícias, fotos e vídeos dos móveis, e promo-ver a venda dos móveis tanto para consumidores fi nais quanto para varejistas, atacadistas e profi ssionais. O sistema é uma ótima ferramenta de vendas para a indústria local, que pode posteriormente integrar outras regiões do País e interagir com consumidores em todo o mundo.

MESA DIVERTIDAA linha Tip Top, da marca italiana Kartell, é o novo trabalho dos designers Philippe Starck e Eugeni Quitllet. A pequena mesa lateral é ágil e leve, com uma única base sobre a qual repousa o topo redondo, com 40 centímetros de diâmetro. A combinação de cores no topo e a base oca transparente dão profundidade à estrutura. A linha está disponível em diversas cores que dão vida ao ambiente.

DESIGN ESPORTIVO Ainda em clima de Copa do Mundo, o design desta mesa de centro chama atenção pelos detalhes envolvendo o futebol. O móvel é inspirado no mundial que aconteceu na África do Sul, com os “pés” imitando as Jabulanis que foram usadas nos jogos do

torneio, para alegria dos apaixonados pelo esporte.

IKEA OPERA NA BULGÁRIA A PARTIR DE 2011

A primeira loja da Ikea na Bulgária está prevista para ser inaugurada no fi nal de 2011 e tem ex-pectativa de alcançar mais de 1,6 milhão de clientes no primei-

ro ano, segundo informação de Fourlis Group, franquia grega dona da Ikea na Grécia, Bulgária e Chipre.Serão investidos 50 milhões de euros na construção do prédio que começou dia 3 de junho. O empreendimento vai gerar 350 empregos.

Divulgação\Kartell

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MOVELEIRAS NA ÁFRICA DO SULIndústrias de móveis e processamento de madeira bruta são tradicionais e bem estabelecidas na África do Sul, que respondem por signifi cativa fatia de emprego em território africano. O estudo realizado pela Csil Furniture Outlook - pes-quisa de mercado que faz parte da série Furniture Outlook e abrange atualmente 60 países - fornece a visão geral do setor de móveis, com base em estatísti-cas e dados das empresas. Com fontes ofi ciais, além de informa-ções de campo coletadas por meio de entrevistas, o estudo mostrou que de modo geral as empresas podem se benefi ciar do baixo risco de investir em uma economia estável, com um governo estável, baixos custos trabalhistas e de infra-estrutura e sistema fi nanceiro de comuni-cação bem estabelecido.

ALTERNATIVA PARA SUPERAR CRISEUma crise no setor industrial moveleiro co-lombiano obrigou os empresários do setor madeireiro de Santander a olhar para o mercado interno para otimizar equipamen-tos e fomentar a competitividade. O presi-dente das Indústrias Madeireiras - Parceiros Norte de Santander, José Gabriel Duarte Zambrano, afi rmou que vários empresários estão focados no mercado local para sobreviver, pois as vendas externas caíram mais de 40%. Outra ação do grupo de empresários está na participação de feiras e eventos para promover projetos e crescer no mercado local e internacional. Por isso, empresários colombianos participaram do Bogotá Proexport e da Formóbile 2010, que acontece em São Paulo (SP).

ESTANTE CIRCULARPara quem preza pela orga-nização e cuidado com os livros, esta estante circular é a alternativa ideal. Ins-pirado na Teoria do Caos e idealizado pelo design coreano Kim Ji-hye, o móvel

permite que os livros sejam separados por setores, evitando assim, que dobrem ou amassem.

ARTE NO MÓVELA famosa galeria de móveis Mobilia Gallery de Massachusetts, nos Es-tados Unidos, realiza novamente a exposição The Pierschalla Memorial Scholarship Furniture Exhibition, entre 15 de junho e 31 de julho, em memória do designer, artista, professor e escritor Michael Piers-challa. Com a participação de diver-sos artistas na exibição, as vendas serão revertidas para um fundo em nome de Pierschalla para patrocinar bolsas escolares em uma escola técnica. Fundada em 1978, a Mobi-lia Galery promove exposições com curadoria apresentando artistas

norte-americanos e internacionais, com palestras, exposições itinerantes e catálogos que fornecem uma compreensão mais profunda das artes e do processo criativo.

DESIGN MODERNOInspirado em formações rocho-sas, o designer britânico James Douglas criou o banco Lumbar. O móvel é sustentado por uma barra de aço de 12 mm e possui 38 lâminas de compensado re-cortadas, dando fi rmeza ao objeto que à primeira vista demonstra fragilidade. Além de um simples banco, a peça é um interessante objeto de decoração que traduz modernidade através do design inusitado e provocativo.

EXPORTAÇÕES PERUANAS RECUAMAs exportações de madeira peruana continuam apresentan-do queda. No primeiro semestre a redução chegou a mais de 46% em relação ao mesmo período do ano passado. A queda foi percebida em todos os mercados compradores.

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Panorama do Varejo

PROJETO DE LEI BENEFICIA CONSUMIDORA Câmara dos Deputados aprovou um Projeto de Lei determi-nando que os fornecedores de produtos ou serviços informem aos consumidores sobre seus direitos, mais especifi camente com relação à troca de produtos com defeitos. Além disso, os estabelecimentos deverão afi xar cartazes em locais visíveis com as informações e os respectivos artigos do Código de Defesa do Consumidor (CDC). Apesar do CDC ser bem específi co quanto à troca de produtos, o número de reclamações referentes ao problema é signifi cativo. O consumidor deve fi car atento para que seus direitos sejam cumpridos.

VAREJO DE MÓVEIS ENTRE AS MELHORES E MAIORES DA EXAME

Segundo a 37ª edição do ranking “Melhores e Maio-res”, elaborado pela Revista Exame, o setor moveleiro ganhou representatividade, principalmente por sua participação no varejo. Com um faturamento anual de US$ 9,3 bilhões, o Grupo Pão de Açúcar ocupa o 16º lugar, evidenciando a posição estratégica da empresa no varejo brasileiro. A Casas Bahia, avaliada antes da fusão com o Grupo Pão de Açúcar, registrou um fatura-mento de US$ 8 bilhões e ocupa atualmente o 23º lugar. Outras varejistas também fi guram entre as mil maiores empresas avaliadas pelo Guia, de acordo com o balanço referente a 2009. Confi ra:

PESQUISA APONTA CRESCIMENTO DO VAREJODivulgada em junho, a Pesquisa Mensal de Mercado (PMC) realizada pelo IBGE, mostra que o comércio varejista regis-trou, em abril, aumento de 9,1% no volume de vendas em comparação ao mesmo período do ano passado. O setor de móveis e eletrodomésticos obteve um crescimento de 22,7% no volume de vendas nesta mesma comparação. Segundo o IBGE, o aumento pode estar relacionado com a venda de objetos destinados a Copa do Mundo e com a ampla oferta de crédito. A Rede Dular (com lojas em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná), por exemplo, registrou um crescimento de 30% e a expectativa da empresa é que até o fi nal do ano as vendas aumentem mais 20%.

CONSUMIDOR ENDIVIDADO De acordo com o indicador da Serasa Experian, divulgado no dia 12 de julho, a inadimplência do consumidor registrou aumento de 5,2% em junho, número superior ao mesmo mês do ano passado. Esta é a segunda alta na comparação anual desde outubro de 2009. Já na comparação mensal, a inadimplência também cresceu, registrando 1,1% de aumento de junho em relação a maio. Para os economistas da Serasa, este aumento está relacionado com o crescimento acelerado do endividamen-to, além das datas comemorativas deste ano terem registrado boas vendas, principalmente as fi nanciadas no Dia das Mães, Dias dos Namorados e os objetos destinados à Copa do Mundo. A antecipação de consumo, impulsionada pela redução do IPI, fez com que os consumidores já estivessem anteriormente comprometidos com o pagamento de dívidas quando saíram às compras para as datas mencionadas, favorecendo o endi-vidamento.

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MAGAZINE LUIZA FAZ ACORDO DE R$100 MIL PARA ENCERRAR AÇÃO

A rede varejista Magazine Luiza deverá pagar uma indenização de R$ 100 mil para dez instituições benefi centes da região de Matão. Além da indenização, os termos do acordo fi rmado entre a empresa e o Ministério Público do Trabalho preveem o fi m do assédio moral e da manipulação do controle de jornada de trabalho. A Justiça do Trabalho deu um prazo de 60 dias para as doações e, caso não sejam feitas no prazo, a empresa terá de pagar multa de 50% sobre o valor. Segundo investigações do procurador Gustavo Rizzo Ricardo, fi cou constatado que em uma das lojas da rede, em Matão, os vendedores eram submetidos a jornadas acima de 12 horas, sem descanso semanal de 24 horas.

REDE POSIÇÃO

PONTO FRIO 90ª

MAGAZINE LUIZA 100ª

INSINUANTE 220ª

GAZIN 303ª

COLOMBO 341ª

Y. YAMADA 344ª

SALFER 750ª

QUERO-QUERO 755ª

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Panorama do Varejo

MÓVEIS CONTINUAM SUBINDO NO VAREJOO IBGE divulgou os dados do IPCA (Índice de Preços ao Con-sumidor Amplo) referente ao mês de junho. O índice geral fi cou estável em relação ao mês anterior e de janeiro a junho apresenta elevação de 3,09%. Eulina Nunes dos Santos (foto), coordenadora de Índice de Pre-ços do IBGE, destacou o fato do setor de móveis se apresentar sempre acima do índice geral.

Em junho, por exemplo, a elevação do preço dos móveis fi cou em 0,77% e chegou a 2,13% no segmento de móveis para sala. De janeiro a junho o índice médio do IPCA de móveis foi de 3,44% e a maior contribuição novamente fi cou com móveis de sala que subiram 4,76%. Quando se analisa os últimos 12 meses, até junho, o IPCA geral fi cou em 4,84% e o índice de mobiliário subiu 6,03%. A maior alta foi verifi cada no segmento de salas com 10,63%. No período colchões apresenta forte queda, fi cando com -0,95%.

MARGEM PARA CRESCIMENTOOs 17.800 empreendimentos do setor moveleiro espalhados pelo País, sendo 75% micro e pequenas empresas, movimen-taram R$ 19 bilhões em 2009. Com 237 mil postos de trabalho diretos, o setor confi gura-se como o 9º segmento que mais gera empregos formais na economia nacional. Os números foram apresentados pelo presidente da Abimóvel, José Luiz Diaz Fer-nandez, durante a abertura do 1º Salão de Negócios de Madeira e Móveis do Centro-Oeste – Mademovel, realizado em Brasília. Segundo o estudo da Abimóvel, o potencial econômico e social do setor sinaliza que ainda há margem para crescimento. O presidente da Associação afi rma que a isenção do IPI por quatro meses para os fabricantes de móveis vai ajudar no crescimento de 10% no faturamento em 2010, no comparativo com 2009.

CARTÕES DE CRÉDITO UNIFICAM TERMINAISAs operadoras de cartão de crédito passam, a

partir de agora, a utilizar o mesmo terminal de atendimento, facilitando o acesso para

os usuários e tornando os custos para o comércio mais baixos. A unifi cação permite que através de um único ter-minal sejam acessadas as duas prin-cipais bandeiras do mercado. No Brasil

existem cerca de 586 milhões de cartões em circulação e a expectativa da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), é que este número aumente ainda mais até o fi nal do ano. Esta abertura pode signifi car o crescimento dos usuários do “dinheiro de plástico”.

REDUÇÃO DE TAXAS NO CARTÃOSob pressão do governo e dos órgãos de defesa do consumidor, as operadoras de cartão de crédito e débito aceitaram reduzir o número de tarifas cobradas por seus serviços. Segundo o Ministério da Justiça, existem mais de 50 taxas no mercado atualmente, número excessivo se comparado às atuais 31 aplicadas pelo setor bancá-rio. O presidente da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços, Paulo Rogério Caffarelli, adiantou que o setor poderá reduzir entre 20 e 30 taxas, além de buscar a padronização de cada uma delas. Ou seja, as empresas de cartões terão de usar os mesmos nomes nas taxas e, desta forma, facilitar a vida do consumidor na hora de fazer comparações de preços.

MM INAUGURA CASA MODELOO Grupo MM inovou mais uma vez com a inauguração de uma nova loja agregada a Super MM, em Ponta Grosa (PR), no dia 25 de julho. A ideia é mos-trar ao consumidor que através de um design bem elaborado é possível aliar conforto e qualidade. São oito ambientes mobiliados e projetados por profi ssionais de de-sign, dando visibilidade ao cliente de como fi cará os móveis em sua casa. Além de Ponta Grossa, a Casa Modelo MM será montada nas fi lias de Itajaí, Cascavel e Guarapuava

NOVO COMANDO NAS LOJAS COLOMBOAos 79 anos, o empresário Adelino Colombo (foto), dono da rede varejista Lojas Colombo, de Farroupilha (RS), deu início a contagem regressiva para deixar o comando executivo da empresa que fundou há meio século. Daqui seis meses Colombo irá presidir o Conselho de Administração da rede, mas já está procurando um executivo no mercado

para ocupar seu lugar e comandar o negócio com R$ 1,3 bilhão de faturamento. O gaúcho, nascido em Farroupilha, quer diver-são além de trabalho, ou seja, caçar, cozinhar e viajar, além de curtir os quatro fi lhos e dez netos. Líder absoluta na região Sul e em sexto lugar no ranking nacional, a Lojas Colombo está atenta à movimentação do setor e tem planos de adquirir uma rede, mas ainda não defi niu qual.

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BERLANDA INAUGURA LOJAS EM SC Em ritmo de expansão, a rede de móveis e eletrodomésticos Berlanda inaugurou mais três lojas em Santa Catarina durante o mês de junho. Com as inaugurações, a rede chega a 128 pontos de venda – oito no Rio Grande do Sul, as demais em Santa Ca-tarina.Uma loja em cada município catarinense é o objetivo da rede até 2015 e, para suprir a demanda, abrirá um novo Centro de Distribuição no estado, além do já existente em Curitibanos (Planalto Serrano), onde também fi ca a matriz da Berlanda.

MEDIDAS DEVEM CONSTAR NOS ENCARTES Panfl etos e encartes com pro-paganda de móveis no Rio de Janeiro terão de informar agora seu peso e dimensões. A medida, que tem como ob-jetivo garantir ao consumidor as informações necessárias para planejar a compra dos produtos, é tema do Projeto de Lei 2.535/09, aprovado pela Assembléia Legislativa do Rio de janeiro. Ele estabelece multa de mil a 5 mil Ufi rs (R$ 2.018 a

R$ 10.091) por descumprimento.

GAZIN FECHA NOVA PARCERIAClientes dos estados do Para-ná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Acre têm mais um canal para fazer e receber remessas interna-cionais de dinheiro. A varejista de móveis e eletrodomésticos Gazin, de Douradina, interior do Paraná, é o novo agente da Wes-tern Union® no Brasil, empresa especializada em transferência de dinheiro em todo o mundo há mais de 150 anos. O serviço de transferência de dinheiro da Western Union® disponível nas lojas Gazin é viabilizado por meio de uma instituição fi nanceira autorizada pelo Banco Central inicialmente em 54 lojas. A expansão irá abranger todas as 164 lojas da rede Gazin. Desta forma, a Western Union irá contar com 13 agentes autorizados e mais de 6 mil pontos de atendimento.

SANTOS ANDIRÁ RECEBE PRÊMIO NA BAHIA Pelo quinto ano con-secutivo a paranaen-se Santos Andirá é a marca mais lembra-da em móveis infan-tis pelos lojistas da Bahia. O Premio Mé-rito Lojista da Bahia – Top Fornecedores do Varejo foi recebido pelo gerente comercial Regional Nordeste, Marcos Antonio de Oliveira, no dia 27 de maio, em Salvador .

LÍDERES EM PROPAGANDACasas Bahia, Unilever, Ambev e Caixa Econômica Federal assumiram o posto de maiores anunciantes do Brasil. O investimento em veiculação de anúncios cresceu 4% no ano passado, alcançando R$ 30,5 bilhões. O resultado foi puxado pelo aquecimento da economia no último trimestre. O cresci-mento do mercado aconteceu apesar do movimento de fusões e aquisições, que reduzem o ambiente competitivo. Para este ano é previsto alta de 12% a 15% nos gastos com publicidade, crescimento que deve ser puxado por Copa e eleições.

COPA FAZ CONSULTAS AO SPC CAIR 5,4%Mesmo com a come-moração do Dia dos Namorados, o núme-ro de consultas para compras a prazo e pagamentos com che-que registrou queda de 5,4% em junho, na comparação com

maio. Segundo dados do SPC Brasil, a Copa do Mundo foi a principal responsável. Já no confronto com o mesmo mês de 2009, o número de consultas cresceu 9,24%. Nos seis primeiros meses do ano, houve aumento de 7,8%, ante igual período do ano passado. De acordo com os pesquisadores, a queda mensal no número de consultas se deve à realização da Copa do Mundo de Futebol, que fez com que o comércio não funcionasse inte-gralmente nos dias dos jogos da seleção brasileira, diminuindo as vendas e consequentemente as consultas.

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Panorama Eletro

MIX COMPLETOCom uma linha completa de aquece-dores elétricos, a Arno não vai deixar você passar frio neste inverno. O mo-delo Sprinto Silencio tem função si-lêncio com duas velocidades, protetor térmico para oferecer mais segurança, alça de transporte, possibilidade de uso na parede, controle de tempera-tura independente e está disponível em cores modernas. O preço sugerido é de R$ 129,99. Já o modelo Minice-ram tem duas opções de velocidade, também oferece mais segurança com o protetor térmico, tem alça de transporte, controle de temperatura inde-pendente e aqueci-mento cerâmico, considerado mais rápido e efi ciente. O preço sugerido é de R$ 169,99.

SUCESSO NA EUROPA, AGORA NO BRASIL

Acaba de chegar ao mercado brasileiro o aspirador de pó UltraOne, produzido pela Electrolux, líder global em aparelhos domésticos e de uso profi ssional. O modelo apresenta alta tecnologia e desempenho, trazendo mais comodidade aos clientes. Extrema-mente silencioso, o UltraOne emite apenas um som de 72dB. Possui sis-tema Aeropro, que diminui o barulho no momento da aspiração e tecnolo-gia que permite adaptar a sucção de acordo com o tipo de superfície que será aspirada. Com grande aceitação na Europa, inclusive premiado pela IF Product Design Awards 2010, a mais conceituada premiação de design Européia, a empresa espera que o sucesso se repita no Brasil.

Divulgação\LG

TECNOLOGIA NA COZINHAApostando na eco-nomia de energia aliada à sofistica-ção e um design exclusivo, a LG Eletronics acaba de lançar a nova linha de refrige-radores side by side. Os quatro novos modelos, com capacidade para 525L, são

os primeiros do mercado nacional a utilizarem as lâmpadas LED, que economizam até 12 vezes mais energia que as convencionais. Outro destaque é o soft touch, que evita a abertura da porta e garante ainda mais a econo-mia de energia. Além da tecnologia utilizada, o exclusivo botão de aber-tura do Home Bar, todo em cristais SWAROVSKI ELEMENTS, garante a elegância do eletrodoméstico.

Divulgação\Arno

Divulgação\Eletrolux

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TV 3D CUSTA DE R$ 12,9 MIL A R$ 15,9 MIL

A Sony deu início à pré-venda de televisores com a tecnologia 3D no Brasil. O modelo XBR-LX905 será oferecido em dois tamanhos: 60 e 52 polegadas. Ele será comercializado como parte de um combo que contém a TV, quatro óculos, um tocador e dois fi lmes Blu-ray e quatro jogos em 3D para o videogame PlayStation 3. O combo do mo-delo de 60 polegadas custará R$ 15,9 mil e o de 52 polegadas, R$ 12,9 mil.

TABLET SERÁ O MAIS VENDIDO EM 2015

Um estudo divulgado pela em-presa de consultoria Forrester aponta que um em cada quatro computadores vendidos daqui cinco anos será um tablet. Após começar a infl uenciar as vendas dos netbooks neste ano, o tablet irá se inserir ainda mais no mercado e as vendas deste gadget serão as de maior cres-cimento do que qualquer outro computador, entre desktops, netbooks e notebooks.

AOC DISPUTA MERCADO DE COMPUTADORES

A fabricante de monitores e televiso-res AOC acaba de entrar no mercado de computadores. A ideia é disputar vendas com o modelo conhecido como tudo em um, que não possui gabinete, apenas teclado e tela. Eles são inspira-dos no conceito da Apple (o iMac) que mais parecia uma televisão do que um PC. Hoje, muito mais compacto por mo-nitores mais fi nos, o tudo em um é alvo de investimentos de outros fabricantes como HP e Dell.

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Divulgação\AOC

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O departamento de estudos e pesquisas de mercado do Intelligence Group há 10 anos analisa os números da pesqui-sa anual da Target Marketing e a partir destes dados primá-rios, elabora o Pro-Mercado, o mais abrangente estudo do mercado moveleiro no Brasil.

O cruzamento de dados desde 2001 revela onde estão as melhores oportunidades, onde o mercado mais cresceu, onde houve maior expansão da economia, da construção de casas, etc.

Para 2010 o dinheiro reser-vado para consumo ultrapas-sa 2,2 trilhões de reais, mas quase 27% são destinados à manutenção do lar, incluindo aluguel ou prestação, contas

Os bons números de 2010

O valor disponível para compra de móveis é 4,5% menor do que o aumento do total para consumo

de água, luz, telefone, internet, etc. e mais impostos e taxas.Para móveis este ano sobra 1,9%, ou pouco mais de R$ 42

bilhões. O valor representa alta de 17,7% sobre 2009. Mas antes de comemorar é bom saber que o valor total para consumo subiu em 2010 nada menos de 22,2%.

O Estado de São Paulo, com 29,8% desse total, (R$ 12,5 bi-lhões), soma mais do que o 2º, 3º e 4º do ranking juntos (RJ, MG e PR). Por classe social, a mais representativa é a B2, com 23,8% do total, ou seja, R$ 10 bilhões. O potencial de consumo de mobiliá-rio/ano por habitante é de R$ 140,90 e por domicílio R$ 122,90.

População brasileiraSomos 193,2 milhões, sendo 50,9% mulheres e em apenas 6

estados (MS, MT, RO, TO, AC, AP) a população masculina é maioria. O ranking populacional por Estados mostra São Paulo na lide-

rança com 41,7 milhões de habitantes e Roraima com 429 mil é o menor. Curiosidade: SC tem praticamente o dobro da população do Uruguai e quase metade do território. Por municípios, São Paulo também é o mais populoso, com 11 milhões de pessoas, mais do que a maioria dos Estados, e o menor do Brasil é Borá, também no Estado de São Paulo com 838 habitantes.

DomicíliosO número de domicílios to-

tal no Brasil é de 55,6 milhões, sendo 84,8% urbanos e 15,2% rurais. Entre os domicílios urba-nos, a classe de maior repre-sentatividade é a C1 com 12 milhões (25,6%), seguida pela C2 com 10,9 milhões (23,1%). O aumento do total de domicílios urbanos nos últimos 9 anos foi de 19,6% e a classe B2 aumentou 105,1%, passando de 4,4 milhões para 9,1 milhões.

Dados NordesteA população dos nove Estados é de 54 milhões, a maioria (27,6

milhões) mulheres. A Bahia é o maior em população, com 14,7 milhões. Pernambuco vem em segundo com 8,8 e Ceará é terceiro com 8,6 milhões de habitantes.

O potencial de con-sumo de mobiliário do Nordeste em 2010 é de R$ 7,8 bilhões, 18,6% do Brasil, segunda posição no ranking, atrás da re-gião Sudeste. Na região, a Bahia tem 28,6% do mercado, Pernambuco 19,1% e Ceará 16,3%.

A classe C (C1+C2) é responsável por 43,5% do potencial de consumo, ou R$ 3,4 bilhões. Por habitante, o potencial de consumo

55,6 milhões

R$ 7,8 bilhões

Economia

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de mobiliário no Nordeste é de R$ 144,70/ano e por domicílio R$ 544,00/ano. A evolução porcentual no último ano (2009 para 2010), da classe social A2 é a maior com 25,7%, seguida da B2, com 23,9%. Por capitais, a melhor colocada do Nor-deste no ranking é Salvador (4º lugar no Brasil), seguido por Fortaleza (6º), e Recife (8º lugar no País). O Nordeste tem 14,3 milhões de domicílios, 10,6 milhões urbanos e 3,7 milhões rurais. Pelo menos 25% dos domicílios da classe C e 29% da classe D do Brasil estão no Nordeste.

São Paulo: o maiorO total de despesas e consumo dos brasileiros em 2010 é

estimado em R$ 2,2 trilhões (18,1% sobre 2009). O potencial de consumo de mobiliário é de R$ 42 bilhões, (17,7% sobre 2009) o que representa 1,9% de participação.

Em São Paulo o total entre consumo e despesas é de R$ 641,5 bilhões e em mobiliário R$ 12,5 bilhões, 29,8% do total do consumo de mobiliário do Brasil, e aumento de 24% sobre 2009.

Por classe social, a B1 paulista tem maior potencial (28%) ou R$ 3,5 bilhões, seguida da B2 com 22,7% (R$ 2,8 bilhões). As duas classes

29,8% do total

foram as que mais evoluíram no último ano (2009 para 2010) 44% e 24,2%, respectivamente.

Na capital, o total para consumo é de R$ 212,2 bilhões e para mobiliário é de R$ 4 bilhões, aumento de 33,5% sobre 2009.

São 41,7 milhões de habitantes no Estado, a maioria (21,3 milhões) mulheres e 30,6% dessa população estão na faixa de 30 a 49 anos. Na capital são 11 milhões de pessoas, 52% mulheres e 31% na faixa dos 30 a 49 anos.

Domicílios são 12,4 milhões no Estado, 94,8% urbanos com 3 milhões na classe C1, (25,8%). No município de São Paulo são 3,1 milhões de domicílios urbanos, 767 mil da classe C1. No quesito consumo de mobiliário por habitante, no Estado de São Paulo o valor é de R$ 299,70 e por domi-cílio R$ 1.001,00, na capital chega a R$ 275,7/habitante e R$ 891,2/domicílio.

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Consumo em alta

Economia

Projeção feita pela Fecomercio revela que até 2013 o consumo das famílias brasileiras vai atingir a marca de R$ 2,42 trilhões

Por Meri Rocha, de Curitiba (PR)

O estudo “Consumo das Famílias Brasileiras até 2020” realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio) projeta que o consumo de R$ 2,42 trilhões em 2013 atinja o patamar de 3,29 trilhões até 2020. Apresentado durante o debate “A

nova classe média brasileira”, ocorrido na sede da entidade empresarial, em junho, o estudo mostrou que as clas-ses sociais C, D e E do País, em 2009, gastaram R$ 864 bilhões, número equivalente a 78% do volume gasto pelas classes A e B (R$ 1,10 trilhão). Conforme análise da entidade, caso seja mantido o ritmo de expansão de consumo das famílias verificado na última década e se materializem as pro-jeções de aumento de investimentos e de gastos públicos nos próximos anos, um impacto signifi cativo nas contas públicas poderá ocorrer já a partir de 2013, provocando expressivo aumento do défi cit de conta corrente. “Como os gastos do governo e o investimento privado têm tendência de crescimento superior ao do Produto Interno Bruto (PIB) no curto prazo, e o consumo das famílias se mantém potencializado, os efeitos deste fenômeno são evidentes: défi cit internacional ou infl ação. No mo-mento, o que se tem visto é o aumento

do déficit em contas correntes, que já em 2010 pode atingir mais de US$ 50 bilhões.

Fábio Pina, da Fecomercio: “a partir de 2013 o défi cit em contas correntes pode

atingir US$ 300 bilhões, ou 6% do PIB”

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Consumo das famílias (R$ trilhões)

2,08 2,

19 2,32 2,

42 2,53 2,

64 2,76 2,

88 3,01 3,

15 3,29

Fonte: Fecomercio-SP

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CENÁRIO INTERNACIONAL PREOCUPA ECONOMISTAS

Segundo pesquisa que mede o Índice de Sentimento dos Especialistas em Economia (ISE), realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio) em parceria com a Ordem dos Economistas do Brasil (OEB), a crise na Grécia foi um dos principais motivos para a queda de 6,7% no nível de confi ança dos economistas em maio. Por conta disso, o indicador, que em abril marcava 110 pontos, chegou aos 102,7 e encontra-se quase no limite entre otimismo e pessimismo. Conforme Guilherme Dietze, assessor econômico da Fecomercio, o ISE é medido em uma escala que varia de 0 à 200 pontos, sendo que acima de 100 signifi ca otimismo. De acordo com ele, o índice também aponta que a percepção do momento atual foi a mais abalada pela crise grega. “A desconfi ança quanto ao futuro também aumentou, mas os economistas per-manecem otimistas neste ponto”, afi rma. “No entanto, mostram-se pessimistas quanto ao momento atual.” O item Cenário Internacional apresentou forte queda de 22% em relação a abril. Isso porque, com os problemas na Grécia, as principais bolsas de valores também regis-traram desvalorização. “O mercado também está tenso a espera dos desdobramentos nas economias de Portugal, Irlanda, Grécia e Espanha, o que continua impactando negativamente a visão dos economistas”, explica Dietze. Com a instabilidade no mercado fi nanceiro, aumentou a volatilidade na Taxa de Câmbio, fazendo cair a confi ança dos especialistas. “Apesar dos economistas estarem pessimistas quanto ao câmbio no momento atual, ainda veem com otimismo a variação deste item para o futu-

ro”, explica o assessor da Fecomercio.

Em relação ao mercado interno, uma das principais preocupações constatadas pelo ISE é o nível de Gastos Públicos assumidos pelo Estado. Em comparação com abril, a avaliação deste item caiu 25%. Dietze aponta que, para o momento atual, a percepção é ainda pior. “O indicador chegou aos 3,6 pontos. Uma queda de 73%. Para os próximos 12 meses, os economistas não estão tão descontentes, e o indicador registra 40,6 pontos”, comenta. Outro ponto com o qual os especialistas estão extremamente pessimistas é a taxa de juros, que teve retração de 16% em relação ao mês anterior. A infl ação e a taxa de juros também apresentaram resultados ne-gativos, apesar dos juros ainda não apresentarem uma séria preocupação para os economistas. Já o Nível da Atividade Interna – PIB, o Nível de Emprego e os Salários Reais são respectivamente os destaques positivos do ISE em maio. A percepção dos Salários Reais teve alta de 12%, tanto para o momento atual, quanto para o futuro, o que, segundo Dietze, representa um olhar mais cauteloso sobre os impactos que a infl ação pode ter sobre a renda e o poder de aquisição dos trabalhadores.

Guilherme Dietze, da Fecom-ercio: “O mercado também está tenso a espera dos des-dobramentos nas economias de Portugal, Irlanda, Grécia e Espanha”

Considerando as projeções iniciais de crescimento popula-cional, do PIB e do consumo por faixa de renda, a partir de 2013, em valores presentes, o défi cit em contas correntes pode atingir US$ 300 bilhões, ou 6% do PIB”, informa Fábio Pina, economista da Fecomercio.

EstudoPara realizar a estratifi cação social, a entidade conside-

rou como classe A as famílias com renda mensal superior a 30 salários mínimos (hoje, R$ 15.300); classe B, de 10 a 30 mínimos (R$ 5.100 a R$ 15.300); classe C, de 5 a 10 mínimos (R$ 2.550 a R$ 5.100); classe D, de 2 a 5 mínimos (R$ 1.020 a R$ 2.550); e classe E até 2 mínimos (R$ 1.020). O estudo identifi ca que, mensalmente, da despesa total das famílias do Brasil, em torno de R$ 93,19 bilhões são direcionados a consumo. Considerando todos os estratos sociais, cerca de 30% do volume das receitas destinadas ao consumo vai para habitação (R$ 27,76 bilhões), enquanto mais de R$ 16

bilhões (17%) são direcionados para alimentação.Na avaliação de Pina, a dinâmica de consumo da po-

pulação chamada classe média tem apresentado modifi -cações intensas, mostrando-se cada vez mais qualifi cada. “Certamente nos próximos anos o consumo de alimentos vai representar cada vez uma parcela menor do orçamento das famílias, enquanto itens de habitação tendem a ganhar espaço. Essas mudanças serão mais evidentes entre as fa-mílias das classes C, D e E”, destaca o economista.

De acordo com ele, o próximo governo vai precisar atuar no gerenciamento das contas para garantir que a previsão de crescimento do défi cit em contas não se confi rme. “Entre 2010 e 2020, ou o consumo do governo se reduz, ou o in-vestimento cai ou o consumo das famílias diminui, ou uma combinação desses fatores vai ter que ocorrer por restrições. Outro efeito, ainda mais nefasto, seria o aumento da infl ação, que corrigiria essas distorções, mas teríamos a volta do pior dos mundos”, pondera Pina.

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A holding Máquina de Vendas, fruto da união entre as redes Insinuante e Ricar-do Eletro, se associou em ju-nho a City Lar, líder varejista no Centro-Oeste e Norte do País. A partir dessa fusão, a Máquina de Vendas passa a somar 750 lojas presentes em 281 cidades, 23 estados e no Distrito Federal. A partir de agora a empresa atua em quatro das cinco regiões, fi cando de fora apenas do Sul do País. “Com presença massiva nas regiões em que o consumo da classe C e D supera a média nacional, a associação consolida a posição da Máquina de ven-das como a rede de maior cobertura territorial do Bra-sil”, afirma a companhia. A associação deve elevar o faturamento para R$ 6,1

Mais um passo rumo à liderança

Após poucos meses de existência, Máquina de Vendas une operações à rede City Lar e planeja dobrar de tamanho nos próximos quatro anos

Observatório de Varejo

Por Meri Rocha, de Curitiba (PR)

bilhões ainda este ano, passando ter 20 mil funcionários diretos e 14 centros de distribuição. Importantes números para quem planeja em quatro anos dobrar de tamanho. De acordo com Erivelto Gasquez, da City Lar, cujo pai fundou a rede em 1979, “o principal desafi o da expansão sempre foi manter um relacionamento estreito e humanizado com o cliente. Essa é a mesma fi losofi a da Máquina de Vendas e, por isso, logo depois que a holding foi criada, começamos a conversar sobre a minha entrada como sócio. Com a associa-ção, triplicamos de tamanho, sem perder nossa identidade”.

Luiz Carlos Batista, da Insinuante, afi rma “Erivelto e sua família têm uma trajetória semelhante a nossa e, mais importante, carregam o DNA do varejo. Juntos, teremos mais força, agilidade e sinergia para aumentar nossa competiti-vidade em preços e atender com ainda mais qualidade o consumidor”. Ricardo Nunes, da Ricardo Eletro, ressalta que “a parceria coloca a companhia ainda mais próxima da meta de dobrar de tamanho nos próximos quatro anos, atingindo 30 mil funcionários diretos, mil lojas e faturamento de R$ 10 bilhões até 2014”.

AbrangênciaDe acordo com informações divulgadas pela Máquina

de Vendas, a City Lar, com sede em Cuiabá (MT), será a bandeira do grupo no Norte, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A marca Insinuante continua como bandeira pre-dominante no Nordeste e a Ricardo Eletro, no Sudeste, Goiás e Distrito Federal. “Vamos preservar a essência do negócio, ou seja, a marca e o conhecimento da região, por isso as equipes serão mantidas”, explica Ricardo Nunes. Luiz Carlos Batista salienta que “com esta associação, consolidamos nossa posição como líder em capilarida-de regional e player melhor posicionado para capturar o crescimento do Nordeste, Norte e Centro-Oeste do País”. Presente em 14 estados, onde tem hoje 200 lojas espalhadas por 81 municípios e que geram 5,2 mil empregos diretos, a City Lar foi fundada em Mirassol D’Oeste, sudoeste do Mato Grosso, em 1979. Sua primeira fi lial aberta foi na cidade de São José dos Quatro Marcos, em 1986. Seis anos depois, em 1992, a empresa passou a operar em Cuiabá, capital do Estado. Já A Ricardo Eletro, fundada em 1989, tem 282 lojas em Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás, Distrito Federal, Bahia, Sergipe, Rio de Janeiro e interior de São Paulo. E a

Insinuante iniciou operações em 1959 e conta com 268 lojas nos Estados de Alagoas, Amazonas, Bahia,

Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Sergipe.

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Apesar de considerarem os termos do acordo mais favorá-veis para a família Klein, ana-listas que acompanham o setor de varejo veem risco no fato dos números da companhia ainda não serem conhecidos. Segun-do informações divulgadas na imprensa, com a reformulação do contrato, revisado por cerca de três meses a pedido da Casas Bahia, o aluguel dos imóveis foi elevado de R$ 130 milhões para R$ 140 milhões anuais nos três primeiros anos. Ainda pelo novo acordo, válido por seis anos e prorrogável por mais dois, o grupo Pão de Açú-car injetará R$ 689,8 milhões na nova empresa, incluindo a emissão de novas ações da Globex e aporte de R$ 89,9 milhões já previsto para as lojas Extra-Eletro. Com isso, o Pão de Açúcar passará a deter 53% da nova companhia ante 50% do acordo anterior, enquanto a família Klein fi cará com 47% do capital. Outra reivindicação dos Klein envolvia a possibili-

Fim do impasse entre varejistas

Casas Bahia e Pão de Açúcar entram em acordo, mas ainda mantém incerteza entre os agentes de mercado

Observatório de Varejo

dade de poderem sair do negócio em um prazo menor. Após as negociações, a família poderá vender a totalidade de sua participação na Nova Casas Bahia depois de dois anos.

As incertezas, contudo, giram em torno da não divulgação, até o momento, dos números referentes às operações de Casas Bahia, que serão integradas à Globex (Ponto Frio) adquirida pelo Pão de Açúcar em junho de 2009 e às lojas Extra-Eletro, formando a Nova Casas Bahia, que concentrará as operações de bens duráveis. "Apesar do novo acordo ser marginalmente positivo para a Casas Bahia, uma vez que assumiu uma abor-dagem mais conservadora sobre a questão, nossa principal preocupação permanece: a falta de dados fi nanceiros sobre Casas Bahia", assinala Ricardo Boiati, analista do Bradesco, acrescentando que a família Klein se benefi ciou de um contrato mais equilibrado. No mesmo sentido, Carlos Albano, analista do Citi, considera os novos termos "levemente piores" para Pão de Açúcar em relação ao acordo fi rmado em dezembro de 2009, embora acima das expectativas do mercado. "Desde a aquisição da Casas Bahia, o Pão de Açúcar forneceu informações limitadas sobre a empresa. A falta de um balanço e de informações sobre rentabilidade cria um risco adicional", observa.

CréditoA fusão de Casas Bahia e Grupo Pão de Açúcar pode

confi gurar um novo momento da concessão de crédito no Brasil. Casas Bahia deve manter as características de fi nanciar compras parceladas à população de baixa renda. "Do outro lado, o Grupo Pão de Açúcar consegue atingir classes mais abastadas."O ponto-chave em relação aos fi nanciamentos das duas varejistas é que a Casas Bahia tem contrato de ex-clusividade com o banco Bradesco, e o Pão de Açúcar, com o Itaú-Unibanco. Para Fernando Blanco, do IDCC, se o novo grupo optar por um banco consegue ganhar muito poder de negociação. "É possível que fi quem os dois. Depende do que o grupo quer."Com a projeção de crescimento de até 11% no crédito ao consumo feita pela Associação Comercial de São Paulo, e a confi rmação da fusão de Pão de Açúcar e Casas Bahia, as fi nanceiras terão um segundo semestre bem agitado. A expectativa é de aumento expressivo das vendas a partir deste mês, que deve resultar no crescimento do crédito. Ao mesmo tempo, o mercado espera defi nição sobre o futuro das parcerias do Pão de Açúcar com o Itaú Unibanco e das Casas Bahia com o Bradesco depois da conclusão da fusão.

No acordo também fi cou defi nido que a presidência da rede varejista fi cará sob o comando de Rafael Klein e a pre-sidência do Conselho de Administração fi cará com Michel Klein. Outro tópico rediscutido foi a operação do negócio eletrônico, que está sendo denominada Novapontocom. A participação acionária da Casas Bahia na operação virtual passou de 17% para 23,5%.

Fusão de Casas Bahia e Grupo Pão de Açúcar pode confi gurar um novo momento da concessão de crédito no Brasil

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Enquanto o gerente administra, segue rotinas e cuida bem das coisas, o líder promove as mudanças necessárias e inova em tempo hábil para salvar a situação e tirar a empresa do atraso em que se encontra. Administradas a moda antiga, muitas vezes as organizações comerciais ou industriais tocam o negócio tendo a sensação de que estão na dianteira da grande competição, mas na verdade estão andando na frente, mas no segundo pelotão e

Três voltas atrás da corrida.

No ambiente competitivo e globalizado em que vivemos, basta um pequeno atraso conceitual (visão de mundo, maneira de interpretar os anseios do consumidor, por exemplo), para o em-presário comer, em vez de fazer poeira. Não importa o tamanho da sua empresa ou onde esteja localizada, nem em que ramo trabalhe, você precisa incorporar ao seu sistema de gestão pelo menos uma pequena dose de vanguarda. Pensar global e agir localmente.

Normalmente, quem atua como gerente ou pensando como aqueles antigos chefes que não faziam outra coisa senão dar ordens, acaba sendo uma cópia de si mesmo do dia anterior. Por força do hábito, chefes assim fazem a mesma coisa sempre, como robôs. Já, o líder consegue ser cada dia original porque faz as coisas a partir do comportamento do consumidor, numa abor-dagem de fora para dentro. Em vez de deixar-se levar pelas circunstâncias do dia a dia, procura administrá-las e alterar o rumo das coisas para melhor.

Claro, ninguém pode afi rmar que o gerente tradicional não seja trabalhador e efi ciente, olhando pela ótica do volume de trabalho. Ele está sempre muito ocupado, mandando, cobran-do, expedindo ordens, controlando e administrando confl itos. É um excelente “cuidador” das coisas. Mas as coisas fi carão sempre do mesmo jeito ao longo do tempo. Nada muda. Vendas, perfi l da equipe, visual da loja ou da fábrica, resultados, tudo permanece do mesmo tamanho e com a mesma cara. Qual é o seu perfi l?

Cuidador ou Administrar de Loja ou Indústria?

Novidades, inovação de produtos, processos, forma de atendimento e de modelo de negó-cio, são com certeza as grandes aspirações dos consumidores do Século XXI. Quem não inova, retrocede. Esta é a mais pura verdade empresarial do momento. Os clientes querem que você escreva o roteiro e viva com eles um fi lme de longa metragem emocionante, vibrante e glamuroso. Não dá para usar a mesma história sempre, como novela da Globo: Vale a Pena Ver de Novo.

Gerentes com síndrome de Gabriela (eu nasci assim, vou ser sempre assim...) costumam fundamentar todo seu trabalho nos sistemas, nas normas, nas estruturas e nos produtos. Não conseguem se desvincular da parte material tangível. Assim, têm sempre na ponta da língua o culpado do dia. São hábeis em arranjar belas justifi cativas (o mercado, a situação tal, o consumi-dor que não entende, a equipe, o fornecedor, o governo) e por aí afora. Jamais admitirá a remota hipótese de que a falha pode ser ele mesmo.

Os líderes focados no negócio e conscientes de que o mundo mudou radicalmente, sobre-tudo a maneira de se fazer negócios, fundamentam seu trabalho nas Pessoas. Consumidores, colaboradores e comunidade em geral. Todos os envolvidos direta e indiretamente com o sucesso do empreendimento. Desta forma, preparam a empresa para proporcionar a melhor experiência possível para os clientes e proporcionar o

Melhor lugar para comprar. Melhor lugar para se trabalhar.

Em vez de gerar dúvida, medo e insegurança, o Líder do Século XXI gera confi ança, inspira a equipe a vencer desafi os e forma Novos Líderes principalmente através de exemplos. Como está sempre fazendo algo diferente e cada vez melhor, sua forma de trabalhar constitui-se em permanente aprendizado. Trabalho com um líder assim é o mesmo que fazer um MBA de liderança.

O Líder faz a

DNA da Venda

Moacir Moura é palestrante, consultor especializado em gestão de pessoas, pós-gra-duado em gestão de varejo

moacirmoura@terra.com.brwww.mouramoacir.blogspot.comwww.ogerente.com.br

DIFERENÇA

Em vez de

gerenciar e dar ordens, o Líder

inspira as pessoas e forma Novos Líderes.

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O olfato é considerado o mais intenso dos sentidos humanos, sendo o único cujo o processo passa pelo sistema límbico, área do cérebro res-ponsável pelas emoções, pe-las memórias arquivadas e pe-las reações aprendidas. Essa constatação é da pesquisa científi ca dos doutores Richard Axel e Linda B. Buck que, de forma pioneira, esclareceram o funcionamento do sistema olfativo e por isso foram pre-

O poder das fragrâncias

Marketing olfativo se apresenta como uma ferramenta diferenciada para atrair e fidelizar clientes

Por Meri Rocha, de Curitiba (PR)

Marketing

miados com o Nobel de Medicina em 2004. Pesquisas como essas, entre outras mais recentes, estão servindo de suporte para investimentos no marketing olfativo. De acordo com a especialista no assunto, Lilian Xavier, ao atingir o sistema límbico, as mensagens aromáticas são processadas instantânea e instintivamente. E é justamente por isso que elas têm grande efeito, agindo nos centros cerebrais e provocando reações emocionais e físicas. “Quando sentimos um perfume adentramos num mundo paralelo, em que nossas emoções rendem-se aos encantos e mistérios de uma fragrância. O aroma tem o poder de agir sobre nosso inconsciente, atuando como fator de atração e fi delidade e até desencadeando a compra por impulso”, enfatiza.

Conforme Lilian, dependendo do segmento de cada empresa, essa ferramenta pode alcançar diversos objeti-vos, como aumentar as vendas e o ticket médio, desen-volver uma logomarca olfativa, fi delizar e cativar clientes, chamar a atenção num ponto de venda, incrementar campanhas de lançamentos de produtos. “Enfi m, pode ser um complemento para campanhas tradicionais de marketing, harmonizando todo o ambiente, desde a ambientação física de uma loja até o seu “cheiro” e, com isso, atuar em todos os sentidos dos consumidores”.

Segundo estudos sobre o tema, a comunicação ol-fativa tem uma permanência na memória das pessoas maior do que a visual. A memória olfativa retém 35% dos estímulos e a visual somente 5%. E ainda o olfato tem a capacidade de distinguir 10 mil aromas, enquanto a visão percebe apenas 200 tonalidades. (continua)

Em breve a Marelli estréia logo-marca olfativa em todas as lojas do Brasil e América Latina

Fotos: Divulgação\Marelli

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PesquisasNão existem estudos

conclusivos sobre a efi cá-cia do marketing olfativo como fator determinante para aquecer as vendas ou fi delizar os clientes. Mas existem algumas experi-

ências que mostram como essa ferramenta infl uencia forte-mente no comportamento do consumidor. Uma das primeiras experiências feitas com o marketing olfativo, cita Lilian Xavier, foi realizada em cassinos de Las Vegas, nos Estados Unidos, nos anos 70. “O uso de fragrâncias perto das mesas de jogo mantinha os apostadores despertos e aumentava em mais de 50% o volume de apostas”. Depois, nos anos 80, a marca americana Nike também testou o poder do marketing olfativo. “Dois tênis do mesmo tamanho, modelo e cor foram coloca-dos em salas separadas. Em um dos ambientes, usaram uma fragrância fl oral. No outro, nada foi feito. Cerca de 80% dos entrevistados afi rmaram gostar mais do produto que estava na sala aromatizada e nenhum deles percebeu que se tratavam de tênis exatamente iguais”.

No Brasil, de acordo com Lilian, em pesquisa que envolveu 156 pessoas, uma loja aromatizada atraiu 50% mais visitantes casuais, aumentou em 7,7% a intenção de voltar à loja e teve um aumento de 38% nas compras por impulso. “Uma fragrân-cia chama positivamente a atenção, causa boa impressão ao local, reforça os atributos de um produto ou marca, dá uma assinatura olfativa a um empreendimento, a uma etiqueta ou a uma marca”, conclui a especialista.

CaseA Marelli Ambientes Racionais, fabricante de móveis para

escritórios, de Caxias do Sul (RS), em breve irá utilizar sua logomarca olfativa. A idéia é que ela esteja presente como aromatizador de ambiente em todas as lojas da marca no Brasil e na América Latina. Além de dar a possibilidade de o cliente levar para o escritório um aromatizador, dando continuidade à difusão da fragrância Marelli. De acordo com Daniel Casti-lhos, gerente de vendas e marketing da empresa, a fragrância deverá ter como atributos emocionais um “cheiro” leve, alegre e limpo, que seja capaz de criar uma atmosfera de bem-estar, contentamento, impulsionando o bom relacionamento e a produtividade do ambiente e criando a sensação de realização. E entre os atributos técnicos um cheiro que tenha a ver com madeira, já que é a matéria-prima principal dos ambientes da empresa.

De acordo com Lilian Xavier, que assessorou a ProAloe

Produtos da Natureza no desenvolvimento da fragrância para a Marelli, a logomarca olfativa funciona como o “cheiro da marca” e ela pode estar incorporada ao ambiente, ao produto desenvolvido pela marca, em todas as peças da comunicação, premiações, enfi m, pode fazer parte de todo o relacionamento da marca com o seu público, seja ele in-terno ou externo. “O “cheiro” precisa estar completamente identifi cado com os valores que a marca/empresa pretende transmitir, podendo inclusive servir para melhorar a produ-tividade e as condições de trabalho, quando aplicada em ambiente corporativo”, ressalta.

Daniel Castilhos, da Marelli: “Acreditamos que a escolha de uma marca em detrimento de outra se dá em virtude de experiências e percepções positivas”

COM A PALAVRA

Lilian Xavier

Os investimentos em marketing olfativo no Brasil são reduzidos?

No Brasil temos algumas iniciativas desde os anos 70. A loja de roupas infantis Giovanna Baby, a loja de roupas femininas Les lis Blanc (anos 90), as lojas Kopenhagen (aroma de chocolate), entre outras. Mas o quadro está mudando e cada vez mais empresas estão adotando esta estratégia, porque foi comprovada a diferenciação extraordinária que a fragrância própria acarreta para a marca que a possui. EUA e Japão são os países onde há mais empresas “olfativas”, isto é, companhias que investem em um “cheiro” próprio por meio de dispositivos que espalham perfumes nas lojas. A Singapur Airlines aposta no marketing dos cinco sentidos para atingir um público selecionado; a Disney utiliza essa ferramenta há 15 anos em seus parques temáticos. Primeiro, a produtora americana deu um toque de realismo a seu público de fi lmes de ação ao introduzir cheiro de pólvora e de borracha queimada nas salas. Depois, impregnou as ruas e parques com cheiro de pipoca para despertar o apetite dos seus clientes. O sucesso da técnica empregada pela Disney incentivou a cadeia de hotéis Hilton e Sheraton, os restaurantes Hard Rock, a linha de automóveis de luxo Lexus e a produtora de cinema Paramount a fazerem o mesmo.

Quais as principais difi culdades?Além da questão cultural, a principal difi culdade é

o custo, uma vez que um projeto de desenvolvimento de uma logomarca olfativa envolve o board da empresa, assessoria especializada, tempo e recursos. As essên-cias usadas na produção das fragrâncias são vendidas em quantidades mínimas, logo, a empresa que desejar optar pela estratégia de logomarca olfativa tem que ter em mente um consumo signifi cativo.

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Uma análise importante que deve ser feita quando se olha para a gestão comercial nas organizações é no sentido de identifi car onde exatamente se encon-tram os pontos críticos que muitas vezes podem desaguar em resultados pouco satisfatórios.

Em muitos casos só há esforços adicionais de análise, trabalhos de mo-tivação, de melhorias ou tentativa de se buscar melhores resultados, quando o que foi planejado não é contemplado. Quase sempre nos casos de sucesso há uma sensação de “missão cumprida” de maneira automática, sem muitas vezes se realizar análises quanto a um possível desempenho adicional ou superior às metas estabelecidas.

Já nos casos de insucesso, há uma tendência de se analisar as políticas e a estrutura comercial em si, ou seja, as pes-soas e os processos ligados diretamente à atividade da venda. Há a visão equivo-cada de que falta competência exclusiva da equipe comercial em todos os níveis, responsáveis pelas etapas da venda que vão desde a prospecção até o pós-venda.

O que ocorre é que por vezes falta uma visão do todo, uma visão de maior ampli-tude. E é preciso contemplar nesta análise todo o trabalho da organização desde o pla-nejamento estratégico, o planejamento de marketing, o desenvolvimento do produto, todos anteriores aos processos da venda.

Em vendas o sucesso não envolve uma

| Marketing

FERNANDO RAASCH

Analista de sistemas e gestão fi nanceira, tem MBA executivo em marketing internacional e é inte-grante do quadro de consultores do Intelligence Group

[email protected]

Amplitude do processo comercialfórmula única. Existem estratégias, formatos e técnicas com as quais é possível obter-se maior sucesso em negociações. Por outro lado, um dos conceitos do marketing cita que ele é uma fi losofi a de negócios que faz da satisfação do cliente a justifi -cativa econômica e social para a existência da empresa. Desse modo, as atividades da empresa devem se concentrar primeiro em descobrir o que o cliente deseja, satisfazendo posterior-mente esses desejos e gerando como conseqüência, o lucro.

Então, se não há venda não poderia se entender que não houve competência sufi ciente na geração de estratégias da organização como um todo para “cobrir” um determinado mercado? Que não tenha havido também estudos sufi cientes para adequação de produtos (ou serviços) em acordo com os anseios da sociedade de consumo para a qual o produto (ou serviço) foi dirigido?

Além disso, deve-se olhar também para os processos posteriores aos que compreendem as etapas da venda, que vão garantir em última análise, a perpetuação do negócio da empresa. O não atendimento nessa fase se não afetar aquela transação especifi camente, com arrependimento e posterior cancelamento da transação, pode comprometer o sucesso de novas abordagens, de novas transações. Em muitos casos não há nem mesmo a clareza dos motivos para a não venda numa segunda abordagem, passando novamente a sensação de incompetência da equipe comercial.

Evidentemente também não há sentido quando a área comercial simplesmente justifi ca a não venda por conta de problemas de processos anteriores ou posteriores a ela, ge-rando desculpas pelo insucesso. Se os problemas existem, cabe sim à área comercial e seus responsáveis, apontar os problemas para evitar falhas, mesmo que estes não estejam sob sua responsabilidade.

Então, como corrigir problemas de não venda? Um traba-lho importante pode ser o de, abrangendo um maior número de áreas internas de negócio, desenhar os processos com a maior clareza e profundidade possível e assim tornar mais facilitada a análise dos pontos críticos e trabalhá-los. Identi-fi car eventuais falhas na condução dos trabalhos que podem se localizar desde a concepção de produtos, na própria atividade da venda ou mesmo no tratamento perene com o cliente já atendido.

O trabalho de mapeamento de processos é primordial em qualquer organização, uma vez que a estrutura departa-mentalizada dessas empresas, cada qual sob uma gerência individualizada, tende a formar quase que mini-empresas com gestões independentes e que não se ligam entre si. Em consequência disso, há uma tendência de se justifi car eventuais insucessos pela incompetência dos demais depar-tamentos, menos o departamento em questão.

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Formas, cores, texturas, materiais e técnicas; o ines-perado surge no melhor do design tupiniquim em nove mostras distribuídas em mu-seus, universidades, parques e calçadões, que formarão a Bienal Brasileira de Design 2010, entre 14 de setembro a 31 de outubro, em Curitiba (PR). O tema do evento “De-sign, Inovação e Sustentabi-lidade”, dá uma ideia do que vem por aí. Sob curadoria geral de Adélia Borges, jornalista e curadora especializada em de-

Bienal sustentável

3ª edição da Bienal Brasileira de Design propõe reflexão sobre o design sustentável e sua importância no desenvolvimento do País

Por Keila Marques, de Curitiba (PR)

Design

sign, a Bienal Brasileira de Design é a principal exposição da área no País e, por isso, tem como propósito o esclarecimento da importância do design no cotidiano da população em geral e no desenvolvimento do País. “Neste sentido, a indústria exerce relevante papel ao promover os setores e as empresas que têm investido em design como um diferencial para seu desempenho e, no fi nal das contas, para a melhoria de sua atuação”, afi rma Adélia. A organização da Bienal 2010 espera receber 250 mil visitantes, além da participação de 500 mil internautas que deverão navegar nas exposições virtuais.

A Bienal será realizada simultaneamente em vários locais de Curitiba, inclusive em espaços públicos como ruas no centro da cidade e parques municipais. “Nossa intenção é fazer a iniciativa extravasar para a cidade, interagindo com o espaço urbano, os moradores e visitantes”, explica Adélia. Segundo ela, designers de outros países já demonstraram interesse em conferir a produção que será exposta na Bienal. “Estamos muito animados com a repercussão do projeto e queremos promover uma ampla refl exão sobre o design sustentável”, salienta Adélia.

MostrasA mostra “A Reinvenção da Matéria” que será sediada no

Museu Oscar Niemeyer, vai apresentar processos inteligentes de transformação de matérias-primas em objetos sustentá-veis no Brasil. Da Dinamarca, vem a exposição “It’s a small world”, com referências internacionais em design susten-tável, cuja instalação será no Cietep. No âmbito histórico a

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O evento vai promover nove mostras em museus, universidades, parques e calçadões de Curitiba (PR). Na foto, o local onde a última edição foi realizada, em Brasília (DF)

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mostra “Primórdios de uma ideia” vai retratar, no Cietep, as bienais de design realizadas entre 1960 e 1970, no Rio de Janeiro, e aquelas da década de 90, ocorridas em Curitiba. No mesmo local, a exposição “Memória da Indústria – O caso da Cimo”, com curadoria de Angélica Santi, traz a experiência dessa indústria de móveis sulista, criada nos anos 20, cuja atuação até a década de 70 estabeleceu um divisor de águas entre o trabalho artesanal e a produção seriada no Brasil.

Outra mostra que vai resgatar a história é a “Pioneiros do Design no Paraná”, com o objetivo de contribuir para conservação da memória cultural brasileira. A história do planejamento da cidade de Curitiba será relembrada na exposição “Design Urbano”, onde o curador Jaime Lerner pretende mostrar, no Memorial de Curitiba, que a contribui-ção do design ultrapassa o universo dos bens de consumo e pode alcançar a esfera pública.

Os universitários também terão espaço na Bienal 2010. A mostra “Novíssimos”, com curadoria de Ivens Fontoura e sede no Cietep, está em contato com professores de todo o Brasil para projetar a nova geração que se encaminha ao mercado de trabalho. Para provocar uma discussão sobre o campo semântico abrangido pela palavra sustentabilidade a exposição gráfi ca “Sustentabilidade: E eu com isso?” vai utilizar o poder de comunicação do cartaz. Além das mostras, a programação inclui ações educativas em instituições de ensino municipal e nos espaços do evento; ações interativas nos sites da Bienal e da Rede DesignBrasil, além de ações do conhecimento, articuladas em Design Innovation Labs e Fóruns de Discussão, que vão reunir, entre 15 e 17 de setem-bro, seminários, clínicas, workshops, apresentação de cases e painéis de discussões.

A Bienal Brasileira de Design 2010 – Curitiba é uma realização do Centro de Design Paraná e da Federação das Indústrias do Estado (Fiep), numa iniciativa do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e do Movimento Brasil Competitivo (MBC). Informações: www.bienalbrasileiradedesign.com.br

COM A PALAVRA

Adélia Borges, curadora geral da

III Bienal Brasileira de Design

O tema escolhido nesta edição refl ete o momento atual do design no Brasil?

Apesar de tão desgastado, ‘design e sustentabilida-de’ é o grande tema do momento. O design brasileiro tem excelentes respostas para essa questão, com vários projetos que atendem a defi nição elaborada em 1987 pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desen-volvimento da ONU, que afi rma que “o desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das gera-ções futuras de satisfazer as suas próprias necessida-des”. O que a Bienal se propõe é apresentar exemplos concretos de como conciliar essa difícil equação.

A Bienal é um evento que lança tendências? Quais tra-balhos os visitantes vão encontrar no evento?

A Bienal traz os temas mais pertinentes do momen-to que estamos vivendo, sob a ótica da inovação e da sustentabilidade. Ainda não temos a lista defi nitiva, no entanto dá para adiantar que os principais designers brasileiros de produto estarão representados. Tivemos uma preocupação grande de não nos restringirmos ao eixo Rio-São Paulo, e sim ampliar para todo o País. Serão produtos e serviços de vários segmentos, em diferentes materiais e técnicas produtivas. Será um panorama privilegiado da diversidade, inventividade e esplendor do design brasileiro contemporâneo.

A última edição do Bienal aconteceu em 2008 (veja a foto), com a exibição de 1200 produtos que abordaram o design industrial voltado à produção em grande escala

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A cozinha do futuro será dedicada a uma geração que cresceu no ambiente da internet, da tecnologia, da mobilidade - um indivíduo multitarefa que demanda soluções diferenciadas em produtos e serviços. Para esse novo consumidor co-meça a nascer uma cozinha automatizada e interativa que, além de cumprir sua função primordial, também possibilita a comunicação com outras áreas da casa (e até com o ambiente externo), simplifi cando o jeito de viver. É a promessa de mais tempo para desfrutar a vida, um va-

Cozinha tecnológica

A evolução dos costumes orienta o design. Este foi o principal tema do Design Fórum Cozinhas

Por Silvia Grilli, especial para a Móveis de Valor

Tendências

lor dos tempos atuais.Na cozinha do fu-

turo – e do presente - a tecnologia tem um papel preponderante e é um meio de expres-são da individualidade. Através de inúmeros recursos tecnológicos já podemos personalizar móveis e ambientes evidenciando o valor das infl uências familia-res, culturais, étnicas e temporais. Os novos sistemas de iluminação nos permitem criar uma atmosfera exclusiva, e a automação das portas e gavetas oferece diversas possibilidades de customização para cada projeto. Com sistemas de armazenamento cada vez mais sofi sticados (como dispensers e gavetas modulares) a nova cozinha é mais que funcional: é inteligente.

O fenômeno da cozinha integrada ao living (tendência apontada há cerca de 8 anos) foi superado pela cozinha de estar – um ambiente ligado à casa toda que resgata o prazer da convivência e (re)valoriza as relações pessoais. Na cozi-nha de estar a experiência sensorial supera a estética. Aqui entram os materiais com texturas e acabamentos que evocam lembranças da cozinha materna ou de um local querido. E apesar da mudança nos hábitos alimentares da população em geral, um bom sistema de exaustão é essencial para

garantir conforto e limpeza na cozinha de estar.

Visando a longevidade dos consumidores e aqueles portadores de necessidades especiais surge a cozinha universal, com soluções ergonômicas dedicadas e formas arredondadas que garantem mais segurança.

E fi nalmente chegamos à cozinha verde, que também evoluiu. Além da utilização de painéis ecológicos, ade-sivos base água e partes do móvel construídas com ma-terial reciclável (plásticos, alumínio e até papelão), a

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cozinha verde oferece a possibilidade de economizar água a energia. É o conceito de ecofacilitação, presente em todo tipo de produto que propicie ao consumidor ser mais sustentável.

Case Whirlpool Colocar em prática as teorias de sustentabilidade é um

exercício que extrapola a especifi cação de matérias primas e processos ecológicos. Um projeto 100% sustentável visa todo o ciclo de vida do produto, incluindo seu descarte e reutilização através da logística reversa. Esta é da política da Whirlpool Latin America. Ao escolher as geladeiras das marcas Brastemp e Consul o consumidor pode optar pela compra através do site

ou em lojas parceiras do projeto de reciclagem. Nestes casos o novo produto é entregue na casa do cliente, e na mesma viagem a empresa retira a embalagem e a geladeira antiga (de qualquer marca). O papelão e isopor são destinados para empresas de reciclagem. Numa linha de desmontagem os gases CFC e HFC são sugados e armazenados para reuso. As partes da geladei-ra antiga são separadas conforme o material (aço, plástico e alumínio) que é vendido para transformação. Com esta prática apenas 10% de uma geladeira descartada vai para os aterros. A meta Whirlpool é zerar os resíduos.

Estes e outros temas foram debatidos no 4º Design Fórum Cozinhas, que aconteceu no dia 10 de junho, em São Paulo.

Profi ssionais da arquitetura e design participaram do evento que reuniu nomes como João Bezerra, Rodrigo dos Reis e Freddy Hermann

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12,4 milhões de domicílios, sendo 94,8% urbanos; uma po-pulação de 41, 7 milhões (21,3 milhões de mulheres); 25,6% pertencentes a classe C1. Estes são apenas alguns dos números que compõem São Paulo. Um Estado superlativo, com um total entre consumo e despesas previsto para 2010 de R$ 641,5 bilhões. Já para mobiliário o va-lor é de R$ 12,5 bilhões, isto é 29,8% do total do consumo de mobiliário do Brasil, estimado em R$ 42 bilhões, segundo o Pró-Mercado, departamento de pesquisa do Intelligence Group, empresa que publica a revista Móveis de Valor. Como prova de que o mercado para móveis tem crescido no estado paulista,

Especial SP SÃO PAULOMaior mercado do País

Pesquisas e especialistas mostram que o Estado de São Paulo continua liderando o potencial de consumo

Por Meri Rocha, de Curitiba (PR)

basta verifi car o aumento de 24% do potencial de consumo de mobiliário em relação ao ano anterior. Por classe social, a B1 paulista tem maior potencial, 28% do total ou R$ 3,5 bilhões, seguida da B2, com 22,7% ou R$ 2,8 bilhões. Na análise do especialista Marcelo Waideman, economista da GS&MD – Gouvêa de Souza, “o estado de São Paulo con-tinua sendo o grande mercado do País e tem acompanhado a evolução do mercado interno devido a sua economia dinâmica. Além de se benefi ciar com a ascensão da classe C, ele também dispõe de segmentos de mais alto padrão de

consumo”. Ele ressalta que mesmo após um ano difícil como o de 2009 e com estímulos governamentais tardios,

São Paulo caminha apontando recuperação forte. Segundo o economista, essa tendência deve

continuar marcando o mercado paulista.

Marcelo Waideman diz que nos últimos anos pôde se observar a con-

tinuação do “aprofunda-População 41,7 milhões

sendo 21,3 milhões mulheres

Faixa Etária30,6%

entre 30 e 49 anos

Domicílios12,4 milhões

94,8% de domicílios urbanos

Classe Social

25,6% classe C1 mais representativa

Consumo Per Capita

R$ 5,1 mil rural/ano

R$ 15,9 mil urbano/ano

Consumo de Mobiliáriopor Habitante

R$ 299,74

Consumo de Mobiliáriopor Domicílio

R$ 1.001,63

Estado deSão Paulo

Fonte: Pró-Mercado

Ronaldo Satoris, do Sindimov-SP: “Conside-

ramos que o mercado paulista é o mais atraente

ao nosso segmento”

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Colocação de São Paulo em relação ao total Brasil

974,93SP

2008 (US$ milhões)

155,50

15,9%

BR

2009 (US$ milhões)

701,11118,08

16,8%SPBR

Exportação de móveis

Fonte: Secex

mento do processo de transformação da capital em pólo de serviços, enquanto as indústrias se deslocam para o interior, sendo que é no interior paulista que se encontra infra-estrutura e mão-de-obra em condições privilegiadas em relação ao resto do País”. Conforme ele, tanto a capital como o interior tem recebido investimentos, claro que de acordo com a dinâmica citada anteriormente. “Os setores em destaque no estado são o automobilístico e o de produ-ção agrícola, em especial a cadeia ligada ao etanol”, frisa. Em relação ao varejo, o economista da Gouvêa de Souza analisa a versatilidade do mercado paulista devido a forte concorrência existente. Já que ele tem desde as pequenas e

médias lojas até os grandes players do País. “Uma tendência cada vez mais forte é de móveis e eletro com forte presença em supermercados”, salienta. Outra expectativa, segundo ele, é a fusão de redes menores para ganhar competitividade junto ao novo cenário competitivo instalado pelas recentes uniões de grandes varejistas que se tornaram mega players.

Indústrias Se São Paulo lidera o potencial de consumo, no

caso da produção o cenário não é diferente. De acordo com dados de dezembro de 2008 do Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística

(IBGE), o estado paulista concentra 25,6% das indústrias

de móveis existentes no País. Das 18.222 indústrias espalhadas pelos

estados brasileiros, 4.830 estão em São Paulo. Elas se concentram em sua maioria

nos pólos moveleiros da capital paulista, Miras-sol e Votuporanga, que englobam diversos municí-

pios. Segundo o presidente da Associação Industrial da Região de Votuporanga e do Sindicato das Indústrias

do Mobiliário de Votuporanga (Sindimob), José Carlos de Melo, o mercado de São Paulo está em franco crescimento. “Tendo em vista a melhoria de qualidade dos móveis e tam-bém o grande avanço no design dos produtos, gerando um desejo de compra no consumidor. Não podemos esquecer

FEIRAS RELEVANTES PARA O MERCADO GLOBAL

É importante destacar que na capital paulista são realizadas também feiras que movimentam o mercado nacional. Uma delas é a Feira Internacional de Forne-cedores da Indústria Madeira e Móveis (ForMóbile), com a quinta edição programada para 27 de julho a 30 de julho de 2009. Outro destaque da capital paulista é o Salão Abimóvel – Feira Internacional de Móveis e Decoração, antes conhecido como Fenavem. A pró-xima edição ocorrerá de 9 a 12 de agosto de 2011. E no interior paulista o destaque é a Movinter, feira realizada em Mirassol, e que este ano acontecerá de 20 a 23 de julho.

Nesta edição você confere mais notícias sobre a Movinter e a ForMóbile.

Marcelo Waideman, econo-mista da Gouvêa de Souza: “o estado de São Paulo continua sendo o grande mercado do País”

Especial SP SÃO PAULO

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SÃO PAULOque está havendo uma melhor distribuição da renda, e um aumento real nos salários, e também uma sensível melhora no nível de empregos”, avalia. Conforme Melo, as indústrias do pólo de Votuporanga estão fazendo negócios em todos os estados do mercado nacional e buscam conquistar o merca-do externo. “Em dados gerais o pólo vende aproximadamente 25% para o estado de São Paulo e aproximadamente 75% para o restante do mercado nacional, os principais estados consumidores são Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais”, conta. Em relação aos avanços das indústrias do pólo, o empresário avalia positivamente. “Avançamos em melhorias na qualidade dos produtos, e aumento (embora não muito signifi cativo) das vendas, houve também um me-lhor posicionamento do setor moveleiro perante o governo e os lojistas”. Conforme ele, houve melhorias em máquinas e equipamentos, no design e também na visão dos empresá-rios em relação ao futuro da indústria moveleira. “Hoje somos mais respeitados, pois representamos um setor que tem uma grande capacidade de geração de empregos”, ressalta. A avaliação do presidente do Sindicato das Indústrias de Mó-veis de São Paulo (Sindimov), Ronaldo Satoris, é semelhante. “Consideramos que o mercado paulista é o mais atraente ao nosso segmento”. Segundo ele, as indústrias do pólo nos últimos anos vêm buscando capacitar seus quadros de fun-

cionários e sistemas de gestão, bem como o aprimoramento de seus produtos com design e qualidade total. De acordo com Satoris, as indústrias são de micro e pequeno porte e 90% delas atendem o mercado interno. Já as indústrias de móveis corporativos, consideradas médias e grandes, além de atenderem o mercado interno, também exportam para outros estados e países. “Nossas indústrias, na maioria, fabricam móveis sob medida”. Em relação ao varejo, Sato-ris diz que tem observado o avanço de empresas de vários estados, como dos estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Minas Gerais. “Notadamente através de franquias”, salienta.

ExportaçõesOs dados do mercado externo também são positivos.

São Paulo continua ocupando a terceira posição no ranking dos exportadores, abaixo da líder Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Em 2009, segundo o Serviço de Comércio Exterior (Secex), o estado exportou US$ 118,08 milhões. Esse valor representa 16,8% do total exportado em móveis no total Brasil, que registra a marca de US$ 701,11 milhões. Vale ressaltar que apesar da diminuição em volume, chegan-do a 18%, se comparado aos valores atingidos em 2008, o Estado sustentou as exportações acima do exportado pelo total Brasil, que teve queda de 28,3%.

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Com mais espaço para os expositores, a 8ª edição da Feira de Móveis do Estado de São Paulo – Movinter 2010, que acontece entre 20 e 23 de julho, no Pavilhão da Interior Eventos, em Mirassol (SP), vai possibilitar a exposição de mais produtos e ainda melho-rar o atendimento ao lojista, com o intuito de preparar os participantes deste evento para as próximas edições. Devido à grande procura por espaço na feira, o pavilhão foi ampliado em mais de dois mil metros quadrados para abran-ger duas novas áreas para estandes, além de tendas ex-ternas climatizadas com res-taurante, choperia, cyberca-fés, ambulatório e toda a área administrativa. Cerca de 140 expositores, provenientes de oito estados brasileiros, par-ticipam da feira que acontece no maior mercado consumidor de móveis do País, o Estado de São Paulo. “Esse fator se tornou um forte atrativo para

Vem novidade por aí

Movinter aumenta o pavilhão a pedido dos expositores e mostra mais lançamentos nesta edição

Por Keila Marques, de Curitiba (PR)

empresas de outros polos moveleiros, sobretudo os mais próximos, e também para os lojistas”, enfatiza Augusto Balieiro, diretor da Multiplus Feiras e Eventos, empresa que organiza a Movinter.

No dia 10 de junho, os diretores da Multiplus Feiras e Eventos e do Sindicato da Indústria do Mobiliário de Mirassol - SIMM, realizador da feira, se reuniram para defi nir estratégias direcionadas às próximas três edições do evento, ou seja, planejaram ações até a Movinter 2016 e muitas destas diretrizes serão reveladas durante esta edição. “A Movinter tem uma tradição de 17 anos, mas está limitada pelo espaço físico. Este é um problema que temos desde 2004, quando tivemos que ampliar a área para receber mais expositores. Então, o nosso maior objetivo é o crescimento da feira”, explica o diretor da Multiplus, Augusto Balieiro, que procura não revelar muito do que foi conversado durante a reunião.

ServiçosPara incentivar mais lojistas a participarem da feira, o

pré-credenciamento esteve disponível desde março no site da Movinter. Porém, durante a feira ainda será possível fazer o credenciamento pelo site para retirar a credencial no guichê na entrada do Pavilhão e evitar fi las. Os lojistas que fi zeram o pré-credenciamento receberam em casa um

material com informações sobre turismo, hotelaria, culinária, tras-lado, voos e a estrutura da cidade de Mirassol e demais cidades da região. Outra facilidade para o lo-jista, e também para o expositor, está na parceria com a rede de hotéis Plaza Inn que vai permitir a hospedagem nos três hotéis da rede em São José do Rio Preto (cidade distante 10 kilômetros de Mirassol), com tarifas e des-contos especiais. A organização de caravanas também está nos planos da Multiplus Feiras e Eventos. “Provavelmente vamos fazer caravanas, pois os lojistas, principalmente de Minas Gerais, têm muito interesse”, comenta

MOVINTER 2010

Quando 20 a 23 de julho

Onde

Pavilhão da Inte-

rior Eventos

Mirassol (SP)

Horário 13h às 20h

www.movinter.com.br

A Movinter 2010 conta com a participação de 140 expositores que apostam na feira que está no maior mer-cado consumidor do País

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Balieiro. Segundo ele, dois dias são ideais para conhecer todos os lançamentos.

Eventos paralelosA Rodada Internacional de

Negócios realizada pelo Projeto Brazilian Furniture e pelo SIMM, com apoio da Apex Brasil e da Abi-móvel, será promovida em local dentro do complexo onde está lo-calizado o pavilhão. “As rodadas já aconteceram nos próprios estan-des por falta de espaço, mas neste ano teremos um local apropriado para o projeto”, observa Balieiro.

Outro evento paralelo é a 5ª edição da Mostra Design, que acontece em um estande com cerca de 200 metros quadrados, e vai abrigar 16 produtos. As empresas que participam dessa edição são: Arte Sofás, Giobel Móveis, Robel Móveis, Móvel Fort, Lucaliam Móveis, Móveis Luapa, J.M Barreto, Atraente Móveis, Patrimar Móveis, Mota Porto e Germai Móveis. De acordo com o coordenador da Mostra, Claudemir Flores, todas as peças são projetadas em parceria com técnicos em design formados pelo Senai/SP. “Os critérios da Mostra estabelecem que os produtos sejam diferenciados em relação a design, plasticidade e conceito, com concepções que traduzam uma evolução técnica e tecnológica no setor moveleiro”, afi rma Flores. O evento promove ainda palestras técnicas, workshops e debates com temas relacionados a design, tecnologia, gestão e mercado.

Esta edição da Movinter realizou ainda a II Campanha do Representante Comercial, com o tema “Essa Campanha é

do Caribe”. Mais de mil representantes participaram com o cadastramento de seus clientes e aquele que levar o maior número de lojistas para a Feira será premiado com um apa-relho de celular Blackberry. Além disso, uma viagem com acompanhante para o Caribe será sorteada. O lojista também será premiado, pois ao fazer o pré-credenciamento e visitar a feira, concorre a uma viagem para participar da Feira de Móveis e Interiores do Oriente Médio – Index Dubai, que acontece em Dubai, nos Emirados Árabes.

LançamentosEm entrevista à reportagem da Móveis de Valor, o diretor

administrativo da fabricante de móveis para escritórios, Giobel, de Votuporanga (SP), é discreto ao comentar as novi-dades que a empresa levará à feira e prefere fazer surpresa.

“Vamos levar novas linhas de mesas, arquivos e armários para linha alta, novas cores para painéis MDP com revestimento em BP e novas linhas de cadeiras”, revela. Outra empresa que prefere guardar segredo é a Móveis Província, de Guapiaçu (SP), que só informou que vai lançar novos mode-los de rack, home-theater e estante. Já a Olivar Móveis, de Dracena (SP), participa desta edição com cinco lançamentos em racks e homes, além dos novos acabamentos em pintura UV madeirado Carvalho e madeirado Freijó. Outra empresa que vai partici-par da Movinter 2010 é a Incabrás, de Fernandópolis (SP), com cerca de 10 lançamentos em camas e roupeiros.

A nova cor Ciliégio é o destaque desta nova coleção.

O rack home Line é um dos lançamentos da Olivar Móveis, de Dracena (SP)

Conjunto Cris: um dos lançamentos da Ciplafe na Movinter

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Grande diversidade

Feiras Nacionais

ForMóbile 2010 está com mais expositores e projeta aumento de negócios e visitantes

Por Keila Marques, de Curitiba (PR)

Tudo pronto para a maior feira de forne-cedores de máquinas, equipamentos, maté-rias-primas, ferragens, acessórios, componentes e serviços para o seg-mento madeira-móveis, que acontece entre os dias 27 e 30 de julho, no Parque de Exposições do Anhembi, em São Paulo (SP). A Feira Internacio-nal de Fornecedores da Indústria Madeira-Móveis – ForMóbile 2010 – vai reunir aproximadamente 750 empresas do Brasil e do exterior, em quase 76 mil metros quadrados de área total. Para faci-litar a vida do visitante e aproveitar melhor a diversidade de produtos, a feira foi segmentada. Com isso, os exposito-res estão agrupados em

FORMÓBILE 2010

Quando 27 a 30 de julho

Onde

Pavilhão

Anhembi (SP)

São Paulo (SP)

Horário 13h às 20h

www.feiraformobile.com.br

A estimativa é de rece-ber 60 mil visitantes nesta edição

quatro grandes áreas: Máquinas e Equipamentos; Matérias-primas; Ferragens e acessórios e Serviços.

Segundo a gerente de marke-ting da Brazil Trade Shows, em-presa que adquiriu a ForMóbile em agosto de 2009, Araceli Bernardi, nesta edição a feira está maior e mais completa. “O Anhembi está completamente lotado. São 750 expositores e uma área de 76 mil metros quadrados. A Formóbile é a maior feira de fornecedores do segmento madeira-móveis da Amé-rica Latina e está entre as maiores do mundo. Podemos dizer que, sem dúvida, é hoje o principal palco de lançamentos de tendências em máquinas, matérias-primas, ferragens e acessórios e serviços para o setor”, reforça Araceli. Os números mostram o crescimento da ForMóbile: a última edição da Feira reuniu 590 expositores e foi rea-lizada em uma área de 73 mil metros quadrados. Segundo Araceli, o crescimento também está na estimativa de negócios. “Esperamos um aumento entre 10% e 15% em relação a 2008, que foi de R$ 750 milhões”. Já a expectativa de visitantes é de 60 mil pessoas, contra pouco mais de 56 mil que participaram da última edição.

FacilidadesO turismo de negócios é um dos fatores que fazem de São Paulo

a maior cidade do país e da América do Sul e a quarta maior do mun-do. O acesso a serviços de hospedagem, passagens e alimentação,

Fotos: Divulgação/ForMóbile

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com preços e localizações variadas, é grande e permite aos organizadores da feira estimular a visitação. “Fechamos parceria com a TAM Viagens, que oferece pacotes exclusivos e muitas opções de hotel. Além disso, durante a feira vamos oferecer traslado do pavilhão para os aeroportos de Congonhas e Guarulhos”, informa Araceli. Segundo ela, o credenciamento antecipado também é outra forma de facilitar a participação do visitante. Quanto à organização de visitas às fábricas da região, ela afi rma que será por conta dos expositores. Como a feira é grande, é reco-mendável que os fabricantes se programem para permanecer durante os quatro dias para conhecer com calma cada área. “Outro conselho é que pessoas de diversas áreas da indústria estejam presentes, podendo assim dividir a visita por área de interesse”, propõe Araceli.

LançamentosA fabricante de painéis de madeira Masisa Brasil, com

sede em Curitiba (PR), participa da ForMóbile com dez lança-mentos. Entre eles, o Masisa Melamina Brasília, homenagem da empresa aos 50 anos da fundação da capital nacional. O painel será disponibilizado no Masisa MDF, com textura couro, e no MDPremium com textura soft. Ambos trazem no fundo a cor craft com desenhos em preto, inspirados nas obras do arquiteto Oscar Niemeyer. Toda a linha de painéis Masisa Melamina, assim como os novos lançamentos, contam com a proteção de Biocote®, tecnologia à base de íons de prata que reduz em até 99,9% a presença de micro-organismos sobre a superfície do painel, reduzindo a incidência de bactérias e

EVENTO PARALELOA última edição da ForMóbile, realizada em 2008,

promoveu como evento paralelo a Feira da Revenda e da Marcenaria – ForMar. Porém, neste ano a ForMar deixou de ser um evento paralelo e passou a fazer parte da segmentação da ForMóbile. “A grande maioria dos expositores tem produtos para esse público, que não fi ca restrito à área da própria ForMar”, explica Araceli. Entretanto, outro evento paralelo permaneceu, a Mostra do Comitê de Tecidos para Decoração da ABIT (Original TexBrasil Décor) que vai apresentar os lançamentos de 18 empresas. Entre as novidades estão os tecidos com aromas de frutas cítricas, modelos fabricados com fi bras de bambu, ou com fi os de garrafas de pet e resíduos que sobram no processo de fi ação do linho, além dos tradicionais chenille e jacquard, com novas cartelas de cores e desenhos. Maior e segmentada: são

750 expositores distribuídos em quatro áreas, no espaço de 76 mil metros quadrados

O Ébano Marone está entre os lançamentos da Duratex, de São Paulo (SP)

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fungos e o surgimento de mofo. Quem também lança novidades na feira é a CPI Papéis, de

Cruzeiro (SP), que apresenta a nova linha de fi ta de bordas de PVC, a Tegus – nome oriundo do latim que signifi ca revestir, cobrir e proteger. A novidade torna a CPI Papéis a primeira fabricante de fi tas de borda do Brasil a fornecer duas linhas: melamínica e PVC.

Como os tons madeirados com veios marcados continuam em alta, a fabricante de painéis Duratex, de São Paulo (SP), destaca a recém-lançada Linha Prisma, com textura linheiro e variedade de padrões, como Carvalho Prata, Noce Verona

e Noce Málaga. Já os tons acinzentados (Gris Montano), e os ébanos com tons marrons e nuances pretas (Ébano Monet),

são as novas cores e acabamentos para a coleção de painéis revestidos MaDefi bra BP (MDF) e MaDePlac BP (MDP), com proteção antibacteriana Microban incorporada durante o processo de fabricação aos painéis revestidos (BP) que impedem a proliferação de microorganismos.

Já a fabricante de painéis Berneck, de Araucária (PR), vai expor a linha completa: MDP, MDF e HDF (painéis fi nos com espessura a partir de 2,5 e até 6 mm), madeira serrada de Pinus e o BERTeca Brasil – painel colado de Teca. Os dois estandes da empresa na feira serão cons-

truídos com painéis BP preto com o acabamento Design que, com cinco opções de padrões madeirados, será um

dos pontos altos dos lançamentos da Berneck. Sintonizada com as transformações mundiais, a Cipa-

tex, fabricante de revestimentos sintéticos com matriz em Cerquilho (SP), aproveita a Formóbile para apresentar novas soluções em texturas e cores na linha Cipatok, entre eles os padrões Nogueira, Venguê, Bambu, Imbuia, Tacos (Teca) e cores lisas. O Cipatock proporciona excelente acabamento em diversas superfícies e pode ser aplicado em colagem manual ou industrial por Termolaminação 3D, Post-forming, recobridoras planas e de perfi s, com cola de contato, PVA, PU e Hot Melt.

Mas há quem prefi ra fazer suspense sobre os lançamen-tos. Este é o caso da Sayerlack, de Cajamar (SP), que garante que os fabricantes de móveis que visitarem a ForMóbile vão se surpreender com as novidades que a empresa está prepa-rando para lançar na feira. Além de um espaço agradável para recepcionar seus clientes, o estande da Sayerlack contemplará acabamentos e processos de pintura totalmente exclusivos. “Se você está em busca de soluções inovadoras para madeiras, está será a oportunidade de conhecê-las”, instiga a nota do departamento de marketing enviada à redação.

Os dois estandes da Berneck serão construídos com pai-néis BP preto e o acabamento Design, um dos pontos altos dos lançamentos da empresa

O revestimento Cipatock, da Cipatex, pode ser aplicado a qualquer tipo de projeto: para revestir grandes áreas ou pequenos detalhes

O Masisa Melamina Bra-sília é uma homenagem

da empresa aos 50 anos da fundação da capital

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Calendário feiras

INTERNACIONAIS 2010

02/08 a 06/08

LAS VEGAS MARKETLocal: Las Vegas (EUA)www.lasvegasmarket.com

18/08 a 21/08

EXPOMUEBLE INTERNACIONALLocal: Guadalajara (México)www.expomuebleverano.com.mx

03/09 a 05/09

FURNITURE SALON EXPOLocal: Yerevan (Armênia)www.expo.am/armenia/mebsal/eng/index.php

04/09 a 06/09

COMFORTEXLocal: Leipzig (Alemanha)www.comfortex.de

07/08 a 10/09

FURNITURE CHINA 2010local: Shangai (China)www.furniture-china.cn

16/09 a 19/09

ZOW TURQUIALocal: Istanbul (Turquia)www.zow.com.tr/tr

28/09 a 30/09

ZOW ESPANHALocal: Madri (Espanha)www.zow.es/es

13/10 a 16/10

ZOW ITÁLIALocal: Veronawww.zow.it/it

08/11 a 11/11

INDEX DUBAILocal: Dubai (Emirados Árabes)www.indexexhibition.com

NACIONAIS 2010

20/07 a 23/07

MOVINTERLocal: Mirassol (SP)www.movinter.com.br

27/07 a 30/07

FORMÓBILELocal: São Paulo (SP)www.feiraformobile.com.br

28/07 a 31/07

ABIMAD INVERNO Local: São Paulo (SP) www.abimad.com.br

17/08 a 20/08

MOVELNORTELocal: Imperatriz (MA)www.movelnorte.com.br

23/08 a 27/08

MERCOMÓVEISLocal: Chapecó (SC)www.mercomoveis.com.br

24/08 a 27/08

ESPÍRITO SANTO MÓVEL SHOWLocal: Vitóriawww.esmovelshow.com.br

13 /09 a 16/09

NOVA EQUIPOTELLocal: São Paulo (SP)www.equipotel.com.br

16/02 a 19/02

ABIMAD VERÃO Local: São Paulo (SP) www.abimad.com.br

14/03 a 18/03

MOVELPAR Local: Arapongas (PR) www.movelpar.com.br

NACIONAIS 2011

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A proposta de texto dos requisitos de avaliação da conformidade para colchões e colchonetes de espuma flexível de poliuretano foi publicada no Diário Oficial da União em 20 de maio. Segundo informações dadas pelos órgãos responsáveis, a certificação compulsória de colchões começou a ser dis-cutida a partir de denúncias recebidas pela Ouvidoria do Instituto Nacional de Metrolo-gia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) e após análises realizadas pelo insti-tuto nos anos de 2006 e 2008. Nas análises foram testados os colchões D33 para soltei-ro. Os ensaios evidenciaram que 47% (em 2006) e 66% (em 2008) apresentavam não conformidades em relação à norma técnica brasileira defi ni-da pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Durante o período de consul-ta pública do regulamento, o Inmetro promoveu eventos visando ao esclarecimento do setor produtivo e das demais partes interessadas quanto à sistemática do programa. Após a publicação em caráter defi ni-tivo do RAC, os fabricantes e comerciantes terão um prazo de 24 e 36 meses, respecti-vamente, para se adequarem às exigências do regulamento. Após esse prazo, o produto en-tra no Plano de Fiscalização da Rede Brasileira de Metrologia e Qualidade – RBMLQ-I.

Avaliações - No dia nove de julho representantes da Abi-móvel, do Instituto Nacional de Estudos do Repouso (INER) e fabricantes do segmento

Colchões normatizados

Certificação compulsória para colchões e colchonetes de espuma flexível está em trâmite no Inmetro

Por Meri Rocha, de Curitiba (PR)

de colchões se reuniram com a diretoria do Inmetro para discutir alguns pontos técnicos sobre a nova RAC. Segundo Lipel Custódio, diretor da Abimóvel, em Brasília, foi uma reunião bastante proveitosa. “O Inmetro está tratando o assunto com muita transparência e seriedade e a reunião foi absolutamente aberta”, enfatiza. Ele comenta que um dos pleitos colocados na reunião é de que seja levado em conta o tamanho da empresa. Conforme Lipel, no dia 14 de julho a comissão entregou um documento para ofi cializar as reivindicações sobre o RAC abordadas no dia da reunião. Em sua opinião, a certifi cação será um grande passo que benefi -ciará a todos os envolvidos. “Estamos trabalhando para que indústria e consumidor sejam respeitados na elaboração do RAC”, ressalta.

De acordo com Helio Antonio da Silva, superinten-dente da Castor e também diretor da Abimóvel, entre os assuntos tratados na reunião estão a linha de produção e aspectos laboratoriais. “Tentamos mostrar para o Inme-tro a necessidade de alguns ajustes para que todos se beneficiem. “O Inmetro viu com bons olhos a proposta e acredito que teremos um bom resultado para o setor”. Conforme Luiz Castro, diretor comercial da FA Maringá, fabri-cante de colchões com sede em Maringá (PR), essa medida vai contribuir para evolução do segmento. “Consumidor e lojista vão ganhar muito com essa certifi cação. Será um diferencial para o mercado”, avalia.

Na próxima edição você confere os desdobramentos desse assunto.

Indústria

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APO

IO:

Por Meri Rocha, de Curitiba (PR)

Sustentabilidade

Negócios sustentáveis

Cada vez mais empresas brasileiras estão investindo em ações que visam o desenvolvimento sustentável

No dia 5 de junho foi comemorado o “Dia Mundial do Meio Ambiente”, tema que vem sendo incluído cada vez mais na pau-ta das empresas brasileiras. De acordo com Ana Paula Arbache, sócia-diretora da Arbache Serviços Educacionais e Treinamento, empresa que entre outros temas, atua na gestão de sustentabi-lidade ética, social e ambiental, diz que é crescente o interesse e as ações em torno da sustentabilidade das empresas brasilei-ras. “Isto devido a maior conscientização dos consumidores a respeito do tema, bem como das regulamentações e selagens que impõem uma nova postura frente ao mercado”, analisa. Em relação aos demais países, ela avalia que quando comparado com países como Alemanha, França, Inglaterra, observa-se um nível muito avançado desses países neste setor, pois são paí-ses que já investem em políticas e as empresas já se alinham neste sentido e ainda o consumidor está mais atento a estes conceitos e práticas. “Mas esta evolução é devido ao próprio nível educacional dos consumidores e a fatores econômicos que fazem com que este público tenha papel importante na tomada de decisão das empresas. No Brasil, costumo dizer para meus alunos de MBA que a sustentabilidade é uma jovem, por isto está sendo formada com as devidas especifi cidades de um país em desenvolvimento – assim temos muito a caminhar neste sentido – o fato positivo dessa caminhada é que temos bons exemplos de fora para basearmos nossas ações”, considera.

CASE DE AÇÃO SUSTENTÁVEL NO SETOR MOVELEIRO

A Palmeira, indústria de móveis de Ubá (MG), foi certifi cada recentemente pelo FSC (Forest Stewardship Council) ou Conselho de Manejo Florestal. Em comuni-cado ao mercado, a Palmeira ressalta que é a primeira indústria do Brasil fabricante de cozinhas e dormitórios em MDP a receber o certifi cado. Conforme a empresa, com a certifi cação é possível garantir ao consumidor que o insumo fl orestal (madeira, óleo, papel, entre outros) utilizado na confecção do seu produto é proveniente de fl orestas bem manejadas e certifi cadas de acordo com os padrões do FSC.

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InícioDe acordo com a especialista, para a empresa começar a

incorporar o conceito sustentável e desenvolver ações nesse sentido o primeiro passo é diagnosticar se possui uma cultura organizacional capaz de abrigar uma gestão sustentável. “Em seguida avaliar a aderência e o preparo de seus líderes para serem os modelos dessa gestão, também é necessário diag-nosticar a capacitação dos colaboradores para que a gestão possa ser participativa e gerar maior comprometimento ao longo da mesma”, ensina. Como exemplo a ser seguido, ela cita o setor de cosméticos. Nesse segmento, Ana Paula ava-lia que a gestão sustentável consegue gerar imagem muito signifi cativa para os consumidores, fazendo com que passem a valorizar a marca em detrimento das demais. “Exemplo disso é a empresa Natura, uma das melhores empresas para se trabalhar e muito aderente ao consumidor. Suas ações baseadas na sustentabilidade ambiental e na auto-estima da mulher fazem com que a marca seja mais visualizada e potencializada para o consumo”, cita.

Para alargar o conceito de sustentabilidade, Ana Paula Arbache o divide em quatro aspectos: ética, social, am-biental e fi nanceira. Segundo ela, a sustentabilidade ética é hoje uma das maiores pautas nas empresas, pois orienta as práticas internas e externas, ou seja, a criação de uma gestão ética que possa explicitar aos acionistas, colaboradores, fornecedores e clientes a conduta que é praticada na empresa. “Nela pode-rão ser comunicados os valores da empresa, como honestidade, leal-dade, compromisso, respeito, bem como coibir condutas inaceitáveis como assédio moral, assédio sexual, fraudes fi nanceiras, suborno, roubo e informações sigilosas, entre outros. Esta gestão ética deve ser construída juntamente com a estratégia da empresa e poderá dar suporte ao gerenciamento de riscos – exemplo: a não contratação de fornece-dores que atuam com trabalho infantil e trabalho escravo – evitando, com isto, uma cola da imagem da empresa com práticas inaceitáveis frente ao Pacto Global”. Em sua análise, outro fator importante são as regulamentações ambientais próprias para o negócio da empresa.

SituaçãoPara Ana Paula Arbache o que tem impedido maior avanço

em relação às ações de sustentabilidade no País tem sido a falta de capacitação de profi ssionais e lideranças para atuarem sustentavelmente. Conforme ela, falta uma ação mais coordenada entre governo, universidades e empresas para o desenvolvimento de tecnologias, pesquisas e de-senvolvimento de produtos alinhados à sustentabilidade, bem como, políticas que incentivem as empresas a atuarem nesta linha. “As empresas que podem ser consideradas

modelos possuem práticas de gestão sustentável capilares à cultura organizacional. Toda a gestão está presente, desde a captação de seus talentos, até a escolha do fornecedor da matéria-prima. Ações como monitoramento de endomarke-ting, logística reversa, reutilização da água, alinhamento com regulamentações ambientais, elaboração e atualização parti-cipativa de códigos de conduta ética, publicação de balanços sociais, programas internos e externos de responsabilidade social empresarial, entre outras”, aponta.

De acordo com Ana Paula, no País “grandes empresas já assumem métricas mais palpáveis em relação

ao tema: possuem métrica de redução de emissão de CO2, investimento em pes-

quisa e desenvolvimento de produtos e embalagens “limpas”, constroem suas plantas com certifi cação do Gre-enBuilding, contratam colaborações que coadunam com seus valores, bem como, fornecedores que es-tão alinhados aos seus preceitos, publicam o balanço social anual

da empresa e fazem um marketing legítimo dessas ações”. Já as médias

e pequenas empresas estão em um ritmo menor, adaptando-se a este cenário,

procurando estabelecer alguns pontos dessas ações em processos e produtos.

Conforme sua avaliação, apesar de haver avanços nas áre-as de certifi cações e regulamentações, como também práticas sustentáveis bem sucedidas que já podem ser modelos para adaptações em diferentes setores, ainda há vários desafi os a ser vencidos. Como, por exemplo, as diferentes culturas organizacionais, que devem ser mais capilares à proposta da sustentabilidade, mitos organizacionais que não aderem a esta “mudança de gestão”, assim como profissionais pouco capacitados para implementar, monitorar e aferir os resultados de práticas legitimamente sustentáveis. “Uma das maiores ciladas que temos envolvendo este tema é a utiliza-ção da sustentabilidade apenas para o uso em marketing, visto que são ações de curto prazo que nem sempre refl etem realmente uma ação legítima – é a chamada “lavagem verde ou ‘Greenwash’.

Ana Paula Arbache: “Uma das maiores ciladas que temos en-volvendo este tema é a utiliza-

ção da sustentabilidade apenas para o uso em marketing”

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Sinais claros de recu-peração do setor moveleiro da região de São Bento do Sul (SC) e o redireciona-mento da produção para o mercado brasileiro são os principais destaques de um estudo setorial, que reuniu informações de 2009 das indústrias do segmento madeira e móveis de São Bento do Sul, Rio Negrinho e Campo Alegre. O levanta-mento foi promovido pelo Sindusmobil e realizado pela AMC Assessoria Em-presarial.

A projeção de fatura-mento do setor em 2009 alcança um volume de R$ 815, 5 milhões, que é 21% superior às vendas do ano anterior. Em 2008, o fatu-ramento havia registrado

Indústrias de SC em recuperação

Polos Moveleiros

Estudo mostra que as empresas estão redirecionando a produção para o mercado interno

uma queda de 16%. Enquanto as exportações tiveram uma re-dução de 21% no ano passado em relação a 2008, somando R$ 342 milhões, as vendas para o mercado nacional saltaram 98%, somando R$ 474,5 milhões. “Como o setor de móveis cresceu 35% no ano passado, o índice alcançado comprova que houve forte conquista de mercado pelas empresas da região”, analisa o economista Adelino Denk, diretor da AMC e consultor do Intelligence Consulting.

O estudo setorial revelou a inversão do potencial de vendas entre os mercados nacional e internacional. Embora continue líder nacional na exportação de móveis, a região vem equilibrando a distribuição de seus produtos. Em 2007 as exportações representavam 69,3% das vendas gerais, com índice reduzido para 64,1% em 2008 e chegando a 41,8% em 2009. Por outro lado, as vendas para o mercado brasileiro, que eram 30,7% do faturamento total em 2007, subiram para 35,5% em 2008 e saltaram para 58,2% no ano passado.

Para o presidente do Sindusmobil, esse crescimento é re-sultado das iniciativas realizadas pela indústria. “Investimos em qualidade, produtividade e design, além da criação do Biomóvel como diferencial competitivo e de ações merca-dológicas. Esse equilíbrio maior entre os mercados interno e externo é favorável à saúde fi nanceira das empresas”, destaca Márcio José Froehner. Os dados indicam que o setor

madeira e móveis represente 20% da movimentação econô-mica da região.

A Artefama, ainda hoje a líder em exportação no setor, foi uma das primeiras empre-sas do pólo a redirecionar parte da produção para o mercado interno, inclusive com o de-senvolvimento de um design diferenciado e com a formação de equipe comercial especiali-zada no atendimento do varejo nacional. A participação do mercado interno cresceu mais de 15% no período de um ano, atingindo um faturamento pró-ximo a R$ 1 milhão/mês.

A Artefama investiu em design e na estruturação de equipe de vendas para ampliar a participação no mercado brasileiro

Adelino Denk: “Crescimento de 35% no ano passado

comprova que as empresas da região reconquistaram o

mercado interno”

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Criar uma linha de “mó-veis pop” para produção em larga escala é o projeto do p ó l o m o v e -leiro do oeste catar inense. Segundo in-formações di-vulgadas pelo polo, essa linha

– que será popular, mas com alta qualidade e design – será assinada pelo arquiteto Marcelo Rosenbaum. A Associação dos Moveleiros do Oeste de SC (Amo-esc), o Sebrae e o Ministério da

Linha assinada por Rosenbaum

Polos Moveleiros

Por Meri Rocha, de Curitiba (PR)

Integração Nacional iniciaram a viabilização desse projeto no mês de junho, em Chapecó, durante encontro das institui-ções envolvidas no APL (Arranjo Produtivo Local) de móveis.

Embora envolvido com frequência em projetos de alto custo, o designer acalenta há muito tempo o desejo de criar uma linha pop que benefi cie grandes faixas de con-sumidores. Marcelo Rosenbaum estuda essa realidade, embora declare-se “não pesquisador, mas um observador permanente do modo como vivem as famílias de baixa e média renda”.

Ao fi nal de uma série de reuniões e visitas às fábricas de móveis de Chapecó, Nova Erechim, Pinhalzinho fi cou acertada a elaboração do projeto. O Ministério da Integração Nacional será um dos condutores desse projeto, anunciou a secretária de Programas Regionais, Márcia Regina Sartori Damo, ao lado do presidente da Amoesc/Simovale, Osni Verona, e do presidente da Mercomóveis, Adir Kist. Os pri-meiros resultados talvez já sejam conhecidos no Salão de Design da Mercomóveis 2010.

O bom desempenho nos ne-gócios, além de oportunidades de crescimento e desenvolvimento, pode render às empresas a con-quista de uma importante pre-miação perante o setor moveleiro gaúcho. A edição do “Prêmio Exce-lência Movergs 2010” apontará as maiores exportadoras moveleiras do Rio Grande do Sul e, também, as que mais faturaram no mercado doméstico.

No total, são 30 empresas inscritas nos segmentos mercado externo e mercado interno. Esta é a primeira vez que a premiação apresenta as duas modalidades. As participantes serão avaliadas em quatro categorias (micro, pe-quena, média e grande empresa), defi nidas de acordo com os dados de faturamento apresentados.

Marcelo Rosenbaum, ao lado do presidente da Amoesc/Simovale, Osni Verona, durante visita ao pólo

Indústria gaúcha em destaqueOutro destaque inédito deste ano é a outorga do título

‘Personalidade do setor Moveleiro Gaúcho’, compreendendo a cadeia produtiva de madeira e móveis. O contemplado, en-tre os indicados pelas empresas associadas à Movergs, será eleito após rigorosa avaliação de seu tempo de participação no setor e seu envolvimento em entidades sociais. A divul-gação ofi cial do resultado de todas as premiações ocorre durante jantar no dia 15 de julho, em Bento Gonçalves (RS).

Mais informações: www.movergs.com.br

“Prêmio Excelência Movergs 2010” apresenta nova modalidade

Divulgação\Movergs

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Observatório da Indústria

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Fundada em 1954, a Squa-droni, fabricante de rodízios, com unidade fabril em Mauá, no estado de São Paulo, se surpreendeu positivamente com o mercado nesse primeiro semestre. De acordo com a coor-denadora comercial da empresa, Adriane De Poli, o crescimento atingido até agora foi de 7%. “O que até o momento superou as expectativas. Um número tão positivo assim nos surpreendeu devido a baixa do dólar e a que-

da nas exportações”, comenta. A Squadroni, segundo ela, fornece produtos para todos os estados brasileiros e atu-almente exporta para o Chile, Argentina, Colômbia, Bolívia, Equador e Líbano. Em relação à expansão dos negócios para fora do País, Adriane De Poli antecipa que faz parte dos planos da empresa conquistar o mercado europeu. Atualmen-te, a Squadroni destina 5% de sua produção para expor-tação. A produção mensal da indústria é de 4,3 mil rodízios. Conforme a coordenadora comercial, os últimos investi-mentos têm sido na compra

Squadroni cresce além das expectativas no primeiro semestre e planeja conquistar o mercado europeu no próximo ano

Atividades a pleno vapor

EMPRESA:

Squadroni Produtos Industriais Ltda

FUNDAÇÃO

1954

LOCALIZAÇÃO:

Mauá (SP)

ÁREA:

Área Total: 12 mil m²Área construída: 8 mil m2

FUNCIONÁRIOS:

205

PRODUTOS:

Rodízios

PRODUÇÃO MENSAL

4,3 mil

de máquinas injetoras de plástico de grande porte de última geração, automatização da linha de montagem e ainda na capacitação técnica dos funcionários por meio de diversos cursos. “Recentemente adquirimos um dos mais modernos sistemas integrados, garantindo identifi cação, padroniza-ção e rastreabilidade”, ressalta Adriane. De acordo com ela, existe uma necessidade constante de aprimoramento e inovação nos processos de produção e automação. “Os rodízios Squadroni possuem diferenciais que os destacam da concorrência. Contamos com uma equipe de profi ssionais em constante busca por aprimoramento e novidades, que está sempre verifi cando tendências e fazendo pesquisas de novos materiais e estudos de viabilidade técnica e produtiva na Europa e nos Estados Unidos”, enfatiza.

Um dos destaques da Squadroni em termos de produtos é o rodízio SQ 90 croma pista PU, que se diferencia por ter uma capa de aço inox polido que confere ao produto requinte, beleza e resistência. “Sua pista em PU evita riscos em pisos revestidos de pedra, madeira, cerâmica, entre outros aca-bamentos. Este rodízio segue a norma NBR 13962/2007”, salienta Adriane. Segundo ela, o rodízio pode ser utilizado em qualquer tipo de móvel, obedecendo a capacidade de 40 quilos por rodízio. As aplicações mais indicadas são nas cadeiras giratórias, racks, pufes e mesas em geral.

zio. As aplicações mais indicadas são nasas, racks, geral.

Rodízio SQ 90 croma pista PU se diferencia por ter uma capa de aço inox polido

A empresa está localizada numa área de 12 mil metros quadrados

Fotos: Divulgação/Squadroni

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Observatório da Indústria

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Produtividade em alta e serviços de qualidade são premissas da Patrimar para crescer sempre

Compromisso com o mercado

Com investimentos cons-tantes e planejamento anual, a fabricante de móveis Patrimar, de Jaci (SP) – cidade próxima de São José do Rio Preto, está fomentando a produtividade e aprimorando a qualidade dos serviços prestados. Segundo Mauricio Manzano, gerente administrativo, a empresa também está investindo em ações de comunicação, como novos catálogos, atualização do site, divulgação em revistas do setor e a participação em feiras. A Movinter, que acon-tece entre 20 e 23 de julho, em Mirassol (SP), é a principal feira na estratégia da empresa neste ano.

Também fazem parte das ações da empresa a realização de campanhas com premiação aos representantes, amplia-ção da área de produção, que ainda está em andamento, aquisição de novas tecnolo-gias e novo software, além de investimentos em design. “A ampliação e a aquisição de novos equipamentos vão permitir um novo layout à empresa e também o aumento da produtividade, além da redução do prazo de entrega e a gestão integrada de todos os processos”, explica Manza-no. A conclusão das obras de ampliação está prevista para o

Por Keila Marques, de Curitiba (PR)

fi nal deste ano. No segundo semestre de 2010, a fabricante ainda tem outros planos. “Vamos divulgar ainda mais a nossa marca expondo nossos produtos na Movinter e vamos defi nir a coleção 2011”, ressalta Manzano. Atualmente, a Patrimar atua nas regiões Sul, Sudeste, Centro Oeste, Nordeste e parte da região Norte. “Nosso diferencial está na política de com-prometimento com o cliente. E isso pressupõe ter produtos com design inovador e com qualidade, além de pontualidade na entrega”, enfatiza Manzano.

EMPRESA:

Patrimar Móveis Ltda

FUNDAÇÃO

23/12/1998

LOCALIZAÇÃO:

Jaci (SP)

PRODUTOS:

Cômodas, Racks, Toucadores, Mesas para Computador, Mesas de Centro e Lateral, Criados Mudo, Mesas para Telefone,

Bares, Armários multi-uso.

Aumento da produtividade, redução do prazo de entrega e gestão integrada dos processos são resultados das ações da empresa

Entre os produ-tos recém-

lançados destaque para

o toucador Lara

Fotos: Divulgação/Patrimar

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Observatório da Indústria

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Investindo no mercado internacional, o grupo Homag se tornou um dos maiores fabricantes de máquinas para madeira e móveis do mundo

50 anos de crescimento

EMPRESA:

HOMAG Group AG

FUNDAÇÃO

1960

LOCALIZAÇÃO:

sede em Schopfl och, Alemanha

ÁREA:

Área Total: 600 mil m²Área construída: cerca de 200 mil m2 (somando as 16 fábricas)

FUNCIONÁRIOS:

5 mil

PRODUTOS:

coladeiras industriais, centros de usinagem industriais e

projetos especiais

Fundada em 1960, em Schopfl och, na Alemanha, por Gerhard Schuler e Eugen Hor-nberger, a Homag se tornou uma das maiores fabricantes de máquinas para indústrias do setor de madeira e móveis. Desde então, aquisições e participações em empresas prestadoras de serviços foram decisivas para o crescimento da empresa e a formação do grupo Homag – associação de empresas que comercializa máquinas e prestação de serviços como consultoria, atualização de software, trei-namento para operadores, manutenção ou instalação de máquinas na fábrica e

reposição de peças. Outro fator marcante para

a evolução do grupo está na constante atuação no mercado internacional, que começou em 1970 com a estruturação de

uma rede de distribuidores. Atualmente, o grupo detém mais de 20 empresas próprias de venda de produtos e serviços e cerca de 60 distribuidores exclusivos (representantes). Além disso, a empresa ainda tem 16 fábricas, com especialidades diferentes, das quais cinco são estrangeiras. E, somado a tudo isso, o grupo possui mais de 800 direitos de proteção in-dustrial. Cerca de 80% das vendas são realizadas no exterior, e as máquinas da Homag são exportadas para mais de 100 países. Essas máquinas abrangem três categorias: Optimat - compactas e versáteis com custo baixo; Profi Line – de escala inovativa para demandas reduzidas e Power Line – escala de alto padrão para empresas com alta produtividade.

Homag no BrasilFundada no Rio de Janeiro sob o nome de Homag do

Brasil, em 1976 a fabricante alemã se instalou no Brasil. Atualmente, a fábrica está localizada em Taboão da Serra, interior de São Paulo, porém com outro nome: Homag Ma-chinery, máquinas coladeiras de bordo e seccionadoras de chapas para o mercado doméstico. Os clientes brasileiros e da América Latina em geral poderão conferir os novos lança-mentos da Homag na 4ª Feira Internacional de Fornecedores da Indústria Madeira-Móveis – ForMóbile, que acontece entre 27 e 30 de julho, em São Paulo (SP), como a nova coladeira de bordas DKR 250 e a nova seccionadora HPP 350, que já foi lançada na Alemanha e está sendo apresentada pela primeira vez na América Latina. Outra novidade da empresa para a Feira está na exibição da coleção ‘edição 50 anos’ formada por 12 máquinas. O pacote formado por uma gerenciadora de estoque e a seccionadora HPP 350 é o destaque desta coleção. Outra máquina que compõe a edição 50 anos é a coladeira de bordas KDS 650.

A sede da Homag no Brasil, inaugurada

em 1976 no Rio de Janeiro, atualmente está localizada em

Taboão da Serra, no interior de São

Paulo

A nova seccionadora HPP 350 é uma das novidades da coleção ‘edição 50 anos’ formada por 12 máquinas e que será apre-sentada na ForMóbile 2010

Foto

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Estudo recente da consul-toria “Great Place to Work”, especializada na gestão do ambiente de trabalho, ilumina nosso conhecimento sobre a geração que nasceu após o ano de 1980 – homens e mulheres acima de 30 anos, representando a maioria dos nossos clientes, colegas, acionistas, subalternos e futuros chefes. Será melhor nos preparar para contratá-los, motivá-los e retê-los, mas para isso é necessário repen-sar os modelos tradicionais de liderança.

Definida com rápidas pinceladas, essa Geração Y é mais suscetível a ações coletivas, está fortemente conectada aos ambientes virtuais, tem alta capacidade de interação e alto grau de tenacidade.

Em termos de motivação, esses jovens se preocupam com dinheiro, mas as recom-pensas materiais precisam ser acompanhadas do bom convívio social. Eles gostam

Novos paradigmas da geração Y

Artigo RH

Marcelo Mariaca é presidente do conselho da Mariaca e professor da Brazilian Business School.www.mariaca.com.br

de trabalhar em empresas engajadas em questões sociais e que estejam fazendo a coisa certa. Para recrutá-los, é im-portante utilizar caminhos alternativos que partem das redes sociais. Mas para motivá-los, a questão crucial é lembrar que eles demandam líderes capazes de inspirá-los, requerem co-municação clara, querem entender os objetivos da empresa e como eles se encaixam nela e gostam de ambientes de trabalho que permitam conciliar seus diversos interesses, pessoais como profi ssionais.

Quando uma organização precisa reforçar seu reservató-rio de talentos, o dilema é contratar profi ssionais de fora, que possuam as competências requeridas (o que pode ser mais rápido), ou desenvolver talentos internos (processo geral-mente mais lento). Mas quando a maioria dos profi ssionais na empresa pertence à Geração Y, essas duas alternativas representam uma real encruzilhada. A resposta é “depende”.

Para o professor Benjamim Campbell, da Wharton School, as empresas devem estruturar um sistema de Gestão de Re-cursos Humanos que leve em consideração ambas as opções, considerando a crescente velocidade no ciclo de vida dos pro-dutos, que na maioria dos casos está aumentando. Ou seja, para manter um reservatório de talentos, as empresas devem saber calcular o custo de atrair, contratar e reter talentos, o custo de substituí-los e o custo de desenvolver e treiná-los, em contraposição ao valor que eles poderão agregar.

Para cada profi ssional com talento, o desafi o também se complicou. Existem cinco elos na cadeia de valor do próprio custo de cada talento e esses cinco devem ser conhecidos e considerados: (1) Previsão do futuro: quem quiser vencer o mercado terá que prever e criar seu próprio futuro; (2) Articu-lação: contratá-lo poderá ser uma grande idéia, mas se não

for bem articulada, não será aceita; (3) Aceitação: cada um deverá certifi car-se de que seu público irá aceitá-lo; (4) Ação: expor com rapidez as boas idéias e transformá-las em produtos, e fi nalmente (5) Potencialização: cada talento deve descobrir como poten-cializar seu próprio custo/benefício, gerando riqueza em um negócio muito maior.

As idéias morrem em qual-quer ponto desta cadeia se não houver o comprometi-mento contínuo por parte da empresa, levando a uma demissão não planejada.

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CONSUMIDOR ESTÁ MENOS À VONTADE PARA COMPRAR CASA

Os consumidores estão um pouco menos confi an-tes quanto a comprar uma casa. De acordo com o

INC (Índice Nacional de Confi ança) da ACSP (Associação Comercial de São Paulo), divulgado no início de julho, a média dos que se sentem um pouco mais ou muito mais à vontade diminuiu de 36% para 28%, entre maio e junho. Quanto aos que se dizem um pouco e muito menos à vontade, o índice passou de 34% para 39%, no mesmo período.

HABITAÇÃO EM PAUTA NAS ELEIÇÕESSe eleito, o candidato tucano ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin (foto), promete criar o “BNDS da Habitação” que visa facili-tar o fi nanciamento de imóveis para famílias de baixa renda. A ideia do candidato é multiplicar em até cinco vezes o número de moradias construídas no território paulista, aproveitando o recurso de R$1 bilhão ao ano destinado ao setor pelo governo do

Estado. O programa irá benefi ciar famílias com renda de até três salários mínimos, número inferior ao exigido no programa “Minha Casa, Minha Vida”, implantado pelo governo Lula e oferecido pela Caixa Econômica Federal.

NOVA LINHA PARA FINANCIAMENTOO Banco do Brasil assinou, dia 7 de ju-lho, os primeiros contratos de fi nancia-mento de imóveis em que será possível utilizar recursos do FGTS (Fundo de Ga-rantia do Tempo de Serviço). Com juros reduzidos, a modalidade é destinada a famílias com renda de até R$4.900 que optarem por um empreendimento imobiliário que não ultrapasse R$130 mil. O BB informou que as unidades fi nanciadas fi cam localizadas em So-rocaba e São Bernardo do Campo. Os juros serão cobrados de acordo com a renda do cliente, podendo variar de 5% a 8,16% ao ano mais TR (Taxa referencial). Outro banco a aderir à modalidade de fi nanciamento com o uso do FGTS é a Caixa Econômica Federal.

COOPERATIVA GARANTE MAIS 1.100 CASASA Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) fi nalizou a última etapa do convênio da construção de 400 moradias rurais, destinadas a pequenos agricultores em parceria com a Cooperativa Central de Crédito Rural (Cooperhaf).

Além dessas, está em andamento outro convênio com a mesma cooperativa, para a construção de mais 1.100 unidades, sendo que 841 estão concluídas. É sempre bom lembrar que até hoje a Cohapar não conseguiu implantar o projeto de entregar as casas mobiliadas, como era objetivo do então presidente do órgão, Rafael Grecca. Isso porque nenhuma indústria demonstrou interesse.

FINANCIAMENTO DE IMÓVEL COM RECURSO DA POUPANÇA CRESCE 87%

O volume de empréstimos para a compra de imóvel com recursos da poupança cresceu 87% em maio, frente ao mes-mo período do ano passado, para R$ 4,25 bilhões, reve-laram dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupan-ça. Frente a abril deste ano, foi registrada queda de 2,3% do montante contratado, uma vez que, no quarto mês do ano, o volume era de R$ 4,35 bilhões.

Panorama Imobiliário

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Panorama da Indústria

PROCAD COMPLETA 16 ANOSA Procad, empresa especializada em sof-twares para layouts, completou 16 anos de atividades e, no dia 10 de julho, realizou uma comemoração no Teatro São Carlos, em Caxias do Sul (RS), onde os convidados

puderam assistir ao espetáculo “Os causos do guri de Uruguaiana”, do humorista Jair Kobe. KIPLAC MÓVEIS CONSTRÓI CD

Com o objetivo de obter maior efi ciência na entrega e distribuição de seus produtos, a Kiplac Móveis, de Ubá (MG), está construindo um novo Centro de Distribuição e Logística. Localizado a dois quilômetros da sede da empresa, o CDL tem mais de três mil metros quadrados e seis rampas para carregamento. “A partir de agora vamos ter uma logística mais fl exível e dinâmica que produzirá o efeito desejado tanto para a Kiplac, quanto para nossos clientes” afi rma Otávio Couto, diretor da empresa. Além de melhorar a logística, o Centro de Distribuição e Logística vai permitir ampliação da capacidade produtiva da empresa. Isso acontecerá porque o espaço destinado à produção será aumentado, uma vez que o estoque da empresa fi cará em outro local.

BENETIL ESTÁ DE ANIVERSÁRIO No fi nal de junho, a Benetil Móveis, de Ubá(MG), comemorou 15 anos de atividades. A empresa, que integra o pólo moveleiro de Ubá, produz estantes, racks, complementos, homes, escrivaninhas, mesas para computador e peças multiuso. A empresa, que conta com 150 colaboradores, corta 2,5 mil m3 de chapa por dia e investe em design e qualidade de seus produtos como forma de se diferenciar no mercado.

HOUSTON LANÇA BIKES EXCLUSIVAS Inspirada em personagens da novela Passione, a Houston lança dois novos modelos de bikes, o Skinny SP e o Passione, com a expectativa de conquistar os telespectadores da trama. Esta é uma parceria da empresa com a Globo Marcas, que irá licenciar os produtos, e faz parte da comemoração dos 10 anos da Houston no Brasil, empresa piauiense especializada na fabricação e venda de bicicletas.

PROJEPACK COMEMORA 15 ANOSEm comemoração ao seu 15º aniversário, a Pro-jepack, indústria de máquinas para embalagens de Bento Gonçalves (RS), iniciou uma série de trabalhos envolvendo a renovação do visual dos equipamentos da marca. A empresa aposta que o novo design deve aumentar as vendas e, con-sequentemente, mantê-la na posição de líder no mercado. Assinada pela equipe da DB Engenharia e Design, a nova linha estará disponível no mercado nos próximos meses.

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PALESTRA SOBRE TECNOLOGIA EM ARAPONGASCom o tema “Tecnologia e Relacionamento”, Silvana Bettiol, diretora de Produto e Tecnologia da Focco, refl etiu sobre os rumos da tecnologia e expôs para os presentes suas conside-rações sobre o mercado moveleiro atual. O evento aconteceu no Sindicato da Indústria Moveleira de Arapongas (SIMA) e foi dedicado aos empresários do segmento. Entre os assuntos tratados, a palestrante destacou a saída da era industrial para a era da informação. Segundo ela, esta é uma época em que valoriza a riqueza da informação na gestão de negócio. Ao fi nal do evento, houve interação com os participantes.

PRODUÇÃO DE MÓVEIS AUMENTA EM MAIOA pesquisa mensal do IBGE mostra que a produção de bens de consumo duráveis cresceu 15,4% em maio, in-fl uenciada, sobretudo, pela maior produção de eletrodo-mésticos (36,4%), tanto os da “linha marrom” (91,8%) como os da “linha branca” (20,9%), e de automóveis (12,0%). Mobiliário apresentou alta de 4,4% em maio sobre abril e de 16,4% quando comparado com maio de 2009. Com este aumento, o setor moveleiro permanece positivo em 22,8% nos primeiros cinco meses do ano comparado com o mesmo período do ano passado.Os dois estados que representam maior participação na produção, Paraná e Rio Grande do Sul contribuíram substancialmente para o resultado. O Rio Grande do Sul registra expansão de 38,4% de janeiro a maio enquanto o Paraná registra elevação de 51,2% no mesmo período quando comparado com os primeiros cinco meses de 2009. Em maio o Paraná registrou expressiva alta na produção de móveis comparativamente ao mesmo mês de 2009: aumento de 38,4%. O Rio Grande do Sul fi cou com aumento de 3,6%.

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ENTIDADES SOB NOVOS COMANDOSA Associação Empresarial de São Bento do Sul (ACISBS) e o Sindi-cato das Indústrias da Construção e do Mobiliário (SINDUSMOBIL) promoveram dia 16 de julho, solenidade seguida de jantar de confraternização em consequên-cia da posse de seus presidentes: Adelino Denk (foto) e Daniel Lutz, respectivamente. Os convidados foram recepcionados na Socieda-

de Ginástica e Desportiva de São Bento do Sul (SC).

ARAÇATUBA VAI RECEBER INDÚSTRIA DE MDFO presidente da Duraplak, Silvio Carlos Ribeiro, confi rmou investimento de US$ 400 milhões da empresa em Araçatuba (SP). As obras devem ter início entre o fi m de agosto e o início de setembro e a indústria vai produzir MDF e MDP Cimento, utilizando como matéria-prima a fibra da cana-de-açúcar, com a geração de 800 empregos diretos. Os produtos são considerados pelo menos três vezes mais resistentes quando comparados ao MDF da madeira.

Panorama da Indústria

GRALHA AZUL CONFIRMA MAIS DUASFÁBRICAS EM SÃO PAULO

Tatuí receberá, nos próximos dois anos, mais duas fábri-cas construídas pelo grupo Gralha Azul, que tem sede em Arapongas (PR). Segundo adiantou o diretor comercial Rogério Lopes, os proprietários pretendem construir no município uma indústria para a fabricação de espumas e outra de colchões. O investimento será de R$ 2 milhões.A Gralha Azul instalou-se em Tatuí para atender à deman-da do mercado dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. “A necessidade de virmos para o interior de São Paulo era imediata, por isso escolhemos Tatuí, onde encontramos um prédio que se ajustava às nossas necessidades, com poucos reparos a fazer”, contou Lopes. A fábrica de estofados, quando completa, vai empregar cerca de mil funcionários. Destes, 890 diretos e os demais, indiretos. A unidade já funciona parcialmente, somente com o departamento de assis-tência técnica, contando com cem empregados. Lopes estima que a segunda divisão da fábrica, a de estofados, comece a operar em 60 dias.

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COMISSÃO DE RELACIONAMENTOA Associação Brasileira do Mobiliário Corporativo (Abramco) criou a Comissão de Relacionamento junto ao Governo, que tem como objetivo ser um instrumento de informações técnicas aos órgãos, assim como auxiliar a entidade a ter acompanhamento técnico mais preciso entre o que foi solicitado no edital e o que está sendo entregue. A população ganha com essa iniciativa na medida em que sabe onde e como estão sendo gastos seus impostos junto à aquisição de mobiliário corporativo. Atualmente, a movimentação anual do mercado, por meio de licitações, no país, é da ordem de R$ 360 bilhões, segundo informações da Abramco.

DISTRITO MOVELEIRO EM SANTA ROSANa segunda semana de julho o prefeito de Santa Rosa (RS) rece-beu uma boa notícia em relação ao Distrito Industrial Moveleiro. Foi publicada a licença prévia pela FEPAM, que signifi ca que o empreendimento é viável e pode ser instalado naquela área. A concretização do distrito é uma das prioridades da Prefeitura. Em 2009, a área foi adquirida pelo município, com recursos próprios, no valor de R$400 mil. Com a liberação pela FEPAM da licença prévia, o município pode começar a realizar o projeto de urbani-zação, que também terá que ser aprovado pela FEPAM. Vencida mais esta etapa, será feita a infra-estrutura do local, permitindo a instalação de empresas.

INAUGURADO AEROPORTO DE UBÁDepois de muita luta, foi inaugurado dia 01 de julho o Aeroporto Municipal José Resende Brando. Localizado na cidade de Ubá (MG), o aeroporto é considerado um importante passo para a economia do Polo, uma vez que a indústria moveleira atrai até as cidades pessoas de todo o país em busca de negócios. Com a obra, o governo pretende impulsionar a aviação regional e melhorar as con-dições de transporte de carga e passageiros. O investimento no aeroporto foi de R$ 23,1 milhões e a pista de pouso e decolagem foi ampliada para 1.400 metros de comprimento por 30 metros de largura, passando a ter capacidade para aeronaves de até 50 passageiros. As obras contemplaram ainda a construção de ter-minal de passageiros com 500 metros quadrados e a construção de estacionamento de 310 metros quadrados. O aeroporto também poderá funcionar à noite já que foi implantado o sistema de baliza-mento noturno.

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MONTANA PARTICIPA DE ENCONTRO DE PRESERVADORES De 23 a 25 de maio aconteceu em Savannah, Estados Unidos, o 106.AWPA – American Wood Protection Association – Annual Meeting e a Montana Quimica (única empresa brasileira) esteve representada pelo diretor industrial Dul-cídio Ramires Macedo (foto). Entre as inúme-ras conclusões do evento, destacam-se duas ideias: a primeira denominada "A festa social - como usar redes sociais para crescer com sua marca", fala sobre a necessidade do setor uti-lizar cada vez mais as novas ferramentas tec-nológicas para comunicação (redes sociais)

como o twitter, sites, youtube e facebook, entre tantas outras, para dissemi-nar com efi ciência suas mensagens. A segunda, mas não menos importante, é sobre as próprias mensagens. Virou tradição entre as empresas de todos os setores defenderem ações como, por exemplo, a de economia de papel para poupar árvores e, por consequência, o planeta. “Nada mais injusto com a utilização da madeira que, de verdadeiro mocinho (é 100% sustentável, se-questra carbono etc), virou bandido na sociedade. Reciclar ferro e alumínio, por exemplo, é sempre positivo, mas são materiais que um dia podem se es-gotar, ao contrário da madeira que pode ser cultivada/refl orestada. Um setor industrial-madeireiro normalizado é ambientalmente amigável. O momento é propício para mudança deste paradigma. Essa mensagem deve ser levada urgentemente ao mercado”, avalia o diretor.

PRÊMIO DESIGN MERCOSUL MÓVEISNeste ano, o júri do Salão Design selecionou cinco fi nalistas na categoria Móveis para re-presentar o Brasil no II Prêmio Design Mercosul Móveis, no Uruguai. Entre eles, dois estão na lista de vencedores desta edição de 2010. O prêmio é organizado pelo governo do Brasil em conjunto com os governos argentino, paraguaio e uruguaio, para estimular a produção e o de-senvolvimento de novas tecnologias e materiais na cadeia de Madeira & Móveis. O resultado, divulgado no fi nal de maio, apresenta a cadeira Trapéziu, de Luis Gustavo Bittencourt Pinto, como terceira colocada, e a Linha Caruaru, de Marcelo Rosenbaum, como uma das menções. Outro projeto indicado pelo júri do Salão Design, o Montevi, dos uruguaios Carlo Nicola e Augustín Menini, foi o vencedor do Prêmio Design Merco-sul Móveis 2010.

Panorama da Indústria

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IMPRESS DECOR INVESTE EM NOVO MAQUINÁRIOEm comemoração aos 10 anos da Impress Decor no Brasil, a empresa, líder em impressão de papéis decorativos na América Latina, adquiriu nova máquina, apostando em tecnologia de última geração. O equipa-mento, utilizado pelos setores moveleiros e da construção civil, entrará em operação no início de 2011. A expectativa da empresa com o novo maquinário é de aumento na produção em 50% e estima-se que a efi ciência na entrega seja incrementada. Investimentos no mercado sul-americano são um dos principais objetivos da empresa, que é considerada referência nos quesitos design e qualidade na produção de superfícies decorativas.

EVENTO DISCUTE CONSTRUÇÃO DA MARCA A fi delização de clientes pela construção da marca, consumo e comportamento foram alguns dos assuntos abordados no 5º Meeting Móveis, evento que reuniu em-presários do setor moveleiro, dia 22 de junho, em Bento Gonçalves (RS). Realizado desde 2003 pelo Sindmóveis/RS, o Meeting Móveis apresentou a palestra “Tendências para Viver”, com a jornalista e professora do Instituto Europeu de Design, Luciana Stein. A segunda palestra, com o tema “Construção da Marca: do posicionamento à fi delização dos clientes”, foi proferida por Julio Mottin Neto, economista e diretor de marketing do grupo Dimed/Panvel, uma das maiores redes de farmácias do país e líder no Rio Grande do Sul. O meeting móveis é um evento que promove a integração entre empresários do setor moveleiro e interessados.

EXPORTAÇÕES DOBRAM PARA A ARGENTINADe acordo com informações do Secex, de janeiro a maio as expor-tações de móveis brasileiros para a Argentina totalizaram US$ 44,7 milhões, aumento de 94,2% em comparação com o mesmo período de 2009 (US$ 23 milhões). Assim, a argentina se torna o maior mer-cado para as exportações de móveis produzidos no Brasil, deixando para trás outros países, como Estados Unidos, Reino Unido, Angola e França. No total de exportações de móveis ‘Made in Brazil’, houve um acréscimo de 16,5%, passando de US$ 260,9 milhões em 2009 para US$ 303,8 milhões nos primeiros cinco meses do ano. Santa Catarina, com mais de US$ 105 milhões e Rio Grande do Sul com mais de US$ 79 milhões são os estados que se destacam no país.

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Empresários do ramo moveleiro come-moram os dados do I Salão de Negócios de Madeira e Móveis do Centro-Oeste — o Ma-demóvel. O maior even-

to do setor na região foi realizado no Cen-tro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, nos dias 10 e 11 de junho, uma promoção das unidades estaduais do Sebrae no Distrito

Federal, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Quem participou do encon-tro pôde acompanhar palestras, talk shows e cursos, além de ver expositores de todas as etapas do processo produtivo. O Encontro e as Rodadas de Negócios estavam entre as etapas mais esperadas pelos participantes e os resultados corresponderam às boas ex-

Mademóvel fecha com sucesso

Resultados corresponderam às expectativas com mais de R$ 5 milhões em negócios

pectativas, com a movimentação de mais de R$ 5 milhões em negócios. Além das grandes transações já efetivadas, outras deram os primeiros passos para se concretizar nas próximas semanas. É o caso da Atlântida e Vivenda Móveis, uma das principais redes do Distrito Federal, com 22 lojas. Os represen-tantes da empresa que visitaram o Mademóvel elogiaram os produtos, em especial os do Mato Grosso. “Ficamos interessa-dos em alguns móveis, pois são de ótima qualidade”, comenta o lojista Valdivino Costa. Se a transação for concretizada, as empresas mato-grossenses totalizarão vendas de R$ 200 mil somente para a rede.

Odete Oliveira, proprietária de Spaçoart Móveis, do Distrito Federal, também saiu satisfeita com as parcerias fi rmadas. “Comprei móveis produzidos com madeira Teka para nossas duas lojas”. O proprietário das lojas Cometa, que soma 14 estabelecimentos no Distrito Federal, Valtair Gontijo Borges, e o gerente de produtos da linha de dormitório da rede Novo Mundo, Ivonei Riuto, elogiaram a iniciativa dos Sebraes no Centro-Oeste.

“Encerramos o Mademóvel com chave de ouro. Afastamos a ideia vigente da produção artesanal, sob encomenda, e mostra-mos ao País o potencial de produção em série do segmento na Região Centro-Oeste”, concluiu o diretor do Sebrae no Distrito Federal, Rodrigo de Oliveira Sá (foto).

Estudantes de arquitetura, decoração e design visitaram o espaço. Entre os temas de destaque da programação es-tavam a tecnologia, a sustentabilidade, o conhecimento de serviços fi nanceiros, as exigências do mercado, a inovação e as novas tendências. A jornalista e curadora especializada em design, Adélia Borges (foto), explicou ao público de sua palestra a importância do tema. “O design vai muito além da forma; temos de aproveitar tudo ao máximo, da maneira mais sustentável possível”.

Alguns expositores como o proprietário da Estofados Acent, Ayres dos Santos, comemoraram ainda mais o sucesso do Sa-lão, ao comprovar que há um grande mercado não explorado entre os estados vizinhos. O empresário vendeu quase 70 mil reais em produtos nos dois dias do evento e ainda está levando de volta para o Mato Grosso muitos contatos para vendas futu-ras. “O mercado gerado pelo Salão nos surpreendeu tanto que já providenciei um representante comercial para permanecer na cidade a partir de agora”.

Os empresários das redes de Goiás e do Distrito Federal também comemoraram a parceria estabelecida. “Muitos nos trouxeram o feedback de que gostaram do custo-benefício dos móveis da empresa e acharam uma novidade a comercialização de sofás sob medida, produto com o qual já trabalho há anos”, avaliou Ayres, que expôs apenas 3% do que produz e levou do evento muitos cartões para fechar futuros negócios.

Mercado

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Viver bem é viver em paz. É claro que todos os dias do ano, todas as vinte quatro horas do dia, viver em plena harmonia, sem nenhum problema, a meu ver: é impossível! Mas é pos-sível colocarmos na balança da vida mais peso na plenitude de um espírito tranqüilo. Para isso, precisamos cultivar alguns bons hábitos, que além da paz de espírito evitam problemas a mais que possamos ter. Entre esses bons hábitos destaco:

. Falar apenas quando for necessário. Pensar antes de dizer. “Se não tem nada de bom, verdadeiro e útil a dizer é melhor se calar e não dizer nada.”

. Não fazer reclamações e queixas: utilize em seu voca-bulário palavras e assuntos positivos. Proteja sua mente de imagens negativas, porque se produzirão ao seu redor como um espelho. Se focar seu pensamento e palavras no êxito, terás êxito; se em fracasso, terás fracasso. As circunstâncias que vivemos são manifestações externas dos conteúdos de nossas conversas internas.

. Seja discreto, humilde, preserve sua vida íntima, crie sua própria opinião, livre da opinião dos outros. Analise sempre muito bem antes de tirar conclusões e terá uma vida tranqüila e com paz interior... Sem preocupações desnecessárias.

Esta história ilustra bem o que citei acima: Conta-se que um senhor italiano, chamado Ambrogio,

tinha uma paciência impressionante. Um dia o noticiário da rádio local informou sobre uma possível terceira Grande Guerra Mundial. Após a notícia, o tumulto foi geral, o povo da cidade estava desesperado, os comentários eram os mais diferentes e absurdos possíveis. As pessoas andavam amedrontadas e com os rostos angustiados... Mas Sr. Ambrogio, se mantinha

VERA LÚCIA

Assista ao programa “De Bem com a Vida”, com Vera Lúcia, na MVTV todas às quintas-feiras: www.moveisdevalor.com.br

Mensagem final

Viva tranquilo

Cantora e compositora, criou uma ampla obra de mensagens e músicas antiestresse

[email protected]

“Não antecipe os problemas com conclusões precipitadas.”

tranqüilo e feliz como se nada estivesse acontecendo. Um dia alguém perguntou a ele, se ele não estava preocupado

com a guerra mundial. Tanto sofrimento e dor que estava por vir e ele com um ar sereno, tão tranqüilo, parecia nem se importar com isso!

No que o italiano respondeu: -Se a terceira guerra mundial sair, duas coisas podem acon-

tecer: A minha pátria querida Itália, pode entrar ou não entrar na guerra. Se ela não entrar, não terei que me preocupar, mas se ela entrar, duas coisas podem acontecer: Eu ser convocado para a guerra ou não. Se eu não for convocado, não tenho com que me preocupar. Se for, só podem acontecer duas coisas: ou eu me apresento ou eu não me apresento. Se eu não me apresentar, eu não vou me preocupar. Se eu me apresentar, só podem acontecer duas coisas: ou eu vou ou eu não vou. Então, se eu não for, eu não vou me preocupar; agora, se eu for, só podem acontecer duas coisas: ou eles me colocam no combate ou eles não me colocam no combate. Então, se eles não me colocarem no combate, eu não vou me preocupar; agora, se me colocarem no combate, só podem acontecer duas coisas: ou me colocam mais à frente do pelotão, ou me colocam mais para trás. Então, se me colocarem mais pra trás, eu não vou me preocupar; agora, se me colocarem

mais pra frente, só podem acontecer duas coisas: ou eu sou ferido, ou eu não sou ferido. Então, se eu não for ferido, eu não vou me preocupar; agora, se eu for ferido, só

podem acontecer duas coisas: ou eu sofro um ferimento grave ou eu sofro um ferimento leve. Então, se for leve, eu não vou me preocupar; agora, se for grave, só podem acontecer duas coisas: ou eu morro ou eu não morro. Então, se eu não morrer, eu não vou me preocupar; agora, se eu for morrer mesmo, não adianta nada eu fi car preocupado agora!"

Não antecipe os problemas com conclusões precipitadas. Procure viver e superar os problemas na medida em que eles realmente existam. Não sofra por antecipação. No fi nal, dá tudo certo, se ainda não deu, é que ainda não é o fi nal. Viva Tranqüilo!

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