edição nº 101

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MERCADO & NEGÓCIOS Ministro vai à Rússia tentar resolver embargo à carne brasileira CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA Ɣ Ź 27 de março a 02 de aBrIL de 2012 Ano 4 Ɣ nº 101 www.jornalcapital.jor.br Indicadores / Câmbio R$1 Internacional Compra Venda % FECHAMENTO: 26 DE MARÇO DE 2012 ŹPÁGINA 2 Receita faz a maior apreensão de bagagens ŹPÁGINA 8 Correção das dívidas de estados e municípios pode sofrer mudança Venda de produtos básicos cresce 12% e eleva resultado da balança comercial Entrada de dólares supera saída Secretário espera que volatilidade cambial se ajuste Construção civil registra atividade abaixo do normal P elo menos duas propostas para ali- viar o peso das dívidas dos estados e municí- pios com a União de- verão sair do grupo de trabalho formado na Câmara dos Deputa- dos. Elas serão defen- didas pelo coordenador do grupo de trabalho, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), que conta com o aval de outros participan- tes do grupo, formado por 13 deputados dos 12 principais partidos com representação na Câmara. ŹPÁGINA 3 A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 372 milhões na quarta semana de março, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (26) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Co- mércio Exterior (MDIC). O saldo positivo é resulta- do das exportações de US$ 4,839 bilhões e importa- ções de US$ 4,467 bilhões. ŹPÁGINA 3 A entrada de dólares superou a saída em US$ 5,622 bilhões, em março, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central. De janeiro até o dia 16 de março, o saldo está positivo em US$ 18,609 bilhões, depois de janeiro registrar US$ 7,283 bilhões e fevereiro US$ 5,705 bilhões. No ano passado, no mesmo período, o saldo foi bem maior, chegando a US$ 34,660 bilhões. ŹPÁGINA 8 Banco de Imgens Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr Net anuncia serviço que não possui em Caxias U m anúncio veiculado pela Net, oferecendo servi- ços de banda larga em Duque de Caxias, acabou virando propaganda enganosa. Um morador do bairro 25 de Agosto icou indignado. "Fui levado a acreditar em uma propaganda mentirosa. Me sinto lesado", de- sabafou o servidor público Jorge Luiz Chagas, mora- dor na avenida Brigadeiro Lima e Silva, no coraçao da Duque de Caixas. ŹPÁGINA 2 ŹPÁGINA 5 ŹPÁGINA 7 Uniformização de ICMS para importados O setor produtivo - 28 grandes emresários - liderado pela Fiesp, que teve reunião com a presidenta Dilma Rousseff para discutir, entre outros temas, medidas para proteção da indústria nacional diante da valorização do real, defendeu que a Resolução 72 pode pôr fim à chamada “guerra dos portos”, em que os estados oferecem benefícios tributários à entrada de importados, o que acaba reduzindo a competitividade do produto nacional. No mesmo encontro, o ministro Guido Mantega promete mais medidas para reduzir o custo Brasil ŹPÁGINA 5 Banco de Imagens Wilson Dias/ABr Dolar Comercial 1,814 1,816 0,33 Dólar Turismo 1,770 1,940 0,51 Ibovespa 66.684,59 1,32

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Jornal Capital - Edição nº 101

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MERCADO & NEGÓCIOS

Ministro vai à Rússia tentar

resolver embargo à carne brasileira

CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA ズ モ 27 de março a 02 de aBrIL de 2012

Ano 4 ズ nº 101www.jornalcapital.jor.br

Indicadores / Câmbio

R$1

Internacional Compra Venda %

FECHAMENTO: 26 DE MARÇO DE 2012

モPÁGINA 2

Receita faz a maior apreensão de bagagensモPÁGINA 8

Correção das dívidas de estadose municípios pode sofrer mudança

Venda de produtos básicos

cresce 12% e eleva resultado

da balança comercial

Entrada de dólares supera saída

Secretário espera que volatilidade cambial se ajuste

Construção civil registra

atividade abaixo do normal

Pelo menos duas propostas para ali-

viar o peso das dívidas dos estados e municí-pios com a União de-verão sair do grupo de trabalho formado na Câmara dos Deputa-dos. Elas serão defen-didas pelo coordenador do grupo de trabalho, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), que conta com o aval de outros participan-tes do grupo, formado por 13 deputados dos 12 principais partidos com representação na Câmara.

モPÁGINA 3

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 372 milhões na quarta semana de março,

segundo dados divulgados nesta segunda-feira (26) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Co-mércio Exterior (MDIC). O saldo positivo é resulta-do das exportações de US$ 4,839 bilhões e importa-ções de US$ 4,467 bilhões. モPÁGINA 3

A entrada de dólares superou a saída em US$

5,622 bilhões, em março, de acordo com

dados divulgados pelo Banco Central. De janeiro

até o dia 16 de março, o saldo está positivo em

US$ 18,609 bilhões, depois de janeiro registrar

US$ 7,283 bilhões e fevereiro US$ 5,705 bilhões.

No ano passado, no mesmo período, o saldo foi

bem maior, chegando a US$ 34,660 bilhões.

モPÁGINA 8

Banco de Imgens

Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

Net anuncia serviço que não possui em Caxias

Um anúncio veiculado pela Net, oferecendo servi-ços de banda larga em Duque de Caxias, acabou

virando propaganda enganosa. Um morador do bairro 25 de Agosto icou indignado. "Fui levado a acreditar em uma propaganda mentirosa. Me sinto lesado", de-sabafou o servidor público Jorge Luiz Chagas, mora-dor na avenida Brigadeiro Lima e Silva, no coraçao da Duque de Caixas. モPÁGINA 2

モPÁGINA 5

モPÁGINA 7

Uniformização de ICMS para importados

O setor produtivo - 28 grandes emresários - liderado pela Fiesp, que teve reunião com a presidenta Dilma Rousseff para discutir, entre outros temas, medidas para proteção da indústria nacional diante da valorização do real, defendeu que a Resolução 72 pode pôr fim à chamada “guerra dos portos”, em que os estados oferecem

benefícios tributários à entrada de importados, o que acaba reduzindo a competitividade do produto nacional. No mesmo encontro, o ministro Guido Mantega promete mais medidas para reduzir o custo Brasil モPÁGINA 5

Banco de Imagens

Wilson Dias/ABr

Dolar Comercial 1,814 1,816 0,33Dólar Turismo 1,770 1,940 0,51Ibovespa 66.684,59 1,32

2 モ27 de Março a 02 de Abril de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Cambio

Moeda Compra (R$) Venda (R$) Variação %

Dolar Comercial 1,814 1,816 0,33Dólar Turismo 1,770 1,940 0,51

Moeda Compra (U$) Venda (U$) Variação %

Coroa Dinamarca 5,564 5,568 0,63Dólar Austrália 1,052 1,052 0,56Dólar Canadá 0,991 0,991 0,67Euro 1,335 1,335 0,65Franco Suíça 0,903 0,903 0,52Iene Japão 82,860 82,910 0,64Libra Esterlina Inglaterra 1,596 1,596 0,61Peso Chile 485,700 486,600 0,56Peso Colômbia 1.710,000 1.762,000 0,08Peso Livre Argentina 4,340 4,390 0,00Peso MÉXICO 12,651 12,667 0,64Peso Uruguai 19,400 19,400 0,00

BolsaValor Variação %

Ibovespa 66.684,59 1,32IBX 22.624,14 1,70Dow Jones 13.241,63 1,23Nasdaq 3.122,57 1,78Merval 2.691,76 0,74

Commodities

Unidade Compra US$ Venda US$ Variação %

Petróleo - Brent barril 126,690 126,710 0,00Ouro onça troy 1.689,600 1.690,800 0,02Prata onça troy 32,790 32,870 0,09Platina onça troy 1.643,490 1.651,500 0,05Paládio onça troy 663,100 670,100 0,21

Indicadores

Poupança 27/03 0,583Poupança p/ 1 mês 26/03 0,557TR 26/03 0,030Juros Selic meta ao ano 9,75Salário Mínimo (Federal) r$ 622,00

MERCADO & NEGÓCIOS

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Diretor Geral: Marcelo CunhaDiretor de Redação: Josué Cardoso ([email protected])

Colaboradores: Alberto Marques, Arthur Salomão, Dilma Rousseff, Geiza Rocha,

Moreira Franco, Priscilla Ricarte,Roberto Daiub e Rodrigo de Castro.

MOREIRA FRANCO é Ministro Chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República

Colunado Moreira

Diferença de preços

O brasileiro é cada vez mais estimulado, quando em viagem ao exterior, a adquirir produtos que no comércio

nacional custam muito mais caro. Se tomarmos como exemplo um par de tênis da moda e compararmos o preço no Brasil e nos Estados Unidos, constataremos uma diferença gritante.

Num site de venda de material esportivo, o produto pode ser adquirido por R$ 799. Existem também opções de compra numa página na internet que comercializa produtos importados. Lá, custa R$ 662,40, isso se o consumidor pagar por meio de boleto ou depósito bancário.

Mas, se estiver em Miami ou Nova York, o mesmo par de tênis pode ser adquirido por cerca de R$ 350, sendo um pouco mais ou um pouco menos dependendo da cotação do dólar. Há também uma variedade de opções para o consumidor, sempre com preços mais em conta que os praticados no Brasil.

A justiicativa para essa disparidade está na carga tributária. Isso representa em alguns produtos e serviços cerca de 40%. Ou seja, para cada R$ 100 o consumidor está deixando R$ 40 em tributos. Esse cenário expõe a necessidade de revermos o desequilíbrio, a im de possibilitar que a oferta de produtos estimule a aquisição no mercado nacional.

O que torna essa situação ainda mais deplorável é que os consumidores não sabem quanto pagam de impostos, nem para quem estão pagando. A nota iscal não traz esses dados. Mudar isto já poderia ajudar as pessoas a se engajarem no debate sobre o pagamento de impostos.

Hoje, a questão iscal está muito mais relacionada aos interesses do Estado do que aos dos cidadãos. Fala-se em reforma tributária para discutir quanto cada ente da Federação vai receber do bolo arrecadado de toda a sociedade. Isso mostra que, talvez, estejamos tomando um caminho equivocado.

É preciso, portanto, que a sociedade se envolva neste debate e não só os governos, o Congresso e as suas autoridades monetárias. Tenho a convicção de que mudanças pontuais na lei seriam muito mais eicazes do que uma reforma ampla, especialmente se elas considerarem o quanto se paga e também quem sãos os reais beneiciários dos tributos.

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

(*) FECHAMENTO: 26 DE MARÇO DE 2012

Ponto de Observação

Alberto Marques

Anistia fiscal e o custo Brasil

O Diário Oicial da União publicou

nesta segunda (27) por-taria do Ministério da Fazenda que determina a não inscrição na Dí-vida Ativa da União de débito, de um mesmo devedor, de valor conso-lidado igual ou inferior a R$ 1 mil. A portaria de-termina ainda o não ajui-zamento de execuções iscais de débitos com a Fazenda Nacional cujo valor consolidado seja igual ou inferior a R$ 20 mil. De acordo com a portaria, os limites não valem para débitos de-correntes de aplicação de multa criminal. Se-gundo o texto, entende-se por valor consolidado a atualização do respec-tivo débito originário, somada aos encargos e acréscimos legais ou contratuais, vencidos até a data da apuração. Outra novidade é o can-celamento dos débitos inscritos na Dívida Ati-

va da União com valores inferiores a R$ 100.

Desde 2008, o gover-no tem procurado reduzir o custo do sistema de co-brança da dívida da União e o número de litígios. A medida adotada pelo Mi-nistério da Fazenda traz uma considerável econo-mia para o Governo, na medida em que reduz o vo-lume de processos na jus-tiça para execução de dívi-das de pouca monta, mas que, além de prejudicar o contribuinte inadimplen-te, ainda fecha as portas para uma série de benefí-cios iscais destinados a incentivar a modernização e aumentar a geração de novos empregos e à pro-dutividade das empresas, o que resulta na redução do chamado Custo Brasil, que acaba por inviabilizar as exportações.

Independente do valor devido, a simples inscri-ção do contribuinte na Dí-vida Ativa aciona uma sé-rie de dispositivos que vão inluir no funcionamento da empresa, da mesma for-ma que a inscrição do con-

tribuinte pessoa física no SPC e Serasa, além de im-pedir operações de crédi-to, impede o contribuinte de buscar uma nova colo-cação, pois o aumento da inadimplência de pessoas físicas está diretamente li-gado ao nível de emprego.

Do ponto de vista do Governo, o custo de man-ter uma Procuradoria Ge-ral para acompanhar o andamento dos processos ajuizados não tem relação direta com o valor do cré-dito a ser buscado. Assim, o ônus de fazer a cobrança não é coberto pelo efetivo pagamento dos débitos de pequeno valor.

A louvável iniciativa do Governo Federal poderia e deveria ser seguido, pari passo, pelos governos es-taduais e municipais, esta-belecendo valores propor-cionais à economia local para a suspensão de Exe-cutivos Fiscais ou anistia de débitos. No caso dos municípios, a dívida ativa é prioritariamente forma-da pelo não pagamento do IPTU, devido por todos os moradores, independente

de suas rendas. São va-lores insuicientes para cobrir os custos de co-branças, mas o bastante para tirar o sono do con-tribuinte em débito. O mesmo se aplica ao ISS devido por pequenas e microempresas.

No caso dos muni-cípios da região me-tropolitana do Rio, por exemplo, o valor da dí-vida cuja execução seria suspensa, permitindo ao contribuinte parcelá-la em condições mais fa-voráveis, o valor poderia ser o correspondente a 10 salários mínimos, pouco mais de R$ 6 mil, mas beneiciaria milhares de pequenos contribuintes. Sem esse expressivo nú-mero de execuções, as Procuradorias Gerais dos Municípios teriam mais tempo para se dedicarem à cobrança de grandes devedores, aqueles que aguardam a prescrição da dívida, isto é, a anis-tia automática que ocor-re no inal de 5 anos da sua inscrição na Dívida Ativa.

Net anuncia serviço que nãoestá disponível em Caxias

O anúncio, veiculado em órgãos de impren-

sa, diz com destaque: “A Net chegou a Duque de Caxias. Assine a banda lar-ga mais premiada do Bra-sil, com megavelocidades de 1 a 20 mega e estabili-dade de conexão, e telefo-ne sem assinatura mensal, que você fala até de graça e ainda faz ligações DDD com custo de ligação lo-cal”. Acreditando na pro-paganda, um morador do bairro 25 de Agosto, no coração de Duque de Ca-xias, entrou em contato e

recebeu promessa de ter o serviço em até 72 horas. Isso, no entanto, não acon-teceu. Ao ligar para recla-mar, primeiro descobriu que seu cadastro havia su-mido. Depois, ao insistir como interessado no ser-viço, ouviu do atendente que seu bairro “não estava cabeado”.

Jorge Luiz Chagas, ser-vidor público, morador na avenida Brigadeiro Lima e Silva, no coração da ci-dade, explicou ao Capi-tal que quando entrou em contato para contratar o

serviço, o atendimento eletrônico dizia que, pelo seu CEP, o serviço estava disponível. “Me oferece-ram preços promocionais, passei a documentação e as informações pedidas e iquei aguardando a ins-talação. Realmente, me sinto enganado, fui levado a acreditar em uma propa-ganda enganosa”, acres-centou Jorge.

O Capital tomou co-nhecimento de outros in-teressados que, ao procu-rarem o serviço, a empresa informa que o mesmo não

está disponível para o en-dereço solicitado. Pro-curada pela reportagem, através de três números te-lefônicos, a Net não soube explicar o problema.

Por email, Giovana Battiferro, da assessoria de imprensa da Net Ser-viços, disse que a Net está iniciando operações em Duque de Caxias e que, no caso denunciado, “prova-velmente houve um erro do atendente”, e pediu mais informações sobre o caso para ver “exatamente o que aconteceu”.

3モ27 de Março a 02 de Abril de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Conversa com a PresidentaEncaminhe perguntas para a Presidenta DILMA ROUSSEFF: [email protected] [email protected]

LEONARDO P. LEVI, 38 anos, professor particular em São Paulo (SP) - O governo tem algum projeto

de incentivo à leitura para os moradores do campo.

Presidenta Dilma – Leonardo, nós lançamos na

semana passada o Programa Nacional de Educação

do Campo (Pronacampo), que tem uma ação

especíica neste sentido – vamos distribuir livros para as bibliotecas de escolas rurais, buscando formar

um acervo adequado à realidade do campo e das

comunidades quilombolas. Com esta ação, até 2014

nós vamos atender 1,9 milhão de estudantes dos anos

inais do ensino fundamental e do ensino médio. E nós já tínhamos um outro programa muito bem-sucedido,

que é o Arca das Letras. Por este programa, desde

2003 o Ministério do Desenvolvimento Agrário já

instalou 8.800 bibliotecas em mais de 3.200 municípios

e capacitou 17.500 agentes de leitura para estimular

e orientar os leitores. O objetivo é incentivar, no meio

rural, o hábito da leitura, que é fundamental para a

aprendizagem, o entretenimento e para a formação

cidadã. As bibliotecas beneiciam localidades como assentamentos da reforma agrária, colônias

de pescadores, associações de crédito fundiário,

comunidades ribeirinhas, indígenas, quilombolas

e agricultores familiares. O Arca das Letras está

desenvolvendo a cultura da leitura na zona rural

– as crianças e jovens são os mais entusiasmados,

representando 70% dos frequentadores das bibliotecas.

ELCIR PINHEIRO EUZÉBIO, 54 anos, dona de casa em Cabo Frio (RJ) - Por que não é aceito aluno de escola particular para bolsa do ProUni? Gostaria de fazer uma faculdade, mas meu diploma é de escola particular.

Presidenta Dilma – Elcir, o ProUni foi criado para

permitir que estudantes de baixa renda pudessem

ingressar no ensino superior, quando não tivessem

oportunidade de cursar uma instituição pública. No

caso dos estudantes egressos de escolas particulares,

há sim a possibilidade de participação no Prouni,

desde que tenham cursado o ensino médio na condição

de bolsista integral da instituição. Caso tenham

cursado apenas parte do ensino médio em escola

particular, é preciso que nesse período tenham sido

beneiciados com bolsa da instituição. Se não for esse o seu caso, você ainda pode recorrer ao Fundo de

Financiamento Estudantil (Fies), que inancia estudos em curso superior privado. Desde 2010, o programa

funciona com juros mais baixos, de 3,4% ao ano, e o

aluno poderá quitar o empréstimo num prazo de três

vezes o período inanciado do curso, com carência de 18 meses. Além do mais, os professores poderão ter

a dívida do Fies reduzida se atuarem na rede pública

de educação básica. Os médicos também, desde que

trabalhem em equipes do programa Saúde da Família.

O ProUni, o FIES, a expansão do número de vagas nas

universidades públicas, a adoção do Exame Nacional do

Ensino Médio (Enem) e o Sistema de Seleção Uniicada (Sisu) são parte de nossa política de democratização e

descentralização do acesso à educação superior.

TIAGO DA S. MARTINS, 20 anos, estudante em Ceilândia (DF) - Como o governo quer abrir mais

leitos para os usuários de crack nos hospitais, se eles

não conseguem nem atender as pessoas que vão?Presidenta Dilma – Tiago, estamos trabalhando

em várias frentes para que o atendimento no SUS seja

ágil e de qualidade para todos, independentemente

dos motivos que os levam a procurar assistência. Em

2011, aumentamos em R$ 2,3 bilhões o total repassado

anualmente a estados e municípios para assistência

hospitalar. Foram criados mais 1.296 leitos de UTI, o

maior número dos últimos 8 anos. Destinamos ainda

R$ 720 milhões adicionais para hospitais ilantrópicos e universitários e vamos investir R$ 20 bilhões até

2014, tanto em hospitais quanto em ambulatórios.

Já iniciamos a implantação do SOS Emergências,

para melhorar a gestão e o atendimento nos prontos-

socorros dos 11 maiores hospitais públicos do país.

Com o programa Melhor em Casa, oferecemos

tratamento nos domicílios, o que contribui para

descongestionar os hospitais. Em todo o país, já são

213 equipes. As ações voltadas para os dependentes

químicos são parte deste processo de melhoria de toda

a rede do SUS. Hoje eles já procuram as emergências

hospitalares durante as crises. Além das enfermarias

especializadas, estamos criando vagas também nos

Centros de Atenção Psicossocial e nas Unidades de

Acolhimento. Ao todo, até 2014, serão criados 13.518

leitos para atendimentos e internações durante crises

de abstinência e em casos de intoxicações graves para

os dependentes químicos.

(*)ARTHUR SALOMÃO É ESPECIALISTA EM DIREITO EMPRESARIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL.

Direito Empresarial

Conselho criará Banco Nacional de Falências

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ)

anunciou na última se-mana a criação de um Banco Nacional de Fa-lências. A ideia é centra-lizar, sob a coordenação do Tribunal Superior do Trabalho (TST), as infor-mações de companhias em processo falimentar ou em recuperação judi-cial. Com isso, pretende-se reduzir os frequentes

erros em cálculos de crédi-tos trabalhistas de empresas nessas situações.

Hoje, de acordo com o juiz da 1ª Vara de Falências de São Paulo, Daniel Car-nio Costa, 90% dos cálcu-los iniciais em ações contra empresas em falência no Estado tiveram que ser re-feitos, onerando o processo e atrasando o pagamento de verbas trabalhistas. O de-sencontro de informações permite, por exemplo, que se continue cobrando erro-neamente juros de mora de

massa falida, situação não prevista em lei.

O Banco Nacional de Falências será alimentado, inicialmente, pelo Tribu-nal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP). Em um projeto-piloto, reunirá ele-tronicamente informações básicas das companhias em processo falimentar ou em recuperação judicial. Serão informados a data de decretação da falência, do deferimento ou extinção da recuperação judicial, bem como nome e CNPJ

Arthur Salomão* das empresas.Com o banco de da-

dos, de acordo com a corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, haverá uma comunicação dire-ta entre o juiz da falên-cia e o juiz trabalhista. "Será comunicado o valor líquido que está separado na falência para atender aos crédi-tos trabalhistas", disse a ministra durante o lançamento da ferra-menta em Brasília.

Grupo parlamentar quer mudar correção das dívidas de estados e municípios

Pelo menos duas pro-postas para aliviar o

peso das dívidas dos es-tados e municípios com a União deverão sair do gru-po de trabalho formado na Câmara dos Deputados. A primeira é a mudança do índice de correção da dívi-da, hoje atrelada ao IGP-DI e considerado inadequado pelos governadores e parla-mentares. A outra sugestão é que a União invista em infraestrutura metade do que os estados pagam. As duas opções serão defen-didas pelo coordenador do grupo de trabalho, depu-tado Cândido Vaccarezza (PT-SP), que conta com o aval de outros participan-tes do grupo, formado por 13 deputados dos 12 prin-cipais partidos com repre-sentação na Câmara.

Atualmente, o saldo das dívidas dos estados e mu-nicípios é atualizado pelo IGP-DI, mais uma taxa de 6% a 7,5% ao ano, bem aci-ma da taxa básica de juros, a Selic, que está em 9,75%. De acordo com dados da

Secretaria do Tesouro Na-cional, o saldo devedor da dívida consolidada dos es-tados passou de R$ 100,4 bilhões, em junho de 1998, para os atuais R$ 388,4 bi-lhões. "Esse aumento da dívida se deu muito pelo índice de correção e menos pela má gestão nos esta-dos", defendeu Vaccarezza. Ex-lider do governo na Câ-mara, Vaccarezza disse que

ainda não conversou com a equipe econômica do go-verno para ver se há espaço para negociar as mudanças.

Na Câmara já trami-tam projetos nesse sentido, como o do deputado Vaz de Lima (PSDB-SP), que inte-gra o grupo de trabalho. O projeto autoriza a criação de um fundo de investi-mento em infraestrutura formado pela receita pro-

veniente dos juros pagos pelos estados. O presidente da Câmara, deputado Mar-co Maia (PT-RS), já mar-cou para o dia 19 de abril uma audiência pública com o objetivo de discutir as propostas. Todos os 27 go-vernadores foram convida-dos, assim como o ministro Guido Mantega, de acordo com informações da Agên-cia Câmara.

José Cruz/ABr

Venda de produtos básicos cresce 12%

e eleva resultado da balança comercial

A balança comercial brasileira registrou

superávit de US$ 372 mi-lhões na quarta semana de março, segundo dados divulgados hoje (26) pelo Ministério do Desenvolvi-mento, Indústria e Comér-cio Exterior (MDIC). O saldo positivo é resultado das exportações de US$ 4,839 bilhões e importa-ções de US$ 4,467 bilhões. No mês, os embarques externos alcançaram US$ 16,277 bilhões, e as com-pras internas totalizaram US$ 15,177 bilhões, com saldo positivo de US$ 1,1 bilhão. No ano, as expor-tações somam US$ 50,446 bilhões, e as importações, US$ 48,923 bilhões, com resultado superavitário de US$ 1,523 bilhão.

Nas exportações, a mé-dia diária durante o perío-do analisado icou em US$ 957,5 milhões. O resultado é 4,3% maior que a média diária da quarta semana de março do ano passado, que teve média de embarques externos de US$ 918,4 mi-lhões. O aumento foi im-pulsionado, principalmen-

te, pelo crescimento das vendas externas de produ-tos básicos (+12,3%).

Os principais itens que colaboraram para o resulta-do foram algodão em bru-to, petróleo em bruto, arroz em grão, fumo em folhas e soja em grão. Também houve aumento nas vendas externas de manufatura-

dos (+0,3%). Em contra-partida, houve redução de 12,7% nos semimanufatu-rados, em função da queda nas vendas de alumínio em bruto, açúcar em bruto, fer-ro fundido, couros e peles.

Já a média diária das importações foi 5,7% su-perior à do mesmo período analisado de 2011. As com-pras internas registraram US$ 892,8 milhões frente US$ 858,6 milhões do ano passado. Houve aumento de gastos, principalmente, com adubos e fertilizantes (+43,4%), produtos farma-cêuticos (+24,2%), instru-mentos de ótica e precisão (+16,8%), produtos side-rúrgicos (+15,1%), com-bustíveis e lubriicantes (+14,8%) e químicos orgâ-nicos/inorgânicos (+6,5%).

Banco de Imagens

4 モ27 de Março a 02 de Abril de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

RODRIGO DE CASTRO é jornalista e pós-graduado em Marketing e Comunicação Empresarial pela Universidade Federal de Juiz de Fora (MG)

Bastidoresda ALERJ

Barcas x Carrões (Parte 2)Tratado aqui na última edição desta coluna, o im-

bróglio gerado pela troca da frota oicial de carros dos deputados da Alerj parece ter chegado ao im. Na última reunião da Mesa Diretora, quase todos os de-putados reclamaram da exposição a que foram sub-metidos pela imprensa e pela opinião pública. Dizem que um só nobre, através de um estudo técnico de seu gabinete, escolheu o modelo de carro no valor de quase 80 mil reais e todos levaram a culpa pelo exagero. Depois do chororô vão cobrar outra decisão por parte da direção e claro, com o total apoio do presidente, Paulo Melo.

Por falar em Paulo Melo, dizem que o presidente espuma de raiva quando o assunto é a divulgação de dados pessoais de deputados que votaram a favor da lei de reestruturação tarifária das barcas e sua con-cessionária, Barcas S.A. Ele até entende que em um regime democrático o voto dos parlamentares não é secreto, mas o problemas está na forma como isso foi exposto, colocando os votantes como os respon-sáveis diretos do aumento nas passagens, o que não procede.

Para piorar, policiais que investigam a divulgação dos números dos telefones residenciais e celulares dos deputados e até de assessores parlamentares, acreditam que os dados saíram da própria Assem-bleia. Paulo Melo avisa que seja funcionário, ou de-putado, o responsável pelo vazamento será punido com o rigor da lei.

Queda de muro em obra das Lojas

Americanas causa prejuízo em CaxiasUma obra que está sen-

do realizada na aveni-da Leonel Brizola (antiga Presidente Kennedy), no centro de Duque de Ca-xias, causou a queda de um muro de um estacionamen-to nos fundos do terreno, provocando a destruição de um Fiat Doblò, placa LBW 9806, na manhã da última quinta-feira (22). No terreno funcionava o Hotel Municipal, onde foi encontrado o corpo da me-nina Lavínia, em março do ano passado. O antigo imó-vel foi demolido e no local será erguida uma ilial das Lojas Americanas.

O muro, com cerca de quatro metros de altura, ce-deu com a escavação que vinha sendo feita por ope-rários da Construenge En-genharia, cujo responsável técnico é Paulo de Tarso D'Ávila Limeira. O muro dividia o terreno do antigo hotel e um estacionamen-to. A ilha do proprietário do veículo, Jaqueline Inês Pinto, icou abalada com o acidente, que, porém, não fez vítimas. A Defesa Civil que enviou um engenhei-ro ao local, que notiicou a construtora a apresentar

documentos e licença à Se-cretaria de Obras.

O gerente do estacio-namento, conhecido como Dias, disse ao Capital que já havia solicitado aos res-ponsáveis pela obra a in-terrupção dos serviços na base do muro. “Mas nada adiantou. Eles continua-ram cavando até que caiu”. Segundo ele, a empresa já responde um processo na justiça por ter derrubado

escombros no telhado da parte lateral do estaciona-mento. “Nem limpamos o telhado para poder mostrar o que eles izeram”, com-pletou.

O engenheiro Paulo de Tarso garantiu, na manhã de ontem (26) que a obra, que teria licença da Prefei-tura, está sendo feita dentro de rígidos critérios técnicos e com proissionais qualii-cados. Acrescentou que fez

acordo para indenizar o pro-prietário do automóvel pe-los danos. Já o advogado da vítima, Anderson dos San-tos, explicou que o acordo ainda estava sendo discuti-do. “Não há nada acertado ainda”, garantiu, acrescen-tando que não foi disponi-bilizado um outro veículo para que a vítima possa continuar trabalhando, pois o veículo é utilizado para entrega de quentinhas.

Marcelo Cunha

Estado do Rio de Janeiro

CÂMARA MUNICIPAL DE DUQUE DE CAXIAS

NOTA DE ESCLARECIMENTO

A Câmara Municipal de Duque de Caxias, através da sua Mesa Diretora, informa que, em março de

2011, foi irmado contrato de aluguel de carros para uso do Legislativo.

Legalidade: O contrato passou por todos os trâ-mites legais, desde a publicação de edital em jornal de grande circulação bem como a realização de pre-gão presencial (tipo de modalidade licitatória) com a participação de quatro empresas, de acordo com as exigências do Tribunal de Contas do Estado.

Utilização: Informamos que a alegação de “Car-ros fantasmas” não procede. Os veículos foram so-licitados e disponibilizados em março de 2011 para os gabinetes dos vereadores, conforme documento comprobatório em anexo, em que consta, inclusive, a assinatura e a concordância unânime dos vereadores.

Suspensão: Após 4 meses, a Câmara Municipal, entendendo que o objetivo da contratação não foi al-cançado, seja por motivos de questões operacionais e administrativas, ou custo-beneicio, decidiu-se, por unanimidade, a suspensão deste contrato.

Transparência: De forma espontânea, estamos en-caminhando ao Tribunal de Contas o referido proces-so licitatório para comprovar a veracidade e legalida-de do mesmo.

Convênio entre a

Prefeitura e a Comlurb beneicia catadores

Com a assinatura do Termo de Transferên-

cia de Gestão do Fundo de Participação dos Catadores, entre a Prefeitura de Duque de Caxias e a Companhia Municipal de Limpeza Ur-bana (COMLURB), dia 13 de março, os catadores do Aterro do Jardim Grama-cho poderão administrar os recursos que serão repas-sados pela empresa Novo Gramacho, que vai explo-rar o gás metano durante 15 anos. O comitê gestor, ad-ministrado pelos catadores, vai receber cerca de R$ 1,4 milhão por ano. Através da Caixa Econômica Federal serão antecipados 15 anos de recursos. O dinheiro será usado pelo Fundo dos Catadores em ações so-ciais, geração de trabalho e renda, capacitação prois-sional e realocação no mer-cado de trabalho.

A formação do Conse-lho Gestor será discutida no dia 31 de março na as-sembléia da categoria e a indicação dos membros terá que ser aprovada em outra convocação. O ater-ro do Jardim Gramacho deverá encerrar suas ati-vidades na segunda quin-zena de maio e a primeira parcela da verba está pre-vista para ser liberada em 30 dias após seu fecha-mento. O dinheiro será ad-ministrado pelos catadores que vão deinir sua aplica-ção em cursos, compra de equipamentos e insumos entre outras inalidades. Nas rampas do aterro do Jardim Gramacho traba-lham hoje cerca de 1.800 catadores que se revezam em dois turnos. Desses, cerca de 500 são mulheres que criaram os ilhos com muito trabalho.

5モ27 de Março a 02 de Abril de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

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Empresários apóiam uniformização

de ICMS para produtos importados

A reunião entre a presi-denta Dilma Rousseff

e 28 grandes empresários do país para discutir, en-tre outros temas, medidas para proteção da indústria nacional diante da valo-rização do real também serviu para que o empre-sariado manifestasse apoio político ao governo, que passa por diiculdades na relação com o Congresso Nacional. Segundo o pre-sidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, Dilma não tocou na crise política durante a reunião, mas o assunto foi lembrado pelos empresários. “Ela não fez [menção à crise], mas nós izemos. Em todos os pro-jetos de interesse do Bra-sil, nós estaremos a postos, como estamos nessa ques-tão da Resolução 72”, dis-se, referindo-se à medida em análise no Senado para uniformizar a alíquota inte-restadual do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre produtos importados.

O setor produtivo, lide-rado pela Fiesp, argumenta que a Resolução 72 pode pôr im à chamada “guer-ra dos portos”, em que os estados oferecem benefí-

cios tributários à entrada de importados, o que acaba reduzindo a competitivida-de do produto nacional. “O sistema hoje cria um privi-légio competitivo para os produtos importados, por-que pagam menos imposto que os produtos do Brasil. Não tem cabimento que um produto importado tenha uma estrutura tributária privilegiada em relação ao produto nacional”, avaliou o presidente do Conselho de Administração do Gru-po Gerdau, Jorge Gerdau Johannpeter.

Segundo Skaf, o em-presariado ofereceu apoio para aprovação da medida no Senado e a presidenta aceitou a oferta. “Ela fa-lou que é importante, em qualquer tema de interesse do país, que haja um envol-vimento do empresariado. Isso, de certa forma, já há. A Fiesp, por exemplo, está toda hora no Congresso, mas isso pode ser intensii-cado”. Os ministros da Fa-zenda, Guido Mantega, do Desenvolvimento, Indús-tria e Comércio, Fernando Pimentel, e o presidente do

Banco Nacional de Desen-volvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, também partici-param da reunião, realiza-da no dia 22. Em entrevista coletiva após o encontro, Mantega defendeu a apro-vação da Resolução 72. "No momento em que está faltando mercado consumi-dor no exterior e o Brasil tem mercado, aprovar essa resolução é fundamental. Precisamos aprovar rapi-damente. Do que jeito que está [a resolução], está pre-judicial ao país", disse.

Wilson Dias/ABr

Mantega promete mais medidas

para reduzir o custo Brasil

Os empresários rece-beram a garantia do

governo de que continu-ará agindo no sentido de reduzir os juros e proteger o real ante a desvalori-zação do dólar. Mantega garantiu aos empresários que serão adotadas me-didas para reduzir o cus-to inanceiro e ampliar a desoneração da folha de pagamento. “O governo vai criar ainda mais fa-cilidades para reduzir o

custo do investimentos. O que vamos fazer é re-duzir tributos sobre in-vestimentos, custo da fo-lha salarial, juros, custos inanceiros. Estaremos viabilizando mais investi-mentos por que estaremos reduzindo os custos para eles [empresário]", disse Mantega após a reunião.

Na reunião, os empre-sários relataram preocu-pação com a valorização cambial, a elevada carga

tributária, os juros e as deiciências de infraestru-tura. Mas o ministro disse que, apesar da preocupa-ções, os empresários de-mostraram interesse em aumentar os investimen-tos privados e o governo sinalizou que vai apoiar, com investimentos, os planos de expansão do se-tor privado. “O setor pú-blico vai aumentar inves-timentos e o setor privado está se comprometendo

também em elevar os in-vestimentos. Ouvimos a apresentação de projetos de investimentos de grande magnitude, de 5, 15 e, até, 20 bilhões de dólares. Per-cebemos que os vários se-tores estão animados para fazer grandes investimen-tos, de modo a viabilizar esse crescimento maior”, disse Mantega, que prome-teu promover mais quatro reuniões com os empresá-rios ao longo do ano.

Deputada Claise Maria

Zito discute propostas

com Conselhos Tutelares

Conselheiros tutelares de 68 cidades, repre-

sentando todas as regiões do Estado do Rio de Janei-ro, estiveram reunidos no inal de semana em Xerém, 4º distrito de Duque de Caxias, para o 48° Fórum Estadual da categoria. O evento, realizado na Asso-ciação dos Antigos Funcio-nários do Banco do Brasil (AAFBB), tem por objeti-vo buscar o aprimoramento do trabalho dos conselhei-ros junto à população e outra meta é promover um espaço de socialização en-tre as diversas Instituições que estão envolvidas com as garantias de direito ga-rantidas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.

Durante o evento, a de-putada estadual Claise Ma-

ria Zito (PSD), presidente da Comissão de Assuntos da Criança, Adolescente e Idoso da Alerj, apresentou o seu trabalho à frente da comissão e debateu com os cerca de 300 participantes ações e propostas de polí-ticas públicas voltadas para a atenção ás crianças e ado-lescentes do Rio de Janei-ro. “Quando fui Secretária de Assistência Social em Duque de Caxias, trabalha-va diretamente com os con-selhos tutelares e sei da im-portância do trabalho dos conselheiros, pois são pro-issionais que lidam direta-mente com os problemas vivenciados pelas crianças e adolescentes que geral-mente estão necessitando

de um olhar mais humano da sociedade”, destacou.

A principal proposta da deputada Claise Ma-ria que vai de encontro à atual situação em que se encontram os conselheiros tutelares em todo o Estado, surgiu de visitas realizadas pela Comissão da Crian-ça, Adolescente e Idoso da Alerj aos mesmos. “consta-tamos através de vistorias in loco que os Conselhos Tutelares do nosso Estado estão em sua maioria fun-cionando em situação pre-cária, já que o espaço físico para o seu funcionamento nem sempre é o adequado, faltam materiais básicos, equipamentos e até mesmo proissionais”, denunciou.

Diante deste quadro, a deputada apresentou um

Projeto de Lei que tem por objetivo destinar per-centual em dinheiro ob-tido através de jogos e loterias promovidos pela LOTERJ para os Fundos de Assistência Social dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro, para serem utilizados na estrutura e funcionamento dos Conse-lhos Tutelares. “Este fundo gerado com a utilização de um percentual obtido atra-vés das apostas realizadas nos jogos da LOTERJ seria exclusivamente destina-do para amenizar ou quem sabe até mesmo sanar a fal-ta de estrutura que podemos constatar nas visitas que i-zemos aos Conselhos Tute-lares do Rio de Janeiro”.

Divulgação

Secretário espera que volatilidade cambial se ajuste

O governo brasileiro está convicto de que o

regime de câmbio lutuante ainda é a melhor estratégia adotada na economia brasi-leira e nem cogita debater o assunto como defendem alguns segmentos do se-tor empresarial, conforme deixou claro sexta-feira (23) o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa. Ele par-ticipou nesta sexta-feira do seminário Crescimento com Estabilidade - Novo Desenvolvimentismo no Brasil, promovido pela Es-cola de Economia da Fun-dação Getulio Vargas de São Paulo (FGV-SP).

Ele disse que a equipe econômica está atenta para evitar um desequilíbrio que possa vir a prejudicar o de-

sempenho da economia do país. Mas, embora admita que o real ainda está valo-rizado diante do dólar, Bar-bosa pondera que a cotação em R$ 1,80 já contribuiu para diminuir a perda de competitividade da indús-tria de transformação. “Nós não temos uma meta para a taxa de câmbio”, airmou Barbosa, para quem um ajuste mais adequado ao dia a dia das empresas deve ocorrer a partir de uma combinação entre medidas de incentivos à produção e da própria dinâmica do mercado internacional. “A volatilidade é um tema que preocupa o governo, pois inluencia as decisões de investimentos e de precii-cação.”

Barbosa disse que há a

expectativa dessa volati-lidade diminuir diante da estabilização de preços das commodities e também de-vido à medida do governo de elevar de três para cinco anos a cobrança de 6% do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas li-quidações de operações de câmbio contratadas a partir do último dia 12, para in-gresso de recursos no país (empréstimos externos).

Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

6 モ27 de Março a 02 de Abril de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Atualidade

País

Internacional Mendes Ribeiro vai à Rússia tentar

solução para o embargo à carne brasileira

O ministro da Agricul-tura, Mendes Ribei-

ro Filho, viajará à Rússia nos próximos dias para discutir o embargo rus-so à carne brasileira. O embargo teve início em junho de 2011 e afeta to-dos os frigoríicos do Rio Grande do Sul, Paraná e de Mato Grosso. Segun-do o Ministério da Agri-cultura, Mendes Ribeiro vai se reunir com a mi-nistra da Agricultura da Rússia, Yelena Skrynnik, no dia 30 de março, “com o objetivo de apresentar o perfeito cumprimen-to das normas sanitárias exigidas pelas autorida-des russas nos frigorí-icos do Rio Grande do

Sul, Paraná e Mato Grosso para a retomada imediata da comercialização”.

O secretário de Defesa Agropecuária, Enio Mar-ques, chegará a Moscou dois dias antes do ministro para agilizar a negociação e resolver as pendências téc-nicas com as autoridades sanitárias russas. Mendes Ribeiro esteve pela primei-ra vez com Yelena Skryn-nik em janeiro. Na época, ele disse ter percebido a disposição da ministra em resolver o impasse, mas a expectativa era que uma solução inal viesse apenas após as eleições presiden-ciais na Rússia, que ocorre-ram no início do mês, com a vitória de Vladimir Putin.

Antes de chegar a Mos-cou, Mendes Ribeiro tem compromissos agendados nas capitais da Albânia, Hungria e Inglaterra. Em Tirana, no dia 26, ele se en-contrará com o ministro da Agricultura e o primeiro-ministro albaneses, além de reunir-se com represen-tantes do setor agrícola do país. Em Budapeste, no dia 27, ele será recebido pelo ministro da Agricultura húngaro para tratar das tro-cas comerciais do agrone-gócio.

Em Londres, Mendes Ribeiro tem compromissos nos dias 28 e 29, começan-do com uma reunião de co-ordenação sobre relações bilaterais entre o Brasil e

o Reino Unido, com o embaixador brasileiro na Inglaterra, Rober-to Jaguaribe, e diplo-matas. No dia 29, o ministro dará palestra sobre desaios e opor-tunidades da agricul-tura sustentável no Brasil durante seminá-rio do jornal Financial Times.

Banco de Imagens

Países do Brics avançam mais no combate à pobreza

Um novo modelo de ajuda para os

mais pobres foi cria-do pelos governos dos países que integram o Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e Áfri-ca do Sul). Segundo o texto, a colaboração do grupo ocorreu em um ritmo dez vezes su-perior ao observado no G7 - que reúne os Es-tados Unidos, o Japão, a Alemanha, o Reino Unido, a França, Itália e o Canadá - de 2005 a 2010. A conclusão está

em um relatório da or-ganização internacional Global Health Strategies initiatives (GHSi) - di-vulgado nesta segunda-feira (26) em Nova De-lhi, na Índia - onde os líderes políticos do bloco estarão reunidos até o i-nal da semana. O docu-mento informa ainda que os países do Brics criam modelos para a coopera-ção internacional.

A previsão é que a presidenta Dilma Rous-seff chegue nesta terça-feira (27) a Nova Delhi.

Ceperj aceita inscrições

para Inspetor de Segurança

Continuam abertas as inscrições do

concurso promovido pela Secretaria de Ad-ministração Penitenci-ária, que oferece 800 vagas para a carreira de Inspetor de Segurança - Classe III. Homens e mulheres com 18 anos e escolaridade de apenas o Ensino Médio com-pleto, que sonham com salários de R$ 3.201,41 e um emprego estável, devem se inscrever no site www.ceperj.rj.gov.

br, da Fundação Ceperj (Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servi-

dores Públicos do Rio de Janeiro) até 8 de abril. O regime é de 24 horas de trabalho por 72 de folga, salvo imperiosa necessi-dade de serviço.

O concurso público tem o objetivo de recrutar, sele-cionar e treinar candidatos que exercerão atividades de nível médio, envolven-do a supervisão, coordena-ção, orientação e execução das atividades relacionadas à manutenção da ordem, segurança, disciplina e vigilância dos estabeleci-mentos penais, entre outras atribuições, como a de es-coltar presos e internos. A taxa custa R$ 80.

Ministro terá que dar explicações

à Comissão de Ética Pública

A Comissão de Ética Pú-blica da Presidência

da República decidiu pedir informações ao ministro do Desenvolvimento, Indús-tria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, sobre suas atividades de con-sultoria. Ele terá dez dias para enviar as informa-ções, segundo o presidente da comissão, Sepúlveda Pertence. Seis ministros votaram, três pelo pedido de informações e três pelo arquivamento - ao todo, a comissão tem sete minis-tros, mas um estava ausen-te. Sepúlveda Pertence deu

voto de minerva para pedir informações. Somente após receber as informações o a comissão vai decidir se abre ou não uma investigação a respeito das denúncias con-tra o ministro.

A Comissão de Ética Pú-blica é um órgão consultivo da Presidência e não tem poder para punir servidores ou autoridades públicas. No máximo, ele recomenda a exoneração de quem inves-tiga. Pode ainda ainda apli-car uma "advertência ética" à autoridade, que não tem efeito prático, mas represen-ta uma mancha no currículo.

Organizações sociais protestam contra

acusados de tortura durante a ditadura

Movimentos sociais, coordenados pelo

Levante Popular da Ju-ventude, izeram na ma-nhã de segunda-feira (26) manifestações para expor publicamente ex-milita-res e policiais acusados de tortura, abusos sexu-ais e homicídios durante a ditadura militar (1964-1985). Os atos ocorre-ram em frente à casa ou no local de trabalho dos acusados. As ações estão programadas para ocor-rer em seis estados: São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Santa Catarina, Pará e Ceará. Em São Paulo, a sede da empresa de segurança privada Dacala, do dele-

gado aposentado do antigo Departamento de Ordem Política e Social (Dops), David dos Santos Araujo, foi o alvo da manifestação. Cerca de 200 pessoas - com cartazes que traziam estam-pados os rostos de presos políticos mortos durante a ditadura - denunciaram a participação do ex-delega-do em assassinatos e tor-tura durante o regime. O ex-delegado é acusado pelo Ministério Público Fede-ral (MPF) de participar da tortura e do assassinato, em abril de 1971, do ativista político Joaquim Alencar de Seixas. De acordo com o MPF, o ex-delegado foi reconhecido por parentes da vítima.

Em 30 de agosto de 2010, o MPF moveu ação pública para que Araujo fosse pes-soalmente responsabilizado pelas práticas criminosas. Segundo o relato do atual presidente do Conselho Es-tadual de Defesa da Pessoa Humana de São Paulo, Ivan Seixas, preso aos 16 anos, junto com o pai, Joaquim Alencar de Seixas, David dos Santos Araujo, o “ca-pitão Lisboa”, estava entre os torturadores. “[Ele] era o que mais batia”, disse no depoimento ao MPF. Seixas também contou que, como forma de pressão, os poli-ciais o torturaram e o leva-ram para uma área deserta e simularam seu fuzilamen-to. Uma das irmãs de Sei-

xas airmou ao MPF que foi abusada sexu-almente por Araujo. Segundo os organiza-dores, a manifestação foi inspirada em ações similares feitas na Ar-gentina e no Chile, chamadas de Escracho. “Saímos à rua hoje para resgatar a histó-ria do nosso povo e a história do nosso país. Lembramos talvez da parte mais sombria da história do Brasil e que parece ser proposita-damente esquecida: a ditadura militar”, diz o texto do manifesto lido em frente à empresa de Araujo, na zona sul de São Paulo.

Caxias dá posse a Conselheiros durante

comemorações do Dia Municipal da Cultura

Criado pela Prefeitu-ra em 2006, o Dia

Municipal da Cultura foi marcado pela posse dos novos membros do Con-selho Municipal de Cul-tura, no dia 20 de março. O Teatro Municipal Raul Cortez tornou-se peque-no para receber o públi-co que compareceu para prestigiar a solenidade, além de apresentações de números de dança e mú-sica e entrega do Certii-cado de Honra ao Mérito Cultural Barboza Leite. A abertura contou com a execução do Hino Na-cional e do Hino de Exal-tação à Cidade de Duque de Caxias, pela Banda Sinfônica Prata da Casa. Diversas atrações anima-ram o público, que lotou

o Teatro.Representando o pre-

feito José Camilo Zito, o secretário de Cultura e Tu-rismo Gutemberg Cardoso, parabenizou a professora e artista plástica Martha Rossi, que completou 90 anos nessa data, sob inten-sos aplausos da plateia. Fa-lou da vontade de fazer da Banda Sinfônica Prata da Casa a orquestra oicial da cidade e anunciou que Du-que de Caxias fez a adesão oicial ao Sistema Nacional de Cultura, com vistas à elaboração do Plano Mu-nicipal de Cultura, e da volta, em breve da Compa-nhia Municipal de Dança e da Revista da Cultura Ca-xiense, agora abrangendo o turismo, ambos projetos desativados na gestão pas-

sada, entre outras iniciati-vas.

Os 11 Conselheiros elei-tos, representando a socie-dade civil, são: Ariane Te-les de Souza (Cadeira Artes Plásticas), Elaine Cristina Marques (Artes Cênicas), Evaldelina Marciana Julho (Patrimônio Histórico, Ar-quitetônico, Arqueológico e Cultural), Hélio Lúcio dos Reis (Música), Marcos Antonio Santos (Empre-sariado), Maria Aparecida Barreto (Artesanato), Pau-lo Cessar Gaudino (Audio-visual), Ralmir dos Santos (Produtores Culturais), Tania da Cunha Curvello (Cultura Popular), Ubira-tan de Azevedo (Movimen-to Popular) e Valéria de Paula (Literatura, Bliblio-teca e Salas de Leitura).

Também tem assento no Colegiado repre-sentantes do Poder Público, através das Secretarias de Cultura e Turismo, Assistên-cia Social, Comunica-ção, Desenvolvimento Econômico, Educa-ção, Esporte e Lazer, Fazenda, Meio Am-biente e Obras, além da Câmara Municipal.

Francisco Barboza Leite, que inspirou a criação do Dia Muni-cipal de Cultura, co-memorado em 20 de março, data de nas-cimento do múltiplo artista, era natural de Uruoca, no Ceará, e veio para Duque de Caxias no inicio da década de 50.

7モ27 de Março a 02 de Abril de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

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Projeto do vereador Jairinho mudaregras de concursos públicos

Os concursos públicos realizados no muni-

cípio do Rio de Janeiro i-carão sujeitos a uma nova regulamentação, de forma a garantir a transparência e a lisura do processo se-letivo. A Câmara Munici-pal aprovou, em segunda discussão, o projeto de lei 432/2009, de autoria do ve-reador Dr. Jairinho (PSC), que estabelece uma série de normas para a publica-ção de editais. Entre elas, a ampla divulgação em to-das as etapas do concurso; a proibição da abertura de um novo concurso enquan-to houver candidato apro-vado em seleção anterior com prazo de validade não expirado; e a ixação de conteúdo mínimo no edital.

O texto segue agora para sanção do prefeito Eduardo Paes. Segundo Jairinho, há uma grande carência de normatização do instru-mento mais democrático de admissão no setor pú-blico. "É fato que os con-cursos atraem um número

cada vez maior de interes-sados. Alguns reúnem mais de 500 mil candidatos. Por isso, é fundamental regu-lamentar o processo sele-tivo, de forma a garantir a

excelência dos concursos. Ao contratarmos servido-res por mérito, em seleções públicas e abertas a todos os brasileiros, reduzimos o espaço para fraudes e fa-

vorecimentos", justiica o parlamentar.

As mudanças vão além. O projeto de lei determi-na que seja especiicado o número de vagas no edital. Assim, os aprovados pas-sam a ter direito legítimo à nomeação. Enquanto todos não forem efetivados no prazo de validade, o Poder Público ica impedido de abrir concorrência para os mesmos cargos. Já para facilitar a orientação dos es-tudos dos candidatos, o pro-jeto de lei regula o conteúdo mínimo que deve constar no edital. Além disso, toma-se obrigação explicar a re-lação da disciplina com as exigências do cargo.

Jairinho acredita na san-ção da lei como forma de aprimorar os concursos públicos no município. “Esperamos também que o nosso projeto sirva de exemplo para as demais es-feras de Governo, até que haja uma normatização de âmbito nacional sobre o tema”, concluiu.

Divulgação

PSD-Caxias promove workshop para

candidatos a Vereador

O Diretório do PSD em Duque de Caxias

vai realizar o I Workshop "Guia Prático do Candi-dato a Vereador", nesta terça-feira (27), a partir das 19h, no Salão Ouro do Mont Blanc Apart Hotel, no bairro 25 de Agosto. O evento será coordenado pelo Presidente do Diretó-rio, deputado estadual Dica e contará com a presença já conirmada do deputado fe-deral Indio da Costa, como Palestrante, além de outras personalidades e cientistas políticos.

- Nosso objetivo Diretório é prepa-rar os pré-candidatos para que exerçam seus mandatos pau-tados em princípios éticos, fazendo da po-lítica veículo de estar bem social – justiicou Dica. Segundo ele, é importante a prepara-ção dos pré-candida-tos. “Com isso, terão maior credibilidade, de fato e de direito, na

hora de pedir o voto. Eles devem conhecer a realida-de da cidade, suas necessi-dades reais, seus direitos e deveres, no exercício de seu mandato. Este é um com-promisso assumido com as diretrizes do PSD e com a população. Tenho certeza de que nosso partido sairá fortalecido do pleito e os vereadores eleitos, muito mais conscientes, vão mu-dar a história de Duque de Caxias”, concluiu Dica.

Banco de Imagens

Indústria de construção registra atividade abaixo do normal

Apesar de melhorar em relação ao início do

ano, a indústria de constru-ção teve desempenho abai-xo do usual em fevereiro. Segundo pesquisa divulga-da segunda-feira (26) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o índice que mede a atividade do setor icou em 49,1 pontos

no mês passado, ante 47 pontos registrados em ja-neiro.

Segundo a CNI, a que-da foi inluenciada pelas pequenas empresas do seg-mento, cujo indicador as-sinalou 46 pontos no mês passado. O índice varia de zero a 100 pontos. Valores abaixo de 50 pontos mos-

tram desempenho inferior ao normal para o mês. No caso das pequenas empre-sas, foi o oitavo mês que o indicador icou abaixo da linha divisória.

Embora o desempenho do setor ainda esteja in-ferior ao normal, os em-presários mostraram-se otimistas em relação aos

próximos meses. Todos os indicadores de expec-tativas para a construção civil icaram em torno de 60 pontos, acima do valor de referência de 50 pontos. O índice de expectativa atingiu 61,9 pontos para o nível de atividade, 61,1 pontos para novos empre-endimentos e serviços, 62

pontos para a compra de insumos e matérias-primas

e 60,2 pontos em número de empregados.

Banco de Imagens

8 モ27 de Março a 02 de Abril de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Ligue: 21 2671-6611ANUNCIE

Entrada de dólares supera saída em

US$ 5,6 bilhões até 16 de marçoA entrada de dólares su-

perou a saída em US$ 5,622 bilhões, em março, até o dia 16, de acordo com dados divulgados dia 21 pelo Banco Central (BC). De janeiro até o dia 16, o saldo está positivo em US$ 18,609 bilhões, depois de janeiro registrar US$ 7,283 bilhões e fevereiro US$ 5,705 bilhões. No ano passado, no mesmo perío-do, o saldo foi bem maior, chegando a US$ 34,660 bilhões. Ou seja, este ano, até o dia 16, houve uma queda de 46,31% no saldo em comparação a período idêntico de 2011.

Neste mês, o segmen-to inanceiro (investimen-

tos em títulos, remessas de lucros e dividendos ao exterior e investimentos estrangeiros diretos, entre outras operações) registra saldo positivo de US$ 561

milhões. O luxo comercial (operações relacionadas a exportações e importações) também tem saldo positivo de US$ 5,061 bilhões.

A forte entrada de dóla-

res no país tem obrigado o governo a adotar medidas para proteger o real. Al-terações no prazo da co-brança de 6% do Imposto sobre Operações Financei-ras (IOF) nos empréstimos externos, por exemplo, elevaram o dólar para cer-ca de R$ 1,80. O prazo de vigência da medida que, no início de março, passou de dois para três anos, foi elevado novamente este mês para cinco anos. Na prática, isso signiica que o dinheiro terá de icar mais tempo no país para evitar essa taxação, desestimu-lando os recursos de curto prazo que não são destina-dos à produção.

Banco de Imagens

Receita faz a maior apreensão de

bagagens da história em Campinas

Uma operação da Re-ceita Federal no sába-

do (24) resultou na maior apreensão de bagagens da história do Aeroporto In-ternacional de Viracopos, em Campinas (SP). Foram retidas 39 malas de um voo proveniente de Lisboa (Portugal), que pesavam 1,1 tonelada. O órgão es-tima que o valor total das mercadorias apreendidas ultrapasse US$ 1 milhão

(cerca de R$ 1,8 milhão). Entre os itens coniscados estão joias de prata, produ-tos médicos, peças de com-putadores, telefones celula-res, aparelhos eletrônicos, suplementos alimentares e anabolizantes. Segundo a alfândega local, somente dois passageiros que viaja-vam juntos traziam 13 ma-las com mais de 400 quilos de joias italianas de prata. As demais mercadorias re-

tidas estavam com outros oito passageiros.

A apreensão faz parte da Operação Maré Vermelha, delagrada há uma semana pela Receita Federal e que visa a combater fraudes no comércio exterior. No caso de Viracopos, investiga-ções levantaram a suspeita de que alguns desses passa-geiros atuam em quadrilha. Cada passageiro que teve os bens coniscados rece-

berá auto de infração e po-derá perder deinitivamente os produtos. Os fatos serão formalmente comunicados ao Ministério Público Fe-deral e os passageiros que transportavam as merca-dorias poderão ser proces-sado pelo crime de desca-minho (entrada ou saída do país de produtos legais sem o devido pagamento de im-postos), cuja pena chega a quatro anos de prisão.